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Portfolio Loan Tammela

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2014 - 2016.1

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ilustração capa:A Traição das Imagens REMASTERED 3D

Tradução: Isso ainda não é um cachimbo

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índice:

Sobre .........................................................................................

Arco Espiralado ........................................................................................

Explosão .........................................................................................

Edifício Parangolé .........................................................................................

Sleuk Rith Institute .........................................................................................

Espaço Memória .........................................................................................

Vila Pergolado .........................................................................................

Casa Parábola .........................................................................................

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nome: Loan Bragança Cardoso Tammela

curso: Arquitetura e Urbanismo

instituição: FAU - UFRJ 2013.1 - FAU - Universidad de Chile, Santiago/Chile 2016.1

software: Revit Rhinoceros/Grasshopper Autocad Photoshop InDesign illustrator SketchUp Dialux

monitorias e pesquisas: Monitoria de Concepção da Forma 2Monitoria de Teoria da ArquiteturaBolsa de pesquisa Acervo Professor Roberto Segre: Um Olhar Caleidoscópico para a Arquitetura da América Latina(UFRJ/FAU - PROURB)

workshops e cursos: Curso de Construção em Bambu, com Pe-ter Van Lengen(TIBA) + The House/Workshop Espacios Extremos, com Ma-nuel Manolo Arriola Retolaza/ Oficina de Projeto: Minha Casa Minha Vida, com ProUrb(UFRJ) + CiHabE//Workshop Grasshopper (LAMO3D)/Workshop Desafiando a Gravidade(LAMO3D)/Workshop Escritório Nemesis

email: [email protected]

celular: (24)992774091

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Projetar e construir Dentro do exercício de projetar e cons-truir um arco que teria que vencer um vão de 1,5m, utilizando apenas alvenaria, o nosso grupo utilizou um único e simples parâmetro para o processo construtivo: uma rotação de 5º entre cada um dos módulos de 4 tijolos. Apesar de simples, o efeito da acumulação de rotações sucessivas cria variação e complexi-dade no que antes era uma figura elementar como o arco. Para a construção do arco com as exatas rotações, recorremos a fôrmas de mdf - cortadas nas máquina a laser - que por sua vez se encaixavam em dois semi-círculos de compensado que ao final seriam retirados para as fôrmas poderem sair.

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O duplo sentido de ser irreparável ‘Explosão’ é uma proposta de intervenção no espaço do edifício da FAU - UFRJ para o con-curso de realizado pela direção da mesma para comemorar os 70 anos da instituição.

Nessa página se encontra dois esquemas produzidos posteriormente na Universidad de Chile que pretendem explicar o projeto utilizando conceitos musicais. Na próxima página se encontra o texto - memorial - manifesto originalmente produzido para o projeto e apresentado no concurso.

ritmo tiempo escala base

solo improvización

verso verso

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O ladrilho era perfeito, e ele sabia disso. Tudo no edifício havia sido feito à sua exata proporção, e as pesso-as que o construíram teriam torcido o tempo, se pudessem também acomodá-lo ao ladrilho. Era bem agradável ser a base de seu próprio universo - onde toda informação era uma perfeita variação de si. Ele tinha seus traços em todo o

lugar, ele se encaixaria em qualquer canto.E por décadas o ladrilho teria sorrido orgulhosamente para as pessoas que passavam pelo seu corredor com caminhos precisos e objetivos claros - isso se um sorriso não fosse entortar toda a sua simetria com os milhares de outros la-drilhos que se estendiam infinitamente pelas paredes. Por décadas ele se sentira o retrato de tudo aquilo que queria: a certeza de estar certo ou errado. Mas depois de tantos anos em uma parede, repetindo a mesma mensagem que milhares de outros, fica difícil não reparar no irritante duplo

sentido de se ser irreparável.Aquela parte do corredor era particularmente igual a todas as outras, e os dias lá seguiam o mesmo exemplo. Em um desses dias, um CRACK foi tudo o que podia interromper a rotina. Pedaços de um outro ladrilho voaram da parede e caíram bem no passo de um grupo de alunos que costuma-

vam passar ali naquela hora.

Com o susto um deles voou para trás, mas passada a sur-presa, largou as mãos sobre as coxas e começou a rir. De metafóricos olhos arregalados, o ladrilho que continuava perfeitamente imóvel em sua posição na parede virou o olhar para o outro, que absurdamente decidiu abandonar a sua função. Aquilo era errado, era... impróprio, era.... Se ele conhecesse a expressão “punk-rock”, ele a teria usado.

Alguma coisa estalou dentro de si próprio.tirou seu lápis e caderno da mochila para fazer um rápido desenho da imagem que ficara formada na parede com os pedaços ausentes de ladrilho. Aquilo não fazia sentido. Não

era comum. Mas alguma coisa começava a se manifestar no fundo de sua mente. O seu molde começou a sentir

desconfortável e algo rangeu.Logo o faxineiro pôde ser visto emergindo da infinitude do corredor, certamente para limpar a sujeira, mas alguma coi-sa lhe dizia que nada mais era tão certo - e que ele não era

o único ladrilho pensando dessa maneira.

Ao chegar, o homem hesitou e pareceu ponderar como diabos o ladrilho poderia ter quebrado daquela forma. E algo como um desejo ferveu no ladrilho. Era algo além da sua compreensão, isso porque curiosidade era uma coisa que ele jamais havia causado em alguém. Ele se sentiu fra-

quejando. Todo o seu arredor, toda a infinitude do corredor, todo o prédio pareceu não ser suficiente para o que ele acabara de perceber. Porque ele era o ladrilho perfeito; ele tinha seus traços em todos os cantos, e ele se encaixava em qualquer

lugar; menos na imaginação das pessoas.E então BANG! Todos os ladrilhos à sua volta, incluindo ele, produziram um som ensurdecedor que fez a fachada ran-ger, sacudindo-a no ar. Toda a monotonia, toda a previsibili-dade borbulhou e deu lugar a algo muito maior: um ar que se expandiu e contorceu paredes, rompeu lajes, atravessan-do os andares; que traria, assim pensaram os ladrilhos, todas as mudanças do presente e as possibilidades do futuro para dentro dos corredores. Um choque que criou uma forma informe, não planejada, como uma onda que saía e retor-nava ao prédio, uma que era particularmente diferente de

todas as outras, que queria ser ouvida e reparável.

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Variedade e dinamismo Para oferecer uma resposta ao programa de alojamento estudantil, o EDIFÍCIO PARANGOLÉ faz uso da VARIEDADE de espaços, do DINAMISMO e da FRAGMENTAÇÃO para criar uma experiencia harmônica entre o conforto e a vivacidade, o silêncioe o barulho, a vida pública e íntima do estudante. A volumetria do Edifício Parangolé faz ana-logia ao Metabolismo, com o módulo da habitação que se replica criando um todo fragmentado. A torre e as passarelas servem na organização funcional dos módulos e garantem os fluxos. Aplicando a quadra livre de Portzamparc, o edifício Parangolé dialoga com o Oi Futuro e o IAB encerrando uma frente do terreno, mas deixando as outras duas livres, permitindo a sua penetração e ampliando o espaço público em seu interior. Segundo Norbert Schultz, três características que definem o espaço são centralidade, ritmo e dire-ção. O pilotis do Edifício Parangolé, ao contrário do pilotis moderno, que oferece uma direcionalidade, cria centralidade. O ritmo da fachada é racional, po-rém quebrado pela diversidade aleatória das cores.

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Fachada Oi Futuro Corte Transversal Fachada IAB - RJ

“(..) Os parangolés são capas, tendas e estandartes, mas sobretudo capas, que vão incorporar(...) a influência da arquitetura das favelas, que pode ser resumida na prórpia ideia de abrigar.”- Paola Bernestein, A estética da ginga

“(...)o que fascinava Oiticia nessa prática mítica era o caráter fragmentário e temporal do movimento da dança. Os movimentos do corpo que dança se transformam continuamente, como asfachadas dos abrigos das favelas. Encon-tramos a mesma ideia do estar tempo-rário, do estar em transformação, do tornar-se.”- Paola Bernestein, A estética da ginga

“(..) As fachadas dos abrigos das favelas são fragmentadas formalmente, mas o interior dessas construções precárias éunitário(...) Oiticia conseguiu fundir o interior e o exterior - espaço privado/espaço público - dos abrigos, conservando aprocupação principal, que seja, a ideia de abrigar. Todos os Parangolés encer-ram essa ideia.” - Paola Bernestein, A estética da ginga

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Fachada Frontal

Fachada Fundos

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(..) “Os parangolés(...) não são ilustrações dos abrigos das favelas(mimese), eles certamente se inspiram nesses abrigos, mas não de modo simplista e formal.” - Paola Bernestein, A estética da ginga O Edifício Parangolé, então, usa como referência a diversidade de espaços, cores, ambiências e surpresas da cidade informal, da favela. Os dormitórios já não são módulos, mas cada tem sua diferença; as passarelas já não são só local de passagem, como de uma hora para outra viram espaços de convivência. A dança do Parangolé está presente nesse edifício através da variedade de momentos,da temporalidade, da espontaneidade,do fragmento, do abrigo e da participação em comunidade (vizinhança).

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Terreno - Botafogo/RJ - Brasil

Referência: Habitat 67(1967) - Montreal, CanadáMoshe Safdie

Maquete de trecho da fachada principal

Referência: Nakagin Capsule Tower(1972) - Tóquio, JapãoKisho Kurokawa

Referência: Mountain Dwellings(2008) - Cope-nhagen, DinamarcaBIG

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Modelando Zaha Hadid Como exercício de Modelamento Digital em Rhino e Grasshopper na Universidad de Chile, tinhamos que modelar um edifício já projetado para entendermos um pouco da complexidade de modelar. E o resultado foi impresso em 3D. Escolhi então o Sleuk Rith Institute, situado em Cambodia e projetado por Zaha Hadid, ainda em construção. O que me interessou nesse projeto foram os elementos estruturales - que dão expressão ao edifício - cujo design sutil e elegante faz com que as cargas cheguem ao solo de forma muito inteligente . Outro aspecto interessante desse elemento é que dentro dos espaços gerados pela estrutura se encontram brises, tanto verticais quanto horizontais, unindo estrutura e conforto térmico em um só elemento.

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Construindo a memória do presente Convidado pela professora Fabíola do Valle Zonno, participei das fases de concepção, projeto e execução de Espaço Memória - um espaço de exposição destinado a memória da Faculdade de Arquitetura da UFRJ que foi criado para o aniversário de 70 anos da instituição, em 2015. Junto com a professora e outros alunos pensamos em intervenções artísticas dentro e fora do espaço, criamos a identidade e linguagem visual da exposição, projetamos o espaço e mais do que isso, realmente executamos a construção - tanto da infraestrutura do espaço, quanto das molduras e outros suportes das obras expostas. “O exercício da memória é uma construção; também pode ser umaforma de arte, de conhecimento. Um tecer instável e continuamente aberto, pois a natureza da memória é ser plástica e móvel. Eis o fascínio que ela exerce sobre nós: em sua abertura, lembrança e esquecimento estão intimamente ligados.” - Fabíola do Valle Zonno

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Regionalismo regeneradorpitoresco No contexto urbano super denso e de edifícios de grande gabarito, o projeto de uma vila de casas, que abriga no máximo 16 famílias, é um desafio. Diante disso, a Vila Pergolado aplica o conceito de Regionalis-mo Regenerador do arquiteto e teórico Steven A. Moore para contrastar a arquitetura do concreto - poluidora e mercantil - com um estilo de vida vinculado a terra e ao lugar. Dessa maneira, a relação de dependência do lugar, da tecnolodia e das pessoas seria reestabelecida. Mirando tal objetivo, a Vila Pergolado aplica téc-nicas vernaculares de construção, como taipa de pilão - a obra seria, ainda, realizada pelos próprios moradores. Para simbolizar o vínculo entre o humano, o lugar e a tecnologia, o projeto propõe um pergolado que percorre toda a extensão do terreno, servindo de elemento mediador entre a arquitetura e as árvores, Para aparentar a aleatoriedade pitoresca encontrada na natureza, o pergolado foi concebido a partir de sua subtração nos locais da implantação das casas, da praça e das árvores.

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Referência: Jardim do Museu Casa Rui Berbosa - Rio de Ja-neiro, Brasil

Protótipo do muro de bambu da Vila Pergolado. Terreno do projeto: Botafogo/RJ, Brasil

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Investigação Espacial Para resolver o problema da falta de privacidade, devido ao fato do terreno ser ao lado de uma rua que tem uma escada, a Casa Parábola foi pensada afastando-se cada vez mais da rua e se abrindo para as laterais. Outro motivo para o uso da parábola é a ex-perimentação espacial que tal elemento cria, usado como cobertura. A partir de então, para a volumetria, o projeto fez uso da maneira clássica de projetar: utilizando da Proporção Aurea. A Parábola Aurea de Gaetano Barbella serviu de guia para a concepção da cobertura e dos espaços internos. Pensando na manipulação da luz, um rasgo vertical foi feito na fachada leste. Na fachada norte, brises de soleil protegem a cortina de vidro que abriga a sala de jantar e estar e a escada. A entrada da casa é pela cozinha e os quartos foram posicionados no andar de cima.

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37Perspectiva Explodida

Parábola Áurea de Gaetano Barbella

Corte de Construção de Pará-bola

Corte Escada

Planta Térreo Planta 2º Pav.

Corte Quartos

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