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Aula 11 - Atividade do módulo 2 - por que somos brasileiros/as? EMILIA MARIA CAFARO KENIA APARECIDA BISPO DE ALMEIDA Biomedicina 5º período, noite FLAVIANE SILVA DE OLIVEIRA “Por que somos brasileiras/os?” Mito fundante é uma narrativa carregada de sentido da qual a sociedade lança mão para explicar sua condição histórica, políticos, religiosos e filosóficos. Os quatros mitos fundantes são: A visão do paraíso. A concepção povidencialista. A visão profético-messiânica-milenarista. E que o governo rege pela graça de Deus. Com isso a mito opera em mão dupla, onde os diminantes tem uma visão de seu direito natural ao poder, e os dominados que vê o governante como salvador. Isso nos leva a ver que o mito fundante não revela as especificidades das diferenças sócio- econômicas, produzidas no país, isso produz problemas na analise efetuada por adotarem concepções sobre a memória e a historia do Brasil, levando uma contradição insolúvel, levando a um mito de via dupla. O tipo em que melhor se enquadra é o do homem cordial (do latim cor, coração), que convive segundo o coração, alheio às regras. O homem cordial personaliza as relações sociais. Ele odeia a solidão, mas é individualista e indisciplinado. Ao relacionar-se com seus inferiores, sua cordialidade se transforma em paternalismo. Do ponto de vista teórico, tende

Porque Somos Brasileiros

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Page 1: Porque Somos Brasileiros

Aula 11 - Atividade do módulo 2 - por que somos brasileiros/as?EMILIA MARIA CAFAROKENIA APARECIDA BISPO DE ALMEIDA Biomedicina 5º período, noiteFLAVIANE SILVA DE OLIVEIRA

“Por que somos brasileiras/os?”

Mito fundante é uma narrativa carregada de sentido da qual a sociedade lança mão para

explicar sua condição histórica, políticos, religiosos e filosóficos.

Os quatros mitos fundantes são:

A visão do paraíso.

A concepção povidencialista.

A visão profético-messiânica-milenarista.

E que o governo rege pela graça de Deus.

Com isso a mito opera em mão dupla, onde os diminantes tem uma visão de seu direito

natural ao poder, e os dominados que vê o governante como salvador. Isso nos leva a ver que

o mito fundante não revela as especificidades das diferenças sócio-econômicas, produzidas no

país, isso produz problemas na analise efetuada por adotarem concepções sobre a memória e a

historia do Brasil, levando uma contradição insolúvel, levando a um mito de via dupla.

O tipo em que melhor se enquadra é o do homem cordial (do latim cor, coração), que

convive segundo o coração, alheio às regras. O homem cordial personaliza as relações sociais.

Ele odeia a solidão, mas é individualista e indisciplinado. Ao relacionar-se com seus

inferiores, sua cordialidade se transforma em paternalismo. Do ponto de vista teórico, tende

ao sincretismo, buscando a paz de espírito nas teorias sistemáticas e dogmáticas.

Temos que superar isto e nos tornar verdadeiramente brasileiros para podermos

modernizar o país. Muita gente pensa que o homem cordial está desaparecendo cada vez mais

no horizonte da cultura brasileira. Em que pesem os mais de sessenta anos que nos distanciam

do livro de Buarque de Holanda, acredito que ele ainda tem muito a nos ensinar.

Para Freyre a miscigenação foi um fator positivo que contribuiu para a melhor adaptação

do português no Brasil.

Freyre propõe é a interpretação da miscigenação brasileira como o nascimento de um novo

ser. Um ser que congrega múltiplos aspectos raciais e/ou culturais e que por descuido

histórico estava renegando algumas de suas matrizes em nome de uma pretensa superioridade

da pureza. Segundo Freyre, para “o brasileiro crescentemente consciente de ser membro de

uma sociedade e de uma cultura em grande parte tropicais, mestiças e não-européias. Essa

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identificação implica o reconhecer-se ele homem, mesmo quando em sua étnica não haja

sangue ameríndio ou negro africano. (Freyre, 1971).

A composição da identidade mestiça, para Freyre, dá-se quase como contágio e a

convivência com um meio mestiço pode ser suficiente para a ‘contaminação’. Não sendo

desprezível a influência do lugar nessa composição, o clima tropical dialoga com a construção

da identidade nacional e, para compreender a construção dessa identidade, a sociologia devia

ser uma “ciência mista, híbrida ou anfíbia, em parte natural, em parte cultural” (Freyre, 1945).

A grande lição da miscigenação brasileira está justamente nesse reconhecimento do outro

como parte constituinte de si mesmo, Para Freyre, miscigenação não é a negação de sua

múltipla herança cultural, pelo contrário, é sua afirmação.