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Portucel Empresa Produtora de Pasta e Papel, SA Sociedade Aberta Matriculada sob o nº 503 025 798 na Conservatória do Registo Comercial de Setúbal Capital Social: 767 500 000 euros N.I.P.C. 503 025 798 Relatório e Contas Individual 2006

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Portucel

Empresa Produtora de Pasta e Papel, SA

Sociedade Aberta

Matriculada sob o nº 503 025 798 na Conservatória do Registo Comercial de Setúbal

Capital Social: 767 500 000 euros

N.I.P.C. 503 025 798

Relatório e Contas Individual 2006

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Índice

Mensagem do Presidente do Conselho de Administração 3 1. Evolução do Título no Mercado de Capitais 5

Ê Mercado de Capitais

2. Evolução dos Negócios 6

Ê Papel 6 Ê Pasta 7 Ê Análise dos Resultados 9 Ê Investimentos 10 Ê Endividamento 10 Ê Gestão de Risco 11

3. Actividade Industrial 14 4. Perspectivas Futuras 15

5. Proposta de Distribuição de Resultados 17

6. Demonstrações Financeiras Individuais 21 Anexo às Demonstrações Financeiras Relatórios dos Auditores Relatório sobre o Governo da Sociedade

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1. Mensagem do Presidente do Conselho de Administração O exercício findo constituiu um ano de grande evidência para o grupo Portucel Soporcel, que muito me apraz registar. Um dos marcos mais significativos foi, obviamente, o anúncio público, em 23 de Fevereiro, com a prestigiante presença do Primeiro-Ministro do Governo Português, do plano de investimentos para os próximos anos, que tem como elemento mais estruturante a construção de uma nova fábrica de papel em Setúbal, que possibilitará a completa integração da pasta produzida nesse complexo industrial. A concretização deste plano de desenvolvimento, que permitirá aumentar de forma muito significativa a contribuição do Grupo para a economia nacional e, de forma mais directa, para as exportações, é o resultado da estratégia bem sucedida que tem sido levada a cabo, orientada para consolidar a nossa posição entre os principais produtores mundiais de papéis não revestidos de impressão e escrita. O lugar de relevo que nos é reconhecido, e que a nova fábrica permitirá reforçar, só foi possível através de uma aposta consistente numa via de diferenciação, com um enfoque muito intenso na qualidade da gama de produtos oferecidos e sua adequação às necessidades dos clientes, apoiada numa política de inovação permanente, destinada a potenciar as características da fibra do eucalipto globulus, particularmente favoráveis para o tipo de papel em que nos especializámos. O Grupo realiza mais de noventa por cento das suas vendas nos mercados internacionais, em competição aberta com empresas de muito maior dimensão. Neste contexto, ganha maior significado a solidez dos resultados alcançados em 2006, que comparam de forma muito favorável dentro do sector em que nos situamos. Este nível de resultados só foi possível de atingir mediante uma busca incessante, em todas as áreas, de melhorias de eficiência e de aumento de produtividade, em que se envolveu de forma empenhada o conjunto de colaboradores do Grupo, cujo esforço quero aqui salientar com muito apreço. Os bons resultados que se alcançaram permitiram robustecer significativamente a estrutura financeira, factor essencial para podermos encarar com confiança o período intenso de investimentos que vamos atravessar. Importa aqui dizer que, contrariamente às nossas expectativas, o início do novo projecto já sofreu um atraso considerável, com repercussões no calendário que tínhamos estabelecido, uma vez que não está ainda concluído o processo de aprovação pelas autoridades comunitárias dos contratos de investimento celebrados

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com o Estado Português. Desta demora decorrem evidentes prejuízos para o Grupo, pelo que assistimos com grande preocupação ao protelamento da necessária decisão. A relevância da fileira florestal do eucalipto para a economia portuguesa está suficientemente demonstrada e a importância do grupo Portucel Soporcel, que é hoje o maior exportador líquido nacional, é disso a mais eloquente evidência. Há, porém, um longo caminho a percorrer para que a floresta de eucalipto nacional ultrapasse os inúmeros obstáculos que fazem que a nossa produtividade tenha índices muito baixos e cada vez mais distantes dos registados nos países com os quais mais directamente concorremos. Neste domínio, como em vários outros em que os custos de contexto do País constituem um entrave sério às empresas mais expostas à concorrência internacional, o Grupo tem desenvolvido um trabalho aturado, orientado para a concretização das acções requeridas para minimização desses factores adversos. Esperamos que, quer as autoridades quer os agentes económicos que, como nós, são parte interessada no funcionamento eficiente deste sector, sejam consequentes na introdução das medidas correctivas imprescindíveis para que a nossa competitividade não venha a ser irremediavelmente posta em causa. O nosso nível de compromisso com a sustentabilidade tem que ser correspondido com um compromisso equivalente dos principais intervenientes do sector. Por último, quero deixar registo de uma evolução muito importante na vida da Empresa. Através de uma operação pública de venda, concluiu-se em Novembro o processo de privatização da Portucel, iniciado em 1995. Quero saudar os muitos milhares de novos accionistas com que a Portucel passou a contar e dizer-lhes que a sua confiança nos destinos da Empresa me sensibiliza, pelo que contém de estímulo para o longo caminho que temos a percorrer. Quero igualmente afirmar aos novos accionistas que o interesse que soubemos despertar compromete, principalmente os que na Empresa têm funções de maior responsabilidade, a trabalharem com redobrado entusiasmo para que as expectativas que nela depositaram possam ser plenamente correspondidas.

Setúbal, 12 de Fevereiro de 2007

Pedro Queiroz Pereira

Presidente do Conselho de Administração

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2. Evolução do Título no Mercado de Capitais

Mercado de Capitais

O ano de 2006 foi muito positivo para os mercados de capitais em geral, e para as

principais bolsas europeias em particular, com alguns dos seus índices a evidenciar ganhos expressivos, como é o caso do IBEX 35 da bolsa de Madrid (que registou um

ganho de cerca de 31%), e do Footsie 30 da bolsa de Londres (que ganhou cerca de

20% face ao ano de 2005). Neste contexto, o índice PSI 20 da Euronext Lisbon também registou uma importante valorização, da ordem dos 30%.

O ano em análise representou um marco importante para as acções do Grupo, tendo em conta que se assistiu à terceira e última fase de reprivatização da Portucel. Através

de uma operação pública de venda (OPV), cujo resultado foi conhecido no dia 13 de

Novembro de 2006, o Estado Português vendeu a sua participação de 25,72%, alienando 197.432.769 acções. O preço fixado foi de 2,15 € por acção (no segmento

para o público em geral) e a procura total superou a oferta em cerca de 14 vezes.

Após a conclusão da operação, a base accionista da Empresa aumentou consideravelmente, estando o capital disperso actualmente por mais de 32 mil

accionistas, detendo a Semapa 71,8% do mesmo.

Reflectindo a nova dispersão de capital, a liquidez evidenciada pelos títulos da

Portucel em 2006 foi claramente superior à do ano anterior, nomeadamente nos dois

meses após a OPV, nos quais a média diária de transacções foi de 2,8 milhões de acções, que compara com a média de 263 mil acções nos meses anteriores. Neste

contexto, as acções da Portucel acabaram o ano de 2006 registando uma valorização

significativa de 43%, atingindo um valor máximo de 2,41€ por acção (no dia 22 de Dezembro) e um valor mínimo de 1,69 € por acção (no dia 2 de Janeiro).

Portucel vs. PSI20

60

70

80

90

100

110

120

130

140

150

160

30-1

2-20

05

30-0

1-20

06

28-0

2-20

06

30-0

3-20

06

30-0

4-20

06

30-0

5-20

06

30-0

6-20

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30-0

7-20

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30-0

9-20

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30-1

0-20

06

30-1

1-20

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30-1

2-20

06

Portucel PSI20

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3. Evolução dos Negócios

Papel

O Mercado

Em 2006 a procura de papéis finos não revestidos (UWF) evoluiu positivamente

ficando, no entanto, um pouco aquém do expectável perante um contexto macro

económico particularmente favorável As vendas dos produtores europeus de UWF para a Europa cresceram 1,3%, tendo os papéis de escritório (cut-size) manifestado

um melhor desempenho, atingindo um crescimento anual de 2,2% face a 2005.

No conjunto dos países da Europa Ocidental, a produção de UWF cresceu cerca de

1%, situando-se em 7,8 milhões de toneladas. As vendas totais de UWF destes

produtores subiram em média 2%, tendo estagnado nos mercados da Europa Ocidental e crescido nos mercados da Europa de Leste e continente Americano.

As importações de UWF para a Europa Ocidental recuaram cerca de 7% quando comparadas com 2005. Esta redução verificou-se tanto nas importações oriundas de

produtores da Europa de Leste (que representaram 64% do volume importado na

Europa Ocidental) como nas provenientes de produtores asiáticos e brasileiros. Em 2006 as importações representaram 15% do consumo (22% nos papéis de escritório).

O Desempenho

As vendas globais de papel da Portucel em 2006 ascenderam a 266,1 mil toneladas, o que representa uma redução de 0,5% em relação ao ano anterior, continuando as

vendas a estar maioritariamente direccionadas para a Europa.

Os Preços

Os preços de referência de venda de papel UWF na Europa registaram a primeira subida desde 2002, tendo o índice PIX “A4-copy B” crescido 1,9% em 2006.

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Pasta

Em 2006, a vulnerabilidade que a indústria produtora de pasta de fibra longa na

América do Norte continuou a demonstrar, devido a factores como custo da madeira, relação cambial e deficiente base tecnológica, com sequente do fraco investimento

registado nos últimos anos, obrigou à paragem ou mesmo encerramento de algumas

fábricas e provocou uma redução de algum significado da capacidade instalada de fibra longa. Paralelamente, o bom desempenho do mercado chinês, que se tornou um

mercado fundamental no equilíbrio entre oferta e procura de pastas, e o efeito de

substituição provocado pelo sistemático posicionamento do preço da fibra longa num patamar mais elevado que o da fibra curta, nomeadamente no 2º semestre do ano,

são factos a salientar em 2006 e que permitiram a absorção das novas capacidades

de produção provenientes da América Latina sem perturbação significativa no mercado.

Assim, o preço médio da pasta de eucalipto em 2006, como se constata através do gráfico seguinte que reflecte a evolução do índice PIX em USD e em EUROS, foi de

USD 639, o que representa o valor mais elevado dos últimos seis anos,

correspondendo a uma valorização média anual de 10%.

Evolução do Preço PIX - BHKP Eucalip/birch em USD e EUR / ton

350

400

450

500

550

600

650

700

750

800

2-Ja

n-01

27-M

ar-0

1

19-J

un-0

1

11-S

et-0

1

4-D

ez-0

1

26-F

ev-0

2

21-M

ai-0

2

13-A

go-0

2

5-N

ov-0

2

28-J

an-0

3

22-A

br-0

3

15-J

ul-0

3

7-O

ut-0

3

30-D

ez-0

3

23-M

ar-0

4

15-J

un-0

4

7-S

et-0

4

30-N

ov-0

4

22-F

ev-0

5

17-M

ai-0

5

9-A

go-0

5

1-N

ov-0

5

24-J

an-0

6

18-A

br-0

6

11-J

ul-0

6

3-O

ut-0

6

27-D

ez-0

6

EU

R/to

n

350

400

450

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550

600

650

700

750

US

D/t

on

PIX - BHKP Euca/ birch €/t PIX - BHKP Euca/ birch USD/ t

O enfraquecimento do dólar relativamente ao euro levou a que o ganho nesta moeda

tenha sido mais modesto, atingindo ainda assim o valor anual mais elevado desde 2002.

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A Portucel colocou no mercado 556 mil toneladas de pasta, um valor ligeiramente

superior a 2005 (+0,5%).

O destino da exportação de pasta continuou a reflectir a orientação dominante da

empresa: privilegiar os mercados do continente europeu, onde se situam os

produtores de papéis de maior qualidade com capacidade tecnológica e know how para valorizar as qualidades naturais da pasta de eucalipto globulus produzida pela

Portucel.

A nível comercial foi preocupação da força de vendas manter uma presença próxima e

constante nos diversos mercados, assegurando níveis de serviço flexíveis e

compatíveis com as necessidades dos clientes e ultrapassando algumas dificuldades pontuais provocadas por perturbações e ausência de oferta dos operadores logísticos

em função dos aumentos dos combustíveis.

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Análise dos Resultados INDICADORES ECONÓMICO FINANCEIROS

POC POC

2006 2005

(em milhões de euros)Vendas Totais 492,8 460,9Resultados Operacionais 53,9 33,0Resultados Financeiros 47,8 19,9Resultados Líquidos 90,9 59,2EBITDA (1) 146,8 104,3EBITDA / Vendas (em %) 29,8% 22,6%Cash Flow (2) 183,9 130,5Dívida líquida 562,9 654,5

(1) Resultados Operacionais + Amortizações + Provisões (2) Resultados Líquidos + Amortizações + Provisões

Em 2006 o volume de negócios da Portucel atingiu € 492,8 milhões, mais € 31,9

milhões que em 2005, sendo cerca de 40% gerado pelas vendas de papel, 52% pelas vendas de pasta e o restante essencialmente pelas vendas de energia e outros

serviços.

As vendas de papel registaram um crescimento de 3,3% em relação a 2005,

decorrente de uma evolução positiva no preço médio de venda (+3,8%), que

compensou o ligeiro decréscimo no volume de vendas de papel (-0,5%).

Por seu lado as vendas de pasta registaram um crescimento de cerca de 8,3% em

relação ao ano anterior, principalmente como resultado da evolução positiva do preço médio de venda verificada em 2006 (+7,8%).

Prosseguiu-se um contínuo esforço de melhoria de eficiência na actividade que se traduziu principalmente numa diminuição significativa dos custos variáveis unitários de

produção, na redução dos custos com pessoal e nos custos de manutenção.

A redução dos custos unitários teve uma especial incidência na fábrica de Cacia, onde

a entrada em funcionamento da nova caldeira de recuperação permitiu uma evolução

favorável do balanço energético e a redução dos consumos específicos.

Apesar do impacto negativo da evolução do custo com os fundos de pensões, os

gastos com pessoal evoluíram muito favoravelmente, diminuindo cerca de €7,2

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milhões (-13,9%).

Neste contexto, o Grupo gerou um EBITDA consolidado de € 146,8 milhões, o que

representa um crescimento de 40,7% face ao verificado em 2005, e uma margem EBITDA/Vendas de 29,8% um aumento de 7,2 pontos percentuais relativamente ao

ano anterior.

Os custos neste período foram negativamente afectados pelo registo de provisões

para impostos no montante de cerca de € 12,1 milhões, que respeitam essencialmente

a contingências fiscais em sede de IVA, relativas aos exercícios de 1998 a 2003. Estas contingências referem-se às vendas efectuadas pela Portucel a partir de mercadoria

depositada em armazéns na Alemanha, durante o período mencionado, e na

eventualidade de o processo prosseguir com uma liquidação adicional de imposto, a mesma será objecto de análise e eventual contestação por parte da empresa.

Deste modo, os resultados operacionais atingiram um valor de € 53,9 milhões, situando-se 63,2% acima do valor registado em 2005.

Os resultados financeiros foram de € 47,8 milhões, um aumento de € 27,9 M face a 2005, que resultou do bom desempenho das empresas subsidiárias neste exercício,

de uma forte redução do endividamento líquido, que mais que compensou o aumento

significativo das taxas de juro, e da evolução favorável do conjunto das operações de cobertura cambial e do preço da pasta efectuadas em 2006.

Deste modo, os resultados líquidos consolidados do exercício ascenderam a € 90,9 milhões, um aumento de 53,6% face ao ano anterior.

Investimentos

Em 2006 o investimento em activo fixo situou-se em cerca de € 13 milhões; entre os

investimentos mais importantes realizados destacam-se os referentes à conclusão da nova caldeira de recuperação da fábrica de Cacia, cujo início de funcionamento se

verificou em Fevereiro de 2006.

Endividamento

O endividamento líquido da Portucel registou uma redução de € 91,6 milhões em 2006, como resultado da sua forte capacidade de geração de cash flow.

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A estrutura de endividamento líquido em 31/12/2006 era a seguinte: Estrutura da dívida Dez-06 Dez-05 (em milhares de €) Médio Longo Prazo 725.041 725.122

Empréstimos obrigacionistas 700.000 700.000 Outros empréstimos 25.041 25.122

Papel Comercial 0 64.000 Descobertos e outros 435 3.025 Total da dívida 725.476 792.146 Outros (empresas do Grupo, leasings) - 42.568 - 58.162 Depósitos bancários e Caixa - 119.992 - 79.493 Total dívida líquida 562.916 654.492

Gestão de Risco

As actividades da Portucel estão expostas a uma variedade de factores de risco

financeiro e operacional. A Portucel tem tido uma postura activa de gestão do risco, procurando minimizar os potenciais efeitos adversos a eles assoc iados,

nomeadamente no que respeita o risco cambial, o risco de taxa de juro, o risco de

crédito, o risco de liquidez e o risco do preço da pasta.

Risco Cambial

No ano de 2006, o USD registou uma desvalorização de 10,4% face ao EURO. Uma

vez que as vendas da Portucel se encontram fortemente expostas ao risco cambial, principalmente no que se refere ao USD, foi contratado um conjunto de instrumentos

financeiros tendentes a minimizar os efeitos das variações cambiais, cobrindo cerca de

80% das vendas sujeitas ao risco cambial neste período e a quase totalidade dos valores de balanço denominados em moeda estrangeira.

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Evolução do USD/EUR Ano 2006

0,7000

0,7500

0,8000

0,8500

0,900030

-Dez

-05

1-F

ev-0

6

6-M

ar-0

6

6-A

br-0

6

12-M

ai-0

6

14-J

un-0

6

17-J

ul-0

6

17-A

go-0

6

19-S

et-0

6

20-O

ut-0

6

22-N

ov-0

6

27-D

ez-0

6

Risco de Taxa de Juro

O custo da quase totalidade da dívida financeira contraída pela Portucel está indexado

a taxas de referência de curto prazo – geralmente Euribor 6m. Para fazer face a

variações desfavoráveis na taxa de juro, a Portucel decidiu fixar as taxas numa parte dos seus empréstimos de médio longo prazo, tendo para tal contratado swaps de taxa

de juro.

No final do semestre, cerca de 40% da sua dívida de médio longo prazo estava

coberta relativamente a variações de taxas de juro.

Risco de Crédito

A Portucel está sujeita a risco no crédito que concede aos seus clientes, tendo

adoptado uma política de maximização da cobertura do risco através de um seguro de

crédito. As vendas que não estão abrangidas por um seguro de crédito estão sujeitas a regras que procuram assegurar que as vendas sejam efectuadas a clientes com um

risco aceitável e que limitam a exposição a montantes máximos pré-definidos e

aprovados para cada cliente.

Risco de Liquidez

A adequada maturidade da dívida de longo prazo da Portucel, relativamente às

- 10,4%

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características da indústria, a contratação de linhas em contas correntes com um conjunto alargado de instituições de crédito, assim como o montante significativo em

caixa disponível no final do exercício, garantem ao Grupo um nível muito elevado de

liquidez.

Risco do Preço da Pasta

De modo a diminuir o risco associado às fortes flutuações do preço da pasta, a

Portucel contratou, para cerca de 22% das suas vendas, operações de cobertura, que

permitem limitar a um intervalo definido o efeito da volatilidade do preço.

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4. Actividade Industrial

Ganhos de Eficiência na Produção

Em 2006, a Portucel produziu 272 mil toneladas de produto acabado de papel (+1% em relação ao ano anterior) e 760 mil toneladas de pasta (+ 3,7% face ao ano

anteriror). A fábrica de pasta de Cacia realizou com sucesso o arranque da nova

caldeira de recuperação, o que permitiu que fossem atingidos níveis de produção históricos, superiores a 260 mil toneladas

Como resultado dos investimentos realizados e do esforço sistemático no sentido de aumentar a produtividade, prosseguiu-se a racionalização dos custos de produção

destacando-se, no âmbito da actividade de produção de pasta, a fábrica de Cacia,

onde os níveis de redução foram muito significativos.

Investimento

O investimento industrial centrou-se sobretudo em pequenos projectos de melhoria de eficiência produtiva, qualidade, melhoria das condições de segurança das instalações

e modernização de equipamentos e estruturas.

Em Cacia, entrou em funcionamento a nova caldeira de recuperação. Em Setúbal,

encontram-se em curso investimentos numa nova ligação eléctrica em 60 Kv, e ainda

na substituição dos computadores de processo (caustificação, digestores e refrigeração de água na preparação de químicos). O investimento industrial em Cacia

e em Setúbal situou-se em 9,4 milhões e 3,6 milhões de euros, respectivamente.

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5. Perspectivas Futuras

A economia global deverá desacelerar em 2007, mantendo no entanto um ritmo de

crescimento elevado, principalmente nas economias emergentes, embora condicionada por um forte arrefecimento da economia norte-americana. Após uma

forte aceleração em 2006, a economia europeia, deverá estabilizar em 2007,

registando um crescimento moderado.

Persistem no entanto níveis de tensão muito elevados em regiões sensíveis do globo,

que continuarão a condicionar fortemente os custos do petróleo e derivados, com repercussões directas nos custos de energia, logística e produtos químicos requeridos

pela actividade do Grupo.

Adicionalmente, permanecem os factores que pressionam a apreciação do euro

relativamente ao dólar, variável com impacto muito importante na actividade da

Empresa, pela expressão das vendas que estão expostas ao dólar, mas também por afectar a sua competitividade perante concorrentes externos à zona euro.

Persistem, igualmente, pressões inflacionistas que deverão conduzir a novas subidas das taxas de juro.

Neste contexto, as perspectivas de evolução das condições do mercado em 2007, no fundamental determinadas pelos níveis de procura de pasta e papel, podem

considerar-se moderadamente positivas.

Para além, no entanto, do potencial impacto dos factores de incerteza atrás

mencionados, o desempenho do Grupo será também influenciado pela necessidade

do recurso a importação de madeira em volumes significativos, opção destinada a proporcionar, a médio prazo, melhores condições de sustentabilidade na floresta

portuguesa de eucalipto.

O grupo Portucel Soporcel opera num mercado global, marcado por elevados níveis

de competição, com significativa exposição às flutuações cambiais e com preços

resultantes da relação oferta / procura. Em tal mercado, são imperativos de bom desempenho a excelência operacional, a capacidade de diferenciação dos produtos

oferecidos e uma clara percepção dos factores de satisfação do mercado que se

serve.

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Neste quadro, o Conselho de Administração do grupo Portucel Soporcel aprovou o projecto de instalação de uma nova fábrica de papel no seu complexo industrial de

Setúbal, com uma capacidade nominal de 500 mil ton/ano, num investimento de cerca

de 490 milhões de euros.

Este projecto permitirá, uma vez concluído, reforçar a competitividade do Grupo no

mercado de papel, assegurando a capacidade de resposta necessária à crescente procura dos seus produtos e marcas no mercado internacional. Possibilitará, também,

reforçar o papel estruturante do grupo Portucel Soporcel na fileira florestal do eucalipto

e aumentar a sua contribuição para a economia portuguesa. É, aliás, grato registar que, já hoje, tal contribuição é muito expressiva, representando cerca de 2% do PIB

industrial e 3% das exportações de bens.

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6. Proposta de Distribuição de Resultados

O Conselho de Administração propõe aos Senhores Accionistas que, aos resultados

líquidos do exercício de 2006, no montante de 90.929.641,12 euros, seja dada a seguinte aplicação:

Nos termos da legislação em vigor, seja destinada a importância de 4.546.482,06 euros para constituição da Reserva Legal.

Para resultados transitados, o montante de 25.755.438,56

Para distribuição de dividendos, o montante de 60.627.720,50

Setúbal, 12 de Fevereiro de 2006.

O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Pedro Mendonça de Queiroz Pereira Presidente

José Alfredo de Almeida Honório Vogal

Luis Alberto Caldeira Deslandes Vogal

Manuel Maria Pimenta Gil Mata Vogal

Manuel Soares Ferreira Regalado Vogal

Álvaro Roque de Pinho Bissaia Barreto Vogal

Carlos Eduardo Coelho Alves Vogal

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Corpos Sociais Os Órgãos Sociais da Portucel – Empresa Produtora de Pasta e Papel, S.A. têm a seguinte constituição:

Mesa da Assembleia Geral Presidente: Henrique Reynaud Campos Trocado Vice-Presidente: Frederico José da Cunha Mendonça e Meneses Secretário: António Alexandre de Almeida e Noronha da Cunha Reis Conselho de Administração Presidente: Pedro Mendonça de Queiroz Pereira Vogais: José Alfredo de Almeida Honório Luis Alberto Caldeira Deslandes Manuel Maria Pimenta Gil Mata Manuel Soares Ferreira Regalado Álvaro Roque de Pinho Bissaia Barreto Carlos Eduardo Coelho Alves Comissão Executiva Presidente: José Alfredo de Almeida Honório Vogais: Pedro Mendonça de Queiroz Pereira Luis Alberto Caldeira Deslandes Manuel Maria Pimenta Gil Mata Manuel Soares Ferreira Regalado Fiscal Único

PricewaterhouseCoopers & Associados, SROC, representado pelo Dr. Abdul Nasser, Abdul Sattar ou pela Dra. Ana Maria Ávila de Oliveira Lopes Bertão.

Conselho de Impacte Ambiental José Manuel Soares de Oliveira Carlos Sousa Reis Rui Manuel Baptista Ganho

Serafim Manuel Bragança Tavares

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Anexo ao Relatório do Conselho de Administração

Em anexo ao Relatório do Conselho de Administração da Portucel – Empresa

Produtora de Pasta e Papel, S.A., e no cumprimento das disposições consignadas no Código das Sociedades Comerciais aprovado pelo Decreto - Lei 262/86 de 2 de

Setembro, informa-se o seguinte:

1. Para efeitos do disposto no artigo 447º, n.º 5 do Código das Sociedades

Comerciais, informa-se que o Sr. Dr. José Alfredo de Almeida Honório é titular, de

harmonia com o disposto nos n.º 1, 2 e 3 do mesmo artigo 447º, de 20.000 acções da Semapa - Soc. de Investimentos e Gestão, SGPS, SA.

Informa-se também que os membros dos Órgãos de Administração abaixo indicados, são titulares, de harmonia com o disposto nos artigos já mencionados,

das seguintes acções da Portucel – Empresa Produtora de Pasta e Papel, S.A.:

Manuel Maria Pimenta Gil Mata 20.000 acções Carlos Eduardo Coelho Alves 153.600 acções

Quanto às sociedades referidas na alínea d) do nº 2 do artigo 447º do Código das Sociedades Comerciais, há a registar as seguintes detenções de acções da Portucel –

Empresa Produtora de Pasta e Papel, S.A.:

Seinpart SGPS ............................................230.839.400 Semapa Inversiones S.L. ................................5.328.618

Semapa SGPS ...................................................590.400

Seminv SGPS.....................................................590.400 Cimentospar SGPS............................................589.400

Nem o membro do Órgão de Administração acima identificado, nem os restantes membros dos Órgãos de Administração e Fiscalização da sociedade e das sociedades

que com ela se encontram em relação de domínio ou grupo, são titulares de outras

acções ou obrigações das mesmas sociedades.

Durante o ano de 2006 foram efectuadas pelos membros dos Órgãos de Administração

e Fiscalização da Sociedade as seguintes transacções:

Conselho de Administração Transacção Nº Acções Data Preço Uni.

Manuel Maria Pimenta Gil Mata compra 20 000 13-11-2006 2,04 euros

Carlos Eduardo Coelho Alves compra 153 600 13-11-2006 2,15 euros

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No que respeita a transacções efectuadas pelas sociedades referidas na alínea d) do nº 2 do artigo 447º do Código das Sociedades Comerciais durante o exercício, há a

registar as seguintes:

Sociedade Transacção # acções Data Preço

Semapa SGPS Put & Call Combination (p/

aquisição) 22.636.987 09-11-2006 2,10*

Semapa SGPS Compra 589.400 13-11-2006 2,15

Semapa S.L. Compra 589.400 13-11-2006 2,15

Seinpart SGPS Compra 589.400 13-11-2006 2,15

Cimentospar SGPS Compra 589.400 13-11-2006 2,15

Seminv SGPS Compra 589.400 13-11-2006 2,15

Semapa S.L. Compra 4.149.818 13-11-2006 2,20

Semapa SGPS Total Return Swap (p / aquisição) 8.708.500 13-11-2006 2,15*

Semapa S.L. Compra 30.085 05-12-2006 2,37

Semapa S.L. Compra 559.315 07-12-2006 2,37

* Ao preço indicado acresce correcção monetária

2. Para efeitos do disposto no Art.º 448, nº4 do Código das Sociedades Comerciais e

em cumprimento do Art.º 8 do Regulamento da CMVM n.º 04/2004, a relação dos

titulares de participações qualificadas, nesta data, é a seguinte:

Entidade Imputação Nº de acções

% capital e direitos de

voto

A. Semapa - Sociedade de Investimento e Gestão, SGPS, S.A.

Directa 23.227.387 3,03%

Seinpart SGPS Soc. Dominada 230.839.400 30,08%

Semapa Investments BV Soc. Dominada 281.152.015 36,63%

Semapa Inversiones S.L. Soc. Dominada 5.328.618 0,69%

Seminv SGPS Soc. Dominada 590.400 0,08%

Cimentospar SGPS Soc. Dominada 589.400 0,08%

SEINPAR B.V. Soc. Dominada 589.400 0,08%

Credit Suisse InternationalAcções que a Semapa pode dquirir em virtude de acordo celebrado com o titular 8.708.500 1,13%

Carlos Eduardo Coelho Alves Administrador da semapa 153.600 0,02%Total imputável à Semapa: 551.178.720 71,81%

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7. Contas Individuais

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PORTUCEL - EMPRESA PRODUTORA DE PASTA E PAPEL, SA

BALANÇO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006(Montantes expressos em euros)

2005Activo Amortizações Activo Activo

ACTIVO Notas bruto e ajustamentos líquido líquido

IMOBILIZADO Imobilizações incorpóreas

Despesas de instalação 3.246.773 (3.246.773) - -Despesas de investigação e de desenvolvimento 40.373.303 (40.373.303) - -Propriedade industrial e outros direitos 664.240 (145.850) 518.390 31.231 Trespasses 428.132.254 (51.375.870) 376.756.384 -Imobilizações em curso 634.842 (486.164) 148.678 -

10 473.051.412 (95.627.960) 377.423.452 31.231

Imobilizações corpóreas Terrenos e recursos naturais 35.753.845 - 35.753.845 35.753.845 Edifícios e outras construções 145.973.005 (85.020.969) 60.952.036 66.115.657 Equipamento básico 967.312.823 (690.324.759) 276.988.064 260.981.169 Equipamento de transporte 8.109.533 (7.107.510) 1.002.023 1.284.191 Ferramentas e utensílios 2.322.165 (2.235.122) 87.043 46.622 Equipamento administrativo 15.605.557 (14.245.417) 1.360.140 1.896.089 Taras e vazilhame 253 (253) - -Outras imobilizações corpóreas 14.790.393 (12.741.035) 2.049.358 3.156.890 Imobilizações em curso 14 7.193.520 - 7.193.520 74.132.492 Adiantamentos por conta de imobilizações corpóreas 108.631 - 108.631 35.199

10 e 14 1.197.169.725 (811.675.065) 385.494.660 443.402.154

Investimentos financeiros Partes de capital em empresas do grupo 10 e 16 817.775.346 - 817.775.346 1.131.740.842 Partes de capital em empresas associadas 10 e 16 11.223 (11.223) - 11.223 Títulos e outras aplicações financeiras 10 30.207 (30.207) - 30.207

817.816.776 (41.430) 817.775.346 1.131.782.272

CIRCULANTE Existências - Curto prazo

Matérias-primas, subsidiárias e de consumo 33.223.510 (316.206) 32.907.304 43.582.102 Produtos e trabalhos em curso 4.043.515 - 4.043.515 5.996.950 Subprodutos, desperdícios, resíduos e refugos 484.243 - 484.243 286.200 Produtos acabados e intermédios 14.955.963 - 14.955.963 14.844.870 Mercadorias - - - 182.006 Adiantamentos por conta de compras 1.760.413 - 1.760.413 668.205

22 54.467.644 (316.206) 54.151.438 65.560.333

Dívidas de terceiros - Médio e longo prazo Empresas do grupo - - - 10.048.050

Dívidas de terceiros - Curto prazo Clientes, conta corrente 99.109.917 - 99.109.917 74.770.796 Clientes de cobrança duvidosa 23 1.501.107 (1.501.107) - -Empresas do grupo e associadas 51 46.490.065 - 46.490.065 54.050.373 Adiantamentos a fornecedores 290.809 - 290.809 198.388 Estado e outros entes públicos 28 6.074.020 - 6.074.020 14.703.540 Outros devedores 49 18.494.855 (23.136) 18.471.719 23.794.977

171.960.773 (1.524.243) 170.436.530 167.518.074 Títulos negociáveis

Outros títulos negociáveis - - - -Outras aplicações de tesouraria 119.280.000 - 119.280.000 78.300.000

17 119.280.000 - 119.280.000 78.300.000 Depósitos bancários e caixa

Depósitos bancários 701.090 - 701.090 1.182.065 Caixa 10.475 - 10.475 10.475

17 711.565 - 711.565 1.192.540

ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS Acréscimos de proveitos 50 988.086 - 988.086 1.139.862 Custos diferidos 50 6.897.516 - 6.897.516 9.674.051 Activos por impostos diferidos 6 30.060.867 - 30.060.867 37.345.316

37.946.469 - 37.946.469 48.159.229

Total de amortizações (907.303.025)

Total de ajustamentos (1.881.879)

Total do activo 2.872.404.364 (909.184.904) 1.963.219.460 1.945.993.883

As Notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras.

2006

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PORTUCEL - EMPRESA PRODUTORA DE PASTA E PAPEL, SA

BALANÇO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006(Montantes expressos em euros)

CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO Notas 2006 2005

CAPITAL PRÓPRIO Capital 36 767.500.000 767.500.000 Acções próprias - Valor nominal (60.500) (60.500)Acções próprias - Descontos e prémios 6.821 6.821 Ajustamentos de partes de capital em filiais e associadas (42.758.463) (39.138.572)Reservas de reavaliação 15.738.948 13.135.284 Reservas legais 26.254.373 23.294.613 Reservas estatutárias 52.934.256 47.310.710 Outras reservas (3.003.047) (3.003.047)Resultados transitados 180.880.964 164.915.380 Resultado líquido do exercício 90.929.641 59.195.216

Total do capital próprio 40 1.088.422.993 1.033.155.905

PASSIVO

PROVISÕESOutras provisões 34 26.612.677 3.591.571

26.612.677 3.591.571

DÍVIDAS A TERCEIROS - Médio e longo prazo Empréstimos por obrigações 48 700.000.000 700.000.000 Dívidas a instituições de crédito 48 25.040.576 25.121.726

725.040.576 725.121.726

DÍVIDAS A TERCEIROS - Curto prazoDívidas a instituições de crédito 48 435.293 67.024.556 Fornecedores, conta corrente 50.085.527 49.585.853 Fornecedores - facturas em recepção e conferência 7.039.057 6.605.396 Empresas do grupo e associadas 51 3.727.547 5.557.304 Fornecedores de imobilizado, conta corrente 373.061 2.572.875 Estado e outros entes públicos 28 4.561.080 3.844.903 Outros credores 49 6.682.259 4.516.191

72.903.824 139.707.078

ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOSAcréscimos de custos 50 25.030.410 26.500.963 Proveitos diferidos 50 2.421.926 3.917.008 Passivos por impostos diferidos 6 22.787.054 13.999.632

50.239.390 44.417.603

Total do passivo 874.796.467 912.837.978

Total do capital próprio e do passivo 1.963.219.460 1.945.993.883

As Notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras.

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DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS POR NATUREZAS PARA O EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006(Montantes expressos em euros)

NotasCUSTOS E PERDAS

Custo das mercadorias vendidas e dasmatérias consumidas 41 186.732.889 185.189.970

Fornecimentos e serviços externos 172.538.065 149.710.758

Custos com o pessoal:Remunerações 30.364.000 32.987.372 Encargos sociais:

Pensões 31 2.475.417 (4.939.698)Outros 11.890.004 44.729.421 23.911.796 51.959.470

Amortizações do imobilizado corpóreo eincorpóreo 10 73.247.943 69.044.501

Ajustamentos 21 710.507 327.688 Provisões 34 24.159.668 98.118.118 1.969.034 71.341.223

Impostos 543.292 1.968.528 Outros custos operacionais 904.134 1.447.426 485.510 2.454.038

(A) 503.565.919 460.655.459

Perdas em empresas do grupo e associadas 16 e 45 3.216.197 3.514.887 Amortizações e ajustamentos de aplicações e

investimentos financeiros 21 41.430 -Juros e custos similares: - relativos a empresas do grupo e associadas 51 e 45 158.422 113.741 - outros 45 46.135.079 49.551.128 54.837.306 58.465.934

(C) 553.117.047 519.121.393

Custos e perdas extraordinários 46 2.774.232 9.680.797

(E) 555.891.279 528.802.190

Imposto sobre o rendimento do exercício 6 10.208.264 (4.981.150)

(G) 566.099.543 523.821.040

Resultado líquido do exercício 90.929.641 59.195.216

657.029.184 583.016.256

PROVEITOS E GANHOS

Vendas 461.365.668 435.696.264 Prestações de serviços 51 e 44 31.432.196 492.797.864 25.239.541 460.935.805

Variação da produção 42 950.672 (8.263.312)Trabalhos para a própria empresa 199.607 616.900 Proveitos suplementares 51 57.212.350 39.884.936 Subsídios à exploração 1.080.638 10.681 Outros proveitos operacionais - 469.040 Reversões de amortizações e ajustamentos 34 5.184.512 64.627.779 - 32.718.245

(B) 557.425.643 493.654.050

Ganhos em empresas do grupo e associadas 16 e 45 81.740.377 69.197.869 Rendimentos de títulos negociáveis 45 1.944.040 103.963 Outros juros e proveitos similares:

Relativos a empresas do grupo e associadas 51 e 45 2.624.958 1.492.444 Outros 45 11.011.279 97.320.654 7.538.469 78.332.745

(D) 654.746.297 571.986.795

Proveitos e ganhos extraordinários 46 2.282.887 11.029.461

(F) 657.029.184 583.016.256

Resultados operacionais: (B) - (A) 53.859.724 32.998.591 Resultados financeiros: (D - B) - (C - A) 47.769.526 19.866.811 Resultados correntes: (D) - (C) 101.629.250 52.865.402 Resultados antes de impostos: (F) - (E) 101.137.905 54.214.066 Resultado líquido do exercício: (F) - (G) 90.929.641 59.195.216

As Notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras.

2006 2005

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DEMONSTRAÇAO DOS FLUXOS DE CAIXA

Demonstração dos Fluxos de Caixa em 31 de Dezembro de 2006

ACTIVIDADES OPERACIONAIS: (Un: Euros)

Recebimentos de Clientes 522.680.231,35 Pagamentos a Fornecedores -349.315.410,07 Pagamentos ao Pessoal -42.731.294,08

FLUXOS GERADOS PELAS OPERAÇOES 130.633.527,20

Paga. /Recebi. do Imposto sobre o Rendimento 4.328.966,35 Outros Paga. /Recebi. Relativos à Actividade Operacional 23.335.059,39

FLUXOS GERADOS ANTES DAS RUBRICAS EXTRAORDINARIAS 158.297.552,94

Recebimentos relacionados c/rubricas extraordinarias 453.212,20 Pagamentos relacionados c/rubricas extraordinarias -642.734,02

FLUXOS DAS ACTIVIDADES OPERACIONAIS 1) 158.108.031,12

ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO:

Recebimentos provenientes de : Investimentos financeiros 210.229,84 Imobilizaçoes corporeas 245.139,58 Imobilizaçoes incorporeas 0,00 Subsidios de investimento 21.005,90 Juros e proveitos Similares 12.505.379,49 Dividendos 57.976.995,93 Recebimentos de capital 0,00 Pagamentos respeitantes a: Investimentos financeiros -46.067.212,62 Imobilizaçoes corporeas -15.174.005,83 Imobilizaçoes incorporeas -71.378,69 FLUXOS DAS ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO 2) 9.646.153,60

ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO: Recebimentos provenientes de : Emprestimos obtidos - externos 0,00 Emprestimos obtidos - do Grupo 23.894.984,13 Aumentos de capital e reservas 0,00 Pagamentos respeitantes a: Emprestimos obtidos - externos -66.670.413,73 Emprestimos obtidos - do Grupo -8.086.752,80 Amortizazaçao de contratos de locaçao financeira -9.328,34 Juros e custos similares -36.093.074,87 Dividendos -40.290.573,75 Reduções de capital e Prestações Suplementares 0,00

FLUXOS DAS ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO 3) -127.255.159,36

VARIAÇAO DE CAIXA E SEUS EQUIVALENTES 40.499.025,36EFEITO DAS DIFERENÇAS DE CÂMBIO -366.225,95CAIXA E SEUS EQUIVALENTES NO INICIO DO PERIODO 79.492.539,61CAIXA E SEUS EQUIVALENTES NO FIM DO PERIODO 119.991.564,97

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DEMONSTRAÇAO DOS RESULTADOS POR FUNÇÕES

31 DE DEZEMBRO DE 2004

(Un: Euros)

Dez-06 Dez-05

Vendas e prestações de serviços 492.797.863,69 460.935.805,02 Custo das vendas e das prestações de serviços -353.435.626,99 -367.258.914,72

RESULTADOS BRUTOS 139.362.236,70 93.676.890,30

Outros proveitos e ganhos operacionais 895.741,69 Custos de distribuição -30.853.246,72 -25.104.686,72 Custos administrativos -19.522.014,76 -16.930.841,39 Outros custos e perdas operacionais -35.127.251,07 -19.538.513,28

RESULTADOS OPERACIONAIS 53.859.724,15 32.998.590,60

Custo líquido de financiamento -30.754.653,34 -45.816.170,76 Ganhos (perdas) em filiais e associadas 78.524.179,84 65.682.982,55 Ganhos (perdas) em outros investimentos Ganhos (perdas) não usuais

RESULTADOS CORRENTES 101.629.250,65 52.865.402,39

Impostos sobre os resultados correntes -10.343.384,18 5.352.032,47

RESULTADOS CORRENTES APÓS IMPOSTOS 91.285.866,47 58.217.434,86

Resultados extraordinários -491.345,31 1.348.664,01 Impostos sobre os resultados extraordinários 135.119,96 -370.882,60 RESULTADOS LÍQUIDOS 90.929.641,12 59.195.216,27

RESULTADOS POR ACÇÃO 0,118 0,077

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PORTUCEL - EMPRESA PRODUTORA DE PASTA E PAPEL, SA NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS RELATIVAS AO EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006 (Montantes expressos em euros) NOTA INTRODUTÓRIA A Portucel – Empresa Produtora de Pasta e Papel, SA (adiante designada por Empresa ou Portucel SA) é uma sociedade aberta com o capital social representado por acções e foi constituída em 31 de Maio de 1993, ao abrigo do Decreto-Lei nº 39/93 de 13 de Fevereiro, como resultado do processo de reestruturação da Portucel – Empresa de Celulose e Papel de Portugal, SA. A actividade principal da Empresa consiste na produção e comercialização de papel de escritório não revestido, pastas celulósicas e seus derivados ou afins. Adicionalmente a Sociedade tem uma participação de 100% no capital da Soporcel – Sociedade Portuguesa de Papel, SA (adiante designada por Soporcel), empresa dedicada ao mesmo sector de actividade. As demonstrações financeiras relativas ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2006 foram preparadas, em todos os aspectos materiais, em conformidade com as disposições do Plano Oficial de Contabilidade (POC) a das directrizes contabilísticas emitidas pela Comissão de Normalização Contabilística, excepto no que se refere aos aspectos mencionados na Nota 1. As notas que se seguem respeitam a numeração sequencial definida no Plano Oficial de Contabilidade. As notas cuja numeração se encontra ausente deste anexo não são aplicáveis à Empresa ou a sua apresentação não é relevante para a apreciação das demonstrações financeiras anexas. NOTA 1 – DERROGAÇÕES AO POC As presentes demonstrações financeiras apresentam derrogações ao POC relacionadas com (i) a aplicação do método de valorização subsequente do “goodwill”, conforme disposto pela Norma Internacional de Relato Financeiro nº 3 descrita na Nota 3 d), (ii) a aplicação da metodologia de reconhecimento dos ganhos e perdas actuariais conforme disposto na Norma Internacional de Contabilidade nº 19 descrita na Nota 3 i) e (iii) a política contabilística utilizada por algumas subsidiárias no registo das florestas em crescimento descrita na Nota 10. NOTA 2 – VALORES COMPARATIVOS A Empresa não procedeu à alteração das principais práticas e políticas contabilísticas seguidas nas demonstrações financeiras do exercício de 2005, com excepção do critério seguido no registo das “Licenças de emissão de CO2”, conforme descrito na Nota 3 q).

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Adicionalmente, deve ser tido em consideração que o trespasse resultante da aquisição da Soporcel foi transferido no exercício de partes de capital em empresas do grupo para imobilizado incorpóreo. A análise comparativa dos valores apresentados deve ter em consideração as situações acima referidas, cujo impacto nas demonstrações financeiras de 31 de Dezembro de 2006 é evidenciado nas notas seguintes. NOTA 3 – BASES DE APRESENTAÇÃO E PRINCIPAIS PRINCÍPIOS

CONTABILÍSTICOS E CRITÉRIOS VALORIMÉTRICOS As demonstrações financeiras anexas foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, a partir dos livros e registos contabilísticos da Empresa, mantidos de acordo com princípios de contabilidade geralmente aceites em Portugal, com excepção dos aspectos referidos na Nota 1. Os principais critérios valorimétricos utilizados na preparação das demonstrações financeiras foram os seguintes: a) Imobilizações incorpóreas As imobilizações incorpóreas são constituídas basicamente por despesas associadas a projectos de investigação e outros considerados relevantes para o desenvolvimento das actividades no futuro e, a partir de 2006, pelas licenças de emissão de CO2 que foram registadas na rubrica de propriedade industrial e outros direitos (ver Nota 3 q)) e pelo trespasse resultante da aquisição da Soporcel (ver Nota 3 d)). As imobilizações incorpóreas, com excepção das licenças de emissão e dos trespasses, são amortizadas pelo método das quotas constantes, durante um período de entre 3 e 5 anos. b) Imobilizações corpóreas As imobilizações corpóreas são originalmente registadas ao custo de aquisição, o qual, no caso das imobilizações transferidas no processo de reestruturação efectuado em 31 de Maio de 1993 (data de constituição da Empresa) referido na Nota Introdutória, foi determinado com base em avaliação efectuada por entidade especializada. O imobilizado corpóreo que se encontrava registado no activo à data de 31 de Dezembro de 1997 foi reavaliado no exercício de 1998, em conformidade com os critérios referidos na Nota 12, gerando a correspondente reserva de reavaliação referida na Nota 40. As amortizações são calculadas pelo método das quotas anuais constantes, a partir do ano de entrada em funcionamento dos bens, utilizando de entre as taxas permitidas pela legislação fiscal em vigor.

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As taxas de amortização utilizadas correspondem às seguintes vidas médias: Anos de vida média Edifícios e outras construções 18 - 25 Equipamento básico 10 - 20 Equipamento de transporte 5 Ferramentas e utensílios 2 Equipamento administrativo 4 Taras e vasilhame 6 Outras imobilizações corpóreas 4

Os encargos com reparações e manutenção de natureza corrente são registados na demonstração dos resultados do exercício em que são incorridos. Os custos associados às reparações programadas dos centros fabris, que ocorrem com intervalos pré-determinados, são imputados à demonstração dos resultados em base duodecimal ao longo do período que medeia cada intervenção (ver Nota 50). As reparações que aumentam a utilidade económica dos activos imobilizados são registadas como imobilizações corpóreas e amortizadas durante a vida útil remanescente dos mesmos. c) Contratos de locação financeira Os bens adquiridos em regime de locação financeira encontram-se relevados na situação patrimonial da Empresa como estabelece a Directriz Contabilística nº 25, emanada da Comissão de Normalização Contabilística. Assim, (i) o valor dos bens é registado em imobilizado corpóreo sendo depreciado em conformidade com a vida útil esperada e (ii) a responsabilidade para com terceiros, pela parte de capital incluída nas rendas vincendas, é evidenciada no passivo. d) Investimentos financeiros Os investimentos financeiros em empresas do grupo e associadas encontram-se registados pelo método da equivalência patrimonial tendo sido inicialmente contabilizados pelo custo de aquisição. Este foi acrescido ou reduzido da diferença ("goodwill") para o valor correspondente à proporção dos capitais próprios dessas empresas, quando aplicável ajustados pelo efeito da atribuição do justo valor a determinados activos, reportados à data de aquisição ou da primeira aplicação do método da equivalência patrimonial. O “goodwill” resultante da aquisição da totalidade do capital social da Soporcel SA, encontra-se registado no imobilizado incorpóreo (ver Nota 10) e foi amortizado até 31 de Dezembro de 2003, pelo método das quotas constantes para um período de 25 anos. Até 31 de Dezembro de 2005 este “goodwill” encontrava-se registado na rubrica de partes de capital em empresas do grupo. Em 2005 a Empresa passou a aplicar o método de valorização do “goodwill”, subsequente ao seu reconhecimento inicial, preconizado pela Norma Internacional de

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Relato Financeiro nº 3. De acordo com esta norma o “goodwill” não é amortizado e é sujeito a testes por imparidade, numa base mínima anual. As perdas por imparidade relativas ao “goodwill” não podem ser revertidas. De acordo com o método da equivalência patrimonial as participações financeiras são ajustadas pelo valor correspondente à participação nos resultados líquidos das empresas do grupo por contrapartida de ganhos ou perdas financeiros do período. Adicionalmente, os dividendos recebidos destas empresas são registados como uma redução no saldo da rubrica de investimentos financeiros. Os outros investimentos financeiros, nomeadamente os registados na rubrica de títulos e outras aplicações financeiras são registados ao valor mais baixo de entre o custo de aquisição ou o valor esperado de realização. Os dividendos distribuídos são reconhecidos como proveitos no exercício em que é tomada a decisão de distribuição de dividendos. e) Existências As matérias-primas, subsidiárias e de consumo encontram-se valorizadas ao custo médio de aquisição, que inclui o preço de factura e todas as despesas até à entrada em armazém, o qual é inferior ao respectivo valor de mercado. Como método de valorização das saídas ou consumos é utilizado o custo médio. Os produtos e trabalhos em curso, subprodutos, desperdícios, resíduos e refugos e produtos acabados e intermédios encontram-se valorizados ao custo de produção mensal médio acumulado, que inclui o custo da matéria-prima incorporada, mão-de-obra e gastos gerais de fabrico. Como método de valorização das saídas ou consumos é utilizado o custo médio. f) Ajustamentos para depreciação de existências e para créditos de cobrança

duvidosa É efectuado um ajustamento para depreciação de existências pela diferença entre o custo de produção dos produtos acabados e intermédios e o respectivo valor estimado de realização, sempre que este seja inferior ao primeiro. O ajustamento para créditos de cobrança duvidosa é calculado tendo por base os riscos previstos de cobrança no final de cada ano. g) Títulos negociáveis Os títulos negociáveis são registados ao valor mais baixo de entre o custo de aquisição ou o valor esperado de realização. Os juros auferidos são reconhecidos como proveitos dos exercícios a que se referem.

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h) Especialização de exercícios A Empresa regista as suas receitas e despesas de acordo com o princípio da especialização dos exercícios pelo qual as receitas e despesas são reconhecidas à medida em que são geradas, independentemente do momento em que são recebidas ou pagas. As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e as correspondentes receitas e despesas são registadas nas rubricas de acréscimos e diferimentos, sendo apresentado na Nota 50 um detalhe das mesmas. i) Complemento de pensões de reforma e sobrevivência A Empresa regista as suas responsabilidades por estes complementos de acordo com o disposto na Norma Internacional de Contabilidade nº 19, tendo passado a reconhecer, a partir do segundo semestre de 2005, os ganhos e perdas actuariais directamente no capital próprio conforme permitido por aquela Norma Internacional de Contabilidade (ver Nota 31 a)). j) Encargos com pré-reformas A Empresa assumiu a responsabilidade pelo pagamento de pré-reformas, nos termos de acordos celebrados com diversos empregados, até ao momento da sua passagem à reforma pela Segurança Social. Estes pagamentos mensais correspondem à parte do salário do empregado à data da pré-reforma. O valor actual destas responsabilidades por pagamentos futuros de pré-reformas é determinado por cálculo actuarial e registado como custo do exercício em que se celebra o acordo de pré-reforma. No final de cada exercício é actualizado o cálculo actuarial das responsabilidades e ajustado, através da demonstração dos resultados do exercício, o saldo da rubrica acréscimos de custos. k) Indemnizações pela cessação por mútuo acordo de contratos de trabalho Os encargos associados a indemnizações a trabalhadores pela cessação por mútuo acordo de contratos de trabalho são reconhecidos no exercício em que o respectivo acordo é concluído. l) Subsídios atribuídos para financiamento de imobilizado Os subsídios recebidos a fundo perdido para o financiamento de imobilizado estão registados em balanço, na rubrica de proveitos diferidos para posterior reconhecimento na demonstração dos resultados de cada exercício, proporcionalmente às amortizações das imobilizações corpóreas subsidiadas. A parcela do subsídio reconhecida como proveito no exercício, bem como as correspondentes amortizações, integram os resultados extraordinários do exercício. m) Transacções em moeda estrangeira As transacções em moeda estrangeira são convertidas em euros aos câmbios vigentes à data da operação. As diferenças de câmbio realizadas no exercício, bem como as potenciais apuradas nos saldos existentes na data do balanço por referência às paridades vigentes nessa data, integram os resultados correntes do exercício.

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n) Imposto sobre o rendimento O encargo com o imposto sobre o rendimento é apurado tendo em consideração as disposições do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (IRC). A Empresa adopta, de acordo com o disposto na Directriz Contabilística nº 28, o conceito de contabilização de impostos diferidos (ver Nota 6). o) Instrumentos financeiros derivados Na gestão dos riscos de taxa de juro e cambiais inerentes às suas actividades a Empresa utiliza instrumentos financeiros derivados (ver Notas 49 e 52). Na sequência da publicação do Decreto-Lei 88/2004 de 20 de Abril, os ganhos e perdas apurados nesses instrumentos financeiros derivados, quer sejam de negociação quer de cobertura, passaram a ser registados pelo seu justo valor. Apesar de os derivados contratados pela Empresa corresponderem a instrumentos de cobertura económica de riscos, nem todos qualificam como instrumentos de cobertura contabilística. As variações do justo valor dos derivados que não qualifiquem como instrumentos de cobertura contabilística são reconhecidas nas rubricas da demonstração de resultados do exercício. As variações no justo valor dos derivados que qualifiquem como de cobertura são registadas por contrapartida de uma rubrica de reservas do capital próprio sendo reclassificadas para as rubricas da demonstração de resultados à medida do seu vencimento (ver Notas 40 e 45). p) Passivos e dispêndios de carácter ambiental A Empresa adopta como política contabilística para reconhecimento dos passivos e dos dispêndios de carácter ambiental, os critérios consagrados pela Directriz Contabilística nº 29, emanada da Comissão de Normalização Contabilística. q) Licenças de emissão de CO2 Até 31 de Dezembro de 2005, as emissões de CO2 efectuadas pela Empresa e as “Licenças de emissão de CO2” que lhe são atribuídas no âmbito do Plano Nacional de Atribuição de Licenças de emissão de CO2, a título gratuito, não davam origem a qualquer registo contabilístico, no caso de não se estimar como provável a existência de custos a incorrer pela Empresa com a aquisição de licenças de emissão no mercado. A partir do exercício de 2006, e na sequência da publicação pela Comissão de Normalização Contabilística da Interpretação Técnica nº 4, as licenças de emissão passaram a ser registadas no imobilizado incorpóreo pelo seu justo valor na data de atribuição ou aquisição. A diferença entre o valor de aquisição e o justo valor é registada como um subsídio em proveitos diferidos, e será reconhecido em proveitos à medida que as emissões se concretizam. As emissões de CO2 são valorizadas ao valor contabilístico das licenças detidas ou pelo justo valor das licenças a adquirir, sendo registado um passivo por contrapartida de custos do período (ver Nota 52). No final de cada período o valor contabilístico é o mais pequeno de entre o valor de aquisição e o justo valor. Aquando da alienação das licenças é reconhecida na demonstração de resultados a

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diferença entre o valor contabilístico do activo e o seu valor de venda, deduzida do correspondente subsídio do Estado. NOTA 4 – COTAÇÕES UTILIZADAS PARA CONVERSÃO EM EUROS As taxas de câmbio utilizadas, em 31 de Dezembro de 2006 e 31 de Dezembro de 2005, para converter para euros os principais activos e passivos do Balanço, expressos em moeda estrangeira, foram as seguintes:

31 de Dezembro 31 de Dezembrode 2006 de 2005

Libra Inglesa 0,6715 0,6853Dólar Americano 1,3170 1,1797 NOTA 6 - IMPOSTOS Com efeitos a partir de 1 de Janeiro de 2003, a Empresa encontra-se sujeita ao regime especial de tributação de grupo de sociedades de acordo com a legislação em vigor. As empresas que fazem parte do perímetro do grupo de sociedades sujeitas a este regime apuram e registam o imposto sobre o rendimento tal como se fossem tributadas numa óptica individual. Caso sejam apurados ganhos na aplicação deste regime, estes são registados como um proveito da Portucel SA, como sociedade dominante. As declarações anuais de rendimentos encontram-se sujeitas a revisão e eventual ajustamento por parte das autoridades fiscais durante um período de 4 anos. No caso de serem apresentados prejuízos fiscais, estes podem ser utilizados por um período de 6 anos. As inspecções sobre os exercícios de 2003 e 2004 estão presentemente em curso. A Administração da Empresa entende que as correcções resultantes de revisões/inspecções por parte das autoridades fiscais às declarações de impostos sujeitas a revisão não deverão ter um efeito significativo nas demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2006.

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O encargo com o Imposto sobre o rendimento apurado no exercício de 2006, analisa-se como segue (ver Nota 3 n)).

Resultadostransitados e

Imposto Imposto Resultado do Reservas deBase diferido Base diferido exercício reavaliação

Imposto diferido activo:

Provisões (ver Notas 21 e 34) 4.364.406 1.156.568 9.346.836 2.570.380 1.413.812 -

Responsabil. com pensões de reforma (ver Nota 31 a)) 6.297.781 1.668.912 11.488.986 3.159.471 616.434 874.125

Instrumentos financeiros derivados - - 1.879.007 516.727 - 516.727

Perdas em empresas do RETGS 102.775.047 27.235.387 113.086.319 31.098.738 3.863.351 -

113.437.234 30.060.867 135.801.148 37.345.316 5.893.597 1.390.852

Imposto diferido passivo:

Menos-valias contabilisticas intra-grupo 61.059.399 16.180.741 30.234.731 8.314.551 7.866.190 -

Reserva de reavaliação do imobilizado 18.203.698 4.823.980 20.673.022 5.685.081 (861.101) -

Instrumentos financeiros derivados (ver Nota 52) 6.725.785 1.782.333 - - - 1.782.333

85.988.882 22.787.054 50.907.753 13.999.632 7.005.089 1.782.333

Imposto diferido 12.898.686 3.173.185

Imposto corrente (2.690.422)

Imposto sobre o rendimento 10.208.264

31 de Dezembro de 2006 31 de Dezembro de 2005

Dr/(Cr)

A base da reserva de reavaliação utilizada para determinação do imposto diferido passivo inclui o efeito da reavaliação dos activos incorporados aquando da fusão da Empresa com a Papéis Inapa, SA, a qual não tem reflexo directo na rubrica de reservas de reavaliação apresentada no capital próprio da Portucel SA. Na sequência da aprovação do orçamento de Estado para 2007, foi utilizada para efeitos do cálculo dos impostos diferidos a taxa de 26,5%. A reconciliação da taxa efectiva de imposto é evidenciada como se segue:

31 de Dezembrode 2006

Resultado antes de impostos 101.137.905 Taxa nominal de imposto 27,50%Imposto esperado 27.812.924

Diferenças permanentes: - Equivalência patrimonial (21.594.150) - Provisões não dedutíveis 6.412.286 - Benefícios fiscais (1.509.305) - Impostos 130.359 - Outros 58.707

(16.502.104)

Ganhos na tributação de grupos de sociedades (1.158.779)Tributações autónomas 56.223

10.208.264 Taxa efectiva de imposto 10,09%

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NOTA 7 – NÚMERO MÉDIO DE PESSOAL O número médio de pessoas ao serviço da Empresa, durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2006 e de 2005 foi de 907 e de 1.047, respectivamente. NOTA 10 – MOVIMENTO NO ACTIVO IMOBILIZADO O movimento ocorrido nas contas de imobilizações incorpóreas, imobilizações corpóreas e investimentos financeiros, durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2006, bem como nas respectivas amortizações acumuladas foi o seguinte:

Transfe-rências e

Saldo Alienações regula- Saldoinicial Aumentos e abates rizações final

Imobilizações incorpóreas:Despesas de instalação 3.246.773 - - - 3.246.773 Despesas de investigação e desenvol - vimento 38.401.041 - - 1.972.262 40.373.303 Propriedade industrial e outros direitos 146.708 1.794.061 - (1.276.529) 664.240 Trespasses - - - 428.132.254 428.132.254 Imobilizações em curso 3.093.297 68.378 - (2.526.833) 634.842

44.887.819 1.862.439 - 426.301.154 473.051.412

Imobilizações corpóreas:Terrenos e recursos naturais 35.753.845 - - - 35.753.845 Edifícios e outras construções 144.101.147 55.180 - 1.816.678 145.973.005 Equipamento básico 890.434.908 10.822.717 (337.404) 66.392.602 967.312.823 Equipamento de transporte 8.069.754 11.362 (88.486) 116.903 8.109.533 Ferramentas e utensílios 2.210.211 55.912 - 56.042 2.322.165 Equipamento administrativo 15.029.049 75.041 - 501.467 15.605.557 Taras e vasilhame 253 - - - 253 Outras imobilizações corpóreas 14.097.387 59.772 - 633.234 14.790.393 Imobilizações em curso 74.132.492 2.023.382 - (68.962.354) 7.193.520 Adiantamentos por conta de imobilizações corpóreas 35.199 73.432 - - 108.631

1.183.864.245 13.176.798 (425.890) 554.572 1.197.169.725

Investimentos financeiros:Partes de capital em empresas do grupo 1.131.740.842 127.857.591 (65.066.703) (376.756.384) 817.775.346 (Nota 16)Partes de capital em empresas associadas 11.223 - - - 11.223 (Nota 16)Títulos e outras aplicações financeiras 30.207 - - - 30.207

1.131.782.272 127.857.591 (65.066.703) (376.756.384) 817.816.776

2.360.534.336 142.896.828 (65.492.593) 50.099.342 2.488.037.913

Activo bruto

Na sequência da aquisição de 100% do capital social da Soporcel – Sociedade Portuguesa de Papel, SA, pelo valor de €1.154.842 milhares, o “goodwill” apurado após ajustamentos pelo efeito da atribuição do justo valor dos activos imobilizados da Soporcel SA foi amortizado até 31 de Dezembro de 2003, pelo método das quotas constantes para um período de 25 anos. Contudo, em 2005, conforme referido na Nota 3 d) a Empresa passou a adoptar o método de valorização do “goodwill”, subsequente ao seu reconhecimento inicial, preconizado pela Norma Internacional de Relato Financeiro nº 3, pelo que no exercício findo em 31 de Dezembro de 2006 não foi efectuado o registo da amortização do exercício do “goodwill”. Caso a Empresa não tivesse alterado este tratamento contabilístico, os resultados transitados em 31 de Dezembro de 2006 e o resultado líquido do exercício findo naquela data seriam inferiores em €34.250.580 e

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€17.125.290, respectivamente. De referir que em 2006 o “goodwill” foi transferido da rubrica de partes de capital em empresas do grupo para a rubrica de trespasses. Os aumentos e as reduções verificados no exercício na rubrica de partes de capital em empresas do grupo resultaram, nomeadamente, das variações associadas à aplicação do método da equivalência patrimonial na valorização das participações, respectivamente, no montante de €81.740.378 e de €3.216.197. Adicionalmente, os aumentos incluem prestações acessórias efectuadas às subsidiárias, e capital social de novas subsidiárias no montante de €46.117.213, e as reduções incluem os dividendos pagos pela Soporcel SA, no montante de €57.736.910. O montante de €46.117.213 analisa-se como segue:

Empresa Valor Prestações acessórias

Soporcel SGPS 35.750.000Socortel 10.000S.P.C.G. 10.257.213

Capital social

About the Future 50.000Head Box 50.000

46.117.213

Uma subsidiária da Empresa, adopta no registo dos produtos e trabalhos em curso (florestas em crescimento) a política contabilística consagrada na Norma Internacional de Contabilidade nº 41, que preconiza que os activos biológicos sejam registados pelo seu justo valor, sendo as variações no justo valor registadas nos resultados do exercício em que ocorrem. Adicionalmente, em consequência desta situação, foi registado directamente na Portucel SA o imposto diferido activo relativo à subsidiária, que em 31 de Dezembro de 2006 ascendia a cerca de €24.077.802. Caso a subsidiária não tivesse alterado a política contabilística de registo dos produtos e trabalhos em curso (florestas em crescimento) o resultado líquido do exercício findo em 31 de Dezembro de 2006 viria aumentado em €4.314.860 e os resultados transitados aumentados em €33.874.092.

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Saldo Regula- Transfe- Saldoinicial Reforço rizações rências final

Imobilizações incorpóreas:Despesas de instalação (3.246.773) (143.092) - 143.092 (3.246.773)Despesas de investig. e desenvolvimento (38.401.041) (3.312.451) - 1.340.189 (40.373.303)Propr. industrial e outros direitos (115.477) (30.373) - - (145.850)Trespasses - - - (51.375.870) (51.375.870)Imobilizado em curso (3.093.297) - - 2.607.133 (486.164)

(44.856.588) (3.485.916) - (47.285.456) (95.627.960)

Imobilizações corpóreas:Edifícios e outras construções (77.985.490) (7.028.363) - (7.116) (85.020.969)Equipamento básico (629.453.739) (60.990.540) 112.404 7.116 (690.324.759)Equipamento de transporte (6.785.563) (404.747) 82.800 - (7.107.510)Ferramentas e utensílios (2.163.589) (71.533) - - (2.235.122)Equipamento administrativo (13.132.960) (1.112.457) - - (14.245.417)Taras e vasilhame (253) - - - (253)Outras imobilizações corpóreas (10.940.497) (1.800.538) - - (12.741.035)

(740.462.091) (71.408.178) 195.204 - (811.675.065)

(785.318.679) (74.894.094) 195.204 (47.285.456) (907.303.025)

Investimentos financeiros:Partes de capital em empresas associadas - (11.223) - - (11.223)Títulos e outras aplicações financeiras - (30.207) - - (30.207)

- (41.430) - - (41.430)

Amortizações acumuladas

As amortizações do exercício ascenderam a €74.894.094, tendo sido reclassificados €1.646.151 para a rubrica de custos extraordinários, de acordo com o critério referido na Nota 3 l) (ver Nota 46). O movimento na coluna de transferências relativo ao imobilizado incorpóreo, com excepção dos trespasses, resulta da transferência da provisão para regularização de activos incorpóreos, conforme referido na Nota 34. NOTA 12 – CRITÉRIOS DE REAVALIAÇÃO DO IMOBILIZADO As imobilizações corpóreas adquiridas até 31 de Dezembro de 1997 foram reavaliadas em 1998, de acordo com os critérios estabelecidos no Decreto-Lei nº 31/98, de 11 de Fevereiro (ver Notas 13 e 40). A reserva de reavaliação do imobilizado corpóreo, apurada em 1998 pela aplicação do Decreto-Lei nº 31/98, de 11 de Fevereiro, ascendeu a €44.531.430, tendo a este valor sido deduzido o inerente imposto diferido passivo, estimado à data em €6.219.574.

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NOTA 13 – EFEITO DAS REAVALIAÇÕES NO IMOBILIZADO

ValoresCustos Reava- contabilísticos

históricos liações reavaliadosBens reavaliados: Terrenos e recursos naturais 18.473.268 2.954.388 21.427.656 Edifícios e outras construções 18.508.743 2.860.857 21.369.600 Equipamento básico 34.110.282 6.124.573 40.234.855

71.092.293 11.939.818 83.032.111Bens não reavaliados 302.462.549 - 302.462.549

373.554.842 11.939.818 385.494.660

Os valores acima encontram-se líquidos de amortizações. NOTA 14 – IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS E EM CURSO A repartição do valor bruto das imobilizações corpóreas e em curso (incluindo os adiantamentos por conta de imobilizações corpóreas), em 31 de Dezembro de 2006 e de 2005, por actividade, é como segue:

2006 2005

Produção de pasta 770.031.798 760.938.032Produção de papel 383.978.630 386.650.667Actividades auxiliares e comuns 43.159.297 36.275.546

1.197.169.725 1.183.864.245

NOTA 15 – VALOR DOS BENS UTILIZADOS EM REGIME DE LOCAÇÃO

FINANCEIRA Os bens utilizados em regime de locação financeira são como segue:

Data de início Valor de mercado dos Período dedo contrato bens no início do contrato contrato (meses)

Equipamento de transporte 2003 a 2004 627.155 48

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As responsabilidades ainda não liquidadas relativas a contratos de locação financeira podem ser resumidas da seguinte forma:

Saldo em 31 deDezembro de 2006

Capital em dívida: - a menos de 1 ano 127.119 - a mais de 1 ano 67.969

195.088

Juros em dívida 4.589

NOTA 16 – EMPRESAS DO GRUPO E ASSOCIADAS A composição em 31 de Dezembro de 2006 dos investimentos financeiros em empresas do grupo e associadas e a principal informação financeira sobre as empresas do grupo e associadas sumarizam-se como segue:

ResultadoCapitais Resultado % de líquido

Sede próprios líquido partic. apropriado Invest. Fin. Invest. Fin.

Empresas do grupo:

Soporcel - Sociedade Portuguesa de Papel, SA Fig. da Foz 548.271.625 73.378.750 100% (d) 75.054.220 726.872.356 1.089.540.673

Soporcel – Gestão de Participações Sociais, SGPS, SA Fig. da Foz 160.783.283 (6.333.404) 50% (3.166.702) 80.391.642 48.302.821

Arboser - Serviços Agro-Industriais , SA Setúbal 3.547.356 118.564 100% 118.564 3.547.356 3.668.879

Portucel International Trading, SA (a) (b) Luxemburgo 434.134 13.976 80% - 386.232 239.668

Enerpulp - Cogeração Energética de Pas- ta, SA Setúbal 3.990.852 3.792.811 100% 3.792.812 3.990.852 198.041

Raiz Instituto de Investigação da Floresta e do Papel Aveiro 3.029.569 304.808 43% 131.067 1.302.715 1.224.040

Setipel - Serviços Técnicos para a Indústria Papeleira, SA Setúbal 130.757 (46.944) 100% (46.944) 130.757 177.701

Socortel - Sociedade de Corte de Papel, SA Fig. da Foz (247) 65.834 50% 32.917 (123) (43.040)

Tecnipapel - Sociedade de Transformação e Distribuição de Papel , Lda Setúbal 113.466 99.713 100% 99.713 113.466 13.753

SPCG - Sociedade Portuguesa de Co-Geração Eléctrica, SA Setúbal 467.466 2.084.636 100% 2.084.636 467.466 (11.872.073)

EMA 21 - Engenharia e Manutenção Industrial Século XXI , SA Setúbal 468.029 419.299 100% 419.299 468.028 48.730

About the Future, Empr. Prod. de Papel, SA (e) Setúbal 48.527 (1.473) 100% (1.473) 48.527 -

Headbox – Operação e Controlo Industr., SA (e) Setúbal 48.922 (1.078) 100% (1.078) 48.922 -

Portucel Pasta y Papel, SA (c) Espanha - - 100% - - 212.019

Portucel Brasil Brasil - - 100% - - -

PortucelSopocel Papel - Sales e Marketing, ACE Fig. da Foz 14.300 14.300 50% 7.150 7.150 29.630

78.524.181 817.775.346 1.131.740.842 Empresas associadas:

TASC - Tecnologias de Automação Sistemas e Controlo, Lda Setúbal - - - - 11.223 11.223

(a) Demonstrações financeiras reportadas a 31 de Dezembro de 2003.(b) Empresa em processo de liquidação.(c) Empresa liquidada.(d) Resultado apropriado e participação no capital próprio após regularizações por uniformização das políticas contabilísticas. (e) Empresas constituídas em 2005.

Empresa

Valor de balanço30 de Dezembro de

2006 2005

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NOTA 17 – CAIXA E EQUIVALENTES Em 31 de Dezembro de 2006 e de 2005, esta rubrica tinha a seguinte composição:

2006 2005

Numerário 10.475 10.475 Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis 701.090 1.182.065

711.565 1.192.540

Outras aplicações de tesouraria 119.280.000 78.300.000

119.991.565 79.492.540

NOTA 21 - AJUSTAMENTOS O movimento ocorrido nas rubricas de ajustamentos durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2006, analisa-se como segue:

Ajustamentos31 de 31 de

Dezembro Dezembrode 2005 Reforço Reversão de 2006

Investimentos financeiros - 41.430 - 41.430 Existências - Matérias-primas, subsidiárias, e de consumo 25.053 291.153 - 316.206 Clientes de cobrança duvidosa 1.049.935 510.324 (59.152) 1.501.107 Outros devedores 23.136 - - 23.136

1.098.124 842.907 (59.152) 1.881.879

Ajustamentos31 de 31 de

Dezembro Dezembrode 2004 Reforço Reversão de 2005

Existências - Matérias-primas, subsidiárias, e de consumo 25.053 - - 25.053 Clientes de cobrança duvidosa 745.383 304.552 - 1.049.935 Outros devedores - 23.136 - 23.136

770.436 327.688 - 1.098.124

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NOTA 22 - EXISTÊNCIAS Em 31 de Dezembro de 2006 e de 2005, o saldo desta rubrica registado no activo de curto prazo apresentava a seguinte composição:

2006 2005Matérias-primas, subsidiárias e de consumo: Matérias-primas 2.986.250 13.975.796 Matérias subsidiárias 1.901.985 1.705.143 Materiais diversos 24.417.012 24.805.369 Embalagens de consumo 3.918.263 3.120.847

33.223.510 43.607.155Produtos e trabalhos em curso Florestas 509.980 2.228.021 Outros 3.533.535 3.768.929

4.043.515 5.996.950

Subprodutos, desperdícios, resíduos e refugos 484.243 286.200

Produtos acabados e intermédios: Pasta 6.862.161 9.011.726 Papel 5.451.786 2.686.610 Aparas 2.642.016 3.146.534

14.955.963 14.844.870

Mercadorias - 182.006

Adiantamentos por conta de compras 1.760.413 668.20554.467.644 65.585.386

Ajustamento para depreciação de existências (316.206) (25.053)

Total 54.151.438 65.560.333

Em 31 de Dezembro de 2006 as existências à guarda de terceiros em armazéns exteriores à Empresa localizados no estrangeiro ascendiam a €3.096.952 (31 de Dezembro de 2005: €9.011.727) e detalham-se como segue:

Pasta Papel Total

Itália 140.165 - 140.165 Alemanha 2.315.244 28.929 2.344.173 Holanda 9.269 16.596 25.865 Inglaterra - 483.583 483.583 França - 70.151 70.151 Suíça - 33.015 33.015

2.464.678 632.274 3.096.952

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NOTA 23 – DÍVIDAS DE COBRANÇA DUVIDOSA Em 31 de Dezembro de 2006 existiam dívidas de clientes de cobrança duvidosa no montante de €1.501.107 (31 de Dezembro de 2005: €1.049.935). O ajustamento para clientes de cobrança duvidosa ascende a €1.501.107 (31 de Dezembro de 2005: €1.049.935). NOTA 25 – SALDOS COM O PESSOAL Em 31 de Dezembro de 2006 e 2005, analisam-se como segue os saldos em balanço relacionados com o pessoal (ver Nota 49):

2006 2005

Valores a receber 163.402 235.713 Valores a pagar 309.309 392.099 NOTA 28 – ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS Em 31 de Dezembro de 2006 e de 2005 não existiam dívidas em situação de mora com o Estado e outros entes públicos. Os saldos com estas entidades eram os seguintes:

2006 2005 2006 2005

Imposto sobre o Valor Acrescentado 6.073.394 8.673.396 2.960.049 2.757.682Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas - 6.029.523 655.241 -Segurança Social - - 673.403 757.872Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares - retenções na fonte - - 272.387 329.349Outros 626 621 - -

6.074.020 14.703.540 4.561.080 3.844.903

Saldos devedores Saldos credores

Em 31 de Dezembro de 2006 o saldo a pagar da rubrica do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas corresponde essencialmente à estimativa de imposto da Empresa no montante €2.690.422 (ver Nota 6), a receber em virtude de incluir os prejuízos das empresas que fazem parte do RETGS, acrescido do valor a pagar resultante do RETGS no montante de €4.906.915 e deduzido dos pagamentos por conta no montante de €1.159.503 e das retenções na fonte no montante de €397.713. Em 31 de Dezembro de 2005 este saldo encontrava-se influenciado pelos pagamentos por conta efectuados no segundo semestre de 2005.

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NOTA 31 – COMPROMISSOS FINANCEIROS ASSUMIDOS a) Complemento de pensões de reforma e sobrevivência Nos termos do Regulamento dos Benefícios Sociais em vigor, os empregados do quadro permanente com mais de cinco anos de serviço, têm direito após a passagem à reforma ou em situação de invalidez, a um complemento mensal de pensão de reforma ou de invalidez. Esse complemento está definido de acordo com uma fórmula que tem em consideração a remuneração mensal ilíquida actualizada para a categoria profissional do empregado à data da reforma e o número de anos de serviço, no máximo de 30, sendo ainda garantidas pensões de sobrevivência ao cônjuge e a descendentes directos. Para cobrir esta responsabilidade o fundo de pensões autónomo denominado Fundo de Pensões Portucel, gerido por entidade externa, foi constituído pela Empresa em conjunto com algumas das empresas do Grupo PortucelSoporcel. Os estudos actuariais desenvolvidos por entidade independente, com referência a 31 de Dezembro de 2006 e 31 de Dezembro de 2005, para efeitos de apuramento nessas datas das responsabilidades acumuladas tiveram por base os seguintes pressupostos:

31 de Dezembro 31 de Dezembrode 2006 de 2005

Tábua de mortalidade TV 88/90 TV 88/90Tábuas de invalidez EKV-80-Suíça EKV-80-SuíçaTurnover 1% 1%Taxa de desconto 4,5% 4,5%Taxa de crescimento dos salários 2,5% 2,5%Taxa de crescimento das pensões 2,25% 2,25%

Em 31 de Dezembro de 2006 e de 2005 a cobertura das responsabilidades da Empresa pelo activo do Fundo, era como segue:

31 de Dezembro de2006 2005

Responsabilidades por serviços passados:Colaboradores no activo e pré-reformados 41.564.561 41.436.380Colaboradores reformados 8.294.427 7.279.581

(A) 49.858.988 48.715.961

Valor do Fundo afecto à cobertura das responsabilidades da Empresa (B) 43.561.207 37.226.975

Excesso/(insuficiência) de cobertura (Nota 50) (6.297.781) (11.488.986)

Percentagem de cobertura (B)/(A) 87% 76%

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A evolução das responsabilidades do plano nos exercícios de 2006 e de 2005 analisa-se como segue:

2006 2005

Saldo inicial 48.715.961 48.634.633Custo com os serviços correntes 1.872.539 2.085.480Custo financeiro 2.265.258 2.478.165Ganho e perdas actuariais (2.484.810) (4.081.979)Pensões pagas (509.960) (400.338)

Saldo final 49.858.988 48.715.961

O movimento no valor do fundo de pensões nos exercícios de 2006 e de 2005 analisa-se como segue:

2006 2005

Saldo inicial 37.226.975 30.624.986Contribuições (dotações do exercício) 4.986.000 4.450.171Rendimento do fundo 1.858.192 2.583.475Ajustamentos - (31.319)Pensões pagas (509.960) (400.338)Saldo final 43.561.207 37.226.975

Conforme referido na Nota 3 i), a Empresa adopta como política contabilística para reconhecimento das suas responsabilidades por estes complementos, os critérios definidos pela Norma Internacional de Contabilidade nº 19, que permite o reconhecimento dos ganhos e perdas actuariais directamente em resultados transitados. Assim, no exercício de 2006, a variação da insuficiência de cobertura verificada entre 31 de Dezembro de 2005 e 31 de Dezembro de 2006, no montante de €5.191.205, foi registada a débito da rubrica de acréscimos de custos, por contrapartida de (i) um débito na rubrica de custos com o pessoal pelo montante de €2.475.417 (ii) um crédito em resultados transitados pelo montante de €2.680.622, que inclui a diferença entre o rendimento esperado dos activos do fundo e o real, no montante de €195.812 (credor) e (iii) de um crédito em caixa e bancos pela dotação efectuada no exercício no montante de €4.986.000. Caso a Empresa não tivesse optado por derrogar a Directriz Contabilística nº 19, que não permite a metodologia de reconhecimento dos ganhos e perdas actuariais directamente nos capitais próprios, e tendo em consideração o respectivo efeito em impostos diferidos, os resultados do exercício findo em 31 de Dezembro de 2006, seriam superiores no montante de €1.970.257 (€2.680.622 líquido do respectivo imposto diferido no montante de €710.365).

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O valor registado a débito na rubrica de custos com o pessoal tem a seguinte composição:

2006 2005

Custo com os serviços correntes 1.872.539 2.085.480Custo financeiro 2.265.258 2.478.165Rendimento esperado dos activos do Plano (1.662.380) (1.629.249)Efeito da saída de activos do plano - (7.905.413)Transferências e ajustamentos - 31.319

2.475.417 (4.939.698)

DR/(CR)

b) Compromissos de compra Em 31 de Dezembro de 2006 e de 2005, a Empresa tinha assumido compromissos com fornecedores no montante de €2.954.937 e de €3.159.132, respectivamente, para aquisição de bens para o imobilizado corpóreo. NOTA 32 - GARANTIAS PRESTADAS Em 31 de Dezembro de 2006 a Empresa tinha assumido responsabilidades por garantias bancárias prestadas no montante de €2.990.485 (2005: €2.127.860), essencialmente relacionadas com subsídios obtidos para investimentos e com garantias prestadas a alfândegas. NOTA 34 - PROVISÕES O movimento ocorrido nas rubricas de provisões durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2006, analisa-se como segue:

Saldo Transfe- Saldoinicial Aumento Redução rências final

Provisões para regul. de activos incorporeos 119.518 - (4.209.932) 4.090.414 -Provisões para regul. de activos corporeos 1.807.144 - (480.466) - 1.326.678 Processos judiciais em curso 1.399.811 225.328 (379.438) - 1.245.701 Processos fiscais - 11.983.232 - 142.896 12.126.128 Outras provisões 265.098 11.914.170 (122.202) (142.896) 11.914.170

3.591.571 24.122.730 (5.192.038) 4.090.414 26.612.677

O saldo da provisão para regularização de activos corpóreos inclui (i) o montante de €894.891 relacionado com a parcela ainda não utilizada da provisão constituída em 2000, na sequência da aquisição pela Portucel SA do capital social da Papéis Inapa, SA, entretanto incorporada na Portucel SA, e que se destina a fazer face a perdas a incorrer com regularizações dos activos e materialização de eventuais responsabilidades daquela empresa e (ii) o montante de €431.787, que corresponde à estimativa de perdas permanentes no valor dos equipamentos fabris de Cacia em 31 de Dezembro de 2006.

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A provisão para regularização de activos incorpóreos foi constituída em 2005 na sequência da identificação de activos incorpóreos que deixaram de satisfazer as condições para o seu reconhecimento como activo incorpóreo. Para efeitos de apresentação no balanço esta provisão foi transferida para a rubrica de amortizações acumuladas (ver Nota 10). As provisões para processos fiscais respeitam a contingências em sede de impostos, que não sobre o rendimento, em especial relativas à inspecção fiscal às vendas efectuadas pela Portucel SA a partir de mercadoria depositada em armazéns sedeados na Alemanha e a vendas efectuadas na Polónia nos exercícios de 1998 a 2003. As outras provisões destinam-se essencialmente a fazer face a eventuais encargos associados a contingências relacionadas com procedimentos específicos e em revisão que a Empresa tem em vigor para um dos seus segmentos de negócio. A redução verificada no período nas provisões foi registada na demonstração de resultados por naturezas na rubrica de reversões de amortizações e ajustamentos. NOTA 36 – COMPOSIÇÃO DO CAPITAL Em 31 de Dezembro de 2006 e de 2005 o capital da Empresa era composto por 767.500.000 de acções com o valor nominal de 1 euro cada (ver Nota 40). NOTA 37 – IDENTIFICAÇÃO DAS PESSOAS COLECTIVAS COM MAIS DE

20% DO CAPITAL SOCIAL SUBSCRITO Em 31 de Dezembro de 2006 e de 2005, as pessoas colectivas que detinham posições de valor igual ou superior a 20% do capital eram as seguintes: 2006 2005 Semapa – Investments, BV 36,63% 37,10% Seinpart – Participações, SGPS, SA (ver Nota 53) 30,08% 30,00% Semapa SGPS 3,03% - Outras entidades do Grupo Semapa 2,08% - Parpública – Participações Públicas, SGPS, SA - 25,72%

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NOTA 40 – VARIAÇÃO NAS RUBRICAS DE CAPITAL PRÓPRIO O movimento ocorrido nas rubricas de capital próprio durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2006 foi como segue:

Saldo Aumentos/ Distribuições/ Saldoinicial (diminuições) transferências final

Capital 767.500.000 - - 767.500.000 Acções próprias - valor nominal (60.500) - - (60.500)Acções próprias - descontos e prémios 6.821 - - 6.821 Ajustamento de partes de capital em empresas filiais e associadas (39.138.572) (3.631.860) 11.969 (42.758.463)Reservas de reavaliação 13.135.284 6.305.732 (3.702.068) 15.738.948 Reservas legais 23.294.613 - 2.959.760 26.254.373 Reservas estatutárias 47.310.710 - 5.623.546 52.934.256 Outras reservas (3.003.047) - - (3.003.047)Resultados transitados 164.915.380 1.954.149 14.011.435 180.880.964 Resultado líquido:

Exercício de 2005 59.195.216 - (59.195.216) -Exercício de 2006 - 90.929.641 - 90.929.641

1.033.155.905 95.557.662 (40.290.574) 1.088.422.993 Ajustamentos de partes de capital em empresas filiais e associadas A rubrica ajustamentos de partes de capital em filiais e associadas, reflecte o efeito da adopção do método da equivalência patrimonial como critério de registo das participações financeiras detidas pela Portucel SA. Reserva de reavaliação A reserva de reavaliação decompõe-se da seguinte forma:

2006 2005

Reavaliação do imobilizado corpóreo (ver Notas 12 e 13) 11.939.818 15.923.238Imposto diferido (1.144.322) (1.425.674)

Reserva de justo valor dos instrumentos financeiros derivados (ver Notas 3 o) e 52) 4.943.452 (1.362.280)

15.738.948 13.135.284

31 de Dezembro de

A reserva de reavaliação e o montante transferido para resultados transitados relativo a valores realizados até essa data, quer pela alienação quer pelo uso dos bens, no montante de €32.591.612, não estão disponíveis para distribuição (em 2006 foram transferidos €3.702.068). As variações verificadas nesta rubrica correspondem ainda ao movimento na reserva de justo valor relacionada com os instrumentos financeiros derivados, na sequência da aplicação do tratamento contabilístico referido na Nota 3 o) (ver Nota 52).

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Reserva legal De acordo com a lei vigente, a reserva legal é reforçada, no mínimo, em 5% do lucro líquido apurado em cada exercício, até atingir pelo menos 20% do capital social. Esta reserva não é distribuível em numerário, podendo, contudo, ser incorporada no capital social ou utilizada para cobertura de eventuais prejuízos. Reservas estatutárias Até 2006, os Estatutos da Empresa dispunham que pelo menos 10% do resultado líquido anual deveriam ser aplicados na constituição ou reforço de uma reserva especial destinada à estabilização de dividendos. Em 2006 os Estatutos da Empresa foram alterados e deixaram de prever a constituição ou reforço daquela reserva. Outras reservas O saldo da rubrica de outras reservas corresponde à diferença apurada em 1 de Janeiro de 2000 entre o valor de aquisição da Papéis Inapa, SA e o valor dos seus capitais próprios ajustados, a qual, na sequência da operação de fusão em que esta empresa foi incorporada na Portucel SA, veio a ser classificada como reserva de fusão. Resultados transitados O aumento dos resultados transitados resulta essencialmente do aumento de €1.970.257 relativo ao reconhecimento dos ganhos e perdas actuariais resultantes do tratamento contabilístico descrito na Nota 3 i), no montante de €2.680.622 deduzido do respectivo imposto diferido no montante de €710.365 (ver Nota 31 a)). Aplicação dos resultados de 2005 Por deliberação da Assembleia Geral de 17 de Abril de 2006, a Empresa procedeu à aplicação do resultado do exercício de 2005 como segue: (i) distribuição de dividendos no montante de €40.290.574, (ii) reforço das reservas legais e das reservas estatutárias em €2.959.760 e €5.623.546, respectivamente e (iii) transferência para resultados transitados de €10.321.336.

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NOTA 41 – CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS E DAS MATÉRIAS CONSUMIDAS

O custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2006 e de 2005, foi determinado como segue:

2006 2005

Existências iniciais 43.789.161 43.206.881 Compras 173.636.874 180.450.845 Regularização de existências 2.530.364 5.321.405 Existências finais (33.223.510) (43.789.161)

Custo do período 186.732.889 185.189.970

NOTA 42 – VARIAÇÃO DA PRODUÇÃO A variação da produção durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2006 e de 2005 foi determinada como segue:

2006 2005 2006 2005 2006 2005 2006 2005

Existências finais 14.955.963 14.844.870 484.243 286.200 4.043.515 5.996.950 19.483.721 21.128.020 Regularizações 2.594.971 6.081.617 - - - - 2.594.971 6.081.617 Existências iniciais (14.844.870) (29.148.213) (286.200) (688.180) (5.996.950) (5.636.556) (21.128.020) (35.472.949)

Aumento/(redução) no período 2.706.064 (8.221.726) 198.043 (401.980) (1.953.435) 360.394 950.672 (8.263.312)

e intermédios resíduos e refugos trabalhos em curso TotalProdutos acabados Subprodutos, desperd. Produtos e

NOTA 43 – REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DOS ÓRGÃOS SOCIAIS As remunerações atribuídas aos órgãos sociais da Empresa durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2006 e de 2005, foram as seguintes:

2006 2005

Conselho de Administração 1.053.685 237.375Fiscal Único 54.422 47.600Assembleia Geral - 4.500

1.108.107 289.475

Adicionalmente, a Empresa suportou custos no montante de €560.934 debitados pela Semapa – Sociedade de Investimentos e Gestão, SGPS, SA (31 de Dezembro de 2005: €347.200) e registados na rubrica de fornecimentos e serviços externos, e que respeitam a funções de administração desempenhadas na Portucel SA.

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NOTA 44 – INFORMAÇÃO POR SEGMENTOS A Portucel SA encontra-se organizada em duas áreas, uma associada à produção de pasta de papel e a outra à produção de papéis de impressão e escrita. Estas duas áreas são a base para o relato da informação segmental principal da Empresa. A pasta de papel é produzida em duas fábricas, localizadas em Setúbal e em Cacia e os papéis de impressão e escrita são produzidos em Setúbal numa fábrica localizada junto da fábrica de pasta de papel. Na produção de papel a principal matéria prima é a pasta, sendo consumida uma parte da produção própria de pasta. As vendas de ambos os produtos (pasta e papel) destinam-se essencialmente ao mercado externo. Os investimentos financeiros da Portucel SA incluem uma participação de 100% no capital da Soporcel, empresa que também produz papel de impressão e escrita, consumindo na sua produção a quase totalidade da produção própria de pasta. A informação financeira de 2006 relativa a segmentos de negócio é a seguinte:

ELIMI-PASTA PAPEL NAÇÕES TOTAL

RÉDITOS

Vendas e prestações de serviços - Externas 255.803.755 199.308.092 - 455.111.847 Vendas e prest. de serviços - Intersegmental 85.444.420 - (85.444.420) - Vendas e prestações de serviços - Não imputados - - - 37.686.017 Réditos totais 341.248.175 199.308.092 (85.444.420) 492.797.864

RESULTADOS

Resultados segmentais 92.120.314 (13.968.577) - 78.151.737 Custos não imputados - - - (24.783.358) Resultados operacionais * - - - 53.368.379 Custo de financiamento - - - (46.334.931) Proveitos financeiros - - - 15.580.277 Ganhos (perdas) em filiais e associadas (4.545.565) 82.679.056 - 78.133.491 Ganhos (perdas) em filiais e associadas não imputados - - - 390.689 Impostos sobre os resultados correntes - - - (10.208.264) Resultados de actividades segmentais - - - 90.929.641 Resultados extraordinários * - - - - Resultados extraordinários não imputados* - - - - Impostos sobre os resultados extraordinários - - - - Resultado líquido - - - 90.929.641

OUTRAS INFORMAÇÕES

Activos do segmento 311.350.871 172.313.995 - 483.664.866 Investimentos financeiros 84.513.250 1.104.209.671 - 1.188.722.921 Activos da Empresa não Imputados - - - 290.831.673 Activos totais - - - 1.963.219.460 Passivos do segmento 11.469.619 2.746.266 - 14.215.885 Passivos da Empresa não Imputados - - - 860.580.582 Passivos totais - - - 874.796.467 Dispêndio de Capital Fixo 11.939.848 932.870 - 12.872.718 Dispêndio de Capital Fixo não imputado - - - 2.166.521 Depreciações (46.385.882) (24.288.499) - (70.674.381) Depreciações não imputadas - - - (4.219.713)

* Apresentação conforme demonstração dos resultados por funções (ver Nota 54).

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A informação financeira de 2005, relativa a segmentos de negócio é a seguinte:

ELIMI-PASTA PAPEL NAÇÕES TOTAL

RÉDITOS

Vendas e prestações de serviços - Externas 238.080.176 193.029.717 - 431.109.893 Vendas e prest. de serviços - Intersegmental 75.451.659 - (75.451.659) - Vendas e prestações de serviços - Não imputados - - - 29.825.912 Réditos totais 313.531.835 193.029.717 (75.451.659) 460.935.805

RESULTADOS

Resultados segmentais 52.038.163 (19.129.355) - 32.908.808 Custos não imputados - - - 1.438.447 Resultados operacionais * - - - 34.347.255 Custo de financiamento - - - (54.951.047) Proveitos financeiros - - - 9.134.876 Ganhos (perdas) em filiais e associadas 5.393.445 55.641.922 - 61.035.367 Ganhos (perdas) em filiais e associadas não imputados - - - 4.647.615 Impostos sobre os resultados correntes - - - 4.981.150 Resultados de actividades segmentais - - - 59.195.216 Resultados extraordinários * - - - - Resultados extraordinários não imputados* - - - - Impostos sobre os resultados extraordinários - - - - Resultado líquido - - - 59.195.216

OUTRAS INFORMAÇÕES

Activos do segmento 351.071.204 188.782.547 - 539.853.751 Investimentos financeiros 48.692.317 1.077.668.601 - 1.126.360.918 Activos da Empresa não Imputados - - - 279.779.214 Activos totais - - - 1.945.993.883 Passivos do segmento 11.469.619 2.746.266 - 14.215.885 Passivos da Empresa não Imputados - - - 898.622.093 Passivos totais - - - 912.837.978 Dispêndio de Capital Fixo 31.304.544 3.887.721 - 35.192.265 Dispêndio de Capital Fixo não imputado - - - 1.656.872 Depreciações (42.811.295) (24.561.610) - (67.372.905) Depreciações não imputadas - - - (7.866.181)

* Apresentação conforme demonstração dos resultados por funções (ver Nota 54). A informação relativa à distribuição das vendas e das prestações de serviços por mercados geográficos é a seguinte:

2006 2005 2006 2005 2006 2005

Vendas e prestação de serviços: Alemanha 51.633.386 61.611.660 19.430.334 22.009.173 71.063.720 83.620.833 Espanha 30.687.876 35.549.417 31.160.405 28.582.648 61.848.281 64.132.065 França 20.646.759 19.130.248 34.776.615 34.418.958 55.423.374 53.549.206 Holanda 55.305.904 29.026.471 12.612.885 10.217.089 67.918.789 39.243.560 Portugal 11.643.304 7.667.160 25.652.339 25.818.967 37.295.643 33.486.127 Itália 16.146.444 20.909.386 9.948.559 10.243.122 26.095.003 31.152.508 Grã-Bretanha 8.613.949 10.129.694 18.689.352 18.139.150 27.303.301 28.268.844 Áustria 4.922.685 14.606.495 12.242.227 12.132.680 17.164.912 26.739.175 Suiça 11.242.867 9.130.414 4.302.264 3.853.952 15.545.131 12.984.366 Polónia 14.619.569 10.282.003 - 18.252 14.619.569 10.300.255 Bélgica 1.418.622 3.660.599 7.936.130 6.174.398 9.354.752 9.834.997 Outros 28.922.390 16.376.629 22.556.982 21.421.328 51.479.372 37.797.957

255.803.755 238.080.176 199.308.092 193.029.717 455.111.847 431.109.893

PASTA PAPEL TOTAL

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NOTA 45 – DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS FINANCEIROS Os resultados financeiros para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2006 e de 2005, têm a seguinte composição: Custos e perdas 2006 2005 Proveitos e ganhos 2006 2005

Juros de empréstimos bancários (Nota 48) 1.006.098 11.302.173 Juros obtidos - empresas do grupo 2.624.958 1.492.444Juros de emprést. obrigacionistas (Nota 48) 27.510.367 12.436.825 Outros juros obtidos 580.297 1.256.618Juros suportados - empresas do grupo 158.422 113.741 Ganhos em empresas do grupo (Nota 16) 81.740.377 69.197.869Outros juros suportados 627.666 564.843 Rendimento de títulos negociáveis 1.944.040 103.963Perdas em empresas do grupo e associadas Diferenças de câmbio favoráveis 2.969.106 6.229.415 (Nota 16) 3.216.197 3.514.887 Descontos de pronto pagamento obtidos 105.792 51.211Diferenças de câmbio desfavoráveis 3.335.332 19.092.793 Outros proveitos e ganhos financeiros 7.356.084 1.225Descontos de pronto pagam. concedidos 5.501.681 4.200.482Outros custos e perdas financeiros 8.195.365 7.240.190

49.551.128 58.465.934Resultados financeiros 47.769.526 19.866.811

97.320.654 78.332.745 97.320.654 78.332.745

Os montantes incluídos nas rubricas ganhos e perdas em empresas do grupo e associadas referem-se ao reconhecimento pelo método da equivalência patrimonial dos resultados apurados pelas subsidiárias no exercício. Em 31 de Dezembro de 2006, os custos com juros de empréstimos bancários, os outros custos e perdas financeiros, os outros juros obtidos e os outros proveitos e ganhos financeiros incluem €587.285, €6.766.080, €339.163 e €7.336.229, respectivamente, relativos aos instrumentos financeiros derivados contratados pela Empresa (ver Nota 52). Igualmente relacionados com os instrumentos financeiros derivados estão incluídos nas diferenças de câmbio desfavoráveis e favoráveis os montantes de €119.487 e de €1.296.403, respectivamente. NOTA 46 – DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS EXTRAORDINÁRIOS Os resultados extraordinários para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2006 e de 2005 têm a seguinte composição: Custos e perdas 2006 2005 Proveitos e ganhos 2006 2005

Donativos 293.639 358.339 Ganhos em existências 213.202 1.202.969Dívidas incobráveis 7.114 - Ganhos em imobilizações 34.904 496.153Perdas em existências 2.413 917.193 Reduções de provisões 9.887 4.186.505Perdas em imobilizações 1.789 1.514.085 Correcções relativas a exercíciosMultas e penalidades 338.038 10.528 anteriores 292.703 645.420Correcções relativas a exercícios Outros proveitos e ganhos anteriores 4.055 106.557 extraordinários 1.732.191 4.498.414Amortizações do exercício (ver Nota 10) 1.646.151 6.194.585Outros custos e perdas extraordinários 481.033 579.510

2.774.232 9.680.797Resultados extraordinários (491.345) 1.348.664

2.282.887 11.029.461 2.282.887 11.029.461

Em 2006 e em 2005, os outros proveitos e ganhos extraordinários incluem o reconhecimento em resultados da parcela dos subsídios ao investimento transferida da rubrica de proveitos diferidos, em conformidade com o procedimento descrito na Nota 3 l)

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(ver Nota 50) e que tem contrapartida no montante das amortizações incluído nos custos extraordinários que em 2006 foram no valor de €1.646.151. NOTA 48 - EMPRÉSTIMOS Em 31 de Dezembro de 2006 e de 2005 esta rubrica tinha a seguinte composição:

Curto Médio e Curto Médio eprazo longo prazo Total prazo longo prazo Total

Empréstimos obrigacionistas - 700.000.000 700.000.000 - 700.000.000 700.000.000 Empréstimos de MLP em EUR - 25.000.000 25.000.000 - 25.000.000 25.000.000 Descobertos bancários 354.143 - 354.143 2.656.597 - 2.656.597 Financiamento do IAPMEI 81.150 40.576 121.726 81.150 121.726 202.876 Emissões de papel comercial - - - 64.000.000 - 64.000.000 Empréstimo do Fundo EFTA/BPI - - - 286.809 - 286.809

435.293 725.040.576 725.475.869 67.024.556 725.121.726 792.146.282

2006 2005

• Empréstimos obrigacionistas A Empresa contraíu os seguintes empréstimos obrigacionistas, com reembolso numa única prestação:

Data de Data de IndexDesignação Montante emissão reembolso rate Spread

Portucel 2005/2010 300.000.000 Março de 2005 Março de 2010 Euribor 6m 1,0000%Portucel 2005/2013 200.000.000 Maio de 2005 Maio de 2013 Euribor 6m 0,8750%Portucel 2005/2012 150.000.000 Outubro de 2005 Outubro de 2012 Euribor 6m 1,1000%Portucel 2005/2008 25.000.000 Dezembro de 2005 Dezembro de 2008 Euribor 6m 0,7000%Portucel 2005/2010 II 25.000.000 Dezembro de 2005 Dezembro de 2010 Euribor 6m 0,9500%

700.000.000

• Empréstimo de Médio e Longo Prazo em EUR Em Janeiro de 2005 foi contraído um empréstimo bancário pelo montante de €25.000.000 e por um período de 7 anos. O reembolso será efectuado em 8 prestações semestrais, vencendo-se a primeira em Julho de 2008. O empréstimo vence juros à taxa equivalente à EURIBOR para seis meses acrescida de um spread definido contratualmente. • Descobertos bancários Os descobertos bancários correspondem a contas correntes que vencem juros a taxas correntes de mercado.

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Financiamento do IAPMEI Este financiamento, obtido no âmbito do PEDIP corresponde a um empréstimo com o valor inicial de €406 milhares que está a ser reembolsado em prestações semestrais iguais no período compreendido entre 2003 e 2008 e não vence juros. NOTA 49 – OUTROS DEVEDORES E CREDORES Em 31 de Dezembro de 2006 e de 2005, estas rubricas tinham a seguinte composição:

2006 2005 2006 2005

Empresas do grupo e associadas (Nota 51) 5.061.571 20.008.647 2.279.107 454.900Justo valor dos instrumentos fin. derivados 12.990.973 3.418.412 1.421.511 1.614.929Licenças de emissão de CO2 (Nota 10 e 53) - - 461.938 -Pessoal (Nota 25) 163.402 235.713 309.309 392.099Outros 278.909 155.341 2.210.394 2.054.263

18.494.855 23.818.113 6.682.259 4.516.191

Saldo devedor Saldo credor

Em 31 de Dezembro de 2006, o saldo a receber de empresas do grupo e associadas corresponde principalmente ao valor de €4.906.915 relacionado com o imposto apurado no exercício numa base individual por cada uma das empresas abrangidas pela aplicação do regime especial de tributação de grupos de sociedades, uma vez que será a Portucel SA que efectuará o pagamento do imposto ao Estado (ver Nota 28). As rubricas de outros devedores e credores incluem os saldos relativos à valorização pelo justo valor dos instrumentos financeiros derivados (ver Notas 3 o) e 52).

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NOTA 50 – ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS Em 31 de Dezembro de 2006 e de 2005 os saldos destas rubricas apresentavam a seguinte composição:

2006 2005Acréscimos de proveitos: Juros a receber 51.887 27.531 Indemnização por sinistro 682.126 682.126 Outros 254.073 430.205

988.086 1.139.862Custos diferidos: Encargos com emissão de obrigações 5.850.019 6.940.689 Custos imputáveis a existências 329.566 2.194.819 Grandes reparações 603.308 385.765 Encargos suportados com empréstimos bancários 107.500 143.113 Outros 7.123 9.665

6.897.516 9.674.051Acréscimos de custos: Fundo de pensões (Notas 3 i) e 31 a)) 6.297.781 11.488.986 Encargos com férias, subsídio de férias e prémios 8.009.344 6.427.868 Juros a liquidar 6.508.447 6.280.645 Comissões 994.181 871.215 Descontos de vendas 7.349 154.362 Pensões de pré-reforma (Nota 3 j)) - 90.497 Diversos fornecimentos e serviços prestados por terceiros 3.213.308 1.187.390

25.030.410 26.500.963Proveitos diferidos: Subsídios ao investimento: Programa Estratégico de Dinamização e Modernização da Indústria Portuguesa 1.796.076 2.078.527 Outros 570.256 1.838.481 Licenças de emissão de CO2 (ver Nota 10 e 52) 55.594 -

2.421.926 3.917.008

Os encargos incorridos com a emissão de empréstimos obrigacionistas são diferidos, sendo reconhecidos na demonstração de resultados pela parte proporcional correspondente ao período decorrido. A rubrica de encargos com férias, subsídio de férias e prémios inclui um montante de €3.450.944 referente à especialização de prémios. O saldo dos fornecimentos e serviços prestados por terceiros refere-se essencialmente a valores a pagar relacionados com energia e matérias consumidas.

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NOTA 51 – SALDOS E TRANSACÇÕES COM PARTES RELACIONADAS Os saldos em 31 de Dezembro de 2006 e as transacções efectuadas durante o exercício findo naquela data com as principais empresas do Grupo Portucel Soporcel, associadas e outras empresas relacionadas, sumarizam-se como segue:

Clientes Empresas Empresas conta do grupo- Outros Fornece- do grupo Outros

corrente curto prazo devedores dores curto prazo credores

Soporcel - Sociedade Portuguesa de Papel, SA 7.030.749 34.702.495 3.149.778 696.817 - -Soporcel – Gestão de Participações Sociais, SGPS, SA 7.644 2.850.327 - - - 165 Portucel Florestal - Empresa de Desen- volvimento Agro-Florestal,SA 135.052 - - 1.504.647 - 4.672 Arboser - Serviços Agro-Industriais, SA 271.969 - 48.245 1.163.662 3.096.773 -Setipel - Serviços Técnicos para a Indústria Papeleira, SA 7.644 - - - 107.528 -Socortel - Sociedade de Corte de Papel, SA 9.794 77.353 252 - - -Enerpulp - Cogeração Energética de Pasta , SA 7.098.991 2.253.193 1.438.652 3.274.699 - -Aliança Florestal - Sociedade para o Desenvolvimento Agro-Florestal, SA 358.890 - 12.620 999.479 - -Viveiros Aliança, SA 12.163 - 28.811 18.189 - -Sociedade de Vinhos da Herdade de Espirra - Produção e Comercialização de Vinhos, SA 34.792 - - 31.062 - -Raiz Instituto de Investigação da Floresta e do Papel 94.751 - - - - -Tecnipapel - Sociedade de Transformação e Distribuição de papel, Lda 9.592 - - - 112.397 -SPCG - Sociedade Portuguesa de Co-Geração Eléctrica, SA 62.650 6.189.877 155.637 1.800.461 - -Portucel Soporcel Papel - Sales e Marketing, ACE 135.209 120.223 - 163.409 - -EMA 21 - Engenharia e Manutenção Industrial Século XXI, SA 2.253.224 285.988 159.044 937.098 - -EMA Cacia - Engenh. e Manutenção Industrial ACE 8.618 - - 964.756 - -EMA Setúbal - Engenharia e Manut. Industrial ACE 8.618 - - 4.309.371 - -EMA Figueira - Engenharia e Manut. Industrial ACE 8.618 - - - - -Enerforest-Empresa de Biomassa para Energia, SA 49.588 - - - 410.849 172 About the Future, Empresa Prod. Dd Papel, SA - 1.473 - - - -Headbox - Operação e Controlo Industrial , SA - 6.393 - 63.335 - -Soporcel 2000 - Serviços Comerciais de Papel, Soc. Unipessoal, Lda 17.940 - 28.345 - - 378.623 Empremédia - Correctores de Seguros, Lda - - 25.878 - - -Cofotrans - Empresa de Exploração Florestal, SA 7.644 - 3.098 - - -Soporcel España SA - - - 23.839 - 44.786 Soporcel France EURL - - - - - 33.125 Soporcel Deutschland, GmbH - - - - - 16.784 Semapa - Soc. de Investimentos e Gestão, SGPS 104 - - 751.477 - 1.750.000 Aflotrans - Empresa de Exploração Florestal, Lda 7.644 - 6.064 - - -Aflomec - Empresa de Exploração Florestal, SA 7.644 - 3.151 - - -Cut paper - Transf., Corte e Embalag. de Papel, ACE 7.644 - - - - -Outras 9.646 2.743 1.996 - - 50.780

17.656.822 46.490.065 5.061.571 16.702.301 3.727.547 2.279.107

Activo Passivo

Os saldos a pagar e a receber com empresas do grupo a curto prazo, vencem juros a taxas anuais a valores correntes de mercado.

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Forneci-mentos e Juros e Proveitos Juros eserviços custos Prestações suple- proveitos

Compras externos similares Vendas de serviços mentares similares

Soporcel - Sociedade Portuguesa de Papel, SA 9.362.063 507.933 - 7.788.285 3.427.829 44.083 1.078.542 Soporcel – Gestão de Participações Sociais, SGPS, SA - - - - 6.317 - 884.293 Portucel Florestal - Empresa de Desen- - - - - - - volvimento Agro-Florestal,SA 10.270.827 - - - 362.161 - -Arboser - Serviços Agro-Industriais, SA - 5.676.852 88.392 - 217.872 688.053 -Setipel - Serviços Técnicos para a Indústria Papeleira, SA - - 4.263 - 6.317 - -Socortel - Sociedade de Corte de Papel, SA 8.094 28.424 Enerpulp - Cogeração Energética de Pasta, SA - 29.833.723 14.248 72.701 15.863.677 50.083.555 -Aliança Florestal - Sociedade para o Desenvolvimento Agro-Florestal, SA 433.051 2.087.402 - - 363.192 19.688 -Viveiros Aliança, SA - 96.068 - - 10.052 -Sociedade de Vinhos da Herdade de Espirra - Produção e Comercialização de Vinhos, SA - 36.752 - - 28.754 - -Raiz Instituto de Investigação da Floresta e do Papel - 1.997.020 - - 293.358 - -Tecnipapel - Sociedade de Transformação e Distribuição de papel, Lda - - 10.532 - 7.927 - -SPCG - Sociedade Portuguesa de Co-Geração Eléctrica, SA - 10.200.922 - - 31.752 510.893 613.137 Portucel International Trading, SA - 321.227 - - - - -Portucel Soporcel Papel - Sales e Marketing, ACE 1.473.357 2.373 - 1.517.612 - -EMA 21 - Engenharia e Manutenção Industrial Século XXI, SA - 4.018.601 - - 8.581.905 35.467 20.113 EMA Cacia - Engenh. e Manutenção Industrial ACE - 5.025.046 - - 7.122 - -EMA Setúbal - Engenharia e Manut. Industrial ACE - 13.915.092 - - 7.122 - -EMA Figueira - Engenharia e Manut. Industrial ACE - - - - 7.122 - -Enerforest-Empresa de Biomassa para Energia, SA - - 38.614 - 42.416 27.406 -About the Future, Empresa Prod. Dd Papel, SA - - - - - - -Headbox - Operação e Controlo Industrial, SA - 114.854 - - - 139 449 Soporcel 2000 - Serviços Comerciais de Papel, Soc. Unipessoal, Lda - 324.798 - - 14.577 - -Empremédia - Correctores de Seguros, Lda - 134.800 - - - - -Cofotrans - Empresa de Exploração Florestal, SA 278.273 - - - 6.317 - -Soporcel España SA - 598.686 - - - - -Soporcel France EURL - 466.793 - - - - -Soporcel North America Inc. - 221.244 - - - - -Soporcel Deutschland, GmbH - 215.740 - - - - -Soporcel Handels, GmbH - 108.333 - - - - -Semapa - Soc. de Investimentos e Gestão, SGPS - 2.622.797 - - - - -Aflotrans - Empresa de Exploração Florestal, Lda - - - - 6.317 - -Aflomec - Empresa de Exploração Florestal, SA - - - - 6.317 - -Cut paper - Transf., Corte e Embalag. de Papel, ACE - - - - 6.317 - -Outras - 15.499 - - 6.317 - -

20.344.214 80.013.539 158.422 7.860.986 30.836.763 51.409.284 2.624.958

Transacções

A Arboser presta serviços de movimentação de madeira e pasta nos parques industriais de Setúbal e Cacia. O EMA Cacia, o EMA Setúbal e o EMA Fig. da Foz constituídos em 2005 e participados em 91,02%, 91,01% e 91,87%, respectivamente, pelo EMA21 – Engenharia e Manutenção Industrial, SA, uma subsidiária da Portucel SA, prestam serviços de manutenção do equipamento fabril da Empresa. A Enerpulp fornece energia eléctrica e vapor à Portucel SA utilizando para a sua produção (i) os equipamentos desta última empresa, pagando uma renda que se encontra registada em prestações de serviços e (ii) o vapor cedido pela Portucel SA cujo proveito se encontra registado na rubrica de proveitos suplementares. A SPCG fornece energia e vapor à Portucel SA.

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NOTA 52 – INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVADOS Os instrumentos financeiros derivados analisam-se como segue:

Tipo Justo valor

Swap de taxa de juro EUR 300.000.000 cobertura 6.585.447

CAP EUR 75.000.000 negociação (15)

USD 30.471.000

GBP 1.900.000

Opções cambiais USD 244.650.000 cobertura 6.405.526

Forwards de preços (pasta) EUR 15.250.125 cobertura (1.400.188)

11.569.463

31 de Dezembro de 2006

Base

Forwards cambiais (saldos) negociação (21.307)

Tipo Justo valor

Swap de taxa de juro EUR 375.000.000 cobertura (184.003)

CAP EUR 150.000.000 negociação (5.703)

USD 19.579.085

GBP 2.661.400

Forwards cambiais (vendas) USD 111.500.000 cobertura 3.418.345

Forwards de preços (pasta) USD 1.541.021 cobertura (1.306.282)

1.803.483

31 de Dezembro de 2005

Base

Forwards cambiais (saldos) negociação (118.874)

Tendo por objectivo a gestão do risco de taxa de juro associado aos empréstimos obrigacionistas (ver Nota 48), a Empresa contratou diversos swaps de taxa de juro e um cap. Com o objectivo de gerir o risco cambial associado aos recebimentos dos saldos de clientes em 31 de Dezembro de 2006 e das vendas previstas para o ano de 2007, foram contratados forwards e opções que se vencem ao longo daquele exercício. Os contratos efectuados incluem um prémio pago pela Empresa, que em 31 de Dezembro de 2006 correspondia ao montante de €4.865.000. Por forma a reduzir o risco associado às flutuações dos preços da pasta das vendas previstas em 2007, foram contratados forwards que se vencem ao longo do período. Em resultado do tratamento contabilístico aplicado aos instrumentos financeiros derivados que qualificam como de cobertura contabilística, foi registado na reserva de

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reavaliação o montante de €4.943.452 (31 de Dezembro de 2005: €1.362.280) (ver Nota 40). NOTA 53 – INFORMAÇÕES SOBRE MATÉRIAS AMBIENTAIS Encargos de carácter ambiental A Empresa no âmbito do desenvolvimento da sua actividade incorre em diversos encargos de carácter ambiental, os quais, dependendo das suas características, estão a ser capitalizados ou reconhecidos como um custo nos resultados operacionais do exercício. Os dispêndios de carácter ambiental incorridos para preservar recursos ou para evitar ou reduzir danos futuros, e que se considera que permitem prolongar a vida ou aumentar a capacidade ou melhorar a segurança ou eficiência de outros activos detidos pela Empresa, são capitalizados. Os dispêndios capitalizados durante o exercício de 2006 têm as seguintes características:

Descrição Montante

Caldeira de recuperação 4 8.677.506 Caldeira de recuperação III 256.011 Outros 366.724

9.300.241

Os dispêndios de carácter ambiental reconhecidos como um custo nos resultados do exercício de 2006 foram os seguintes:

Descrição Montante

Tratamento de efluentes líquidos 6.885.688 Despesas com electrofiltros 689.765 Reciclagem de materiais 300.341 Aterro de resíduos sólidos 182.984 Rede de esgotos 113.358 Outros 311.449

8.483.585 Em 31 de Dezembro de 2006 não se encontra registado nas demonstrações financeiras qualquer passivo de carácter ambiental nem é divulgado qualquer contingência ambiental, por ser convicção da Administração da Empresa que não existem a essa data obrigações ou contingências provenientes de acontecimentos passados de que resultem encargos materialmente relevantes para a Empresa.

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Licenças de emissão de CO2 No âmbito do Protocolo de Quioto, a União Europeia comprometeu-se em reduzir a emissão de gases de efeito de estufa. Neste contexto foi emitida uma Directiva Comunitária que prevê a comercialização das chamadas “Licenças de emissão de CO2”, entretanto transposta para a legislação portuguesa e que é aplicável, desde 1 de Janeiro de 2005, entre outras, à indústria de pasta e papel. Em 2005, o Governo Português efectuou a distribuição das “Licenças de emissão de CO2” às diversas empresas portuguesas abrangidas, tendo atribuído, a título gratuito, licenças para a emissão de 71.481 toneladas de CO2 à Portucel SA para cada ano do triénio de 2005 a 2007. Caso as emissões reais sejam superiores às “Licenças de emissão de CO2” atribuídas, a Empresa terá que adquirir as licenças em falta no mercado, sendo que a entrega das “Licenças de emissão de CO2”, correspondente às emissões reais realizadas num exercício, é efectuada no início do ano seguinte. Conforme referido na Nota 3 q) a Empresa passou a adoptar como política contabilística para o registo das “Licenças de emissão de CO2” os critérios definidos na Interpretação Técnica nº 4 da Comissão de Normalização Contabilística. Assim, em 31 de Dezembro de 2006, encontram-se registados no imobilizado incorpóreo, em outros credores e em proveitos diferidos os montantes de €517.532, €461.938 e €55.594, respectivamente. No decorrer dos exercícios de 2006 e de 2005, a Empresa realizou emissões de 71.287 e de 63.096 toneladas de CO2, respectivamente, tendo sido reconhecido o montante de €461.938 em outros custos e perdas operacionais pelas emissões efectuadas no exercício de 2006 e o mesmo montante na rubrica de subsídios à exploração pelo reconhecimento de proveitos com licenças atribuídas a título gratuito. Em 31 de Dezembro de 2006, a Empresa detém licenças de emissão de 79.866 toneladas de CO2, as quais incluem as licenças relativas às emissões realizadas no exercício de 2006, e a tonelada de CO2 estava cotada a €6,48, pelo que o justo valor em 31 de Dezembro de 2006 ascende a €517.532. O movimento no exercício de 2006 das “Licenças de emissão de CO2” detidas pela Empresa foi o seguinte (toneladas):

Saldo inicial 71.481 Licenças entregues (63.096)Licenças atribuídas 71.481 Licenças alienadas -Licenças adquiridas -

Saldo final 79.866

NOTA 54 – DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS POR FUNÇÕES

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a) Reconciliação da rubrica de resultados extraordinários evidenciada na demonstração dos resultados por naturezas e na demonstração dos resultados por funções

A demonstração dos resultados por funções foi preparada em conformidade com o estabelecido pela Directriz Contabilística nº 20, a qual apresenta um conceito de resultados extraordinários diferente do definido no Plano Oficial de Contabilidade (POC) para preparação da demonstração dos resultados por naturezas. Assim, em 31 de Dezembro de 2006, o valor dos custos e perdas extraordinários no montante de €3.293.994 (31 de Dezembro de 2005: €9.680.797) e os proveitos e ganhos extraordinários no montante de €2.802.649 (31 de Dezembro de 2005: €11.029.461), apresentados na demonstração dos resultados por naturezas (ver Nota 46), foram reclassificados, para as rubricas de resultados operacionais. Estas reclassificações proporcionam as seguintes diferenças nas diversas naturezas de resultados:

Por Reclas- Por Por Reclas- Pornaturezas sificação funções naturezas sificação funções

Resultados operacionais 53.859.724 (491.345) 53.368.379 32.998.591 1.348.664 34.347.255Resultados financeiros 47.769.526 - 47.769.526 19.866.811 - 19.866.811Resultados correntes 101.629.250 (491.345) 101.137.905 52.865.402 1.348.664 54.214.066Resultados extraordinários (491.345) 491.345 - 1.348.664 (1.348.664) -Resultado líquido do exercício 90.929.641 - 90.929.641 59.195.216 - 59.195.216

Demonstração dos resultados em 2006 Demonstração dos resultados em 2005

b) Custo das vendas e das prestações de serviços

Produtos Subprodutos, Prestaçõesacabados e desp ., resíduos de

Mercadorias intermédios e refugos serviços Total

Existências iniciais 182.006 14.844.870 286.200 - 15.313.076Compras/entradas provenientes da produção 5.847.338 470.517.434 26.403.887 31.432.196 534.200.855Regularização de existências - (67.630) - - (67.630)Saídas para a produção e imobilizado - (154.364.624) (26.205.844) - (180.570.468)Existências finais - (14.955.963) (484.243) - (15.440.206)

Custo das vendas 6.029.344 315.974.087 - 31.432.196 353.435.627 NOTA 55 – ACTIVOS CONTINGENTES (i) Retenções na fonte

A ENCE – Empresa Nacional de Celulose, SA, sociedade na qual a Portucel SA deteve 8% do capital social até 2004, pagou, entre 2001 e 2004, dividendos no montante global de €3.444.862, os quais foram sujeitos a retenção na fonte no montante de €516.729. O valor retido foi contestado pela Portucel SA, junto da Administração Tributária Espanhola, com fundamento na violação do direito de livre estabelecimento consagrado no Tratado de Roma (os mesmos dividendos pagos a uma entidade residente em Espanha não seriam sujeitos a qualquer retenção na fonte).

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(ii) IRC 2001 A Portucel SA recebeu em Maio de 2005 – quando se encontrava a decorrer a inspecção fiscal ao exercício de 2002 - uma notificação de correcções resultantes de análise interna ao IRC de 2001, o qual deu origem a uma liquidação adicional, entretanto paga, de IRC e juros compensatórios de Euros 314.339,62. A referida liquidação foi no entanto objecto de reclamação graciosa por incumprimento de formalidades legais pela Administração Fiscal, como a ausência de audição prévia e a caducidade do direito de liquidação desde 18 de Março de 2004, em virtude de já ter-se verificado a análise externa ao exercício de 2001 efectuada pelos Serviços de Inspecção Tributária, a qual de resto já tinha dado origem a uma liquidação adicional de IRC em 2003, também já paga. (iii) Compromissos de investimento Em 12 de Julho de 2006, foi celebrado entre a Portucel SA e a API – Agência Portuguesa para o Investimento, um contrato de investimento, em curso e a realizar até 30 de Junho de 2008, que compreende incentivos financeiros a receber nos exercícios de 2007 a 2009 no montante de €36.957.224. Foram celebrados contratos entre diversas empresas do Grupo e a API, no âmbito do investimento do Grupo Portucel Soporcel num total de €980 milhões (incluindo o contrato acima mencionado), com incentivos fiscais e financeiros para os investimentos a iniciar após a referida data de assinatura dos contratos. Os contratos encontram-se sujeitos a aprovação por parte da Comissão Europeia, aprovação esta que se espera que ocorra no primeiro semestre de 2007. NOTA 56 – PROCESSO DE REPRIVATIZAÇÃO Em Novembro de 2006 concretizou-se a terceira e última fase da reprivatização da Portucel SA e que consistiu na alienação pela Parpública – Participações Públicas (SGPS), SA de acções representativas de 25,72% do capital social da através de uma Oferta Pública de Venda (OPV).

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PricewaterhouseCoopers & Associados - Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda. Matriculada na Conservatória do Registo Comercial sob o nº 11912

Sede: Palácio Sottomayor, Rua Sousa Martins, 1 - 3º, 1050 - 217 Lisboa Inscrita na lista dos Revisores Oficiais de Contas sob o nº 183

NIPC 506628752 Capital Social Euros 217.500 Inscrita na Comissão de Valores Mobiliários sob o nº 9077

PricewaterhouseCoopers & Associados - Sociedade de

Revisores Oficiais de Contas, Lda. Palácio Sottomayor Rua Sousa Martins, 1 - 3º

1050-217 Lisboa Portugal Tel +351 213 599 000

Fax +351 213 599 999

Certificação Legal das Contas e Relatório de Auditoria elaborado por auditor registado na CMVM sobre a Informação Financeira Individual

Introdução 1 Nos termos da legislação aplicável, apresentamos a Certificação Legal das Contas e Relatório de Auditoria sobre a informação financeira contida no Relatório de gestão e nas demonstrações financeiras anexas da Portucel - Empresa Produtora de Pasta e Papel, SA as quais compreendem o Balanço em 31 de Dezembro de 2006, (que evidencia um total de €1.963.219.460 e um total de capital próprio de €1.088.422.993, incluindo um resultado líquido de €90.929.641), as Demonstrações dos resultados, por naturezas e por funções, a Demonstração dos fluxos de caixa do exercício findo naquela data, e o correspondente Anexo. Responsabilidades 2 É da responsabilidade do Conselho de Administração da Empresa (i) a preparação do Relatório de gestão e de demonstrações financeiras que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira da Empresa, o resultado das suas operações e os fluxos de caixa; (ii) que a informação financeira histórica seja preparada de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites e que seja completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita, conforme exigido pelo Código dos Valores Mobiliários; (iii) a adopção de políticas e critérios contabilísticos adequados; (iv) a manutenção de um sistema de controlo interno apropriado; e (v) a divulgação de qualquer facto relevante que tenha influenciado a sua actividade, posição financeira ou resultados. 3 A nossa responsabilidade consiste em verificar a informação financeira contida nos documentos de prestação de contas acima referidos, designadamente sobre se é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita, conforme exigido pelo Código dos Valores Mobiliários, competindo-nos emitir um relatório profissional e independente baseado no nosso exame. Âmbito 4 O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas e as Directrizes de Revisão/Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que o mesmo seja planeado e executado com o objectivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras não contêm distorções materialmente relevantes. Para tanto o referido exame incluiu: (i) a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e divulgações constantes das

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(2)

Portucel – Empresa Produtora de Pasta e Papel, SA

demonstrações financeiras e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração, utilizadas na sua preparação; (ii) a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas e a sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias; (iii) a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade; (iv) a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das demonstrações financeiras; e (v) a apreciação se a informação financeira é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita. 5 O nosso exame abrangeu ainda a verificação da concordância da informação financeira constante do Relatório de gestão com os restantes documentos de prestação de contas. 6 Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressão da nossa opinião. Opinião 7 Em nossa opinião, as referidas demonstrações financeiras apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira da Portucel - Empresa Produtora de Pasta e Papel, SA em 31 de Dezembro de 2006, o resultado das suas operações e os fluxos de caixa no exercício findo naquela data, em conformidade com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal, derrogados pela aplicação de Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS), conforme referido na Nota 1 do Anexo às demonstrações financeiras, e a informação nelas constante é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita. Lisboa, 23 de Fevereiro de 2007 PricewaterhouseCoopers & Associados, SROC, Lda representada por: ____________________________ Abdul Nasser Abdul Sattar, R.O.C.

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Relatório e Parecer do Fiscal Único

(Contas individuais) Senhores Accionistas, 1 Nos termos da lei e do mandato que nos conferiram, apresentamos o relatório sobre a actividade fiscalizadora desenvolvida e damos parecer sobre o Relatório de Gestão e as Demonstrações Financeiras apresentados pelo Conselho de Administração, da Portucel - Empresa Produtora de Pasta e Papel, SA relativamente ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2006. 2 No decurso do exercício acompanhámos, com a periodicidade e a extensão que considerámos adequada, a actividade da Empresa. Verificámos a regularidade da escrituração contabilística e da respectiva documentação. Vigiámos também pela observância da lei e dos estatutos. 3 Como consequência do trabalho de revisão legal efectuado, emitimos a respectiva Certificação Legal das Contas e Relatório de Auditoria, em anexo. 4 No âmbito das nossas funções verificámos que: i) o Balanço, as Demonstrações dos Resultados por naturezas e por funções, a

Demonstração dos Fluxos de Caixa e o correspondente Anexo permitem uma adequada compreensão da situação financeira da Empresa, dos seus resultados e dos fluxos de caixa;

ii) as políticas contabilísticas e os critérios valorimétricos adoptados são adequados; iii) o Relatório de Gestão é suficientemente esclarecedor da evolução dos negócios e

da situação da Empresa evidenciando os aspectos mais significativos; iv) a proposta de aplicação de resultados se encontra devidamente fundamentada.

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(2)

Portucel – Empresa Produtora de Pasta e Papel, SA

5 Nestes termos, tendo em consideração as informações recebidas do Conselho de Administração e Serviços e as conclusões constantes da Certificação Legal das Contas e Relatório de Auditoria, somos do parecer que: i) seja aprovado o Relatório de Gestão; ii) sejam aprovadas as Demonstrações Financeiras; iii) seja aprovada a proposta de aplicação de resultados. Lisboa, 23 de Fevereiro de 2007 O Fiscal Único PricewaterhouseCoopers & Associados, SROC, Lda representada por: _______________________________ Abdul Nasser Abdul Sattar, R.O.C.

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RELATÓRIO SOBRE O GOVERNO DA SOCIEDADE (Regulamento da C.M.V.M. n.º 11/2003)

CAPÍTULO I – Divulgação de Informação Organigrama da Sociedade

COMISSÃO DE AUDITORIA

António SerrãoJosé Paredes

AUDITORIA INTERNA E ANÁLISE DE RISCO

Pedro Vaz PintoJoão Manuel Soares

GABINETE JURÍDICO

Luís Caldeira Deslandes

Manuel RegaladoManuel Gil Mata

ÁREA COMERCIAL

PAPEL

José Tátá Anjos

PLAN.E CONTROLO DE GESTÃO

PASTA

ÁREA CORPORATIVA

FINANCEIRA

Manuel Arouca

José Alfredo Honório

Pedro Queiroz Pereira

Joana Lã Appleton

Candido Dias Almeida

NEGÓCIO DE EXPLORAÇÃO

Pedro Moura

PESSOAL

Fernando Araújo

INFORMÁTICA

Jerónimo Ferreira

CONTABILIDADE E FISCALIDADE

Óscar Arantes

OUTROS NEGÓCIOS

Vitor Coelho

Álvaro Ricardo Nunes

SECRETÁRIO DA SOCIEDADE

António Cunha Reis

RELAÇÕES COM INVESTIDORES

Rogério Freire

J.Ferreira Rodrigues

SERVIÇOS CORPORATIVOS

Ana Nery

ÁREA FLORESTAL ÁREA INDUSTRIAL

Jerónimo Ferreira

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Pedro Queiroz PereiraJosé Alfredo Honório

ASSESSORIA DA COMISSÃO EXECUTIVA

Manuel Arouca

ABASTECIMENTO DE MADEIRA

Gonçalo Veloso Sousa

IMAGEM E COMUNICAÇÃO INSTITUCIONAL

FÁBRICA PASTA

FÁBRICA FIGUEIRA FOZ

Jorge Peixoto

FÁBRICA CACIA

INOVAÇÃO

José Maria Ataíde João Ventura

António Redondo

COMPRAS

José Freire

COMISSÃO EXECUTIVA

Alberto Vale Rego

FÁBRICA PAPEL

DESENVOLVIMENTO PRODUTOS

Pedro Sarmento

ENERGIA

José Rodrigues

José Nordeste

FÁBRICA SETÚBAL

Carlos Vieira

Luís Caldeira DeslandesManuel Gil Mata

AMBIENTE

Julieta Sansana

ENGENHARIA

Adriano Silveira

Manuel RegaladoÁlvaro Barreto

Carlos Eduardo Alves

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Não existem na Sociedade comissões específicas, designadamente de ética e de avaliação de estrutura e governo societários.

Descrição da Evolução da Cotação das Acções da Portucel

Os títulos da Portucel acabaram o ano de 2006 registando uma valorização

significativa de 43%, atingindo um valor máximo de 2,41€/acção (no dia 22 de Dezembro) e um valor mínimo de 1,69 €/acção (no dia 2 de Janeiro).

No gráfico abaixo apresenta-se a evolução da cotação das acções da sociedade,

identificando os principais factos que foram objecto de comunicação ao mercado.

Evolução da cotação da Portucel em 2006

1

1,2

1,4

1,6

1,8

2

2,2

2,4

2,6

30-1

2-20

05

30-0

1-20

06

28-0

2-20

06

30-0

3-20

06

30-0

4-20

06

30-0

5-20

06

30-0

6-20

06

30-0

7-20

06

30-0

8-20

06

30-0

9-20

06

30-1

0-20

06

30-1

1-20

06

30-1

2-20

06

€/acção

Divulgação dos resultados de

2005 Divulgação dos resultados do 1º Trimestre 2006

Assembleia Geral de Accionistas

Divulgação dos resultados do 1º Semestre 2006

Assembleia Geral de Accionistas

Divulgação dos resultados do 1º Semestre 2006

Sessão especial de Bolsa para apuramento do resultados da OPV

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Política de Dividendos

A proposta de distribuição de dividendos é da competência do Conselho de

Administração da Portucel, subordinada à legislação em vigor e aos estatutos da sociedade. De acordo com o texto actualizado dos estatutos, em vigor após a

alteração parcial do pacto social efectuada por deliberação da assembleia-geral de 13-

07-2006, compete à assembleia-geral deliberar por maioria simples dos votos emitidos sobre o montante de dividendos a distribuir.

Nos últimos três exercícios foi distribuído o seguinte dividendo por cada acção em circulação:

2004 (relativo ao exercício de 2003) 0,0315 € por acção

2005 (relativo ao exercício de 2004) 0,0371 € por acção 2006 (relativo ao exercício de 2005) 0,0525 € por acção

Planos de atribuição de Acções e de Opções de Aquisição de Acções

Não existem quaisquer planos de atribuição de acções e de opções de aquisição de

acções em vigor. Descrição dos Elementos Principais dos Negócios e Operações Realizados pela

Sociedade

Neste âmbito, não há informação relevante.

Gabinete de Apoio ao Investidor

A Portucel dispõe de um Gabinete de Relações com Investidores desde Novembro de

1995, criado com o objectivo de assegurar um contacto permanente e adequado com

a comunidade financeira – investidores, accionistas, analistas e entidades reguladoras - e promover a comunicação da informação financeira da Empresa, ou outra que seja

relevante para a evolução do desempenho da Portucel no mercado de capitais, de

acordo com princípios de coerência, regularidade, equidade, credibilidade e oportunidade. Todas as divulgações de resultados trimestrais, os relatórios e contas

semestrais e anuais, bem como os respectivos comunicados e press releases, a

informação relativa às Assembleias Gerais e aos órgãos sociais, o calendário financeiro, os estatutos da Empresa, bem como todos os factos relevantes que

ocorram são disponibilizados pelo Gabinete na página da Internet da Portucel, com o

endereço www.portucelsoporcel.com.

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Joana de Avelar Pedrosa Rosa Lã Appleton é a representante para as Relações com o Mercado da Portucel e pode ser contactada através do telefone com o nº 265 700 504

ou do seguinte endereço electrónico: [email protected]

Comissão de Fixação de Vencimentos

A remuneração dos Administradores é fixada por uma Comissão de Fixação de

Vencimentos, estando implantado um sistema que prevê que esta remuneração seja

composta por uma parte fixa e por uma parte variável, esta última em função do desempenho do Grupo, medido em termos de indicadores consolidados.

A Comissão de Fixação de Vencimentos é composta pelo Senhor Pedro Mendonça de Queiroz Pereira (Vogal), pelo Senhor Eng. Carlos Eduardo Coelho Alves (Vogal) e

pelo Senhor Eng. Frederico José da Cunha Mendonça e Meneses (Vogal).

Remuneração do Auditor

O montante de remuneração paga em 2006, pelo Grupo, aos auditores das empresas

do Grupo totalizou 371.413 euros, assim distribuídos:

a) 47,6% pela prestação de serviços de revisão legal de contas b) 34,2 % por serviços de assessoria fiscal

c) 18,2 % por outros serviços

Os nossos auditores têm instituídas exigentes regras internas para garantir a

salvaguarda da sua independência.

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CAPÍTULO II – Exercício de Direito de Voto e Representação de Accionistas A Portucel tem vindo, desde sempre, a utilizar uma política de incentivo à participação dos seus accionistas nas Assembleias Gerais. Desde logo, através da divulgação

periódica de relatórios sobre a sua actividade e sobre os resultados económicos e

financeiros, com a preocupação de não se restringir ao mero cumprimento dos preceitos legais em vigor sobre esta matéria.

Os accionistas que pretendam participar na Assembleia Geral da Portucel devem comprovar a titularidade das respectivas acções, tendo estas que estar registadas em

seu nome até cinco dias antes da data marcada para a realização da assembleia,

devendo permanecer bloqueadas até ao encerramento da reunião da Assembleia Geral. No que diz respeito à participação dos accionistas na Assembleia e ao exercício

do direito de voto, contar-se-á um voto por cada mil acções, sem prejuízo do direito de

agrupamento.

É prática da Portucel prever, na própria convocatória da Assembleia Geral, o voto por

correspondência e as formas como os accionistas se podem fazer representar, especificando-se todas as regras estabelecidas para que, de uma forma simples e

expedita, os accionistas sejam devidamente esclarecidos. A Portucel não tem ainda

prevista a possibilidade de exercício de direito de voto por meios electrónicos.

O representante para as Relações com o Mercado, durante o período prévio às

Assembleias Gerais, analisa todas as dúvidas e presta todas as informações necessárias ao pleno esclarecimento dos accionistas. CAPÍTULO III – Regras Societárias A Portucel rege-se pelas leis gerais aplicáveis às sociedades comerciais abertas e

pelos seus estatutos, não tendo a sua actividade legislação específica que lhe seja aplicável.

Na sequência da reprivatização de parte do capital social da Portucel ocorrida em 2004, realizou-se uma Assembleia Geral da sociedade em 15 de Junho de 2004 na

qual foram eleitos os novos órgãos sociais para o triénio de 2004/2006. Nessa eleição

a composição de Conselho de Administração manteve-se com sete membros, cinco dos quais exercem funções executivas, integrando assim uma Comissão Executiva, e

dois funções não executivas, tendo sido aprovado um novo Regulamento Interno que

estabelece quais as competências próprias da Comissão Executiva e as matérias que

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deverão ser necessariamente sujeitas a aprovação pelo Conselho de Administração alargado. Este Regulamento Interno também estabelece as regras de funcionamento

interno do Conselho de Administração.

Em termos de procedimentos de controlo interno, a Portucel possui um órgão de

auditoria interna e análise de risco, que exerce a sua actividade a todos os níveis da

Empresa, isto para além, como é óbvio, do Fiscal Único e dos auditores externos que exercem as competências que lhes são próprias nos termos da lei neste tipo de

sociedades.

Ao nível da gestão do risco e para além da Direcção já referida que tem, em primeira

linha, essas atribuições, há ainda competências que, neste âmbito, estão atribuídas à

Direcção de Planeamento e Controlo de Gestão, à Direcção Financeira, ao Gabinete Jurídico e ao Gabinete de Relações com os Investidores, este último no que respeita

ao acompanhamento da evolução da cotação dos títulos da Portucel.

As Direcções das Unidades Fabris elaboram relatórios onde se dá conta da situação

operacional das mesmas, com referência específica, entre outras coisas, às questões

de resolução urgente, manutenção de equipamentos e stocks existentes.

A Direcção de Marketing da Empresa elabora relatórios periódicos dando

conhecimento da evolução das vendas de pasta e papel, tendência da evolução dos mercados e suas perspectivas futuras e situação dos stocks existentes.

Na Área Florestal, para além das reuniões quinzenais de acompanhamento das actividades florestais, são produzidos relatórios mensais sobre o aprovisionamento da

matéria-prima e sobre o controlo orçamental, assim como relatórios na área da

prevenção e apoio ao combate aos incêndios florestais, com uma periodicidade variável que aumenta nas épocas mais críticas (Junho a Setembro).

Não há conhecimento da celebração de acordos parassociais entre accionistas da Empresa, sendo os limites ao exercício do direito de voto unicamente decorrente das

normas estatutárias em vigor conforme já anteriormente foi referido. CAPÍTULO IV – Órgão de Administração

A Portucel tem um Conselho de Administração composto por sete membros, um Presidente e seis Vogais. Cinco dos seus membros exercem funções executivas e

formam uma Comissão Executiva, que foi eleita e cujos poderes foram delegados pelo

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Conselho de Administração, e outros dois Administradores exercem funções não executivas.

O Presidente do Conselho de Administração é o Senhor Pedro Mendonça de Queiroz Pereira.

Os membros do Conselho que formam a Comissão Executiva são os seguintes:

José Alfredo de Almeida Honório (Presidente)

Pedro Mendonça de Queiroz Pereira (Vogal) Luís Alberto Caldeira Deslandes (Vogal)

Manuel Maria Pimenta Gil Mata (Vogal)

Manuel Soares Ferreira Regalado (Vogal)

Os Administradores não executivos são:

Álvaro Roque de Pinho Bissaia Barreto (Vogal)

Carlos Eduardo Coelho Alves

Para efeitos do disposto no nº 2 do artigo 1º do Regulamento da CMVM nº 11/2003

não são considerados Administradores Independentes os Senhores Pedro Mendonça

de Queiroz Pereira (Presidente), Dr. José Alfredo de Almeida Honório e Eng. Carlos Eduardo Coelho Alves, em virtude de fazerem parte do Conselho de Administração da

accionista Semapa – Sociedade de Investimento e Gestão, SGPS, S.A..

Entendemos que os restantes Administradores não se encontram abrangidos por

nenhum dos critérios referidos no artigo a que se reporta o parágrafo anterior, a menos

que, pelo facto de serem também, todos eles, Administradores da Soporcel – Sociedade Portuguesa de Papel, SA, se entenda que se encontram abrangidos pela

alínea c) do citado preceito legal.

Os poderes delegados na Comissão Executiva são os seguintes:

a) Propor ao Conselho de Administração as políticas, objectivos e estratégias da Sociedade;

b) Propor ao Conselho de Administração, os orçamentos de exploração e os planos

de investimento e desenvolvimento a médio e longo prazo, e executá-los após a sua aprovação;

c) Aprovar alterações orçamentais no ano social, incluindo transferência entre

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centros de custo, desde que em cada ano, não ultrapassem os vinte milhões de euros;

d) Aprovar contratos de aquisição de bens ou de serviços cujo valor global em

cada ano não ultrapasse vinte milhões de euros;

e) Aprovar contratos de financiamento, solicitação de garantias bancárias, ou

assumir quaisquer outras responsabilidades que representem acréscimo de endividamento, de valor globalmente inferior em cada ano a vinte milhões de

euros;

f) Adquirir, alienar ou onerar bens do activo imobilizado da Sociedade até ao valor individual de cinco por cento do capital social realizado;

g) Tomar ou dar de arrendamento quaisquer bens imóveis;

h) Representar a sociedade em juízo ou fora dele, activa ou passivamente, bem

como propor e seguir quaisquer acções, confessá-las e delas desistir, transigir e comprometer-se em árbitros;

i) Adquirir, alienar ou onerar participações noutras sociedades até ao máximo de

vinte milhões de euros em cada ano;

j) Deliberar sobre a execução da aquisição e alienação de acções próprias,

quando tal tenha sido deliberado pela Assembleia Geral, e com observância do

que por aquela tenha sido deliberado

k) Gerir as participações noutras sociedades, em conjunto com o Presidente do

Conselho de Administração, nomeadamente designando com o acordo daquele

os representantes nos respectivos órgãos sociais, e definindo orientações para a actuação desses representantes;

l) Celebrar, alterar e fazer cessar contratos de trabalho;

m) Abrir, movimentar e encerrar contas bancárias;

n) Constituir mandatários da sociedade;

o) Em geral todos os poderes que por lei são delegáveis, com as eventuais

limitações resultantes do disposto nas alíneas anteriores.

O Presidente do Conselho de Administração tem as competências que lhe são

atribuídas por Lei e pelos Estatutos.

A Comissão Executiva pode discutir todos os assuntos da competência do Conselho

de Administração, sem prejuízo de só poder deliberar nas matérias que lhe estão delegadas. Todos os assuntos tratados na Comissão Executiva, mesmo que incluídos

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na sua competência delegada, são dados a conhecer aos Administradores não executivos, que têm acesso às respectivas actas e documentos de suporte.

Em conjunto com o Presidente do Conselho de Administração, a Comissão Executiva poderá também deliberar sobre as matérias previstas nas alíneas c), d), e) e i) atrás

referidas quando os respectivos valores, calculados nos termos ali referidos,

ultrapassem vinte milhões de euros mas não excedam cinquenta milhões.

A competência para a alteração de quaisquer condições de contratos anteriormente

celebrados e abrangidos pelas referidas alíneas c), d), e) e i) caberá ao órgão ou órgãos que teriam competência para os celebrar.

No âmbito da Comissão Executiva procedeu-se à seguinte distribuição de pelouros entre os administradores executivos:

§ José Honório: - Património e Floresta

- Gestão da Actividade Florestal

- Aquisição de Madeiras - I&D Projectos Florestais

- Auditoria Interna

§ Pedro Queiroz Pereira:

– Representação Externa do Grupo

§ Luís Deslandes:

- Comercial Papel

- Comercial Pasta - Marketing

- Comunicação e Imagem

§ Gil Mata:

- Actividades das unidades fabris de pasta e papel (Cacia, Figueira da Foz e

Setúbal) - Manutenção, Conservação e Engenharia Técnica

- Núcleos de Projectos

- Ambiente, Qualidade e Desenvolvimento - Secretaria Geral

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§ Manuel Regalado: - Financeira

- Contabilidade

- Fiscalidade - Planeamento e Controlo de Gestão

- Sistemas de Informação

- Gabinete Jurídico - Compras

- Relações com Investidores

- Recursos Humanos - Organização

O Conselho de Administração deliberou constituir uma Comissão de Auditoria

composta por:

António Duarte Serrão (Presidente)

José Miguel Gens Paredes (Vogal) Álvaro Ricardo Nunes (Vogal)

As competências da Comissão de Auditoria são aquelas que se especificam em seguida e as que lhe forem atribuídas explicitamente pelo Conselho de Administração.

As competências genéricas são:

1. A Comissão de Auditoria não tem poderes independentes daqueles que lhe são

atribuídos neste regulamento ou explicitamente pelo Conselho de Administração.

2. À Comissão de Auditoria cabe avaliar os procedimentos de controlo da

informação financeira (contas e relatórios) divulgada, e dos prazos da sua divulgação, devendo, nomeadamente, rever as contas anuais, semestrais e

trimestrais do Grupo a publicar e reportar sobre elas ao Conselho de

Administração antes de este proceder à sua aprovação e assinatura.

3. A Comissão de Auditoria aconselha o Conselho de Administração na escolha do

Auditor Externo e pronuncia-se sobre o âmbito de actuação do Auditor Interno. 4. A Comissão de Auditoria discute com o Auditor Externo os seus relatórios anuais,

aconselhando o Conselho de Administração sobre eventuais medidas a tomar.

5. No desempenho das suas funções a Comissão de Auditoria terá em atenção os seguintes factos:

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(i) Alteração de políticas e práticas contabilísticas; (ii) Ajustamentos significativos devidos a intervenção do auditor;

(iii) Progresso nos rácios financeiros relevantes e eventuais alterações

no rating formal ou informal do Grupo;

(iv) Exposições financeiras significativas da tesouraria (tais como riscos

de divisas, taxa de juro ou derivados);

(v) Procedimentos ilegais ou irregulares.

6. Sem prejuízo da competência normal do Conselho de Administração, a Comissão

de Auditoria é autorizada pelo Conselho de Administração a exercer os poderes de fiscalização e auditoria do Conselho, podendo, nomeadamente, inspeccionar

todos os registos contabilísticos da Empresa e suas associadas e obter

informações contabilísticas e financeiras dos funcionários do Grupo, na medida em que tais diligências sejam necessárias para cumprimento das suas

responsabilidades.

No exercício de 2006 o Conselho de Administração reuniu 4 vezes e a Comissão

Executiva 44 vezes.

As remunerações pagas em 2006 aos membros do Conselho de Administração da

Portucel totalizaram 3.992.575 euros, dos quais 3.628.131 euros pagos a administradores executivos e 364.444 euros a administradores não executivos. O

montante total de remunerações inclui 2.913.669 euros pagos pela Soporcel, S.A.,

517.972 euros pagos pela Portucel, S.A., e 560.934 euros pagos pela Semapa. O montante total pago inclui um montante de 1.088.965 euros de remuneração variável.

A diferença para o valor constante da nota específica dos anexos às contas decorre do

facto deste valor incluir remunerações a órgãos sociais de outras empresas do Grupo pagas pelo próprio Grupo ou pela Semapa e excluir o efeito de acréscimos por

aplicação do princípio de especialização dos exercícios.

Todos os membros do Conselho de Administração exercem funções em órgãos de

administração de outras sociedades, como se especifica em seguida (as empresas do grupo Portucel Soporcel são assinaladas com “GPS” entre parêntesis):

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Pedro Mendonça de Queiroz Pereira

§ Presidente do Conselho de Administração e membro da Comissão Executiva da

Portucel- Empresa Produtora de Pasta e Papel, S.A. (GPS) § Presidente do Conselho de Administração e membro da Comissão Executiva da

Soporcel – Sociedade Portuguesa de Papel, S.A. (GPS)

§ Administrador da Soporcel - Gestão de Participações Sociais, SGPS, S.A. (GPS) § Vogal do Conselho de Administração da About the Future – Empresa Produtora de

Papel, S.A. (GPS)

§ Gerente da Cimentospar – Participações Sociais, SGPS, Lda. § Presidente do Conselho de Administração da Cimigest, SGPS, S.A.

§ Presidente do Conselho de Administração da Cimimpart - Investimentos e

Participações, SGPS, S.A. § Presidente do Conselho de Administração da Cimo - Gestão de Participações,

SGPS, S.A.

§ Presidente do Conselho de Administração da CMP - Cimentos Maceira e Pataias, S.A.

§ Gerente da Ecolua – Actividades Desportivas, Lda.

§ Gerente da Ecovalue – Investimentos Imobiliários, Lda. § Presidente do Conselho de Administração da Longapar, SGPS, S.A.

§ Presidente do Conselho de Administração da OEM - Organização de Empresas,

SGPS, S.A.. § Presidente do Conselho de Administração da Secil - Companhia Geral de Cal e

Cimento, S.A.

§ Presidente do Conselho de Administração da Secilpar, SL § Presidente do Conselho de Administração da Seinpart Participações, SGPS, S.A.

§ Presidente do Conselho de Administração da Semapa - Sociedade de Investimento e

Gestão, SGPS, S.A. § Presidente do Conselho de Administração da Semapa Inversiones, SL

§ Presidente do Conselho de Administração da Seminv - Investimentos, SGPS, S.A.

§ Presidente do Conselho de Administração da Sodim SGPS, S.A. § Administrador da Tema Principal – SGPS, S.A.

§ Presidente do Conselho de Administração da Vertice – Gestão de Participações,

SGPS, S.A.

José Alfredo de Almeida Honório

§ Presidente da Comissão Executiva e Administrador da Portucel - Empresa Produtora

de Pasta e Papel, S.A. (GPS)

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§ Presidente da Comissão Executiva e Vice-Presidente do Conselho de Administração da Soporcel – Sociedade Portuguesa de Papel, S.A. (GPS)

§ Presidente do Conselho de Administração da Soporcel – Gestão de Participações

Sociais, SGPS,S.A. (GPS) § Presidente do Conselho de Administração da Portucel Florestal – Empresa de

Desenvolvimento Agro-Florestal, S.A. (GPS)

§ Presidente do Conselho de Administração da Aliança Florestal – Sociedade para o Desenvolvimento Agro-Florestal, S.A. (GPS)

§ Presidente do Conselho de Administração da About the Future – Empresa Produtora

de Papel, S.A. (GPS) § Administrador da Seminv – Investimentos, SGPS, S.A.

§ Administrador da Semapa Inversiones, SL

§ Gerente da Cimentospar – Participações Sociais, Lda. § Administrador da Betopal, S.L.

§ Administrador da Longapar, SGPS, S.A.

§ Administrador da Cimimpart – Investimentos e Participações, SGPS, S.A. § Administrador da Seinpart Participações, SGPS.,S.A.

§ Administrador da Cimo-Gestão de Participações, SGPS,S.A.

§ Administrador da CMP – Cimentos Maceira e Pataias, S.A. § Administrador da Secil - Companhia Geral de Cal e Cimento, S.A.

§ Administrador e Membro da Comissão Executiva da Semapa – Sociedade

Investimento e Gestão, SGPS,S.A. § Gerente da Florimar – Gestão e Participações, SGPS, Sociedade Unipessoal, Lda

§ Gerente da Hewbol, SGPS, Lda.

Luis Alberto Caldeira Deslandes

§ Administrador e membro da Comissão Executiva da Portucel – Empresa Produtora de

Pasta e Papel, S.A. (GPS)

§ Administrador e membro da Comissão Executiva da Soporcel – Sociedade Portuguesa de Papel, S.A. (GPS)

§ Administrador da Soporcel – Gestão de Participações Sociais, SGPS, S.A. (GPS)

§ Presidente da Portucel Soporcel (Papel) – Sales e Marketing, ACE (GPS) § Presidente do Conselho de Administração das empresas do Grupo Portucel Soporcel:

- Portucel Pasta y Papel S.A.

- Portucel UK LTD, - Soporcel España S.A.

- Soporcel Italy SRL

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- Soporcel France EURL - Soporcel UK LTD

- Soporcel International BV

- Soporcel North America INC - Soporcel 2000

- Soporcel Deutschland GmbH

- Soporcel Austria GmbH -

§ Vogal do Conselho de Administração da About the Future – Empresa Produtora de Papel,

S.A. (GPS)

Manuel Maria Pimenta Gil Mata

§ Administrador e membro da Comissão Executiva da Portucel – Empresa Produtora de

Pasta e Papel, S.A. (GPS) § Administrador e membro da Comissão Executiva da Soporcel – Sociedade Portuguesa

de Papel, S.A. (GPS)

§ Administrador da Soporcel – Gestão de Participações Sociais,SGPS, S.A. (GPS) § Presidente do Conselho de Administração da Enerpulp – Cogeração Energética de

Pasta, S.A. (GPS)

§ Presidente do Conselho de Administração da Socortel – Sociedade de Corte de Papel, S.A. (GPS)

§ Presidente do Conselho de Gerência da Setipel –Serviços Técnicos da Indústria

Papeleira, S.A. (GPS) § Presidente do Conselho de Gerência da SPCG – Sociedade Portuguesa de

Cogeração, S.A. (GPS)

§ Vogal do Conselho de Administração da About the Future – Empresa Produtora de Papel, S.A. (GPS)

Manuel Soares Ferreira Regalado

§ Administrador e membro da Comissão Executiva da Portucel – Empresa Produtora de

Pasta e Papel, S.A. (GPS) § Administrador e membro da Comissão Executiva da Soporcel – Sociedade Portuguesa

de Papel, S.A. (GPS)

§ Administrador da Soporcel – Gestão de Participações Sociais, SGPS, S.A. (GPS) § Vogal do Conselho de Administração da About the Future – Empresa Produtora de

Papel, S.A. (GPS)

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Álvaro Roque de Pinho Bissaia Barreto

§ Administrador da Portucel – Empresa Produtora de Pasta e Papel, S.A. (GPS)

§ Administrador da Soporcel – Sociedade Portuguesa de Papel, S.A. (GPS) § Administrador não executivo da SAIP – Sociedade Alentejana de Investimento e

Participações, SGPS, S.A.

§ Presidente do Conselho de Administração daTejo Energia, S.A. § Administrador não executivo da Nutrinveste – Sociedade Gestora de Participações

Sociais, S.A.

§ Administrador não executivo da Mellol – Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A.

§ Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Portugália – Companhia Portuguesa de

Transportes Aéreos, S.A. § Presidente da Mesa da Assembleia Geral Prime Drinks, S.A.

§ Membro do Conselho Consultivo da Privado Holding, SGPS, SA

§ Administrador não executivo da Beralt Tin and Wolfram (Portugal), SA. Carlos Eduardo Coelho Alves

§ Administrador da Portucel - Empresa Produtora de Pasta e Papel, S.A. (GPS)

§ Administrador da Soporcel – Sociedade Portuguesa de Papel, S.A. (GPS)

§ Presidente da Sonaca – Sociedade Nacional de Canalizações, S.A. § Administrador da Sodim, SGPS, S.A.

§ Administrador e Presidente da Comissão Executiva da Secil – Companhia Geral de

Cal e Cimento, S.A. § Administrador e Presidente da Comissão Executiva da CMP – Cimentos Maceira e

Pataias, S.A.

§ Administrador e Membro da Comissão Executiva da Semapa – Sociedade Investimento e -Gestão, SGPS,S.A

§ Administrador da Cimo - Gestão de Participações, SGPS.,S.A.

§ Presidente do Conselho de Administração da SCG – Société des Ciments de Gabès, S.A.

§ Administrador da Secilpar, SL

§ Administrador da Seminv Investimentos, SGPS, S.A. (nova denominação da Secil – Investimentos)

§ Administrador da Cimimpart – Investimentos e Participações, SGPS, S.A.

§ Administrador da Parcim Investments B.V. § Administrador da Seinpart - Participações, SGPS.,S.A.

§ Administrador da Longapar, SGPS, S.A.

§ Administrador da Betopal, S.L

Page 82: Portucel Empresa Produtora de Pasta e Papel, SA · e cada vez mais distantes dos registados nos países com os quais mais ... sejam consequentes na introdução das medidas ... Após

§ Administrador da Semapa Inversiones, SL § Gerente da Cimentospar Participações Sociais, Lda.

§ Gerente da Florimar – Gestão e Participações, SGPS, Sociedade Unipessoal, Lda.

§ Gerente da Hewbol, SGPS, Lda.

Não existem quaisquer incompatibilidades especificamente definidas pelo órgão de Administração, nem tão pouco se fixou um número máximo de cargos acumuláveis

pelos Administradores em órgãos de outras sociedades.

Todos os membros actuais do Conselho de Administração têm exercido nos últimos 5

anos funções nos Conselhos de Administração, nas empresas acima referidas.

Declaração de Cumprimento

Conforme se pode constatar a Portucel, S.A. já adoptou a generalidade das

recomendações sobre o governo das sociedades. Contudo, há quatro aspectos que

não estão adoptados na íntegra e que, em seguida, se especificam: 1. A Comissão de Fixação de Vencimentos integra dois membros do Conselho de

Administração da Portucel, S.A., ou seja, o seu Presidente, Pedro Mendonça de

Queiroz Pereira e o Vogal não executivo do Conselho de Administração, Eng. Carlos Eduardo Coelho Alves. Esta opção é explicada pela ligação destas duas

pessoas ao principal accionista da sociedade.

2. Não é adoptada a recomendação no sentido da divulgação da remuneração dos administradores em termos individuais. A não adopção fica a dever-se à ponderação

de todos os interesses em causa que, no entender da administração, para além de

outros potenciais efeitos negativos, aponta no sentido de não serem os ganhos resultantes dessa divulgação superiores ao direito de reserva e privacidade de cada

administrador.

3. Não foi criada nenhuma comissão com atribuição de competências específicas de avaliação da estrutura e governo societários, por se entender que tais funções são

eficazmente exercidas pelo Conselho de Administração.

4. Não estão estabelecidas regras no que diz respeito à política de comunicações de irregularidades alegadamente ocorridas no seio da sociedade.

Em tudo o resto há o cumprimento integral das recomendações sobre o governo das sociedades.