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Por que Deus fez isso? C erto homem fez algo significativo no início do seu casamento. Ele se (continua na página 6) Uma Revista Cristã - Grátis Número 12

Por que Deus fez isso? C - lmsdobrasil.com.br da Verade 12-web.pdf · mais coisas ou que vivem em circuns-tâncias mais favoráveis que as nossas. Au-tomaticamente, isso implica que

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Por que Deus fez isso?

C erto homem fez algosignificativo no iníciodo seu casamento. Ele se

(continua na página 6)

Uma Revista Cristã - Grátis

Número 12

Esta revista é para distribuição gratuitae não pode ser vendida

ÍndicePor que Deus fez isso? . . . . . . .capaEditorial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3As bem-aventurançasIntrodução . . . . . . . . . . . . . . . . . .4

O compromisso matrimonial . . . . . .9Duki, o dominador . . . . . . . . . . . . .12

Seção para os paisA vida com um alcoólatra

Capítulo 10b . . . . . . . . . . . . . .13Pai, tu es responsável . . . . . . . . . .21

História bíblica:Jacó enganado, luta com um anjo .18

ReceitaBiscoitos de coco . . . . . . . . . . . . . .24

Seção para os jovensA busca do contrabandistaCapítulo 3 . . . . . . . . . . . . . . . . .25

Seção para as criançasConsciência por dez centavos . . . .30Atividade para crianças . . . . . . . . .34 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Se atravessares este valeassustador . . . . . . . . . . . .Contracapa

Desenho da capa: Olive Studios

Conselho Diretor:Dale E. HeiseyDuane NislyMark YoderPaul SchrockNoah SchrockHugo ValverdeJesús VillegasSanford Yoder

EditoresDuane NislyTheodore Yoder

La Antorcha de la Verdad

Apartado Postal #15Pital de San CarlosCosta Rica, C. A.

Tocha da VerdadeCaixa Postal 241Boituva-SP-Brasil

18550-970www.LMSdoBrasil.com.br

Impresso no Brasil pela Igreja Bíblica Anabatista com autorização expressa da Publi-cadora La Merced. Todos os direitos reservados

A PUBLICADORA LA MERCED é uma organização sem fins lucrativos que tem oobjetivo de divulgar o evangelho, de propagar a doutrina bíblica e saudável e de apresentar conselhos práticos para a vida cristã em países latino-americanos.

Querido leitor:

Gostaria de fazer a você algumas perguntas, mas não as respond

a

ainda. Você sente que sua vida tem um propósito? Você s

e sente

realizado no que está fazendo? Você

tem encontrado verdadeira

satisfação em sua vida? Essas são perguntas com

uns, no entanto,

quantas delas você tem que responder de

forma negativa?

Em uma conversa recente, pude ver a real

importância dessas

perguntas. Encontrei-me com um casal europeu que

visitava nosso

país. O homem falou de sua vida como fotógrafo profis

sional. A

princípio, havia trabalhado na área

de fotografia jornalística para as

Nações Unidas em viagens especiais às terras da Pale

stina. Em

seguida, ofereceram-lhe um trabalho muito lucrativo na á

rea de

fotografia publicitária e de modas. Porém, com o tempo, ele se

decepcionou muito com seu trabalho. Descobriu que mesmo nesse

alto nível da sociedade sempre ficava um vazio; não encont

rava

verdadeira satisfação. Então, ele de

ixou esse trabalho tão lucrativo

e vendeu sua casa para fazer uma viagem desde o Alasca, n

a

América do Norte, até o Chile, na América do Sul. Seu

interesse é

conhecer muitos lugares, capturando em fotografias a ver

dadeira

beleza dessa terra, e conhecer as p

essoas deste mundo. No

entanto, confessou-me que sua busca ai

nda continuava e que ainda

não sabe se encontrou o que satisfa

z de verdade.

O que esse homem buscava? O que todo mundo busca?

Deus criou o homem à sua imagem (Gênesis 1:27). Ele colocou

no homem um vazio que somente ele pode satisfazer. A

verdadeira satisfação não se encont

ra em nenhuma coisa

terrenal. Deus preenche esse vazio q

uando nos arrependemos de

nossos pecados e recorremos a ele para que

nos limpe de nossos

pecados por meio do sangue de Jesus. Ao nos subm

etermos ao

plano perfeito que Deus tem para a humanidade, encontra

mos a

única realização verdadeira para no

ssa vida. Você já encontrou?

Duane Nisly

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EE DD II TT OO RR II AA LL

Oque cada pessoa mais deseja ésentir-se feliz. Se analisarmosbem, concluiremos que quase

todo esforço humano, direto ou indireto,tem como objetivo encontrar a felicidade.Na realidade, o que a maioria das pessoasbusca é um sentimento eufórico, prazeroso ou alegre. Querem aproveitar avida.

Satanás e o mundo têm nos enganadofazendo-nos pensar que a felicidade se al-cança quando a vida nos trata bem; nos dácoisas como riquezas, poder ou fama. Acre-dita-se que as pessoas que conseguem essascoisas devem estar felizes. Isto é, acredita-se que as coisas deste mundo podem pro-porcionar-nos esses sentimentos defe li cidade que anelamos.

Não obstante, a realidade do assunto é que com esta mentalidade mundananão se encontra a felicidade verdadeira. Sempre vemos outras pessoas que têmmais coisas ou que vivem em circuns -tâncias mais favoráveis que as nossas. Au-tomaticamente, isso implica que elas

devem estar mais felizes ou alegres quenós. Isso produz em nós inconformismoe, como resultado, a infelicidade.

Em vez disso, as pessoas que conseguiram riquezas, o poder e a fama,são muitas vezes as mais infelizes detodas. É evidente que as coisas destemundo não podem nos dar felicidade. Oapóstolo João sabia do que estava falando quando disse que o mundo e seus desejos passam (1João 2:17). Abusca pela felicidade nas coisas passageiras deste mundo é uma ilusão.Embora essas coisas possam dar-nos prazer momentâneo, não podem tornar-nos felizes (Eclesiastes 2:10-11). A razãopara isso é que a verdadeira felicidade, aocontrário do que muitos pensam, não éprimariamente um sentimento.

Os psicólogos nos dizem que a felicidade é o fruto de uma autoestimasaudável. Nos é dito que a pessoa que vivesem felicidade é uma vítima de danos emsua autoestima. Portanto, culpa-se outrosou às circunstâncias por não se ter

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Philip Yoder

A sJesus nos convida a uma vida feliz

Introdução de uma nova série de ensinamentos

Bem-aventuranças

alcançado aquelas coisas que dão felici-dade. O resultado dessa maneira de pensaré crer que todos somos vítimas; que nãosomos responsáveis pela depressão nempela obstinação que sentimos. No lugar dafelicidade, essa mentalidade produz pes-soas que se consideram as vítimas de suasdificuldades; são intocáveis e vivem depri-midas e ressentidas pelas dificuldades davida.

O que é, de fato, a verdadeira felici-dade? Onde podemos encontrá-la?

A verdadeira felicidade é mais que umsentimento prazeroso ou emocionante. Ésentir que a vida tem sentido e propósito.É sentir-se satisfeito com a qualidade devida que se vive. É sentir-se alegre com acondição de vida que se tem.

Em Mateus 5, Jesus nos dá a receitapara experimentarmos uma vida que sa-tisfaz os anseios mais profundos do cora-ção; que nos leva a desfrutar doverdadeiro bem da vida. Ele nos ensinaque a verdadeira felicidade não está emque a vida nos proporcione circunstân-cias que sejam de nosso agrado, e sim, nasatitudes que temos para com nós mesmose para com as circunstâncias que enfren-tamos. Ela não está no que a vida nospode dar, e sim, em com que atitude en-frentamos a vida. Jesus disse que são“bem-aventurados”, felizes, afortunados,abençoados, aquelas pessoas que adotamas atitudes que Ele oferece.

Essas atitudes, à primeira vista, são to-talmente contrárias à lógica humana. Masquando as analisamos bem e quando as ex-perimentamos, percebemos que Jesus temrazão.

Por exemplo: Jesus disse que são feli-zes “os pobres de espírito” (Mt. 5:3). A pa-lavra “pobre" que Jesus usa significamendigo. Quem pensaria que um men-digo é feliz? Mas, quando aceitamos quesem Deus não somos nada, que somos to-talmente dependentes dele, e mais, quepor nossos pecados merecemos a morte,qualquer bênção, desde o fato de estarmosvivos em diante, sentimos como se fosseuma grande riqueza. Quando enumera-mos as tantas coisas que temos (saúde, osuficiente para comer e vestir, onde viver,família e amigos, etc.), elas nos fazem sen-tir verdadeiramente bem-aventurados. Epensar o que nos espera no reino dosCéus! Que felizes somos! Não é pobre oque tem pouco, e sim, é pobre o que nãoagradece pelo que tem.

A felicidade, portanto, está nas atitu-des com que vemos a vida e suas circuns-tâncias. Jesus nos convida a aceitar suasatitudes. Ele nos convida a uma vida ver-dadeiramente alegre e feliz. O que acon-tece é que, para alcançar isso, temos quedeixar que Deus mude nossa maneira depensar.

Em Mateus 5, Jesus está descrevendoas atitudes que podem nos fazer sentir ver-dadeiramente bem-aventurados. Nos pró-ximos números de “A Tocha da Verdade”vamos analisar essas atitudes que Jesus re-comenda para sermos felizes. Convidamosvocês a estudá-las, aceitá-las para sua vida,e ser uma pessoa verdadeiramente bem-aventurada.

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6

ajoelhou junto com sua esposa e em sua oração prometeu a Deus o seguinte:— Oh Deus, nós prometemos dar-te sempre uma porção das nossas entradas; se-

remos teus mordomos.Durante muitos anos, o casal cumpriu fielmente seu pacto com Deus. Porém,

chegou o dia quando começaram a acumular muitas riquezas. Chegou a tal ponto deser o homem mais rico da comunidade. Ele tinha a casa mais luxuosa, seu sítio era omelhor e tinha o melhor gado em toda a região. Mas, com o passar dos tempos, co-meçou a reter mais e mais a parte que ele havia prometido a Deus. Chegou o mo-mento em que ele abandonou por completo seu compromisso com Deus.

A este homem nasceu uma filha preciosa, mas foi surpreendido pela morte, dei-xando um grande vazio no coração do pai. Mas, em vez de suavizar seu coração paracom Deus, essa experiência só serviu para endurecê-lo mais. Seu coração se endureceucada vez mais. Deixou de assistir aos cultos. Não queria escutar a pregação do evange-lho. Quando alguém se aproximava para lhe falar de sua necessidade ele se aborrecia eamaldiçoava a Deus, dizendo:

— Não quero ter nada a ver com Deus. Ele me tirou a minha filha. Eu o odeio!Eu o odeio! Não servirei jamais a um Deus assim. Nunca mais terei nada a ver comele.

Chegou o tempo em que a igreja realizou uma campanha de evangelismo. A es-posa se entregou a Deus nessa campanha, mas não teve coragem de convidar o evan-gelista à sua casa. Então, disse-lhe assim:

— Ore a Deus, e eu perguntarei ao meu esposo se ele me permite convidar você ànossa casa.

Fizeram exatamente assim, e o homem respondeu:— Pode vir, mas não permitirei que fale do seu Deus. Caso contrário, eu o expul-

sarei de casa.A esposa disse ao evangelista o que seu esposo havia dito. Ao escutar isso, o evan-

gelista disse à senhora:— Rogue a Deus que me ajude, dando-me sabedoria para falar o que devo falar e

para fazer o que devo fazer.Com esse acordo, o evangelista chegou à casa deles. Foi recebido pela senhora

com muita cortesia. Logo, ela avisou ao seu esposo que o evangelista havia chegado.— Não quero vê-lo!, resmungou o esposo.Chegou a hora do almoço e todos se aproximaram da mesa para comer. O

homem também se aproximou e lhes disse:— Imagino que vocês queiram orar antes de comer. Está bem, mas nesta casa

Por que Deus fez isso? (capa)

não é permitido orar mais do que somente para pedir a bênção pela comida. — Emseguida, ele começou a falar de política. O evangelista também se uniu com ele naconversa.

Depois de conversar um bom tempo sobre o clima e sobre a comunidade, ohomem disse ao evangelista:

— Bom, tenho que ir ver as ovelhas.Imediatamente, o evangelista revelou interesse nas ovelhas e perguntou ao

homem:— Eu gostaria de ver suas ovelhas. Posso acompanhá-lo?A essa altura o evangelista havia ganhado certa confiança desse homem. Parecia

que ele sabia um pouco de qualquer coisa e demonstrava interesse em qualquer assunto.

Continuaramconversando sobrevários tipos degado e o evangelista pareciaespecialista no as-sunto.

— Tenhooutro rebanho deovelhas ainda me-lhor que estas quesão de excelentequalidade. É umrebanho de trinta ecinco ovelhas deraça fina. O pro-blema é que estãolonge em outrorancho.

— Eu gostariade ir vê-las — disseo evangelista.

Podemos ir agora?Juntos, foram ver o rebanho de ovelhas finas nas campinas do outro rancho.— Na realidade, esse campo fica longe demais de casa, falou o homem. Eu gosta-

ria de mudá-las para mais perto de casa, mas se não puder fazê-las atravessar o riacho,terei que levá-las pelo caminho, o qual é bem longe.

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O evangelista orou em seu coração a Deus: “Pai, dá-me as palavras certas”.O homem continuou:— Se eu levasse esse cordeiro ao outro lado do riacho, seus balidos atrairiam as

ovelhas do rebanho e todas cruzariam o riacho.O evangelista ficou pensando em como alcançar o coração desse homem que pa-

recia um especialista em ovelhas. “Pai, o que digo a este homem?” perguntou.Nisso, virou para o homem e disse:— Você está me tratando muito bem. Tivemos uma conversa muito agradável

nessa tarde. Também, me agradou muito poder conhecer seu excelente rebanho deovelhas. Porém, não quero ir sem primeiro dizer-lhe uma palavra a respeito da sua sal-vação...

— Não, não, não! exclamou o homem. — Não me diga nem uma palavra sobreseu Deus. Ele tirou a minha filha. Me diga por que Deus fez isso? Com isso, ele co-meçou a amaldiçoar a Deus novamente.

O evangelista ficou pensando consigo mesmo. “O que eu faço agora, Deus?” per-guntava. Em seguida, carregou um cordeirinho e caminhou em direção ao riacho, en-trou na água e passou para o outro lado. Então, colocou o cordeirinho no chão nooutro lado do riacho. O cordeirinho começou a balir com angústia por sua mãe queestava no lado oposto do riacho. A mãe se aproximou da água e demorou poucotempo até que ela deu um pulo na água para cruzar o riacho e sair do outro lado juntoda sua cria. Com isso, todas as outras ovelhas correram até o riacho e cruzaram até ooutro lado da mesma maneira. Ao ver isso, o homem olhou para o evangelista e lhedisse:

— Ei, por que você fez isso?— Quer que eu te diga? perguntou o evangelista. — Deus levou a sua filha. Você

havia esquecido de Deus. Embora você havia prometido servi-lo, e sempre ser seumordomo, você abandonou seu compromisso com Deus por tantos envolvimentoscom as coisas desse mundo. Você estava nessa situação quando Deus veio e levou asua cordeirinha e a colocou do outro lado. Sua cordeirinha está do outro lado e estáchamando você.

— Como é possível! Nunca tinha pensado assim!, exclamou o homem. Depoisde um longo silêncio, o homem pôs os braços no pescoço do evangelista. — Vouatender a esse chamado. Vou entregar a minha vida a Deus novamente.

Amigo leitor, fará você o mesmo? Deus está lhe dando mais uma oportunidadepara entregar a sua vida a ele. Hoje você pode ser reconciliado com Deus.

Extraído de: The Highway and Hedge EvangelEm: John Three Sixteen

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“Você promete, diante de Deus e destas testemunhas, tomar __________ comoseu legítimo esposo. Você o amará e o estimará na saúde e na doença, na prosperidadee na adversidade; compartilhará com ele as alegrias e as tristezas da vida; será pa-ciente, bondosa e amável com ele; viverá com ele em paz como corresponde a umacristã fiel; e deixando a todos os outros, se conservará somente para ele enquantoambos viverem?

Essa frase do voto matrimonial da esposa é diferente ao voto do esposo. Umdos propósitos principais de Deus ao criar a esposa foi para ser companheira.

Em Gênesis 2:15-24 lemos que quando Adão deu nome aos animais não encon-trou alguém que fosse uma companheira para ele. Deus disse: “Não é bom que ohomem esteja só; far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea”. No voto da es-posa, ela promete compartilhar com seu esposo as alegrias e tristezas da vida. Atristeza, quando se compartilha com outra pessoa, parece aliviá-la. Que bênção échegar em casa depois de um dia de trabalho e encontrar a esposa na porta di-zendo alegremente: “Bem-vindo! Como foi o dia hoje?” Uma parte essencial nolar cristão é ter com quem compartilhar os eventos do dia, quer sejam provas oualegrias.

Lembro-me de uma vez que levei as crianças comigo ao escritório em umaocasião em que minha esposa não estava em casa. Retornamos antes dela e ascrianças corriam por toda a casa buscando a mamãe. Para eles era estranho que amamãe não estive em casa; e assim deve ser.

Compartilhar com ele as alegrias e as tristezas da vida

O compromisso matrimonial

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Segunda parte(A primeira parte foi publicada em Tocha no. 7)

Votos. Os votos significam algo hoje? Sevocê é mulher casada, deve ter feito votos se-

melhante ao seguinte:

Em geral, a mulher compartilha mais facilmente o que sente do que ohomem. Para nós, homens, é difícil compartilhar as coisas íntimas de nosso cora-ção. O homem precisa da ternura da mulher para ser motivado a compartilhar. Aesposa que aprendeu o segredo de compartilhar com seu esposo e o ajuda a com-partilhar com ela, na verdade, tem cumprido o mandamento bíblico de ser umaauxiliadora idônea. Todas as frustrações e as provas da vida se tornam muito maisfáceis com tal companheira a seu lado. “O seu valor muito excede o de finas joias”(Provérbios 31:10).

Como podemos conviver em paz? Para manter a paz, é necessário manter acalma e a tranquilidade todos os momentos. Levantar a voz é permitido

quando tem um incêndio na casa, mas na vida normal não devemos procederassim. Quando convivemos em paz, conseguimos resolver os problemas. Certa-mente haverá mal entendidos e frustrações. Mas, em tais casos devemos atacar oproblema, não o cônjuge. “Segui a paz com todos"”(Hebreus 12:14), inclui tam-bém o cônjuge.

Conviver em paz com o nosso cônjuge requer esforço. Requer lidar severa-mente com nossa obstinação e astúcia. Faça a si mesmo estas perguntasquando se encontrarem em um conflito: “Estou, verdadeiramente, tentandochegar a um acordo com meu cônjuge ou estou tentando provar que tenho arazão e meu cônjuge está equivocado?” É necessário diligência para ver comoresolver o desacordo de maneira pacífica. Conheço um homem que, certo dia,fez o seguinte comentário: “Creio que a guerra é má; em vez de ir para aguerra, casei-me”. É certo que um aspecto da paz é a ausência de guerra ouconflito. E, embora não seja bom comparar um casamento com a guerra, mui-tas vezes essa é a realidade. No entanto, querido amigo, é muito mais desejávelbuscar viver juntos em paz, e essa também é a vontade de Deus. “Bem-aventu-rados os pacificadores; porque serão chamados filhos de Deus” (Mateus 5:9). La-mentavelmente, essa bem-aventurança se perdeu em muitos lares. Mas Deusnos ajudará se lhe pedirmos humildemente. Ele deseja que vivamos juntos empaz.

Lembro-me que minha esposa certa vez perguntou ao pastor se ela podia terciúmes de mim. O pastor lhe respondeu que sim, desde que seja da mesmamaneira que Deus é ciumento. Ele quer que todo nosso amor seja

Viverá com ele em paz

Deixando a todos os outros

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direcionado a ele. Não podemos servir a Deus e a Satanás. O apóstolo Pauloafirma isso dizendo que somos um povo exclusivamente (especial) para Deus(Tito 2:14). Temos a característica de pertencer unicamente a Deus. Somos ex-clusivamente dele. Assim também deve ser o relacionamento matrimonial. Per-tencemos unicamente a uma pessoa.

Não existe coisa que possa ferir mais rapidamente o coração que ver o cônjugedar sua atenção para outra pessoa. Paquerar outra pessoa não somente fere o côn-juge, como também brinca com os sentimentos da outra pessoa. Arruína tambémmeu próprio amor para com meu cônjuge. Por essas razões é pecado. Por que de-sejaríamos ferir nosso cônjuge? Nosso compromisso é o de agradar essa pessoaúnica com quem nos comprometemos por toda vida.

Durante o tempo de namoro, não faltavam maneiras de agradar nosso namo-rado ou namorada. Sobravam motivos para estar juntos. Jamais passava-se pela ca-beça sair com outra pessoa. Evitávamos qualquer coisa que pudesse atrapalharnossa amizade. Mas, lamentavelmente, depois de vários anos de casados, muitosse esquecem de continuar apaixonados pelo seu cônjuge. Enquanto o cabeleireirocortava o cabelo de William Jennings Bryan, perguntou-lhe se poderia cortar ocabelo bem curto. O Sr. Bryan respondeu: “Quando minha esposa e eu éramosnamorados, ela não gostava que meu cabelo estivesse muito curto. Por isso, deixeio cabelo crescer um pouco mais”. “Mas isso já faz anos”, respondeu o cabeleireiro.“Certamente já poderia cortá-lo”. “Por quê?” replicou Bryan. “Ainda estamosapaixonados”.

É preciso pedir a Deus que purifique nossa mente e nossos olhos para poderresistir à tentação da infidelidade. Lembre-se que prometemos deixar todos os ou-tros por uma pessoa. Conserve-se somente para ele ou ela enquanto ambos vive-rem. “E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e avossa mente em Cristo Jesus” (Filipenses 4:7). Lembro-me do que José dissequando foi tentado pela esposa de Potifar: “Como, pois, cometeria eu tamanhamaldade e pecaria contra Deus?” (Gênesis 39:9). Uma das estatísticas mais lamen-táveis da atualidade é a quantidade de casamentos destruídos por causa do adulté-rio. “Achará açoites e infâmia, e o seu opróbrio nunca se apagará” (Provérbios 6:33).Sejamos como José e fujamos da tentação. Deus nos ajudará se fizermos nossaparte de deixar todos os demais.

–Allan MillerReaching Out

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DUKI, O DOMINADOR"Não tenha cada um em vista o que é propriamente seu, senão também

cada qual o que é dos outros” (Filipenses 2:4)Duki é um cachorro. Mas Duki não era um cachorro de rua. Existe uma força

poderosa que o mantém perto de casa. Essa força poderosa é seu próprioegoísmo. Duki vive com um temor constante de queseu dono acaricie o gato. Duki crê que todas as ca-rícias devem ser reservadas para ele. Às vezes,quando o dono chega em casa à tarde, Duki correàs pressas para encontrar com seu dono e, comisso, faz com que todos os gatos corram buscandorefúgio. Ele fica justamente na entrada, balan-çando o rabo e esperando ansiosamente a atençãoque o dono lhe dará.

De fato, Duki é só um cachorro. Por isso, po-demos desculpá-lo por seu egoísmo. Mas, quantasvezes nós, seres humanos, nos comportamos de

forma semelhante mesmo que de um modo mais sofisticado? Revela-se pela ma-neira em que dou atenção ao outro quando estou conversando com ele. Mal possoesperar que o outro termine para eu poder falar o que eu quero? Ou pior ainda,eu interrompo o outro para falar o que eu quero? Isso se revela quando sintoque devo receber reconhecimento por um trabalho bem feito. Revela-se quandome ofereço de voluntário para algo que me coloca em um lugar visível onde aspessoas podem me ver. Revela-se em não querer fazer os trabalhos que não sãovisíveis, e parecem ser demasiado humildes. É difícil reconhecer que o outrofez um bom trabalho e, ao mesmo tempo, receber satisfeito o louvor para mimmesmo? Para mim, é fácil dar ordens, mas é difícil me submeter às ordens dosque têm autoridade sobre mim?

Essas tendências dominantes vêm de nossa natureza carnal. Melhor se dei-xamos essas tendências a Duki e sigamos nós, discípulos de Cristo, o exemplodele.

O caminho à realização pessoal e à felicidade é procurar abençoar a outros.

—Gary MillerBeside the Still Waters

Vol. 12, Issue 1

12

Desfrutem juntas as coisas quepuderem desfrutar. Devido aque cada qual tem as suas pró-

prias amizades e faz a maioria das coisassem o companheiro, torna-se ainda maisimportante compartilhar as coisas queambos desfrutam.

Procuremos desfrutar o máximo pos-sível dos bons tempos. Em meu caso, nos-sas melhores ocasiões eram as quecompartilhávamos como uma família.

Lembro-me de uma viagem que fizemos aos lagos na região noroeste deOntário. Ema (nossa filha) havia

o que posso fazer?

A VIDA COM UM ALCOÓLATRA

Capítulo 10 (segunda parte)

SEÇÃO PARA OS PAIS

13

oferecida um tempo de serviço voluntá-rio ali como professora da escola bíblicaentre os indígenas. Eu desejava que Eu-gênio a levasse, pois, tinha certeza de queele gostaria muito do ambiente natural elimpo dos bosques.

Eugênio estava resolvido a não viajar.Acho que ele temia o ambiente espiritualque esperava encontrar nesse lugar. Noentanto, o Senhor mudou a sua forma depensar e ele decidiu fazer a viagem.

Enquanto estávamos nessa região, eudesejava entrevistar um dos missionáriospara recolher mais informações que ne-cessitava para um de meus livros. Para en-contrar-me com esta pessoa, um pequenoavião da missão devia levar eu e Eugêniopara a reserva indígena onde se encon-trava o missionário.

O pequeno avião que nos levoudesde o Red Lake (Lago Vermelho) atéo Deer Lake (Lago do Veado) tinhauma capacidade para oito passageiros elevava grandes flutuadores para decolare aterrissar na água. Eugênio desfrutoumuito desse voo! Ele se parecia a ummenino com seu brinquedo novo.Queria aprender tudo sobre o manejodo pequeno avião. Ele olhava para osinstrumentos dos painéis e observavacomo o pequeno avião reagia diantedas manobras do piloto. Os olhos deEugênio observavam com atenção parao bosque e lagos em busca de algumalce.

Havia um vento forte durante os no-venta minutos de voo, e quando aterris-samos no Lago do Veado, as ondas

faziam espumas brancas por causa dovento.

Nosso plano original era que ficaría-mos apenas o suficiente para realizar-mos a entrevista. No entanto, o ventoaumentou de força e durante quatrodias, fez com que as ondas ficassemmaiores e levantassem muita espuma.Tornava-se impossível que o pequenoavião regressasse por nossa causa, vistoque não podia aterrissar sobre aquelelago agitado.

Nosso anfitrião, um missionário, co-meçou por pedir a diferentes homensque dirigissem a oração pelos alimentosantes das refeições. Eu senti a profundainquietude de Eugênio e sabia que es-tava preocupado com a chegada da suavez. Falei em particular com o missioná-rio e logo Eugênio se tranquilizou. Nãosei o que se passou, se foi porque Roy (omissionário) e eu oramos, ou se foi queRoy disse algo a Eugênio. De qualquerforma, a tensão de Eugênio desapareceue desse dia em diante desfrutou da suaestadia no bosque. Ele ocupou o seutempo em ajudar a construir um cami-nho dentro da reserva indígena, uma ta-refa para o qual o seu conhecimento foide muita ajuda.

Eu ocupei o meu tempo ajudando aesposa do missionário a lavar e a passar aroupa e também a cozinhar, a limpar e alavar os pratos. A energia elétrica eraproduzida por meio de um gerador.

Quanto a Eugênio, ele gostou muitoda vida do bosque, e até mesmo elogiouo nosso anfitrião missionário.

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Quando Ema, mais tarde retornoupara trabalhar por um ano neste mesmolugar, eu e Eugênio, levamos os nossos fi-lhos para visitá-la. Exploramos umamina de ouro e pescamos num dos tran-quilos lagos. Ema se feriu numa das mãoscom um anzol de pesca nessa aventura.E como não havia nenhum médico pró-ximo, Eugênio, com muita habilidade esua navalha, conseguiu retirar-lhe oanzol.

Uma evidência do muito que Eugê-nio desfrutou da visita nestes bosques,surgiu quando nos preparamos parabuscar Ema ao finalizar a sua estadia.Dois amigos de Eugênio que tambémeram empregados do Departamento deVias nos acompanharam. Eugêniohavia falado com tanto ânimo sobre asua viagem ao norte, que Jack e Ro-drigo também desejaram conhecer a região.

Eugênio e eu viajamos no nosso au-tomóvel, enquanto Jack e Rodrigo comsuas esposas nos seguiram em outro.Nós íamos à frente e eles se esforçavamem nos acompanhar, mas não foi fácil,visto que o nosso automóvel era maispossante do deles, e além disso, Eugêniogostava de correr.

Fizemos esta viagem no final demarço. Nesta época do ano, o norte deOntário ainda estava congelado e co-berto de neve. Isto não desanimou osamigos de Eugênio. Eles acompanha-ram Eugênio e Ema numa viagem aobosque em motos de neve em busca deuma tora de salgueiro que Eugênio

queria. Por acidente, Ema saiu comuma das motos justamente no mo-mento em que Jack montava na dele,provocando que ele caísse na neve. Du-rante muitos anos isso provocou risosentre nós.

As esposas dos amigos de Eugênio,Nancy e Linda, ficaram encantadascom os bebês índios de olhos tão ne-gros. Elas desejavam levá-los para casa.E por muitos anos depois, Jack falou devoltar a esse lugar numa viagem depesca durante o verão, mas isto nuncaaconteceu.

Como disse anteriormente, Eugêniose mantinha sóbrio quando viajávamos.O frescor e a calma desses dias eram se-melhantes a um oásis no deserto. Essestempos ajudaram a unir a família e acurar as feridas de outros tempos maisproblemáticos.

Estes dias de viagens nos libertavam,sobretudo, da tensão resultante do com-portamento imprevisível de Eugênio.Durante estes curtos períodos de tempo,podíamos estar seguros de que não pas-saríamos nenhuma vergonha, nem crisedevido ao seu vício. Através dos anos,Eugênio e eu fizemos quatro viagens aoLago Vermelho.

Muitos dos tempos felizes quecompartilhamos como família, surgiram devido ao nosso interessecomum pelas montanhas. Eugêniohavia sido criado numa região isoladade montanhas, e por isso ele adquiriumuito conhecimento de seus arredores.

15

Por exemplo, ele sabia quais plantaspodiam ser comidas e quais podiam serutilizadas para fazer um chá. Sabia quaiscarvalhos produziam bolotas doces equais produziam as amargas. Ele tam-bém reconhecia as árvores que davam amelhor madeira para lenha e os que ser-viam para fazer móveis e postes paracerca.

Eugênio era fascinado pelos animaissilvestres. Eu ficava maravilhada com asua habilidade de entrar no bosque e“fazer a sua leitura” por meio da evidên-cia que encontrava: o rastro de diferentesanimais, suas pegadas no solo, os sulcosnas árvores deixados pelos ursos, pelosveados ou pelos alces, ou as folhas mor-didas pelos veados ao passarem. Cadauma destas coisas revelava a Eugênio asua própria história.

Eugênio tinha um excelente sen-tido de orientação. Frequentemente es-tacionava a sua camionete na margemde um bosque desconhecido, embre-nhava-se em busca de cogumelos ourastro de veados, e no final saía pelomesmo lugar por onde havia entrado.Esta habilidade lhe ajudava muito nahora de colher cogumelos. Eugênio foicriado comendo estes manjares, e tantoele como os rapazes passavam muitastardes de verão nos bosques em buscadestes alimentos.

Eu admirava o conhecimento queEugênio possuía a respeito de cada ár-vore. Ele as distinguia tanto pela suaforma como pela sua casca. Podia também diferenciá-las tanto no inverno

austero que as deixavam sem folhas,como também no verão quando pos-suíam a sua folhagem verde, quer fossecarvalho, bordo, álamo ou bétula.

Esta habilidade de conhecer as dife-rentes árvores foi de muito proveitoquando os nossos filhos entraram no en-sino médio. Uma tarefa de biologia con-sistia em recolher e identificar umavariedade de folhas de árvores. Ainda melembro dessas excursões aos bosquespara recolher folhas como um tempoprazeroso de unidade familiar.

Antes de minha sogra morar co-nosco, a nossa família costumava sairpara dar uma volta pelo campo. Eugêniogostava do desafio de tomar um cami-nho desconhecido. Começava a aven-tura para averiguar onde terminaria ocaminho.

Certa tarde de domingo enquantoinvestigávamos uma estrada sem asfaltoa leste da montanha Massanutten, umpico destacado no Vale de Shenan-doah, descobrimos um forno de ferrorestaurado. Também encontrei umanova flor roxa, da família das ervilhassilvestres, a qual não encontrei nuncamais.

Nessa tarde caiu inesperadamenteum temporal e os rapazes ficaram en-charcados porque vinham na parte detrás da camionete, enquanto Ema, Eugê-nio e eu estávamos abrigados e secos den-tro da cabine. Contudo, foi uma tardeinesquecível!

Algumas vezes, Eugênio preparava o almoço enquanto os outros iam ao

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culto de domingo pela manhã. Ao re-gressarmos do culto, íamos às monta-nhas para um piquenique. Nesses diasainda existiam várias torres de vigilância nas montanhas nessa região.Haviam sido construídas com o propósito de vigiar no caso de haver in-cêndios nos bosques. No verão os tra-balhadores da floresta vigiavam desteslocais estratégicos. Eu não gosto de altura, mas Eugênio e os rapazes muitasvezes escalavam até a parte mais altadestas torres.

Na época em que meus pais iam àsmontanhas para dirigir a escola domini-cal, eu aprendi a apreciar as flores silves-tres. Meu pai comprou umaenciclopédia de flores silvestres que nosacompanhava fielmente cada domingo,assim como as Bíblias e o flanelógrafo.

Eugênio apoiou o meu interessepelas flores silvestres. Quase todas asprimaveras colocávamos as crianças naparte de trás da camionete, às vezescom alguns de seus amigos da igreja, efazíamos um longo passeio pelas montanhas em busca de flores. Ascrianças apreciaram e identificarammuitas das nossas espécies naturais nessas aventuras.

Eu me lembro de uma tarde de do-mingo quando Eugênio retornou a casatrazendo uma flor roxa muito bonita quetinha um aspecto diferente. Com muitaalegria ele me presenteou e perguntou seeu sabia que tipo de flor era.

— É uma estrela cadente (Dodeca -

theon) — respondi imediatamente.— Ah! — respondeu, — pensei que

havia encontrado algo desconhecido.— Mas, realmente encontrou — as-

segurei-lhe, — é a primeira vez na minhavida que vejo uma pessoalmente.

— Então, como sabe o que é? —perguntou.

Expliquei que devido às muitas vezesque havia folheado a enciclopédia, ten-tando identificar outras flores, haviavisto essa, e, portanto, havia reconhecidoagora. Ele me compreendeu.

Quando lhe perguntei onde haviaencontrado a estrela cadente, ele medisse que Jimmy havia pedido que o le-vasse ao seu lugar de nascimento, o qualse encontrava na divisa com a VirginiaOcidental. Eugênio encontrou essa flornesta viagem.

Eu aprendi a cooperar com meumarido o máximo possível. Eu e meusfilhos nunca tardávamos em sair após otérmino do culto de domingo pelamanhã. Ao sairmos de casa para oculto, Eugênio já começava a prepararo almoço para todos nós. Portanto, sedemorássemos após o culto, ao re -gressarmos a nossa casa, a carne, as ba-tatas, e as outras comidas estariam friase teríamos que esquentá-las nova-mente. Nenhum cozinheiro gosta deesquentar novamente a sua comida,por isso tínhamos pressa em chegar acasa.

Houve umas poucas vezes nas quaisnão conseguimos chegar a casa tão logo

17(Continua na página 20)

JJAACCÓÓ EENNGGAANNAADDOO,,Uma lição

Jacó agora estava morando em Harã e queria se casar com Raquel, afilha de Labão. Jacó disse a Labão:— Vou trabalhar sete anos para o senhor se me der Raquel por

esposa.Labão concordou.No dia do casamento, trouxeram a noiva para Jacó. Como era

costume naquela terra, ela se cobriu com um véu grosso para ninguémver seu rosto. Então se casaram, mas depois quando Jacó levantou ovéu, descobriu que não tinha se casado com Raquel, a quem amava.Era sua irmã mais velha, Lia, a qual ele não amava de jeito nenhum!

Jacó ficou muito chateado por ter sido enganado, apesar de que elemesmo havia enganado seu pai de maneira semelhante. Mas Labãodisse:

— Na nossa terra, nós não permitimos que a filha mais nova se caseantes da mais velha. Vou dar Raquel para você, se você trabalhar paramim por mais sete anos. Jacó concordou e Raquel também veio a sersua esposa.

Depois de servir seu tio Labão durante vinte anos, Jacó ajuntou suafamília e seus pertences e foi embora de Harã. No caminho de volta aCanaã, sua terra natal, ele ouviu uma notícia que o encheu de medo.Ouviu dizer que seu irmão, Esaú, estava vindo ao seu encontro com400 homens. Jacó lembrou-se de que Esaú o tinha ameaçado de morte.

Naquela noite Jacó ordenou que sua família atravessasse o riachoprimeiro, pois ele queria ficar para trás para orar. Enquanto sozinho,Jacó sentiu que um homem o agarrou. Jacó lutou com este estranho atéo amanhecer do dia. O homem era um anjo de Deus. Ele abençoouJacó e mudou seu nome para Israel.

Quando Israel se encontrou com Esaú, fizeram as pazes um com ooutro.

Gênesis 29:15-35; caps. 30-32; 33:1-16

HISTÓRIA

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LLUUTTAA CCOOMM UUMM AANNJJOOmuito longa

1. Por que Labão enganou Jacó?2. Com quem Jacó lutou?3. Qual foi o novo nome que Deus deu a Jacó?

Usado com permissão de: Christian Aid Ministries, Berlin, OhioDo livro: 101 Histórias Bíblicas Favoritas © 1994

Livro completo disponível no site www.LMSdobrasil.com.br

BÍBLICA

Jacó luta com um anjo e recebe a bênção de Deus.

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“Os olhos do Senhor estão sobre os justos, e os seus ouvidos atentosao seu clamor” (Salmo 34:15).

Eugênio nos esperava. Era problemá-tico, mas tentamos suportar com pa-ciência a sua irritação. Quantas esposascujo marido se recusa a assistir ao cultocom elas, teriam o almoço prontoquando voltasse para casa? O fato deque o cardápio fosse quase sempre pre-visível não fazia a menor diferença. Eu-gênio era um bom cozinheiro — melhorque eu, segundo ele — e isso possivel-mente fosse verdade.

Quando Eugênio me pediu que ar-rumasse o forro do teto do nosso carro,eu tentei. Quando ele insistiu que eu oacompanhasse à sua reunião com os co-legas do exército, fui com boa vontade,ainda que me sentisse completamentefora de lugar. Não obstante, quando meconvidou para um baile de música coun-try, eu me neguei a ir.

Sempre me sentia incomodada aoviajar de carro com Eugênio quando eledirigia sob a influência do álcool. Agoraolho para trás e me pergunto se poderiater feito de forma diferente. Louvo aDeus pela sua misericórdia sobre nós.Eugênio nunca sofreu um acidente sérioenquanto dirigia embriagado. Cer -tamente, Deus protegeu a nós e tam-bém aos outros que transitavam pelasestradas.

Minha amiga Maria se recusa a viajarno carro com seu marido Diego quandosabe que ele bebeu algo. Certa ocasião,Maria e Diego decidiram visitar o seufilho. Depois de ter viajado por algumtempo, Diego pegou uma garrafa devinho que estava embaixo do banco e

bebeu um pouco. Maria o confrontou di-retamente. “Leve-me de volta para casa,Diego”, disse com firmeza. “Eu não sabiaque você tinha essa garrafa no carroquando aceitei visitar Sandy”. Diego alevou de volta para casa.

Eugênio não teria feito o mesmopara mim. Provavelmente, tal confrontoo teria irritado e o perigo resultante teriasido maior.

Ao concluir este capítulo, eu devorepetir novamente que você deve semprese lembrar de ser agradecida. Dê graçasa Deus pelos momentos de companhei-rismo que você e seus filhos conseguemdesfrutar junto a seu marido. Se você nãotem tais atividades, procure encontrar al-gumas em que todos possam participarcomo família.

Talvez vocês poderão montar jun-tos um quebra-cabeças, fazer uma co-mida favorita ou ler um livro em vozalta. Antes de Eugênio comprar a tele-visão, ele e eu passávamos muitos do-mingos pela tarde jogando dama. Ema,Keith e eu, desfrutamos de um jogochamado de Scrabble (Palavras Cruza-das). O Senhor guiará você para encon-trar algumas atividades familia res, se opedir. E uma vez que ele o fizer não seesqueça de agradecer!

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(Continua no próximo número.)

“Se eu sou responsável?” pergunta.“Desde o início. Sempre provi o ali-mento para minha família. Também nãolhes falta roupa.”

Bem. Você sabe que tem que ser res-ponsável. Mas, alguma vez já pensouquão responsável você é como pai de fa-mília em relação a outros assuntos refe-rentes à sua família? Você estáverdadeiramente cumprindo com a res-ponsabilidade que Deus te deu?

Instruir os filhos“Ensina a criança no caminho em

que deve andar” diz Provérbios 22:6, “eainda quando for velho não se desviarádele”. De que maneira podemos cum-prir com essa responsabilidade? Parainstruir bem a criança, é necessário queDeus tenha o primeiro lugar no seu lar.Seu filho deve ver claramente que vocêbusca primeiramente o reino de Deus esua justiça (Mateus 6:33). Seu filho vêque você toma tempo para ler e estudara Bíblia? Ou ele vê que você troca suavida de oração pelo trabalho ou diversões?

Deus deve ter o primeiro lugar, nãosó em sua própria vida, mas também navida da sua família. Uma maneira deensinar isso às crianças desde mui tenra

idade é realizar o culto familiar diariamente. Assim, a criança aprendea cantar, a orar e a escutar a Bíblia. Sempre que possível, cada filho deve tersua própria Bíblia. Devem ter su fi -cientes hinários para que todos possamcantar. É importante realizar esses cultos todos os dias sempre que possível. Seu filhinho ouvirá você orarpor ele diariamente. Essa é uma ma-neira muito importante de cumprircom sua responsabilidade de instruirseu filho.

Você pode demonstrar que Deustem o primeiro lugar em sua vida guardando o dia do Senhor. Seu filhovê que você faz preparações especiaisno dia anterior para que haja menostrabalho no domingo? Ele observa quevocê procura ficar livre de negócios,trabalhos sem necessidade e viagensdesnecessárias? É importante que seufilho veja que para você o dia do Se-nhor é muito especial, que você queragradar a Deus no que faz. Seu filhotambém deve ver o exemplo de umservo de Deus que visita aos irmãos, seocupa no evangelismo, e que frequentaas atividades e programas da igreja. Ensine a criança e dê um bom exemplo

PPaaii,, ttuu ééss rreessppoonnssáávveellElí Glick

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de alguém que põe a Deus em primeirolugar. Dessa maneira, ele aprenderá aservir a Deus também. Que alegria seráver seu filho servindo-o fielmente.

Criar um ambiente cristãoJá pensou, pai, que você é res -

ponsável por manter um ambiente cris-tão em seu lar? Esse ambiente cristãodeve ser um ambiente de amor. O amorune a família e deve começar com seupróprio exemplo. Ame seu cônjugeassim como a Bíblia ensina. Depoisame os seus filhos e ensine-os a se ama-rem entre si. Uma maneira importantede demonstrar esse amor é buscar sem-pre fazer o bem ao outro. A felicidadedos demais deve ser importante paravocê.

O ambiente do lar cristão tambémdeve ser de paz. Você é responsável pornão permitir brigas. Também é respon-sável por corrigir àquele que se meter embriga. Não permita que os filhos se irri-tem um com o outro. Nem permita quese comuniquem de maneira grosseira.Ensine-os a pedir perdão um ao outro.Busque estimular a ajuda mútua em suafamília, tanto no trabalho como nasbrincadeiras.

O ambiente do lar cristão deve ex-cluir o mundanismo. Alguns dizem quepodemos permitir um filho pequenofazer coisas mundanas ou vestir-se demaneira mundana porque ainda não éum crente. Mas, não é seu desejo que

seu filho seja um crente? Se lhe permitirfazer coisas mundanas, estará semeandouma semente do mal nele. Certamentehaverá uma colheita ruim. É necessárioque você proteja seu filho das coisasmundanas. Se seu filho lhe perguntarpor que não lhe permite fazer essa ouaquela coisa mundana, explique a razãocom toda sinceridade. Ele tem o direitode entender por que não lhe pode per-mitir e, ao mesmo tempo, deve enten-der a importância do respeito e daobediência. Assim, você evitará causarrebeldia nele.

O exemploVocê é responsável também por ser

um exemplo fiel ao seu filho. Quero en-fatizar três áreas em especial nas quaisdeve ser exemplo para seu filho: na suaforma de falar, em seu espírito e em suapureza.

Se seu filho ouve você usar palavrastorpes, o mais provável é que ele as re-petirá. Se ele ouve você usar o nome deDeus em vão, provavelmente fará omesmo. Como pai cristão, a Bíblia en-sina que você é responsável por evitaras palavras ásperas, as ameaças e a gri-taria. Se na sua forma de falar vocêdeixa um bom exemplo para seu filho,provavelmente ele aprenderá a fazer omesmo.

O que significa ser exemplo em seuespírito? Uma das coisas que significa éem ter entusiasmo pelas coisas de Deus.

2222

Se você realiza a obra da igreja de mávontade, seu filho entenderá que paravocê as coisas espirituais não são tão im-portantes. Pode ser ele que perceba queseu entusiasmo é para outras coisas. Serádifícil que seu filho tenha entusiasmopara as coisas espirituais se em você elenão o vê.

É importante que você também sejaum exemplo de pureza. Se vocês comocônjuges guardam a fidelidade e a con-fiança mútua, serão de grande ajuda paraque seu filho não caia em pecado. Nomundo existe impureza por toda parte.Mas, se você dá um exemplo fiel disso,vestindo-se de maneira honesta e fa-lando de uma maneira pura, será degrande ajuda ao seu filho. Você não devepermitir que haja quadros desonestosnas paredes de sua casa. É importanteque você domine seus olhos. Se seu filhoobserva você olhando a uma mulher malvestida, pensará que não é tão mal fazê-lo e você o debilitará em sua própriavida.

Você é responsável pela disciplinaO pai de família é responsável por

corrigir o filho desobediente e castigá-lo

de acordo com o que haja cometido.Deus deu a você a responsabilidade deajudar a seu filho dessa forma. Em Pro-vérbios 29:15 nos diz que a criança entre-gue a si mesma envergonhará a sua mãe.Por outro lado, se você corrige o seu filho,você terá descanso (Provérbios 29:17).Corrigir o seu filho tirará a estultícia dele(Provérbios 22:15). A felicidade do seular depende muito de como você disci-plina o seu filho.

Pai, cumpra com sua responsa -bilidade. Você tem muito a ver com avida e o destino eterno do seu filho. Dêa Deus o primeiro lugar em seu lar. Crieum ambiente de amor e de paz. Seja umexemplo no seu modo de falar, em seuespírito e em sua pureza. Pratique fiel-mente a disciplina. Dedique-se ao ser-viço de Deus e de sua igreja. Se você forverdadeiramente responsável, será umagrande bênção ver o seu filho servir aoSenhor. Ainda quando for velho não sedesviará do caminho, porque você o ins-truiu no Senhor.

Reimpresso de:La Antorcha de la Verdad

Volume 7, Número 4

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Ensina a criança no caminho, eande você também nele.

2 claras de ovo1/2 colher de chá de baunilha1 pitada de sal2/3 xícara de açúcar1 pacote de coco ralado

Unte o tabuleiro para biscoitos com óleo. Bata as cla-ras junto com a baunilha e o sal até que forme a clara emneve. Coloque o açúcar gradualmente até que se forme aclara em neve mais firme. Com cuidado para não abaixaras claras, acrescente o coco. Com uma colher, deixe cairum pouco da mistura sobre o tabuleiro que vai para oforno, deixando uma distância de uns 4 centímetros entrecada um. Leve ao forno a 160°C durante 20 minutos.Deixe esfriar sobre uma grelha. Rende de 20 a 24 biscoitosde coco.

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SEÇÃO PARA OS JOVENS

Capítulo 3

Avida na casa da família Donado era caótica. Papai Donado vinha e iasem explicações, e Noel estava seguindo o exemplo dele, exceto que assumidas dele ocorriam todas as noites enquanto as do papai se esten-

diam por muitos dias.Hugo observava e esperava a oportunidade certa para seguir Noel. A

temporada de cortar cana chegou ao fim, devolvendo a ele a sua liberdade.Porém, o trabalho no canavial tinha dado ao pequeno corpo do Hugo bastante vigor.

A BUSCA DO CONTRABANDISTA

Certa tarde, Hugo estava passando o tempo na porta da loja com seusamigos quando viu Noel e seu amigo Jorge esperando perto do telefone.Hugo ouviu Noel sussurrar a Jorge:

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— Está indo para o Barco?— Estou esperando a ligação — respondeu Jorge.— Espero que seja bom hoje à noite.Noel esticou os músculos do seu braço, sem perceber que Hugo estava

entre os outros ali.“Então!” Pensou Hugo consigo mesmo. “É por isso que eles sempre ficam

por aqui. É por causa do telefone! Eu vou descobrir o que eles estão fazendo!”Naquela noite, Hugo se escondeu entre as sombras, observando cada mo-

vimento do Noel. Por volta das oito horas, um jipe cinza, que o garoto não re-conhecia, estacionou perto da ponte na entrada de São Marcos.

Hugo pensou, “A única saída é atravessar aquela ponte; eles terão de virarà direita se forem para a grande cidade de Ameca ou à esquerda se forem paraBarco. Por que iriam para um vilarejo como Barco?” perguntou-se perplexo.“Barco é desse lado do rio e as patrulhas fronteiriças estão do outro.”

“Será que ouvi errado?” ele pensou intrigado com a informação, tentandoencontrar uma resposta. “Tenho de descobrir!”, ele decidiu. Rapidamente,atravessou a ponte flutuante que ligava a vila com a estrada. As tábuas faziamum eco surdo cada vez que ele pisava sobre um dos barris vazios amarrados de-baixo das tábuas. Em virtude do nível alto do rio, um vão se formou entre aponte e a beira do rio. Hugo pulou o vão, correu estrada abaixo, e subiu numpinheiro, achando um ramo onde podia se sentar confortavelmente. “Agoraposso ver a intersecção” ele pensou, satisfeito.

O barulho da folia na vila atravessou o rio e entretinha Hugo com seuritmo familiar. O som dos rádios, o latido dos cachorros e o brilhar constantedas luzes ajudaram a afastar a noite sombria. Hugo tremia, não tanto porcausa do calor úmido que o envolvia, mas por se sentir solitário e vulnerávelaos perigos na escuridão.

Quando finalmente o jipe cinza atravessou a ponte e foi em direção aBarco, Hugo se sentiu recompensado pela sua longa espera.

“Então, esta parte está resolvida!”, ele suspirou contente ao ver desapareceras luzes traseiras do jipe. “Agora, voltarei à vila para ver se o Noel e o Jorgeforam embora.”

— Onde está o Noel? — ele perguntou a alguns meninos que estavam nasproximidades do telefone.

27

— Quem sabe — um deles respondeu sacudindo os ombros. — Pergunte-lhe você mesmo — o outro protestou.

Hugo foi embora. Seguindo em direção a sua casa, ele cortou por outrarua e, então, voltou ao rio. “Eu vou descobrir quando Noel voltar e o que elefoi fazer”, resolveu Hugo.

Entrando numa embarcação, ele esperou. Porém, em menos de uma hora,o sono o venceu. Ele nem percebeu quando os passos pesados atravessaram aponte, tampouco ouviu o estrondo do jipe na intersecção, ou Noel entrandona loja carregando um pacote pesado. Hugo não conseguiu ouvir o que cochi-chavam e ver a alegria que mostravam Jorge e Bryan quando apertavam asmãos e colocavam algo em seus bolsos.

Hugo dormiu, sem saber da desaprovação do Noel quando descobriu quea cama de seu irmão estava vazia. Hugo acordou com cãibras e com frio antesdo primeiro raio da manhã atingir o céu no leste. Zangado consigo mesmo,ele arrastou-se para casa, grato por ninguém na vila estar fora. Ele não queriaser obrigado a responder perguntas!

— Onde você estava ontem à noite? — Noel resmungava, sacudindoHugo com violência. — Diga-me. O que estava fazendo?

— Onde você estava? Por que foi a Barco? Quando voltou?— Um espião! Meu irmãozinho virou um espião — disse Noel enfure-

cido, seus olhos se estreitando enquanto cuspia as palavras.A fúria apoderou-se de Hugo e, com um pulo, ele caiu sobre o seu irmão.

Seus socos rápidos o surpreenderam.— Pare! — Noel gritou, virando e segurando Hugo no chão. Porém,

Hugo continuou com seus socos. — Pare! Seu selvagem. Pare! Noel o levan-tou e, segurando os braços dele, o fez ficar em pé rapidamente. Segurando-lheo braço por trás das costas, o fez sentar e continuou segurando-o. — Talvez eulhe conte se…

— Meninos, parem com esta briga! — gritou mamãe Donado, levantandoa vassoura.

Noel deu uma gargalhada na cara dela.— É claro que não, senhora. As tortilhas já estão prontas? Eu e o Hugo

precisamos de um monte, temos coisas a fazer — ele disse, piscando o olho ebatendo nas costas do seu irmão.

Admirado, Hugo ficou sentado sem poder levantar e sua ira evaporou.

28

— Eu não tinha percebido que meu irmãozinho tinha crescido — disseNoel em voz baixa como se nada tivesse acontecido. — Quando foi que vocêficou tão forte? Se estiver disposto, você poderia trabalhar comigo. Aquelaspalavras penetraram na mente do Hugo. No entanto, ainda surpreso, assentiucom a cabeça.

Será que isso estava acontecendo mesmo? Será que Noel estava falandosério? Uma sensação de imensa alegria fez com que Hugo desse cambalhotasde pura emoção.

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RESPOSTAS: Atividade para crianças

C O N F I A M O S3x4 5x1 1x3 2x6 2x1 4x2 1x2 6x3 6x6

C O N S C I Ê N6x5 4x4 5x5 5x2 3x4

C I A

B O A

1x6 4x3 6x1 2x2 5x3 4x2

3x6 5x1 2x4

Q U E2x3 4x5 4x3

T E M O S3x1 2x5 1x2 4x4 6x6

—Lily A. BearUsado com permissão de:

Christian Light Publications, Inc.Harrisonburg, Virginia, EUATodos os direitos reservados

Livro completo disponível no site:www.LMSdobrasil.com.br

(Continua no próximo número.)

O preço na caixinha dizia: 89 centavos de dólar. Leonardo pôs amão no bolso. “Me faltam 60 centavos. Onde vou encontrar 60 centavos?”, falou consigo mesmo. Encolheu os ombros e colocou a caixinha no seu lugar no mostruário da loja. “Wilson, Beisebol oficial”diziam as letras na caixinha. “Talvez consiga ganhar os 60 centavosnesta semana."Leonardo saiu da loja. Olhou para o relógio na parede do banco.

“16:45! O que está acontecendo comigo? O moinho fecha dentro dequinze minutos. Papai me pediu que comprasse sal para as vacas.” Compressa, Leonardo subiu na carruagem, puxada pela égua, Juli. Rapida-mente, chegou ao local do moinho. — Posso ajudá-lo em alguma coisa, jovem? — perguntou um senhor

de cabelos grisalhos.— Sim. Meu pai precisa de três blocos de sal.O senhor subiu por uma escada a uma plataforma. Desde lá de

SEÇÃO PARA AS CRIANÇAS

Consciência por dez centavos

30

cima, perguntou:— Você poderia fazer o favor de subir até a metade da escada e pegar

os blocos que eu te passar?— Com muito prazer! — Quando o senhor lhe deu o primeiro

bloco, Leonardo perguntou:— Onde está o seu ajudante hoje?— Está de folga esta tarde. Teve que ir ao dentista.— Eu gostaria de ter um trabalho. Mas meu pai precisa da minha

ajuda.— Para que um jovem como você precisa de dinheiro? Disse o se-

nhor.— Não preciso de muito. Mas as vezes é bom ter dinheiro. Tenho só

29 centavos.— Mas, a maior casquinha de sorvete custa apenas 25 centavos.— Sim, eu sei. Mas, eu queria comprar uma bola de beisebol que

custa 89 centavos.O senhor ajudou a Leonardo colocar os blocos de sal na carruagem.

De repente Leonardo teve uma ideia.— Não sabe como eu poderia ganhar 60 centavos?— Para você comprar uma bola de beisebol?— Sim.— Eu compro sacos; pago dez centavos por cada um se são bons. Já

sabe, não podem estar rasgados. Tem alguns sacos sobrando?— Olha! Essa é uma boa ideia. Creio que possa encontrar seis sacos.— Bom, se os encontrar, lhe dou os 60 centavos.— Obrigado! Vou trazê-los na próxima semana.O senhor do moinho o viu até que se distanciou. “Que jovem mais

simpático!”, disse para si mesmo. “A maioria dos jovens teria roubado abola antes de procurar trabalho para adquiri-la.” Essa tarde, Leonardo procurou sacos velhos na despensa. Havia

muitos, mas a maioria estavam rasgados. Passou uma hora procurandosacos e encontrou cinco sacos bons. Porém, por mais que se esforçasse,

31

32

não encontrava mais um. “Bom, irei ao moinho na quarta-feira. Antesdisso aparecerá outro saco.” Rapidamente, chegou a noite de terça-feira. Mas, ainda faltava um

saco para Leonardo. Ao voltar a procurar entre os sacos que havia rejei-tado na primeira noite, as rupturas já não pareciam tão grandes para ele.Levantou um saco e olhou para ele diante da luz. “Quanta diferença fazuma ruptura tão pequena? Não é maior que uma moeda de dez centa-vos. Por que me preocupo tanto? Eu posso colocar esse por último.Quem sabe o senhor inspeciona o primeiro saco, mas não inspecionará atodos.” Na quarta-feira pela manhã, Leonardo foi até a cidade com uma

carga de milho. Quando chegou ao moinho, o senhor disse:— Você voltou. Que bom. Trouxe os sacos?— Sim. Respondeu Leonardo. O coração batia acelerado. “Espero

que não os inspecione!”

— Coloque-os lá em cima daqueles outros. Não vou inspecioná-los.Eu sei que você é honesto.As palavras atravessaram o coração de Leonardo. Como desejava não

ter incluído o último saco. Mas agora era tarde demais. O senhor jáhavia dado o dinheiro.— Obrigado — disse Leonardo em voz baixa. — Eu… eu não me-

reço esta moeda. — Devolveu-lhe uma moeda de dez centavos.— Alguma coisa incomoda você? Diga-me o que é.Foi difícil para Leonardo saber o que falar. Mas terminou contando

tudo o que aconteceu.— Sinto muito não ter sido honesto. O senhor estava me ajudando,

e eu aqui demonstro meu agradecimento trazendo um saco rasgado —terminou dizendo em tom de desgosto para com sua própria pessoa.O senhor do moinho olhou para chão por um momento. Final-

mente levantou o olhar. — Não estou bravo, nem decepcionado. Estou contente. Na semana

passada me alegrei por haver conhecido um jovem que tinha uma consciência ainda que por 89 centavos. Hoje fico ainda mais feliz porsaber que tem consciência ainda que por 10 centavos.

— David Luthy— De Step by Step

— Usado com autorização

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O VERSO PARA MEMORIZAR“Pois o que nos preocupa é

procedermos honestamente, não sóperante o Senhor, como também diantedos homens” (2 Coríntios 8:21).

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A T I V I D A D E P A R A C R I A NA T I V I D A D E P A R A C R I A N ÇASÇAS

(As respostas se encontram na página 29.)

Descubra a letra para cada quadrante abaixo, utilizando os números. O primeironúmero representa as fileiras na horizontal e o segundo representa as colunas navertical. Exemplo: O primeiro quadrante aparece “3x4”. Ao deslizar o dedo na fi-leira 3 e chegar até a coluna 4, verás que a letra correspondente é o “C”. Assimfaça com todos os quadrantes até terminar. Dessa forma, descobrirás um verso bí-blico.

A M N R N I

I C Q A E F

T N N C E B

D A E O U C

O S I E N E

N U O P C S

1 2 3 4 5 612

345

6

C3x4 5x1 1x3 2x6 2x1 4x2 1x2 6x3 6x6

6x5 4x4 5x5 5x2 3x4 1x6 4x3 6x1 2x2 5x3 4x2

3x6 5x1 2x4

2x3 4x5 4x3

3x1 2x5 1x2 4x4 6x6

Se atravessares este vale assustador

Se atravessares este vale assustador,Sem luz em seu caminho cansado,

Se ninguém tem respondido ao teu clamor,Não tenha medo, o Senhor está ao teu lado.

Jesus é fonte viva de consoloQue acalma as tristezas da vida.

Ele trouxe, como uma pomba, lá do CéuO bálsamo de paz à alma ferida.

Escuta o amoroso apeloDe Cristo inocentíssimo Cordeiro,Que veio redimi-lo com seu sangue,Morrendo escarnecido no madeiro.

Traga ao Senhor cuidados e prantos,E venha a ele com toda sua impureza.Te limpará em sua imensa bondade Te encherá de amor sublime e santo.

Traduzido de Himnos de la iglesiaPublicadora Lámpara y Luz

Usado com autorização

“Temos... a palavra... à qual bem fazeis em estaratentos, como a uma luz que ilumina em lugar es-curo...” (2 Pedro 1:19).