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POR QUE OS ACIDENTES OCORREM? POR QUE OS ACIDENTES OCORREM? NA VISÃO DA ENGENHARIA DE TRÁFEGO NA VISÃO DA ENGENHARIA DE TRÁFEGO ESTADO DE SANTA CATARINA SECRETARIA DE ESTADO DA INFRAESTRUTURA DEPARTAMENTO DE INFRA-ESTRUTURA DIRETORIA DE OPERAÇÕES GERÊNCIA DE ENGENHARIA DE TRÁFEGO Engº Romualdo T. França Júnior Engº Romualdo T. França Júnior Diretor Geral do DEINFRA Diretor Geral do DEINFRA

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POR QUE OS ACIDENTES OCORREM?POR QUE OS ACIDENTES OCORREM?

NA VISÃO DA ENGENHARIA DE TRÁFEGONA VISÃO DA ENGENHARIA DE TRÁFEGO

ESTADO DE SANTA CATARINASECRETARIA DE ESTADO DA INFRAESTRUTURADEPARTAMENTO DE INFRA-ESTRUTURADIRETORIA DE OPERAÇÕESGERÊNCIA DE ENGENHARIA DE TRÁFEGO

Engº Romualdo T. França JúniorEngº Romualdo T. França JúniorDiretor Geral do DEINFRADiretor Geral do DEINFRA

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ACIDENTE DE TRÂNSITO MATA MAIS QUE A GUERRA ACIDENTE DE TRÂNSITO MATA MAIS QUE A GUERRA

SEGUNDO A OMSSEGUNDO A OMS (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE)

QuedaAcidente de trânsito

Suicídio Assassinato Afoga-mento

Envenena-mento

Guerra econflito

Queima-dura

1,26 milhão

815 mil

450 mil520 mil

315 mil 310 mil 283 mil238 mil

5 milhõesperderam a vida de forma violenta em 2000, o que representa 10% das mortes naquele ano

PRINCIPAIS CAUSAS DE MORTE VIOLENTA NO MUNDO

Fonte: F. São Paulo 15/05/03.

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ACIDENTES DE TRÂNSITO COM VÍTIMAS - POR ESTADO

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Não 60 ou Não Condu- Passa- Pedes- Ciclis- Moto- Outros Não

Inform mais Inform tores geiros tres tas ciclistas Inform

20.039 14.706 3.750 1.583 695 710 1.803 4.769 7.057 1.676 3.329 4.287 3.231 3.498 1.072 1.861 96 5.262

Acre 104 77 27 0 4 2 10 24 51 10 3 5 16 16 26 18 0 23

Alagoas 352 278 74 0 24 16 30 80 117 31 54 128 114 85 15 8 0 2

Amapá * 104 86 18 0 - - - - - - 104 - - - - - - 104

Amazonas 232 189 43 0 17 5 11 57 97 28 17 32 30 108 12 39 0 11

Bahia 1.597 1.273 282 42 70 30 120 379 637 136 225 371 380 416 58 111 3 258

Ceará 1.427 1.101 223 103 60 23 81 326 525 112 300 165 173 575 83 227 17 187

Distrito Federal 421 352 69 0 21 7 23 138 174 36 22 99 71 165 39 47 0 0

Espírito Santo 497 - - 497 - - - - - - 497 - - - - - - 497

Goiás * 256 204 51 1 - - - - - 36 220 86 37 86 9 35 0 3

Maranhão 613 451 160 2 19 26 64 177 229 65 33 211 135 99 59 109 0 0

Mato Grosso 208 176 25 7 - - - - - - 208 129 48 31 0 0 0 0

Mato Grosso do Sul 361 283 73 5 22 4 13 92 171 35 24 95 92 57 53 58 4 2

Minas Gerais * 315 252 54 9 9 7 45 70 121 43 20 46 23 224 6 7 0 9

Pará 321 257 58 6 22 8 20 90 97 18 66 75 84 81 58 8 0 15

Paraíba 391 306 82 3 17 7 21 88 176 54 28 69 72 148 28 36 4 34

Paraná 1.458 1.168 280 10 100 21 84 392 641 139 81 177 154 209 78 88 6 14

Pernambuco 820 668 135 17 31 20 26 219 276 73 175 322 205 268 1 0 0 24

Piauí 216 182 32 2 7 3 18 71 80 18 19 23 43 31 38 75 0 6

Rio de Janeiro 3.887 2.462 759 666 124 408 477 603 1.090 291 894 - - - - - - 3.887

Rio Grande do Norte 264 221 43 0 12 0 15 81 110 24 22 48 60 74 28 54 0 0

Rio Grande do Sul * 953 593 151 209 26 10 40 201 397 104 175 242 218 206 58 98 0 131

Rondonia * 47 42 5 0 - - - - - - 47 37 4 6 0 0 0 0

Roraima 84 68 16 0 6 1 5 28 35 8 1 8 21 16 12 27 0 0

Santa Catarina 460 373 84 3 22 17 64 127 152 39 39 113 147 102 28 52 0 18

São Paulo 4.423 3.457 965 1 67 90 628 1.465 1.792 354 27 1.740 1.048 458 364 721 55 37

Sergipe 102 88 14 0 3 1 2 27 40 10 19 35 18 18 7 19 5 0

Tocantins 126 99 27 0 12 4 6 34 49 12 9 31 38 19 12 24 2 0

Fonte:Detrans.

( - ) Dados não informados.

( * ) Dados incompletos.

Sexo Faixa Etária - Anos Tipo

Mas Fem

ANUÁRIO ESTATÍSTICO DO DENATRAN - 2001

QUADRO 1 - VÍTIMAS FATAIS DE ACIDENTES DE TRÂNSITO - POR ESTADO

ESTADOS

BRASIL

10 a 12 13 a 17 18 a 290 a 9 30 a 59Total

VÍTIMAS FATAIS DE ACIDENTES DE TRÂNSITO - POR ESTADO

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Aceita-se que 90% dos acidentes de trânsito são causados por fator humano e que as únicas soluções são a educação, a fiscalização e a punição dos motoristas e pedestres.

Não há dúvida da importância destes fatores e da urgência de medidas corretivas. No entanto, estudos e pesquisas elaboradas no Brasil e em outros países, indicam que a inadequação dos veículos, da sinalização e da construção e manutenção das vias, são fatores contribuintes em muitos acidentes. É possível reduzir consideravelmente o número de acidentes através da Engenharia de Tráfego, gerando grandes melhoras sociais independentemente da ocorrência de mudanças na conduta das pessoas no trânsito.

Comparados com os programas de educação e fiscalização do trânsito, os investimentos em engenharia de tráfego apresentam certas vantagens, considerando que os resultados são imediatos e comprováveis.

Segundo experiências comprovadoras no Brasil e em outros países, na implantação de um grande número de intervenções viárias de diversos tipos pode-se esperar a redução média de 30% na freqüência de acidentes, nas locais tratados.

Este nível de redução é suficiente para justificar plenamente os recursos investidos, comparando-se custo da implantação das intervenções com o benefício subsequentes do resultados social dos acidentes evitados.

INTRODUÇÃOINTRODUÇÃO

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CONCEITOSCONCEITOS

TRÁFEGO:

Elementos que geram o trânsito.

TRÂNSITO:

Movimentação de veículos, pedestres e animais.

ACIDENTE:

Evento independentemente do desejo do homem, causado por uma força externa, alheia, que atua subitamente e deixa ferimentos no corpo e na mente.Acidente também pode ser conceituado como sendo um evento não intencional que produz ferimentos ou danos. (OMS)

ACIDENTE DE TRÂNSITO:

Um evento conforme descrito anteriormente, no entanto envolvendo ao menos, um veículo que circula normalmente por uma via para trânsito de veículos, podendo ser motorizado ou não.

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FATORES QUE AFETAM A SEGURANÇA NO TRÂNSITOFATORES QUE AFETAM A SEGURANÇA NO TRÂNSITO

A Engenharia de Tráfego vai estabelecer critérios e coletar dados que estabeleçam condições de visualizar fatores que afetam a segurança no trânsito, então propor medidas corretivas para eliminar as distorções que vem ocasionando os eventos ou sejam os acidentes de trânsito.

VeículosVeículos

Sistema viário Meio ambiente

Ambientes construídos

Sistema viário Meio ambiente

Ambientes construídos

SEGURANÇA DE TRÂNSITO

SEGURANÇA DE TRÂNSITO

Condutores e pedestres

Condutores e pedestres

Regulamentação e Fiscalização

Regulamentação e Fiscalização

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FATORES CONTRIBUINTES DOS ACIDENTES DE FATORES CONTRIBUINTES DOS ACIDENTES DE TRÂNSITOTRÂNSITO

Natureza Fatores contribuintes

Homem - Imprudência- Velocidade acima do permitido- Não utilização do cinto de segurança- Uso de telefone celular (veículo em movimento)- Desgaste físico- Álcool, etc...- Outros

Via e meio ambiente - Erro de projeto- Pista deteriorada- Posicionamento inadequado das placas de

sinalização- Erros de sinalização- Parada de ônibus em lugar inadequado- Vegetação, obstáculos como placas de

propaganda, etc.

Veículo - Falta de manutenção preventiva

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COMPONENTES DA SEGURANÇA DO TRÂNSITO COMPONENTES DA SEGURANÇA DO TRÂNSITO RODOVIÁRIORODOVIÁRIO

UsuárioUsuário ResponsáveisResponsáveis SociedadeSociedade

Conscientização(Educação)

Conscientização(Educação)

(In) Segurança do Trânsito(In) Segurança do Trânsito

EngenhariaEngenharia

Infra-estruturaInfra-estrutura

ControleControle

VeículosVeículos FiscalizaçãoFiscalização LegislaçãoLegislação

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METODOLOGIA PARA AVALIAÇÃO DA SEGURANÇA METODOLOGIA PARA AVALIAÇÃO DA SEGURANÇA DO TRÂNSITODO TRÂNSITO

Análise de Ocorrência de um Acidente

Análise de Ocorrência de um Acidente

Formulação de Hipóteses

Formulação de Hipóteses

Avaliação das Video-imagens DigitalizadasAvaliação das Video-imagens Digitalizadas

Medições de variáveis:- volumes de tráfego- velocidades- tempos de espera- distâncias

Medições de variáveis:- volumes de tráfego- velocidades- tempos de espera- distâncias

Métodos da Engenharia Modificada de Conflitos de Trânsito:- Potencial de conflitos latentes;- Ângulo da direção dos veículos;- Ângulo nas ultrapassagens.

Métodos da Engenharia Modificada de Conflitos de Trânsito:- Potencial de conflitos latentes;- Ângulo da direção dos veículos;- Ângulo nas ultrapassagens.

Quantificação dos tipos de comportamentos:- comportamentos perigosos- cruzamentos de pedestres interrompidos- tempo de parada sobre as pistas.

Quantificação dos tipos de comportamentos:- comportamentos perigosos- cruzamentos de pedestres interrompidos- tempo de parada sobre as pistas.

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FREQÜÊNCIA DOS ACIDENTESFREQÜÊNCIA DOS ACIDENTES

Uma tendência ao crescimento gradual, porém constante da freqüência de acidentes pode indicar um simples aumentos de volume de veículos ou de pedestres.

Por outro lado, também pode refletir uma deterioração gradual de algum fator como a sinalização horizontal ou na visibilidade de algum sinal vertical causados pelo crescimento de vegetação.

Crescimento Constante de Acidentes

Meses

Fre

qu

ên

cia

d

os

ac

ide

nte

s

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MUDANÇA SÚBITA E CRESCIMENTOMUDANÇA SÚBITA E CRESCIMENTO

O aumento representativo da freqüência de acidentes pode indicar:

• Um mau resultado de algum projeto implantado no local

• Aumento dos volumes de veículos e/ou de pedestres, devido à mudança na circulação

• Deterioração súbita da sinalização como a queda de algum sinal, ou outro evento repentino. Meses

Fre

qu

ênci

a d

e ac

iden

tes

Meses

Freq

uênc

ias

de

acid

ente

s

A freqüência alta e constante, raramente resulta de interferência de um projeto implantado, nem de fatores do crescimento de volume.

Geralmente se deve a certas características constantes do local e/ou dos elevados volumes de veículos e/ou pedestres.

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UM ACIDENTE UM ACIDENTE (exemplo de ocorrência)(exemplo de ocorrência)

ACIDENTEEstá chovendo. Um automóvel se aproxima de uma curva a 60km/h. No meio da curva o automóvel começa a derrapar, sai da pista e bate contra um poste de concreto.

Resultado: um passageiro morto, o condutor, e outro ferido.

O CONDUTORExecutivo de uma grande empresa, atualmente sob muita tensão profissional. Depois da jornada de trabalho, encontra-se com dois velhos amigos que o levaram até o bar da esquina, onde distraiu-se com uma cerveja sobre os velhos tempos e bebem mais do que o habitual. Ao sair estava chovendo. O executivo decidiu levar seus amigos em casa. Não conhecia o trajeto que incluía a curva local do acidente. Pisou no freio tarde demais.

O AUTOMÓVELO automóvel havia saído da oficina mecânica naquele mesmo dia, após uma revisão geral, porém os freios não haviam sido bem ajustados, fato que o motorista desconhecia.

A VIA E A SINALIZAÇÃONa curva, a super elevação da pista estava inferior aos padrões recomendados, o pavimento gasto e liso e haviam um posto de rede elétrica há menos de um metro da pista e sem proteção. Justo antes da curva, havia uma placa de advertência da curva e outra de regulamentação indicando o limite de velocidade de 30km/h. Ambas se encontravam parcialmente cobertas pela vegetação que crescia às margens da via.

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UM ACIDENTE UM ACIDENTE (exemplo de ocorrência)(exemplo de ocorrência)

QUAL FOI A CAUSA?

Para as testemunhas, a causa deve ter sido o excesso de velocidade.

Para os médicos a influência do álcool sobre o motorista.

Para o psicólogo, o baixo rendimento do condutor se devia ao estado anormal de tensão.

Para o perito de automóveis, foi o mal funcionamento dos freios.

Um leigo, inclusive, poderia culpa os amigos do condutor por amimá-lo a dirigir sob os efeitos do álcool.

Para o técnico de trânsito, poderia ter sido a super elevação inadequada combinada como o estado derrapante do pavimento liso sob a chuva. Além disso, a presença do poste próximo à pista sem proteção agravou o resultado do acidente. A sinalização não advertiu o condutor do perigo de vida devido a má visibilidade das placas.

CONCLUSÃO

Provavelmente todos estas interpretações sejam corretas. O acidente ocorreu devido a existência simultânea de todos estes fatores contribuintes.

A eliminação de qualquer um deles poderia ter reduzido significativamente a probabilidade de ocorrer o acidente.

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A ÁREA DE ATUAÇÃO DO ESPECIALISTA EM A ÁREA DE ATUAÇÃO DO ESPECIALISTA EM ENGENHARIA DE TRÁFEGOENGENHARIA DE TRÁFEGO

Dentre tantas, citamos:

• Identificar pontos críticos

• Estudar as informações disponíveis sobre acidentes

• Descobrir padrões e fatores em comum nos acidentes

• Identificar as necessidades de modificações no sistema viário

Exemplos:

Evolução mensal dos acidentes

Mês 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

Total de

acidentes0 0 0 1 1 2 3 4 4 6 6 6

É provável que esteja havendo algum tipo de mudança no lugar e que esta mudança esteja provocando acidente.

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A AÇÃO DA ENGENHARIA DE TRÁFEGOA AÇÃO DA ENGENHARIA DE TRÁFEGO

Avaliar Equacionar através de

Más condições da via - Inspeção rotineira

- Tratamento de informações

- Ações corretiva

Acidente - Estatística

- Pontos críticos

- Ações e campanhas

Excesso de velocidade - Dispositivos redutores de velocidade

- Fiscalização

Excesso de peso / dimensões - Fiscalização

- AET (autorização especial de trânsito)

Sinalização - Inspeção rotineira

Fluxo - Implantação de projetos de Engenharia

específicos

- Utilização de mecanismos tecnológicos

apropriados a coordenar e disciplinar o tráfego

A Engenharia de Tráfego estuda a melhora do trânsito através de ações que promova o aumento da segurança, fluidez e o conforto no deslocamento de veículos e pedestres.

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EFEITOS E RESULTADOSEFEITOS E RESULTADOS

Esquematicamente, alguns exemplos de “efeitos” ou resultados que se desejam no trânsito. As ações devem refletir um equilíbrio entre fluidez e segurança EFEITO

•Redução de acidentes

•Otimização hospitalar

•Redução de estresse

•Redução de custos sociais

•Produtividade econômica

•Menor deslocamento

•Menor tempo

•Não congestionamento

•Menos combustível

•Maior produtividade econômica

FLUIDEZ SEGURANÇA

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Como um “sistema produtivo”, o trânsito possui seus “meios de produção”:

•uma malha viária disposta física e geograficamente, que permite ligar quaisquer origens e destinos dos moradores nos seus deslocamentos;

•uma malha viária que permite o tráfego de pedestres ou de veículos com segurança;

•um conjunto de equipamentos e sistemas de sinalização e controle que permite que o trânsito possa ser ordenado e com isso todos possam se deslocar (possibilidade física) em segurança (preservação da vida e do patrimônio);

•equipamentos de comunicação e logística que permitam a ação pronta e eficaz diante de ocorrências;

•pessoas prontas para evitar que o “sistema produtivo” paralise, em parte ou no todo;

•pessoas prontas para intervir em situações de anormalidades (paralisação de parte ou de todo o “sistema de produção”), visando “recompor” a normalidade;

•um conjunto de normas e procedimentos que sejam de conhecimento de todos, usuários e operadores (legislação de trânsito;

•um conjunto de normas e procedimentos de atuação das pessoas que fazem parte da organização (normas e procedimentos de gestão);

•meios que permitam “medir” os resultados da “produção”.

““MEIOS DE PRODUÇÃO” DO SISTEMA TRÂNSITOMEIOS DE PRODUÇÃO” DO SISTEMA TRÂNSITO

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CONCLUSÃOCONCLUSÃO

Os acidentes de trânsito matam o quádruplo do que guerras e conflito, aponta a OMS (Organização Mundial da Saúde), sobre dados concluídos em 12/05/2003, tendo como referencial o ano de 2000.

Os acidentes de trânsito são a maior causa de mortes violentas, com 1,26 milhões de vítimas fatais.

Para o OMS, as mortes violentas provocam um alto custo social e precisam ser prevenidas.

Diante do quadro estabelecido a nível mundial, podemos visualizar a nossa realidade que não é diferente, levando em conta apenas a proporção de estatística.

Na visão da Engenharia de Tráfego, os acidentes ocorrem por falhas humanas, pela carência de prevenção, questões de ordem cultural, vontade política nas tomadas de decisões com rapidez, incompatibilidade veículo/via e fatores outros que levam especialistas a questionamentos e estudos na busca de soluções prementes.

O Brasil vem experimentando um grande avanço tecnológico no setor automotivo. Hoje dispomos de veículos equipados com motores de alta potência capazes de alcançar velocidades fantásticas. Estes veículos, em sua grande maioria, são importados e projetados para circular em rodovias com características muito diferentes e superiores as nossas.

Acreditar e tratar o tráfego/trânsito como fator necessário ao desenvolvimento, crescimento econômico e melhor qualidade de vida, deve ser a busca incessante do Governo, da sociedade e dos especialistas em tráfego/trânsito.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASREFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

• DENATRAN – Instrução Básica de Estatística para o Trânsito – 2002.

• GOLD, Philip Anthony – Segurança de trânsito aplicações de engenharia para reduzir acidentes – 1998.

• BRANCO, Adriano Murgel – Segurança rodoviária – 1999.

• PORATH, Reginaldo – Sistema de gerência de segurança para o trânsito rodoviário – O modelo SGS/TR – 2002.

• MT – Programa Pare.

• DEINFRA – ACT Sistema informatizado.

• Folha de São Paulo – 15/05/2003.

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