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Por mares de imaginação________________________________________________Augusto Bulo 1 POR MARES DE IMAGINAÇÃO Augusto Bulo Maputo junho de 2013

POR MARES DE IMAGINAÇÃO Augusto · PDF fileLabirintos da vida Longe estou da luz, Do alpendre do meu senhor De corpo e alma me entrego como penhor Sem truz e amor ao proximo

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Por mares de imaginação________________________________________________Augusto Bulo

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POR MARES DE IMAGINAÇÃO

Augusto Bulo

Maputo junho de 2013

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Por mares de imaginação________________________________________________Augusto Bulo

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Nome da obra: Por mares de imaginação

Autor da obra: Augusto Bulo

Edição: 1ª edição

É proibida a alteração do conteúdo desta obra. Esta obra só foi produzida apenas para leitura. Para mais informações contacte o autor pelos seguintes meios:

Correio electrónico: [email protected] 258 84 35 59 704 ou 21 470 500.

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Por mares de imaginação________________________________________________Augusto Bulo

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NOTA DO AUTOR

Por mares de imaginação é o primeiro encontro comigo mesmo a rabiscar os papéis, com os

meus primeiros poemas eclodidos. É o meu primeiro passo no deambulo do mundo da arte.

É por procurar-me tanto eu mesmo, que me encontro nesta obra. É por uma vez mais transcender

as barreiras do meu ser e os meus enigmas que nasce este retrato.

E em verdade nasce a obra por mares de imaginação já de a tempo a sangrar no ventre do poeta

grávido de poesias. Poesias trazidas de meu intimo que vai fotografando o mundo, na minha

jornada do tempo pelas ruas da grande Maputo, cidade de sol.

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Índice O renascer de um vencer .......................................................................................................................... 5

Vozes do infinito ..................................................................................................................................... 6

A voz do morto ....................................................................................................................................... 7

Poema de amor ........................................................................................................................................ 8

Assim estrovo as palavras ........................................................................................................................ 9

Ao silencio do Mundo Inspiru-me ao Infinito ......................................................................................... 10

Leva-me à distante ................................................................................................................................ 11

Ao vivo em minha alma ......................................................................................................................... 12

Êxtase ................................................................................................................................................... 13

Tarde dos meus dias .............................................................................................................................. 14

Os dias de minha poesia ........................................................................................................................ 15

Musica do coração ................................................................................................................................. 16

Labirintos da vida .................................................................................................................................. 17

Poesia de minha fonte ............................................................................................................................ 18

Samora Machel ..................................................................................................................................... 19

Afro ...................................................................................................................................................... 20

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O renascer de um vencer

Assim amo mais

O poeta que sou e corri mais,

E é para as utópias

Quando penso para distante

Digo-te que estou em todo lugar,

Digo-te também que nunca me encontraras

Para não caminhardes e tentardes ser como eu,

Porque vivo na imaginação

Das minhas utopias

Assim mesmo

Imaginadamente escrevo,

O que trago do além.

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Vozes do infinito

Eu sou a voz que o surdo fingi audir

Nao sei se o vim acudir,

Eu sou

Chama e fornalha dos ventos,

Musica e arpa dos tempos.

Também sou o ruir dos vagabundos,

Sou também o canto dos difundos.

Eu sou também quem não sou

Quando ignorão-me,

Mas em uma vez só

Deixe-me ser seu templo.

eu sou a voz que abrigo os mortos.

sou também um karingana

para os mufanas.

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A voz do morto

Habitarei de amor o meu semblante,

E a minha solidão infante

Solidão estranha e voz ganida

Morri!

Não pude ir ao meu próprio funeral,

Ando ocupado, atrás de quem me matou

Para vingar minha morte…

O camponês com a sua alfaia

Fará de mim estrume,

Mas os deuses com a minha alma

Farão xituculumucumba.

Apagaram-me a chama

Estou pronto para virar o que for que seja.

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Poema de amor

Mil estrelas para ti.

Nesta terra não estejas magoada

Nesta terra não andes abalada,

Nesta e naquela ha paz.

Mil estrelas no teu coração,

Atravessando os seus sentimentos,

Na certeza e na emoção

Mil estrelas somos nós.

Mil estrelas, dois corações

Mil estrelas, duas sensações

Assim minha flor é seguirmos a estrada

E veremos onde pairá esta noitada.

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Assim estrovo as palavras

Assim estrovo as palavras

Intoléraveis que formam poemas

Descrevendo mares

Que desde a infáncia naveguei.

E depois

Com estas palavras enchergarei

E me desviarei

Do faraó dos mares.

Aqui

Nao sigo sozinho,

Há sempre palavras em meu caminho,

Mas quando caminho

Forman versos

E agaram-me em poesias.

As palavras

São misteriosas

Em certos instantes são motivantes

Em momentos de dor ferem,

Para mim são o meio com o qual lavro arte.

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10

Ao silencio do Mundo Inspiru-me ao Infinito

Ao siléncio das cidades

Transcendo o meu ser

E inspiru-me ao infinito

Retrantando o finito.

E com um olhar

Entrego-me ao recinto

Do meu castelo de amor

Sem quaisquer tremor

sobre os mares.

No fundo do mar

Desvendarei mistérios

escritos em minhas poesias.

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Leva-me à distante

Solta-me a alma desse refúgio que é a solidão

Leva-me contigo aos grandes montes

E quebranta meu coração.

Ama-me enquanto estou

E derrota esta aflição,

Invade-me o pensamento

Antes que morra

Este enorme desejo que tenho de ti

Porque amo infinitamente imaginário.

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Ao vivo em minha alma

Ao vivo em minha alma

Vendo o mundo pela janela

Olhando-me os dogmas

E meus enigmas cravados em mim

Guardados pelo tempo em minha mente.

Sendo assim a vida me faz

Um solitário infeliz em minha janela

À apagar-se a vela

Tornando-me o dia em noite,

Mas um dia despertarei

E em centésimos do tempo cantarei,

E serei

Um eterno em minha janela.

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Êxtase

Sonhei com isto toda minha vida

Não é estranho, hoje sorriu para mim.

Mas se um sonho

Não fosse uma ilusão

Não sei do que seria vida.

Viver é um sonho

Sonhar é viver.

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Tarde dos meus dias

Quero ser poeta como os gandes homens

Que sonham jovens pintando a vida para ser poéma

Quero ser poeta para caminhar livre,

E sonhar céptico um futuro épico.

Quero ser poeta que da voz ao papel,

Ser sonho e caneta enrolando por um anel,

O brilho das palavras

Quero ser poeta como os outros também

Que imortalizam as palavras,

Quero ser poeta para voar nos versos da vida

E abraçar o amor sem mãos

Sonhar com as palavras

Sem siquer as ver.

Quero ser poeta na dimensão dos meus dias

Como culto vivo dos justos,

E doutrina dos meus gestos na religião dos dias.

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Os dias de minha poesia

Nunca temerei

De ser o poéta que sou

Mesmo quando as vozes

Me disserem que não sou

Nunca aceitarei

E é aquele que sou

Quando me sinto vivamente

Em vales de certeza

Ao aceitar-me que sou

Firmemente, um escravo das palavras.

Quando mais altivo me sinto

Poeta do mundo.

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Musica do coração

Oiço o siléncio dos sons

O natural de instrumentos

Como toca acende-me a alma em todos cantos.

É timbila de zavala

Vejo em meus olhos

tha venáncio mbande.

Orquestrada com amor aos chopes

Desde aqueles tempos em que te tocavamos

E tu rebentavas-te dentro de guereiros

Suas cabaças guardam nossas lembranças

Madeira viva de antepassados sepultados

Timbila

Deixe-me falar de si

Proclamar-te patrimonio do mundo.

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Labirintos da vida

Longe estou da luz,

Do alpendre do meu senhor

De corpo e alma me entrego como penhor

Sem truz e amor ao proximo

Quando minha paz vem

Vou erguendo minha reflexao.

Rio na dor

E no encanto da vida…

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Poesia de minha fonte

Poesia de minha fonte

Alvoroço do meu monte

Meu monte de palavras

Entre corações e lareiras

Adolescência fortalecente

O desassossego de pessoa me fez subir crescente

E as suas cartas de amor tanbém

encontrarão meu ser.

Outrora recitei muito seus poemas

Hoje grito bebendo em minha fonte

E caminhando sobre o meu monte

Hoje me sinto um poeta

Me sinto rodeado de palavras

E de sentimentos alheios

Por isso nunca me senti só.

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Samora Machel

Ruínas do seu corpo

Em ti a razão de ser

Que jamais se vai esquecer

Pelo seu espírito colectivo

Retalhos da sua alma

Ouvem as vozes incipidas

Alegres e amarguradas

Herói.

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Afro

Mestiçagens aqui são

Pedaços de histórias

Recordações e glórias

De ser e querer ser raça

E não ser negro

Tendo o socialismo do mundo.

Entrelaços aqui fluem

Sendo dogmas e infelicidade

Ruindo a vida ao meio e a dor.

Abraços aqui cruzam-se

Como os mais reais reflexos de irmandade

Num país de desigualdades sociais.

Karinganas aqui sao

esculturas feitas de palavras

guardadas no tempo.

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SOBRE O AUTOR:

Augusto Moises Bulo, Moçambicano nascido em algures na cidade de Maputo é um dos novos

escritores emergentes. Desde cedo dedica-se a poesia. Das suas obras regista-se apenas: poema e

mar editada pela litaracartão.

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É proibida a alteração do conteúdo desta obra. Esta obra só foi produzida apenas para leitura. Para mais informações contacte o autor pelos seguintes meios:

Correio electrónico: [email protected] 258 84 35 59 704 ou 21 470 500.

FIM