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Diário Oficial REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL Imprensa Nacional BRASÍLIA - DF . Nº 211 – 04/11/10 – p.78 MINISTÉRIO DA SAÚDE SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE PORTARIA Nº 594, DE 29 DE OUTUBRO DE 2010 O Secretário de Atenção à Saúde, no uso de suas atribuições, Considerando a Portaria SAS/MS n° 511, de 02 de dezembro de 2000, que institui o Sistema de Cadastro Nacional de Estabelecimento de Saúde - SCNES; Considerando a Portaria no- 587/GM, de 6 de abril de 2004, que estabelece mecanismos para organização e implantação de Redes EstaduaisMunicipais de Atenção à Hanseníase; Considerando a Portaria no- 399/GM, de 22 de fevereiro de 2006, que divulga o Pacto pela Saúde 2006 - Consolidação do Sistema Único de Saúde - SUS e aprova as Diretrizes Operacionais com seus três componentes: Pactos Pela Vida, em Defesa do SUS e de Gestão; Considerando a Portaria no 648/GM de 28 de março de 2006 que e aprova a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes e normas para a organização da Atenção Básica para o Programa Saúde da Família (PSF) e o Programa Agentes Comunitários de Saúde (PACS); Considerando a Portaria no- 699/GM, de 30 de março de 2006, que regulamenta a implementação das Diretrizes Operacionais dos Pactos Pela Vida e de Gestão; Considerando a Portaria no- 3.252/GM de 22 de dezembro de 2009, que aprova as diretrizes para execução e financiamento das ações de Vigilância em Saúde pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios e dá outras providências; Considerando a Portaria no- 3.125/GM, de 7 de outubro de 2010, que aprova as Diretrizes para a Vigilância, Atenção e Controle da Hanseníase; Considerando a responsabilidade da Atenção Primária, em especial das Equipes de Saúde da Família, na identificação e tratamento dos casos de Hanseníase; Considerando o caráter infeccioso e crônico da hanseníase, que pode cursar com episódios agudos, com alto poder incapacitante e que demanda acompanhamento de longo prazo com assistência clínica, cirúrgica, reabilitadora e de vigilância epidemiológica; Considerando a necessidade de subsidiar tecnicamente os gestores estaduais e municipais no planejamento, implementação e monitoramento de serviços que atuem de modo integrado e articulado, com fluxo de referência e contra-referência definidos, que possibilitem a continuidade e a qualidade do atendimento em todos os níveis da atenção e a vigilância epidemiológica da hanseníase, resolve: Art. 1º - Incluir, na Tabela de Serviços Especializados/Classificação do SCNES- Sistema de Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde, o serviço de Atenção Integral em Hanseníase, descrito na Tabela a seguir: Cód . Descrição do Serviço Código de Classificação Descrição da Classificação Grupo de CBO CBOS Requeridos Descrição 158 Serviço de Atenção Integral em Han-seníase 001 Serviço de Atenção Integral em Hanseníase Tipo I 01 2231; 2235; 3222. Médicos; Enfermeiros; Auxiliar nico de Enfermagem ou Téc- 002 Serviço de Atenção Integral em Hanseníase Tipo II 01 2231; 2235; 3222; 2236; 2239. Médicos; Enfermeiros; Auxiliar nico ou Téc- de Enfermagem; Fisioterapeuta e Terapeu-ta Ocupacional. 003 Serviço de Atenção Integral em Hanseníase Tipo III 01 2231; 2235; 3222; 2236; 2239. Médicos; Enfermeiros; Auxiliar ou Téc-nico de Enfermagem; Fisioterapeuta Terapeuta Ocupacional. Art. 2º - Definir como Serviço de Atenção Integral em Hanseníase aquele que possui condições técnicas, instalações físicas, equipamentos e recursos humanos capacitados para a realização das ações mínimas descritas a seguir: Serviço de Atenção Integral em Hanseníase Tipo I a)Ações educativas de promoção da saúde no âmbito dos serviços e da coletividade; b) Vigilância epidemiológica: identificação, acompanhamento dos casos, exame de contato e notificação ao Sistema de Informação de Agravos de Notificação - SINAN; c) Diagnóstico de casos de hanseníase;

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  • Dirio Oficial REPBLICA FEDERATIVA DO BRASILImprensa Nacional BRASLIA - DF.

    N 211 04/11/10 p.78

    MINISTRIO DA SADE

    SECRETARIA DE ATENO SADE

    PORTARIA N 594, DE 29 DE OUTUBRO DE 2010 O Secretrio de Ateno Sade, no uso de suas atribuies, Considerando a Portaria SAS/MS n 511, de 02 de dezembro de 2000, que institui o Sistema de Cadastro Nacional de Estabelecimento de Sade - SCNES; Considerando a Portaria no- 587/GM, de 6 de abril de 2004, que estabelece mecanismos para organizao e implantao de Redes EstaduaisMunicipais de Ateno Hansenase; Considerando a Portaria no- 399/GM, de 22 de fevereiro de 2006, que divulga o Pacto pela Sade 2006 - Consolidao do Sistema nico de Sade - SUS e aprova as Diretrizes Operacionais com seus trs componentes: Pactos Pela Vida, em Defesa do SUS e de Gesto; Considerando a Portaria no 648/GM de 28 de maro de 2006 que e aprova a Poltica Nacional de Ateno Bsica, estabelecendo a reviso de diretrizes e normas para a organizao da Ateno Bsica para o Programa Sade da Famlia (PSF) e o Programa Agentes Comunitrios de Sade (PACS); Considerando a Portaria no- 699/GM, de 30 de maro de 2006, que regulamenta a implementao das Diretrizes Operacionais dos Pactos Pela Vida e de Gesto; Considerando a Portaria no- 3.252/GM de 22 de dezembro de 2009, que aprova as diretrizes para execuo e financiamento das aes de Vigilncia em Sade pela Unio, Estados, Distrito Federal e Municpios e d outras providncias; Considerando a Portaria no- 3.125/GM, de 7 de outubro de 2010, que aprova as Diretrizes para a Vigilncia, Ateno e Controle da Hansenase; Considerando a responsabilidade da Ateno Primria, em especial das Equipes de Sade da Famlia, na identificao e tratamento dos casos de Hansenase; Considerando o carter infeccioso e crnico da hansenase, que pode cursar com episdios agudos, com alto poder incapacitante e que demanda acompanhamento de longo prazo com assistncia clnica, cirrgica, reabilitadora e de vigilncia epidemiolgica; Considerando a necessidade de subsidiar tecnicamente os gestores estaduais e municipais no planejamento, implementao e monitoramento de servios que atuem de modo integrado e articulado, com fluxo de referncia e contra-referncia definidos, que possibilitem a continuidade e a qualidade do atendimento em todos os nveis da ateno e a vigilncia epidemiolgica da hansenase, resolve: Art. 1 - Incluir, na Tabela de Servios Especializados/Classificao do SCNES- Sistema de Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sade, o servio de Ateno Integral em Hansenase, descrito na Tabela a seguir: Cd

    . Descrio do

    Servio Cdigo de Classificao

    Descrio da Classificao Grupo de CBO

    CBOS Requeridos Descrio

    158 Servio de Ateno Integral em Han-senase

    001 Servio de Ateno Integral em Hansenase Tipo I

    01 2231; 2235; 3222.

    Mdicos; Enfermeiros; Auxiliar nico de Enfermagem

    ou Tc-

    002 Servio de Ateno Integral em Hansenase Tipo II

    01 2231; 2235; 3222; 2236; 2239.

    Mdicos; Enfermeiros; Auxiliar nico

    ou Tc-

    de Enfermagem; Fisioterapeuta e Terapeu-ta Ocupacional.

    003 Servio de Ateno Integral em Hansenase Tipo III

    01 2231; 2235; 3222; 2236; 2239.

    Mdicos; Enfermeiros; Auxiliar ou Tc-nico

    de Enfermagem; Fisioterapeuta Terapeuta Ocupacional.

    Art. 2 - Definir como Servio de Ateno Integral em Hansenase aquele que possui condies tcnicas, instalaes fsicas, equipamentos e recursos humanos capacitados para a realizao das aes mnimas descritas a seguir: Servio de Ateno Integral em Hansenase Tipo I a)Aes educativas de promoo da sade no mbito dos servios e da coletividade; b) Vigilncia epidemiolgica: identificao, acompanhamento dos casos, exame de contato e notificao ao Sistema de Informao de Agravos de Notificao - SINAN; c) Diagnstico de casos de hansenase;

  • d) Avaliao neurolgica simplificada e do grau de incapacidade; e) Exame dos contatos, orientao e apoio, mesmo que o paciente esteja sendo atendido em servio do Tipo II e III; f) Tratamento com poliquimioterapia (PQT) padro; g) Acompanhamento do paciente durante o tratamento da hansenase e aps a alta, mesmo que ele esteja sendo atendido em servio do Tipo II ou III; h) Preveno de incapacidades, com tcnicas simples e autocuidado apoiado pela equipe; i) Encaminhamento para outros profissionais ou servios Servio de Ateno Integral em Hansenase Tipo II a) Aes educativas de promoo da sade no mbito dos servios; b) Vigilncia epidemiolgica: identificao, acompanhamento dos casos, exame de contato e notificao ao Sistema de Informao de Agravos de Notificao - SINAN; c) Diagnstico de casos de hansenase, inclusive da forma neural pura; das reaes hansnicas e adversas aos medicamentos; das recidivas; e de outras intercorrncias e seqelas; d) Avaliao neurolgica simplificada e do grau de incapacidade; e) Coleta de raspado drmico para baciloscopia; f) Tratamento com poliquimioterapia padro e com esquemas substitutivos; g) Acompanhamento do paciente durante o tratamento da hansenase e aps a alta; h) Preveno e tratamento de incapacidades e autocuidado apoiado pela equipe; i) Encaminhamento para outros profissionais ou servios. Servio de Ateno Integral em Hansenase Tipo III a) Aes educativas de promoo da sade no mbito dos servios; b) Vigilncia epidemiolgica: identificao, acompanhamento dos casos, exame de contato e notificao ao Sistema de Informao de Agravos de Notificao - SINAN; c) Diagnstico de casos de hansenase, inclusive da forma neural pura; das reaes hansnicas e adversas aos medicamentos; das recidivas; e de outras intercorrncias e seqelas; d) Avaliao neurolgica simplificada e do grau de incapacidade; e) Baciloscopia; f) Tratamento com poliquimioterapia padro e com esquemas substitutivos; g) Internao; h) Atendimento pr e ps-operatrio; i) Procedimentos cirrgicos; j) Exames complementares laboratoriais e de imagem; k) Preveno e tratamento de incapacidades e autocuidado apoiado pela equipe; l) Encaminhamento para outros profissionais ou servios. 1 - As pessoas com sequelas de hansenase devem ter acesso a rteses, palmilhas e calados adaptados, sejam eles confeccionados ou dispensados pelos Servios do tipo II ou III, ou por outros servios da rede do Sistema nico de Sade - SUS. 2 - As aes educativas de promoo da sade no mbito dos servios e da coletividade, assim como a vigilncia epidemiolgica (identificao, acompanhamento dos casos de hansenase, exame de contato e notificao ao Sistema de Informao de Agravos de Notificao - SINAN) devem estar presentes em toda a rede de ateno sade e deve ocorrer de acordo com o disposto na Portaria no- 3.252/GM, de 22 de dezembro de 2009, ou outro instrumento legal que venha substitu-la. Art. 3 - Estabelecer que os Servios de Ateno Integral em Hansenase devem contar com equipe mnima, para desenvolver as aes mnimas definidas no art. 2o- desta Portaria para cada nvel de ateno primria e especializada (ambulatorial e hospitalar) em hansenase, conforme quadro do art. 1 . Art. 4 - Estabelecer que as Secretarias Estaduais e Municipais de Sade definam e pactuem na Comisso Intergestora Bipartite (CIB) os servios de ateno integral em hansenase. Art. 5 - Estabelecer a obrigatoriedade do acompanhamento, controle e avaliao dos Servios de Ateno Integral em Hansenase, a ser realizado pelos gestores Estaduais e Municipais, e do Distrito Federal, garantindo o cumprimento desta Portaria. Art. 6 - Estabelecer que as Secretarias de Sade dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios adotem as providncias necessrias ao cumprimento das normas previstas nesta Portaria, podendo instituir normas de carter complementar e suplementar, a fim de adequ-las s necessidades locais. Art. 7 - Estabelecer que a Secretaria de Ateno Sade - Departamento de Regulao, Avaliao e Controle de Sistemas/Coordenao-Geral dos Sistemas de Informao, adote as providncias necessrias junto ao Departamento de Informtica do SUS-DATASUS/SE/MS, para o cumprimento do disposto nesta Portaria, no que diz respeito atualizao nos Sistemas de Informao correspondentes. Art. 8 - Esta Portaria entra em vigor na data da sua publicao, com efeitos a partir da competncia dezembro de 2010. ALBERTO BELTRAME