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7/24/2019 PONTO 5 - Direito Internacional
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PONTO 05:
Direito Comunitrio. Formas de integrao. Mercado Comum do Sul.Caractersticas. Elementos institucionais. Protocolo de Assuno. Protocolo de
Ouro Preto. Protocolo de Olivos. Protocolo de Las Leas. Autoridades centrais.
Elaborado por Ingrid Arago Freitas Porto em junho de 2010.
Atualizado por Emanuel Jos atias !uerra" em agosto de 2012
Atualizado# ar$elo %antos &orrea 'dez(201)*
+I,EI- +A I/-E!,A
A $omunidade interna$ional ien$ia hoje um per3odo de trans4orma56es nos
mais diersos setores" espe$ialmente na 7rea e$on8mi$o9jur3di$a. /esse $ampo" uma
noa ordem mundial j7 e:perimenta um $res$imento sem pre$edentes do $omr$io
interna$ional e do 4lu:o dos inestimentos" $om a globaliza5o da e$onomia" para alm
das 4ronteiras na$ionais" impondo ;s na56es um intenso rela$ionamento" seja no itatio
e 4un$ional. &ome5a" assim" a tomar $orpo o +I,EI- +A I/-E!,A ? ramo =ue
estuda e regula os pro$essos de integra5o e$on8mi$a.
A $ria5o de blo$os regionais 'ou Is de integra5o* tend@n$ia =ue se em
$onsolidando h7 d$adas. pa3s =ue se integra ganha peso interna$ionalmente" pois
passa a nego$iar $omo blo$o diante de outros blo$os. Integra5o o pro$esso mediante
o =ual dois ou mais goernos adotam" $om o apoio de institui56es $omuns" medidas
$onjuntas para intensi4i$ar sua interdepend@n$ia e obter assim bene43$ios mBtuosC 'Isaa$
&olten*. A integra5o pode ser pol3ti$a ou e$on8mi$a" sendo esta Bltima a mais
en$ontrada na pr7ti$a" tendo" porm" ineit7el reper$usso pol3ti$a. Assim o
E,&%D# um es4or5o de integra5o mar$adamente e$on8mi$a" mas tambm um
projeto de apro:ima5o pol3ti$a no &one %ul.
/os organismos de integra5o" o Estado no apare$e $omo algo to monol3ti$o
$omo nas Is intergoernamentais a parti$ipa5o da so$iedade $iil organizada mais
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is3el. s Estados o mesmo en4ra=ue$endo em irtude da por5o de poder =ue
trans4erem aos organismos de integra5o. pro$esso integratio" pois" mais $omple:o
e a$aba reper$utindo na ida dos indi3duos" a e:emplo do =ue o$orre na Dnio
Europia" =ue j7 tem institui56es uni4i$adas 'o E,&%D ainda prematuro*. A
tend@n$ia a 4orma5o de blo$os em torno de grandes mer$ados" sua $onsolida5o e
e:panso.
%o etapas progressias do pro$esso de integra5o#
1* Zona de Preferncias Tarifrias (ZPT)# etapa mais in$ipiente de
integra5o e$on8mi$a" $onsiste na ado5o re$3pro$a" entre dois ou mais pa3ses" de n3eis
tari47rios pre4eren$iais. u seja# as tari4as in$identes sobre o $omr$io entre os pa3ses
membros do grupo so in4eriores ;s tari4as $obradas de pa3ses no9membros.
2* Zona de Livre Comrcio (ZLC)# $onsiste na elimina5o de barreiras
tari47rias e no9tari47rias 'al4andeg7rias" sanit7rias" ambientais" et$.* e:istentes sobre o
$omr$io do grupo" mas no para ter$eiros. J7 e:iste integra5o. %egundo as normas
estabele$idas pelo General Agreement on Tariffs and Trade" !A--" a$ordo sobre
$omr$io interna$ional =ue em sendo nego$iado em rodadas su$essias desde 1GH" e
=ue deu origem ; rganiza5o undial de &omr$io" um a$ordo $onsiderado &
=uando abar$a ao menos K0L dos bens $omer$ializados entre os membros do grupo.
melhor e:emplo de & o /AF-A '1GGH* e a A&A deer7 ser a maior & do
mundo.
)* Unio aduaneira# os membros da & $riam a -E& 'tari4a e:terna
$omum*" uma mesma tari4a para importa56es de mer$ados e:ternos" o =ue demanda
dis$iplina al4andeg7ria e pol3ti$as $omer$iais $omuns. Essa tari4a no ser7 a mesma para
todos os produtos e pa3ses 'pode haer ,egimes de E:$e5o para alguns produtos" o =ue
gera dierg@n$ias entre os pa3ses*. er$osul se en$ontra" desde 1GGM" nesse est7gio"
tendo o objetio de $hegar a um er$ado &omum.
H* ercado Comum# j7 superadas 7rias barreiras" h7 uma maior abertura
interna" entre os pa3ses do e:perimento" aumentando" por sua ez" as barreiras e:ternas.
N7 uma lire $ir$ula5o no sO de mer$adorias" mas tambm dos demais 4atores
produtios# $apital 'inestimentos" remessas de lu$ros* e trabalho 'trabalhadores e
empresas*.
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M* Unio !con"mica e onetria (U!)# moeda Bni$a" pol3ti$a monet7ria
Bni$a" $onduzida por um an$o &entral $omunit7rio. A pol3ti$a ma$roe$on8mi$a no
mais $oordenada" e sim $omum. /o Bni$o e:emplo da Dnio Europia" o an$o &entral
Europeu sediado na Alemanha e a moeda Bni$a o euro" em $ir$ula5o desde 2002.
%O se $hega ;s ultimas etapas se houer $erto grau de uni4i$a5o pol3ti$a 'trans4er@n$ia
de poder para a organiza5o" $om $ria5o de Orgos noos =ue podem at eoluir a um
noo poder $entral" suprana$ional*.
Q*Com#leta $ntegra%o.
Embora muito se tenha 4alado sobre a ne$essidade da ado5o de um modelo ;
la euro#ia para o plano institu$ional do E,&%D" esta =uesto no est7 em
dis$usso" na medida em =ue o Proto$olo de uro Preto j7 demonstrou a op5o 4eita
pelos paises membros pelo modelo de organiza5o intergoernamental.
A integra5o e$on8mi$a e:ige" portanto" =ue se passe da simples supresso de
barreiras al4andeg7rias para o est7gio da $ria5o de uma ordem jur3di$a noa e ade=uada
ao pleno 4un$ionamento de regras $omuns no interior do espa5o $omunit7rio. /o
bastam meras normas t$ni$as" mas sim o in$remento nos n3eis de asso$ia5o entre os
pa3ses" $om a reestrutura5o dos padr6es jur3di$os tradi$ionais" espe$ialmente no =ue
diz respeito ; de4ini5o da soberania dos Estados9membros" e o e:er$3$io da jurisdi5o
de $ada um deles.
/o entanto" $onsiderando =ue at este momento" o E,&%D optou por um
modelo intergoernamental" sem institui56es de $ar7ter suprana$ional" desde logo se
$omproa a ine:ist@n$ia de um Orgo jurisdi$ional permanente" nos moldes do -ribunal
institu3do na Dnio Europia.
Assim" pre$iso analisar os instrumentos j7 e:istentes e =ue podem serutilizados diretamente na solu5o de $ontrorsias ou em seu au:3lio. R de ressaltar"
logo de in3$io" =ue eles 4un$ionam de 4orma no integrada ou e:$lusia" mas ao
$ontr7rio" $oniem simultaneamente tanto no espa5o institu$ional do E,&%D
$omo ordenamento jur3di$o interno dos pa3ses9membros.
+I,EI- &D/I-S,I
surgimento e a gradatia $onsolida5o do pro$esso de integra5o ini$iado
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pelos pa3ses europeus" em meados do s$ulo TT" $onduziram ao nas$imento de um
noo tron$o no mundo das $i@n$ias jur3di$as e so$iais# o +I,EI- &D/I-S,I.
-rata9se de uma 7rea onde so dirimidas as dissens6es oriundas" no na es4era
interna do Estado" nem no seio da so$iedade interna$ional no seu $onjunto" mas no
espa5o intermedi7rio do ente $omunit7rio" =ue tem sua ida" seus problemas e suas
prOprias normas jur3di$as.
su$esso da integra5o de Estados soberanos" representado pela Dnio
Europia" $om a pertinente $onsolida5o do esp3rito de $omunidade" ensejou o
desenolimento do direito $omunit7rio.
+ireito &omunit7rio o $onjunto de normas jur3di$as e prin$3pios =ue as
hierar=uizam e $oordenam $oerentemente" =ue regulam as rela56es entre Estados
soberanos e rganiza56es Interna$ionais" proenientes dos organismos institu3dos pelos
Estados integrados em um blo$o regional" pelos =uais a e:$lusiidade estatal da $ria5o
e apli$a5o do +ireito outorgada aos entes $riados por esses pa3ses.
/a Dnio Europia" o primeiro e ainda Bni$o blo$o $omunit7rio" est7
$onsolidada a preal@n$ia da regra $omunit7ria no $aso de $on4lito $om norma interna
de =ual=uer Estado9membro. Essa primazia do noo ramo jur3di$o se eiden$ia mesmo
=uando a regra interna $on4litante tem status $onstitu$ional" o =ue seria inimagin7el at
o adento da $omunidade juridi$amente institu3da.
As &onstitui56es da maioria dos Estados =ue 4ormam a Dnio Europia
pree:istiam ;s $omunidades" algumas delas so4reram reis6es a 4im de se adaptarem ao
ordenamento jur3di$o $omunit7rio.
&ara$ter3sti$as do +ireito &omunit7rio#
1* apli$abilidade imediata# suas normas ad=uirem imediatamente o status dedireito positio no ordenamento jur3di$o de $ada Estado9membro
2* apli$abilidade direta# $ria direitos e obriga56es por si mesmo
)* preal@n$ia# a norma $omunit7ria tem primazia sobre as normas internas dos
pa3ses integrantes da $omunidade.
Fontes do +ireito &omunit7rio#
1* +ireito &omunit7rio origin7rio ou prim7rio2* +ireito &omunit7rio deriado
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)* Jurisprud@n$ia
H* Prin$3pios !erais de +ireito.
+ireito &omunit7rio origin7rio tem sua 4undamenta5o nos -ratados
$onstitutios dos blo$os regionais de Estados" sendo no $aso da Dnio Europia" os
-ratados de Paris" de ,oma" de aastri$ht" de Amsterdan e de /i$e.
Esses importantes do$umentos e os tratados" proto$olos e ane:os" assim $omo
os estatutos da institui56es =ue $omp6em a Dnio Europia 4ormam" em seus $onjunto"
a &onstitui5o es$rita da Dnio Europia" =ue a lei suprema na &omunidade" mas
tambm dentro dos diersos Estados9membros =ue a $onstituem.
/o $aso do E,&%D" o +ireito &omunit7rio origin7rio se en$ontra no
-ratado de Assun5o e no Proto$olo de ouro Preto" =ue poderiam ser $onsiderados a
&onstitui5o es$rita do E,&%D.
s tratados $on$lu3dos apOs a adeso ;s &omunidades" nos termos do +ireito
Interna$ional" pelos Estados9membros" no podem outrossim" subs$reer normas
$ontr7rias ;s regras $omunit7rias.
+ireito $omunit7rio deriado est7 subordinado ao +ireito &omunit7rio
origin7rio e tem as 4ontes emanadas de atos das institui56es das respe$tias
$omunidades" no e:er$3$io de suas 4un56es $onstitui9se na segunda 4onte mais
importante do +ireito &omunit7rio.
/o $aso da Dnio Europia" temos os regulamentos 'so os atos jur3di$os mais
importantes pois permitem uma inter4er@n$ia nos ordenamentos jur3di$os dos Estados9
membros*" as diretias" as de$is6es" as re$omenda56es e pare$eres" =uando emanadas
dos Orgos oriundos do -ratado de ,oma. J7 em rela5o ;s institui56es $riadas $om
suped
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ne$ess7rias para assegurar o $umprimento dessas normas.
+ireito Interno di4ere do +ireito &omunit7rio por disporem os tribunais
$omunit7rios de $ompet@n$ias espe$34i$as" embora o objeto substan$ial desse direito
sejam atos e 4atos =ue t@m seu $urso no territOrio dos Estados9membros.
J7 o +ireito Interna$ional no se imp6e ; ordem jur3di$a dos Estados" no
gozando os tribunais interna$ionais de as$end@n$ia jur3di$a sobre as $ortes na$ionais.
+ireito &omunit7rio disp6e dessa prerrogatia" uma ez =ue sua estrutura assegura
subordina5o das ordens jur3di$as internas ao tribunal $omunit7rio suprana$ional.
+I,EI- + E,&%D
Ante$edentes#
s primeiros e:perimentos de integra5o na Amri$a atina datam da d$ada
de Q0# ALALC" substitu3da em 1GK0 pela ALAD!"Asso$ia5o atino9ameri$ana de
Integra5o" =ue ainda e:iste e abar$a outros pa3ses" entre os =uais &uba
'UUU.aladi.org* &&A 'er$ado &omum &entroameri$ano*" de 1GQ0 Pa$to Andino"
de 1GQG" ao =ual o rasil negou parti$ipa5o" persiste at hoje. A integra5o $ontinental"
idealizada por onroe '$uja doutrina era a de de4ender a Amri$a do neo$olonialismoeuropeu*" mais $omple:a e di4i$ultada pelas rialidades histOri$as ainda e:istentes" a
impedir a intensi4i$a5o das rela56es.
panameri$anismo '1G0Q* de Artur rlando" pelo =ual a Amri$a tinha
$ondi56es geogr74i$a" pol3ti$a" 4ilosO4i$a" meta43si$a e institu$ional su4i$ientes para
bus$ar a integra5o entre os pa3ses" =ue se arti$ulariam em uma asta 4edera5o" $om
aluso ; lideran5a pelos EDA. Foi $riada a EA para tratar das rela56es $omer$iais
entre as Amri$as.
/a +e$lara5o dos Presidentes das Amri$as" 4irmada em 1GQ# resoleram
$riar" a partir de 1G0" o er$ado &omum atino9ameri$ano" 4undindo9se a AA& e o
&&A.
Declarao de Fo# do !guau
Sede do Mercosul em Montevid$u" %ruguai. Em dezembro de 1GKM" o
presidente brasileiro Jos %arneV e o presidente argentino ,aBl Al4ons3n assinaram a
+e$lara5o de Igua5u" =ue 4oi a base para a integra5o e$on8mi$a do $hamado &one
sul. Ambos a$abaam de sair de um per3odo ditatorial e en4rentaam a ne$essidade de
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As $ontrorsias $om ter$eiros so solu$ionadas no
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depender dos integrantes do blo$o e do 4ortale$imento deste" o &hile pode permane$er
nessa $ondi5o espe$ial 'des4rutando apenas de algumas benesses* ou pode eoluir a
membro pleno" passado o est7gio probatOrioC.
7) Em de#em&ro de )**+" a ,ene#uela 'rotocola seu 'edido de adeso
ao Mercosul e" em - de ul/o de )**0" seu ingresso ao &loco econ1mico $
2ormali#ado em Caracas. A de2initividade do ingresso" entretanto" de'endia do
consentimento do Parlamento de todos os Estados(Partes 34rasil" Argentina"
%ruguai e Paraguai5. O ingresso da ,ene#uela restava 'endente" em 2ace da
aus6ncia de autori#ao do Parlamento do Paraguai.
Em )*7)" entretanto" o Paraguai en2rentou crise 'oltica assim noticiada'elo site g78
ApOs o $on4ronto armado na 4azenda em
&uruguatV no dia 1M de junho" os oposi$ionistas
responsabilizaram ugo pela morte das 1 pessoas. Em
seguida" o Partido iberal ,adi$al Aut@nti$o" =ue apoiaa
o presidente" abandonou o goerno e agraou a $rise
pol3ti$a no pa3s. +e a$ordo $om a ata de a$usa5o" Wo maudesempenho de suas 4un56es apare$e em sua atitude de
desprezo pelo direito e pelas institui56es republi$anas"
minando os $imentos do Estado %o$ial de +ireito
pro$lamado em nossa &arta agnaW.
pro$esso de impea$hment a$onte$eu de 4orma
e:tremamente r7pida. %ua ota5o" na &
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$ome5ou no in3$io da tarde de 22 de junho. ugo de$idiu
no $ompare$er ao julgamento e apenas eniou sua e=uipe
de $in$o adogados para apresentar sua de4esa ao %enado.
ugo 4oi a4astado da presid@n$ia do Paraguaipelo
pla$ar de )G senadores $ontra H" $om 2 absten56es. Eram
ne$ess7rios dois ter5os dos otos dos senadores para
$on4irmar o a4astamento. Em dis$urso" ugo a4irmou =ue
a$eitaa a de$iso do %enado. Ele pediu =ue seus
partid7rios 4izessem mani4esta56es pa$34i$as e =ue Wo
sangue dos justosW no 4osse mais uma ez derramado no
pa3s.
Os demais Estados(Partes" ento" utili#ando(se o Protocolo de %s/uaia
32irmado 'elos mem&ros do Mercosul" al$m de 4olvia e C/ile5" 9ue dis':e em seu
artigo 'rimeiro 9ue ;A 'lena vig6ncia das institui:es democrticas $ condio
essencial 'ara o desenvolvimento dos 'rocessos de integrao entre os Estados
Partes do 'resente Protocolo
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1* na lire $ir$ula5o de bens" seri5os e 4atores produtios entre os pa3ses"
atras" entre outros" da elimina5o dos direitos al4andeg7rios" restri56es no tari47rias ;
$ir$ula5o de mer$ado de =ual=uer outra medida de e4eito e=uialente
2* no estabele$imento de uma tari4a e:terna $omum e a ado5o de uma
pol3ti$a $omer$ial $omum em rela5o a ter$eiros Estados ou agrupamentos de Estados e
a $oordena5o de posi56es em 4oros e$on8mi$o9$omer$iais regionais e interna$ionais
)* na $oordena5o de pol3ti$as ma$roe$on8mi$as e setoriais entre os
Estados Partes 9 de $omr$io e:terior" agr3$ola" industrial" 4is$al" monet7ria" $ambial e
de $apitais" de seri5os" al4andeg7ria" de transportes e $omuni$a56es e outras =ue se
a$ordem 9" a 4im de assegurar $ondi56es ade=uadas de $on$orr@n$ia entre os Estados
Partes
H* no $ompromisso dos Estados Partes de harmonizar suas legisla56es" nas
7reas pertinentes" para lograr o 4ortale$imento do pro$esso de integra5o
M* /as rela56es $om ter$eiros pa3ses" os Estados Partes asseguraro
$ondi56es e=>itatias de $omr$io. Para tal 4im" apli$aro suas legisla56es na$ionais"
para inibir importa56es $ujos pre5os estejam in4luen$iados por subs3dios" dumping ou
=ual=uer outra pr7ti$a desleal. Paralelamente" os Estados Partes $oordenaro suas
respe$tias pol3ti$as na$ionais $om o objetio de elaborar normas $omuns sobre
$on$orr@n$ia $omer$ial.
Estrutura OrgBnica do MECOS%L8
- Conselho do Mercado Comum !CMC)0 1rgo su#remo cu2a fun%o a
condu%o #oltica do #rocesso de integra%o3 - CC formado #elos inistros de
4ela%5es !6teriores e de !conomia dos estados7#artes0 8ue se #ronunciam atravs de
decis5es3
-"ru#o Mercado Comum !"MC)0 1rgo decis1rio e6ecutivo0 res#onsvel de
fi6ar os #rogramas de tra9alo0 e de negociar acordos com terceiros em nome do
!4C-:UL0 #or delega%o e6#ressa do CC3 - GC se #ronuncia #or 4esolu%5es0 e
est integrado #or re#resentantes dos inistrios de 4ela%5es !6teriores e de
!conomia0 e dos 'ancos Centrais dos !stados Parte3
A Comisso de Comrcio do Mercosul !CCM), um 1rgo decis1rio tcnico0
o res#onsvel #or a#oiar o GC no 8ue di; res#eito < #oltica comercial do 9loco3
Pronuncia7se #or =iretivas3
Alm disso0 o ercosul conta com outros 1rgos consultivos0 a sa9er>
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A Comisso Parlamentar Con$unta !CPC), 1rgo de re#resenta%o
#arlamentar0 integrada #or at /, #arlamentares0 &/ de cada !stado Parte3 A CPC tem
um carter consultivo0 deli9erativo0 e de formula%o de =eclara%5es0 =is#osi%5es e
4ecomenda%5es3 Atualmente0 est estudando a #ossi9ilidade da futura instala%o de um
Parlamento do ercosul3
- %oro Consultivo &con'mico (ocial !%C&(), um 1rgo consultivo 8ue
re#resenta os setores da economia e da sociedade0 8ue se manifesta #or
4ecomenda%5es ao GC3
Alm disso0 atravs da =ec3 ?@ &&B+0 constituiu7se recentemente a>
Comisso de e#resentantes Permanentes do Mercosul !CPM),8ue um
1rgo #ermanente do CC0 integrado #or re#resentantes de cada !stado Parte e
#residida #or uma #ersonalidade #oltica destacada de um dos #ases #artes3 :ua
fun%o #rinci#al a#resentar iniciativas ao CC so9re temas relativos ao #rocesso de
integra%o0 as negocia%5es e6ternas e a conforma%o do ercado Comum3
Para dar a#oio tcnico a essa !strutura $nstitucional0 o ercosul conta com
a>
(ecretaria do Mercosul !(M), 8ue tem carter #ermanente e est sediada em
ontevidu0 Uruguai3 Atualmente0 a :ecretaria est dividida em trs setores0 de acordo
com a 4esolu%o GC ?@ B&B+ do Gru#o ercado Comum3
- ercosul conta tam9m com instncias orgnicas no decis1rias como A
Comisso :ociola9oral (C:L)0 o D1rum de Consulta e Concerta%o Poltica (DCCP)0
os Gru#os de Alto ?vel0 os :u9gru#os de Tra9alo (:GT) de#endentes do GC0 os
Comits Tcnicos (CT) de#endentes do CC0 o -9servat1rio do ercado de Tra9alo
(-T) de#endente do :GT&B0 e o D1rum da uler em m9ito do DC!:3
A estrutura do ercosul tam9m com#orta 1rgos es#ecficos de :olu%o de
Controvrsias0 como os Tri9unais Ad oc e o Tri9unal Permanente de 4eviso3
Dinalmente o ercosul funciona a9itualmente mediante 4euni5es de
inistros (4)0 4euni5es !s#eciali;adas (4!)0 conferncias0 e 4euni5es ad7oc3
As 4ontes jur3di$as do er$osul so#
1* -ratado de Assun5o" seus proto$olos e os instrumentos adi$ionais ou
$omplementares
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2* s a$ordos $elebrados no
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modo de implementa5o da A&A. Para a lideran5a da A&A" no interessante =ue se
desenola nas Amri$as =ual=uer outro e:perimento de integra5o" tampou$o =ue se
aan$e at uma unio aduaneira. R di43$il" porm" en$ontrar regras $omuns para
e$onomias bem di4erentes. A indBstria brasileira em alguns setores '$omo
$elulose(papel* pode ser muito prejudi$ada. %e o prote$ionismo dos EDA 4or superado"
a A&A pode ser boa para o rasil" por=ue os EDA representam um e:$elente mer$ado.
%olu5o de $ontrorsias no E,&%D#
O sistema de soluo de controv$rsias escol/ido 'elo ratado de Assuno
2oi o ar&itral. &om rela5o a esse pro$esso de solu5o de $ontrorsias" t@m
$ompet@n$ia de$isOria de natureza intergoernamental# o &onselho do er$ado &omum
'&&*" integrado pelos inistros de ,ela56es E:teriores e os inistros de E$onomia
dos Estados9 Partes o !rupo er$ado &omum '!&*" Orgo e:e$utio do er$ado
&omum =ue ser7 $oordenado pelos inistrios de ,ela56es E:teriores" e seu Orgo de
assessoramento e a &omisso de &omr$io do E,&%D '&&*" Orgo en$arregado
de assistir o !rupo er$ado &omum" $ompetindo elar pela apli$a5o dos instrumentos
de pol3ti$a $omer$ial $omum a$ordados pelos Estados9Partes para o 4un$ionamento da
unio aduaneira" bem $omo a$ompanhar e reisar os temas e matrias rela$ionados $omas pol3ti$as $omer$iais $omuns" $om o $omr$io intra9er$osul e $om ter$eiros pa3ses.
A && 4irmou9se $omo o 4oro priilegiado para o tratamento das =uest6es
$omer$iais pontuais" espe$ialmente a=uelas relatias ; $on$orr@n$ia. %o tr@s as 4ases do
pro$edimento adotado pela &
1* as nego$ia56es diretas" atras das $onsultas na &&
2* a interen5o do Orgo e:e$utio do E,&%D" $om o julgamento da
re$lama5o no !&)* a 2ase ar&itral" $om a instala5o do tribunal ad oc3 s 7rbitros so
es$olhidos a partir de listas preiamente depositadas na %e$retaria Administratia do
E,&%D" em onteidu.
-rata9se de um mtodo de solu5o no jurisdi$ional" =ue depende da ontade
das partes para ser ini$iado e se assemelha bastante ao me$anismo j7 e:istente na
rganiza5o mundial de &omr$io'&*" ainda =ue de 4orma simpli4i$ada.
-r@s so os tipos de rela56es jur3di$as =ue podem ser objeto de $ontrorsias#
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1* a=uelas surgidas entre os Estados9partes
2* a=uelas entre os Estados9partes e os parti$ulares
)* a=uelas somente entre os parti$ulares" pessoas 43si$as ou jur3di$as
domi$iliadas ou $om lugar de negO$ios nos pa3ses membros.
Os Estados(Partes" /avendo uma controv$rsia" in2ormaro ao ru'o
Mercado Comum" 'or interm$dio da Secretaria Administrativa" so&re as 9uest:es
9ue se reali#arem durante as negocia:es e os resultados das mesmas.
As nego$ia56es diretas no podero" salo a$ordo entre as partes" e:$eder um
prazo de =uinze '1M* dias a partir da data em =ue um dos Estados Partes sus$itou a
$ontrorsia.
%e mediante as nego$ia56es diretas no se al$an5ar um a$ordo ou se a
$ontrorsia 4or solu$ionada par$ialmente" =ual=uer dos Estados partes na $ontrorsia
poder7 ini$iar diretamente o pro$edimento arbitral ad oc3
%em preju3zo do estabele$ido anteriormente" os Estados partes nas $ontrorsias podero" de
$omum a$ordo" submete9la ; $onsidera5o do !&. /esse $aso" o !& " aaliar7 a situa5o" dando
oportunidade ;s partes de e:porem suas posi56es" re=uerendo" =uando $onsiderarem ne$ess7rio" o
assessoramento de espe$ialistas.
A $ontrorsia tambm poder7 ser leada ao !& se outro Estado" no sendo
parte da $ontrorsia" soli$itar" justi4i$adamente" ao trmino das nego$ia56es diretas./esse $aso" o !& poder7 4ormular $oment7rios ou re$omenda56es a respeito.
pro$edimento de interen5o do !& no poder7 ser superior a )0 dias a
partir da data da reunio em =ue a $ontrorsia 4oi submetida ao mesmo.
pro$edimento arbitral tramitar7 ante um -ribunal ad oc $omposto de )
7rbitros.
-ribunal Arbitral ad oc poder7" por soli$ita5o da parte interessada" e na
medida de =ue e:istam presun56es 4undamentadas de =ue a manuten5o da situa5opoder7 o$asionar danos graes e irrepar7eis a uma das partes na $ontrorsia" ditar as
medidas proisOrias =ue $onsidere apropriadas para preenir tais danos.
-ribunal poder7" a =ual=uer tempo" tornar sem e4eito tais medidas.
&aso o laudo seja objeto de re$urso de reiso" as medidas proisOrias =ue no
tenham sido dei:adas sem e4eito antes da emisso do mesmo se mantero at o
tratamento do tema na primeira reunio do -ribunal Permanente de ,eiso" =ue deer7
de$idir sobre a sua manuten5o ou e:tin5o.
-ribunal Arbitral ad oc emitir o laudono prazo de Q0 dias" prorrog7el por
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de$iso do -ribunal por um prazo m7:imo de trinta ')0* dias $ontados a partir da
$omuni$a5o e4etuada pela %e$retaria Administratia do E,&%D ;s partes e aos
demais 7rbitros" in4ormando a a$eita5o pelo 7rbitro Presidente de sua designa5o.
Zual=uer das partes na $ontrorsia poder7 apresentar recurso de reviso do
laudo do ri&unal Ar&itral ad hoc ao ri&unal Permanente de evisono prazo de
1M dias $ontados da noti4i$a5o do mesmo.
-ribunal de ,eiso ser7 $omposto por M 7rbitros" sendo 1 designado por
$ada Estado parte" $om mandato de 2 anos e um =uinto 7rbitro $om mandato de ) anos"
=ue ser7 es$olhido" por unanimidade entre os Estados partes" deendo ser na$ional de
algum deles.
re$urso ser7 limitado a =uest6es de direito tratadas na $ontrorsia e ;s
interpreta56es jur3di$as desenolidas no laudo do -ribunal Arbitral ad oc3 s laudos
do -ribunal Arbitral ad oc $om base nos prin$3pios e6 ae8uo et 9ono no so
sus$et3eis do re$urso de reiso.
A outra parte da $ontrorsia ter7 o direito de $ontestar o re$urso de reiso
interposto" dentro do prazo de 1M dias $ontados da noti4i$a5o da apresenta5o do
re$urso. -ribunal Permanente de ,eiso se pronun$iar7 sobre o re$urso no prazo de
)0 dias" $ontados da apresenta5o da $ontesta5o ou do en$imento do prazo para a
apresenta5o da mesma. -al prazo poder7 ser prorrogado por mais 1M dias.
-ribunal Permanente de ,eiso poder7 $on4irmar" reogar ou modi4i$ar a
4undamenta5o jur3di$a e as de$is6es do -ribunal Arbitral ad oc3 laudo do -ribunal
Permanente de ,eiso ser7 de4initio e preale$er7 sobre o laudo do -ribunal Arbitral
ad oc3
As partes da $ontrorsia podero a$ordar em se submeterem diretamente e em
Bni$a eBltima inst
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s laudos do -ribunal Arbitral ad oc ou do -ribunal Permanente de ,eiso deero ser
$umpridos no prazo estabele$ido pelos respe$tios tribunais. %e no 4or estabele$ido um prazo" este ser7
de )0 dias seguintes ; data da sua noti4i$a5o.
&aso um estado parte interponha re$urso de reiso" o $umprimento do laudo do -ribunal
Arbitral ad oc ser7 suspenso durante o tr
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A solu5o de $ontrorsias est7" assim" apesar de sua de4ini5o" muito $er$ada
de in$ertezas. Apesar do 4un$ionamento" ainda =ue uma sO ez" do Proto$olo de
ras3lia" e da &&" o sistema no garante uma uni4ormidade de interpreta5o das 4ontes
do E,&%D" e por $onseguinte" a $onstru5o gradual de uma jurisprud@n$ia
$omunit7ria. Por outro lado" no $ampo judi$ial" depende9se da ini$iatia dos
interessados ou prejudi$ados" e dos sistema de $ada pa3s de direito interna$ional
priado" sendo $ertamente $ampo 4rtil para o *+rum sho##in(refere7se < estratgia
advocatcia de #retender0 nas causas em 8ue a2a conflito de leis0 o a9rigo do foro cu2o
direito material e #rocessual se2a mais favorvel ao autor0 dadas as circunstncias de
fato e de direito do caso concreto)3
O mecanismo de soluo de controv$rsias do MECOS%L 2oi acionado
diversas ve#es 3em alguma de suas 2ases5. r6s laudos ar&itrais 2oram 'u&licados
at$ o momento. Jo 'rimeiro" o 4rasil 2oi o&rigado a eliminar as licenas de
im'ortao no usti2icadas 'elo ratado de Montevid$u 7K*. Jo segundo" 2oram
declaradas im'rocedentes as alega:es argentinas de su&sdios &rasileiros H
eG'ortao de carne suna e" 'elo terceiro" declarada incom'atvel com a
normativa MECOS%L a im'osio 'ela Argentina de salvaguardas a 'rodutos
t6Gteis &rasileiros.
Por 2im" 'ode(se resumir o 2uncionamento atual do Irgo de soluo de
controv$rsias do Mercosul8
7. Controv$rsias entre Estados Partes# o Estado ou o parti$ular pode
apresentar a re$lama5o. Para isso" h7 duas possibilidades#
a* A na $ontrorsia podem estabele$er o lit3gio junto ao -AN" ou
b* Por $omum a$ordo" podem ini$iar o pro$edimento diretamente ao -P,.
). ecurso de eviso# na hipOtese de ini$iar o lit3gio no -AN" o laudo pode
ser re$orrido pelas partes ao -P,.>. Medidas EGce'cionais e de %rg6ncia8antes do in3$io de uma $ontrorsia"
pode se soli$itar ao -P, =ue dite uma medida proisOria" para eitar danos irrepar7eis
para uma das partes.
-. O'ini:es Consultivas8podem ser soli$itadas ao -P," opini6es $onsultias
no so in$ulantes#
a* pelas partes de 4orma $onjunta" ou pelos Orgos de$isOrios do er$osul
b* pelos -ribunais %uperiores de Justi5a dos Estados Partes" =uando se tratarsobre a interpreta5o do +ireito do er$osul.
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+. Os laudos do AM" ou do Psero obrigatOrios para os Estados Partes
na $ontrorsia e =uando 4i$arem 4irmes sero irreers3eis e 4ormaro $oisa julgada.
DO POOCOLO DE LAS LEAS E DAS CAAS OAN!AS8
A prin$ipal pe$uliaridade do Proto$olo de as eYas a de estabele$er
pro$edimento di4eren$iado para a e:e$u5o das senten5as e dos laudos arbitrais
pronun$iados nas jurisdi56es dos Estados9partes" em matria $iil" $omer$ial" trabalhista
e administratia 'alm da e:e$u5o da parte $iil da senten5a $riminal* atrav$s da
emisso de cartas rogatIrias 'elo u#o estrangeiro" a serem cum'ridas 'or
interm$dio das autoridades centrais artigos 1K e 1G. Assim" dis'ensa(se a atuao
do interessado" 9ue" no 'rocedimento tradicional" $ o res'onsvel 'or dar incio ao
'rocesso de /omologao 'erante o S.
Autoridade &entral o Orgo =ue bus$a 4a$ilitar as rela56es entre os Estados"
$on$entrando as atribui56es re4erentes ; $oopera5o jur3di$a interna$ional. Em geral"
segundo disp6e o artigo 11 do +e$retonX Q.0Q1" de 1M()(200" o +epartamento de
,e$upera5o de Atios e &oopera5o Jur3di$a Interna$ional ? +,&I e:er$e as 4un56es
de Autoridade &entral para a $oopera5o jur3di$a interna$ional.
pro$edimento" entretanto" no elide a ne$essidade de homologa5o pelo %-J
'%-F" &,9Ag, Q1) ( A- Julgamento# 0)(0H(1GG [rgo Julgador# -ribunal Pleno*.
Alm disso" o Proto$olo estabele$e" tambm" a Igualdade de -ratamento
Pro$essual. Assim" apenas a t3tulo de $uriosidade" em seu artigo HX disp6e =ue
nenhuma $au5o ou depOsito '...* em razo da =ualidade de $idado perten$ente a outro
Estado ParteC.
As $artas rogatOrias so utilizadas" ainda" $om a 4inalidade de produ5o
probatOria em outro dos pa3ses.
As $artas rogatOrias deero $onter#
1* denomina5o e domi$3lio do Orgo jurisdi$ional re=uerente2* indiidualiza5o do e:pediente" $om espe$i4i$a5o do objeto e
natureza do ju3zo e do nome e domi$3lio das partes
)* $Opia da peti5o ini$ial e trans$ri5o da de$iso =ue ordena a
e:pedi5o da $arta rogatOria
H* nome e domi$3lio do pro$urador da parte soli$itante no Estado
re=uerido" se houer
M* indi$a5o do objeto da $arta rogatOria" $om o nome e o domi$3lio dodestinat7rio da medida
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Q* in4orma5o sobre o prazo de =ue disp6e a pessoa a4etada pela medida
para $umpri9la
* des$ri5o das 4ormas ou pro$edimentos espe$iais $om =ue haer7 de
$umprir9se a $oopera5o soli$itada
K* =ual=uer outra in4orma5o =ue 4a$ilite o $umprimento da $arta
rogatOria.
A $arta rogatOria deer7 ser $umprida de o43$io pela autoridade jurisdi$ional
$ompetente do Estado re=uerido" e somente poder7 denegar9se =uando a medida
soli$itada" por sua natureza" atente $ontra os prin$3pios de ordem pBbli$a do Estado
re=uerido.
re4erido $umprimento no impli$ar7 o re$onhe$imento da jurisdi5o
interna$ional do juiz do =ual emana.
I/-E,/AIA +A% /,A% PE% E%-A+%9PA,-E%.
s pa3ses partes do er$osul possuem di4erentes me$anismos $onstitu$ionais para WinternalizarW as normas
estabele$idas pelo blo$o e atribuem di4erentes graus de suprema$ia em seu direito interno. /a Argentina e Paraguai" =ue t@m
adotado o sistema $onhe$ido $omo WmonistaW" os tratados e proto$olos rati4i$ados t@m alor superior as leis na$ionais e" portanto"
no podem ser derrogados nem supridos por estas. /o rasil e Druguai" =ue t@m adotado o sistema $onhe$ido $omo WdualistaW" os
tratados e proto$olos t@m o mesmo alor =ue as leis na$ionais e" portanto" estas predominam sobre a=ueles se so de data posterior.
Por outro lado" as $onstitui56es dos pa3ses partes no t@m de4inido $om $lareza o status jur3di$o das normas
obrigatOrias ditadas pelos organismos de$isOrios do er$osul" nem suas $ondi56es de alidez interna em $ada estado.
%-F no rasil se mani4estou sobre a =uesto da apli$a5o das normas de integra5o em uma $arta rogatOria" $ujo
$umprimento dependia do Proto$olo de edidas &autelares do er$osul. Em seu oto" o ministro &elso de ello re4eriu9se ;
re$ep5o dos a$ordos $elebrados pelo rasil $om o er$osul" e=uiparando9os aos demais tratados ou $onen56es interna$ionais em
geral. Embora re$onhe5a ser desej7el uma in$orpora5o di4eren$iada para os atos proenientes do er$osul" entendeu o ministro
=ue o tema dependeria de re4orma do te:to da &onstitui5o" a$reditando =ue o sistema $onstitu$ional brasileiro atual no $onsagra o
prin$3pio do e4eito direto nem o postulado da apli$abilidade imediata dos tratados ou $onen56es interna$ionais" razo pela =ual no
podem essas normas ser ino$adas pelos parti$ulares ou apli$adas no
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virtude da por-o de poder 4ue transferem aos or*anismos de inte*ra-o& Oprocesso inte*rativo" pois" ( mais comple'o e aca+a repercutindo na vidados indivduos" a e'emplo do 4ue ocorre na j# superadas v#rias +arreiras" h# uma maiora+ertura interna" entre os pases do e'perimento" aumentando" por sua ve,"as +arreiras e'ternas& # uma livre circula-o dos fatores de produ-o> +ens2mercadorias3" servios" capital 2investimentos" remessas de lucros3"tra+alho 2tra+alhadores e empresas3 e li+erdade de concorr6ncia" na4uilo4ue useF chama de 7cinco li+erdades +#sicas:&
Unio Econmica e Monetria (UEM)> moeda 9nica" polticamonet#ria 9nica" condu,ida por um anco 1entral comunit#rio& A poltica
macroecon$mica n-o ( mais coordenada" e sim comum& No 9nico e'emploda
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Resumindo:
DIREITO COMUNITRIOO sur*imento e a *radativa consolida-o do processo de inte*ra-o iniciadopelos pases europeus" em meados do s(culo LL" condu,iram ao nascimentode um novo tronco no mundo das ci6ncias jurdicas e sociais> o DIREITO1O0
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incorpora-o de 4ual4uer tipo de normainternacional
No livro 71ole-o de estudos Direcionados: coordenado pelo ernando1ape, 2per*untas e respostas3" Edson Ricardo ;aleme ensina 4ue ostratados 4ue formaram o 0ER1O; ;araiva"HS& p& BS3>
Tratado de Assun$%o HBCCB 1arta 1onstitutiva do 0ER1O;KROTO1O=O DE =A; =EWA; 21OOKERAO E A;;I;TXN1IA P
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3atino-#mericana de Integrao4#3#&I6 para a integrao econ*micaentre#rgentina Brasil Bolvia C$ile Col*m!ia +uador ruguaie ;enezuela%
+m 8 de "ul$o de /009 o presidente do Brasil ?ernando Collor e o da#rgentina Carlos
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;uriname 2Em processo de rati8ca-o3& A participa-o dos EstadosAssociados nas reuni!es do 0ER1O;Os +stados 5artes decidem constituir um -.Em 1Q(K(201)# OParaguai oltar7 ao er$osul =uando os ministros das ,ela56es E:teriores do blo$oen$ontrarem maneiras de resoler o problema jur3di$o =ue 4oi gerado $om a in$orpora5o da _enezuelasem a presen5a paraguaia" disse nesta se:ta94eira o presidente Nora$io &artes#http#((e:ame.abril.$om.br(mundo(noti$ias(paraguai9a$eita9enezuela9no9mer$osul9diz9$artes.u seja" o Paraguai ainda no retornou ao er$osul" tendo em ista o ingresso da _enezuela no lo$o"o$orrida o4i$ialmente em )1((2012" =uando o Paraguai estaa suspenso do blo$o. Para mim" obserou9seo re=uisito da unanimidade das de$is6es do &onselho er$ado &omum" pois o Paraguai no poderiaotar estando suspenso. Ademais" obsere9se a reda5o da segunda parte do art. MX do Proto$olo deDshuaia# Tais medidas com#reendero desde a sus#enso do direito de #artici#ar nos diferentes 1rgosdos res#ectivos #rocessos de integra%o at a sus#enso dos direitos e o9rigac5es resultantes destes
#rocessosC.
2http#((UUU.mer$osur.int(t`generi$.jsp$ontentidH002csite1c$hannelse$retaria
http://www.mercosur.int/innovaportal/file/4002/1/dec_018-2004_pt_reg_part_est_assoc_mcs.pdfhttp://www.mercosur.int/innovaportal/file/4002/1/dec_028-2004_pt_acordosea-mcs.pdfhttp://www.mercosur.int/innovaportal/file/4002/1/dec_011_2013_pt_regime_partic_est_associados_mercosul.pdfhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Tratado_de_Ouro_Pretohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Tratado_de_Ouro_Pretohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Tratado_de_Assun%C3%A7%C3%A3o#cite_note-1http://www.d24am.com/noticias/mundo/presidente-eleito-do-paraguai-rejeita-volta-ao-mercosul/91134http://www.d24am.com/noticias/mundo/presidente-eleito-do-paraguai-rejeita-volta-ao-mercosul/91134http://exame.abril.com.br/topicos/paraguaihttp://exame.abril.com.br/topicos/paraguaihttp://exame.abril.com.br/mundo/noticias/paraguai-aceita-venezuela-no-mercosul-diz-carteshttp://exame.abril.com.br/mundo/noticias/paraguai-aceita-venezuela-no-mercosul-diz-carteshttp://www.mercosur.int/t_generic.jsp?contentid=4002&site=1&channel=secretariahttp://www.mercosur.int/t_generic.jsp?contentid=4002&site=1&channel=secretariahttp://www.mercosur.int/t_generic.jsp?contentid=4002&site=1&channel=secretariahttp://www.d24am.com/noticias/mundo/presidente-eleito-do-paraguai-rejeita-volta-ao-mercosul/91134http://www.d24am.com/noticias/mundo/presidente-eleito-do-paraguai-rejeita-volta-ao-mercosul/91134http://exame.abril.com.br/topicos/paraguaihttp://exame.abril.com.br/mundo/noticias/paraguai-aceita-venezuela-no-mercosul-diz-carteshttp://www.mercosur.int/innovaportal/file/4002/1/dec_018-2004_pt_reg_part_est_assoc_mcs.pdfhttp://www.mercosur.int/innovaportal/file/4002/1/dec_028-2004_pt_acordosea-mcs.pdfhttp://www.mercosur.int/innovaportal/file/4002/1/dec_011_2013_pt_regime_partic_est_associados_mercosul.pdfhttp://www.mercosur.int/t_generic.jsp?contentid=4002&site=1&channel=secretariahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Tratado_de_Ouro_Pretohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Tratado_de_Ouro_Pretohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Tratado_de_Assun%C3%A7%C3%A3o#cite_note-17/24/2019 PONTO 5 - Direito Internacional
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Cidados de uaisuer pases do
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# estrutura do
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for#a o/ri$atHria no deve ser confundida com a for#a eAecutHria%Fue% na verdade% no eAiste% devido K ausncia de uma autoridadeinternaciona K Fua incum/a asse$urar a eAecu#o das decisesar/itrais&
Protocoo de 'uro PretoO Protocoo de 'uro Preto o primeiro segmento do @ratado de
#ssunoue esta!elece as !ases institucionais para o
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da situao poder' ocasionar danos graves e irrepar'veis a uma das partesna controvrsia ditar as medidas provisrias ue considere apropriadas
para prevenir tais danos% O @ri!unal poder' a ualuer tempo tornar seme.eito tais medidasFd6 recurso no o!rigatrio perante um @ri!unal 5ermanente de Eeviso%5razo para recorrer das decis(es do @ri!unal: / dias% 5razo para contestar:/ dias% 5razo para o @ri!unal pro.erir deciso: 9 dias% O recurso s podeversar so!re matria de direito% O "ulgamento de)nitivo e a deciso deveser cumprida em at 9 dias%O!s% #lternativa # da uesto /99 da prova o!"etiva: ' audo do Tri/una"r/itra "d Ioc poder ser revisto peo Tri/una Permanente de0eviso% eAcusivamente em Fuestes de direito o/:eto dacontrovrsia e interpreta#es :ur!dicas% eAceto se for emitido com/ase nos princ!pios eA aeFuo et /ono&e6 recurso de esclarecimento visando a elucidar eventual ponto o!scuro dolaudo com e.eito suspensivo sendo interposto no prazo de / dias comigual prazo para a decisoF
.6 cumprimento do audo peo Estado o/ri$adoFg6 reviso do cumprimento a pedido do +stado !ene)ciadoF$6pra4o de * ano paraado#o de medidas compensatHriaspelo +stado!ene)ciado em caso de no-cumprimento do laudo tais como a suspenso deconcess(es ou outras euivalentes tendentes a o!ter seu cumprimentoF
i6 recurso% peo Estado o/ri$ado% das medidas compensatHriasapicadas&
#pesar do @ri!unal #d $oc continuar .ormado por trs mem!ros oprocedimento de escol$a dos 'r!itros .oi alterado% &ois mem!ros continuamsendo nacionais dos +stados envolvidos no conNitos mas passam a serescol$idos em uma lista de 12 nomes em ue apenas /, so indicados pelo
+stado parte% O terceiro mem!ro do tri!unal escol$ido em uma lista emue cada +stado indica uatro candidatos de outro +stado sendo ue pelomenos um deles deve ser oriundo de pases no pertencentes ao se resumir o funcionamento atua do Hr$o desou#o de controvrsias do Mercosu@*& Controvrsias entre Estados Partes: o +stado ou o particular pode
apresentar a reclamao% 5ara isso $' duas possi!ilidades:a6 Ga controvrsia podem esta!elecer o litgio "unto ao @#
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!6 5or comum acordo podem iniciar o procedimento diretamente ao @5E%& 0ecurso de 0eviso: na $iptese de iniciar o litgio no @#
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O resumo ori*inal indicava uma s(rie de jul*ados" 4ue" sinteticamente"apresentam os se*uintes entendimentos>
a3 Invia+ilidade de desi*na-o de parlamentares sem mandato eletivo pararepresentar o rasil no 0ercosul 20; H" ;T3&
+3 A de8ni-o do iter procedimental da internali,a-o de tratados do 0ercosul( o mesmo dos demais" j# 4ue 4uem o esta+elece ( a 1onstitui-o e n-o4ual4uer outro instrumento internacional 21R%A*R VHSC" ;T3
c3 Kara 5rodu6ir e7eitos no &rasil, os t'tulos o"tidos no e8terior de#emser admitidos e re-istrados 5or uni#ersidade "rasileira autori6ada5elo MEC 2A1 HCSBBBB" 0ARIA =]1IA =se a atua$%o dointeressado, *ue, no 5rocedimento tradicional, ; o res5ons+#el 5ordar in'cio ao 5rocesso de ?omolo-a$%o 5erante o ST3@Autoridade 1entral ( o Jr*-o 4ue +usca facilitar as rela!es entre os
Estados" concentrando as atri+ui!es referentes . coopera-o jurdicainternacional& Em *eral" se*undo disp!e o arti*o BB do Decreto nY &B" deBHS" o Departamento de Recupera-o de Ativos e 1oopera-o PurdicaInternacional 5 DR1I do 0inist(rio da Pustia e'erce as fun!es deAutoridade 1entral para a coopera-o jurdica internacional&E;;E KROTO1O=O AKENA; A1I=ITA A O0O=OGA1AO DE ;ENTEN1AE;TRANGEIRA" `
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S3 descri-o das formas ou procedimentos especiais com 4ue haver# decumprir%se a coopera-o solicitada?V3 4ual4uer outra informa-o 4ue facilite o cumprimento da carta ro*atJria&A carta ro*atJria dever# ser cumprida de ofcio pela autoridade jurisdicionalcompetente do Estado re4uerido" e somente poder# dene*ar%se 4uando amedida solicitada" por sua nature,a" atente contra os princpios de ordemp9+lica do Estado re4uerido&De acordo com o art& CY" a 7autoridade "urisdicional ter' competncia paracon$ecer das uest(es ue se"am suscitadas uando do cumprimento dadiligncia solicitada:& Ainda" a 7autoridade jurisdicional encarre*ada documprimento de uma carta ro*atJria aplicar# sua lei interna no 4ue serefere aos procedimentos:" devendo%se efetuar o seu cumprimento emdemora 2art& BH3&O referido cumprimento n-o implicar# o reconhecimento da jurisdi-ointernacional do jui, do 4ual emana&Dois arti*os importantes do Krotocolo>
#E@IJO ,9
#s sentenas e os laudos ar!itrais a ue se re.erem o artigo anterior teroe)c'cia e=traterritorial nos +stados 5artes uando reunirem as seguintescondi(es:a6 ue ven$am revestidos das .ormalidades e=ternas necess'rias para uese"am considerados autnticos nos +stados de origem%!6 ue este"am assim como os documentos ane=os necess'riosdevidamente traduzidos para o idioma o)cial do +stado em ue se solicitaseu recon$ecimento e e=ecuoFc6 ue emanem de um rgo "urisdicional ou ar!itral competente segundoas normas do +stado reuerido so!re "urisdio internacionalFd6 ue a parte contra a ual se pretende e=ecutar a deciso ten$a sidodevidamente citada e ten$a garantido o e=erccio de seu direito de de.esaF
e6 ue a deciso ten$a .ora de coisa "ulgada eLou e=ecutria no +stado emue .oi ditadaF.6 ue claramente no contrariem os princpios de ordem pA!lica do +stadoem ue se solicita seu recon$ecimento eLou e=ecuo%Os reuisitos das alneas 4a6 4c6 4d6 4e6 e 4.6 devem estar contidos na cpiaautntica da sentena ou do laudo ar!itral%
#rtigo ,,Quando se tratar de uma sentena ou de um laudo ar!itral entre asmesmas partes .undamentado nos mesmos .atos e ue ten$a o mesmoo!"eto de outro processo "udicial ou ar!itral no +stado reuerido seurecon$ecimento e sua e=ecutoriedade dependero de ue a deciso no
se"a incompatvel com outro pronunciamento anterior ou simultMneopro.erido no +stado reuerido%&o mesmo modo no se recon$ecer' nem se proceder' 7 e=ecuouando se $ouver iniciado um procedimento entre as mesmas partes.undamentado nos mesmos .atos e so!re o mesmo o!"eto perante ualuerautoridade "urisdicional da 5arte reuerida anteriormente 7 apresentaoda demanda perante a autoridade "urisdicional ue teria pronunciado adeciso da ual $a"a solicitao de recon$ecimento%
Ressalte>se *ue, nos termos do art@ B, a ades%o de *ual*uerEstado ao Tratado de Assun$%o, im5licar+ a ades%o ao rotocolo de4as 4eas@
No
7/24/2019 PONTO 5 - Direito Internacional
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tradicional s%o no sentido de ne-ar eAeFuatura carta ro-at)ria decar+ter e8ecut)rio, ou seruguai e promulgado pelo &ecreto nK ,%98 de /, de
novem!ro de /008 ue em seu arti$o *+ prev a eAecu#o desenten#as por carta ro$atHria% #ssim como no $' nen$um motivo deimpugnao o 0in& KRE;IDENTE" Decis-o Kroferida pelo2a3 0inistro2a3NE=;ON POI0" jul*ado em BBBHQ" pu+licado em DP HHBBHQ KK%H3