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DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL AA ANO LXII - 010 - QUARTA-FEIRA, 17 DE JANEIRO DE 2007 - BRASILIA-DF

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DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS

REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

AA

ANO LXII - Nº 010 - QUARTA-FEIRA, 17 DE JANEIRO DE 2007 - BRASILIA-DF

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MESA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS (Biênio 2005/2006)

PRESIDENTE ALDO REBELO - PCdoB - SP

1º VICE-PRESIDENTE JOSÉ THOMAZ NONÔ - PFL - AL

2º VICE-PRESIDENTE CIRO NOGUEIRA - PP - PI

1º SECRETÁRIO INOCÊNCIO OLIVEIRA - PL - PE

2º SECRETÁRIO NILTON CAPIXABA - PTB - RO

3º SECRETÁRIO EDUARDO GOMES - PSDB - TO

4º SECRETÁRIO JOÃO CALDAS - PL - AL

1º SUPLENTE GIVALDO CARIMBÃO - PSB - AL

2º SUPLENTE JORGE ALBERTO - PMDB - SE

3º SUPLENTE GERALDO RESENDE - PPS - MS

4º SUPLENTE MÁRIO HERINGER - PDT - MG

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CÂMARA DOS DEPUTADOS

SEÇÃO I

SUMÁRIO

1 – DECISÃO DA PRESIDÊNCIACom base no Art. 17, inciso II, alínea “d”,

do RICD, determina o arquivamento definitivo dos processados referentes às Indicações devidamen-tes encaminhadas nos termos do Art. 113, inciso I, também do Regimento Interno da Câmara dos Deputados ............................................................. 00950

2 – DECLARAÇÕES DE PREJUDICIALI-DADE

Declara a prejudicialide do PL nº 3.511/97, nos termos do art. 164, inciso II do Regimento In-terno da Câmara dos Deputados. .......................... 00950

Declara a prejudicialide do PL nº 2.229/03, nos termos do art. 164, inciso II do Regimento In-terno da Câmara dos Deputados. .......................... 00951

Declara a prejudicialide do PL nº 7.098/06, nos termos do art. 164, inciso II do Regimento In-terno da Câmara dos Deputados. .......................... 00951

Declara a prejudicialide do PL nº 7.302/06, nos termos do art. 164, inciso II do Regimento In-terno da Câmara dos Deputados. .......................... 00951

Declara a prejudicialide das proposições que especifica, nos termos do art. 164, inciso II do Re-gimento Interno da Câmara dos Deputados. ......... 00952

Declara a prejudicialide, nos termos do art. 164, inciso II do Regimento Interno da Câmara dos Deputados dos Projetos de Lei nºs 6.604/02, 1.144/03, 1.772/03, 2.627/03, 4.092/04, 5.296/05 e 5.578/05. ................................................................ 00952

COMISSÃO

3 – ATASa) – Comissão Especial destinada a Acom-

panhar e Estudar Propostas Política Públicas para

a Juventude, *23ª Reunião (Ordinária), em 4.3.04, *24ª Reunião (Ordinária), em 11.3.04, *25ª Reunião (Ordinária), em 25.3.04, *26ª Reunião (Ordinária), em 1.4.04, *27ª Reunião (Ordinária), em 29.4.04, *28ª Reunião (Ordinária), em 6.5.04, *29ª Reunião (Ordinária), em 13.5.04, *30ª Reunião (Ordinária), em 20.5.04, *31ª Reunião (Ordinária), em 27.5.04, *33ª Reunião (Ordinária), em 8.7.04, *34ª Reunião (Ordinária), em 11.11.04 e, *35ª Reunião (Ordiná-ria), em 18.11.04. ................................................. 00953

* Atas com notas taquigráficas

SEÇÃO II

4 – ATOS DO PRESIDENTE

a) Dispensar: Ozelita Marcelino de Arruda. 01079

b) Designar (SUBSTITUTOS): Ozelita Marce-lino de Arruda, Christiano Vitor de Campos Lacorte, Francisco das Chagas Silva, Honejohnny Pereira da Silva, Lionir Delfina Pires, Reinaldo Sobrinho do Nascimento, Wahiba Abdallah. ......................... 01079

d) Exonerar: Augusto Sergio dos Santos de São Bernardo, Igor Taques Rodrigues da Silva, Raimundo Luiz Silva Araujo. .................................. 01080

e) Nomear: Renata Scalabrini Silva Pinho, Tânia da Rocha Domiciano .................................... 01080

5 – MESA6 – LÍDERES E VICE-LÍDERES7 – DEPUTADOS EM EXERCÍCIO8 – COMISSÕES

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00950 Quarta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Janeiro de 2007

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Janeiro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 17 00951

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00952 Quarta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Janeiro de 2007

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Janeiro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 17 00953

COMISSÃO

ATAS

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A ACOMPANHAR E ESTUDAR PROPOSTAS

DE POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A JUVENTUDE

52ª Legislatura – 1ª Sessão Legislativa Ordinária

Ata da Vigésima Terceira Reunião Ordinária Realizada Em 4 de Março de 2004.

Aos quatro dias do mês de março de dois mil e quatro, às dez horas e trinta minutos, no plenário 7 do Anexo II da Câmara dos Deputados, reuniu-se, ordina-riamente, a Comissão Especial destinada a acompa-nhar e estudar propostas de Políticas Públicas para a Juventude, sob a presidência do Deputado Reginaldo Lopes. Compareceram os Deputados Alice Portugal, Benjamin Maranhão, Eduardo Barbosa, Eduardo Sea-bra, Isaías Silvestre, Júnior Betão, Lobbe Neto, Marcelo Guimarães Filho, Mário Assad Júnior, Odair, Reginaldo Lopes, Vignatti e Zonta, titulares; Ann Pontes eCarlos Abicalil e Maurício Rabelo, suplentes. Não comparece-ram os Deputados Celcita Pinheiro, Deley, Júlio Lopes, Leonardo Picciani, Luciano Leitoa, Marinha Raupp, Milton Cardias, Professora Raquel Teixeira, Sandro Ma-bel e Zico Bronzeado. ABERTURA – Havendo número regimental, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos. ATA – A leitura da ata da reunião anterior foi dispensada por solicitação do Deputado Zonta. Colo-cada em votação, a ata foi aprovada. ORDEM DO DIA – I – Informações a respeito das conferências regio-nais; – II – Metodologia para a Conferência Nacional da Juventude; e III – Deliberação dos Requerimentos de nºs: 47/04, do Senhor Deputado Vignatti, que “solicita seja realizada audiência pública para ouvir entidades e movimentos de jovens do campo”; 48/04, do Senhor Deputado Vignatti, que “solicita seja realizada audiência pública para ouvir jovens indígenas e de populações tradicionais”; 49/04, do Senhor Deputado Vignatti, que “solicita seja realizada audiência pública para ouvir jovens ligados à questão ecológica ou organizações ambientais de jovens”; 50/04, do Senhor Deputado Vig-natti, que “solicita seja realizada audiência pública para ouvir jovens em conflito com a lei”; 51/04, do Senhor Deputado Vignatti, que “solicita seja realizada audiência pública para ouvir movimentos e organizações do HIP HOP (movimento juvenil)”; 52/04, do Senhor Deputado Vignatti, que “solicita seja realizada audiência pública para ouvir organizações partidárias de jovens” e 53/04, do Senhor Deputado Reginaldo Lopes, que “solicita que sejam convidados o Professor Abdalaziz Moura educador e empresário social; Senhor Idalgizo José

Monequi, Diretor Executivo da União Nacional das Es-colas Família Agrícola; Senhor Humberto Oliveira, Se-cretário de Desenvolvimento Territorial do Ministério do Desenvolvimento Agrário; Senhor Fernando Henrique Schwanke, Engenheiro Florestal e criador do Centro de Desenvolvimento da Juventude Rural; Professora Neylar Vilar Lins, Professora da Universidade Federal da Bahia; Professor Ricardo Abramovay, Professor ti-tular do Departamento de Economia da Universidade de São Paulo, onde versarão sobre a realidade da ju-ventude no meio rural” O Senhor Presidente passou a palavra ao Deputado Benjamin Maranhão, que fez a considerações a respeito das conferências regionais. Usaram da palavra para falar a respeito da matéria os Deputados Benjamin Maranhão, Vignatti, Ann Pontes, Lobbe Neto, Alice Portugal e Wasny de Roure. A se-guir, A seguir, colocou em votação os requerimentos constantes da pauta, que foram aprovados. Solicitou à Secretaria fosse enviado aos deputados da Casa, informações a respeito das conferências regionais. ENCERRAMENTO – Nada mais havendo a tratar, o Senhor Presidente encerrou a reunião às onze horas e cinqüenta minutos. A reunião foi gravada, e as notas taquigráficas, após decodificadas, farão parte integran-te desta ata. E, para constar, eu, , Ana Clara Fonseca Serejo, Secretária, lavrei a presente ata, que, após lida, discutida e aprovada, será assinada pelo Presidente Reginaldo Lopes e publicada no Diário da Câmara dos Deputados.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lopes) – Declaro abertos os trabalhos da 23ª reunião ordinária desta Comissão destinada a acompanhar e estudar as propostas de políticas públicas para a juventude.

Tendo em vista a distribuição de cópia da ata da reunião anterior aos membros presentes, indago se há necessidade de sua leitura. (Pausa.)

Com a palavra o Deputado Zonta.O SR. DEPUTADO ZONTA – Sr. Presidente, so-

licito a dispensa da leitura da ata.O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-

pes) – Está dispensada a leitura da ata, por solicitação do Deputado Zonta.

Em discussão a ata. (Pausa.)Não havendo quem queira discuti-la, passamos

à votação.Os Deputados que a aprovam permaneçam como

se encontram. (Pausa.)Aprovada.Passamos à Ordem do Dia.Temos, primeiro, a informação a respeito das

conferências regionais; segundo, a intenção é fazer um debate prévio a respeito da metodologia da Conferência Nacional; terceiro, deliberação de requerimentos.

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00954 Quarta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Janeiro de 2007

Informação a respeito das conferências regionais. Vou só comunicar as que estão agendadas. De acordo com a secretária Ana, 16 conferências já foram agen-dadas. Houve alteração de datas. Vou, então, fazer a leitura breve para todos tomarem conhecimento e de-pois vamos abrir um espaço para esclarecer dúvidas a respeito das reuniões regionais.

Dia 10 de março, estaremos em Rio Branco. Pa-rece que vai ser o Encontro Nacional da Secretaria da Fazenda, na Capital. Os responsáveis serão os Depu-tados Zico Bronzeado e Júnior Betão. A nossa asses-sora Helena vai estar presente. Eu também vou estar presente nesta primeira conferência estadual.

Dia 11, à noite, e dia 12, em Cuiabá. O coordena-dor será o Deputado Carlos Abicalil. A nossa técnica vai ser a Auxiliadora.

Dia 18 e 19 de março, em Porto Alegre, os coor-denadores serão os Deputados Milton Cardias e Paulo Pimenta. A Helena vai estar presente, coordenando a assessoria técnica.

Dia 26 de março, em Florianópolis, os coordena-dores serão os Deputados Vignatti e Zonta. O Depu-tado Benjamin Maranhão já assumiu o compromisso de estar presente, porque é um Estado governado pelo PMDB. Vai ser definido ainda quem irá assesso-rar. Em São Luís, Maranhão, os coordenadores serão os Deputados Luciano Leitoa e Clóvis Fecury. Em Ma-capá, Amapá, os coordenadores serão os Deputados Davi Alcolumbre e Eduardo Seabra. Todos esses no dia 26 de março – repito. Nós ainda não definimos os assessores técnicos para essas reuniões.

Dia 27 de março, em Manaus, a coordenadora será a Deputada Vanessa Grazziotin. Em Vitória, a co-ordenadora será a Deputada Rose de Freitas.

Dia 30 de março, em Palmas, o coordenador será o Deputado Maurício Rabelo.

Dia 1º e 2 de abril, vão ter várias. Em Belém, a coordenadora será a Deputada Ann Pontes. Em São Paulo, o coordenador será o Deputado Lobbe Neto. Em Belo Horizonte, o coordenador será o Deputado Reginaldo Lopes – aqui falta o nome do Deputado Eduardo. Em Curitiba, a coordenadora será a Depu-tada Andrea. Em Campo Grande, o coordenador será o Deputado João Grandão.

Os coordenadores já comunicaram a data, mas não informaram o local. Então, é importante que os Deputados também informem o local.

Dia 15 e 16 de abril, em Salvador, os coordena-dores serão os Deputados Alice Portugal e Marcelo Guimarães. Estamos aguardando agendamento.

Então, falta marcar Boa Vista, Porto Velho, Teresi-na, Fortaleza, Natal, João Pessoa (Benjamin ainda não marcou), Recife, Maceió, Aracaju, Brasília (os coorde-

nadores vão reunir-se hoje com um grupo de jovens da Juventude Organizada de Brasília, para organizarem pré-conferências nas cidades-satélites e definirem as datas, que deverão ser 15 e 16 de abril, também), Rio de Janeiro, Goiânia (a assessora da Deputada Raquel Teixeira está aqui, a Neide também vai organizar e pa-rece que já têm data prevista).

O SR. DEPUTADO ZONTA – Sr. Presidente, Goi-ânia tem data prevista?

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-pes) – Goiânia, acho que ainda não.

O SR. DEPUTADO ZONTA – O Deputado Leonar-do Vilela pediu-me, quando houver uma data definida, para avisá-lo. Embora não faça parte da Comissão, ele quer colaborar.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-pes) – Está certo.

Solicito à assessoria da Comissão que informe aos Deputados e às Deputadas a data dos encontros para que possam contribuir. Seria desagradável não comunicá-los. Portanto, peço que informe aos 513 Deputados o que vai ocorrer nos seus Estados: a agenda, a proposta de pauta e o local. Dessa forma, socializaremos mais o debate, acatando a sugestão do Deputado Zonta.

Os Srs. Deputados e as Sras. Deputadas que tenham alguma dúvida em relação às conferências regionais manifestem-se, por favor.

A Ana está informando que há algumas dificul-dades na questão de passagens. Então, é importante os Deputados agendarem e informarem o mais rápi-do possível, para fazermos negociação com a Casa. Também peço a compreensão aos Deputados para o seguinte: se não for possível, em todas as conferên-cias estaduais, a Casa fornecer um assessor técnico, o Deputado deverá desdobrar-se e organizar com a sua própria assessoria, designando algum técnico para acompanhar e apresentar depois o relatório ou as notas taquigráficas da reunião.

Passo a palavra ao Relator, Deputado Benjamin Maranhão.

O SR. DEPUTADO ZONTA – Sr. Presidente, antes, gostaria de saber se a Conferência Nacional já tem data marcada.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-pes) – Sim. Vamos discutir, no segundo item da pauta, a Conferência Nacional.

O SR. DEPUTADO ZONTA – Está bem. O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-

pes) – Houve uma alteração de data para os dias 26, 27 e 28 de abril.

Passo a palavra ao Relator, Deputado Benjamin Maranhão.

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Janeiro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 17 00955

O SR. DEPUTADO BENJAMIN MARANHÃO – Há um esclarecimento em relação ao próprio trabalho que vai ser realizado nessas conferências estaduais. Nós já pedimos à assessoria técnica que prepare um disquete para cada tema desses, até para facilitar o trabalho do Parlamentar que vai apresentar, contendo os dados básicos que estão presentes nos relatórios preliminares. Isso vai ajudar muito essa apresentação, já que até a própria cartilha não saiu ainda. Estamos cobrando essa cartilha, mas já vai ser possível fazer isso com tranqüilidade, porque os dados pontuais de cada apresentação vão estar contidos nesse material que a assessoria está preparando, ao mesmo tempo que cada Parlamentar vai escolher um tema para ser debatido. Serão distribuídas cópias desses relatórios preliminares aos grupos de trabalho, às oficinas que serão formadas e até ao próprio auditório que estiver acompanhando os trabalhos. Isso vai depender muito da organização local.

Quando fizemos a reunião em São Paulo, o pes-soal do gabinete e lobby trabalhou bem. Conseguiu organizar a parte de todo o apanhado. De forma geral, a Assembléia deu um certo apoio. Então, o trabalho vai depender muito de cada organização local. É bom para todos. Faço até uma extensão do que o Deputado Reginaldo pediu: vamos procurar articular os demais companheiros de cada Estado. Quanto mais gente es-tiver envolvida nisso, melhor, até para que tenhamos apoio na tramitação do projeto nesta Casa. Portanto, é preciso que isso seja massificado, e a hora do en-volvimento geral é esta. Vamos fazer a divulgação nos Estados, o debate, colher proposições novas, e fazer que haja força política suficiente na Comissão, por meio dessa movimentação que vai ser capilarizada pelo Brasil todo, para que se possa pôr na Ordem do Dia da Câmara dos Deputados, como ação efetiva des-ta Comissão e dos Parlamentares, não somente esse Plano Nacional da Juventude, mas também um estatuto que seja melhor para o nosso trabalho. É fundamental trabalharmos bem esses encontros regionais.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lopes) – Informo que hoje, mais precisamente às 11 horas, a gráfica ficou de nos fornecer a cópia da publicação do plano preliminar para ser aprovado. Nós já aprovamos a capa, há 15 dias, e falta agora aprovar o conteúdo. Vou avaliar com a Helena e a Ana. É uma leitura bre-ve e, se possível, talvez não haja alteração, porque, se houver, a gráfica demorará mais ainda a entregar as cartilhas. Então, se não houver erros grotescos, vamos tentar já hoje mesmo aprovarmos o conteúdo para colocarmos na fila. Estamos fazendo várias ges-tões políticas para que a publicação seja impressa o mais rápido possível.

O Presidente da Casa, João Paulo Cunha, assu-miu o compromisso de nos ajudar. Acredito que até, no máximo, quinta-feira, na segunda conferência es-tadual, em Cuiabá, vamos ter em mãos a cartilha. São 10 mil publicações. Eu acredito que, em média, serão 400 para cada Estado. É lógico que Estados maiores receberão mais.

Nós vamos ter uma conferência no Acre, na quar-ta-feira, e temos a intenção de levar cópia do documen-to. Vou pedir também a minha assessoria que traga a cópia da publicação preliminar – a Ana já pediu – e o cartaz. A Casa liberou 10 mil cartazes e 10 mil folders. Com essa quantidade, a Câmara não pode fornecer cartazes para as conferências estaduais. Então, qual foi a idéia? Fazer um cartaz chamando para a Confe-rência Nacional e, embaixo, colocar as etapas esta-duais. E vai ter um espaço em branco, onde cada um escreverá o local, o coordenador e o horário. Então, devem ficar prontos até a semana que vem. O folder também chama à Conferência Nacional e fala da eta-pa estadual. Porém, o folder segue aquela metodolo-gia sistemática aprovada para todas as conferências. É lógico que há algumas alterações, há lugares que estarão realizando num mesmo dia, mas serve como um instrumento de divulgação.

Então, acredito que até, no máximo, quinta-feira ou quarta-feira à noite, teremos todo esse material de divulgação para distribuí-lo aos Deputados.

Parece que o Deputado Vignatti deseja falar.O SR. DEPUTADO VIGNATTI – Sr. Presidente,

Deputado Reginaldo Lopes, Sr. Deputado Benjamin Maranhão, Sras. e Srs. Deputados, gostaria de colo-car o que acabamos de acertar em Santa Catarina. A experiência que lá tivemos talvez ajude a organizar e a termos boas audiências em todos os Estados. Quanto melhor forem as audiências nacionais e mais subsí-dios conseguirmos juntar nos Estados, melhor será o trabalho do Relator e desta Comissão.

Nós fechamos uma parceria com a Assembléia Legislativa do Estado para a realização das audiências. Faremos audiências regionais, inclusive com convites e cartazes impressos em Santa Catarina, pela Assem-bléia Legislativa. Houve também articulação. A Assem-bléia Legislativa enviou ofícios para todas as Câmaras de Vereadores, para todos os Prefeitos, para todas as organizações de trabalho juvenil, para todas as es-colas de ensino médio e para todas as universidades do Estado. Geralmente, temos feito as audiências em auditório de universidades. O Estado divide-se em 6 regiões. Nós estamos fazendo 5 audiências regionais e a final será em Florianópolis. Essas audiências re-gionais começam sexta-feira. Vamos levar as cópias do material para cumprir o trabalho. Serão 2 regionais

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00956 Quarta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Janeiro de 2007

no final de semana, 2 regionais no próximo, uma no outro final de semana e dia 26 encerramos em Flo-rianópolis. Juntaremos os subsídios de todas essas regiões com o contraditório do relatório nacional, no dia 26 – e já convidamos o nosso Relator para estar presente, uma exigência da juventude do Governo do Estado de Santa Catarina, tendo em vista que é do PMDB —, e contaremos com a parceria do Governo do Estado nessa articulação. O objetivo não é ter quan-tidade, mas qualidade na representação de todos os segmentos nessa relação.

O SR. DEPUTADO BENJAMIN MARANHÃO – Para V.Exa. ver o quanto o Governo do PMDB é par-ticipativo e democrático.

O SR. DEPUTADO VIGNATTI – Sim, mas nós também estamos sendo democráticos e participati-vos.

O SR. DEPUTADO ZONTA – É lógico que, no Estado, muitos vão retrair-se, pela presença do Go-verno do PMDB. (Risos.)

O SR. VIGNATTI – Isso faz parte do métier políti-co, mas nem tanto. Há uma preocupação da Secretaria do Governo de fazer um bom trabalho, de ajudar. Há também conversas com todas as juventudes partidá-rias para ser algo representativo e eclético. Parece-me que, quando se trabalha com Assembléia Legislativa, há um quantitativo maior. O Legislativo está indo para todas as audiências.

Todas as notas taquigráficas das audiências serão organizadas, inclusive com a cobertura da Assembléia Legislativa, ou seja, transmissão ao vivo das audiên-cias. Isso dá uma dimensão do trabalho da Comissão com ramificação nos Estados. As Assembléias Legis-lativas estão loucas para mostrar trabalho nessa área, mas não há debate nem compreensão do trabalho da juventude. Quando propomos isso, criamos uma dimensão extraordinária nessa questão de parceria, porque também projeta os Deputados Estaduais que têm interesse em se projetar.

Ao mesmo tempo, enviamos convite a todos os Deputados Federais. O próprio Deputado Zonta tem feito isso no seu partido. Assim, cada Deputado de cada região participa da abertura, da articulação de pessoas. Creio que se deve ser o mais eclético possí-vel. Com isso, quem ganha somos nós, da Comissão, que nos afirmamos no cenário nacional.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-pes) – Obrigado, Deputado Vignatti. Informo que seu material xerocado já se encontra à disposição e será encaminhado para o seu gabinete.

Com a palavra a Deputada Ann Pontes.A SRA. DEPUTADA ANN PONTES – Bom dia

a todos. Eu teria algumas dúvidas ainda com relação

aos encontros. Quantos serão na região amazônica? Uma das minhas sugestões seria que cada Estado da região amazônica contribuísse. Sempre falo da especificidade da região. Existe a questão do jovem indígena e do jovem rural; o índice de analfabetismo é muito grande. Então, eles devem ter a oportunidade de retratar essa realidade. Não podemos perder essa oportunidade.

O SR. PRESIDENTE (Reginaldo Lopes) – Depu-tada, só faltam ser marcados em Roraima e Rondô-nia. Em Manaus e no Acre, Amapá e Pará já estão marcados.

A SRA. DEPUTADA ANN PONTES – Quanto à participação da assessoria técnica desta Casa na Co-missão propriamente dita, é de fundamental importân-cia. Principalmente no meu tema, abordaremos violên-cia, religião, cidadania, exclusão. São assuntos muito específicos. Pelo que pude acompanhar das reuniões anteriores, serão criados painéis. Depois detalharei isso. Seria interessante que cada um desses assessores, dentro da temática a ser abordada, coordenasse esse trabalho de grupo, de oficina. Pergunto se a temática no Estado do Pará se aterá ao que relatei no meu grupo de trabalho? Isso será aprofundado? Quais os temas que serão discutidos?

Para finalizar, qual será a dinâmica do encontro? O que será desenvolvido no período da manhã e no da tarde?

O SR. PRESIDENTE (Reginaldo Lopes) – Pedi-mos para que fosse xerocado o material relativo à di-nâmica do encontro de Cuiabá, em Mato Grosso. Foi a dinâmica que aprovamos nesta Comissão: abertura política, concepção de políticas, diagnóstico do Esta-do e a explicação do plano preliminar como um todo. À tarde, funcionarão aquelas 6 oficinas.

Então, Deputada, o que poderia ser feito? A Casa não tem como fornecer 6 assessores técnicos para cada oficina. A idéia é um assessor para cada uma, acompanhando todo o encontro. Cada Deputado de-verá organizar sua assessoria ou convidar especialis-tas em relação aos temas para dar sua contribuição e coordenar essas oficinas.

No dia seguinte será socializada essa discussão, bem como estabelecidas as sugestões por meio da Carta do Estado do Pará.

A SRA. DEPUTADA ANN PONTES – Então, pelo menos um assessor irá?

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lopes) – V.Exa. gostaria de levar a mesma assessora que a acompanhou no último encontro?

A SRA. DEPUTADA ANN PONTES – Seria in-teressante. Posso até contribuir com a passagem de ida e volta.

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Janeiro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 17 00957

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-pes) – Estamos tentando pela Câmara. O pedido será oficializado hoje, eu o encaminharei. Se não for possí-vel, agradeceremos a V.Exa. a contribuição.

O SR. DEPUTADO BENJAMIN MARANHÃO – Quanto a essa participação de técnicos locais, isso é muito bom, porque surgirão novas contribuições para o trabalho. Já estamos trabalhando com esse tema, mas, se for possível envolver professores e técnicos de outros Estados, novas contribuições surgirão. A idéia de nessas oficinas haver a participação local de um coordenador já é uma ajuda, até para colher novas informações da juventude, que já está participando efetivamente, e de estudiosos relacionados à causa da juventude, de cada localidade.

A SRA. DEPUTADA ANN PONTES – Eles fica-riam na coordenação dessas oficinas?

O SR. DEPUTADO BENJAMIN MARANHÃO – Na coordenação das oficinas. O trabalho de cada Depu-tado e coordenador desses encontros será relacionar pessoas relativamente aos temas. Essa proposta foi votada aqui no passado.

A SRA. DEPUTADA ANN PONTES – Certo. Com relação às oficinas, são 6. Fica a critério do Deputado escolher cada tema que será desenvolvido em cada oficina, ou isso já está estipulado?

O SR. DEPUTADO BENJAMIN MARANHÃO – O tema geral já existe. Estamos querendo contribuir diretamente para o plano. Desde o início, temos traba-lhado com os temas nas audiências públicas que foram desenvolvidas no relatório preliminar. Existe um tema geral, mas haverá as peculiaridades locais. A proposta do Norte não será igual à do Sul.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-pes) – Deputado Benjamin Maranhão, naquele relató-rio preliminar, na pág. 85, há a metodologia; o material referente à metodologia será novamente distribuído. Disponibilizarei a capa da publicação de determina-do grupo e o cartaz nacional. O folder expressa essa metodologia, evidenciada na referida pág. 85. Deixarei o material aqui para que os Deputados o verifiquem. Também distribuiremos o material concernente à me-todologia que está sendo implementada em Mato Grosso. Será entregue às Sras. Deputadas e aos Srs. Deputados.

Passo a palavra ao Deputado Lobbe Neto. (Pau-sa.) Ausente.

Algum Deputado gostaria de se manifestar?Tem a palavra o Sr. Deputado Wasny de Roure.O SR. DEPUTADO WASNY DE ROURE – Sr.

Presidente, colegas Parlamentares, quero apenas informar que, no âmbito do Distrito Federal, foi feita uma reunião preliminar entre algumas lideranças e

convocada para hoje, no final da tarde, uma reunião com várias lideranças, para discutir a organização das plenárias regionais e a plenária central.

A idéia é realizar 3 grandes plenárias, distribuídas nas diferentes cidades. A partir daí, antes da data final, abril, articular a grande plenária resultante do trabalho daqueles que participaram das regionais. Portanto, em Brasília, também já está sendo definido o calendário, com as lideranças de vários movimentos e naipes po-líticos, para não ficarmos limitados à coloração políti-co-partidária e a nenhum grupo isolado.

Naturalmente, por mais que nos esforcemos, po-derá haver dificuldades que esperamos superar ao lon-go do processo de aprimoramento dessas audiências públicas. Dessa forma, no Distrito Federal já existe um encaminhamento para efetivar as audiências públicas nas nossas regiões, como também a audiência pública central, após as plenárias que deverão ocorrer.

Muito obrigado.O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-

pes) – Deputado Wasny de Roure, solicitamos a V.Exa. que informe a data da reunião. Parece-me que hoje à noite haverá uma reunião.

O SR. DEPUTADO WASNY DE ROURE – Es-peramos estabelecer a data após a consulta de hoje à noite. Não temos uma data preliminar. Deveremos obedecer à orientação da coordenação, meados de abril, mas queremos que eles mesmos decidam qual a melhor data para organizar tanto as audiências pú-blicas regionais, em torno de 5, quanto a central. Até o final do dia, isso deverá estar definido.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-pes) – Agradeço a V.Exa.

Concedo a palavra ao Deputado Lobbe Neto.O SR. DEPUTADO LOBBE NETO – Umas das

questões que eu ia levantar já foi abordada pela Depu-tada Ann Pontes, ou seja, como proceder em cada Esta-do de maneira a haver uma coerência em todos eles.

Outra questão muito importante é o acompanha-mento de uma assessora da Comissão para trazer as informações, visando ao relatório final.

Outro ponto que gostaria de mencionar é que nós mesmos, dentro daquilo que podemos gastar com divul-gação, com o trabalho do Parlamentar, antes de irmos para nossas regiões, poderíamos fazer um chamamento por meio de outdoors, colocando o nome, apresentando o convite. Esse é um trabalho parlamentar e uma boa divulgação para o Deputado. Pagam-se os outdoors, de maneira legal, chamando-se os interessados para o evento. É uma sugestão que deixo.

Quero ainda fazer uma solicitação ao Presidente da Comissão: ajude-nos a fazer a complementação do Parlamento Jovem Brasileiro. Ontem estive conversan-

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00958 Quarta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Janeiro de 2007

do com o 1º Secretário da Casa, Deputado Inocêncio Oliveira, sobre a regulamentação, para que este ano recebamos todos os jovens do Brasil em Brasília, na Câmara dos Deputados.

Agradeço a esta Comissão o apoio à aprovação do projeto de resolução no ano passado. Agora pre-cisamos complementar as informações, criar a banca examinadora dos projetos e receber os jovens nesta Casa.

Era o que eu tinha a dizer.Muito obrigado.O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lopes)

– Nobre Deputado Lobbe Neto, parabenizo V.Exa. pela iniciativa de criação do Parlamento Jovem. Havendo este ano a Conferência Nacional, dando-se continui-dade ao processo depois, na Semana Nacional da Juventude, na última semana do mês de agosto, é interessante ter como objetivo desta Comissão a im-plementação de fato do Parlamento Jovem.

A lei que criou a Semana Nacional da Juventude é de 1993. Dez anos depois é que a regulamentamos nesta Casa. Seria interessante, por meio de requeri-mento de V.Exa., organizarmos uma audiência des-ta Comissão só para estudar a regulamentação do Parlamento Jovem. Poderíamos convidar a juventude para dar sugestões. Peço a V.Exa. que apresente o re-querimento para que seja agendada audiência nesta Comissão só para tratar da regulamentação. É algo urgente, o prazo termina no final de agosto. Se não se decidir agora sobre quem elegerá os Deputados jo-vens nos Estados, provavelmente não conseguiremos implementar o Parlamento Jovem este ano.

O SR. DEPUTADO LOBBE NETO – Sr. Presi-dente, neste ano haverá eleições municipais. Portanto, devemos mudar a data da Semana Nacional da Juven-tude, porque, em setembro, estaremos bem próximos delas. Se fizermos a programação para setembro, ela vai ser esvaziada. É melhor passarmos para o período pós-eleitoral tanto a Semana da Juventude quanto o Parlamento Jovem.

Sei que a data está praticamente marcada, mas vai ser muito complicado, no meio ou no final de se-tembro, às vésperas das eleições municipais, fazer-mos essas reuniões aqui. Temos de transferi-las para o início de novembro, depois das eleições municipais, e mobilizamos tudo antes, para que possa estar aqui presente toda a juventude. É a minha sugestão.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-pes) – Na verdade, Deputado, é a última semana de setembro, às vésperas das eleições. Então, realmente vai ser muito difícil organizar o Parlamento Jovem. Por outro lado, como não haverá nada na Casa, a mídia poderia até dar uma grande visibilidade ao evento. Os

Deputados ficariam em seus Estados trabalhando e deixariam os Deputados jovens aqui atuando, total-mente.

O SR. DEPUTADO LOBBE NETO – Se quiserem assim, eu concordo, mas muitos Deputados candidatos deverão estar em seus Estados, em suas cidades.

O SR. DEPUTADO ZONTA – Desejo um esclareci-mento. A proposição do Deputado Lobbe Neto refere-se ao mês de setembro? Somos todos agentes políticos. De julho a 3 de outubro, todos estaremos envolvidos nas eleições, pedindo votos para Vereador e Prefeito.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-pes) – Inclusive os Deputados jovens.

O SR. DEPUTADO ZONTA – Trata-se de algo mui-to delicado. Poderíamos repensar a data da Conferência Nacional, que, parece-me, não consta do folder.

A SRA. DEPUTADA ANN PONTES – Uma última pergunta. Nesses encontros haverá a participação do Presidente e do Relator?

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-pes) – Mais ou menos. Vou estar na primeira, no Acre. Agora, são 26 Estados, é muito complicado estar em todos, porque acontecem 4, 5 na mesma semana, nos mesmos dias. Então, qual é a idéia? Estou tentando estar no máximo de encontros possível. Já assumi o compromisso de estar no Rio Grande do Norte, na Bahia, em Minas, que é o meu Estado, e no Acre. No Acre foi quase sob pressão. (Risos.) Vou lá quarta-feira. O Deputado Benjamin Maranhão já assumiu o compromisso de estar em Santa Catarina.

O que tenho como proposta? Que cada Depu-tado da Comissão vá a 2 ou 3 Estados. Por exemplo, alguém poderia acompanhar o encontro no Amapá – o Deputado Davi Alcolumbre está cobrando muito a nos-sa presença. V.Exa. poderia contribuir indo até lá, bem como ao Acre, a Rondônia, e vice-versa. O Deputado Vignatti, ou o Deputado Zonta, ou o Deputado Lobbe Neto, poderia participar do encontro no Pará, no Rio Grande do Sul.

Qual seria a sistemática? Distribuímos o calen-dário. Então, os Deputados que queiram participar das reuniões em outros Estados façam a solicitação à nossa Secretária, a Ana, que encaminho o pedido de passagens, se for preciso. A intenção é que possamos participar e ajudar os companheiros a realizar esses encontros nos diversos Estados.

É impossível eu conseguir ir a todos, porque es-tou organizando também as regionais no meu Estado. Estamos organizando lá 3 regionais. Então, vai ser um pouco difícil a minha presença em todos, mas faço um apelo aos Deputados e Deputadas para que participem de pelo menos 3 conferências estaduais, a fim de ajudar os companheiros e companheiras nesse debate.

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Janeiro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 17 00959

Com a palavra a Deputada Alice Portugal.A SRA. DEPUTADA ALICE PORTUGAL – Sr.

Presidente, Sras. e Srs. Deputados, companheiros das organizações, assessores, acredito que este ano define a nossa vida em termos de políticas públicas, e essas conferências têm enorme importância nesse sentido.

Na Bahia, a conferência estava prevista inicial-mente para março, mas ia ficar muito próxima do fim do carnaval. Conseguimos, eu e o Deputado Marcelo Guimarães, chegar a um acordo em relação à data, 15 e 16 de abril. Já fizemos uma minuta de roteiro que vamos divulgar. Um outro Deputado da Bahia, Zezéu Ribeiro, tem problema de horário. Fizemos uma mi-nuta e vamos buscar a acomodação de interesses, opiniões.

No dia 9, pela manhã, teremos em Salvador uma reunião preparatória e nossa metodologia será reunir entidades juvenis de várias naturezas – ONGs, entida-des estudantis, juventudes partidárias —, que realiza-ram já um pequeno encontro. Serão convidadas, a partir de hoje, para essa reunião preparatória na terça-feira, quando conversaremos sobre a minuta, essa proposta de roteiro da audiência pública em Salvador.

Promete ser algo muito interessante. A abertura será no dia 15, com uma solenidade, e haverá tam-bém uma parte lúdica, seguindo a orientação da Co-missão, mas com adaptações regionais. Gostaríamos de contar com a presença do Presidente e do Relator da Comissão, se possível, nesse evento.

A idéia é realizar um número de oficinas maior do que o previsto, nos dias 15 e 16 de abril, em Sal-vador, em local a ser definido. Há várias propostas. A tendência é de que haja um bom número de delega-dos do interior.

Não vamos entregar a minuta na reunião de hoje, provavelmente o faremos na semana que vem, porque vamos unificá-la com as entidades e os 3 Deputados da Bahia, não obstante eu e o Deputado Marcelo Gui-marães já termos formado uma idéia de como deva transcorrer a audiência.

Queria pedir à assessoria da Comissão – já foi formalizada a solicitação – para que veja se conse-guimos o apoio da Taquigrafia da Assembléia Legis-lativa, enfim, esses instrumentos que foram indicados pela Casa.

Muito obrigada.O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-

pes) – Obrigado, Deputada Alice Portugal.O segundo item da nossa pauta é troca de idéias

a respeito da Conferência Nacional da Juventude. A data está confirmada.

É interessante lembrar – não sei se está presente o Marcos Ximenes, que trabalha comigo – que é pre-ciso colocar no cartaz e no folder a data da Conferên-cia Nacional, seria uma forma de divulgá-la nas con-ferências estaduais. Como muito bem lembrado pelo Deputado Zonta, faltou incluir a data da Conferência Nacional. É preciso aproveitar esses 10 mil folders e cartazes. No cartaz se poderia incluir o local, porque daí ele cumpriria a função de divulgar as etapas es-tadual e nacional. Pode ficar um pouco confuso, mas é a única maneira de conseguirmos esse material de divulgação da Casa.

Hoje vamos iniciar uma troca de informações e idéias para construirmos coletivamente a metodologia da Conferência Nacional. Ela já está agendada, entre os dias 27 e 29 de abril, no Auditório Nereu Ramos. Portanto, vamos abrir o debate para a troca de infor-mações.

O SR. DEPUTADO VIGNATTI – Na semana an-tes do carnaval, abrimos a reunião aqui, e estávamos apenas eu e o Deputado Reginaldo. Saímos bem na foto. Como não havia nada na Casa, saímos na pri-meira página do Jornal da Câmara, só por abrir a reu-nião. (Risos.) Mas havia várias entidades presentes aqui também.

Tenho uma sugestão, e já conversei a respeito com o Deputado Reginaldo Lopes em outro momen-to. Poderíamos trabalhar com a possibilidade de não necessariamente, tendo em vista o tempo e a pauta, fazermos um debate sobre isso hoje. Poderíamos re-alizar uma reunião informal com as entidades, porque elas precisam ser ouvidas.

Penso que é preciso formar um grupo de entida-des nacionais, sejam do movimento estudantil, sejam ONGs, que queiram ajudar a construir a metodologia da Conferência Nacional. As entidades têm participado sistematicamente das nossas reuniões e têm contri-buído. Essa reunião poderia ser feita, por exemplo, na quarta-feira, ou na terça-feira à tarde, duraria umas 2 horas, e, junto com a assessoria técnica da Casa, de-bateríamos a metodologia da conferência.

Sei que as entidades já apresentaram suas pro-postas, algumas já conversaram com o Presidente, mas seria bom que fizéssemos uma reunião informal, de 2 horas, a fim de construir uma proposta, aprofun-dar essa questão e pensar em uma metodologia. A assessoria técnica da Comissão poderia elaborar uma proposta prévia, a partir da juntada de informações de entidades que queiram apresentá-las.

Assim o trabalho renderia, e as entidades tam-bém se sentiriam parte do processo. Sempre dizemos que esta Comissão só faz sentido se a juventude puder

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00960 Quarta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Janeiro de 2007

participar desse processo. Só se pode abrir espaço quando alguém é convidado.

Portanto, sugiro a abertura de uma sala de reuni-ões, algo informal, trazendo-se para a nossa próxima reunião, na quinta-feira, uma proposta, e sobre ela dis-cutiríamos. Poderíamos perder 1 hora aqui com apenas 3 ou 4 falando, ou poderíamos ter uma proposta prévia, mais organizada, e discutir com base nela.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-pes) – Estava conversando sobre isso com o Depu-tado Vignatti. Na quinta-feira, tenho dificuldade. Na quarta-feira, devo estar no Acre. Mas estava pensando no seguinte: poderíamos aprovar um requerimento e fazer um convite oficial a toda a juventude organizada para uma audiência na quinta-feira para discutir isso. Como a tratamos de forma diferente, permitiríamos que todos usassem o microfone, se manifestassem, e construiríamos isso na quinta-feira. Na próxima reu-nião, dia 18, aprovaríamos entre nós, Deputadas e Deputados, a metodologia.

Portanto, na quinta-feira, dia 11, se for consenso, faríamos essa audiência só para discutir a metodologia e pediríamos à nossa assessoria que convidasse toda a juventude organizada.

O SR. DEPUTADO VIGNATTI – Há ONGs que querem sugerir metodologia. Então, abriríamos o es-paço para quem quiser participar, é isso?

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lopes) – Enviaríamos convites para as entidades mais conhe-cidas, mas cada um aqui poderia convidar a entidade que entender que possa contribuir para esse debate.

O SR. DEPUTADO BENJAMIN MARANHÃO – Só uma dúvida. Isso, regimentalmente, é possível? Pelo que sei, tem de haver o convite específico para a entidade. Então, não adianta. É preciso que se apro-ve requerimento com o nome das entidades a serem convidadas para expor suas propostas de metodolo-gia para análise da Comissão. Não se pode abrir para o debate...

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lopes) – A nossa Secretária, Ana, está dizendo que é preciso aprovar requerimento para conseguirmos a liberação de recursos pela Casa. Só que tem o seguinte: na quinta-feira a reunião é de construção. Vamos legitimar todo o debate na semana seguinte, no dia 18. Então, não há problema. Permitimos, na própria audiência da Comissão, que os companheiros do movimento juvenil falem, se manifestem. Seria interessante que antes do dia 18, no dia 17, uma quarta-feira, fizéssemos uma sistematização de todo o debate e apresentássemos o resultado, para votação na reunião do dia 18, daqui a 2 semanas. Penso que assim se legitima o processo, que passaria a ser regimental.

Se houver consenso, acho que não há dificulda-de, porque não seria aprovado na próxima quinta-feira. Seria uma reunião de debate, de construção. Faríamos depois uma sistematização de todas as propostas, apresentando-se o requerimento, considerando-se a pauta, e isso seria votado no dia 18. É possível, isso está em conformidade com o Regimento.

O SR. DEPUTADO VIGNATTI – A minha preo-cupação é que temos de fechar toda a metodologia até o final do mês, tendo em vista a elaboração a ser feita pela Casa, porque tudo demora, sempre há uma quantidade de coisas na frente, há uma fila.

Tenho a sugerir uma lista de entidades que tra-balham com o tema da juventude: UNE, UBES, MST, CONTAG, FETRAF-Sul, PJ, evangélicos, Movimento Hip-Hop, Nação Hip-Hop, MOHHB, partidos, Rede da Juventude, Grupo Interagir, Movimento de Adolescentes Brasileiros – MAB, Ação Educativa, Instituto da Cida-dania, Instituto Ayrton Senna, ILDS, Observatório da Juventude e CUT.

O SR. DEPUTADO ZONTA – Sugiro também a OCB, Deputado Vignatti.

O SR. DEPUTADO VIGNATTI – A OCB, corre-to.

O SR. DEPUTADO ZONTA – São jovens coo-perativistas.

O SR. DEPUTADO VIGNATTI – A OCB tem um grande trabalho.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lopes) – A CONTAG também tem um grupo de jovens rurais. Menciono a assessoria da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial, inserção das mulheres.

O SR. DEPUTADO VIGNATTI – Alguma entidade de jovens empreendedores, de jovens empresários.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-pes) – Cada um de nós pode convidar as entidades com que temos relacionamento. Ou podemos passar a informação para a Ana, ela emite o convite.

Na próxima quinta-feira, às 9h30, neste mesmo auditório, construímos a metodologia.

O SR. DEPUTADO ZONTA – Valendo-nos dessa lista que o Deputado Vignatti apresentou, poderíamos já aprovar um requerimento de forma verbal, para con-vidar os representantes dessas entidades. Seria algo formalizado por esta Comissão.

A SRA. DEPUTADA ALICE PORTUGAL – Gos-taria de sugerir a JS.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-pes) – Acho que há 2 dificuldades: precisamos ter 17 assinaturas para o requerimento extrapauta e votá-lo nominalmente.

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Janeiro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 17 00961

O SR. DEPUTADO ZONTA – A Deputada Alice Portugal sugere a JS. Não temos nada contra. Pelo contrário, só vem a contribuir.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lopes) – Vamos enviar o convite. Realizamos a reunião de ma-neira informal e vamos seguir. Na próxima reunião.

O SR. DEPUTADO ZONTA – O Relator sempre dá um jeito fazer a adequação ao regimento.

O SR. DEPUTADO VIGNATTI – Podemos aprovar o convite, abrir a reunião e resolver a pauta em 15 mi-nutos, fazer a reunião informalmente. Este é o objetivo: reunir experiências. Vamos transgredir o Regimento. A juventude tem o hábito de transgredir o formal, vamos dar uma transgredida de forma legal.

O SR. DEPUTADO BENJAMIN MARANHÃO – Creio que o companheiro Vignatti resolveu o problema: faz-se uma extra-reunião, digamos assim.

O SR. DEPUTADO VIGNATTI – Convidamos todo mundo, abrimos a reunião, encerramos, resolvendo em meia hora.

O SR. DEPUTADO BENJAMIN MARANHÃO – Regimentalmente, não há como fazer isso.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-pes) – Eu sei. Não há dificuldade alguma. Construída a metodologia na próxima quinta-feira, vamos transfor-má-la num encaminhamento coletivo dos Deputados da Comissão. Votaremos no dia 18. A nossa Secretária dará seqüência à organização da Conferência Nacio-nal. Acho que tudo está tranqüilo, parece-me que o acordo está feito.

Justifico a ausência do Deputado Milton Cardias, do Rio Grande do Sul. S.Exa. está num encontro com as Comissões Provisórias do PTB, os 73 maiores co-légios eleitorais do Estado.

Passa-se à fase de votação dos requerimentos Na verdade, esses requerimentos fazem parte de uma estratégia por nós escolhida no final do ano nesta Co-missão. Entendeu-se, coletivamente, que era preciso aprofundar o debate em relação ao jovem. Farei a lei-tura e vamos votá-los em bloco.

Os Requerimento nºs 47, 48, 49, 50, 51 e 52, to-dos de 2004, são de autoria do Deputado Vignatti. O sétimo requerimento, de nº 53, também de 2004, é de minha autoria. Tratam de convite a pessoas e entidades para participar de debate relacionado à juventude.

Concedo a palavra ao Deputado Vignatti, para a defesa dos seus requerimentos.

O SR. DEPUTADO VIGNATTI – Esses requeri-mentos têm 2 objetivos centrais. O primeiro, contemplar debates que não tivemos condições de aprofundar no ano passado. O segundo, construir, de certo modo, a pauta da Conferência Nacional. Precisamos manter vivo o debate.

Eu não fechei nomes, conforme conversei com o Deputado Reginaldo, porque acho que precisamos compor. Eu teria nomes para todas as atividades, mas acho que precisamos defini-los juntos, com sugestões de pessoas de diferentes partidos. Quando se apre-senta um nome já definido, muitas vezes acaba-se com a possibilidade de ouvir outras contribuições im-portantes, que também poderiam enriquecer o debate e ajudar o Relator na elaboração do seu parecer. O próprio Relator disse, quando fez a leitura do relatório, que faltavam algumas informações.

Eu sugiro, Deputado Reginaldo, que votemos em bloco os requerimentos, e que possamos compor o Requerimento nº 47, que trata do mesmo assunto do Requerimento nº 53, apresentado por V.Exa., a questão do campo. Tenho em mente alguns nomes de organizações, e deixo aberta aos meus colegas a possibilidade de sugerir outros.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lopes) – Concordo, Deputado. Eu até pensei em suspender a votação do Requerimento nº 53, de 2004, para que na próxima reunião todo o conjunto da Comissão pudesse apresentar nomes. Mas acho que podemos aprovar o Requerimento nº 53 junto com o seu primeiro requeri-mento, o de nº 47. Ficariam aprovados esses nomes, e, na próxima reunião, quinta-feira, receberíamos su-gestões dos Deputados para o tema Especificidades da Juventude.

Assim poderíamos, antes de iniciar o debate da metodologia nacional, ter aprovado o conjunto de con-vidados para cada tema das especificidades. Aprova-ríamos, como disse, o Requerimento nº 53 junto com o Requerimento nº 47, deixando já acertado que, na reunião do dia 11, os Deputados e Deputadas trariam sugestões de nomes. Assim, na próxima reunião, cole-tivamente, agruparíamos os convidados de acordo com o debate das chamadas – entre aspas – “minorias”.

O SR. DEPUTADO VIGNATTI – Eu concordo com V.Exa., e sugiro que, por meio dos Requerimentos nº 47 e 53, que devem ser juntados, seja convidada a re-presentante da FETRAF-Sul, Severine Macedo, que já esteve no encontro nacional, o Diogo...

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lopes) – Peço a V.Exa. que oficialize essa sugestão.

O SR. DEPUTADO VIGNATTI – Sem problema. Se deixarmos as sugestões para a próxima reunião, a participação pode ser maior.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-pes) – Com a palavra o Deputado Zonta.

O SR. DEPUTADO ZONTA – Concordamos ple-namente com os requerimentos e já antecipo nosso voto favorável. Mas tenho 2 perguntas e 1 sugestão a fazer.

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00962 Quarta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Janeiro de 2007

As perguntas: a idéia é marcar as audiências com essas entidades para antes da Conferência Nacional? Haverá disponibilidade de datas para isso?

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-pes) – Sim, Deputado. A intenção é trabalhar junto com as Conferências Estaduais. Temos pela frente pelo menos umas 6 quintas-feiras até o dia 28, para as reuniões ordinárias. Então, paralelamente às Con-ferências Estaduais, na quinta-feira faremos o debate do tema Especificidades da Juventude, de acordo com os requerimentos.

O SR. DEPUTADO ZONTA – Já que se aprovou informalmente uma pauta para a Conferência Nacio-nal, convidando-se as entidades de praticamente todos os setores, isso não configuraria uma superposição de presença? No caso, trata-se de audiência formal, não é?

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-pes) – Deputado Zonta, acho que não, porque vamos convidar todas as entidades representativas da ju-ventude para discutir uma metodologia. Nesse caso, convidaremos especialistas em temas voltados para a juventude, como as questões da especificidade, para conseguirmos acumular mais conhecimento para construir o plano nacional. Há uma função que já foi debatida, e o próprio Relator entendeu que não nos aprofundamos nos debates.

O SR. DEPUTADO BENJAMIM MARANHÃO – Em relação a isso, eu gostaria de fazer um esclare-cimento. O relatório preliminar, na parte em que fala de “minorias” – entre aspas —, com relação ao jovem rural, mostra-se extremamente superficial, porque não tivemos condições de debater o tema. Não houve ne-nhuma construção em relação a isso.

Quanto a esse requerimento, já havíamos com-binado com os Deputados Vignatti e Reginaldo Lopes de apresentá-lo logo, para aproveitar as audiências, até porque não teríamos um tema específico, visto que estaremos ocupados também com os encontros regionais. Então, vamos aproveitar as audiências que ocorrerão normalmente para que se debata esse as-sunto e possamos enriquecer o relatório.

O SR. DEPUTADO ZONTA – Sr. Presidente, então gostaria, se V.Exa. me permite, de fazer a sugestão. No Requerimento nº 53, de 2004, compilado com o de nº 47, também de 2004, poderíamos incluir o Coordena-dor Nacional das Casas Familiares Rurais, que, espe-cialmente nos Estados do Sul, funcionam muito bem, pois reúne jovens visando a sua formação, e também os representantes da Organização das Cooperativas Brasileiras. Vamos confirmar os nomes e daremos a informação. Não sei se estão aqui os nomes dos re-presentantes da CONTAG e da CNA.

É a minha sugestão.Muito obrigado.O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-

pes) – A Mesa solicita a V.Exa. que a encaminhe em forma de ofício.

Deixo registrado que a CONTAG, num encontro de 3 dias, tratou da questão do jovem rural. Enviou à Comissão um relatório muito bem feito, com várias propostas interessantes. Já o encaminhei para a Se-cretaria da Comissão e para o Relator.

Concedo a palavra à nobre Deputada Alice Por-tugal.

A SRA. DEPUTADA ALICE PORTUGAL – A proposta de preenchimento desse período com audi-ências é muito interessante. Eu sinto certa dificulda-de com relação a isso, porque percebo que a Casa não vai poder apoiar estruturalmente as audiências a serem realizadas nos Estados, e vamos fazer um es-forço para trazer novos convidados. Se houvesse um mecanismo de mediação, para um apoio mais sólido às audiências nos Estados, seria interessante. Pre-cisamos pensar nisso. Há passagem para apenas 1 convidado. Vamos ter de trabalhar com a prata da casa em todos os Estados.

Temos de fazer um grande esforço nas audiên-cias. Concordo em relação a alguns temas, como a questão do jovem rural, que eu mesma levantei du-rante as observações finais sobre o relatório. Tem de ter jovem com a lei, Deputado Vignatti. Essa questão foi bem debatida. Será que não seria o caso de alter-narmos uma semana de audiência pública com uma semana de avaliação dos encontros realizados? Assim ganharíamos experiência, facilitando nossa atuação em outros encontros.

Enfim, temos de conseguir desta Casa um modo equilibrado para aumentar um pouco o apoio logístico às audiências nos Estados. Essa é a primeira questão.

Há a possibilidade de intercalar os diferentes trabalhos. Quero dizer que concordo com todas as audiências. O meu voto é a favor. Eu também tenho sugestões a apresentar. Os jovens do campo na Bahia realizam encontros com 700 mil, 800 mil pessoas. Têm entre eles o jovem Deputado Edson Pimenta. Seria interessante que viesse dar seu depoimento nessa audiência pública.

Uma outra questão que talvez seja o caso de tra-tarmos diz respeito ao material gráfico. Se elaborarmos um modelo, a Casa teria condição de fazer adaptações regionais no conteúdo para cada audiência?

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-pes) – Não. Esta é uma Comissão Especial e não uma CPI. Não tem, regimentalmente, estrutura para fazer programas em Estados. Mas a Casa nos tem apoiado.

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Janeiro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 17 00963

Vai dar 10 mil folders, 10 mil cartazes e 10 mil publica-ções. Além disso, está liberando passagens para que os membros da Comissão estejam presentes, assim como a assessoria técnica.

A SRA. DEPUTADA ALICE PORTUGAL – Então, com relação ao folder, deveria sair apenas a capa. A parte interna, com a programação, deveria ser rodada nos Estados. Objetivamente, vai haver um conteúdo genérico, e, na hora de divulgar, vai ter de ser feito um segundo esforço. É melhor rodar a capa do folder e dei-xar em branco a parte de dentro, para que seja rodada nos Estados. É possível fazer isso, temos de tentar.

Poderiam também fornecer o fotolito, ou cada Estado poderia trazer, dentro do seu lote, o seu fo-tolito adaptado à arte. Não vai ser rodada a mesma quantidade? A Casa não gastará mais nada com isso. Não muda nada. Temos de considerar o ponto de vis-ta estrutural.

O SR. DEPUTADO BENJAMIM MARANHÃO – Uma coisa é rodar 10 mil, 20 mil exemplares de um folder, outra coisa é rodar isso 27 vezes. Nós que mexemos com material gráfico e fazemos campanha sabemos que é muito diferente.

A SRA. DEPUTADA ALICE PORTUGAL – Eu sei como é também.

O SR. DEPUTADO BENJAMIM MARANHÃO – A Casa vai pôr obstáculo em relação a isso. A sugestão que apresento é que se procurem parcerias com as Assembléias Legislativas, onde for possível, e com o Governo do Estado, para que ajudem nisso.

A SRA. DEPUTADA ALICE PORTUGAL – Esse vai ser um segundo esforço. Para que fazer 10 mil fol-ders com conteúdo genérico?

O SR. DEPUTADO BENJAMIM MARANHÃO – Porque com isso já se começa a divulgar a Confe-rência Nacional.

A SRA. DEPUTADA ALICE PORTUGAL – Já se divulga preliminarmente.

O SR. DEPUTADO BENJAMIM MARANHÃO – Pode-se colocar no conteúdo dele o que vai ser a Conferência Nacional.

A SRA. DEPUTADA ALICE PORTUGAL – Pode-ríamos fazer o folder só depois da reunião que definir a metodologia, na próxima semana. Já colocaríamos o conteúdo da Conferência Nacional e, se fosse o caso, até os nomes dos convidados. Seria o folder da Con-ferência Nacional.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lopes) – Poderíamos juntar a proposta da Deputada Alice Por-tugal com a do Deputado Benjamim Maranhão como proposta inicial do folder. Isso é interessante. Na capa se falaria da Conferência Nacional, da etapa estadual e, dentro do folder, seria retirada a programação que

foi colocada hoje e se trataria do objetivo dessa confe-rência, das etapas estaduais. Seria um instrumento de divulgação. O Deputado preenche o espaço à caneta ou manda digitar os dados por meio do computador. Repito, é um instrumento de divulgação.

Deve-se falar um pouco sobre os objetivos das etapas estaduais. Pode ser assim, Deputado? Dessa forma, tiramos os nomes das oficinas. De dentro do folder retirei vários pontos copiados do relatório. Havia até o nome do Presidente, do Relator e de outros. Eles não poderiam divulgar algo em que não vou estar pre-sente. A preocupação é fazer com que a informação se aproxime o máximo da verdade.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lopes) – Com a palavra a Deputada Ann Pontes.

A SRA. DEPUTADA ANN PONTES – Quero sa-ber se a audiência da próxima quinta-feira já contará com a participação das entidades?

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-pes) – Sim.

A SRA. DEPUTADA ANN PONTES – Cabe-nos, aos membros da Comissão, apresentar os no-mes dessas entidades? Como é isso? Não consegui entender.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-pes) – Sim. Podem convidar as entidades que quei-ram contribuir.

A SRA. DEPUTADA ANN PONTES – Eu as con-vido e assumo o compromisso de trazê-las?

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-pes) – Pode passar os nomes para a Secretaria, que enviará o convite. Mas não vai haver passagens e con-dições de hospedagem. Vamos tentar construir essa estrutura, mas não temos força regimental para isso. Então, vamos convidar, mesmo que seja de maneira informal, para fazer um debate, a juventude organiza-da, as ONGs, para tentar construir com a juventude uma metodologia dentro da realidade.

A SRA. DEPUTADA ALICE PORTUGAL – A Comissão tem idéia de quantas cópias dos relatórios teríamos nas Conferências Estaduais:

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-pes) – Dez mil cópias.

A SRA. DEPUTADA ALICE PORTUGAL – Não, em cada conferência.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lopes) – Nesse caso, teríamos de fazer com cada Deputado ou Deputada uma avaliação. Em média, 400 cópias. Mas há Estados menores, com os quais vamos ter de negociar.

A SRA. DEPUTADA ALICE PORTUGAL – V.Exa. já negociou? Já há previsão? O relatório está pronto.

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00964 Quarta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Janeiro de 2007

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-pes) – Já está pronto. Já está aprovada a capa que aí está. Estamos aprovando agora. A gráfica ficou de entregar hoje, às 11h.

Vejam, acabou de chegar. Vamos aprovar o con-teúdo e encaminhar para a gráfica. É algo muito bu-rocrático.

A SRA. DEPUTADA ALICE PORTUGAL – Mas o conteúdo já foi aprovado.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lopes) – Quando vai para a gráfica, para fazer a diagramação, pode haver erro de digitação.

A SRA. DEPUTADA ALICE PORTUGAL – Tem de fazer a revisão, não é?

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-pes) – Sim, a revisão.

A SRA. DEPUTADA ANN PONTES – Sr. Pre-sidente, o convite para que as entidades participem da definição de metodologia na próxima quinta-feira é formal?

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lopes) – Faremos um convite formal, mas não haverá estru-tura, apoio financeiro para essas entidades.

A SRA. DEPUTADA ANN PONTES – O.k. Tam-bém deverei apresentar os nomes das pessoas que participarão dessas audiências? Há um limite, pelo que entendi. Não há um número mínimo ou máximo para apresentar?

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-pes) – Não.

A SRA. DEPUTADA ANN PONTES – As pessoas indicadas terão apoio para chegar até aqui?

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lopes) – As pessoas que virão para as audiências relativas aos temas da juventude e minorias têm todo o apoio da Casa. Só têm de agrupar-se. A idéia é esta: aprova-das as audiências, permitiremos a construção da Mesa dos convidados, coletivamente. Aqueles que tiverem os nomes aprovados para a próxima reunião serão agrupados e ouviremos todos os segmentos. Esses têm apoio para participar da audiência em Brasília.

A SRA. DEPUTADA ANN PONTES – Muito obri-gada.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-pes) – Em votação os Requerimentos de nºs 47 a 53, de 2004. (Pausa.)

Os Srs. Deputados que os aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.)

Aprovados.Nada mais havendo a tratar, vou encerrar os tra-

balhos, antes convocando os Srs. Deputados para a próxima reunião, a ser realizada no dia 11 de março, quinta-feira, às 9h30, nesta mesma sala, para tratar-

mos dos requerimentos apresentados até a data re-gimental e realizarmos o debate sobre a metodologia da Conferência Nacional, que será realizada nos dias 27, 28 e 29 de abril.

Está encerrada a reunião.

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A ACOMPANHAR E ESTUDAR PROPOSTAS

DE POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A JUVENTUDE

Ata da Vigésima Quarta Reunião Ordinária Realizada em 11 de Março de 2004.

Aos onze dias do mês de março de dois mil e quatro, às dez horas e trinta minutos , no plenário 7 do Anexo II da Câmara dos Deputados, reuniu-se, ordina-riamente, a Comissão Especial destinada a acompa-nhar e estudar propostas de Políticas Públicas para a Juventude, sob a presidência do Deputado Reginaldo Lopes. Compareceram os Deputados Alice Portugal, Benjamin Maranhão, Deley, Eduardo Barbosa, Eduardo Seabra, Isaías Silvestre, Lobbe Neto, Luciano Leitoa, Marcelo Guimarães Filho, Marinha Raupp, Milton Car-dias, Reginaldo Lopes, Vignatti e Zonta, titulares; Ann Pontes, Darcísio Perondi e Maurício Rabelo, suplentes. Não compareceram os Deputados Celcita Pinheiro, Júlio Lopes, Júnior Betão, Leonardo Picciani, Mario Assad, Odair, Professora Raquel Teixeira, Sandro Ma-bel e Zico Bronzeado. ABERTURA – Havendo número regimental, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos. ATA – A leitura da ata da reunião anterior foi dispensada por solicitação do Deputado Lobbe Neto. Colocada em votação, a ata foi aprovada. ORDEM DO DIA – Construção da metodologia para a Conferência Nacional da Juventude. O Senhor Presidente infor-mou aos senhores Membros da Comissão que haviam sido convidados para a reunião representantes da UNE, UBES, MST, CONTAG, Movimento da Juventu-de Evangélica Nacional, Alicança Hip Hop, Nação Hip Hop, Movimento dos Adolescentes do Brasil, Instituto Airton Sena, Fundação Friedrich Ebert, Observatório de Políticas Públicas para a Juventude – UFMG, Ob-servatório Jovem – UFF, CUT, OCB, Instituto Aliança com Adolescente, Centraf Sul, Ação Educativa, Insti-tuto Cidadania, Pastoral da Juventude, Aliança Bíblica Universitária, Redes de Juventudes, Interagir, Organi-zação dos Jovens Empresários, CRIA e Juventudes partidárias. Logo após, fez um breve relato da viagem realizada por esta Comissão à cidade de Rio Branco, no Acre, sob a Coordenação dos Deputados Júnior Betão e Zico Bronzeado, no último dia dez de março. A seguir, concedeu a palavra ao Deputado Benjamin Maranhão, que sugeriu aos membros da Comissão fosse encaminhada uma Moção de solidariedade à po-pulação da Espanha. Usaram da palavra os Deputados

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Janeiro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 17 00965

Lobbe Neto, Vignatti, Ann Pontes e Reginaldo Lopes. Antes de encerrar os trabalhos, o Senhor Presidente informou aos presentes que haveria em seguida uma reunião interna com os representantes das entidades convidadas com o objetivo de receber sugestões para a construção da metodologia para a Conferência Na-cional da Juventude, nos dias doze, treze e quatorze de maio do ano em curso. ENCERRAMENTO – Nada mais havendo a tratar, o Senhor Presidente encerrou a reunião às dez horas e cinqüenta minutos. A reunião foi gravada, e as notas taquigráficas, após decodificadas, farão parte integrante desta ata. E, para constar, eu, , Ana Clara Fonseca Serejo, Secretária, lavrei a pre-sente ata, que, após lida, discutida e aprovada, será assinada pelo Presidente Reginaldo Lopes e publicada no Diário da Câmara dos Deputados.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-pes) – Bom-dia a todos.

Declaro abertos os trabalhos da 24ª reunião ordi-nária desta Comissão, destinada a acompanhar e estu-dar propostas de políticas públicas para a juventude.

Tendo em vista a distribuição de cópias da ata da reunião anterior a todos os presentes, indago se há necessidade da sua leitura.

O SR. DEPUTADO LOBBE NETO – Pela ordem, Sr. Presidente.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lopes) – Com a palavra o Deputado Lobbe Neto.

O SR. DEPUTADO LOBBE NETO – Peço a dis-pensa da leitura da ata da reunião anterior.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lopes) – Está dispensada a leitura da ata, por solicitação do Deputado Lobbe Neto.

A ata está em discussão. (Pausa.)Não havendo quem queria discuti-la, passamos

à sua votação.Os Srs. Deputados que a aprovam permaneçam

como estão. (Pausa.)Aprovada.Ordem do Dia. Constituição da metodologia para a Conferência

Nacional da Juventude.Foram convidadas para participar da reunião as

seguintes entidades: União Nacional dos Estudantes – UNE, União Brasileira dos Estudantes Secundaris-tas – UBES, MST, CONTAG, Movimento da Juventude Evangélica Nacional, Aliança Hip Hop, Nação Hip Hop, Movimento dos Adolescentes do Brasil, Instituto Ayr-ton Senna, Fundação Friedrich Ebert, Observatório de Políticas Públicas para a Juventude, da Universidade Federal de Minas Gerais, Observatório Jovem, da Uni-versidade Federal Fluminense, CUT, Organização das Cooperativas do Brasil, Instituto Aliança com o Adoles-

cente, Centraf Sul, Ação Educativa, Instituto Cidadania, Pastoral da Juventude, Aliança Bíblica Universitária, Redes de Juventude, Grupo Interagir, Organização dos Jovens Empresários, CRIA, Conselho Político das Juventudes Partidárias, Força Sindical, Juventude Evangélica do Rio Grande do Sul, UNESCO, Conselho Municipal da Juventude, Fundo de Populações, Movi-mento Nacional de Meninos e Meninas de Rua.

Recebemos expediente do Coordenador Nacio-nal do Movimento Nacional de Meninos e Meninas de Rua, justificando sua ausência.

Temos indicação do Vice-Presidente nacional do PMDB: Marcelo Figueiroa, aqui presente.

Recebemos também expediente da Juventude do PT, de Itabuna, Bahia, pedindo material da Co-missão.

Antes de iniciarmos o debate, devo informar que realizamos ontem, na cidade de Rio Branco, Acre, a 1ª Conferência Estadual de Juventude, organizada e coordenada pelos Deputados Júnior Betão e Zico Bronzeado. Não sei qual foi o número exato de parti-cipantes, mas acredito que tenha sido superior a 100. Havia 20 representantes do interior. O Acre só tem 22 Municípios, apesar de sua grande extensão.

Optaram por fazer um dia pleno de evento. Na parte da manhã houve um debate conceitual sobre políticas públicas e uma apresentação, por tópicos, do relatório preliminar, que teve como base os grupos de trabalho constituídos nesta Comissão. Das 13 horas até mais ou menos 20 horas houve apenas debate. Os jovens debateram cerca de 7 horas sobre a elaboração da Carta do Estado do Acre.

Talvez um erro que nós organizadores tenhamos cometido tenha sido não ter preparado uma atividade cultural para o intervalo entre o debate e a sistemati-zação das sugestões. O encontro ficou muito disper-so, e alguns jovens foram embora. Que a experiência nos sirva de exemplo. Eu tinha ido a uma emissora dar uma entrevista e sugeri que alguém fizesse uma exposição nesse intervalo, mas o encontro tinha co-meçado às 9 horas e então já eram quase 20 horas. Haja paciência! É importante, então, para os próximos encontros, pensar numa atividade cultural para esse intervalo de mais ou menos 30 minutos, em que um grupo sistematiza o debate e elabora a proposta de Carta do Estado.

Quero consultar os Srs. Deputados sobre outra coisa que aconteceu ontem. Os jovens optaram por votar questões polêmicas. Vários destaques foram votados. Eu tive a impressão de que talvez não fosse necessário fazer essa votação. Todas as propostas do Estado poderiam ser apresentadas ao grupo que vai fazer a terceira versão do relatório que será proposto

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00966 Quarta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Janeiro de 2007

na Conferência Nacional; e o debate das polêmicas ficaria para a Conferência Nacional.

Quero colher a opinião de vocês. A Carta deve conter todas as sugestões ou deve espelhar o consen-so da maioria? No Acre preferiram votar os pontos po-lêmicos. A princípio, pensei que não seria necessário fazer essa votação, mas depois cheguei à conclusão de que o debate foi interessante – o jovem gosta de defender seus posicionamentos. E pode até ser bom que já cheguem a esta Comissão propostas que repre-sentem o consenso do coletivo dos jovens que estão participando das conferências.

O SR. DEPUTADO LOBBE NETO – Sr. Presi-dente, peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-pes) – Tem V.Exa. a palavra.

O SR. DEPUTADO LOBBE NETO – Eu queria emitir a minha opinião sobre esse assunto. Acho que essa discussão pode ser feita nas conferências regio-nais. O pessoal decide na hora, democraticamente, se os pontos polêmicos têm de ser votados ou se todas as sugestões devem ser consideradas. As organiza-ções regionais poderiam decidir isso, de acordo com o clima no encontro. Não sei se seria bom definirmos aqui a sistemática das conferências regionais.

O SR. DEPUTADO BENJAMIN MARANHÃO – Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-pes) – Tem V.Exa. a palavra.

O SR. DEPUTADO BENJAMIN MARANHÃO – Para o nosso trabalho, seria melhor que essas pro-postas de cada Estado chegassem um pouco mais enxutas, mas a liberdade também é importante, até em respeito às minorias nesses Estados. Talvez uma proposta que não seja considerada ideal pela maioria de uma assembléia regional seja considerada boa pela assembléia nacional.

Como o relatório preliminar é um esboço do tra-balho realizado pela Comissão, e também porque é nosso desejo que ele seja alterado pelas propostas surgidas nos encontros regionais e na Conferência Nacional, vejo oportuno que haja a maior diversidade possível de propostas.

Mas, Sr. Presidente, quero aproveitar para fazer um registro sobre os fatos lamentáveis acontecidos ontem na Espanha.

Pelo fato de esta Comissão ter criado vínculos tão fortes com o Instituto da Juventude da Espanha e vários outros órgãos que atuam nessa área – fomos muito bem recebidos —, vou pedir aos companheiros Deputados que sugiram hoje no plenário a feitura de uma moção de solidariedade ao povo espanhol pe-los atentados que vitimaram em Madri mais de 500

pessoas, com 175 mortes, principalmente jovens que estavam indo para o trabalho, muitos deles imigrantes latino-americanos – colombianos, argentinos, chilenos – que migraram para a Espanha a fim de construir uma vida nova, dada a crise econômica em seus países.

No atual panorama internacional de radicalismo, de terrorismo, florescem a cada dia essas posições extremadas de grupos minoritários, mas provocadas principalmente pela política equivocada do Governo nor-te-americano, que vitima principalmente os jovens.

Estou fazendo uma sugestão extrapauta, Sr. Pre-sidente. Acho que a Comissão deve manifestar-se em relação a isso sugerindo ao Plenário ou à Mesa da Casa o envio à Espanha de uma moção de solidariedade às vítimas desses atentados e ao povo espanhol.

O SR. DEPUTADO LOBBE NETO – Poderíamos mandar uma cópia dessa moção a todos que nos re-ceberam na Espanha.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-pes) – Em discussão a sugestão do Deputado Benja-min Maranhão. (Pausa.)

Eu tive o prazer de acompanhar o Deputado Ben-jamin Maranhão nessa viagem. Acho que essa moção deve ser a manifestação de solidariedade do Parla-mento brasileiro, mas principalmente desta Comissão. Fizemos uma visita técnica e tivemos a oportunidade de conhecer diversos programas nacionais e regionais espanhóis voltados para a juventude.

Concordo com a sugestão do Deputado Benjamin Maranhão e peço a S.Exa. que redija essa moção. Po-demos reunir um grupo de Deputados desta Comissão para estar no plenário na hora do encaminhamento da moção, ainda hoje.

Passo a palavra ao Deputado Vignatti.O SR. DEPUTADO VIGNATTI – Sr. Presidente,

Sras. e Srs. Deputados, representantes das entidades convidadas para o debate da metodologia da Confe-rência Nacional, antes de mais nada quero dizer que concordo com a moção. É importante ser solidário com o povo espanhol neste momento.

Bem, quero levantar duas questões. Acabamos de fazer em Santa Catarina duas au-

diências regionais no final de semana, uma Lages e outra em Rio do Sul. Amanhã acontecerá o encontro de Criciúma, sábado o de Joinville e, na outra sexta-feira, dia 19, o de Chapecó. No dia 26 realizaremos a conferência estadual.

As audiências têm recebido um público bom. Eu dizia ao Deputado Lobbe neto que tivemos 130 e 140 participantes nas duas primeiras. A expectativa para os encontros de Criciúma e Joinville é de que tenha-mos um público de 250 a 300 pessoas, porque essas são cidades maiores.

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Janeiro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 17 00967

Temos apresentado o resumo que a comissão técnica fez do plano, depois distribuímos esse plano e organizamos o debate em grupos temáticos. Come-çamos o debate de manhã e seguimos uma metodo-logia simples, para terminar os trabalhos até o final da tarde. O pessoal se reúne até as 16h e depois levanta sugestões. Há também sugestões de supressão, mas não temos feito votações de supressão. A sugestão vai para a conferência estadual, e na conferência es-tadual se decide o que fazer com as propostas. Esta-mos trabalhando junto com a Assembléia Legislativa, construindo a metodologia juntos.

Acho que a metodologia tem de ser livre para cada Estado, como está sendo. Estou lembrando que eu mesmo tinha uma proposta de metodologia para todos os Estados, com delegados etc. Fui vencido justamente para que o debate ficasse mais solto. Os encontros começaram assim e acho que eles têm de seguir assim. Não dá para mudar a regra agora.

Mas me parece que temos de organizar hoje uma proposta de metodologia nacional. Se não chegarmos a uma definição, será por falta de tempo – está haven-do sessão deliberativa esta manhã. Há um acordo de Lideranças, e acredito que não haverá votação nomi-nal. Se houver, teremos de nos revezar para ir ao ple-nário votar. Mas de qualquer forma serão poucas as votações, uma ou duas, porque está acordado votar simbolicamente. Só deve ser votado o que for acorda-do, a não ser que surja algum problema.

Não sei o que você acha, Reginaldo, mas eu sugiro que nós ouçamos os nossos convidados. Já vi que algumas entidades trouxeram proposta de meto-dologia por escrito. Elas podem ser apresentadas à Mesa. Se conseguirmos chegar mais ou menos a um entendimento aqui, a comissão técnica da Casa ela-bora a proposta. E também é importante construirmos grupos de trabalho de que possam participar as várias entidades interessadas em ajudar na organização da metodologia e da própria Conferência Nacional, que não é nossa, dos Deputados, por isso estamos convi-dando tantas entidades. Acho que é essa a expectativa do pessoal que está aqui hoje. Aquele dia eu sugeri o nome de umas 20 entidades para esta audiência – nem todas puderam vir —, e outros Deputados sugeriram outros tantos nomes, justamente para termos uma re-presentação plural.

Acho que podemos inicialmente conceder a pa-lavra por 5 minutos, depois fazemos uma segunda ro-dada com quem quiser dizer mais alguma coisa. Mas temos de começar. Estou preocupado com o horário, porque ao meio-dia a bancada do PT irá se reunir para discutir o PPP. Sei que nem todos estão preocupados em ajudar a construir a metodologia, porque alguns

estão mais ligados à mobilização e a outros pontos do debate, mas eu estou principalmente interessa-do em ajudar a construir uma boa metodologia. Acho que o Reginaldo também, e os Deputados Benjamim Maranhão, Lobbe Netto e Alice Portugal. Queremos fazer uma boa conferência, garantir um bom espaço para o diálogo, para que ao final tenhamos de fato um plano nacional bem construído, e feito a várias mãos, para ser apresentado ao Congresso Nacional e poder ser aprovado ainda este ano, em regime de urgência constitucional, como quer o Reginaldo. Estou certo de que vamos conseguir a assinatura de 175 Deputados Federais no requerimento de urgência, para garantir a aprovação da matéria ainda este ano, de preferência antes das eleições municipais.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-pes) – Pergunto se mais algum Deputado deseja fazer uso da palavra. (Pausa.)

Antes de encerrar os trabalhos, informo que a Deputada Ann Pontes está na reunião da CPMI da Ex-ploração Sexual de Crianças e Adolescentes. S.Exa. estará conosco mais tarde e ainda hoje representará a Comissão em Cuiabá.

Também quero lembrar aos Deputados e Depu-tadas que desejarem participar de conferências em outros Estados que a Casa está disponibilizando pas-sagens e diárias. Dirijam-se à companheira Ana, que ela prepara o requerimento, para darmos encaminha-mento ao pedido. Peço aos Deputados e Deputadas que ajudem a Comissão participando das conferências nos Estados vizinhos. É importante que haja uma boa presença de Deputados nesses encontros.

Vou encerrar os trabalhos, em obediência ao Re-gimento, e em seguida darei início ao nosso encontro, que para nós terá a mesma validade de uma reunião da Comissão.

Declaro encerrados os trabalhos formais. Inicia-remos agora nosso encontro para discussão da me-todologia para a Conferência.

Peço a todos os representantes de entidades que queiram fazer uso da palavra que se inscrevam previamente com a companheira Ana.

A primeira inscrita é a Sra. Neylar Lins, do Insti-tuto da Aliança com o Adolescente. Vamos conceder a cada inscrito 3 minutos, com uma tolerância de 2 minutos.

A SRA. NEYLAR LINS – Bom-dia a todos. Como só tenho 3 minutos, mal terei tempo de me

apresentar e de agradecer a oportunidade de estar aqui. Atualmente, sou Presidente do Instituto Aliança com o Adolescente, uma OSCIP que tem como mis-são básica promover programas de educação para o desenvolvimento, com enfoque na juventude.

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00968 Quarta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Janeiro de 2007

Tivemos a oportunidade de entregar à Sra. Ana Clara uma proposição básica com algumas idéias so-bre metodologias e temáticas. Vou trazer à tona alguns pontos básicos dessa proposta.

Um deles é uma questão mais de princípio fi-losófico mesmo. Seria tentarmos encontrar uma for-ma de fazer com que essa Conferência expressasse o próprio espírito e filosofia da política de juventude que queremos para o Brasil. Acho que temos de fazer com que a participação do jovem seja genuína, ou seja, acho que tudo o que acontecer com a juventude não deve ser apenas uma participação simbólica ou decorativa. Até mesmo as apresentações artísticas devem ser consideradas importantíssimas, mas desde que não estejam descontextualizadas das temáticas, daquilo que queremos passar como mensagem da importância da questão cultural como expressão de identidade etc. e tal.

Essa proposição está aqui, para que o que venha a ser feito de forma artística seja também considerado expressão do que pode ser passado através da arte em termos de identidade da juventude brasileira.

Outro ponto é que na conferência os jovens sejam vistos não pelo viés do dano, ou seja, sempre ligados a drogas, violência, problemas afins, e sim como a solu-ção para este País. É preciso reconhecer que no Brasil temos “juventudes”, no plural. Que essa conferência re-presente as diversas juventudes, para que consigamos expressar questões conceituais e experiências, mas usando uma linguagem própria do jovem, que permita a ele se expressar com muita criatividade.

A proposta que está distribuída trata disso. Ela apresenta a visão de que os encontros estaduais deve-riam ser todos eles considerados como matéria-prima que pudesse ser encaixada na estrutura da conferência, em mesas de debates que introduzam grandes temas conceituais e depois em grupos temáticos que fariam o aprofundamento das discussões. Mas esses grupos temáticos já seriam previamente definidos, para nos permitir alguma ordenação. Vamos ter uma quantida-de enorme de informações. Se não as colocarmos dentro de uma estrutura, perderemos a capacidade de promover a sinergia entre as partes que virão das conferências estaduais.

Meu tempo é curto, nossa proposta está escrita e as idéias centrais já foram apresentadas.

O Instituto se coloca à disposição para transpirar, e não só para inspirar a Conferência Nacional. Também estamos disponíveis para participar dos desdobramen-tos que vierem desse trabalho.

Muito obrigada.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lopes) – Obrigado, Neylar, pela contribuição. Eu já recebi da Ana a carta em que você apresenta a sua proposta.

Passo a palavra ao segundo orador inscrito, o Sr. Armando Santos, da CONTAG.

O SR. ARMANDO SANTOS – Bom-dia a todos e todas.

Queria dizer que a CONTAG está disponível para participar do processo de organização da Conferência Nacional desencadeado pelos senhores e também que-ria ouvir um esclarecimento sobre os procedimentos de inscrição nos Estados. A CONTAG, junto com as federações de trabalhadores rurais de todo o Brasil, tem comissões de jovens. Queremos saber como inscrever esses jovens para participar dos eventos estaduais.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-pes) – Armando, a priori, não pensamos em nenhum critério para inscrição. Seria livre a participação, até mesmo em razão da dificuldade de se chegar a Bra-sília. Optamos por não eleger delegados nas confe-rências estaduais.

O que estamos fazendo nos Estados é criar um grupo de trabalho local para ficar responsável pela organização da participação do Estado na Conferên-cia Nacional.

Ontem elegemos no Acre um grupo de trabalho com 5 pessoas. Foi o mesmo grupo eleito para siste-matizar as propostas do Estado. Esse grupo vai ter uma interlocução mais direta com a Comissão aqui na Câmara dos Deputados. Foi mais ou menos isso o que definimos aqui. Mas é claro que corremos o risco de que haja um número tão grande de participantes na Conferência que o espaço físico não comporte.

Por enquanto não estamos limitando a partici-pação na Conferência, mas podemos abrir esse de-bate.

Convido os próximos oradores a se manifestarem também sobre critérios de participação.

Passo a palavra ao Pastor Luciano, da Juventu-de Evangélica.

O SR. LUCIANO – Bom-dia, Sr. Deputado Pre-sidente da Comissão e demais presentes.

Sinto-me honrado pelo convite para participar desta reunião sobre a juventude brasileira, uma das seções da nossa sociedade tão carente de atenção.

Viemos disponibilizar o nosso trabalho e para-benizar a Comissão por ter acrescido a expressão “religiosidade”. O jovem, em sua esmagadora maioria, segundo pesquisas feitas por instituições religiosas em todo o Brasil, e já divulgadas, crê em Deus e vê na religião uma forma de desenvolver a sua cultura e o seu pensamento.

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Janeiro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 17 00969

Também queremos reiterar nossa participação num trabalho que vem sendo feito de maneira silen-ciosa nas comunidades evangélicas de todo o Brasil há mais de 90 anos. Sempre foi valorizado o trabalho da juventude. E, em todas essas instituições religiosas, trabalhou-se com departamentos para jovens, adoles-centes, crianças.

Assim, nós nos sentimos felizes ao ver que o Con-gresso Nacional está-se dispondo a fazer um trabalho voltado diretamente para políticas públicas da juventu-de. Naquilo que pudermos participar para desenvolver um trabalho juntos, estaremos com V.Exa. para melhor trabalhar com a nossa mocidade.

O histórico das instituições evangélicas no Brasil aponta para o envolvimento da juventude em todos os seus segmentos. Então, hoje, boa parte dos membros de nossas comunidades são jovens. E há uma tendên-cia de crescimento do número de jovens buscando as comunidades evangélicas, as igrejas, para que possam se irmanar no trabalho e em um projeto de vida. Não só para recuperação de jovens, mas também para sua formação e seu desenvolvimento.

Por isso, mais uma vez, reiteramos nossa dispo-sição de colaborar com esta Comissão.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-pes) – Obrigado, Pastor Luciano.

Eu nunca vi uma plenária tão disciplinada com relação ao tempo. As pessoas reclamaram que 3 mi-nutos não eram suficientes. Mas todos estão falando dentro do tempo estimado.

Passo a palavra, agora, ao Sr. Danilo Moreira, do Centro de Estudos e Memórias da Juventude.

O SR. DANILO MOREIRA – Bom-dia a todos.Faço parte do Centro de Estudos e Memórias da

Juventude, mas falo aqui também pela Direção Nacio-nal da União da Juventude Socialista – UJS.

Quero, inicialmente, parabenizar a Comissão por ter convidado diversas organizações juvenis para debaterem francamente uma metodologia para a con-ferência. Acho que a Conferência vai ser um ponto alto e importante do debate que esta Comissão vem fazendo.

Assim como ocorreu com a Semana da Juventu-de, de que nós tivemos a oportunidade de participar, espero que esta Conferência seja um marco que sirva para despertar ainda mais o interesse do Parlamento brasileiro, das autoridades, por este debate em torno das políticas da juventude que, tenho certeza, tem en-contrado um ambiente muito fértil no período recente. Basta acompanhar as iniciativas da própria Câmara dos Deputados, por meio da Comissão Especial; bas-ta acompanhar a iniciativa de instalação de um Grupo

Interministerial de Juventude, que reúne 19 Ministérios. E diversos Ministros participaram de sua instalação.

Também existe um clima muito fecundo de deba-te nos movimentos juvenis. Acho que essas iniciativas provocaram isso ainda mais. Se bem que, há algum tempo, os movimentos juvenis preocupam-se com a defesa dos direitos da juventude de diversas maneiras. E fazem isso de maneira articulada, com a possibilida-de de transformar em políticas de Estado e em con-quistas de direitos para a juventude. Talvez seja essa a grande novidade qualitativa do debate em torno de políticas públicas.

Quero contribuir com uma opinião relativa à Con-ferência Nacional da Juventude. Acho fundamental que aconteçam as audiências nos diversos Estados. Até parabenizo alguns Deputados, que, além de fazerem as conferências centralizadas nas Capitais, têm bus-cado capilarizar o debate nos Municípios. Isso é bom, porque ajuda a elevar o nível do debate, ajuda a cole-tivizar ainda mais essas questões.

Então, acho que essa questão das audiências é um primeiro passo importante para que a Conferência tenha êxito. O bom funcionamento e a boa participação da juventude nas audiências contribuem para a qua-lidade efetiva da Conferência Nacional da Juventude, que vai acontecer aqui.

Falo isso não só para os Deputados, mas para as diversas organizações que estão aqui. Acho que de-veríamos procurar os Deputados e nos colocarmos à disposição em relação às datas que ainda não tiverem sido marcadas. Eu acho que se trata de chamar um pouco atenção no tocante à responsabilidade, de matar a bola no peito, para usar o jargão futebolístico.

Sobre a Conferência, o que eu acho? Acho que foi feita no ano passado uma boa Semana Nacional da Juventude, em que se fez um bom debate con-ceitual, propiciando avanço em diversas questões. A Conferência deve ter um objetivo central, que é o de avançar na questão do debate em torno do Plano Na-cional de Juventude.

Imagino um Plano Nacional de Juventude que faça um diagnóstico claro a respeito da situação da juventude, que aponte metas para a superação dos problemas e que identifique os principais problemas. Um parâmetro balizador deveria ser este: aprofundar e elaborar um Plano Nacional de Juventude nos seus diversos temas que a Comissão já debateu e dos quais trata também o relatório. Esse deveria ser o mote da realização da Conferência.

Concordo com a primeira pessoa que falou aqui no sentido de que a participação dos jovens deve ser central. É preciso encontrar uma maneira de valorizá-los mais nas mesas, que os movimentos juvenis possam

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participar com maior protagonismo nas mesas. Não há problema algum de que intelectuais, acadêmicos ou Parlamentares debatam. Deve ser um somatório que passa pela juventude. Mas a participação juvenil nas mesas das conferências é algo fundamental.

Entre os temas que a Conferência deve debater, a participação precisa receber maior atenção. Tem que se debater a questão dos direitos da juventude do ponto de vista da saúde, da educação, do acesso à cultura, da sexualidade, da religiosidade, enfim, todas essas questões devem ser debatidas. Mas quanto à participação, considero uma coisa central: ver como é que discutimos as formas de participação da juven-tude, ver como é que se discute como a juventude vai interagir com o Poder Público, para que não sejamos tão-somente, de maneira correta, consultados, mas depois, na elaboração das políticas de juventude, que a gente possa acompanhar, ajudar, formular, propor e avaliar, para que haja uma continuidade.

Então, a participação tem que adquirir uma im-portância destacada. Acho que nos deveríamos preo-cupar na Conferência, não sei de que forma, em tentar conectar o debate das políticas de juventude com uma visão mais global, no âmbito do País, porque não está descontextualizada. Não sei qual é a fórmula. Não pen-so aqui. Mas tem que estar permeada na Conferência certa contextualização. Em que ambiente se debate as políticas públicas de juventude? Quais são os limita-dores? Quais são as possibilidades? Por que as polí-ticas de juventude são importantes na construção de um País, de um projeto para o País? Acho que é bom os movimentos juvenis terem essa noção.

É essa a nossa contribuição. Peço desculpas se me excedi no tempo. Mas isso é importante para dar-mos um salto de qualidade na Conferência Nacional da Juventude.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-pes) – O Sr. Danilo Moreira falou também em nome da Direção Nacional da União da Juventude Socialista. Obrigado pela contribuição.

Passo a palavra ao próximo orador, Sr. Alisson Gonçalves Domingos, da Juventude Progressista do Distrito Federal.

O SR. ALISSON GONÇALVES DOMINGOS – Bom-dia.

Quero saber, Sr. Presidente, se existe a possibi-lidade de se rever a data da Conferência Nacional da Juventude, porque está muito em cima. Estava olhando aqui algumas reuniões em alguns Estados e verifiquei que está muito em cima para nós.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lopes) – Só para informar, Sr. Alisson Gonçalves Domingos, desculpe-me ter interrompido, pedimos aqui à Sra.

Ana para verificar a possibilidade de transferência da Conferência Nacional da Juventude para os dias 11, 12 e 13 de maio, tendo em vista que se deve fazer uma sistematização das propostas nos Estados. E agora recebemos o o.k.

Então, quero aqui comunicar ao Plenário, princi-palmente às Sras. e aos Srs. Deputados, que estamos aqui consultando V.Exas. para alterar a data para o mês de maio, nos dias 11, 12 e 13. Então, pergunto às Sras. e aos Srs. Deputados se alguém tem outra data, outra proposta ou se é contrário à alteração da data.

Concedo a palavra ao Deputado Zonta. Em se-guida, voltarei a palavra ao Sr. Alisson Gonçalves Do-mingos.

O SR. DEPUTADO ZONTA – Sr. Presidente, nobres colegas Parlamentares, representantes das organizações da juventude presentes neste importan-te momento, nossa preocupação é que não podemos protelar muito, porque nós, políticos, queiramos ou não, neste ano temos, além de toda a ação que se desen-volve, o encaminhamento das eleições municipais. E se prorrogarmos demais o prazo, daqui a pouco não vamos conseguir fazer a Conferência antes das elei-ções e aí acabamos freando o momento.

Tudo bem que se leve até a metade do mês de maio, mas sou contrário a prorrogar mais do que isso. Então, 11, 12 e 13 de maio, depois do Dia das Mães – não nos esqueçamos disto, o dia 9 de maio é Dia das Mães e todos temos que prestigiar esse momento. Então, seria na terça-feira, quarta-feira e quinta-feira. Concordamos até aí, desde que não haja problemas maiores, até para poder aproximar a participação dos Estados. Mas que não se pense em levar isso mais adiante, porque aí vai ser impossível fazermos antes das eleições municipais e estaríamos perdendo prati-camente 1 ano na realização da Conferência, na ação da adoção das políticas públicas e também do Estatuto da Juventude brasileira.

Sr. Presidente, eram estas as minhas observa-ções.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-pes) – Muito obrigado, Deputado Zonta.

Ainda faltam 4 Estados para termos uma arti-culação e organizarmos com maior participação dos jovens. Ontem, acertamos com a cidade de Teresina, no Estado do Piauí; estou acertando com os Estados de Rondônia e Roraima; e falta a cidade de Maceió, no Estado de Alagoas.

Entendo que o Relator vai ter que apresentar uma nova versão. Há audiências marcadas para os dias 22 e 23 de abril. Se não me engano, é uma Conferência no Estado de São Paulo, porque a data coincidiu com o Fórum Mundial de Educação, nos dias 1º e 2 de abril.

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Então, não tinha como concorrer com o Fórum Mun-dial de Educação, que também está sendo realizado no Estado de São Paulo.

Acredito que há essa preocupação, Deputado Zonta, porque é o seguinte: se realizarmos a Confe-rência nos dias 11, 12 e 13 de maio, vamos ter que ser rápidos para aprovar o projeto definitivo aqui na Comissão e encaminhá-lo ao plenário. Se terminarmos no início de junho, a partir de julho, é recesso, depois, nós vamos votar em agosto. Então, temos que traba-lhar com a possibilidade de aprovar ainda neste ano de 2004. Esse é o prazo para aprovar o Plano Nacional. Então, também há a mesma preocupação.

Para não se adiar mais, solicitei à Sra. Ana que comunicasse à gráfica para rodar, que mudasse as datas para 11, 12 e 13, porque aí já sairão 10 mil car-tazes. Vamos distribuí-los e tenho certeza de que o Pre-sidente da Casa, João Paulo Cunha, que está apoiando a iniciativa, não vai concordar em desperdiçar 10 mil cartazes, não é? Já estamos mandando confeccionar os cartazes, para não haver qualquer possibilidade de alterar mais a data.

Passo a palavra ao Sr. Alisson Gonçalves Domin-gos, que trouxe a debate a questão do prazo, mas acho que já respondemos aqui com uma nova data.

O SR. ALISSON GONÇALVES DOMINGOS – O.k., Sr. Presidente. Nós, da Juventude Progressista Brasileira, estamos muito felizes de estar aqui partici-pando deste processo, e aqui estamos representados pelo Deputado Ricardo Zonta, do nosso partido, que nos tem acompanhado, dando-nos as informações ne-cessárias aqui, juntamente com a Comissão.

Quero também, Sr. Presidente, saber se existe alguma possibilidade de que sejam passadas a nós as propostas que estão sendo discutidas nas Confe-rências Estaduais um pouco antes da Conferência, para que possamos estudar com mais tranqüilidade e talvez acrescentar alguma idéia, alguma proposta a essas mudanças que virão.

Quero, ainda, saber se existe a possibilidade de se aprovar o Estatuto da Juventude ainda este ano, se há tempo hábil ou se, por uma questão política, não há tempo este ano para esta aprovação.

Muito obrigado.O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lopes)

– Sr. Alisson Gonçalves Domingos, o relatório preliminar tem o conteúdo dos debates que estão sendo realizados nos Estados. Na página da Câmara dos Deputados, no site da Comissão, tem-se acesso ao relatório, que é base para o debate nos Estados.

Acredito, não sei se a Sra. Ana tem informação, que a publicação já foi confeccionada. D. Ana Clara, a senhora tem alguma data do relatório? (Pausa.)

A D. Ana me informa que não está pronto, que está tudo na Internet. Quem quiser fazer uma leitura breve antes, para ter conhecimento do conteúdo que vai ser debatido, é só pesquisar na Internet. Também temos aqui na Comissão cópias para serem distribuídas.

Em relação ao Estatuto, vai depender da Câma-ra dos Deputados e também da Conferência Nacio-nal. Por quê? Estamos debatendo muito a questão do Plano Nacional. E existe a questão do Estatuto que, na verdade, é mais um marco regulatório etc. Então, talvez não haja tanto consenso quanto a se deve ha-ver Estatuto ou não etc. Na minha opinião, deve haver um Estatuto, um marco regulatório, qualquer coisa ou uma emenda na Constituição.

Acho que essa questão vai ficar mais bem defi-nida na própria Conferência Nacional, e talvez tenha-mos que criar uma oficina para discutir essa questão do Estatuto, paralelamente à questão do Plano Nacio-nal. Trabalhamos com a possibilidade de aprovar tanto o Plano Nacional quanto o Estatuto ainda em 2004, pelas condições políticas. Achamos que as condições políticas deste ano são favoráveis. Temos como aliado o Presidente da Casa. Então, achamos que isso facilita para que entrem em pauta.

Passo a palavra ao próximo orador, Sr. Marcelo Figueroa. (Pausa.)

O Sr. Marcelo Figueroa não se encontra.Com a palavra o Sr. Francisco Leite, Primeiro

Vice-Presidente do PMDB de Pernambuco. (Pausa.) Ausente.

Com a palavra a Sra. Socorro, de Teresina, Piauí.

A SRA. SOCORRO – Sou do Piauí e estou repre-sentando a Rede Jovens do Nordeste, uma articulação de juventudes, um fórum de várias entidades juvenis, tanto de natureza partidária quanto popular.

Sr. Presidente, não sei como estão se dando as audiências nos Estados, mas gostaria de fazer uma proposta.

As audiências a se realizarem no Piauí estão marcadas para os dias 25 e 26. Uma forma metodoló-gica de economizar tempo e articulação seria realizar a audiência pública num dia e a Conferência Estadual no outro. Pelo menos no Piauí há como se viabilizar isso, até porque não há a pretensão de que seja um espaço tão longo.

Também gostaria de saber o número de pesso-as previsto para participar da Conferência Nacional da Juventude, bem como gostaria de contribuir com a metodologia.

Como ressaltou o companheiro que falou ante-riormente, existem vários fóruns que estão discutindo o tema juventude. Proponho realizarmos uma mesa

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com o fim de apurar o que tem sido desenvolvido pelo Projeto Juventude e pelo Grupo Interministerial, isto é, ouvir os espaços já constituídos, além da própria Frente Parlamentar e de alguns representantes de gestores de juventude dos Estados. Acho que seria interessante reunir esses 4 segmentos que têm discutido juventude e executado políticas públicas relacionadas ao tema.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lopes) – Agradecemos à Sra. Socorro as propostas. Vamos analisar a possibilidade de reunir o Projeto Juventude, o Grupo Interministerial e a Frente Parlamentar, além dos gestores.

Quanto ao número previsto, a expectativa é de que compareçam cerca de mil ou um pouco mais de mil jovens – mais do que isso seria até impossível, devido aos espaços físicos disponíveis. O evento deverá ser realizado após as conferências estaduais. De qualquer forma, ainda não temos dados oficiais.

Com a palavra o Sr. Jackson, da Juventude Pro-gressista.

O SR. JACKSON – Sr. Presidente, já fomos con-templados pelas palavras do Sr. Alisson Domingos, mas ainda assim gostaríamos de parabenizar esta Co-missão pelos trabalhos, com especial destaque para o trabalho realizado pelo Deputado Zonta, não só em Santa Catarina mas Brasil afora.

Aproveito a oportunidade para pedir que, se pos-sível, possamos ter acesso ao relatório formalizado no Acre, assim como aos demais que se sucederam. Tal-vez V.Exa. tenha algum plano nesse sentido.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-pes) – Eu tenho comigo um relatório informal. Houve várias alterações no encaminhamento da proposta, e o grupo indicado para fazer a sistematização da carta optou por votar a supressão de pontos que não eram de consenso. Portanto, não tenho o documento na ín-tegra, mas a comissão de sistematização ficou de nos enviar o mais rapidamente possível. Assim que chegar de forma oficial, nós a tornaremos pública na página da Comissão. Posso encaminhar pessoalmente ao Deputado Zonta e ao senhor.

O SR. JACKSON – Muito obrigado, Deputado.O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-

pes) – Concedo a palavra ao Sr. Clóvis Henrique, do Grupo Interagir.

O SR. CLÓVIS HENRIQUE – Bom-dia, senhoras e senhores. Participamos dos trabalhos da Comissão desde o início. Gostaria de fazer algumas reflexões e trazer questionamentos para esclarecer à Mesa e aos Deputados.

Nossa preocupação é qualificar e valorizar o trabalho que está sendo feito nos Estados. Como as cartas estaduais serão sistematizadas e apresentadas

em uma conferência nacional? O assunto mobiliza o Brasil e várias conferências estaduais estão sendo realizadas, mas no momento de se discutir em uma conferência nacional, perde-se um debate por não ter sido sistematizado de forma eficiente.

O relatório da Comissão será o texto base? Con-forme falou V.Exa., haverá um terceiro relatório feito pelo Deputado Benjamin Maranhão. Juntadas as cartas que serão sistematizadas, como será o trabalho?

Há preocupação com relação ao limite de ins-crição para o evento. O espaço físico da Câmara é o melhor local para fazermos o evento? Será que temos espaço para realizar evento do porte que a sociedade brasileira necessita, com o tipo de mobilização que está sendo feita no Brasil? Se este não é o melhor espaço, será que há em Brasília um local em que não ocorrerá perda do diálogo com o Parlamento brasileiro? É im-portante que aconteça aqui, mas há limitações físicas, inclusive, para se formar grupos de trabalho, como foi sugerido pelo Instituto Aliança com o Adolescente.

Se formos fazer grupos de trabalho, fico preo-cupado se no espaço da Casa conseguiremos dividir vários grupos. Se formos fazer uma única plenária, como aconteceu na Semana de Políticas Públicas, será possível. Se quisermos dividir, será complicado realizar os trabalhos. Se o evento for bem divulgado, acho que virão mais de 1 mil jovens a Brasília. Temos de nos preparar para receber muita gente na cidade. Além disso, a proposta metodológica tem de se ade-quar ao número de inscritos.

Sugiro que haja limite de inscrição. Do contrário, temos de nos preparar muito bem, seja com relação ao espaço físico seja com a facilitação do evento, a equipe de Relatoria. Tem de ser pensada uma estru-tura específica para o evento.

Em que nível de detalhamento e de profundida-de queremos chegar no plano? Em que a juventude realmente será ouvida? Temos de definir ou sugerir os órgãos que serão responsáveis por cada ação e metas a serem atingidas em determinado prazo. A que tipo de detalhamento queremos chegar com o plano?

Com relação a datas, Sras. e Srs. Deputados, conheço a forma de trabalho do Parlamento. De terça-feira a quinta-feira, talvez sejam os dias mais interes-santes; 11, 12 e 13 de maio, por exemplo. Pergunto: o jovem que estuda e trabalha tem condições de sair do seu Estado por tanto tempo no meio da semana? Seria adequado para o jovem, que tem interesse em participar, que é ativista do movimento juvenil brasileiro, que é trabalhador, estudante, tem responsabilidades familiares, sair de seu Estado de terça-feira a quinta-feira? Sei que se trata de importante evento da história brasileira, mas será que é plausível? A participação não

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seria mais ampliada se fizéssemos o evento de quin-ta-feira a sábado ou sexta-feira, sábado e domingo? É mais fácil para o jovem sair do seu Estado nesses dias. Os Deputados poderiam fazer um esforço para estarem presentes ao evento, mesmo não sendo du-rante a semana. É uma reflexão, uma provocação para os nobres Deputados.

Deixo uma preocupação do Grupo Interagir com relação ao diálogo entre o Projeto Juventude, o Grupo Interministerial e esta Comissão. De que forma efetiva-mente o diálogo irá acontecer? Se as ações estão pul-verizadas, é bom. O ano está muito interessante para o debate. Os movimentos sociais, que já vêm debatendo há algum tempo, estão participando de forma muito in-teressante desses debates, em todos os locais, mas existem ações que não estão sendo comunicadas. Tudo bem, estamos presentes em uma e em outra reunião, seja ela aqui na Comissão ou como foi com o Minis-tro Luiz Dulci, mas me preocupa se esse diálogo está acontecendo efetivamente. Os estudos do projeto vão ser de uma forma ou de outra incluídos nesse nosso relatório, nesse plano? O levantamento que está sen-do feito pelo Grupo Interministerial, a toque de caixa, com uma pressa muito grande, vai ser incluído nessas propostas? Como isso será apresentado dentro da conferência? Essas são algumas reflexões.

Acredito que hoje, pelo adiantado da hora, mais interessante seja fazer encaminhamentos de diretrizes, propostas, e a Mesa os receba, e que seja formado um grupo de trabalho para estudar todas as propostas. E, na próxima reunião da Comissão, seja apresentado um rascunho de metodologia, porque se várias pes-soas começarem a trazer sugestões muito diferentes, será difícil encaixar. Talvez seja melhor receber mais idéias do que propostas de ação, diretrizes para essa metodologia.

Obrigado.O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-

pes) – Obrigado, Clóvis.Acho que não temos respostas para várias das

suas preocupações, porque estamos construindo, este debate é coletivo. Quero só adiantar que, tanto o estudo da cidadania, o Grupo Interministerial e a Comissão são independentes, cada um tem sua importância, seu peso político e sua representatividade.

É lógico que a energia é a mesma, ou seja, a preocupação de haver uma política de Estado para a juventude brasileira. Mas é claro que nossa intenção, a do Parlamento, que está preocupado em represen-tar neste momento as preocupações em relação à juventude, é proporcionar à juventude este espaço de debate. Então, é lógico que construiremos nossas propostas para que sejam debatidas também com o

Governo. Quem vai executar nossas propostas, que são fruto de debate coletivo, é o Governo, que tem a caneta, que é quem executa. Nós elaboramos, a Co-missão estuda e propõe.

É interessante termos acesso a outros debates: da UNESCO, do Instituto da Cidadania, do Grupo Inter-ministerial e da Comissão. São 4 entidades com peso e representatividade que estão estudando.

Acredito que essas 4 entidades tenham uma con-tribuição muito grande a dar, podem somar e até faci-litar um trabalho, uma contribui com a outra. Não vejo dificuldades. É claro que com suas independências.

O SR. CLÓVIS HENRIQUE – Deputado, só um esclarecimento. Não estou questionando a indepen-dência ou o papel de cada entidade, mas acho que não devemos fazer os mesmos trabalhos nem sobre-por ações. A juventude brasileira precisa de uma inter-relação com todos os setores, seja o privado, seja o público ou os movimentos sociais, o chamado terceiro setor. Precisamos de diálogo e, principalmente, de en-contrar ferramentas para reunir todas as propostas, a fim de que sejam debatidas em conjunto, até para va-lorizar o trabalho que está sendo feito pela Comissão, seja na condução desse belo processo de formulação do plano, seja na elaboração ou não de um Estatuto para a Juventude.

A minha dúvida é: como inter-relacionar tudo isso para que as ações não sejam sobrepostas?

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-pes) – Acredito que as ações não serão sobrepostas, porque no final quem faz é o Executivo, então, não há essa possibilidade. O nosso papel aqui é produzir algo viável, possível de ser implementado, com viabilidade até orçamentária, que tenha prazo, metas, que seja para os próximos 10 anos. Acho que esse plano nacional deveria ter um prazo de 10 anos para sua implementa-ção. E que possamos fazer esse debate franco, hones-to, parceiro, e que tenhamos um posicionamento firme em relação ao Governo. Esse é o papel do Parlamento brasileiro e também da juventude brasileira.

O SR. DEPUTADO BENJAMIN MARANHÃO – Para um encaminhamento, Sr. Presidente. Essa in-dependência da Comissão e do próprio Congresso tem que ficar bem clara, até porque a maior parte das próprias iniciativas do Governo já surgiu do nosso tra-balho na Comissão. O primeiro trabalho que realmente teve um caráter institucional, voltado para a juventude, foi nesta Comissão. A própria criação da Comissão Interministerial foi uma sugestão que está presente no nosso relatório preliminar. E o caráter preliminar desse relatório é para permitir que a juventude possa contribuir e até suprimir pontos dele.

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Estamos fazendo assim para dar autonomia à ju-ventude, para que o relatório tenha a cara dos nossos jovens, independentemente de qualquer debate que esteja ocorrendo em uma ONG, já que o Instituto da Cidadania é uma ONG – pode ter peso político, mas institucionalmente não tem peso algum; ou seja, do pon-to de vista até deste próprio Conselho Interministerial, que já foi uma sugestão da Comissão da Juventude, nascida dos debates aqui na Casa e do trabalho de pesquisa e de construção a partir da estaca zero. Re-almente, havia muitos trabalhos dispersos e quem fez essa junção fomos nós, o que permitiu que surgisse esse relatório preliminar.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-pes) – Só para completar, acho que já é uma vitória do trabalho da Comissão. Fico muito feliz porque a UNES-CO, o Instituto de Cidadania e o Grupo Interministerial vão apresentar propostas. O Grupo Interministerial é responsável por implementar as políticas, e não só o Governo Federal, pois no Plano Nacional tem que se dividir as responsabilidades em relação ao Estado, aos Municípios, aos 3 entes federados. Acho que é uma grande vitória.

Estou orgulhoso desse nosso trabalho, porque o fruto concreto é a constituição do Grupo Interminis-terial. Tive oportunidade de conhecer o relatório do grupo e existem 48 programas no Governo Federal, 173 ações voltadas para a juventude, uma possibi-lidade orçamentária de quase 13 bilhões no Plano Plurianual, mas essas políticas estão dispersas, não há um método de avaliação de eficiência. Queremos realizar um trabalho conjunto, isso foi o que sempre debatemos aqui. A política de juventude tem de ser feita em conjunto.

Por isso, parabenizo o Governo Federal por ter criado o Grupo de Trabalho Interministerial e princi-palmente por ter colocado à sua frente pessoa com a qualidade e sensibilidade do Ministro Luiz Dulci.

O Governo Federal está de parabéns. O Ministro Luiz Dulci é pessoa extremamente comprometida e en-tusiasmada. Quem já teve oportunidade de vê-lo falar sobre a juventude observou que ele está entusiasma-do. Essa é uma vitória nossa, não temos de tratar isso como uma disputa. Cada um tem seu papel. Acredito que triste seria estarmos aqui trabalhando sem que houvesse porta alguma aberta. Teríamos de enfrentar todas as dificuldades, como ocorreu em Governos an-teriores. Muitas vezes, vários Parlamentares tentaram constituir uma Comissão para debater e não tiveram apoio nem do Presidente da Câmara dos Deputados. Nós tivemos e temos o apoio a todo momento do Pre-sidente João Paulo Cunha e estamos agora tendo a

resposta no Grupo Interministerial do Governo Lula. Parabenizo o Governo Lula.

Em relação às outras questões que você levantou, a Comissão, os Parlamentares, a Assessoria Técnica vão avaliar a possibilidade de mudar a data para o fi-nal de semana ou para o início da semana, mas essa questão é um pouco complexa.

Quanto à carta dos Estados, acho que pode ha-ver 2 encaminhamentos: um, uma terceira versão do projeto preliminar; e mesmo havendo essa terceira versão, o Relator pode também apresentar as suges-tões por Estado, na íntegra. Vamos disponibilizar todas as sugestões na íntegra para servirem como elemen-tos do debate. Então, mesmo que o Relator faça uma sistematização em outra versão do projeto, podemos disponibilizar a todos os presentes cada relatório, cada sugestão de cada Estado.

Passo a palavra ao próximo orador, Idalgizo José, representante da União Nacional das Escolas Famílias Agrícolas do Brasil – UNEFAB.

O SR. IDALGIZO JOSÉ – Quero parabenizar a Comissão por este excelente trabalho e por esta ini-ciativa. Estou aqui representando a União Nacional das Escolas Famílias Agrícolas, que desde 1969 vem trabalhando com a juventude rural, atualmente aten-dendo mais de 25 mil jovens em 23 Estados do Brasil, com mais de 200 escolas.

Ao mesmo tempo, coloco nossa instituição à disposição para colaborar nesse processo de organi-zação, pois vemos com muito bons olhos toda essa discussão, toda essa dinâmica que vocês estão es-tabelecendo para permitir que os jovens tenham seu espaço de discussão e possamos elaborar políticas que venham beneficiá-los.

Gostaria de sugerir que, nessa Conferência, os conteúdos também contemplassem a realidade da juventude rural, pois esses jovens têm muito a con-tribuir, têm experiência rica, e nós, que trabalhamos com eles, percebemos isso. Acredito que a presença dos jovens rurais nessa conferência pode enriquecer muito as discussões.

Ao mesmo tempo, gostaríamos de dizer que va-mos trabalhar para que jovens do nosso movimento também possam participar dessa Conferência.

Obrigado.O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-

pes) – Obrigado, Idalgizo.Acho que a participação de vocês tem uma par-

ticularidade, que é um projeto alternativo de pedago-gia para o jovem do campo. Acho fundamental e de extrema importância a participação dos monitores das escolas de famílias agrícolas e dos alunos, para da-

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rem seu testemunho no debate. Muito obrigado pela sua presença.

Passo a Presidência ao Deputado Lobbe Neto, para que eu registre minha presença em plenário. Es-tamos sendo convocados para a Ordem do Dia. Logo após, voltarei.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Lobbe Neto) – Com a palavra o Sr. Evandro Sena, do Projeto Re-des de Juventudes.

O SR. EVANDRO SENA – Bom-dia a todos. Sou do Projeto Redes de Juventudes, que coordena uma construção de rede de ONGs em diversos Estados. Mas estamos fazendo muito mais do que isso ago-ra. Não estamos apenas coordenando uma rede de ONGs, estamos coordenando um grande grupo de jovens neste País, jovens de diferentes classes sociais e formações, diferentes realidades, tanto da zona rural como da zona urbana.

Fico muito feliz em estar aqui presente com outras instituições que caminham lado a lado conosco, sem termos um contato tão constante com as pessoas des-sas instituições, como a Aliança com o Adolescente e a Rede de Jovens do Nordeste, cujos jovens fazem parte do Projeto Redes de Juventudes. Há também outros parceiros. Estamos, inclusive, fortalecendo a consti-tuição de uma rede de redes, em que estão inseridas também a ação educativa e outras instituições.

Gostaria de dizer ao Clóvis que concordo com suas ponderações. A preocupação não é com compe-tição. Acho que a maior preocupação é de legitimar, por meio da participação, de ouvir, num processo de construção, sim, essas diversas entidades.

Logicamente , a iniciativa de convidar várias ins-tituições com uma política mais histórica, como o pes-soal da CUT e da UNE, é muito importante para a in-teração e a construção coletivas, até porque temos de pensar que a juventude, como tudo neste mundo, não é singular. Existe uma imensa pluralidade que deve ser levada em consideração.

Nessa questão da legitimidade, estou muito preo-cupado, a partir da dinâmica do processo de como está sendo a representação de cada Estado na Conferên-cia Nacional, de tal forma que possamos representar justamente essa pluralidade, para que cheguem esfor-ços, como os ocorridos no Recife, onde há um espaço chamado Roda de Diálogo, em que, duas vezes por mês, vários jovens, instituições de juventude e pesqui-sadores sobre o assunto discutem esse tema de forma profunda. Inclusive, a audiência pública no Recife terá a participação de 400 pessoas. Vamos elaborar, um dia antes da audiência, um seminário, com vários grupos de trabalho. Quem está organizando tudo isso é o Roda de Diálogo, que existe desde meados de 2002.

Esse tipo de esforço, de interação que existe em diversas instituições, inclusive porque se trata de um projeto de juventude sério e rico, que não só propõe, mas também pesquisa e ouve, deve ser inserido de forma bastante significativa nesse processo da Con-ferência Nacional.

Estas são minhas palavras e minhas preocupa-ções.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Lobbe Neto) – Obrigado pela participação, Evandro.

Com a palavra o Sr. Rodrigo Delmasso, da Fe-deração Nacional dos Estudantes de Administração – FENEAD.

O SR. RODRIGO DELMASSO – Sras e Srs. Deputados e demais presentes, bom-dia.

Em primeiro lugar, quero parabenizar a Comissão Especial de Políticas Públicas para a Juventude pela atitude de convocar todas as organizações com repre-sentação nacional para discutir este tema e a metodo-logia da Conferência Nacional de Juventude.

Gostaria de registrar a presença da Confedera-ção Brasileira das Empresas Juniores, aqui represen-tada pela sua Vice-Presidente nacional, que já vem debatendo este tema desde sua fundação. Faz um ano que essa entidade foi fundada, mas há 4 anos todas as empresas de juniores do Brasil e as federa-ções de empresas juniores vêm discutindo a criação dessa entidade e as políticas públicas da juventude junto com a FENEAD.

Inicialmente, quero referir-me a alguns pontos de algumas falas que ouvi em relação à metodologia e até mesmo sobre o que discutiremos na Conferên-cia Nacional.

Como essa Conferência Nacional será a primeira da qual vamos extrair as idéias dos Estados, no nos-so ponto de vista, poderia se travar ali, como foco de discussão, o Plano Nacional de Juventude. Por quê? Quanto ao Estatuto do Idoso, inicialmente se discutiu o Plano Nacional de Políticas para o Idoso. Depois desse plano, foi extraído o Estatuto do Idoso, no qual estão os direitos e os deveres dos idosos brasileiros.

Portanto, poderíamos usar um pouco da meto-dologia aplicada nessa discussão. Ou seja, primeiro a discussão do plano. O que seria um plano? Como diz o nosso amigo Danilo, da UJS, deve-se fazer um diagnóstico nacional. Hoje, existem vários diagnósticos, como o da juventude das Regiões Nordeste e Norte, que são peculiares. Dentro desse plano, poderíamos fazer um diagnóstico nacional.

Na minha sugestão, primeiramente, discutiríamos nessa Conferência os pontos do Plano Nacional de Ju-ventude, como está nos 2 relatórios preliminares, nas primeira e segunda versões, sobre educação e traba-

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lho, cidadania e outros aspectos. O foco principal da conferência não é a discussão do Estatuto em si, que será o produto do plano.

O segundo ponto interessante para se incluir na Conferência Nacional é o de que existem várias en-tidades no Brasil que têm um trabalho relacionado à juventude há anos. Vou exemplificar. Não sei se a co-lega do Piauí conhece a Rede de Empreendedores de Sonhos, no Ceará, que já vem fazendo um trabalho há mais de 5 anos. É uma rede de desenvolvimento local, integrado e sustentável que trabalha com um cluster social. Isso foi encabeçado por um rapaz que saiu de empresa de juniores e que também foi Vice-Presidente da UNE, Egídio Guerra.

Esse trabalho de cluster social desenvolve tra-balho, emprego e renda na região. Ou seja, devemos trazer experiências nacionais para incluí-las também no Plano Nacional, porque dali sairá nosso Estatuto.

Outra questão interessante: muitas vezes, quan-do falamos em juventudes partidárias, a maioria das organizações, até aquela da qual faço parte – faço parte também da Juventude do PSDB, mas sou da FENEAD —, tem um pouco de aversão. Temos de entender que as juventudes partidárias também têm algo a contribuir, retirando-se o lado maniqueísta das juventudes partidárias.

Uma sugestão que tenho é a de que, na própria Conferência Nacional, se faça uma mesa redonda com todas as juventudes partidárias que têm representação no Congresso Nacional. Tenho certeza de que todos os partidos, como já vêm discutindo isso há muito tem-po, têm algo a contribuir. Que se faça isso, até mesmo para que as organizações possam verificar o tipo de trabalho que essas juventudes realizam em âmbito nacional, o que, muitas vezes, é um pouco abafado, até por causa de rejeição.

Outro ponto que eu gostaria de colocar em pau-ta é a divulgação nacional da Conferência, para que aquelas entidades que têm realmente um trabalho vol-tado para a juventude não sejam esquecidas e fiquem sabendo da conferência, de reuniões ou de projetos preparatórios em cima da hora, para que possam se mobilizar e até mesmo discutir internamente propostas para trazerem à Conferência Nacional.

A sugestão que deixo à Comissão é a seguinte: se já foi estabelecida a data de 11, 12 e 13 de maio, que alguns materiais de divulgação sejam entregues, por meio dos contatos existentes, para serem distribuídos às universidades, às ONGs, aos próprios sindicatos, à CUT, à Força Sindical, para que possam, além de se mobilizar, fazer uma discussão interna e trazer também, nacional e estadualmente, suas propostas.

Estas são as minhas sugestões.

Aviso que a FENEAD vai realizar em Brasília, no Minas Brasília Tênis Clube, nos dias 4, 5 e 6, uma reunião nacional para discutir justamente as propos-tas da Federação em relação ao Plano Nacional de Juventude.

Era o que tinha a dizer.O SR. PRESIDENTE (Deputado Lobbe Neto)

– Obrigado pela sua contribuição, Rodrigo.Com a palavra Saney Sampaio, representante

da UNE.O SR. SANEY SAMPAIO – Bom-dia a todos,

Deputados e sobretudo representantes de organiza-ções presentes.

Neste fim de semana, a UNE fez reunião da Diretoria Nacional, e um dos pontos de pauta foram políticas públicas para a juventude. Tivemos como convidados Regina Novaes, da UFRJ, e Paulo Vanuk, do Instituto Cidadania. Lá realizamos vários debates, com a participação de todos os diretores de juventudes partidárias presentes, de organizações convidadas e do próprio conjunto da Diretoria.

Entre as deliberações que fizemos para políticas públicas, a principal foi a realização de um seminário nacional, que vai acontecer no mês de maio, quando a UNE vai tentar convidar e convocar toda a rede do movimento estudantil, bem como as entidades que têm trabalhos nacionais e as juventudes partidárias.

Esse evento é muito importante, porque é a pri-meira iniciativa em âmbito nacional originária da pró-pria juventude. Nós já temos o Grupo Interministerial, do Executivo, a própria Comissão de Juventude, do Legislativo, e o Instituto Cidadania, do terceiro setor. Essa atividade da UNE se destaca por ser oriunda do seio da juventude.

Acho que precisaremos fazer uma mesa redonda, já participando essas 3 instituições, para que debatam conosco estudantes e o conjunto da juventude presen-te, como forma de interagirmos as iniciativas do Exe-cutivo, do Legislativo e do terceiro setor e da própria rede da juventude, para que tenhamos direcionados nossos trabalhos não só para as organizações que trabalham com juventude, mas também para o jovem de forma direta.

Se conseguirmos inserir no dia-a-dia da juventude o debate, não por via das organizações, mas pela via direta da juventude, sem retirar a importância que as organizações têm no sentido de direcionar e catalisar o debate, vamos conseguir um resultado muito grande.

Desde já, sugiro a produção de material mais direcionado para a juventude, por meio das univer-sidades, escolas, organizações sociais partidárias e religiosas, do movimento estudantil, das ONGs, enfim,

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com o objetivo de informarmos aos jovens dos debates na Comissão de Educação.

Aproveito também para reafirmar o convite à Co-missão da Juventude e a todas as organizações para participar do debate da UNE a realizar-se em maio. No final de março, a UNE dará continuidade à sua tradicio-nal jornada de lutas. Da pauta da União Nacional dos Estudantes para este ano constará, além de políticas públicas para a juventude, a reforma universitária. Acho que podemos conciliar os 2 eventos. Já há manifesta-ções marcadas em São Paulo, Brasília, Minas Gerais, Rio de Janeiro e diversos outros Estados.

Convido todos os presentes, inclusive os Par-lamentares, a participarem dessa jornada de lutas conosco.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Lobbe Neto) – Com a palavra o nobre Deputado Vignatti.

O SR. DEPUTADO VIGNATTI – Sr. Presidente, há quantos oradores inscritos?

O SR. PRESIDENTE (Deputado Lobbe Neto) – O representante da Juventude do PSB é o próximo.

O SR. DEPUTADO VIGNATTI – Ele é o último orador inscrito?

O SR. PRESIDENTE (Deputado Lobbe Neto) – Há mais duas inscrições.

O SR. DEPUTADO VIGNATTI – Estou preocupado com o horário, porque também tenho de sair, embora quisesse ficar até o final da reunião.

Sr. Presidente, quero apenas fazer uma pondera-ção. Tendo ouvido várias exposições, parece-me crucial, e falei rapidamente a respeito no começo da audiência, que as entidades interessadas elaborem uma proposta de metodologia para apresentar à Comissão. Essa é a primeira questão. A Comissão se reunirá na quinta-feira e precisa deliberar sobre a proposta.

Com toda a tranqüilidade, quero expor o que penso, fazer algumas considerações. Não se trata da Semana Nacional da Juventude, e sim de uma confe-rência. Nesse caso, tem de haver a síntese dos Estados e dos debates daqui para que se elaborem delibera-ções. Parece-me que um dos critérios fundamentais é participar da conferência estadual.

Outra importante questão que precisa ser levada em consideração é a proporcionalidade, em termos de tamanho, entre conferência estadual e Estado, para participação nacional. O Estado de São Paulo, por exemplo, é responsável por baita conferência, digamos assim. Então, temos de mensurar essa proporcionali-dade e chegar numa equação parecida.

Temos de discutir a questão da forma, da me-todologia, do dia, todas essas coisas. Precisamos da ajuda de todos para resolver principalmente essas questões. Queremos, de fato – isso foi dito desde o

primeiro momento —, que a juventude se sinta parte integrante desse processo, que construa propostas e delibere. Faremos parte do debate, como Deputados, assim como a juventude – a conferência é da juventude. Essa é a nossa preocupação. É preciso que proponham metodologia para a conferência nacional. Precisamos que nos ajudem nisso.

É importante também que as entidades garantam suas presenças nos debates, como disse o compa-nheiro da escola agrícola. Estamos realizando audiên-cias específicas sobre a questão rural – é uma falha do relatório. Unificamos no ano passado, consegui-mos realizar no ano passado. E Santa Catarina está levantando com profundidade essa questão. Temos de divulgar o calendário nacional das conferências e garantir presença no debate. Acho importante haver essa articulação. O calendário está disponibilizado na Internet, é divulgado em todos os Estados. Repito: é necessário garantir presença no debate, nas conferên-cias estaduais. Creio ser essa a preocupação também do Deputado Benjamin Maranhão.

Estamos sistematizando as audiências regionais. Vai vir, 2 ou 3 dias depois, para a nossa Comissão Téc-nica, a sistematização de Santa Catarina. E estará à disposição para o relatório final. Há todo um serviço de publicação, de organização. Por isso, há necessidade de prazo um pouco maior, inclusive, para a realização da conferência nacional.

Outra consideração. Ouvi com bastante atenção o Grupo Interagir, que nos tem acompanhado – sou testemunha disso – desde o começo, ponderando, sugerindo, cobrando responsabilidades. Isso também é importante. Mas a semana política em Brasília não fomos nós quem fizemos, mas a conjuntura. A semana política é terça, quarta e quinta-feira. Esse é o sistema na política, queiramos ou não.

Segunda questão: o Brasil é grande. Para chegar aqui de ônibus, quem mora no Rio Grande do Sul, leva mais de 2 dias; em Santa Catarina, 2 dias; na Amazônia, 3 dias. Então, em qualquer situação, prejudicaríamos 2 semanas, pelo deslocamento. Matando uma sema-na, a pessoa sai de casa no domingo e vai voltar no domingo. Existe essa possibilidade. A experiência da Semana Nacional, que fizemos no meio da semana, que envolveu a Câmara dos Deputados e repercutiu internamente, foi boa.

A consideração de vocês tem lógica, mas, infeliz-mente, pela conjuntura e pela realidade, não é possível. Está todo mundo preocupado com as eleições munici-pais. Agora em maio começa a definição de candidatos pelo País afora. Muitas vezes, os Deputados vão estar ausentes. De agora em diante, nas quintas-feiras, ao meio-dia, vai ser difícil encontrar Deputado em Brasí-

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lia. Por isso, hoje a sessão está sendo de manhã. Ano eleitoral é assim mesmo, segundo a experiência do pessoal no Congresso Nacional. Este é meu primeiro mandato na Casa. Pelo que senti, de agora em diante, vai ser isso mesmo. Então, terça, quarta e quinta-feira de manhã são os dias quentes de Brasília.

Faço essas ponderações porque terei de sair.A minha sugestão à Mesa é constituirmos um

grupo de trabalho. Hoje à tarde poderia ser apresen-tada uma proposta, porque quinta-feira – não é a Ana quem define, mas nós, os Deputados Reginaldo Lopes, Lobbe Neto e os demais que estão aqui – vamos ter de bater o martelo a respeito da metodologia ou, pelo menos, definir o grosso da metodologia, do contrário ficará muito tarde. Temos de elaborar material, buscar patrocínios, ver alojamento e fazer um monte de coisas a partir do que desenharmos.

O SR. CLÓVIS HENRIQUE – Deputado Vignatti, um esclarecimento com relação ao jovem que pode participar da Conferência Nacional da Juventude. V.Exa. disse ser condição ter participado da Conferência Es-tadual. Preocupa-me se não definirmos essa condição logo. V.Exa. falou de proporcionalidade entre a quantida-de de pessoas que participaram, de jovens no Estado, algum tipo de critério. Já aconteceu a Conferência do Acre. É preciso definir isso rapidamente.

O SR. DEPUTADO VIGNATTI – É uma precon-dição. Não é fechada totalmente, mas tem de ser uma precondição; caso contrário, não faremos uma confe-rência, mas um encontro. Uma coisa é a semana que falei; outra, a conferência.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Lobbe Neto) – Acolhemos as ponderações do Deputado Vignatti.

Deputado Reginaldo Lopes, antes de retornar a Presidência a V.Exa., informo-lhe que o Deputado Vignatti sugeriu que o pessoal nos ajude a montar a sistemática para a conferência, quem sabe, até um grupo de trabalho dos que estão aqui participando, e encaminhe até quinta-feira que vem a sugestão para nós ou para a Secretária da Comissão.

Se quiserem mobilizar-se agora em grupo para definir uma sistemática interessante e apresentá-la como sugestão ao Presidente e à Comissão, fiquem à vontade. Evidentemente, a decisão final será da Comissão, mas receberemos com muito prazer a su-gestão de vocês.

Concedo a palavra ao Alexandro, da Juventude do PSB.

O SR. ALEXANDRO – Bom-dia aos Parlamenta-res e aos segmentos da juventude presentes.

A criação desta Comissão foi fundamental. O jovem brasileiro necessita de debater as questões políticas ligadas ao seu segmento. No meu Estado, o

Amapá, sentimos carência de debate, de discussões políticas. E isso tem de ocorrer de maneira democrática. Nos Estados, não só as juventudes partidárias, mas também os segmentos estão entrando neste debate da Conferência Nacional da Juventude.

O jovem é muito marginalizado pela mídia. O papel desta Comissão e de todos os participantes é tentar tirar a visão ofuscada da mídia em relação ao segmento da juventude, porque todas as vezes em que acontecem atos isolados pelo País, a mídia acaba criando uma grande bola de neve na marginalização daquele segmento.

Temos de refletir no sentido de acabar com esse grande mal que a mídia causa à nossa população jovem. É fundamental que esta Comissão, como os companheiros falaram, debata com os principais inte-ressados. É importante ter uma Comissão do Governo Federal discutindo a problemática da juventude, mas os principais atingidos, na verdade, também têm de discutir com bastante profundidade, porque o proble-ma é macro.

Então, a Conferência chega na hora certa, mas não podemos parar nela, os debates têm de continuar nas nossas regiões.

Todos sabem das dificuldades financeiras para os deslocamentos até Brasília. Então, a divulgação da Conferência tem de ser grande, mas nos Estados ela tem de ser muito maior, porque por mais que os jovens não possam chegar a Brasília, é preciso que haja grandes atos da juventude em cada Estado para realmente contemplar o pensamento jovem de cada região. A Comissão tem de fazer uma divulgação nas entranhas, na periferia, em todos os lugares para que todos os segmentos estejam presentes.

A UNE tem um papel importante nesse debate. Ela está discutindo as questões da juventude universi-tária. A UBES discute as questões secundaristas, mas sabemos que não é só isso, temos de ampliar muito mais esse debate. No País inteiro a juventude se orga-niza no meio partidário, nas igrejas, nos institutos, nas fundações, nos grupos. Há uma série de segmentos que estão se organizando no mundo inteiro, como, por exemplo, o Festival Mundial da Juventude, que acon-tecerá em agosto.

Estamos necessitando realmente de uma contra-partida concreta do Governo. O Deputado Reginaldo afirmou há pouco que temos políticas da juventude, sim, dentro do Governo, mas são dispersas. Eu não conheço profundamente essas políticas voltadas para a juventude. Não podemos confundir bolsas e outras questões como políticas direcionadas para a juven-tude. Precisamos de políticas concretas e este é o momento que realmente temos de retirá-las, colocar

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o Governo na parede e dizer que precisamos de um conselho nacional de juventude, de um Ministério da Juventude. Precisamos de ações concretas que alcan-cem não somente a juventude de classe média, mas principalmente a da periferia, que é a mais atingida e de onde saem diversos movimentos culturais, folcló-ricos, que não têm espaço para suas apresentações nem recurso financeiro para a sua indumentária e uma série de coisas que acabam ofuscando sua atuação na sociedade.

Parabéns pela Conferência. Temos de nos empe-nhar, cada um em seu Estado, para mobilizar o maior número de jovens possível.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-pes) – Obrigado, Alexandro.

Há mais uma pessoa inscrita, a Sra. Socorro. Mais alguém se inscreveu? (Pausa.)

Então, passarei a palavra para os 2 últimos ins-critos e encerraremos a discussão para encaminhar algo mais prático.

Com a palavra a Sra. Socorro.A SRA. SOCORRO – Deputado Reginaldo Lopes

e demais companheiros e companheiras, acredito que dentro da Conferência precisamos também aprofundar, como já foi dito por algumas outras pessoas, o Esta-tuto e o Conselho Nacional de Juventude, porque são instrumentos que legalmente teriam de passar pela Câmara Federal. Quanto ao Estatuto da Juventude, há divergências de alguns Deputados. Precisamos nos aprofundar nestes 2 espaços de participação da juventude, um de formulação e outro de garantia de direitos da juventude. Precisaríamos constituir, espe-cificamente, dentro da metodologia, esses 2 espaços com mais ênfase.

Proponho também que, nesta Comissão de tra-balho e de organização da Conferência Nacional da Juventude, sejam inseridos pelo menos 2, 3 ou 4 mo-vimentos de organizações da juventude para também nela contribuir.

Então, é fundamental que a juventude participe desde o primeiro momento. Esta é uma proposta de encaminhamento que podemos viabilizar. Não sei qual é a forma legal para inserirmos também os movimen-tos nesta Comissão.

Proponho ainda que sejam expostas, como disse o companheiro da juventude do PSB, as dificuldades que a juventude enfrenta para articular as caravanas que vêm dos Estados e que seja viabilizada a entre-ga de uma carta da própria Comissão endereçada a cada um dos Governadores solicitando que contribuam financeiramente para a participação da juventude do seu Estado na Conferência Nacional. Isso é de funda-mental importância.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lopes) – A sugestão da companheira Socorro é acatada pela Presidência. Vou, juntamente com a Clara, elaborar uma carta e encaminhar a todos os Governadores pedindo contribuição para que possa haver uma delegação para representar cada Estado na Conferência.

Passo a palavra ao Sr. Márcio. Em seguida, va-mos fazer um encaminhamento desta reunião e tentar construir, coletivamente, uma metodologia.

O SR. MÁRCIO – Bom-dia aos componentes da Mesa e aos demais companheiros que fazem parte da Comissão Especial de Políticas Públicas para a Juven-tude. Em nome da comissão organizadora de Brasília, estamos organizando nossas plenárias locais, que irão iniciar-se a partir do dia 13. Estaremos na cidade de Ceilândia com a juventude representativa da cidade, onde vamos retirar as deliberações para trazer para a Conferência Regional de Brasília, que acontecerá nos dias 16 e 17, na Câmara Distrital.

Em algumas reuniões que estão acontecendo na comissão que se montou, com a participação de 7 jovens de partidos diferentes, estamos discutindo para que possamos apresentar melhorias no sentido da metodologia local e também das discussões da juventude.

Em Brasília estamo-nos prontificando, como mi-litância da juventude, a organizar essas plenárias lo-cais que acontecerão em todas os lugares da cidade. Estivemos aqui com quase 50 jovens, numa reunião muito bem divulgada, onde contamos com a presença de diversos líderes, entre eles o nosso companheiro Reginaldo Lopes. Então, estamos engajados em promo-ver essa discussão nas cidades, para trazer realmente o que a juventude pensa, o que realmente a base tem para dizer, a fim de que possamos apresentar argu-mentos para a questão regional.

Estamos organizando essas plenárias. Convida-mos todos os que são de Brasília e aqueles que tam-bém têm pessoas próximas para participarem. Nossa primeira plenária será na cidade de Ceilândia, na Liga de Esporte da Ceilândia, atrás do Centro Educacional nº 2, QNM 14; a outra será no domingo, em Santa Maria, onde estaremos reunidos na Cooperativa do Trabalho, das 14h às 18h. Qualquer dúvida, nosso telefone para contato é 9604-1900 – Márcio.

Muito obrigado.O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-

pes) – Muito obrigado, Sr. Márcio.Quero também dar uma pequena contribuição

a esta Comissão para a metodologia nacional. Dian-te da experiência ontem dos representantes do Es-tado do Acre e da maioria dos pronunciamentos das companheiras e companheiros em relação a garantir

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a participação, o debate, a ter propostas concretas de políticas públicas da juventude, chego à seguinte conclusão: é preciso discutir um plano preliminar, um relatório preliminar.

Ontem, por exemplo, no Acre, perguntei se o plenário preferia fazer o debate do todo ou um debate por tópicos, e o plenário quis fazer o debate do todo. É uma questão da juventude mesmo, de fazer um de-bate mais livre, o que é legítimo. Mas na hora de en-caminhar a carta fizeram-no por pontos. O Deputado Vignatti disse que também está organizando o trabalho por tópicos, por oficinas.

Então, qual é a conclusão? A Conferência Nacio-nal é um espaço de tomada de decisão, de consulta coletiva a toda a juventude do Brasil. Estamos aqui preocupados com isto: como resolver, como encon-trar a metodologia. Acredito que é simples. É só não complicar. Por que é simples? São 3 dias; num dia poderemos fazer um grande debate de um tema na-cional; poderemos entrar no debate até das questões maiores da economia, num grande debate nacional sobre a abertura política, porque temos de debatê-la um pouco também; poderemos até voltar a fazer um debate conceitual de experiências, no primeiro dia, com muita atividade cultural, festiva etc.

Todo o mundo quer o Conselho Nacional. Isso é consenso. Todos nós queremos uma Secretaria, ou um Ministério, ou uma Coordenação. Mas qual é o dese-nho institucional que a juventude realmente deseja? Qual é o desenho? É o Conselho? Sim. Mas como é o Conselho? Já há entidades com vagas, por serem entidades reconhecidas nacionalmente, como a UNE e a UBES. Ou não? Como se faz? Vota-se? Faz-se o encontro, a Conferência, anualmente, ou de 2 em 2 anos, ou de 3 em 3 anos? Elege-se o Conselho dire-tamente? Como será isso?

Portanto, é preciso fazer as oficinas. Talvez em seu encaminhamento o Sr. Clóvis tenha um pouco de razão. Talvez devamos mudar a data para quinta-feira, sexta-feira ou sábado, para aproveitarmos a sexta-feira, por exemplo, porque aí poderíamos ter todas as salas, todas as plenárias disponíveis para fazer as oficinas. No domingo creio que não deveria haver reuniões, mas quinta-feira, sexta-feira e sábado seria bom. Far-se-ia a abertura na quinta-feira, no Auditório Nereu Ramos, que é um espaço grande, e na sexta-feira, por exem-plo, poderíamos ocupar todas essas salas, porque não haveria nenhuma Comissão temática da Casa funcio-nando. Então, essa é uma proposta interessante. E no sábado encerraríamos com as propostas polêmicas. Então, pode ser um encaminhamento interessante.

Mas por que isso? Porque devemos ter oficinas. Deve haver uma oficina só de apresentação, para sis-

tematizar o Plano Nacional; por exemplo: métodos, objetivos, resultados e prazos. Deve haver uma ofici-na só do Estatuto: tópicos, pontos, marco regulatório. Deve haver uma oficina só do desenho institucional do Conselho Nacional da Juventude. Deve haver outra da Secretaria, de que órgão for, no Poder Executivo, e qual é o desenho que estamos propondo. Senão, vamos fazer um debate como fizemos na Semana Nacional, que foi importante, mais teórico, e no final perdemos a oportunidade de realmente obter um olhar crítico da juventude do Brasil.

Então, como sugestão, no primeiro dia, façamos uma abertura nesse sentido, político, cultural, com gran-des temas, talvez até com a presença do Presidente da República para a abertura; no segundo dia, trabalho prático; só grupos de trabalhos, só oficinas – e essa é uma decisão importante, a de quais são as oficinas etc. —, com um bom relator, um bom coordenador, um bom mediador, para fazer bons relatórios no final; e no terceiro dia vamos votar. Será o do grande plenário. Te-remos trabalho o dia todo até chegarmos à conclusão sobre pontos polêmicos. Não será difícil.

Esta é a minha opinião pessoal, que estou ex-pressando para contribuir, porque é fruto de uma ex-periência que houve ontem no Acre. O que ocorreu foi que, se tivéssemos diminuído o espaço das falas, da questão política, da abertura, poderia ter havido um debate com um maior número de participantes para legitimar a Carta do Acre. Como o debate conceitual se estendeu muito, isso também esvaziou o evento, porque 12 horas de debate é tempo em demasia.

A SRA. SOCORRO – Deputado Reginaldo Lopes, ainda temos de nos ater muito ao número de partici-pantes a fim de não perdermos o conteúdo principal da conferência. Temos de ter bastante cuidado. Esta Comissão precisa trabalhar muito, tecnicamente, para garantir discussões com qualidade, a fim de não nos desviarmos do objetivo principal.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-pes) – Ana está informando-me de que temos de ve-rificar se a Casa pode funcionar aos sábados. Creio que é possível, se negociarmos com os profissionais da Casa, uma vez que tudo deve funcionar. Se não for possível no sábado, poderemos realizar reuniões às quartas, quintas e sextas, porque na quinta há poucas Comissões temáticas em funcionamento. É importante resolvermos isso, porque vamos precisar de umas 10 salas. Então, pelo menos teríamos de terminar na sex-ta, porque se marcarmos para terça, quarta e quinta, e a quarta for o dia do debate das oficinas, será quase impossível realizá-lo aqui na Casa.

Tem de ser aqui, Clóvis, porque estamos na Casa do Povo, no Parlamento, símbolo da democracia. Temos

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Janeiro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 17 00981

aqui a estrutura, os profissionais, o som. Em outro lugar nossas reuniões poderão ficar complicadas.

O SR. DEPUTADO BENJAMIN MARANHÃO – Sr. Presidente, gostaria de fazer um encaminhamen-to. Há uma questão que as entidades têm de levar em consideração. Não teremos como documentar esse trabalho se ele for feito em um ambiente fora da Câ-mara. Aqui, na quinta à tarde e na sexta, acredito que todas essas salas de Comissões estarão disponíveis. Sexta-feira com certeza não há problema para utilizar nenhum desses Plenários das Comissões. Se o fizer-mos em um final de semana, não haverá o apoio da taquigrafia nem gravação. O que se utiliza da Câmara no final de semana é o Auditório Nereu Ramos, para alguma convenção partidária. Mas aí o partido se en-carrega de tudo, pois tem uma estrutura própria para fazer isso, e num local só.

Ao sugerir isso, quero deixar bem claro que não se trata apenas da comodidade dos Parlamentares. É a estrutura da Casa que funciona desse jeito. E sendo feito aqui na Câmara vamos ter de obedecer à estru-tura da Casa. Não há como fazer diferente. Não temos como requisitar funcionários para trabalharem no fim de semana. Isso não existe.

O SR. DEPUTADO LUCIANO LEITOA – Depu-tado Benjamin Maranhão, gostaria de fazer só um comentário.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lopes) – Com a palavra o Deputado Luciano Leitoa.

O SR. DEPUTADO LUCIANO LEITOA – Clóvis deu a idéia de fazermos as reuniões na quinta, sexta e sábado. Concordo com ele, pelo fato de que realmente, se requisitarmos os funcionários da Casa, eles poderão trabalhar em outro local. Fiz uma viagem agora para o Nordeste, por ocasião das enchentes, e foram co-nosco 3 funcionários da Casa, a nosso pedido. Acho que o ambiente ideal é a Academia de Tênis, que tem um espaço bom.

Ficamos preocupados com a grandiosidade que tem de ter o evento. A Câmara dos Deputados é o lo-cal ideal, por uma questão de estrutura e uma série de fatores, mas será que o número de participantes vai estar de acordo com a intenção real do evento, que é dar uma dimensão maior à questão da juventude? Esta é uma opinião minha: acredito que um ambiente maior seria bem melhor do que a Câmara.

Quanto aos funcionários da Casa, se fizermos uma requisição, eles vão. Com certeza o Presidente João Paulo Cunha não deixará de ceder alguns funcio-nários para realizar um evento dessa grandiosidade.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-pes) – Deputado Luciano Leitoa, isso depende da de-finição da constituição da Comissão. Quando se trata

de Comissão Externa ou de CPI, pode-se requisitar funcionários, mas no caso de Comissão Especial isso não é possível. Está no Regimento Interno.

A Casa tem contribuído muito para esta Comissão Especial, e está dando total apoio às Conferências Es-taduais, que não estão previstas no Regimento Interno. Estamos em negociação. Na política, negocia-se.

O SR. DEPUTADO LUCIANO LEITOA – Vai de-pender muito da vontade, Deputado.

A SRA. DEPUTADA ANN PONTES – Pela or-dem, Sr. Presidente.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lopes) – Com a palavra, a Deputada Ann Pontes.

A SRA. DEPUTADA ANN PONTES – Sr. Presi-dente, quero esclarecer exatamente isto: houve uma sugestão, em um Estado, de que a Comissão da Ama-zônia se reunisse periodicamente em cada Estado. Verifiquei que segundo o Regimento Interno isso não é permitido. Somente as Comissões Externas, CPIs ou CPMIs têm essa faculdade.

Informo aos senhores e senhoras presentes que a Casa tem a estrutura técnica, o espaço, e tem como desenvolver um bom trabalho. Tenho uma sugestão: se nos Estados estamos discutindo com 6 oficinas, por que não continuamos com essas 6 oficinas, trazendo as contribuições de cada Estado? Isso vai dar o viés de cada Estado. Não adianta criarmos mais oficinas, porque essas que porventura forem criadas aqui dei-xarão de ser discutidas nos Estados. Por uma questão de coerência, manteríamos as 6, e, dependendo da demanda, alocaríamos uma sala que pudesse com-portar todo o mundo e utilizaríamos a estrutura que esta Casa nos disponibiliza.

Era isso, Sr. Presidente. Obrigada.O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-

pes) – Deputada Ann Pontes, são 6 grupos de trabalho. Quando afirmei que havia outros grupos, referia-me aos casos que, embora não tenham sido constituídos em grupos de trabalho, fazem parte do consenso do debate: o do Conselho Nacional e o do órgão do Go-verno – Secretaria, Ministério ou Coordenação. Há o debate também do Instituto Nacional da Juventude e do Estatuto.

Não que tenham sido constituídos outros grupos de trabalho; eles são 6 por uma questão de metodo-logia. Porém, precisamos debater o desenho institu-cional. Pode ser que no segundo dia ou na metade do primeiro dia essas 6 oficinas sejam realizadas e no segundo dia um maior número de jovens participe do desenho institucional dessas instituições que a Comis-são vai propor ao Governo. Isso não faz parte do Pla-no Nacional, mas sim de proposição, mesmo porque não temos competência legal para criar órgãos. Isso

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00982 Quarta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Janeiro de 2007

é competência do Executivo. Mas temos obrigação de propor, ouvindo a juventude, o melhor desenho institu-cional para executar as políticas que estamos propondo no Plano Nacional.

Para encerrar, vou passar a palavra aos partici-pantes. Há um companheiro solicitando a palavra, Mar-celo Viana, da Nação Hip Hop. Antes, porém, concedo a palavra a Rubem, da União dos Escoteiros do Brasil.

O SR. RUBEM – Houve uma evolução, ao se deslocar para sexta-feira. Se for possível sábado, en-dosso a posição de Clóvis, porque acredito que, de-sejando-se a participação, o ideal seria quinta, sexta e sábado. Agora, tem de ser vista a situação da Câmara dos Deputados, custos etc.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-pes) – É um pouco contraditório. Estão dizendo que o espaço comporta toda a participação e depois estão propondo mudar.

O SR. RUBEM – A questão é o grande plenário. Para as oficinas, o espaço é ideal. Temos de ver quan-tas pessoas virão. Se forem 1.000, é possível; se forem 4 mil, teremos de ir para outro lugar.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-pes) – Chegamos à conclusão de que um pré-requisi-to é ter participado da Conferência Estadual. Acredito que esse pré-requisito está fechado, é um consenso. Segundo, teremos de determinar que a inscrição seja feita 15 dias antes, e vamos tentar disponibilizar o sis-tema, toda a informação para essa inscrição. Para quê? Para termos um número mais preciso da participação dos jovens. É lógico que, na última hora, se alguém convidá-lo e houver uma vaga no carro, o jovem entra e vem, não vai seguir essa limitação.

Faz parte do princípio do debate não fazermos nenhuma polêmica para votar. Ontem, no Acre, estava tudo confuso. Todos resolveram votar porque era po-lêmica a questão. Gostam de uma polêmica. (Risos). Mas não é isso, pois o que temos aqui são opiniões divergentes das diversas correntes da juventude. Eles estavam loucos para votar, mas não vamos votar, se-não o encontro vai começar com os jovens num canto articulando a eleição, e não o debate. Essa não é a nossa intenção.

E sendo livre, temos de nos preocupar com a possibilidade de haver um número expressivo de par-ticipantes. Precisamos ter alguns mecanismos de con-trole, mas não vai haver inscrição ou eleição. Isso está descartado. O que vai haver como critério básico é ter participado da Conferência Estadual e um prazo mí-nimo para a inscrição. Vamos tentar impedir as inscri-ções de última hora.

Como um meio termo, em face da sugestão de Clóvis, poderíamos passar para quarta-feira, quinta-

feira e sexta-feira. Essas 27 conferências estaduais já provocaram um gasto razoável. Então, para negociar mais uma vez com o Presidente da Casa a questão das horas extras e trabalho de final de semana já será mais um enfrentamento, porque talvez tenhamos de convi-dar pessoas de fora do País, e há ainda as pessoas que vão ajudar a organizar. O melhor encaminhamento é para quarta-feira, quinta-feira e sexta-feira, porque não vai ser passando para o sábado o dia da votação que vai aumentar o número. Os que estão envolvidos neste debate e participaram de todos os debates e todas as etapas vão estar presentes. Se tivéssemos um espaço maior para fazer um grande encontro de massa, aí, sim, poderíamos passar para a sexta-fei-ra, sábado e domingo, mas, como estamos limitados na questão física, transferir para sexta-feira, sábado e domingo não se justifica.

O que de importante estamos organizando é que no dia em que protocolarmos a entrega desse plano nacional, do Estatuto e das nossas sugestões poderemos fazer um encontro de massa na Esplana-da, com alguns artistas, e fazer um grande festival da juventude, para, com muitos jovens, entregarmos o projeto a Lula, a João Paulo e a Sarney. Seria interes-sante fazermos uma caravana com os movimentos e alguma bagunça durante o dia todo. Se colocássemos umas 20 mil pessoas, ou 50 mil, poderíamos fazer um grande ato político para entregar o projeto. Isso seria interessante, porque viria a mídia. Poderíamos cons-truir isso juntos.

Quando o Presidente entregou as reformas tri-butária e previdenciária junto com os 27 Governado-res ele mostrou força. Então, vamos mostrar a força da juventude entregando o projeto com várias entida-des. Podemos construir uma equipe para protocolar o projeto na Câmara dos Deputados e fazer um grande ato político para intermediar a participação da grande massa. Poderíamos fazer na sexta-feira à tarde, com muitos jovens. Essa sugestão já discutimos algumas vezes com os companheiros que representam a Co-missão.

Antes de encerrar, Ana está disponível para se reunir com o grupo de jovens das organizações para começar a desenhar essa proposta. Ela está à dispo-sição dos senhores. Podem reunir-se nesta sala, ou em outra, à tarde, para construir uma proposta para ser apresentada oficialmente em nome das entidades na próxima reunião, na quinta-feira, quando vamos aprovar a metodologia.

Portanto, os senhores estão convidados para a próxima reunião, na quinta-feira, a partir das 9h30.

Com a palavra Marcelo Viana.

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Janeiro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 17 00983

O SR. MARCELO VIANA – Meu nome é Marcelo Viana, mas meu apelido é Buraco. Sou da comissão de organização da entidade Nação Hip Hop, que vem postulando ser uma entidade nacional de hip hop e organizando-se em 9 Estados onde esse movimento tem grande inserção.

Antes de falar um pouco disso, gostaria de me desculpar, pois cheguei há meia hora e ouvi poucas falas. Agradeço ao nobre Deputado Reginaldo Lopes, Presidente da Comissão de Juventude, o convite que fez à entidade. Aceitamos com grande alegria e entu-siasmo, haja vista que todas as vezes que o pessoal do hip hop veio a Brasília foi para protestar. Hoje temos a oportunidade de contribuir para as políticas públicas para a juventude.

Gostaria de aproveitar a vinda, mesmo com esse atraso. Foi muito difícil definirmos na última hora e ar-rumar recursos para poder vir. O movimento hip hop organiza-se nas periferias com as juventudes que es-tão à margem dos grandes debates e das discussões. Este é o nosso grande desafio: conseguir inserir essa juventude.

Ouvi Socorro dizer que precisamos trazer esses movimentos juvenis que não se caracterizam como juventude incluída, mas têm suas grandes bases es-palhadas pelas periferias deste Brasil. Gostaria de citar como exemplo alguns encontros de juventude que vêm acontecendo pelo Brasil afora. Um deles vem abrindo espaço para a participação da juventude da periferia. É a Bienal de Cultura, Arte, Ciência e Tecnologia da UNE, que cria o lado C para que os jovens de periferia possam fazer intercâmbios. Ali é possível dar espaço a essa juventude, respeitando as formas de se ma-nifestar, porque ela não tem a mesma condição que tem o jovem organizado em entidades que já têm um histórico, um trajeto.

A última fala do Deputado agradou-me porque ele citou esse festival como um grande marco, ao abrir espaços alternativos e trazer essa juventude, com seu modo de ser, seu linguajar e suas ações. Precisamos desse espaço para fazer um encontro bem laico, com todas as caras da juventude do Brasil. Aproveitando o ensejo de que o Brasil respira novos ares, precisa-mos incluir essa juventude na discussão sobre políti-cas públicas.

Colocamo-nos à disposição para participar desse grande encontro. Os companheiros dos outros Esta-dos que forem organizar etapas estaduais para esse grande encontro devem procurar agregar e inserir os jovens organizados no movimento hip hop e em outros movimentos, como, por exemplo, o pessoal do mara-catu em Pernambuco, que também se organiza nas periferias. Precisamos, por meio dessa cultura, desse

linguajar que a juventude organizada tem nessas pe-riferias, atraí-la.

Isso é o que queria dizer. Agradeço o convite. Estaremos presentes ao encontro.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-pes) – Obrigado, Marcelo Viana, representando a Na-ção Hip Hop.

(Não identificado) – Eu tenho uma dúvida quanto ao critério de participação e à metodologia da conferên-cia, porque em Pernambuco ainda não foi realizada.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-pes) – Mas já está marcada.

(Não identificado) – Como a data também não foi divulgada, estou preocupado com a preparação das pessoas que vão participar da conferência, e se ela vai acontecer depois ou não desse grupo de trabalho.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lopes) – Vamos garantir que todos os Estados organizem as conferências estaduais. Pode ter certeza disso. Indica-remos novos Deputados para coordená-las. Temos feito articulações com as Assembléias Legislativas, com as Deputadas e os Deputados Estaduais envolvidos com o tema, e estamos articulados com o movimento da juventude para ajudar a organizá-las. Em Pernambuco o evento já está marcado para os dias 18 e 19 de abril. Os responsáveis são os Deputados Maurício Rands e o Paulo Rubem Santiago.

A SRA. SOCORRO – Deputado Reginaldo Lo-pes, no Piauí vai ser realizada uma conferência ou uma audiência, nos dias 25 e 26?

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lopes) – Conferência estadual e audiência pública estadual, nos dias 25 e 26. Vocês receberam esse calendário? Então, não é preciso ler. É desnecessário. Ainda falta agendar Boa Vista, mas estamos articulando-nos com o Senador Augusto Botelho e outro Deputado também. Em Porto Velho, estamos articulando-nos com a Depu-tada Marinha Raupp e o Deputado Hamilton Casara, que se propôs a organizar. Em Maceió, a responsável é a Senadora Heloísa Helena, mas estamos indicando agora o Deputado Maurício Quintella Lessa, que vai organizar. Em Aracaju, os responsáveis são os Depu-tados Heleno Silva, Jackson Barreto e João Fontes. Em Brasília já estamos organizando as conferências no entorno, só falta informar a data. O trabalho está a cargo do Deputado Wasny de Roure. No Rio de Janeiro estamos contando com o Deputado Deley, mas estamos articulando-nos também com o Deputado Alessandro Molon. Em Goiânia não foi informada a data, mas as Deputadas Professora Raquel Teixeira e Neyde Apa-recida estão organizando-se. Tínhamos algumas difi-culdades em Boa Vista, mas já foram resolvidas, e em Porto Velho e em Maceió. O resto está tranqüilo.

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00984 Quarta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Janeiro de 2007

Todas as audiências vão contar com a partici-pação da maior parte da juventude do Brasil. Adiando agora para os dias 12, 13 e 14 a nossa conferência nacional, é possível permitir que os Estados se organi-zem até as datas de 22 e 23. Podemos estender mais uma semana para a organização das conferências estaduais. Então, está tudo tranqüilo.

Agradeço a contribuição aos Deputados e Depu-tadas da Comissão e da Frente, aos Deputados Esta-duais e até ao próprio Movimento Juvenil do Brasil, que entendeu a proposta e está ajudando os Deputados a organizarem os eventos.

(Não identificado) – O teor metodológico dos processos de conferência e de audiência é distinto.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-pes) – Sempre tivemos divergências sobre conferência, fórum e audiência. Na verdade audiência não seria, porque regimentalmente não pode ser; então, talvez fosse um encontro de juventude. Para não ser encon-tro ou fórum, o que acarretaria um peso, ficou como conferência regional. Se fôssemos seguir realmente o que é uma conferência, teríamos de escolher delega-do, entre outras coisas. Então, são conferências esta-dual e nacional, sem o peso da palavra; na verdade, um grande fórum.

(Não identificado) – Mas não tivemos conheci-mento do modelo dos 6 grupos temáticos que estão acontecendo em cada Estado. Tive conhecimento apenas das datas. Estamos em um processo em ela-boração.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-pes) – No relatório preliminar, nas últimas páginas, 85 e 86, constam toda a metodologia e os responsáveis. Tivemos a preocupação de elaborar uma metodologia nacional para as conferências estaduais porque perce-bemos que poderiam ocorrer grandes palcos políticos nos Estados e não se atingir o objetivo, que era alcançar o olhar crítico da juventude no Estado. Por isso, adota-mos um padrão básico, uma sistemática nacional, com algumas possibilidades de variações, mas com uma referência e um objetivo concreto: a carta do Estado e a constituição do grupo de trabalho local.

Esses são os objetivos. É lógico que há variações e algumas mudanças locais, mas, em geral, o encami-nhamento está sendo positivo.

(Não identificado) – Agradeço. Foi uma confusão. Essas mudanças foram feitas no local. Agora está mais claro para mim, porque estávamos tratando como se fossem duas coisas distintas, e realmente eu estava dizendo a mesma coisa. Obrigado.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-pes) – Ana está propondo que nos reencontremos

às 15h neste mesmo plenário. Ana vai coordenar os trabalhos.

Quero agradecer a todos a presença e convidá-los para reunião na próxima quinta-feira, dia 18, quando vamos votar na Comissão para que todos os Estados, todos os movimentos de juventude e toda a juventude tenham acesso à metodologia nacional. Também que-ro propor que na conferência nacional estabeleçamos uma data para fazer a entrega desse projeto à Câmara dos Deputados, ao Senado Federal e à Presidência da República. Poderíamos tirar uma data na conferência nacional, pelo poder de capilaridade e de mobilização, para fazermos um grande ato na Esplanada, com 50 mil jovens, exigindo políticas públicas para a juventude. Isso seria um sucesso.

Estamos mudando para acatar a sugestão e para o pessoal do grupo interagir. Vamos transferir mais uma vez a conferência nacional para os dias 12, 13 e 14. Esta é a última vez. Temos de informar a Marco Gime-nez e ligar para a gráfica para mudar mais uma vez. Só temos mais meia hora com possibilidade de mudança para quem quiser fazer outra proposta.

Um abraço a todos. Muito obrigado. Um bom final de tarde e um bom trabalho.

Está encerrada a reunião.

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A ACOMPANHAR E ESTUDAR PROPOSTAS

DE POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A JUVENTUDE

Ata da Vigésima Quinta Reunião Ordinária Realizada em 25 de Março de 2004.

Aos vinte e cinco dias do mês de março de dois mil e quatro, às onze horas e quinze minutos, no ple-nário 13 do Anexo II da Câmara dos Deputados, reu-niu-se, ordinariamente, a Comissão Especial destinada a acompanhar e estudar propostas de Políticas Públi-cas para a Juventude, sob a presidência do Deputado Reginaldo Lopes. Compareceram os Deputados Alice Portugal, Benjamin Maranhão, Deley, Eduardo Barbosa, Júnior Betão, Leonardo Picciani, Lobbe Neto, Marcelo Guimarães Filho, Mário Assad Júnior, Reginaldo Lopes e Zico Bronzeado, titulares; Ann Pontes, Ary Vanazzi, Homero Barreto, Maurício Rabelo e Rose de Freitas, suplentes. Não compareceram os Deputados Celcita Pinheiro, Eduardo Seabra, Isaías Silvestre, Júlio Lopes, Luciano Leitoa, Marinha Raupp, Milton Cardias, Odair, Professora Raquel Teixeira, Sandro Mabel, Vignatti e Zonta. ABERTURA – Havendo número regimental, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos. ATA – A leitura da ata da reunião anterior foi dispensada por solicitação do Deputado Homero Barreto. Colocada em votação, a ata foi aprovada. EXPEDIENTE – Ofs. 9 e 21/2004, de 18-03-2004, do Deputado Clóvis Fecury,

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Janeiro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 17 00985

solicitando sejam justificadas as faltas dos dias 19-02-2004 e 4-03-2004. ORDEM DO DIA – Discussão e vo-tação da metodologia a ser adotada para a Conferência Nacional da Juventude. O Senhor Presidente passou a palavra ao Deputado Homero Barreto para fazer a leitura da proposta encaminhada pelo Instituto Alian-ça com Adolescentes. Após ser concedida a palavra ao Relator, Deputado Benjamin Maranhão, a propos-ta foi discutida e aprovada. A Presidência determinou à Secretaria fossem encaminhadas aos Membros da Comissão a metodologia aprovada e a Carta de su-gestões elaborada no encontro temático realizado em Cuiabá/MT, sob a Coordenação do Deputado Carlos Abicalil. A seguir, registrou a presença do Vereador de Teresina/PI, Senhor Henrique Pires, e do Presi-dente Nacional do PMDB. ENCERRAMENTO – Nada mais havendo a tratar, o Senhor Presidente encerrou a reunião às onze horas e trinta minutos. A reunião foi gravada, e as notas taquigráficas, após decodificadas, farão parte integrante desta ata. E, para constar, eu, , Ana Clara Fonseca Serejo, Secretária, lavrei a pre-sente ata, que, após lida, discutida e aprovada, será assinada pelo Presidente Reginaldo Lopes e publicada no Diário da Câmara dos Deputados.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-pes) – Declaro abertos os trabalhos da 25ª Reunião Ordinária desta Comissão Especial destinada a acom-panhar e a estudar as propostas de políticas para a juventude.

Tendo em vista a distribuição de cópias da ata da reunião anterior aos membros presentes, indago se há necessidade de sua leitura.

O SR. DEPUTADO HOMERO BARRETO – Peço a dispensa de leitura da ata.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-pes) – Está dispensada a leitura da ata por solicitação do Deputado Homero Barreto.

A ata está em discussão. (Pausa.) Não havendo quem queira discuti-la, passamos

à votação. Os Deputados que a aprovam permaneçam como

se encontram. (Pausa.)A ata está aprovada.Expediente. Cópia do expediente encontra-se

nas bancadas. Ordem do Dia. Discussão e votação da metodo-

logia a ser adotada para a Conferência Nacional da Juventude.

Passo a palavra ao Deputado Homero Barreto para que faça a leitura da metodologia da Conferência Nacional apresentada por várias entidades.

O SR. DEPUTADO HOMERO BARRETO – Con-ferência Nacional da Juventude.

Síntese das propostas.Princípios. Participação genuína e efetiva das diferentes

juventudes. Respeito e efetiva incorporação das contribuições

da sociedade civil. Avanço com relação ao que já foi construído pela

Comissão Especial.Relatório preliminar. Foco. Conferência Nacional. Momento de consolida-

ção e síntese dos subsídios trazidos das conferências estaduais.

Nas conferências estaduais, sugere-se rever o tempo dedicado às oficinas, que está muito curto.

Estimular a condução do processo por um espe-cialista em condução de trabalhos de grupo.

Planejar quem e como serão consolidadas as recomendações.

Resultado esperado da Conferência Nacional. Construção coletiva – Parlamentares e sociedade civil – de propostas de um plano nacional para a juventude que contemple princípios norteadores, concepções sustentadoras do tipo de política que queremos para a juventude brasileira.

Conteúdo. Prioridades e metas para cada área temática.

Método. Como se dará a participação dos diferen-tes atores, em especial dos jovens, em todas as fases do processo, inclusive acompanhamento, avaliação e concepções?

Gestão. Panorama legal. Ordenamento institucio-nal e ação direta na ponta. Programa.

Caracterização. Conjunto articulado e sinérgico de atividades que conduzam à construção coletiva do plano.

Apresentação contextualizada de manifestações artísticas pela juventude.

Condições essenciais para o sucesso. Inscrições dos participantes. Embora não possam

ser previamente delimitadas, deveriam ter uma parte intencionalmente selecionada.

Relatórios das conferências estaduais devem ser encaminhados com antecedência.

Condução dos grupos temáticos por facilitadores especializados.

Participação de representantes dos órgãos Le-gislativo e Executivo, para que sejam criados momen-tos de sensibilização, mobilização, interlocução com o Poder Público.

Programação e metodologia. Primeiro dia. Mesas de debate na manhã e par-

te da tarde.

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00986 Quarta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Janeiro de 2007

Objetivo. Alinhamento em torno dos princípios norteadores do plano e de questões conceituais sobre as políticas públicas de juventude. As mesas devem levar à construção de consenso em torno das seguin-tes questões, em termos das políticas de juventude. O que entendemos por políticas de juventude? O que temos? O que queremos? Pressupostos em termos de vontade política, compromisso ético e competên-cia técnica.

Como fazer? Princípios orientadores. Qual o papel dos diferentes atores nessa construção? Comunida-de que decide, comunidade que estuda, comunidade que opera, comunidade que comunica. Os jovens em si mesmos?

Para tanto, as mesas devem ser realizadas com a participação de jovens e profissionais que tenham atuação focada no tema em discussão e contar com uma equipe de moderadores também formada por jo-vens e representantes da comissão de organização da Conferência.

Plenária. Segunda metade da tarde. Objetivo. Apresentação, questionamento, escla-

recimento, comentários e síntese das conclusões re-ferentes às mesas de debate.

Segundo dia. Grupos temáticos. Manhã e parte da tarde.

Objetivo. Partilhar as recomendações trazidas das conferências estaduais, classificá-las, preencher lacunas, priorizar e definir metas para os 5 eixos te-máticos apontados no relatório preliminar.

Cada grupo temático deveria ser composto das seguintes pessoas e funções. Coordenador: especia-lista em condução de trabalho de grupo com função de facilitar as discussões, garantir a participação de todos de forma ampla e democrática, e fazer o grupo chegar à conclusão da tarefa no tempo previsto.

Convidados: pessoas com experiências exitosas na área temática, preferencialmente jovem, com função de subsidiar a discussão com informações teóricas e práticas, e permitir a melhor definição de prioridades e metas. Para tanto, seria necessário proceder-se a ins-crições prévias, a serem confirmadas pela comissão organizadora do evento.

Relator: pessoa com capacidade de síntese e boa redação, podendo ser um Parlamentar ou alguém por ele indicado, com função de sintetizar o trabalho do grupo de forma precisa, transparente e representativa do pensamento coletivo.

Jovens educadores e outros: todos aqueles que se inscreverem e queiram participar dos grupos te-máticos.

Plenária. Segunda metade da tarde.

Objetivo. Apresentação, questionamentos, es-clarecimentos, comentários e síntese das conclusões referentes aos grupos temáticos.

Terceiro dia. Manhã. Grupos organizacionais. Objetivo. Discutir as propostas contidas no rela-

tório preliminar com relação às estruturas dos órgãos representativos da juventude, apresentando posiciona-mento e recomendações sobre a forma que considera mais adequada para a adoção pelo Brasil. A composi-ção desses grupos manteria as figuras do Coordena-dor e do Relator dos grupos temáticos, sendo que os convidados deveriam ter experiência na área organi-zacional. Os demais participantes não precisariam ter critério para a participação.

Tarde. Plenário geral. Objetivo. Apresentação, pelos Relatores, dos

resultados dos trabalhos dos grupos organizacionais, conclusões finais e definição de encaminhamentos.

Transversalmente durante todos os dias, ações artístico-culturais. As ações de natureza artístico-cultu-rais devem ser parte integrante da metodologia e dos conteúdos a serem abordados na conferência, e não apenas representações lúdicas descontextualizadas da política de juventude que se pretende construir.

Sugere-se que antes e durante a realização da Conferência a mesma seja amplamente divulgada nas instalações da Câmara, inclusive por meios artísticos típicos da expressão juvenil, a exemplo de murais grafitados, pernas-de-pau com cartazes caminhando pelos corredores etc., para chamar a atenção e divul-gar a questão com um maior número de pessoas que estiverem presentes na Câmara.

Durante a Conferência devem ser realizadas apre-sentações artísticas que contribuam para promover a aproximação das diversidades culturais, abrangendo dimensões psicossociais, antropológicas, estéticas tradicionais e contemporâneas, refletir relevantes ex-pressões estéticas da identidade da juventude, com-provar a sua força como estratégia de educação para a cidadania.

Síntese da proposta apresentada pela Presiden-te do Instituto Aliança com o adolescente Neylar Lins, ajustada às contribuições registradas na súmula de reunião dos representantes.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lopes) – Obrigado, Deputado Homero Barreto, pela contribui-ção na leitura da proposta de metodologia da Confe-rência Nacional.

Passo agora a palavra ao nosso Relator, Depu-tado Benjamin Maranhão.

O SR. DEPUTADO BENJAMIN MARANHÃO – Sr. Presidente, companheiros Deputados, a princí-pio, o encaminhamento que tenho de fazer é acolher

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Janeiro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 17 00987

as propostas das entidades, as quais, com certeza, devem ser levadas como pontos básicos para a for-mulação da metodologia final para a Conferência Na-cional da Juventude.

Vou pedir ao Sr. Presidente que dê um tempo aos Parlamentares que compõem a Comissão para terem vista da proposta e também para que eu possa dar um formato final à metodologia.

Na próxima reunião, já poderá ser aprovada e formada a Mesa e eleitos os Coordenadores. Esse é o encaminhamento que faço em relação à proposta.

A princípio, como foi feita de forma extremamente democrática, com participação de muitas entidades que debateram o assunto durante a semana passada, já se vê que o resultado é muito positivo, já se vê que o nor-teamento dessa Conferência Nacional da Juventude é voltado para a participação democrática das entidades juvenis e até da juventude não organizada, por assim dizer, em todos os passos desse debate nacional.

Era só isso, Sr. Presidente.O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lopes)

– Nobre Relator, poderíamos enviar aos Deputados e Deputadas da Comissão essa proposta de metodologia como referência para sugestão de nomes para compor a Conferência Nacional.

Na quinta-feira da próxima semana não só va-mos aprovar a proposta, como também V.Exa. já vai ter sugestões de nomes para a coordenação das mesas, os relatores, os convidados etc. Pergunto a V.Exa. se esse encaminhamento o satisfaz.

O SR. DEPUTADO BENJAMIN MARANHÃO – Com certeza. Não vai atrasar de forma nenhuma os trabalhos da Comissão, tampouco a programação da Conferência Nacional da Juventude, e vai permi-tir que os Parlamentares possam se manifestar em relação à metodologia. Vai haver tempo para estudar e melhorar ainda mais essa boa proposta formulada pelas entidades.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lopes) – Obrigado, Deputado Benjamin Maranhão. Quero agra-decer a contribuição do Deputado Homero Barreto.

Peço à Secretária da Comissão que encaminhe cópia desse documento aos Deputados e às Depu-tadas, tanto titulares quanto suplentes, pedindo a eles sugestões e encaminhamento de nomes para serem coordenadores e relatores, além de propostas de ati-vidades culturais a serem intercaladas com as ativi-dades da Conferência e dos grupos temáticos, como está sendo proposto.

Todos os grupos temáticos deveriam também, nos próprios plenários onde haverá as discussões e as oficinas, iniciar e encerrar suas atividades com al-guma atividade cultural.

A metodologia apresentada pelas entidades, redigida pelo Instituto Aliança com o adolescente, servirá de referência para compor as indicações dos palestrantes.

Aproveito a oportunidade para registrar a pre-sença do Vereador Henrique Pires, de Teresina, Piauí, Presidente Nacional da Juventude do PMDB. Obrigado pela presença. O PMDB está sempre presente aqui, dando a maior força aos nossos trabalhos.

Declaro encerrados a presente reunião, convo-cando outra para a próxima quinta-feira, às 9h30min, para em definitivo fechar a programação da Conferên-cia Nacional da Juventude, que se realizará nos dias 12, 13 e 14 de maio.

Muito obrigado.

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A ACOMPANHAR E ESTUDAR PROPOSTAS

DE POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A JUVENTUDE

Ata da Vigésima Sexta Reunião Ordinária Re-alizada em 1º de Abril de 2004.

No primeiro dia do mês de abril de dois mil e quatro, às onze horas e dois minutos, no plenário 13 do Anexo II da Câmara dos Deputados, reuniu-se, ordinariamente, a Comissão Especial destinada a acompanhar e estudar propostas de Políticas Públicas para a Juventude, sob a presidência da Deputada Ali-ce Portugal. Compareceram os Deputados Alice Por-tugal, Benjamin Maranhão, Deley, Eduardo Barbosa, Leonardo Picciani, Lobbe Neto, Marcelo Guimarães Filho, Marinha Raupp, Mário Assad Júnior, Odair, Vig-natti, Zico Bronzeado e Zonta, titulares; Ann Pontes, Homero Barreto, Ivan Ranzolin, Maurício Rabelo e Rose de Freitas, suplentes. Não compareceram os Deputados Celcita Pinheiro, Eduardo Seabra, Isaías Silvestre, Júlio Lopes, Júnior Betão, Luciano Leitoa, Milton Cardias, Pedro Irujo, Professora Raquel Teixei-ra e Reginaldo Lopes. ABERTURA – Havendo número regimental, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos. ATA – A leitura da ata da reunião anterior foi dispensada por solicitação do Deputado Benjamin Maranhão. Colocada em votação, a ata foi aprovada. EXPEDIENTE – Of. 300/04, de 24-03-2004, do Líder do Bloco PL/PSL, comunicando a indicação do Depu-tado Pedro Irjuo (PL/BA), como titular, em substituição ao Deputado Sandro Mabel (PL/GO) para integrar a Comissão. ORDEM DO DIA – I – Discussão e votação da metodologia a ser adotada para a Conferência Na-cional da Juventude; e II – Requerimento nº 54/04, do Deputado Reginaldo Lopes, que “Solicita a realização, por esta Comissão, da Conferência Nacional da Juven-tude”. A Deputada Alice Portugal teceu comentários a respeito da metodologia para a Conferência Nacional

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00988 Quarta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Janeiro de 2007

da Juventude, ressaltou a importância da sugestão de nomes a serem encaminhados, pelos Membros da Comissão e pelas entidades ligadas aos movimentos de juventude, ao Relator. A seguir, foi concedida a pa-lavra ao Relator, Deputado Benjamin Maranhão, que falou da importância dos encontros regionais para a Conferência Nacional da Juventude, a ser realizada no período de doze a quatorze de maio do ano em cur-so. Dando continuidade aos trabalhos, a presidência passou para o segundo item da pauta e colocou em votação o requerimento nº 54/04, do Deputado Regi-naldo Lopes, que foi aprovado. O Deputado Leonardo Picciani solicitou fosse feita a correção, na ata da reu-nião anterior, no que se refere ao Presidente Nacional do PMDB, que não esteve presente à reunião e sim ao Vereador Henrique Pires, Presidente Nacional da Juventude do PMDB. ENCERRAMENTO – Nada mais havendo a tratar, a Senhora Presidente encerrou a reunião às onze horas e vinte minutos. A reunião foi gravada, e as notas taquigráficas, após decodificadas, farão parte integrante desta ata. E, para constar, eu, , Ana Clara Fonseca Serejo, Secretária, lavrei a pre-sente ata, que, após lida, discutida e aprovada, será assinada pelo Presidente Reginaldo Lopes e publicada no Diário da Câmara dos Deputados.

A SRA. PRESIDENTA (Deputada Alice Portugal) – Declaro abertos os trabalhos da 26ª reunião ordi-nária desta Comissão Especial destinada a acompa-nhar e estudar propostas de políticas públicas para a juventude.

Tendo em vista a distribuição de cópias da ata da reunião anterior a todos os membros presentes, indago se há necessidade de sua leitura.

O SR. DEPUTADO BENJAMIN MARANHÃO – Sra. Presidenta, peço a dispensa da leitura da ata.

A SRA. PRESIDENTA (Deputada Alice Portugal) – Está dispensada a leitura por solicitação do Depu-tado Benjamin Maranhão.

Expediente:Ofício nº 300, de 24 de março, do Líder do Bloco

PL/PSL, comunicando a indicação do Deputado Pedro Irujo, do PL da Bahia, como titular, em substituição ao Deputado Sandro Mabel, do PL de Goiás, para inte-grar a Comissão Especial destinada a acompanhar e estudar políticas públicas para a juventude. Então, teremos como parceiro do Deputado Zonta, da Juven-tude Acumulada, o Deputado Pedro Irujo. A Comissão encaminhará a S.Exa. o roteiro e os horários das reu-niões. S.Exa. será muito bem-vindo.

Antes de passar à Ordem do Dia, quero apenas dar uma informação a todos os presentes, represen-tantes de várias entidades, companheiros líderes estu-dantis e assessores, já que contamos com um número

reduzido de Deputados nesta quinta-feira. Trabalhamos até tarde na terça-feira, assim como ontem, e hoje é um dia morto na Casa; os Deputados, em geral, viaja-ram cedo. O Deputado Reginaldo Lopes tinha que se deslocar para o encontro do Paraná e não teve condi-ções de estar presente hoje aqui, assim como outros Parlamentares, que também se deslocaram para par-ticipar de outros encontros.

Há também a informação de que o Plano Plurianu-al – PPA está sendo votado agora, portanto, Deputados membros desta Comissão que também são membros efetivos da Comissão que aprecia o PPA não poderão participar desta reunião.

A idéia da reunião de hoje, antes de formalizar a Ordem do Dia, é exatamente votar a metodologia já indicada pelas entidades e o requerimento que con-voca a Conferência Nacional, porque não tínhamos feito o requerimento formal; não obstante a Casa já estar comprometida, precisamos do documento com aprovação formal desse requerimento pela Comissão. Portanto, seria essa a Ordem do Dia.

A idéia é que as propostas para expositores na Conferência Nacional – e hoje já recebemos uma proposta do Instituto Aliança com o Adolescente – já sejam debatidas pela Comissão na próxima quinta-fei-ra, obviamente depois da Semana Santa, quando não funcionaremos na quinta-feira. Portando, teremos tem-po para que todas as entidades dêem uma analisada na metodologia discutida nas duas últimas reuniões, levantem suas prioridades em termos de nomes para participação na Conferência e na outra quinta-feira sentamos para fazer a listagem de todas as sugestões, item por item, e juntos bateremos o martelo, na busca de uma escolha consensual. A idéia é trabalhar sem-pre na linha do consenso. Essa foi a orientação que o Presidente da Comissão nos passou e é o que temos buscado construir aqui.

Essa seria a proposta. Podemos passar à Ordem do Dia, Srs. Deputados? (Pausa.)

Discussão e votação da metodologia a ser ado-tada para a Conferência Nacional da Juventude.

A Secretária faz a observação de que ficou apro-vada a metodologia fundamental na última reunião, com uma primazia inédita na ambiência Parlamentar: as entidades coordenarem esse processo.

A idéia da Comissão é também na próxima reu-nião, se ainda houver não só nomes, mas adendos a serem incorporados à metodologia, adotarmos esse procedimento, porque teremos um tempo de matura-ção do que foi tratado na reunião passada quanto às coordenações, aos grupos, enfim, se queremos dar uma dinâmica maior ou mesmo que haja uma ativi-

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Janeiro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 17 00989

dade lúdica que pode ser proposta para constar no programa.

É um adiamento que sem dúvida complica em termos de impressão etc., mas é muito importante que façamos isso de maneira bem maturada, para não haver questionamentos no momento da Conferência.

Pergunto se há alguma objeção à abertura da questão da metodologia também, além dos nomes, para a semana que vem. (Pausa.)

Está aprovada a proposta.Agora vamos deliberar sobre o requerimento do

Deputado Reginaldo Lopes solicitando a realização, por esta Comissão, da 1ª Conferência Nacional da Juven-tude. É uma mera formalidade, porque a Conferência já está em gestação, só falta nascer, e precisamos dar a certidão de nascimento da Conferência, que é exa-tamente esse requerimento.

Pergunto se há alguma objeção à aprovação do requerimento. (Pausa.)

Aprovado o requerimento. Pergunto ao Deputado Benjamin Maranhão se

quer fazer alguma observação sobre as conferências dos Estados, as pré-conferências, ou sobre a Ordem do Dia.

O SR. DEPUTADO BENJAMIN MARANHÃO – Quero apenas fazer uma observação primeiramente em relação à sugestão de nomes e possíveis melhoras na metodologia da Conferência Nacional. Até a próxima terça-feira a Comissão vai receber esses nomes, para que quinta-feira possam ser expostos em plenário e os Deputados possam decidir como vai ser a participação desses convidados e sobre os possíveis adendos que serão feitos na metodologia da Comissão.

Em relação aos encontros regionais, Sra. Presi-denta, temos que registrar que estão sendo extrema-mente produtivos. Na semana passada estivemos em Florianópolis, na última sexta-feira, onde se encontra-vam mais de 400 jovens não só daquela cidade, mas de todo o Estado de Santa Catarina. Vieram ônibus do oeste de Santa Catarina, do sul do Estado, enfim, de todas as regiões; todas as cidades importantes man-daram representantes.

Inclusive, naquele Estado aconteceu um fato in-teressante, que merece registro. A exemplo de outros Estados, como Minas Gerais e Paraíba, onde vamos fazer plenárias regionalizadas em Municípios do interior, isso aconteceu em Santa Catarina. Aliás, foi o primei-ro Estado que utilizou essa metodologia. O Deputado Vignatti conseguiu uma parceria com a Assembléia Legislativa, com o Movimento Estudantil e outros movi-mentos sociais para fazer com que as reuniões plená-rias preparatórias do encontro estadual acontecessem nas cidades pólos regionais. Isso foi muito positivo,

porque principalmente os jovens sabem da dificuldade de deslocamento, de acomodação e de alimentação das pessoas. Dessa forma, como o Encontro Regio-nal de Santa Catarina foi em um único dia, realizado no Pleno do Tribunal de Justiça, já que a Assembléia estava ocupada com uma reunião da UNALE, tivemos um ganho em relação à produção de proposituras e à análise do relatório preliminar, porque as pessoas que estavam lá coordenando o grupo já haviam debatido isso, pelo menos, em 4 outros encontros regionais re-alizados em cidades do interior. Isso facilitou o deslo-camento das pessoas e a mobilização.

Acredito que esse foi um dos motivos de esse encontro, em Florianópolis, ter tido tanto sucesso, com uma freqüência muito boa e com uma participação sé-ria. Em nenhum momento se viu balbúrdia; muito pelo contrário. Houve uma participação efetiva de toda a juventude do Estado, mas de forma organizada. Não houve quebra dos horários marcados. A abertura, a for-mação dos grupos para debater cada tema do relatório preliminar, a apresentação das propostas dos grupos e a discussão em plenário ocorreram na hora certa. Realmente, houve um ganho muito significativo para a qualidade do relatório dentro dessas proposituras.

Destaco o trabalho desenvolvido pelos jovens de Santa Catarina no que diz respeito à inclusão digital. Eles apresentaram propostas muito boas. Eu, que es-tava presente na discussão, disse que acataríamos as propostas e as incluiríamos no relatório final.

Creio que o caminho é mais ou menos o seguido pelo Deputado Vignatti e pelo pessoal que coordenou o encontro de Santa Catarina, ou seja, conseguir fazer esses encontros contando com a participação maciça da juventude. Mas acho que isso não será possível em todos os Estados.

No caso do meu Estado, a Paraíba, vou fazer dessa forma. Duas semanas antes vou começar a re-alizar encontros em pólos regionais – já está marcado na agenda. Eu acho que é o caminho mais adequado. Realmente, deslocar, de uma hora para outra, vários jovens para participarem de uma conferência como essa não é fácil, porque há toda uma logística envolvida, são pessoas que estudam e trabalham, enfim, há uma série de dificuldades em relação a isso. Mas quando se faz de maneira organizada, a coisa funciona bem.

Vimos delegações percorrerem quase 700 quilô-metros de distância para participarem dos encontros; as pessoas saíram de Municípios que se encontram na fronteira do Brasil com a Argentina. Realmente, quando se quer fazer a coisa de maneira organizada, se faz.

Espero que os demais encontros que serão rea-lizados – hoje, inclusive, está ocorrendo o de Curitiba – e que estão dando muita representatividade à nossa

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00990 Quarta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Janeiro de 2007

Comissão e legitimidade ao nosso trabalho tenham a mesma organização do encontro de Florianópolis. Pelas notícias que temos, Acre e Cuiabá também re-alizaram encontros muito bons. A produção está sen-do muito boa.

Em cada encontro, além dos Deputados da Co-missão e dos Deputados Estaduais, vai um técnico da Consultoria ligada à Comissão para trazer não só uma carta do Estado, com o que espera, de forma geral, aquela plenária realizada, como também o somatório de todas as proposições e observações feitas sobre o relatório preliminar.

Acredito que estamos no caminho certo.A SRA. PRESIDENTA (Deputada Alice Portugal)

– É importante destacar que no site da Câmara consta o calendário das reuniões nos Estados.

Informo que nos dias 15 e 16 ocorrerão as reuni-ões da Bahia, em Salvador. Infelizmente, na Bahia, uma Estado enorme, houve dificuldades de organização em âmbito regional e a organização do evento será con-centrada. Conseguimos uma parceria com o Governo do Estado e o encontro será no Centro de Conven-ções de Salvador com a perspectiva de participação de grande quantidade de jovens de todo o Estado, com mesas plurais, com todas as forças políticas e entida-des da juventude e para a juventude. Contaremos com uma mescla do interesse parlamentar e do interesse cotidiano de organizações não-governamentais que trabalham com e para a juventude.

Haverá 15 oficinas. E uma decisão consensual das entidades que formaram a comissão de organiza-ção do encontro é a elaboração da Carta de Salvador, após o encontro, e a tentativa de articulação de um fórum permanente de juventude. Achei esse fato mui-to importante. Não sei como os outros Estados têm tratado o assunto, mas há a idéia de articulação de um fórum permanente com este ecletismo: entidades estudantis, juventudes partidárias, ONGs, instituições com estruturas internacionais de apoio à juventude, enfim, todas em um único fórum de busca de conver-gência dos interesses juvenis. São filhos que nascem da Comissão.

Acredito que na Bahia vamos ter um ganho em termos organizacionais. Convido todos a participarem do evento.

O SR. DEPUTADO BENJAMIN MARANHÃO – Sra. Presidenta, apenas uma observação em relação a isso. Essa liberdade que a Comissão tem concedido para o coordenador em cada Estado formatar o seu próprio encontro regional permite que surjam novas idéias e até que se crie uma semente nova, como nes-se caso relatado em relação à Bahia de criação de um

fórum permanente. Essa já é a semente de um legíti-mo Conselho Estadual da Juventude.

A SRA. PRESIDENTA (Deputada Alice Portu-gal) – Exatamente. Nascido de baixo para cima, com as entidades.

O SR. DEPUTADO BENJAMIN MARANHÃO – É o que se espera. O relatório está aberto para as enti-dades e essa participação é que garantirá isso.

A SRA. PRESIDENTA (Deputada Alice Portugal) – Com a palavra o Sr. Deputado Leonardo Picciani.

O SR. DEPUTADO LEONARDO PICCIANI – Sra. Presidenta, Deputada Alice Portugal, Sr. Relator, Depu-tado Benjamin Maranhão, primeiramente cumprimento o Relator pelo fato que narrou há pouco, a liberdade que tem proporcionado a todos os Parlamentares desta Comissão no trato e no trabalho desempenhado.

Sra. Presidenta, por curiosidade, li a ata da última sessão e nela identifiquei um erro. Após identificá-lo, certifiquei-me com a Secretária da Comissão. Solicito uma correção. A ata da última reunião registra a pre-sença do Vereador Henrique Pires, Presidente Nacional da Juventude do PMDB, e do Presidente Nacional do PMDB. Não me recordava da presença do companheiro Deputado Michel Temer na Comissão. Certifiquei-me com a Secretária da Comissão e realmente não hou-ve a presença de S.Exa. Solicito, portanto, que seja feita a correção.

A SRA. PRESIDENTA (Deputada Alice Portu-gal) – Obrigada, Deputado Leonardo Picciani. Será feita a correção.

O SR. DEPUTADO BENJAMIN MARANHÃO – O nosso Presidente não estava presente, mas foi muito bem representado.

O SR. DEPUTADO LEONARDO PICCIANI – Com certeza.

A SRA. PRESIDENTA (Deputada Alice Portu-gal) – O PMDB tem tido representação larga na Co-missão.

Hoje, 1º de abril, 40 anos do golpe militar. Nada mais importante do que a juventude agregar-se às manifestações que ocorrem em todo o Brasil no sen-tido de levantar a bandeira da educação e, acima de tudo, da liberdade e do aprofundamento da democra-cia no País.

Nada mais havendo a tratar, vou encerrar a reu-nião, convidando todos para a próxima reunião, que ocorrerá numa quinta-feira, daqui a 15 dias, quando finalizaremos a organização do cronograma, recebe-remos sugestões e aprovaremos os nomes sugeridos pelas entidades para incorporarem mesas e serem debatedores na Conferência Nacional.

Muito obrigada. Está encerrada a reunião.

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Janeiro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 17 00991

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A ACOMPANHAR E ESTUDAR PROPOSTAS

DE POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A JUVENTUDE

Ata da Vigésima Sétima Reunião Ordinária Realizada em 29 de Abril de 2004.

Aos vinte e nove dias do mês de abril de dois mil e quatro, às dez horas e oito minutos, no plenário 14 do Anexo II da Câmara dos Deputados, reuniu-se, ordina-riamente, a Comissão Especial destinada a acompa-nhar e estudar propostas de Políticas Públicas para a Juventude, sob a presidência do Deputado Reginaldo Lopes. Compareceram os Deputados Alice Portugal, Eduardo Barbosa, Eduardo Seabra, Isaías Silvestre, Leonardo Picciani, Lobbe Neto, Marinha Raupp, Mário Assad Júnior, Milton Cardias, Odair e Reginaldo Lopes, titulares; Ann Pontes, suplente. Não compareceram os Deputados Benjamin Maranhão, Celcita Pinheiro,Deley, Júlio Lopes, Júnior Betão, Luciano Leitoa, Marcelo Guimarães Filho, Pedro Irujo, Professora Raquel Tei-xeira, Vignatti, Zico Bronzeado e Zonta. ABERTURA – Havendo número regimental, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos. ATA – A leitura da ata da reunião anterior foi dispensada por solicitação do Deputado Milton Cardias. Colocada em votação, a ata foi aprovada. ORDEM DO DIA – Metodologia a ser adotada para a Conferência Nacional da Juventude – última reunião para sugestões. O Senhor Presidente fez alguns esclarecimentos a respeito da Conferên-cia Nacional da Juventude, como a transferência da data, para o período de dezesseis a dezoito de junho de dois mil e quatro, e a mudança de local, do audi-tório Nereu Ramos para o Minas BrasíliaTênis Clube, com capacidade para dois mil e quinhentos lugares. A seguir, fez um balança dos encontros regionais já realizados e leu a agenda das próximas viagens. EN-CERRAMENTO – Nada mais havendo a tratar, o Se-nhor Presidente encerrou a reunião às dez onze horas e cinqüenta e cinco minutos. A reunião foi gravada, e as notas taquigráficas, após decodificadas, farão parte integrante desta ata. E, para constar, eu, , Ana Clara Fonseca Serejo, Secretária, lavrei a presente ata, que, após lida, discutida e aprovada, será assinada pelo Presidente Reginaldo Lopes e publicada no Diário da Câmara dos Deputados.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lopes) – Declaro abertos os trabalhos da reunião da Comissão Especial – Políticas Públicas para a Juventude.

Como houve a distribuição de cópias da ata da reunião anterior a todos os membros presentes, inda-go se é necessária a leitura.

Com a palavra o Deputado Milton Cardias.

O SR. DEPUTADO MILTON CARDIAS – Sr. Pre-sidente, peço a V.Exa. seja dispensada a leitura da ata.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-pes) – Por solicitação do Deputado Milton Cardias, dispensada a leitura da ata.

Em discussão a ata. (Pausa.)Não havendo quem queira discuti-la, em vota-

ção a ata.Os Srs. Deputados que a aprovam permaneçam

como se encontram. (Pausa.)Aprovada a ata.Temos como ponto de pauta a realização da

Conferência Nacional de Juventude. Primeiro, gosta-ria de fazer um breve debate sobre as dificuldades de organizá-la, pelo tamanho de sua mobilização, pois foram realizadas 27 conferências estaduais, em todas as Capitais. Assim, chegamos à conclusão de que tal-vez seja melhor adiar o evento, marcado para 12, 13 e 14 de maio, e mudar o espaço físico de sua realiza-ção. Por uma pequena análise que fizemos, junto com os coordenadores nos Estados e os movimentos de juventude, concluímos que é impossível limitar o en-contro em 1.500 pessoas. A Câmara dos Deputados não comporta esse número. Na Semana Nacional de Juventude, que realizamos no final de setembro, ha-via cerca de 700 pessoas, e houve aquele tumulto que todos vimos. Com essa preocupação, nossa intenção é encontrar outro espaço físico.

Chegamos até a estudar a possibilidade de ins-talar telões nos 2 plenários maiores da Casa e mais um no Salão Negro, para acolher mais ou menos 1.000 jovens, mas isso não seria suficiente para receber todos, e desagregaria o movimento, porque seriam ocupados 4 espaços ao mesmo tempo, e jovem não gosta de ficar isolado.

Chegamos à conclusão, compartilhada com o Presidente João Paulo Cunha – e registro seu apoio e seu entusiasmo em relação a esta Comissão —, de que deveríamos adiar o evento e mudá-lo de espaço físico. A Casa colocou-se à disposição até para cus-tear o outro espaço, e começamos a procurar, jun-to com nossa Assessora e meu Chefe de Gabinete, outro lugar. A intenção é transferir o encontro para o Minas Brasília Tênis Clube, cujo auditório tem 2.500 lugares. Acertamos a instalação de mais 3 salas com divisórias, totalizando 13 salas, com as 10 que já es-tão disponíveis.

A intenção é adiar a Conferência Nacional para 16, 17 e 18 de junho e realizá-la em um espaço físico maior, até porque, tirando-a da Casa, vamos precisar de uma estrutura maior, e com isso precisaremos buscar apoio financeiro para custear o evento. Praticamente

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00992 Quarta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Janeiro de 2007

já foram concluídas as negociações com a Diretoria do Clube. Pretendemos realizar um encontro para 2.000 pessoas: 1.500 com alojamento e alimentação, para aqueles que moram fora, e 500 vagas para os que vivem no Entorno ou vão hospedar-se em casas de amigos ou parentes. Vamos dividir esse número proporcionalmente, para garantir a representatividade de todos os Estados. Na próxima reunião vamos apre-sentar a proporcionalidade de todos os segmentos da juventude das Unidades da Federação.

Pretendemos garantir as inscrições pela Internet, pensando em 2.000 vagas, – 500 sem alojamento e, das 1.500 com alojamento, 800 proporcionalmente ao Estado e outras 700 para os movimentos juvenis organizados. Essa é a idéia com a qual estamos tra-balhando. Pela Internet também vai ser feita a escolha do grupo de trabalho, garantindo proporcionalidade em todos eles, e vamos criar 2 opções; primeira: o jovem opta pela área temática de que quer participar; segun-da: se acumular-se um grande número de participação em algum tema específico, vamos dividir novamente os grupos, tendo como referência a segunda opção.

Aproveito para comunicar a V.Exas. as datas das novas conferências estaduais: neste final de semana, quinta e sexta-feira, 29 e 30, Conferência Estadual da Juventude em Belo Horizonte e São Paulo. Aracaju está por confirmar. Dia 30, João Pessoa, Brasília, Boa Vista e Manaus; 3 de maio, Porto Velho; 7 e 8 Fortaleza; 12 e 13, Natal; 14 e 15, Vitória. Falta agendar Maceió, que ainda não confirmou a data. Mas, como adiamos para 16, 17 e 18 de junho a Conferência Nacional, estamos articulando com o Governador Ronaldo Lessa e seu Secretário de Estado Maurício Lessa, Parlamentar li-cenciado, a mobilização da juventude alagoana para atingir nossa meta de realizar conferências estaduais em todas as Capitais.

Informo também a V.Exas. que, pela metodologia que discutimos e foi aprovada coletivamente, junta-mente com os jovens, estão em fase de composição as mesas e os grupos de trabalho. Por isso, peço-lhes que também encaminhem sugestões de nomes, por-que cada grupo de trabalho, num total de 3, vai ter um relator, um expositor da proposta da Comissão e um mediador. Queremos trabalhar com 3 frentes: um expositor que fale um pouco do que está sendo exe-cutado pelo Governo Federal, pelos Ministérios que têm vínculo com o tema – por exemplo, no Ministério do Trabalho, alguém para falar sobre as políticas do Governo para o trabalho —, outro expositor que re-presente o movimento juvenil, e um terceiro, um pes-quisador que nos apresente estudos. Então, teríamos uma mesa, no início da oficina de trabalho, de 3 ex-positores, um mediador e um relator. Em cada grupo

de trabalho, que são 13, vamos envolver 5 pessoas, totalizando 65, dos mais diversos movimentos, seja da juventude, seja de pesquisa, seja parlamentar. Solici-to a V.Exas. que encaminhem sugestões para compor esses grupos de trabalho.

Convido todos para a próxima reunião, às 9h30 de quinta-feira, 6 de maio, quando daremos continui-dade às nossas audiências públicas, tendo em vista os requerimentos aprovados em reuniões anteriores. Por consenso, entendemos que havia necessidade de aprofundar os debates sobre as especificidades das juventudes, e usamos até uma terminologia não muito apropriada, conceituando a juventude como minoria. Vamos continuar os debates, até para aprofundarmos nossas informações e enriquecermos o relatório que vai ser apresentado à Conferência Nacional.

Para dar início a esse debate, a intenção é que as reuniões ocorram até uma semana antes da Conferên-cia Nacional. Vamos começar com a temática “Jovem Rural”. Já recebemos várias indicações de pessoas para participarem da nossa audiência. Demos priori-dade aos especialistas e estudiosos que residem em Brasília ou no Entorno. Vamos trazer no máximo uma ou duas pessoas de fora, devido ao gasto de nossa Comissão, já que nas viagens para as 27 conferências estaduais 27 consultores e Deputados nos represen-taram. Vamos jogar peso numa mesa de debate que priorize os movimentos com sede em Brasília.

Aproveito para pedir a V.Exas. que também indi-quem nomes para as outras audiências, dando con-tinuidade aos debates sobre especificidades. Nesse caso, foi aprovado um requerimento do Deputado Lo-bbe Neto para discutirmos o que pensam as juventu-des partidárias. Há interesse também de no próximo debate fazermos uma audiência com as juventudes partidárias. Àqueles que quiserem indicar um nome para representar a visão do seu partido político peço que o façam.

Também há outras temáticas, como as do homos-sexualismo, dos portadores de necessidades especiais; temos as questão do semi-árido e a do meio ambiente, que carece de mais debates – e com relação à temática do meio ambiente solicitamos aos Deputados que en-caminhem sugestões a esta Comissão. E há também o debate sobre políticas públicas para mulheres jovens. Por isso, peço a V.Exas. que sugiram nomes.

Vou consultar o calendário. Temos os dias 6, 13, 20 e 27, ou seja, 4 quintas-feiras. Teremos ainda os dias 3 e 10; o último é feriado. Então, nessas 5 semanas, dá para marcar 5 audiências públicas para tratar das questões de especificidades da juventude. Nas outras reuniões trataremos de outros temas, que podem ser relativos ao jovem rural, às mulheres, aos portadores

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de necessidades especiais, ao meio ambiente e às juventudes partidárias. Acho que esses temas seriam apropriados. Pergunto aos Srs. Deputados se concor-dam com que marquemos as 5 audiências para tratar das referidas temáticas. É lógico que poderíamos tam-bém tentar trabalhar com duas temáticas na mesma audiência, para debatermos todos os temas. Sobre a questão do jovem rural, imagino que poderíamos trazer alguém do semi-árido. Temos a ASA, que trata do semi-árido brasileiro, para falar um pouco da rea-lidade do jovem rural. Poderíamos tratar, na próxima quinta-feira, dos 2 assuntos: jovem rural e jovem do semi-árido brasileiro, tratando assim de temas espe-cíficos de jovens .

Concedo a palavra ao Deputado Lobbe Neto. O SR. DEPUTADO LOBBE NETO – Sr. Presiden-

te, em relação à juventude partidária, gostaríamos que fosse feita uma audiência pública para podermos bater um papo com esses jovens, que há muito tempo fazem essa reivindicação. Quero também convidar aqueles que queiram ir à São Paulo para a abertura da regio-nal, que se realizará às 9h, e amanhã para a de todas as oficinas temáticas, na Assembléia Legislativa em São Paulo. Convido todos os membros, os suplentes e todos os que queriam ir a São Paulo.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-pes) – Concedo a palavra ao nobre Deputado Milton Cardias.

O SR. DEPUTADO MILTON CARDIAS – Sr. Pre-sidente, o que pudemos ouvir nas etapas que foram realizadas nos Estados foi uma solicitação. V.Exa. já abordou os altos custos e as despesas que estamos tendo com o trabalho desta Comissão, mas há uma reivindicação sobre a qual nós ficamos comprometi-dos de dar um retorno. Eu gostaria de saber se há ou não possibilidade de o Governo subsidiar o transpor-te dessas representações juvenis para a Conferência Nacional que se realizará em Brasília. Peço a V.Exa. que insira esse tema na pauta de discussões.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-pes) – Concedo a palavra à nobre Deputada Alice Portugal.

A SRA. DEPUTADA ALICE PORTUGAL – Sr. Presidente, eu gostaria de dizer que estamos vivendo uma etapa vitoriosa de realização das conferências estaduais. Na Bahia, a conferência reuniu algo em torno de 400 jovens, 300 dos quais eram delegados, e foi realizada no centro de convenções da Bahia, com caráter extremamente suprapartidário, e coroada com um Fórum Permanente para a Juventude.

Da conferência vai ser retirado um relatório que será muito substancioso. Ele já foi redigido e está pas-sando pela mão de algumas entidades para receber

a crítica final, que será trazida a esta Comissão. Foi aprovada, no final da Conferência, a criação de um Fórum da Juventude, que inicialmente contará com 25 entidades da juventude, entidades que trabalham com e para a juventude, desde diretórios acadêmicos, como os DCEs, aos fóruns contra a violência, organi-zações comunitárias e até o Instituto Aliança, o CRIA, um grupo que trabalha exatamente com as artes, o CIPÓ, uma ONG que trabalha com a área de comuni-cação, e assim sucessivamente. Como se vê, é algo extremamente plural e absolutamente amplo.

Nasce aqui, a meu ver, a semente do Conselho Estadual da Juventude, que, estruturado, conseguiu o comprometimento da Assembléia Legislativa, com o envio do projeto de criação desse colegiado.

Assim, Sr. Presidente, proponho que a nossa pri-meira audiência, em vez de levantar aspectos temáticos, fosse para a avaliação das conferências estaduais, e que procuremos de fato realizar uma reunião com todas as representações, com os Deputados desta Comissão e os que tenham participado de conferências em seus Estados, para que possamos ter um certo balizamen-to de como será a conferência nacional. Participar de reuniões administrativas é muito difícil para Deputados que têm muitas atividades. No Pleno desta Comissão, poderíamos finalizar o processo de realização da con-ferência, envolvendo toda a infra-estrutura e mesmo a vistoria da organização do evento, como da lista de convidados e dos Deputados que vão dirigir as plená-rias. Tudo isso deve ser decidido pela Comissão. Eu, por exemplo, gostaria de dirigir uma plenária, assim como o Deputado Lobbe. Todos os Deputados gosta-riam. Então, o ideal seria marcar – é a nossa proposta concreta – para o dia 6 uma reunião para analisar o que foi tratado nas conferências estaduais e a própria preparação da conferência nacional.

Sr. Presidente, queremos agradecer à Secretaria da Comissão e à Assessoria Legislativa o apoio rece-bido. A companheira Auxiliadora foi a Salvador, onde pôde verificar a pujança da Conferência. Vai valer muito também a opinião da Assessoria Legislativa na reunião do dia 6. Como formalmente nem a Secretaria nem a Assessoria têm voz na Comissão, talvez fosse válido redigir um documento final, mas opinativo, sobre o que foi debatido nas conferências, como esses especialis-tas entenderam aqueles debates, porque nós ficamos restritos aos nossos Estados – poucos Deputados ti-veram condições de transitar em outras conferências, até mesmo pelos compromissos políticos normais que têm de cumprir. Seria bom, então, termos um arrazoado despretensioso, dando toda a liberdade à Assessoria para fazê-lo, sobre o que pôde perceber nessas an-danças pelo País afora. Seria muito importante colher

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essa opinião para formar nosso juízo de valor coletivo sobre a preparação das conferências.

Por último, quero fazer uma proposta com certa preocupação política. É claro que na reunião do dia 6 faremos diversas análises; porém, como todo o Brasil assistiu nesta semana a uma reunião da Comissão Interministerial com a presença do Presidente, temo, Deputado Reginaldo, que todo o nosso esforço fique um pouco lateralizado diante da força de 19 Ministé-rios reunidos. Pude levar à Bahia 2 membros da Co-missão Interministerial para assistirem à Conferência Estadual. Temos de nos aproximar dessa Comissão, porque este aqui é o único esforço de massa que está acontecendo. A Comissão Interministerial reflete um acúmulo do Poder Executivo. Não existe uma estrutu-ra consultiva para a base do movimento social além deste aqui. Por isso quero sugerir, e não sei se V.Exa. já pensou nisso, a realização de uma audiência com o Pleno da Comissão, ou pelo menos a Mesa, embo-ra o ideal seja a participação de todos, com a coorde-nação da Comissão Interministerial, com Luiz Dulci e outros membros, ou mesmo que nossa Comissão fosse convidada para uma reunião com a Comissão Interministerial. Se assim não for, ficaremos – este é o meu temor – ao largo desse processo.

As políticas vêm sendo definidas, a Lei do Pri-meiro Emprego vai ser reformada e ainda não sabe-mos o papel desta Comissão. Julgo então interessante pedir que se marque até o dia 6 uma audiência com os órgãos do Executivo que compõem essa Comissão Interministerial, uma reunião com a Executiva desta Comissão.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lopes) – Primeiramente, quero prestar alguns esclarecimen-tos. O Deputado Milton Cardias referiu-se às estrutu-ras relativas ao transporte; quanto a essa estrutura de transportes, e tendo em vista a proporcionalidade de cada Estado, acredito que teremos de promover a divisão de inscrições, levando em consideração aqui a importância de cada Estado, e articular-nos, os par-ticipantes desta Comissão e os representantes dos movimentos, para tentar captar nos próprios Estados esses recursos. Participariam o Governo do Estado, as universidades e as diversas parcerias. Acho muito difícil garantir toda a estrutura de transportes, mesmo porque, se for dada toda essa garantia, devem aparecer umas 50 mil pessoas, e aí não haveria critérios suficientes. Essa seria a nossa primeira preocupação.

Um avanço é o fato de que poderemos garantir, ao contrário da Semana Nacional, hospedagem, ali-mentação e transporte para todos, o que não vai ficar barato, não; serão em torno de R$ 150 mil, sem es-quecer que o aluguel do espaço físico está em torno

de R$ 30 mil, fora a hospedagem. Além disso, vamos garantir as atividades culturais. Na Semana Nacional não houve muita preocupação nas atividades culturais, o que, no meu modo de ver, é extremamente impor-tante. Como se trata de uma conferência nacional de juventude, é válido permitir manifestações culturais, desde que organizadas, e talvez – quem sabe? – a re-alização de um show com um grande artista, na base da solidariedade.

Então, como dissemos, Deputada Alice, vamos fechar os custos do projeto. Na próxima reunião, tere-mos condições de apresentar o valor total dos gastos. Poderemos fazer essa discussão aqui mesmo, e se chegarmos à conclusão de que é importante os ônibus para os Estados teremos de buscar mais recursos. A nosso ver, caberia à organização do movimento nos Estados fornecer transporte. Há as Universidades, as Prefeituras, os Governos Estaduais, as juventudes partidárias etc.

O SR. DEPUTADO MILTON CARDIAS – Sr. Pre-sidente, essa reivindicação é proveniente da desinfor-mação, digamos, da estrutura já montada aqui para recepcioná-los. Creio que isso será bem resolvido. Não haverá problemas.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-pes) – O que ocorreu na Semana Nacional? Como não houve recursos, não pudemos garantir nem o almoço. Mesmo assim socorremos várias delegações. Até a nossa secretária ajudou a pagar a conta. Todos ficaram pelos corredores tentando arrecadar recursos para pa-gar a conta. Quer dizer, não foi legal. Queremos algo mais organizado. Houve também muita dificuldade em relação ao alojamento, longe daqui, tendo em vista o problema de transporte. Desta vez, nossa intenção é realizar o evento num local onde possamos alojar todos os participantes. Tentamos fechar com o Minas Tênis, clube que pode comportar cerca de 1.500 pessoas.

Quanto às propostas apresentadas pela Deputada Alice Portugal, já dissemos nesta Comissão que não é apenas o Grupo Interministerial que vem debatendo o assunto. A UNES realiza uma das maiores pesquisas de toda a nossa história sobre a juventude. Realiza um seminário internacional, e contratou o Sr. Ernesto Rodriguez, ex-Ministro da Juventude do Uruguai – OIJ e ex-Presidente da Organização Ibero-Americana da Juventude, hoje consultor da UNESCO e pessoa com muito conhecimento sobre o assunto. Já tive a opor-tunidade de debater com ele. Sei também que ele vai participar da Conferência Nacional. Ele propôs uma reunião, e eu participei do debate, e discutirmos. Ele está à disposição. Vai participar da Conferência Na-cional, repito. Ele ajudou a elaborar o Plano Nacional de Políticas para a Juventude do México. Formulou o

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Plano e organizou os trabalhos. Talvez seja um dos melhores planos nacionais, o que mais se aproxime da realidade brasileira. Talvez possamos solicitar aqui, antes da Conferência, uma visita para saber como foi formulado, qual a metodologia utilizada para a elabo-ração do Plano do México.

Coordenei no Instituto Cidadania a mesa que discutiu os desenhos institucionais, limites e alcances. Esse era o nome do debate internacional que o Institu-to Cidadania promoveu em São Paulo, ao qual esteve presente o Secretário Especial de Políticas Públicas do México. Foi o responsável, junto com o Sr. Ernesto Rodriguez, por toda a metodologia de elaboração do Plano Nacional de Políticas para a Juventude.

Em geral, estamos na linha certa. Qual é o ca-minho? O conjunto de políticas, a transversalidade, não um amontoado de propostas. É preciso ter foco e prioridades. Acho que todos os nossos debates ca-minham para isso. Agora, manter essa concepção politicamente correta e efetivar um projeto que tenha transversalidade, prioridades e foco é um outro passo. Isso depende do esforço de todos nós da Casa, com os Consultores Legislativos.

Em relação ao grupo interministerial, avalio como uma vitória da Comissão. Por que uma vitória? Iniciamos os trabalhos em 15 de maio, a criação da Comissão foi aprovada em 7 de abril de 2003, e fizemos os debates. O Governo criou um Grupo Interministerial este ano. E graças a Deus Lula não foi surdo às vozes roucas das ruas, percebeu a importância disso e constituiu um Grupo Interministerial para estudar as políticas que existem dentro de seu Governo no intuito de dialogar com a Comissão, logicamente respeitando a indepen-dência dos Poderes e considerando a importância e o esforço pessoal de todos os Deputados e Deputadas que pertencem à Comissão.

Há uma pessoa muito sensível à frente dessa co-ordenação. É um mineiro, meu conterrâneo Luiz Dulci. Então, acho que no momento o Governo, a UNESCO e o Instituto Cidadania terão de se encontrar. Essa é a grande preocupação, e já discutimos isso. Tive uma reunião com o Ministro Luiz Dulci. S.Exa. estava pre-ocupado com o momento desse encontro. Eu disse-lhe que havia diferenças de funções. O Executivo tem maior preocupação com a adequação financeira no País, é quem executa. Temos de levar isso em conta. Mas o Parlamento representa os desejos da juven-tude brasileira. Então, somos mais “provocadores”, entre aspas.

O Instituto Cidadania, instituição respeitada, que nos últimos anos tem produzido muitas políticas para a sociedade, pensou o programa único de seguran-ça pública, elaborou o programa Fome Zero, também

está estudando e vai apresentar no final de junho um projeto de políticas públicas para a sociedade e para o Governo. E a UNESCO nos últimos 7 anos dedicou-se muito às pesquisas em relação à juventude, e também não quer ficar fora do jogo. Então, existem 4 entida-des, órgãos que pensarão no assunto para apresentar uma proposição.

Deputada Alice Portugal, considero isso uma vi-tória. Existe uma disputa.

A SRA. DEPUTADA ALICE PORTUGAL – Acho que V.Exa. não entendeu. Na verdade, considero tudo isso extremamente positivo. É a primeira vez isso que acontece na história da República, tanto que o Poder Legislativo monta um espaço próprio para a juventu-de, assim como o Poder Executivo. E não é qualquer espaço. Não é só uma vitória da Comissão; é uma vitória da juventude brasileira, do País, que é jovem. Então, não se trata de disputa. Minha preocupação é com que consigamos harmonizar os interesses, não fiquemos produzindo aqui enquanto o outro grupo pro-duz lá mas sem haver uma análise do estágio em que cada um se encontra.

Pelo menos na nossa Conferência lá, avançamos muito em relação à necessidade de criação imediata do Conselho Nacional de Juventude, dos conselhos estaduais e municipais. Será que não poderíamos começar a discutir algo que já está tão evidente, que provavelmente deve ser aprovado na Conferência, in-dependentemente de chegarmos ou não ao final deste ano com o estatuto pronto, se existem convergências nesse sentido?

Deputado, julgo que esses encontros, acontecen-do periodicamente, harmonizam as iniciativas. Não julgo que o Grupo Interministerial e a Comissão disputem espaço de produção. Acho que temos de suprapartida-riamente caminhar de forma harmônica para não criar uma distância que impossibilite a interferência.

Se me perguntassem agora se deve ser reformada a lei do primeiro emprego, eu acho que seria melhor elaborarmos um bloco de políticas públicas, em lugar de trabalhar com apenas uma. Isso porque sairíamos do vetor focalizado para o vetor universalizado. Mas é importante garantir essa política. É vitória.

Do ponto de vista global, considero necessário harmonizar. Como estamos num estágio de bastante acúmulo, devemos discutir com esses órgãos, trazer o Ministro Luiz Dulci aqui, trazer representantes da UNESCO, para sabermos em que pé estão o Grupo Interministerial, a UNESCO, a Comissão, o que têm produzido. Se não fizermos uma audiência lá, devemos convidá-los para vir aqui em um desses 4 dias.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-pes) – Deputada, nós encaminhamos uma proposta de

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metodologia para a Conferência Nacional, e o primeiro painel tratará das políticas para a juventude no Bra-sil. Qual seria a mesa de apresentação? A Comissão de Juventude da Câmara, que vai apresentar o que produziu; o Projeto Juventude do Instituto Cidadania também vai ter espaço na mesma mesa, para apre-sentar o que está pensando; o Grupo Interministerial, e depois a UNESCO. Isso na primeira mesa, na Con-ferência Nacional.

A SRA. DEPUTADA ALICE PORTUGAL – Depu-tado Reginaldo, V.Exa. não acha que devemos fazer uma preparação para a Conferência? V.Exa. vai colo-car o assunto em pauta in natura na conferência? Não devemos harmonizar-nos antes?

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lopes) – A proposta de V.Exa. vem no sentido de organizarmos uma reunião. Não sei se precisa ser uma audiência. Podemos solicitar uma reunião com o Ministro Dulci.

A SRA. DEPUTADA ALICE PORTUGAL – Po-deríamos pedir audiência lá.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lopes) – Vamos ao Palácio do Planalto para fazer uma reunião do Grupo Interministerial com a Comissão, porque de-bates isolados já ocorreram em várias instâncias.

A SRA. DEPUTADA ALICE PORTUGAL – Mas a proposta original foi no sentido de que pedíssemos audiência ao Ministro Luiz Dulci ou à coordenação do Grupo Interministerial para harmonizar essa pro-dução.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-pes) – Peço a Ana que encaminhe um requerimento de realização de reunião do coordenador do Grupo Inter-ministerial com toda a Comissão. Depois informaremos a V.Exas. a data, o local e a hora. Acho que existe uma grande disposição nesse sentido, e concordo plena-mente com a preocupação da Deputada.

Em relação a uma reunião de balanço, Depu-tada, isso é difícil para o dia 6, porque as reuniões se encerram no dia 16 de maio. Então, é importante dar-mos oportunidade a todos os que estão organizando a Conferência de participar e trazer seu relato. Proponho a realização dessa reunião de balanço no dia 20, até no sentido de acumular experiências práticas sobre o que ocorreu nos Estados, o que é importante para nos prepararmos melhor para a Conferência Nacional.

Nesse sentido, no dia 6 haverá uma dificuldade maior de fazermos o debate sobre o jovem da zona rural e do semi-árido. Portanto, proponho para essa data um debate sobre as juventudes partidárias. O que elas pensam em relação ao Plano Nacional de Políticas para a Juventude? Peço a Ana que convide todos os partidos com representatividade na Câmara. Vamos seguir o que existe aqui. São 11 os partidos políticos

com lideranças. Vamos convidar os que têm lideranças. Quem não tem liderança mas tem representatividade não será convidado. Encaminharemos o convite aos Presidentes Nacionais de todos os partidos que têm liderança na Câmara. Solicito aos Deputados e Depu-tadas desta Comissão que informem isso a seus Se-cretários Estaduais de Juventude, para que participem da audiência no dia 6. No dia 13, faremos a audiência sobre o jovem da zona rural e do semi-árido. No dia 20, poderíamos fazer uma reunião de balanço e mais uma audiência, para tratar das mulheres jovens. Tra-taríamos da questão da juventude juntamente com a questão das opções sexuais. Trataríamos de homos-sexualismo. No dia 27 trataríamos dos portadores de necessidades especiais; no dia 3, do meio ambiente. Dessa forma, encerraremos e cumpriremos todo o nos-so plano de trabalho antes da Conferência Nacional, porque no dia 10 é feriado de Corpus Christi, e não poderemos realizar audiência.

Seria esse o nosso calendário. Na próxima reu-nião, peço a Ana que encaminhe novamente essa pro-posta de metodologia e organização da Conferência a todos os Deputados e Deputadas.

Alguém deseja fazer uso da palavra mais uma vez?

A SRA. DEPUTADA MARINHA RAUPP – Sr. Presidente, em tempo, quero passar as informações que protocolamos nesta Comissão, o agendamento do Encontro Estadual da Juventude no Estado de Rondô-nia, em Porto Velho, dia 3 de maio. Temos uma progra-mação definida junto com os movimentos de juventude daquele Estado. Tivemos o cuidado de ouvi-los antes para depois definir a programação, a metodologia, quem deveria e quantos poderiam participar.

Agradecemos à Deputada Alice Portugal, que despachou o ofício na programação de 3 de maio para Rondônia. Lá receberemos o Secretário-Executivo do Ministério do Esporte Orlando Silva, que tem experiên-cia e participação no movimento estudantil, é ex-Presi-dente da UNE e colaborará conosco em Rondônia.

Gostaríamos, é claro, de registrar que contare-mos com a participação do Relator Deputado Benja-min Maranhão, que nessa data vai honrar-nos com sua participação em Rondônia.

Deixo em aberto o convite para todos os membros da Comissão participarem do evento. Com certeza, Rondônia vai recebê-los de braços abertos. Teremos uma programação ativa na Assembléia Legislativa, con-tando com a parceria de vários órgãos, principalmente do Movimento de Juventude do Estado de Rondônia.

Obrigada.O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-

pes) – Parabéns, Deputada Marinha Raupp, pela or-

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ganização. Desejo sucesso na Conferência Estadual. Infelizmente, não será dessa vez que terei o prazer de conhecer seu Estado. Mas hoje convido V.Exa. para ir ao Estado de Minas Gerais, para comer pão de queijo, feijoada e couve, hoje à noite, na abertura, e amanhã. Organizaremos com certeza uma bela conferência. Es-peramos aproximadamente 600 jovens de pelo menos 20% do Estado. Minas Gerais é muito grande. Temos lá 853 cidades; 20% são quase 200 cidades. Vamos fazer um grande show amanhã à noite. Poderemos dançar forró, fazer um show na Praça da Assembléia com vá-rias bandas juvenis. Eles adoram bandas. Todo jovem em algum momento da vida constitui uma banda.

Aproveito para convidar os Deputados de Minas que pertencem à Comissão, Odair, Eduardo Barbosa, Mário Assad Júnior, Isaías Silvestre e César Medeiros, além dos demais Deputados da Casa.

Agradeço a todos e a todas a participação. Com certeza, ao final do projeto, como disse a Deputada Alice Portugal, a vitória será da juventude brasileira e do povo brasileiro.

Declaro encerrada a presente reunião.

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A ACOMPANHAR E ESTUDAR PROPOSTAS

DE POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A JUVENTUDE

Ata da Vigésima Oitava Reunião Ordinária Re-alizada em 6 de Maio de 2004.

Aos seis dias do mês de maio de dois mil e qua-tro, às dez horas e onze minutos, no plenário 14 do Anexo II da Câmara dos Deputados, reuniu-se, ordina-riamente, a Comissão Especial destinada a acompa-nhar e estudar propostas de Políticas Públicas para a Juventude, sob a presidência do Deputado Reginaldo Lopes. Compareceram os Deputados Alice Portugal, Benjamin Maranhão, Eduardo Barbosa, Eduardo Sea-bra, Isaías Silvestre, Júnior Betão, Leonardo Picciani, Lobbe Neto, Luciano Leitoa,Marcelo Guimarães Filho, Mário Assad Júnior, Milton Cardias, Odair, Reginaldo Lopes, Zico Bronzeado e Zonta, titulares; Ann Pontes, Homero Barreto e Maurício Rabelo, suplentes. Não compareceram os Deputados Celcita Pinheiro, Deley, Júlio Lopes, Marinha Raupp, Pedro Irujo, Professora Raquel Teixeira e Vignatti. ABERTURA – Havendo nú-mero regimental, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos. ATA – A leitura da ata da reunião anterior foi dispensada por solicitação do Deputado Lobbe Neto. Colocada em votação, a ata foi aprovada. ORDEM DO DIA – Audiência pública para debater o tema “Políti-cas públicas para a juventude”, com a presença dos representantes das juventudes partidárias: Humberto de Jesus, Secretário Nacional da Juventude do PT; Ve-reador Henrique Pires, Presidente Nacional do PMDB

Jovem; Marcelo Fagundes, Presidente do PFL Jovem do Distrito Federal; Alisson Domingos, Presidente da Juventude do PP do Distrito Federal; Adriano Stefani, Preidente da Juventude do PTB do Distrito Federal; Rodrigo Delmasso, Secretário.-Geral da Juventude do PSDB do Distrito Federal; Clésio Viana, do Diretório do PL do Distrito Fedral; Anderson Martins, Presidente da Juventude do PPS do Distrito Federal; Francisco José Freitas da Silva, Secretário Nacional da Juventude do PSB; Antonio Carlos de Oliveira, Presidente Nacional da Juventude Socialista do PDT; Wadson Ribeiro, Presi-dente Nacional do PCdoB; James Frederico, Presidente do Diretório Zonal do PSC de Ceilândia Sul; Ana Mot-ta, Presidente da Juventude do PV do Distrito Federal; Valdevir Rodrigues Pinheiro Filho, Secretário-Geral do PRONA do Distrito Federal. O Senhor Presidente fez alguns esclarecimentos a respeito da metodologia que seria adotada para a Conferência Nacional da Juven-tude e determinou à Secretaria fosse encaminhada aos senhores deputados a mencionada metodologia, solicitando novas sugestões de entidades. A seguir, convidou os expositores Henrique Pires, Presidente Nacional do PMDB Jovem; Romeu Morgante, da Ju-ventude do PT de Santo André/SP; Rodrigo Delmasso, Secretário-Geral da Juventude do PSDB do Distrito Federal; Marcelo Fagundes, Presidente do PFL Jovem do Distrito Federal; Francisco José de Freitas da Silva, Secretário Nacional da Juventude do PSB; Leonardo Zumpichiatti, da Secretaria de Relações internacionais do PDT; Wadson Ribeiro, Representante do Pcdo B e Presidente da União da Juventude Socialista, e Ana Motta, Presidente Nacional da Juventude do PV, para fazerem as suas exposições. Usaram da palavra os Deputados Benjamin Maranhão, Leonardo Picciani, Alice Portugal Lobbe Neto, Luciano Leitoa, Lobbe Neto e Casara. Às onze horas e cinqüenta e cinco minutos, o Deputado Reginaldo Lopes passou a presidência dos trabalhos ao Deputado Lobbe Netto, que registrou a presença do Senhor Rodrigo Abel, Assessor da Secre-taria-Geral da Presidência da República, e convidou os presentes a participar do Parlamento Jovem Brasileiro A seguir, o convidado Humberto de Jesus, os demais espositores e os Senhores Bob Filho e Michel fizeram as considerações finais a respeito do tema da audiên-cia pública. ENCERRAMENTO – Nada mais havendo a tratar, o Deputado Lobbe Neto encerrou a reunião às doze horas e cinqüenta e cinco minutos. A reunião foi gravada, e as notas taquigráficas, após decodificadas, farão parte integrante desta ata. E, para constar, eu, , Ana Clara Fonseca Serejo, Secretária, lavrei a pre-sente ata, que, após lida, discutida e aprovada, será assinada pelo Presidente Reginaldo Lopes e publicada no Diário da Câmara dos Deputados.

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O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-pes) – Declaro abertos os trabalhos da 28ª reunião ordinária da Comissão Especial destinada a acom-panhar e estudar as propostas de políticas públicas para a juventude.

Tendo em vista a distribuição de cópia da ata da última reunião a todos os membros presentes, indago se há necessidade da sua leitura.

Concedo a palavra ao Sr. Deputado Lobbe Neto.

O SR. DEPUTADO LOBBE NETO – Sr. Presi-dente, peço a dispensa da leitura da ata.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lopes) – Dispensada a leitura da ata, a pedido do Deputado Lobbe Neto.

Em discussão. (Pausa.)Não havendo quem queira discuti-la, encerrada

a discussão.Em votação.Os Srs. Deputados que a aprovam permaneçam

como se encontram (Pausa.)A ata está aprovada.Antes de dar início à audiência, informo que a

Conferência Nacional está confirmada para os dias 16, 17 e 18 de junho. Pedirei à assessora especial da Comissão, Dra. Ana Clara, que envie cópia do esboço da metodologia a todos os Srs. Parlamentares.

Solicito aos Deputados interessados em coor-denar as oficinas temáticas que se manifestem até a próxima reunião, dia 13, e também sejam apresentadas sugestões quanto aos provocadores temáticos.

Cada oficina contará com um coordenador de Mesa, que será representante da Comissão de Políti-cas Públicas para a Juventude da Câmara dos Depu-tados, um coordenador de plenário ou provocador temático, que dará início às oficinas, e convidados. Vamos trabalhar com jovens, especialistas e repre-sentantes do Governo. O Relator será um jovem de algum movimento.

Serão instaladas 15 oficinas: educação superior; educação profissional; educação básica; trabalho, em-prego, renda e empreendedorismo; saúde e depen-dência química; cultura e arte; esporte e lazer; comu-nicação; afirmação de identidade, que envolve o tema homossexuais, negros e mulheres; juventude e meio rural; cidadania, mobilização social, auto-organização da juventude; ciência, tecnologia, pesquisa e pós-gra-duação; desenho institucional – debate sobre o Plano Nacional do Estatuto da Juventude; cultura da paz; e meio ambiente e desenvolvimento sustentável.

No primeiro dia, após a abertura, serão realiza-dos 2 painéis. Pela manhã, discutiremos o tema Pres-supostos paras as políticas públicas da juventude no

Brasil, com a presença da UNESCO, do Instituto de Cidadania, do Grupo Interministerial e da Comissão da Juventude. À tarde, abordaremos o tema Juventu-de, políticas públicas e estratégia nacional. Para esse debate haverá duas Mesas, uma com especialistas e outra somente com jovens.

Mandarei distribuir cópia a todos os Srs. Depu-tados.

Serão convidados a compor a Mesa desta audi-ência os secretários nacionais dos partidos políticos ligados à juventude. Cada secretário disporá de 10 minutos. Encerradas as exposições, passaremos ao debate.

Convido para compor a Mesa e fazer uso da pa-lavra o Vereador Antônio Henrique Pires, Secretário Nacional do PMDB Jovem. (Pausa.)

Agradeço ao Deputado Lobbe Neto por ceder lugar à mesa para S.Sa..

Pretendemos ouvir a opinião da juventude de todos os partidos políticos com assento nesta Casa sobre as políticas públicas para a juventude.

O SR. ANTÔNIO HENRIQUE PIRES – Bom-dia.

Deputado Reginaldo Lopes, Presidente desta Co-missão; Deputado Benjamin Maranhão, Relator; Depu-tado Lobbe Neto, membro desta Comissão; Deputado Leonardo Picciani, representante do PMDB; Michael Barth, Secretário para Assuntos de Políticas Públicas para a Juventude, do PMDB; caros colegas dos diver-sos partidos aqui presentes.

Deputado Reginaldo Lopes, depois de 10 anos da criação, pelo Presidente Itamar Franco, da Sema-na Nacional da Juventude, em 1993, a primeira ação concreta de âmbito nacional a respeito de juventude foi o relatório preliminar feito no ano passado. Foi de grande valia.

Nós, do PMDB, ficamos honrados com a escolha de São Paulo para abrigar o primeiro conselho estadual de juventude, ainda no Governo Franco Montoro. Há tempos a juventude do PMDB trabalha a questão do jovem infrator, o que preocupa muito o País. Segundo as estatísticas, o retrato do réu brasileiro é o seguinte: homem, jovem e com baixa escolaridade. Isso preo-cupa muito. Os jovens das periferias não podem mais transitar em shoppings, em bairros ou localidades de nível social maior sem serem alvos de discriminação.

Nós, que integramos partidos políticos, em par-ticular nós do PDMB, queremos que se abra espaço, na Conferência Nacional da Juventude, para a parti-cipação dos partidos políticos e não apenas repre-sentantes de entidades que tratam do assunto. Tanto o PMDB, quanto o PCdoB, o PT e o PSDB – nosso

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amigo Rodrigo está presente e sabe – querem ter es-paço nessa Conferência.

A proposta desta Comissão, conforme li no re-latório, é fixar a faixa etária da juventude entre 15 a 29 anos. A Espanha, que já em 1977 deu o primeiro passo para a criação da primeira entidade a tratar da juventude, instituída em 1983, estende a juventude até a faixa de 30 a 35 anos. A França também estabelece entre 15 e 29 anos, mas considera a juventude rural até os 40 anos.

Não sei precisamente, mas acho que está em 70 anos a longevidade do povo brasileiro.

A juventude do PMDB considera que a fase jo-vem vai de 16 a 35 anos – achamos que é estender muito; teríamos de fazer um estudo mais aprofundado para definirmos a faixa etária. A princípio concorda-mos com a fixação entre 15 e 29 anos. Precisamos de mais subsídios. O jovem sai de casa mais tarde, casa-se mais tarde,

constitui família mais tarde. Tem-se de definir isso. É a primeira vez na história do Brasil que se discute a ampliação da fase da juventude até 29 anos, e pode haver arrependimento depois.

Outra questão. Desconheço se existe prazo deter-minado para encerramento desta Comissão. O Depu-tado Benjamin Maranhão já está com seu relatório preliminar parcialmente pronto, mas gostaríamos que esta Comissão fosse além desse prazo. Na Espanha, os debates se iniciaram em 1977 e o primeiro ato foi instituído em 1983. Amanhã faz exatamente 1 ano que esta Comissão foi criada. Assim, sugiro que o prazo seja estendido, para que tenhamos mais subsídios e possamos trabalhar melhor a questão da juventude.

De vez em quando eu acompanho os trabalhos desta Comissão, mas Michael Barth, do Espírito San-to, sempre os acompanha. Sabemos que o quorum nesta Comissão nem sempre é o desejado. Assim, precisamos de mais tempo. É necessário convocar os membros a participarem, a interagirem no tocante aos problemas da juventude.

É verdade que só sentimos aquilo que vivencia-mos. Apenas 6% dos membros da Câmara dos Depu-tados têm menos de 35 anos de idade. Se a maioria dos Parlamentares não vive as inseguranças, as preo-cupações, os anseios, as dificuldades que a vida impõe aos jovens nessa faixa etária, não é possível que haja quorum nas reuniões desta Comissão. Apesar disso, é fenomenal o trabalho de V.Exa., Sr. Presidente, do Deputado Benjamin e dos outros membros que com-põem a Comissão.

Desejo ressaltar que a audiência pública realizada na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo foi excelente. Em Minas Gerais, as audiências públicas têm

sido extremamente proveitosas – João Lages, nosso Presidente, tem-nos dado esse retorno.

O Presidente Lula, em sua primeira viagem ao meu Estado – era recém-eleito – recebeu um docu-mento assinado por 8 movimentos de juventude do meu querido Piauí, no qual pedíamos a criação de uma secretaria ou conselho nacional, enfim, alguma entidade que tratasse das questões relacionadas à juventude. Tanto a Espanha, como Portugal e França têm mais de um instituto. Na Espanha, duas entidades tratam dessa questão.

Srs. Deputados, esta Comissão é de extrema importância, por isso pedimos que seu prazo de fun-cionamento seja prolongado. Melhor seria, Deputado Benjamin Maranhão, criar um comissão permanente de políticas públicas para a juventude nesta Casa. Exis-tem comissões permanentes sobre diversos assuntos, e a realidade da juventude brasileira acarreta extrema preocupação. Portanto, nada mais importante do que a Câmara dos Deputados ter uma comissão permanente nesse sentido. Sugiro que V.Exa., Deputado Benjamin, apresente proposta de criação de uma comissão per-manente de políticas públicas para a juventude.

Sr. Presidente, falta ao nosso País consolidar os programas que tratam da juventude. No ano de 2001, se não me falha a memória, os programas para a ju-ventude do Governo Federal, de Estados e municípios totalizavam 122. Falta intercâmbio de informações. O Governo Lula precisa redirecionar vários projetos já implantados.

A Juventude do PMDB – e lembro que o PMDB é um partido da base do Governo Lula – tem tentado marcar audiência com o Sr. Rodrigo Abel, encarregado da Presidência da República, para tratar das questões da juventude, mas ele não nos recebe.

A Juventude do PMDB, como disseram V.Exa. e o Deputado Benjamin Maranhão, participou de todos os eventos para os quais foi chamada durante a Semana Nacional da Juventude.

No que se refere ao primeiro emprego, o jovem hoje se capacita, se prepara para ter uma atividade laboral que lhe permita aumentar a renda da família, que está enfrentando dificuldades financeiras. Além de estudar, praticar esportes, deve ter direito ao primeiro emprego, como forma de se capacitar para entrar de-finitivamente no mercado de trabalho, e não apenas para aumentar a renda da família.

Agradeço a V.Exas., Sr. Presidente, Srs. Depu-tados, o convite.

Era essa a nossa participação.Muito obrigado, Sr. Presidente. O SR. DEPUTADO LEONARDO PICCIANI – Sr.

Presidente, pela ordem.

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Somos mais de 30 milhões de jovens no País, no entanto, não desfrutamos de uma política pública específica, não seja verticalizada, mas de forma que nos acomode, que resolva as nossas questões, como disse o Rodrigo Delmasso. Em geral as discussões públicas da juventude ficam limitadas às do primeiro emprego, do conselho de juventude, do ministério da juventude, no entanto, sabemos muito bem que não basta criar o primeiro emprego, é preciso criar a chan-ce de o jovem entrar na universidade e criar a opor-tunidade de o jovem entrar no segundo emprego. Os Governos, não apenas este, estão limitados à visão de que o jovem quer apenas o primeiro emprego, o que não é verdade. É preciso que o Governo Federal e os Estaduais tenham efetiva vontade política.

Esta Comissão tem um importante papel: alertar o Governo de que a juventude é muito mais do que um grupo de garotos querendo o primeiro emprego. Para que o País possa tratar com dignidade e atenção seus jovens, é preciso, primeiro, investir em crescimento. Sabemos que, apesar de as políticas de primeiro em-prego oferecerem subsídios aos empresários, quando surge uma crise, os primeiros demitidos são exatamen-te os jovens que ocupam as vagas especiais criadas pelo Governo.

O principal papel desta Comissão e da juventude partidária aqui presente é mostrar ao Governo que a juventude não se inicia apenas quando a pessoa entra no mercado de trabalho, ela vai dos 14, 15 anos até os 30 ou 32 anos. É preciso um acompanhamento per-manente que envolva educação, mercado de trabalho, políticas de esporte e antidrogas.

Sou Secretário-Adjunto de Esporte do Governo do Distrito Federal e tenho tido oportunidade de apli-car na prática aquilo que, muitas vezes, discutimos. O esporte é fundamental na formação do jovem. É estatisticamente comprovado que o jovem, que ainda criança tem acesso a esporte e a uma educação com valores religiosos e familiares, entra no mercado de trabalho com maior facilidade porque tem boa forma-ção. Percebemos que esse jovem não se envolve com drogas, com álcool.

O dever das juventudes partidárias é justamen-te ampliar essa discussão que se resume a primeiro emprego e a criar ou não criar ministério. Esta é uma discussão antiga. Tive oportunidade de participar dela desde o Governo Fernando Henrique Cardoso, do qual o meu partido fazia parte. A discussão era se devia ou não ser criado um órgão, um ministério ou um conselho, com a participação dos setores ou só de juventudes partidárias. A discussão restringia-se a isso, e sempre morria na questão orçamentária: não temos orçamento para criar um ministério e para criar

um conselho. O empecilho era e é este. É fundamental que as juventudes partidárias e a Comissão – essa é uma missão do Presidente da Comissão e do Relator – ampliem essa visão.

Como disse o Rodrigo, é fundamental que se crie um ministério da juventude neste País, para que esta saiba como e onde estão sendo tratados os assuntos de seu interesse. Mas é fundamental também que se criem políticas públicas efetivas, não apenas de pri-meiro emprego, mas de segundo emprego, de primei-ra moradia, e até, como acontece em alguns países europeus, de primeiro carro. Como o jovem carente vai entrar na universidade se não tem condições de estudar em um colégio particular e tem que trabalhar? Infelizmente, neste País, a universidade não é pública, e ela é restritiva, pois não oferece acesso livre a todos. Cada um de nós aqui paga a conta, e é uma conta alta. A tendência do jovem que nasce pobre é crescer po-bre e morrer pobre. Filho de pobre será pai de pobre e, muito provavelmente, morrerá pobre. É o círculo da miséria. Então, discussões restritas a primeiro emprego absolutamente não resolvem. O que se pretende, do meu ponto de vista, é tratar tratar AIDS com aspirina. Curamos a dor de cabeça, mas ninguém pensa numa solução efetiva para tais dificuldades.

Como já disse, a minha participação, especifi-camente nesta Comissão, é sugerir a inclusão, no re-latório, de visão mais macro dessa política. É preciso implantar política antidrogas; é preciso implantar po-lítica para a universidade pública, que simplesmente não funciona. De outro lado, a universidade privada não funciona sequer para a classe média. Hoje é difícil para o pai de uma família de classe média sustentar o ensino universitário de 3 ou 4 filhos.

O ensino superior neste País, a meu ver, cada dia se torna mais difícil e restritivo. E o que é pior: a UNE não discute mais a reestruturação da universidade. Discute, por exemplo, o fim do Provão, que, do meu ponto de vista, foi uma medida acertada. Pelo menos durante um período tivemos a oportunidade de ver quem era quem nas universidades públicas e privadas. Hoje a discussão gira em torno do Provão, mas não se discute o sistema como um todo. Para haver inclusão social, o sistema como um todo tem de funcionar. E não me refiro aqui ao jovem da classe média nem ao que estuda em universidade particular. Quem está fora do sistema é o jovem pobre. Ele, sim, não tem nenhu-ma oportunidade, definitivamente. Ele não consegue o primeiro emprego nem entrar na universidade pública. E aí o ciclo da miséria, com foi mencionado aqui pelo Deputado, tende a crescer.

Recentemente li uma matéria que fazia referên-cia a duas grandes preocupações do jovem de hoje:

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violência e emprego; com a violência em primeiro lu-gar. Obviamente que, se o jovem não tem estudo nem trabalho, a violência claramente vai estar no topo des-sa pirâmide.

A proposta do PFL Jovem, como meta partidá-ria permanente, é a de criar, primeiramente, a visão empreendedora do jovem. O País precisar investir nos jovens e prepará-los, não apenas para ser funcionários de uma indústria apenas, mas também para que sejam empregadores. Os jovens têm de sair da escola técnica ou da faculdade com a visão de que fazem parte do País, que também podem gerar empregos e não pre-cisam ser funcionários de ninguém; enfim, que podem, com visão empreendedora, criar empregos.

O PFL, partido de ideologia liberal, acredita que a visão empreendedora é fundamental para que o jo-vem deixe de ser apenas funcionário, deixe de ficar pedindo – “pelo amor de Deus, me arrume um empre-go”! —, para que ele mesmo busque seu caminho. E o Governo deve aprovar linhas de crédito para a primeira empresa. Por que não? Em vez do primeiro emprego, deveria criar o programa da primeira empresa. Existem mecanismos para isso. O Ministério do Trabalho e o SEBRAE podem muito bem formar os jovens. Abertas as linhas de microcrédito, eles teriam condições de montar empresas e seus próprios negócios.

É uma maneira de sair deste ciclo recessivo. Se o País não cresce, o setor econômico como um todo não cria empregos nem oportunidades. O Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal poderiam muito bem exercer o papel de fomentadores que são para criar mais oportunidade para os jovens.

A idéia do PFL é a de investimento no empreen-dedorismo, de modificação do sistema educacional e universitário, que não funciona, acima de tudo o apoio de forma até apartidária ou suprapartidária, ou seja, medidas como a instituição da Comissão de Políticas Públicas para a Juventude. Medidas do Governo Fe-deral que beneficiem o jovem terão o apoio do PFL Jovem e da bancada do PFL.

É o nosso recado.Agradeço a todos a presença. O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-

pes) – Obrigado, Marcelo Fagundes, Presidente do PFL Jovem, por sua contribuição.

O PFL tem participado desta Comissão, represen-tado pelo Vice-Presidente Marcelo Guimarães Filho.

Está presente, representando o PTB, o Sr. Adria-no Stefani. (Pausa.)

Convido o representante do PP, Alisson Domin-gos. (Pausa.)

Convido o representante do PL, Secretário Na-cional da Juventude do PL, Clésio Viana. (Pausa.) Ausente.

Convido o Presidente da Juventude do PPS, Sr. Anderson Martins. (Pausa.) Ausente.

Convido o Secretário Nacional da Juventude do PSB, Francisco Josué Freitas da Silva. (Pausa.)

O SR. FRANCISCO JOSUÉ FREITAS DA SIL-VA – Bom-dia.

Inicialmente, cumprimento o Deputado Reginaldo Lopes, Presidente desta Comissão, o companheiro do nosso partido, Deputado Isaías Silvestre, os Deputados Leonardo Picciani, Benjamin Maranhão, Luciano Leitoa, os demais Parlamentares presentes e especialmente os representantes dos partidos políticos.

Diria, em princípio, que precisamos fazer profunda reflexão sobre a situação na qual se encontra hoje a juventude brasileira. Existem praticamente 34 milhões de jovens em situação de perplexidade no Brasil, por-que não têm perspectiva em relação ao futuro.

O presente é muito crítico para todos os jovens brasileiros. Problemas como educação de baixa qualida-de, desemprego, violência urbana, gravidez indesejada e ociosidade imperam no meio da juventude brasileira. São questões extremamente dramáticas vinculadas à vida cotidiana. Isso, logicamente, faz com que nos tornemos pessoas muito mais comprometidas e res-ponsáveis no que diz respeito à realidade da juventude brasileira. Daí a importância do envolvimento da juven-tude dos partidos políticos. Normalmente, a juventude tem uma história de aproximação com essa realidade por meio de sua luta e da reivindicação de mudanças para o quadro crítico no qual que se encontra.

Portanto, um dos papéis da Juventude Socialista é o de organizar e conscientizar a juventude perante a atual conjuntura da nossa sociedade.

Deveríamos ter trazido para esta reunião infor-mações sobre algumas experiências e ações que vêm sendo empreendidas pela Juventude Socialista Brasi-leira – JSB em todo o País. Em alguns Estados, cria-mos superintendências, assessorias e Secretarias de Juventude, empreendendo ação institucional para gerar alguma melhoria, defender e produzir políticas para os jovens. Temos catalogado essas medidas de forma mais ampla, a fim de subsidiar políticas públicas.

Outro aspecto importante citado aqui pelo compa-nheiro Rodrigo Delmasso, da Juventude do PSDB, seria a intervenção do Estado em relação a essas políticas. O Estado como aparelho político seria teoricamente responsável pela geração dessas políticas.

Como sabemos, há mais de 10 anos foi imple-mentada a política neoliberal em nosso País, e uma das suas características é justamente a desobrigação do

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Estado em relação à solução de problemas, não apenas da juventude, mas também intrinsecamente ligados à estrutura e aos regimes político e econômico.

Parece-me, então, que uma intervenção mais au-daciosa do Estado em relação a essas questões seria importante. Precisaríamos mobilizar todo o aparato or-ganizacional e institucional do Governo para resolver alguns problemas que envolvem diretamente a juven-tude e não apenas algumas reivindicações imediatas. Por outro lado, precisamos motivar, despertar e res-saltar o papel histórico da juventude de protagonista dessas transformações.

Temos de resgatar a auto-estima da nossa ju-ventude e incutir-lha nova mentalidade sobre o que é ser jovem no País. Além disso, precisamos estudar formas de comunicação e de linguagem para tentar envolver diretamente a juventude, fazer com que ela tenha plena consciência da sua cidadania.

A juventude tem reserva de energia muito forte. Ela poderá impulsionar as transformações de que ne-cessita o País.

Se fôssemos fazer a leitura da atual conjuntu-ra brasileira, considerando alguns aspectos como a violência, o desemprego, o caos na educação e na saúde, levaríamos horas discutindo. Temos de ado-tar medidas mais audaciosas para mudar a realidade do País, sem contar, por exemplo, com o nosso grau de endividamento. É uma contradição que este País riquíssimo, com grandes reservas naturais, conside-rado uma potência do mundo, ainda tenha de tolerar diversas injustiças. Por isso é importante considerar e tratar a juventude como uma força, como reserva de energia que poderá impulsionar as transformações de que precisa o País.

Antes de elaborar qualquer política para a juven-tude, precisamos traçar um diagnóstico mais profundo, saber o que se passa na cabeça desses milhões de jovens brasileiros. Precisamos fazer um esforço para impedir que a juventude caia num estágio maior ainda de inatividade política, por exemplo. Precisamos des-pertar o seu senso crítico.

Esse deve ser um dos papéis desta Comissão, que não poderá nunca pensar na juventude apenas do ponto de vista técnico ou estatístico. Ela deve tentar extrair da juventude o que ela pensa do País, ou seja, despertar o seu senso crítico, porque, caso contrário, daqui a pouco teremos uma massa de jovens aliena-dos, perplexos, sem perspectiva nenhuma de vida, e começaremos a presenciar o que acontece, por exem-plo, nos Estados Unidos e na Inglaterra, onde alguns jovens se organizam apenas em torno do vazio, do nada, e não intervêm na sociedade.

Em um País como o nosso, com tantas contradi-ções e injustiças, a juventude, principalmente a parti-dária, deve tentar recuperar o seu papel histórico.

É a nossa contribuição, Deputado. Na verdade, participo pela primeira vez de reunião desta Comissão. Temos acompanhado a sua movimentação, as várias reuniões que promoveu nos Estados.

Quero aproveitar para parabenizar o esforço ex-traordinário que tem sido feito. Estamos à disposição no que for possível e no que pudermos colaborar. Pre-cisamos unificar mais ainda as forças políticas, tanto da base do Governo quanto dos que ainda não com-põem essa base (risos), para uma ação integrada da juventude dos partidos. E, assim, empreender o grande trabalho de transformar a nossa realidade. Com isso, daremos um grande passo e colaboraremos com a nossa juventude.

Um abraço. Obrigado a todos.O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lopes)

– Obrigado, Francisco Josué Freitas da Silva, Secre-tário Nacional da Juventude do PSB.

Aproveito este momento para fazer uma brin-cadeira: a juventude pode se unir e aumentar a base aliada do Governo.

O debate aqui é suprapartidário e todos os par-tidos que compõem esta Comissão têm dado grande contribuição. O nosso desejo aqui é o de criar política de Estado bem mais ampla do que o atual Governo, que vai continuar no poder por muito tempo.

Lembro que o Deputado Isaías Silvestre compa-receu à cerimônia de abertura da Conferência Estadual da Juventude, representando o PSB de Minas Gerais, confirmando a séria atuação do seu partido.

Agradeço também a participação ao Sr. Francisco Josué Freitas da Silva.

Convido o Sr. Antônio Carlos de Oliveira, Presi-dente Nacional da Juventude Socialista do PDT, a fa-zer uso da palavra. (Pausa.) S.Sa. será representado por Leonardo Zumpichiatti, Secretário de Relações Internacionais do PDT.

O SR. LEONARDO ZUMPICHIATTI DE CAMPANI RODRIGUES – Antes de mais nada, quero saudar os colegas presentes e elogiar a iniciativa da Comissão de promover discussão tão importante.

Mais do que isso, temos de desenvolver, daqui para a frente, ações concretas para a juventude bra-sileira, o que, infelizmente, não temos visto há muito tempo.

Há um processo de massacre da juventude. Ele se deu nos 2 Governos liberais de Fernando Henrique Cardoso e prossegue no Governo liberal do Presidente Lula. Na verdade, a sua origem precede o período da

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redemocratização, perpassando até a fase anterior a 1964, quando a juventude vivia, segundo relatos do próprio Darcy Ribeiro, período de efervescência cultural e política e crescia como um todo, com a perspectiva existente no País antes do nefasto Golpe de 1964.

De lá para cá, a situação só se agravou. Investi-ram maciçamente na alienação da juventude. Muitas pessoas não gostam de ouvir o termo “alienação”. Dizem que o jovem é alienado ou não é alienado. Ele está num processo de alienação, assim como toda a sociedade brasileira. Não é apenas o jovem, mas toda a sociedade brasileira. Hoje, vivemos a massificação da futilidade. Temos de olhar por esse lado. O que leva hoje o jovem da torcida organizada de um time de fu-tebol a agredir e até a matar outro jovem? Foi o que aconteceu recentemente, na terça-feira passada, em São Paulo. Foi assassinado um jovem de 15 anos de idade. Como explicar o fato de um jovem pegar um ve-ículo e dirigir em alta velocidade pelas ruas da cidade, pondo em risco a sua vida e a de terceiros?

Entre outras coisas, o que levaria um jovem a ter de optar entre a caneta e o fuzil? Neste caso, para se tornar um soldado do tráfico de drogas do Rio de Janeiro. Temos de analisar cada caso e pensar princi-palmente por este viés: o que leva a nossa juventude a agir dessa forma? Que processos podem interromper esse ciclo destrutivo da sociedade brasileira? Somos jovens hoje, e amanhã continuaremos sendo jovens. A sociedade estará nas nossas mãos daqui a 10 ou 15 anos. Que País teremos?

Pode-se notar que a degradação da juventude está vinculada à degradação econômica e social. O jovem é uma parte da sociedade, faz parte do corpo da sociedade.

Como vamos encarar esse processo? Nós, da Juventude Socialista do Partido Democrático Traba-lhista – PDT, há alguns anos discutimos a situação da juventude. Impreterivelmente, debatemos a educação, não somente a que temos hoje, por sinal e infelizmente vergonhosa. Se pedirmos a um jovem que está termi-nando o 2º Grau numa escola pública ou privada que elabore uma redação na qual se posicione sobre um tema qualquer, dificilmente encontraremos nesse texto análise crítica contundente, muito menos o Português claro e correto.

A falta de educação retira a nossa capacidade de fazer análise crítica e de pensar. E ressalto que a dis-cussão sobre a educação hoje encontra-se entravada. Alunos da 6ª Série não conseguem ler nem escrever. Sentem-se isolados do mundo. Obviamente, isso vai descambar na marginalização.

Além do processo de alienação, a juventude so-fre um processo de marginalização. É algo muito com-

plexo. Acredito até que não seja um fenômeno social intrínseco da nossa sociedade; fatores externos vêm provocando isso.

Temos de fazer análise crítica responsável por-que, apesar de as políticas públicas para a juventude serem importantes, elas não vão resolver todos os pro-blemas. A Juventude Socialista do PDT considera as políticas públicas emergenciais. Elas não podem ser definitivas porque não resolvem o problema. Investir na educação é a saída deste quadro grave em que se encontra a juventude. Temos experiências concretas no Rio de Janeiro, no Rio Grande do Sul e em outros municípios em que governantes do PDT implantaram a escola em tempo integral.

Para nós, a escola em tempo integral dá a am-plitude necessária para que o jovem cresça e se de-senvolva.

Para Darcy Ribeiro, o menino brasileiro não é muito mais inteligente do que o europeu, o japonês e o norte-americano para ficar só meio período na escola. Ele precisa ficar o período integral na escola.

Não concordarmos com a discussão de políticas públicas para a juventude em que se considera o pa-liativo do Bolsa-Escola. Entra-se num círculo vicioso e não se resolve o problema. Ajuda a parte financei-ra. Muito mal, diga-se de passagem, porque os be-nefícios concedidos por esses programas de bolsas giram em torno de 40 reais. Hoje, há bolsa para tudo. Além disso, a criança fica só por meio período em escolas sem infra-estrutura. Ela vai à escola e finge que aprende; de outro lado, o professor, com o salário aviltado e mal formado, finge que ensina. E estamos conversados. Nas crianças não se desenvolvem as suas potencialidades.

A escola do Governo Brizola, criada e implantada no Rio de Janeiro, de 1982 a 1986, e depois de 1990 a 1994, vislumbrava a perspectiva de se ensinar o con-teúdo propedêutico às crianças, ou seja, Português, Matemática, História e Geografia durante o período da manhã – e, ao chegar à escola, a criança tomava o café da manhã porque a maioria não tinha o que comer em casa. Após o almoço e o descanso, logo no primeiro período, obviamente, aulas de reforço para os que não estavam conseguindo acompanhar o ensino.

O que se faz hoje? O menino que não está apren-dendo Matemática fica para trás e pode ser reprovado. Aliás, arrumaram uma solução excelente para isso: não será mais reprovado; ele é aprovado sem saber nada mesmo.

Na escola de conteúdo propedêutico, o aluno que não acompanhava o ritmo de ensino tinha um professor individual para ensiná-lo. Recebia reforço em Matemática, Português, Geografia, nas matérias

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em que não estava indo bem. À tarde, era ministrado conteúdo cultural, esportivo e até formação profissional. Em 1986, já havia aulas de Informática nos CIEPs. E não era a Informática que se tem hoje: era um pseu-do-ensino, ou seja, ensinava-se a ligar e a desligar um computador; a manusear programas proprietários como o Windows, o Word e o Excel; a ser um operador de computador. Ensinavam programação para as crian-ças, até em linguagem Prolog, que trabalha na área da inteligência artificial. Isso já era ensinado a custo baixíssimo. Hoje, infelizmente, analisa-se a área da educação como um gasto. E, até para quem analisa como gasto, esse custo era barato.

A sua própria consciência ali era exacerbada. Aos negros, por exemplo, nunca ensinaram de onde vieram ou qual a sua identidade cultural. Aliás, nós bra-sileiros nunca recebemos esse ensinamento. Passei anos na escola sem ouvir uma frase sequer de Gilberto Freyre, mesmo do seu mais célebre livro Casa-Gran-de & Senzala.

Faço questão de ressaltar que investir em edu-cação é o mote, é a principal política pública para a juventude. Os nossos jovens não têm acesso à univer-sidade. E a universidade tem de ser pública, sim; ela tem de abrir espaço para aquelas mentes brilhantes que desejam desenvolver o seu potencial. Tem de ser oferecida educação científica voltada para a formação de pensadores e de cientistas. Conseqüentemente, para o desenvolvimento da nossa sociedade.

Hoje, infelizmente, o quadro das universidades, tanto públicas quanto particulares, não vislumbra nada disso. Ao chegar à universidade, o estudante é atado: aprende aquele conteúdo para ganhar o canudo e de-pois correr atrás de um emprego.

A principal forma de contribuir para a liberdade da juventude, sempre reafirmamos, é educação pública, responsável e de qualidade.

Obrigado. O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lopes)

– Obrigado, Sr. Leonardo Zumpichiatti, que representa a Juventude Socialista do PDT.

Quero justificar a ausência do Deputado Vignatti, que participa neste momento de encontro internacional sobre a juventude ibero-americana, em Cartagena das Índias, Colômbia. S.Exa. é co-autor do requerimento de realização deste debate com a juventude partidária. O outro autor da proposição é o Deputado Lobbe Neto.

Concedo a palavra ao Sr. Wadson Ribeiro, Pre-sidente Nacional da Juventude do PCdoB e da União da Juventude Socialista.

O SR. WADSON RIBEIRO – Quero parabenizar a Comissão: os Deputados Reginaldo Lopes, Lucia-no Leitoa, Leonardo Picciani, Benjamin Maranhão e a

nossa guerreira Deputada Alice Portugal, bem como saudar os demais Parlamentares que participam de outras atividades nesta Casa, os quais chegam e saem porque aqui acontece muita coisa ao mesmo tempo.

Esta Comissão é jovem não apenas por tratar de temas relativos à juventude, mas também pela faixa etária de seus membros. O Deputado Reginaldo Lopes simboliza bem o perfil etário desta Comissão.

Ela traduz o grande avanço da Câmara dos Depu-tados, ao pautar este tema com a maior seriedade e criar Comissão para discuti-lo.

Inicialmente, Deputado Reginaldo Lopes, quero fazer de público este reconhecimento e esta saudação. O ambiente em que se dá esse debate é bastante de-mocrático, tanto nas Conferências Estaduais quanto neste espaço propiciado pela Câmara dos Deputados, especialmente no dia de hoje, quando podemos ouvir todas as correntes da juventude partidária.

Após 10 anos de neoliberalismo, de um gover-no que produziu crises muito grandes em nosso Pais, crises que se alastraram pelos campos econômico, social e político, a exclusão da juventude foi a que surgiu com mais força.

Poderíamos denominá-la até de exclusão política da juventude brasileira. O medo da juventude brasilei-ra de se assumir como agente político; o receio de se associar a um partido político e utilizar o mesmo dis-curso, embora com verniz moderno, de dizer que os partidos eram algo do passado, a exemplo do militar no partido político, era algo careta, atrasado.

Este debate mostra exatamente o contrário. Ou seja, faz parte do processo democrático de um país a busca da participação e da organização da sua ju-ventude em partidos políticos. Isso não guarda, obvia-mente, contradição com outras formas de atuação da juventude brasileira.

E por que esse debate se torna mais central hoje em nosso País? Primeiro, justamente pelo ambiente democrático em que vivemos, com a eleição de Lula. Não sou daqueles que concordam com o enfoque dado pelos grandes meios de comunicação sobre a caracterização da juventude brasileira. Não vejo a nossa juventude como apática, avessa à participação política, nem que seja careta. Pelo contrário: a história da participação política da juventude brasileira sem-pre esteve ligada aos principais momentos políticos da vida nacional.

Caracterizaria a campanha de Lula como um dos principais momentos da vida política nacional, quando a juventude brasileira se engajou na coordenação da campanha e no debate dos projetos.

No ano passado, mais de 40 mil jovens com-pareceram ao Fórum Social Mundial. E a s grandes

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bandeiras contra a guerra e a ocupação do Iraque, na maioria das vezes, são levantadas por jovens que participam dessas atividades.

Na verdade, existe no País ambiente de maior democracia, no qual surge com mais força o debate sobre a juventude brasileira. Se é verdade que o des-monte do Estado nacional, realizado em 10 anos de neoliberalismo, produziu muitas crises no País, é ver-dade também que esse desmonte tornou mais intensa a crise que se abateu sobre a juventude.

Portanto, ao contrário dos bancos, que muito lucraram na última década, é a juventude que sofre: colhe os maiores índices de desemprego; está, em grande parte, fora das universidades; é o grupo etário que mais mata e morre. Esse é o retrato da juventude. E mais: esse é o retrato de um Brasil pintado como moderno nos últimos 10 anos, mas que deixa como legado a exclusão social da juventude.

Essa realidade torna ainda mais importante o pa-pel desta Comissão, que não é outro senão pensar em como resgatar a juventude brasileira da atual situação e garantir-lhe mais direitos, ou seja, descobrir como saldar uma dívida do Estado brasileiro. É o que está posto nesta Comissão e nas Conferências Regionais; é a ordem do dia da juventude brasileira.

A meu ver, alguns pontos deveriam ser clareados neste debate sobre a juventude. Em primeiro lugar, para nós da União da Juventude Socialista – UJS é neces-sária a compreensão de que a juventude brasileira não pode, mais uma vez, ser tratada apenas pelo prisma negativo da sua problemática. Não podemos enxergá-la apenas como um grupo social ligado ao narcotráfico, à violência, enfim, à perturbação social.

Este é, a meu ver, o momento de enxergarmos a juventude muito mais pelos direitos que lhes foram negados nos últimos 10 anos e pela luta por esses direitos. Políticas públicas têm de estar presentes em todas as ações, sejam elas discutidas no âmbito do Congresso Nacional, sejam elas discutidas no âmbito do Poder Executivo.

Políticas públicas voltadas para a juventude têm de ser elaboradas com a participação dos jovens, que não podem ficar, passivamente, à janela, apenas absorvendo o que for decidido. Este é o momento de propiciar mais canais de participação política para a juventude.

Devemos estimular a sua livre participação nas mais variadas frentes, seja por meio de entidades es-tudantis, seja por meio de organizações não-governa-mentais, seja por meio de partidos políticos, seja por meio de conselhos. Ou seja, é preciso potencializar na juventude o espírito de participação e o papel impor-tante que ela sempre teve: exatamente o da participa-

ção na discussão de grandes temas de seu interesse e de interesse do País.

Portanto, qualquer política pública voltada para a juventude deve ter como ponto central a participa-ção dos jovens.

Em tudo aquilo que possivelmente será elaborado não poderemos misturar as políticas de governo e a autonomia dos movimentos juvenis. Seria ruim tentar estatizar os movimentos juvenis brasileiros. Cada qual – os movimentos juvenil e estudantil, a organização governamental, a organização dos jovens católicos e a dos jovens de outras igrejas – tem a sua indepen-dência. Políticas públicas têm de respeitar, até como premissa, os papéis diferenciados que cada um desses atores assume: o da política de governo e os papéis genuínos, históricos e autênticos de cada movimento juvenil brasileiro.

Seria ruim, especialmente num momento como este, qualquer política que tivesse como preocupação a estatização – ou o engessamento, melhor dizendo – dos movimentos juvenis brasileiros.

Penso que essa deveria ser uma política de Es-tado. Independentemente dos sabores dos governos que entram e saem, o momento que estamos viven-do propicia o surgimento de políticas públicas para a juventude que vão além dos governos, mas que seja do Estado brasileiro. Para isso, ela precisa ter objeti-vos de curto, médio e longo prazos. E, independente-mente da gestão política, precisa ter um eixo de es-truturação que mostre aonde queremos chegar e as conquistas que queremos alcançar e também onde vai desembocar política mais ampla de responsabilidade do Estado brasileiro.

A premissa disso tudo, companheiros, é a mu-dança do poder econômico vigente no País. Vivemos hoje o impasse – e podemos caracterizar o Governo Lula como um impasse – entre a necessidade da reto-mada do desenvolvimento econômico, da geração de empregos, da distribuição de renda e da recomposição do Estado nacional, e o modelo em que prevalecem políticas neoliberais, muitas delas amarradas à possi-bilidade de eleição do Presidente Lula.

Por isso, nós também temos de ter a consciência de que qualquer política que salde essa dívida histórica com a juventude brasileira não pode ser desvinculada de mudança profunda do atual modelo econômico do nosso País. O atual Governo, conforme eu já disse, depois de 10 anos, recebeu herança maldita do Go-verno Fernando Henrique Cardoso, o qual produziu o retrato que enxergamos hoje do Brasil.

A luta pela mudança do modelo econômico, Depu-tado Reginaldo Lopes, está diretamente ligada à luta pela consolidação de políticas públicas para a juven-

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tude que saiam das raias do assistencialismo e sejam, de fato, planejadas a médio e longo prazos.

Penso que a Conferência Nacional da Juventude tem de ser o palco privilegiado para o debate do Plano Nacional da Juventude. Por isso, deveria ser elaborada uma proposta inicial pela Comissão, mas com reflexos na Conferência. Qual deve ser o resultado dessa Con-ferência? Ela deve apontar um plano político para a juventude brasileira. Esse é o papel mais importante da Conferência.

Acho que devemos discutir a mudança total do Programa Nacional de Estímulo ao Primeiro Emprego. A política desse programa é falida, não deu certo. Isso é dito por todos os partidos e não apenas por setores que fazem oposição ao Governo Lula. Foram muitos os esforços da base de apoio do Governo Lula no sen-tido de fazer o programa melhorar. Muitos sugeriram idéias, as quais, não sei por que cargas d’água, não foram aceitas pelo Ministério. O fato é que o progra-ma, que era o carro-chefe das políticas da juventude, discutidas desde a campanha eleitoral do então can-didato a Presidente Lula, não vingou e demonstrou-se fracassado.

Eu penso que no atual momento – e a Comissão pode contribuir com isso – é preciso pensar num novo programa que possibilite aos jovens o primeiro empre-go, mas com base em outros pressupostos, porque os do atual programa se demonstraram fracassados. O Ministério, na minha opinião, deve ter a sensibilida-de de reconhecer o seu fracasso e de pedir ajuda ao Congresso, aos movimentos juvenis e aos partidos, para que, em conjunto, seja elaborado algo diferente do atual programa, que se mostrou insuficiente por uma série de problemas.

A dificuldade de conseguir o primeiro emprego, é importante ressaltar, ainda é o problema mais sen-tido pela juventude brasileira. O emprego, portanto, é a nossa principal bandeira. Não quero guardar contra-dição, fazendo parecer sem importância o problema da educação. Acho que temos de lutar para retardar ao máximo a saída do jovem da escola, qualificando-o cada vez mais. Mas dizer que o problema do desem-prego no Brasil ocorre por causa da qualificação pro-fissional é falácia. Ele está ligado à impossibilidade de crescimento econômico e a um programa que se propôs, especificamente, a fazer um corte nessa es-pecificidade que abrange o jovem e o idoso. Porque, mesmo que o País esteja crescendo economicamente, para a juventude e para o idoso deve haver políticas específicas.

A atual política não serviu para auxiliar os jovens na procura pelo primeiro emprego. A que esse fato está ligado diretamente? Ao problema do crescimento

econômico, por um lado, e à falta de medidas que de-veriam ter como pressuposto a permanência por mais tempo dos jovens na escola, bem como à distribuição de renda e bolsas, por outro lado. Afinal, se o País não cresce a taxas elevadas, para garantir ao jovem o pri-meiro emprego é preciso distribuir bolsas de estudo, promover políticas ligadas a grandes ações sociais, inserir a juventude na discussão dos grandes temas do País e engajá-la em campanhas de erradicação do analfabetismo e de defesa da Amazônia. E é preciso também distribuir renda. Não há outro jeito: se o País não cresce economicamente, é preciso distribuir renda entre a juventude.

O problema da educação é central. Temos de dis-cutir a ampliação do percentual de jovens que ingres-sam na universidade brasileira, tendo em vista que é um vexame o Brasil ter apenas 12% dos jovens entre 18 e 24 anos de idade cursando o ensino superior. Para promover essa ampliação, por sua vez, é preciso criar novas universidades públicas e implantar um sistema de crédito, com fiscalização da qualidade, nas univer-sidades particulares.

Deve ser discutida mais seriamente a reserva de vagas nas universidades para estudantes oriundos das escolas públicas. Deveríamos, com base na reserva de 50% das vagas para quem estuda na escola pú-blica, discutir a subcota para os negros, tendo como princípio que o problema central é o da escola pública, porque isso diz respeito a uma problema de classe, de condição socioeconômica.

Por fim, quero dizer a esta Comissão que nós apoiamos com entusiasmo a formação do Conselho Nacional da Juventude. Acho que é preciso ter repre-sentantes dos movimentos juvenis e do Governo, para elaborar e fiscalizar políticas públicas voltadas para a juventude e, após esses debates, ser responsável pelo descortinar de um momento novo para a juven-tude brasileira.

O Deputado Reginaldo Lopes está tendo o mé-rito, com seu trabalho nesta Comissão, de ampliar a base de sustentação do Governo. Entre os jovens há consenso de que o Governo tem mais aliados na ju-ventude do que entre os partidos de modo geral. Ao ouvir a intervenção de alguns companheiros que não estão na base do Governo, observei que, na prática, eles têm dado grande contribuição às políticas do Es-tado brasileiro – não é nem do Governo Lula, mas do Estado brasileiro. Essa é a compreensão de grande valor que os companheiros têm demonstrado aqui.

Deputado Reginaldo Lopes, apesar de essa ser a minha vontade pessoal, indago se seria muito ousa-do, talvez já neste momento, propormos a criação do Ministério da Juventude. Independentemente da viabi-

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lidade dessa sugestão, devemos discutir a criação da Secretaria Nacional de Juventude, à qual deve estar acoplado um instituto. Essa Secretaria seria respon-sável, após esses longos debates, por dar noção de tempo, espaço, prioridade, sistematização e, por fim, aplicar todas essas políticas que têm como pano de fundo, conforme eu disse, o resgate de uma dívida histórica do Estado brasileiro com a sua juventude; a qual foi intensificada sobretudo nos últimos 10 anos do neoliberalismo.

Na condição de Presidente da União da Juventude Socialista, juntamente com o Secretário da Juventude do PCdoB, Ricardo Abreu, o Alemão, que está aqui, convido todos os senhores, em especial os membros desta Comissão, a participarem do Congresso Nacio-nal da UJS, a ser realizado na UnB, aqui em Brasília, entre os dias 10 e 13 de junho.

Antes do congresso será realizada reunião da Federação Mundial das Juventudes Democráticas, que deverá reunir no Brasil representantes de mais de 50 países e de cerca de 80 organizações.

Muito obrigado pela oportunidade e desculpem-me por ter extrapolado o tempo.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-pes) – Muito obrigado, Wadson Ribeiro, pela sua con-tribuição.

Dando continuidade aos trabalhos, concedo a palavra ao representante do Partido Social Cristão, James Frederico. (Pausa.) Ausente.

Concedo a palavra à Presidenta Nacional da Ju-ventude do PV, Sra. Ana Motta.

A SRA. ANA MOTTA – Bom-dia a todos, em es-pecial aos Deputados aqui presentes.

Ouvi muitos dizerem que os jovens são a maio-ria da população. Hoje em dia já está comprovado que somos um terço dos brasileiros.

Mas quero falar também da participação femini-na. Sou a única mulher aqui e fui deixada por último. (Palmas.)

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-pes) – Ana, você ficou por último por causa da repre-sentatividade do PV na Câmara. (Pausa.) É uma brin-cadeira! (Risos.)

A SRA. ANA MOTTA – Tudo bem. Esperamos que não seja assim.

Agradeço o convite para participar desta reunião. Esta é a primeira vez em que o Partido Verde participa de um evento como este.

Meu nome é Ana Motta e sou do Partido Verde de São Bernardo do Campo. Fui candidata a Vereadora em 2000, quando tinha 18 anos de idade. Sou filiada ao Partido Verde desde os 16 anos de idade. Resolvi

fazer política porque algo nessa atividade despertou o meu interesse.

Aos 21 anos, fui candidata a Deputada Federal, para ajudar na eleição de Deputados do meu partido. Elegemos 2 Deputados Federais por São Paulo, de forma que cumprimos a nossa meta. Agora, em 2004, sou pré-candidata pela cidade de São Bernardo, a mesma do nosso Presidente.

Acho que terei de ser um pouco rápida, ao dar minha contribuição nesta audiência pública, por con-ta do tempo.

Todos os que estão aqui hoje já ouviram muita coisa. Já ouvimos falarem sobre muitos problemas da juventude; já ouvimos apresentarem “n” soluções. Até questionei um colega sobre o encaminhamento das propostas aqui feitas.

Tenho certeza de que todos os representantes da juventude que estão aqui têm representatividade no seu Estado e na sua cidade; caso contrário, não estariam nesta audiência pública. Portanto, todas as propostas apresentadas devem ser consideradas. Não sei será confeccionado algum material com o resultado deste trabalho. Sei que à tarde também haverá reunião em um instituto.

Não pretendo entrar em pontos programáticos de políticas públicas para a juventude porque isso já foi feito, mas tenho de destacar algumas questões impor-tantes, especialmente para o Partido Verde.

Em abril de 2001 foi realizado um encontro cha-mado Global Greens, em Sidney, Austrália, o primeiro encontro internacional dos Partidos Verdes.

O PV está organizado em todos os continentes, e esse encontro contou com a participação de 300 jo-vens de todos eles.

Eu fui ao evento representando o Brasil, por ter sido escolhida para isso pela nossa Executiva Nacio-nal. Tal escolha se deu em razão da minha militância no nosso partido, mas também porque era uma das exigências da comissão organizadora do encontro, que patrocinou a minha ida à Austrália, que fossem enviadas como representantes do Brasil pessoas tidas como das classes excluídas, das minorias. Eles que-riam um índio – há a idéia de que a nossa população indígena é grande – ou uma mulher jovem. Esse foi o motivo da minha escolha.

Quero agora acrescentar um ponto de pauta. Muito foi dito aqui sobre educação, acesso do jovem à universidade, mas eu acho muito difícil discutir ju-ventude sem incluir o jovem na discussão.

Entramos, então, em um ponto delicado: o que é ser jovem? Vamos superar a discussão acerca do tema, baseada num conceito subjetivo, e vamos ado-tar um conceito meramente objetivo. Quem vive num

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meio ambiente considerado jovem? Quem está na escola, quem está na universidade, quem precisa de quadra, quem quer praticar esporte, quem quer lazer. Essas são as vozes que têm de ser ouvidas por esta Comissão.

O meu papel aqui é reproduzir a voz dessas pessoas. Para tanto, invocamos uma questão progra-mática do Partido Verde: a importância do municipa-lismo e do poder local. Não adianta nos fecharmos em uma sala desta Câmara e ficarmos discutindo o que tem de ser feito, o que já vem sendo feito, o que está errado, e depois voltarmos para casa como se tudo estivesse ótimo.

Temos de empreender ações concretas para a sociedade, de modo que ela possa ser ouvida por esta Casa, através de seus representantes eleitos e por nosso intermédio também, pois estamos aqui para acrescentar.

O Partido Verde sente-se muito honrado e lisonje-ado pelo convite. Garanto que será levado à sociedade o objeto desta discussão, assim como aos Estados.

Embora pequena, a representação do Partido Verde nesta Casa tem valor imenso. A consciência ecológica e ambiental, enfim, as nossas questões pro-gramáticas – alimentos transgênicos, energia nuclear, municipalismo – já vêm sendo inseridas em progra-mas de outros partidos, e essa já é a nossa vitória. Hoje, PT, PCdoB, PSDB, PDT, todos os partidos aqui representados, já têm inseridas em seus programas questões que há 10 anos eram tidas como meramente burguesas. A preocupação com recursos hídricos e o que fazer com os resíduos sólidos, por exemplo, já é considerada legítima e faz parte da realidade.

O Partido Verde está aqui para discutir e acres-centar. Espero fazer isso da melhor maneira, repre-sentando esse coletivo com orgulho.

Espero ter mais oportunidade para falar. Muito obrigada. (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-

pes) – Muito obrigado, Ana Motta, pela participação. Solicito-lhe que, na Conferência Nacional, traga junto com você vários militantes do Partido Verde, até para enriquecer o nosso debate sobre meio ambiente. Foi diagnosticada em todas as Conferências a compreen-são sobre a importância do debate específico sobre a política de meio ambiente no Brasil

Convido, para fazer uso da palavra, Valdevir Rodri-gues, Secretário-Geral do PRONA no Distrito Federal. (Pausa.) Ausente.

Passo a palavra ao representante do Partido Pro-gressista, Alisson Domingos.

O SR. ALISSON DOMINGOS – Bom-dia a to-dos.

Saúdo o Presidente, Deputado Reginaldo Lopes, o Deputado Zonta, Presidente do nosso partido, os re-presentantes da juventude e os demais presentes.

O Governo Lula está dando grande ênfase ao tema da juventude. Isso é muito importante, até porque as juventudes partidárias têm-se limitado apenas a dis-putar espaço político, da mesma forma que disputam a UNE, a UBES. Mas, às vezes, esquecem-se de debater melhorias e bem-estar social para a juventude.

Hoje, é notório que grande parcela da juventude tem graves problemas, especialmente de inclusão so-cial. Para nós, esse tipo de discussão é muito saudável e de extrema importância. Nós, da Juventude Progres-sista, estamos completamente satisfeitos de participar desta discussão e até pregamos a união da juventude no que diz respeito a vários temas. Estamos lutando para conseguir isso.

Somos a favor da criação de órgão público que trate dos problemas da juventude, independentemen-te do Governo que esteja no poder. Essa discussão, da qual participamos, tem sido feita desde o Governo passado. Ainda não conseguimos emplacá-la. Espe-ramos conseguir neste Governo. Queremos participar desse debate.

Achamos que há falhas no Programa Nacional de Estímulo ao Primeiro Emprego. Por isso ele não deco-lou. É constatação frustrante para nós, jovens, porque tínhamos esperança no sucesso desse projeto. Mas não há só esse programa. Outros projetos voltados para a geração de empregos foram citados por repre-sentantes do PFL e de outros partidos.

O estágio, além de ser uma fonte de geração de emprego, mantém o jovem estudando, embora ainda não regulamentado. Os jovens que estão estagiando hoje deveriam ter seus direitos adquiridos. A possi-bilidade de regulamentação do estágio deveria ser estudada.

Não quero me alongar, devido ao tempo – acho que sou o último inscrito. Já ouvimos várias propostas sobre muitos temas. E temos também a nossa propos-ta a apresentar na plenária da Conferência Nacional da Juventude.

Antes de encerrar, destaco o trabalho de Ales-sandro de Leon, representante do Banco Mundial, um ícone dos projetos da juventude. Destaco também o trabalho do Deputado Zonta, representante do nosso partido na Comissão, que tem-nos orientado.

Estamos em plena comunhão com a linha de ra-ciocínio da Comissão.

Muito obrigado a todos.O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lopes)

– Muito obrigado, Alisson Domingos, que representa a Juventude do Partido Progressista, pela contribuição.

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Agradeço também ao Deputado Zonta, que repre-senta o partido nesta Comissão, a participação.

Vamos passar para a segunda parte desta audi-ência. Está aberto o debate.

Primeiramente, serão feitas perguntas aos Depu-tados. Em seguida, abriremos espaço para exposições ou perguntas aos representantes das juventudes par-tidárias e aos Secretários Nacionais de Juventude.

Vejo que não há como fazer o debate porque se-ria difícil fazer perguntas específicas a um ou a outro Secretário dos diversos partidos. Então, poderemos abrir espaço para manifestações em relação à audiên-cia, permitindo, após a manifestação dos Deputados, que os demais convidados também se manifestem, independentemente de serem ou não representantes de partidos políticos. Toda a plenária poderá se ma-nifestar. Pode ser? (Pausa.) Então, temos um acordo.

Vamos dar início aos debates.Convido, para fazer uso da palavra, o Deputado

Leonardo Picciani.O SR. DEPUTADO LEONARDO PICCIANI – Sr.

Presidente, Deputado Reginaldo Lopes, demais com-panheiros Deputados que integram esta Comissão, representantes de entidades – que cumprimento na pessoa de meu companheiro Vereador Henrique Pi-res, Coordenador Nacional da Juventude do PMDB —, demais presentes.

Sr. Presidente, vou fazer a minha exposição em duas etapas. Numa delas vou falar, especificamente, sobre os temas levantados; na outra, que considero importante para a juventude, conforme foi menciona-do aqui, se bem me recordo, pelo representante do PCdoB, vou falar sobre a importância de discutirmos temas atuais.

Sr. Presidente, senhores presentes, considero as oportunidades talvez a mais importante questão para o jovem do Brasil. Refiro-me à possibilidade de emprego e educação. Acredito que as oportunidades devem ser iguais, porque as pessoas, estas sim, são naturalmente diferentes.

O primeiro emprego é uma questão grave no País, porque temos uma média inimaginável de desempre-go no Brasil exatamente na faixa etária dos 16 aos 24 anos, mais ou menos o alvo do Programa Primeiro Emprego. Essa média é o dobro da média nacional de outras faixas etárias.

E digo isso, Deputado Reginaldo Lopes, porque sempre fui defensor do Programa Primeiro Emprego e da participação do Poder Legislativo na sua implan-tação. Recordo-me bem de que eu alertava V.Exa., à época na condição de Relator, para o fato de que o projeto era restrito e seria ineficaz, o que infelizmente se comprovou.

Não é possível que tão importante bandeira de campanha do Presidente Lula não tenha alcançado o sucesso almejado. Tenho em mãos nota do jornal O Estado de S.Paulo, edição da quinta-feira última, em que o Presidente Lula assume que errou em relação à COFINS e ao referido programa. Isso é bom. É im-portante que o Presidente Lula assuma o equívoco. Mas não basta reconhecer. Deve S.Exa. tomar medi-das efetivas para que o Programa Primeiro Emprego passe a ter eficácia.

Neste ponto vou discordar parcialmente do repre-sentante do PFL. Realmente, é importante o que disse o companheiro Marcelo sobre o empreendedorismo e o fomento ao jovem empreendedor, mas é igualmen-te necessário fomentar o jovem que vai trabalhar. Ou alguém imagina que vamos viver em um país só de patrões? Como haverá empreendimento e empreende-dores sem força de trabalho ou sem escolas técnicas dignas que possibilitem àqueles que não têm vocação para o bacharelado seguir na qualificação técnica e profissional desejada?

No que tange aos assuntos aqui abordados, dei-xo como proposta a manifestação da juventude sobre o primeiro emprego e a implantação de um programa efetivo.

Deputado Reginaldo, pessoalmente encaminhei requerimento de informações ao Ministro Ricardo Ber-zoini para saber como anda o Programa Primeiro Emprego. Ainda não recebi a resposta; espero rece-bê-la em breve. Se não recebê-la, no uso de minhas atribuições parlamentares, encaminharei pedido ao Ministério Público.

Para concluir, Deputado Reginaldo, quero levan-tar alguns temas atuais.

O jovem deve discutir uma questão que hoje toma conta dos noticiários e das conversas no dia-a-dia de cidades e bairros: o salário mínimo.

Assustou-me um pouco – e ouvi aqui todos os partidos apresentarem propostas – a ausência de pro-posta concreta do Partido dos Trabalhadores. Talvez em razão da ausência do seu representante, Humberto de Jesus, não houve tal manifestação. Mas seria muito importante sabermos a proposta concreta da juventude do Partido dos Trabalhadores sobre o salário mínimo, porque o partido que hoje governa o País tem a res-ponsabilidade de conduzir essas questões.

É importante que se discuta o salário mínimo. A opinião foi unânime no sentido de que é necessário distribuir renda e ampliar as oportunidades de emprego. E o maior distribuidor de renda deste País é o salário mínimo, ainda que com aumento de apenas 20 reais, menos de 1 real por dia. Indago: será possível distribuir renda e pagar salário digno ao trabalhador?

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Falo isso munido da informação e acreditando na proposta da bancada do PMDB, que, em reunião, decidiu que apoia o salário mínimo de 300 reais. Ain-da é muito pouco. Porém, 40 reais a mais para quem sustenta uma família é algo significativo. Só quem re-cebe o salário mínimo sabe bem a importância desse aumento; sabe quantos quilos de feijão a mais pode comprar; sabe quantos quilos de arroz pode comprar; sabe a conta que pode pagar.

Não podemos aceitar que o jovem não seja inse-rido nesta discussão de vital importância.

Deputado Reginaldo Lopes, a minha preocupação é maior quando ouço que o País vai bem na macroeco-nomia. Pergunto: como o País pode ir bem na economia com tantas pessoas vivendo mal no dia-a-dia?

Muito obrigado.O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lopes)

– Obrigado, Deputado Leonardo Picciani.Aproveitando as várias críticas ao Programa Pri-

meiro Emprego, proposta da qual fui Relator quando tramitou nesta Casa, pedi que a minha Consultoria encaminhasse requerimento de audiência pública à Comissão para discutirmos a concertação da políti-ca do primeiro emprego, exatamente para detalhar a temática.

Esperamos realizar nos próximos 15 dias audi-ência pública sobre o tema, haja vista também que o Ministério do Trabalho e Emprego, após ouvir várias instituições e setores da juventude, enviou à Casa Civil sugestão de medida provisória para disciplinar a matéria.

O SR. DEPUTADO LEONARDO PICCIANI – Por uma questão de justiça, Deputado Reginaldo Lopes, embora se reconheça que o Programa Primeiro Empre-go é péssimo, todos sabemos que V.Exa. sempre teve boa vontade para que fosse o melhor possível.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-pes) – Devemos tomar um pouco de cuidado com o ataque às políticas públicas do primeiro emprego, pois qualquer programa gera dificuldades de implementa-ção e contém erros.

Acredito ainda que, na medida provisória suge-rida – e conheço alguns pontos dela —, o programa tem problemas operacionais.

Em momento próprio quero discutir a operacio-nalidade do programa, que é fundamental e um direito da juventude, ou seja, um instrumento de inserção no mercado de trabalho.

Dando continuidade ao nosso debate, passo a palavra ao Relator.

O SR. DEPUTADO BENJAMIN MARANHÃO – Sr. Presidente, Deputado Reginaldo Lopes Reginal-do, companheiros Deputados, durante a explanação

consistente e longa dos representantes da juventude partidária, anotei alguns pontos.

O Presidente Nacional do PMDB Jovem, Hen-rique Pires, levantou a questão do papel da juventu-de partidária. Com certeza, essa preocupação está presente em nosso relatório preliminar. Inclusive nos encontros estaduais que realizamos foi um aspecto muito discutido.

Há necessidade de se promover não só o asso-ciativismo juvenil, mas também de instar as juventudes partidárias a desempenharem o papel que lhe é reser-vado. Elas têm de funcionar efetivamente. Acredito que no relatório vamos encaminhar algumas modificações em relação à própria distribuição dos Fundos Partidários no que concerne à juventudes e aos partidos.

É preciso que se garanta estrutura mínima de funcionamento às juventudes partidárias, até porque elas se fazem presentes em trabalhos como os cita-dos por Henrique, os quais remontam a 10 de janei-ro de 2003, quando da contribuição da Juventude do PMDB no encaminhamento de propostas de políticas públicas para a juventude, além de outras oferecidas às juventudes partidárias do Brasil.

A Juventude do PT, representada por Romeu, abordou ponto interessante, qual seja o da represen-tatividade.

Volto às Conferências Estaduais. Quando as re-alizamos, franqueamos à juventude um mecanismo de participação efetiva. Nesses fóruns houve debates sob o comando da própria juventude em todos os Es-tados, desde a Paraíba até Santa Catarina, passando por São Paulo. Enfim, em todos os locais a juventude participou efetivamente. Mas ela não foi simplesmente ouvida, como se faz quando da realização de pesqui-sas para saber se a juventude gosta de sorvete ou de macarronada. Houve participação efetiva e encami-nhamento de propostas.

Rodrigo Delmasso, do PSDB, fez algumas obser-vações em relação a órgãos executivos da juventude. Concordamos com isso. Está presente em nosso re-latório preliminar esse conjunto de propostas. Temos apenas de encontrar a fórmula para concretizá-las.

Alguns são pontos pacíficos, dentre eles a cria-ção do Conselho Interministerial de Juventude para coordenar essas políticas, além de coordenação es-pecífica à qual a juventude se dirija diretamente, uma secretaria ou um instituto, ou ambos.

Sobre a fala de Henrique e o relato do que acon-teceu quando ele procurou Rodrigo Abel na Presidência da República, foi realmente lastimável. Não sei qual o papel de Rodrigo no Governo em relação à juventude. Porém, pelo menos, deveria ele receber a juventude

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de um partido do tamanho do PMDB. Esse é o meu sentimento, bem como dos membros da Comissão.

O empreendedorismo juvenil, levantado pela Ju-ventude do PSDB, está presente no relatório, e o de-bate tende a crescer bastante, não só nos encontros realizados nos Estados, mas também e principalmen-te por ocasião da Conferência Nacional. Vamos dar espaço maior ao empreendedorismo juvenil porque, com certeza, é um dos grandes ganchos para se ge-rar emprego e renda.

No tocante à estrutura familiar, trata-se de ponto também recorrente. Não existe programa assistencial que funcione apenas com foco no jovem, alheando-se do meio em que ele vive, ou seja, a família. Precisamos inserir essa visão nas políticas públicas, principalmente no que concerne ao atendimento ao jovem excluído, ou seja, que está na marginalidade. A família deve ser o alvo preferencial dessas políticas.

O esporte também foi tratado pela Juventude do PSDB. Entendemos que deve ser dada maior aten-ção ao esporte de competição, não só como forma de lazer. No que concerne ao caso específico da equipe de caratê, a política de esporte de alto rendimento do Brasil está muito concentrada no Comitê Olímpico Brasileiro. Já observamos, por diversas vezes, até com restrições do próprio Ministro, que isso causa certa confusão. O Ministério do Esporte, ao dirigir recursos ao COB, perde um pouco do controle em relação ao esporte de alto rendimento.

Marcelo Fagundes, do PFL, falou sobre o fato de as políticas serem emergenciais. Concordamos com essa observação e entendemos que a política pública para a juventude – aliás, todas as políticas – devem ter caráter universalista, com foco estratégico de médio e longo prazos, ou seja, não se deve apenas dar uma resposta imediata à sociedade.

Entendemos que a política do primeiro emprego só vai funcionar se estiver atrelada a medidas de gera-ção de emprego e renda, conforme citado pelo Depu-tado Leonardo Picciani. Precisamos gerar emprego em todas as camadas sociais, até para que essa política do primeiro emprego tenha êxito.

A Juventude do PSB abordou ponto interessan-te: o senso crítico da juventude brasileira. Vivemos momento de mudanças nas organizações sociais de forma geral. Constarão do relatório e estarão presente nas discussões vindouras os meios para incentivar to-das as formas de associativismo que venham não só a criar senso crítico nas diversas camadas represen-tativas da sociedade, mas também e principalmente fazer com que seja voz seja ouvida. Acredito que a Comissão está dando passo importante ao realizar

essa série de debates pelo Brasil e, ao final, a confe-rência nacional.

O Leonardo, da juventude do PDT, fez várias críticas em relação à política econômica e de educa-ção do Governo. Voltamos à questão estratégica do emprego e da educação no Brasil, temas que devem andar juntos. Precisamos dar melhor qualificação à juventude brasileira e garantir que o estudo e a qua-lificação profissional sejam a principal conquista da nossa juventude.

Realmente, o grande desafio desta Comissão é fazer com que as propostas de políticas públicas con-templem esse entendimento estratégico, no sentido de aproveitar este momento da onda jovem, esse imen-so número de jovens, para fazer realmente mudanças efetivas do ponto de vista social.

Ana Motta, na sua participação, levantou pontos interessantes. O primeiro tema, a questão do meio am-biente, tem sido bastante discutido nesta Comissão. O relatório preliminar está a nosso cargo, mas, até pelo pouco tempo que tivemos, não pudemos tratar com a abrangência que merece a questão do meio ambiente. Mas é certo que houve interesse crescente dos partí-cipes dos encontros regionais e que surgiram várias propostas em cartas estaduais – e estas estarão pre-sentes no referido relatório.

Devo dizer que na conferência nacional vamos ter uma mesa específica para tratar da questão do meio ambiente, não só do ponto de vista da partici-pação efetiva do jovem, como também da educação ambiental e consectários.

A participação feminina também é fenômeno notado não só nesta Comissão, mas em toda a políti-ca brasileira. Reporto-me à política não só partidária, mas sobretudo à política realizada nos sindicatos e organizações, onde, infelizmente, a mulher ainda não tem local de destaque como merece, até porque a mu-lher é maioria em nossa população e temos que fazer o possível para que essa maioria seja representada efetivamente.

Era o que tinha a dizer em relação às participa-ções.

Tive de me ausentar por diversas vezes porque compareci a várias Comissões Permanentes. Não dá para entender essas agendas da Casa, pois temos um volume de trabalho que, às vezes, não nos permite trabalhar da forma que desejamos.

A agenda dos Deputados está repleta de traba-lhos em Comissões. E invoco esse motivo como jus-tificativa dos companheiros que não estão presentes. A Comissão compõe-se de 24 Deputados (12 titulares e 12 suplentes), mas o trabalho em tantas outras Co-

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missões assoberba os companheiros e impossibilita quorum mais elevado em nossas reuniões.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-pes) – Registro que recebi um requerimento extrapau-ta solicitando à Presidência, nos termos regimentais, realização de audiência pública para discutir o reajus-te do salário mínimo e seus reflexos sobre os jovens trabalhadores. O requerimento é de autoria do Depu-tado Leonardo Picciani, como apoio da Deputada Alice Portugal e do Deputado Lobbe Neto.

O requerimento constará da pauta da próxima reunião porque não há quorum suficiente para vota-ção nominal.

O SR. DEPUTADO LEONARDO PICCIANI – Obri-gado, Presidente. Peço a inclusão do requerimento na pauta da próxima reunião ordinária.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-pes) – Peço a V.Exa. que reapresente o requerimento, na forma regimental.

Passa palavra à nobre Deputada Alice Portu-gal.

A SRA. DEPUTADA ALICE PORTUGAL – Sr. Presidente, gostaria de dizer, em primeiro lugar, que é extremamente saudável trazermos a juventude par-tidária ao âmbito desta Comissão, iniciativa pioneira nesta Casa. Sabemos que a juventude brasileira tem participação expressiva na história recente deste País. Sem dúvida, os partidos políticos tiveram grande im-portância no estímulo a essa participação. Mas a ver-dade é que o conceito de política, especialmente a partir da influência da ditadura militar, foi deformado sob os olhos da juventude. Política virou sinônimo de coisa suja. Mesmo nos encontros de juventude, temos ainda muito preconceito contra jovens que se organi-zam em partidos políticos.

O processo para a realização dessas conferência foi muito complicado

Na Bahia, tivemos grande êxito quando conse-guimos fazer prévias do encontro da etapa baiana da conferência nacional, que constituíram momento de amalgamar experiências que são diferentes, mas convergentes, que são diversas e importantes, tanto de organizações não-governamentais, de fóruns con-tra a violência, quanto de movimentos comunitários e juventude partidária.

Houve propostas vindas de ONGs sugerindo que as juventudes dos partidos nem falassem na etapa da conferência. Chamo atenção, e de maneira suprapar-tidária, para o fato de que precisamos constituir uma visão diferenciada sobre o que é fazer política no Brasil. Fazer política não é fazer barganha, não é trocar opini-ões e votos por conveniência. A juventude nos partidos tem de fazer uma força muito grande para revolucionar

a política dentro dos partidos e para mostrar ao res-tante da juventude brasileira que fazer política passa por diversas formas de organização, inclusive filiação partidária. Isso é muito importante, pois sabemos que ainda existe um grande preconceito. E, por incrível que pareça, mesmo jovens organizados em partidos ainda sustentam este discurso nas eleições estudantis, em eleições de organizações populares: “Não vote na-quela chapa porque é do partido tal!” Não é verdade? Paciência... Nem todos são perfeitos, nem todos têm a consciência plena de que só se faz modificação com política e respeitando as outras formas de organização. São todas importantes, fundamentais, indispensáveis, embora diferentes entre si.

Por tudo isso, mesmo a conferência tem como grandes vitórias, além da indicação para o Governo de políticas públicas para a juventude, constituir nas diversas formas de organização juvenil o pensamento de que é fundamental que elas convivam entre si com a sua natureza diferenciada, como nós conseguimos.

O grande êxito da etapa baiana da conferência foi que, no seu final, ficou confirmada a constituição de um fórum estadual de juventude, que já se reuniu por 2 vezes com entidades da juventudes e outras que trabalham com e para a juventude. E não são neces-sariamente jovens. É aquela coisa da juventude acu-mulada que eu e Zonta defendemos! (Risos.)

Não tem jeito, não é?A política só nos proporcionou chegar agora a

um tipo de governo que nos desse a condição plena de tornar objetivas as políticas para a juventude.

Queria dizer ao meu companheiro que até subs-crevi o requerimento. Só não erra o governo que não faz nada. Infelizmente, especialmente nesses últimos 8 anos, o Governo Fernando Henrique não errou com a juventude porque não fez nada pela juventude; ignorou olimpicamente a existência de juventude no Brasil. Ago-ra, não. Podemos até errar, porque estamos tentando uma política de primeiro emprego. Vamos fazer confe-rências e existe uma comissão interministerial para trata do assunto. Vamos juntar as iniciativas. Vamos poder errar porque, afinal, estamos tentando fazer.

É muito importante que a nossa conferência na-cional descortine que fazer política não é sinônimo de coisa suja; que jovem filiado a partido não é jovem fora do contexto, não é jovem démodé, pois hoje um pouco disso se passa. O moderninho é fazer trabalho não-go-vernamental. É legal fazer trabalho não-governamental, sim, mas também é fundamental fazer opinião política e ideológica diante dos fenômenos sociais.

Sr. Presidente, não vou poder ficar até o fim des-ta reunião porque tenho de viajar, assim como V.Exa., que vai à Bahia participar de um debate hoje à noite.

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Lamento que V.Exa. e o Sr. Relator não tenham ido à nossa conferência, mas justificaram a ausência. De qualquer modo, estaremos juntos no debate de hoje à noite.

Queria que todos refletissem sobre o tipo de proposição que vamos fazer para a representação institucional da juventude. Serão conselhos estadu-ais, municipais e conselho nacional? Na conferência nacional vamos avançar para a proposta de criação da secretaria? É isso?

Na Espanha e França há ministério desse setor. Vamos avançar ou não para esse tipo de proposta?

É o que devemos decidir.Lembro ainda que as políticas deveriam, no má-

ximo, ser unificadas suprapartidariamente, porque não temos tanta força assim para entrar em guerra fratricida nesse campo. Então, é importante que esta Comissão possa servir de mecanismo mediador para constituição de proposta suprapartidária, visando ga-rantir que ela, de fato, seja implementada ainda no curso deste ano.

Obrigada.O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-

pes) – Obrigado, Deputada Alice Portugal.Vou ter o prazer de conhecer sua cidade, Sal-

vador.A SRA. DEPUTADA ALICE PORTUGAL – Vai

encontrar chuva, Presidente. Se tivesse ido na confe-rência, teria visto o maior sol!

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lopes) – Vou chegar às 16h e sair às 8h da manhã. Voltarei noutra oportunidade para ficar uns 3 dias na praia.

Concedo a palavra ao Sr. Deputado Lobbe Neto.

O SR. DEPUTADO LOBBE NETO – Caro Presi-dente, nosso amigo Reginaldo Lopes; Deputado Ben-jamin Maranhão, Relator e representante do PMDB da Paraíba; Deputada Alice Portugal, demais colegas presentes.

Gostaria de iniciar falando que, se V.Exa., Sr. Pre-sidente, vai a Salvador para trabalhar, tanto faz se fará sol ou chuva. De qualquer modo, é melhor que seja chuva, assim não ficará arrependido de ficar dentro do local, trabalhando.

Inicialmente, parabenizo o nosso Presidente Re-ginaldo Lopes, assim como o nosso Relator, pelo re-latório preliminar elaborado depois de várias e várias reuniões nesta Casa e em diversos Estados. Parabenizo ainda todos os jovens e as organizações não-governa-mentais e partidárias que participaram ativamente do processo de construção do relatório preliminar. Agora, com os debates nos Estados e a conferência nacional, tenho certeza de que vamos aprimorá-lo, de forma que

o Relator poderá entregar ao Congresso Nacional e à Nação, pela primeira vez, políticas públicas para a juventude e alguns tópicos que necessitarão de imple-mentação tanto pelo Governo Federal quanto pelos Governos estaduais e municipais.

Não quero polemizar sobre salário mínimo ou política de primeiro emprego, questões sobre as quais até tivemos algumas diferenças. O fato é que foi cria-da uma Comissão Especial para discutir a medida provisória do primeiro emprego, enquanto temos esta Comissão Especial de Políticas Públicas para a Juven-tude. Assim, o assunto poderia ter sido encaminhado a esta Comissão, que faria o debate. Na época, até conversamos sobre isso com o Deputado Reginaldo. Foi uma desconsideração para com esta Comissão. No entanto, acho que não é por aí que temos de dis-cutir o problema.

O Deputado Leonardo até pediu para fazermos um debate específico sobre salário mínimo e política de primeiro emprego, que considero importante. Pre-cisamos saber o porquê das amarras do Poder Pú-blico. Enfim, o programa Primeiro Emprego não teve sucesso, apesar de ser interessante, importante e de ter sido anunciado com grande pirotecnia. Infelizmente, seu resultado ficou muito aquém do esperado, como confirmou pela imprensa o próprio Presidente da Re-pública, Luiz Inácio Lula da Silva. Ontem, em Goiás, S.Exa. disse querer reformular a proposta do programa Primeiro Emprego. De qualquer modo, é um debate para outra hora.

Deputado Reginaldo, ouvi falarem aqui sobre vá-rios temas e gostaria de aproveitar esta oportunidade e convidar os jovens para participarem do Parlamento Jovem Brasileiro, que conseguimos aprovar com o apoio do Sr. Presidente, do Sr. Relator, enfim, de todos os que participam desta Comissão. Provavelmente, ago-ra, com a sua regulamentação, sua edição será após o primeiro e o segundo turno das eleições. Teremos a presença de 513 jovens, distribuídos proporcionalmente por Estado, que trarão seus projetos e propostas para serem debatidas e discutidas no Parlamento.

A Deputada Alice expôs muito bem sobre partidos políticos. Muita gente vê isso como algo ruim, como coisa suja, como barganha.

Enfim, trazer o jovem para o Congresso Nacional e o Congresso mais próximo do jovem é muito impor-tante. Estou contente de participar desta Comissão com esta juventude acumulada, como disse a Alice.

Quando entrei na política – farei 47 anos em ju-nho —, em 1982, fui eleito Vice-Prefeito de São Carlos pelo grupo jovem do PMDB. Participei ativamente do processo eleitoral de redemocratização das eleições governamentais. Na época, Franco Montoro era elei-

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to Governador. Fomos vitoriosos em São Carlos, uma cidade com alta tecnologia e com boas universida-des. Por isso temos grande satisfação de ter entrado pela porta da frente e de ter dado seqüência à nossa ação política.

Depois de 4 mandatos como Deputado Estadual, depois de ter sido Secretário de Trabalho e Promoção Social, Presidente da Comissão de Educação e Presi-dente da Comissão do Meio Ambiente na Assembléia, acumulei uma série de experiências.

Reginaldo, o mais importante é que, estando em contato permanente com a juventude, vamos re-juvenescendo e pegando os traquejos novos da nova geração!

Acho muito importante o Benjamin aprofundar e aprimorar a questão da regulamentação dos estágios remunerados. Que aquele acadêmico, aquele estudan-te que tem chance de estar numa universidade, tenha estágio remunerado bem regulamentado, não como um subemprego, mas já contando para a Previdência – e sou autor de um projeto de lei nesse sentido —, a fim de que ele, naqueles anos de estágio, prepare-se para seu futuro e, ao mesmo, para sua aposentadoria.

Um outro assunto muito importante, para o qual chamo a atenção de todos os jovens, diz respeito às questões municipalistas mencionadas pela Ana Mot-ta.

Estamos às portas das eleições de 2004 para Ve-readores, Prefeitos e Vice-Prefeitos em todo o Brasil. É essencial que lideranças de juventudes partidárias exijam – uma palavra forte, mas muito importante – de todos os candidatos programas destinados à juventude. Que ela tenha representantes na Câmara de Vereado-res e que participe ativamente desse processo.

Acreditamos no movimento municipalista. O cida-dão mora no Município. Não adianta elencarmos várias opiniões e debates sem sairmos de nossos gabinetes ou do Congresso Nacional e chegar às bases, no Mu-nicípio. Será muito mais fácil cobrarmos de todos os candidatos, tanto do Parlamento Municipal, como do Executivo, sugestões para políticas públicas dirigidas à juventude.

Essa insistência para apresentação de propos-tas de políticas para a juventude de parte de todos os candidatos deve-se ao fato de que já estamos em maio e haverá convenções municipais a partir de ju-nho. Daí em diante os candidatos já estarão com seus programas de governo impressos ou os discursos já estarão elaborados.

Outro tema importante diz respeito à participação das mulheres nesta Comissão, no Parlamento e em di-versas entidades. Não precisamos nos preocupar com elas porque já são maioria e estão avançando a cada

dia, com mérito e competência. As mulheres que fazem dupla jornada para melhorar seu orçamento familiar.

Meus cumprimentos à mulher mãe, pois no pró-ximo domingo, comercialmente ou não, comemora-remos o Dia das Mães. Essas mulheres fazem dupla jornada, trabalhando e ajudando no orçamento familiar e cuidando de seus filhos. Nosso abraço a todas as mulheres mães!

Deixo uma preocupação para todos os jovens que estão participando desta reunião, para a Mesa desta Comissão e para os Srs. Parlamentares. A re-forma política em curso tem muitos benefícios, mas haverá uma barreira para toda a juventude brasileira na disputa por cargos eleitorais. A juventude e os par-tidos políticos, por meio dos seus movimentos jovens internos, têm de estar muito preocupados com a re-forma política em curso nesta Casa, principalmente em relação às listas que serão feitas pelos caciques políticos. Os jovens dificilmente serão os primeiros nas listas partidárias. Com isso, dificilmente terão seus no-mes incluídos como candidatos a cargos eletivos no Legislativo ou no Executivo.

Os Deputados Benjamin Maranhão e Reginaldo Lopes participaram daquela missão na Europa. Na-quela oportunidade, percebemos que a lista seria um pouco temerária para o jovem. Na Europa, houve sur-presa por parte de vários congressistas. O jovem tem liberdade para participar, mas, com as listas, o modelo será o adotado por vários países. O jovem terá grande dificuldade para chegar a ser um dos primeiros da lista e, assim, conquistar seu mandato. Ele vai participar, mas vai ficar no fim da lista, ajudando os grandes ca-ciques de partidos políticos. Essa é uma preocupação que trago a todos os jovens brasileiros.

Obrigado. (Palmas.)O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-

pes) – Obrigado, Deputado Lobbe Neto.Peço licença para me retirar. Solicito ao Depu-

tado Lobbe Neto que assuma a Presidência, tendo em vista que a Primeira Vice-Presidenta também terá de se retirar em instantes.

Na próxima quinta-feira, dia 13, faremos uma au-diência para tratar da questão dos jovens rurais.

No dia 20, por sugestão da Deputada Alice Por-tugal, faremos um balanço das atividades das confe-rências estaduais. Solicito à nossa assessora especial, Ana Clara, que convide os coordenadores das confe-rências estaduais.

No dia 19 de maio, quarta-feira, realizaremos audiência sobre a realidade do jovem do Semi-Árido, requerida pelo Deputado Luciano Leitoa. Solicito ao Deputado que encaminhe requerimento indicando os nomes para o debate na próxima quinta-feira.

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Acabei de entregar requerimento solicitando au-diência sobre política nacional de primeiro emprego.

Peço licença a todos por causa do compromisso assumido anteriormente na belíssima cidade da Depu-tada Alice Portugal, Salvador.

Após as 14 horas, neste mesmo plenário, ocorrerá uma oficina com as juventudes partidárias, promovido pelo Instituto Cidadania. Convido todos a participarem dessa oficina, importante para o nosso projeto de cons-truir políticas públicas de juventude. O Instituto Cida-dania tem estudado e construído, ouvindo vários seto-res da juventude. É importante que todos participem e dêem sua contribuição para o Instituto Cidadania, uma instituição da sociedade civil organizada.

Passo a presidência dos trabalhos ao Deputado Lobbe Neto.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Lobbe Neto) – Cumprimento o Deputado Reginaldo Lopes e reco-mendo que vá devagar com o acarajé e com o sol da Bahia. Faça uma boa viagem!

Tem a palavra o Deputado Luciano Leitoa.O SR. DEPUTADO LUCIANO LEITOA – Sr. Pre-

sidente, Deputado Lobbe Neto, Srs. Deputados Ben-jamin Maranhão, Alice Portugal e Reginaldo Lopes, que estão de saída para Salvador, demais membros presentes, ouvi atentamente alguns representantes de organizações de juventude partidária.

O Leonardo, do PDT, representando o Antônio, que não pôde vir, tocou na questão da nossa juventu-de brasileira, que está bitolada, de certa forma, pela modernidade proposta pelo meio.

O Adilsson, que participou da conferência no Esta-do do Maranhão, falou da importância desta Comissão no que se refere à política de inclusão da juventude.

Faço pequena menção a esse trabalho que a juventude tem feito, à importância desse encontro na-cional que será realizado, apesar da dificuldade dos encontros estaduais, tendo em vista as forças parti-dárias de algumas ONGs.

A Deputada Alice Portugal falou agora há pouco da briga interna em algumas organizações. Tive infor-mações de que no Estado do Rio de Janeiro apenas 30 pessoas participaram da conferência estadual. Fico preocupado com essas conferências estaduais que ocorreram. Ouvi dizer que em algumas conferências mal havia meia dúzia de pessoas presentes. De certa forma, houve também falha nossa, da Comissão, no tocante à organização nos Estados, tendo em vista as brigas partidárias, das juventudes partidárias.

O trabalho desta Comissão só terá resultado positivo se realmente conseguirmos uma Secretaria ou um Ministério. Infelizmente, algumas questões só têm visibilidade quando já dispõem de poder, de um

mecanismo para realizar algumas atividades. E isso ainda está longe das juventudes partidárias.

Estou aqui porque tenho um mandato, a exem-plo do Deputado Lobbe Neto, do Deputado Benjamin Maranhão e dos demais. Muitos jovens fazem parte da juventude partidária e poderiam ter mandatos, mas ficam no anonimato, fazendo política. De certa forma, a grande maioria fica a ver navios.

Quero ver no estatuto do PMDB até quantos anos vai essa juventude, porque o Henrique, do Piauí, já deve ter uns 40 anos. Desde quando o conheci ele era da juventude do PMDB. Acho que o conheci com 31 anos. Também deve haver reformulação estatutária nas juventudes de alguns partidos.

A juventude tem de bater bastante na represen-tatividade em âmbito federal e em conselhos estaduais que possam, de certa forma, formar o Ministério. Tem de haver a participação da juventude nos Estados e nos Municípios. Sei que é complicada essa participa-ção, mas é assim mesmo.

Temos de fazer com que esta Comissão Espe-cial se torne permanente, para que o trabalho conti-nue e haja um foro de discussão com as juventudes partidárias.

Quero frisar a importância de mantermos esta Comissão de modo permanente, de fazermos com que haja uma Secretaria ou um Ministério com condi-ções de trabalho. Não adianta fazer só no papel, sem condições de trabalho. É melhor não criar uma Secre-taria que não tenha recursos para desempenhar um bom trabalho.

Portanto, a Comissão tem um papel a cumprir. Agradeço ao trabalho dos representantes das

juventudes partidárias.O SR. PRESIDENTE (Deputado Lobbe Neto)

– Agradecemos as palavras do nosso amigo.Com a palavra o Relator.O SR. DEPUTADO BENJAMIN MARANHÃO

– Quero apenas fazer um esclarecimento. Não acre-dito que uma conferência estadual tenha acontecido com meia dúzia de pessoas. O conhecimento que tenho é de que elas foram bastante consistentes. A média de participação era de 200 a 400 pessoas por conferência. Ou esse foi um caso isolado, ou algum boato, porque as conferências tiveram expressiva re-presentatividade.

O SR. DEPUTADO LUCIANO LEITOA – Depu-tado Benjamin Maranhão, participei de algumas confe-rências e ouvi pessoas que também participaram. Os encontros estaduais não tiveram a repercussão que deveriam ter tido. No Maranhão, havia 300 pessoas. Ouvi dizer que na conferência do Rio de Janeiro havia 30 pessoas. Infelizmente, não houve enfoque.

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Participei de uma conferência num Estado onde só havia Secretários e algumas pessoas do meio. Não havia representatividade de partidos nem de ONGs.

As conferências tiveram falhas. O encontro nacio-nal tem de ter um enfoque que supra algumas coisas que ficaram a desejar em alguns Estados.

O SR. DEPUTADO BENJAMIN MARANHÃO – Essa é uma observação. Pelo que pude acompa-nhar, houve representação bastante expressiva. As cartas estão postas. Na conferência nacional, haverá freqüência muito grande, porque o trabalho realizado tem uma organização da juventude. Esses encontros permitirão o sucesso da conferência.

O SR. DEPUTADO LUCIANO LEITOA – Quanti-dade não quer dizer qualidade. A representatividade da juventude tem de estar presente. Não tem fundamento demonstrar que se está fazendo determinado trabalho sem que, no entanto, haja objetivo central. Tem de haver um enfoque maior para o encontro nacional.

Alguns encontros estaduais tiveram muitos pro-blemas de representatividade de partidos e de outras entidades.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Lobbe Neto) – Tem a palavra o Secretário Nacional da Juventude do PT, Humberto de Jesus.

O SR. HUMBERTO DE JESUS – Começo para-benizando, nas figuras do Deputado Lobbe Neto e do Deputado Benjamin Maranhão, a iniciativa desta Co-missão de receber as juventudes partidárias.

O momento é importante para que essa geração de jovens dirigentes de partido troque algumas idéias com a Comissão a respeito das políticas públicas para a juventude.

Começo respondendo com fraternidade aos com-panheiros do PMDB. É necessário senso de justiça en-tre nós. É preciso entender que existe uma dinâmica dentro do Governo.

Foi apresentado ao Presidente Lula, segunda-feira da semana passada, o resultado do trabalho do grupo interministerial criado para tratar das questões de juventude. Serão construídas as agendas com as juventudes partidárias e com outras organizações de juventude. Para terem idéia, a juventude do PT e a do PCdoB ainda não tiveram agenda oficial na Secreta-ria-Geral para tratar desse tema.

Temos todo o respeito pelo PMDB e pelos demais partidos. O companheiro Rodrigo Abel tem feito trabalho extraordinário, dedicando-se inteiramente a esse grupo interministerial, na Secretaria-Geral. Tenho certeza de que terá grande prazer em receber os companheiros do PMDB e das demais juventudes partidárias.

É importante fazer este esclarecimento, para que não pairem dúvidas quanto à disposição do nos-

so Governo em dialogar e debater com as juventudes partidárias.

Uma série de críticas foi levantada com relação ao Programa Primeiro Emprego. É importante deixar claro que o Governo já constatou alguns problemas operacionais, que têm de ser tratados para que o pro-grama possa deslanchar. No entanto, deve-se entender que não é fácil executá-lo. É a primeira vez na história do Brasil que pensamos num programa direcionado para a juventude, que tem característica muito espe-cial. Há imensa dificuldade de acesso ao mercado de trabalho para a juventude de baixa renda, que lidera os índices de desemprego. Portanto, um programa des-se tamanho não é fácil de construir e de conceber. O nosso Governo já constatou as falhas. Serão tomadas medidas importantes no sentido de desburocratizar o acesso ao programa e fazer com que ele alcance todo o Brasil, dando oportunidades para parcela significativa da juventude brasileira.

O assunto está sendo estudado no Ministério do Trabalho e tem sido tratado de maneira especial pelo nosso Governo. Na semana passada, foi ponto de pauta da reunião do grupo interministerial o Programa Primei-ro Emprego. Haverá alterações importantes para que esse programa cumpra seu papel, o que é o desejo do Presidente Lula e do conjunto de seu Governo.

Precisamos avaliar o momento histórico que es-tamos vivendo, e a oportunidade é esta, quando reu-nimos as juventudes partidárias para entender que precisamos fazer um pacto de geração. Os jovens do PSDB, do PFL, do PMDB, do PT, do PCdoB, do PV, do PSB, do PP dirigirão os partidos em determinado momento da história. É fundamental um pacto de ge-ração entre nós. Precisamos fazer com que esse pac-to seja descarregado de questões ideológicas, para construirmos uma agenda nacional com as demandas gerais da juventude brasileira.

Este é o Governo que mais tem debatido as ques-tões de juventude. Há a decisão política de constituir, ainda este ano, espaço de juventude que tenha condi-ções objetivas de atender às demandas e gerenciar os programas governamentais direcionados à juventude. Não sabemos ainda se será um instituto, uma secre-taria nacional ou uma assessoria ligada ao Gabinete da Presidência da República, mas temos convicção de que será um instrumento com condições políticas de gerenciar e coordenar ações no sentido de desenvol-ver políticas públicas para a juventude. Essa é a tarefa do nosso Governo.

Quero debater com os companheiros para que entendam o momento que estamos vivendo. Há a ini-ciativa da Câmara dos Deputados de constituir Comis-são Permanente para tratar das políticas públicas da

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Janeiro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 17 01017

juventude. Há a iniciativa do Governo Federal de, pela primeira vez, constituir grupo interministerial para tra-tar dos programas existentes, fazer um mapeamento, um diagnóstico, a fim de ajeitar as políticas, a fim de que elas cheguem à ponta e possam de fato dar resul-tados para parcela da sociedade. Há um debate que está sendo gerado em torno de uma série de organi-zações de juventude para essas questões. Portanto, este é um momento histórico.

Precisamos entender que isso pode significar, para nós que somos dirigentes partidários, devolver a auto-estima à boa parcela da juventude que teve isso tomado de maneira acentuada nos últimos 8 anos de governo neoliberal. Esse é o desafio do Governo do Presidente Lula. Para esse desafio, na minha opinião, devem ser chamados à responsabilidade os dirigentes partidários da juventude. Precisamos devolver a auto-estima à juventude brasileira. Parcela da juventude não tem perspectiva de ingressar na universidade. E, quando ingressa, não tem perspectiva de ter sua permanência garantida. Precisamos construir novos mecanismos de acesso do jovem à universidade e de sua permanência nela. Mais de 80% da juventude brasileira hoje está fora da universidade.

Precisamos construir mecanismos e instrumentos que garantam a transferência direta de renda para a juventude. Temos de disputar com o narcotráfico, que faz um trabalho às avessas, com fuzil AR-15 na mão. Esse é um debate que tem de ser feito entre as juven-tudes partidárias.

Este Governo tem tentado resolver as questões da juventude brasileira. Mas o problema não é fácil. É importante reconhecer que, na história republicana do Brasil, nunca existiu tanto empenho do Poder Executivo e do Poder Legislativo no sentido de apontar soluções para as questões da juventude. É, pois, fundamental entendermos o papel das juventudes partidárias.

Nós, da juventude do PT, estamos debruçados sobre essa construção coletiva, sob a coordenação do Instituto Cidadania. A maioria dos companheiros deve ter tido acesso à pesquisa publicada pela revista IS-TOÉ, que apresenta um retrato da juventude brasileira. É o maior diagnóstico realizado no Brasil a respeito da juventude. Acho fundamental que as juventudes partidárias se debrucem sobre esse diagnóstico feito pelo Instituto da Cidadania, pelo Instituto Criterium, em conjunto com o SEBRAE, no qual se colocam as perspectivas, as angústias, os medos e as esperanças da juventude brasileira, seja ela das regiões metropo-litanas, seja ela das regiões rurais.

Portanto, acho fundamental entendermos isso. É fundamental entender que isso não é oportunismo político. Queremos fazer essas coisas para além da ju-

ventude da base aliada do Governo. Queremos sentar com os companheiros do PFL, do PSDB, do PDT, que não compõem a base aliada do Governo, no sentido de construirmos perspectivas para toda a juventude brasileira. Este é que tem de ser o nosso desafio. Na opinião da juventude do PT, essa aliança tem que ser uma aliança estratégica, feita pela nossa geração para podermos construir políticas públicas que de fato de-volvam a auto-estima à juventude brasileira, que de fato façam com que a juventude do nosso País sonhe com um futuro digno.

Quero agradecer a oportunidade de poder trocar essas palavras e convidar as companheiras e os com-panheiros para participarem, às 14h, de uma oficina do Instituto da Cidadania, uma oportunidade para conhe-cer a proposta que vem sendo debatida desde junho do ano passado, com apoio do Presidente Lula, que há quase 1 ano tem se debruçado sobre questões de políticas públicas da juventude. Há um acúmulo inte-ressante que queremos compartilhar com os compa-nheiros que ainda não tiveram acesso.

Que possamos estabelecer um canal permanen-te de diálogo entre as juventudes partidárias para que tenhamos muita coisa em comum, principalmente para que possamos resolver as questões mais tocantes à juventude brasileira.

Obrigado. (Palmas.)O SR. PRESIDENTE (Deputado Lobbe Neto)

– Quero agradecer ao Humberto de Jesus as pala-vras oportunas.

Não quero polemizar, mas se passaram 8 anos do Governo Fernando Henrique e quase 2 anos do Governo Lula e ainda estamos aguardando as mes-mas iniciativas. Um dos participantes – não sei se foi do PCdoB – disse que já fazia 10 anos. Então, são 8 anos de Fernando Henrique e quase 2 anos de Lula em meio a uma política neoliberal. A política econômi-ca, aliás, está até mais agressiva do que quando da gerência do Malan.

Mas não quero entrar neste debate nem mesmo na questão do primeiro emprego. Foram gastos mais de 43 milhões de reais para iniciar o Programa Pri-meiro Emprego, e, depois de quase 8 meses, tivemos apenas 1 pessoa (isso mesmo, 1 pessoa) empregada em Salvador, na Bahia.

Acho que 43 milhões de reais dariam para gerar muito mais empregos, mas não quero polemizar sobre este assunto agora.

Com a palavra Bobe Filho, filiado ao PV. O SR. BOBE FILHO – Gostaria de cumprimentar o

Presidente da Mesa, que está com este espírito jovem, bem como todos os jovens aqui presentes e também a Ana, a grande guardiã da nossa Comissão.

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Primeiramente, gostaria que esta Comissão da Juventude estudasse alguma estratégia para inserir o jovem na política, para sair do discurso e entrar na fase prática, a fim de mostrarmos que o importante é o jovem entrar na política. Assim, os nossos analfabetos políticos, que são quase 90% de nossos eleitores, te-rão oportunidade de votar em alguém bom de verdade, porque, quando se tem 100% de chapa sem qualidade, realmente incorre-se num grande erro, vota-se numa pessoa que não qualifica a nossa política.

Outra coisa é a questão das listas. Ao Deputado Ronaldo Caiado, que é o Relator da reforma política, gostaria de sugerir o seguinte: que faça uma lista den-tro da lista.

Então, vamos fazer o seguinte: vamos dividir a lista, vamos colocar um percentual de jovens e de mu-lheres dentro da lista. E isso vai ficar dentro da lista, não vai ficar só na cabeça da lista.

Em relação a um projeto com que tenho sonhado. Sou um admirador do ex-Governador e hoje Senador Cristovam Buarque. Tinha o sonho de apresentar um projeto no Ministério da Educação justamente para o jovem. Seria o seguinte: o modelo que tem dentro das universidades, aquela questão da estufa, que é onde as empresas começam a ser geradas.

Discordando de um Deputado que estava falando aqui anteriormente, quero dizer o seguinte: dar mais oportunidades para trabalhador só vai acontecer se existirem mais patrões. E tem muito pouca coisa sen-do feita neste País para lapidar esse diamante, que é o jovem empreendedor.

Sugiro que o aluno do antigo ginásio, o curso básico de hoje, tenha, a partir da 5ª série, alguma ati-vidade no final de semana, fora do período escolar. Ele voltaria ao ambiente da escola para desenvolver algum jogo, a fim de demonstrar sua habilidade. Isso até ele terminar o ginásio.

Sugiro ao Deputado que destine algum dinheiro de emenda dele, faça um piloto em seu Estado com o SEBRAE e a escola, para treinar esses jovens ta-lentos descobertos no ginásio. Seriam treinados até o 2º grau.

Os jovens sonham com a faculdade. Não adianta ter um diploma universitário e ser um desempregado. Seria bom que houvesse algum meio para financiar uma lanchonete na escola que sirva como modelo de empresa. Aí teríamos muitos jovens patrões e desco-briríamos o que é mais raro no mundo empresarial: o caráter empreendedor.

Alguém poderia pensar em um projeto nesse sentido.

É muito importante o jovem esquecer a televisão aos domingos.

Fiz isso há uns 4 anos. Milito na política em Águas Lindas, uma das cidades mais violentas do Entorno. Aprendi como organizar a sociedade numa favela, onde há muitas pessoas boas. Na Transamazônica, onde trabalhei durante 3 anos, também há pessoas boas.

Muito obrigado. O SR. PRESIDENTE (Deputado Lobbe Neto)

– Agradeço ao Bobe Filho as propostas.Com a palavra o Michael.O SR. MICHAEL – Deputado Lobbe Neto, quero

parabenizá-lo pela aprovação da resolução que cria o Parlamento Jovem Brasileiro na Câmara dos Depu-tados, uma iniciativa importante, uma ação concreta para trazer o jovem para dentro do Congresso Nacional e, dessa forma, despertar seu interesse pela política e participação na vida pública.

Sr. Deputado, hoje falo não como filiado do PMDB, mas como representante do Presidente Henrique Pi-res, como jovem, como formulador de políticas públicas para a juventude. Aos 16 anos, fui presidente de grêmio estudantil e comecei a estudar a matéria.

Cumprimento a juventude presente na figura de um amigo com quem iniciei a militância nas políticas públicas. O Alessandro de Leon é um dos grandes for-muladores de políticas públicas neste País.

Deputado Lobbe Neto, estamos há mais de 1 ano discutindo no Congresso Nacional as políticas de juven-tude. Discutimos a parte conceitual, a faixa etária. Sem dúvida nenhuma, são discussões que vão nos ajudar a instituir o marco legal da juventude brasileira. O que precisamos fazer agora é discutir propostas.

Tenho acompanhado algumas conferências e te-nho visto muita ideologia e pouca proposta. Creio que esta Comissão, daqui para frente, tenha de empenhar-se em fazer grupos de trabalho. Tenho medo que uma conferência nacional, com a presença de 3 mil jovens, transforme-se num grande espetáculo teatral.

Nosso objetivo com a conferência nacional é fazer grupos temáticos. E fazer grupos temáticos di-vidindo 3 mil pessoas é muito complicado. Acho que esta conferência, na metodologia dela, de início, foi muito mal elaborada. Ela deveria ter nascido nos mu-nicípios porque os problemas não estão nos Estados nem na União.

Sr. Deputado, fui Secretário de Administração e Finanças no interior e sei que as dificuldades que os jovens enfrentam estão nos municípios.

As conferências regionais são importantes, só que não funcionam se a base, se o jovem do interior, se o grêmio estudantil, se o movimento municipal de juventude não participarem delas.

Sugiro a algum Deputado que apresente reque-rimento no sentido de que seja feito um estudo, um le-

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vantamento, pela Consultoria desta Casa, de todos os projetos de lei que tramitam com o tema juventude.

Há várias proposições em tramitação e outras arquivadas, e esta Comissão precisa de discuti-las.

Existem propostas que criam programas de in-centivo ao jovem rural e outros grandes projetos de lei parados por falta de discussão.

Proponho que o Ministro Luiz Dulci seja convo-cado para audiência pública nesta Comissão a fim de dar explicações sobre o trabalho do grupo interminis-terial e dizer onde estão os 34 programas de governo relacionados à juventude. A juventude brasileira quer ter acesso a esses programas.

Estou analisando a LDO e tenho visto que mais uma vez os programas de juventude estão ausentes.

Falou-se do Programa Primeiro Emprego. A revis-ta Veja do mês de março trouxe o diploma de derrota desse programa. Não estou criticando o Governo Lula, mas as ações de governo tanto de S.Exa., quanto de Fernando Henrique e de outros governos.

O Programa Primeiro Emprego não funcionou por falta de interlocução com a juventude. Mais uma vez, o Governo recusou-se a ouvir a juventude. Na época de sua formulação, procurei o Secretário de Políticas Públicas de Emprego do Ministério do Trabalho e co-loquei-me à disposição. Disse: “Vamos trazer a juven-tude, vamos promover discussões, vamos analisar o Programa Primeiro Emprego”.

Só quem conhece a dor da fome é quem passa fome e só quem sabe dos problemas da juventude são os jovens, principalmente os jovens de partidos porque iniciamos esse movimento há muitos anos. Portanto, somos nós, as juventudes partidárias, que temos a experiência, a bagagem.

O Programa Primeiro Emprego no Espírito San-to, meu Estado, criou apenas 23 vagas. Há Estado em que não se criou nenhuma. Sem dúvida alguma, é um programa que tem de ser revisto.

Para encerrar, quero fazer a leitura de um e-mail encaminhado ao gabinete do Deputado Marcelino Fra-ga, que assessoro, com o relato de um jovem de Minas Gerais sobre o reajuste do salário mínimo:

“Tenho 18 anos e ganho um salário míni-mo para viver. Acabo de entrar na idade adulta sem perspectiva de futuro, pois tenho de traba-lhar de 8h às 18h para ganhar o dinheiro com o qual só posso me alimentar uma vez ao dia. Não posso me divertir como as pessoas da minha idade e não consigo cuidar da minha saúde. Como todo cidadão que tem o dever de ajudar a Nação, de ser a pessoa que mais ama este imenso País, eu tenho o direito de reivindicar à Câmara um aumento maior para

o salário mínimo. Aumentem o salário mínimo, Deputados. Tenho 18 anos, mal comecei a vida e não agüento mais viver.

Salário mínimo de 260 reais é uma vergonha”.Muito obrigado.O SR. PRESIDENTE (Deputado Lobbe Neto)

– Peço a todos que façam suas considerações finais. Por favor, sejam breves porque já iniciou a sessão ex-traordinária, às 13 h, no plenário da Casa.

Concedo a palavra ao Vereador Henrique Pires, Presidente Nacional do PMDB Jovem, para as consi-derações finais.

O SR. HENRIQUE PIRES – Obrigado, Deputado Lobbe Neto.

Estou levando cópia do seu projeto para fazer uma adaptação na nossa querida Teresina.

Quero lembrar do aumento dado pelo Presidente Lula, inclusive agradando a gregos e desagradando a troianos. Deu apenas 0,58 centavos de aumento por dia. O PMDB defende um salário mínimo maior.

Sou do Piauí. O único Governador eleito pelo PT é do meu Estado. Os outros 2 foram reeleitos. Até hoje, temos os desabrigados de Teresina. A juventude teresinense está esperando a gentileza do Presidente Lula, que esteve no Estado.

Acho extremamente pesado quando se fala em 10 anos perdidos. No Piauí, há pessoas que dizem que pegamos 500 anos de atraso. Eu acho que não é bem assim. Com o tempo, o PT vai saber como é a admi-nistração pública, vai sentir que nem sempre o que se pensa é possível fazer. São várias forças que atuam no processo, principalmente nesta Capital.

A juventude do PMDB é formada por pessoas de 16 anos a 35 anos. Não sei se o Deputado Luciano Leitoa está presente. Nós estamos ainda com 31 anos e convidamos aqueles que pensam que a juventude se encerra com 29 anos, 30 anos para virem para o PMDB.

Criação da Comissão Permanente de Políticas Públicas para a Juventude. Esta é uma solicitação nossa.

Prorrogação dos prazos da ASEJUVENT. Que não sejam encerrados tão brevemente.

Os Deputados Benjamin Maranhão e Reginaldo Lopes queriam a força de V.Exa. para que se prorro-gue isso, para que se trabalhe ainda mais a questão do estatuto, do conselho e de uma possível Secretaria da Juventude ou Ministério da Juventude.

Estou muito feliz com a participação dos partidos políticos no processo, inclusive na conferência inter-nacional do próximo mês de junho.

Quero registrar, mais uma vez, que entregamos ao Presidente Lula, no dia 10 de janeiro de 2003, o

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pedido para criação do Conselho da Juventude e do Ministério da Juventude no Piauí.

O Piauí foi o primeiro Estado a ser visitado pelo Presidente recém-empossado.

Essas seriam as minhas considerações finais. Peço a Deus que continue abençoando os ho-

mens que fazem política e faço minhas as palavras da Deputada Alice Portugal. Ao lembrar Platão, ela disse que aos bons que não fazem política o castigo é serem governados pelos maus.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Lobbe Neto) – Obrigado ao Vereador Henrique Pires pela partici-pação.

Com a palavra o Sr. Rodrigo Delmasso, Secretá-rio-Geral da Juventude do PSDB do Distrito Federal.

O SR. RODRIGO DELMASSO – Deputados e demais presentes nesta audiência pública, primeiro, gostaria de parabenizar a juventude do PT pela ma-turidade adquirida.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Lobbe Neto) – Antes que o Rodrigo continue, quero registrar a presença do nosso amigo Rodrigo Abel, que trabalha com o Ministro Dulci. Ele veio prestigiar esta Comissão. Quando viajamos juntos, convidei-o para dela partici-par. Ele está fazendo tudo paralelamente à Comissão e não vem aqui participar. Tudo bem.

Com a palavra o Sr. Rodrigo Delmasso.O SR. RODRIGO DELMASSO – Parabenizo o

Rodrigo Abel pela presença.Continuando, gostaria de parabenizar a Juventu-

de do PT pela maturidade que adquiriu e demonstrou hoje na sua explanação.

Durante 10 anos de discussão de políticas de juventude, a Juventude do PSDB sempre convidou a Juventude do PT, e não sei por que ela nunca havia participado de uma discussão encabeçada pela Juven-tude do PSDB, diferente, Sr. Deputado, da UJS, que, mesmo sendo oposição ao Governo Fernando Henri-que, durante 8 anos, estava nas discussões mostrando seu posicionamento.

A Juventude do PSDB sempre respeitou, sempre deu espaço às juventudes de oposição.

Parabéns pela maturidade adquirida à Juventu-de do PT, que hoje no Governo entende que política não é apadrinhamento, que política se faz com cons-trução na base.

Portanto, gostaria de parabenizar a Juventude do PT por esse grau de maturidade adquirido quando as-sumiu o Governo Federal, obviamente, também levan-tando uma luta que a Juventude do PSDB há 10 anos vem encampando dentro da sociedade brasileira.

Sr. Deputado, gostaria de fazer uma complemen-tação quanto à minha fala inicial. São mais 3 propostas

que gostaria fossem postas no relatório da Comissão de Políticas Públicas.

A primeira é a criação de um fundo nacional de desenvolvimento do esporte. Esse fundo não deve ser centralizado somente no Comitê Olímpico Brasileiro, mas repassado às confederações nacionais dos es-portes olímpicos no Brasil.

Como citei, o caratê e outros esportes como o surf, nos quais há várias pessoas que se destacam no Brasil, não têm um apoio muito forte do Ministério dos Esportes.

Como segundo ponto, gostaria de referendar a proposta da Juventude do PMDB e declarar o apoio da Juventude do PSDB à criação da Comissão Perma-nente de Políticas de Juventude para que nesta Casa sejam levadas a sério as políticas de juventude.

Como terceira proposta, gostaria também de referendar o projeto de lei apresentado pelo Senador Antero Paes de Barros ano retrasado, criando um sis-tema de cotas para as universidades públicas. Só que essas cotas não podem ser étnicas e sim por classe social. Ou seja, 50% das vagas nas universidades públi-cas devem ser destinadas aos estudantes das escolas públicas, mas não aos estudantes que se transferiram para a escola pública durante o ano. É para aqueles estudantes que comprovarem realmente que vêm de uma classe social desprovida.

Quarta proposta: Referendar no relatório que a juventude é uma classe social e não meramente uma receptora de benesses oficiais, que não é somente um momento histórico que estamos passando, como várias pessoas vêm dizendo.

Juventude tem de ser considerada classe social sim, assim como mulheres, negros, porque, quer quei-ra quer não queira, somos mais de 46% da população brasileira.

Encerrando, gostaria de pedir o apoio a todas as juventudes partidárias que estão aqui para 2 projetos de lei apresentados pelo Deputado Lobbe Neto.

Um é o Projeto de Lei nº 2.030, de 2003, que regulamenta o estágio, que o coloca nas devidas con-dições.

O outro, Projeto de Lei nº 2.031, refere-se ao for-talecimento das entidades estudantis.

Quero lembrar que o Governo Fernando Henri-que recebeu em vários momentos muitas juventudes partidárias para a elaboração de políticas. Parabenizo a Juventude do PT pelo grau de maturidade que ad-quiriu entrando no Governo.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Lobbe Neto) – Com a palavra o Sr. Wadson Ribeiro para suas con-siderações finais. Peço-lhe que seja breve.

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O SR. WADSON RIBEIRO – Não vou gastar todo o meu tempo, Deputado.

Primeiro, reforço a iniciativa desta Comissão Es-pecial, que, de fato, fez um rico processo de debate das conferências estaduais.

Tive oportunidade de participar da Conferência do Maranhão. A UJS participou de quase todas as conferências. O relato que temos é de uma boa par-ticipação.

Destaco também que fazer este debate nesta Comissão, a exemplo de outros debates que estão ocorrendo, como o Projeto Juventude, em âmbito go-vernamental, o grupo interministerial, é uma demons-tração de que, com este novo Governo, o debate sobre a juventude tomou uma dimensão diferenciada.

Entendemos os limites que existem para uma apli-cação mais prática dessas políticas para a juventude. São limites também encontrados em outras esferas do Governo, fruto de uma situação também, a nosso ver, encontrada no País, como disse na minha intervenção inicial, depois de, no mínimo, 8 anos de um governo neoliberal, se formos honestos com o nosso Presidente Itamar Franco, que foi um Governo de transição.

Foram pelo menos 8 anos de desmonte do Es-tado nacional.

Acho que, quando a frente encabeçada pelo Lula derrota o neoliberalismo, inaugura-se no País um novo processo político. Nossa expectativa é de que esse novo processo político salde com nossa juventude uma dívida do Estado brasileiro.

Falaram muito bem sobre a violência, a educação básica e a superior, o emprego. Todas essas ques-tões mais sentidas pela juventude são fruto também, a nosso ver, de um desmonte do Estado nacional nos últimos 8 anos.

O Governo atual tem feito esforços no sentido de resolver essas questões.

É claro que, da nossa parte, fica uma certa an-gústia. Queremos ver todos esses programas acon-tecerem, materializarem-se, mas achamos que é um processo político que leva tempo.

Portanto, o papel da Câmara dos Deputados, do grupo interministerial e do Projeto Juventude é bem sério. Visa discutir mais a fundo essas políticas e apre-sentar à sociedade brasileira muito mais que políticas pontuais. Visa apresentar um projeto a médio e longo prazo para a juventude, um estatuto para a juventude, um conselho e uma secretaria nacional para a juven-tude, os quais possam reverter de fato toda essa situ-ação aqui encontrada.

A nossa contribuição no Governo nesse senti-do. O partido ao qual pertenço tem desenvolvido uma série de ações baseadas no Ministério do Esporte,

em destaque o Programa Segundo Tempo, que agora tende a tomar uma característica que pegue também uma parcela maior da juventude e não apenas uma parcela da infância.

É um programa que se soma a este esforço do Governo de instituir uma verdadeira política para a ju-ventude brasileira.

Uma série de outros projetos estão sendo dis-cutidos também naquele Ministério. Mas nossa ex-pectativa é esta.

Queríamos encerrar falando dessa maturidade da Comissão Especial de Juventude e das juventu-des partidárias. Vimos aqui hoje, além da juventude da base do Governo Lula, juventudes que compõem a chamada oposição ao Governo. Achamos que de-veríamos construir um pacto nacional que pudesse pensar as políticas públicas de juventude para além do posicionamento político de cada partido perante o Governo Federal.

Essa a nossa expectativa. Portanto, saudamos, pela grande contribuição que

deram à reunião, as juventudes do PSDB e do PFL, que vieram ao debate e expuseram as suas opiniões de forma muito clara e sincera.

Achamos que deveríamos contar com um sis-tema pluripartidário, suprapartidário, porque isso diz respeito à juventude brasileira e não a uma ou a outra corrente. Esse é um problema emergencial do Estado brasileiro.

Queríamos dizer que todas as críticas apontadas por nós a determinados programas, a determinadas insuficiências, especialmente a nossa fala inicial em relação ao Primeiro Emprego, partem do pressuposto de que fazemos parte deste Governo e acreditamos no seu êxito. Entendemos que, se este Governo der errado, os debates não apenas sobre a juventude, mas também sobre a Nação, o desenvolvimento e a gera-ção de emprego ficarão comprometidos.

Então, todas essas críticas que pontuamos neste espaço de debate e em outros a que somos chamados partem dessa premissa.

Fazemos parte deste novo momento e acredita-mos no Governo Lula. Achamos que ele reúne forças e precisa ter mais convicção transformadora, mais apoio e mais correlação de forças para aperfeiçoar todos es-ses programas, especialmente o Primeiro Emprego por ser, a partir de todas as pesquisas, o problema mais sentido pela juventude brasileira.

Portanto, em nome do Deputado Lobbe Neto, que preside esta sessão, queríamos parabenizar pela iniciativa todos os Deputados que compõem a Comis-são e todas as juventudes que se fizeram presentes neste debate.

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Também queríamos dizer que a UJS se encontra à disposição para ajudar neste debate na Câmara. Va-mos participar da Conferência Nacional de Juventude. Vemos com bons olhos as iniciativas tomadas por to-dos esses segmentos – Congresso Nacional, Governo Federal e sociedade civil. Acreditamos que resultará disso tudo um programa mais sério, mais coeso, com objetivos melhor traçados, os quais poderão levar a juventude a um novo patamar.

Muito obrigado.O SR. PRESIDENTE (Deputado Lobbe Neto)

– Agradeço a exposição ao Sr. Wadson Ribeiro, Pre-sidente Nacional do PCdoB.

Com relação a essas críticas que disse ter feito – é praxe o fogo amigo —, é importante criticar para se construir algo melhor.

Leve um abraço ao Ministro Agnelo Queiroz, do seu partido, que esteve na minha cidade de São Carlos no último fim de semana para inauguração do ginásio de esportes.

Estivemos juntos lá. Entendemos que esses pro-gramas do Ministério precisam ser reforçados. É ne-cessário descontigenciar as verbas do Ministério e aplicá-las no esporte e no lazer. Assim, o jovem poderá aproveitar o seu ócio para praticar esporte.

Passo a palavra ao meu amigo Rodrigo Abel, para falar alguma coisa após esse rejuvenescimento, esse emagrecimento de tanto trabalhar.

O SR. RODRIGO ABEL – Boa-tarde. Na verdade, Sr. Deputado, vim aqui cumprimen-

tar os amigos, mas, já que fui convocado para falar, faço-o com boa vontade.

Antes de emitir qualquer opinião, quero cum-primentar os membros da Comissão, em especial o Deputado Lobbe Neto, com quem tive oportunidade de compartilhar 15 dias na Europa conhecendo as expe-riências da Espanha, da França e de Portugal acerca das políticas públicas de juventude. Tenho certeza de que o Parlamento brasileiro se orgulha de todos os Deputados da Comissão, em especial dos Deputados Lobbe Neto e Reginaldo Lopes. Quero cumprimentá-los pelo trabalho que deve se materializar na Conferência Nacional de Juventude e dizer que o Governo está mui-to atento aos trabalhos da Comissão e de fato espera grande contribuição do Parlamento brasileiro.

Provavelmente na próxima semana os Deputados deverão conversar com o Ministro Luiz Soares Dulci, o Ministro-Chefe da Secretaria-Geral da Presidência, que está coordenando o grupo interministerial de po-líticas públicas de juventude.

Neste momento, estamos em um grande esforço de inflexão dentro do Governo, esse grupo é compos-to por 19 Ministros de Estado. Na segunda-feira retra-

sada o Presidente da República se reuniu com os 19 Ministros para avaliar o primeiro relatório, muito mais de reflexão acerca do que o Governo vem fazendo, acerca dos dados sociais e econômicos e da realidade da juventude brasileira. Até o final de maio estaremos trabalhando de forma acelerada para entregar um re-latório ao Presidente.

Hoje, particularmente, estamos realizando as ofi-cinas do grupo interministerial de juventude. Terminei uma oficina agora na parte da manhã e às 14h reto-maremos os trabalhos. E o Governo trabalha de forma acelerada para de fato responder a essa demanda, de fato construir uma política nacional de juventude, me-lhorar os indicadores sociais da educação, do trabalho, da geração de renda, da saúde, do meio ambiente etc. Ao final desses trabalhos, quero reiterar, é importante, o Governo não tem pretensão de fazer esse debate de forma escusa, não escutando a sociedade. Muito pelo contrário. É vocação deste Governo escutar a sociedade civil.

Nessa temática de juventude é importante dizer que não acumulamos, no último período, de forma con-sistente dentro do Governo Federal. E para dialogar com o conjunto da sociedade civil é importante o Governo ter noções claras do tamanho dos problemas. Até o final do mês devemos reunir as condições necessárias para dialogar de forma efetiva, de forma concreta com a juventude partidária, finalizar esse trabalho com o Parlamento e a sociedade civil organizada.

Cumprimento as juventudes partidárias por essa visão republicana, independentemente das disputas eleitorais e partidárias, que permite estarem senta-dos em uma mesma mesa discutindo um tema tão importante como o da política pública para a juventu-de brasileira.

Obrigado, Deputado, meus cumprimentos e conte conosco no que for preciso.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Lobbe Neto) – Obrigado, Rodrigo Abel. Espero que a conferência nacional possa contribuir, após a entrega do relatório do Deputado Benjamin Maranhão, com o Presidente da Casa, Deputado João Paulo Cunha, e com o Pre-sidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

As sugestões e propostas tiradas de todos os Estados e da conferência nacional deverão ser enca-minhadas ao Poder Executivo a fim de somar esforços. Bem assim, as propostas que saíram daqui, saíram da base, saíram dos Estados e de tantas e tantas audi-ências aqui realizadas.

Com a palavra o Sr. Deputado Hamilton Casara.O SR. DEPUTADO HAMILTON CASARA – Obri-

gado, Presidente, meu caro amigo Deputado Lobbe

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Neto, cumprimento os demais representantes da ju-ventude dos diversos partidos presentes.

Cumprimento o Rodrigo, cumprimento o Ministro Luiz Dulci, parabenizo o Deputado Lobbe Neto e todos os membros da Comissão, tenho absoluta certeza da importância do tema da juventude para a estrutura de qualquer nação. E quero exatamente falar nisso usan-do um pouco da expressão do Wadson, que abordou a questão das críticas. A juventude tem uma característi-ca própria, a irreverência, qualidade de ser o novo, de contestar da juventude. Há irreverência e essa qualida-de de ser o novo, de contestar, muitas vezes pecando pelo excesso. É exatamente a partir dessa irreverência positiva que promovemos afloramentos contraditórios, importantíssimos para o processo democrático e para a formação de uma sociedade democrática.

Suas palavras, na realidade, são oportunas. Te-mos que criticar, pois nada é perfeito. O todo é formado pelo conjunto das partes, e essas partes vão se en-caixando e se lapidando de acordo com as posições críticas que assumimos. E a crítica não tem que ser a crítica apenas pela crítica, mas a crítica pela cons-trução. Muitas vezes temos que nos criticar, porque ninguém detém a verdade.

Em outro momento, o Francisco, se não me enga-no, falou sobre a necessidade de um lócus no Gover-no com maior autonomia para cuidar de uma política pública voltada para a juventude. Entendo que seria muito oportuna a idéia de uma Secretaria Nacional para cuidar especificamente da questão da juventude. Essa secretaria estaria fora da Secretaria-Geral, a qual, en-tendemos, tem uma infinidade de atribuições.

Finalizando, Sr. Presidente, considero de extrema importância, nessas discussões, além da diversidade de idéias e opiniões em cada sigla partidária, não “fu-lanizar” ou “partidarizar” o que tem de ter o encaminha-mento público, o que tem de ter a fisionomia pública. Não podemos, de forma alguma, nos distanciarmos dos conceitos e dos princípios que deverão nortear as políticas públicas voltadas para a juventude. Ouvi com muita atenção, na fala de alguns dos senhores, que a juventude é uma célula muito importante. Deve haver uma preocupação dos governos, não apenas da União mas também dos Estados e Municípios, em entender que essa célula pode ser uma solução, ou um proble-ma, para qualquer sociedade de qualquer nação. De acordo com essa nova ordem mundial, a juventude tem um papel fundamental. Como entes federativos, dentro do princípio federativo, devemos entender que é pre-ciso haver políticas norteadoras, porque é a partir da juventude que poderá haver maior ou menor quadro na área de segurança, educação, saúde, desenvolvimento, meio ambiente, enfim, de todas as áreas.

Deputado Lobbe Neto, finalizo minha interven-ção dizendo que a juventude faz o papel do profeta; a história é um profeta de olhos voltados para trás. Ou entendemos a importância da juventude ou sofrere-mos, cada vez mais, a pressão dos problemas sociais se não formarmos, devidamente, dentro de princípios públicos, a nossa juventude.

Muito obrigado.O SR. PRESIDENTE (Deputado Lobbe Neto)

– Agradeço ao Sr. Deputado Hamilton Casara a par-ticipação; a todos que participaram desta audiência pública sobre política pública para a juventude; aos representantes dos partidos políticos que estiveram presentes. Acredito que essa participação foi extre-mamente importante.

Agradeço ainda aos Vereadores jovens, parti-cularmente ao Henrique e ao Romeu, e espero que tenhamos mais Vereadores, Prefeitos e Vice-Prefeitos jovens. A eleição está próxima, a militância partidária precisa participar efetivamente não só do dia-a-dia da construção de políticas para a juventude, mas tam-bém da própria política, da disputa de cargos, para, assim, renovarmos o segmento político nacional, com idéias novas, idéias jovens, e construirmos a Nação que desejamos.

Agradeço ainda a presença ao Rodrigo Abel. Es-pero que visitem mais vezes o Congresso Nacional e que esse estudo paralelo sobre a cidadania entre os 19 Ministros possa ser compartilhado com esta Co-missão.

Parabenizo e agradeço pela presença a Helena e a Clara, que praticamente administra sozinha a Se-cretaria desta Comissão, com o apoio dos consultores Ricardo e Helena.

Agradeço a todos a presença. Esperamos que a conferência nacional seja um sucesso.

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A ACOMPANHAR E ESTUDAR PROPOSTAS

DE POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A JUVENTUDE

Ata da Vigésima Nona Reunião Ordinária Re-alizada em 13 de Maio de 2004.

Aos trezes dias do mês de maio de dois mil e quatro, às dez horas e quarenta e sete minutos, no plenário 4 do Anexo II da Câmara dos Deputados, reuniu-se, ordinariamente, a Comissão Especial des-tinada a acompanhar e estudar propostas de Políticas Públicas para a Juventude, sob a presidência do Depu-tado Reginaldo Lopes. Compareceram os Deputados Benjamin Maranhão, Eduardo Barbosa, Eduardo Se-abra, Isaías Silvestre, Leonardo Picciani, Lobbe Neto, Luciano Leitoa, Marinha Raupp, Mário Assad Júnior, Odair, Reginaldo Lopes, Vignatti e Zonta, titulares; Ann

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Pontes, Homero Barreto e Maurício Rabelo, suplentes. Não compareceram os Deputados Alice Portugal, Cel-cita Pinheiro, Deley, Júlio Lopes, Júnior Betão, Marcelo Guimarães Filho, Milton Cardias, Pedro Irujo, Profes-sora Raquel Teixeira e Zico Bronzeado. ABERTURA – Havendo número regimental, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos. ORDEM DO DIA – I -Audiência pública para debater o tema “Juventude ru-ral”, com a presença dos Senhores Simone Battestin, Coordenadora da Comissão Nacional de Jovens, Tra-balhadores e Trabalhadoras Rurais – Contag; Cleide Almeida, Assessora da União Nacional das Escolas Famílias Agrícolas do Brasil – Unefab; Cynthia França, Assessora de Relações Institucionais do Instituto Alian-ça com Adolescentes, e Wellington Reis dos Santos, Diretor de Jovens da Federação dos Trabalhadores na Agricultura – Fetag; e II – Deliberação dos requerimen-tos: a) Requerimento nº 55/04, do Deputado Lopes, que “Solicita a realização de audiência pública com o tema “Concertação do Programa Primeiro Emprego”; b) Requerimento nº 56/04, do Deputado Leonardo Picciani, que ‘Solicita seja realizada audiência pública para discutir os reflexos do reajuste do salário míni-mo”. O Senhor Presidente convidou os palestrantes a tomar assento à Mesa para fazer as suas exposições. Falaram a respeito da matéria os Deputados Regi-naldo Lopes, Vignatti e Benjamin Maranhão. Dando continuidade aos trabalhos, a presidência colocou em votação os requerimentos, que foram aprovados. EN-CERRAMENTO – Nada mais havendo a tratar, o Se-nhor Presidente encerrou a reunião às dez onze horas e cinqüenta e cinco minutos. A reunião foi gravada, e as notas taquigráficas, após decodificadas, farão parte integrante desta ata. E, para constar, eu, , Ana Clara Fonseca Serejo, Secretária, lavrei a presente ata, que, após lida, discutida e aprovada, será assinada pelo Presidente Reginaldo Lopes e publicada no Diário da Câmara dos Deputados.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-pes) – Declaro abertos os trabalhos da presente reu-nião desta Comissão Especial destinada a acompa-nhar e estudar propostas de políticas públicas para a juventude.

Abordaremos nesta reunião de audiência pública o tema O jovem rural.

Convido para compor a Mesa a Sra. Cleide Al-meida, Assessora da União Nacional das Escolas Famílias Agrícolas do Brasil; o Sr. Humberto Oliveira, Secretário de Desenvolvimento Territorial do Ministério do Desenvolvimento Agrário; a Sra. Simone Battestin, Coordenadora da Comissão Nacional de Jovens Tra-balhadores e Trabalhadoras Rurais da CONTAG; a Sra. Cynthia França, assessora de relações institucionais

do Instituto Aliança com Adolescentes, e o Sr. Welinton Reis dos Santos, Diretor de Jovens da Federação dos Trabalhadores na Agricultura – FETAG.

Fizemos um pequeno acerto. Vamos começar da direita para a esquerda. Serão 20 minutos para cada expositor. Depois abriremos espaço para as perguntas dos Deputados. Cada um terá 3 minutos, com direito a réplica e tréplica.

Concedo a palavra à primeira palestrante, Simo-ne Battestin.

A SRA. SIMONE BATTESTIN – Bom dia, Sr. Presidente, companheiros e companheiras das diver-sas representações e todas as pessoas que estão no plenário.

Agradeço o convite para mais uma vez falar da juventude rural, através da CONTAG, da confederação nacional, das federações e dos sindicatos, e também dizer da importância de existir esta Comissão Especial, uma vez que políticas públicas para a juventude nunca foram algo forte, principalmente no caso de políticas públicas para a juventude rural. Estamos exatamente num processo de construção.

Peço licença para fazer uma homenagem a uma pessoa que faleceu há pouco mais de 1 mês. Era um jovem da Comissão Nacional de Jovens, um represen-tante do Estado de Mato Grosso, que faleceu no dia 2 de abril com câncer de pulmão decorrente de seus anos de trabalho com agrotóxicos. Um assalariado que faleceu com câncer de pulmão. Foi um processo muito rápido. É só para apresentar uma realidade em que vive a juventude rural deste País.

Alguns dados das Nações Unidas dizem que metade da população mundial tem menos de 25 anos. Dessa população, a cada 14 segundos um jovem é in-fectado com o vírus HIV. Essa realidade também existe no País, principalmente na área rural.

Fizemos no País ano passado 2 seminários sobre DST/AIDS e saúde reprodutiva. Vimos como essas in-formações nem chegam para a juventude, como é que se fala de sexualidade, ou principalmente como não se fala de sexualidade, de DST. Então, vejam como a juventude do campo tem sofrido com os problemas que temos com relação à saúde.

Todo esse embate sobre política liberal tem re-forçado a concentração de terras, o trabalho escravo e o trabalho infantil.

Ontem, felizmente, conseguimos aprovar a pro-posta de emenda à Constituição que trata de trabalho escravo, desapropriação, expropriação de todas as propriedades em que exista trabalho escravo. Foi uma conquista muito grande principalmente para a juventude, por conta de que, em relação ao trabalho assalariado, a faixa etária é a da juventude. São jovens analfabe-

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tos que são tirados principalmente do Nordeste, para o Norte, para serem utilizados em regime de trabalho semi-escravo.

Temos visto o êxodo rural que atinge a juventude e principalmente as mulheres jovens. As jovens saem muito mais do campo do que os rapazes por conta exatamente de um processo que já começa dentro da família, de não ter muito espaço dentro da família. Numa pequena propriedade que precisa ser dividida entre os filhos, a prioridade é dos homens. As mulhe-res sempre acabam tendo essas dificuldades e vão para a cidade, nem que seja para trabalhar como do-mésticas. Não descaracterizo o trabalho de doméstica, mas, pela falta de qualificação para outras atividades na área urbana, normalmente as jovens entram no trabalho doméstico.

Essa dificuldade da sucessão, o fato de essa terra não ser distribuída entre todos os integrantes da família, já é um dos principais fatores que têm levado a juventude a sair.

Um outro fator é a educação. Que política de educação temos para o campo? Os movimentos so-ciais, a UNEFAB, a ARCAFAR, o MST, a CONTAG e uma série de outros movimentos juntaram-se e cons-truíram uma proposta que, felizmente, hoje é lei, são as diretrizes de uma educação básica no campo. Mas até que essas diretrizes se tornem de fato uma prática de educação no campo, só ficamos nas experiências da Pedagogia da Alternância, nas experiências que alguns movimentos têm.

São exemplos muito pequenos, em relação ao tamanho do Brasil, de uma educação que realmente dialogue com a realidade rural. Na maior parte do País, o transporte escolar leva o jovem do campo para a ci-dade, e ali se fala de educação, desqualificando-se a condição de trabalhador rural. Essa é a educação que temos hoje. É um dos principais elementos que tira a juventude do campo.

Saúde. Como já disse, o jovem não tem acesso à saúde no campo. Há esse recorte da juventude para discutir as especificidades, os problemas que tem, dialogar sobre prevenção, a falta de reconhecimento de algumas práticas, como a fitoterapia, aquilo que é de costume na área rural. Quando vai procurar por saúde, quando vai procurar por educação, tem de ir para a cidade.

Esporte, cultura e lazer são outros elementos que têm tirado a juventude do campo. Todo jovem pre-cisa estar agregado a uma atividade esportiva. Isso faz parte do crescimento. No campo, o que temos de experiência de esporte, muitas vezes, é um campinho de futebol próximo à igreja. É naquilo ali que ele se concentra. A questão de sexo também está envolvida

nesse caso. Normalmente é aquele futebolzinho pra-ticado por homens.

Então, é uma série de problemas que tira a ju-ventude do campo.

Crédito. Quando se tem a terra, não se tem con-dições de produzir nela porque, não há crédito, não há políticas que de fato possam dar condições ao jovem de produzir de forma a realmente atender às necessi-dades daquele grupo familiar.

Usei inclusive o exemplo do Zé Maria para dizer isso. Pelo menos nos nossos espaços temos sempre falado da agroecologia. A juventude quer estar no cam-po produzindo, mas não nos moldes que temos hoje, com toda essa quantidade de agrotóxicos sendo usa-da todo dia, uma assistência técnica que muitas vezes incentiva a utilização do agrotóxico na própria agricul-tura familiar. No caso do trabalho assalariado, não é preciso o incentivo, é uma questão da relação entre o patrão e os empregados e as empregadas, que são obrigados a lidar com aquilo ali. A juventude do mo-vimento sindical quer produzir seguindo os princípios da agroecologia porque, primeiro, não quer se matar e, segundo, não quer matar quem for consumir esses produtos oriundos da agricultura familiar.

Essas são algumas das dificuldades. Eu quero apresentar alguns desafios e algumas propostas tam-bém. No ano passado, fizemos 10 seminários no País e depois fechamos isso aqui num seminário nacional, em que produzimos uma carta-proposta da juventude. Nela são citadas as políticas públicas que achamos que devem ser criadas para a juventude rural. É ób-vio não está traduzida toda a diversidade existente no País, mas são alguns elementos que buscamos trazer, caracterizando as grandes regiões.

Durante esta semana, faremos a negociação do Grito da Terra. Aproveitamos para convidar todos os senhores para esse evento. Na próxima semana será feita a mobilização, com 5 mil trabalhadores e traba-lhadoras em Brasília.

Também há propostas específicas da juventude. Todas as outras propostas constantes dessa pauta que foi entregue ao Governo e que está sendo negociada esta semana tratam também da juventude rural. Então, mais uma vez vamos entregar esse material.

Alguns dos desafios que temos. As políticas pú-blicas para a juventude precisam ser construídas com a juventude, para que de fato tenham raiz no Município. Esses espaços, como os conselhos, de discussão, cria-ção, avaliação precisam ser fortalecidos no Município, que é de fato onde as políticas têm de ser aplicadas. Precisamos tomar conhecimento do que existe no campo, na área rural. É necessário haver muito mais Parlamentares falando da agricultura familiar, da situ-

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ação dos assalariados e das assalariadas. Aí na fren-te tem uma outra situação bem inversa acontecendo neste momento.

Precisamos articular essas políticas. Do ano pas-sado para cá, aconteceram muitos debates em que se falou da juventude rural. Mas, repito, precisamos arti-cular essas políticas, esses desejos, os movimentos sociais como um todo. Todas essas ações precisam buscar de fato a participação da juventude. A juventu-de precisa ser protagonista na ação e principalmente no resultado dessa ação. Para realmente construirmos políticas que respondam às necessidades da juven-tude, precisamos conhecer a realidade da juventude brasileira.

Não existe pesquisa neste País a respeito desse assunto. Estamos em fase final de levantamento dos dados de uma pesquisa que realizamos por amostra-gem com o UNICEF. Infelizmente, ela não vai mostrar tudo que desejaríamos, mas pelo menos teremos in-formações sobre a juventude rural em âmbito nacional. Há algumas pesquisas localizadas, mas não existe nenhuma que traga informações específicas sobre a situação da juventude rural em relação ao trabalho, à família, às drogas, à efetividade, à saúde, à educação. Também não existe pesquisa que torne conhecida a consciência política da juventude rural, que demonstre o que ela pensa sobre o País.

Pensa-se que a juventude rural não tem consciên-cia política, mas ela tem, e isso pode ser comprovado com essa carta. Na verdade, a juventude rural só não dispõe de espaço para exprimi-la. Precisamos fazer um diagnóstico a respeito da juventude rural.

Temos de fazer a defesa da educação, seja quem formos ou em que lugar estejamos, como uma das principais ferramentas de melhoria, a longo prazo, da precária condição em que vive a juventude deste País, principalmente a juventude rural.

Temos em mãos 2 documentos que registram propostas do setor agrícola, relativamente a crédito e a assistência técnica. São propostas que dizem respeito à reforma agrária. Quando da distribuição da terra, é necessário considerar os jovens e as mulheres, o que não tem ocorrido.

Quanto ao Programa Primeiro Emprego, per-cebemos que não tem havido o correto diálogo com a juventude rural nos aspectos de educação, saúde e agroecologia, que são os principais focos a serem tratados pelas políticas públicas.

Então, grosso modo, essas são algumas das con-tribuições que quero trazer. Estou à disposição para esclarecer algo mais, se for preciso.

Obrigada. (Palmas.)

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lopes) – Obrigado, Sra. Simone Battestin, Coordenadora da Comissão de Jovens Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais da CONTAG, pela belíssima contribuição.

Depois, a Comissão gostaria de ter acesso à pes-quisa do UNICEF, fundamental para o nosso trabalho e para o relatório final.

Concedo a palavra à próxima expositora, Sra. Cleide Almeida, Assessora da União Nacional das Escolas Famílias Agrícolas do Brasil.

A SRA. CLEIDE ALMEIDA – Bom dia a todos, companheiros da Mesa, Deputados. É um prazer estar aqui para representar a escola família, a UNEFAB e os CEFFAs, falando um pouco sobre a juventude do campo e as políticas públicas voltadas para ela.

Nossa fala está sistematizada e é orientada por pesquisa recentemente defendida no primeiro mes-trado internacional de Pedagogia da Alternância, re-alizado na semana passada. Trazemos aspectos de um trabalho realizado ao longo de 2 anos para serem submetidos a reflexões e discussões. Temos também proposta, baseada em trabalho concreto, de projeto de educação para a juventude do campo.

Partimos do significado da palavra “juventude”. Segundo o Novo Dicionário Aurélio da Língua Portugue-sa, juventude é o mesmo que adolescência. Portanto, é uma fase de transição, de uma série de mudanças que precisam de acompanhamento e orientação. Por isso, são necessárias políticas públicas que dêem um norte para esses jovens, a fim de que construam um futuro digno e mais humano.

Trata-se de uma fase do desenvolvimento humano muito privilegiada. Aspectos intelectuais, psicológicos, afetivos, sociais e políticos formam o conjunto de po-tencialidades inerentes aos jovens. Mas muitas vezes, porém, faltam espaços e elementos que possibilitem ao jovem desenvolver esse potencial, principalmente ao jovem do campo, muito limitado.

Olhando por essa perspectiva, podemos dizer que hoje no Brasil há diferentes juventudes. Até no campo há diferença entre jovens e, de forma mais ampla, também há na cidade. E essas diferenças devem-se mesmo às questões econômicas que enfrentamos no País.

Há jovens que muito cedo precisam trabalhar para sobreviver. E alguns deles que estão no campo acabam migrando para as cidades. Muitos jovens do meio ru-ral estão fora da escola, fora do projeto de educação, porque chegaram a determinada fase de escolaridade em que não são mais atendidos no campo. Eles têm 1 alternativa: sair do campo e ir para a cidade ou perma-necer no campo e parar os estudos. Nessa situação de interromper os estudos encontram-se hoje muitos jovens filhos de trabalhadores rurais.

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Os jovens rurais são mais humanos e emotivos e conservam muitos dos seus valores culturais. Por isso a importância de investir numa política pública voltada para o jovem do campo. Devemos ajudar o jovem a permanecer no campo. Ali ele conserva seus valores, suas relações afetivas, de respeito e de soli-dariedade. Quando ele sai do campo e vai para a ci-dade, ele se depara com situação diversa, com outro tipo de relação com os jovens, com a violência, de que acaba vítima. Aliás, no campo a violência é menor do que na cidade.

Os jovens do campo têm grande riqueza de sa-beres relacionados com as plantas, com os animais, com a terra. Eles têm uma forma simples de conviver e de viver.

Com o Projeto CEFFAs, que existe desde 1935 na França e desde 1969 no Brasil, tem-se lutado constan-temente para se assegurar a permanência do jovem no campo, na comunidade em que ele vive. Com projeto de educação voltado para o campo, com pedagogia específica, temos tentado oferecer ao jovem pilares que lhe assegurem a permanência no campo.

Um dos grandes desafios que os jovens do campo enfrentam hoje é a influência da cidade. A proximidade muito grande que existe entre campo e cidade acaba influenciando muito a vida dos jovens do campo.

No campo há carência de políticas públicas para o jovem, de educação de qualidade, de saúde e lazer. Aliás, muitas vezes são essas carências que empur-ram o jovem para a cidade. Para nós isso tudo é fato concreto, constatado pelas nossas experiências. Por isso temos tentado investir muito num projeto de edu-cação específica para o campo.

Então, os CEFFAs, as casas familiares rurais, as escolas famílias agrícolas são experiências de educa-ção para manter o jovem no campo. Oferece-se uma educação que vai formar o indivíduo integralmente e vai ajudá-lo a desenvolver o seu meio como um todo. Com essa experiência, com essa pedagogia, os CE-FFAs atualmente encontram-se presentes em 22 Es-tados brasileiros, com mais de 200 unidades em fun-cionamento, e atendem hoje cerca de 15 mil jovens, conseqüentemente filhos de 100 mil famílias de agri-cultores e agricultoras.

Por que 100 mil? Porque um CEFFA não só en-volve o pai e a mãe do aluno, mas a comunidade como um todo. E seu objetivo é provocar o desenvolvimento daquela comunidade. Então, independente de o meu filho estar inserido em qualquer projeto de educação, sou beneficiada pela comunidade e faço parte das fa-mílias que têm sido beneficiadas por este projeto, que abrange hoje cerca de 500 Municípios no Brasil. E já formaram mais de 31 mil jovens. Por isso podemos dizer

que é uma experiência concreta, que ainda temos de caminhar muito e precisamos que as políticas públicas se voltem para esse projeto educacional.

Podemos dizer, segundo recente pesquisa, que dos 30 mil jovens formados pelos centros em alternância 87% permanecem no meio rural. E permanecem de-senvolvendo suas propriedades ou algum determinado trabalhado, tornando-se lideranças de vários grupos e ajudando no desenvolvimento da comunidade.

Esse modelo de educação tende a assegurar uma unidade, por abranger hoje 5 continentes. E aí nos asseguramos, enquanto projeto de educação, em 4 pilares que tentam garantir nossa unidade, que é a associação das famílias.

O CEFFA não pode nascer numa comunidade se as famílias não estiverem envolvidas no projeto. A pedagogia da alternância consiste no conjunto de ins-trumentos que assegura a formação integral do jovem e o ajuda a caminhar em sua comunidade favorecendo, assim, o desenvolvimento do seu meio.

Quanto à formação integral do indivíduo, en-tendemos que, além de preparar o jovem para viver no campo, defender o campo e fazer do campo um bom lugar para se viver, é preciso também receber formação para, enquanto cidadão, estar à frente de qualquer oportunidade que lhe apareça na vida. E o desenvolvimento do meio é um dos pilares fortes para garantir a permanência do jovem no campo. Por isso investimos em projetos. E a um dos instrumentos que nos assegura isso chamamos projeto profissional do jovem, que tende a assegurar a permanência do jovem com desenvolvimento concreto em sua propriedade, em sua comunidade, em sua realidade.

O que entendemos necessário nas políticas pú-blicas voltadas para a juventude? Por que hoje é im-portante trabalhar fortemente em cima disso? Primeiro, a riqueza da população camponesa deve ser resgata-da, valorizada e utilizada, pois os conhecimentos têm conteúdo humano e ecológico que visam defender o meio ambiente. E precisamos resgatar isso.

A escola do campo tem de ser construída com a efetiva participação das comunidades envolvidas. Por isso tentamos assegurar um dos primeiros pila-res, que é a associação das famílias, para garantir efetiva participação das famílias, ou seja, para os pais poderem participar coletivamente e dizer que modelo de educação querem para seus filhos. E acreditamos ainda que a juventude do campo, pelas próprias ca-racterísticas dessa fase de vida, tem muito a oferecer para o desenvolvimento local. Por isso necessita de oportunidades e de orientação, apesar dos avanços dos movimentos sociais no que tange às leis sobre a educação no campo. Como dito aqui há pouco pela

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companheira que me antecedeu, o caminho da con-cretização dessa escola é longo e necessita da orga-nização das comunidades camponesas no sentido de exigir, de participar e de sugerir a escola da sua comu-nidade, porque queremos a escola da comunidade, a escola do jovem do campo.

Se olharmos sob essa perspectiva, veremos que há hoje muitos investimentos em escolas no campo, mas com o modelo das cidades. E isso não queremos. Queremos uma escola feita para o jovem do campo com as raízes culturais do povo camponês – e é o que falta.

Entendemos também estar comprovado, por mui-tos estudos, que o campo é a saída para resolver dois graves problemas brasileiros: a fome e a falta de postos de trabalho. Essas saídas representam uma alternativa que o campo oferece. Portanto, temos de investir nelas.

Também a formação de pessoas e o desenvol-vimento humano são pré-requisitos para o desenvol-vimento sustentável. Se as populações camponesas tiverem consciência do que têm direito, elas vão buscar, vão atrás, vão reivindicar. Por isso é preciso formação, e as escolas planejadas para o povo do campo podem oferecer esta oportunidade.

Acreditamos ainda que o desenvolvimento local depende da competência e do conhecimento das pes-soas para lidar com novas tecnologias, preservação do meio ambiente e geração de renda. Daí a importância dos jovens rurais e da educação que defendemos.

A partir de nossa experiência, podemos dizer que os CEFFAs têm comprovado, ao longo de seus 68 anos de história, ser uma alternativa para a formação dos filhos dos agricultores familiares.

No Brasil, necessitamos ser reconhecidos pelos convênios. Infelizmente, apesar de a proposta ser con-creta e mostrar várias experiências como as referidas aqui, ainda não é reconhecida pelos governos. E pre-cisamos desse reconhecimento e contar com dinheiro público, pois esse é um direito das famílias de traba-lhadores rurais. Temos feito alguns contatos, elabora-do projetos e encaminhado vários documentos, nos quais pedimos o reconhecimento da pedagogia da al-ternância, o reconhecimento dos CEFFAs como projeto educacional. Não como projeto único, porque sabemos que muitos outros movimentos também desenvolvem a educação no campo, lutam por um projeto educacio-nal, mas entendemos que, no momento, somos uma das experiências concretas e uma das alternativas de educação para o jovem daquela localidade.

Reivindicamos do Governo que esse projeto seja reconhecido, a fim de podermos contar com o dinheiro

público para dar continuidade a um trabalho que garanta hoje 87% da juventude no campo. (Palmas.)

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-pes) – Muito obrigado, Sra. Cleide Almeida.

Concordo plenamente com a filosofia da Escola de Família Agrícolas. As que conheço no Estado de Minas Gerais são fantásticas, e a grande maioria atua no Vale do Jequitinhonha, no Vale do Mucuri, em regi-ões mais empobrecidas.

Com a palavra a Sra. Cynthia França, assessora de relações funcionais do Instituto Aliança com Ado-lescentes.

A SRA. CYNTHIA FRANÇA – Bom dia a todos. O Instituto Aliança considera este momento muito es-pecial, porque de certo modo percebe aqui um con-senso: o reconhecimento do potencial do jovem como agente de transformação social. Essa é a crença, esse é o trabalho que o instituto aplica em 3 microrregiões do Nordeste brasileiro.

Com todas as diversidades e características de personalidade de cada representante das instituições, chegamos aqui a um consenso: o reconhecimento do jovem como agente de transformação social.

O Instituto Aliança tem participado da Comis-são da Juventude, contribuído para a metodologia da conferência e apresentado uma série de discussões e documentos em relação a nossa experiência nessas 3 microrregiões que envolvem áreas rurais do Nordeste brasileiro, nas quais trabalhamos a formação e o de-senvolvimento pessoal e humano do jovem, toda a sua parte produtiva e social.

Eles adotam a metodologia da educação pelo trabalho, desenvolvem projetos de voluntariado juve-nil com visão de empreendedorismo social e aplicam os projetos em suas comunidades a fim de integrar os diversos atores sociais, assim trazendo resultados fantásticos do ponto de vista do envolvimento desses atores e da representatividade do grupo jovem nas comunidades locais. Hoje eles integram os jovens do Projeto Aliança, os conselhos tutelares, estão nas Câmaras de Vereadores dos seus Municípios como assistentes, trazendo a questão da juventude local para a discussão na Câmara. Todos esses espaços de exercício político e social têm dado para o Insti-tuto Aliança resultado muito significativo do ponto de vista do empoderamento do jovem e de seu papel na construção de uma territorialidade mais próxima dos anseios daquele público e mais condizente com o de-senvolvimento local integrado e sustentável.

O Instituto Aliança tem quatro propostas mui-to simples dentro da Comissão de Juventude Rural. Gostaríamos de ver aplicadas as leis das diretrizes nacionais da educação no campo e que conseguísse-

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mos aqui, por intermédio da Comissão, efetivo apoio junto ao MEC, para que as diretrizes saiam do papel e passem a se tornar realidade, porque, de certa for-ma, contemplam todas os instrumentos e ferramentas necessários a uma mudança qualitativa.

Gostaríamos ainda que se iniciasse uma ampla discussão sobre o conceito de emprego e trabalho do jovem rural, aplicando uma educação para o trabalho e para a vida, numa visão que contemple o empre-endedorismo juvenil. Nós, do Instituto Aliança, temos grande experiência nessa área. E estamos à disposi-ção da Comissão para avaliação.

Convidamos o Deputado Vignatti para conhecer o projeto, os arranjos produtivos que já conseguimos construir com cooperativas jovens nas microrregiões com resultados fantásticos na área de ecoorgânica, piscicultura, usando sempre as vocações da micror-região para valorizar o desenvolvimento do capital produtivo.

Gostaríamos também que fossem revistas as li-nhas de crédito hoje destinadas ao campo, ampliando o raio de atuação da população jovem, que hoje não consegue ser contemplada com as linhas já existen-tes. Na concepção do Programa Primeira Terra há uma proposta democrática, mas que não consegue atingir o jovem do campo, e os requisitos e processos buro-cráticos acabam, de novo, agindo como mecanismo de exclusão do jovem. Como trabalhamos a questão das cooperativas agrícolas, percebemos que muitos jovens gostariam de ter seu espaço e terra para ampliar o seu processo produtivo. Como não têm acesso a crédito, porém, não conseguem esse avanço.

Queremos propor também que pensássemos num conjunto de políticas públicas que atendesse ao conceito de uso do tempo livre desse jovem rural, con-templando ações de esporte, lazer, cultura e arte como instrumentos de integração do jovem com os potenciais da sua localidade e da sua comunidade, estimulando principalmente as ações de voluntariado e empodera-mento social dos jovens rurais do Brasil.

Agradeço pela oportunidade de mais uma vez estar aqui e me coloco à disposição da Comissão para qualquer apoio que seja necessário.

Era basicamente isso o que tinha a dizer. Muito obrigada. (Palmas.)O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-

pes) – Agradeço à Sra. Cynthia a contribuição e passo a palavra ao Sr. Welinton Reis dos Santos, Diretor de Jovens da Federação dos Trabalhadores na Agricul-tura – FETAG.

O SR. WELINTON REIS DOS SANTOS – Bom dia a todos. Como atuo no movimento sindical, desculpem-

me se eu encontrar dificuldade de falar. Não sei falar como um Parlamentar ou juiz, mas farei o possível.

Há necessidade de se discutir juventude nos diver-sos segmentos da sociedade brasileira. Neste momen-to, temos o que é consenso nas diversas modalidades de juventude. Existem juventudes urbanas, culturais, estudantis, rurais. Existem também jovens que atuam há pouco tempo e outros há mais tempo. Do ponto de vista de sexo, existem o jovem e a jovem.

A discussão acerca da juventude rural envolve diversas representações da Mesa. A juventude rural é também isolada das diversas políticas governamentais, sociais, civis etc. Exemplo disso foi dado pela UNEFAB através da pedagogia da alternância.

A Comissão Especial de Políticas para a Juven-tude veio num momento fantástico, apesar de tardio, quase 10 anos depois. O Governo Itamar Franco criou a Semana Nacional da Juventude, o que depois fi-cou no esquecimento. Seu resgate se deve à criação desta Comissão pelo Deputado Reginaldo Lopes. No meio rural, vimos a necessidade da discussão acerca dessa questão porque a juventude está abandonan-do do campo.

A Sra. Simone fez um comentário interessante sobre o que provoca o êxodo rural, especificamente o da juventude. Faltam perspectivas no campo, condi-ções de estudos, geração de emprego e renda, ener-gia elétrica. O confronto entre cidades urbanas e rurais foi bem retratado pelo Prof. José Eli da Veiga em seu livro Cidades Imaginárias, que nos faz entender o que é urbano e o que é rural, como ser urbano e como ser rural. Precisamos discutir o mundo rural. Devemos le-var em conta os projetos e programas de Governo do passado. No mundo rural, existem regras que chama-mos de leis de papel. Não temos conhecimento delas, mas, quando as conhecemos, os órgãos competentes não as cumprem. Precisamos entender os objetivos dos programas e projetos.

Na etapa baiana da Conferência Nacional de Ju-ventude, o Ministro do Esporte disse que há 28 pro-gramas para a juventude. A juventude rural conhece apenas metade disso – se estiver exagerando, por favor, corrijam-me. Alguns programas realmente atendem à juventude rural.

Para não ser repetitivo, pois muitas questões já foram comentadas no ano passado, na Semana Na-cional da Juventude, ressalto que foram realizados dez grupos de trabalho, que discutiram diversos temas, mas nenhum deles com afinco. Precisamos deixar claro que a juventude hoje representa importante e fundamental segmento no conjunto da sociedade, principalmente no campo. A carta-proposta, elaborada pelo movimen-to sindical dos trabalhadores e trabalhadores rurais,

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no ano de 2003, na comemoração dos 40 anos desse movimento sindical institucionalizado, podemos dizer assim, foi um retrato da juventude rural, mas precisa-mos ver que retrato tem a juventude de tudo isso.

As propostas apresentadas pela juventude e es-pecificamente voltadas para ela tratam de questões de saúde, educação, cultura, esporte, agricultura familiar, trabalho assalariado, reforma agrária, ecologia e meio ambiente. Nessa proposta há manifestações diversas da juventude que o Projeto Nossa Primeira Terra não contempla. Há comentários de que também o Programa Primeiro Emprego não contempla a juventude. E não são só comentários e falácias que o PRONAF Jovem não contempla a juventude no conjunto – infelizmente, essa é a constatação. A juventude rural assalariada não é contemplada em nenhuma linha do que é ins-tituído no programa. A juventude rural foi deixada de fora de tal programa.

A Comissão Especial destinada a elaborar e dis-cutir propostas para a juventude deve e precisa inserir em seu rol de atuação a juventude rural e trabalhar de forma integrada com a Comissão de Agricultura, que, na grande maioria, é dirigida e composta por membros da representação patronal dos grandes proprietários. É preciso haver integração com tal Comissão para existir afinidade com o que o outro fala. Precisamos entender que uma das questões colocadas hoje nos programas políticos governamentais para a juventu-de é principalmente a da idade. Precisamos fazer um recorte, porque os programas – os mais diversos da ordem governamental – atendem jovens de 16 a 24 anos. E jovem, especificamente para movimento sin-dical, é alguém de 16 a 32 anos. Como podemos dis-cutir uma alternativa para contemplar também esses jovens com idade acima dos 24?

Algumas questões relativas à elaboração da con-ferência e do propósito de constituição da Comissão, assim como a elaboração de um plano nacional de juventude e/ou, conseqüentemente, a criação de uma secretaria especial de juventude ou de um ministério da juventude foram levantadas. Ainda não há, porém, uma definição. De qualquer forma, deve ser levada em conta a juventude rural. Todos esses dados passados aos senhores são vivenciados pelo conjunto da ju-ventude rural. Devemos ter esse entendimento. Como dizia Maikovski em outros tempos, o futuro não virá por si só; temos de construí-lo. Precisamos ver essas questões, discutir o problema da juventude, de modo a fazer com que essa questão venha a ser objeto de uma política de Estado.

Ainda ontem disse no Ministério do Esporte que essa questão deve vir a ser uma política de Estado, a consolidação de propostas para a juventude, não

simplesmente e/ou meramente uma política governa-mental, uma política de governo. Isso precisa e deve ser uma política de Estado. Nós devemos ter uma po-lítica de Estado, no âmbito federal, estadual e muni-cipal, nas diversas instâncias em que atuamos como, digamos assim, representantes do segmento, tanto no Parlamento quanto nos diversos movimentos. Temos de enfrentar todas essas questões.

Para concluir, temos desafios a serem supe-rados, como integrantes da juventude rural. É claro que isso não contempla todos os anseios do conjunto da sociedade. E isso também passa pela Comissão, pela elaboração do plano nacional da juventude, para promover mudanças do comportamento familiar, pro-porcionando a esse contingente a oportunidade de participar da gestão da propriedade e da renda. O grande desafio que temos é lutar pela implementação de uma política nacional para a juventude do campo e da cidade, fazer a integração entre campo e cidade, assim como falamos, na militância, da reforma agrária, da integração da luta camponesa com a luta operária. Precisamos disso.

Cabe também elaborar um programa de micro-crédito para atividades produtivas da juventude. Só um recorte a mais, nisso: há 2 anos há uma proposta de crédito para a juventude apresentada em âmbito nacional pelos Deputados Beto Albuquerque e Orlan-do Desconsi. No ano passado tivemos, na CONTAG, algumas discussões nesse sentido. Em que ordem se encontra isso, aqui? Não temos conhecimento de como está essa discussão em âmbito nacional. Temos 2 projetos tratando dessa questão, apresentados pelo Deputado Estadual Heitor, ex-Presidente da FETAG do Rio Grande do Sul, e pelo atual Presidente da FETAG da Bahia, Deputado Edson Pimenta. Até então só te-mos essas definições de crédito.

Cabe também lutar por um maior acesso da ju-ventude ao crédito do PRONAF e aos Fundos Consti-tucionais. E isso engloba o FNO, que é o Fundo Consti-tucional do Norte, o FNE, que é o Fundo Constitucional do Nordeste, e o Fundo Constitucional do Centro-Oes-te. É preciso haver uma integração desses fundos. É preciso buscarmos casar, digamos assim, a discussão da juventude com a de geração de desenvolvimento, de rendas, enfim, procurarmos propostas concretas, que tenham sustentabilidade, acima de tudo. Precisa-mos promover políticas públicas locais que atendam às necessidades da juventude rural. Precisamos im-plementar as diretrizes operacionais para a educação do campo. Muitos dizem que não se trata de educação no campo, mas de educação rural. Entendemos que é educação do campo, voltada para o campo, educa-ção no campo.

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Finalmente, cabe a nós lutar pelo acesso da ju-ventude à terra. É o que foi dito aqui por Cynthia. E ainda aprofundar com a juventude o debate sobre o crédito fundiário, especificamente sobre o Programa Nossa Primeira Terra, e inserir no Programa Primeiro Emprego as demandas da juventude rural. Essa é a questão que é levantada. E mais: estimular o associa-tivismo, com ênfase no cooperativismo, como meio de empreendimento para a juventude, numa discussão integrada, unificada; promover a produção agroeco-lógica, como alternativa à produção com agrotóxicos e transgênicos, matéria que está na Ordem do Dia; estimular a participação, do ponto de vista da orga-nização, da juventude na estrutura sindical, na asso-ciação, na questão sindical dos trabalhadores e das trabalhadoras rurais; por fim, estimular a participação da juventude no processo de disputa eleitoral nos Mu-nicípios em 2004.

Como bem foi definido aqui, antes, juventude é uma fase intermediária. Se formos consultar o Aurélio, vamos constar que juventude significa o mesmo que adolescência; porém, não é bem assim, não é neces-sariamente essa a ordem. Precisamos de integração. Não é estranho, por exemplo, que o tema em discus-são não seja só e meramente a juventude, a inclusão da geração, essa questão toda; o que está é jogo é o poder. Estamos trabalhando, discutindo a juventude como protagonista, como sujeito de poder; o que está em jogo, repito, é o poder. Como costumamos brincar – mas é sério – na Comissão Nacional de Jovens, principalmente os bigodudos muitas vezes não dão liberdade, não dão condições para a juventude orga-nizar-se, mobilizar-se nos diversos segmentos. Esta-mos discutindo essa questão, e muitas vezes nossa discussão é mal vista simplesmente por isto: o que está na ordem do dia é o poder.

O poder sempre teve, por uma questão cultural, como vimos muito bem, medo do novo. Muitos têm medo da novidade. Precisamos ter clareza disso, le-vando em conta a consolidação do Plano Nacional da Juventude. Esta Comissão, quando o bonde já estiver andando, como costumamos dizer, pode ser destituída, mas até então precisa ser uma Comissão Permanente. E espero que daqui a alguns dias, quando voltarmos ao plenário, possamos trazer relatos iguais à Comis-são de Gestão e Finanças. Precisa de uma Comissão Permanente que discuta de fato, como eu disse, uma política de Estado para a juventude.

Esta é a nossa contribuição. Poderemos escla-recer algumas dúvidas, caso ocorram. Um abraço a todos. (Palmas.)

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lopes) – Muito bem, Welinton. Obrigado pela contribuição.

O Programa Primeiro Emprego tem uma mo-dalidade que se preocupa com o jovem rural, que é a modalidade dos consórcios. Parece-me que serão construídos 3 consórcios rurais. Os consórcios para a juventude englobam com as questões regionais, urba-nas e rurais, e as questões temáticas, de gênero, de raça, das mulheres etc. Na verdade, há até uma políti-ca que estimula o Consórcio Social da Juventude, que estará trabalhando com a qualificação e a colocação do jovem rural.

O primeiro inscrito é o Deputado Vignatti.O SR. DEPUTADO VIGNATTI – Quero cumpri-

mentar o Presidente Deputado Reginaldo Lopes e o Relator Deputado Benjamin Maranhão. Acho que é importante a participação de todos neste processo. A idéia de fazer esta audiência não estava ligada à quantidade de Deputados, mesmo porque, graças às notas taquigráficas, todo este debate vai servir para o nosso trabalho, para a nossa consultoria, com as propostas e as experiências que vocês nos trazem, a fim de enriquecermos o relatório para a Conferência Nacional. Com certeza os vários Estados já trabalha-ram nesse tema.

Desafiamos, em alguns Estados, as represen-tações da juventude organizada a apresentarem, em estágios diferentes, propostas para esse tema. Lá em Santa Catarina fizemos 5 audiências regionais; em 3 delas apareceu com força a questão da juventude do campo, que Cleide levantou aqui. Além do aspec-to do capital, há o componente cultural regional, que é muito forte, e há a questão das etnias. A discussão da situação do índio é diferente da discussão da situ-ação do negro ou do europeu; o alemão é diferente do italiano; o polaco é diferente do alemão e do italiano. Eles diferem na forma como se organizam, no modo de colonização, no jeito de trabalharem, com suas di-versas experiências.

Nós tivemos a presença de 600 jovens nessa audiência. De Santa Catarina eram em torno de 70, 80; foi o maior grupo de trabalho rural que trabalhou essa questão do campo. Esse grupo trabalhou todos os temas. Discutir a juventude do campo implica discu-tir tudo. Todos os temas cruzam-se, não há outro jeito, porque se tem de discutir o tempo livre, ou o esporte, ou a educação, o acesso à terra, o emprego rural. To-das as questões que se discutem, do ponto de vista da juventude, no geral abrangem o campo também. Constrói-se essa realidade.

Acho que a presença de vocês nesta reunião enriquece de fato o debate e contribui para melhorar o nosso relatório, até para tomarmos conhecimento de experiências mais concretas e organizadas. No ano passado não conseguimos realizar uma audiên-

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cia pública antes da Conferência Nacional e do lan-çamento Plano Nacional da Juventude. O desafio que nos foi apresentado é o de saber se o trabalho para a juventude em geral é diferente no campo e na cidade. Ocorre que no campo os dados estatísticos apontando questões de renda, de discriminação e até a de educa-ção são mais acentuados. Para constatar isso, basta analisarmos a média de escolaridade no campo, que não chega à metade da média de escolaridade na área urbana, que por si só já é um problema.

Outro desafio, sobre a questão da educação para a juventude, é a experiência extraordinária das escolas rurais, como bem apontado por Cleide, que conhece de perto aquela realidade. Há outras experiências de cursos de nível médio e técnico que trabalham para que os jovens rurais voltem à roça, experiências es-sas que são fantásticas também para o País. Mas o principal projeto implantado em Municípios pequenos foi o da nucleação. Poucos Prefeitos preocuparam-se com o fato de que a nucleação se desse no campo. A maioria das experiências teve o sentido de levar o jo-vem do campo para as cidades, porque era muito mais barato e fácil de resolver se as Prefeituras custeassem apenas o transporte escolar. Aqueles Municípios que trabalharam a questão da educação no próprio campo, em especial com a nucleação, sob a coordenação de uma secretaria que investia na educação rural, com pessoas que articulavam bem o projeto, alcançaram um extraordinário êxito, porque passaram a discutir a própria realidade de vida daquelas comunidades.

Houve o esvaziamento do campo nos últimos anos, principalmente devido ao êxodo mais acentuado dos agricultores familiares. Vieram para as cidades não só os jovens, mas também seus pais. Esse fenômeno resultou no esvaziamento das escolas rurais e influiu diretamente na média de natalidade, que decresceu nos últimos anos de forma acentuada. Acredito que atualmente o índice de natalidade deve chegar a 1,8, sendo um pouco maior no campo. Mas isso também fez com que diminuísse o número de jovens. Antes as famílias eram numerosas. Os casais tinham 12 ou 13 filhos, até porque precisavam de mão-de-obra para trabalhar na roça. Esse conceito de juventude rural foi transformando-se, o que também contribuiu para a redução do número de filhos.

O desafio na área de educação é fantástico. A questão da democratização da família, como citou Welinton, ainda é um problema sério no campo. A cul-tura machista é muito mais forte. O chefe de família é a figura muito mais presente no campo, no próprio jeito de trabalhar com o cultivo da terra, nas relações internas, familiares, e isso faz com que muitas vezes aquele único jovem que permaneceu no campo se

submeta à vontade do pai, à maneira de trabalhar e viver do pai. E isso também faz com os jovens deixem o campo.

Os mecanismos governamentais, educacionais e de financiamento, por exemplo, como o PRONAF e outros, devem ser democratizados. Temos que trabalhar com o objetivo de facilitar a possibilidade de acesso do jovem a esses mecanismos.

Simone também participou de um seminário na-cional do Instituto de Cidadania, onde ouvimos várias experiências da juventude organizada no País, do movimento social organizado. A garotada citou essa questão do esvaziamento do campo, com ênfase para a questão da mulher. A mulher vem para a cidade para trabalhar como doméstica, e torna-se uma boa profis-sional, principalmente porque vem de família organi-zada, desenvolve seu trabalho com tranqüilidade e é extremamente obediente, mas vive em um ambiente desconhecido e acaba servindo como mão-de-obra barata, sendo explorada. A preferência na escolha de uma empregada doméstica recai sempre sobre alguém oriundo do campo, porque a relação de trabalho de-senrola-se mais facilmente.

Os jovens falaram também sobre a necessidade de financiamento para comprar motocicletas, porque as moças vão para a cidade e não querem mais voltar. O pessoal debateu muito essa questão, pois é difícil encontrar uma namorada que goste de ficar no campo. Quem vai para a cidade não quer mais voltar ao cam-po. Essa questão também foi levantada no sentido de se garantir o acesso a comunidades diferentes. Foi um debate que resultou no pleito da primeira moto, como alusão ao projeto do primeiro emprego. O importante para aqueles jovens era a possibilidade de aquisição da primeira moto. Para os jovens urbanos isso pode ser motivo de brincadeiras, mas é a realidade enfren-tada pela juventude rural. A maioria das pessoas que permanece no campo é composta de homens jovens, com, portanto, necessidade de constituir família. Por isso enfatizo a necessidade de uma pesquisa sobre a idade no campo, o tempo em que a pessoa permanece lá, na faixa etária considerada de jovens.

Ainda nesse contexto situa-se a necessidade da democratização familiar, porque no campo o jovem de-mora muito mais tempo para sair de debaixo da barra da saia da mãe ou do bigode do pai. O tempo realmente é maior para que consigam essa independência. Com a maturidade, o jovem acaba conseguindo fazer esse debate familiar e esse enfrentamento interno sobre a questão do campo.

Então, os desafios colocados para a juventude do campo são, com certeza, muito maiores do que os da juventude urbana. Na região oeste de Santa Catarina,

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onde se verifica, proporcionalmente, o maior êxodo rural do País, por ser uma região estritamente de agricultura familiar, estudos do instituto estadual de pesquisas, o IPAGRI, revelam que em 10% das propriedades rurais não há a figura do sucessor. É um fato que denuncia o acentuado esvaziamento do campo, principalmente pela saída da juventude.

Para encerrar, se vocês visitarem a churrascaria Bufalo Bio em Brasília, o Porcão no Rio de Janeiro ou outras grandes casas em São Paulo, verão exemplos consistentes desse êxodo rural. Por ocasião de um al-moço no Porcão do Rio de Janeiro, com vários Prefei-tos, quando fomos tratar de um problema no BNDES de um empresa de Chapecó, verificamos que de 30 empregados 17 eram jovens oriundos da agricultura familiar do oeste de Santa Catarina. Em Brasília ocorre o mesmo. São jovens que vêm para a cidade trabalhar como garçons em churrascarias e vivem em condições subumanas, porque moram em kitchenettes com 10 ou 12 beliches oferecidos pela empresa. Muitas vezes vêm do campo desconhecendo essa realidade e nem carteira assinada têm, pois sequer sabem desse di-reito. Até terem conhecimento da realidade, acabam sendo explorados duplamente. Muitos vêm para con-seguir melhores condições de vida, mas voltam para a cidade do interior, não mais para a roça, e sim para construir outra vida nas cidades.

Essa realidade sobre o mapeamento da juventude rural de fato precisa ser objeto de uma boa pesquisa. Vocês estão corretos. O Instituto Perseu Abramo e o Instituto de Cidadania fizeram uma excelente pesqui-sa sobre o mapeamento da juventude rural no Brasil. Tenho o resultado do trabalho aqui, mas ele não trata apenas da juventude rural e não é capaz de nos dar subsídios para elaborarmos uma política pública. Espe-ramos que na Conferência Nacional avancemos nesse debate e consigamos dar passos importantes.

Em conversa, ontem, com o pessoal do Instituto Aliança, falei sobre a possibilidade de esta Casa rea-lizar, até o final do ano ou no início do ano que vem, uma conferência específica para o campo deste País. Vamos convidar os que trabalham pelo campo para dis-cutir e lançar o Grito da Juventude do Campo, porque há vários atores juvenis que trabalham essa questão do campo e que precisam encontrar-se e organizar-se para construir pautas comuns. A conferência pode servir de espaço para isso, mas devemos aprofundar-nos neste debate de caráter nacional.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-pes) – Obrigado, Vignatti.

Passo a palavra ao Deputado Benjamin Mara-nhão, nosso Relator.

O SR. DEPUTADO BENJAMIN MARANHÃO – Quero saudar nosso Presidente Deputado Reginaldo Lopes e também o Deputado Vignatti, representante não só da juventude brasileira, mas principalmente da juventude do campo. Nesta Comissão existe um as-pecto interessante: a grande maioria dos Deputados é de origem rural ou de pequenas e médias cidades do interior. Se fizermos um levantamento aqui, vamos constatar essa realidade. Portanto, todos têm um pé fincado na roça, na pequena propriedade rural. Daí a necessidade que sentimos de realizar esta audiência pública, convocando entidades que tratam do tema da juventude rural, no afã de buscar subsídios para o relatório.

Ocorreu um avanço muito importante. Nós fize-mos as conferências estaduais, como disse o Deputado Vignatti, e pudemos ouvir tanto a juventude rural de Santa Catarina, que enfrenta seus desafios em relação às características e peculiaridades da região, quanto a juventude rural de locais distantes, ermos, do semi-ári-do, do Norte do País, do Acre, do Pará, onde existem distâncias imensas a serem vencidas. Poucos têm idéia do que aquele pessoal passa. As pessoas ficam 2 a 3 dias num barco para chegar a algum lugar. Não têm acesso a escolas, enfrentam condições terríveis.

Deputado Reginaldo, nesta Comissão temos a obrigação de ver o lado positivo do campo. Welinton mencionou a questão do camponês, antigamente um termo que se aplicava ao trabalhador do campo. De-pois do regime de 64 ele foi praticamente banido pela repressão, devido ao trabalho realizado pelas ligas camponesas. É um termo próprio e bastante belo para designar o homem do campo.

Temos de procurar, não só esta Comissão, mas a Comissão de Agricultura e muitas outras, fazer um trabalho para viabilizar uma mudança estratégica do Governo em relação à política agrícola. Até agora o Governo não finalizou uma política ampla para o campo. Digo isso não só no que concerne à reforma agrária. A reforma agrária, com toda a certeza, é a pedra fun-damental dessa política. Mas, no meu entendimento, mais importante até do que o acesso à terra é a as-sistência aos assentados.

Vivemos um momento em que existem no Bra-sil muitos e muitos assentamentos onde a condição é extremamente precária, não só do ponto de vista da produção agrícola, com técnicas atrasadas, com falta de acesso aos meios de produção por parte dessas famílias, como também do ponto de vista dos direitos fundamentais, como o direito à escola, que não é um problema apenas dos assentamentos, mas das famí-lias que vivem na zona rural como um todo. Ainda não houve determinação política no sentido de que haja

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um envolvimento estratégico para que isso funcione, para que haja uma política voltada para a escola ru-ral, para dar ao jovem acesso a um mínimo de lazer e cultura. Isso não existe. Se o jovem na cidade gran-de enfrenta problemas, pelo menos lá ele tem como se manifestar. Já o jovem do meio rural, não. Ele está completamente isolado.

Acredito que a forma como vamos levar nosso relatório é positiva. Vamos demonstrar que o campo é o motor da economia brasileira. Se não fosse a parcela de contribuição dada pelo agronegócio nesses anos, com certeza a situação econômica do País seria bem pior. Nossa balança comercial não estaria como está, nem o PIB. Houve um recuo no ano passado, mas ele teria sido muito maior se não fosse a parcela de con-tribuição do campo em relação à produção no Brasil.

Precisamos ter, por parte do Governo, uma po-lítica clara em relação ao campo, não uma política de confrontamento. Acredito que haja lugar para o agro-negócio, para a grande propriedade, voltada para a agricultura de exportação – e o País precisa disso. A economia do Brasil de forma nenhuma vai viver sem que haja grandes plantios de soja, de algodão, de milho, de café e tantos outros, necessários até para a geração de emprego e renda. Sabemos do impacto que a riqueza gerada por esse trabalho no campo tem no interior de Estados como Goiás, Tocantins e São Paulo.

Ao mesmo tempo, é preciso que o Governo defi-na claramente uma política voltada para a agricultura familiar, que também tem seu espaço. O agronegócio voltado para a exportação e a agricultura familiar volta-da para o abastecimento das cidades funcionam muito bem nos países desenvolvidos. O que aconteceu no Brasil, nos últimos anos, pela ausência de políticas agrícolas, foi que se criou a idéia de que o subsídio agrícola é um palavrão. Não se pode pensar de forma alguma que um jovem de uma pequena propriedade vá viver da agricultura de subsistência. Sabemos que os primeiros bens de consumo que chegam a uma família rural hoje em dia são uma antena parabólica e uma televisão. Muitas vezes não há geladeira nem outro eletrodoméstico, mas há uma antena parabóli-ca e televisão. Às vezes até colocam uma estaca para sustentar a antena parabólica.

Querer que esse jovem rural que vê novela, co-merciais, propagandas, num bombardeio de consu-mismo incrível, fique no campo por idealismo não vai funcionar. Por isso a menina vai para a cidade trabalhar como empregada doméstica, porque vai ter acesso a festas, a um salário que lhe possibilitará fazer crediário em uma loja para comprar um tênis da moda ou uma roupa, e por aí vai. Precisamos de uma mudança de política estratégica. E nosso relatório vai indicar isso.

Precisamos de um pacto nacional para que o campo, que doou tanto ao Brasil sem receber quase nada em troca, tenha sua importância reconhecida na política de Governo. Não adianta partirmos para embates ide-ológicos, para confrontos entre trabalhadores e pro-prietários rurais. Não. Temos de estabelecer diretrizes corretas de reforma agrária, de apoio à agricultura familiar, de apoio aos assentamentos que já existem aos milhares espalhados pelo Brasil e que se encon-tram em situação extremamente precária, de apoio à profissionalização do jovem rural.

Cada dia mais a agricultura avança, e as super-safras que temos tido nos últimos anos devem-se a esses avanços tecnológicos que aconteceram. Preci-samos manter esse desenvolvimento do agronegócio, mas, ao mesmo tempo, fazer com que, por meio da capacitação profissional e da geração de empregos, a agricultura familiar também tenha acesso a tecnolo-gias similares, mas voltadas para o tipo exato de pro-dução, para o papel de produtora e abastecedora das cidades. É esse o caminho que podemos apresentar, não há outro. Não há forma de mudar essa realidade simplesmente com questões ideológicas.

Às vezes, fico muito triste quando vejo alguns companheiros Deputados na Câmara fazerem discur-sos demagógicos em lugar de apresentarem proposi-ções concretas no sentido de alterar a situação das famílias que vivem na zona rural. Convivi com isso porque fui Prefeito por 6 anos, nasci e criei-me com esse pessoal, sei da queda de qualidade de vida que houve, assim como os Deputados Vignatti e Reginaldo Lopes. É preciso haver uma mudança efetiva. Como disse antes, sem subsídios agrícolas, sem uma for-ma de incentivar esse pessoal a ficar na zona rural, a produzir e viver com dignidade, não teremos como in-verter esse quadro de êxodo rural e até de abandono dos jovens do campo. Isso só se resolve se dermos a eles condições de viverem com dignidade na zona rural. Com certeza, ninguém vai querer viver pior por-que tem amor à terra.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lopes) – Obrigado, Deputado Benjamin Maranhão.

Pergunto ao Deputado Luciano Leitoa se quer fazer uso da palavra.

O SR. DEPUTADO LUCIANO LEITOA – Mes-mo chegando agora, desejo um bom dia a todos. Eu estava na Comissão de Agricultura e de Educação discutindo o sistema de quotas, mas não poderia dei-xar de participar do debate aqui, Deputado Reginal-do, palestrantes presentes, apesar de ter chegado no final da reunião.

Vim aqui no horário previsto para o início da reu-nião e perguntei se realmente começaria no horário,

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mas como as reuniões nunca começam no horário marcado, porque vários Deputados têm atribuições em várias Comissões, não pude ficar.

Eu sou do Maranhão, um dos Estados brasileiros que têm maior índice populacional na zona rural. Isso representa uma grande dificuldade. De certa forma, o Maranhão hoje é um dos piores Estados, em termos de educação e de saúde. O Maranhão é campeão nos piores índices sociais em vários aspectos. Isso de cer-ta forma decorre da questão do jovem rural. Não ouvi tudo que foi discutido aqui, mas tenho conhecimento das dificuldades do jovem rural. E tenho certeza de que os Deputados Vignatti e Benjamin Maranhão já apontaram essas dificuldades, além dos senhores que participam desta audiência.

Infelizmente, os jovens de zonas rurais são co-locados em uma situação difícil. Poucos conhecem o computador. Ficam até com medo de que os morda. Isso acontece com quem é realmente do interior, da zona rural, nos locais de distante acesso. Infelizmen-te, as oportunidades são muito diferenciadas. Querer comparar um jovem da zona urbana com um jovem da zona rural não procede. A situação deles é desigual.

Como já está tarde, Deputado Reginaldo, depois assistirei à gravação em vídeo desta reunião e consul-tarei as notas taquigráficas.

Parabenizo a todos. Não fiquem chateados pelo fato de o plenário estar vazio.

Como hoje é quinta-feira, muitos Parlamentares já viajaram para seus Estados, e outros estão reuni-dos em outras Comissões. Eu, em particular, tive de participar de duas, concomitantemente.

Sr. Presidente Reginaldo Lopes, parabenizo V.Exa. por esta iniciativa e desde já me coloco à disposição para discutir qualquer outro assunto. Certamente, no encontro dos dias 16, 17 e 18, vamos aprofundar cada vez mais o debate sobre o jovem rural.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-pes) – Agradeço ao Deputado Luciano Leitoa a cola-boração.

As políticas públicas para o jovem rural consti-tuem a meta deste nosso debate. No campo há muitas demandas, relativas não só à saúde – e até à sexua-lidade, como bem lembrou o colega —, mas também ao crédito, à política de geração de emprego e renda, à política habitacional e ao financiamento de moradia, conforme bem salientado pelo Deputado Benjamin Ma-ranhão. Na verdade, é ao conjunto, à transversalidade das ações que visamos. Este é um exercício fantástico. Este debate, nobre Relator, serve para fortalecermos nossas ações, a fim de contribuirmos para a juventu-de, já que o foco será ela.

Uma das especificidades que também pode ser debatida diz respeito às regiões empobrecidas das ci-dades metropolitanas, onde há um conjunto de jovens expulsos do campo enfrentando toda sorte de proble-mas sociais e agravando as dificuldades do País.

Fiquei plenamente satisfeito com as falas dos Deputados Vignatti e Benjamin Maranhão, e quero pa-rabenizá-los, assim como parabenizo todos os exposi-tores. Certamente vamos encontrar-nos na conferência nacional, onde haverá um grupo específico de trabalho sobre o jovem rural para aprofundar a discussão desse tema, já que estão previstas 8 horas de debate.

Passo agora a palavra, por 5 minutos, para os expositores fazerem suas considerações finais.

Com a palavra a Sra. Simone Battestin, da CON-TAG.

A SRA. SIMONE BATTESTIN – Aproveito estes 5 minutinhos finais para dizer que percebi uma certa provocação em um comentário feito. Sem dúvida o agro-negócio tem causado um enorme impacto na economia do País, maior ainda nas áreas social e ambiental da agricultura brasileira. Nos arredores de Brasília pode-mos ver os campos de soja, que, por sinal, são muito bonitos, aquele imenso verde; mas por trás dessa plan-tação há a soja transgênica. Infelizmente, não temos espaço para discutir o que pensamos sobre isso.

No começo da minha fala, comentei que há pou-cos dias um jovem da Comissão Nacional havia morrido de câncer nos pulmões porque trabalhava com pro-dutos agrotóxicos. Estamos vendo que os problemas existem, mas nada fazemos. Por exemplo, vende-se 1 hectare na Região Sul por um preço e compra-se terra da agricultura familiar nas Regiões Norte e Nor-deste para plantar soja. Realmente, o agronegócio é importante para a economia do País, mas precisamos avaliar outros impactos. O impacto ambiental causado pelos imensos campos de soja devastam o cerrado no Centro-Oeste e as florestas no Norte. Será que para sustentarmos este País precisamos da cultura da soja ou de qualquer outra monocultura?

Esses são problemas cotidianos. A agricultura fa-miliar não prevalece sobre a agricultura patronal, que é vista a partir do que oferece para a economia, mas vale salientar que a agricultura familiar também é de grande importância para o PIB do País.

O SR. DEPUTADO BENJAMIN MARANHÃO – Se V.Sa. me permite, o problema é de estratégia. Ninguém pode acabar com o agronegócio porque ele é fundamental para o desenvolvimento do País, inclu-sive para a geração de recursos para se investir na agricultura familiar. Em termos de políticas públicas, devemos deixar claro qual o papel da agricultura fami-liar e do agronegócio para o País e qual o modelo de

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desenvolvimento que se deseja. Obviamente, o meio ambiente tem de ser preservado, como vem sendo. O Brasil possui muitas áreas de preservação. Para os senhores terem idéia, os Estados Unidos não têm hoje mais fronteira agrícola a ser desenvolvida. Se for feito um levantamento, atualmente o Brasil concor-re em pé de igualdade com qualquer país do mundo em produção agrícola, com o detalhe de termos uma fronteira agrícola a ser desenvolvida, enquanto outros países como Estados Unidos, Europa não têm mais como fazê-lo. E temos como fazer isso respaldados na legislação ambiental, obviamente preservando-se o meio ambiente.

A SRA. SIMONE BATTESTIN – Correto. É o cha-mado desenvolvimento sustentável, e precisamos ava-liar todos os elementos que fazem parte dele, pensar na economia, mas principalmente no meio ambiente e na área social, no custo/benefício de cada uma des-sas políticas.

Várias pessoas falaram das políticas hoje exis-tentes para a juventude rural e os problemas que en-frentamos. Quanto ao PRONAF Jovem, discute-se seu principal problema: o acesso. Para se ter acesso ao programa é requisito básico o jovem estar na pe-dagogia da alternância, ou nas escolas agrotécnicas, ou ter 100 horas de formação. Discordamos profunda-mente desse critério, porque, como disse a colega, a pedagogia da alternância ainda não foi assumida pelo Governo para no momento de se oferecer outra políti-ca pública exigir que o jovem seja aluno. Ele não tem oferecido isso mas cobra em outra política o acesso da juventude a esse tipo de educação. E quais são os processos de formação que acontecem no Município para que o jovem tenha 100 horas e receba um diplo-ma? Que informação é oferecida para que ele tenha acesso ao PRONAF? Ou seja, não adianta nada criar uma política com uma gama de restrições.

Outro problema é o sobreteto. Nesse caso, a si-tuação de dependência ou de subordinação à família não diminui. Para que o jovem tenha acesso hoje ao PRONAF é necessário que o pai ou a mãe se inscre-va no programa. Se isso não for feito, o jovem estará praticamente fora dele.

Quanto ao Primeiro Emprego, nas negociações desta semana fomos informados sobre os consór-cios. Pretendemos estender esse processo, mas uma de nossas principais preocupações, em relação ao Primeiro Emprego na área rural, onde existe uma grande informalidade, é com a possibilidade de que, de repente – não estou dizendo que venha a aconte-cer, mas isso dependerá de fiscalização e de intenso acompanhamento de nossa parte —, as empresas rurais se utilizem desse recurso para empregar uma

determinada parcela juventude, já que existe ali um valor que serve de incentivo, e acabe por ocupá-la em excesso. Por isso nossa discussão sobre emprego, so-bre as condições da área rural, por não termos o tipo de educação que gostaríamos de ter. Como é que o jovem que é assalariado poderia ter condição de es-tudar? Principalmente porque são raros os lugares no interior em que há ensino médio. A distância da área rural até a cidade é muito grande e acaba não sendo possível para trabalhar porque o ônibus têm de pegar os alunos muito antes da hora em que eles saem do trabalho nas empresas. Não estou referindo-me ao trabalho informal.

Outro ponto: só agora algumas associações vão começar a operar com dinheiro no banco, mas sabe-mos que o principal gargalo é comprovar a condição de trabalhador com 5 anos de experiência que é pre-ciso ter para conseguir o crédito. E aí vamos esbarrar na falta de documentação bancária, na burocracia e também na quantidade de recursos destinados a essa política. Não há recursos para todo o País. Na CONTAG dizemos que o movimento sindical defende a reforma agrária, principalmente a reforma agrária por meio de desapropriação, mas entendemos que há Municípios em que isso não vai acontecer porque não há proprie-dades a serem desapropriadas; então, essa é a úni-ca forma de ter acesso à terra, e aí esbarramos nos problemas burocráticos dos bancos, que dificilmente abrem as portas para mulheres e jovens.

Isso não é uma provocação negativa. Isso é po-sitivo. Não podemos ficar aqui falando só de coisas ruins. Temos de falar do potencial que a juventude do campo tem a oferecer. Mas essa juventude do campo é levada a acreditar que é atrasada. O campo brasi-leiro é visto como um espaço de atraso, de quem não teve condições de ir para a cidade, que teve de ficar de castigo no campo. Assim é a cultura que pregam para a juventude rural. É o que os jovens ouvem todos os dias dos meios de comunicação. Nós queremos aca-bar com a idéia de que campo é sinônimo de atraso, de que juventude rural não tem inteligência, não tem capacidade, não tem criatividade, não tem potencial. Nós sabemos que tem, mas tudo isso fica muito es-condido, com a supervalorização de tudo que existe na cidade.

Sr. Presidente, mais uma vez agradecemos a to-dos. Esperamos ser sempre lembrados em todos os espaços que estão sendo criados para discutir o tema da juventude rural.

O SR PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-pes) – Muito obrigado, Sra. Simone Battestin, da CON-TAG.

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Janeiro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 17 01037

Passo a palavra à Sra. Cleide Almeida, da União das Escolas Família Agrícola.

A SRA. CLEIDE ALMEIDA – Agradecemos o convite para comparecer a esta Comissão e apresen-tar nosso trabalho e nossas propostas. Acredito que o Governo tem de começar a discutir as políticas pú-blicas para a juventude olhando o jovem como sujeito e não como objeto ou como mendigo. Muitas vezes observamos que as políticas públicas já estão pensa-das para o campo, mas não com a participação das pessoas do campo, seja com os jovens, seja com os agricultores familiares. Os organizadores precisam pensar com eles, e não apenas para eles. Muitas ve-zes esquecem que o jovem do campo é o protagonista desse trabalho.

E nós trabalhadores da Pedagogia da Alternância, apesar de todas experiências que temos, não fomos reconhecidos. No atual Governo estamos começando a ocupar um espaço para lutar por esse reconhecimen-to. Acredito que esta Comissão seja mais um desses espaços, e ao longo dos últimos 2 anos de modo mui-to mais efetivo.

Estamos abertos a todos os movimentos rurais que estão em busca de educação de qualidade para as pessoas do campo, seja na área da Pedagogia da Alternância, seja uma educação específica para os habitantes do meio rural. Nós estamos juntos nes-ta luta, defendendo um projeto de educação para o campo. Seja ele qual for, nós estamos nessa luta para defendê-lo.

Para finalizar, quero dizer que no Brasil não há uma proposta governamental para os jovens do campo. As escolas da zona rural utilizam a mesma proposta da escola urbana, como os professores, os outros pro-fissionais, os baixos salários, a falta de estrutura físi-ca e pedagógica. Esse tipo de educação tem gerado desestímulo aos jovens, aos estudantes, quando se trata da busca pelo conhecimento científico ou de sua formação integral, e tem feito com que eles se omitam em ser sujeito nesse processo de educação.

Agradeço a todos em nome da UNEFAB que eu e a companheira Selma Batista representamos .

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-pes) – A Sra. Cleide tocou em um ponto importante: se formos comparar a formação dos jovens do campo com a formação dos jovens indígenas, esta já está mais avançada, pois existe um processo de formação diferenciada, tanto com relação à escolha dos profes-sores, que se dá nas aldeias, como com relação à di-reção das escolas. Em Minas há uma comunidade em São João das Missões, Xacriabás, onde até para as escolas resgata-se a forma arquitetônica das aldeias. Ou seja, já há um grande avanço na política educa-

cional indígena no Brasil. E já está previsto na LDB a formação diferenciada. Se há algum movimento da sociedade civil que tenha atuado e exercido um papel importante, do qual sou testemunha e participante, são as Escolas-Família Agrícolas. Na minha opinião, o Estado tem de ser o executor, tem de ser o respon-sável, mas ele pode ter como parceira a sociedade civil organizada; e aí, mantendo toda a independência da Pedagogia de Alternância, do projeto pedagógico. Na minha opinião, o Governo deveria urgentemente reconhecer as Escolas-Família e autorizar um repas-se financeiro mensal. Talvez não possa ser uma cota do FUNDEF, pois isso poderia abrir precedente para outras experiências, mas deveriam reconhecer que essa é uma experiência de sucesso, que tem resultado positivo e que leva em consideração as questões do campo. Eu quero ser testemunha do trabalho realizado pelas senhoras e pelos senhores.

A SRA. CLEIDE ALMEIDA – Quero acrescentar que alguns Estados já apóiam escolas com funcioná-rios e com alguns programas que as beneficiam. Mas, no geral, no Brasil, ainda há muito mais instituições estrangeiras do que brasileiras ajudando essas esco-las. Contamos também com a colaboração e a parce-ria das famílias, que são elos muito fortes e efetivos para a sua construção. Por isso precisamos lutar muito para garantir que essas escolas sejam reconhecidas e assim possamos ter reconhecidos direitos, da par-te do Governo Federal, em função desse projeto de educação.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-pes) – Concedo apalavra à Sra. Cynthia França para as considerações finais.

A SRA. CYNTHIA FRANÇA – Muito obrigada. Eu acho muito interessante o Instituto Aliança estar participando desse processo, porque, na verdade, nós representamos um universo de no máximo 5 mil jovens, um número muito menor do que o que de outras entida-des representativas. Nosso trabalho é completamente inverso. Nosso foco sempre foi um a juventude. Inicial-mente foram identificadas microrregiões no Nordeste brasileiro; depois foram criados grupos micorrregionais envolvendo ao todo 23 Municípios, nos quais foi iden-tificado um potencial de jovens e de riquezas naturais. Aí, sim, começamos o nosso trabalho.

Inicialmente, o fortalecimento dos jovens, trabalho que estamos realizando há 6 anos. Isso mudou com-pletamente a realidade das áreas em que atuamos. Os jovens não querem deixá-las; estão completamente envolvidos no processo produtivo, social e político das comunidades. Nós temos mais de 500 horas gravadas com declarações de 300 jovens sobre como foi a re-descoberta do seu Município, a descoberta do poten-

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cial de envolvimento da família, da unidade-escola, da unidade social que funciona e se reintegra num projeto comum de desenvolvimento local.

Isso é muito interessante, porque, num dado mo-mento, quando formos sentar para realmente discutir algumas ações, o Instituto, por ter trabalhado em espa-ços menores, com universos menores, e estar centrado nisso, vai poder trazer muitas contribuições sobre os itinerários formativos, além de propor uma educação para o jovem, em que ele se torne realmente gestor da sua história, com uma história comprometida com o desenvolvimento social da sua comunidade.

Vamos trazer também exemplos de sucesso de criação de arranjos produtivos em parceria com os Governos Estaduais e com as Prefeituras Municipais, através das quais já conseguimos trazer famílias para uma nova visão de produção agrícola – famílias acos-tumadas com a monocultura da cana-de-açúcar, do cacau. Aos poucos, um dos filhos, em um pequeno espaço, começou a plantar um minicanteiro, uma pro-posta de produção de verduras orgânicas. Pois no final do mês o resultado financeiro dele passou a ser melhor do que o de seu pai. Aos poucos, o pai também foi se integrando e, hoje, nas áreas onde trabalhamos, não existe mais monocultura, a não ser um grande campo de agricultura orgânica.

Vamos, repito, trazer esses exemplos muito meno-res, claro, em escala, mas com muita riqueza de cons-trução de indicadores, podendo contribuir mais quando avançarmos para a fase de propostas concretas.

Agradeço a V.Exas. pela oportunidade. Foi muito bom ter conhecido o Deputado Reginaldo, de ter conhe-cido todos vocês. Aprendi muito aqui hoje e vou levar todo esse conhecimento à nossa equipe que está no Nordeste – Bahia, Pernambuco e Ceará.

Estamos à disposição quanto ao que pudermos contribuir. Obrigada.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-pes) – Obrigado, Cynthia.

Quero aproveitar a oportunidade para dizer que iremos participar de uma reunião na Comissão de De-senvolvimento Econômico, Indústria e Comércio, onde deveremos debater essa questão das ações e experi-ências inovadoras em termos de geração de emprego com a participação do Estado e da sociedade civil.

Quero convidar todos vocês, que têm bastante experiência com esses arranjos locais e os proble-mas da juventude no campo, para comparecerem a esse seminário que deverá ser realizado em meados de agosto.

A SRA. CYNTHIA FRANÇA – Agradecemos.O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-

pes) – Passo a palavra, para suas considerações fi-

nais, ao último orador, Sr. Welinton Reis dos Santos, Diretor de Jovens da Federação dos Trabalhadores da Agricultura – FETAG.

O SR. WELINTON REIS DOS SANTOS – Sr. Pre-sidente, os 3 Deputados se referiram a uma questão relativa à ideologia, que a discussão não é ideológica. Temos visto a formação eclética das discussões que ocorrem nos Estados, principalmente nas etapas esta-duais. Mas isso só aconteceu em alguns Estados, por-que o Parlamentar, ou o representante da Comissão, ou da Frente Parlamentar de Juventude, conseguiu deixar de fora a representação direta dos trabalhadores rurais nos Estados. Isso deve ficar registrado. Aqui, minutos antes do início, a Deputado Fátima Bezerra esteve aqui, conversou conosco e isso ficou evidente.

Infelizmente, os 3 Deputados não se encontram mais aqui, mas, me reportando ao que foi dito por eles sobre computador, informática – e o Deputado Benja-min Maranhão, salvo engano, se referiu à parabólica – quero dizer que estivemos na Bahia, semanas atrás, onde visitamos áreas de assentamento. Batemos um papo com o pessoal sobre o desenvolvimento humano, melhoria de vida etc. e tal. Aí o Presidente da Associa-ção nos disse: “Aqui o pessoal está muito bem: tem 3 antenas parabólicas, tem televisão; e todas as casas têm energia”. Eu disse: “Calma. É desenvolvimento hu-mano. Eu quero saber: tem banheiro nas suas casas? As crianças e os jovens estão estudando? Está tendo um processo desse aqui dentro? Eu quero saber dis-so. Vocês estão tendo uma sustentação? Vocês estão produzindo de fato? Vocês estão tendo um salário por mês de renda? Não quero saber se alguém comprou moto, se vendeu telefone, bicicleta, porque isso não vem ao caso”.

Foi muito interessante, mas isso nos leva à ques-tão ideológica. Quanto à inclusão social e de melhoria de vida, entendemos que o País vem traçando novos rumos, ainda ligado à questão ideológica, porque, é evidente, a mudança não é tão fácil assim. Se fosse fácil, a exemplo de um programa de computador, bas-tando inserir ali o número de miseráveis, o número de desempregados, quantos passam fome, quais as maiores dificuldades do País, era só dar um enter e esperar a solução. Mas não é bem assim. Entendemos essa particularidade.

Vou falar um pouco sobre o que disse o Depu-tado Vignatti acerca da masculinização no campo. E isso aqui não acontece apenas no oeste catarinense; vemos isso em todo o meio rural, onde a relatividade da idade será levada em conta. Temos visto, e não é só na Bahia, muitos homens e/ou mulheres com 40 anos de idade, não são casados e ainda se dizem jovens. Alguns dizem: aquela fulana ali tem 40 anos, não ca-

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sou e é jovem. Em compensação, jovens com 16, 17, 18 anos, já casados, não se consideram jovens.

Precisamos, então, estar ligados para algumas coisas, para esse entendimento específico sobre o que o Deputado Benjamin Maranhão disse acerca dessa discussão do PIB, e S.Exa. falou muito bem disso – a Simone também fez referência —, sobre o PIB e o agronegócio. S.Exa. teceu comentários interessantes. È necessário mesmo. Mas a agricultura familiar espe-cificamente ocupa 21% do total de área agricultável do País; produz 39% do nosso PIB agrícola. A mesma agricultura familiar mantém 82% dos postos de traba-lho, bem como produz mais da metade, ou 51%, do que é considerado alimento – alimento para a mesa dos brasileiros.

Quanto ao trabalho infantil, infelizmente, também nessa visão do agronegócio, prejudica a formação fí-sica e psicológica da criança.

Essas questões, no nosso entendimento, devem ser levadas em conta. A Simone foi fantástica quando comentou que devem ser levados em conta os impac-tos ambientais e sociais acerca de toda essa questão mercadológica e financeira relativa ao desenvolvimento. Entendemos isso muito bem,

Por fim, quanto à reforma agrária, o nosso movi-mento também a defende. Outro dia, na Comissão de Agricultura, batendo um papo com a assessoria dos Deputados baianos, eles disseram que o MST pecou ao ocupar terra produtiva, como a Veracel, na Bahia, e outras fazendas em Santa Catarina, porque eram áreas produtivas. Mas é preciso entender: é produtiva? Entendemos. Entre aspas, “é”. Só que é voltada para um só, no máximo um pequeno grupo ali que gerencia tudo. Defendemos, sim, a reforma agrária massiva, a reforma agrária com desapropriação, para buscar pers-pectivas de desenvolvimento para a juventude, para as mulheres, para todo os que labutam no meio rural.

No mais, deixamos um abraço a todos os pre-sentes que participaram desse debate da Comissão Especial para elaborar e acompanhar políticas públi-cas para a juventude. Estaremos sempre prontos para contribuir e responder qualquer questionamento.

Um abraço.O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-

pes) – Obrigado, Welinton.Vamos passar aos requerimentos.Requerimento nº 55/04, do Deputado Reginaldo

Lopes, solicitando a realização de audiência pública com o tema Concertação do Programa Primeiro Empre-go – podemos até convidar o pessoal da CONTAG.

Em discussão.Não havendo quem queira discutir, passo à vo-

tação. (Pausa.)

Aprovado.Requerimento nº 56/04, do Deputado Leonardo

Picciani, solicitando a realização de audiência pública para discutir os reflexos do reajuste do salário míni-mo.

Em discussão.Não havendo quem queira discutir, passa-se à

votação.Aprovado.Quero informar a todos que iremos realizar, no

próximo dia 20, quinta-feira, às 9h30min, reunião desta Comissão sobre o que foi discutido nessas conferências estaduais, ou, como dizem os baianos, muito criativos, as etapas regionais.

Convido todos os Deputados a comparecerem, bem como os nossos convidados aqui.

Solicito aos Deputados também que indiquem os nomes dos convidados para as próximas audiências, que serão realizadas nos dias 27 de maio, quinta-feria, às 9h30min: Juventude e o Meio Ambiente – talvez seja interessante convidar a Coordenadora da Conferência Infanto-Juvenil para falar sobre o relatório, depois vou requerer o seu comparecimento; 26 de maio, um dia antes, quarta-feira, às 14h30min – retificando – vamos realizar uma reunião de audiência pública, para discu-tir o tema Concertação do Programa Primeiro Empre-go; 2 de junho, quarta-feira, às 14h30min, a questão de gênero, com o tema As Políticas Públicas para as Mulheres – já convidamos a Ministra Nilcéia Freire; e 3 de junho, quinta-feira, às 9h30min, Juventude e os Afrodescendentes e as Políticas Afirmativas – vamos convidar a Ministra da Promoção e da Igualdade Ra-cial, Sra. Matilde Ribeiro.

Serão as nossas próximas audiências.Para fechar a proposta de trabalho da Comissão,

a realização no Minas Tênis Clube, nos dias 16,17 e 18 de junho, da Conferência Nacional. Estão todos convidados.

Agradeço a todos a presença.Declaro encerrados nossos trabalhos.

Ata da Trigésima Reunião Ordinária Realizada Em 20 de Maio de 2004.

Aos vinte dias do mês de maio de dois mil e qua-tro, às onze horas e três minutos, no plenário 16 do Anexo II da Câmara dos Deputados, reuniu-se, ordina-riamente, a Comissão Especial destinada a acompa-nhar e estudar propostas de Políticas Públicas para a Juventude, sob a presidência do Deputado Reginaldo Lopes. Compareceram os Deputados Eduardo Barbo-sa, Eduardo Seabra, Júnior Betão, Leonardo Picciani, Lobbe Neto, Marcelo Guimarães Filho, Marinha Rau-pp, Milton Cardias, Reginaldo Lopes, Zico Bronzeado e Zonta, titulares; Carlos Abicalil, Ivo José e Maurício

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01040 Quarta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Janeiro de 2007

Rabelo, suplentes. Compareceu ainda a Deputada San-dra Rosado. Não compareceram os Deputados Alice Portugal, Benjamin Maranhão, Celcita Pinheiro, Deley, Isaías Silvestre, Júlio Lopes, Luciano Leitoa, Mário Assad Júnior, Odair, Pedro Irujo, Professora Raquel Teixeira e Vignatti. ABERTURA – Havendo número regimental, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos. ATA – As leituras das atas das reuniões dos dias seis e treze de maio de dois mil e quatro foram dispensadas pelo Deputado Maurício Rabelo. Coloca-das em votação, as atas foram aprovadas. EXPEDIEN-TE – Of. GDMC/GM nº 128/04, de 13/05/04, da Chefe de Gabinete do Deputado Milton Cardias, justificando ausência à reunião do dia 13/05/04, por motivo de compromissos políticos partidários, representando o Partido Trabalhista Brasileiro, no Rio Grande do Sul; e Of. 155/04/GDPRT, de 17/05/04, da Chefe de Gabinete da Deputada Professora Raquel Teixeira, justificando ausência da parlamentar no período de 8 a 12/05/04, por motivo de viagem em missão oficial. ORDEM DO DIA – I–Avaliação das conferências estaduais; e II – Deliberação dos requerimentos: a) Requerimento nº 57/04, do Deputado Lopes, que “Solicita que sejam convidados a Ministra Nilcéia Freire, da Secretaria Es-pecial de Políticas para as Mulheres; o CFEMEA e o Grupo Estruturação de Homossexuais de Brasília, a fim de debaterem o tema Gênero”; b) Requerimento nº 58/04, do Deputado Reginaldo Lopes, que ‘Solici-ta que sejam convidadas a Ministra Matilde Ribeiro, da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, e a Senhora Lucimar Alves Martins, do Centro de Referência do Negro, a fim de debater a questão das políticas afirmativas”; e c) Requerimento nº 59/04, do Deputado ReginaldoLopes, que “Solicita que seja convidada a Ministra Marina Silva para au-diência pública sobre “Juventude e Meio Ambiente”. O Senhor Presidente informou aos presentes que o primeiro item da pauta seria discutido posteriormente, em virtude do Encontro Estadual de Alagoas ainda não ter sido realizado. Dando continuidade aos trabalhos, a presidência colocou em votação os requerimentos, que foram aprovados. Falaram a respeito da matéria os Deputados Reginaldo Lopes, Maurício Rabelo e Zonta. ENCERRAMENTO – Nada mais havendo a tra-tar, o Senhor Presidente encerrou a reunião às onze horas e vinte e seis minutos. A reunião foi gravada, e as notas taquigráficas, após decodificadas, farão parte integrante desta ata. E, para constar, eu, , Ana Clara Fonseca Serejo, Secretária, lavrei a presente ata, que, após lida, discutida e aprovada, será assinada pelo Presidente Reginaldo Lopes e publicada no Diário da Câmara dos Deputados.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lopes) – Declaro abertos os trabalhos da 30ª reunião desta Comissão Especial destinada a acompanhar e estudar propostas de políticas públicas para a juventude.

Informo a todos que a cópia do expediente se encontra nas bancadas.

Tendo em vista a distribuição de cópias das atas das reuniões dos dias 6 e 13 de maio, indago a todos os membros presentes sobre a necessidade de sua leitura.

O SR. DEPUTADO MAURÍCIO RABELO – Sr. Presidente, eu gostaria de solicitar a dispensa da lei-tura das atas.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lopes) – A pedido do Deputado Maurício Rabelo, a leitura das atas está dispensada.

Em discussão. (Pausa.)Não havendo quem queira discuti-las, passo à

votação.Os Srs. Deputados e as Sras. Deputadas que

aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.)As atas estão aprovadas. Ordem do Dia.Primeiramente, avaliação dos encontros esta-

duais. Após entendimento com todos os Relatores e coordenadores dos 27 encontros e como ainda haverá o encontro de Alagoas no início do mês, vamos adiar essa avaliação dos encontros estaduais e convocar para uma próxima reunião. Na primeira semana do mês de junho, nos reuniremos com todos os coorde-nadores das conferências estaduais para avaliar os pontos positivos e negativos e construir uma confe-rência nacional bem mais adequada, para obter uma melhor produtividade.

Vamos passar para o segundo ponto da pauta, que é a votação de requerimentos. Temos 3 requeri-mentos na pauta: Requerimentos nºs 57, 58 e 59.

Requerimento nº 57, DE 2004, de autoria do Deputado Reginaldo Lopes, solicita sejam convidados a Ministra Nilcéia Freire, Secretária Especial de Políticas para Mulheres, o CEFEMEA e o Grupo Estruturação, de homossexuais de Brasília, a fim de debaterem o tema “gênero”.

Para encaminhar o Requerimento nº 57, passo a palavra ao Deputado Maurício Rabelo.

O SR. DEPUTADO MAURÍCIO RABELO – Sr. Presidente, nobre Deputado Reginaldo Lopes, para mim é um prazer participar com V.Exa. desta impor-tante reunião, que busca contemplar a juventude com melhores oportunidades em nosso País.

Acho muito oportuno o requerimento de V.Exa. que solicita sejam convidadas a Ministra Nilcéia Freire, Secretária Especial de Políticas para Mulheres, o CE-

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Janeiro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 17 01041

FEMEA e o Grupo Estruturação, de homossexuais de Brasília, a fim de debaterem o tema “gênero”.

Meu voto é pela aprovação do requerimento. Gos-taria de conclamar os nobres pares a fazerem o mesmo por achar muito importante e oportuno o requerimento do nobre Deputado Reginaldo Lopes.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-pes) – Obrigado, Deputado Maurício Rabelo.

Em discussão. (Pausa.)Não havendo quem queira discutir, passamos

à votação.Os Srs. Deputados e as Sras. Deputadas que

aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.)Aprovado o Requerimento nº 57, de 2004, do

Deputado Reginaldo Lopes.Requerimento nº 58, de 2004, de autoria do Depu-

tado Reginaldo Lopes, que solicita sejam convidadas a Ministra Matilde Ribeiro, Secretária Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, e a Sra. Lucimar Alves Martins, do Centro de Referência do Negro, a fim de debaterem a questão das políticas afirmativas.

Passo a palavra ao Deputado Maurício Rabelo para encaminhar o requerimento.

O SR. DEPUTADO MAURÍCIO RABELO – Sr. Presidente, também quero trazer o meu apoio e o pedido aos nobres colegas Deputados que também apóiem este requerimento do Sr. Deputado Reginaldo Lopes que solicita sejam convidadas a Ministra Matilde Ribeira, Secretária Especial de Políticas de Promoção de Igualdade Racial, e a Sra. Lucimar Alves Martins, do Centro de Referência do Negro, para debaterem a questão das políticas afirmativas.

Entendemos que é muito oportuno o requerimento. Aplaudimos a iniciativa do Deputado Reginaldo Lopes e encaminhamos favoravelmente.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-pes) – Não havendo quem queira discutir, passamos à votação.

Em votação.Os Srs. Deputados e as Sras. Deputadas que

aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.)Aprovado.Requerimento nº 59, de 2004, de autoria do Depu-

tado Reginaldo Lopes, que solicita seja convidada a Ministra Marina Silva para audiência pública sobre a juventude e o meio ambiente.

Com a palavra o Deputado Maurício Rabelo para encaminhar a votação.

O SR. DEPUTADO MAURÍCIO RABELO – Mui-to obrigado, Sr. Presidente, Deputado Reginaldo Lo-pes. Também entendemos oportuna a solicitação de V.Exa. no sentido de convidar a Ministra Marina Silva, que tem feito um bom trabalho pelo Governo brasilei-

ro. Vai ser de muito importância a vinda de S.Exa. a esta Comissão.

Por isso, encaminhamos favoravelmente à apro-vação desse requerimento.

Antes de encerrar a minha participação, eu gos-taria, Sr. Presidente, de trazer o abraço da juventude tocantinense para V.Exa., que é muito conhecido no meu Estado. O que se fala lá é do trabalho bonito que V.Exa. tem feito aqui na Comissão da Juventude.

Dependendo das possibilidades da Câmara, pre-tendemos trazer boa parte da juventude tocantinense no grande encontro nacional. Eles estão ansiosos para que esse dia chegue logo e querem estar aqui para par-ticipar e aplaudir principalmente o trabalho que V.Exa. tem feito visando dar mais oportunidades aos jovens e debater os verdadeiros problemas da juventude.

Reafirmando, encaminhamos favoravelmente ao Requerimento nº 59, de 2004, de autoria de V.Exa.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lopes) – Passamos para o processo de votação.

Os Srs. Deputados e as Sras. Deputadas que aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.)

Aprovado o Requerimento nº 59.Expediente:Ofício nº 128, de 2004, de 13 de maio de 2004,

do Deputado Milton Cardias, justificando a ausência do mencionado Deputado por motivos de compromis-sos político-partidários, representando o PTB no Rio Grande do Sul.

Ofício do dia 17 de maio de 2004, da Deputada Professora Raquel Teixeira, justificando a ausência da referida Parlamentar no período de 8 a 12 de maio de 2004, por motivo de viagem oficial pela Câmara.

Aproveito este momento para parabenizar o Depu-tado Maurício Rabelo pela sua contribuição com a belíssima organização da Conferência Estadual de Tocantins. Já recebemos a carta do seu Estado. Es-peramos, com a maior alegria, a participação da ju-ventude do seu Estado.

Aproveito também para agradecer ao Deputado Zonta a organização das conferências no Estado de Santa Catarina.

Agradeço aos nobres Deputados a dedicação à Comissão.

Esses 3 requerimentos que aprovamos é para dar continuidade ao trabalho da Comissão no sentido de aprofundar o debate da questão da especificidade da juventude.

Aprovamos o requerimento que vai tratar da ques-tão de gênero da juventude, mulheres e homossexuais. Vamos aprofundar o debate em torno desta questão da especificidade de gênero.

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01042 Quarta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Janeiro de 2007

Com a aprovação do segundo requerimento, vamos aprofundar o debate da questão da juventude afro-descendente. É importante ouvir o que a Secre-taria Especial e a Ministra estão pensando em rela-ção às políticas mais setoriais em relação aos jovens negros e negras.

Quanto ao tema abordado no terceiro requerimen-to, acho interessante, porque a Ministra Marina Silva organizou uma conferência nacional infanto-juvenil com a temática meio ambiente. Precisamos aprofundar esse debate. É importante para a Comissão ouvir o acúmulo de questões tratadas nessa conferência nacional rea-lizada pelo Ministério do Meio Ambiente.

Agradeço a compreensão de todos. Acho impor-tante aprofundarmos esse debate.

Antes de encerrar, passo a palavra ao Deputado Zonta.

O SR. DEPUTADO ZONTA – Sr. Presidente, Deputado Maurício Rabelo, demais presentes, mais uma vez, gostaria de registrar a importância desta Comissão e expressar minha preocupação em relação aos horários das reuniões da Comissão. Talvez pudés-semos antecipar as reuniões para terça-feira à tarde, porque a freqüência ficaria mais garantida. Normalmen-te, às terças-feiras à tarde não há reuniões de outras Comissões, só eventualmente. Quem sabe possamos fazer essa mudança. Essa pode ser uma proposta a ser discutida nas próximas reuniões. Ela tem o objetivo de aumentar a freqüência de Parlamentares.

Faço um registro da importância da Conferência, que será a síntese desse grande trabalho, desse es-forço que a Comissão vem fazendo, capitaneada por V.Exa., desde o ano passado, quando da realização dos seminários estaduais e regionais.

No nosso Estado, houve a participação de mais de 500 jovens e foram realizados 4 seminários, capi-taneados principalmente pelo Deputado Vignatti.

A síntese de tudo isso ocorrerá com a Conferên-cia, que poderá produzir documentos fundamentais e concretos, que é o que estamos buscando.

Temos que nos mobilizar para essa Conferência. Espero que realmente contemos com a presença das organizações representativas da juventude para que possam deliberar de acordo com cada segmento.

Este é o registro que queria fazer. Muito obrigado, Sr. Presidente.O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lopes)

– Obrigado, Deputado Zonta. Com a palavra o Deputado Maurício Rabelo.O SR. DEPUTADO MAURÍCIO RABELO – Neste

momento, solidarizo-me com o Deputado Zonta, pois também acho que deveria discutir-se um novo dia e um novo horário para que esta nossa importante Co-

missão, que cuida do futuro do nosso País, a juven-tude brasileira, possa contar com a participação mais efetiva dos Deputados desta Casa. Quero externar o meu apoio à ponderação do nobre Deputado Zonta no sentido de solicitar de V.Exa., nosso querido Pre-sidente Deputado Reginaldo Lopes, um entendimen-to para encontrarmos um melhor horário de reunião para contarmos com a participação dos Deputados integrantes da Comissão.

Sr. Presidente, Deputado Reginaldo Lopes, gos-taria de solicitar de V.Exa. – foi um pedido que me foi feito pela Secretária Estadual da Juventude, Márcia Barbosa, e pelo Governador do Estado, Marcelo Mi-randa – a relação completa de todos os integrantes desta Comissão, para que mandemos uma pequena amostra, um pequeno kit com vídeo e fotografias da reunião que realizamos na Capital do Tocantins, Palmas. Gostaria de solicitar da Sra. Ana, grande assessora de V.Exa., esta lista para que possamos fazer chegar às mãos de todos os integrantes desta Comissão esse pequeno kit de amostras do que aconteceu na reunião da juventude no Estado de Tocantins.

Muito obrigado.O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-

pes) – Obrigado, Sr. Deputado. Vamos encaminhar para a Sra. Márcia Barbosa, Secretária da Juventude do Estado de Tocantins, todo o estudo, todo o acúmu-lo de informações que temos na Comissão e a nossa publicação; e, para V.Exa., encaminharemos a relação dos membros da Comissão. Nesse livrinho, na página 9, podemos encontrar a relação de todos os membros desta Comissão Especial, titulares e suplentes. Há também os Deputados filiados à Frente Parlamentar. Então, peço à Secretária Ana que depois encaminhe a V.Exa. a relação dos Deputados integrantes da Frente Parlamentar de Políticas Públicas de Juventude.

Gostaria de informar que já está confirmado o lo-cal para a Conferência Nacional. É no Minas Tênis, nos dias 16, 17 e 18 de junho. A partir de terça-feira deverá ser disponibilizado na Internet. Vamos fazer uma página só para a Conferência. Vai haver um banner na página da Câmara, com link para a página da Conferência, porque o programa da Câmara tem certos dificultado-res, limitações em relação a algumas demandas que a Comissão estabeleceu como critério para inscrição, como, por exemplo, a opção de grupo de trabalho em que o jovem quer inscrever-se – primeira e segunda opção —, objetivando garantir representatividade em todas as oficinas.

O planejamento inicial eram 15 oficinas, grupos de trabalho, mas estamos chegando à conclusão de que vamos ter de ampliar para 17, atendendo à de-manda dos movimentos da juventude. Nesse sentido,

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vamos ter de criar página específica para garantir pro-porcionalidade e representatividade maiores em todos os grupos de trabalho.

Também criaremos alguns critérios para garantir proporcionalidade entre os Estados e para cada movi-mento, para os setores da juventude – afro-descenden-tes, portadores de necessidades especiais, mulheres, gêneros, jovens de áreas rurais. Garantiremos também proporcionalidade a toda a juventude partidária, estabe-lecendo o mesmo percentual de representatividade na Câmara. A idéia é garantir 100 vagas para as juventudes partidárias seguindo o percentual de representativida-de na Câmara dos Deputados, objetivando isonomia e representatividade. Todos os partidos políticos com assento na Câmara terão vagas garantidas que podem ser encaminhadas por eles mesmos.

Estamos acabando de fechar esses detalhes e acredito que até terça-feira a página estará disponibili-zada na Internet. O link estará na página da Câmara e todas as Sras. e os Srs. Deputados poderão organizar suas delegações, de forma a garantir uma conferência democrática.

Optamos na Câmara dos Deputados por não haver critérios de participação e eleição de delega-dos, para não transformar os encontros estaduais em disputa, pois a intenção é de que esses encontros tenham conteúdo mais de propostas. Assim, vamos tentar encontrar formas alternativas de garantir a re-presentatividade.

Nossa intenção é garantir a inscrição de 2 mil pes-soas, sendo 500 sem alojamento, seriam as pessoas aqui do entorno de Brasília ou alojadas solidariamen-te, em casa de parentes ou amigos, e 1.500 alojadas. Essa é a intenção da comissão organizadora da Con-ferência Nacional da Juventude.

Vamos tentar arrumar uma estrutura para que jovens participem mesmo não estando inscritos, dei-xando bem claro que não estão garantidos alimenta-ção e alojamento. Tentaremos disponibilizar algumas tendas com número de assentos maior que 100 em cada grupo de trabalho, para ampliar um pouquinho mais a participação dos jovens.

Eram essas as informações.O SR. DEPUTADO MAURÍCIO RABELO – Sr.

Presidente, peço a palavra pela ordem.O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-

pes) – Tem V.Exa. a palavra.O SR. DEPUTADO MAURÍCIO RABELO – Sr.

Presidente, gostaria de obter um esclarecimento. A inscrição dos jovens de cada Estado será feita só por meio da Internet, do site da Câmara dos Deputados, desta Comissão, ou poderá também ser feita nas Se-cretarias Estaduais da Juventude? Como será feito

isso? Vemos uma vontade muito grande dos jovens do nosso Estado em participar e tenho de levar essa informação.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-pes) – Acredito que o ideal é ter como referência para inscrição, com o percentual de cada Estado, o Depu-tado que coordenou as conferências estaduais. Talvez essa seja uma boa referência, porque ele tem acesso à lista de presença dos participantes.

O critério é ter participado da conferência esta-dual, já para ter um nível de conhecimento do debate. Acredito que poderíamos pensar em trabalhar juntos, informando ao Deputado para que S.Exa. organize. É lógico que contamos com o bom senso, para garantir a representatividade das forças políticas de cada Estado, como todos os Deputados garantiram nas conferên-cias estaduais. Assim, será encontrada uma forma de assegurar um espaço amplo e democrático.

É um pouco difícil a situação porque não opta-mos por regimento interno, eleição de delegado etc. Espero que a próxima conferência nacional seja orga-nizada por um órgão que o Governo Lula vai criar para a juventude ou por um órgão da juventude, que seria um conselho nacional da juventude, estabelecendo critérios e elaborando um regimento. Se Deus quiser, o Brasil vai conviver com várias conferências ao longo da sua história.

Infelizmente, ou felizmente, a iniciativa de rea-lização das conferências estaduais nasceu aqui no Parlamento e topamos esse desafio. O Parlamento brasileiro sempre topa todos os desafios, pois estamos aqui para servir o povo. Por isso, teremos algumas difi-culdades e precisaremos combinar o jogo sempre com o bom senso de tentar garantir a representatividade mais ampla e plural dos nossos Estados.

Fico devendo a proporcionalidade por Estado. Estamos pensando em fixá-la de acordo com o núme-ro de habitantes, para chegar a um critério – o maior número, Minas Gerais, meu Estado, e depois os ou-tros Estados —, mas é lógico que não é uma regra totalmente rígida.

Vamos abrir inscrições pela Internet e fazer uma triagem, tentando cruzar a lista de participação nos en-contros estaduais. Aqueles que participaram e cujos nomes coincidirem, confirmamos a inscrição. Os ou-tros deixamos um pouco na reserva. De acordo com o número de inscritos, vamos combinando o jogo. Se nos próximos 20 dias houver um número muito maior do que o nosso planejamento, podemos tentar ampliar um pouco o encontro.

Vamos tentar fazer um mapeamento e coordenar com o maior bom senso possível. Não é nossa inten-ção impedir a participação de nenhum jovem. É lógico

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que se o jovem se organizar, sair do Acre e chegar a Brasília e não tiver com a sua inscrição confirmada, vamos garantir-lhe pelo menos a participação. O que talvez não poderemos fazer seja garantir alimentação e hospedagem, porque isso envolve infra-estrutura e dinheiro. Estamos fazendo o planejamento para garantir alimentação e alojamento para 1.500 pessoas. Mas a participação e presença nos grupos de trabalho pode-remos, no dia da própria conferência, garantir.

Haverá um secretariado organizando inscrições para o que chamamos de entorno – 500 vagas seriam para o entorno. É lógico que não haverá a presença de 500 pessoas do entorno, mas acredito que haverá presença de 500 pessoas que não confirmaram a ins-crição, de vários Estados, que vêm junto com Depu-tados ou participam de alguma secretaria de governo. Assim, temos margem de manobra para garantir maior representação.

Peço a compreensão de todos para esses crité-rios, porque foi opção coletiva da Comissão.

Convoco os Srs. Parlamentares para a próxima reunião, que será de audiência pública, a realizar-se no dia 27, a partir das 9h30, em plenário a ser definido.

Obrigado a todos pela presença.Declaro encerrados os trabalhos desta reunião.

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A ACOMPANHAR E ESTUDAR PROPOSTAS

DE POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A JUVENTUDE

Ata da Trigésima Primeira Reunião Ordinária Realizada em 27 de Maio de 2004.

Aos vinte e sete dias do mês de maio de dois mil e quatro, às dez horas e sete minutos, no plená-rio 8 do Anexo II da Câmara dos Deputados, reuniu-se, ordinariamente, a Comissão Especial destinada a acompanhar e estudar propostas de Políticas Públicas para a Juventude, sob a presidência do Deputado Re-ginaldo Lopes. Compareceram os Deputados Benjamin Maranhão, Eduardo Barbosa, Eduardo Seabra, Isaías Silvestre, Leonardo Picciani, Lobbe Neto, Marcelo Gui-marães Filho, Mário Assad Júnior, Reginaldo Lopes, Vignatti e Zonta, titulares; Carlos Abicalil, Homero Bar-reto e Maurício Rabelo, suplentes. Não compareceram os Deputados Alice Portugal, Celcita Pinheiro, Deley, Júlio Lopes, Júnior Betão, Luciano Leitoa, Marinha Raupp, Milton Cardias, Odair, Pedro Irujo, Professora Raquel Teixeira e Zico Bronzeado. ABERTURA – Ha-vendo número regimental, o Senhor Presidente de-clarou abertos os trabalhos. ATA – A leitura da ata da reunião anterior foi dispensada pelo Deputado Isaías Silvestre. Colocada em votação, a ata foi aprovada. EXPEDIENTE – Of. ANN 150/04, de 27/05/04, do Che-fe de Gabinete da Deputada Ann Pontes, justificando

ausência da parlamentar à reunião do dia 27/05, por motivo de viagem a Manaus, para participar da CPMI – Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes; Of. GDMC/GM

163/04, de 27/05/04, da Assessora Parlamentar do Deputado Milton Cardias, justificando ausência à reunião de 27/05, em virtude de compromissos polí-ticos partidários, representando o Partido Trabalhista Brasileiro, em Sarandi, no Rio Grande do Sul; Of.s/n, de 27/05/04, da Assessora da Deputada Professora Raquel Teixeira, justificando ausência à reunião de 27/05/04, por motivo de compromissos previamente agendados no Ministério da Educação; e Propostas para a Conferência Nacional da Juventude, encami-nhadas pela Secretaria de Juventude de Tocantins. ORDEM DO DIA – Audiência pública com os Senhores Zuleide Araújo, Representante do Centro Feminista de Estudos e Assessoria – CFEMEA, e Welton Trindade, Representante do Estruturação de Homossexuais de Brasília, para debater o tema “Políticas Públicas e Gê-nero”. O Senhor Presidente prestou esclarecimentos a respeito do término dos trabalhos da Comissão. Fa-laram a respeito da matéria os Deputados Reginaldo Lopes e Isaías Silvestre. ENCERRAMENTO – Nada mais havendo a tratar, o Senhor Presidente encerrou a reunião às onze horas e trinta e um minutos. A reunião foi gravada, e as notas taquigráficas, após decodifica-das, farão parte integrante desta ata. E, para constar, eu, ,Ana Clara Fonseca Serejo, Secretária, lavrei a pre-sente ata, que, após lida, discutida e aprovada, será assinada pelo Presidente Reginaldo Lopes e publicada no Diário da Câmara dos Deputados.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-pes) – Havendo número regimental, declaro aberta a presente reunião de audiência pública, com o tema de gênero.

Convido para compor a Mesa o Relator da Co-missão, Deputado Benjamin Maranhão; a Sra. Zuleide Araújo Teixeira, representante do Centro Feminista de Estudos e Assessoria – CFEMEA; e o Sr. Welton Trin-dade, representante da ONG Estruturação – Grupo de Homossexuais de Brasília, que já tivemos o prazer de ter conosco outras vezes.

Antes de conceder a palavra ao primeiro pales-trante, esclareço que os convidados vão dispor, inicial-mente, de 20 minutos para suas explanações. Encerra-da a fala dos expositores, cada Deputado disporá de 3 minutos para considerações e perguntas, com o mesmo prazo para resposta e possíveis réplica e tréplica.

Para situar o debate, nós, da Comissão Especial de Políticas Públicas para a Juventude, vimos há mais de 1 ano realizando debates e audiências públicas sobre todas as temáticas que envolvem os jovens. No

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ano passado, chegamos a produzir um relatório pre-liminar, que orientou os debates nos Estados. Nossa intenção é, no final do trabalho, propor ao País uma política nacional de juventude para os próximos 10 anos e algum marco regulatório da relação dos direitos da juventude no País.

Encerraremos esse trabalho na Conferência Na-cional de Juventude, que será realizada nos dias 16, 17 e 18 de junho, no Minas Tênis Clube. Depois da Conferência, a Comissão aprovará os documentos finais, que estamos chamando de Plano Nacional de Políticas para a Juventude, ou talvez um estatuto ou PEC, além de várias recomendações para o Governo Federal no sentido de se criar um órgão responsável para tratar das políticas de juventude no âmbito do Executivo. Também discutiremos a melhor composi-ção, o melhor desenho institucional de um Conselho Nacional de Juventude. Haverá discussões também sobre o Brasil ter uma fundação ou um instituto de juventude em âmbito nacional, para estabelecer par-cerias com mecanismos internacionais, a sociedade civil e a iniciativa privada.

No final de todo esse trabalho, da primeira etapa, que foi de estudo e apresentação do relatório prelimi-nar, que orientou os debates nas capitais brasileiras – realizamos audiências nas 26 Capitais e no Distrito Federal, para dar oportunidade ao jovem de partici-par do processo e mostrar seu olhar —, chegamos à conclusão de que era importante aprofundar o deba-te na temática das especificidades da juventude, que, entre aspas, teve um grupo chamado “Juventude e Minorias”, que tratava dos jovens homossexuais, mu-lheres, afrodescendentes, índios, de zonas rurais e do semi-árido.

Na opinião pessoal deste Presidente, no plano nacional, o País é desenvolvido, mas muito injusto, tem dificuldades financeiras, e precisamos criar uma política nacional capaz de atender aos jovens mais pobres, mulheres, afrodescendentes, do Norte e Nor-deste, índios, do campo.

Nossa intenção é estabelecer um projeto de me-tas para os próximos 10 anos que, dentro da possibi-lidade financeira do Estado brasileiro – não seria uma meta do Lula, mas do Estado em relação à juventude —, possa seguir o que no nosso entendimento seria o melhor caminho para universalizar.

Entendo que, no primeiro momento, é o caminho para a universalização das políticas públicas. Por isso a importância desse debate hoje e a contribuição de vocês para a questão de gênero.

Passo a palavra ao primeiro palestrante, Welton Trindade, que terá 20 minutos para a sua exposição,

que é o representante da ONG Estruturação – Grupo de Homossexuais de Brasília.

O SR. WELTON TRINDADE – Bom dia a todos. Agradeço imensamente o convite. Realmente, é bom que façamos esse histórico, Deputado, sobre o acú-mulo de experiências e a construção coletiva. É bom que cada cidadão brasileiro possa se apropriar des-se conhecimento, até desmistificando a idéia de que Brasília é uma cidade muito fechada, assim como este Congresso, com seus tapetes verdes e azuis, pois cada um aqui também pode ajudar na elaboração de políti-cas, de forma coletiva, seja participando do trabalho em comissões, nas conferências ou nos demais encontros. Podemos, sim, contribuir com essas políticas.

Outro aspecto importante é a forma de abordagem do tema, não mais discutindo a questão da orientação sexual de maneira resumida, superficial.

A juventude é realmente alegre. É e sempre foi assim. Devemos preservá-la desse jeito.

É curioso, quando tentamos definir um grupo – tarefa que já é difícil —, constatarmos mais e mais especificidades, mais detalhes, mais nuances. Deba-temos muito sobre esse ponto nos movimentos de ho-mossexuais e bissexuais, ou seja, algo que para nós é muito peculiar: a diversidade. O nosso símbolo é a bandeira arco-íris, que tem 6 cores, cada uma repre-sentando uma questão da vida. O movimento achou importante essa representação no final da década de 70. Mas a gente sempre comenta que mais do que essa bandeira, que representa a diversidade em suas cores vermelho, amarelo, verde e azul, também há as nuanças, outros tons.

Quando discutimos o tema Juventude, é impor-tante sabermos que jovem é esse. Com a evolução da discussão no meio social sobre a juventude, chegou-se, enfim, à questão do gênero, que é importantíssimo, tal como o são a etnia e outras especificidades. Mas é bem recente o debate no que concerne à orientação sexual – feliz e infelizmente, posso dizer. Trata-se, portanto, de fato histórico a atualidade deste debate.

Tenho 25 anos e minha educação formal remetia a questão da sexualidade à biologia. Discutia-se sobre reprodutores e gametas. E era isso. Para onde iria toda a efervescência e tudo o que se passava na cabeça do adolescente sobre sexualidade?

Para se ter idéia da dificuldade de abordar o as-sunto e de como as coisas são difíceis, apenas em um passado recente passamos a discutir sexualidade não mais sob a concepção biológica, mas sobre sexuali-dade de forma geral.

Apesar de as escolas terem avançado um pou-co nessa discussão, ainda assim notamos que não se deu um passo completo. A primeira vez que ouvi falar

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sobre homossexualidade na escola foi na sétima série – aliás, a única vez —quando apresentaram um vídeo do Ministério da Saúde, distribuído para as escolas de ensino fundamental, sobre prevenção das DST e AIDS. Havia uma bela abordagem, na metade da década de 90, sobre grupos de risco. Foi a primeira e única vez que ouvi falar sobre homossexualidade na escola. Os trabalhos apresentados intitulavam-se Grupos de Risco e AIDS; Profissionais do Sexo; Homossexuais; Usuários de Drogas. Foram os temas da apresentação.

Eu ainda estava em processo de descoberta. A juventude é isso: um processo de descoberta. E este deve ser um processo alegre, bonito, o que não ocorre na questão da homossexualidade e bissexualidade, pois descobrir esse desejo, o amor e todas essas questões que nos parecem suaves pode ser um motivo de triste-za capaz de abalar a auto-estima da pessoa e todo o processo de seu desenvolvimento. Estou falando sobre a questão dos jovens homossexuais e bissexuais.

Chegamos, enfim, à necessidade urgente de falar sobre orientação sexual, se é que verdadeiramente se quer falar do bem-estar da jovem e do jovem. Sem isso, corremos sério risco de estarmos elaborando ações e políticas públicas vazias. É fato que os Direitos Huma-nos são indivisíveis. Por mais que se possa discutir a questão sob o enfoque de raça e diferença social – e há realmente necessidade de se fazer debates sobre afrodescendência, etnia ou gênero —, se nos limitar-mos a isso, não estaremos tratando do ser humano de forma completa. Eu não me sentiria completo se se tratasse apenas disso, negligenciando o restante, por exemplo, a condição do homossexual.

Em todo debate sobre a questão de gênero há subentendido que se trata da relação que se estabelece de homem para mulher e de mulher para homem. Lá na Estruturação, uma entidade que completará 10 anos em 2004, com larga experiência na discussão sobre o tema de Direitos Humanos, ouvimos experiências de jovens e temos, inclusive, um projeto específico para começar no segundo semestre. Esses jovens fazem relatos sobre a ausência de discussão acerca da ho-mossexualidade na escola, dizem-nos que nunca ou-viram falar e parece que não existem. Outros alegam que são notados, mas são alvo de xingamento dos colegas, da omissão dos professores, que, por vezes, até colaboram com a discriminação.

Uma imagem clássica que apresentamos quando dos debates sobre homossexualidade é o professor explicando alguma matéria na lousa enquanto o ho-mossexual está sendo discriminado entre os alunos, mesmo na presença do professor. Ele ouve, mas con-tinua inerte, explicando a lição.

Portanto, é sério o debate sobre a função da es-cola. O educador não deve ensinar apenas a ordem dos planetas, do Sol a Plutão, ou funções exponenciais, tem ele o dever de formar cidadãos.

Nesse caso, a discriminação – o que inclusive em Direitos Humanos é consenso – se dá pela omis-são. A omissão é colaboração, é crime. É o caso desse professor que se omitiu diante de uma discriminação e continuou passando a matéria à turma, apenas cum-prindo o currículo para que os alunos passassem no vestibular. As escolas precisam discutir educação com esse sentido maior.

Dados da UNESCO apontam para uma realidade estarrecedora, tal como divulgados na segunda-feira: 60% do professorado brasileiro acha inadmissível o re-lacionamento entre dois homens ou duas mulheres.

Sou jornalista e compreendo a pressão que existe sobre o profissional de educação. Que responsabilida-de! Não estamos apenas apontando o dedo acusatório ou dizendo que os professores são preconceituosos, queremos dar-lhes as mãos e tentar solucionar o pro-blema. Vamos cobrar do Poder Público e dos Governos em todos os seus âmbitos cursos de capacitação e maior investimento em recursos humanos para que os professores possam falar livremente sobre o assunto, esclarecendo, inclusive, as próprias dúvidas.

Quando se fala em homossexualidade na escola – e citei o exemplo do sexo na biologia —, observa-mos que os professores sequer estão preparados para enfrentar o tema. Além disso, passam para o aluno a questão do preconceito.

E há um fato gravíssimo sobre o qual já falei aqui em outra oportunidade: o índice de suicídio entre jovens homossexuais e bissexuais, em todo o mundo, em todas as pesquisas que o Movimento Homossexual Interna-cional faz, é sempre maior quando comparado com o índice médio de suicídio entre adolescentes. E aí no-tamos a questão do preconceito e a conseqüência.

Há um símbolo internacional da luta contra a AIDS, que é o vermelho; mas há também um laço branco, que é o símbolo internacional da luta contra o suicídio de jovens homossexuais.

E o que seria a solução para esses dados estar-recedores? Eu tive 2 amigos que se suicidaram. Em determinado evento eu falava sobre família, adoles-cência e homossexualidade quando uma mãe ligou para dar um testemunho sobre o suicídio do filho há 3 semanas em Brasília. Ele era homossexual, a mãe não o aceitava, o pai muito menos, e ele se suicidou. Na carta ele falava sobre isso. E a mãe fez um relato sentido sobre a questão.

Também, ao se falar em violência física, deve-se perquirir o que leva a isso. Quando eu era chamado de

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mariquinhas na escola, chegava em casa e ia direto para o quarto chorar. E sempre falo sobre a questão específica dos homossexuais como a mais grave, pois um jovem negro discriminado na escola ou em ambien-tes sociais de convivência e socialização pode chegar em casa, falar com o pai ou a mãe, também negros, enfim, com a família sobre a discriminação que sofreu. Ou seja, ele tem aliados. Espera-se que a mãe ou o pai ajudem, inclusive por já terem essa consciência. O mesmo, porém, não ocorre com o homossexual, pois a própria família agrava essa discriminação.

Recebemos várias denúncias na Estruturação sobre jovens expulsos de casa. No mês passado uma mãe expulsou a filha de casa. O meu exemplo é a medida dessa discriminação. Eu sempre fui o melhor da sala, o primeiro lugar, mas quando falei para mi-nha mãe que era homossexual tudo se desconstruiu. Minutos antes eu era o melhor filho do mundo; depois já não o era.

Agora vou falar sobre soluções. A saída é a dis-seminação da cultura de direitos humanos, de respei-to às individualidades. Não podemos colaborar com a hipocrisia, tal qual ocorre no Brasil e em grande parte do mundo, de falar sobre direitos humanos e excluir os direitos dos homossexuais.

Para se ter idéia do patamar que está o debate, uma resolução apresentada pelo Governo brasileiro no ano retrasado sugeria que a ONU considerasse o direito de homossexuais e bissexuais como integrante do feixe de direitos humanos, porque ainda não havia – e não há – esse reconhecimento. Os países islâmicos e o Vaticano são contrários a essa pretensão.

No Plano Nacional de Direitos Humanos I, de 1995 ou 1996, não se falava sobre a questão de homosse-xualidade e bissexualidade. Apenas no Plano Nacional de Direitos Humanos II colocou-se a questão.

Portanto, temos que avançar nessa questão. Por isso é importantíssimo, ao falarmos sobre juventude e desmembramentos legais na legislação, por meio de emendas, projetos de lei ou estatutos, lembrarmos da questão da orientação sexual. Aí, sim, se estará aten-dendo ao jovem em sua integridade, pretendendo a qualidade de vida desse jovem.

O preconceito na escola, no Brasil e em todo o mundo, de forma geral, está diminuindo. Essa constru-ção foi muito árdua. Somos da militância em Direitos Humanos e qualquer militante da área está vinculado a ONGs e começa a luta dentro de casa, ensinando para o filho a não repetir a discriminação. Ninguém nasce achando que homossexual é anormal ou que mulher tem que ir para o fogão e negro é inferior.

Quando ando pelo shopping com meu namora-do, às vezes, sou repreendido por estar externando

minha orientação sexual em meio a crianças. Mas as crianças de 6 ou 7 anos sequer nos olham, não estão nem aí. Por outro lado, as “crianças” de até 90 anos já começam a nos notar. Aquelas crianças não nasceram com preconceito, são puras, é o pai quem as ensina a nos xingar de “viadinhos”. A televisão as ensina a bater, a xingar e a humilhar homossexuais. Elas crescem assim.

Há vários casos muito sérios de grupos de ski-nheads atuando em Brasília. Estamos, em colaboração com a Polícia Civil, fazendo o monitoramento dessas gangues. Em outubro do ano passado foram agredidas 4 pessoas, uma delas sofreu traumatismo craniano.

Houve um caso emblemático no Brasil, em São Paulo: um adestrador de cães, Edson Néris, que mor-reu após ser agredido por um grupo de carecas na Praça da República.

À época escrevi um artigo para o CFEMEA no qual ressaltei a comoção pública com a questão da morte de um homossexual, mas também escrevi que os jovens envolvidos com aquela violência repetiram atos que são fruto de uma discriminação social que pode ter sido a eles passada pelo pai que os ensinou a xingar o vizinho, ou pela televisão que apresentou programas humilhando homossexuais.

O certo é que aquela violência não se dá por geração espontânea. A homofobia, o racismo, a miso-ginia, todos nascem de um processo que desemboca na violência, no assassinato.

No lançamento do Plano Brasil sem Homofobia falei ao Correio Braziliense sobre a importância des-sa interface entre a Comissão, os debates sobre as políticas da juventude e as questões específicas que poderão ser abordadas quando da discussão desse Plano elaborado pela Secretaria Especial de Direitos Humanos. A articulação entre os Ministérios foi muito bem feita, mas, agora, além da bonita cartilha arco-íris que publicamos, devemos colocar as políticas em prática. O lançamento foi anteontem, mas já estamos cobrando ações.

Devemos caminhar justamente para essa cons-trução coletiva e colocar a questão da dificuldade em lidar com o tema nas escolas. O Ministério da Educa-ção apenas recentemente se abriu para essa questão da diversidade de orientação sexual. Era tema proi-bido. E aí vem toda a questão da sexualidade como assunto proibido. Até em países ditos desenvolvidos, a exemplo dos Estados, há proibição de se falar so-bre o assunto

Mas o Brasil possui uma legislação que permite aos Direitos Humanos ser um tema transversal. Os militantes da área não se cansam de discutir sobre educação em Direitos Humanos, insistindo que o tema

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seja tratado como disciplina curricular e tema trans-versal. Mas o problema não é tratado dessa forma, o que nos causa angústia muito grande. Neste ponto, o principal investimento deve ser na capacitação do professor como política educacional. Passa por aí a questão de se evitar uma política vazia. Já testemunhei muitos debates sobre Direitos Humanos que sequer tocaram no tema da homossexualidade e da bissexu-alidade. Não existe respeito ao negro nem ao homos-sexual. Não existe.

Anteontem, em entrevista ao Correio Braziliense sobre o lançamento do Plano Brasil sem Homofobia, citei que sempre achei estranho as escolas fomen-tarem trabalhos sobre a Guerra do Iraque ou outros conflitos mundiais, enfim, estudos geopolíticos – e re-almente interessante entendermos o mundo —, mas não proporem estudos sobre o respeito aos colegas homossexuais. E dei o exemplo da campanha “Paz no Trânsito”, afirmando que a paz deve ser semeada em nosso próprio meio, com o colega que está sentado ao lado na sala de aula. Basta não xingar a pessoa, tratá-la cordialmente, com respeito e discutir o tema nas salas de aula.

A questão está perdida em meio às escolas. Existe na legislação do Distrito Federal a Semana dos Direitos Humanos. Portanto, vamos discutir o tema sem hipocri-sia. Vamos falar sobre questões que contemplem etnia e gênero, enfim, todas essas questões fundamentais para o jovem, inclusive a orientação sexual.

Tenho 25 anos e já estou com inveja da força dessa galera jovem. É impressionante. Na Estrutura-ção temos o Projeto Crescer. Falamos sobre o “crer” e o “ser”. Falamos muito sobre ser você mesmo, ser feliz. Não importa quem você ame e qual seja o seu desejo. Vamos fazer oficinas de fanzines, publicações em xerox sobre sexualidade, cidadania, direitos hu-manos, de maneira bem informal, como é a cara dos jovens. Haverá computação gráfica e outros. Os jovens vão abordar os assuntos que desejarem e distribuir os exemplares nas escolas.

Estamos vencendo a batalha paulatinamente. Mas ainda temos muito a caminhar. Pesquisa da UNESCO recentemente publicada indica que a média de 25% do alunado brasileiro não gostaria de estudar com um ho-mossexual ou um bissexual. Dentre as mulheres, 17% não gostariam; entre os homens o índice chega a 40%. É mais uma prova de como são indivisíveis os Direitos Humanos. Não se pode separar as coisas.

Por que 40% dos homens não gostariam de estu-dar com um homossexual e apenas 17% das mulheres adotaram essa posição? Machismo. Se percebermos essa questão de gênero, também atingiremos a homo-fobia, o racismo e outras discriminações. O mínimo a

se exigir é o respeito à diferença. Ninguém é melhor do que ninguém, apenas são diferentes. Então, vemos essa questão do machismo muito forte no homem, o que se reflete na homofobia.

Portanto, é bom estarmos somando forças por-que a luta é comum. É hipocrisia minha querer falar sobre orientação sexual sem falar sobre gênero, etnia e questão social. Infelizmente, tudo isso já foi tratado, mas não se falou sobre a orientação sexual.

Na Estruturação temos um rede de apoio, com reuniões semanais para falar sobre mídia e homosse-xualidade, relacionamento, família etc. e tal. Os temas que abordam família e religião são os mais polêmicos. Os católicos e evangélicos são extremistas. É precon-ceituoso falarmos que os evangélicos são preconceitu-osos. Quando fizemos um protesto contra o Vaticano, assim agimos em razão de o Vaticano ter redigido um documento oficial cujo teor apontava a homossexuali-dade como anormal. Não criticamos a Igreja Católica. Sabemos, pela nossa experiência, que as pessoas que atuam na base, os padres, as freiras, as pessoas que estão mais em contato com o povo, longe da cúpula, agem de maneira diferente. Não estou falando que são muito diferentes, mas são diferentes.

A pesquisa da CNBB revela que 60% dos padres brasileiros não consideram a homossexualidade algo contrário a Deus. Enquanto o Vaticano, que pretensa-mente quer representar a Igreja Católica, considera a homossexualidade um comportamento anormal.

Enfim, estamos mostrando que estamos avan-çando. É difícil, mas é recompensador cada passo que damos.

Quando falamos sobre o tema família na Estru-turação, o assunto é tratado com muita seriedade, tanto que criamos uma reunião de pais e parentes de homossexuais e bissexuais. Nas terças-feiras há reu-niões gerais. Quando colocamos em debate o tema, a média de freqüência aumenta. Os depoimentos são vários. Há pais que descobrem em e-mails que os fi-lhos são homossexuais e param de falar com eles. É triste ouvir isso.

Na questão da família, criamos a rede social de apoio, pois é fundamental.

Portanto, queremos que a escola se transforme em centro da comunidade para discutir orientação sexual, que o professor seja o protagonista e que a sociedade civil organizada ou não também seja fo-mentadora. Não é só o aluno o interessado.

A pesquisa da UNESCO a que me referi também revela que 30% dos pais não gostariam que o filho es-tudasse com um colega homossexual. O índice para os jovens é menor. Mas o fato é que as coisas estão melhorando. Temos que insistir. Se melhora aos poucos,

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é porque estamos trabalhando muito. Nada pode nos cercear ou obstaculizar essa nossa construção.

Outra questão séria, muito pertinente, é a pre-venção DST e AIDS. Por exemplo, entre homossexu-ais e bissexuais, também mercê de muito trabalho, a epidemia se estabilizou. O crescimento hoje se verifica entre mulheres, pessoas mais pobres e do interior do País. Infelizmente, a estabilização foi conseguida em um ponto muito alto, cerca de 27%.

Quando falamos sobre a prevenção de DST e AIDS e qualidade de vida, obrigatoriamente tratamos de saúde. A tendência de crescimento da epidemia é notada entre adolescentes homossexuais na faixa etária de 14 a 24 anos. De forma geral, a epidemia está estabilizada, mas nota-se que entre homosse-xuais adolescentes a doença está se generalizando. Isso pode ser fruto das questões sobre auto-estima, preconceito, enfim, há reflexos no pensamento desses adolescentes sobre saúde. Eles não podem falar sobre camisinha com o namorado porque o desejo é tratado socialmente como algo anormal, pecaminoso, nojento, abominável, inaceitável pelos pais, rejeitado pela es-cola etc. Será a última coisa em que o adolescente irá pensar. O pensamento sobre saúde é mais global. A camisinha é fim do processo, não é início de nada.

O jovem irá falar sobre saúde quando estiver se sentindo bem, podendo levar o namorado para a casa e falar sobre o assunto na escola. Eu nunca aprendi na escola método de prevenção de doenças entre homens, mas somente entre homens e mulheres. Portanto, nun-ca utilizei. Quer dizer, não se fala sobre isso na escola, negligência que em muito contribui para a questão do preconceito e da falta de atenção à saúde.

Deve-se falar também sobre prevenção entre mulheres, o que é fundamental, porque há uma falsa noção de que não há ocorrências de DST entre mu-lheres. A escola não informa e o ginecologista também não. É um problema sério abordado pelo movimento de lésbicas. O profissional de saúde também não está capacitado para falar sobre a questão. Então, o ado-lescente passa pela escola sem a devida orientação. Ele somente se toca quando os colegas o chamam de “viadinho” no recreio. Mas não há uma abordagem oficial, uma discussão em sala de aula.

Há o problema quanto às transgêneros, muito estigmatizadas. Uma transgênero que participa da Es-truturação tem 16 anos, a família já a aceita. Houve um processo difícil de conscientização, mas ela enfrenta-va preconceito na escola. Ela me fala que não quer ir para a rua, prostituir-se – e nada tenho contra a pros-tituição, enfim, é uma questão pessoal. E me dizia ela que desejava estudar, mas a diretora não a deixava entrar de saia na escola. É uma transgênero com uma

história boa, que a família aceita, tem apoio, mas a di-retora da escola em Samambaia, uma cidade-satélite de Brasília, não a deixa entrar de saia nem aceita a orientação sexual dela. Enfim, não a deixa sentar no banco escolar para estudar. É assim que empurramos as pessoas para a marginalidade, para a consciência de que não são cidadãs. É fundamental. Devemos tra-balhar sobre isso.

Para encerrar, vou falar sobre a visibilidade para essas questões e as Paradas do Orgulho GLBT. A ex-pansão do movimento tem sido muito feliz. Ao final da década de 70 havia 3 ou 4 organizações no Brasil. Até semana passada já se contavam 162 organizações. On-tem fiquei sabendo de outra, portanto, são 163 entida-des de militância em todas as Unidades da Federação. Estamos trabalhando junto ao Legislativo, ao Executivo e à sociedade, levando nossas mensagem à mídia e construindo esse caminho coletivamente.

As Paradas do Orgulho Gay são a maior manifes-tação de Direitos Humanos do País, uma das maiores do mundo. Marchamos ao lado de simpatizantes, pes-soas que estão dando força à causa. A primeira Parada do Orgulho Homossexual e Bissexual do Brasil acon-teceu em 1994, no Rio de Janeiro, com 18 pessoas. No ano passado, em São Paulo – à qual somam-se outras 35 pelo País afora —, reuniram-se 1 milhão de pessoas na Avenida Paulista. É a metade da popula-ção de Brasília; a maior do mundo, disputando com Nova York e Toronto.

Foi em junho do ano passado. Logo em seguida fizemos uma pesquisa com historiadores brasileiros e soubemos que ao evento só se equiparava o Movi-mento Diretas Já e os 504 Anos do Brasil.

As paradas hoje no Brasil reúnem 2 milhões de pessoas, já com um processo de interiorização. O in-terior da Bahia já realiza paradas, cidades com 30 mil habitantes. Vemos que isso está acontecendo.

Vemos que os governantes, os responsáveis pe-las políticas públicas, se não ficarem atentos à questão da homossexualidade e bissexualidade, à cidadania de milhões e milhões de brasileiros e brasileiras, estarão se isolando. Serão como aqueles governantes que fecham a janela e colocam isolamento acústico para não ouvirem o que o povo está dizendo do outro lado. O Congresso está sofrendo disso. Há aqui projetos importantíssimos. O Congresso está virando uma ilha de preconceito. A sociedade está dando o exemplo de como as coisas estão avançando, mas aqui não avançam. Conseguimos formar a Frente Parlamentar pela Livre Expressão Sexual, tão grande quanto as nossas principais opositoras, mas temos que acordar para este fato.

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Sempre falo que a Argentina, país vizinho, já tem legislação sobre parceria civil registrada, que é uma grande bandeira do movimento, assim como Portugal, outros países da Europa, Canadá e Estados Unidos.

Temos que aprender com a história. O Brasil foi o último país do mundo a abolir a escravidão. É uma vergonha que vamos carregar o resto da vida. Mas o Brasil novamente não aprende, está se transformando em uma ilha de discriminação contra homossexuais e bissexuais. Os exemplos positivos estão se multiplican-do por aí, e estamos aqui ainda discutindo questões básicas, que é o respeito, por exemplo, na escola, so-bre políticas públicas para essa questão.

Vamos acordar, do contrário estamos brincando de fazer democracia, uma brincadeira de mau gosto.

Sou também presidente do Estruturação e da Associação da Parada do Orgulho Homossexual de Brasília. Vou fazer um convite a todos para o evento a ser realizado no dia 20 de junho, domingo, quando va-mos fazer a VII Parada do Orgulho LGTBS – lésbicas, gays, transgêneros, bissexuais e, por pressão muito grande, colocamos também simpatizantes. Será a VII Parada de Brasília, precedida por vários outros even-tos, inclusive um seminário que irá discutir juventude e homossexualidade, além do direito e homossexuali-dade e a questão da educação, especificamente sobre juventude, no Teatro dos Bancários.

Vamos passar a programação a todos. Este ano vamos fazer a parada não no Eixão ou na W-3, resol-vemos ocupar a Esplanada, a Praça dos Três Pode-res. Pela primeira vez na história a parada em Brasília será na Praça dos Três Poderes. A concentração será às 14h. Ali é o nosso lugar. Não é outro lugar. Temos pessoas eleitas, mas todos fazem parte. Nossa parada vai ser colorida e cheia de alegria.

A Parada do Orgulho Gay é uma manifestação. Até nosso beijo é político. Dois homens beijarem-se num shopping – assim exercendo um direito seu – é político, duas mulheres darem-se as mãos é político. De toda essa questão vamos tratar.

Repito: nossa concentração vai ser na Praça dos Três Poderes, às 14h. Vamos percorrer a Esplanada no sentido norte até a Rodoviária do Plano Piloto.

Que possamos cobrar sempre a construção de um país igualitário, diverso como o arco-íris, que con-temple questões de gênero, idade, orientação sexual, etnia e todas as outras que haja. Que realmente isso aconteça.

Muito obrigado.O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-

pes) – Obrigado, Welton.

Eu concordo que temos dificuldade em formar formadores e que, em geral, na base há menos pre-conceito – a base seriam as crianças.

Lembro de ter lido em um livro de pedagogia alter-nativa que o preconceito vem da família, vem dos pais; que a criança rica, quando vai à casa de uma criança pobre, acha tudo interessante. Senta no chão porque faltam alguns móveis e acha o espaço extremamente criativo. O pai rico é que acha que seu filho não deve conviver com o pobre, a criança vai formando sua cons-ciência e passa a ter preconceito contra pobre. Criança acha tudo normal. Alguém é que diz a ela que homem deveria estar beijando mulher, e vice-versa.

Muitas coisas acontecem por inércia. O movimen-to Diretas foi bonito, alegre. Cada um pôde pegar uma informação aqui, outra ali.

Em questão de direitos humanos, especificamente no que se refere aos homossexuais, precisamos criar uma energia positiva que contagie nossos professores, que em geral assumem responsabilidades além de suas obrigações, embora ganhem 400 reais. Geralmente, são as professoras que mantêm sua casa quando o marido está desempregado. Às vezes elas precisam desenvolver outra atividade, como vender roupas.

Acho importante criar no País uma energia po-sitiva, e as Paradas do Orgulho Gay são fantásticas, muito alegres, divertidas. Muita gente bonita participa. Vão até os simpatizantes, e isso é fantástico. Hoje, ci-dades médias e pequenas estão criando associações. Eu fui padrinho de uma Parada Gay em São João Del Rei. Acho fantástico.

Temos de fortalecer os movimentos de massa, eles carregam muita informação. Pegando uma infor-mação aqui, outra ali, vão-se criando novas gerações. Esse movimentos promovem uma mudança cultural.

Sou otimista, portanto acredito que o Brasil vai ser mais justo.

Passo a palavra à Sra. Zuleide Araújo Teixeira, representante do Centro Feminista de Estudos – CFE-MEA.

A SRA. ZULEIDE ARAÚJO TEIXEIRA – Bom-dia a todos. Cumprimento os colegas da Mesa, o Pre-sidente e o brilhante palestrante Welton, que sempre dá seu recado com brilhantismo. Quero parabenizá-los pela iniciativa.

Não desanimem com a aparente ausência de pessoas, porque essas manifestações extrapolam as paredes da sala. E são indispensáveis para o cresci-mento da nossa sociedade, que deixa cada vez mais visível a sua heterogeneidade.

Estive lendo esta semana obra de uma autora que fala sobre a educação na Espanha. Ela diz uma coisa muito interessante: que quanto mais diversa a socie-

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dade, quanto maior a sua heterogeneidade, maiores são as incertezas. Diz também que a escola, a família e todos os fóruns coletivos têm de se reestruturar para dar conta dessa heterogeneidade. Essa diversidade sempre existiu, só não tinha visibilidade. Mas, felizmen-te, em nossa organização social e política, ela está se manifestando a cada dia que passa.

Não vou repetir o que Welton disse, embora con-corde com tudo. Vou discorrer sobre as políticas públi-cas para a juventude e sobre educação – sou viciada em política, planejamento e educação.

Quero chamar atenção para o momento feliz que estamos vivendo, uma vez que está em pauta a política para a juventude. Isso é muito importante. Às vezes vivemos um cotidiano tão atropelado que só com o passar do tempo é que observamos certos fa-tos que marcam a nossa história. E um dos fatos que estão marcando nossa história é a discussão, em sua diversidade, das políticas para a juventude.

Se alguém já me ouviu falar em algum outro fó-rum a partir de 2000 sabe que me repito em um pon-to. Sempre digo que o Brasil vive uma situação para a qual a maioria dos gestores ainda não acordou, muito menos a maioria da população. O Brasil vive um fato inédito na sua história desde o descobrimento: nunca teve um contingente tão grande de jovens entre 15 e 24 anos, contingente esse que os demógrafos tratam como “Onda Adolescente” e Elza Berquó chama de “a barriga jovem da pirâmide demográfica do País”.

Entre os 170 milhões de brasileiros, 50% têm até 25 anos. Na faixa de 15 a 19 anos está o maior con-tingente de pessoas que o Brasil já teve na sua histó-ria, em segundo lugar, estão os jovens entre 19 e 24 anos – por uma questão de organização, tratamos o jovem de 15 a 19 anos como adolescente e o de 19 a 24 anos como juventude. Imaginem que prioridade dever-se-ia dar a esse contingente.

É para esse fato que chamo atenção. E faço um mea-culpa, porque até um mês atrás estive no Execu-tivo, na Secretaria Especial de Políticas para a Mulher, e participei da elaboração do PPA. Apesar das muitas coisas boas que o PPA 2004/2007 traz, inclusive o re-corte da inclusão e da participação – fiz isso na práti-ca, andando pelo País inteiro – da população em um plano plurianual, pela primeira vez, além de audiências setoriais sobre questões de gênero e orientação sexu-al, mesmo assim, ainda não há o recorte explícito de política para a juventude.

Agora, felizmente, com uma atitude mais demo-cratizante, está surgindo um novo desenho na política de juventude, com esse fenômeno, com esse grupo que participa desta audiência, depois de tantas já re-alizadas.

O maior pecado, e temos de nos redimir, come-tido em relação a esses movimentos que participam dessas audiências relacionadas com a formulação de políticas para a juventude, está em não tentar garantir a transversalização. Por outro lado, a transversalidade já está dada. O que não ocorreu ainda foi a transversa-lização. Temos de garantir a articulação, a integração e a transversalização das políticas para que o fenômeno da transversalidade da juventude, com suas diversida-des, seja garantido, explicitado e trabalhado.

Voltando ao tema da barriga jovem, ou da adoles-cente, preocupa-nos o que os estudiosos vêm chaman-do de feminilização da AIDS e de rejuvenescimento da fecundidade. Outro fenômeno que ocorre nessa faixa etária de 15 a 24 anos é o aumento da gravidez entre 15 e 19 anos. Até meados da década de 90, era de 19 a 24 anos, mas de 1999 a 2004 chega a um per-centual maior que 20% o número de jovens grávidas entre 14 e 19 anos. Pior, isso fez crescer tanto a femi-nilização da AIDS quanto o número de abortos feitos de forma inconsciente. O problema aqui não é a AIDS nem o aborto, mas a falta de consciência, porque hoje acho até que já se tem o conhecimento de como fazer sexo seguro. Há essa dificuldade política, e concordo com o Welton, de garantir o uso da camisinha e outros procedimentos que resguardem a saúde e ajudem no planejamento familiar, não no controle. Essa consci-ência sobre o seu corpo e a consciência política do que deve ser feito é muito frágil do que o conhecimen-to sobre os procedimentos de garantia da sua saúde. Por exemplo, às vezes para não perder o parceiro ou a parceira se abre mão desses dados. Isso é falta de consciência política, seja heterossexual, seja homos-sexual, seja lésbica, seja bissexual, qualquer que seja a opção sexual, há essa ignorância política em relação a esses cuidados.

De outro lado, a família e a escola têm de se reestruturar nessa linha – vamos dizer assim – é di-ferente ser reacionário e ser conservador. Às vezes, a família não é reacionária nem conservadora. A es-cola não age no sentido de renovar uma metodologia mais ativa, onde as minorias, as chamadas minorias políticas, passem a ter uma visibilidade de protago-nista, de sujeito da sua história, seja em questões de gênero, seja em questões raciais, seja em questões sexuais; é conservadora na forma, embora não seja no conteúdo falado.

Isso se traduz nos livros didáticos, isso se traduz na formação dos formadores – não é isso? Então, na minha opinião, é indispensável uma reformulação. Ou melhor, não é que tenha de simplesmente se atualizar, mas porque a sociedade vem exigindo que as suas di-ferenças não se transformem em desigualdades. As

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bases fundamentais para que isso ocorra estão na família e na escola, com o processo formativo, seja a escola formal, seja a informal.

Por exemplo, outra situação que temos de ficar atentos, quando se discute políticas de juventude, é a inserção dos jovens no mundo do trabalho. Outra vez temos de nos referir à faixa de 15 a 24 anos. É basicamente uma situação diferenciada em 2 grupos dentro desse contingente – sempre os de 15 a 19 vi-vem uma situação e os de 19 a 24 vivem outra. Outro exemplo, nos de 15 a 19 há uma busca incansável pelo primeiro emprego, conseqüência de uma situação fra-gilizada em termos de classe social e em termos de renda. Aqui, a mulher é muito mais penalizada, como também na faixa de 19 a 24, quando há a coincidência com o desemprego.

O Ministério do Trabalho e do Emprego tem ten-tado contornar no PPA e na sua programação essa situação oferecendo o PPA às faixas de 15 a 24 anos. Temos participado de muitos debates sobre como in-serir esses grupos diferenciados, como esse programa daria visibilidade ao trabalho dos grupos chamados de minorias políticas.

Não basta dizer primeiro emprego para a faixa etária de 15 a 24 anos. Ainda será necessário a ex-plicitação com o recorte visível dos grupos que preci-sam ser fortalecidos: gênero, raça, opção sexual etc. Tudo isso ainda precisa ser explicitado em todas as propostas. E o primeiro emprego é hoje uma das boas alternativas. Ele faz parte desse desenho do PPA, de uma nova política de direitos para a sociedade, de in-clusão e participação, voltada para a faixa etária de 15 a 24 anos. Há exceções: os de 25 até podem ser incluídos. (Risos.) Fala-se muito de 15 a 24, mas cabe uma explicação: é o maior contingente.

Nós, que trabalhamos com dados do Ministério da Educação, sabemos que os jovens de 15 a 19 anos deveriam estar no ensino médio, mas há um contingente muito grande de adolescentes dessa faixa no ensino fundamental. Por quê? Porque, apesar de se prever a faixa de 7 a 14 anos no ensino fundamental, a média de conclusão no ensino fundamental em nosso País é de 11 anos. A população, em sua maioria, passa 11 anos para fazer o ensino fundamental regular; não me estou referindo à demanda reprimida socialmen-te, àqueles que nem entram nas escolas. Mas os que entram, permanecem e não praticam a evasão, fazem, em sua maioria, o fundamental em 11 anos.

Como professora da Licenciatura no Ensino da Arte na Faculdade (Ininteligível.) fazia questão, quando começava o semestre, de o aluno preencher uma ficha de caracterização pessoal para uma primeira conversa conosco. Pegava aquelas fichas e discutia o perfil da

turma com eles mesmos. Fazia todas as perguntas, dis-cretas e indiscretas, sobre a vida de cada um – claro, antes discutindo com eles todos os itens para saber qual turma que estava trabalhando conjuntamente de-terminada situação. E a maioria não conseguia fazer o fundamental em 8 anos e muito menos o médio em 3 anos – muito menos na faixa de 15 a 17, a chamada relação idade séria. Começamos a fazer comentários e saímos do roteiro. Isso prova que nada pode ser segmentado ou isolado. Voltando, então, ao primeiro emprego, enfim, posso afirmar que ele é uma grande alternativa na revisão do PPA. Outra grande alternati-va, e devemos insistir, é a prioridade que está sendo dada ao ensino médio e profissionalizante.

Eu, particularmente, como profissional da área, sou contra o ENEM. Digo isso e muita gente se es-candaliza. Por que sou contra o ENEM? Porque eu acho que se o ensino médio responder à sua fun-ção socioeducativa, os jovens entrarão na universi-dade sem dificuldade. Concordo com a necessidade de políticas afirmativas – e lembro do mestre Celso Furtado, que desde 1960 já afirmava a necessidade de haver em todo o planejamento contextualizado o paralelo, o emergencial e o estrutural —, com a políti-ca de cotas para o ingresso no ensino superior, mas, paralelamente, devemos trabalhar de modo exaustivo para fazer reforma estrutural do ensino superior e da educação básica.

A faixa etária de 15 a 19 anos é aquela em que estão mais explicitadas as diferenças, em que surgem muitas dúvidas e perguntas e a escola e a família de-vem responder juntas. O jovem não sabe se vai tra-balhar e em que área. É cobrada maior definição na sua identidade sexual, não sabe se constituirá família e qual família constituirá. No caso do homens, não sabem se servirão ao Exército. Ou seja, o nosso alu-nado só tem perguntas a fazer, não necessariamente relativas ao conhecimento científico, sobre o conteúdo de geografia, português, matemática etc. Claro que há necessidade da apropriação de conhecimento clássi-co, científico, porque ele também faz parte do saber e do ser. Agora, intrinsecamente aliado a isso há “n” questões que o ensino médio tem de responder, e não é somente preparar para a universidade. Ensino mé-dio não é vestibular, não é educação compensatória, mas tem função social em si, como todos os níveis. A escola tem de primar por essa função social relativa a gênero, raça, opção sexual, etnia, faixa etária, seja o que for, é uma etapa de grandes incertezas. Por isso, ao participar da confecção de emendas para Lei de Diretrizes Orçamentárias, fiquei muito feliz ao ver a Comissão de Educação e Cultura dar prioridade ao ensino médio e à educação profissionalizante, que

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não se destina unicamente a preparar jovem para o mundo do trabalho, para exercer determinada ocupa-ção. A educação profissional é integrada, enquanto a educação tecnológica, como o próprio nome já diz, é a técnica, a ciência e a arte.

Quem primeiro fez técnica no mundo foram os artistas; ela teve início com os artesãos, mas não nos lembramos desse detalhe. A educação tecnológica tem implícita a arte, a tecnologia e a ciência. Logo, a educação profissional tem de trabalhar também o co-nhecimento integrado, geral e tecnológico, para que a nossa juventude saiba se reacomodar na flutuação do setor produtivo.

Com a globalização, há mudanças na inovação tecnológica a cada seis meses. O ensino profissional no setor primário é um dos mais machistas. Milito nes-sa área desde 1960 e durante 8 anos trabalhei numa escola técnica. Podemos ver o conteúdo do currículo da educação profissional.

Veja o Sistema S. Cuba convidou 30 pesquisado-res de países capitalistas para debaterem a educação profissional nos países socialistas. À época, trabalha-va no IPEA, e fui uma das pesquisadoras convidadas. Fiquei revoltada ao ver que na exibição das grandes artes culinárias do Brasil não havia uma mulher, só mestres-cucas, todos do SENAI e do SENAC.

Agora, quando se fala em empregada domésti-ca, é mulher, a maioria negra, extremamente pobre, numa relação informal de trabalho. Hoje, há no Brasil 5 milhões e 900 domésticas, com grande incidência de juventude negra. Porém, quando o Sistema S vai exibir a nossa arte culinária no exterior, são convidados ape-nas homens. Em cada setor da sociedade na escola está presente o preconceito, a diferenciação, refletindo desigualdades. E a escola continua conservadora.

Outra vez lembro Celso Furtado, um dos maiores e mais respeitados economistas do mundo, quando, em uma aula inaugural da USP, disse que o desen-volvimento sustentável do País estava nas mãos da mudança cultural, que deveria ser feita em termos de valores, de convivência social, de coletividade no de-senvolvimento.

Não consigo falar só de gênero, de raça, de ho-mossexualismo, de lesbianismo etc. quando abordo qualquer política, especialmente a política da juventu-de. Devemos estar juntos nas diferenças para garantir a igualdade.

Nesse sentido, chamo a atenção mais uma vez para o peso da presença da escola. Para nossa tris-teza, mais de 50% dos jovens está fora de qualquer alternativa de educação, com o agravante da saída de alunos no fundamental, o que impõe a necessidade de ampliação de vagas no ensino médio. Houve aumento

na demanda social reprimida daqueles que estão fora dessa faixa, que seria da educação de jovens e adultos. Isso também implica ampliação. E lembro que educa-ção de jovens e adultos e educação profissional não têm menor responsabilidade no processo ativo, tanto na ciência quanto na cultura, que o ensino regular de nível médio.

As pesquisas da UNESCO, por sinal muito boas, enfocam a dificuldade de se enfrentar o homossexu-alismo nas escolas, gerando a violência, conforme também abordado pelo Welton. Navegando pela In-ternet, obtive a informação – parece cômico – de que há mais de 160 programas em ONGs e instituições oficiais voltadas para a juventude, todos são muitos bons, porém sendo operados de forma desarticulada e a escola sem absorvê-los isoladamente.

Se não fizermos o esforço de aglutinar essas ini-ciativas, muitas delas serão jogadas fora. Um exemplo que temos é o da alfabetização. Há “n” pesquisas que indicam que depois de 1 ano menos de 10%, no máxi-mo 10%, de alfabetizados ainda podem escrever e ler, se não houver a continuidade do processo formativo.

Não adianta, efetivamente, programas isolados de menino de rua, de combate ao crime, à violência contra a mulher e aos homossexuais e às lésbicas se não se trabalha o conhecimento, o processo formativo, a família e a região. Pesquisa recente do Bolsa-Esco-la comprova que na família mais escolarizada o aluno tem mais sucesso. Por isso, em razão do sucesso do Bolsa-Escola com a família mais escolarizada foi pro-posto pelo MEC adicionar a esse programa a alfabe-tização de adultos.

A Conferência Nacional dos Trabalhadores na Educação – CNTE tem pesquisa sobre a auto-estima dos professores. O número de casos de suicídio e de alcoolismo é alarmante entre os professores pela fal-ta de auto-estima e pelo assédio moral, para o qual chamo atenção.

O que tanto se falou da omissão casa muito bem com o assédio moral que se dá no trabalho, na escola, em todos os espaços coletivos de convivência. O assé-dio sexual é mais explícito, o assédio moral é perma-nente e não é explícito. O autoritarismo e a omissão são formas de assédio moral; tudo aquilo que leva à baixa estima, à baixa produtividade é violência implícita, é assédio moral. Trabalhamos muito pouco com isso nos currículos e nos movimentos sociais também.

Coloco-me à disposição para o debate.O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-

pes) – Concedo a palavra ao Welton para suas con-siderações finais.

O SR. WELTON TRINDADE – Espero que pos-samos atuar sempre em parceria. Esqueci-me de di-

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zer que em Curitiba, há duas semanas, foi fundado o núcleo jovem da Associação Brasileira de Gays, Lés-bicas e Transgêneros. Fizemos reunião específica de jovens em Curitiba. Era um seminário e nos intervalos nos reuníamos.

Muito obrigado.O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lopes)

– Convido-os a participarem da Conferência Nacional nos dias 16, 17 e 18 de junho, no Minas. Já temos a página na Internet, que é www.conferencianacionalde-juventude.com.br. A proporcionalidade das inscrições é garantida pelo tamanho do Estado. O critério é duas vezes o número de assentos que cada Estado tem na Câmara dos Deputados. Por exemplo, um Estado que tem 30 Deputados tem 60 vagas na Conferência Nacio-nal. Vamos abrir 376 vagas para os movimentos nacio-nais setoriais da juventude. Gostaria que o Movimento Nacional do Orgulho Gay também participasse.

Indago ao Plenário se há alguma pergunta dire-cionada à Sra. Zuleide? (Pausa.)

Vamos depois tentar garantir a representatividade e a proporcionalidade de todos os setores da juventu-de. Se o Brasil é heterogêneo, a juventude é o maior foco da heterogeneidade.

No que se refere ao ENEM, em vários debates sobre educação, as pessoas dizem assim: antes quem estudava até a 4ª série conseguia passar no Banco do Brasil, conseguia empregos bons, com o segundo grau entrava-se direto na universidade.

É um erro avaliar-se o ensino público pelo ingres-so na universidade e, também, apostar na qualidade do ensino médio como possibilidade de ingresso na universidade. É também uma possibilidade, mas não pode ser a única, o ENEM é a principal.

O problema de se entrar na universidade federal, principalmente, concentra-se na falta de vagas, a limita-ção está na falta de vagas. Temos de lutar pelo ensino médio de qualidade e levar em consideração a formação para a vida, os valores, a formação de um todo do ser humano, porque se for avaliar o ensino médio público pelo número de jovens que ingressam na universida-de, nunca vamos atingir o ensino médio de qualidade, porque as vagas são limitadas. Vamos ter de lutar para ampliar as vagas nas universidades.

Concedo a palavra à Sra. Zuleide Araújo para suas considerações finais.

A SRA. ZULEIDE ARAÚJO TEIXEIRA – O CFE-MEA sente-se honrado de ter sido convidado e faz muita questão de estar presente nesses momentos, porque isso faz parte do nosso quotidiano e é nossa razão de ser, contribuir, na qualidade de sociedade organizada, para que os avanços da luta pela igualdade dos diver-

sos grupos que compõem nossa sociedade se dê de forma cada vez mais ágil em busca da felicidade.

Lembro-me do meu amado Prof. Florestan Fer-nandes, que dizia algo muito interessante: “Como a gente tem medo em falar que está lutando para ser feliz, que está buscando a felicidade”.

Esse livro que mencionei sobre a educação na Espanha trata da educação multicultural e antecipató-ria e até de algo interessante que, para muitos, seria simplório, trabalhar a tolerância e a generosidade.

São coisas que eu gostaria de ver todo mundo falar com mais tranqüilidade, com mais propriedade, como algo que faz parte de nós, querer ser feliz, querer uma sociedade igual, mais feliz, mais tranqüila, que ga-ranta, dessa forma, parceria maior no desenvolvimento sustentável do nosso País e de cada um de nós.

Muito obrigada.O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-

pes) – Presente o Deputado Isaías Silvestre, coloco em discussão a ata da reunião anterior, de 20 maio.

O SR. DEPUTADO ISAÍAS SILVESTRE – Sr. Presidente, peço dispensa da leitura da ata, uma vez que já foi distribuída.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-pes) – Passamos à discussão. (Pausa.)

Não havendo Deputados que queiram discutir, passamos à votação.

Os Srs. Deputados que concordam com a apro-vação da ata permaneçam como se encontram. (Pau-sa.)

Aprovada.Concedo a palavra ao Deputado Isaías Silves-

tre.O SR. DEPUTADO ISAÍAS SILVESTRE – Sr.

Presidente, cumprimento a Sra. Zuleide Araújo, repre-sentante do CFEMEA, por estar presente dando essa grande colaboração a esta Comissão, que tem a in-tenção de prestar serviços à juventude brasileira, tão carente de políticas para sua permanência no contexto político-administrativo da Nação.

Fomos alijados desse contexto por muitos anos. Nossos governantes não se preocuparam em formar pessoas da classe estudantil com vocação, instinto e compromisso com a sociedade. Os jovens e adolescen-tes não têm oportunidade de se espelharem em cima de valores que venham a ser colocados à disposição da sociedade para que nos pleitos, não só de âmbito legislativo ou executivo, mas de todos os segmentos, possam ter oportunidade de colocar seus valores à dis-posição da sociedade. E os governantes não viram o que estamos vivendo hoje na Casa com esta reunião. O Governo Lula acolheu muito bem a proposta inicial, que está sendo levada adiante pelo Deputado Reginal-

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Janeiro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 17 01055

do Lopes . Esta é uma das Comissões que tem dado oportunidade de despertar valores para políticas que venham contemplar a juventude do Brasil.

Parabenizo a senhora por ter aceito o convite de participar desta reunião conosco nesta manhã. O qu-orum dos Deputados está baixo, em decorrência dos nossos tantos compromissos, mas nossa Assessoria está presente e vai colher os dados para que possa-mos levar avante este objetivo de nossa reunião, de valorizar a nossa juventude.

Embora eu seja um Deputado de juventude acu-mulada, prezo muito a juventude que confiou o voto em mim, esperando que possa lhes dar respaldo. E só podemos dar respaldo a essa juventude com a ajuda de pessoas como a senhora, que tem vivência e compreensão do momento atual, dessa política tão conturbada do Brasil, que peca por não ter princípio de responsabilidade com os segmentos organizados, a juventude e a escola. Um grande avanço que temos hoje é a existência de uma política voltada não só para o jovem que está na escola, mas também para o que não está na escola, que não tem a educação à sua disposição.

Na Comissão, estamos procurando ajuda de pes-soas como a senhora, que dá oportunidade ao jovem de descobrir sua vocação nessa época tão carente de valores. Temos certeza de que, no meio da juven-tude brasileira que está excluída da área educacional, também existem valores. Só com políticas públicas vamos conseguir as mudanças necessárias em prol desse segmento.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lopes) – Nobre Deputado, informo a V.Exa. que já estão abertas as inscrições para a conferência nacional, na página de Internet: www.conferenciadejuventude.com.br.

Peço também a V.Exa. um apoio no sentido de garantir a representatividade da juventude evangélica, do Conselho Nacional da Mocidade Evangélica, nesse evento. Vamos fechar hoje com minha assessoria a pro-porcionalidade dos setores organizados da juventude. Peço a V.Exa. que articule os movimentos para garantir as vagas e as inscrições dos evangélicos, para que se faça um amplo debate com a juventude.

O SR. DEPUTADO ISAÍAS SILVESTRE – Muito obrigado, Deputado. Pode ficar certo de que estare-mos representados por um grande número de jovens nesse encontro.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-pes) – Obrigado, Deputado.

Srs. Deputados, registro ofício justificando a au-sência da Deputada Ann Pontes por encontrar-se a serviço da CPMI da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes em Manaus.

Registro também que o Secretária da Juventude do Governo do Estado do Tocantins encaminhou a esta Comissão proposta de programação daquele Estado. O primeiro painel especial será um relato da Sra. Már-cia Barbosa, da Secretaria Estadual da Juventude. O segundo, será uma exposição do produto da primeira audiência pública no Tocantins para a consolidação das políticas públicas da juventude. Eles pedem que seja feito no pátio do clube, onde vai ser realizada a conferência.

Serão expostas fotos da audiência de Tocantins, a Carta de Tocantins, os documentos das audiências nos Estados e haverá apresentação de telão.

Ana, nossa maior militante desta Comissão, vai ter um espaço para o relato de todas as conferências estaduais. Vamos ter que acertar se esses relatos de-vem ser feitos pelos coordenadores dos Estados. En-tão, vai ser impossível ser a Márcia.

Como o evento será realizado num pátio, vamos construir vários espaços para socializar as informações. Inclusive, solicitar fotos da audiência que vamos co-locar na página da conferência. Então, já poderíamos enviar as fotos. Vamos fazer um resumo de todas as cartas e produzir um novo documento que também vai orientar os debates.

Agradeço a todos a presença.Antes de encerrar, convoco reunião de audiência

pública para a próxima quinta-feira, às 9h30min, com o tema Juventude Afrodescendente.

Está encerrada a reunião.

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A ACOMPANHAR E ESTUDAR PROPOSTAS

DE POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A JUVENTUDE

Ata da Trigésima Terceira Reunião Ordinária Realizada em 08 de Julho de 2004.

Aos oito dias do mês de julho de dois mil e quatro, às onze horas e trinta e um minutos, no plenário 5 do Anexo II da Câmara dos Deputados, reuniu-se, ordina-riamente, a Comissão Especial destinada a acompanhar e estudar propostas de Políticas Públicas para a Juven-tude, sob a presidência do Deputado Reginaldo Lopes. Compareceram os Deputados Alice Portugal, Benjamin Maranhão, Eduardo Barbosa, Eduardo Seabra, Leo-nardo Picciani, Marcelo Guimarães Filho, Mário Assad Júnior, Milton Cardias, odair, Professora Raquel Teixeira e Reginaldo Lopes, titulares; Ann Pontes, Carlos Abi-calil e Maurício Rabelo, suplentes. Não compareceram os Deputados Celcita Pinheiro, Deley, Isaías Silvestre, Júlio Lopes, Júnior Betão, Lobbe Neto, Luciano Leitoa, Marinha Raupp, Pedro Irujo, Vignatti, Zico Bronzeado e Zonta. ABERTURA – Havendo número regimental, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos. ATA

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– A leitura das atas das reuniões dos dias vinte e sete de maio e três de junho foi dispensada por solicitação do Deputado Leonardo Picciani. Colocadas em vota-ção, as atas foram aprovadas. EXPEDIENTE – Telegra-mas dos Ministros Márcio Thomaz Bastos, da Justiça; Tarso Genro, da Educação; Antônio Palocci Filho, da Fazenda; do Vice-Presidente da República, José Alen-car; dos Senadores Sérgio Guerra e Sérgio Zambiase, e do Desembargador Federal Aloísio Palmeira Lima, Presidente do TRF 1ª região, agradecendo o convite para participar da abertura da Conferência Nacional da Juventude e justificando ausência; fax/DRP/GM/MT, de 4-6-04, do Gabinete do Ministro dos Transportes, Alfre-do Nascimento, agradecendo o convite para participar da Conferência Nacional da Juventude e designando o Senhor Públio Caio Bessa Cyrino, Chefe de Gabi-nete, para representá-lo na mencionada Conferência; fax, de 8-6-04, da Assistente da Diretoria técnica da Unesco, confirmando a presença da senhora Marlova Jovchelovitch Noleto, Diretora técnica da Unesco, como representante do senhor Jorge Werthein, Repentante da Unesco no Brasil; fax, de 9-6-04, da senhora Re-gina Helena Mendes, da Associação Profissional do Menor de Belo Horizonte, Assprom, encaminhando lista dos adolescentes inscritos na Conferência Nacio-nal da Juventude; Of. 38/04-48°GV, de 9-6-04, do Ve-reador Nabil Bonduki, comunicando a impossibilidade de participar do painel “Desenho institucional – Plano Nacional e Estatuto da Juventude” na Conferência Na-cional da Juventude; fax, de 14-6-04, do Ministro Amir Lando, da Previdência Social, agradecendo o convite para participar da abertura da Conferência Nacional da Juventude e justificando ausência; fax, de 15-6-04, do gabinete do Ministro Humberto Costa, da Saúde, indicando a senhora Thereza de Lamare Franco Netto, Coordenadora da área de saúde do adolescente e do jovem – DAPE/SAS, para ,participar do painel “Saúde, sexualidade e dependência química”, na Conferência Nacional da Juventude; fax, de 15-6-04, do Chefe da Divisão de Relações Públicas e Cerimonial do Minis-tério das Minas e Energia, agradecendo, em nome da Ministra Dilma Rousseff, o convite para a abertura da Conferência Nacional da Juventude e justificando au-sência; fax, de 15-6-04, da Secretaria-Geral da Pre-sidência da República, comunicando que o Ministro Luiz Dulci indicou o senhor Beto Cury, Subsecretário de Articulação Social, como representante do Grupo Interministerial da Juventude; fax, de 15-6-04, do ga-bineto do Ministro da Educação, comunicando que o Ministro Tarso Genro indicou os senhores Antônio Ibañez Ruiz, Secretário de Educação Profissional e Tecnológica; Alayde Avelar Freire de Santanna, Che-fe de gabinete da Secretaria de Educação Superior, e

Lúcia lodi, Diretora de Ensino Médio da Secretaria de Educação Básica, para participar dos painéis “Educa-ção Superior”, “Educação Profissional” e “Educação Básica”, na Conferência Nacional da Juventude; carta 101/04, de 17-6-04, da Secretaria Executiva da União Nacional dos Dirigentes Municipais da Educação – Un-dime, comunicando a impossibilidade de comparecer à Conferência Nacional da Juventude; of. Gab. 255/04, de 30-6-04, do Deputado Eduardo Barbosa, encami-nhando o Relatório de propostas elaborado pelo grupo “Afirmação de identidades – homossexuais, negros e pessoas com deficiência”, por ocasião da Conferência Nacional da Juventude; Relatório encaminhado pela senhora Neylar Vilar Lins, do Instituto Aliança com adolescente, referente ao grupo “Trabalho, renda e empreendedorismo”, elaborado na Conferência Na-cional da Juventude; of. LN 0340/2004, de 14 –6-04, do Deputado Lobbe Neto, encaminhando cópia do Of. 32/2004, do Vereador Antonio Marco Nedealco; fax, de 29 –6-04, da Chefe de gabinete pessoal da Presidência da República, informando que o pedido de audiência solicitado pela Comissão ao Senhor Presidente da República foi remetido à Secretaria-Geral da Repúbli-ca; documentos encaminhados pelos Senhores Alceu José Hauy, Presidente da UNJ – UNJJ; e Celina Leão Himzim, Presidente da Jóia; of. CCTCI – P/187/2004, de 8-6-2004, do Deputado Gilberto Kassab, Presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática, agradecendo convite para participar da Conferência e justificando ausência; of. Pres. ext. 012/2004-clp, de 9-6-2004, do Deputado André de Paula, Presidente da Comissão de Legislação Parti-cipativa, justificando ausência à Conferência; of. Pres. 071/2004-ctd, de 14-6-04, do Deputado José Militão, Presidente da Comissão de Turismo e Desporto, pa-rabenizando a Comissão Especial pela iniciativa da Conferência, agradecendo o convite para participar da referida Conferência e justificando ausência; of. 279/04 – Pres., de 15-6-04, do Deputado Wanderval Santos, Presidente da Comissão de Segurança Públi-ca e Combate ao Crime Organizado, agradecendo o convite para participar da Conferência e justificando ausência; of.218/04/GDPRT, de 2-7-04, da Deputada profª Raquel Teixeira, solicitando sejam justificadas as faltas referentes aos dias 05, 11 e 25/3/04, por motivo de compromissos assmidos anteriormente. ORDEM DO DIA – A presidência deu conhecimento ao plenário que a audiência da Comissão com o Presidente da Repú-blica seria no próximo dia treze, às dezessete horas e trinta minutos, no Palácio do Planalto, para a entrega do Relatórios Prelimar, das Conferências Estaduais e Nacional e das Indicações, constantes do Relatório Final da Comissão. A seguir, o Senhor Presidente fez

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considerações a respeito dos trabalhos da Comissão. Falaram a respeito da matéria os Deputados Reginaldo Lopes, Benjamin Maranhão, Vignatti e Alice Portugal. ENCERRAMENTO – Nada mais havendo a tratar, o Senhor Presidente encerrou a reunião às doze horas e sete minutos. A reunião foi gravada, e as notas ta-quigráficas, após decodificadas, farão parte integrante desta ata. E, para constar, eu, , Ana Clara Fonseca Serejo, Secretária, lavrei a presente ata, que, após lida, discutida e aprovada, será assinada pelo Presidente Reginaldo Lopes e publicada no Diário da Câmara dos Deputados.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-pes) – Bom-dia a todos.

Vamos dar início à 33ª reunião ordinária desta Comissão destinada a acompanhar e estudar as pro-postas de políticas públicas para a juventude.

Não vou ler o Expediente, porque se encontra distribuído nas bancadas.

Quero informar a todos que vamos ter audiência com o Presidente Lula, terça-feira, às 17h30min, para entregar a S.Exa o relatório preliminar da Comissão, o relatório final das Conferências Estaduais e da Con-ferência Nacional, e também as matérias de compe-tência do Executivo e subprodutos do trabalho desta Comissão, a saber, as indicações.

A primeira propõe a criação do Instituto Brasileiro de Juventude; da Secretaria Especial de Políticas de Juventude; do Conselho Nacional da Juventude; e a instituição das conferências, de 2 em 2 anos, para dia-logar permanentemente com a juventude brasileira.

Para abrir o debate do relatório final da nossa Comissão Especial, passo a palavra ao Deputado Benjamin Maranhão, Relator, que o entregará a esta Comissão para que seja apreciado e possamos votá-lo no mais tardar no mês de agosto, na primeira semana de esforço concentrado da Casa, encaminhando as matérias de competência do Legislativo para o foro competente na Câmara dos Deputados.

O Deputado Benjamin Maranhão vai nos apre-sentar os subprodutos da Comissão de competência do Legislativo e falar sobre as indicações de compe-tência do Executivo.

O SR. DEPUTADO BENJAMIN MARANHÃO – Bom-dia, Presidente Reginaldo Lopes, companhei-ros presentes.

Estamos chegando à reta final do trabalho da Comissão. Trabalho que foi extremamente produtivo, na medida em que marcou o início do debate sobre a juventude, hoje tão massificado em todo o Brasil.

Conseguimos realizar conferências e encontros regionais em praticamente todas as Capitais dos Es-tados brasileiros, com muito êxito. Conseguimos re-

alizar a 1ª Conferência Nacional de Juventude, um marco de organização de políticas para a juventude brasileira, bem como de reivindicações voltadas para esse segmento.

Como resultado desse trabalho, elaboramos uma série de documentos, como bem disse o nosso Presi-dente, que estarão em nosso relatório final.

O primeiro será uma PEC, já distribuída para os gabinetes dos Srs. Deputados, a qual trata da espe-cificação dos direitos da juventude na Constituição brasileira.

O segundo documento será um projeto de lei que dispõe sobre o Estatuto da Juventude e dá ou-tras providências. Esse projeto de lei é necessário para regulamentar as alterações na Constituição, que serão feitas por meio da PEC. Ele será o marco legal no que diz respeito ao esclarecimento dos direitos da juventude brasileira.

O terceiro documento é um projeto de lei que cria-rá o Plano Nacional da Juventude. O Plano Nacional da Juventude diferencia-se do Estatuto da Juventude ao estabelecer metas claras em relação à juventude brasileira para os próximos anos. É um documento mais amplo, fruto, principalmente, das sugestões e dos debates que ocorreram nos encontros estaduais e na Conferência Nacional da Juventude. Esse documento também está disponível nos gabinetes dos Srs. Depu-tados. Já fizemos esse encaminhamento.

Em seguida, uma série de indicações ao Execu-tivo, alterações na legislação só possíveis por iniciati-va daquele Poder, a exemplo da criação do Conselho Nacional de Juventude.

Por isso, estamos encaminhando ao Sr. Presi-dente da República um modelo do que espera a maior parte da juventude brasileira, pelo que colhemos nas conferências e nos encontros regionais para a formu-lação desse Conselho Nacional de Juventude. Alguns pontos são primordiais: paridade, eleição dos mem-bros da sociedade civil nas conferências nacionais, presidência reservada a um jovem com até 29 anos de idade, autonomia orçamentária e financeira para que possa funcionar plenamente como representante da juventude brasileira. Estamos fazendo todos esses indicativos nesse documento que entregaremos ao Presidente da República.

Outros 2 indicativos são pela criação do Instituto Brasileiro de Juventude, que entendemos ser instrumen-to fundamental para a execução de políticas públicas de juventude, para a coordenação e elaboração des-sas políticas, e a criação também de uma Secretaria Especial de Políticas Públicas para a Juventude. Essas 2 entidades se completam. A Secretaria de Políticas Públicas para a Juventude terá caráter exclusivamen-

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te governamental. O Instituto poderá transitar também entre as ONGs e o setor privado para a melhor execu-ção das políticas públicas.

Também por iniciativa do nosso Presidente, es-tamos encaminhando projeto de lei que estabelece 2005 como o Ano Internacional da Juventude, e pro-jeto de resolução que cria a Comissão Permanente de Juventude no âmbito da Câmara dos Deputados. Com certeza, a produção de muitos documentos re-sultou nesse trabalho de nossa Comissão, e que já estão à disposição dos Srs. Deputados. Devido ao baixo quorum resolvemos não votar o relatório final, mas todos os documentos já estão prontos, inclusive os próprios indicativos ao Presidente da República. Esperamos entregar na próxima terça-feira parte des-sa documentação.

Temos certeza de que a Comissão vem cum-prindo seu papel ao formular pela primeira vez um marco legal em termos de políticas públicas para a juventude. Esperamos agora a contribuição dos com-panheiros Parlamentares para que sejam aprimora-dos esses textos que hoje apresentamos e se venha a ter um documento final que atenda aos anseios da juventude brasileira.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lopes) – Obrigado, Deputado Benjamin Maranhão.

Quero informar ao conjunto de Deputados e Depu-tadas e ao público presente que como não estão pre-vistas votações, todas as indicações, inclusive para a criação do Conselho Nacional de Juventude, foram fruto de debates nos Estados e na própria Conferência Nacional. Tal indicação representa o maior consenso possível, com divergências pontuais.

Por exemplo, com relação ao Conselho Nacional, temos divergências sobre a melhor composição. A ju-ventude deseja que uma parte seja eleita na Conferên-cia Nacional, o que acho importante para fomentar o debate, fortalecer os laços de participação permanente, consolidar as Conferências Nacionais como canal de diálogo com o Governo. Já que os representantes dos jovens têm rotatividade muito grande, é importante que o Governo institua as conferências de 2 em 2 anos para permitir ouvir as novas lideranças. No documento que indica a criação do Conselho Nacional de Juventude, nossa intenção é retirar a proposta de composição dos membros e inserir artigo que estabeleça o seguinte: a composição será paritária – 50% do Governo e 50% da sociedade civil, estes últimos eleitos na Conferência Nacional de Juventude de 2 em 2 anos.

Então, acho que há acordo. Não vamos propor nenhuma estrutura nem escolher os Ministros que o Presidente da República tem que indicar para esse Conselho. Vamos entregar um documento que repre-

senta o desejo da maioria dos Deputados e Deputadas e também o pensamento das Conferências Estadu-ais e da Conferência Nacional. Quero pontuar esse destaque.

Na indicação para a criação do Instituto Brasileiro de Juventude, há algumas divergências, mas acho que o ponto mais importante que o Instituto represente os jovens do País perante outras nações. Isso foi levantado pela Deputada Alice Portugal. Há dúvida em relação a essa representação. Vamos apresentar ao Presiden-te Lula 5 indicações. Estamos propondo a criação de uma secretaria, de um instituto, de um conselho. Essas proposições surgiram nos debates nas Conferências Estaduais e na Conferência Nacional. Vamos apresen-tar essas possibilidades para que S.Exa. faça a melhor opção. Não vamos levar posicionamento fechado da Comissão de que o melhor é uma secretaria ou um instituto. Vamos apresentar as 2 possibilidades.

O Instituto Brasileiro, que muitos acreditam teria mais agilidade, poderia fortalecer os laços da iniciativa privada, as organizações internacionais de coopera-ção. O próprio movimento da juventude seria menos burocrático, uma espécie de autarquia. Outras pesso-as defendem maior participação do Estado, através da Secretaria Especial. Acho que deveria haver os 2 organismos, tanto o Instituto quanto a Secretaria, no Governo. Porém, não havendo total acordo, vamos apresentar ao Presidente a diferença. A intenção des-ta Mesa é encaminhar a indicação tanto do Instituto quanto da Secretaria Especial.

Queria ouvir V.Exas. em relação a essas indica-ções. Por que estamos pontuando, primeiro, as indi-cações ao Executivo? Devido à nossa reunião com o Presidente Lula na terça-feira.

Quanto às matérias de competência do Legisla-tivo, o Deputado Benjamin foi bem claro. Vamos abrir o debate para permitir que o conjunto de Deputados e Deputadas e a sociedade civil possam dar sua contri-buição para enriquecer o documento. Deixamos para votar o relatório final com todos os produtos desta Co-missão na primeira semana de esforço concentrado, no segundo semestre do ano legislativo. É o encami-nhamento que proponho ao conjunto de Deputados e Deputadas.

Passo a palavra aos senhores. Alguém quer fazer uso da palavra? Deputado Leonardo Picciani.

O SR. DEPUTADO LEONARDO PICCIANI – Sr. Presidente, Sr. Relator, Deputado Benjamin Maranhão, quero primeiramente manifestar nossa satisfação com o trabalho desta Comissão, dirigido por V.Exas., e para-benizá-los pela competência, pelo esforço, sobretudo, pela persistência em trabalharem esse tema tão caro ao País, no momento em que o jovem busca a afirma-

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ção, a conquista de novos direitos, a possibilidade de acesso mais fácil e mais competitivo ao mercado de trabalho. Esta Comissão surgiu, talvez, no início dessa revolução. Sob a direção de V.Exas., soubemos dar o tom que o País esperava e de que a nossa juventude gostaria.

Temos a convicção de que este trabalho precisa avançar, seja por meio da continuação dos trabalhos desta Comissão, seja pela criação de Comissão Per-manente, seja pelo efetivo funcionamento da Frente Parlamentar em Defesa da Juventude, seja pela ação de cada Deputado, que, independente da faixa etária, tenha compromisso com a causa.

Sr. Presidente, para encerrar, gostaria de manifes-tar apoio às medidas propostas pelo eminente Relator Benjamin Maranhão e justificar a minha pouca atuação na Comissão nas últimas reuniões. Estou desempe-nhando a função de Relator da Comissão Especial do PL nº 3.337, que regulamenta as agências reguladoras de prestação de serviço no País, projeto de extrema importância para o Brasil e que tem tomado boa parte do tempo e da atuação deste Deputado.

No entanto, quero reafirmar, mais uma vez, meu compromisso e apoio às causas e interesses da juven-tude e desta Comissão.

Parabéns pelo trabalho!Muito obrigado, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-

pes) – Obrigado pelas palavras de carinho, Deputado Leonardo Picciani.

Passo a palavra ao Deputado Eduardo Barbo-sa.

O SR. DEPUTADO EDUARDO BARBOSA – Sr. Presidente, Sr. Relator, na realidade, não tive ainda a oportunidade de ler o relatório. Então, nem vou tecer comentários elogiosos, porque seriam falsos. Não tive tempo de ontem para hoje para lê-lo. Mas, com certe-za, por tudo que foi desenvolvido na Comissão e pela reconhecida seriedade, compromisso e competência que o Deputado Benjamin sempre demonstrou em vários temas, mesmo no relatório preliminar, teremos um trabalho esplêndido. Depois que o ler, em agosto emitirei opinião. Se tiver algo a sugerir, o farei.

Gostaria apenas de dizer que ontem estive com o Presidente, que me disse dos encaminhamentos que serão dados, principalmente ao Presidente da República. Entendemos que é extremamente salutar o que foi proposto.

Vejo que a Comissão, por si só, já cumpriu papel político importantíssimo. Pautamos o tema no Con-gresso Nacional e conseguimos extrapolá-lo para todo o País, não só nas Assembléias Legislativas. Trouxe-

mos os jovens para participar na elaboração de pen-samentos.

Estão de parabéns, principalmente, o Presiden-te e o Relator, e os Deputados que se envolveram com o tema, pois a questão da juventude não será mais vista como antes. A mobilização continua, inde-pendente de como vai ser. Vimos, por exemplo, que outros segmentos fizeram proposições e continuaram mobilizados, como o movimento de luta pela criança e pelo adolescente, importante no Congresso. Não há Comissão Permanente, mas se optou por Frente Parlamentar atenta, estruturada, que tem consultoria, acompanha a CCJ, educação, saúde, direitos huma-nos, não deixa passar nada.

O rebaixamento da idade penal não ocorreu até hoje por causa da Frente Parlamentar da Criança, que não deixa essas discussões recuarem. Acredito que manter um grupo atento e operante no Congresso Na-cional será extremamente salutar para fazer cumprir o que prevê o relatório.

V.Exas. estão de parabéns. Queria também ma-nifestar a minha admiração pelo trabalho desenvolvido pela Consultoria Legislativa, que ajudou imensamente ao copilar tantas idéias, e pelo espírito democrático do Relator, que conseguiu absorver todas. Para nós é um ganho de confiabilidade da população no Parla-mento brasileiro.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lopes) – Obrigado, Deputado Eduardo Barbosa.

Passo a palavra ao Deputado Milton Cardias. O SR. DEPUTADO MILTON CARDIAS – Sr. Presi-

dente, Sr. Relator, este é, podemos dizer, um momento fraterno da Comissão, no qual podemos nos regozijar pelo trabalho realizado até o momento e pela inten-ção de continuá-lo.

Creio que foi um trabalho conjunto. Todos os Parlamentares que compõem a Mesa a ele se dedi-caram de forma especial, evidentemente, conduzidos por V.Exas. Também considero o trabalho exemplar da nossa Assessoria, que com muita competência, gar-ra, determinação e dedicação, satisfez a todos nós e à juventude brasileira.

Quero lembrar, por questão de justiça, consi-deração e respeito, nossa consultora, Dra. Helena, que, gentilmente, não mediu esforços para ir até o meu Estado nos apoiar e alavancar o trabalho no Rio Grande do Sul, mais precisamente em Porto Alegre, nossa Capital.

Quero agradecer a todos o trabalho, a compre-ensão e a dedicação. Graças a Deus, estamos vislum-brando um horizonte muito profícuo para o trabalho desta Comissão e para o alcance dos objetivos da nossa juventude, por meio de empreendimentos que a

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Reginaldo Lopes, pela conferência em Minas Gerais. Com certeza, essas conferências iniciam uma socia-bilização e sensibilização da juventude brasileira para o debate das políticas públicas de juventude.

Farei, primeiro, um panorama do que a juventude do PSDB vem fazendo há mais de 10 anos em rela-ção às políticas públicas de juventude. Obviamente, como disse o nosso grande Vereador Henrique Pires, Presidente Nacional do PMDB Jovem, essa tradição iniciou-se com Franco Montoro, ainda no PMDB, e foi trazida para o PSDB.

O PSDB foi o primeiro partido a criar um órgão executivo de juventude. O primeiro órgão de juventude criado no Brasil foi a Secretaria Executiva da Prefeitura de Goiânia, época em era Prefeito de Goiânia o Sr. Nion Albernaz, do PSDB, e era Secretário-Executivo o Sr. Sandro Resende, Presidente Nacional da Juventude do PSDB. Foi nessa época em que se iniciou o debate nacional entre as juventudes partidárias.

A criação do primeiro órgão executivo estadual foi no Governo Marcelo Alencar, do Rio de Janeiro, do qual o Sr. Alessandro Ponce de Leon – não sei se ele se encontra aqui nesta plenária – foi o primeiro Coor-denador Estadual de Juventude dentro de um órgão de Estado. Ou seja, o PSDB trouxe a questão da juventude para a esfera do Governo, as políticas públicas em si. Dos 8 governos estaduais criados pelo PSDB, 5 têm alguma estrutura formal – São Paulo, Tocantins, Goiás, Ceará e Minas Gerais —, onde há o Conselho Esta-dual da Juventude e a Superintendência Estadual de Juventude. Inicialmente, essa tem sido a contribuição da Juventude do PSDB, e do próprio partido, para as políticas da juventude.

Perguntam-me sempre se é interessante a criação de um órgão estadual. Lógico que sim. As políticas de juventude não logram êxito se não tivermos um órgão estadual que as execute e que justamente saiba quais são os anseios da juventude do Brasil.

Antes de apresentar-lhes algumas propostas que a Juventude do PSDB encaminhará à Comissão, farei uma radiografia da juventude brasileira, a partir de uma pesquisa feita pelo SEBRAE, publicada no jornal Cor-reio Braziliense do dia 30 de abril deste ano.

Essa pesquisa, que nos surpreendeu e nos as-sustou, aponta que 50% dos jovens brasileiros se pre-ocupam com a violência; 24% se preocupam com o desemprego; 40% dos jovens brasileiros entre 15 anos e 24 anos estão desocupados, na inatividade, não es-tudam, em ócio total; 64% dos jovens que “estão tra-balhando” – entre aspas – encontram-se no mercado informal. Ou seja, não têm carteira assinada, não têm direitos adquiridos. Trinta e oito por cento dos jovens se preocupam com a educação; 37% se preocupam

com o mercado de trabalho. A pesquisa foi realizada com 3.500 jovens entre 15 e 24 anos.

O que acho interessante nessa pesquisa é o seguinte: a preocupação da juventude brasileira tem mudado um pouco de foco. Antes, o foco, obviamen-te, era o emprego, o sonho do mercado de trabalho. Hoje, o foco é a questão da violência. Sabemos que a violência é um problema conjuntural e não estrutu-ral. Trata-se de um problema conjuntural porque é um problema que se dá em conseqüência de outros pro-blemas. Não pela falta de educação, mas pela falta de acesso à educação e a empregos dignos. A juven-tude, em si, ocupa poucos cargos dignos. Há poucos presidentes de empresas que são jovens. Até mesmo nesta Casa há poucos Deputados jovens. Há, obvia-mente, uma discriminação contra a juventude em in-seri-la no trabalho.

Outra questão interessante, que há muito tempo estamos discutindo, é o empreendedorismo. O Brasil, para se ter uma idéia, de acordo com uma pesquisa anunciada pelo SEBRAE, é o sétimo País empreen-dedor do mundo, mas essa prática não é incentivada, ou é pouco incentivada, dá-se pouca ênfase a ela no Brasil. O empreendedorismo no Brasil, no nosso pon-to de vista, tem que merecer maior empenho não só da parte do Governo Federal, mas também por parte dos Governos Estaduais. Cito o exemplo do Governo do Estado de São Paulo, no qual existe um programa de crédito para os empreendedores que é essencial. Através do empreendedorismo, gera-se emprego; atra-vés do emprego, obviamente, diminui-se a violência. Esse é o fato principal.

Ressalto outro problema – e até serei um pouco careta ao falar sobre isso, mesmo porque nenhuma juventude partidária tocou nesse ponto. Sabe-se, re-pito, que as questões de falta de educação, violência, desemprego, são problemas conjunturais. O problema inicial é a falta da estrutura familiar. Hoje, a juventude brasileira enfrenta o problema de estrutura de família, causado inclusive por fatores econômicos. O jovem brasileiro enfrenta, dentro de sua casa, vários proble-mas, até mesmo de relacionamento. Em função disso, a primeira proposta que apresentamos é que as esferas governamentais dêem valor à questão do fortalecimen-to da estrutura familiar. Afinal, é dentro de casa que o jovem começa a ser formado. Depois, vai à escola, a sua segunda casa, na qual aprende o segundo ponto do seu relacionamento.

A nossa primeira proposta é que o Estado tra-balhe o fortalecimento da estrutura familiar dos jovens brasileiros. Se hoje fizermos uma pesquisa entre os jovens presos, veremos que a maioria, cerca de dois terços, que está cumprindo penas em penitenciárias

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tem problemas na estrutura familiar. Costuma-se ale-gar que isso ocorre pelo problema da pobreza. No entanto, darei um exemplo do Distrito Federal. Uma pesquisa recente aponta que 66% dos roubos e fur-tos são praticados por jovens de classe média. Ora, se são praticados por jovens de classe média, não são por problemas financeiros, mas por problema da falta de estrutura familiar.

Encerro, Sr. Presidente – sei que estou avançan-do no tempo —, apresentando algumas propostas ao relatório a ser elaborado pelo nobre Deputado Benja-min Maranhão.

Primeira proposta. Somos favoráveis à criação de um conselho nacional de juventude, e que este conselho tenha a participação das juventudes parti-dárias que têm cadeira na Câmara dos Deputados e no Senado Federal.

O único aspecto que gostaríamos de reformu-lar, como uma proposta da Juventude do PSDB, é a questão do órgão executivo. A proposta apresentada pelo Deputado Benjamin Maranhão e pela Comissão é que tenhamos um instituto nos moldes do da Espa-nha. Propomos, além desse instituto, a criação de um ministério da juventude. Por quê? Para que a política da juventude se torne algo do Estado e não uma ques-tão de um instituto, no caso uma fundação pública, que não seria parte da esfera do Governo. Essa é a nossa segunda proposta.

Além dessas, há outras propostas que gostarí-amos de apresentar. Uma delas seria a questão da estimulação à criação de empresas jovens. Ou seja, estimulação ao empreededorismo, através de linhas de crédito com os recursos do FAT, Banco do Povo e do BNDES.

Na questão da cidadania, a proposta é criar um sistema de incentivo à participação dos jovens em tra-balhos sociais, programas de esporte, cultura, qualifi-cação, oferecendo prêmios como créditos.

Outra questão é definir, com a participação de organizações de juventude, uma agenda jovem nacio-nal. Ressalto que essa agenda jovem já foi realizada no Rio de Janeiro, coordenada pelo Sr. Alessandro – que está ali atrás —, na qual reuniram-se todos as juventudes partidárias, muitas delas aqui presentes, e organizações de juventude, que elaboraram uma carta para todos os candidatos à Presidência da Re-pública naquela época, 2002, quando foi apresentada essa agenda jovem.

Essas propostas que estou comentando estavam inclusas na Carta Proposta do candidato José Ser-ra. Foram retiradas 2 agendas jovens, e foi a agenda consensual dos partidos que ali estavam, tanto do PT quanto do PSDB.

Uma terceira e última proposta que gostaria de apresentar relaciona-se ao esporte brasileiro, que hoje tem pouco incentivo. Existem incentivos, sim, em al-gumas áreas, como o vôlei, o futebol, mas não para esportes essenciais. Eu estava conversando há um tempo com o campeão brasileiro de caratê, e ele me disse que a delegação campeã brasileira de caratê não conseguiu recursos do Governo Federal para ir à Coréia, participar do campeonato mundial.

Ora, como é que podemos estar discutindo ques-tões de juventude, emprego, empregabilidade juvenil e não discutirmos o principal fator que tira o jovem da criminalidade, que é o esporte?

Outra questão é o incentivo à cultura. Existem vá-rias organizações em todo o Brasil que trabalham com o incentivo à cultura, com o desenvolvimento susten-tável, com o meio ambiente e não recebem incentivo governamental.

Falta, sim, incentivo do Estado para essas áreas. Do ponto de vista da Juventude do PSDB, o Go-

verno tem que se preocupar, sim, com a educação, com o emprego, mas também com outros fatores es-senciais, como o esporte, o desenvolvimento susten-tável, a cultura e as organizações juvenis.

Era o que tinha a dizer. Muito obrigado. O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-

pes) – Obrigado, Rodrigo, pela contribuição. Na maioria dos Estados e das capitais em que par-

ticipei, o PSDB esteve presente, participando ativamen-te da organização das conferências. Inclusive, em Minas Gerais, a Superintendência de Juventude do Estado e o Conselho Estadual de Juventude foram parceiros de nossa Conferência. Aproveito a oportunidade para, na qualidade de Presidente e organizador da conferência no Estado de Minas Gerais, agradecê-los.

Convido para fazer uso da palavra o Presidente do PFL Jovem, Sr. Marcelo Fagundes.

O SR. MARCELO FAGUNDES – Muito bom-dia a todos.

Em primeiro lugar, quero pedir desculpas pelo pequeno atraso e parabenizar o Deputado Reginaldo Lopes, Presidente da Comissão, por mais esta inicia-tiva, que é sem dúvida alguma um marco na histó-ria daqueles que fazem política pública de juventude neste País.

Vejo pessoas antigas nesta discussão, como Ales-sandro Ponce de Leon, Rodrigo Delmasso, do PSDB, e tantas juventudes partidárias, que há anos e anos vêm discutindo formas de se aplicar efetivamente no País aquilo que todos nós já identificamos como uma necessidade, como algo que é uma demanda antiga dos jovens.

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ela se voltam. Na Conferência Nacional, pudemos ver a manifestação eloqüente e agradecida da juventude por essa oportunidade.

Portanto, parabéns a esta Comissão, parabéns a todos nós!

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-pes) – Obrigado, Deputado Milton Cardias.

Antes de passar a palavra ao Deputado Benjamin Maranhão, quero registrar que todas essas proposi-ções – projeto de lei, projeto de resolução, projeto de emenda à Constituição, o próprio Plano Nacional, o Estatuto, e várias indicações – demonstram que, coleti-vamente, produzimos muito nesta Comissão, em torno de 10 produtos, sem falar da belíssima contribuição da juventude brasileira.

Foram 17 grupos de trabalho. Temos propostas de políticas concretas para todas as áreas temáticas de ponta. O que a juventude pensa de fato, em todos os Estados brasileiros e em todos os movimentos, en-contra-se nesse documento. Pode haver contradições, inadequação financeira, várias dificuldades, mas está aqui o que foi discutido durante 3 dias, em Brasília, com mais de 2 mil jovens de todos os Estados brasileiros.

Outro documento que será entregue ao Presi-dente Lula, as cartas-documento de todas as Capitais brasileiras, também é produto muito rico desse deba-te. A produção é coletiva. A PEC não é proposição do Presidente, mas do conjunto, que entendeu que a Constituição tem de tratar da juventude, que esta tem de estar no ordenamento interno do Brasil. Entende-mos que a Constituição é o melhor espaço, o melhor documento, a Carta Maior para o País.

Quero deixar bem claro que todas as nossas cons-truções são coletivas. Elas representam o esforço do conjunto de 48 titulares e suplentes, com a contribuição de vários Deputados que não são da Comissão, mas que também participaram como membros da Frente Parlamentar. Alguns Senadores também organizaram conferências estaduais e vários movimentos juvenis que participaram do debate. É um esforço coletivo de todas as forças políticas, de todos os setores or-ganizados da juventude brasileira. Merecem especial atenção nossas consultoras, Helena e Auxiliadora, e a Secretária da Comissão, Ana Clara.

Lógico que Deputados entraram com projetos, nessa caminhada de um ano e meio, percebendo que poderia ser fruto da Comissão, enquanto outros o fizeram separadamente. O que estamos entregando hoje à Comissão e que vamos entregar também ao Presidente Lula e ao Presidente João Paulo Cunha não tem dono, mas vários atores importantes. É bom registrar isso.

Quero também aproveitar para aprovar as nossas atas dos dias 27 de maio e 3 de junho.

Pergunto ao Plenário se há necessidade de lê-las.

O SR. DEPUTADO LEONARDO PICCIANI – So-licito a dispensa, Sr. Presidente.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-pes) – Está dispensada a leitura da ata, a pedido do Deputado Leonardo Picciani.

As atas encontram-se em discussão. (Pausa.)Não havendo quem queira discuti-las, passamos

à votação.Os Deputados que as aprovam permaneçam

como se encontram. (Pausa.)As atas dos dias 27 de maio e 3 de junho estão

aprovadas.Passo a palavra ao Deputado Benjamin Mara-

nhão.O SR. DEPUTADO BENJAMIN MARANHÃO

– Sr. Presidente, hoje é dia de confraternização, de coroamento desse trabalho da Comissão. Com cer-teza, cada um tem parte fundamental nesses docu-mentos produzidos, já que todos participaram na or-ganização das conferências estaduais, dos debates, da mobilização, e nos fizeram crescer. A democracia que exercemos na Relatoria e sob a Presidência do Deputado Reginaldo Lopes teve esta marca: fazer com que todos participassem e construíssem um produto a muitas mãos.

Há propostas concretas que surgiram n Comis-são, como o Parlamento Jovem, através de decreto legislativo do companheiro Vice-Presidente da Comis-são, o Deputado Lobbe Neto, que não pôde estar aqui hoje, mas que esteve presente em todas as outras reuniões. Conseguimos, por meio da articulação dos companheiros Deputados que se preocupam com a juventude brasileira, aprovar esse decreto legislativo, e estamos trabalhando para fazer ainda este ano a primeira reunião do Parlamento Jovem Brasileiro na Câmara dos Deputados.

Nosso trabalho tem de ser coroado de êxito, por-que houve boa vontade dos Parlamentares da Comissão e participação de uma pequena, mas extremamente competente equipe. Nossa assessora Ana Clara esteve presente durante todas as reuniões e, na Semana Na-cional da Juventude, coordenou praticamente sozinha a logística necessária para que o evento ocorresse. Houve também o trabalho imprescindível da nossa consultoria, tanto da Helena quanto da Auxiliadora, que trabalharam como caixeiros-viajantes pelo Brasil inteiro. Não foi fácil o que fizeram, nada houve de turis-mo. Muito pelo contrário, eram reuniões extremamente cansativas, que a juventude, com seu espírito irreveren-

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te, levava por horas e horas. Começávamos com um calendário, uma agenda prévia, mas nos estendíamos por horas e horas na ânsia dos jovens de participar, até porque não tinham direito à voz antes dos trabalhos desta Comissão – essa é uma realidade.

Pela primeira vez, o Legislativo foi até a juventude brasileira para que ela fosse ouvida. E, nessa ânsia, nesse espírito de irreverência, ela queria participar efetivamente. Mas nesse caos construtivo que é ou-tra marca dos jovens, no meio de tantas indicações e sugestões, conseguimos elaborar documentos como as cartas dos Estados e da Conferência Nacional de Juventude, que sintetizaram tudo por que ela ansia-va e que manifestou por meio de representações do Brasil todo.

Então, creio que hoje estamos todos felizes pelo resultado que conseguimos construir. Não foi pouca coi-sa: como disse o Presidente, uma proposta de emenda à Constituição, 3 projetos de lei e vários indicativos ao Legislativo, além, é claro, do projeto de resolução e de todo esse acúmulo que ocorreu.

Creio que esta Comissão tem caráter positivo. Desde o momento em que a instalamos, ela se vol-tou para o lado positivo da juventude brasileira. Con-seguimos nos afastar de toda e qualquer questão de preconceito. Ela foi permeável a todos os pontos de vista das mais diferentes religiões e movimentos. Tí-nhamos dificuldade em realizar as audiências públi-cas, mas a diversidade imperava em nosso trabalho e muitas organizações não-governamentais também nos ajudaram.

Quero, mais uma vez, agradecer a todos que co-laboraram e participaram decisivamente na elaboração desses documentos. Eles estão abertos até a primei-ra semana de agosto, quando ainda vamos incorpo-rar sugestões aos projetos de lei e à PEC. Queremos entregar formalmente o resultado ao Presidente João Paulo Cunha para que tenha trâmite acelerado, com o peso político de tantos companheiros que fazem parte desta Comissão e da juventude brasileira.

Mais uma vez, muito obrigado a todos pelo tra-balho.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lopes) – Antes de terminar, quero aproveitar as palavras do Deputado Eduardo Barbosa: temos de continuar mo-bilizados. Primeiro, temos de votar o relatório final na primeira semana de trabalho da Casa. Depois, temos de nos mobilizar politicamente para colocar em vota-ção o projeto de resolução pela Mesa, para constituir a Comissão Permanente e a Comissão Especial para dar parecer a 2 projetos de lei: o Plano Nacional e o Estatuto. Desejamos que na CCJ a nossa PEC tenha

parecer pela admissibilidade, para que possamos cons-tituir nova Comissão que a encaminhe ao Plenário.

Então, temos trabalho para vários anos, talvez, dos nossos mandatos. Como disse o Deputado Leo-nardo Picciani, temos de combinar com os eleitores para que estejamos aqui depois de 2007 para votar esse projeto. Mas estou confiante, Deputado Leonar-do Picciani: temos 2 anos e meio pela frente, e creio que nesta Legislatura conseguiremos votar o Plano Nacional e o Estatuto, bem mais complexos.

O SR. DEPUTADO LEONARDO PICCIANI – Pela ordem, Sr. Presidente.

Tenho a certeza, ou, pelo menos, a esperança, de que todos estaremos aqui de novo na próxima le-gislatura. Quanto à reeleição do Governo, pode ser que não ocorra, mas nosso trabalho vai prosseguir.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-pes) – Nesse caso, temos divergência, porque tenho convicção de que o Governo vai ser o mesmo.

Mas, conhecendo a história da Casa em relação a estatutos – o Estatuto do Idoso, parece, foram 10 anos de debate —, temos de estar mobilizados mesmo, na Comissão Permanente ou na Frente Parlamentar. Penso que quando se encerrar o trabalho na Comissão Especial poderemos efetivar o da Frente Parlamentar, porque ambos se conciliaram e o da Frente ficou como suporte, como assessoramento.

Agora teremos de mobilizar novamente a Frente para constituir a Comissão para dar parecer aos pro-jetos de lei e à PEC. É o que esperamos.

Lembro, como disse o Deputado Benjamin Mara-nhão, que até a primeira semana de esforço concentra-do na Câmara o Relator estará à disposição para aceitar emenda do conjunto de Deputados e do movimento social para enriquecer os documentos finais.

Declaro encerrados os nossos trabalhos e convoco reunião para a primeira semana do mês de agosto.

Muito obrigado.

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A ACOMPANHAR E ESTUDAR PROPOSTAS

DE POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A JUVENTUDE.

Ata da Trigésima Quarta Reunião Ordinária Realizada em 11 de Novembro de 2004.

Aos onze dias do mês de novembro de dois mil e quatro, às dez horas e trinta e cinco minutos, no plená-rio 11 do Anexo II da Câmara dos Deputados, reuniu-se, ordinariamente, a Comissão Especial destinada a acompanhar e estudar propostas de Políticas Públicas para a Juventude, sob a presidência do Deputado Re-ginaldo Lopes. Compareceram os Deputados Benjamin Maranhão, Celcita Pinheiro, Eduardo Barbosa, Júlio Lopes, Lobbe Neto, Luciano Leitoa, Marcelo Guima-

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rães Filho, Milton Cardias, Reginaldo Lopes e Zonta, titulares; Ann Pontes, Carlos Abicalil, César Medeiros, Homero Barreto e Maurício Rabelo, suplentes. Não compareceram os Deputados Alice Portugal, Deley, Eduardo Seabra, Isaías Silvestre, Júnior Betão, Leo-nardo Picciani, Marinha Raupp, Mário Assad Júnior, Odair, Pedro Irujo, Professora Raquel Teixeira, Vignat-ti e Zico Bronzeado. ABERTURA – Havendo número regimental, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos. ATA – A leitura da ata da reunião anterior foi dispensada por solicitação do Deputado Lobbe Netto. Colocada em votação, a ata foi aprovada. EX-PEDIENTE – Of. nº GD HB 419/2004, de 09.08.04, da Chere de Gabinete do Deputado Homero Barreto, encaminhando cópia do atestado médico do referido parlamentar; Ofício s/n, de 24-08-04, do Senhor José Hauy, Presidente da União Nacional da Juventude, en-caminhando, para conhecimento desta Comissão, cópia do Ofício nº 985/2003, SAG/C.CIVIL-PR, de 23-12-03, e da Carta nº 487/AESP, de 11-12-03, recebidos pela referida União Nacional. ORDEM DO DIA – Apreciação do Relatório Final do Deputado Benjamin Maranhão. O Senhor Presidente passou a palavra ao Relator, que fez a leitura do Relatório. A seguir, a Presidência in-formou aos presentes que a cópia do Relatório seria encaminhada aos membros da Comissão. O Deputado Lobbe Neto, após parabenizar o Relator pelo trabalho desenvolvido, comunicou aos membros a realização do Parlamento Jovem, no período de seis a nove de dezembro, nesta Casa. O Deputado Reginaldo Lopes prestou uma homenagem póstuma ao Senhor Márcio Vicente Ghóes, conhecido por Preto Ghóes, que faleceu no dia dez de setembro de mil novecentos e noventa e quatro. Ressaltou a importância da sua participação na Semana Nacional de Políticas Públicas de Juventude, realizada por esta Comissão, sob a Coordenação do Deputado Vignatti, que se encontra no Chile, em mis-são oficial. ENCERRAMENTO – Nada mais havendo a tratar, o Senhor Presidente encerrou a reunião às onze horas e quarenta e cinco minutos. A reunião foi gravada, e as notas taquigráficas, após decodificadas, farão parte integrante desta ata. E, para constar, eu, , Ana Clara Fonseca Serejo, Secretária, lavrei a pre-sente ata, que, após lida, discutida e aprovada, será assinada pelo Presidente Reginaldo Lopes e publicada no Diário da Câmara dos Deputados.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-pes) – Declaro abertos os trabalhos da 34ª reunião da Comissão Especial destinada a acompanhar e estudar propostas de políticas públicas para a juventude.

Expediente. As cópias se encontram nas bancadas. Passamos à Ordem do Dia.

Esta reunião destina-se à apreciação do parecer do Relator, Deputado Benjamin Maranhão.

Na verdade, vamos fazer uma leitura do relatório e iniciar o debate.

Passo a palavra ao Relator, Deputado Benjamin Maranhão.

O SR. DEPUTADO BENJAMIN MARANHÃO – Sr. Presidente, companheiros Deputados, chegamos ao final dos trabalhos da Comissão com a apresentação do relatório final. Creio que ele sintetiza todo o trabalho realizado não só nas nossas audiências públicas, mas também pelos membros da Comissão, pela Consultoria. O resultado é este documento que aqui está.

Não vamos fazer a leitura completa do relatório, até porque isso se tornaria enfadonho e desnecessário. O documento ficará à disposição de todos os membros da Comissão para ser analisado, será aberta a dis-cussão, e contaremos com a colaboração de cada um dos senhores para aperfeiçoá-lo. Quando não houver entendimento favorável ao nosso, devem ser feitas as emendas, os destaques. E a Comissão decidirá sobre o que for melhor para o término do trabalho.

O nosso relatório final está levando em considera-ção o trabalho que foi realizado pelos Srs. Deputados, como disse antes, por meio dos diversos grupos de trabalhos formados na Comissão, mas principalmente o debate feito durante os seminários e encontros re-gionais, que culminaram com a Conferência Nacional da Juventude, realizada nos dias 16, 17 e 18 de junho deste ano.

Há de se ressaltar, mais uma vez, o caráter de-mocrático desta Comissão, com a realização não só dessa grande Conferência Nacional – a primeira desse tipo realizada no Brasil —, mas também de inúmeras conferências regionais. Foram feitas conferências re-gionais em praticamente todos os Estados da Fede-ração, com exceção de Alagoas e Piauí, por motivo de logística local.

Fizemos um breve histórico de todo o trabalho feito pela Comissão, desde a sua criação até a realiza-ção da Semana Nacional da Juventude e de todas as reuniões; do cronograma; do diagnóstico, fundamen-tal para orientar as políticas públicas voltadas para a juventude. Passamos por todas as áreas que são fundamentais para o desenvolvimento da juventude brasileira: educação, cultura, trabalho, desporto, saú-de, sexualidade, dependência química, cidadania dos jovens em condições de exclusão social.

Faço um diagnóstico completo disso, da pág. 42 do relatório até a pág. 81. Na pág. 97, partimos para a conclusão geral de todo o trabalho, que, acredito, sintetiza o resultado do trabalho desta Comissão. Não só finalizamos a análise de tudo o que diz respeito à

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questão dos jovens, com os indicativos, mas principal-mente fazemos recomendações.

Propomos como recomendações gerais a criação do Conselho Nacional de Juventude e do Instituto Bra-sileiro da Juventude, apontamos objetivos e metas para o Plano Nacional de Juventude por área temática, que está contido também nos anexos desse documento.

Fizemos indicações ao Executivo, ainda no mês de junho – já foram entregues, inclusive, ao Presidente da República —, para a criação do Conselho Nacional de Juventude, da Secretaria Nacional de Juventude e do Instituto Brasileiro da Juventude, além da institu-cionalização da Conferência Nacional da Juventude, como política de Estado, feita de forma bienal. Esse é um passo fundamental, creio eu, na consolidação de políticas públicas para a juventude.

Espero que essa conferência não seja um fato isolado. Desejo que ela seja considerada política de governo e ocorra de 2 em 2 anos, não só para acompa-nhar o andamento das políticas públicas de juventude, mas principalmente para propor alterações no Plano Nacional de Juventude, estabelecer metas, fazer uma análise completa da situação do jovem brasileiro, de agora em diante – pensar nisso realmente como po-lítica de Estado.

Nessas recomendações, nós – não só o Depu-tado Reginaldo Lopes e eu, mas todos os membros da Comissão – já colocamos o anteprojeto do Plano Nacional de Juventude, que está contido também no relatório, do Estatuto dos Direitos das Juventudes, a instituição de 2005 como o Ano Nacional da Juven-tude, que já é uma proposta que será encaminhada ao Legislativo, além de uma PEC que vai estabelecer uma série de direitos da juventude a serem incluídos na nossa Constituição.

Quanto aos projetos de resolução, sugerimos a criação da Comissão Permanente de Juventude. Esta Comissão deve se tornar permanente. Haverá, en-tão, um fórum legítimo da juventude na Câmara dos Deputados.

Creio, companheiros, que a leitura completa do relatório é desnecessária, até pelo baixo quorum.

Agradeço ao Deputado João Paulo Cunha, Pre-sidente da Casa, o apoio que nos deu, especialmente pela forma como S.Exa. acolheu essa nossa iniciativa; ao Deputado Reginaldo Lopes, incansável colabora-dor e comandante de todo esse processo; aos colegas Parlamentares pelas presenças marcantes em todas as discussões; ao nosso Vice-Presidente, Deputado Lobbe Neto; ao companheiro Vignatti e a tantos outros; aos convidados presentes nas audiências públicas, durante todo esse tempo em que estivemos reunidos; aos jovens participantes da Semana Nacional de Ju-

ventude; aos jovens presentes na Conferência Nacional da Juventude; às instituições não-governamentais que participaram de todos os debates; à UNESCO, que foi fundamental em todo o trabalho que realizamos e pelo apoio que nos foi dado; ao grupo interministerial, sob a coordenação do Ministro Luiz Dulce; à Consultoria Legislativa. Agradecemos também, pelo trabalho rea-lizado, à Dra. Helena Helen Domingos, à Dra. Maria Auxiliadora da Silva, aos demais consultores que aqui estiveram presentes, aos funcionários da Casa, espe-cialmente à Ana Clara Serejo. (Palmas.)

Deputado Reginaldo Lopes, creio que o funda-mental, nesse trabalho, além de todo o diagnóstico que já foi apresentado anteriormente, até no relatório preliminar, são os projetos de lei e a PEC.

Quando a Comissão se propôs a criar um marco regulatório, um marco legal da juventude brasileira, nós levamos isso a cabo, por meio do PL que aqui está.

É fundamental fazer a leitura dos 2 PLs. O que cria o primeiro Plano Nacional de Juven-

tude estabelece :Projeto de lei Aprova o Plano Nacional de Juven-

tude e dá outras providências. O Congresso Nacional decreta:Art. 1º Fica aprovado o Plano Nacional de Juven-

tude, destinado aos jovens brasileiros com idade entre quinze e vinte e nove anos.

Art. 2º O presente Plano, constante do documento anexo, terá duração de dez anos.

Art. 3º A partir da vigência desta lei, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios deverão, com base no Plano Nacional de Juventude, elaborar planos de-cenais correspondentes.

Art. 4º A União, em articulação com os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e as organizações juvenis, procederá a avaliações periódicas da imple-mentação do Plano Nacional de Juventude.

Parágrafo único. A primeira avaliação realizar-se-á no segundo ano de vigência desta lei, cabendo às or-ganizações juvenis reunidas em Conferência Nacional aprovar medidas legais que aprimorem as diretrizes e metas em vigor.

Art. 5º O Conselho Nacional de Juventude e os Conselhos Estaduais, Municipais e do Distrito Federal de Juventude empenhar-se-ão na divulgação deste Plano e na sua efetivação.

Esta lei entra em vigor na data da sua promul-gação.

Será um passo decisivo, porque iremos, por meio de uma lei simples, com 5 artigos, estabelecer que ha-verá o primeiro Plano Nacional de Juventude.

O conteúdo desse plano será o seu anexo, que também já consta do relatório.

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Esse anexo foi fruto, justamente, de todo o debate que realizamos. Ele consta do relatório, assim como ocorre com o Plano Nacional de Educação, que tem seu anexo estabelecendo todas as metas futuras quanto à educação no Brasil. O anexo, inclusive, é bastante volumoso, Deputado Lobbe Neto.

O outro projeto de lei, também da Comissão Es-pecial destinada a acompanhar e estudar propostas públicas para a juventude, dispõe sobre o Estatuto da Juventude e dá outras providências.

É um projeto mais amplo, que se divide em ca-pítulos, artigos. E com certeza vai receber uma série de emendas, não só nesta Comissão, mas também na Comissão Especial que vai ser criada para que seja aprovado na Casa, com toda certeza.

Diz ele:O Congresso Nacional decreta:

TÍTULO I Disposições Preliminares.

Art. 1º Esta lei institui o Estatuto da Juventude destinado a regular os direitos assegurados às pesso-as com idade entre quinze e vinte e nove anos, sem prejuízo do disposto na Lei nº 8.069, de 12 de julho de 1990, e dos demais diplomas legais pertinentes.

Essa lei é o Estatuto da Criança e do Adoles-cente, o ECA.

Continuando:Art. 2º Os jovens gozam de todos os direitos fun-

damentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo dos relacionados nesta lei, assegurando-se-lhes, por lei ou outros meios, todas as oportunidades e facilida-des para a preservação de sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual e social, em condições de liberdade e dignidade.

Art. 3º A família, a comunidade, a sociedade e o Poder Público estão obrigados a assegurar aos jovens a efetivação do direito:

I – à vida; II – à cidadania e à participação social

e política; III – à liberdade, ao respeito e à digni-

dade; IV – à igualdade racial e de gênero; V – à saúde e à sexualidade; VI – à educação; VII – à representação juvenil; VIII – à cultura; IX – ao desporto e ao lazer; X – à profissionalização, ao trabalho e

à renda; e XI – ao meio ambiente ecologicamente

equilibrado.

Parágrafo único. A obrigação de que trata o caput deste artigo compreende:

I – atendimento individualizado junto aos órgãos públicos e privados prestadores de serviços à população, visando ao gozo de direitos simultaneamente nos campos edu-cacional, político, econômico, social, cultural e ambiental;

II – participação na formulação, na propo-sição e na avaliação de políticas sociais públi-cas e específicas (era, com certeza, uma gran-de reivindicação da juventude brasileira);

III – destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a prote-ção ao jovem;

IV – atendimento educacional, visando ao pleno desenvolvimento físico e mental do jovem e seu preparo para o exercício da ci-dadania;

V – formação profissional progressiva e contínua, objetivando a formação integral, capaz de garantir ao jovem sua inserção no mundo do trabalho;

VI – viabilização de formas alternativas de participação, ocupação e convívio do jovem com as demais gerações;

VII – divulgação e aplicação da legislação antidiscriminatória, assim como a revogação de normas discriminatórias na legislação in-fraconstitucional;

VIII – capacitação e reciclagem dos re-cursos humanos nas áreas de hebiatria e na prestação de serviços aos jovens;

IX – estabelecimento de mecanismos que favoreçam a divulgação de informações de caráter educativo sobre os aspectos biop-sicossociais da juventude;

X – garantia de acesso à rede de serviços de saúde e de assistência social locais.

Art. 4º O jovem não será objeto de qual-quer tipo de negligência, discriminação, violên-cia, crueldade ou opressão, e todo atentado aos seus direitos, por ação ou omissão, será punido na forma da lei.

§ 1º É dever de todos prevenir a ameaça ou violação aos direitos do jovem.

§ 2º As obrigações previstas nesta lei não excluem da prevenção outras decorrentes dos princípios por ela adotados.

Art. 5º A inobservância das normas de prevenção importará em responsabilidade da pessoa ou jurídica nos termos da lei.

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Art. 6º Todo cidadão tem o dever de comunicar à autoridade competente qualquer forma de violação a esta lei que tenha testemunhado ou de que tenha conhecimento.

Art. 7º Os Conselhos Nacional, Estaduais, do Distrito Federal e Municipais de Juventude previstos em lei zelarão pelo cumprimento dos direitos do jovem, definidos nesta lei.

TÍTULO II Dos Direitos Fundamentais

CAPÍTULO I Do Direito à Vida

Art. 8º A juventude é um direito personalíssimo e a sua proteção um direito social, nos termos desta lei e da legislação vigente.

Art. 9º É obrigação do Estado garantir à pessoa jovem a proteção à vida e à saúde, mediante efetivação de políticas sociais públicas que permitam uma exis-tência livre, saudável e em condições de dignidade.

CAPITULO II Do Direito à Cidadania e à

Participação Social e Política

Art. 10 É garantida ao jovem a participação na elaboração de políticas públicas para juventude, ca-bendo ao Estado e à sociedade em geral estimularem o protagonismo juvenil.

Parágrafo único. Entende-se por protagonismo juvenil:

I – a participação do jovem em ações que contemplem a procura pelo bem comum nos estabelecimentos de ensino e na sociedade;

II – a concepção do jovem como pessoa ativa, livre e responsável;

III – a percepção do jovem como pessoa capaz de ocupar posição central nos proces-sos político e social;

IV – a ação, a interlocução e o posiciona-mento do jovem com respeito ao conhecimento e sua aquisição responsável e necessária à sua formação e crescimento como cidadão;

V – o estímulo à participação ativa dos jovens em benefício próprio, de suas comuni-dades, cidades, regiões e País;

VI – a participação dos jovens nos temas nacionais e estruturais.

Art. 11 A participação do jovem na tomada de de-cisões políticas concernentes à juventude será, sempre que possível, de forma direta e de acordo com a lei.

CAPÍTULO III Do Direito à Liberdade,

ao Respeito e à Dignidade

Art. 12 O Estado e a sociedade são obrigados a assegurar ao jovem a liberdade, o respeito e a digni-dade como pessoa humana e sujeito de direitos civis, políticos, individuais e sociais, garantidos na Consti-tuição e nas leis.

§ 1º O direito à liberdade compreende, entre outros, os seguintes aspectos:

I – faculdade de ir, vir e estar nos logra-douros públicos e espaços comunitários, res-salvadas as restrições legais;

II – opinião e expressão;III – crença e culto religioso;IV – participação na vida familiar e co-

munitária;V – participação na vida política, na for-

ma da lei;VI – faculdade de buscar refúgio, auxílio

e orientação;VII – valorização da cultura da paz;VIII – livre criação e expressão artísti-

ca;IX – formular objeção de consciência

frente ao serviço militar obrigatório, nos ter-mos da Constituição Federal.

§ 2º O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral, abrangendo a preservação da ima-gem, da identidade, da autonomia, de valores, idéias e crenças, dos espaços e dos objetos pessoais.

§ 3º É dever de todos zelar pela dignida-de do jovem, colocando-o a salvo de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor.

§ 4º Nos conteúdos curriculares de di-versos níveis de ensino formal serão inseri-dos temas relativos à juventude, ao respeito e à valorização do jovem, de forma a eliminar o preconceito e a produzir conhecimento so-bre a matéria.

Art. 13 O direito à dignidade assegura que o jo-vem não será discriminado:

I – por sua raça, cor, origem, e por per-tencer a uma minoria nacional, étnica ou cul-tural;

II – por seu sexo, orientação sexual, lín-gua ou religião;

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01068 Quarta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Janeiro de 2007

III – por suas opiniões, condição social, aptidões físicas e por seus recursos econô-micos.

CAPÍTULO IV Do Direito à Igualdade Racial e de Gênero

Art. 14 O Estado e a sociedade devem buscar a eliminação de estereótipos em todos os tipos, formas de comunicação e de educação, que possam reforçar as desigualdades existentes entre homens e mulheres, sem deixar de reconhecer as necessidades específi-cas de cada sexo.

Art. 15 O direito à igualdade racial e de gênero compreende:

I – a adoção, no âmbito federal, do Dis-trito Federal, estadual e municipal, de progra-mas governamentais destinados a assegurar a igualdade de direitos aos jovens de todas as raças, independentemente de sua origem, re-lativamente à educação, à profissionalização, ao trabalho e renda, à cultura, à saúde, à se-gurança, à cidadania e ao acesso à justiça;

II – a capacitação dos professores dos ensinos fundamental e médio para a aplica-ção das Diretrizes Curriculares Nacionais, no que se refere às questões de promoção da igualdade de gênero e de raça e do combate a todas as formas de discriminação resultan-tes de desigualdades existentes;

III – a inclusão de temas sobre questões raciais, de gênero e de violência doméstica e sexual praticada contra mulheres na formação dos futuros profissionais de educação, de saú-de, de segurança pública e dos operadores do direito, sobretudo com relação à proteção dos direitos de mulheres afro-descendentes;

IV – a criação de mecanismos de acesso direto da população a informações e documen-tos públicos sobre a tramitação de investiga-ções públicas e processos judiciais relativos à violação dos direitos humanos;

V – a adoção de políticas de ação afirma-tiva como forma de combater a desigualdade racial e de gênero;

VI – a observância das diretrizes curricu-lares para a educação indígena como forma de preservação dessa cultura;

VII – a inclusão, nos conteúdos curricu-lares, de informações sobre a questão da dis-criminação na sociedade brasileira e sobre o direito de todos os grupos e indivíduos a um tratamento igualitário perante a lei.

CAPÍTULO V Do Direito à Saúde e à Sexualidade

Art. 16 A política de atenção à saúde do jovem, constituída de um conjunto articulado e contínuo de ações e serviços para a prevenção, a promoção, a proteção e a recuperação da sua saúde, incluindo a atenção especial às doenças que afetam preferencial-mente a juventude, tem as seguintes diretrizes:

I – cadastramento da população jovem em base territorial, visando ao atendimento hebiatra em ambulatórios;

II – criação de unidades de referência juvenil, com pessoal especializado na área de hebiatria;

III – desenvolvimento de ações em con-junto com os estabelecimentos de ensino e com a família para a prevenção da maioria dos agravos à saúde dos jovens;

IV – garantia da inclusão de temas rela-tivos a consumo de álcool, drogas, doenças sexualmente transmissíveis, Síndrome da Imu-nodeficiência Adquirida (SIDA), planejamento familiar e saúde reprodutiva nos conteúdos curriculares dos diversos níveis de ensino;

V – destinação de recursos para subsidiar ações educativas, com capacitação contínua de docentes, aparelhamento e manutenção das instalações da escola;

VI – promoção de atividades instrutivas para comunidades interessadas;

VII – inclusão, no conteúdo curricular de capacitação dos profissionais de saúde, de temas sobre sexualidade, especialmente do jovem, reforçando a estrutura emocional desses atores;

VIII – capacitação dos profissionais de saúde em uma perspectiva multiprofissional para lidar com o abuso de álcool e de subs-tâncias entorpecentes;

IX- habilitação dos professores e profis-sionais de saúde na identificação dos sintomas relativos à ingestão abusiva e à dependência de drogas e de substâncias entorpecentes;

X – valorização das parcerias com as instituições religiosas, associações, organiza-ções não-governamentais na abordagem das questões de sexualidade e uso de drogas e de substâncias entorpecentes entre os jovens;

XI – restrição da propaganda de bebidas com qualquer teor alcoólico;

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Janeiro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 17 01069

XII – articulação das instâncias de saúde e de justiça no enfrentamento das questões de substâncias entorpecentes e de drogas;

XIII – estímulo às estratégias de profis-sionalização, de apoio à família e de inserção social do usuário de substâncias entorpecen-tes e de drogas;

XIV – adoção de medidas efetivas contra o comércio de substâncias entorpecentes e de drogas como forma de coerção à violência e de proteção aos jovens;

XV – veiculação de campanhas educati-vas e de contrapropaganda relativas ao álcool como droga causadora de dependência física e química e como problema de saúde pública;

XVI – restrição ao uso de esteróides ana-bolizantes mediante rigoroso controle médi-co;

XVII – adoção de estratégias de enfren-tamento que contemplem as vulnerabilidades individuais.

Parágrafo único. Os jovens portadores de defici-ência ou com limitação incapacitante terão atendimento especializado, nos termos da lei.

Art. 17 O direito à sexualidade consiste em ações que contemplem:

I – a inclusão de temas relacionados à sexualidade nos conteúdos curriculares;

II – o respeito à diversidade de valores, crenças e comportamentos relativos à sexu-alidade, reconhecendo e respeitando as dife-rentes formas de orientação sexual e o seu direito de livre expressão;

III – o conhecimento do corpo, por meio de sua valorização e do cuidado com sua saúde como condição necessária a uma vida sexual plena;

IV – a identificação de preconceitos re-ferentes à sexualidade, com a finalidade de combater comportamentos discriminatórios e intolerantes;

V – reconhecimento das especificidades socialmente atribuídas ao masculino e feminino como forma de combater as discriminações a elas associadas;

VI – a repressão a práticas sexuais co-ercitivas ou exploradoras;

VII – o reconhecimento das conseqüên-cias enfrentadas pelas jovens em virtude da gravidez precoce e indesejada, sob os aspectos médico, psicológico, social e econômico;

VIII – a orientação sobre métodos con-traceptivos legais e sobre a necessidade do sexo seguro.

CAPÍTULO VI Do Direito à Educação

Art. 18 Todo o jovem tem direito à educação, com a garantia de ensino fundamental, obrigatório e gra-tuito, inclusive para aquele que não teve acesso aos respectivos níveis de ensino na idade adequada.

Parágrafo único. Aos jovens índios é assegurado o direito à utilização de suas línguas maternas e proces-sos próprios de aprendizagem, no ensino fundamental regular, podendo ser ampliado para o ensino médio.

Art. 19 É dever do Estado assegurar ao jovem a obrigatoriedade e a gratuidade do ensino médio, na modalidade de ensino regular, com a opção de cursos diurno e noturno, adequados às condições do educando.

Art. 20 O jovem tem direito à educação superior, em instituições públicas ou privadas, com variados graus de abrangência do saber ou especialização do conhecimento.

§ 1º É assegurado aos jovens afro-des-cendentes, indígenas e alunos oriundos da escola pública o acesso ao ensino superior por meio de cotas.

§ 2º O financiamento estudantil é devido aos alunos regularmente matriculados em cur-sos superiores não gratuitos e com avaliação positiva do Ministério de Educação.

Art. 21 O jovem tem direito à educação profis-sional, integrada às diferentes formas de educação, ao trabalho, à ciência e à tecnologia, em articulação com o ensino regular, em instituições especializadas de ensino técnico.

Art. 22 Ao jovem residente em área urbana ou rural é assegurado o direito à educação de qualidade, preservadas as diferenças culturais e as características próprias de cada um dos grupos sociais.

Art. 23 É dever do Estado propiciar ao jovem por-tador de deficiência atendimento educacional especia-lizado, preferencialmente, na rede regular de ensino.

Art. 24 O jovem, aluno do ensino fundamental e médio, e da educação superior, tem direito ao trans-porte escolar gratuito (...).

Art. 25 Fica assegurada a inclusão digital aos jovens por meio do acesso às novas tecnologias edu-cacionais.

Art. 26. É garantida a participação efetiva do segmento juvenil quando da elaboração das propos-tas pedagógicas.

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01070 Quarta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Janeiro de 2007

CAPÍTULO VII Do Direito à Representação Juvenil.

Art. 27. O jovem tem direito a instâncias de inter-locução e a criar organizações próprias nas quais dis-cuta seus problemas e apresente soluções aos órgãos da Administração Pública encarregados dos assuntos relacionados à juventude.

Parágrafo único. É dever do Poder Público incen-tivar, fomentar e subsidiar o associativismo juvenil.

Art. 28. São diretrizes da interlocução institucio-nal juvenil:

I – criação da Secretaria Especial de Po-líticas Públicas de Juventude;

II – criação dos Conselhos Nacional, Es-taduais, do Distrito Federal e Municipais de Juventude;

III – criação de Fundos Nacional, Estadu-ais, do Distrito Federal e Municipais vinculados aos respectivos Conselhos de Juventude.

Art. 29. As instituições juvenis terão assento junto aos órgãos da Administração Pública e das instituições de ensino públicas e privadas.

Parágrafo único. A participação, com assento e voto, de que trata o caput deste artigo se dará na ela-boração dos planos setoriais, do orçamento, do plano plurianual, nas esferas federal, estadual e municipal.

Art. 30. A representação estudantil, eleita direta-mente pelos seus pares, integrará, em cada estabele-cimento escolar, o órgão diretivo-administrativo.

§ 1º. Além da representação exercida pelas entidades estudantis em nível regional e nacional, os estudantes têm direito à voz e ao voto nos colegiados de curso, conselhos universitários, conselho coordenador de en-sino, pesquisa e extensão, departamentos e conselho departamental.

§ 2º. A escolha dos representantes dis-centes nesses órgãos é feita por meio de elei-ções diretas, podendo concorrer à indicação os estudantes que estejam regularmente ma-triculados nos cursos.

CAPÍTULO VIII Do Direito à Cultura

Art. 31. O exercício dos direitos culturais constitui elemento essencial para a formação da cidadania e do desenvolvimento integral do jovem.

Art. 32. Compete ao Poder Público para a conse-cução do Princípio da Cidadania Cultural:

I – garantir ao jovem a participação no processo de produção, reelaboração e fruição dos bens culturais;

II – propiciar ao jovem o acesso aos lo-cais e eventos culturais, mediante preços re-duzidos, em âmbito nacional;

III – incentivar os movimentos de jovens a desenvolver atividades artístico-culturais;

IV – valorizar a capacidade criativa do jovem, mediante o desenvolvimento de pro-gramas e projetos culturais;

V – propiciar ao jovem o conhecimento da diversidade regional e étnica do país;

VI – promover programas educativos e culturais voltados para a problemática do jo-vem nos meios de comunicação.

Art. 33. Fica assegurado aos jovens que freqüen-tam qualquer nível ou modalidade de ensino o desconto de 50% do valor do preço da entrada em eventos de natureza artístico-cultural, de entretenimento e lazer, em todo o território nacional.

Art. 34. O Poder Público, nas diferentes instâncias federativas, destinará, no âmbito dos seus respectivos orçamentos, recursos financeiros para o fomento dos projetos culturais destinados aos jovens e por eles produzidos.

Art. 35. Dos recursos do Fundo Nacional de Cultu-ra, de que trata a Lei nº 8.313, de 1991, 30%, no míni-mo, serão destinados a programas e projetos culturais voltados aos jovens.

§ 1º. O desenvolvimento dos programas e dos projetos culturais previstos no caput deste artigo ficará sob a responsabilidade do Ministério da Cultura, em conjunto com seus órgãos e entidades vinculadas, podendo ser realizadas parcerias com as secretarias de cultura do Distrito Federal, dos Estados e dos Municípios.

§ 2º. As pessoas físicas ou jurídicas po-derão optar pela aplicação de parcelas do imposto sobre a renda a título de doações ou patrocínios, de que trata o art. 18 da Lei nº 8.313, de 23 de dezembro de 1991, no apoio a projetos culturais apresentados por entida-des juvenis legalmente constituídas a, pelo menos, um ano.

Art. 36. Os meios de comunicação manterão es-paços ou horários especiais voltados à realidade so-cial do jovem, com finalidade informativa, educativa, artística e cultural.

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Janeiro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 17 01071

CAPÍTULO IX Do Direito ao Desporto e ao Lazer.

Art. 37. O jovem tem direito à prática desportiva destinada a seu pleno desenvolvimento físico e mental, com prioridade para o desporto de participação.

Art. 38. A política pública de desporto destinada ao jovem deverá considerar:

I – a realização de diagnóstico e estudos estatísticos oficiais acerca da educação física e dos desportos no Brasil;

II – a criação, nos orçamentos públicos destinados ao desporto, de núcleos protegidos contra o contingenciamento ou o estabeleci-mento de reserva de contingência;

III – a adoção de lei de incentivo fiscal para o esporte, com critérios que evitem a centralização de recursos em determinadas regiões;

IV – a valorização do desporto educa-cional;

V – a aquisição de equipamentos comu-nitários que permitam a prática desportiva.

Parágrafo único. Consideram-se comunitários os equipamentos públicos de educação, cultura, saúde, lazer e similares.

Art. 39. As escolas com mais de 200 alunos, ou conjunto de escolas que agreguem esse número de alunos, terão, pelos menos, um local apropriado para a prática de atividades poliesportivas.

CAPÍTULO X Do Direito à Profissionalização,

ao Trabalho e à Renda

Art. 40. O direito à profissionalização do jovem contempla a adoção das seguintes medidas:

I – articulação das ações de educação profissional e educação formal, a fim de se elevar o nível de escolaridade, sendo a pri-meira complemento da segunda, englobando escolaridade, profissionalização e cidadania, visando garantir o efetivo ingresso do jovem no mercado de trabalho;

II – formação continuada, por meio de cursos de curta, média e longa duração, orga-nizados em módulos seqüenciais e flexíveis, que constituam itinerários formativos corres-pondentes às diferentes especialidades ou ocupações pertencentes aos diversos setores da economia;

III – vinculação do planejamento de proje-tos e de programas de emprego e de formação

profissional às ações regionais de desenvol-vimento econômico e social;

IV – adoção de mecanismos que infor-mem o jovem sobre as ações e os programas destinados a gerar emprego e renda, neces-sários a sua apropriação das oportunidades e das ofertas geradas a partir da implementação das mesmas;

V – incentivo ao cooperativismo por meio de projetos e programas que visem ao aprimo-ramento racional da organização e da comer-cialização na produção dos bens e serviços.

Art. 41. Ao jovem entre 15 e 29 anos é assegu-rada bolsa-trabalho.

Art. 42. É devida a formação profissional ao jo-vem maior de 15 anos, que cumpra medidas socioe-ducativas.

Art. 43. Ao jovem domiciliado na zona rural será garantida formação profissional, visando à organização da produção no campo, na perspectiva de seu desen-volvimento sustentável.

Art. 44. Os programas públicos de emprego e ren-da terão como população prioritária o jovem à procura do primeiro emprego.

Art. 45. É assegurada linha de crédito especial, nas áreas urbana e rural, destinada ao jovem empre-endedor de até 29 anos nas modalidades de micro e pequenas empresas, auto-emprego e cooperativas.

Art. 46. Da reserva de cargos prevista para bene-ficiários reabilitados ou pessoas portadoras de deficiên-cia, habilitadas, prevista no art. 93 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, 30% será destinada ao jovem.

Art. 47. Os Serviços Nacionais de Aprendizagem disponibilizarão gratuitamente 10% de suas vagas aos jovens carentes não-aprendizes em cursos de sua li-vre escolha.

CAPÍTULO XI Do Direito ao Meio Ambiente Ecologicamente Equilibrado

Art. 48. O jovem tem direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, e o dever de defendê-lo e preservá-lo para a presente e futuras gerações.

Art. 49. O Estado promoverá em todos os níveis de ensino a conscientização pública para a preserva-ção do meio ambiente.

Art. 50. Na implementação de políticas públicas que incorporem a dimensão ambiental, o Poder Públi-co deverá considerar:

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01072 Quarta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Janeiro de 2007

I – o estímulo e o fortalecimento de or-ganizações, movimentos, redes e outros co-letivos de juventude que atuem no âmbito das questões ambientais e em prol do desenvolvi-mento sustentável;

II – o incentivo à participação dos jovens na elaboração das políticas públicas de meio ambiente;

III – a criação de programas de educação ambiental destinados aos jovens;

IV – o incentivo à participação dos jovens em projetos de geração de trabalho e renda, que visem ao desenvolvimento sustentável, nos âmbitos rural e urbano;

V – a criação de linhas de crédito destina-das à agricultura orgânica e agroecológica.

TÍTULO III Das Medidas de Proteção

CAPÍTULO I Das Disposições Gerais.

Art. 51. As medidas de proteção ao jovem são aplicáveis sempre que os direitos reconhecidos nesta lei forem ameaçados ou violados:

I – por ação ou omissão da sociedade ou do Estado;

II – por falta, omissão ou abuso da família ou entidade de atendimento;

III – em razão de sua condição pessoal.

CAPÍTULO II Das Medidas Específicas de Proteção.

Art. 52. As medidas de proteção ao jovem previs-tas nesta lei poderão ser aplicadas, isolada ou cumu-lativamente, e levarão em conta os fins sociais a que se destinam e o fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários.

Art. 53. Verificada qualquer das hipóteses previs-tas no art. 51 desta lei, o Ministério Público ou o Poder Judiciário, a requerimento daquele, poderá determinar, dentre outras, as seguintes medidas:

I – orientação, apoio e acompanhamento temporários;

II – requisição para tratamento de saú-de, em regime ambulatorial, hospitalar ou do-miciliar;

III – inclusão em programa público ou co-munitário de auxílio, orientação e tratamento de usuários dependentes de drogas lícitas ou ilícitas, ao próprio jovem ou à pessoa de sua convivência que lhe cause perturbação ou que conviva com o jovem dependente químico;

IV – abrigo em entidade;V – abrigo temporário.

TÍTULO IV Da Política de Atendimento ao Jovem

CAPÍTULO I Disposições Gerais

Art. 54. A política de atendimento ao jovem far-se-á por meio do conjunto articulado de ações governa-mentais e não-governamentais da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

Art. 55. São linhas de ação da política de aten-dimento:

I – políticas públicas sociais básicas;II – políticas e programas de assistência

social, em caráter supletivo, para aqueles que necessitarem;

III – serviços especiais de prevenção e atendimento às vítimas de exploração, abuso, crueldade, opressão e de violência por cau-sas externas;

IV – proteção jurídico-social por entidades de defesa dos direitos dos jovens;

V – mobilização da opinião pública no sentido da participação dos diversos segmen-tos da sociedade no atendimento do jovem.

Art. 56. São diretrizes da política de atendimen-to:

I – criação do Instituto Brasileiro de Ju-ventude;

II – criação de casas de juventude.

CAPITULO II Das Instituições de Apoio.

Art. 60. A família e os estabelecimentos de ensino são consideradas instituições preventivas, fundamen-tais ao desenvolvimento sadio do jovem, devendo a sociedade e o Estado zelarem pelo reforço dos laços familiares e escolares, contribuindo para sua estabiliza-ção e para a recuperação do sentimento de integração aos referidos grupos.

CAPÍTULO III Da Apuração Administrativa

de Infração às Normas de Proteção ao Jovem.

Art. 61. O procedimento para a imposição de penalidade administrativa por infração às normas de proteção ao jovem terá início com requisição de en-tidade representativa juvenil legalmente constituída, do Ministério Público ou auto de infração elaborado por servidor efetivo e assinado, se possível, por duas testemunhas.

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Janeiro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 17 01073

§ 1o No procedimento iniciado com o auto de infração poderão ser usadas fórmulas impressas, especificando-se a natureza e as circunstâncias da infração.

§ 2o Sempre que possível, à verificação da infração seguir-se-á a lavratura do auto, ou este será lavrado dentro de 24 horas, por motivo justificado.

Art. 62. O autuado terá prazo de 10 dias para a apresentação da defesa, contado da data da intima-ção, que será feita:

I – pelo autuante, no instrumento de au-tuação, quando for lavrado na presença do infrator;

II – por via postal, com aviso de rece-bimento.

Art. 63. Aplicam-se, subsidiariamente, ao proce-dimento administrativo de que trata este Capítulo, as disposições das Leis nos 6.437, de 20 de agosto de 1977, e 9.784, de 29 de janeiro de 1999.

TÍTULO V Do Acesso à Justiça

CAPÍTULO I Disposições Gerais

Art. 64. Aplicam-se subsidiariamente às disposi-ções deste Capítulo o procedimento sumário previsto no Código de Processo Civil, naquilo que não contrarie os prazos previstos nesta lei.

CAPÍTULO II Do Ministério Público

Art. 65. As funções do Ministério Público, previs-tas nesta lei, serão exercidas nos termos da respec-tiva Lei Orgânica.

Art. 66. Compete ao Ministério Público:

I – instaurar o inquérito civil e a ação civil pública para a proteção dos direitos e interes-ses difusos ou coletivos, individuais indisponí-veis e individuais homogêneos do jovem;

II – promover e acompanhar as ações de alimentos, de interdição total ou parcial, de designação de curador especial, em circuns-tâncias que justifiquem a medida e oficiar em todos os feitos em que se discutam os direitos de jovens em condições de risco;

III – atuar como substituto processual do jovem em situação de risco, conforme o dis-posto no art. 51 desta lei;

IV – promover a revogação de instrumen-to procuratório do jovem, nas hipóteses pre-

vistas no art. 51 desta lei, quando necessário ou o interesse público justificar;

V – instaurar procedimento administrativo e, para instruí-lo:

a) – expedir notificações, colher depoi-mentos ou esclarecimentos e, em caso de não comparecimento injustificado da pessoa notifi-cada, requisitar condução coercitiva, inclusive pela Polícia Civil ou Militar;

b) – requisitar informações, exames, perí-cias e documentos de autoridades municipais, estaduais e federais, da administração direta e indireta, bem como promover inspeções e diligências investigatórias;

c) – requisitar informações e documentos particulares de instituições privadas;

VI – instaurar sindicâncias, requisitar di-ligências investigatórias e a instauração de in-quérito policial, para a apuração de ilícitos ou infrações às normas de proteção ao jovem;

VII – zelar pelo efetivo respeito aos direi-tos e garantias legais assegurados ao jovem, promovendo as medidas judiciais e extrajudi-ciais cabíveis;

VIII – requisitar força policial, bem como a colaboração dos serviços de saúde, educa-cionais e de assistência social, públicos, para o desempenho de suas atribuições;

IX – referendar transações envolvendo interesses e direitos dos jovens previstos nes-ta lei;

§ 1o A legitimação do Ministério Público para as ações cíveis previstas neste artigo não impede a de terceiros, nas mesmas hipóteses, segundo dispuser a lei.

§ 2o As atribuições constantes deste ar-tigo não excluem outras, desde que compatí-veis com a finalidade e atribuições do Minis-tério Público.

§ 3o O representante do Ministério Pú-blico, no exercício de suas funções, terá livre acesso a toda entidade de atendimento ao jovem.

Art. 67. Nos processos e procedimentos em que não for parte, atuará obrigatoriamente o Ministério Pú-blico na defesa dos direitos e interesses de que cuida esta lei, hipóteses em que terá vista dos autos depois das partes, podendo juntar documentos, requerer di-ligências e produção de outras provas, usando os re-cursos cabíveis.

Art. 68. A falta de intervenção do Ministério Pú-blico acarreta a nulidade do feito, que será declarada

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01074 Quarta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Janeiro de 2007

de ofício pelo juiz ou a requerimento de qualquer in-teressado.

CAPÍTULO III Da Proteção Judicial dos Interesses

Difusos, Coletivos e Individuais Indisponíveis ou Homogêneos

Art. 69. As manifestações processuais do re-presentante do Ministério Público deverão ser funda-mentadas.

Art. 70. Regem-se pelas disposições desta lei as ações de responsabilidade por ofensa aos direitos assegurados ao jovem, referentes à omissão ou ao oferecimento insatisfatório de:

I – acesso às ações e serviços de saú-de;

II – atendimento especializado ao jovem portador de deficiência ou com limitação in-capacitante;

III – atendimento especializado ao jovem portador de doença infecto-contagiosa e se-xualmente transmissível;

IV – serviço de assistência social visando ao amparo do jovem;

V – acesso a programa de qualificação profissional e geração de emprego e renda;

VI – acesso ao ensino médio público.

Parágrafo único. As hipóteses previstas nesse ar-tigo não excluem da proteção judicial outros interesses difusos, coletivos, individuais indisponíveis ou homo-gêneos, próprio dos jovens, previstos em lei.

Art. 71. As ações previstas neste capítulo serão propostas no foro de domicílio do jovem, cujo juiz terá competência absoluta para processar a causa, ressal-vadas as competências da Justiça Federal e a compe-tência originária dos Tribunais Superiores.

Art. 72. Para as ações civis fundadas em inte-resses difusos, coletivos, individuais indisponíveis ou homogêneos, consideram-se legitimados concorren-temente:

I – o Ministério Público;II – a União, os Estados, o Distrito Federal

e os Municípios;III – a Ordem dos Advogados do Brasil;IV – as associações legalmente constitu-

ídas há pelo menos 1 ano e que incluam entre os fins institucionais a defesa dos interesses e direitos do jovem, dispensada a autorização da assembléia, se houver prévia autorização estatutária.

§ 1º. Admitir-se-á litisconsórcio consór-cios facultativos entre os Ministérios Públicos

da União e dos Estados na defesa dos interes-ses e direitos de que cuida esta lei.

§ 2º. Em caso de resistência ao aban-dono da ação por associação legitimada, o Ministério Público ou outro legitimado deverá assumir a titularidade ativa.

Art. 73. Para defesa dos interesses e direitos pro-tegidos por esta lei são admissíveis todas as espécies de ações pertinentes.

Parágrafo único. Contra atos ilegais ou abusivos de autoridade pública o agente de pessoa jurídica no exercício de atribuição de Poder Público, que lesem direito líquido e certo previsto nesta lei, caberá ação mandamental, que se regerá pelas normas da lei do mandado de segurança.

Art. 74. Na ação que tenha por objetivo o cumpri-mento de obrigação de fazer ou não fazer, o juiz con-cederá tutela específica da obrigação, ou determinará providências que assegurem o resultado prático equi-valente ao adimplemento, sendo aplicáveis as dispo-sições do art. 481, do Código de Processo Civil.

§ 1º. Sendo relevante o fundamento da demanda e havendo justificado receio de ine-ficácia do provimento final, é lícito ao juiz con-ceder a tutela liminarmente ou após justifica-ção prévia, na forma do art. 273, do Código de Processo Civil.

§ 2º. O juiz poderá, na hipótese do § 1º ou na sentença, impor multa diária ao réu, inde-pendente do pedido do autor, se for suficiente ou compatível com a obrigação, fixando prazo razoável para o cumprimento do preceito.

§ 3º. A multa só será exigida do réu após o trâmite em julgado da sentença favorável ao autor, mas será devida desde o dia em que se houver configurado.

§ 4º. O juiz poderá conferir efeitos sus-pensivos aos recursos para evitar danos irre-paráveis à parte.

Art. 75. Transitado em julgado a sentença que im-puser condenação ao Poder Público, o juiz determinará a remessa de peças à autoridade competente, para apuração da responsabilidade civil e administrativa do agente a que se atribua a ação ou omissão.

Art. 76. Decorrido 60 dias o trânsito em julgado da sentença condenatória, favorável ao jovem sem que o autor lhe promova a execução, deverá fazê-lo o Ministério Público, facultada igual iniciativa aos demais legitimados, como assistentes ou assumido o pólo ati-vo, em caso de inércia desse órgão.

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Janeiro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 17 01075

Art. 77. Nas ações que trata este capítulo não poderá haver adiantamento de custas, emolumentos, honorários e periciais ou quaisquer outras despesas.

Parágrafo único. Não se imporá sucumbência ao Ministério Público.

Art. 78. Qualquer pessoa poderá, e o servidor de-verá, provocar a iniciativa do Ministério Público, pres-tando-lhe informações sobre os fatos que constituam objeto de ação civil e indicando-lhes os elementos de convicção.

Art. 79. Os agentes públicos em geral, os juízes e tribunais, no exercício de suas funções, quando ti-verem conhecimento de fatos que possam configurar crime de ação pública contra jovem ou ensejar a pro-positura de ação para sua defesa, devem caminhar as peças pertinentes ao Ministério Público, para as providências cabíveis.

Art. 80. Para instruir a petição inicial, o interes-sado poderá requerer às autoridades competentes as certidões e informações que julgar necessárias, que lhes serão fornecidas no prazo de 10 dias.

Art. 81. O Ministério Público poderá instaurar, sob sua presidência, inquérito civil ou requisitar de qualquer pessoa, ou organismo público ou particular, certidões, informações, exames ou perícia no prazo que assinalar, o qual não poderá ser inferior a 10 dias.

§ 1º. Se o órgão do Ministério Público, esgotadas todas as diligências, se convencer da inexistência de fundamento para a pro-positura da ação civil ou peças informativas, determinará o seu arquivamento, fazendo-o fundamentadamente.

§ 2º. Os autos do inquérito civil ou as peças de informação arquivadas serão reme-tidas, sob pena de se incorrer em falta grave, no prazo de 3 dias, ao Conselho Superior do Ministério Público ou à Câmara de Coordena-ção e Revisão do Ministério Público.

§ 3º. Até que seja homologado ou rejeita-do o arquivamento pelo Conselho Superior do Ministério Público ou Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público, as associa-ções legitimadas poderão apresentar razões escritas ou documentos, que serão juntados ou anexados às peças de informação.

§ 4º. Deixando o Conselho Superior ou a Câmara de Coordenação e Revisão do Minis-tério Público de homologar a promoção de ar-quivamento, será designado outro membro do Ministério Público para ajuizamento da ação.

Art. 82. Aplicam-se subsidiariamente, no que couber, as disposições da Lei nº 7.347, de 24 de julho de 1985, e do Código de Processo Civil.

TÍTULO VI Disposições Finais e Transitórias.

Art. 83. Serão instruídos nos censos demográfi-cos dados relativos à população jovem do País, entre 15 e 29 anos de idade.

Art. 84. O § 1º do art. 1º da Lei nº 6.494, de 7 de dezembro de 1977, alterada pela Medida Provisória nº 2.164-41, de 24 de agosto de 2001, passa a vigorar com a seguinte redação:

‘Art. 1º ...................................................§ 1º – Os alunos, a que se refere o caput

deste artigo, devem, comprovadamente, estar freqüentando o curso de educação superior, de educação profissional de nível médio ou superior ou escola de educação especial’.

Art. 85. Ficam revogados o § 1º do art. 432 da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo De-creto Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, e a Medida Provisória nº 2.208, de 17 de agosto de 2001.

Art. 86. Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação.

Em seguida, vem a justificativa, que, com certe-za, já foi feita de forma ampla e abrangente no início da leitura desse relatório.

Haverá tempo hábil para que possamos fazer a análise principalmente dos projetos de lei que esta-mos encaminhando, Estatuto dos Direitos dos Jovens e Plano Nacional da Juventude, e os indicativos que realizamos ao Executivo.

Estou franqueando, neste momento, o relatório a todos os membros da Comissão para que, na próxima sessão, se dê continuidade à discussão, à sua aprova-ção ou rejeição com as emendas que forem decididas por este Plenário.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lopes) – Parabéns a V.Exa., Deputado Benjamin Maranhão, pelo relatório, um trabalho consistente e de qualidade. É evidente que alguns aspectos precisam ser aper-feiçoados. Pelo tempo empenhado e pela disposição, agradeço, em nome da Comissão, seu trabalho, esforço e compromisso com o tema.

Agradeço também às nossas consultoras, Helena e Auxiliadora, pelo trabalho, e à nossa Secretaria.

Antes de conceder a palavra aos demais Depu-tados, para abrirmos a discussão, aproveito para sub-meter à votação a ata da 33º Reunião Ordinária, rea-lizada em 8 de julho, de 2004.

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01076 Quarta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Janeiro de 2007

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lopes) – Tem V.Exa. a palavra, Deputado Leonardo Picciani.

O SR. DEPUTADO LEONARDO PICCIANI – Sr. Presidente, as bancadas estão vazias e o fundo do ple-nário está cheio. V.Exa. autoriza as pessoas que estão ao fundo a ocuparem os lugares mais à frente?

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-pes) – Concordo plenamente.

Agradeço ao Vereador Antonio Henrique Pires, Secretário Nacional do PMDB Jovem.

Sou testemunha da participação do PMDB em todo esse processo. O PMDB tem sido forte parceiro, principalmente no meu Estado, nas plenárias regio-nais preparatórias para as conferências regional e estadual.

O Deputado Benjamin Maranhão tem sido com-panheiro e solidário em todas as tarefas.

É consenso que devemos realizar uma conferên-cia nacional com a participação de todos os secretários nacionais das juventudes partidárias e lideranças desta Casa, sem nenhum tipo de discriminação. Ainda não conseguimos encontrar o melhor momento para realizar essa conferência, mas com certeza a juventude parti-dária terá espaço para debater com os jovens de todo o Brasil as políticas públicas para esse segmento.

Convido para compor a Mesa o Sr. Humberto de Jesus. (Pausa.) S.Sa. ainda não chegou.

Convido o Sr. Romeu Moreante. (Pausa.)O SR. DEPUTADO LEONARDO PICCIANI – Sr.

Presidente, uma nova questão: em que momento V.Exa. abrirá o debate aos Parlamentares?

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lopes) – Os expositores terão 10 minutos para suas exposi-ções. Após as exposições, passaremos aos debates, com a participação de todos os presentes.

O SR. DEPUTADO LEONARDO PICCIANI – Os debates serão abertos após a participação de cada participante?

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lopes) – Somente após a fala de todos os expositores.

Com a palavra o Sr. Romeu Moreante.0 SR. ROMEU MOREANTE – Bom-dia. Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, senhores

componentes da Mesa, o meu nome é Romeu More-ante, da Juventude do Partido dos Trabalhadores de Santo André, São Paulo. É com muita satisfação que a Juventude do PT vê a construção dessa nova concep-ção de políticas públicas para a juventude no Brasil. Há tempos, fazemos, internamente no partido, o debate da importância das políticas públicas, esforçando-nos em pesquisas, em experiências e no conhecimento, de fato, de iniciativas que, muitas vezes, acontecem em âmbitos municipal e estadual, mas não conseguimos

fazer com que se tornem políticas de Estado, para todo o País. Então, é com muita satisfação que vemos a preocupação da Câmara dos Deputados, na figura do Deputado Reginaldo Lopes, para a implementação de um trabalho sério, que visa, de fato, concretizar e perpetuar essas políticas públicas.

Este momento, para nós, é histórico. Estamos conseguindo ver que vários setores da sociedade estão começando a encarar esse debate como uma questão de relevância nacional e que merece, de fato, atenção especial. Por todos os indicadores, sabemos que a juventude do Brasil representa quase um terço de sua população, sendo atingida diretamente pelos principais problemas de exclusão social, como o de-semprego, a marginalização, o consumo de drogas, o envolvimento com narcotráfico etc.

Então, em nome da juventude do PT, saúdo o Deputado Reginaldo Lopes e todos os membros da Comissão e parabenizo o Deputado Lobbe Neto pela participação na conferência que foi realizada em São Paulo. Deu para perceber que, apesar dos encaminha-mentos não terem sido o ideal, conseguimos, com bas-tante democracia, fazer um debate concreto e deixar claro que a juventude está preparada e tem condições de fazer esse debate, encaminhar concretamente esse assunto e ajudar a construir um Brasil mais justo, so-lidário e fraterno.

Muito obrigado. O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-

pes) – Muito obrigado, Sr. Romeu Moreante. Convido para compor a Mesa o Sr. Marcelo Fa-

gundes, Presidente do PFL Jovem do Distrito Federal. (Pausa.) Ausente. Convido, então, o seu representante. (Pausa.) Ausente.

Passo a palavra ao Sr. Alisson Domingos, Pre-sidente do PP Jovem do Distrito Federal. (Pausa.) Ausente.

Passo a palavra ao Sr. Adriano Stefanni, Secre-tário Nacional do PTB. (Pausa.) Ausente.

Passo a palavra ao Sr. Rodrigo Delmasso, Se-cretário-Geral da Juventude do PSDB do Distrito Fe-deral.

O SR. RODRIGO DELMASSO – Bom-dia a todos, Sr. Presidente, Deputado Reginaldo Lopes, Deputado Benjamin Maranhão e Deputado Lobbe Neto.

Parabenizo, inicialmente, esta Comissão Especial de Políticas Públicas para Juventude, por chamar as juventudes partidárias que há tanto tempo debatem a questão de políticas públicas para a juventude em nosso País.

Parabenizo o Deputado Lobbe Neto pela confe-rência realizada em São Paulo; o Deputado Benjamin Maranhão, pela conferência da Paraíba; o Deputado

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Janeiro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 17 01077

Tendo em vista a atribuição antecipada de cópias, indago aos Srs. Parlamentares se há necessidade da leitura da ata.

O SR. DEPUTADO LOBBE NETO – Sr. Presi-dente, peço a dispensa da leitura da ata.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-pes) – Dispensada a leitura da ata, submeto-a à dis-cussão.

Não havendo quem queira discuti-la, em vota-ção.

Os Srs. Deputados que a aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.)

Aprovada.Concedo a palavra ao Deputado Lobbe Neto.O SR. DEPUTADO LOBBE NETO – Caro Presi-

dente, Deputado Reginaldo Lopes, Sr. Relator, Depu-tado Benjamin Maranhão, parabenizo esta Comissão e todos os que participaram efetivamente desse pro-cesso longo e árduo, mas que teve, por enquanto, um resultado muito feliz.

Parabenizo o Deputado Benjamin Maranhão por seu relatório. Cumprimento nossas consultoras, Helena e Auxiliadora, a Secretaria desta Comissão, e todos os funcionários e colabores que ajudaram no resulta-do desse relatório. Deixo nossos agradecimentos ao Deputado Benjamin Maranhão pelo empenho neste trabalho, por tudo que ele conseguiu captar nas audi-ências públicas, nos eventos realizados nos Estados e em tantos outros momentos nesta Comissão.

Aproveito para deixar um convite a todos os mem-bros desta Comissão, e peço o empenho dos Srs. Parlamentares. Por ato da Mesa, nós teremos aqui o Parlamento Jovem, cuja aprovação conseguimos no ano passado, 2003. Será realizado no período de 6 a 9 de dezembro, com início às 10 horas, no plenário da Câmara dos Deputados. Serão 78 jovens participantes, com representação de todos os Estados. Praticamente mais da metade dos Estados já enviaram os nomes, faltando Minas Gerais, São Paulo, Maranhão, Paraíba, Mato Grosso e alguns outros. Haverá programação do dia 6 ao dia 9.

Não sei se todos sabem, mas vou rapidamente falar sobre a programação.

No dia 9, haverá recepção no plenário das Comis-sões. No Auditório Nereu Ramos haverá palestra sobre o funcionamento da Câmara, sorteio, distribuição dos Deputados jovens em 4 ou mais comissões temáticas. Depois, haverá o almoço. Às 14 hora, teremos uma apresentação, pelo CEFOR, de trabalho sobre como chegamos à Casa e toda a ambientação na Câmara dos Deputados. No final do dia teremos o registro das candidaturas à Mesa.

Na terça-feira, às 9 horas, haverá sessão sole-ne. Convido todos os Srs. Parlamentares a estarem presentes. Haverá Comissão Geral no plenário da Câ-mara dos Deputados, com a presença do Presidente da Casa, para solenidade de diplomação e eleição da Mesa, pelo sistema de votação eletrônico.

À tarde, haverá trabalhos nas Comissões, visita ao plenário e a outros trabalhos da Casa.

Na quarta-feira, haverá o trabalho das Comis-sões Temáticas e reunião de Colégio de Líderes para elaboração da pauta de sessão plenária e sessão de debates no Auditório Nereu Ramos.

Na quinta-feira, haverá votação dos projetos apro-vados pelas Comissões.

Praticamente é essa a programação estipulada pela Mesa Diretora da Casa, pela Secretaria-Geral e Diretoria-Geral da Casa, que fizeram todo um roteiro, um para esses dias de trabalho do Parlamento Jovem nesta Casa.

Agradeço aos Deputados Reginaldo Lopes e Ben-jamin Maranhão e a todos desta Comissão que nos ajudaram a aprovar este projeto de resolução para que ele pudesse estar vigorando a partir deste ano, com 78 Parlamentares jovens. Esperamos que, no próximo ano, tendo em vista o Orçamento da Casa, possamos ampliar a representatividade em todos os Estados.

Deixo o convite a todos os presentes e aos Srs. Parlamentares.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lopes) – Obrigado a V.Exa., Deputado Lobbe Neto. Parabe-nizo-o pela iniciativa de fazer o projeto de resolução. A juventude ganha mais um espaço de participação política de forma efetiva aqui na Câmara dos Depu-tados, o que com certeza vai aproximar os jovens da vida pública deste País.

Quero parabenizar a Câmara dos Deputados por ter regulamentado o Parlamento Jovem e V.Exa. por coordenar todo o processo, como autor do projeto de resolução e participante do Grupo de Trabalho, do qual também faço parte.

Aproveito também para prestar uma homenagem póstuma ao Márcio Vicente Góis, ao Preto Ghoez do Movimento Hip Hop, que faleceu no dia 10 de setem-bro de 2004, vítima de acidente de automóvel, ocorrido em Santa Catarina. Todos nós aqui nos lembramos da sua participação na Semana Nacional da Juventude. Ele participou do debate da Mesa sobre o tema: O que é ser jovem hoje no Brasil, na Conferência Nacional, Coordenada pelo Deputado Vignatti. E aproveito aqui para justificar a ausência do Deputado Vignatti, por está ele em missão oficial no Chile.

Quero falar da contribuição do Preto Ghoez que foi fundamental, principalmente na compreensão das

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01078 Quarta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Janeiro de 2007

lutas dos jovens de periferia. Ele que era artista, líder, articulado e talentoso do movimento Hip Hop nos pro-porcionou muitas reflexões. Sensibilizava a todos por meio das músicas, traduzindo as vivências, os ritmos, as angústias e as alegrias dos jovens dos diferentes recantos do País.

Como nós, jovens, dizíamos na ditadura, com Preto Ghoez vivo: “Viva Preto Ghoez!”

Antes de encerrar a reunião, quero convocar reu-nião ordinária para a próxima quinta-feira, em plenário ainda a ser definido pela Secretaria, para fazermos a discussão e votação do relatório da Comissão.

Declaro encerrada a reunião.

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A ACOMPANHAR E ESTUDAR PROPOSTAS

DE POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A JUVENTUDE

Ata da Trigésima Quinta Reunião Ordinária Realizada em 18 de Novembro de 2004.

Aos dezoito dias do mês de novembro de dois mil e quatro, às dez horas e trinta e cinco minutos, no plenário 7 do Anexo II da Câmara dos Deputados, reu-niu-se, ordinariamente, a Comissão Especial destinada a acompanhar e estudar propostas de Políticas Públi-cas para a Juventude, sob a presidência do Deputado Reginaldo Lopes. Compareceram os Deputados Alice Portugal, Benjamin Maranhão, Eduardo Barbosa, Edu-ardo Seabra, Isaías Silvestre, Júlio Lopes, Leonardo Picciani, Lobbe Neto, Odair, Reginaldo Lopes, Vig-natti e Zonta, titulares; Ann Pontes e Homero Barreto, suplentes. Não compareceram os Deputados Celcita Pinheiro, Deley, Júnior Betão, Luciano Leitoa, Marcelo Guimarães Filho, Marinha Raupp, Mário Assad Júnior, Milton Cardias, Pedro Irujo, Professora Raquel Teixei-ra e Zico Bronzeado. ABERTURA – Havendo número regimental, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos. ATA – A leitura da ata da reunião anterior foi dispensada por solicitação do Deputado Lobbe Netto. Colocada em votação, a ata foi aprovada. EXPEDIEN-TE – Of. nº 75-2004-Gab.623, de 17.11.04, do Depu-tado Carlos Abicalil, justificando ausência à reunião do dia 18-11-2004, em razão de viagem a São Paulo, em missão oficial . ORDEM DO DIA – Apreciação do Relatório Final do Deputado Benjamin Maranhão. O Senhor Presidente passou a palavra ao Relator, que fez algumas considerações a respeito do Relatório. A seguir, os Deputados Leonardo Picciani e Ann Pontes usaram da palavra para solicitar o pedido de vista da matéria, que foi concedido pelo Senhor Presidente. ENCERRAMENTO – Nada mais havendo a tratar, o Senhor Presidente encerrou a reunião às onze horas e vinte minutos. A reunião foi gravada, e as notas ta-quigráficas, após decodificadas, farão parte integrante

desta ata. E, para constar, eu, , Ana Clara Fonseca Serejo, Secretária, lavrei a presente ata, que, após lida, discutida e aprovada, será assinada pelo Presidente Reginaldo Lopes e publicada no Diário da Câmara dos Deputados.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-pes) – Bom-dia a todos, vamos dar início aos nossos trabalhos.

Declaro aberta a 35ª Reunião da Comissão Es-pecial destinada a acompanhar e estudar as propostas de políticas públicas para a juventude.

Encontram-se sobre as bancadas cópias da Ata da 34ª Reunião ordinária, realizada em 11 de novem-bro de 2004. Tendo em vista a distribuição antecipada da referida Ata, indago aos Srs. Parlamentares se há necessidade da leitura.

Com a palavra a Deputada Ann Pontes.A SRA. DEPUTADA ANN PONTES – Sr. Presi-

dente, solicito a dispensa da leitura da Ata, por gen-tileza.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-pes) – Está dispensada a leitura por solicitação da Deputada Ann Pontes.

A Ata está em discussão. Não havendo quem queria discuti-la, coloco-a em votação. Os Deputados que a aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.)

A Ata está aprovada.Passaremos ao terceiro item da nossa pauta. A

presente Reunião destina-se à apreciação do relatório final do Relator Deputado Benjamin Maranhão.

Antes de passar a palavra ao Relator, gostaria de prestar alguns esclarecimentos.

Primeiro, quero justificar a ausência do Depu-tado Carlos Abicalil, que se encontra em São Paulo em missão oficial.

Os Deputados que quiserem discutir a matéria devem se inscrever junto à Secretaria, declarando se falarão contra ou a favor do relatório. Cada Deputado inscrito falará uma única vez, pelo prazo de 15 minutos. No caso de membro autor de proposição, Relator ou Líder, por 10 minutos; no caso dos demais Deputados membros desta Comissão. O Deputado terá a palavra de acordo com a ordem de inscrição alternadamente a favor e contra o relatório do relator. É permitida a permuta de inscrição entre os Deputados, mas os que não se encontrarem presentes na hora da chamada perderão definitivamente a inscrição. Os apartes serão permitidos, a critério do orador, e serão descontados o prazo a eles destinados. Caso algum Deputado queira apresentar oralmente o voto em separado, deverá fa-zer na ordem de sua inscrição pelo prazo regimental a ele concedido.

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Janeiro de 2007 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 17 01079

Com a palavra o Relator.A SRA. DEPUTADA ANN PONTES – Sr. Presi-

dente, peço a palavra pela ordem.O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-

pes) – Tem V.Exa. a palavra.A SRA. DEPUTADA ANN PONTES – Sr. Presi-

dente, gostaria de solicitar a V.Exa. vistas, visto que de fato haverá uma discussão ampla do relatório e é de bom alvitre que se conheça mais profundamente, até para que possamos tomar uma posição mais clara e definitiva com relação à matéria.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-pes) – Deputada Ann Pontes, antes de conceder vista a V.Exa., quero passar a palavra ao Relator, para ver se S.Exa. tem alguma nova proposição ou alguma mu-dança que por acaso possa ter feito no relatório final.

O SR. DEPUTADO BENJAMIN MARANHÃO – Bom-dia, companheiros Deputados. Sr. Presidente, recebemos algumas emendas ao relatório, que foram feitas depois de uma leitura e entendimentos tanto com colegas Parlamentares quanto com algumas en-tidades.

Existe uma alteração na pág. 47 do relatório.

“Acrescente-se ao art. 24 o seguinte pa-rágrafo único.

Art. 24 ...................................................Parágrafo Único: todos os jovens na fai-

xa etária compreendida entre 15 e 29 anos têm direito a meia entrada gratuita nos trans-portes rodoviários e fluviais intermunicipais e interestaduais. “

Há uma segunda alteração na pág. 47:

“Acrescente-se ao Art. 27, do projeto o seguinte § 1º, transformando o atual parágrafo único em § 2º.

Art. 27 ................................................... § 1º É assegurada às organizações ju-

venis o direito à representação, manifestação, assembléias e demais formas de reunião no âmbito dos estabelecimentos de ensino.”

Essas foram as alterações feitas inicialmente.O SR. DEPUTADO LEONARDO PICCIANI –

V.Exa. acatou as emendas?O SR. DEPUTADO BENJAMIN MARANHÃO

– Não, são alterações que já estamos fazendo no re-latório em relação à proposta do PL do Estatuto de Direito da Juventude. A alteração é do Relator.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lopes) – Obrigado, Deputado Benjamin Maranhão.

Com a palavra o Deputado Leonardo Picciani.

O SR. DEPUTADO LEONARDO PICCIANI – Sr. Presidente, tendo em vista o pedido de vista da Depu-tada Ann Pontes, eu pediria vista conjunta.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Reginaldo Lo-pes) – Vista concedida ao Deputado Leonardo Picciani e à Deputada Ann Pontes, pelo prazo regimental de duas sessões.

Nada mais havendo a tratar, declaro encerrada a nossa reunião, antes convocando para a próxima quar-ta-feira, no plenário 13, a partir das 14h30min, sessão para votação e apreciação do relatório do Deputado Benjamin Maranhão.

Muito obrigado a todos pela presença.Declaro encerrada a presente reunião.

SEÇÃO II

ATOS DO PRESIDENTE

O PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPU-TADOS, no uso das atribuições que lhe confere o ar-tigo 1º, inciso I, alínea “a”, do Ato da Mesa nº 205, de 28 de junho de 1990, resolve:

DISPENSAR, de acordo com o artigo 35, inciso I, da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, OZELITA MARCELINO DE ARRUDA, ponto nº 4.271, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Técnico Legislativo – atribuição Agente de Conservação e Restauração, Classe Especial, Padrão 30, da função comissionada de Secretário de Comissão, FC-07, do Departamento de Comissões, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, a partir de 8 de dezembro de 2006.

O PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPU-TADOS, no uso das atribuições que lhe confere o ar-tigo 1º, inciso I, alínea “a”, do Ato da Mesa nº 205, de 28 de junho de 1990, e o artigo 6º da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, resolve:

DESIGNAR, na forma do artigo 13 da Resolução nº 21, de 4 de novembro de 1992, OZELITA MAR-CELINO DE ARRUDA, ponto nº 4.271, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Técnico Legislativo – atribuição Agente de Conservação e Restauração, Classe Especial, Padrão 30, para exercer, a partir de 8 de dezembro de 2006, a função comissionada de Assistente de Comissão, FC-05, da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, da Coordena-ção de Comissões Permanentes, do Departamento de Comissões, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, criada pela Resolução nº 46, de 7 de de-zembro de 2006.

O PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPU-TADOS, no uso das atribuições que lhe confere o ar-tigo 1º, inciso I, alínea “a”, do Ato da Mesa nº 205, de 28 de junho de 1990, resolve:

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01080 Quarta-feira 17 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Janeiro de 2007

DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, CHRISTIANO VITOR DE CAMPOS LACORTE, ponto nº 6.380, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Analista Legis-lativo – atribuição Analista de Informática Legislativa, Classe Especial, Padrão 45, substituto do Diretor da Coordenação de Infra-Estrutura de Informática, FC-07, do Centro de Informática, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, no período de 15 a 21 de janeiro de 2007.

DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, FRANCISCO DAS CHAGAS SILVA, ponto nº 6.465, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Analista Legislativo – atribuição Analista de Informática Legislativa, Classe Especial, Padrão 44, 1º substituto do Chefe da Seção de Informática Administrativa, FC-05, da Coordenação de Engenharia de Sistemas, do Centro de Informática, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, em seus impedimentos eventuais, a partir de 1º de janei-ro de 2007.

DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, HONEJOHNNY PEREI-RA DA SILVA, ponto nº 5.256, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Técnico Legislativo – atribui-ção Operador de Audiovisual, Classe Especial, Padrão 30, substituto do Chefe do Serviço de Administração, FC-06, do Centro de Documentação e Informação, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, no período de 10 a 21 de janeiro de 2007.

DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, LIONIR DELFINA PIRES, ponto nº 4.427, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Analista Legislativo – atribuição Técnica Legislativa, Classe Especial, Padrão 45, 2ª substituta da Chefe da Seção de Elaboração de Atas, FC-05, da Coordenação de Apoio ao Plenário, da Secretaria-Ge-ral da Mesa, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, em seus impedimentos eventuais, a partir de 1º de janeiro de 2007.

DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, REINALDO SOBRINHO DO NASCIMENTO, ponto nº 5.895, ocupante de cargo da Categoria Funcional de Técnico Legislativo – atri-buição Agente de Encadernação e Douração, Classe Especial, Padrão 30, substituto da Diretora da Coor-denação de Apoio ao Plenário, FC-07, da Secretaria-Geral da Mesa, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, no período de 8 a 14 de janeiro de 2007.

DESIGNAR, na forma do artigo 38 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, WAHIBA ABDALLAH, ponto nº 5.787, ocupante de cargo da Categoria Fun-cional de Técnico Legislativo – atribuição Assistente

Administrativo, Classe Especial, Padrão 30, substituta do Diretor da Coordenação de Compras, FC-07, do Departamento de Material e Patrimônio, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, no período de 22 a 28 de janeiro de 2007.

O PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPU-TADOS, no uso das atribuições que lhe confere o ar-tigo 1º, item I, alínea “a”, do Ato da Mesa nº 205, de 28 de junho de 1990, resolve:

EXONERAR, a pedido, de acordo com o artigo 35, inciso II, da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, AUGUSTO SERGIO DOS SANTOS DE SÃO BERNARDO, ponto nº 116.012, do cargo em comis-são de Assistente Técnico de Gabinete, CNE-09, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, que exercia no Gabinete do Líder do Partido dos Trabalha-dores, a partir de 16 de janeiro de 2007.

EXONERAR, de acordo com o artigo 35, inciso I, da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, IGOR TAQUES RODRIGUES DA SILVA, ponto nº 118.112, do cargo em comissão de Assessor Técnico Adjunto C, CNE-12, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Depu-tados, que exerce no Gabinete do Líder do Partido do Movimento Democrático Brasileiro.

EXONERAR, a pedido, de acordo com o artigo 35, inciso II, da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, RAIMUNDO LUIZ SILVA ARAUJO, ponto nº 118.214, do cargo em comissão de Assistente Técnico de Ga-binete Adjunto B, CNE-11, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, que exerce no Gabinete do Líder do Partido Socialismo e Liberdade.

O PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPU-TADOS, no uso das atribuições que lhe confere o ar-tigo 1º, inciso I, alínea “a”, do Ato da Mesa nº 205, de 28 de junho de 1990, o artigo 6º da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990 e o disposto no Ato da Mesa nº 86, de 12 de setembro de 2006, resolve:

NOMEAR, na forma do artigo 9º, inciso II, da Lei nº 8.112, de 1990, RENATA SCALABRINI SILVA PINHO para exercer, no Gabinete do Líder do Partido do Movimento Democrático Brasileiro, o cargo em co-missão de Assessor Técnico Adjunto C, CNE-12, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados.

NOMEAR, na forma do artigo 9º, inciso II, da Lei nº 8.112, de 1990, TÂNIA DA ROCHA DOMICIANO para exercer, no Gabinete do Primeiro-Secretário, o cargo em comissão de Assistente Técnico de Gabinete Adjunto C, CNE-13, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados.

Câmara dos Deputados, 16 de Janeiro de 2007. – Deputado Aldo Rebelo, Presidente.

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MESA DIRETORAPresidente:ALDO REBELO - PCdoB - SP1º Vice-Presidente:JOSÉ THOMAZ NONÔ - PFL - AL2º Vice-Presidente:CIRO NOGUEIRA - PP - PI1º Secretário:INOCÊNCIO OLIVEIRA - PL - PE2º Secretário:NILTON CAPIXABA - PTB - RO3º Secretário:EDUARDO GOMES - PSDB - TO4º Secretário:JOÃO CALDAS - PL - AL1º Suplente de Secretário:GIVALDO CARIMBÃO - PSB - AL2º Suplente de Secretário:JORGE ALBERTO - PMDB - SE3º Suplente de Secretário:GERALDO RESENDE - PPS - MS4º Suplente de Secretário:MÁRIO HERINGER - PDT - MG

LÍDERES E VICE-LÍDERES

PTLíder: HENRIQUE FONTANA

Vice-Líderes:Fernando Ferro (1º Vice), Angela Guadagnin, Anselmo, CarlitoMerss, Luiz Couto, Luiz Sérgio, Maria do Carmo Lara, MaurícioRands, Nilson Mourão, Marco Maia, Professor Luizinho, RicardoBerzoini, Zezéu Ribeiro, Dr. Rosinha, Orlando Desconsi, TarcísioZimmermann, Selma Schons, César Medeiros, Luciano Zica,Mauro Passos e Terezinha Fernandes (Licenciado).

PMDBLíder: WILSON SANTIAGO

Vice-Líderes:Mendes Ribeiro Filho, Benjamin Maranhão, Asdrubal Bentes,Adelor Vieira, Carlos Eduardo Cadoca, Leandro Vilela, OsmarSerraglio, Mauro Benevides, Zé Gerardo, Pedro Novais, WladimirCosta, Eliseu Padilha, Jorge Alberto, Hermes Parcianello, MarceloCastro, Gervásio Oliveira, Gastão Vieira, Marcello Siqueira e JoãoMatos.

PFLLíder: RODRIGO MAIA

Vice-Líderes:Kátia Abreu (1º Vice), Luiz Carlos Santos, José Rocha, AntonioCarlos Magalhães Neto, Onyx Lorenzoni, Pauderney Avelino,José Carlos Machado, Moroni Torgan, Corauci Sobrinho, FélixMendonça, Júlio Cesar, Alberto Fraga (Licenciado), RonaldoCaiado, Eduardo Sciarra, Roberto Brant e Nice Lobão.

PSDBLíder: JUTAHY JUNIOR

Vice-Líderes:Bismarck Maia (1º Vice), Ronaldo Dimas, Antonio Carlos MendesThame, Antonio Carlos Pannunzio, Eduardo Barbosa, NilsonPinto, Zulaiê Cobra, Júlio Redecker, Paulo Bauer, Gonzaga Mota,Leonardo Vilela, Arnaldo Madeira e Thelma de Oliveira.

PPLíder: MÁRIO NEGROMONTE

Vice-Líderes:Benedito de Lira (1º Vice), Nélio Dias, Feu Rosa, Romel Anizio,João Pizzolatti, Francisco Dornelles, Francisco Appio, Roberto

Balestra, Julio Lopes (Licenciado), Darci Coelho, Antonio Cruz,Professor Irapuan Teixeira e Pedro Henry.

PTBLíder: JOSÉ MÚCIO MONTEIRO

Vice-Líderes:Fleury (1º Vice), Ricarte de Freitas, Arnaldo Faria de Sá, NelsonMarquezelli, Eduardo Seabra, Josué Bengtson, Pastor Reinaldo,Paes Landim, Jackson Barreto, Jovair Arantes e Edir Oliveira.

PLLíder: LUCIANO CASTRO

Vice-Líderes:José Carlos Araújo (1º Vice), Almir Sá, Lincoln Portela, SandroMabel, Giacobo, Humberto Michiles, Coronel Alves, Milton Monti eReinaldo Betão.

PSBLíder: ALEXANDRE CARDOSO (Licenciado)

Vice-Líderes:Renato Casagrande (1º Vice), Dr. Ribamar Alves, Luiza Erundina,Marcondes Gadelha, Mário Assad Júnior e Sandra Rosado.

PDTLíder: MIRO TEIXEIRA

Vice-Líderes:Álvaro Dias (1º Vice), Manato, Pompeo de Mattos, João Fontes eAndré Figueiredo.

PPSLíder: FERNANDO CORUJA

Vice-Líderes:Raul Jungmann, Cláudio Magrão, Cezar Silvestri e ColbertMartins.

PCdoBLíder: INÁCIO ARRUDA

Vice-Líderes:Jamil Murad, Vanessa Grazziotin e Agnelo Queiroz.

PVLíder: JOVINO CÂNDIDO

Vice-Líderes:Fernando Gabeira e Sarney Filho.

PSOLLíder: CHICO ALENCAR

Vice-Líderes:Luciana Genro (1º Vice) e Ivan Valente.

PSCLíder: PASTOR AMARILDO

Vice-Líderes:.

Parágrafo 4º, Artigo 9º do RICD

PRONARepr.: ENÉAS

PTCRepr.: CARLOS WILLIAN

Liderança do GovernoLíder: ARLINDO CHINAGLIA

Vice-Líderes:Beto Albuquerque, Sigmaringa Seixas, Vicente Cascione eRenildo Calheiros.

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Liderança da MinoriaLíder: JOSÉ CARLOS ALELUIA

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DEPUTADOS EM EXERCÍCIO

RoraimaAlceste Almeida - PTBAlmir Sá - PLDr. Rodolfo Pereira - PDTFrancisco Rodrigues - PFLLuciano Castro - PLMaria Helena - PSBPastor Frankembergen - PTBSuely Campos - PP

AmapáBadu Picanço - PLCoronel Alves - PLDavi Alcolumbre - PFLDr. Benedito Dias - PPEduardo Seabra - PTBEvandro Milhomen - PCdoBGervásio Oliveira - PMDBHélio Esteves - PT

ParáAnivaldo Vale - PSDBAnn Pontes - PMDBAsdrubal Bentes - PMDBBabá - PSOLBeto Faro - PTJader Barbalho - PMDBJosé Priante - PMDBJosué Bengtson - PTBNicias Ribeiro - PSDBNilson Pinto - PSDBRaimundo Santos - PLVic Pires Franco - PFLWladimir Costa - PMDBZé Geraldo - PTZé Lima - PPZenaldo Coutinho - PSDBZequinha Marinho - PMDB

AmazonasÁtila Lins - PMDBCarlos Souza - PPFrancisco Garcia - PPHumberto Michiles - PLLupércio Ramos - PMDBPauderney Avelino - PFLSilas Câmara - PTBVanessa Grazziotin - PCdoB

RondôniaAgnaldo Muniz - PPAnselmo - PTEduardo Valverde - PTHamilton Casara - PSDBMarinha Raupp - PMDBMiguel de Souza - PLNatan Donadon - PMDBNilton Capixaba - PTB

AcreChicão Brígido - PMDBHenrique Afonso - PTJoão Correia - PMDBJoão Tota - PPJúnior Betão - PLNilson Mourão - PTPerpétua Almeida - PCdoBZico Bronzeado - PT

TocantinsDarci Coelho - PPEduardo Gomes - PSDBHomero Barreto - PTBKátia Abreu - PFL

Maurício Rabelo - PLOsvaldo Reis - PMDBPastor Amarildo - PSCRonaldo Dimas - PSDB

MaranhãoAlbérico Filho - PMDBAntonio Joaquim - PSDBCésar Bandeira - S.PART.Clóvis Fecury - PFLCosta Ferreira - PSCDr. Ribamar Alves - PSBGastão Vieira - PMDBLuciano Leitoa - PSBLuiz Rocha Filho - PSDBNeiva Moreira - PDTNice Lobão - PFLPedro Fernandes - PTBPedro Novais - PMDBRemi Trinta - PLSarney Filho - PVSebastião Madeira - PSDBWagner Lago - PDTWashington Luiz - PT

CearáAlmeida de Jesus - PLAndré Figueiredo - PDTAníbal Gomes - PMDBAntonio Cambraia - PSDBAriosto Holanda - PSBArnon Bezerra - PTBBismarck Maia - PSDBEunício Oliveira - PMDBGonzaga Mota - PSDBInácio Arruda - PCdoBJoão Alfredo - PSOLJosé Linhares - PPJosé Pimentel - PTLéo Alcântara - PSDBManoel Salviano - PSDBMarcelo Teixeira - PSDBMauro Benevides - PMDBMoroni Torgan - PFLPastor Pedro Ribeiro - PMDBRaimundo Gomes de Matos - PSDBVicente Arruda - PSDBZé Gerardo - PMDB

PiauíÁtila Lira - PSDBB. Sá - PSBCiro Nogueira - PPJúlio Cesar - PFLMarcelo Castro - PMDBMoraes Souza - PMDBMussa Demes - PFLNazareno Fonteles - PTPaes Landim - PTBSimplício Mário - PT

Rio Grande do NorteÁlvaro Dias - PDTBetinho Rosado - PFLFátima Bezerra - PTHenrique Eduardo Alves - PMDBLavoisier Maia - PSBNélio Dias - PPNey Lopes - PFLSandra Rosado - PSB

ParaíbaArmando Abílio - PTBBenjamin Maranhão - PMDBCarlos Dunga - PTB

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Domiciano Cabral - PSDBEnivaldo Ribeiro - PPLúcia Braga - PMDBLuiz Couto - PTMarcondes Gadelha - PSBPhilemon Rodrigues - PTBRonaldo Cunha Lima - PSDBWellington Roberto - PLWilson Santiago - PMDB

PernambucoAndré de Paula - PFLArmando Monteiro - PTBCarlos Batata - PFLCarlos Eduardo Cadoca - PMDBCarlos Lapa - PSBCharles Lucena - PSDBClóvis Corrêa - PSBFernando Ferro - PTGonzaga Patriota - PSBInocêncio Oliveira - PLJoaquim Francisco - PFLJoel de Hollanda - PFLJosé Mendonça Bezerra - PFLJosé Múcio Monteiro - PTBLuiz Piauhylino - PDTMarcos de Jesus - S.PART.Maurício Rands - PTOsvaldo Coelho - PFLPastor Francisco Olímpio - PSBPaulo Rubem Santiago - PTRaul Jungmann - PPSRenildo Calheiros - PCdoBRoberto Freire - PPSRoberto Magalhães - PFLSalatiel Carvalho - PFL

AlagoasBenedito de Lira - PPGivaldo Carimbão - PSBJoão Caldas - PLJoão Lyra - PTBJorge Vi - PSCJosé Thomaz Nonô - PFLMaurício Quintella Lessa - PLOlavo Calheiros - PMDBRogério Teófilo - PPS

SergipeBosco Costa - PSDBCleonâncio Fonseca - PPHeleno Silva - PLJackson Barreto - PTBJoão Fontes - PDTJorge Alberto - PMDBJosé Carlos Machado - PFLMendonça Prado - PFL

BahiaAlice Portugal - PCdoBAntonio Carlos Magalhães Neto - PFLClaudio Cajado - PFLColbert Martins - PPSDaniel Almeida - PCdoBEdson Duarte - PVFábio Souto - PFLFélix Mendonça - PFLFernando de Fabinho - PFLGeddel Vieira Lima - PMDBGerson Gabrielli - PFLGuilherme Menezes - PTJairo Carneiro - PFLJoão Almeida - PSDBJoão Carlos Bacelar - PL

João Leão - PPJonival Lucas Junior - PTBJorge Khoury - PFLJosé Carlos Aleluia - PFLJosé Carlos Araújo - PLJosé Rocha - PFLJosias Gomes - PTJutahy Junior - PSDBLuiz Bassuma - PTLuiz Carreira - PFLMarcelo Guimarães Filho - PFLMário Negromonte - PPMilton Barbosa - PSCNelson Pellegrino - PTPaulo Magalhães - PFLPedro Irujo - PMDBReginaldo Germano - PPRobério Nunes - PFLRoland Lavigne - PSDBSérgio Barradas Carneiro - PTSeveriano Alves - PDTWalter Pinheiro - PTZelinda Novaes - PFLZezéu Ribeiro - PT

Minas GeraisAdemir Camilo - PDTAna Guerra - PTAracely de Paula - PLBonifácio de Andrada - PSDBCabo Júlio - PMDBCarlos Melles - PFLCarlos Mota - PSBCarlos Willian - PTCCésar Medeiros - PTCleuber Carneiro - PTBDr. Francisco Gonçalves - PPSEdmar Moreira - PFLEduardo Barbosa - PSDBEliseu Resende - PFLFernando Diniz - PMDBGeraldo Thadeu - PPSGilmar Machado - PTHerculano Anghinetti - PPIbrahim Abi-ackel - PPIsaías Silvestre - PSBIvo José - PTJaime Martins - PLJoão Magalhães - PMDBJoão Magno - PTJoão Paulo Gomes da Silva - PSBJosé Militão - PTBJosé Santana de Vasconcellos - PLJúlio Delgado - PSBLael Varella - PFLLeonardo Mattos - PVLeonardo Monteiro - PTLincoln Portela - PLMarcello Siqueira - PMDBMárcio Reinaldo Moreira - PPMaria do Carmo Lara - PTMário Assad Júnior - PSBMário Heringer - PDTMauro Lopes - PMDBNarcio Rodrigues - PSDBOdair Cunha - PTOsmânio Pereira - PTBPaulo Delgado - PTRafael Guerra - PSDBReginaldo Lopes - PTRoberto Brant - PFL

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Romel Anizio - PPRomeu Queiroz - PTBSaraiva Felipe - PMDBSérgio Miranda - PDTSilas Brasileiro - PMDBVadinho Baião - PTVirgílio Guimarães - PTVittorio Medioli - PV

Espírito SantoFeu Rosa - PPIriny Lopes - PTJair de Oliveira - PMDBManato - PDTMarcus Vicente - PTBNeucimar Fraga - PLNilton Baiano - PPRenato Casagrande - PSBRicardo Santos - PSDBRose de Freitas - PMDB

Rio de JaneiroAldir Cabral - PFLAlexandre Santos - PMDBAlmerinda de Carvalho - PMDBAlmir Moura - S.PART.André Costa - PDTAntonio Carlos Biscaia - PTBernardo Ariston - PMDBCarlos Nader - PLCarlos Santana - PTChico Alencar - PSOLDeley - PSCDr. Heleno - PSCEdson Ezequiel - PMDBEduardo Cunha - PMDBElaine Costa - PTBFernando Gabeira - PVFernando Gonçalves - PTBFernando Lopes - PMDBFernando William - PSBFrancisco Dornelles - PPItamar Serpa - PSDBJair Bolsonaro - PPJandira Feghali - PCdoBJoão Mendes de Jesus - S.PART.Jorge Bittar - PTJosé Divino - S.PART.Josias Quintal - PSBJuíza Denise Frossard - PPSLaura Carneiro - PFLLeonardo Picciani - PMDBLuiz Rogerio - PSBLuiz Sérgio - PTMárcio Fortes - PSDBMiro Teixeira - PDTMoreira Franco - PMDBNelson Bornier - PMDBPaulo Baltazar - PSBPaulo Feijó - PSDBReinaldo Betão - PLReinaldo Gripp - PLRenato Cozzolino - PDTRodrigo Maia - PFLRonaldo Cezar Coelho - PSDBSandro Matos - PTBSimão Sessim - PPVieira Reis - S.PART.

São PauloAldo Rebelo - PCdoBAmauri Gasques - PLAngela Guadagnin - PT

Antonio Carlos Mendes Thame - PSDBAntonio Carlos Pannunzio - PSDBArlindo Chinaglia - PTArnaldo Faria de Sá - PTBArnaldo Madeira - PSDBAry Kara - PTBCarlos Sampaio - PSDBCelso Russomanno - PPChico Sardelli - PVCláudio Magrão - PPSCorauci Sobrinho - PFLDelfim Netto - PMDBDevanir Ribeiro - PTDurval Orlato - PTEdinho Montemor - PSBEdna Macedo - PTBElimar Máximo Damasceno - PRONAEnéas - PRONAFernando Chucre - PSDBFernando Estima - S.PART.Fleury - PTBGilberto Nascimento - PMDBIara Bernardi - PTIldeu Araujo - PPIvan Valente - PSOLJamil Murad - PCdoBJefferson Campos - PTBJoão Batista - PPJoão Dado - PDTJoão Herrmann Neto - PDTJoão Paulo Cunha - PTJorge Tadeu Mudalen - PMDBJosé Eduardo Cardozo - PTJosé Mentor - PTJovino Cândido - PVJulio Semeghini - PSDBLobbe Neto - PSDBLuciano Zica - PTLuiz Carlos Santos - PFLLuiz Eduardo Greenhalgh - PTLuiza Erundina - PSBMarcelo Ortiz - PVMarcos Abramo - PPMariângela Duarte - PTMedeiros - PLMichel Temer - PMDBMilton Monti - PLNelson Marquezelli - PTBNeuton Lima - PTBOrlando Fantazzini - PSOLPaulo Lima - PMDBProfessor Irapuan Teixeira - PPProfessor Luizinho - PTRicardo Berzoini - PTRicardo Izar - PTBRoberto Gouveia - PTRobson Tuma - PFLSalvador Zimbaldi - PSBSilvio Torres - PSDBTelma de Souza - PTVadão Gomes - PPVanderlei Assis - PPVicente Cascione - PTBVicentinho - PTWalter Barelli - PSDBWanderval Santos - PLZulaiê Cobra - PSDB

Mato GrossoCarlos Abicalil - PTCelcita Pinheiro - PFL

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Lino Rossi - PPPedro Henry - PPRicarte de Freitas - PTBTeté Bezerra - PMDBThelma de Oliveira - PSDBWellington Fagundes - PL

Distrito FederalAgnelo Queiroz - PCdoBJorge Pinheiro - PLJosé Rajão - PSDBManinha - PSOLOsório Adriano - PFLSigmaringa Seixas - PTTadeu Filippelli - PMDBTatico - PTB

GoiásBarbosa Neto - PSBCarlos Alberto Leréia - PSDBEnio Tatico - PTBJoão Campos - PSDBJovair Arantes - PTBLeandro Vilela - PMDBLeonardo Vilela - PSDBLuiz Bittencourt - PMDBNeyde Aparecida - PTPedro Chaves - PMDBProfessora Raquel Teixeira - PSDBRoberto Balestra - PPRonaldo Caiado - PFLRubens Otoni - PTSandes Júnior - PPSandro Mabel - PLVilmar Rocha - PFL

Mato Grosso do SulAntônio Carlos Biffi - PTAntonio Cruz - PPGeraldo Resende - PPSJoão Grandão - PTNelson Trad - PMDBPedro Pedrossian - PPVander Loubet - PTWaldemir Moka - PMDB

ParanáAbelardo Lupion - PFLAffonso Camargo - PSDBAirton Roveda - PPSAlex Canziani - PTBAndré Zacharow - PMDBAssis Miguel do Couto - PTCezar Silvestri - PPSChico da Princesa - PLColombo - PTDilceu Sperafico - PPDr. Rosinha - PTDra. Clair - PTEduardo Sciarra - PFLGiacobo - PLGustavo Fruet - PSDBHermes Parcianello - PMDBIris Simões - PTBJosé Janene - PPLuiz Carlos Hauly - PSDBMax Rosenmann - PMDBMoacir Micheletto - PMDBNelson Meurer - PPOdílio Balbinotti - PMDBOliveira Filho - PLOsmar Serraglio - PMDBReinhold Stephanes - PMDBRicardo Barros - PP

Selma Schons - PTTakayama - PMDBVitorassi - PT

Santa CatarinaAdelor Vieira - PMDBCarlito Merss - PTEdinho Bez - PMDBFernando Coruja - PPSGervásio Silva - PFLIvan Ranzolin - PFLJoão Matos - PMDBJoão Pizzolatti - PPJorge Boeira - PTLeodegar Tiscoski - PPLuci Choinacki - PTMauro Passos - PTPaulo Afonso - PMDBPaulo Bauer - PSDBVignatti - PTZonta - PP

Rio Grande do SulAdão Pretto - PTAlceu Collares - PDTBeto Albuquerque - PSBCezar Schirmer - PMDBClaudio Diaz - PSDBDarcísio Perondi - PMDBEdir Oliveira - PTBEliseu Padilha - PMDBÉrico Ribeiro - PPFrancisco Appio - PPFrancisco Turra - PPHenrique Fontana - PTJose Fortunati - PDTJosé Otávio Germano - PPJúlio Redecker - PSDBKelly Moraes - PTBLuciana Genro - PSOLLuis Carlos Heinze - PPMarco Maia - PTMaria do Rosário - PTMendes Ribeiro Filho - PMDBNelson Proença - PPSOnyx Lorenzoni - PFLOrlando Desconsi - PTOsvaldo Biolchi - PMDBPastor Reinaldo - PTBPaulo Gouvêa - PLPaulo Pimenta - PTPompeo de Mattos - PDTTarcísio Zimmermann - PTWilson Cignachi - PMDB

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COMISSÕES PERMANENTES

COMISSÃO DE AGRICULTURA, PECUÁRIA,ABASTECIMENTO E DESENVOLVIMENTO RURAL

Presidente: Abelardo Lupion (PFL)1º Vice-Presidente: Osvaldo Coelho (PFL)2º Vice-Presidente: João Grandão (PT)3º Vice-Presidente: Francisco Turra (PP)Titulares Suplentes

PTAdão Pretto Luci ChoinackiAnselmo Neyde AparecidaAssis Miguel do Couto Odair CunhaJoão Grandão Paulo PimentaJosias Gomes Vander LoubetOrlando Desconsi Vignatti

PMDBDarcísio Perondi Eliseu PadilhaLeandro Vilela Jorge AlbertoMoacir Micheletto Olavo CalheirosOdílio Balbinotti vaga do PTB 3 vagasSilas BrasileiroWaldemir MokaZé Gerardo

Bloco PFL, PRONAAbelardo Lupion Alberto Fraga (Licenciado)Carlos Batata vaga do PSOL Betinho Rosado vaga do PSOL

Eduardo Sciarra Carlos MellesEnéas vaga do PC do B Félix MendonçaJairo Carneiro Ivan RanzolinKátia Abreu vaga do PV Lael Varella vaga do PC do B

Onyx Lorenzoni vaga do PSC (Dep. do PPS ocupa a vaga)Osvaldo CoelhoRonaldo Caiado

PSDBLeonardo Vilela Anivaldo Vale(Dep. do PP ocupa a vaga) Antonio Carlos Mendes Thame(Dep. do PP ocupa a vaga) Júlio Redecker1 vaga Julio Semeghini

PPCleonâncio Fonseca vaga do PSDB Darci CoelhoDilceu Sperafico vaga do PSDB Enivaldo Ribeiro vaga do PSC

Francisco Turra Érico RibeiroLuis Carlos Heinze Ricardo BarrosNélio Dias Zé LimaRoberto Balestra vaga do PTB

Vadão Gomes vaga do PL

ZontaPTB

Carlos Dunga Josué Bengtson(Dep. do PMDB ocupa a vaga) Nelson Marquezelli(Dep. do PP ocupa a vaga) Tatico

PLAlmir Sá Maurício RabeloHeleno Silva Wellington Fagundes(Dep. do PP ocupa a vaga) 1 vaga

PSBLuciano Leitoa Sandra Rosado1 vaga 1 vaga

PDTDr. Rodolfo Pereira Enio Bacci (Licenciado)Pompeo de Mattos 1 vaga

PPSCezar Silvestri Airton Roveda

Geraldo Resende vaga do Bloco PFL, PRONA

PC do B(Dep. do Bloco PFL, PRONAocupa a vaga)

(Dep. do Bloco PFL, PRONAocupa a vaga)

PV(Dep. do Bloco PFL, PRONA Edson Duarte

ocupa a vaga)PSOL

(Dep. do Bloco PFL, PRONAocupa a vaga)

(Dep. do Bloco PFL, PRONAocupa a vaga)

PSC(Dep. do Bloco PFL, PRONAocupa a vaga)

(Dep. do PP ocupa a vaga)

Secretário(a): Moizes Lobo da CunhaLocal: Anexo II, Térreo, Ala C, sala 36Telefones: 3216-6403/6404/6406FAX: 3216-6415

COMISSÃO DA AMAZÔNIA, INTEGRAÇÃO NACIONAL E DEDESENVOLVIMENTO REGIONAL

Presidente: Miguel de Souza (PL)1º Vice-Presidente: Wellington Fagundes (PL)2º Vice-Presidente: Enio Bacci (PDT)3º Vice-Presidente: Maria Helena (PSB)Titulares Suplentes

PTHenrique Afonso AnselmoZé Geraldo Eduardo ValverdeZico Bronzeado Nilson Mourão

PMDBAnn Pontes Átila LinsFernando Lopes vaga do PTB Gervásio OliveiraNatan Donadon Lupércio Ramos1 vaga Marinha Raupp vaga do PPS

Bloco PFL, PRONAArolde de Oliveira(Licenciado)

Júlio Cesar

2 vagas (Dep. do PL ocupa a vaga)(Dep. do PCdoB ocupa a vaga)

PSDBAntonio Joaquim Anivaldo Vale(Dep. do PL ocupa avaga)

Hamilton Casara vaga do PP

Zenaldo CoutinhoPP

Agnaldo Muniz Suely CamposCarlos Souza (Dep. do PSDB ocupa a vaga)

PTB(Dep. do PMDB ocupa avaga)

Alceste Almeida

(Dep. do PCdoB ocupaa vaga)

(Dep. do PCdoB ocupa a vaga)

PLMiguel de Souza Almir Sá vaga do Bloco PFL, PRONA

Wanderval Santos vaga do

PSDB Júnior Betão

Wellington Fagundes Raimundo SantosPSB

Maria Helena 1 vagaPDT

Enio Bacci (Licenciado) Dr. Rodolfo PereiraPPS

1 vaga (Dep. do PMDB ocupa a vaga)PCdoB

Perpétua Almeida vaga do

PTBSocorro Gomes (Licenciado) vaga do Bloco PFL,

PRONA

Vanessa Grazziotin vaga do PTB

Secretário(a): Vanderlúcia Bezerra da SilvaLocal: Anexo II - Sala T- 59Telefones: 3216-6432FAX: 3216-6440

COMISSÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA, COMUNICAÇÃO EINFORMÁTICA

Presidente: Vic Pires Franco (PFL)1º Vice-Presidente: Fábio Souto (PFL)

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2º Vice-Presidente: Jorge Bittar (PT)3º Vice-Presidente: Wladimir Costa (PMDB)Titulares Suplentes

PTDurval Orlato vaga do PDT Angela GuadagninJorge Bittar Fernando FerroMariângela Duarte Guilherme MenezesWalter Pinheiro Josias Gomes(Dep. do PP ocupa a vaga) Vicentinho(Dep. do PL ocupa a vaga) (Dep. do PSB ocupa a vaga)(Dep. do PMDB ocupa a vaga)

PMDBAdelor Vieira vaga do PDT Eduardo CunhaAníbal Gomes Henrique Eduardo AlvesEunício Oliveira João MagalhãesGilberto Nascimento TakayamaJader Barbalho Zequinha Marinho vaga do PSC

Nelson Bornier (Dep. S.PART. ocupa a vaga)Pedro Irujo vaga do PT 1 vagaWladimir Costa

Bloco PFL, PRONACorauci Sobrinho Arolde de Oliveira (Licenciado)Davi Alcolumbre Eduardo SciarraFábio Souto Robson TumaJosé Mendonça Bezerra (Dep. S.PART. ocupa a vaga)José Rocha vaga do PSC 1 vagaJúlio Cesar vaga do PTB

Vic Pires FrancoPSDB

Gustavo Fruet Lobbe NetoJulio Semeghini Manoel SalvianoNarcio Rodrigues Professora Raquel Teixeira1 vaga Zenaldo Coutinho

PPJoão Batista Antonio CruzLino Rossi vaga do PT Francisco GarciaMarcos Abramo Romel AnizioRicardo Barros Vanderlei AssisSandes Júnior

PTBSilas Câmara Arnon Bezerra(Dep. S.PART. ocupa a vaga) Iris Simões(Dep. do Bloco PFL, PRONAocupa a vaga)

Philemon Rodrigues

PLBadu Picanço Almeida de JesusCarlos Nader Amauri GasquesMaurício Rabelo vaga do PT Remi TrintaRaimundo Santos

PSBLuiza Erundina Ariosto Holanda(Dep. S.PART. ocupa a vaga) Mário Assad Júnior

Salvador Zimbaldi vaga do PT

PDT(Dep. do PMDB ocupa a vaga) Ademir Camilo(Dep. do PT ocupa a vaga) Luiz Piauhylino

PPSNelson Proença Raul Jungmann

PC do BRenildo Calheiros Jandira Feghali

PVJovino Cândido Leonardo Mattos

PSOLOrlando Fantazzini Ivan Valente

PSC(Dep. do Bloco PFL, PRONAocupa a vaga)

(Dep. do PMDB ocupa a vaga)

S.PART.Almir Moura vaga do PTB César Bandeira vaga do PMDB

João Mendes de Jesus vaga do PSB Marcos de Jesus vaga do Bloco PFL, PRONA

Secretário(a): Myriam Gonçalves Teixeira de OliveiraLocal: Anexo II, Térreo, Ala A, sala 49Telefones: 3216-6452 A 6458FAX: 3216-6465

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIAPresidente: Sigmaringa Seixas (PT)1º Vice-Presidente: José Eduardo Cardozo (PT)2º Vice-Presidente: Osmar Serraglio (PMDB)3º Vice-Presidente: Mendonça Prado (PFL)Titulares Suplentes

PTAntonio Carlos Biscaia Antônio Carlos BiffiJoão Paulo Cunha Carlos AbicalilJosé Eduardo Cardozo Devanir RibeiroLuiz Couto Fátima BezerraMaurício Rands Iara BernardiNelson Pellegrino Iriny LopesOdair Cunha José MentorRicardo Berzoini José PimentelRubens Otoni Luciano ZicaSigmaringa Seixas Luiz Eduardo Greenhalgh

PMDBCezar Schirmer André ZacharowLeonardo Picciani Aníbal GomesMendes Ribeiro Filho Ann PontesMichel Temer Cabo JúlioNelson Trad Gilberto NascimentoOsmar Serraglio Mauro BenevidesPaulo Lima Odílio BalbinottiWilson Santiago Paulo Afonso(Dep. do PDT ocupa a vaga) Pedro Irujo1 vaga 1 vaga

Bloco PFL, PRONAAndré de Paula vaga do PP EnéasAntonio Carlos Magalhães Neto Moroni TorganEdmar Moreira Onyx LorenzoniIvan Ranzolin vaga do PSC Pauderney AvelinoLuiz Carlos Santos Vic Pires FrancoMendonça Prado (Dep. S.PART. ocupa a vaga)Ney Lopes 2 vagasPaulo MagalhãesRoberto MagalhãesRobson TumaVilmar Rocha vaga do PSOL

PSDBBosco Costa Antonio Carlos PannunzioJoão Almeida Bonifácio de AndradaJoão Campos vaga do PP Custódio Mattos (Licenciado)Ronaldo Cunha Lima Léo AlcântaraVicente Arruda Leonardo VilelaZenaldo Coutinho 1 vagaZulaiê Cobra

PPDarci Coelho Agnaldo MunizJair Bolsonaro Celso RussomannoProfessor Irapuan Teixeira Herculano Anghinetti(Dep. do Bloco PFL, PRONAocupa a vaga)

José Otávio Germano

(Dep. do PSDB ocupa a vaga) Marcos Abramo(Dep. do PL ocupa a vaga) Sandes Júnior

PTBEdna Macedo Ary KaraJefferson Campos Enio TaticoJoão Lyra FleuryPaes Landim Jackson BarretoVicente Cascione 1 vaga

PLAlmeida de Jesus Coronel AlvesHumberto Michiles Giacobo

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Neucimar Fraga Jaime MartinsSandro Mabel vaga do PP José Carlos Araújo1 vaga

PSBAlexandre Cardoso (Licenciado) João Paulo Gomes da SilvaRenato Casagrande Marcondes GadelhaSandra Rosado Pastor Francisco Olímpio

PDTLuiz Piauhylino vaga do PMDB João FontesSérgio Miranda Severiano AlvesWagner Lago

PPSColbert Martins Dr. Francisco GonçalvesRoberto Freire Fernando Coruja

PC do BJamil Murad Alice Portugal

PVMarcelo Ortiz Sarney Filho

PSOL(Dep. do Bloco PFL, PRONAocupa a vaga)

Chico Alencar

PSC(Dep. do Bloco PFL, PRONAocupa a vaga)

Pastor Amarildo

PRB(Dep. S.PART. ocupa a vaga) (Dep. S.PART. ocupa a vaga)

S.PART.José Divino vaga do PRB Almir Moura vaga do Bloco PFL, PRONA

Vieira Reis vaga do PRB

Secretário(a): Rejane Salete MarquesLocal: Anexo II,Térreo, Ala , sala 21Telefones: 3216-6494FAX: 3216-6499

COMISSÃO DE DEFESA DO CONSUMIDORPresidente: Iris Simões (PTB)1º Vice-Presidente: Jonival Lucas Junior (PTB)2º Vice-Presidente: Júlio Delgado (PSB)3º Vice-Presidente: Gervásio Oliveira (PMDB)Titulares Suplentes

PTAna Guerra João GrandãoSelma Schons Maria do Carmo Lara(Dep. do PMDB ocupa a vaga) Simplício Mário

1 vaga(Dep. do PMDB ocupa a

vaga)PMDB

Chicão Brígido Edinho Bez vaga do PT

Gervásio Oliveira Leandro Vilela vaga do PPS

Luiz Bittencourt vaga do PT Max RosenmannPastor Pedro Ribeiro Paulo Lima

Wladimir CostaBloco PFL, PRONA

Marcelo Guimarães Filho Fernando de FabinhoRobério Nunes Kátia Abreu(Dep. do PTB ocupa a vaga) Mussa Demes

PSDBCarlos Sampaio Vicente Arruda(Dep. do PTB ocupa a vaga) 1 vaga

PPAntonio Cruz Julio Lopes (Licenciado)Celso Russomanno (Dep. do PTB ocupa a vaga)Zé Lima vaga do PL

PTBFleury vaga do Bloco PFL, PRONA Alex CanzianiIris Simões Paes Landim vaga do PL

Jonival Lucas Junior Ricardo IzarOsmânio Pereira vaga do PSDB Sandro Matos vaga do PP

PLJosé Carlos Araújo Reinaldo Betão

(Dep. do PP ocupa a vaga) (Dep. do PTB ocupa a vaga)PSB

Júlio Delgado Givaldo CarimbãoPDT

Renato Cozzolino Enio Bacci (Licenciado)PPS

Dimas Ramalho (Licenciado)(Dep. do PMDB ocupa a

vaga)Secretário(a): Lilian de Cássia Albuquerque SantosLocal: Anexo II, Pav. Superior, Ala C, sala 152Telefones: 3216-6920 A 6922FAX: 3216-6925

COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO,INDÚSTRIA E COMÉRCIO

Presidente: Anivaldo Vale (PSDB)1º Vice-Presidente: Júlio Redecker (PSDB)2º Vice-Presidente: Fernando de Fabinho (PFL)3º Vice-Presidente: Nelson Marquezelli (PTB)Titulares Suplentes

PTJorge Boeira Jorge BittarReginaldo Lopes Luiz Alberto (Licenciado)1 vaga Rubens Otoni

PMDBBernardo Ariston Carlos Eduardo CadocaEdson Ezequiel Lupércio Ramos

Paulo Afonso(Dep. do PTB ocupa a

vaga)Bloco PFL, PRONA

Fernando de Fabinho Davi AlcolumbreJoaquim Francisco Gerson GabrielliJoel de Hollanda vaga do PTC

PSDBAnivaldo Vale Gonzaga MotaJúlio Redecker 1 vagaLéo Alcântara vaga do PP

Ronaldo Dimas vaga do PSB

PPIldeu Araujo Dr. Benedito Dias(Dep. do PSDB ocupa a vaga) Vadão Gomes

PTBNelson Marquezelli Armando Monteiro

Romeu Queiroz vaga do PMDB

PL1 vaga Reinaldo Betão vaga do PSB

Sandro MabelPSB

(Dep. do PSDB ocupa a vaga)(Dep. do PL ocupa a

vaga)PDT

1 vaga André FigueiredoPTC

(Dep. do Bloco PFL, PRONA ocupa avaga)

1 vaga

Secretário(a): Aparecida de Moura AndradeLocal: Anexo II, Térreo, Ala A, sala T33Telefones: 3216-6601 A 6609FAX: 3216-6610

COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO URBANOPresidente: João Leão (PP)1º Vice-Presidente: Romel Anizio (PP)2º Vice-Presidente: Custódio Mattos (PSDB)3º Vice-Presidente: Laura Carneiro (PFL)Titulares Suplentes

PTMaria do Carmo Lara João MagnoZezéu Ribeiro Roberto Gouveia(Dep. do PP ocupa a vaga) Vitorassi

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PMDBMarinha Raupp Rose de Freitas(Dep. do PP ocupa a vaga) Zé Gerardo(Dep. do PTB ocupa a vaga) (Dep. do PL ocupa a vaga)

Bloco PFL, PRONALaura Carneiro (Dep. do PSC ocupa a vaga)(Dep. do PCdoB ocupa avaga)

(Dep. do PL ocupa a vaga)

1 vaga 1 vagaPSDB

Custódio Mattos (Licenciado) Domiciano CabralWalter Feldman (Licenciado) Gustavo Fruet

PPBenedito de Lira vaga do PMDB João PizzolattiJoão Leão Márcio Reinaldo MoreiraJoão Tota vaga do PT Nelson Meurer vaga do PTB

Julio Lopes (Licenciado) vaga do PL

Romel AnizioPTB

Jackson Barreto Pastor FrankembergenJosé Chaves (Licenciado) (Dep. do PP ocupa a vaga)Pedro Fernandes vaga do PMDB

PL(Dep. do PP ocupa a vaga) Chico da Princesa

Paulo Gouvêa vaga do PMDB

Wellington Roberto vaga do Bloco PFL, PRONA

PSBBarbosa Neto (Dep. do PDT ocupa a vaga)

PDT1 vaga Ademir Camilo vaga do PSB

Wagner LagoPCdoB

Inácio Arruda vaga do Bloco PFL, PRONA

PSCCosta Ferreira vaga do Bloco PFL, PRONA

Secretário(a): Romulo de Sousa MesquitaLocal: Anexo II, Pavimento Superior, Ala C, Sala 188Telefones: 3216-6551/ 6554FAX: 3216-6560

COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS E MINORIASPresidente: Luiz Eduardo Greenhalgh (PT)1º Vice-Presidente: Luiz Alberto (PT)2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente: Reinaldo Betão (PL)Titulares Suplentes

PTIriny Lopes vaga do PMDB Adão PrettoLuci Choinacki Ana GuerraLuiz Alberto (Licenciado) Luiz CoutoLuiz Eduardo Greenhalgh Maria do Rosário vaga do PP

Nelson Pellegrino vaga do PDT

PMDB(Dep. do PT ocupa avaga)

Hermes Parcianello

2 vagas Nelson Trad(Dep. do PPS ocupa a vaga)

Bloco PFL, PRONA2 vagas Elimar Máximo Damasceno

Jairo Carneiro vaga do PP

(Dep. do PCdoB ocupa a vaga)PSDB

Átila Lira João Almeida(Dep. do PV ocupa avaga)

(Dep. do PV ocupa a vaga)

PP

Nilton Baiano(Dep. do Bloco PFL, PRONA ocupa a

vaga)1 vaga (Dep. do PT ocupa a vaga)

PTB

Pastor Reinaldo Vicente CascionePL

Reinaldo Betão Heleno SilvaPSB

Paulo Baltazar (Dep. do PCdoB ocupa a vaga)PDT

Neiva Moreira (Dep. do PT ocupa a vaga)PSC

(Dep. do PSOL ocupa avaga)

(Dep. do PSOL ocupa a vaga)

PRB(Dep. S.PART. ocupa avaga)

(Dep. S.PART. ocupa a vaga)

PPSGeraldo Thadeu vaga do PMDB

PCdoBDaniel Almeida vaga do PSB

Perpétua Almeida vaga do Bloco PFL, PRONA

PVLeonardo Mattos vaga do PSDB Jovino Cândido vaga do PSDB

PSOLJoão Alfredo vaga do PSC Orlando Fantazzini vaga do PSC

S.PART.Vieira Reis vaga do PRB José Divino vaga do PRB

Secretário(a): Márcio Marques de AraújoLocal: Anexo II, Pav. Superior, Ala A, sala 185Telefones: 3216-6575FAX: 3216-6580

COMISSÃO DE EDUCAÇÃO E CULTURAPresidente: Neyde Aparecida (PT)1º Vice-Presidente: Fátima Bezerra (PT)2º Vice-Presidente: César Bandeira (S.PART.)3º Vice-Presidente: Osvaldo Biolchi (PMDB)Titulares Suplentes

PTAntônio Carlos Biffi vaga do PL Assis Miguel do CoutoCarlos Abicalil Gilmar MachadoColombo Henrique AfonsoFátima Bezerra vaga do PMDB Nazareno FontelesIara Bernardi vaga do PL Walter PinheiroMaria do RosárioNeyde AparecidaPaulo Delgado vaga do PTB

Paulo Rubem SantiagoProfessor Luizinho vaga do PP

PMDBGastão Vieira Osmar SerraglioJoão Matos Osmar Terra (Licenciado)Osvaldo Biolchi Paulo Lima(Dep. do PT ocupa a vaga) Saraiva Felipe(Dep. do PL ocupa a vaga) 1 vaga

Bloco PFL, PRONACelcita Pinheiro Corauci SobrinhoDr. Pinotti (Licenciado) Joel de HollandaNice Lobão Ney Lopes(Dep. S.PART. ocupa a vaga) Osvaldo Coelho vaga do PPS

Paulo MagalhãesPSDB

Bonifácio de Andrada vaga do PP Átila LiraLobbe Neto Itamar SerpaNilson Pinto Rafael GuerraProfessora Raquel TeixeiraRicardo Santos vaga do PP

PP(Dep. do PSDB ocupa a vaga) José Linhares(Dep. do PT ocupa a vaga) Professor Irapuan Teixeira(Dep. do PSDB ocupa a vaga) (Dep. do PSC ocupa a vaga)

PTBEduardo Seabra Fernando Gonçalves

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Ricardo Izar Jonival Lucas Junior(Dep. do PT ocupa a vaga) Neuton Lima

PLMaurício Quintella Lessa vaga do

PMDB Carlos Nader

(Dep. do PT ocupa a vaga) Milton Monti(Dep. do PT ocupa a vaga)

PSBAriosto Holanda Renato Casagrande(Dep. do PSC ocupa a vaga) 1 vaga

PDTSeveriano Alves Álvaro Dias

PPS

Rogério Teófilo(Dep. do Bloco PFL, PRONA

ocupa a vaga)PC do B

Alice Portugal Evandro MilhomenPV

(Dep. do PSOL ocupa a vaga) Marcelo OrtizPSOL

Chico Alencar Luciana GenroIvan Valente vaga do PV

PSCCosta Ferreira vaga do PSB Dr. Heleno vaga do PP

S.PART.César Bandeira vaga do Bloco PFL, PRONA

Secretário(a): Anamélia Lima Rocha FernandesLocal: Anexo II, Pav. Superior, Ala C, sala 170Telefones: 3216-6622/6625/6627/6628FAX: 3216-6635

COMISSÃO DE FINANÇAS E TRIBUTAÇÃOPresidente: Moreira Franco (PMDB)1º Vice-Presidente: Pedro Novais (PMDB)2º Vice-Presidente: Vignatti (PT)3º Vice-Presidente: Luiz Carlos Hauly (PSDB)Titulares Suplentes

PTCarlito Merss Dra. ClairJosé Pimentel João Paulo CunhaVignatti Jorge BoeiraVirgílio Guimarães Paulo Rubem Santiago1 vaga Ricardo Berzoini

PMDBAlbérico Filho vaga do PP Gervásio OliveiraDelfim Netto Marcelo CastroEduardo Cunha Michel TemerGeddel Vieira Lima 2 vagasMax Rosenmann vaga do PSB

Moreira FrancoPedro NovaisReinhold Stephanes vaga do PTB

Zequinha Marinho vaga do PSOL

Bloco PFL, PRONAFélix Mendonça vaga do PL Alberto Fraga (Licenciado)José Carlos Machado vaga do PL Eliseu Resende vaga do PC do B

Mussa Demes vaga do PC do B Jorge Khoury vaga do PL

Pauderney Avelino Júlio CesarRoberto Brant Luiz Carreira(Dep. do PTC ocupa a vaga) Mendonça Prado1 vaga

PSDBAntonio Cambraia vaga do PTB Custódio Mattos (Licenciado)Arnaldo Madeira Julio SemeghiniGonzaga Mota Walter BarelliLuiz Carlos Hauly 1 vaga1 vaga

PPEnivaldo Ribeiro Benedito de LiraFrancisco Dornelles Carlos Souza vaga do PV

(Dep. do PMDB ocupa a vaga) Luis Carlos HeinzeZonta

PTBArmando Monteiro Eduardo Seabra(Dep. do PSDB ocupa a vaga) José Militão(Dep. do PMDB ocupa a vaga) (Dep. do PDT ocupa a vaga)

PL(Dep. do Bloco PFL, PRONAocupa a vaga)

Humberto Michiles

(Dep. do Bloco PFL, PRONAocupa a vaga)

(Dep. do Bloco PFL, PRONAocupa a vaga)

PSB(Dep. do PMDB ocupa a vaga) Beto Albuquerque1 vaga Sandra Rosado

PDT1 vaga André Figueiredo vaga do PTB

Sérgio MirandaPPS

Fernando Coruja Nelson ProençaPC do B

(Dep. do Bloco PFL, PRONAocupa a vaga)

(Dep. do Bloco PFL, PRONAocupa a vaga)

PVVittorio Medioli (Dep. do PP ocupa a vaga)

PSOL(Dep. do PMDB ocupa a vaga) 1 vaga

PTCCarlos Willian vaga do Bloco PFL, PRONA

Secretário(a): Marcelle R C CavalcantiLocal: Anexo II, Pav. Superior, Ala C, sala 136Telefones: 3216-6654/6655/6652FAX: 3216-6660

COMISSÃO DE FISCALIZAÇÃO FINANCEIRA E CONTROLEPresidente: Carlos Mota (PSB)1º Vice-Presidente: Josias Quintal (PSB)2º Vice-Presidente: Alberto Fraga (PFL)3º Vice-Presidente: Simplício Mário (PT)Titulares Suplentes

PTJosé Mentor Reginaldo LopesSimplício Mário Sigmaringa Seixas

Vander LoubetTerezinha Fernandes

(Licenciado)(Dep. do PMDB ocupa a vaga) 1 vaga

PMDBAlexandre Santos Almerinda de CarvalhoJoão Correia vaga do PTB Nelson BornierJoão Magalhães vaga do PT 1 vagaMauro BenevidesOlavo Calheiros vaga do PDT

1 vagaBloco PFL, PRONA

Alberto Fraga (Licenciado) José Carlos Machado(Dep. do PSB ocupa a vaga) Salatiel Carvalho(Dep. do PSDB ocupa a vaga) 1 vaga

PSDBEduardo Paes (Licenciado) Luiz Carlos HaulyManoel Salviano vaga do Bloco PFL, PRONA (Dep. do PTB ocupa a vaga)Paulo Bauer

PPFrancisco Garcia Leodegar TiscoskiMárcio Reinaldo Moreira Nélio Dias

PTBRomeu Queiroz Armando Abílio vaga do PSDB

(Dep. do PMDB ocupa a vaga) Jefferson Campos(Dep. do PL ocupa a vaga)

PL

2 vagasMaurício Quintella Lessa vaga do

PTB

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Wellington Roberto1 vaga

PSBCarlos Mota Barbosa NetoJosias Quintal vaga do Bloco PFL, PRONA

PDT(Dep. do PMDB ocupa a vaga) Renato Cozzolino

PPSJuíza Denise Frossard 1 vagaSecretário(a): Maria Linda MagalhãesLocal: Anexo II, Pav. Superior, Ala A, sala 161Telefones: 3216-6671 A 6675FAX: 3216-6676

COMISSÃO DE LEGISLAÇÃO PARTICIPATIVAPresidente: Geraldo Thadeu (PPS)1º Vice-Presidente: Fernando Estima (S.PART.)2º Vice-Presidente: Paulo Gouvêa (PL)3º Vice-Presidente: Pastor Reinaldo (PTB)Titulares Suplentes

PTAna Guerra César MedeirosCarlos Abicalil Fátima BezerraLeonardo Monteiro vaga do PDT Fernando FerroSelma Schons Ivo José vaga do PTB

Vadinho Baião vaga do PPS

PMDBAlmerinda de Carvalho 3 vagasFernando DinizOlavo Calheiros

Bloco PFL, PRONAMendonça Prado 2 vagas1 vaga

PSDBAntonio Joaquim 2 vagas1 vaga

PPEnivaldo Ribeiro 2 vagas1 vaga

PTBPastor Reinaldo Arnaldo Faria de Sá(Dep. S.PART. ocupa a vaga) (Dep. do PT ocupa a vaga)

PLPaulo Gouvêa Jaime Martins

PSBLuiza Erundina 1 vaga

PDT(Dep. do PT ocupa a vaga) Neiva Moreira

PPSGeraldo Thadeu (Dep. do PT ocupa a vaga)

S.PART.Fernando Estima vaga do PTB

Secretário(a): Miriam Cristina Gonçalves QuintasLocal: Anexo II, Pavimento Superior, Ala A, salas 121/122Telefones: 3216-6692 / 6693FAX: 3216-6700

COMISSÃO DE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTOSUSTENTÁVEL

Presidente: Luiz Carreira (PFL)1º Vice-Presidente: Gervásio Silva (PFL)2º Vice-Presidente: Neuton Lima (PTB)3º Vice-Presidente: Jorge Pinheiro (PL)Titulares Suplentes

PTCésar Medeiros Henrique AfonsoLeonardo Monteiro Luiz Alberto (Licenciado)Luciano Zica Mauro Passos

PMDBTadeu Filippelli Albérico Filho

(Dep. do PTB ocupa a vaga) Max Rosenmann1 vaga (Dep. do PL ocupa a vaga)

Bloco PFL, PRONAGervásio Silva José Carlos Aleluia vaga do PSC

Jorge Khoury vaga do PDT (Dep. do PSOL ocupa a vaga)Luiz Carreira 2 vagas(Dep. do PV ocupa a vaga)

PSDBAntonio Carlos Mendes Thame Affonso CamargoHamilton Casara 1 vaga

PP(Dep. do PV ocupa a vaga) Roberto Balestra(Dep. do PL ocupa a vaga) (Dep. do PV ocupa a vaga)

PTBNeuton Lima João LyraSandro Matos vaga do PMDB

PLJorge Pinheiro Badu Picanço vaga do PMDB

Oliveira Filho vaga do PP Luciano CastroPSB

Givaldo Carimbão Jorge Gomes (Licenciado)PDT

(Dep. do Bloco PFL, PRONAocupa a vaga)

(Dep. do PTC ocupa a vaga)

PSC

(Dep. do PSOL ocupa a vaga)(Dep. do Bloco PFL, PRONA

ocupa a vaga)PV

Edson Duarte vaga do PP Fernando Gabeira vaga do PP

Sarney Filho vaga do Bloco PFL, PRONA

PSOLBabá vaga do PSC João Alfredo vaga do Bloco PFL, PRONA

PTCCarlos Willian vaga do PDT

Secretário(a): Aurenilton Araruna de AlmeidaLocal: Anexo II, Pav. Superior, Ala C, sala 150Telefones: 3216-6521 A 6526FAX: 3216-6535

COMISSÃO DE MINAS E ENERGIAPresidente: Carlos Alberto Leréia (PSDB)1º Vice-Presidente: Ronaldo Cezar Coelho (PSDB)2º Vice-Presidente: Marcelo Castro (PMDB)3º Vice-Presidente: João Pizzolatti (PP)Titulares Suplentes

PTEduardo Valverde Ivo JoséFernando Ferro João MagnoHélio Esteves Luiz BassumaMauro Passos Walter PinheiroTerezinha Fernandes (Licenciado) Zé Geraldo

PMDBMarcelo Castro Delfim NettoRose de Freitas Edinho BezTakayama Marcello Siqueira2 vagas Marinha Raupp

Mauro LopesBloco PFL, PRONA

Betinho Rosado Carlos BatataGerson Gabrielli Gervásio Silva(Dep. do PSC ocupa a vaga) José Carlos Aleluia1 vaga 1 vaga

PSDBCarlos Alberto Leréia João AlmeidaNicias Ribeiro vaga do PDT Paulo BauerPaulo Feijó Ronaldo DimasRonaldo Cezar Coelho

PPJoão Pizzolatti Francisco AppioNelson Meurer Romel Anizio

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1 vaga Sandes JúniorPTB

Marcus Vicente Pastor ReinaldoTatico 1 vaga

PLJosé Santana de Vasconcellos Aracely de Paula1 vaga Miguel de Souza

PSBB. Sá Edinho MontemorSalvador Zimbaldi Josias Quintal

PDT(Dep. do PSDB ocupa a vaga) André Costa

PPS

Airton Roveda(Dep. S.PART. ocupa a

vaga)PC do B

Evandro Milhomen Inácio ArrudaPSOL

(Dep. do PSC ocupa a vaga)(Dep. do PSC ocupa a

vaga)PSC

Dr. Heleno vaga do Bloco PFL, PRONA Deley vaga do PSOL

Pastor Amarildo vaga do PSOL

S.PART.Fernando Estima vaga do PPS

Secretário(a): Damaci Pires de MirandaLocal: Anexo II, Térreo, Ala C, sala 56Telefones: 3216-6711 / 6713FAX: 3216-6720

COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES E DE DEFESANACIONAL

Presidente: Alceu Collares (PDT)1º Vice-Presidente: André Costa (PDT)2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente: Marcos de Jesus (S.PART.)Titulares Suplentes

PTJoão Magno Carlito Merss vaga do PTB

Luiz Sérgio Dr. RosinhaNilson Mourão Leonardo MonteiroPaulo Pimenta Mariângela Duarte(Dep. do PTB ocupa a vaga) Paulo Delgado

Zico BronzeadoPMDB

André Zacharow Edson EzequielÁtila Lins João Matos(Dep. do PDT ocupa a vaga) Moreira Franco

(Dep. do PDT ocupa a vaga)(Dep. do Bloco PFL, PRONA

ocupa a vaga)1 vaga 1 vaga

Bloco PFL, PRONACarlos Melles vaga do PL André de PaulaClaudio Cajado Antonio Carlos Magalhães NetoFrancisco Rodrigues Jairo CarneiroSalatiel Carvalho vaga do PPS Roberto Brant(Dep. S.PART. ocupa a vaga) Vilmar Rocha vaga do PL

1 vaga Zelinda Novaes vaga do PMDB

PSDBAntonio Carlos Pannunzio Luiz Carlos HaulyItamar Serpa Zulaiê CobraSebastião Madeira vaga do PL 1 vaga1 vaga

PPFeu Rosa Francisco DornellesReginaldo Germano Francisco Turra(Dep. do PSOL ocupa a vaga) Jair Bolsonaro

PTBAlceste Almeida José Chaves (Licenciado)Arnon Bezerra (Dep. do PT ocupa a vaga)

Pastor Frankembergen vaga do PT

PL(Dep. do Bloco PFL, PRONAocupa a vaga)

Medeiros

(Dep. do PSDB ocupa a vaga)(Dep. do Bloco PFL, PRONA

ocupa a vaga)PSB

João Paulo Gomes da Silva Alexandre Cardoso (Licenciado)Marcondes Gadelha Júlio Delgado

PDTAlceu Collares (Dep. do PSOL ocupa a vaga)André Costa vaga do PMDB

João Herrmann Neto vaga do PMDB

PPS(Dep. do Bloco PFL, PRONAocupa a vaga)

Rogério Teófilo

PC do BSocorro Gomes (Licenciado) Renildo Calheiros

PVFernando Gabeira Vittorio Medioli

PSOLManinha vaga do PP Babá vaga do PDT

S.PART.Marcos de Jesus vaga do Bloco PFL, PRONA

Secretário(a): Fernando Luiz Cunha RochaLocal: Anexo II, Pav. Superior, Ala A, sala 125Telefones: 3216-6739 / 6738 / 6737FAX: 3216-6745

COMISSÃO DE SEGURANÇA PÚBLICA E COMBATE AOCRIME ORGANIZADO

Presidente: José Militão (PTB)1º Vice-Presidente: Arnaldo Faria de Sá (PTB)2º Vice-Presidente: José Otávio Germano (PP)3º Vice-Presidente: Ademir Camilo (PDT)Titulares Suplentes

PTAntonio Carlos Biscaia Assis Miguel do CoutoJosé Eduardo Cardozo ColomboPaulo Pimenta Hélio Esteves

PMDBCabo Júlio Gilberto Nascimento(Dep. do PTB ocupa a vaga) Mendes Ribeiro Filho1 vaga 1 vaga

Bloco PFL, PRONAAlberto Fraga (Licenciado) Edmar MoreiraMoroni Torgan Laura Carneiro

Roberto Magalhães vaga do PPS

PSDBJoão Campos Bosco Costa(Dep. do PP ocupa a vaga) Zulaiê Cobra

PPJosé Otávio Germano Jair BolsonaroProfessor Irapuan Teixeira vaga do

PSDB Reginaldo Germano

(Dep. do PL ocupa a vaga)PTB

Arnaldo Faria de Sá FleuryAry Kara vaga do PMDB Pastor Frankembergen vaga do PDT

José Militão Pastor ReinaldoPL

Coronel Alves vaga do PP Neucimar FragaLincoln Portela

PSBJosias Quintal Gonzaga Patriota

PDTAdemir Camilo (Dep. do PTB ocupa a vaga)

PPS

Raul Jungmann(Dep. do Bloco PFL, PRONA

ocupa a vaga)

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Secretário(a): Kátia da Consolação dos Santos VianaLocal: Anexo II, Pavimento Superior - Sala 166-CTelefones: 3216-6761 / 6762FAX: 3216-6770

COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIAPresidente: Simão Sessim (PP)1º Vice-Presidente: Vanderlei Assis (PP)2º Vice-Presidente: Nazareno Fonteles (PT)3º Vice-Presidente: Dr. Benedito Dias (PP)Titulares Suplentes

PTAngela Guadagnin Durval OrlatoDr. Rosinha Orlando DesconsiGuilherme Menezes Selma SchonsLuiz Bassuma vaga do PTB Tarcísio ZimmermannNazareno Fonteles Telma de SouzaRoberto Gouveia

PMDBAlmerinda de Carvalho Benjamin MaranhãoJorge Alberto Chicão BrígidoOsmar Terra (Licenciado) Darcísio PerondiSaraiva Felipe Lúcia BragaTeté Bezerra Silas Brasileiro vaga do PL

Waldemir MokaBloco PFL, PRONA

Elimar Máximo Damasceno Celcita PinheiroZelinda Novaes Fernando de Fabinho(Dep. do PPS ocupa a vaga) Nice Lobão(Dep. do PL ocupa a vaga) Ronaldo Caiado

PSDBEduardo Barbosa Antonio Joaquim vaga do PV

Rafael GuerraEduardo Paes

(Licenciado)Raimundo Gomes de Matos Leonardo VilelaThelma de Oliveira Ronaldo Dimas

Walter BarelliPP

Dr. Benedito Dias Feu RosaJosé Linhares vaga do PSOL João BatistaSimão Sessim Nilton BaianoSuely Campos vaga do PV

Vanderlei AssisPTB

Arnaldo Faria de Sá Edir OliveiraFernando Gonçalves Kelly Moraes(Dep. do PT ocupa a vaga) Osmânio Pereira

PLAmauri Gasques Lincoln Portela

Reinaldo Gripp(Dep. do PMDB ocupa

a vaga)Remi Trinta vaga do Bloco PFL, PRONA

PSBDr. Ribamar Alves Luiza ErundinaJorge Gomes (Licenciado) 1 vaga

PDTManato Mário Heringer

PPSDr. Francisco Gonçalves vaga do Bloco PFL, PRONA Colbert MartinsGeraldo Resende

PC do BJandira Feghali Jamil Murad

PV

(Dep. do PP ocupa a vaga)(Dep. do PSDB ocupa

a vaga)PSOL

(Dep. do PP ocupa a vaga) ManinhaSecretário(a): Gardene AguiarLocal: Anexo II, Pav. Superior, Ala A, sala 145Telefones: 3216-6787 / 6781 A 6786

FAX: 3216-6790

COMISSÃO DE TRABALHO, DE ADMINISTRAÇÃO ESERVIÇO PÚBLICO

Presidente: Aracely de Paula (PL)1º Vice-Presidente: Coronel Alves (PL)2º Vice-Presidente: Osvaldo Reis (PMDB)3º Vice-Presidente: Vicentinho (PT)Titulares Suplentes

PTDra. Clair Carlos SantanaMarco Maia Luiz SérgioTarcísio Zimmermann Maurício RandsVicentinho Professor Luizinho

PMDBHenrique Eduardo Alves Ann PontesLúcia Braga Leonardo PiccianiMoraes Souza Osvaldo BiolchiOsvaldo Reis 2 vagas(Dep. do PL ocupa a vaga)

Bloco PFL, PRONAJosé Carlos Aleluia Dr. Pinotti (Licenciado)(Dep. do PSOL ocupa a vaga) Joaquim Francisco(Dep. do PC do B ocupa a vaga) Laura Carneiro

PSDBWalter Barelli Carlos Alberto Leréia(Dep. do PTB ocupa a vaga) Eduardo Barbosa(Dep. do PL ocupa a vaga) Narcio Rodrigues

PPÉrico Ribeiro Benedito de LiraPedro Henry Sandes Júnior

PTBEdir Oliveira vaga do PSDB Arnaldo Faria de SáEnio Tatico Ricarte de FreitasJovair Arantes

PLAracely de Paula Sandro Mabel

Coronel Alves(Dep. do PSB ocupa a

vaga)Luciano Castro vaga do PMDB

Medeiros vaga do PSDB

PSBPastor Francisco Olímpio Carlos Mota vaga do PPS

Isaías Silvestre vaga do PL

Maria HelenaPDT

João Fontes Pompeo de MattosPPS

Cláudio Magrão(Dep. do PSB ocupa a

vaga)PC do B

Daniel Almeida 1 vagaVanessa Grazziotin vaga do Bloco PFL, PRONA

PSOLLuciana Genro vaga do Bloco PFL, PRONA

Secretário(a): Anamélia Ribeiro Correia de AraújoLocal: Anexo II, Sala T 50Telefones: 3216-6805 / 6806 / 6807FAX: 3216-6815

COMISSÃO DE TURISMO E DESPORTOPresidente: Asdrubal Bentes (PMDB)1º Vice-Presidente: Hermes Parcianello (PMDB)2º Vice-Presidente: Ricarte de Freitas (PTB)3º Vice-Presidente: Marcelo Teixeira (PSDB)Titulares Suplentes

PTGilmar Machado César MedeirosIvo José José Eduardo CardozoVadinho Baião Simplício Mário

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PMDBAsdrubal Bentes Bernardo AristonBenjamin Maranhão vaga do PP Moacir Micheletto vaga do PL

Carlos Eduardo Cadoca Pastor Pedro RibeiroHermes Parcianello 1 vaga

Bloco PFL, PRONA(Dep. do PTB ocupa a vaga) José Mendonça Bezerra(Dep. do PSC ocupa a vaga) José Rocha(Dep. do PTB ocupa a vaga) Marcelo Guimarães Filho

PSDBBismarck Maia Antonio CambraiaMarcelo Teixeira 1 vaga

PPHerculano Anghinetti Ildeu Araujo(Dep. do PMDB ocupa a vaga) João Tota

PTBAlex Canziani vaga do Bloco PFL, PRONA Edna Macedo vaga do PDT

Josué Bengtson vaga do PL Jovair ArantesKelly Moraes vaga do Bloco PFL, PRONA Marcus VicenteRicarte de Freitas1 vaga

PL

(Dep. do PTB ocupa a vaga)(Dep. do PMDB ocupa a

vaga)PSB

Edinho Montemor Dr. Ribamar AlvesPDT

André Figueiredo(Dep. do PTB ocupa a

vaga)PPS

(Dep. S.PART. ocupa a vaga) Roberto FreirePSC

Deley vaga do Bloco PFL, PRONA

S.PART.Fernando Estima vaga do PPS

Secretário(a): Iracema MarquesLocal: Anexo II, Ala A , Sala 5,TérreoTelefones: 3216-6831 / 6832 / 6833FAX: 3216-6835

COMISSÃO DE VIAÇÃO E TRANSPORTESPresidente: Mauro Lopes (PMDB)1º Vice-Presidente: Lupércio Ramos (PMDB)2º Vice-Presidente: Giacobo (PL)3º Vice-Presidente: Gonzaga Patriota (PSB)Titulares Suplentes

PTCarlos Santana Hélio EstevesDevanir Ribeiro Marco MaiaTelma de Souza Vadinho BaiãoVitorassi Virgílio Guimarães(Dep. do PL ocupa a vaga) Zezéu Ribeiro

PMDBEdinho Bez Alexandre SantosEliseu Padilha Átila LinsJair de Oliveira vaga do PDT Nelson BornierJosé Priante vaga do PC do B Osvaldo ReisLupércio Ramos (Dep. do PTB ocupa a vaga)Marcello SiqueiraMauro LopesPedro Chaves vaga do PSC

Bloco PFL, PRONAEliseu Resende Francisco RodriguesLael Varella Robério Nunes(Dep. do PL ocupa a vaga) (Dep. do PP ocupa a vaga)(Dep. do PL ocupa a vaga) (Dep. do PL ocupa a vaga)

PSDBAffonso Camargo Marcelo TeixeiraDomiciano Cabral Narcio Rodrigues(Dep. do PSB ocupa a vaga) Paulo Feijó

PPFrancisco Appio Dilceu SperaficoLeodegar Tiscoski João Tota vaga do Bloco PFL, PRONA

Mário Negromonte Nilton Baiano(Dep. do PL ocupa a vaga)

PTBAry Kara Carlos DungaPhilemon Rodrigues Pedro Fernandes vaga do PMDB

Romeu Queiroz vaga do PC do B

Silas CâmaraPL

Chico da Princesa vaga do PT Jorge Pinheiro vaga do PP

Giacobo José Santana de VasconcellosJaime Martins vaga do Bloco PFL, PRONA Oliveira Filho vaga do Bloco PFL, PRONA

Júnior Betão vaga do Bloco PFL, PRONA Reinaldo GrippMilton MontiWellington Roberto vaga do PPS

PSBBeto Albuquerque vaga do PSDB (Dep. do PPS ocupa a vaga)Gonzaga Patriota 1 vagaMário Assad Júnior

PDT(Dep. do PMDB ocupa a vaga) 1 vaga

PPS(Dep. do PL ocupa a vaga) Cezar Silvestri vaga do PSB

Juíza Denise FrossardPC do B

(Dep. do PMDB ocupa a vaga) (Dep. do PTB ocupa a vaga)PSC

(Dep. do PMDB ocupa a vaga) Milton BarbosaSecretário(a): Ruy Omar Prudencio da SilvaLocal: Anexo II, Pav. Superior, Ala A, sala 175Telefones: 3216-6853 A 6856FAX: 3216-6860

COMISSÕES TEMPORÁRIAS

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A "ACOMPANHAR ASNEGOCIAÇÕES DA ÁREA DE LIVRE COMÉRCIO DAS

AMÉRICAS".Presidente:1º Vice-Presidente: Edson Ezequiel (PMDB)2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente: Francisco Garcia (PP)Relator: Maninha (PSOL)Titulares Suplentes

PTJosé Pimentel Dra. ClairPaulo Delgado Henrique FontanaRubens Otoni Luci ChoinackiTarcísio Zimmermann Paulo Pimenta(Dep. do PSOL ocupa a vaga) (Dep. do PSOL ocupa a vaga)1 vaga 1 vaga

PFLFábio Souto Robério NunesNey Lopes (Dep. do PTB ocupa a vaga)Pauderney Avelino 3 vagasRonaldo Caiado(Dep. do PP ocupa a vaga)

PMDBCezar Schirmer Bernardo AristonEdson Ezequiel Moacir MichelettoMax Rosenmann 2 vagasSilas Brasileiro

PSDB

Antonio Carlos Mendes ThameAloysio Nunes Ferreira

(Licenciado)Antonio Carlos Pannunzio Luiz Carlos Hauly2 vagas Nilson Pinto

1 vaga

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PPFeu Rosa Francisco DornellesFrancisco Garcia Leodegar TiscoskiFrancisco Turra Vadão GomesMarcos Abramo vaga do PFL

PTBJackson Barreto Arnaldo Faria de Sá1 vaga Arnon Bezerra

Paes Landim vaga do PFL

PL(Dep. do PSB ocupa a vaga) Humberto Michiles1 vaga 1 vaga

PSBAlexandre Cardoso (Licenciado) Renato CasagrandeJoão Paulo Gomes da Silva vaga do

PL 1 vaga

Luiza ErundinaPPS

Nelson Proença Fernando CorujaPDT

Severiano Alves ManatoPC do B

Jamil Murad Inácio ArrudaPRONA

1 vaga Elimar Máximo DamascenoPSOL

Maninha vaga do PT Ivan Valente vaga do PT

Secretário(a): Mário Dráusio Oliveira de A. CoutinhoLocal: Anexo II, Pavimento Superior, Sala 170-ATelefones: 216-6203 / 6232FAX: 216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROPOR DIRETRIZESE NORMAS LEGAIS RELATIVAS AO TRATAMENTO A SERDADO AOS ARQUIVOS GOVERNAMENTAIS DADOS COMO

CONFIDENCIAIS, RESERVADOS E/OU SECRETOS, BEMCOMO PROMOVER A CONSOLIDAÇÃO DAS NORMAS E

LEGISLAÇÃO EXISTENTES SOBRE O MESMO ASSUNTO.Presidente: Mário Heringer (PDT)1º Vice-Presidente:2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente:Relator: Luiz Eduardo Greenhalgh (PT)Titulares Suplentes

PTLuiz Eduardo Greenhalgh

PMDBMauro Benevides

PFLVilmar Rocha

PTBVicente Cascione

PLLincoln Portela

PDTMário HeringerSecretário(a): Heloisa Pedrosa DinizLocal: Anexo II, Pavimento Superior, Sala 170-ATelefones: 216-6201/6232FAX: 216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A EFETUAR ESTUDO DEPROJETOS E AÇÕES COM VISTAS À TRANSPOSIÇÃO E À

INTEGRAÇÃO DAS BACIAS HIDROGRÁFICAS PARA AREGIÃO DO SEMI-ÁRIDO.

Presidente: José Carlos Machado (PFL)1º Vice-Presidente: Luiz Carreira (PFL)2º Vice-Presidente: Henrique Eduardo Alves (PMDB)3º Vice-Presidente:Relator: Marcondes Gadelha (PSB)

Titulares SuplentesPT

Fátima Bezerra Zezéu RibeiroFernando Ferro 5 vagasJosé PimentelJosias GomesLuiz CoutoNazareno Fonteles

PFLFernando de Fabinho (Dep. do PDT ocupa a vaga)José Carlos Machado (Dep. do PTB ocupa a vaga)José Rocha 3 vagasLuiz CarreiraOsvaldo Coelho

PMDBBenjamin Maranhão Aníbal GomesHenrique Eduardo Alves (Dep. do PSB ocupa a vaga)Jorge Alberto 2 vagasMarcelo Castro

PSDBAntonio Carlos Mendes Thame Bosco CostaManoel Salviano Eduardo Barbosa2 vagas Gonzaga Mota

1 vagaPP

Benedito de Lira Mário NegromonteCleonâncio Fonseca Nélio DiasEnivaldo Ribeiro 1 vaga

PTBJackson Barreto Carlos Dunga(Dep. do PSB ocupa a vaga) Paes Landim vaga do PFL

1 vagaPL

Almeida de Jesus 2 vagasHeleno Silva

PSBB. Sá vaga do PPS Isaías SilvestreGonzaga Patriota Luciano Leitoa vaga do PDT

Marcondes Gadelha vaga do PTB Sandra Rosado vaga do PMDB

Pastor Francisco Olímpio 1 vagaPPS

(Dep. do PSB ocupa a vaga) Colbert MartinsPDT

Severiano Alves João Fontes vaga do PFL

(Dep. do PSB ocupa a vaga)PC do B

Daniel Almeida 1 vagaPV

Edson Duarte Sarney FilhoSecretário(a): José Maria Aguiar de CastroLocal: Anexo II, Pavimento Superior, Sala 170-ATelefones: 216-6209/6232FAX: 216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERÀ PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 002-A, DE2003, QUE "ACRESCENTA ARTIGOS 90 E 91 AO ATO DAS

DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS,POSSIBILITANDO QUE OS SERVIDORES PÚBLICOSREQUISITADOS OPTEM PELA ALTERAÇÃO DE SUA

LOTAÇÃO FUNCIONAL DO ÓRGÃO CEDENTE PARA OÓRGÃO CESSIONÁRIO".

Presidente: Reinaldo Betão (PL)1º Vice-Presidente: Júnior Betão (PL)2º Vice-Presidente: Laura Carneiro (PFL)3º Vice-Presidente:Relator: Philemon Rodrigues (PTB)Titulares Suplentes

PTEduardo Valverde Iara Bernardi

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Zé Geraldo 5 vagas4 vagas

PMDB

Cabo Júlio vaga do PSC (Dep. do PTB ocupa avaga)

Marcelo Castro 4 vagasMauro BenevidesOsvaldo ReisWilson Santiago(Dep. do PSB ocupa a vaga)

Bloco PFL, PRONAGervásio Silva 4 vagasLaura CarneiroVilmar Rocha(Dep. do PSC ocupa a vaga)

PPÉrico Ribeiro Leodegar TiscoskiHerculano Anghinetti Mário NegromonteSandes Júnior Vadão Gomes

PSDBCarlos Alberto Leréia Itamar SerpaNicias Ribeiro João CamposZenaldo Coutinho 1 vaga

PTBJovair Arantes Jefferson Campos vaga do PMDB

Nelson Marquezelli José MilitãoPhilemon Rodrigues 2 vagas

Bloco PL, PSLJúnior Betão Almeida de JesusReinaldo Betão Luciano Castro1 vaga Medeiros

PPSGeraldo Thadeu 1 vaga

PSBGonzaga Patriota Luciano LeitoaSandra Rosado vaga do PMDB

PDTPompeo de Mattos Alceu CollaresSérgio Miranda vaga do PC do B Renato Cozzolino vaga do PSC

PC do B(Dep. do PDT ocupa a vaga) 1 vaga

PSC

Milton Barbosa vaga do Bloco PFL, PRONA (Dep. do PDT ocupa avaga)

(Dep. do PMDB ocupa a vaga)PV

Marcelo Ortiz 1 vagaSecretário(a): Ana Lúcia Ribeiro MarquesLocal: Anexo II, Pavimento Superior, Sala 170-ATelefones: 216-6214/6232FAX: 216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERÀ PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO, Nº 3-A, DE

1999, QUE "ALTERA OS ARTS. 27, 28, 29, 44 E 82 DACONSTITUIÇÃO FEDERAL, E INTRODUZ DISPOSIÇÕES

TRANSITÓRIAS, DE FORMA A FAZER COINCIDIR OSMANDATOS ELETIVOS QUE MENCIONA E ATRIBUIR-LHES

NOVO PERÍODO DE DURAÇÃO" E APENSADAS.Presidente: Affonso Camargo (PSDB)1º Vice-Presidente: Vicente Arruda (PSDB)2º Vice-Presidente: Rubens Otoni (PT)3º Vice-Presidente: Eliseu Padilha (PMDB)Relator: Eduardo Sciarra (PFL)Titulares Suplentes

PTJosé Eduardo Cardozo Luiz CoutoPaulo Delgado Maria do Carmo LaraRubens Otoni 4 vagas(Dep. do PSOL ocupa a vaga)

2 vagasPFL

André de Paula Davi Alcolumbre vaga do PDT

Eduardo Sciarra Fernando de FabinhoJairo Carneiro Rodrigo MaiaMendonça Prado Ronaldo CaiadoNice Lobão (Dep. do PL ocupa a vaga)Roberto Magalhães vaga do PTB 1 vaga

PMDBCezar Schirmer Marcelo CastroEliseu Padilha 3 vagasHenrique Eduardo Alves(Dep. do PTB ocupa a vaga)

PSDBAffonso Camargo Antonio Carlos PannunzioAloysio Nunes Ferreira (Licenciado) Bonifácio de AndradaRafael Guerra Bosco CostaVicente Arruda Zenaldo Coutinho

PPEnivaldo Ribeiro Leodegar TiscoskiRomel Anizio Mário Negromonte1 vaga 1 vaga

PTBJefferson Campos vaga do PMDB Arnaldo Faria de SáVicente Cascione Fleury(Dep. do PFL ocupa a vaga)

PLLincoln Portela Carlos Nader vaga do PFL

(Dep. do PSB ocupa a vaga) Oliveira Filho1 vaga

PSBJoão Paulo Gomes da Silva vaga do PL 2 vagasPastor Francisco Olímpio1 vaga

PPSRaul Jungmann Colbert Martins

PDT

Manato(Dep. do PFL ocupa a

vaga)PC do B

Renildo Calheiros 1 vagaPV

Jovino Cândido Marcelo OrtizPSOL

Chico Alencar vaga do PT

Secretário(a): Ana Lucia R. MarquesLocal: Anexo II Pavimento Superior s/170-ATelefones: 261-6214/6232FAX: 216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERÀ PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 54-A, DE

1999, QUE "ACRESCENTA ARTIGO AO ATO DASDISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS"

(DISPONDO QUE O PESSOAL EM EXERCÍCIO QUE NÃOTENHA SIDO ADMITIDO POR CONCURSO PÚBLICO,ESTÁVEL OU NÃO, PASSA A INTEGRAR QUADRO

TEMPORÁRIO EM EXTINÇÃO À MEDIDA QUE VAGAREM OSCARGOS OU EMPREGOS RESPECTIVOS).

Presidente: Laura Carneiro (PFL)1º Vice-Presidente:2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente: Eduardo Barbosa (PSDB)Titulares Suplentes

PTCarlos Abicalil 6 vagasFátima BezerraJorge BoeiraOdair CunhaTarcísio Zimmermann

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1 vagaPFL

Laura Carneiro Antonio Carlos Magalhães NetoNey Lopes 4 vagas(Dep. do PP ocupa a vaga)2 vagas

PMDBJorge Alberto Adelor VieiraLeonardo Picciani 3 vagas(Dep. do PTB ocupa a vaga)1 vaga

PSDBEduardo Barbosa Itamar SerpaHamilton Casara Zenaldo Coutinho2 vagas 2 vagas

PPAgnaldo Muniz vaga do PPS Nilton BaianoFeu Rosa Zé LimaNélio Dias 1 vagaSandes JúniorVanderlei Assis vaga do PFL

PTBEduardo Seabra Philemon RodriguesJefferson Campos vaga do PMDB 1 vaga1 vaga

PLLuciano Castro Medeiros1 vaga Wellington Fagundes

PSBGonzaga Patriota 2 vagasPastor Francisco Olímpio

PPS(Dep. do PP ocupa a vaga) Geraldo Thadeu

PDTAlceu Collares Pompeo de Mattos

PC do BAlice Portugal 1 vaga

PVJovino Cândido Marcelo OrtizSecretário(a): Carla Rodrigues de M. TavaresLocal: Anexo II, Pavimento Superior, Sala 170-ATelefones: 216-6207 / 6232FAX: 216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERÀ PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 58-A, DE

2003, QUE "DISPÕE SOBRE A CONVALIDAÇÃO DEALIENAÇÕES DE TERRAS PROCEDIDAS PELOS ESTADOS

NA FAIXA DE FRONTEIRA".Presidente: João Grandão (PT)1º Vice-Presidente:2º Vice-Presidente: Eduardo Sciarra (PFL)3º Vice-Presidente:Relator: Luis Carlos Heinze (PP)Titulares Suplentes

PTEduardo Valverde Hélio EstevesJoão Grandão Zico BronzeadoJosé Eduardo Cardozo 4 vagasNilson MourãoVignatti1 vaga

PMDBGervásio Oliveira vaga do PDT Darcísio PerondiOsmar Serraglio João MatosTeté Bezerra Lupércio Ramos vaga do PPS

Waldemir Moka Moacir Micheletto(Dep. do PTB ocupa avaga)

Nelson Trad

1 vaga Zequinha Marinho vaga do PSC

1 vagaBloco PFL, PRONA

Eduardo Sciarra Edmar Moreira vaga do Bloco PL, PSL

Francisco Rodrigues Ronaldo CaiadoOnyx Lorenzoni 3 vagas1 vaga

PPCarlos Souza José JaneneCleonâncio Fonseca vaga do PV Mário NegromonteJair Bolsonaro 1 vagaLuis Carlos Heinze vaga do PSB

Pedro HenryZonta vaga do PSC

PSDBAntonio Carlos MendesThame

Manoel Salviano

Júlio Redecker Nicias RibeiroThelma de Oliveira 1 vaga

PTBAlceste Almeida vaga do PMDB Iris SimõesNelson Marquezelli Silas CâmaraRicarte de Freitas 1 vaga1 vaga

Bloco PL, PSL(Dep. do PSB ocupa avaga)

(Dep. do Bloco PFL, PRONA ocupa avaga)

2 vagas (Dep. do PSB ocupa a vaga)1 vaga

PPSColbert Martins (Dep. do PMDB ocupa a vaga)

PSBCarlos Mota vaga do Bloco PL, PSL Barbosa Neto

(Dep. do PP ocupa a vaga)João Paulo Gomes da Silva vaga do Bloco PL,

PSL

PDT(Dep. do PMDB ocupa avaga)

Dr. Rodolfo Pereira

PC do BJamil Murad 1 vaga

PSC(Dep. do PP ocupa a vaga) (Dep. do PMDB ocupa a vaga)

PV(Dep. do PP ocupa a vaga) 1 vagaSecretário(a): Maria Terezinha DonatiLocal: Anexo II,Pavimento Superior, Sala 170-ATelefones: 216.6215FAX: 216.6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A APRECIAR EPROFERIR PARECER À PROPOSTA DE EMENDA À

CONSTITUIÇÃO Nº 92-A, DE 1995, QUE "DÁ NOVA REDAÇÃOAO ART. 101 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL",

DETERMINANDO QUE OS MEMBROS DO STF SERÃOESCOLHIDOS DENTRE OS MEMBROS DOS TRIBUNAIS

SUPERIORES QUE INTEGREM A CARREIRA DAMAGISTRATURA, MENORES DE SESSENTA E CINCO ANOSDE IDADE, INDICADOS EM LISTA TRÍPLICE PELO PRÓPRIO

TRIBUNAL, COM NOMEAÇÃO PELO PRESIDENTE DAREPÚBLICA E APROVAÇÃO DO SENADO FEDERAL.

Presidente: Antonio Carlos Biscaia (PT)1º Vice-Presidente:2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente:Relator: José Divino (S.PART.)Titulares Suplentes

PTAntonio Carlos Biscaia Iriny LopesEduardo Valverde 5 vagasJosé Eduardo CardozoMaurício Rands

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Paulo Delgado(Dep. do PSOL ocupa a vaga)

PFL

Edmar Moreira vaga do PL Antonio Carlos MagalhãesNeto

Luiz Carlos Santos (Dep. do PTB ocupa a vaga)Marcelo Guimarães Filho 3 vagas(Dep. do PP ocupa a vaga)2 vagas

PMDBNelson Trad Ann Pontes(Dep. S.PART. ocupa a vaga) Osmar Serraglio2 vagas 2 vagas

PSDBCarlos Sampaio Bonifácio de AndradaNicias Ribeiro Zenaldo CoutinhoVicente Arruda 2 vagas(Dep. do PPS ocupa a vaga)

PPCleonâncio Fonseca Antonio Cruz vaga do PTB

Darci Coelho vaga do PFL 3 vagasDilceu Sperafico1 vaga

PTBFleury Paes Landim vaga do PFL

Vicente Cascione (Dep. do PP ocupa a vaga)1 vaga

PL

(Dep. do PFL ocupa a vaga)José Santana de

Vasconcellos(Dep. do PSB ocupa a vaga) Raimundo Santos

PSBMário Assad Júnior vaga do PL 2 vagas(Dep. do PTC ocupa a vaga)1 vaga

PPSCezar Silvestri Dimas Ramalho (Licenciado)Juíza Denise Frossard vaga do PSDB

PDTWagner Lago Severiano Alves

PC do BJamil Murad 1 vaga

PVSarney Filho Marcelo Ortiz

PSOLJoão Alfredo vaga do PT

PTCCarlos Willian vaga do PSB

S.PART.José Divino vaga do PMDB

Secretário(a): Walbia Vânia de Farias LoraLocal: Anexo II, Pavimento Superior, Sala 170-ATelefones: 216-6205 / 6232FAX: 216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERÀ PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 101-A, DE

2003, QUE "DÁ NOVA REDAÇÃO AO § 4º DO ART. 57 DACONSTITUIÇÃO FEDERAL" (AUTORIZANDO A REELEIÇÃO

DOS MEMBROS DAS MESAS DIRETORAS DA CÂMARA DOSDEPUTADOS E DO SENADO FEDERAL).

Presidente: Arlindo Chinaglia (PT)1º Vice-Presidente: Vic Pires Franco (PFL)2º Vice-Presidente: Jader Barbalho (PMDB)3º Vice-Presidente: Luiz Sérgio (PT)Relator: Paes Landim (PTB)Titulares Suplentes

PTArlindo Chinaglia Devanir RibeiroJosé Pimentel Fernando Ferro

Luiz Sérgio Neyde AparecidaProfessor Luizinho Nilson MourãoRubens Otoni 2 vagas1 vaga

PMDBFernando Diniz Almerinda de CarvalhoGastão Vieira Aníbal GomesJader Barbalho Átila Lins vaga do PPS

Nelson Trad Pastor Pedro Ribeiro1 vaga Wilson Santiago

Zé GerardoBloco PFL, PRONA

Laura Carneiro Ney LopesMoroni Torgan Rodrigo MaiaRobério Nunes 2 vagasVic Pires Franco

PPBenedito de Lira Feu RosaLeodegar Tiscoski Romel AnizioProfessor Irapuan Teixeira 1 vaga

PSDBAloysio Nunes Ferreira (Licenciado) Bismarck MaiaJutahy Junior Bosco CostaLuiz Carlos Hauly Carlos Alberto Leréia

PTBJosé Múcio Monteiro Iris SimõesPaes Landim Jovair Arantes(Dep. do PSC ocupa a vaga) 1 vaga

Bloco PL, PSLLuciano Castro MedeirosSandro Mabel 2 vagas1 vaga

PPS

(Dep. do PDT ocupa a vaga)(Dep. do PMDB ocupa a

vaga)PSB

Jorge Gomes (Licenciado) 1 vagaPDT

Álvaro Dias Mário HeringerJoão Herrmann Neto vaga do PPS

PC do BDaniel Almeida Jamil Murad

PVSarney Filho Jovino Cândido

PSCPastor Amarildo vaga do PTB

Secretário(a): Carla Rodrigues de M. TavaresLocal: Anexo II, Pavimento Superior, Sala 170-ATelefones: 216-6207/6232FAX: 216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERÀ PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 106-A, DE

1999, QUE "SUPRIME O § 7º DO ART. 14 DA CONSTITUIÇÃOFEDERAL" (SUPRIMINDO O DISPOSITIVO QUE TORNA

INELEGÍVEL, NO TERRITÓRIO DE JURISDIÇÃO DO TITULAR,CÔNJUGE E OS PARENTES CONSANGÜÍNEOS OU AFINS,DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA, DE GOVERNADOR E DE

PREFEITO).Presidente: Alceu Collares (PDT)1º Vice-Presidente:2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente:Relator: André de Paula (PFL)Titulares Suplentes

PTDevanir Ribeiro Ana GuerraHenrique Afonso Rubens OtoniJosé Mentor 4 vagasPaulo Delgado

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Zico Bronzeado(Dep. do PSOL ocupa a vaga)

PMDBAlmerinda de Carvalho 5 vagasCezar SchirmerHermes ParcianelloMauro BenevidesMauro Lopes

Bloco PFL, PRONAAndré de Paula 4 vagasNey LopesRoberto MagalhãesVic Pires Franco

PSDBBosco Costa Antonio Carlos PannunzioSebastião Madeira Zenaldo Coutinho1 vaga 1 vaga

PPBenedito de Lira 3 vagasLeodegar Tiscoski(Dep. do PDT ocupa a vaga)

PTBArnaldo Faria de Sá Paes LandimFleury 2 vagas1 vaga

PLAlmeida de Jesus (Dep. do PDT ocupa a vaga)Badu Picanço (Dep. do PSB ocupa a vaga)1 vaga (Dep. S.PART. ocupa a vaga)

PPSFernando Coruja 1 vaga

PSB1 vaga Edinho Montemor vaga do PL

1 vagaPDT

Alceu Collares Ademir Camilo vaga do PL

Wagner Lago vaga do PP Luiz PiauhylinoPC do B

Perpétua Almeida Jamil MuradPV

Marcelo Ortiz 1 vagaPSOL

Chico Alencar vaga do PT

S.PART.João Mendes de Jesus vaga do PL

Secretário(a): Valdivino Tolentino FilhoLocal: Anexo II Pavimento Superior - sala 170-ATelefones: 216.6206FAX: 216.6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERÀ PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 115-A, DE1995, QUE "MODIFICA O PARÁGRAFO 4º DO ART. 225 DACONSTITUIÇÃO FEDERAL, INCLUINDO O CERRADO NARELAÇÃO DOS BIOMAS CONSIDERADOS PATRIMÔNIO

NACIONAL".Presidente: Ricarte de Freitas (PTB)1º Vice-Presidente: Celcita Pinheiro (PFL)2º Vice-Presidente: Luiz Bittencourt (PMDB)3º Vice-Presidente:Relator: Neyde Aparecida (PT)Titulares Suplentes

PTAntônio Carlos Biffi Zezéu RibeiroJoão Grandão 5 vagasLeonardo MonteiroNeyde AparecidaRubens Otoni(Dep. do PSOL ocupa a vaga)

PFL

Celcita Pinheiro Eliseu ResendeVilmar Rocha Lael Varella3 vagas Ronaldo Caiado

2 vagasPMDB

Aníbal Gomes 4 vagasFernando DinizLuiz BittencourtMoacir Micheletto

PSDBCarlos Alberto Leréia Hamilton CasaraProfessora Raquel Teixeira João CamposRonaldo Dimas 2 vagasThelma de Oliveira

PPRomel Anizio Carlos SouzaZé Lima Sandes Júnior1 vaga 1 vaga

PTBRicarte de Freitas 2 vagasSandro Matos

PLJaime Martins Jorge PinheiroMaurício Rabelo Raimundo Santos

PSBGivaldo Carimbão 2 vagas1 vaga

PPSGeraldo Resende Colbert Martins

PDTDr. Rodolfo Pereira Enio Bacci (Licenciado)

PC do BDaniel Almeida 1 vaga

PRONA1 vaga Elimar Máximo Damasceno

PSOLManinha vaga do PT

Secretário(a): José Maria Aguiar de CastroLocal: Anexo II, Pavimento Superior, Sala 170-ATelefones: 216-6209/6232FAX: 216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERÀ PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 138, DE

2003, QUE "DISPÕE SOBRE A PROTEÇÃO DOS DIREITOSECONÔMICOS, SOCIAIS E CULTURAIS DA JUVENTUDE".

Presidente: Júnior Betão (PL)1º Vice-Presidente: Roberto Gouveia (PT)2º Vice-Presidente: Marinha Raupp (PMDB)3º Vice-Presidente: Zonta (PP)Relator: Alice Portugal (PCdoB)Titulares Suplentes

PTIvo José Carlos AbicalilReginaldo Lopes João GrandãoRoberto Gouveia Maurício RandsSelma Schons 3 vagasVignatti(Dep. do PDT ocupa a vaga)

PMDBBenjamin Maranhão 5 vagasLeandro VilelaMarinha RauppZé Gerardo1 vaga

Bloco PFL, PRONACelcita Pinheiro 4 vagasClóvis FecuryDavi AlcolumbreLaura Carneiro

Page 155: Portal da Câmara dos Deputadosimagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/DCD17JAN2007.pdf · 2008. 4. 3. · MESA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS (Biênio 2005/2006) PRESIDENTE ALDO REBELO - PCdoB

PSDBEduardo Barbosa Bonifácio de AndradaLobbe Neto João Campos1 vaga Thelma de Oliveira

PPSandes Júnior Ildeu AraujoZonta Julio Lopes (Licenciado)(Dep. do PDT ocupa a vaga) 1 vaga

PTBCarlos Dunga (Dep. do PSB ocupa a vaga)Kelly Moraes 2 vagas1 vaga

PLHeleno Silva Humberto MichilesJúnior Betão Paulo GouvêaReinaldo Betão Wellington Fagundes

PPSColbert Martins 1 vaga

PSBLuciano Leitoa Barbosa Neto

Marcondes Gadelha vaga do PTB

PDTAndré Costa vaga do PT Álvaro DiasAndré FigueiredoWagner Lago vaga do PP

PC do BAlice Portugal 1 vaga

PVEdson Duarte Jovino CândidoSecretário(a): Mário Dráusio de O. CoutinhoLocal: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-ATelefones: 216-6203/6232FAX: 216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERÀ PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 157-A, DE

2003, DO SR. LUIZ CARLOS SANTOS, QUE "CONVOCAASSEMBLÉIA DE REVISÃO CONSTITUCIONAL E DÁ OUTRAS

PROVIDÊNCIAS".Presidente: Michel Temer (PMDB)1º Vice-Presidente:2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente:Relator: Roberto Magalhães (PFL)Titulares Suplentes

PTAntonio Carlos Biscaia José Eduardo CardozoJoão Paulo Cunha Luiz BassumaLuiz Eduardo Greenhalgh Maurício RandsMariângela Duarte Paulo Rubem SantiagoOdair Cunha Walter PinheiroRubens Otoni (Dep. do PSOL ocupa a vaga)

PMDBAlbérico Filho Mendes Ribeiro FilhoEliseu Padilha Nelson TradMauro Benevides 3 vagasMichel TemerMoreira Franco

Bloco PFL, PRONALuiz Carlos Santos Alberto Fraga (Licenciado)Paulo Magalhães Pauderney AvelinoRoberto Magalhães Ronaldo CaiadoVilmar Rocha 1 vaga

PSDBBonifácio de Andrada Gonzaga MotaBosco Costa Ronaldo Cezar CoelhoZenaldo Coutinho Vicente Arruda

PPAgnaldo Muniz Antonio CruzDarci Coelho Ricardo Barros

Professor Irapuan Teixeira 1 vagaPTB

Jefferson Campos FleuryPaes Landim 2 vagasVicente Cascione

PLCoronel Alves Carlos NaderMilton Monti Maurício RabeloNeucimar Fraga 1 vaga

PPSNelson Proença Rogério Teófilo

PSBSandra Rosado 1 vaga

PDTAlceu Collares Severiano Alves

PC do BJamil Murad 1 vaga

PVMarcelo Ortiz Sarney Filho

PSOLJoão Alfredo vaga do PT

Secretário(a): Maria Terezinha DonatiLocal: Anexo II,Pavimento Superior, Sala 170-ATelefones: 3216-6215/6232FAX: 3216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERÀ PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 200-A, DE2003, QUE "ALTERA O ART. 89 DO ATO DAS DISPOSIÇÕESCONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS, INCORPORANDO OS

SERVIDORES DO EXTINTO TERRITÓRIO FEDERAL DERONDÔNIA AOS QUADROS DA UNIÃO".

Presidente: Miguel de Souza (PL)1º Vice-Presidente: Coronel Alves (PL)2º Vice-Presidente: Davi Alcolumbre (PFL)3º Vice-Presidente: Zico Bronzeado (PT)Relator: Agnaldo Muniz (PP)Titulares Suplentes

PTAnselmo 6 vagasEduardo ValverdeFernando FerroHélio EstevesZé GeraldoZico Bronzeado

PMDBLeonardo Picciani Gervásio Oliveira vaga do PDT

Marinha Raupp Lupércio Ramos vaga do PPS

Natan Donadon 5 vagasOsvaldo Reis1 vaga

Bloco PFL, PRONADavi Alcolumbre 4 vagasFrancisco RodriguesKátia AbreuPauderney Avelino

PSDBCarlos Alberto Leréia 3 vagasHamilton Casara vaga do PL

2 vagasPP

Agnaldo Muniz Celso RussomannoDarci Coelho 2 vagas1 vaga

PTBEduardo Seabra Homero BarretoJosué Bengtson vaga do PV Pedro FernandesPastor Frankembergen Philemon Rodrigues1 vaga

PL

Page 156: Portal da Câmara dos Deputadosimagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/DCD17JAN2007.pdf · 2008. 4. 3. · MESA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS (Biênio 2005/2006) PRESIDENTE ALDO REBELO - PCdoB

Coronel Alves Luciano CastroMiguel de Souza (Dep. do PSB ocupa a vaga)(Dep. do PSDB ocupa a vaga) 1 vaga

PPS(Dep. do PSB ocupa a vaga) (Dep. do PMDB ocupa a vaga)

PSBGonzaga Patriota Carlos Mota vaga do PL

Maria Helena vaga do PPS Luciano LeitoaPDT

Dr. Rodolfo Pereira (Dep. do PMDB ocupa a vaga)PC do B

Perpétua Almeida 1 vagaPV

(Dep. do PTB ocupa a vaga) 1 vagaSecretário(a): Fátima MoreiraLocal: Anexo II - Pavimento Superior - sala 170-ATelefones: 216-6216/6232FAX: 216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERÀ PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 215-A, DE

2003, QUE "ACRESCENTA O § 3º AO ART. 42 DACONSTITUIÇÃO FEDERAL QUE DISPÕE SOBRE OS

MILITARES DOS ESTADOS, DO DISTRITO FEDERAL E DOSTERRITÓRIOS" (POSSIBILITANDO AOS MILITARES DOSESTADOS, DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS A

ACUMULAÇÃO REMUNERADA DE CARGO DE PROFESSOR,CARGO TÉCNICO OU CIENTÍFICO OU DE CARGO PRIVATIVO

DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE).Presidente: Jorge Alberto (PMDB)1º Vice-Presidente: Josias Quintal (PSB)2º Vice-Presidente: Coronel Alves (PL)3º Vice-Presidente:Relator: Odair Cunha (PT)Titulares Suplentes

PTAntonio Carlos Biscaia 6 vagasJosé Eduardo CardozoMaria do Carmo LaraOdair Cunha(Dep. do PSOL ocupa a vaga)1 vaga

PMDBGilberto Nascimento Darcísio PerondiJoão Correia Gervásio Oliveira vaga do PDT

Jorge Alberto 4 vagasMendes Ribeiro Filho(Dep. do PSB ocupa a vaga)

Bloco PFL, PRONAAbelardo Lupion 4 vagasAlberto Fraga (Licenciado) vaga do PTB

Onyx LorenzoniRonaldo Caiado1 vaga

PSDBBismarck Maia Carlos SampaioCarlos Alberto Leréia João CamposLuiz Carlos Hauly Vicente Arruda

PPAgnaldo Muniz Darci Coelho(Dep. do PDT ocupa a vaga) Ildeu Araujo1 vaga 1 vaga

PTBPastor Reinaldo 3 vagas(Dep. do Bloco PFL, PRONA ocupaa vaga)(Dep. do PPS ocupa a vaga)

PLCoronel Alves Luciano CastroJorge Pinheiro Remi Trinta

1 vaga 1 vagaPPS

Colbert Martins 1 vagaDr. Francisco Gonçalves vaga do PTB

PSBJosias Quintal vaga do PMDB Givaldo Carimbão1 vaga

PDT

Álvaro Dias(Dep. do PMDB ocupa a

vaga)Wagner Lago vaga do PP

PC do BJamil Murad 1 vaga

PVMarcelo Ortiz 1 vaga

PSOLManinha vaga do PT

Secretário(a): Heloísa Pedrosa DinizLocal: Anexo II, Pavimento Superior, Sala 170-ATelefones: 216-6201/6232FAX: 216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERÀ PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 228-A, 255,285 E 293, DE 2004, QUE "ALTERA O SISTEMA TRIBUTÁRIO

NACIONAL E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS".Presidente: Mussa Demes (PFL)1º Vice-Presidente: Gerson Gabrielli (PFL)2º Vice-Presidente: Pedro Novais (PMDB)3º Vice-Presidente: Luiz Carlos Hauly (PSDB)Relator: Virgílio Guimarães (PT)Titulares Suplentes

PTCarlito Merss Devanir RibeiroJorge Bittar José PimentelJosé Mentor Nilson MourãoPaulo Bernardo (Licenciado) Paulo DelgadoVirgílio Guimarães Paulo PimentaWalter Pinheiro Paulo Rubem SantiagoZezéu Ribeiro 1 vaga

PFLAntonio Carlos Magalhães Neto Abelardo LupionGerson Gabrielli Eduardo SciarraMussa Demes Eliseu ResendePauderney Avelino José Carlos MachadoVic Pires Franco Luiz Carreira1 vaga (Dep. do PSDB ocupa a vaga)

PMDBDelfim Netto vaga do PP Ann PontesEduardo Cunha Benjamin MaranhãoHenrique Eduardo Alves José PrianteLupércio Ramos vaga do PPS Luiz BittencourtOsmar Serraglio Wilson SantiagoPedro ChavesPedro Novais

PSDBAntonio Cambraia Anivaldo ValeJulio Semeghini Antonio Carlos Mendes ThameLuiz Carlos Hauly Gonzaga MotaWalter Feldman (Licenciado) Paulo Bauer vaga do PFL

Zenaldo Coutinho Ronaldo Dimas1 vaga

PPFrancisco Dornelles Enivaldo RibeiroRomel Anizio Feu Rosa(Dep. do PMDB ocupa a vaga) Professor Irapuan Teixeira

PTBArmando Monteiro Jackson BarretoJosé Militão Pedro FernandesPhilemon Rodrigues Vicente Cascione

Page 157: Portal da Câmara dos Deputadosimagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/DCD17JAN2007.pdf · 2008. 4. 3. · MESA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS (Biênio 2005/2006) PRESIDENTE ALDO REBELO - PCdoB

PLMiguel de Souza Humberto MichilesRaimundo Santos Jaime MartinsSandro Mabel 1 vaga

PSBBeto Albuquerque Barbosa NetoRenato Casagrande Gonzaga Patriota

PPS(Dep. do PMDB ocupa a vaga) (Dep. do PDT ocupa a vaga)

PDTManato Dr. Rodolfo PereiraSérgio Miranda vaga do PC do B João Herrmann Neto vaga do PPS

PC do B(Dep. do PDT ocupa a vaga) Daniel Almeida

PRONAEnéas Elimar Máximo DamascenoSecretário(a): Angélica FialhoLocal: Anexo II, Pavimento Superior, Sala 170-ATelefones: 216-6218 / 6232FAX: 216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERÀ PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 272-A, DE

2000, QUE "DÁ NOVA REDAÇÃO À ALÍNEA "C" DO INCISO IDO ART. 12 DA CONSTITUIÇÃO E ACRESCENTA ARTIGO AOATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS,

ASSEGURANDO O REGISTRO NOS CONSULADOS DEBRASILEIROS NASCIDOS NO ESTRANGEIRO".

Presidente:1º Vice-Presidente:2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente:Titulares Suplentes

PTLeonardo Monteiro (Dep. do PDT ocupa a vaga)Nilson Mourão 5 vagasPaulo DelgadoTelma de Souza(Dep. do PSOL ocupa a vaga)(Dep. do PSOL ocupa a vaga)

PMDBFernando Lopes Átila Lins vaga do PPS

João Correia 5 vagasWilson SantiagoZé GerardoZequinha Marinho vaga do PSC

(Dep. S.PART. ocupa a vaga)Bloco PFL, PRONA

Francisco Rodrigues Edmar Moreira vaga do Bloco PL, PSL

Ivan Ranzolin vaga do PP 4 vagasVilmar Rocha2 vagas

PPFeu Rosa Dilceu Sperafico(Dep. do Bloco PFL, PRONAocupa a vaga)

Francisco Dornelles

1 vaga Professor Irapuan TeixeiraPSDB

Bosco Costa Antonio Carlos Pannunzio2 vagas Luiz Carlos Hauly

Manoel SalvianoPTB

Arnon Bezerra 3 vagasJackson Barreto1 vaga

Bloco PL, PSLAlmeida de Jesus Jaime Martins

(Dep. do PSB ocupa a vaga)(Dep. do Bloco PFL, PRONA

ocupa a vaga)(Dep. do PSB ocupa a vaga) 1 vaga

PPS

(Dep. do PDT ocupa a vaga)(Dep. do PMDB ocupa a

vaga)PSB

Alexandre Cardoso (Licenciado) 1 vagaCarlos Mota vaga do Bloco PL, PSL

João Paulo Gomes da Silva vaga do Bloco

PL, PSL

PDTJoão Herrmann Neto vaga do PPS André Costa vaga do PT

Severiano Alves Mário HeringerPC do B

Jamil Murad 1 vagaPSC

(Dep. do PMDB ocupa a vaga) (Dep. do PTC ocupa a vaga)PV

1 vaga 1 vagaPSOL

Maninha vaga do PT

Orlando Fantazzini vaga do PT

PTCCarlos Willian vaga do PSC

S.PART.Vieira Reis vaga do PMDB

Secretário(a): -

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERÀ PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 333-A, DE

2004, DO SR. POMPEO DE MATTOS, QUE "MODIFICA AREDAÇÃO DO ART. 29A E ACRESCENTA ART. 29B À

CONSTITUIÇÃO FEDERAL PARA DISPOR SOBRE O LIMITEDE DESPESAS E A COMPOSIÇÃO DAS CÂMARAS DE

VEREADORES E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS".Presidente: Mário Heringer (PDT)1º Vice-Presidente: Mauro Benevides (PMDB)2º Vice-Presidente: Maria do Carmo Lara (PT)3º Vice-Presidente: Neucimar Fraga (PL)Relator: Luiz Eduardo Greenhalgh (PT)Titulares Suplentes

PTAntônio Carlos Biffi Ana GuerraJoão Grandão AnselmoLuiz Eduardo Greenhalgh Durval OrlatoMaria do Carmo Lara Eduardo ValverdeReginaldo Lopes Leonardo MonteiroRubens Otoni Zezéu Ribeiro

PMDBDarcísio Perondi Átila LinsGilberto Nascimento Osvaldo ReisMauro Benevides 3 vagasPedro Chaves1 vaga

Bloco PFL, PRONACarlos Batata José Carlos MachadoFernando de Fabinho 3 vagasGervásio SilvaIvan Ranzolin

PSDBÁtila Lira Antonio Carlos PannunzioCarlos Alberto Leréia 2 vagasGonzaga Mota

PPDilceu Sperafico Feu RosaLeodegar Tiscoski Professor Irapuan TeixeiraLino Rossi Reginaldo Germano

PTBArnon Bezerra Jackson BarretoFernando Gonçalves Jefferson CamposMarcus Vicente 1 vaga

PL

Page 158: Portal da Câmara dos Deputadosimagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/DCD17JAN2007.pdf · 2008. 4. 3. · MESA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS (Biênio 2005/2006) PRESIDENTE ALDO REBELO - PCdoB

Almeida de Jesus Jaime MartinsMilton Monti Oliveira FilhoNeucimar Fraga 1 vaga

PPSCezar Silvestri Geraldo Resende

PSBJorge Gomes (Licenciado) Júlio Delgado

PDTMário Heringer Dr. Rodolfo Pereira

PC do BDaniel Almeida 1 vaga

PVLeonardo Mattos Jovino CândidoSecretário(a): Fernando Maia LeãoLocal: Anexo II - Pavimento Superior - sala 170-ATelefones: 3216-6205/6232FAX: 3216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERÀ PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 334-A, DE

1996, "QUE VEDA A NOMEAÇÃO DE PARENTES DEAUTORIDADES PARA CARGOS EM COMISSÃO E FUNÇÕES

DE CONFIANÇA".Presidente: Manato (PDT)1º Vice-Presidente: Jackson Barreto (PTB)2º Vice-Presidente: Zulaiê Cobra (PSDB)3º Vice-Presidente: Raul Jungmann (PPS)Relator: Arnaldo Faria de Sá (PTB)Titulares Suplentes

PTAntonio Carlos Biscaia Ana GuerraJosé Eduardo Cardozo Luiz BassumaLuiz Couto Vadinho BaiãoRubens Otoni 3 vagasWalter Pinheiro(Dep. do PSOL ocupa a vaga)

PMDBCezar Schirmer 5 vagasMauro Benevides3 vagas

Bloco PFL, PRONAAndré de Paula 4 vagasAntonio Carlos Magalhães NetoOnyx Lorenzoni1 vaga

PSDBZenaldo Coutinho Antonio Carlos PannunzioZulaiê Cobra Bosco Costa1 vaga 1 vaga

PPBenedito de Lira 3 vagas(Dep. do PDT ocupa a vaga)1 vaga

PTBArnaldo Faria de Sá Iris SimõesJackson Barreto Nelson Marquezelli(Dep. do PSB ocupa a vaga) 1 vaga

PLMedeiros Almeida de Jesus(Dep. do PSB ocupa a vaga) Coronel Alves(Dep. do PSB ocupa a vaga) Lincoln Portela

PPSRaul Jungmann Colbert Martins

PSBCarlos Mota vaga do PL Jorge Gomes (Licenciado)Edinho Montemor vaga do PL

Isaías SilvestreMarcondes Gadelha vaga do PTB

PDTManato Luiz Piauhylino

Wagner Lago vaga do PP

PC do BPerpétua Almeida Daniel Almeida

PVSarney Filho Jovino Cândido

PSOLOrlando Fantazzini vaga do PT

Secretário(a): Heloísa Pedrosa DinizLocal: Anexo II, Pavimento Superior - Sala 170-ATelefones: 216-6201/6232FAX: 216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERÀ PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 349-A, DE

2001, QUE "ALTERA A REDAÇÃO DOS ARTS. 52, 53, 55 E 66DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL PARA ABOLIR O VOTO

SECRETO NAS DECISÕES DA CÂMARA DOS DEPUTADOS EDO SENADO FEDERAL".

Presidente: Juíza Denise Frossard (PPS)1º Vice-Presidente: Ney Lopes (PFL)2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente:Relator: José Eduardo Cardozo (PT)Titulares Suplentes

PTJosé Eduardo Cardozo 6 vagasNilson MourãoOrlando DesconsiRubens OtoniSigmaringa Seixas(Dep. do PSOL ocupa a vaga)

PMDBCezar Schirmer 5 vagasEliseu PadilhaPaulo Afonso2 vagas

Bloco PFL, PRONALuiz Carlos Santos Eduardo SciarraNey Lopes Onyx LorenzoniRonaldo Caiado 2 vagas1 vaga

PPFrancisco Turra Enivaldo RibeiroRomel Anizio João Leão vaga do Bloco PL, PSL

1 vaga Márcio Reinaldo Moreira1 vaga

PSDBBosco Costa Antonio Carlos PannunzioZenaldo Coutinho Bonifácio de Andrada(Dep. do PPS ocupa a vaga) 1 vaga

PTBFleury Jovair ArantesRicardo Izar 2 vagas1 vaga

Bloco PL, PSLAlmir Sá Oliveira Filho(Dep. do PSB ocupa a vaga) (Dep. do PP ocupa a vaga)1 vaga (Dep. do PSB ocupa a vaga)

PPSJuíza Denise Frossard vaga do PSDB Dimas Ramalho (Licenciado)1 vaga

PSB

Alexandre Cardoso (Licenciado)Mário Assad Júnior vaga do Bloco PL,

PSL

João Paulo Gomes da Silva vaga do

Bloco PL, PSL Renato Casagrande

PDTAdemir Camilo Enio Bacci (Licenciado)

PC do BRenildo Calheiros Jamil Murad

Page 159: Portal da Câmara dos Deputadosimagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/DCD17JAN2007.pdf · 2008. 4. 3. · MESA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS (Biênio 2005/2006) PRESIDENTE ALDO REBELO - PCdoB

PSCCosta Ferreira 1 vaga

PVMarcelo Ortiz Sarney Filho

PSOLChico Alencar vaga do PT

Secretário(a): Mário Dráusio de O. CoutinhoLocal: Anexo II, Pavimento Superior, Sala 170-ATelefones: 216-6203/6232FAX: 216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERÀ PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 358-A, DE

2005, DO SENADO FEDERAL, QUE "ALTERA DISPOSITIVOSDOS ARTS. 21, 22, 29, 48, 93, 95, 96, 98, 102, 103-B, 104, 105,107, 111-A, 114, 115, 120, 123, 124, 125, 128, 129, 130-A E 134DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, ACRESCENTA OS ARTS. 97-

A, 105-A, 111-B E 116-A, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS".(REFORMA DO JUDICIÁRIO).

Presidente: Átila Lins (PMDB)1º Vice-Presidente: Paulo Afonso (PMDB)2º Vice-Presidente: Paulo Magalhães (PFL)3º Vice-Presidente: Rubens Otoni (PT)Relator: Paes Landim (PTB)Titulares Suplentes

PTAntonio Carlos Biscaia Dra. ClairIriny Lopes Nelson PellegrinoJosé Eduardo Cardozo 4 vagasLuiz Alberto (Licenciado)Maurício RandsRubens Otoni

PMDBAlbérico Filho Aníbal GomesÁtila Lins Ann PontesMauro Benevides Leonardo PiccianiMendes Ribeiro Filho Nelson TradPaulo Afonso Osmar Serraglio

Bloco PFL, PRONAFélix Mendonça Roberto MagalhãesJosé Rocha 3 vagasPaulo MagalhãesRobério Nunes

PSDBBonifácio de Andrada Antonio Carlos PannunzioBosco Costa João CamposVicente Arruda 1 vaga

PPAgnaldo Muniz 3 vagasBenedito de LiraDarci Coelho

PTBArnaldo Faria de Sá 3 vagasFleuryPaes Landim

PLAlmir Sá Carlos NaderAracely de Paula José Santana de VasconcellosMilton Monti Raimundo Santos

PPSJuíza Denise Frossard Colbert Martins

PSBSandra Rosado (Dep. do PSOL ocupa a vaga)

PDTLuiz Piauhylino João Fontes

PC do BInácio Arruda 1 vaga

PVMarcelo Ortiz 1 vaga

PSOL

João Alfredo vaga do PSB

Secretário(a): Heloísa Pedrosa DinizLocal: Anexo II, Pavimento Superior, Sala 170-ATelefones: 3216-6201/6232FAX: 3216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERÀ PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 366-A, DE

2005, DO SR. ARNALDO FARIA DE SÁ, QUE "DÁ NOVAREDAÇÃO AO INCISO II DO ART. 98 DA CONSTITUIÇÃO

FEDERAL E AO ART. 30 DO ATO DAS DISPOSIÇÕESCONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS" (ESTABELECENDO OCONCURSO PÚBLICO PARA SELEÇÃO DE JUIZ DE PAZ,

MANTENDO OS ATUAIS ATÉ A VACÂNCIA DASRESPECTIVAS FUNÇÕES).

Presidente:1º Vice-Presidente:2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente:Titulares Suplentes

PT5 vagas 5 vagas

PMDBAndré Zacharow Ann PontesCezar Schirmer Mauro BenevidesMendes Ribeiro Filho Pedro IrujoNelson Trad 2 vagasOsmar SerraglioZequinha Marinho vaga do PSC

Bloco PFL, PRONAIvan Ranzolin 4 vagasMendonça PradoVilmar Rocha1 vaga

PSDBJoão Campos Antonio Carlos PannunzioVicente Arruda Átila LiraZulaiê Cobra Bosco Costa

PPBenedito de Lira 3 vagasFeu RosaNilton Baiano

PTBArnaldo Faria de Sá Ary KaraEdir Oliveira FleuryPaes Landim Jovair Arantes

PLJaime Martins Almir Sá1 vaga Humberto Michiles

PSBJoão Paulo Gomes da Silva 2 vagasPastor Francisco Olímpio

PDTPompeo de Mattos Sérgio Miranda

PPSJuíza Denise Frossard 1 vaga

PC do B1 vaga 1 vaga

PV1 vaga 1 vaga

PSC(Dep. do PMDB ocupa a vaga) DeleySecretário(a): .

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERÀ PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 431-A, DE

2001, QUE "ACRESCENTA PARÁGRAFOS PRIMEIRO ESEGUNDO AO ARTIGO 204 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL",

DESTINANDO 5% DOS RECURSOS DO ORÇAMENTO DA

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UNIÃO FEDERAL, ESTADOS, DF E MUNICÍPIOS PARACUSTEIO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL.

Presidente: Jamil Murad (PCdoB)1º Vice-Presidente:2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente:Relator: Mário Heringer (PDT)Titulares Suplentes

PTAngela Guadagnin 6 vagasJorge BoeiraMaria do RosárioSelma SchonsTarcísio ZimmermannTelma de Souza

PFLAndré de Paula 5 vagasFábio SoutoJairo CarneiroLaura CarneiroMendonça Prado

PMDBCezar Schirmer André Zacharow vaga do PDT

Gilberto Nascimento vaga do PSB João CorreiaMarcelo Castro Osvaldo ReisMax Rosenmann (Dep. do PSB ocupa a vaga)Paulo Afonso 1 vaga

PSDBAntonio Cambraia Carlos Alberto LeréiaEduardo Barbosa Rafael GuerraThelma de Oliveira Walter Feldman (Licenciado)1 vaga (Dep. do PPS ocupa a vaga)

PPBenedito de Lira ZontaJosé Linhares 2 vagasSuely Campos

PTBKelly Moraes Arnaldo Faria de Sá(Dep. do PSB ocupa a vaga) 1 vaga

PLAlmeida de Jesus Wanderval SantosOliveira Filho (Dep. S.PART. ocupa a vaga)

PSBLuiza Erundina Sandra Rosado vaga do PMDB

Marcondes Gadelha vaga do PTB 2 vagas(Dep. do PMDB ocupa a vaga)

PPS1 vaga Geraldo Resende

Juíza Denise Frossard vaga do PSDB

PDTMário Heringer (Dep. do PMDB ocupa a vaga)

PC do BJamil Murad Alice Portugal

PRONAElimar Máximo Damasceno 1 vaga

S.PART.Marcos de Jesus vaga do PL

Secretário(a): Angélica Maria L. F. AguiarLocal: Anexo II, Pavimento Superior, Sala 170-ATelefones: 216-6218 / 6232FAX: 216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERÀ PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 438-A, DE

2001, QUE "DÁ NOVA REDAÇÃO AO ART. 243 DACONSTITUIÇÃO FEDERAL" (ESTABELECENDO A PENA DE

PERDIMENTO DA GLEBA ONDE FOR CONSTADA AEXPLORAÇÃO DE TRABALHO ESCRAVO; REVERTENDO A

ÁREA AO ASSENTAMENTO DOS COLONOS QUE JÁTRABALHAVAM NA RESPECTIVA GLEBA).

Presidente: Isaías Silvestre (PSB)1º Vice-Presidente:2º Vice-Presidente: Bernardo Ariston (PMDB)3º Vice-Presidente: Anivaldo Vale (PSDB)Relator: Tarcísio Zimmermann (PT)Titulares Suplentes

PTAntonio Carlos Biscaia Eduardo ValverdeDra. Clair João Grandão vaga do PSB

Leonardo Monteiro Jorge BoeiraNeyde Aparecida Zé GeraldoTarcísio Zimmermann (Dep. do PSOL ocupa a vaga)1 vaga (Dep. do PSOL ocupa a vaga)

1 vagaPFL

Francisco Rodrigues Abelardo LupionKátia Abreu Alberto Fraga (Licenciado) vaga do PTB

Ronaldo Caiado Fernando de Fabinho(Dep. do PP ocupa a vaga) Ivan Ranzolin vaga do PP

1 vaga (Dep. do PL ocupa a vaga)(Dep. do PSC ocupa a vaga)

(Dep. do PMDB ocupa a vaga)PMDB

Almerinda de Carvalho Zequinha Marinho vaga do PFL

Asdrubal Bentes (Dep. do PSB ocupa a vaga)Bernardo Ariston 3 vagasTeté Bezerra

PSDBAloysio Nunes Ferreira(Licenciado)

Bosco Costa

Anivaldo Vale João AlmeidaEduardo Barbosa Júlio Redecker1 vaga Léo Alcântara

PPMarcos Abramo vaga do PFL Cleonâncio FonsecaZé Lima Enivaldo Ribeiro(Dep. do PDT ocupa a vaga) (Dep. do PFL ocupa a vaga)1 vaga

PTBHomero Barreto Pastor ReinaldoJosué Bengtson (Dep. do PFL ocupa a vaga)

PLMedeiros José Carlos Araújo vaga do PFL

1 vaga Luciano Castro(Dep. do PSC ocupa a vaga)

PSBIsaías Silvestre Sandra Rosado vaga do PMDB

Luiza Erundina (Dep. do PT ocupa a vaga)1 vaga

PPSColbert Martins Geraldo Resende

PDTDr. Rodolfo Pereira João FontesWagner Lago vaga do PP

PC do BDaniel Almeida Jamil Murad

PVMarcelo Ortiz 1 vaga

PSOLChico Alencar vaga do PT

Orlando Fantazzini vaga do PT

PSCMilton Barbosa vaga do PFL

Pastor Amarildo vaga do PL

Secretário(a): Eveline de Carvalho AlmintaLocal: Anexo II, Pavimento Superior s/ 170-ATelefones: 216.6211FAX: 216.6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER

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À PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 446-A, DE2005, QUE "DISPÕE SOBRE A NÃO APLICAÇÃO DA

RESSALVA DO ART. 16 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL AOPLEITO ELEITORAL DE 2006" (AMPLIANDO PARA 31 DE

DEZEMBRO DE 2005 O PRAZO PARA APROVAÇÃO EVIGÊNCIA DE LEI QUE ALTERE O PROCESSO ELEITORAL

DE 2006).Presidente: João Almeida (PSDB)1º Vice-Presidente: Telma de Souza (PT)2º Vice-Presidente: Roberto Magalhães (PFL)3º Vice-Presidente: B. Sá (PSB)Titulares Suplentes

PTDurval Orlato Iriny LopesReginaldo Lopes Maria do RosárioRoberto Gouveia 4 vagasRubens OtoniTelma de SouzaVitorassi

PMDBHermes Parcianello Aníbal GomesJorge Alberto Cezar SchirmerOlavo Calheiros Luiz BittencourtRose de Freitas Marinha Raupp1 vaga Paulo Lima

Bloco PFL, PRONAIvan Ranzolin 4 vagasNey LopesRoberto MagalhãesRonaldo Caiado

PSDBJoão Almeida Bonifácio de AndradaJutahy Junior Custódio Mattos (Licenciado)Zenaldo Coutinho Vicente Arruda

PPAgnaldo Muniz 3 vagasBenedito de LiraDarci Coelho

PTBFleury 3 vagasIris SimõesPaes Landim

PLLincoln Portela Júnior BetãoMiguel de Souza Reinaldo Betão1 vaga 1 vaga

PPSRogério Teófilo Fernando Coruja

PSBB. Sá 1 vaga

PDTJoão Herrmann Neto João Fontes

PC do BRenildo Calheiros Jandira Feghali

PVJovino Cândido 1 vagaSecretário(a): Ana Lucia Ribeiro MarquesLocal: Anexo II - Pavimento Superior - sala 170-ATelefones: 3216.6214FAX: 3216.6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERÀ PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 457-A, DE2005, DO SENADO FEDERAL, QUE "ALTERA O ART. 40 DACONSTITUIÇÃO FEDERAL, RELATIVO AO LIMITE DE IDADEPARA A APOSENTADORIA COMPULSÓRIA DO SERVIDOR

PÚBLICO EM GERAL, E ACRESCENTA DISPOSITIVO AO ATODAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS".

Presidente: Jader Barbalho (PMDB)1º Vice-Presidente:

2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente:Titulares Suplentes

PTAntonio Carlos Biscaia Dra. ClairJosé Eduardo Cardozo 5 vagasJosé PimentelMaurício RandsRubens Otoni(Dep. do PTC ocupa a vaga)

PMDBAsdrubal Bentes Albérico FilhoEunício Oliveira Almerinda de Carvalho vaga do PP

Jader Barbalho Átila LinsMauro Benevides Benjamin MaranhãoNelson Bornier Marinha Raupp

Mendes Ribeiro FilhoBloco PFL, PRONA

Fernando de Fabinho José Carlos AleluiaJosé Carlos Machado Mussa DemesJúlio Cesar 2 vagasLaura Carneiro

PSDBBosco Costa Antonio Carlos Mendes ThameGonzaga Mota Paulo Bauer1 vaga 1 vaga

PPCleonâncio Fonseca Carlos SouzaFrancisco Garcia Nelson MeurerRomel Anizio (Dep. do PMDB ocupa a vaga)

PTBAlex Canziani Arnaldo Faria de SáArnon Bezerra 2 vagasPaes Landim

PLMedeiros Humberto MichilesSandro Mabel Reinaldo Betão1 vaga 1 vaga

PPS(Dep. S.PART. ocupa a vaga) Colbert Martins

PSBIsaías Silvestre Barbosa Neto

PDTAlceu Collares João Fontes

PC do BInácio Arruda 1 vaga

PVSarney Filho 1 vaga

PTCCarlos Willian vaga do PT

S.PART.Fernando Estima vaga do PPS

Secretário(a): Fátima MoreiraLocal: Anexo II - Pavimento Superior - sala 170-ATelefones: 3216-6204/6232FAX: 3216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERÀ PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 479-A, DE

2005, DA SRA. ALMERINDA DE CARVALHO, QUE"ACRESCENTA DISPOSITIVO AO ATO DAS DISPOSIÇÕESCONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS PARA CONSIDERAR

ESTÁVEIS OS AGENTES DE COMBATE ÀS ENDEMIAS, DAFUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE - FUNASA, EM ATUAÇÃO

HÁ 9 (NOVE) ANOS OU MAIS".Presidente: Sandro Matos (PTB)1º Vice-Presidente:2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente:Relator: Devanir Ribeiro (PT)

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Titulares SuplentesPT

Carlos Santana Reginaldo LopesDevanir Ribeiro 4 vagasJorge BittarLuiz CoutoLuiz Sérgio

PMDBAlmerinda de Carvalho Chicão BrígidoAnn Pontes Leonardo PiccianiBenjamin Maranhão Osvaldo BiolchiEdson Ezequiel Paulo LimaMoreira Franco Wladimir Costa

Bloco PFL, PRONAArolde de Oliveira (Licenciado) Alberto Fraga (Licenciado)Fernando de Fabinho 3 vagasLaura Carneiro(Dep. S.PART. ocupa a vaga)

PSDBAntonio Joaquim Marcelo TeixeiraThelma de Oliveira Rafael Guerra1 vaga 1 vaga

PPJulio Lopes (Licenciado) 3 vagasSimão SessimVanderlei Assis

PTBArnaldo Faria de Sá Nelson MarquezelliFernando Gonçalves Paes LandimSandro Matos 1 vaga

PLCarlos Nader Paulo GouvêaReinaldo Betão Reinaldo Gripp

PSBAlexandre Cardoso (Licenciado) Josias QuintalJorge Gomes (Licenciado) 1 vaga

PDTMário Heringer Manato

PPSGeraldo Resende 1 vaga

PC do BJandira Feghali Perpétua Almeida

PVMarcelo Ortiz Fernando Gabeira

PSOLManinha Babá

S.PART.Almir Moura vaga do Bloco PFL, PRONA

Secretário(a): Maria Terezinha DonatiLocal: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-ATelefones: 3216-6215/6232FAX: 3216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERÀ PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 487-A, DE2005, DO SR. ROBERTO FREIRE, QUE "DISPÕE SOBRE A

DEFENSORIA PÚBLICA, SUAS ATRIBUIÇÕES, GARANTIAS,VEDAÇÕES E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS".

Presidente: Wilson Santiago (PMDB)1º Vice-Presidente: Mauro Benevides (PMDB)2º Vice-Presidente: João Campos (PSDB)3º Vice-Presidente: José Otávio Germano (PP)Relator: Nelson Pellegrino (PT)Titulares Suplentes

PTAntonio Carlos Biscaia Eduardo ValverdeLuiz Couto José Eduardo CardozoNelson Pellegrino José MentorNilson Mourão Maurício RandsVander Loubet 1 vaga

PMDBGilberto Nascimento Albérico FilhoMauro Benevides Ann PontesNelson Trad Mendes Ribeiro FilhoOsmar Serraglio Teté BezerraWilson Santiago 1 vagaZequinha Marinho vaga do PSC

Bloco PFL, PRONAAndré de Paula 4 vagasAntonio Carlos Magalhães NetoFernando de Fabinho1 vaga

PSDBCarlos Sampaio Bosco CostaJoão Campos Léo AlcântaraZulaiê Cobra 1 vaga

PPEnivaldo Ribeiro Agnaldo MunizFeu Rosa 2 vagasJosé Otávio Germano

PTBEdir Oliveira Fernando GonçalvesJefferson Campos FleuryPaes Landim Romeu Queiroz

PLAlmeida de Jesus Almir SáSandro Mabel José Carlos Araújo

PSBCarlos Mota 2 vagasMário Assad Júnior

PDTSeveriano Alves André Figueiredo

PPSJuíza Denise Frossard (Dep. S.PART. ocupa a vaga)

PC do BVanessa Grazziotin Inácio Arruda

PVMarcelo Ortiz 1 vaga

PSC(Dep. do PMDB ocupa a vaga) (Dep. do PSOL ocupa a vaga)

PSOLManinha vaga do PSC

S.PART.Fernando Estima vaga do PPS

Secretário(a): Mário Dráusio de O. CoutinhoLocal: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-ATelefones: 3216-6203/6232FAX: 3216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERÀ PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 524-A, DE

2002, QUE "ACRESCENTA ARTIGO AO ATO DASDISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS, A FIM DE

INSTITUIR O FUNDO PARA A REVITALIZAÇÃOHIDROAMBIENTAL E O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

DA BACIA DO RIO SÃO FRANCISCO".Presidente: Fernando de Fabinho (PFL)1º Vice-Presidente: Luiz Carreira (PFL)2º Vice-Presidente: Daniel Almeida (PCdoB)3º Vice-Presidente: Jackson Barreto (PTB)Relator: Fernando Ferro (PT)Titulares Suplentes

PTFernando Ferro Josias GomesJosé Pimentel 5 vagasLuiz BassumaVirgílio GuimarãesWalter PinheiroZezéu Ribeiro

PFL

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Fernando de Fabinho Eduardo SciarraJosé Carlos Machado Júlio CesarJosé Rocha (Dep. do PL ocupa a vaga)Luiz Carreira 2 vagasOsvaldo Coelho

PMDBJorge Alberto 4 vagasMauro LopesOlavo CalheirosWilson Santiago

PSDBBosco Costa Antonio CambraiaGonzaga Mota Narcio RodriguesJoão Almeida Vicente Arruda1 vaga Walter Feldman (Licenciado)

PPCleonâncio Fonseca João Leão vaga do PL

Márcio Reinaldo Moreira 3 vagasMário Negromonte

PTBJackson Barreto Jonival Lucas Junior(Dep. do PSB ocupa a vaga) 1 vaga

PLHeleno Silva José Carlos Araújo vaga do PFL

Jaime Martins (Dep. do PP ocupa a vaga)1 vaga

PSBGivaldo Carimbão 2 vagasGonzaga PatriotaMarcondes Gadelha vaga do PTB

PPSRaul Jungmann Colbert Martins

PDTMário Heringer Severiano Alves

PC do BDaniel Almeida 1 vaga

PRONAElimar Máximo Damasceno 1 vagaSecretário(a): Angélica Maria L. Fialho AguiarLocal: Anexo II, Pavimento Superior, Sala 170-ATelefones: 216-6218/6232FAX: 216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERÀ PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 533-A, DE

2006, DO SR. JOSÉ MÚCIO MONTEIRO, QUE "ACRESCENTAO INCISO VI AO ART. 51, O INCISO XVI AO ART. 52,

MODIFICA OS §§2º E 3º DO ART. 55, ACRESCENTA O §5º AOART. 55 E A ALÍNEA 'S' AO INCISO I DO ART. 102, PARA

ATRIBUIR AO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL ACOMPETÊNCIA PARA JULGAR PARLAMENTAR EM

DETERMINADOS CASOS DE PERDA DE MANDATO (ART. 55,I E II), APÓS ADMITIDO O PROCESSO, POR VOTAÇÃO

OSTENSIVA E MAIORIA ABSOLUTA, PELA CÂMARA DOSDEPUTADOS OU PELO SENADO FEDERAL".

Presidente: Jairo Carneiro (PFL)1º Vice-Presidente: Paulo Magalhães (PFL)2º Vice-Presidente: José Carlos Araújo (PL)3º Vice-Presidente: Feu Rosa (PP)Relator: Fleury (PTB)Titulares Suplentes

PTCarlos Abicalil 5 vagasJosé Eduardo CardozoLuiz CoutoLuiz Eduardo GreenhalghMaurício Rands

PMDBAdelor Vieira 5 vagasAlbérico Filho

Alexandre SantosAlmerinda de CarvalhoAndré ZacharowEduardo Cunha vaga do PSC

Bloco PFL, PRONAJairo Carneiro 4 vagasMendonça PradoPaulo MagalhãesRoberto Magalhães

PSDBCustódio Mattos (Licenciado) Antonio Carlos PannunzioGonzaga Mota Bosco CostaGustavo Fruet Ronaldo Cezar Coelho

PPFeu Rosa 3 vagasLeodegar TiscoskiNilton Baiano

PTBArnaldo Faria de Sá Alex CanzianiArnon Bezerra Jackson BarretoFleury Romeu Queiroz

PLJosé Carlos Araújo Almir Sá1 vaga José Santana de Vasconcellos

PSBMarcondes Gadelha 2 vagasRenato Casagrande

PDTMário Heringer Enio Bacci (Licenciado)

PPSJuíza Denise Frossard Dr. Francisco Gonçalves

PC do BAgnelo Queiroz 1 vaga

PVMarcelo Ortiz Jovino Cândido

PSC(Dep. do PMDB ocupa a vaga) Dr. HelenoSecretário(a): Valdivino Tolentino FilhoLocal: Anexo II - Pavimento Superior - sala 170-ATelefones: 3216-6206/6232FAX: 3216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERÀ PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 534-A, DE

2002, QUE "ALTERA O ART. 144 DA CONSTITUIÇÃOFEDERAL, PARA DISPOR SOBRE AS COMPETÊNCIAS DA

GUARDA MUNICIPAL E CRIAÇÃO DA GUARDA NACIONAL".Presidente: Iara Bernardi (PT)1º Vice-Presidente:2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente:Relator: Arnaldo Faria de Sá (PTB)Titulares Suplentes

PTAntonio Carlos Biscaia Durval OrlatoDevanir Ribeiro José MentorEduardo Valverde Odair CunhaIara Bernardi Patrus Ananias (Licenciado)Paulo Rubem Santiago 2 vagas1 vaga

PFLDr. Pinotti (Licenciado) Abelardo LupionEdmar Moreira vaga do PL (Dep. do PL ocupa a vaga)Félix Mendonça 3 vagas(Dep. S.PART. ocupa a vaga)2 vagas

PMDBBenjamin Maranhão Cabo JúlioCezar Schirmer Osmar SerraglioGilberto Nascimento Silas Brasileiro

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Mauro Lopes 1 vagaPSDB

João Campos Bosco CostaZenaldo Coutinho Itamar SerpaZulaiê Cobra Vicente Arruda(Dep. do PPS ocupa a vaga) 1 vaga

PPFrancisco Garcia Érico RibeiroNelson Meurer Julio Lopes (Licenciado)1 vaga Leodegar Tiscoski

PTBArnaldo Faria de Sá Ricardo IzarNelson Marquezelli Romeu Queiroz

PLCoronel Alves Humberto Michiles(Dep. do PFL ocupa a vaga) José Carlos Araújo vaga do PFL

Maurício RabeloPSB

Givaldo Carimbão 2 vagasGonzaga Patriota

PPSGeraldo Resende Dimas Ramalho (Licenciado)Juíza Denise Frossard vaga do PSDB

PDTPompeo de Mattos Mário Heringer

PC do BPerpétua Almeida 1 vaga

PVJovino Cândido Leonardo Mattos

S.PART.César Bandeira vaga do PFL

Secretário(a): Heloísa Pedrosa DinizLocal: Anexo II, Pavimento Superior, Sala 170-ATelefones: 216-6201 / 6232FAX: 216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A APRECIAR EPROFERIR PARECER À PROPOSTA DE EMENDA ÀCONSTITUIÇÃO Nº 544-A, DE 2002, QUE "CRIA OS

TRIBUNAIS REGIONAIS FEDERAIS DA 6ª, 7ª, 8ª E 9ªREGIÕES".

Presidente: Luiz Carlos Hauly (PSDB)1º Vice-Presidente: Custódio Mattos (PSDB)2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente:Relator: Eduardo Sciarra (PFL)Titulares Suplentes

PTDra. Clair (Dep. do PSOL ocupa a vaga)Eduardo Valverde 5 vagasGilmar MachadoGuilherme MenezesIriny LopesJoão Magno

PFLEduardo Sciarra (Dep. do PP ocupa a vaga)Fábio Souto 4 vagasFernando de Fabinho2 vagas

PMDBAndré Zacharow vaga do PDT 4 vagasMauro LopesRose de Freitas vaga do PSDB

Wilson SantiagoZé Gerardo(Dep. do PSDB ocupa a vaga)

PSDBCustódio Mattos (Licenciado) Affonso CamargoGustavo Fruet vaga do PMDB Narcio RodriguesJoão Almeida Sebastião Madeira

Luiz Carlos Hauly 1 vaga(Dep. do PMDB ocupa a vaga)

PPDilceu Sperafico Darci Coelho vaga do PFL

Herculano Anghinetti Mário Negromonte1 vaga 2 vagas

PTBIris Simões 2 vagasJosé Militão

PLOliveira Filho Chico da Princesa(Dep. do PSB ocupa a vaga) (Dep. do PSB ocupa a vaga)

PSBMário Assad Júnior vaga do PL Carlos Mota vaga do PL

Pastor Francisco Olímpio 2 vagas(Dep. do PTC ocupa a vaga)

PPSGeraldo Thadeu Cezar Silvestri

PDT(Dep. do PMDB ocupa a vaga) Mário Heringer

PC do BJamil Murad 1 vaga

PVLeonardo Mattos Sarney Filho

PSOLOrlando Fantazzini vaga do PT

PTCCarlos Willian vaga do PSB

Secretário(a): Leila Machado Campos de FreitasLocal: Anexo II, Pavimento Superior, Sala 170-ATelefones: 216-6212 / 6232FAX: 216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERÀ PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 603, DE

1998, QUE "REVOGA O § 3º DO ART. 49 DO ATO DASDISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS"

(EXCLUINDO A APLICAÇÃO DA ENFITEUSE AOS TERRENOSDE MARINHA SITUADOS NA FAIXA DE SEGURANÇA NA

ORLA MARÍTIMA).Presidente: Feu Rosa (PP)1º Vice-Presidente:2º Vice-Presidente: Pedro Fernandes (PTB)3º Vice-Presidente: Alexandre Santos (PMDB)Relator: Telma de Souza (PT)Titulares Suplentes

PTCarlito Merss Selma SchonsLuiz Sérgio (Dep. do PSOL ocupa a vaga)Mauro Passos 4 vagasTelma de SouzaZezéu Ribeiro(Dep. do PDT ocupa a vaga)

PMDBAlexandre Santos Moraes SouzaAndré Zacharow vaga do PDT 4 vagasEliseu PadilhaGilberto NascimentoMax RosenmannRose de Freitas

Bloco PFL, PRONAFélix Mendonça José Carlos MachadoJúlio Cesar 3 vagasLaura CarneiroPaulo Magalhães

PSDBGonzaga Mota Affonso CamargoLuiz Carlos Hauly Antonio Carlos Pannunzio1 vaga Antonio Joaquim vaga do PP

1 vaga

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PPFeu Rosa Jair Bolsonaro vaga do PTB

João Leão vaga do PL (Dep. do PSDB ocupa a vaga)Julio Lopes (Licenciado) (Dep. do PSC ocupa a vaga)Leodegar Tiscoski 1 vaga

PTBJackson Barreto José Chaves (Licenciado)Pedro Fernandes Paes Landim1 vaga (Dep. do PP ocupa a vaga)

PLAlmir Sá Coronel AlvesReinaldo Betão José Santana de Vasconcellos(Dep. do PP ocupa a vaga) Luciano Castro

PPS1 vaga Cláudio Magrão

PSBRenato Casagrande 1 vaga

PDTAndré Costa vaga do PT Álvaro Dias(Dep. do PMDB ocupa a vaga)

PC do BAlice Portugal 1 vaga

PVSarney Filho Jovino Cândido

PSOLChico Alencar vaga do PT

PSCDr. Heleno vaga do PP

Secretário(a): José Maria Aguiar de CastroLocal: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-ATelefones: 3216-6209/6232FAX: 3216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERAO PROJETO DE LEI Nº 1.144, DE 2003, DA SENHORAMARIA DO CARMO LARA, QUE "INSTITUI A POLÍTICANACIONAL DE SANEAMENTO AMBIENTAL, DEFINEDIRETRIZES PARA A PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS

PÚBLICOS DE ÁGUA E ESGOTO, E DÁ OUTRASPROVIDÊNCIAS".

Presidente: Colbert Martins (PPS)1º Vice-Presidente: Zezéu Ribeiro (PT)2º Vice-Presidente: Teté Bezerra (PMDB)3º Vice-Presidente: José Carlos Machado (PFL)Relator: Julio Lopes (PP)Titulares Suplentes

PTIara Bernardi Dr. RosinhaMaria do Carmo Lara Dra. ClairOrlando Desconsi Mauro PassosSimplício Mário Paulo Rubem SantiagoTerezinha Fernandes(Licenciado)

Walter Pinheiro

Zezéu Ribeiro 1 vagaPMDB

Alexandre Santos Darcísio PerondiMarinha Raupp Eduardo CunhaMoreira Franco João MagalhãesTeté Bezerra Nelson BornierZé Gerardo Olavo Calheiros

Bloco PFL, PRONABetinho Rosado Gervásio SilvaJosé Carlos Machado (Dep. do PPS ocupa a vaga)Osvaldo Coelho 2 vagasPaulo Magalhães

PSDBAntonio Carlos MendesThame

Antonio Carlos Pannunzio

Julio Semeghini Domiciano CabralRafael Guerra Eduardo Barbosa

PPJulio Lopes (Licenciado) Ildeu AraujoVanderlei Assis Romel AnizioZé Lima Vadão Gomes

PTBJackson Barreto Arnaldo Faria de SáNelson Marquezelli 2 vagasPedro Fernandes

PLJaime Martins Chico da PrincesaJorge Pinheiro Heleno SilvaSandro Mabel Paulo Gouvêa

PPSColbert Martins Geraldo Resende vaga do Bloco PFL, PRONA

Rogério TeófiloPSB

1 vaga 1 vagaPDT

Severiano Alves André FigueiredoPC do B

Inácio Arruda Vanessa GrazziotinPV

Fernando Gabeira Edson DuarteSecretário(a): Fernando Maia LeãoLocal: Anexo II, Pavimento Superior - Sala 170-ATelefones: 216-6205/6232FAX: 216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERAO PROJETO DE LEI Nº 1399, DE 2003, QUE "DISPÕE

SOBRE O ESTATUTO DA MULHER E DÁ OUTRASPROVIDÊNCIAS".

Presidente: Sandra Rosado (PSB)1º Vice-Presidente: Marinha Raupp (PMDB)2º Vice-Presidente: Celcita Pinheiro (PFL)3º Vice-Presidente:Relator: Dr. Francisco Gonçalves (PPS)Titulares Suplentes

PTIara Bernardi Iriny Lopes

Luci Choinacki(Dep. do PSOL ocupa a

vaga)Maria do Rosário 4 vagasSelma SchonsTelma de Souza1 vaga

PFLCelcita Pinheiro (Dep. do PDT ocupa a vaga)Kátia Abreu 4 vagasLaura CarneiroNice LobãoZelinda Novaes

PMDBAlmerinda de Carvalho Benjamin MaranhãoAnn Pontes Lúcia BragaMarinha Raupp Teté Bezerra(Dep. do PSB ocupa a vaga) 1 vaga

PSDBProfessora Raquel Teixeira Eduardo BarbosaThelma de Oliveira Ronaldo Dimas(Dep. do PPS ocupa a vaga) Sebastião Madeira1 vaga Zulaiê Cobra

PPBenedito de Lira Celso RussomannoCleonâncio Fonseca 2 vagasSuely Campos

PTBElaine Costa Kelly Moraes(Dep. do PPS ocupa a vaga) 1 vaga

PL

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Maurício Rabelo (Dep. do PSB ocupa a vaga)

Oliveira Filho(Dep. S.PART. ocupa a

vaga)PSB

Luiza Erundina Carlos Mota vaga do PL

Maria Helena vaga do PPS 2 vagasSandra Rosado vaga do PMDB

1 vagaPPS

Dr. Francisco Gonçalves vaga do PTB Geraldo ThadeuJuíza Denise Frossard vaga do PSDB

(Dep. do PSB ocupa a vaga)PDT

Alceu Collares Álvaro DiasRenato Cozzolino vaga do PFL

PC do BAlice Portugal Jandira Feghali

PVFernando Gabeira Leonardo Mattos

PSOLManinha vaga do PT

S.PART.Marcos de Jesus vaga do PL

Secretário(a): Fernando Maia LeãoLocal: Anexo II, Pavimento Superior, Sala 170-ATelefones: 216-6205/6232FAX: 216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A APRECIAR EPROFERIR PARECER AO PROJETO DE LEI Nº 146, DE 2003,

QUE "REGULAMENTA O ART. 37 INCISO XXI DACONSTITUIÇÃO FEDERAL, INSTITUI PRINCÍPIOS E NORMAS

PARA LICITAÇÕES E CONTRATOS DA ADMINISTRAÇÃOPÚBLICA E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS".

Presidente:1º Vice-Presidente: Enio Tatico (PTB)2º Vice-Presidente: Eliseu Padilha (PMDB)3º Vice-Presidente: Abelardo Lupion (PFL)Relator: Sérgio Miranda (PDT)Titulares Suplentes

PTJoão Grandão 6 vagasJosé PimentelPaulo Bernardo (Licenciado)Paulo Rubem SantiagoVander Loubet1 vaga

PMDBÁtila Lins vaga do PPS Zequinha Marinho vaga do PSC

Eliseu Padilha 5 vagasMax RosenmannNelson TradZé Gerardo1 vaga

Bloco PFL, PRONAAbelardo Lupion Edmar Moreira vaga do Bloco PL, PSL

Corauci Sobrinho Eduardo SciarraMussa Demes Pauderney Avelino1 vaga (Dep. do PSDB ocupa a vaga)

1 vagaPP

Ricardo Barros João Leão vaga do Bloco PL, PSL

Zonta 3 vagas1 vaga

PSDBJoão Almeida Julio SemeghiniLéo Alcântara Luiz Carlos Hauly1 vaga Paulo Bauer vaga do Bloco PFL, PRONA

Walter Feldman (Licenciado)PTB

Elaine Costa José Chaves (Licenciado)Enio Tatico (Dep. do PPS ocupa a vaga)José Militão 1 vaga

Bloco PL, PSLJosé Santana deVasconcellos

(Dep. do Bloco PFL, PRONA ocupaa vaga)

Miguel de Souza (Dep. do PP ocupa a vaga)Milton Monti 1 vaga

PPS(Dep. do PMDB ocupa avaga)

Dr. Francisco Gonçalves vaga do PTB

Geraldo ThadeuPSB

Gonzaga Patriota 1 vagaPDT

Mário Heringer André FigueiredoSérgio Miranda vaga do PC do B

PC do B(Dep. do PDT ocupa avaga)

Vanessa Grazziotin

PSC(Dep. do PTC ocupa avaga)

(Dep. do PMDB ocupa a vaga)

PVMarcelo Ortiz Edson Duarte

PTCCarlos Willian vaga do PSC

Secretário(a): Carla MedeirosLocal: Anexo II, Pavimento Superior, Sala 170-ATelefones: 216-6207/6232FAX: 216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERAO PROJETO DE LEI Nº 203, DE 1991, QUE "DISPÕE SOBRE

O ACONDICIONAMENTO, A COLETA, O TRATAMENTO, OTRANSPORTE E A DESTINAÇÃO FINAL DOS RESÍDUOS DE

SERVIÇOS DE SAÚDE".Presidente: Benjamin Maranhão (PMDB)1º Vice-Presidente: Max Rosenmann (PMDB)2º Vice-Presidente: Jorge Alberto (PMDB)3º Vice-Presidente: Marcos Abramo (PP)Relator: Cezar Silvestri (PPS)Titulares Suplentes

PTCésar Medeiros Angela GuadagninDr. Rosinha ColomboFernando Ferro Iara BernardiLuciano Zica Leonardo MonteiroOrlando Desconsi Mariângela DuarteSelma Schons Mauro Passos

PMDBBenjamin Maranhão Albérico FilhoJorge Alberto Alexandre Santos vaga do PP

Max Rosenmann Chicão BrígidoNelson Trad Gervásio OliveiraPedro Chaves Marcelo Castro

Natan DonadonBloco PFL, PRONA

Betinho Rosado Alberto Fraga (Licenciado)José Carlos Machado Eduardo SciarraJúlio Cesar Ronaldo Caiado(Dep. do PP ocupa a vaga) (Dep. do PSC ocupa a vaga)

PSDBAntonio Carlos Mendes Thame Eduardo BarbosaLéo Alcântara Julio SemeghiniRonaldo Dimas Rafael Guerra

PPCelso Russomanno Dr. Benedito DiasEnivaldo Ribeiro Leodegar TiscoskiFeu Rosa (Dep. do PMDB ocupa a vaga)

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Marcos Abramo vaga do Bloco PFL, PRONA

PTBJosé Militão FleuryJovair Arantes Jefferson CamposNeuton Lima Ricarte de Freitas

PLAmauri Gasques Paulo GouvêaJorge Pinheiro (Dep. do PSB ocupa a vaga)Remi Trinta (Dep. S.PART. ocupa a vaga)

PPSCezar Silvestri Geraldo Resende

PSBDr. Ribamar Alves Carlos Mota vaga do PL

Gonzaga PatriotaPDT

Mário Heringer Álvaro DiasPC do B

Jamil Murad 1 vagaPV

Leonardo Mattos Edson DuartePSC

Dr. Heleno vaga do Bloco PFL, PRONA

S.PART.Marcos de Jesus vaga do PL

Secretário(a): Leila MachadoLocal: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-ATelefones: 3216-6212/6232FAX: 3216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERAO PROJETO DE LEI Nº 2377, DE 2003, QUE "DISPÕE

SOBRE LINHAS DE CRÉDITO FEDERAIS DIRECIONADAS ÀSATIVIDADES TURÍSTICAS QUE MENCIONA E DÁ OUTRAS

PROVIDÊNCIAS".Presidente: Bismarck Maia (PSDB)1º Vice-Presidente: João Grandão (PT)2º Vice-Presidente: Josué Bengtson (PTB)3º Vice-Presidente: Costa Ferreira (PSC)Relator: Alex Canziani (PTB)Titulares Suplentes

PTJoão Grandão César MedeirosJosé Pimentel 5 vagasReginaldo LopesRubens Otoni(Dep. do PDT ocupa a vaga)(Dep. do PSOL ocupa a vaga)

PMDBCarlos Eduardo Cadoca 5 vagasPedro Chaves(Dep. do PTB ocupa a vaga)(Dep. do PSDB ocupa a vaga)1 vaga

Bloco PFL, PRONAFábio Souto 4 vagasMarcelo Guimarães FilhoNey Lopes1 vaga

PPDr. Benedito Dias Francisco GarciaHerculano Anghinetti João Tota vaga do Bloco PL, PSL

João Pizzolatti 2 vagasPSDB

Bismarck Maia Eduardo Paes (Licenciado)Carlos Alberto Leréia Luiz Carlos HaulyDomiciano Cabral Professora Raquel TeixeiraMarcelo Teixeira vaga do PMDB

PTBAlceste Almeida vaga do PMDB Arnon BezerraAlex Canziani Jovair Arantes

José Militão Marcus VicenteJosué Bengtson

Bloco PL, PSLChico da Princesa (Dep. do PP ocupa a vaga)Reinaldo Betão 2 vagas(Dep. S.PART. ocupa a vaga)

PPSGeraldo Thadeu Nelson Proença

PSBIsaías Silvestre Barbosa Neto

PDTAndré Costa vaga do PT Álvaro DiasSeveriano Alves

PC do BPerpétua Almeida 1 vaga

PSCCosta Ferreira 1 vaga

PV1 vaga 1 vaga

PSOLManinha vaga do PT

S.PART.João Mendes de Jesus vaga do Bloco PL, PSL

Secretário(a): Carla Rodrigues de M. TavaresLocal: Anexo II, Pavimento Superior, sala 170-ATelefones: 3216.6207FAX: 3216.6232

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERAO PROJETO DE LEI 2.671, DE 1989, QUE "DISPÕE SOBREO EXERCÍCIO DAS ATIVIDADES DE POSTO REVENDEDOR

DE DERIVADOS DO PETRÓLEO E ÁLCOOL ETÍLICOHIDRATADO COMBUSTÍVEL - AEHC, E DÁ OUTRAS

PROVIDÊNCIAS" (PL 2316/03 - CÓDIGO BRASILEIRO DECOMBUSTÍVEIS - APENSADO).

Presidente: Simão Sessim (PP)1º Vice-Presidente: Nélio Dias (PP)2º Vice-Presidente: Moreira Franco (PMDB)3º Vice-Presidente: José Carlos Araújo (PL)Relator: Daniel Almeida (PCdoB)Titulares Suplentes

PTDra. Clair Devanir RibeiroEduardo Valverde Fernando FerroHélio Esteves Ivo JoséLuciano Zica Luiz BassumaLuiz Alberto (Licenciado) Paulo Rubem SantiagoMarco Maia 1 vaga

PMDBEliseu Padilha Alexandre SantosJoão Magalhães Eduardo CunhaLupércio Ramos Max RosenmannMoreira Franco Nelson BornierWladimir Costa Paulo Lima

Bloco PFL, PRONABetinho Rosado Claudio CajadoCarlos Melles Fernando de FabinhoEduardo Sciarra Gerson GabrielliGervásio Silva (Dep. S.PART. ocupa a vaga)

PSDBCarlos Sampaio Antonio CambraiaJúlio Redecker Julio SemeghiniPaulo Feijó Nicias Ribeiro

PPJoão Pizzolatti Celso RussomannoNélio Dias Feu RosaSimão Sessim Ricardo Barros

PTBMarcus Vicente Alex CanzianiNelson Marquezelli Paes Landim

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Sandro Matos Ricardo IzarPL

José Carlos Araújo Aracely de PaulaJúnior Betão Jorge PinheiroWellington Roberto (Dep. S.PART. ocupa a vaga)

PPS(Dep. S.PART. ocupa avaga)

Dimas Ramalho (Licenciado)

PSBBeto Albuquerque Josias Quintal vaga do PC do B

Pastor Francisco OlímpioPDT

Mário Heringer Severiano AlvesPC do B

Daniel Almeida (Dep. do PSB ocupa a vaga)PV

(Dep. do PSC ocupa avaga)

1 vaga

PSCDeley vaga do PV

S.PART.Fernando Estima vaga do PPS Almir Moura vaga do Bloco PFL, PRONA

João Mendes de Jesus vaga do PL

Secretário(a): Carla Rodrigues de M. TavaresLocal: Anexo II, Pavimento Superior, Sala 170-ATelefones: 3216-6207/6232FAX: 3216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERAO PROJETO DE LEI Nº 3057, DE 2000, DO SR. BISPO

WANDERVAL, QUE "INCLUI § 2º NO ART. 41 DA LEI Nº 6.766,DE 19 DE DEZEMBRO DE 1979, NUMERANDO-SE COMO

PARÁGRAFO 1º O ATUAL PARÁGRAFO ÚNICO"(ESTABELECENDO QUE, PARA O REGISTRO DE

LOTEAMENTO SUBURBANO DE PEQUENO VALOR,IMPLANTADO IRREGULARMENTE ATÉ 31 DE DEZEMBRO DE

1999 E REGULARIZADO POR LEI MUNICIPAL, NÃO HÁNECESSIDADE DE APROVAÇÃO DA DOCUMENTAÇÃO POR

OUTRO ÓRGÃO).Presidente: José Eduardo Cardozo (PT)1º Vice-Presidente: Eduardo Sciarra (PFL)2º Vice-Presidente: Márcio Reinaldo Moreira (PP)3º Vice-Presidente: Edinho Bez (PMDB)Relator: Barbosa Neto (PSB)Titulares Suplentes

PTJosé Eduardo Cardozo Durval OrlatoMaria do Carmo Lara José MentorRoberto Gouveia Luciano ZicaTarcísio Zimmermann Mariângela DuarteZezéu Ribeiro 1 vaga

PMDBAlbérico Filho Carlos Eduardo CadocaBenjamin Maranhão Cezar SchirmerEdinho Bez Mauro LopesLeandro Vilela Max Rosenmann vaga do PP

Marinha Raupp Nelson TradOsmar Terra (Licenciado)

Bloco PFL, PRONAEduardo Sciarra 4 vagasJorge KhouryOnyx LorenzoniPauderney Avelino

PSDBCustódio Mattos (Licenciado) Bosco CostaGustavo Fruet Paulo BauerWalter Feldman (Licenciado) Zenaldo Coutinho

PPHerculano Anghinetti (Dep. do PMDB ocupa a vaga)Julio Lopes (Licenciado) 2 vagas

Márcio Reinaldo MoreiraPTB

Alex Canziani Arnaldo Faria de SáJackson Barreto José Chaves (Licenciado)Ricardo Izar Ricarte de Freitas

PLJorge Pinheiro José Santana de VasconcellosMiguel de Souza 1 vaga

PSBBarbosa Neto 2 vagasGivaldo Carimbão

PDTLuiz Piauhylino 1 vaga

PPSDimas Ramalho (Licenciado) (Dep. S.PART. ocupa a vaga)

PC do BJamil Murad 1 vaga

PVSarney Filho 1 vaga

PSC1 vaga 1 vaga

S.PART.Fernando Estima vaga do PPS

Secretário(a): Regina VeigaLocal: Anexo II - Pavimento Superior - sala 170-ATelefones: 3216-6216/6232FAX: 3216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERAO PROJETO DE LEI Nº 3.337, DE 2004, QUE "DISPÕESOBRE A GESTÃO, A ORGANIZAÇÃO E O CONTROLESOCIAL DAS AGÊNCIAS REGULADORAS, ACRESCE E

ALTERA DISPOSITIVOS DAS LEIS Nº 9.472, DE 16 DE JULHODE 1997, Nº 9.478, DE 6 DE AGOSTO DE 1997, Nº 9.782, DE 26DE JANEIRO DE 1999, Nº 9.961, DE 28 DE JANEIRO DE 2000,

Nº 9.984, DE 17 DE JULHO DE 2000, Nº 9.986, DE 18 DEJULHO DE 2000, E Nº 10.233, DE 5 DE JUNHO DE 2001, DAMEDIDA PROVISÓRIA Nº 2.228-1, DE 6 DE SETEMBRO DE

2001, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS".Presidente: Walter Pinheiro (PT)1º Vice-Presidente: Eliseu Resende (PFL)2º Vice-Presidente: Ricardo Barros (PP)3º Vice-Presidente:Relator: Leonardo Picciani (PMDB)Titulares Suplentes

PTFernando Ferro Devanir RibeiroHenrique Fontana Eduardo ValverdeLuciano Zica José PimentelMauro Passos Telma de SouzaTerezinha Fernandes(Licenciado)

Zezéu Ribeiro

Walter Pinheiro 1 vagaPMDB

Eliseu Padilha Almerinda de CarvalhoLeonardo Picciani Cabo Júlio vaga do PSC

Mauro Lopes Darcísio PerondiMoreira Franco Eduardo CunhaOsmar Serraglio Gilberto Nascimento

José PrianteBloco PFL, PRONA

Eduardo Sciarra Rodrigo Maia

Eliseu Resende(Dep. do Bloco PL, PSL ocupa a

vaga)Vilmar Rocha 2 vagas1 vaga

PPDr. Benedito Dias Julio Lopes (Licenciado)Francisco Appio Leodegar TiscoskiRicardo Barros Vadão Gomes

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PSDBAntonio Carlos Mendes Thame Julio SemeghiniBismarck Maia Ronaldo Cezar Coelho1 vaga Ronaldo Dimas

PTBIris Simões FleuryJackson Barreto Jovair ArantesJonival Lucas Junior Nelson Marquezelli

Bloco PL, PSLJosé Santana de Vasconcellos Jaime MartinsLuciano Castro José Carlos Araújo vaga do Bloco PFL, PRONA

(Dep. do PSB ocupa a vaga) Medeiros1 vaga

PPSFernando Coruja Roberto Freire

PSBMário Assad Júnior vaga do Bloco PL, PSL 1 vagaRenato Casagrande

PDTAndré Figueiredo Severiano AlvesRenato Cozzolino vaga do PSC

Sérgio Miranda vaga do PC do B

PC do B(Dep. do PDT ocupa a vaga) Inácio Arruda

PSC(Dep. do PDT ocupa a vaga) Deley vaga do PV

(Dep. do PMDB ocupa a vaga)PV

Sarney Filho (Dep. do PSC ocupa a vaga)Secretário(a): Leila MachadoLocal: Anexo II, Pavimento Superior, Sala 170-ATelefones: 216-6212FAX: 216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERAO PL Nº 3638, DE 2000, QUE "INSTITUI O ESTATUTO DO

PORTADOR DE NECESSIDADES ESPECIAIS E DÁ OUTRASPROVIDÊNCIAS".

Presidente: Leonardo Mattos (PV)1º Vice-Presidente:2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente:Relator: Celso Russomanno (PP)Titulares Suplentes

PTAngela Guadagnin Eduardo ValverdeAntônio Carlos Biffi Vadinho BaiãoAssis Miguel do Couto 4 vagasLuci ChoinackiMaria do RosárioNeyde Aparecida

PMDBAlmerinda de Carvalho 5 vagasMarinha RauppOsvaldo BiolchiRose de Freitas1 vaga

Bloco PFL, PRONALaura Carneiro 4 vagasZelinda Novaes(Dep. do PSC ocupa a vaga)1 vaga

PPCelso Russomanno José LinharesIldeu Araujo Suely CamposJulio Lopes (Licenciado) 1 vaga

PSDBEduardo Barbosa Rafael GuerraJoão Campos Walter Feldman (Licenciado)Thelma de Oliveira (Dep. do PPS ocupa a vaga)

PTBArnaldo Faria de Sá FleuryPastor Reinaldo Marcus VicenteRicardo Izar 1 vaga

Bloco PL, PSLLincoln Portela Coronel AlvesMaurício Rabelo (Dep. S.PART. ocupa a vaga)Paulo Gouvêa 1 vaga

PPSGeraldo Thadeu Cláudio Magrão

Juíza Denise Frossard vaga do PSDB

PSBLuciano Leitoa 1 vaga

PDTSeveriano Alves Enio Bacci (Licenciado)

PC do BDaniel Almeida 1 vaga

PSCMilton Barbosa vaga do Bloco PFL, PRONA Costa FerreiraPastor Amarildo Deley vaga do PV

PVLeonardo Mattos (Dep. do PSC ocupa a vaga)

S.PART.Marcos de Jesus vaga do Bloco PL, PSL

Secretário(a): Mário Dráusio CoutinhoLocal: Anexo II - Pavimento Superior s/ 170-ATelefones: 216.6203FAX: 216.6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERAO PROJETO DE LEI Nº 4.212, DE 2004, DO SR. ÁTILA LIRA,

QUE "ALTERA DISPOSITIVOS DA LEI Nº 9.394, DE 20 DEDEZEMBRO DE 1996, QUE ESTABELECE AS DIRETRIZES E

BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL, E DÁ OUTRASPROVIDÊNCIAS" (FIXANDO NORMAS PARA A EDUCAÇÃOSUPERIOR DAS INSTITUIÇÕES PÚBLICAS E PRIVADAS DE

ENSINO).Presidente: Gastão Vieira (PMDB)1º Vice-Presidente: Dr. Pinotti (PFL)2º Vice-Presidente: João Matos (PMDB)3º Vice-Presidente: Átila Lira (PSDB)Relator: Paulo Delgado (PT)Titulares Suplentes

PTCarlos Abicalil Iara BernardiMaria do Rosário Neyde AparecidaMariângela Duarte Paulo PimentaPaulo Delgado Reginaldo LopesPaulo Rubem Santiago Walter Pinheiro

PMDBGastão Vieira Almerinda de CarvalhoJoão Matos (Dep. do PP ocupa a vaga)Mauro Benevides 3 vagasOsmar SerraglioOsvaldo Biolchi

Bloco PFL, PRONACelcita Pinheiro 4 vagasDr. Pinotti (Licenciado)Onyx Lorenzoni1 vaga

PSDBÁtila Lira Bonifácio de AndradaNilson Pinto Gonzaga MotaProfessora Raquel Teixeira Lobbe Neto

PPFeu Rosa Ildeu AraujoFrancisco Dornelles Márcio Reinaldo Moreira

José LinharesProfessor Irapuan Teixeira vaga do

PMDB

Simão Sessim

Page 170: Portal da Câmara dos Deputadosimagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/DCD17JAN2007.pdf · 2008. 4. 3. · MESA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS (Biênio 2005/2006) PRESIDENTE ALDO REBELO - PCdoB

PTBEduardo Seabra Neuton LimaFleury Paes LandimJonival Lucas Junior 1 vaga

PLJorge Pinheiro Humberto MichilesMaurício Quintella Lessa vaga do

PDT 1 vaga

Milton MontiPSB

Luiza Erundina 2 vagasMaria Helena

PDT(Dep. do PL ocupa a vaga) Severiano Alves

PPSRogério Teófilo Airton Roveda

PC do BAlice Portugal Vanessa Grazziotin

PVMarcelo Ortiz 1 vaga

PSOLIvan Valente Chico AlencarSecretário(a): Fernando Maia LeãoLocal: Anexo II - Pavimento Superior s/ 170-ATelefones: 3216-6205/6230FAX: 3216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERAO PROJETO DE LEI Nº 4.530, DE 2004, DE AUTORIA DACOMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A ACOMPANHAR E

ESTUDAR PROPOSTAS DE POLÍTICAS PÚBLICAS PARA AJUVENTUDE, QUE "APROVA O PLANO NACIONAL DE

JUVENTUDE E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS".Presidente: Lobbe Neto (PSDB)1º Vice-Presidente: Benjamin Maranhão (PMDB)2º Vice-Presidente: Elaine Costa (PTB)3º Vice-Presidente: Luciano Leitoa (PSB)Relator: Reginaldo Lopes (PT)Titulares Suplentes

PTCarlos Abicalil Fátima BezerraIvo José Iara BernardiReginaldo Lopes João GrandãoRoberto Gouveia Odair CunhaSelma Schons Zico BronzeadoVignatti 1 vaga

PMDBAnn Pontes André Zacharow vaga do PSB

Benjamin Maranhão Marinha RauppDarcísio Perondi (Dep. do PTB ocupa a vaga)Leandro Vilela 3 vagasRose de Freitas

Bloco PFL, PRONACelcita Pinheiro André de PaulaClóvis Fecury 3 vagasDavi Alcolumbre1 vaga

PSDBEduardo Barbosa Rafael GuerraLobbe Neto Thelma de OliveiraZenaldo Coutinho 1 vaga

PPNilton Baiano Feu RosaZonta 2 vagas1 vaga

PTBElaine Costa Alceste Almeida vaga do PMDB

Homero Barreto Alex Canziani1 vaga 2 vagas

PL

Giacobo Jorge PinheiroJúnior Betão Neucimar FragaMaurício Rabelo (Dep. S.PART. ocupa a vaga)

PPSRogério Teófilo Geraldo Thadeu

PSBLuciano Leitoa Sandra Rosado vaga do PC do B

(Dep. do PMDB ocupa a vaga)PDT

André Figueiredo Pompeo de MattosPC do B

Alice Portugal (Dep. do PSB ocupa a vaga)PV

Jovino Cândido 1 vagaS.PART.

João Mendes de Jesus vaga do PL

Secretário(a): Ana Clara Fonseca SerejoLocal: Anexo II, Pavimento Superior, Sala 170-ATelefones: 216-6235/6232FAX: 216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERAO PROJETO DE LEI Nº 4.679, DE 2001, QUE "DISPÕE

SOBRE A OBRIGATORIEDADE DE ADIÇÃO DE FARINHA DEMANDIOCA REFINADA, DE FARINHA DE RASPA DE

MANDIOCA OU DE FÉCULA DE MANDIOCA À FARINHA DETRIGO".

Presidente: Moacir Micheletto (PMDB)1º Vice-Presidente: Nelson Meurer (PP)2º Vice-Presidente: João Grandão (PT)3º Vice-Presidente: Eduardo Sciarra (PFL)Relator: Nilson Mourão (PT)Titulares Suplentes

PTAssis Miguel do Couto Reginaldo LopesJoão Grandão 4 vagasNazareno FontelesNilson MourãoRoberto Gouveia

PMDBAnn Pontes Osvaldo ReisGervásio Oliveira 4 vagasMoacir MichelettoRose de FreitasWaldemir Moka

Bloco PFL, PRONAEduardo Sciarra Abelardo LupionFernando de Fabinho Moroni TorganIvan Ranzolin 2 vagasOnyx Lorenzoni

PSDBAntonio Carlos Mendes Thame Júlio RedeckerÁtila Lira Leonardo VilelaRaimundo Gomes de Matos Luiz Carlos Hauly

PPBenedito de Lira Nélio DiasDilceu Sperafico 2 vagasNelson Meurer

PTBArnaldo Faria de Sá José MilitãoCarlos Dunga 2 vagasJosué Bengtson

PLMaurício Quintella Lessa vaga do PDT Almir SáSandro Mabel Wellington FagundesWellington Roberto

PSBB. Sá 2 vagasEdinho Montemor

PDT

Page 171: Portal da Câmara dos Deputadosimagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/DCD17JAN2007.pdf · 2008. 4. 3. · MESA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS (Biênio 2005/2006) PRESIDENTE ALDO REBELO - PCdoB

(Dep. do PL ocupa a vaga) Ademir CamiloPPS

Cezar Silvestri Rogério TeófiloPC do B

Daniel Almeida 1 vagaPV

Edson Duarte Sarney FilhoPSC

1 vaga 1 vagaSecretário(a): Eveline de Carvalho AlmintaLocal: Anexo II - Pavimento Superior - sala 170-ATelefones: 3216-6211FAX: 3216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERAO PROJETO DE LEI Nº 4846, DE 1994, QUE "ESTABELECE

MEDIDAS DESTINADAS A RESTRINGIR O CONSUMO DEBEBIDAS ALCOÓLICAS E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS".

Presidente: Marinha Raupp (PMDB)1º Vice-Presidente: Osmânio Pereira (PTB)2º Vice-Presidente: Gerson Gabrielli (PFL)3º Vice-Presidente: Enio Tatico (PTB)Relator: Sandes Júnior (PP)Titulares Suplentes

PTAna Guerra 6 vagasAngela GuadagninDurval OrlatoLuiz BassumaNazareno Fonteles1 vaga

PMDBLeandro Vilela Paulo LimaMarinha Raupp 4 vagasWilson Santiago(Dep. S.PART. ocupa avaga)1 vaga

Bloco PFL, PRONADr. Pinotti (Licenciado) 4 vagasGerson GabrielliLaura Carneiro1 vaga

PSDBBismarck Maia Julio SemeghiniLobbe Neto Narcio Rodrigues1 vaga 1 vaga

PPJulio Lopes (Licenciado) João PizzolattiNilton Baiano Luis Carlos HeinzeSandes Júnior 1 vaga

PTBArnon Bezerra Neuton LimaEnio Tatico vaga do PL (Dep. do PPS ocupa a vaga)Nelson Marquezelli 1 vagaOsmânio Pereira

PLMiguel de Souza Lincoln Portela(Dep. do PTB ocupa a vaga) 2 vagas(Dep. S.PART. ocupa avaga)

PPSGeraldo Thadeu Colbert Martins

Dr. Francisco Gonçalves vaga do PTB

PSBPastor Francisco Olímpio 1 vaga

PDTManato Pompeo de Mattos

PC do BAlice Portugal 1 vaga

PVMarcelo Ortiz Edson Duarte

S.PART.Marcos de Jesus vaga do PL

Vieira Reis vaga do PMDB

Secretário(a): Valdivino Tolentino FilhoLocal: Anexo II, Pavimento Superior, Sala 170-ATelefones: 216-6206/6232FAX: 216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A OFERECER PARECERÀS EMENDAS DE PLENÁRIO RECEBIDAS PELO PROJETODE LEI Nº 4874, DE 2001, QUE "INSTITUI O ESTATUTO DO

DESPORTO".Presidente: Deley (PSC)1º Vice-Presidente: Marcelo Guimarães Filho (PFL)2º Vice-Presidente: Bismarck Maia (PSDB)3º Vice-Presidente:Relator: Gilmar Machado (PT)Titulares Suplentes

PTCésar Medeiros Antônio Carlos BiffiDr. Rosinha 5 vagasGilmar MachadoJoão GrandãoJorge Bittar1 vaga

PMDBAníbal Gomes Nelson BornierDarcísio Perondi Tadeu FilippelliGastão Vieira 3 vagasPedro ChavesWilson Santiago

Bloco PFL, PRONAJosé Rocha Claudio CajadoMarcelo Guimarães Filho Corauci SobrinhoRonaldo Caiado Onyx Lorenzoni1 vaga 1 vaga

PPJulio Lopes (Licenciado) João Tota vaga do Bloco PL, PSL

2 vagas 3 vagasPSDB

Bismarck Maia Lobbe NetoLéo Alcântara Nilson Pinto1 vaga Professora Raquel Teixeira

PTBJosé Militão Arnaldo Faria de SáJovair Arantes Josué BengtsonMarcus Vicente Sandro Matos

Bloco PL, PSLReinaldo Betão Maurício Rabelo2 vagas (Dep. S.PART. ocupa a vaga)

(Dep. do PP ocupa a vaga)PPS

Cláudio Magrão Colbert MartinsPSB

Dr. Ribamar Alves Luciano LeitoaPDT

André Figueiredo Pompeo de MattosPC do B

Daniel Almeida 1 vagaPSC

Deley vaga do PV Costa Ferreira(Dep. do PTC ocupa avaga)

PV(Dep. do PSC ocupa avaga)

Leonardo Mattos

PTCCarlos Willian vaga do PSC

Page 172: Portal da Câmara dos Deputadosimagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/DCD17JAN2007.pdf · 2008. 4. 3. · MESA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS (Biênio 2005/2006) PRESIDENTE ALDO REBELO - PCdoB

S.PART.João Mendes de Jesus vaga do Bloco PL, PSL

Secretário(a): Eveline de Carvalho AlmintaLocal: Anexo II - Pavimento Superior s/ 170-ATelefones: 216.6211

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERAO PROJETO DE LEI Nº 5186, DE 2005, DO PODER

EXECUTIVO, QUE "ALTERA A LEI Nº 9.615, DE 24 DE MARÇODE 1998, QUE INSTITUI NORMAS GERAIS SOBRE

DESPORTO E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS".Presidente: Bernardo Ariston (PMDB)1º Vice-Presidente: Carlos Melles (PFL)2º Vice-Presidente: Marcus Vicente (PTB)3º Vice-Presidente: Marcelo Guimarães Filho (PFL)Relator: Enivaldo Ribeiro (PP)Titulares Suplentes

PTGilmar Machado Dr. RosinhaIvo José 5 vagasNelson PellegrinoSimplício MárioVadinho Baião1 vaga

PMDBBernardo Ariston 5 vagasMendes Ribeiro FilhoPedro ChavesWilson Santiago(Dep. do PSC ocupa a vaga)

Bloco PFL, PRONACarlos Melles 4 vagasClaudio CajadoJosé RochaMarcelo Guimarães Filho vaga do PL

1 vagaPSDB

Antonio Cambraia Carlos Alberto LeréiaBismarck Maia Lobbe Neto1 vaga Nilson Pinto

PPEnivaldo Ribeiro João Pizzolatti2 vagas 2 vagas

PTBJosé Militão Arnaldo Faria de SáJovair Arantes Enio Tatico vaga do PL

Marcus Vicente Josué BengtsonSandro Matos

PL

Giacobo(Dep. do PSB ocupa a

vaga)

Reinaldo Betão(Dep. do PTB ocupa a

vaga)(Dep. do Bloco PFL, PRONA ocupa avaga)

1 vaga

PPSGeraldo Resende Cláudio Magrão

PSBDr. Ribamar Alves Edinho Montemor vaga do PL

Luciano LeitoaPDT

André Figueiredo João FontesPC do B

Daniel Almeida 1 vagaPV

Marcelo Ortiz 1 vagaPSC

Deley vaga do PMDB

Secretário(a): Carla Rodrigues de M. TavaresLocal: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-A

Telefones: 3216-6207/6232FAX: 3216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERAO PROJETO DE LEI Nº 5234, DE 2005, DO PODER

EXECUTIVO, QUE "INSTITUI A PROTEÇÃO ESPECIAL ÀSCRIANÇAS OU ADOLESCENTES AMEAÇADOS DE MORTE,

CRIA O PROGRAMA FEDERAL DE PROTEÇÃO ESPECIAL ÀSCRIANÇAS E ADOLESCENTES AMEAÇADOS DE MORTE, E

DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS".Presidente: Thelma de Oliveira (PSDB)1º Vice-Presidente: Eduardo Barbosa (PSDB)2º Vice-Presidente: Rose de Freitas (PMDB)3º Vice-Presidente: Celcita Pinheiro (PFL)Relator: Luiza Erundina (PSB)Titulares Suplentes

PTIara Bernardi 5 vagasLuiz CoutoMaria do Carmo LaraMaria do RosárioTerezinha Fernandes (Licenciado)

PMDBAlmerinda de Carvalho Ann PontesMarinha Raupp Lúcia BragaRose de Freitas 3 vagasTeté Bezerra1 vaga

Bloco PFL, PRONACelcita Pinheiro 4 vagasLaura CarneiroNice Lobão1 vaga

PSDBEduardo Barbosa Bosco CostaThelma de Oliveira João CamposWalter Barelli 1 vaga

PPDarci Coelho 3 vagasNilton BaianoSuely Campos

PTBPastor Reinaldo 3 vagas(Dep. do PPS ocupa a vaga)1 vaga

PL2 vagas Jorge Pinheiro

1 vagaPSB

Luiza Erundina 2 vagasSandra Rosado

PDTSeveriano Alves André Figueiredo

PPSDr. Francisco Gonçalves vaga do PTB Geraldo ThadeuGeraldo Resende

PC do BPerpétua Almeida 1 vaga

PVEdson Duarte Vittorio Medioli

PSC1 vaga 1 vagaSecretário(a): Ana Lúcia Ribeiro MarquesLocal: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-ATelefones: 3216-6214/6232FAX: 3216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERAO PROJETO DE LEI Nº 5403, DE 2001, QUE "DISPÕE

Page 173: Portal da Câmara dos Deputadosimagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/DCD17JAN2007.pdf · 2008. 4. 3. · MESA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS (Biênio 2005/2006) PRESIDENTE ALDO REBELO - PCdoB

SOBRE O ACESSO A INFORMAÇÕES DA INTERNET, E DÁOUTRAS PROVIDÊNCIAS".

Presidente: Gastão Vieira (PMDB)1º Vice-Presidente: Reginaldo Germano (PP)2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente:Relator: Julio Semeghini (PSDB)Titulares Suplentes

PTFernando Ferro 6 vagasJorge BittarLuiz Eduardo GreenhalghWalter Pinheiro2 vagas

PMDBGastão Vieira Cezar SchirmerLuiz Bittencourt Jorge AlbertoWilson Santiago Marcelo Castro2 vagas Paulo Afonso

1 vagaBloco PFL, PRONA

José Carlos Aleluia 4 vagasLaura Carneiro(Dep. do PP ocupa a vaga)(Dep. do PP ocupa a vaga)

PPCelso Russomanno Ricardo BarrosJoão Batista vaga do Bloco PFL, PRONA 2 vagasMarcos Abramo vaga do Bloco PFL, PRONA

Reginaldo Germano1 vaga

PSDBCarlos Alberto Leréia Domiciano CabralJulio Semeghini Narcio RodriguesNilson Pinto 1 vaga

PTBAlex Canziani Edna MacedoPastor Frankembergen Ricarte de FreitasPhilemon Rodrigues 1 vaga

Bloco PL, PSLPaulo Gouvêa Lincoln Portela(Dep. S.PART. ocupa a vaga) Reinaldo Betão1 vaga 1 vaga

PPSNelson Proença Raul Jungmann

PSBLuciano Leitoa 1 vaga

PDTAndré Figueiredo João Fontes

PC do BPerpétua Almeida 1 vaga

PSCCosta Ferreira 1 vaga

PVEdson Duarte 1 vaga

S.PART.Marcos de Jesus vaga do Bloco PL, PSL

Secretário(a): Leila Machado C. de FreitasLocal: Anexo II, Pavimento Superior, Sala 170-ATelefones: 216-6212/6232FAX: 216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERAO PROJETO DE LEI Nº 5476, DE 2001, DO SR. MARCELO

TEIXEIRA, QUE "MODIFICA A LEI Nº 9472, DE 16 DE JULHODE 1997, DETERMINANDO QUE A ESTRUTURA TARIFÁRIA

DOS SERVIÇOS DE TELEFONIA FIXA COMUTADA,PRESTADOS EM REGIME PÚBLICO, SEJA FORMADA

APENAS PELA REMUNERAÇÃO DAS LIGAÇÕESEFETUADAS".

Presidente: Francisco Dornelles (PP)1º Vice-Presidente: Romel Anizio (PP)2º Vice-Presidente: Selma Schons (PT)3º Vice-Presidente: Luiz Bittencourt (PMDB)Relator: Léo Alcântara (PSDB)Titulares Suplentes

PTDevanir Ribeiro Fernando FerroJorge Bittar Gilmar MachadoJosé Mentor Ivo JoséProfessor Luizinho Nilson MourãoSelma Schons Reginaldo LopesWalter Pinheiro 2 vagas1 vaga

PMDBAníbal Gomes 7 vagasÁtila Lins vaga do PPS

Delfim Netto vaga do PP

Geddel Vieira LimaLuiz BittencourtMauro LopesMoacir MichelettoZé Gerardo(Dep. do PSDB ocupa a vaga)

Bloco PFL, PRONACorauci Sobrinho Fernando de FabinhoJosé Carlos Aleluia Marcelo Guimarães Filho vaga do PL

Mussa Demes Onyx LorenzoniRoberto Brant Robson Tuma(Dep. do PP ocupa a vaga) Vilmar Rocha

1 vagaPSDB

Eduardo Paes (Licenciado) 4 vagasGonzaga MotaJulio SemeghiniLéo AlcântaraMarcelo Teixeira vaga do PMDB

PPCelso Russomanno Benedito de LiraFrancisco Dornelles Cleonâncio FonsecaMarcos Abramo vaga do Bloco PFL, PRONA Julio Lopes (Licenciado)Romel Anizio Simão Sessim(Dep. do PMDB ocupa a vaga)

PTBJonival Lucas Junior Alex CanzianiMarcus Vicente Enio Tatico vaga do PL

Romeu Queiroz Paes Landim(Dep. do PSB ocupa a vaga) Pedro Fernandes

1 vagaPL

Júnior Betão Heleno Silva(Dep. do PSB ocupa a vaga) Lincoln Portela(Dep. do PSB ocupa a vaga) (Dep. do PTB ocupa a vaga)

1 vaga(Dep. do Bloco PFL, PRONA

ocupa a vaga)PPS

(Dep. do PMDB ocupa a vaga) Nelson ProençaPSB

Edinho Montemor vaga do PL 1 vagaGivaldo CarimbãoMário Assad Júnior vaga do PL

Salvador Zimbaldi vaga do PTB

PDTMário Heringer Enio Bacci (Licenciado)

PC do BDaniel Almeida 1 vaga

PVMarcelo Ortiz Jovino CândidoSecretário(a): Angélica Maria L. F. AguiarLocal: Anexo II, Pavimento Superior, Sala 170-A

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Telefones: 216-6218/6232FAX: 216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERAO PROJETO DE LEI Nº 6222, DE 2005, QUE "DÁ NOVA

REDAÇÃO AO § 2º DO ART. 46 E AO CAPUT DO ART. 52 DALEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990 - ESTATUTO DA

CRIANÇA E DO ADOLESCENTE, SOBRE ADOÇÃOINTERNACIONAL". (PL 1756/03 APENSADO)

Presidente: Maria do Rosário (PT)1º Vice-Presidente: Zelinda Novaes (PFL)2º Vice-Presidente: Severiano Alves (PDT)3º Vice-Presidente: Kelly Moraes (PTB)Relator: Teté Bezerra (PMDB)Titulares Suplentes

PTAngela Guadagnin Luiz CoutoFernando Ferro Neyde AparecidaMaria do Rosário Terezinha Fernandes (Licenciado)Rubens Otoni 3 vagasSelma SchonsTelma de Souza

PFLCorauci Sobrinho Celcita PinheiroLaura Carneiro Kátia AbreuZelinda Novaes Nice Lobão(Dep. do PP ocupa a vaga) 2 vagas(Dep. do PSDB ocupa avaga)

PMDBJoão Matos Ann PontesMarcelo Castro Marinha RauppPaulo Afonso 2 vagasTeté Bezerra

PSDBEduardo Barbosa Professora Raquel TeixeiraJúlio Redecker 3 vagasPaulo Bauer vaga do PFL

Thelma de Oliveira1 vaga

PPDarci Coelho vaga do PFL 3 vagasFrancisco GarciaJosé Linhares1 vaga

PTBKelly Moraes Jonival Lucas Junior1 vaga 1 vaga

PL(Dep. S.PART. ocupa a vaga) Almeida de Jesus1 vaga Lincoln Portela

PSBLuiza Erundina 2 vagas1 vaga

PPS1 vaga 1 vaga

PDTSeveriano Alves Enio Bacci (Licenciado)

PC do BPerpétua Almeida Jamil Murad

PVMarcelo Ortiz (Dep. do PSC ocupa a vaga)

PSCDeley vaga do PV

S.PART.Marcos de Jesus vaga do PL

Secretário(a): Fernando Maia LeãoLocal: Anexo II, Pavimento Superior, Sala 170-ATelefones: 216-6205/6232FAX: 216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERAO PROJETO DE LEI Nº 6.666, DE 2006, DO SR. LUCIANOZICA, QUE "ALTERA A LEI Nº 9.478, DE 6 DE AGOSTO DE

1997, QUE 'DISPÕE SOBRE A POLÍTICA ENERGÉTICANACIONAL, AS ATIVIDADES RELATIVAS AO MONOPÓLIO

DO PETRÓLEO, INSTITUI O CONSELHO NACIONAL DEPOLÍTICA ENERGÉTICA E A AGÊNCIA NACIONAL DO

PETRÓLEO E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS'".Presidente: João Almeida (PSDB)1º Vice-Presidente: Arnaldo Madeira (PSDB)2º Vice-Presidente: Luiz Bassuma (PT)3º Vice-Presidente: Betinho Rosado (PFL)Relator: José Priante (PMDB)Titulares Suplentes

PTLuciano Zica Durval OrlatoLuiz Alberto (Licenciado) Fernando FerroLuiz Bassuma Luiz Eduardo GreenhalghMariângela Duarte Mauro PassosTarcísio Zimmermann 1 vaga

PMDBAlbérico Filho Aníbal GomesDelfim Netto Átila LinsJosé Priante Marcelo CastroLupércio Ramos Mauro LopesMarcello Siqueira Natan Donadon

Bloco PFL, PRONABetinho Rosado Eliseu ResendeFernando de Fabinho Júlio CesarJosé Carlos Aleluia 2 vagasJosé Carlos Machado

PSDBArnaldo Madeira Hamilton CasaraGonzaga Mota Nilson PintoJoão Almeida Paulo Bauer

PPBenedito de Lira Herculano AnghinettiFrancisco Appio João PizzolattiNelson Meurer Romel Anizio

PTBArnon Bezerra Arnaldo Faria de SáJonival Lucas Junior Iris SimõesJovair Arantes Neuton Lima

PLJaime Martins GiacoboMaurício Quintella Lessa vaga do PDT José Carlos AraújoMilton Monti

PSBRenato Casagrande Isaías Silvestre(Dep. S.PART. ocupa a vaga) Josias Quintal

PDT(Dep. do PL ocupa a vaga) Sérgio Miranda

PPS(Dep. S.PART. ocupa a vaga) Cezar Silvestri

PC do BVanessa Grazziotin Jandira Feghali

PVEdson Duarte Leonardo Mattos

PSOL

Babá(Dep. do PSC ocupa a

vaga)PSC

Dr. Heleno vaga do PSOL

S.PART.Fernando Estima vaga do PPS

João Mendes de Jesus vaga do PSB

Secretário(a): Angélica Maria Landim Fialho AguiarLocal: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-ATelefones: 3216-6218/6232

Page 175: Portal da Câmara dos Deputadosimagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/DCD17JAN2007.pdf · 2008. 4. 3. · MESA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS (Biênio 2005/2006) PRESIDENTE ALDO REBELO - PCdoB

FAX: 3216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERAO PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº 123, DE 2004, QUE

"REGULAMENTA O PARÁGRAFO ÚNICO DO ART. 146 E OINCISO IX DO ART. 170 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL E DÁ

OUTRAS PROVIDÊNCIAS" (APENSADOS: PLP 210/04 EOUTROS).

Presidente: Carlos Melles (PFL)1º Vice-Presidente: Eduardo Sciarra (PFL)2º Vice-Presidente: Selma Schons (PT)3º Vice-Presidente: Eliseu Padilha (PMDB)Relator: Luiz Carlos Hauly (PSDB)Titulares Suplentes

PTCarlito Merss Eduardo ValverdeJosé Pimentel Jorge BoeiraNazareno Fonteles VitorassiReginaldo Lopes 3 vagasSelma SchonsVignatti

PMDBCarlos Eduardo Cadoca Alexandre Santos vaga do PP

Eliseu Padilha 5 vagasMax RosenmannWilson SantiagoZé Gerardo

Bloco PFL, PRONACarlos Melles Fernando de FabinhoEduardo Sciarra Gervásio SilvaGerson Gabrielli Joaquim Francisco vaga do PTB

Luiz Carreira Vilmar Rocha1 vaga

PPFrancisco Dornelles Benedito de Lira2 vagas Feu Rosa

(Dep. do PMDB ocupa a vaga)PSDB

Luiz Carlos Hauly Júlio RedeckerRonaldo Dimas Julio SemeghiniWalter Barelli 1 vaga

PTBArmando Monteiro Enio Tatico vaga do Bloco PL, PSL

Arnaldo Faria de Sá(Dep. do Bloco PFL, PRONA

ocupa a vaga)José Militão 2 vagas

Bloco PL, PSLGiacobo Heleno SilvaMiguel de Souza Milton Monti(Dep. do PDT ocupa a vaga) (Dep. do PTB ocupa a vaga)

PPSFernando Coruja (Dep. do PSB ocupa a vaga)

PSBRenato Casagrande B. Sá vaga do PPS

Jorge Gomes (Licenciado)PDT

Ademir Camilo vaga do Bloco PL, PSL Álvaro DiasSérgio Miranda

PC do BVanessa Grazziotin 1 vaga

PSCCosta Ferreira 1 vaga

PVVittorio Medioli Jovino CândidoSecretário(a): Maria Terezinha DonatiLocal: Anexo II, Pavimento Superior, Sala 170-ATelefones: 216-6215/6232FAX: 216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER

AO PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº 184, DE 2004, QUE"INSTITUI, NA FORMA DO ART. 43 DA CONSTITUIÇÃO, A

SUPERINTENDÊNCIA DO DESENVOLVIMENTOSUSTENTÁVEL DO CENTRO-OESTE - SUDECO E DÁ

OUTRAS PROVIDÊNCIAS".Presidente: Carlos Abicalil (PT)1º Vice-Presidente: Ronaldo Caiado (PFL)2º Vice-Presidente: Professora Raquel Teixeira (PSDB)3º Vice-Presidente:Relator: Sandro Mabel (PL)Titulares Suplentes

PTAntônio Carlos Biffi Sigmaringa Seixas

Carlos Abicalil(Dep. do PSOL ocupa a

vaga)João Grandão 4 vagasNeyde AparecidaRubens Otoni1 vaga

PMDBLuiz Bittencourt Leandro VilelaNelson Trad Zequinha Marinho vaga do PSC

Pedro Chaves 4 vagasTeté BezerraWaldemir Moka

Bloco PFL, PRONACelcita Pinheiro Vilmar RochaRonaldo Caiado 3 vagas2 vagas

PPDarci Coelho Pedro Henry(Dep. do PSDB ocupa a vaga) Sandes Júnior1 vaga 1 vaga

PSDBCarlos Alberto Leréia Ronaldo DimasJoão Campos (Dep. do PV ocupa a vaga)Leonardo Vilela vaga do PP 1 vagaProfessora Raquel Teixeira

PTBEnio Tatico 3 vagasJovair ArantesRicarte de Freitas

Bloco PL, PSLJorge Pinheiro Luciano CastroLincoln Portela vaga do PV Maurício RabeloSandro Mabel Miguel de Souza1 vaga

PPSGeraldo Resende (Dep. do PSB ocupa a vaga)

PSBBarbosa Neto Júlio Delgado vaga do PPS

1 vagaPDT

Severiano Alves Mário HeringerPC do B

Perpétua Almeida 1 vagaPSC

Pastor Amarildo(Dep. do PMDB ocupa a

vaga)PV

(Dep. do Bloco PL, PSL ocupa avaga)

Vittorio Medioli vaga do PSDB

1 vagaPSOL

Maninha vaga do PT

Secretário(a): Valdivino Tolentino FilhoLocal: Anexo II, Pavimento Superior, Sala 170-ATelefones: 216-6206/6232FAX: 216-6225

Page 176: Portal da Câmara dos Deputadosimagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/DCD17JAN2007.pdf · 2008. 4. 3. · MESA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS (Biênio 2005/2006) PRESIDENTE ALDO REBELO - PCdoB

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERAO PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº 76, DE 2003, QUE

"INSTITUI, NA FORMA DO ART. 43 DA CONSTITUIÇÃO, ASUPERINTENDÊNCIA DO DESENVOLVIMENTO DO

NORDESTE - SUDENE, ESTABELECE A SUA COMPOSIÇÃO,NATUREZA JURÍDICA, OBJETIVOS, ÁREA DECOMPETÊNCIA E INSTRUMENTOS DE AÇÃO".

Presidente:1º Vice-Presidente: José Pimentel (PT)2º Vice-Presidente: Fábio Souto (PFL)3º Vice-Presidente:Relator: Zezéu Ribeiro (PT)Titulares Suplentes

PTFátima Bezerra Josias GomesJosé Pimentel Luiz Alberto (Licenciado)Leonardo Monteiro Maurício Rands

Luiz CoutoTerezinha Fernandes

(Licenciado)Paulo Rubem Santiago (Dep. do PSOL ocupa a vaga)Zezéu Ribeiro 1 vaga

PFLAndré de Paula Fernando de FabinhoFábio Souto José Carlos MachadoJosé Rocha Marcelo Guimarães FilhoLuiz Carreira (Dep. do PL ocupa a vaga)(Dep. S.PART. ocupa a vaga) 1 vaga

PMDBJorge Alberto Carlos Eduardo CadocaMauro Benevides Mauro Lopes(Dep. do PSB ocupa a vaga) Moraes Souza1 vaga Zé Gerardo

PSDBAntonio Cambraia Gonzaga MotaBosco Costa 3 vagasJoão Almeida1 vaga

PPBenedito de Lira Enivaldo RibeiroCleonâncio Fonseca Márcio Reinaldo MoreiraReginaldo Germano Zé Lima

PTBArmando Monteiro 2 vagasJackson Barreto

PLJaime Martins José Carlos Araújo vaga do PFL

José Santana de Vasconcellos Sandro MabelMaurício Quintella Lessa vaga do PSB 1 vaga

PSBB. Sá vaga do PPS 2 vagasIsaías SilvestreSandra Rosado vaga do PMDB

(Dep. do PL ocupa a vaga)PPS

(Dep. do PSB ocupa a vaga) Rogério TeófiloPDT

Álvaro Dias Wagner LagoPC do B

Renildo Calheiros Inácio ArrudaPRONA

Elimar Máximo Damasceno 1 vagaPSOL

João Alfredo vaga do PT

S.PART.César Bandeira vaga do PFL

Secretário(a): Eveline de Carvalho AlmintaLocal: Anexo II, Pavimento Superior, Sala 170-ATelefones: 216-6211 / 6232FAX: 216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERAO PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº 91, DE 2003, QUE

"INSTITUI, NA FORMA DO ART. 43 DA CONSTITUIÇÃO, ASUPERINTENDÊNCIA DO DESENVOLVIMENTO DA

AMAZÔNIA - SUDAM, ESTABELECE A SUA COMPOSIÇÃO,NATUREZA JURÍDICA, OBJETIVOS, ÁREA DECOMPETÊNCIA E INSTRUMENTOS DE AÇÃO".

Presidente: Átila Lins (PMDB)1º Vice-Presidente: Marinha Raupp (PMDB)2º Vice-Presidente: Vic Pires Franco (PFL)3º Vice-Presidente: Hamilton Casara (PSDB)Titulares Suplentes

PTAnselmo Eduardo ValverdeCarlos Abicalil Nilson MourãoHélio Esteves Zico BronzeadoHenrique Afonso 3 vagasTerezinha Fernandes (Licenciado)Zé Geraldo

PFLKátia Abreu Clóvis FecuryPauderney Avelino Davi Alcolumbre vaga do PDT

Vic Pires Franco Francisco Rodrigues(Dep. do PP ocupa a vaga) 3 vagas1 vaga

PMDBAsdrubal Bentes Ann PontesÁtila Lins vaga do PPS Wladimir CostaMarinha Raupp 2 vagasOsvaldo Reis(Dep. do PTB ocupa a vaga)

PSDBHamilton Casara Anivaldo ValeNicias Ribeiro Zenaldo CoutinhoNilson Pinto 2 vagas1 vaga

PPDarci Coelho vaga do PFL Zé LimaFrancisco Garcia 2 vagasSuely Campos1 vaga

PTBAlceste Almeida vaga do PMDB Josué BengtsonPastor Frankembergen 1 vagaSilas Câmara

PLHumberto Michiles Coronel Alves vaga do PSB

Raimundo Santos Luciano CastroMaurício Rabelo

PSBDr. Ribamar Alves (Dep. do PL ocupa a vaga)1 vaga 1 vaga

PPS(Dep. do PMDB ocupa a vaga) 1 vaga

PDTDr. Rodolfo Pereira (Dep. do PFL ocupa a vaga)

PC do BPerpétua Almeida Vanessa Grazziotin

PVSarney Filho (Dep. do PSC ocupa a vaga)

PSCDeley vaga do PV

Secretário(a): Maria Terezinha DonatiLocal: Anexo II, Pavimento Superior, Sala 170-ATelefones: 216-6215 / 6232FAX: 216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A EFETUAR ESTUDO EM

Page 177: Portal da Câmara dos Deputadosimagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/DCD17JAN2007.pdf · 2008. 4. 3. · MESA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS (Biênio 2005/2006) PRESIDENTE ALDO REBELO - PCdoB

RELAÇÃO ÀS MATÉRIAS EM TRAMITAÇÃO NA CASA, CUJOTEMA ABRANJA A REFORMA PREVIDENCIÁRIA.

Presidente: Roberto Brant (PFL)1º Vice-Presidente: Onyx Lorenzoni (PFL)2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente:Relator: José Pimentel (PT)Titulares Suplentes

PTArlindo Chinaglia Adão PrettoDr. Rosinha Assis Miguel do CoutoEduardo Valverde Durval OrlatoHenrique Fontana Guilherme MenezesJosé Pimentel Roberto Gouveia

Nilson Mourão(Dep. do PSOL ocupa a

vaga)(Dep. do PSOL ocupa a vaga) 1 vaga

PFLAlberto Fraga (Licenciado) vaga do PMDB Ivan Ranzolin vaga do PP

Félix Mendonça vaga do PTB Luiz CarreiraGervásio Silva Vic Pires FrancoOnyx Lorenzoni Vilmar RochaRoberto Brant (Dep. do PSB ocupa a vaga)Robson Tuma (Dep. do PP ocupa a vaga)(Dep. do PP ocupa a vaga) 1 vaga1 vaga

PMDBAdelor Vieira Osvaldo BiolchiAlexandre Santos vaga do PSDB 4 vagasDarcísio PerondiJorge AlbertoMendes Ribeiro Filho(Dep. do PFL ocupa a vaga)

PSDBCustódio Mattos (Licenciado) Anivaldo ValeEduardo Barbosa Bismarck Maia(Dep. do PMDB ocupa a vaga) João Campos2 vagas (Dep. do PP ocupa a vaga)

1 vagaPP

Darci Coelho vaga do PFL Feu Rosa vaga do PSDB

Jair Bolsonaro Reginaldo Germano vaga do PFL

José Linhares (Dep. do PFL ocupa a vaga)1 vaga 2 vagas

PTBArnaldo Faria de Sá Ricardo Izar(Dep. do PPS ocupa a vaga) Vicente Cascione(Dep. do PFL ocupa a vaga) 1 vaga

PLChico da Princesa Humberto MichilesMedeiros Maurício Rabelo(Dep. do PSB ocupa a vaga) Wellington Roberto

PSBCarlos Mota vaga do PL Marcondes Gadelha vaga do PFL

Paulo Baltazar(Dep. do PSOL ocupa a

vaga)1 vaga 1 vaga

PPSDr. Francisco Gonçalves vaga do PTB Geraldo ThadeuFernando Coruja

PDT

Alceu Collares(Dep. S.PART. ocupa a

vaga)PC do B

Jandira Feghali Alice PortugalPRONA

Enéas 1 vagaPSOL

Ivan Valente vaga do PT Luciana Genro vaga do PT

Maninha vaga do PSB

S.PART.João Mendes de Jesus vaga do

PDT

Secretário(a): Maria Terezinha DonatiLocal: Anexo II, Pavimento Superior, sala 170-ATelefones: 216-6215 / 6232FAX: 216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A EFETUAR ESTUDO EMRELAÇÃO ÀS MATÉRIAS EM TRAMITAÇÃO NA CASA, CUJO

TEMA ABRANJA A REFORMA DO JUDICIÁRIO.Presidente: José Eduardo Cardozo (PT)1º Vice-Presidente: João Alfredo (PSOL)2º Vice-Presidente: Nelson Trad (PMDB)3º Vice-Presidente: João Campos (PSDB)Titulares Suplentes

PTAntonio Carlos Biscaia Iriny LopesDra. Clair 6 vagasJosé Eduardo CardozoJosé MentorMaurício Rands(Dep. do PSOL ocupa a vaga)1 vaga

PFLJairo Carneiro Antonio Carlos Magalhães NetoLuiz Carlos Santos José Mendonça BezerraMendonça Prado Robério Nunes(Dep. do PP ocupa a vaga) Vilmar Rocha(Dep. do PTB ocupa a vaga) 2 vagas1 vaga

PMDBBernardo Ariston Osmar SerraglioNelson Trad Paulo LimaWilson Santiago 3 vagas2 vagas

PSDBAloysio Nunes Ferreira(Licenciado)

Bonifácio de Andrada

João Campos Bosco CostaVicente Arruda Nicias Ribeiro(Dep. do PPS ocupa a vaga) Zenaldo Coutinho1 vaga Zulaiê Cobra

PPDarci Coelho vaga do PFL Celso RussomannoFeu Rosa Jair Bolsonaro vaga do PTB

2 vagas Nélio DiasRoberto Balestra

PTBFleury Arnaldo Faria de SáPaes Landim vaga do PFL (Dep. do PP ocupa a vaga)Vicente Cascione 1 vaga1 vaga

PLJosé Santana de Vasconcellos Raimundo Santos(Dep. do PSB ocupa a vaga) Wellington Roberto1 vaga (Dep. do PSB ocupa a vaga)

PSB

Carlos Mota vaga do PL João Paulo Gomes da Silva vaga do

PL

Renato Casagrande 2 vagas(Dep. do PTC ocupa a vaga)

PPSDimas Ramalho (Licenciado) Fernando CorujaJuíza Denise Frossard vaga do PSDB

PDTWagner Lago Pompeo de Mattos

PC do BPerpétua Almeida 1 vaga

PRONA

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1 vaga 1 vagaPSOL

João Alfredo vaga do PT

PTCCarlos Willian vaga do PSB

Secretário(a): Heloisa Pedrosa DinizLocal: Anexo II, Pavimento Superior, Sala 170-ATelefones: 216-6201 / 6232FAX: 216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A EFETUAR ESTUDO EMRELAÇÃO ÀS MATÉRIAS EM TRAMITAÇÃO NA CASA, CUJO

TEMA ABRANJA A REFORMA POLÍTICA.Presidente: Alexandre Cardoso (PSB)1º Vice-Presidente:2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente:Relator: Ronaldo Caiado (PFL)Titulares Suplentes

PTDevanir Ribeiro César MedeirosFernando Ferro ColomboJosé Eduardo Cardozo Luiz SérgioLuiz Couto Maria do Carmo Lara

Paulo Delgado(Dep. do PSOL ocupa a

vaga)Rubens Otoni (Dep. do PDT ocupa a vaga)(Dep. do PSOL ocupa a vaga) 1 vaga

PFL

André de PaulaAntonio Carlos Magalhães

NetoLuiz Carlos Santos Eduardo SciarraRoberto Magalhães vaga do PTB José RochaRonaldo Caiado Marcelo Guimarães FilhoVic Pires Franco Zelinda Novaes

(Dep. do PP ocupa a vaga)(Dep. do PSDB ocupa a

vaga)(Dep. do PTB ocupa a vaga)

PMDBCezar Schirmer Almerinda de CarvalhoOsmar Serraglio Átila Lins vaga do PPS

Osvaldo Biolchi Jorge Alberto(Dep. S.PART. ocupa a vaga) Leandro Vilela1 vaga Mauro Benevides

(Dep. S.PART. ocupa avaga)

PSDBAffonso Camargo Carlos Alberto LeréiaAloysio Nunes Ferreira (Licenciado) Nicias RibeiroBonifácio de Andrada Paulo Bauer vaga do PFL

João Almeida Thelma de OliveiraProfessora Raquel Teixeira Vicente Arruda

1 vagaPP

Leodegar Tiscoski Francisco DornellesMarcos Abramo vaga do PFL Nélio DiasMário Negromonte Ricardo BarrosNilton Baiano

PTBJackson Barreto Edna MacedoPaes Landim vaga do PFL José Múcio MonteiroPhilemon Rodrigues Neuton Lima(Dep. do PFL ocupa a vaga)

PLLincoln Portela Almeida de Jesus(Dep. do PSB ocupa a vaga) Oliveira Filho1 vaga (Dep. do PSB ocupa a vaga)

PSBAlexandre Cardoso (Licenciado) Mário Assad Júnior vaga do PL

João Paulo Gomes da Silva vaga do PL 2 vagas

Luiza ErundinaPPS

Fernando Coruja(Dep. do PMDB ocupa a

vaga)PDT

Severiano Alves João Fontes vaga do PT

Mário HeringerPC do B

Renildo Calheiros Inácio ArrudaPV

Jovino Cândido Marcelo OrtizPSOL

Chico Alencar vaga do PT João Alfredo vaga do PT

S.PART.José Divino vaga do PMDB Vieira Reis vaga do PMDB

Secretário(a): Ana Lúcia Ribeiro MarquesLocal: Anexo II, Pavimento Superior, Sala 170-ATelefones: 216-6214 / 6232FAX: 216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A EFETUAR ESTUDO EMRELAÇÃO ÀS MATÉRIAS EM TRAMITAÇÃO NA CASA, CUJO

TEMA ABRANJA A REFORMA TRABALHISTA.Presidente: Vicentinho (PT)1º Vice-Presidente: Maurício Rands (PT)2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente:Relator: José Chaves (PTB)Titulares Suplentes

PTCarlos Santana Antônio Carlos BiffiDra. Clair Antonio Carlos BiscaiaLuiz Alberto (Licenciado) Henrique AfonsoMaurício Rands Josias GomesOrlando Desconsi Neyde AparecidaVicentinho Tarcísio Zimmermann

1 vaga(Dep. do PSOL ocupa a

vaga)PFL

Joaquim Francisco vaga do PTB Celcita PinheiroRobson Tuma Gerson GabrielliVilmar Rocha Onyx Lorenzoni(Dep. do PP ocupa a vaga) (Dep. do PTB ocupa a vaga)(Dep. do PSDB ocupa a vaga) 2 vagas2 vagas

PMDBLeonardo Picciani Leandro VilelaWladimir Costa Pastor Pedro Ribeiro(Dep. do PTB ocupa a vaga) Takayama(Dep. do PSDB ocupa a vaga) (Dep. do PTB ocupa a vaga)(Dep. do PSB ocupa a vaga) 1 vaga

PSDBAntonio Carlos Pannunzio Carlos SampaioCarlos Alberto Leréia Leonardo Vilela vaga do PP

Eduardo Paes (Licenciado) 4 vagasMarcelo Teixeira vaga do PMDB

Paulo Bauer vaga do PFL

Ronaldo DimasZenaldo Coutinho

PPFrancisco Dornelles Luis Carlos HeinzeJoão Batista vaga do PFL Vadão Gomes

Nelson Meurer(Dep. do PSDB ocupa a

vaga)Roberto Balestra

PTBIris Simões Homero BarretoJosé Chaves (Licenciado) vaga do PMDB Jefferson Campos vaga do PMDB

José Múcio Monteiro Paes Landim vaga do PFL

(Dep. do PFL ocupa a vaga) Philemon Rodrigues

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1 vagaPL

Miguel de Souza Heleno SilvaSandro Mabel Milton Monti(Dep. S.PART. ocupa a vaga) Raimundo Santos

PSBDr. Ribamar Alves Luciano Leitoa vaga do PDT

Isaías Silvestre 2 vagasMaria Helena vaga do PMDB

PPSCláudio Magrão Raul Jungmann

PDTPompeo de Mattos (Dep. do PSB ocupa a vaga)

PC do BDaniel Almeida Jamil Murad

PRONA1 vaga 1 vaga

PSOLBabá vaga do PT

S.PART.Almir Moura vaga do PL

Secretário(a): Valdivino Tolentino FilhoLocal: Anexo II, Pavimento Superior, sala 170-ATelefones: 216-6206 / 6232FAX: 216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A EFETUAR ESTUDO EMRELAÇÃO ÀS MATÉRIAS EM TRAMITAÇÃO NA CASA, CUJO

TEMA ABRANJA O SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL.Presidente: Mussa Demes (PFL)1º Vice-Presidente: Gerson Gabrielli (PFL)2º Vice-Presidente: Carlos Eduardo Cadoca (PMDB)3º Vice-Presidente: Luiz Carlos Hauly (PSDB)Relator: Virgílio Guimarães (PT)Titulares Suplentes

PTCarlito Merss Paulo PimentaJorge Bittar Reginaldo LopesJosé Mentor Telma de SouzaPaulo Bernardo (Licenciado) VignattiPaulo Rubem Santiago (Dep. do PV ocupa a vaga)Virgílio Guimarães 2 vagasWalter Pinheiro

PFLEdmar Moreira vaga do PL Eduardo SciarraGerson Gabrielli Eliseu ResendeJosé Carlos Machado Gervásio SilvaMussa Demes Júlio CesarPauderney Avelino Vic Pires Franco(Dep. do PSDB ocupa a vaga) 1 vaga1 vaga

PMDBAndré Zacharow vaga do PDT Ann PontesCarlos Eduardo Cadoca Jorge AlbertoDelfim Netto vaga do PP Paulo AfonsoLuiz Bittencourt Pedro ChavesMax Rosenmann Zequinha Marinho vaga do PTB

(Dep. do PTB ocupa a vaga) 1 vaga(Dep. do PSDB ocupa a vaga)

PSDBAntonio Cambraia Anivaldo ValeEduardo Paes (Licenciado) vaga do

PFL Antonio Carlos Mendes Thame

Julio Semeghini Gonzaga MotaLuiz Carlos Hauly (Dep. do PTB ocupa a vaga)Marcelo Teixeira vaga do PMDB 1 vagaNarcio RodriguesWalter Feldman (Licenciado)

PPFrancisco Dornelles Herculano Anghinetti

João Leão vaga do PL Márcio Reinaldo MoreiraRomel Anizio 1 vaga(Dep. do PMDB ocupa a vaga)

PTBArmando Monteiro vaga do PMDB Arnon Bezerra vaga do PSDB

José Militão Enio TaticoNelson Marquezelli Pedro Fernandes1 vaga (Dep. do PMDB ocupa a vaga)

PLSandro Mabel Jaime Martins(Dep. do PFL ocupa a vaga) Reinaldo Betão(Dep. do PP ocupa a vaga) (Dep. do PSB ocupa a vaga)

PSB

Beto AlbuquerqueJoão Paulo Gomes da Silva vaga

do PL

Renato Casagrande Pastor Francisco Olímpio1 vaga

PPSFernando Coruja (Dep. do PDT ocupa a vaga)

PDTSérgio Miranda vaga do PC do B André Figueiredo(Dep. do PMDB ocupa a vaga) João Herrmann Neto vaga do PPS

PC do B(Dep. do PDT ocupa a vaga) Vanessa Grazziotin

PVEdson Duarte Fernando Gabeira vaga do PT

Leonardo MattosSecretário(a): Angélica Maria Landim Fialho de AguiarLocal: Anexo II, Pavimento Superior, sala 170-ATelefones: 216-6218 / 6232FAX: 216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A OUVIR OS DIVERSOSPOSICIONAMENTOS A RESPEITO DO TEMA E PROPOR

MEDIDAS VISANDO A REFORMA UNIVERSITÁRIA.Presidente:1º Vice-Presidente:2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente:Titulares Suplentes

PT6 vagas 6 vagas

PMDBGastão Vieira Osmar SerraglioJoão Matos Pedro Irujo vaga do Bloco PL, PSL

Marinha Raupp 4 vagasOsvaldo Biolchi1 vaga

Bloco PFL, PRONAAlberto Fraga (Licenciado) vaga do PTB 4 vagasCorauci SobrinhoDr. Pinotti (Licenciado)(Dep. S.PART. ocupa a vaga)1 vaga

PPFeu Rosa Márcio Reinaldo MoreiraProfessor Irapuan Teixeira Suely CamposSimão Sessim (Dep. do PDT ocupa a vaga)Vanderlei Assis 1 vaga

PSDBNilson Pinto Bonifácio de AndradaProfessora Raquel Teixeira Lobbe Neto1 vaga Rafael Guerra

PTBEduardo Seabra Alex CanzianiJonival Lucas Junior Elaine Costa(Dep. do Bloco PFL, PRONAocupa a vaga)

Paes Landim

Bloco PL, PSLMilton Monti (Dep. S.PART. ocupa a vaga)

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(Dep. do PSB ocupa a vaga)(Dep. do PMDB ocupa a

vaga)1 vaga 1 vaga

PPSRogério Teófilo Fernando Coruja

PSBCarlos Mota vaga do Bloco PL, PSL 1 vagaLuciano Leitoa

PDTSeveriano Alves Wagner Lago vaga do PP

1 vagaPC do B

Alice Portugal Jamil MuradPSC

Costa Ferreira 1 vagaPV

Sarney Filho Marcelo OrtizS.PART.

César Bandeira vaga do Bloco PFL, PRONA Almir Moura vaga do Bloco PL, PSL

Secretário(a): -

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A APRECIAR ASSOLICITAÇÕES DE ACESSO A INFORMAÇÕES SIGILOSAS

PRODUZIDAS OU RECEBIDAS PELA CÂMARA DOSDEPUTADOS NO EXERCÍCIO DE SUAS FUNÇÕES

PARLAMENTARES E ADMINISTRATIVAS, ASSIM COMOSOBRE O CANCELAMENTO OU REDUÇÃO DE PRAZOS DE

SIGILO E OUTRAS ATRIBUIÇÕES PREVISTAS NARESOLUÇÃO N º 29, DE 1993.

Presidente: Carlos Melles (PFL)1º Vice-Presidente:2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente:Titulares Suplentes

PTJorge Bittar

PFLCarlos MellesRoberto MagalhãesSecretário(a): Tarciso Aparecido Higino de CarvalhoLocal: Secretaria Executiva da Cesp de Doc. SigilososTelefones: 216-5625FAX: 216-5605

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A EFETUAR ESTUDO EOFERECER PROPOSIÇÕES SOBRE O TEMA TRABALHO E

EMPREGO DOMÉSTICO.Presidente: Elaine Costa (PTB)1º Vice-Presidente: Sandra Rosado (PSB)2º Vice-Presidente: Luiz Alberto (PT)3º Vice-Presidente: Benjamin Maranhão (PMDB)Relator: Luci Choinacki (PT)Titulares Suplentes

PTIara Bernardi Dra. ClairLuci Choinacki Maria do RosárioLuciano Zica Neyde AparecidaLuiz Alberto (Licenciado) Selma Schons

PMDBBenjamin Maranhão Leonardo PiccianiLúcia Braga Osvaldo Reis(Dep. do PSB ocupa a vaga) 2 vagas1 vaga

Bloco PFL, PRONADavi Alcolumbre 3 vagasZelinda Novaes(Dep. do PSC ocupa a vaga)

PPJosé Linhares Érico RibeiroNilton Baiano Mário Negromonte

1 vaga Vadão GomesPSDB

Bosco Costa Thelma de OliveiraWalter Barelli 1 vaga

PTBArnaldo Faria de Sá Edna MacedoElaine Costa (Dep. do PPS ocupa a vaga)

Bloco PL, PSLMaurício Rabelo Wanderval SantosMedeiros 1 vaga

PPS

Cláudio MagrãoDr. Francisco Gonçalves vaga do

PTB

1 vagaPSB

Jorge Gomes (Licenciado) 1 vagaSandra Rosado vaga do PMDB

PDTAlceu Collares André Figueiredo

PC do BJandira Feghali Vanessa Grazziotin

PSCMilton Barbosa vaga do Bloco PFL, PRONA

Secretário(a): Regina Maria Veiga BrandãoLocal: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-ATelefones: 3216-6216/6232FAX: 3216-6225

REQUER A INSTALAÇÃO DE COMISSÃO EXTERNADESTINADA A ACOMPANHAR E TOMAR MEDIDAS CABÍVEIS

NAS DENÚNCIAS DE DESVIO DE VERBAS FEDERAISRELATIVAS À SAÚDE NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO.

Titulares SuplentesPT

(Dep. do PSOL ocupa a vaga)PMDB

(Dep. S.PART. ocupa a vaga)PFL

Laura CarneiroPSB

Alexandre Cardoso (Licenciado)PC do B

Jandira FeghaliPSOL

Chico Alencar vaga do PT

S.PART.José Divino vaga do PMDB

Secretário(a): -

COMISSÃO EXTERNA DESTINADA A ACOMPANHAR ASINVESTIGAÇÕES DO ASSASSINATO DOS AUDITORES

FISCAIS E DO MOTORISTA DO MINISTÉRIO DO TRABALHO,NA REGIÃO NOROESTE DE MINAS GERAIS, NA CIDADE DE

UNAÍ.Coordenador: Luiz Eduardo Greenhalgh (PT)Relator: Carlos Mota (PSB)Titulares Suplentes

PTEduardo ValverdeLuiz Eduardo GreenhalghVirgílio Guimarães

PSDBEduardo Barbosa

PTBArnaldo Faria de Sá

PSBCarlos Mota

PDTSérgio Miranda

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PPSColbert MartinsSecretário(a): Maria de Fátima MoreiraLocal: Anexo II, Pavimento Superior, Sala 170-ATelefones: 216-6204/6232FAX: 216-6225

COMISSÃO EXTERNA DESTINADA A ACOMPANHAR ASINVESTIGAÇÕES SOBRE SUCESSIVOS ATAQUES,

SEGUIDOS DE MORTE, PRATICADOS CONTRAMORADORES DE RUA NA CIDADE DE SÃO PAULO.

Coordenador: Orlando Fantazzini (PSOL)Titulares Suplentes

PTLuiz Eduardo Greenhalgh(Dep. do PSOL ocupa a vaga)

PMDBGilberto Nascimento(Dep. do PTB ocupa a vaga)

Bloco PFL, PRONADr. Pinotti (Licenciado)

PPCelso Russomanno

PSDBZulaiê Cobra

PTBArnaldo Faria de SáJefferson Campos vaga do PMDB

Bloco PL, PSLWanderval Santos

PPSGeraldo Thadeu

PSBLuiza Erundina

PSOLOrlando Fantazzini vaga do PT

Secretário(a): -

COMISSÃO EXTERNA DESTINADA A VERIFICAR, "IN LOCO",AS CAUSAS DO INCÊNDIO E BUSCAR CONHECIMENTO

PARA QUE AS POLÍTICAS PÚBLICAS FEDERAIS POSSAMDESENVOLVER O ESTADO DE RORAIMA.

Titulares SuplentesPT

Josias GomesProfessor LuizinhoZico Bronzeado1 vaga

PMDB(Dep. do PTB ocupa a vaga)

PFLFrancisco Rodrigues

PTBAlceste Almeida vaga do PMDB

Pastor FrankembergenPP

Suely CamposPDT

Dr. Rodolfo PereiraPC do B

Vanessa GrazziotinSecretário(a): -

COMISSÃO EXTERNA DESTINADA A REALIZAR VISITAS ÀSINSTALAÇÕES DE ENRIQUECIMENTO DE URÂNIO

LOCALIZADAS EM RESENDE - RJ, EM CAITITÉ - BA EMOUTROS MUNICÍPIOS, E ELABORAR RELATÓRIODESCRITIVO, CONTENDO ANÁLISE E AVALIAÇÃO

CIRCUNSTANCIAL DOS PROCESSOS E PRECEDIMENTOSOBSERVADOS NO PROJETO NUCLEAR BRASILEIRO.

Titulares SuplentesPMDB

Moreira FrancoPFL

Carlos MellesIvan RanzolinRobério Nunes

PSDBAntonio Carlos Pannunzio

PPFeu RosaJair Bolsonaro

PDTJoão Herrmann Neto

PVEdson DuarteFernando Gabeira

PSOLManinha

S.PART.Marcos de JesusSecretário(a): -

COMISSÃO EXTERNA DESTINADA A ACOMPANHAR OSTRABALHOS RELACIONADOS À CHACINA OCORRIDA NA

BAIXADA FLUMINENSE, INCLUSIVE A APURAÇÃO QUE VEMSENDO FEITA PELOS ÓRGÃOS POLICIAIS.

Presidente: Nelson Bornier (PMDB)Titulares Suplentes

PTAntonio Carlos Biscaia(Dep. do PDT ocupa a vaga)

PMDBAlmerinda de Carvalho vaga do PP

Nelson BornierBloco PFL, PRONA

1 vagaPSDB

1 vagaPP

(Dep. do PMDB ocupa a vaga)PTB

1 vagaPL

Reinaldo BetãoPDT

André Costa vaga do PT

Secretário(a): -

COMISSÃO EXTERNA DESTINADA A VISITAR A BAHIA EAVERIGUAR AS RAZÕES DO CONFLITO ENTRE OS

MÉDICOS BAIANOS E OS PLANOS DE SAÚDE.Titulares Suplentes

PTAngela GuadagninGuilherme MenezesNelson Pellegrino

PMDBGeddel Vieira LimaJorge Alberto

Bloco PFL, PRONAJosé Rocha1 vaga

PPNilton BaianoVanderlei Assis

PSDB

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João AlmeidaPTB

Jonival Lucas JuniorBloco PL, PSL

Amauri GasquesPPS

Colbert MartinsPSB

Jorge Gomes (Licenciado)PC do B

Alice PortugalSecretário(a): -

COMISSÃO EXTERNA DESTINADA A AVERIGUAR ASITUAÇÃO DE CONFLITO EXISTENTE ENTRE OS

MORADORES E O IBAMA, NO ENTORNO DO PARQUENACIONAL DO IGUAÇU, NO ESTADO DO PARANÁ.

Titulares SuplentesPT

Assis Miguel do CoutoPMDB

Osmar SerraglioPFL

Eduardo SciarraPSDB

Luiz Carlos HaulyPP

Nelson MeurerPTB

Alex CanzianiPV

Fernando GabeiraSecretário(a): -

COMISSÃO EXTERNA DESTINADA A AVERIGUAR, "INLOCO", A QUESTÃO DO CONTROLE DE TRÁFEGO AÉREO.

Titulares SuplentesPT

Paulo Pimenta 1 vagaPMDB

Gastão Vieira Rose de FreitasBloco PFL, PRONA

Alberto Fraga (Licenciado) Francisco RodriguesPSDB

Sebastião Madeira Eduardo BarbosaPP

Celso Russomanno Jair BolsonaroPTB

Arnaldo Faria de Sá 1 vagaPL

Jaime Martins Coronel AlvesPSB

Renato Casagrande 1 vagaPDT

Alceu Collares Ademir CamiloPPS

Colbert Martins Rogério TeófiloPC do B

Vanessa Grazziotin 1 vagaPV

Fernando Gabeira Marcelo OrtizPSOL

Ivan Valente ManinhaPSC

Deley 1 vagaPTC

Carlos WillianSecretário(a): Maria Terezinha DonatiLocal: Anexo II Ala A sala 170

Telefones: 3216.6215

COMISSÃO EXTERNA DESTINADA A ACOMPANHAR ASINVESTIGAÇÕES SOBRE O ENVENENAMENTO DE ANIMAISOCORRIDO NA FUNDAÇÃO ZOOLÓGICO DE SÃO PAULO.

Coordenador: Marcelo Ortiz (PV)Titulares Suplentes

PTDevanir RibeiroRoberto Gouveia

PMDBAnn Pontes(Dep. do PV ocupa a vaga)

Bloco PFL, PRONARobson Tuma(Dep. do PV ocupa a vaga)

PPIldeu AraujoProfessor Irapuan Teixeira

PSDBAntonio Carlos Mendes Thame

PTBArnaldo Faria de Sá

Bloco PL, PSLAmauri Gasques

PPSGeraldo Thadeu

PSB1 vaga

PVEdson Duarte vaga do PMDB

Marcelo OrtizSarney Filho vaga do Bloco PFL, PRONA

Secretário(a): José Maria Aguiar de CastroLocal: Anexo II, Pavimento Superior, Sala 170-ATelefones: 3216-6209/6232FAX: 3216-6225

COMISSÃO EXTERNA DESTINADA A ACOMPANHAR ASINVESTIGAÇÕES SOBRE OS CONFRONTOS ENTRE OS

GARIMPEIROS E ÍNDIOS CINTA-LARGA PELA EXPLORAÇÃOILEGAL DO GARIMPO DE DIAMANTES NA RESERVA

ROOSEVELT, SITUADA NO SUL DE RONDÔNIA.Coordenador: Alberto Fraga (PFL)Relator: Luis Carlos Heinze (PP)Titulares Suplentes

PTCarlos AbicalilEduardo Valverde

PFLAlberto Fraga (Licenciado)

PPAgnaldo MunizLuis Carlos Heinze

PTBNilton Capixaba

PLMiguel de Souza

PCdoBPerpétua Almeida

PVEdson DuarteSecretário(a): Eveline de Carvalho AlmintaLocal: Anexo II, Pavimento Superior, Sala 170-ATelefones: 216-6211/6232FAX: 216-6225

COMISSÃO EXTERNA DESTINADA A VISITAR AS UNIDADESPRISIONAIS DO SISTEMA PENITENCIÁRIO DO ESTADO DO

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RIO DE JANEIRO E DESENVOLVER DIÁLOGO COM ASAUTORIDADES DO ESTADO PERTINENTES À ÁREA, COMVISTAS A BUSCAR SOLUÇÃO PARA A GRAVE CRISE DO

SETOR.Coordenador: Mário Heringer (PDT)Titulares Suplentes

PTAntonio Carlos Biscaia(Dep. do PSOL ocupa a vaga)

PMDBGilberto Nascimento(Dep. do PSB ocupa a vaga)

Bloco PFL, PRONALaura Carneiro

PPReginaldo Germano

PSDB(Dep. do PPS ocupa a vaga)

Bloco PL, PSLWanderval Santos(Dep. S.PART. ocupa a vaga)

PPSGeraldo ThadeuJuíza Denise Frossard vaga do PSDB

PSBAlexandre Cardoso (Licenciado)Josias Quintal vaga do PMDB

PDTMário Heringer

PSOLChico Alencar vaga do PT

S.PART.Almir Moura vaga do Bloco PL, PSL

Secretário(a): José Maria Aguiar de CastroLocal: Anexo II, Pavimento Superior, Sala 170-ATelefones: 3216-6209/6232FAX: 3216-6225

COMISSÃO EXTERNA COM A FINALIDADE DE AVERIGUARAS CAUSAS E A EXTENSÃO DOS DANOS CAUSADOS AOMEIO AMBIENTE PELO VAZAMENTO DE UMA BARRAGEM

DE REJEITOS DA INDÚSTRIA CATAGUASES DE PAPELLTDA., ATINGINDO MUNICÍPIOS DOS ESTADOS DE MINAS

GERAIS E DO RIO DE JANEIRO.Coordenador: César Medeiros (PT)Relator: Renato Cozzolino (PDT)Titulares Suplentes

PTCésar MedeirosLeonardo Monteiro

PMDBLuiz BittencourtNelson Bornier

PPJulio Lopes (Licenciado)

PTBSandro Matos

PDTRenato Cozzolino

PVEdson DuarteFernando GabeiraJovino CândidoLeonardo MattosMarcelo OrtizSarney Filho

PSCDeleySecretário(a): .

GRUPO DE TRABALHO DESTINADO A EFETUAR ESTUDOEM RELAÇÃO AOS PROJETOS EM TRAMITAÇÃOREFERENTES AO ESTATUTO DA CRIANÇA E DO

ADOLESCENTE E À REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL EOFERECER INDICATIVO À CASA SOBRE A MATÉRIA.

Presidente: Osmar Serraglio (PMDB)Relator: Vicente Cascione (PTB)Titulares Suplentes

PTDurval OrlatoJorge BoeiraMaria do RosárioTerezinha Fernandes (Licenciado)

PFLIvan Ranzolin vaga do PP

Laura CarneiroZelinda Novaes(Dep. do PP ocupa a vaga)

PMDBAnn PontesOsmar SerraglioRose de Freitas

PSDBAloysio Nunes Ferreira (Licenciado)Eduardo BarbosaThelma de Oliveira

PPDarci Coelho vaga do PFL

(Dep. do PFL ocupa a vaga)1 vaga

PTBFleuryVicente Cascione

PL(Dep. do PSB ocupa a vaga)

PSBCarlos Mota vaga do PL

Luiza ErundinaPPS

Rogério TeófiloPDT

Severiano AlvesSecretário(a): Angélica FialhoLocal: Anexo II, Pavimento Superior, Sala 170-ATelefones: 216-6276/6232FAX: 216-6225

GRUPO DE TRABALHO DESTINADO A, NO PRAZO DE 20DIAS, EXAMINAR E OFERECER UM INDICATIVO AOPLENÁRIO REFERENTE AO PROJETO DE DECRETO

LEGISLATIVO Nº 383, DE 2003, QUE "SUSTA O DECRETO N°3.860, DE 9 DE JULHO DE 2001, QUE DISPÕE SOBRE A

ORGANIZAÇÃO DO ENSINO SUPERIOR, A AVALIAÇÃO DECURSOS E INSTITUIÇÕES, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS",INCLUINDO O RECADASTRAMENTO DAS UNIVERSIDADES.Titulares Suplentes

PTIara Bernardi

PMDBGastão Vieira

PFLPaulo Magalhães

PSDBAloysio Nunes Ferreira (Licenciado)Professora Raquel TeixeiraSecretário(a): -

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