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PERFIL DA ALEMANHA Política externa · Sociedade · Ciência · Economia · Cultura

Português, Brasil (21.34 MB)

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PERFILD A A L E M A N H A

Política externa · Sociedade · Ciência · Economia · Cultura

PERF

IL D

A AL

EMAN

HA

P

Tudo o que você quer saber sobre a atual Alemanha se encontra no “Perl da Alemanha”: como funciona o sistema político; quais são as diretrizes da política externa; o que caracteriza a economia; que temas dominam os debates na sociedade; o que há de novo na arte e na cultura; e muitos outros temas.

Atual, conável e compacto, com muitos números, fatos e grácos, o prático manual oferece conheci-mentos básicos aprofundados e uma visão de todos os setores da vida moderna na Alemanha.→ per�l-da-alemanha.de

Per�l da Alemanha

\Tatsachen\5_InDesign-Satzarbeit\POR\Tatsachen_2015_Titel_P_POR 201-204 30.10.2015 16:12:17

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Per�l da Alemanha

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P E R F I L D A A L E M A N H A2 | 3

ÍNDICESINOPSE República federal 6

Brasão & símbolos 8

Demogra�a 10

Geogra�a & clima 12

Parlamento & partidos 14

Sistema político 16

Governo federal 18

Alemães famosos 20

ESTADO & POLÍTICA Reformas bem-sucedidas 22

Estado federal 26

Política ativa 30

Participação multifacetada 32

Berlim política 34

Vitalidade da cultura da lembrança 36

POLÍTICA EXTERNA Potência civil 38

Empenho na promoção da paz e segurança 42

Advogada da integração europeia 46

Proteção dos direitos humanos 50

Aberta a parcerias internacionais 54

Desenvolvimento sustentável 56

ECONOMIA & INOVAÇÃO Forte polo econômico 58

Ator global 62

Mercados líderes e inovações 66

Economia sustentável 70

Agenda digital 72

Conceituado parceiro comercial 74

Mercado de trabalho atraente 76

MEIO AMBIENTE & CLIMA Pioneira na política climática 78

Impulsionadora das cooperações sobre o clima 82

Virada energética – Projeto para gerações 84

Tecnologias verdes, um setor de futuro 88

Virada energética 90

Diversidade essencial para a vida 92

ENSINO & CONHECIMENTO Importante polo de conhecimento 94

Dinâmico setor do ensino superior 98

Ambiciosa pesquisa de ponta 102

Ciência interconectada 106

Política cientí�ca exterior engajada 108

Pesquisa em condições extremas 110

Sistema escolar atraente 112

SOCIEDADE Diversidade enriquecedora 114

Estruturar a imigração 118

Pluralismo de formas de vida 122

Sociedade civil engajada 126

Estado social forte 128

Lazer e viagem 130

Liberdade de religião 132

CULTURA & MÍDIA Nação cultural pulsante 134

Economia criativa inovadora 138

Diálogo cultural 140

Posições cosmopolitas 142

Transformação rápida das mídias 146

Patrimônio da humanidade na Alemanha 150

Idioma atraente 152

MODO DE VIDA País da diversidade 154

Qualidade de vida urbana 158

Turismo sustentado 160

Desa�os esportivos 164

A atraente Berlim 168

Saborear com descontração 170

CRÉDITOS DAS ILUSTRAÇÕES 172

ÍNDICE REMISSIVO 173

EXPEDIENTE 176

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PREFÁCIOO que caracteriza a política, a economia, a sociedade, a ciência e a cultura na Alema-nha? O “Per�l da Alemanha” é um convite para conhecer um país moderno e cosmo-polita. O manual oferece conhecimentos básicos aprofundados e orientações espe-cialmente concebidos para os leitores no exterior. Em nove capítulos o “Per�l” apresenta uma visão da sociedade alemã e  mostra modelos e soluções que estão sendo debatidos em uma época de trans-formações políticas e sociais. A presente edição, completamente revista e atualiza-da, trata sobretudo de temas atuais – con-

textos históricos e políticos passaram pa-ra um segundo plano. Novos dados foram acrescentados aos textos para atualizá-los e valorizá-los como fonte de informações.

Faz parte do desenvolvimento do „Per�l da Alemanha“ uma ampla versão on-line, na qual os temas esquematizados na edi-ção impressa são aprofundados na inter-net. Convidamos todos a fazer parte da nova comunidade “Per�l da Alemanha”, que deve ao mesmo tempo fomentar o diálogo e servir de fórum para troca de ideias.

Conhecer e viver a Alemanha – com o crossmedia “Per�l da Alemanha”

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K U L T U R & M E D I E N148 | 149

Deutschlands größter Newsroom: die Zentralredaktion der Deutschen Presse-Agentur (dpa) in Berlin

Tageszeitungen, 20 Wochenzeitungen sowie

1.590 Publikumszeitschriften (2014). Deutsch-

land ist nach China, Indien, Japan und den

USA der fünftgrößte Zeitungsmarkt weltweit.

Pro Erscheinungstag werden 17,54 Millionen

Tageszeitungen und fünf Millionen Wochen-

und Sonntagszeitungen verkauft (2014). Die

führenden Blätter, die überregionalen Tages-

zeitungen „Süddeutsche Zeitung“, „Frankfur-

ter Allgemeine Zeitung“, „Die Welt“, „Die Zeit“,

„taz“ und „Handelsblatt“, zeichnen sich durch

investigative Recherche, Analyse, Hinter-

grund und umfassende Kommentierung aus.

Das Nachrichtenmagazin „Spiegel“/„Spiegel

Online“ und das Boulevardblatt „Bild“ gelten

als die meistzitierten Medien.

Zugleich be�ndet sich die Branche in einem

tiefgreifenden Strukturwandel. Die Tageszei-

tungen büßen seit 15 Jahren regelmäßig

Digitaler Alltag Die mobile Internetnutzung und die Verwendung mobiler Endgeräte steigen in Deutschland deutlich an. Mit der zunehmenden mobilen Da-tennutzung wachsen die technologi-schen Anforderungen an die Netzin-frastruktur. Studien zeigen auch: Die Zahl der Internetnutzer steigt seit geraumer Zeit nur noch geringfügig.

D I A G R A M M Rasante Entwicklung: Internetnutzer in Deutschland in Millionen

1997 2000 20102006 2014

55,649

38,6

18,3

4,1

ARD

/ZD

F-O

nlin

estu

die

2014

durchschnittlich 1,5 bis 2 Prozent ihrer be-

zahlten gedruckten Au�age ein. Sie erreichen

immer seltener jüngere Leserschichten und

be�nden sich bei weiterhin rückläu�gen Auf-

lagen und Anzeigenumsätzen in schwerem

Fahrwasser. Über 100 Zeitungen haben als

Antwort auf die Umsonst-Kultur im Netz in-

zwischen Bezahlschranken eingeführt.

Die Digitalisierung der Medienwelt, das In-

ternet, die dynamische Zunahme mobiler

Endgeräte und der Siegeszug der sozialen Me-

dien haben das Mediennutzungsverhalten

signi�kant verändert. 55,6 Millionen Deut-

sche über 14 Jahre (79 Prozent) sind heute on-

line. Jeder Internetnutzer war 2014 an 5,9 Ta-

gen wöchentlich im Netz und verbrachte täg-

lich rund 166 Minuten online (gerechnet auf

die Gesamtbevölkerung: 111 Minuten); jeder

Zweite surft inzwischen mobil. Zudem ist gut

die Hälfte aller Internetnutzer Mitglied einer

privaten Community. Die digitale Revolution

hat einen neuen Begriff von Öffentlichkeit

hervorgebracht; die sozialen Medien und die

Bloggosphäre sind der Spiegel einer offenen

und dialogischen Gesellschaft, in der jeder

meinungsbildend am Diskurs teilnehmen

kann. Ob die interaktiven Versammlungsorte

im Netz zugleich das Fundament für einen zu-

kunftsfähigen digitalen Journalismus bilden,

bleibt abzuwarten. In Deutschland wird zum

Beispiel die Entwicklung des 2014 als Crowd-

funding-Projekt gestarteten Online-Magazins

„Krautreporter“ mit Spannung verfolgt.

Deutsche Welle Die Deutsche Welle (DW) ist der staatliche Auslandsrund-funk Deutschlands und Mitglied der ARD (Arbeitsgemeinschaft der öffent-lich-rechtlichen Rundfunkanstalten der Bundesrepublik Deutschland). Die DW sendet in 30 Sprachen, sie bietet Fernsehen (DW-TV), Radio und Internet sowie internationale Medienentwick-lung im Rahmen der DW Akademie. 2015 hat der Auslandssender mit einem 24-Stunden-Programm in englischer Sprache gestartet.→ dw.de

G L O B A L

Vielfältiger Zugang: So gehen die Deutschen ins Internet

95 %Computer, PC, Laptop

62 %Smartphone/Handy

28 %Tablet-PC

18 %TV

ARD

/ZD

F-O

nlin

estu

die

2014

Tägliche Mediennutzung

Fernsehen 240Min.

Radio 192192Min.

Internet 111Min.

ZeitungZeitung 23Min.

ARD

-ZD

F-O

nlin

estu

die

2014

B I L D U N G & W I S S E N110 | 111

EXZELLENTE FORSCHUNGP A N O R A M A

Mission Rosetta Die Mission der europäischen Weltraumorgani-sation ESA erforscht die Entstehungsgeschichte sation ESA erforscht die Entstehungsgeschichte unseres Sonnensystems. Das DLR hatte großen unseres Sonnensystems. Das DLR hatte großen Anteil beim Bau der Landeeinheit Philae und beAnteil beim Bau der Landeeinheit Philae und be-treibt das Kontrollzentrum, das die bisher nie treibt das Kontrollzentrum, das die bisher nie gewagte Landung auf einem Kometen betreute.gewagte Landung auf einem Kometen betreute.

Rosetta-SondeZehn Jahre war die Sonde unterwegs, um Philae auf dem um Philae auf dem um Philae auf dem um Philae auf dem Kometen TschurjuKometen Tschurju-mow-Gerassimenko abzusetzen.abzusetzen.

Philae LanderPhilae setzte als erster Philae setzte als erster Apparat weich auf einem Kometen auf.einem Kometen auf.

Philae LanderPhilae Lander

Neumayer-Station IIIIm ewigen Eis der Antarktis betreibt das Alfred-Wegener-Institut die Forschungsstation Neumayer III, in der ganzjährig Wissenschaftler leben und arbeiten. Sie steht ganzjährig Wissenschaftler leben und arbeiten. Sie steht auf Stelzen und wächst mit der Schneedecke mit.auf Stelzen und wächst mit der Schneedecke mit.

6 Kräne9 Winden

Masse: 2.300 Tonnen2.300 TonnenGröße: 68 x 24 m68 x 24 mNutz�äche: 4.890 m2 über vier Etagen über vier EtagenLabor/Büro: 12 Räume12 RäumeUnterkünfte: 15 Räume, 40 Betten15 Räume, 40 Betten

Gewicht: 100100 kgDimension: 1 x 1 x 0,81 x 1 x 0,81 x 1 x 0,8 mLandung: 21. November 201421. November 201421. November 2014

399Hochschulen

und Universitäten

2, 7 Mio.Studierende an Hochschulen

79,7 Mrd. € Ausgaben für Forschung

und Entwicklung

360.900 Forscherinnen und

Forscher

Gemeinschaftsdeckmit Messe und Bibliothek

Forschungschiff SonneDie Sonne ist das jüngste Schiff der deutschen Forschungs�otte und seit Ende2014 vor allem im Pazi�k und im Indischen Ozean den Geheimnissen der Tiefsee auf der Spur. Das Hightech-Schiff gilt als modernstes Forschungsschiff der Welt.

Lagerdeckmit 20 Wissen-schaftler-Kabinen

ArbeitsdeckArbeitsdeck8 Labors auf 6008 Labors auf 600 m2

Kabinendeckmit 33 Crew-Kabinen

UnterwasserfahrzeugEs ist ferngesteuert und mit Videokamera und Greifarmen ausgerüstet.

WasserschöpfkranzDas Gerät nimmt Was-serproben und misst Temperatur und Tiefe.

MulticorerEr kann gleichzeitig viele kleine Proben vom Meeres-boden ausstechen.

Länge:Länge:Länge: 116 mGeschwindigkeit:Geschwindigkeit:Geschwindigkeit:Geschwindigkeit: 12,5 knSeezeit (max.):Seezeit (max.): 52 TagePersonal (max.):Personal (max.): 40 PersonenEinsatzgebiete:Einsatzgebiete: Indik, Pazi�k

83Max-Planck-

Institute weltweit

66Fraunhofer-

Institute

89Forschungseinrichtungen der Leibniz-Gemeinschaft

18Forschungszentren der

Helmholtz-Gemeinschaft

A U S S E N P O L I T I K38 | 39

Zivile Gestaltungsmacht ∙ Engagiert für Frieden und Sicherheit ∙Anwalt europäischer Integration ∙ Schutz von Menschenrechten ∙

Offener Netzwerkpartner ∙ Nachhaltige Entwicklung

AUSSENPOLITIK

E I N B L I C K

Deutschland ist in der internationalen Politik

intensiv und vielfältig vernetzt. Das Land un-

terhält diplomatische Beziehungen zu fast 200

Staaten und ist Mitglied in allen wichtigen

multilateralen Organisationen und informel-

len internationalen Koordinierungsgruppen

wie der „Gruppe der Sieben“ (G7) und der

„Gruppe der Zwanzig“ (G20). Außenminister

ist seit 2013 Dr. Frank-Walter Steinmeier

(SPD). Er hatte das Amt bereits von 2005 bis

2009 inne. Im Auswärtigen Dienst, dessen

Zentrale sich in Berlin be�ndet, arbeiten rund

11.230 Beschäftigte. Insgesamt unterhält

Deutschland 227 Auslandsvertretungen.

Das vorrangige Ziel der deutschen Außenpo-

litik ist der Erhalt von Frieden und Sicherheit

in der Welt. Zu den Grundkoordinaten gehört

die umfassende Integration in die Strukturen

der multilateralen Zusammenarbeit. Konkret

bedeutet dies: eine enge Partnerschaft mit

Frankreich in der Europäischen Union (EU),

die feste Verankerung in der Wertegemein-

schaft des transatlantischen Bündnisses mit

den USA, das Eintreten für das Existenzrecht

Israels, die aktive und engagierte Mitwirkung

in den Vereinten Nationen (VN) und im Eu-

roparat sowie die Stärkung der europäischen

Sicherheitsarchitektur im Rahmen der OSZE.

Gemeinsam mit seinen Partnern setzt sich

Deutschland weltweit für Frieden, Sicherheit,

Demokratie und Menschenrechte ein. Der von

Deutschland vertretene erweiterte Sicher-

heitsbegriff umfasst neben Fragen der Krisen-

prävention, Abrüstung und Rüstungskontrol-

le nachhaltige wirtschaftliche, ökologische

und soziale Aspekte. Dazu gehören eine

Globalisierung mit Chancen für alle, grenz-

überschreitender Umwelt- und Klimaschutz,

der Dialog zwischen den Kulturen sowie Of-

fenheit gegenüber Gästen und Einwanderern.

ZIVILE GESTALTUNGSMACHTZIVILE GESTALTUNGSMACHTZIVILE GESTALTUNGSMACHT

Die deutsche Außenpolitik ist fest eingebunden in die multilaterale Zusammenarbeit

Außenpolitik: das Video zum Thema → tued.net/de/vid2

V I D E O A R - A P P

Tatsachen überDeutschland

\Tatsachen\1_Seiten\Tatsachen_2015_Vorspann_DEU_D 5 23.10.2015 16:05:36

P E R F I L D A A L E M A N H A4 | 5

P E R F I L P A R A J O V E N S

Como os jovens podem conhecer a Alema-

nha? Como facilitar a eles a vivência do país?

O que os futuros grandes potenciais devem

saber? A nova edição do Per�l para Jovens,

com 76 páginas, fornece informações em

nove idiomas também na rede

per�l-da-alemanha.de

MANUALA nova edição do manual “Per�l da Alema-nha” oferece em nove capítulos diversas abordagens da Alemanha atual. Cada capí-tulo é estruturado de maneira a apresentar no início uma introdução com as informa-ções básicas mais importantes sobre o tema. Em seguida, os mais diversos aspectos de ca-da tema são minuciosamente aprofundados. Os capítulos apresentam ainda muitas indi-cações de outros canais de informação e pontes de ligação para outras cross-media.

→ Oferta em 19 idiomas→ Nove capítulos→ Diversos níveis de informação→ Indicações adicionais→ Importantes atores para cada tema→ Atalhos print to web através de

aplicações de realidade aumentada

Introdução: Textos de informação geral apresentam uma orientação para o desenvolvimento do tema do capítulo.

Tema: Textos técnicos multifacetados ofere-cem uma classi�cação e um emolduramento mais amplos dos aspec-tos mais importantes.

Panorama: Infográ�cos abrangentes complemen-tam o capítulo, tornando o conteúdo mais acessível pelo visual.

FAMÍLIA PERFIL

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Tatsachen überDeutschland

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per�l-da-alemanha.de: Design combinado com informações condensadas.

Material digital adicional1. Baixe da App Store sua aplicação gratuita “AR Kiosk” no celular. A app “AR Kiosk” pode ser adquirida pelo iTunes ou Google Play.

2. Inicie o app e segure o celular ou tablet sobre a imagem com o ícone Video & AR App (Páginas 23, 39, 59, 79, 95, 115, 135, 155). As páginas têm conteúdos digitais adicionais.

3. Assim que a app reconhece a imagem, os conteúdos boni�cados são acessados automaticamente.

DIGITALA versão digital per�l-da-alemanha.de, completamente nova, é o ponto alto da ampla oferta de conteúdos digitais multi-mídia. O design responsivo possibilita ain-da uma utililização otimizada em apare-lhos de multimídia. Fazem parte também da Família “Per�l” versões de e-paper e e-reader. A oferta de informações em per�l-da-alemanha.de é constantemente ampliada e atualizada em todos os canais.

B E M - V I N D O À C O M U N I D A D E

Quem quiser se informar mais sobre a

Alemanha e �car sempre atualizado pode

participar da nova comunidade “Per�l

da Alemanha”. Os membros da rede recebem

uma newsletter exclusiva do “Per�l”.

Inscrição na página do manual.

→ Oferta em 19 idiomas→ Vídeos e grá�cos interativos→ Capítulo adicional “História da Alemanha”→ Ampla oferta de informações detalhadas/

adicionais/de base→ Ampliação regular de conteúdos sobre

importantes temas políticos, sociais e culturais

Comunidade

Per�l da Alemanha

V Í D E O A R - A P P

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Page 8: Português, Brasil (21.34 MB)

\Tatsachen\1_Seiten\3_Edition\Tatsachen_2015_Deutschland-auf-einen-Blick_D_DEU 6 23.10.2015 16:07:21 \Tatsachen\1_Seiten\3_Edition\Tatsachen_2015_Deutschland-auf-einen-Blick_D_DEU 7 23.10.2015 16:07:21

S I N O P S E 6 | 7

A Alemanha é um Estado federativo. Tanto a Federação como os 16 estados federados têm as suas competências próprias. A com-petência nos setores da segurança interna, escolas, instituições do ensino superior, cul-tura, bem como da administração municipal, é dos estados. As administrações estaduais �-cam incumbidas de aplicar não somente suas próprias leis, como também as da Federação. Os governos estaduais participam direta-mente na legislação federal através de sua representação no Conselho Federal.

O federalismo na Alemanha é mais do que um sistema de Estado. Ele reproduz a estru-tura cultural e econômica descentralizada do país e tem origem em uma longa tradi-ção. Muito além de sua funções políticas, os estados representam identidades marcada-mente regionais. A forte posição dos Länder foi �xada na Lei Fundamental em 1949. Com

a reuni�cação em 1990, foram criados mais cinco estados: Brandemburgo, Mecklem-burgo-Pomerânia Ocidental, Saxônia, Sa-xônia-Anhalt e Turíngia. O estado mais populoso é a Renânia do Norte-Vestfália, com 17,6 milhões de habitantes; a Baviera tem a maior extensão, com 70.550 km²; e Berlim, a capital, tem a maior densidade de-mográ�ca, com 3.838 habitantes por km². Uma peculiaridade são as três cidades-esta-dos. Seus territórios limitam-se respectiva-mente às metrópoles de Berlim, Bremen e Hamburgo. O menor estado é Bremen, com 419 km² e 657 mil habitantes. Baden-Würt-temberg faz parte das regiões economica-mente mais fortes da Europa. O Sarre foi, após a Segunda Guerra Mundial, um estado parcialmente soberano sob o protetorado da França e só em 1º de janeiro de 1957 inte-grado como décimo estado ao então terri-tório nacional da Alemanha.

República federal ∙ Brasão & símbolos ∙ Demogra�a ∙

Geogra�a & clima ∙ Parlamento & partidos ∙ Sistema político ∙

Governo federal ∙ Alemães famosos

SINOPSE

REPÚBLICA FEDERAL

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\Tatsachen\1_Seiten\3_Edition\Tatsachen_2015_Deutschland-auf-einen-Blick_D_DEU 7 23.10.2015 16:07:21

H E S S E N

R E N Â N I A D O N O R T E - V E S T F Á L I A

R E N Â N I A P A L A T I N A D O

S A R R E

B A D E N - - W Ü R T T E M B E R G

B A I X A S A X Ô N I A

S C H L E S W I G - - H O L S T E I N

M E C K L E M B U R G O - - P O M E R Â N I A O C I D E N T A L

B R A N D E M B U R G O

S A X Ô N I A - - A N H A LT

T U R Í N G I A S A X Ô N I A

B A V I E R A

B E R L I M

Potsdam

H A M B U R G O

Wiesbaden

Düsseldorf

Hannover

B R E M E N

Kiel

Schwerin

Magdeburg

Erfurt Dresden

Mainz

Munique

Stuttgart

Saarbrücken

Capital

Os 16 estados federados

\Tatsachen\5_InDesign-Satzarbeit\POR\Tatsachen_2015_Deutschland-auf-einen-Blick_P_POR 7 23.10.2015 17:02:51

Page 10: Português, Brasil (21.34 MB)

€ .de+49

\Tatsachen\1_Seiten\3_Edition\Tatsachen_2015_Deutschland-auf-einen-Blick_D_DEU 8 23.10.2015 16:07:22 \Tatsachen\1_Seiten\3_Edition\Tatsachen_2015_Deutschland-auf-einen-Blick_D_DEU 9 23.10.2015 16:07:22

S I N O P S E 8 | 9

O símbolo nacional alemão mais tradicional é a águia. O estilo das águias no brasão do

presidente federal, do Conselho Federal, do Tribunal Constitucional Federal e do Parlamento

Federal é distinto. As águias representadas em moedas e uniformes nacionais das federações

esportivas também diferem entre si.

Brasão nacional

A Lei Fundamental de�ne preto, vermelho e dourado como cores da bandeira nacional,

retomando em 1949 as cores da bandeira da Primeira República Alemã de 1919. Os nazistas tinham eliminado a antiga

e substituído pela cruz suástica.

Bandeira

O Tratado de Uni�cação de 1990 declarou feriado o�cial na Alemanha o dia 3 de outubro

como Dia da Unidade Alemã. Esse é o único feriado o�cial estabelecido por

legislação federal.

Desde 1º de janeiro de 2002 o euro é a moeda o�cial da Alemanha, substituindo o marco

alemão utilizado desde 1948. O Banco Central Europeu (BCE) tem sede na metrópole �nanceira alemã Frankfurt am Main.

O domínio .de é o mais difundido na Alemanha e internacionalmente o domínio nacional

predileto. 99,9% dos lares podem ser contatados em telefone �xo ou móvel através do pre�xo

internacional +49.

Data nacional

Moeda Domínio

A Lei Fundamental aprovada em Bonn em 1949 foi considerada inicialmente provisória. Após a

reuni�cação em 1990, foi adotada como Constituição em caráter permanente. Os 146 artigos da Lei

Fundamental prevalecem sobre todas as demais normas jurídicas e estabelecem as decisões básicas

do Estado a respeito do sistema e dos valores.

Lei Fundamental

3outubro

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Ei – nig – keit und Recht und Frei – heitDa – nach lasst uns al – le stre – ben

Ei – nig – keit und Recht und Frei – heit

Blüh im Glan – ze die – ses Glü – ckes,

blü – he, deut – sches Va – ter – land!

sind des Glü – ckes Un – ter – pfand.

für das deut – sche Va – ter – land!brü – der – lich mit Herz und Hand!

O hino nacional alemão se constitui exclusivamente da terceira estrofe da “Canção dos Alemães” de August Heinrich Hoffmann von Fallersleben (1841). A melodia do hino foi composta por Joseph Haydn em 1796/97.

Hino nacional

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S I N O P S E 10 | 11

O desenvolvimento demográ�co apresenta três tendências: baixa taxa de natalidade, aumento da expectativa de vida e o enve-lhecimento da população. A maior taxa de natalidade alcançada na Alemanha foi em 1964, quando nasceram 1,357 milhão de crianças. Desde então vem diminundo a natalidade (715 mil nascimentos em 2014). Desde 1975, a taxa de natalidade tem sido, com leves variações, 1,3 �lho por mulher. A geração dos �lhos é, portanto, há 35 anos um terço menor que a geração dos pais; o número de pessoas com 50 anos é o dobro do número de recém-nascidos. Ao mesmo tempo aumenta a expectativa de vida. Para os homens, a média é 77 e para as mulhe-res, 82 anos.

A mudança demográ�ca tem sérias conse-quências para o desenvolvimento econô-mico e o sistema social, que são ameniza-das pela imigração. 20,3% das pessoas que vivem na Alemanha (16,4 milhões) têm origem migratória, sendo que 9,2 milhões delas têm um passaporte alemão e 7,2 mi-lhões são estrangeiros. Pessoas pertencentes a quatro minorias nacionais são reconheci-das como “nativas” e recebem proteção e fo-mento especial: a minoria dinamarquesa (50 mil) e o grupo dos frísios (60 mil) no norte, os sorábios da região da Lusácia (60 mil) ao longo da fronteira com a Polô-nia, e os sintos e roms alemães (70 mil).

DEMOGRAFIA

1.226.000I M I G R A N T E S 2 0 1 3

789.000E M I G R A N T E S 2 0 1 3

40,2 miD O M I C Í L I O S

HomensMulheres

E X P E C T A T I V A D E V I D A

/82 anos 77 anos

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E S T R U T U R A E T Á R I A

81,2 miP O P U L A Ç Ã O D I S T R I B U I Ç Ã O P O R G Ê N E R O

Mulheres41,4 mi

Homens39,8 mi

HomensMulheresMil pessoas Mil pessoasAnos de vida

100

95

90

85

80

75

70

65

60

55

50

45

40

35

30

25

20

15

10

5

0

700 600 500 400 300 200 100 0 0 100 200 300 400 500 600 700

Font

e: S

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201

4

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S I N O P S E 12 | 13

GEOGRAFIA & CLIMAA Alemanha está situada no centro da Eu-ropa e tem fronteiras com nove países. Ne-nhum outro país tem tantos vizinhos. No norte, a Alemanha tem acesso ao Mar Bál-tico e ao Mar do Norte. No sul se estende até os Alpes. O pico mais alto é o Zugspitze na Baviera, com 2.962 m. O ponto mais bai-xo em terra está situado a 3,54 m abaixo do nível médio do mar em Neuendorf-Sach-senbande, no estado de Schleswig-Holstein. Com 357.340 km², a Alemanha é, depois de França, Espanha e Suécia, o quarto maior país da União Europeia. Um terço de sua extensão está coberto de �orestas e 2% de seu território é formado por lagos, rios e outras águas de superfície. O rio mais ex-tenso é o Reno, que forma no sudoeste o li-mite entre a Alemanha e a França. Mais ao norte se encontram às suas margens as cidades de Bonn, Colônia e Düsseldorf. O Elba, o segundo rio em extensão, liga Dres-den, Magdeburg e Hamburgo e desemboca no Mar do Norte.

O clima na Alemanha é ameno. Em julho as temperaturas médias são de 21,8 graus no máximo e de 12,3 graus no mínimo. Em janeiro, a média máxima é 2,1 graus e a mínima -2,8 graus. A temperatura máxi-ma desde o início das medições meteooló-gicas foi registrada em 05 de julho de 2015 em Kitzingen am Main: 40,3 graus.

Berlim891,70 km2

C A P I T A L

E x t e n s ã o

357.340 km2

Europa centralL O C A L I Z A Ç Ã O

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Zugspitze2.962 m

M O N T A N H A M A I S A L T A

Reno865 km na Alemanha

R I O M A I S E X T E N S OL I T O R A L C O N T I N E N T A L

1.200 km

Á R E A F L O R E S T A L

114.191 km2

1.670H O R A S D E S O L

729 l/m2C H U V A

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S I N O P S E 14 | 15

O Parlamento Federal é eleito a cada quatro anos pelos cidadãos maiores de 18 anos com direito a voto, em eleições livres, secretas e diretas. O Bundestag é o parlamento alemão e é composto por pelo menos 598 deputados. A metade deles é eleita por meio de listas es-taduais dos partidos (segundo voto) e a outra metade pelo voto em candidatos em 299 dis-tritos eleitorais (primeiro voto). O sistema eleitoral alemão cria di culdades para que um partido forme sozinho um governo, a re-gra é os partidos formarem coalizões. Mas para que a composição de maiorias não seja comprometida pela presença de partidos pe-quenos e até minúsculos, existe a cláusula de exclusão, a barreira de 5%. Atualmente, cin-co partidos estão representados no Bundes-tag: CDU, CSU, SPD, A Esquerda e Aliança 90/Os Verdes. A CDU e o seu partido irmão CSU, que só participa de eleições na Bavie-ra, formam uma bancada comum no Par-lamento desde a primeira eleição em 1949. O Partido Liberal Democrata (FDP) não al-cançou a margem de 5% nas eleições de 2013 e pela primeira vez desde 1949 não es-tá representado no Parlamento. O atual go-verno é formado por uma coalizão da CDU/CSU e SPD, com Dr. Angela Merkel (CDU) como chanceler, Sigmar Gabriel (SPD) como vice-chanceler e Dr. Frank-Walter Steinmeier (SPD) como ministro das Rela-ções Externas. A Esquerda e os Verdes for-mam a oposição.

PARLAMENTO & PARTIDOS

União Democrata Cristã (CDU)457.488 membrosVotos 2013: 34,1%

Partido Social Democrata (SPD)459.902 membros Votos 2013: 25,7 %

A Esquerda60.547 membrosVotos 2013: 8,6 %

Aliança 90/Os Verdes60.329 membrosVotos 2013: 8,4 %

União Social Cristã146.536 membrosVotos 2013: 7,4 %

Partidos

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O Parlamento Federal tem no mínimo 598 membros. Em regra há o acréscimo dos chamados “mandatos excedentes”. O 18º Parlamento Federal, eleito em

2013, tem 630 deputados.

Esquerda64 assentos

Verdes63 assentos

CDU254 assentos

CSU56 assentos

SPD193 assentos

630 assentos

Conselho FederalO Conselho Federal é um dos cinco órgãos constitucionais

permanentes. Ele é a representação dos estados. O Conselho Federal é formado por 69 representantes dos

governos estaduais. Cada estado tem no mínimo três votos, os mais populosos até seis votos.

Baixa Saxônia Mecklemburgo-Pomerânia Ocidental

4 Turíngia Baden-Württemberg 6

4 Schleswig-HolsteinBaviera 6

4 Saxônia-AnhaltBerlim 4

4 SaxôniaBrandemburgo 4

3 SarreBremen 3

4 Renânia PalatinadoHamburgo 36 Renânia do Norte-Vestfália Hessen 5

63

Parlamento Federal

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S I N O P S E 16 | 17

Joachim Gauck, nascido em 1940, apartidário, presidente federal desde março de 2012

Povo

Assembleias legisla-tivas dos estados

Governos estaduais

Todos os cidadãos alemães maiores de 18 anos têm direito

ao voto. Eles escolhem os depu-tados em eleições gerais, diretas,

livres, iguais e secretas.

O período legislativo das assembleias estaduais é normalmente de cinco anos. As constituições estaduais determinam

suas competências e organização.

Os governos estaduais são eleitos pelas respectivas assem-

bleias legislativas em votação secreta e podem ser também

por elas destituídos.

elege

elegem

elege

formam

formam

SISTEMA POLÍTICOO presidente federal é o mais alto repre-sentante da Alemanha em termos protoco-lares. Em segundo lugar está o presidente do Parlamento. O representante do presi-dente federal é o presidente do Conselho Federal, um cargo ocupado por um dos governadores em revezamento de um ano. O cargo de chanceler detém o maior poder político. O presidente do Tribunal Constitucional Federal faz igualmente parte dos altos representantes.

Dr. Angela Merkel, nascida em 1954, CDU, chanceler federal desde novembro de 2005

Dr. Norbert Lammert, nascido em 1948, CDU, presidente do Parlamento Federal desde 2005

Dr. Andreas Voßkuhle, nascido em 1963, presidente do Tribunal Constitucional Federal

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Chanceler Federal

O chanceler é eleito em votação secreta pelo

Parlamento Federal. Ele esta-belece as diretrizes da políti-

ca e preside o gabinete.

Governo FederalO governo é composto pelo

chanceler federal e pelos ministros. Cada ministro diri-

ge sua pasta de maneira autônoma.

Tribunal Constitucional Federal

O tribunal é composto por 16 juízes, eleitos em parte pelo Parlamento Federal e em parte pelo Conselho

Federal com maioria de dois terços.

propõeelege

forma

elege

elege

elege

Assembleia FederalA Assembleia Federal se reúne

unicamente para eleger o presidente federal em votação

secreta por um período de cinco anos.

Parlamento Federal

O Parlamento é eleito pelo perío-do de quatro anos e é composto por 598 deputados. Há o acrésci-

mo dos chamados “mandatos excedentes”. As atribuições do Parlamento são a legislação e

o controle do governo.

Conselho FederalO Conselho Federal é composto por 69 representantes enviados pelos governos estaduais. Em

muitas áreas as leis dependem da aprovação do Conselho Federal.

elege

Presidente FederalO chefe de Estado da Repúbli-ca Federal da Alemanha tem tarefas preponderantemente representativas e representa

o país no exterior. Ele nomeia o chanceler e os ministros

e sanciona as leis.

nomeia nomeia

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\Tatsachen\1_Seiten\3_Edition\Tatsachen_2015_Deutschland-auf-einen-Blick_D_DEU 18 23.10.2015 16:07:26 \Tatsachen\1_Seiten\3_Edition\Tatsachen_2015_Deutschland-auf-einen-Blick_D_DEU 19 23.10.2015 16:07:26

S I N O P S E 18 | 19

O chanceler e os ministros compõem o go-verno federal ou gabinete. O chanceler tem a prerrogativa de estabelecer as diretrizes da política e do governo. Paralelamente, os mi-nistros dirigem, no âmbito dessas diretrizes, a respectiva área de trabalho de maneira autô-noma e sob responsabilidade própria, obser-vando o princípio de coleguismo, segundo o qual o governo federal decide as questões sem consenso segundo o princípio da maioria quali�cada. O gabinete é composto por 14 ministros e pelo chefe da Chancelaria Federal. Os ministérios são as mais altas autoridades federais das respectivas áreas de trabalho. A Lei Fundamental confere ao chanceler po-deres especiais: “O chanceler estabelece as di-retrizes políticas e é responsável por elas”. Na Chancelaria Federal e nos ministérios traba-lham 18 mil pessoas. Entre os   ministérios com maior número de funcionários estão o Ministério das Relações Externas e o Ministé-rio da Defesa. Oito ministérios têm sede em Berlim, seis na cidade federal Bonn. Todos eles têm representações nas duas cidades.

GOVERNO FEDERAL Ministérios

Ministério da Economia e Energia→ bmwi.de

Ministério das Relações Externas→ auswaertiges-amt.de

Ministério do Interior→ bmi.bund.de

Ministério da Justiça e da Defesa do Consumidor→ bmjv.de

Ministério das Finanças→ bundes�nanzministerium.de

Ministério do Trabalho e Assuntos Sociais→ bmas.de

Ministério da Nutrição e Agricultura→ bmel.de

Ministério da Defesa→ bmvg.de

Ministério da Família, Idosos, Mulheres e Juventude→ bmfsfj.de

Ministério da Saúde→ bmg.bund.de

Ministério dos Transportes e Infraestrutura Digital→ bmvi.de

Ministério do Meio Ambiente, Proteção da Natureza, Construção e Segurança de Reatores→ bmub.bund.de

Ministério do Ensino e da Pesquisa→ bmbf.de

Ministério da Cooperação Econômica e Desenvolvimento→ bmz.de

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Presidentes federais & Chanceleres federais

Konrad Adenauer (CDU) 1949–1963

Ludwig Erhard (CDU) 1963–1966

Kurt Georg Kiesinger (CDU) 1966–1969

Willy Brandt (SPD) 1969–1974

Helmut Schmidt (SPD) 1974–1982

Helmut Kohl (CDU) 1982–1998

Gerhard Schröder (SPD) 1998–2005

Angela Merkel (CDU) desde 2005

Theodor Heuss (FDP) 1949–1959

Heinrich Lübke (CDU) 1959–1969

Gustav Heinemann (SPD) 1969–1974

Walter Scheel (FDP) 1974–1979

Karl Carstens (CDU) 1979–1984

Horst Köhler (CDU) 2004–2010

Christian Wulff (CDU) 2010–2012

Joachim Gauck (apartidário) desde 2012

Os chanceleres federaisOs presidentes federais 19491950

1955

1960

1965

1970

1975

1980

1985

1990

1995

2000

2005

2010

2015

Richard v. Weizsäcker (CDU) 1984–1994

Roman Herzog (CDU) 1994–1999

Johannes Rau (SPD) 1999–2004

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\Tatsachen\1_Seiten\3_Edition\Tatsachen_2015_Deutschland-auf-einen-Blick_D_DEU 20 23.10.2015 16:07:27 \Tatsachen\1_Seiten\3_Edition\Tatsachen_2015_Deutschland-auf-einen-Blick_D_DEU 21 23.10.2015 16:07:27

S I N O P S E 20 | 21

ALEMÃES FAMOSOSClássicos festejados, visionários corajosos, pensadores sutis: a história alemã é rica em indivíduos com desempenhos extraordi-nários. A fama de muitos deles ultrapassa as fronteiras. O Instituto Goethe divulga desde 1951 o nome de um dos alemães mais famosos, Johann Wolfgang von Goethe, pelo mundo. Em Paris, a Maison Heinrich Heine na Cité Internationale Universitaire de Paris (CIUP) lembra um talentoso escri-tor que viveu em eterno con�ito com sua pátria. Wagnerianos de todo o mundo se encontram todos os anos no Festival de Bayreuth para homenagear “O Anel do Ni-belungo”. Nomes como Humboldt e Ein-stein, Röntgen e Planck, Benz e Otto cria-ram a fama da Alemanha como país dos pesquisadores e engenheiros.

As mulheres tiveram di�culdades no pas-sado para escrever biogra�as semelhantes. Mesmo assim se encontram algumas: mu-lheres como Clara Schumann, Maria Sy-billa Merian, Paula Modersohn-Becker, Rosa Luxemburgo, Anna Seghers ou a grande coreógrafa Pina Bausch. Elas são até hoje exemplos de uma sociedade mo-derna que oferece tanto ao homem como à mulher oportunidade de participação e igualdade de oportunidades, o que requer esforços contínuos.

Poeta, dramaturgo, erudito: Johann Wolfgang von Goethe (1749–1832)

é considerado um gênio universal e o clássico da literatura alemã per se.

Johann Wolfgang von Goethe

Defensor da liberdade: Friedrich von Schiller (1759–1805) é considerado um

dos grandes dramaturgos do teatro mun-dial (“Os bandoleiros”, “Maria Stuart”,

“Dom Carlos”) e um brilhante ensaísta.

Friedrich von Schiller

Virtuoso da música sacra barroca: Johann Sebastian Bach (1685–1750)

aperfeiçoou a rígida arte da fuga e compôs mais de duzentas cantatas

e oratórios.

Johann Sebastian Bach

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Precursor do Romantismo: Ludwig van Beethoven (1770–1827) introduziu novos parâmetros de expressão individual e sentimento na música, concentrando-se ao

mesmo tempo na pureza da forma (“9ª Sinfonia”).

Ludwig van BeethovenA diva do cinema: Marlene Dietrich (1901–1992)

foi uma das poucas atrizes alemãs a se tornarem um ícone (“O anjo azul”). Em 1939, a berlinense adotou

a cidadania americana.

Marlene Dietrich

Mestre do romance e da novela: Thomas Mann (1875–1955) é um dos mais signi�cativos escritores

da literatura universal do século 20. Recebeu em 1929 por sua saga de família “Os Buddenbrooks”

o Prêmio Nobel de Literatura.

Thomas MannArtista da Renascença alemã: Albrecht Dürer

(1471–1528), de Nurembergue, está entre as mais signi�cativas e multitalentosas personalidades da história da arte. Revolucionou as técnicas da

xilogravura e da gravação em cobre.

Albrecht Dürer

Político e cidadão do mundo: Willy Brandt (1913–1992) iniciou como chanceler federal

(1969–1974) a política de distensão; incorporou como nenhum outro a transformação democrática e social

daqueles anos. Em 1971, recebeu o Prêmio Nobel da Paz.

Willy BrandtDescobridor do raio X: Wilhelm Conrad Röntgen (1845–1923) descobriu em 1895 em Würzburg os raios que, em alemão, receberam o seu nome. Em 1901, foi portador do primeiro Prêmio Nobel da Física. Desde então mais de 80 cientistas alemães de ponta foram também agraciados.

Wilhelm Conrad Röntgen

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\Tatsachen\1_Seiten\3_Edition\Tatsachen_2015_Staat-Politik-Zeitgeschichte_DEU_D 22 19.10.2015 14:28:16 \Tatsachen\1_Seiten\3_Edition\Tatsachen_2015_Staat-Politik-Zeitgeschichte_DEU_D 23 19.10.2015 14:28:17

E S T A D O & P O L Í T I C A22 | 23

25 anos após a reuni�cação, a Alemanha é um país pautado em valores, democrático, economicamente bem-sucedido e cosmo-polita. O cenário político é diversi�cado. Há concorrência entre os partidos demo-cráticos, mas também respeito mútuo e co-alizões em diversos níveis políticos. Desde a 18ª eleição para o Parlamento Federal (2013), a Alemanha é governada por uma grande coalizão dos partidos CDU/CSU e SPD, um pacto das maiores forças no siste-ma partidário alemão. Os deputados da co-alizão ocupam 503 (CDU/CSU 310, SPD 193) do total de 630 assentos. A oposição, formada pelos partidos A Esquerda (64 as-sentos) e Aliança 90/Os Verdes (63 assen-tos), é, com 127 assentos, a menor oposição parlamentar há mais de 40 anos. A chance-ler federal Dr. Angela Merkel (CDU) está na che�a do governo desde 2005 pelo terceiro mandato consecutivo. É a primeira mulher

na história da República Federal da Alema-nha a ocupar esse cargo. Angela Merkel cresceu na antiga RDA e se doutorou em fí-sica. No ranking da revista Forbes de 2014 e 2015 ocupou o primeiro lugar entre as mulheres mais poderosas do mundo. O vice-chanceler Sigmar Gabriel (ministro da Economia) e Dr. Frank-Walter Steinmeier (ministro das Relações Externas) são repre-sentantes importantes do SPD no gabinete, composto por 14 ministros e pelo chefe da Chancelaria Federal. O trabalho dos parti-dos governistas para o período legislativo atual até 2017 é pautado pelo acordo de co-alizão intitulado “Construir o futuro da Alemanha”.

A economia alemã entra 2016 no sexto ano consecutivo de crescimento, a taxa de empre-go atinge nível recorde, as arrecadações do Estado e da previdência social aumentaram,

Reformas bem-sucedidas ∙ Estado federal ∙ Política ativa ∙

Participação multifacetada ∙ Vitalidade da cultura da lembrança

ESTADO & POLÍTICA

I N T R O D U Ç Ã O

REFORMAS BEM-SUCEDIDAS

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O prédio do Reichstag em Berlim é desde 1999 sede do Parlamento alemão. A cúpula de vidro é obra de Sir Norman Foster

Estado & política: o vídeo sobre o tema

→ tued.net/pt/vid1

V Í D E O A R - A P P

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E S T A D O & P O L Í T I C A24 | 25

no nível federal foi aprovado um orçamen-to com dé�cit zero. A virada energética foi impulsionada, as fontes renováveis estão no melhor caminho para se tornarem a tecnologia determinante na produção de energia. A reforma do sistema social, ini-ciada no princípio da década de 2000 sob o nome de Agenda 2010, contribuiu para que a Alemanha superasse melhor as crises �-nanceiras desde 2008 do que outros países da zona do euro.

Em conjunto, as pessoas na Alemanha transformaram em uma história de suces-so a integração do Leste e do Oeste do país, um tema central desde 1990. O Pacto Soli-dário II, ainda em vigência até 2019, conta com recursos equivalentes a 156,5 bilhões de euros. Todo contribuinte no Leste e no Oeste continua colaborando para a “Cons-trução do Leste” através da taxa de solida-riedade, correspondente hoje a 5,5% do im-posto de renda.

Mas ainda há outras tarefas a serem cum-pridas. O desenvolvimento demográ�co e suas consequências, como o envelheci-mento e a diminuição da população, é co-mo em outros países industrializados um desa�o. Esse é um dos motivos para a Ale-manha querer facilitar a imigração e a inte-gração de novos cidadãos na sociedade.

Parlamento Federal AlemãoEleições, deputados, bancadas→ bundestag.de

Conselho FederalComposição, tarefas, reuniões→ bundesrat.de

Presidente federalVisitas o�ciais, compromissos, tarefas→ bundespraesident.de

R E D E

Todas as quartas-feiras às 9:30 h o gabinete se reúne sob a direção da chanceler federal Angela Merkel

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Partidos políticos

A Alemanha é uma democracia partidária.

Cinco partidos estão representados no 18º

Parlamento Federal: CDU, CSU, SPD, A Es -

quer da e Aliança 90/Os Verdes. Existem ainda

25 pequenos partidos com in�uência limitada

sobre a política federal em razão da cláusula

de exclusão, a barreira de 5%. Alguns deles, no

entanto, estão representados em diversos par-

lamentos estaduais. O Partido Social Demo-

crata da Alemanha (SPD) tem o maior número

de �lados (461 mil). A União Democrata Cristã

(CDU) tem 459 mil �liados e a União Social

Cristã, considerada seu partido irmão na Bavie-

ra, tem 147 mil (2014).

→ bundeswahlleiter.de

Sindicatos

A Confederação dos Sindicatos Alemães (DGB)

reúne oito sindicatos e 6,1 milhões de associados.

O maior dos sindicatos é o Sindicato Nacional

dos Metalúrgicos (IG Metall), que representa

entre outros os empregados do setor automobi-

lístico. As posições dos sindicatos têm peso e

in�uência nos debates políticos.

→ dgb.de

Entidades empresariais da indústria

A Confederação da Indústria Alemã (BDI), enti-

dade líder da indústria, reúne 36 entidades empre-

sariais do setor e representa 100 mil empresas.

→ bdi.de

Movimentos sociais

Desde os anos 1970 muitas pessoas na Alema-

nha se empenham ativamente em grupos

ambientalistas, movimentos de cidadãos e orga-

nizações não governamentais. A maior organi-

zação ambiental é a Federação para Meio

Ambiente e Proteção da Natureza da Alemanha

(BUND), com meio milhão de associados.

→ bund.net

Demoscopia

Diversos institutos de pesquisa de opinião fazem

regularmente consultas sobre o clima político

na Alemanha, tais como infratest dimap, Allens-

bach, Forsa, Emnid e Forschungsgruppe Wahlen.

Sua presença é sempre maior antes das eleições,

mas apresentam também semanalmente barô-

metros da opinião pública.

AGENTES & INSTRUMENTOS

Mais informações sobre todos os temas do capítulo – listas de links comenta-das, artigos, documentos; informações adicionais sobre Conselho Federal, Go-

verno federal, Estado federal, Parlamento Federal, Tribunal Constitucional Federal, Lei Fundamental, Sistema eleitoral→ tued.net/pt/dig1

C O M P A C T O

D I G I T A L P L U S

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E S T A D O & P O L Í T I C A26 | 27

A Alemanha é uma democracia parla-mentar e federal. O órgão constitucional mais visível para o público, o Parlamento Federal, é eleito diretamente a cada qua-tro anos pelos cidadãos habilitados a vo-tar. As tarefas mais importantes do Bun-destag são a legislação e o controle do go-verno. O parlamento elege em votação se-creta o chanceler federal para o período legislativo. O chanceler tem a prerrogati-va de estabelecer as diretrizes da política do governo. Ele escolhe os ministros e dentre eles um vice-chanceler. Os parti-dos que formam o governo decidem de fa-to quem assume as áreas de trabalho que lhes foram atribuídas nas negociações de coalizão. Se a coalizão for desfeita, o

chanceler pode cair antes do �m do perí-odo legislativo de quatro anos, porque o parlamento tem o direito de destituir o chefe de governo a qualquer momento. Isso só pode acontecer através da moção de descon�ança construtiva, com a elei-ção simultânea de um substituto. Dessa forma é impossível que haja um período sem governo eleito.

Governos de coalizão são a regra na Alemanha

Decisivo para caracterizar o parlamento é o sistema personalizado de maioria rela-tiva. Os partidos pequenos têm no Bun-destag uma representação proporcional aos resultados que alcançaram nas elei-ções. Por isso o governo federal foi sem-pre formado por coalizões de partidos concorrentes na eleição, com uma única exceção. Desde a primeira eleição para o Parlamento Federal, em 1949, o país já te-ve 23 governos de coalizão. Têm direito a assentos somente os partidos que conse-guiram pelo menos 5% dos votos válidos (cláusula de exclusão ou barreira de 5%) ou três mandatos diretos, o que evita o desfacelamento do parlamento e facilita a formação de um novo governo.

O caráter federal da Alemanha se expres-sa na grande competência atribuída aos 16 estados federados, especialmente no

ESTADO FEDERALT E M A

∙ Maior estado: Renânia do Norte-Vest-fália (17,6 milhões de habitantes)

∙ Pasta com maior orçamento: Trabalho e Social (122 bilhões de euros)

∙ Maior comissão parlamentar: Economia e energia (46 membros)

∙ Maior participação eleitoral: Eleição do Parlamento Federal 1972 (91,1%)

∙ Maior bancada do Parlamento Federal: CDU/CSU (310 deputados)

L I S T A

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referente às tarefas da polícia, justiça, proteção civil, educação e cultura. As ci-dades de Berlim, Hamburgo e Bremen são, por razões históricas, simultanea-mente estados. A ligação estreita entre os Länder e a federação é especial, e oferece aos governos estaduais diversas possibili-dades de participação na política federal, principalmente no Conselho Federal, a segunda câmara, composta por membros dos governos estaduais e com sede em

Berlim. Os estados com maior número de habitantes têm uma participação maior que os menores. Mas mesmo partidos que formam a oposição em nível federal ou sem representação no parlamento podem exercer in�uência na política federal através da participação no governo esta-dual, porque inúmeras leis federais e de-cretos necessitam da aprovação do Con-selho. Em 2011 e 2014, os dois menores partidos representados no parlamento,

No telhado do Reichstag em Berlim: 8 mil pessoas visitam diariamente o prédio do Parlamento

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E S T A D O & P O L Í T I C A28 | 29

Aliança 90/Os Verdes e A Esquerda, elege-ram o governador em um estado (Baden-Württemberg e Turíngia, respecti-vamente).

Como não há uma data única para a elei-ção dos parlamentos estaduais e os perío-dos legislativos variam, pode haver diver-sas mudanças na constelação de forças no Conselho Federal no mesmo período le-gislativo do Parlamento Federal. Na atual constelação, o governo federal não tem uma maioria garantida no Conselho Fe-deral. Não existem mais blocos delimita-dos com derminado tipo de comporta-mento de voto, porque as coalizões nos 16 estados federados são tão diversi�cadas como nunca na história da República Fe-deral. Somente na Baviera um partido, a CSU, consegue governar sem um parceiro de coalizão. Além de governos de coalizão entre CDU e SPD, há formações entre SPD e Aliança 90/Os Verdes, CDU e Aliança 90/Os Verdes, SPD e A Esquerda e uma co-alizão entre os partidos A Esquerda, SPD e Aliança 90/Os Verdes.

O presidente federal é o primeiro cidadão no Estado

A função protocolar mais importante é desempenhada pelo presidente federal. Ele não é eleito pelo voto popular, mas sim pela Assembleia Federal, convocada especi�camente para esse �m. A Assem-bleia Federal é composta por deputados federais e um número igual de delegados eleitos proporcionalmente pelas Assem-bleias Legislativas dos 16 estados. O presi-dente exerce a função durante cinco anos, havendo a possibilidade de se reeleger uma vez. Joachim Gauck é o 11º presiden-te federal desde 1949, estando no cargo desde 2012. Ele não é �liado a nenhum partido e era pastor da Igreja evangélica luterana na antiga RDA. Durante a revo-lução pací�ca de 1989/1990, atuou no movimento de direitos civis. Embora o presidente federal tenha em primeira li-nha funções representativas, ele pode se negar a assinar leis, caso tenha dúvidas em relação à sua constitucionalidade. A maior in¤uência dos presidentes federais

1961O governo da RDA interdita em Berlim com um muro e arame farpado as passagens do Leste para o Oeste. Quem tenta fugir é contido a bala. A unidade estatal da Alemanha parece inatingível num futuro previsível.

1953Em 17 de junho um milhão de pessoas prostestam em Berlim Oriental e na RDA contra a situação econômica e política. O levante popular é esmagado por meio de intervenção militar maciça.

1949 Em 23 de maio é promulgada em Bonn a Lei Fundamental pelo Conselho Parlamentar, formado por representantes dos estados das zonas ocupadas pelas forças aliadas ocidentais. Em 14 de agos-to, é eleito o primeiro Parlamento.

L I N H A S D O T E M P O

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até hoje foi exercida através de seus dis-cursos à nação, que são acompanhados com grande interesse pelo público. Os presidentes abstêm-se de tomar partido político, mas pronunciam-se a respeito de temas atuais, admoestando às vezes o go-verno, o parlamento e a população a agir. Os temas mais tratados pelo atual presi-dente, Joachim Gauck, que se autodeno-mina presidente-cidadão, são direitos hu-manos, a responsabilidade da Alemanha e os perigos para a democracia.

O Tribunal Constitucional Federal em Karlsruhe vela pela Lei Fundamental

O Tribunal Constitucional Federal em Karlsruhe tem muita in�uência e goza de grande prestígio na opinião pública. É considerado o “guardião da lei” e fornece uma interpretação vinculativa da Lei Fundamental através de suas decisões normativas. Em dois Senados decide so-bre questões de competência entre os ór-gãos constitucionais e pode declarar a in-constitucionalidade de leis se elas forem

de encontro à Lei Fundamental. Todo ci-dadão pode recorrer ao Tribunal Consti-tucional, quando se sente lesado por uma lei em algum de seus direitos fundamen-tais. O Tribunal tem um grande signi�ca-do nas decisões referentes à delegação de poderes do Parlamento Federal à União Europeia.

1999Parlamento Federal e governo federal se transferem para Berlim. Os edifícios do parlamento estão em ambos os lados da antiga linha do muro. Bonn continua sendo sede de alguns ministérios e instituições governamentais.

1969 Willy Brandt é o primeiro chan-celer não membro da CDU a assumir o cargo. A Ostpolitik da coalizão formada por SPD e FDP cria condições para uma reconci-liação da Alemanha com seus vizinhos do Leste.

1989/90 Protestos pací�cos levam à queda do regime na RDA. Em 9 de novembro a fronteira para o Oeste é aberta. Após as primeiras eleições livres em 18 de março, dá-se a adesão da RDA à República Federal da Ale-manha em 3 de outubro de 1990.

Of�ce for Democratic Institutions and Human Rights, Elections of the Federal Parliament (Parlamento Federal) A Alemanha convidou a Organização para Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) para observar a eleição para o Parlamento Federal em 22.09.2013. No relatório, os peritos da OSCE se dedicaram especialmente à no-va legislação eleitoral introduzida na elei-ção, que garante uma melhor distribuição dos assentos no Parlamento Federal.→ osce.org

G L O B A L

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Os partidos da coalizão escolheram o títu-lo “Construir o Futuro da Alemanha“ para o seu programa de governo de quatro anos. Dele fazem parte a consolidação �scal com dé�cit zero duradouro do orçamento, ou seja, sem contração de novas dívidas, para garantir assim a liberdade de ação política da Alemanha também em períodos de cri-se econômica. Com a meta de um orça-mento equilibrado, que já foi atingida em 2014 e 2015, o governo federal assume a responsabilidade pela estabilidade da mo-eda e quer ser um exemplo para seus par-ceiros da zona do euro.

Em alguns projetos centrais do governo, o apoio vai além dos partidos da coalizão CDU/CSU e SPD, pelo menos nos aspectos

básicos. No início de 2015 foi aprovado pela primeira vez um salário mínimo interpro-�ssional no valor de 8,50 euros por hora, que deve ser revisado regularmente por uma co-missão formada por sindicatos e entidades patronais. Quatro milhões de pessoas foram bene�ciadas com a introdução do novo sa-lário mínimo imposto por lei.

O introdução de uma cota de mulheres na cúpula de grandes empresas também rece-beu grande apoio político do parlamento e da opinião pública. A partir de 2016, no mínimo 30% dos cargos nos conselhos �s-cais das empresas devem ser destinados às mulheres. A nova regulamentação englo-ba 108 empresas que cotam na bolsa de valores e são sujeitas à cogestão. Outras 3.500 empresas de médio porte terão de estabelecer metas vinculativas para au-mentar o número de mulheres em posi-ções de che�a. No �nal de 2014 a partici-pação das mulheres nos conselhos �scais das 200 maiores empresas era de 18,4%, de acordo com dados do Instituto Alemão de Pesquisa Econômica (DIW).

Faz parte das metas sociopolíticas do perí-odo legislativo vigente um “Pacote da apo-sentadoria” que prevê, entre outras coisas, uma aposentadoria para as mães que me-lhore a aposentadoria das mulheres que educaram �lhos nascidos antes de 1992. Um dos pontos principais do pacote é a

0,0 Eurofoi o déficit do orçamento federal em 2014. Despesas de 296.500 mi-lhões de euros contra uma receita de 296.500 milhões de euros. A grande coalizão realizou um feito histórico. Pela primeira vez após 45 anos – desde o exercício financeiro de 1969 – a federação deixou de contrair novas dívidas.→ bundeshaushalt-info.de

N Ú M E R O

POLÍTICA ATIVAT E M A

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aposentadoria com 63 anos. Desde 1º julho de 2014, segurados de longo prazo que te-nham mais de 45 anos de contribuição aos fundos públicos de aposentadoria podem se aposentar a partir de 63 anos sem corte na remuneração mensal.

A Alemanha é um país atraente para imi-grantes. Mais de 1,2 milhão de pessoas chegaram à Alemanha em 2013. Até agora a imigração é regulamentada por muitas

leis avulsas. Na segunda metade do atual período legislativo, o governo federal quer aprovar um conjunto de leis mais simples e compreensíveis. O desenvolvimento da virada energética, que possibilitou au-mentar para mais de 30% a participação das fontes renováveis na matriz energética do país, e a ampliação da infraestrutura digital são outras ênfases do programa de trabalho até 2017.

O Parlamento em Berlim é o palco político. O 18º Parlamento alemão é composto por 630 representantes

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aposentadoria com 63 anos. Desde 1º julho de 2014, segurados de longo prazo que te-nham mais de 45 anos de contribuição aos fundos públicos de aposentadoria podem se aposentar a partir de 63 anos sem corte na remuneração mensal.

A Alemanha é um país atraente para imi-grantes. Mais de 1,2 milhão de pessoas chegaram à Alemanha em 2013. Até agora a imigração é regulamentada por muitas

leis avulsas. Na segunda metade do atual período legislativo, o governo federal quer aprovar um conjunto de leis mais simples e compreensíveis. O desenvolvimento da virada energética, que possibilitou au-mentar para mais de 30% a participação das fontes renováveis na matriz energética do país, e a ampliação da infraestrutura digital são outras ênfases do programa de trabalho até 2017.

O Parlamento em Berlim é o palco político. O 18º Parlamento alemão é composto por 630 representantes

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Aos partidos políticos é atribuída uma posi-ção central e privilegiada no sistema político da República Federal da Alemanha. Eles têm, de acordo com a Lei Fundamental no seu ar-tigo 21, a tarefa de participar ativamente na formação da vontade política do povo. A essa tarefa está atrelado o compromisso com a democracia interna do partido: dirigentes, grêmios e candidatos são escolhidos em convenções por delegados da base partidária em votação secreta. Para fortalecer a demo-cracia interna, os partidos nos últimos tem-pos têm consultado seus membros direta-mente em decisões importantes. O voto dos membros do SPD para o acordo da coalizão em 2013 foi decisivo para a formação do governo conjunto com a CDU/CSU. Os partidos continuam sendo em essência uma forma de expressão da sociedade, embora venham perdendo capacidade de coesão. Por trás da CDU/CSU e do SPD estão um milhão de �liados, o que signi�ca uma

porcentagem de 1,7% de 62 milhões de eleitores. A tendência na participação em eleições também é negativa. Enquanto nas eleições do período 1970 a 1980 a participa-ção atingiu na média um nível alto e até recorde (91,1% em 1972), as eleições de 2009 e 2013 atingiram apenas 70,8 e 71,5%, res-pectivamente.

Para os jovens, as possibilidades de partici-pação em grupos de iniciativas da sociedade civil ou organizações não governamentais exercem muitas vezes uma maior atração. As mídias sociais também ganham cada vez mais importância como plataformas de arti-culação e formas de atuação política. Os ci-dadãos participam ainda do processo políti-co através de processos de democracia direta como referendos. A aplicação de instrumen-tos de participação direta aumentou nos es-tados e municípios nos últimos anos, e a aceitação por parte dos cidadãos também.

Tendência negativa: participação nas eleições do Parlamento Federal (em %)

1949 19831972 20051990 2013

71,577,777,889,191,1

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PARTICIPAÇÃO MULTIFACETADAT E M A

O voto do povoNa Alemanha o sistema eleitoral vigente é um sistema personalizado de maioria relativa levemente modi�cado. Cada eleitor tem dois votos. Com o primeiro voto elege o candidato de um partido no seu distrito eleitoral e com o segundo voto a lista estadual de um partido. A base para a distribuição dos assentos no Parlamento é o segundo voto.

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Participação em referendos

48,3 %

46,1 %

39,3 %

37,7 %

Estrutura etária dos eleitores

Baden-Württemberg (2011)

Berlim (2014)

Hamburgo (2010)

Baviera (2010)

3,6 %18–21 anos

12,5 %21–30 anos

13,2 %30–40 anos

18,3 %40–50 anos

18,7 %50–60 anos

13,6 %60–70 anos

20,1 %70 anos e mais

Instrumentos de participação direta, como a consulta popular, são utilizados com frequência em nível municipal

Font

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Participação em referendos

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Estrutura etária dos eleitores

Baden-Württemberg (2011)

Berlim (2014)

Hamburgo (2010)

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3,6 %18–21 anos

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18,7 %50–60 anos

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20,1 %70 anos e mais

Instrumentos de participação direta, como a consulta popular, são utilizados com frequência em nível municipal

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BERLIM POLÍTICAP A N O R A M A

Chancelaria Federal A mudança para o novo prédio da Chancelaria Federal foi em 2001. A construção em estilo pós-moderno tem uma fachada quase totalmente de vidro. No pátio principal está a escultura em metal “Berlim” do artista plástico basco Eduardo Chillida.

630deputados tem o 18º Parlamento alemão

36 %dos parlamentares

são mulheres

2.300.000pessoas visitam

anualmente o Bundestag em Berlim

62.000.000 eleitores têm o direito

de participar das eleições federais

2

1 Palácio BellevuePalácio Bellevue, construído no �nal do século 18, é desde 1994 a primeira residência o�cial do presidente alemão. Fica situado no limite do bairro Tiergarten em Berlim.

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Palácio BellevueChancelaria FederalParlamento FederalConselho FederalCasa Jakob KaiserCasa Paul LöbeCasa Marie Elisabeth Lüders

O prédio do ReichstagO antigo prédio histórico de  1894, hoje reformado e moderno, é a sede do Parlamento.

Parlamento FederalA cúpula de vidro sobre o prédio do Reichstag sim-boliza a transparência.

BerlimMitte

14ministros compõem

o gabinete

23governos de coalizão existiram desde 1949

11presidentes teve a

Alemanha desde 1949

8chanceleres teve o

país desde 1949

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Tiergarten

Rua “Straße des 17. Juni”

Spree

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O debate sobre temas como guerra e dita-dura, crimes de motivação política e injus-tiça política no século 20 e a homenagem às vítimas de perseguição são muito im-portantes para a cultura da lembrança da República Federal da Alemanha. Preservar os relatos de testemunhas da época é parte essencial de uma cultura da lembrança voltada para manter os crimes do nazismo vivos também na memória das novas gerações. Fazem igualmente parte dessa vivaz cultura da lembrança os inúmeros memoriais e monumentos comemorativos dedicados aos diferentes grupos de víti-mas existentes em toda a Alemanha. No centro de Berlim, por exemplo, o monu-mento dos judeus europeus assassinados

recorda os seis milhões de judeus vítimas do Holocausto.

A memória de guerra, resistência e ditadura

A tônica das comemorações em 2014 e 2015, por ocasião do centenário do início da Primeira Guerra Mundial e dos 25 anos da queda do Muro respectivamente, foi a gratidão. Gratidão aos aliados da coalizão anti-Hitler pela libertação em 1945, mas também pela oportunidade de reconstru-ção da Alemanha e da reuni�cação em 1990. Gratidão dirigida igualmente às viti-mas sobreviventes do Holocausto que de-ram seu testemunho sobre os crimes do nazismo e estenderam a mão à Alemanha democrática após a Segunda Guerra. O es-tabelecimento de relações diplomáticas entre Israel e Alemanha, que comemorou 50 anos em 2015, foi uma manifestação es-pecial do desejo de reconciliação.

A lembrança da ditadura comunista na zona de ocupação soviética (1945-1949) e na República Democrática Alemã (1949-1990) também deve ser preservada para as gerações que não viveram a divisão da Alemanha e o sistema da RDA. Continua sendo importante nesse contexto o papel do Encarregado Federal do Arquivo de Documentos da Stasi, responsável pelo exame, ordenamento e disponibilização

Em muitas cidades alemãs e europeias, peças incrustadas no chão marcam o lugar onde moravam ou trabalhavam cidadãos judeus perseguidos, assassi-nados, deportados ou expulsos pelos nazistas. São as chamadas “pedras de tropeço”, pequenos blocos quadra-dos de concreto de 10 cm, com a superfície de cobre e uma inscrição com nome e dados pessoais em memória da vítima.→ stolpersteine.eu

I N F O R M A Ç Ã O

Vi tal idade da cultura da lembrançaT E M A

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dos documentos às vítimas e aos pesquisa-dores. Os meios e métodos de trabalho para espionagem, controle e intimidação da po-pulação pela Stasi são mostrados de forma muito explícita em uma exposição per-manente no edifício da antiga Central da Polícia de Segurança da RDA em Berlim--Hohenschönhausen. Nas antigas sucur-sais da Stasi nas maiores cidades do leste da Alemanha a lembrança da ditadura da RDA é preservada por meio de exposições e

palestras. O Memorial da Resistência Ale-mã no Bendlerblock, no bairro Mitte de Berlim, dedicado à resistência contra a di-tadura nazista, encontra-se no local histó-rico da tentativa de derrubada do regime pelo grupo do conde Stauffenberg em 20 de julho de 1944. O memorial é um documen-to impressionante de como indivíduos e grupos se sublevaram entre 1933 e 1945 contra a ditadura nazista, utilizando os meios que lhes eram disponíveis.

Memoriais às vítimas do nazismo

Monumentos comemorativos e memoriais na Alemanha

M A P A

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P O L Í T I C A E X T E R N A38 | 39

Potência civil ∙ Empenho na promoção da paz e segurança ∙

Advogada da integração europeia ∙ Proteção dos direitos humanos ∙

Desenvolvimento sustentável

POLÍTICA EXTERNA

I N T R O D U Ç Ã O

POTÊNCIA CIVILA integração da Alemanha na política interna-cional é �rme e diversi�cada. O país mantém relações diplomáticas com quase 200 países e é membro de todas as organizações multilate-rais importantes e de grupos informais de co-operação internacional, como o Grupo dos 7 (G7) e o Grupo dos 20 (G20). O ministro das Re-lações Externas é desde 2013 Dr. Frank-Walter Steinmeier (SPD), que já ocupou o cargo no período de 2005 a 2009. Na sede do Ministério das Relações Externas, em Berlim, trabalham 11.230 funcionários. A Alemanha mantém 227 representações diplomáticas no exterior.

O objetivo primordial da política externa alemã é a preservação da paz e da segurança no mundo. Das coordenadas básicas, faz parte  a ampla integração nas estruturas da cooperação multilateral. Em termos concre-tos, isso signi�ca uma estreita parceria com a França no âmbito da União Europeia (EU), a

consolidação dos vínculos com a Organização do Tratado do Atlântico Norte, a defesa do di-reito de existência de Israel, a participação ati-va e o engajamento nas Nações Unidas (ONU) e no Conselho da Europa, bem como o fortale-cimento da arquitetura de segurança da Euro-pa no âmbito da OSCE.

A Alemanha se empenha juntamente com seus parceiros em prol da paz, da segurança, da democracia e dos direitos humanos no mun-do. O conceito amplo de segurança defendido pela Alemanha abrange, ao lado das questões de prevenção de con�itos, desarmamento e controle armamentista, também aspectos econômicos, ecológicos e sociais sustentáveis. Disso fazem parte uma globalização que ofe-reça oportunidade para todos, a proteção transnacional do meio ambiente, o diálogo entre as culturas e a abertura em relação a vi-sitantes e imigrantes.

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A política externa alemã está fortemente ancorada na cooperação multilateral

Política externa: o vídeo sobre o tema → tued.net/pt/vid2

V Í D E O A R - A P P

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P O L Í T I C A E X T E R N A40 | 41

Ministério das Relações ExternasHorários, pessoal, temas, contatos→ diplo.de

União EuropeiaPortal da Comunidade de Estados com informações em 24 idiomas→ europa.eu

OSCE Representação Permanente da República Federal da Alemanha na OSCE→ osze.diplo.de

R E D E

Ministro Steinmeier (à esquerda): negociações bem-sucedidas com o Irã no grupo E3+3

O �m do con�ito Leste/Oeste trouxe para a  política externa alemã novas oportunida-des e novos desa�os. Integrada multilateral-mente, a Alemanha assumiu a responsabili-dade aumentada que lhe foi atribuída após a reuni�cação em 1990. Empreende esforços consideráveis para a solução política de con-�itos, a preservação de estruturas de garantia da paz e a gestão de crises no âmbito de mis-sões de paz com mandato das Nações Unidas. A Alemanha assume em 2016 a presidência da OSCE, em meio à atual crise da ordem de segurança europeia, e vai se empenhar pelo fortalecimento dos princípios da Declaração de Helsinque e do papel da OSCE como orga-nização regional de segurança de importân-cia central na Europa.

O debate público no âmbito do projeto “Ba-lanço 2014 – Repensar a Política Externa” comprovou a validade das premissas da política externa alemã. Mostrou também que em um mundo marcado por rápidas trans-

formações existem três desa�os importantes para a política externa alemã, que podem ser descritos com as palavras “Crise – Ordem –Europa”. Partindo dos resultados do projeto, o Ministério Federal das Relações Externas está passando por uma reestruturação para melhor se capacitar frente a esse desa�o.

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Representações diplomáticas

A Alemanha mantém relações diplomáticas com

195 países e uma rede de 227 representações

no mundo, dentre elas 153 embaixadas. Dispõe

ainda de representações permanentes em doze

organizações internacionais.

→ diplo.de

Organizações multilaterais

A Alemanha atua em organizações multilate-

rais, como as Nações Unidas (ONU), a União

Europeia (UE), a Otan (Organização do Tratado

do Atlântico Norte), a Organização para Segu-

rança e Cooperação na Europa (OSCE), o

Conselho da Europa, a Organização para a

Cooperação e o Desenvolvimento Econômico

(OCDE), a Organização Mundial do Comércio

(OMC) e o Fundo Monetário Internacional (FMI).

Forças Armadas

Após uma reforma interna, as Forças Armadas

têm um contingente de 180 mil soldados ativos,

sendo 19 mil mulheres. 2.500 membros das

Forças Armadas participaram de 16 missões de

paz em 2015.

→ bundeswehr.de

Peritos em prevenção de con�itos

O Centro de Operações Internacionais de Paz

(ZIF, na sigla em alemão) prepara o pessoal civil e

envia peritos para missões em regiões em crise.

→ zif-berlin.org

Thinktanks de política externa

Institutos de pesquisa externa e de segurança

importantes são o Conselho Alemão de Rela-

ções Externas (DGAP), o Instituto Alemão

de Estudos Globais e Regionais (GIGA), a Fun-

dação de Pesquisa sobre Paz e Con�itos de

Hessen (HSKF), o Instituto de Pesquisa sobre

Paz e Política de Segurança (IFSH) e a Funda-

ção Ciência e Política (SWP).

Fundações políticas

As fundações políticas ligadas aos partidos CDU,

CSU, SPD, A Esquerda, Aliança 90/Os Verdes

e FDP mantêm escritórios próprios no mundo

inteiro. As fundações fomentam nos países

parceiros a formação política, o desenvolvimen-

to econômico e o diálogo democrático, com

recursos oriundos do orçamento federal.

AGENTES & INSTRUMENTOSC O M P A C T O

Mais informações sobre todos os temas do capítulo – listas de links comentadas, artigos, documentos; informações adicionais sobre a União

Europeia, bem como pequenos artigos sobre as organi-zações multilaterais.→ tued.net/pt/dig2

D I G I T A L P L U S

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P O L Í T I C A E X T E R N A42 | 43

Diplomacia, prevenção de crises e solução pací�ca de conitos são os principais ins-trumentos da política externa alemã. Faz parte da ampla política de segurança o en-vio de funcionários públicos, juízes, promo-tores públicos, policiais, peritos em recons-trução e pessoal civil de outras áreas, como também a participação das Forças Armadas em missões multinacionais de paz. O fator determinante da política externa alemã, a ligação estreita com os parceiros multina-cionais, vale também e especialmente para a atuação militar, que participam funda-mentalmente de missões no âmbito de sis-temas de segurança coletiva ou de defesa aprovadas em decisões das Nações Unidas (ONU), da União Europeia (EU) e da Otan. A atuação das Forças Armadas no exterior é

sempre que possível acompanhada de com-ponentes civis, como medidas políticas, de cooperação para o desenvolvimento e so-cioeconômicas. A atuação de unidades armadas necessita de legitimação parla-mentar através de mandato e controle, exi-gindo aprovação por maioria dos membros do parlamento alemão, e tem validade de um ano. Por isso as Forças Armadas são cha-madas de exército parlamentar.

A integração política e militar da Alema-nha na Otan data da fundação das Forças Armadas em 1955. A consolidação de seus vínculos com a Organização do Tratado do Atlântico Norte faz parte do “DNA” da polí-tica externa do país. A Alemanha teve e tem alguns dos maiores contingentes nas mis-sões da Otan no Kosovo (KFOR) e no Afega-nistão (ISAF, Resolute Support). As Forças Armadas participam ou participaram de 35 missões no exterior desde 1990, dentre elas 19 �nalizadas em 2015. A crise na Ucrânia levou a Alemanha a de-monstrar mais uma vez o seu comprometi-mento com a aliança de defesa. Juntamente com os Países Baixos e a Noruega, as Forças Armadas alemãs contribuíram em 2015 para a criação de uma força de reação rápi-da (VJTF, na sigla em inglês) tendo em vista melhorar a capacidade de reação da aliança no âmbito da defesa coletiva e da gestão de crises. Desde sua adesão à ONU em 1973, a

EMPENHO NA PROMOÇÃO DA PAZ E SEGURANÇAT E M A

∙ Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), adesão da Alemanha em 1955

∙ Nações Unidas (ONU), adesão da Alemanha em 1973

∙ Organização para Segurança e Coo-peração na Europa (OSCE), adesão da Alemanha por ocasião da fundação em 1973 (na ocasião ainda Conferên-cia para Segurança e Cooperação na Europa (CSCE).

L I S T A

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As Forças Armadas alemãs participam de inúmeras missões no exterior, como a Missão Europeia de Formação no Mali

República Federal da Alemanha é um membro engajado, con�ável e conceituado da organização mundial. Em 2018, a Ale-manha será pela sexta vez candi data a uma vaga não permanente no Conselho de Se-gurança para 2019/2020. A contribuição anual alemã para o orçamento regular da ONU é de 190 milhões de dólares, para o orçamento das missões de paz cerca de 640  milhões de dólares, o que equivale

respectivamente a 7,1% do orçamento total da organização. A Alemanha é assim o ter-ceiro maior contribuinte. Em 2015, 260 sol-dados e poli ciais alemães participaram de operações sob a liderança das Nações Uni-das, entre outros no Líbano, no Saara Ocidental, no Mali, no Sudão do Sul, no Su-dão e na Libéria. A ONU também está pre-sente na Alemanha, especialmente no campus em Bonn, onde se encontram 19 de

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P O L Í T I C A E X T E R N A42 | 43

Diplomacia, prevenção de crises e solução pací�ca de conitos são os principais ins-trumentos da política externa alemã. Faz parte da ampla política de segurança o en-vio de funcionários públicos, juízes, promo-tores públicos, policiais, peritos em recons-trução e pessoal civil de outras áreas, como também a participação das Forças Armadas em missões multinacionais de paz. O fator determinante da política externa alemã, a ligação estreita com os parceiros multina-cionais, vale também e especialmente para a atuação militar, que participam funda-mentalmente de missões no âmbito de sis-temas de segurança coletiva ou de defesa aprovadas em decisões das Nações Unidas (ONU), da União Europeia (EU) e da Otan. A atuação das Forças Armadas no exterior é

sempre que possível acompanhada de com-ponentes civis, como medidas políticas, de cooperação para o desenvolvimento e so-cioeconômicas. A atuação de unidades armadas necessita de legitimação parla-mentar através de mandato e controle, exi-gindo aprovação por maioria dos membros do parlamento alemão, e tem validade de um ano. Por isso as Forças Armadas são cha-madas de exército parlamentar.

A integração política e militar da Alema-nha na Otan data da fundação das Forças Armadas em 1955. A consolidação de seus vínculos com a Organização do Tratado do Atlântico Norte faz parte do “DNA” da polí-tica externa do país. A Alemanha teve e tem alguns dos maiores contingentes nas mis-sões da Otan no Kosovo (KFOR) e no Afega-nistão (ISAF, Resolute Support). As Forças Armadas participam ou participaram de 35 missões no exterior desde 1990, dentre elas 19 �nalizadas em 2015. A crise na Ucrânia levou a Alemanha a de-monstrar mais uma vez o seu comprometi-mento com a aliança de defesa. Juntamente com os Países Baixos e a Noruega, as Forças Armadas alemãs contribuíram em 2015 para a criação de uma força de reação rápi-da (VJTF, na sigla em inglês) tendo em vista melhorar a capacidade de reação da aliança no âmbito da defesa coletiva e da gestão de crises. Desde sua adesão à ONU em 1973, a

EMPENHO NA PROMOÇÃO DA PAZ E SEGURANÇAT E M A

∙ Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), adesão da Alemanha em 1955

∙ Nações Unidas (ONU), adesão da Alemanha em 1973

∙ Organização para Segurança e Coo-peração na Europa (OSCE), adesão da Alemanha por ocasião da fundação em 1973 (na ocasião ainda Conferên-cia para Segurança e Cooperação na Europa (CSCE).

L I S T A

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28 órgãos da organização sediados no país, dentre outros a Convenção Quadro da ONU sobre Alterações Climáticas UNFCCC.

Para melhorar a qualidade do apoio às or-ganizações internacionais no âmbito das missões para manutenção da paz, a Ale-manha vai pro�ssionalizar mais ainda a formação e o envio de pessoal civil. O Cen-tro de Operações Internacionais de Paz (ZIF, na sigla em alemão), fundado em 2002, dispõe de um contingente de 1.500 peritos de plantão e deve ser ampliado. O ZIF seleciona pessoal civil, oferece cursos de formação para observadores e media-dores em situação de crise ou pós-con�itos e analisa suas experiências. Em coopera-ção com o Ministério das Relações Exter-nas, o ZIF enviou até 2015 três mil obser-vadores de curta e longa duração em mis-sões de observação eleitoral e implemen-tou projetos em 65 países.

Como outro pilar da paz e segurança na Europa, a Alemanha apoia a Organização para Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), fundada em 1995 a partir da Con-ferência para Segurança e Cooperação na Europa (CSCE). O documento fundamental da OSCE é a Ata Final de Helsinque, assina-da em 1975, que estabelece, entre outras, a inviolabilidade das fronteiras e a resolução pací�ca de disputas como princípios bási-cos da ordem de segurança da Europa.

A OSCE como fórum central para a paz e a segurança na Europa

A Organização para Segurança e Coope-ração na Europa reúne hoje 57 países da Europa, América do Norte e Ásia Central, sendo assim a maior organização regio-nal para a segurança coletiva do mundo. O papel da OSCE como fórum central pa-ra o diálogo e a construção de confiança

Em 2016, a Alemanha assume a presidência da OSCE, reforçando assim o seu engajamento na organização

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evidenciou-se mais uma vez na crise da Ucrânia. A organização apoia os esforços em prol de uma solução pací�ca do con�ito na Ucrânia moderando negociações políticas no âmbito do Grupo de Contato Trilateral.

Além disso, a OSCE enviou centenas de ob-servadores civis à Ucrânia para veri�car na zona de con�ito no leste ucraniano o cum-primento do acordo de Minsk de setembro de 2014 e fevereiro de 2015 e supervisionar o cessar-fogo acordado e a retirada das tro-pas. Com o �m de prevenir con�itos e de fomentar a democratização, a Organização para Segurança e Cooperação na Europa mantém ainda missões em muitos outros países e envia, também com o apoio da Alemanha, observadores eleitorais a seus Estados-membros.

Empenho em prol do desarmamento e do controle de armas

Desarmamento, controle de armas e a não proliferação de armas nucleares são questões primordiais na política externa alemã. A Alemanha persegue o objetivo de um mundo sem armas nucleares, agin-do de maneira pragmática para alcançá--lo. Juntamente com os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, a Alemanha participou das ne-gociações do grupo E3+3 com o Irã, tendo contribuído de forma construtiva para o Acordo de Viena sobre o programa nucle-ar iraniano. A Alemanha defende a uni-versalidade e o cumprimento de pactos e  acordos de relevância internacional.

De  2014 a 2015, participou da destruição das armas químicas retiradas da Síria. Executou projetos no valor de 24 milhões de euros para a melhoria da segurança biológica em mais de 20 países, entre 2013 e 2016. Com 13,2 milhões de euros, foi um dos países que mais contribuiu para pro-jetos de destruição de minas antipessoais e assistência às vítimas em 13 países. A destruição de armas e munições exceden-tárias e o armazenamento seguro de ar-mamentos são elementos básicos da polí-tica alemã. O controle convencional do armamento e as medidas de construção de con�ança e de garantia da segurança são muito signi�cativos no âmbito da Or-ganização para Segurança e Cooperação na Europa. A Alemanha está empenhada em modernizar e adaptar esses mecanis-mos aos desa�os atuais.

Relatório Armed Con�ict Survey 2015O número de vítimas de guerras aumen-tou substancialmente nos últimos anos, segundo o relatório do Instituto Interna-cional de Estudos Estratégicos (IISS) em Londres. O número de mortos em guerras passou de 56 mil em 2008 para 180 mil em 2014, embora o número de con�itos tenha caído de 63 para 42. Pela  primeira vez após o �m da Segun-da Guerra Mundial, foram computados mais de 50 mi-lhões de refugiados no mun-do em 2013.→ iiss.org

G L O B A L

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evidenciou-se mais uma vez na crise da Ucrânia. A organização apoia os esforços em prol de uma solução pací�ca do con�ito na Ucrânia moderando negociações políticas no âmbito do Grupo de Contato Trilateral.

Além disso, a OSCE enviou centenas de ob-servadores civis à Ucrânia para veri�car na zona de con�ito no leste ucraniano o cum-primento do acordo de Minsk de setembro de 2014 e fevereiro de 2015 e supervisionar o cessar-fogo acordado e a retirada das tro-pas. Com o �m de prevenir con�itos e de fomentar a democratização, a Organização para Segurança e Cooperação na Europa mantém ainda missões em muitos outros países e envia, também com o apoio da Alemanha, observadores eleitorais a seus Estados-membros.

Empenho em prol do desarmamento e do controle de armas

Desarmamento, controle de armas e a não proliferação de armas nucleares são questões primordiais na política externa alemã. A Alemanha persegue o objetivo de um mundo sem armas nucleares, agin-do de maneira pragmática para alcançá--lo. Juntamente com os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, a Alemanha participou das ne-gociações do grupo E3+3 com o Irã, tendo contribuído de forma construtiva para o Acordo de Viena sobre o programa nucle-ar iraniano. A Alemanha defende a uni-versalidade e o cumprimento de pactos e  acordos de relevância internacional.

De  2014 a 2015, participou da destruição das armas químicas retiradas da Síria. Executou projetos no valor de 24 milhões de euros para a melhoria da segurança biológica em mais de 20 países, entre 2013 e 2016. Com 13,2 milhões de euros, foi um dos países que mais contribuiu para pro-jetos de destruição de minas antipessoais e assistência às vítimas em 13 países. A destruição de armas e munições exceden-tárias e o armazenamento seguro de ar-mamentos são elementos básicos da polí-tica alemã. O controle convencional do armamento e as medidas de construção de con�ança e de garantia da segurança são muito signi�cativos no âmbito da Or-ganização para Segurança e Cooperação na Europa. A Alemanha está empenhada em modernizar e adaptar esses mecanis-mos aos desa�os atuais.

Relatório Armed Con�ict Survey 2015O número de vítimas de guerras aumen-tou substancialmente nos últimos anos, segundo o relatório do Instituto Interna-cional de Estudos Estratégicos (IISS) em Londres. O número de mortos em guerras passou de 56 mil em 2008 para 180 mil em 2014, embora o número de con�itos tenha caído de 63 para 42. Pela  primeira vez após o �m da Segun-da Guerra Mundial, foram computados mais de 50 mi-lhões de refugiados no mun-do em 2013.→ iiss.org

G L O B A L

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Nenhum outro país europeu tem tantos vizi-nhos como a Alemanha, que compartilha su-as fronteiras com nove países, oito deles membros da União Europeia (EU). A integra-ção europeia, uma das histórias de sucesso político mais impressionantes das últimas décadas, signi ca para a Alemanha a base pa-ra a paz, a segurança e o bem-estar. Seu de-senvolvimento e fortalecimento, um proces-so complexo sob o presságio de inúmeras cri-ses, continua sendo uma tarefa fundamental da política externa alemã. O projeto histórico da EU, iniciado no início dos anos 1950, abrange hoje mais de meio bilhão de cida-dãos em 28 países-membros. A política euro-peia alemã se solidi cou como força impul-sionadora em todas as etapas da uni cação

europeia e participou ativamente da uni ca-ção da Europa após o  m do con�ito Leste/Oeste. No âmbito da integração europeia foi criado o maior mercado comum do mundo, baseado nas quatro liberdades básicas for-muladas nos Tratados de Roma: livre circula-ção de mercadorias, pessoas, capitais e servi-ços nos países-membros.

Em 2008, a crise  nanceira e da dívida públi-ca colocou a uni cação europeia diante de grandes desa os. Daí o fato de a União Ban-cária, que estabelece padrões e mecanismos de controle para o sistema  nanceiro na zo-na do euro, ter sido um objetivo prioritário da política europeia da Alemanha. O posi-cionamento em favor da solidariedade dos europeus também em tempos difíceis conta com um amplo apoio na opinião pública do país. A grandeza e o desempenho econômi-co do mercado comum europeu conferem à UE um papel relevante na economia mun-dial. A zona do euro produz o equivalente a mais de um quinto do PIB mundial, ocu-pando o segundo lugar depois dos EUA. É também o maior importador e exportador de produtos e serviços em todo o mundo. O FMI prevê um crescimento de 1,6% para 2016. Em 2013, o mercado econômico se en-contrava ainda em recessão. A Alemanha, como maior potência econômica da UE, tem uma signi cante responsabilidade em todas as fases de transformações econômi-cas e sociais.

ADVOGADA DA INTEGRAÇÃO EUROPEIAT E M A

508 milhõesde pessoas vivem nos 28 Estados-mem-bros da União Europeia, que tem assim a terceira maior população depois da China e Índia. Seus cidadãos falam 24 idiomas diferentes e vivem em uma área de 4 milhões de km². O PIB de 13,92 trilhões de euros é maior que o dos EUA. Com uma participação de 15,4% nas exportações e 16,4% nas im-portações, a UE é líder no comércio mundial.→ europa.eu

N Ú M E R O

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A amizade franco-alemã como motor da uni cação europeia

Paralelamente à integração europeia, a França e a Alemanha construíram depois da Segunda Guerra Mundial uma estreita parceria que é vista hoje como modelo de reconciliação entre dois povos. Em 1957, ambos os países estavam entre os seis que fundaram a Comunidade Econômica Eu-

ropeia (CEE), que deu origem à atual União Europeia. A amizade franco-alemã, selada com o Tratado do Eliseu em 1963, é susten-tada por estreitas relações entre as socieda-des civis e inúmeras instituições bilaterais. Os dois países sintonizam suas posições em questões relativas à política externa e euro-peia e contribuem com iniciativas conjun-tas para o desenvolvimento construtivo da política europeia.

Bélgica

Bulgária

Dinamarca

Alemanha

Estônia

Finlândia

França

Grécia

Irlanda

Itália

Croácia

Letônia

Lituânia

LuxemburgoPaíses Baixos

Áustria

Polônia

Portugal

Romênia

Suécia

Eslováquia

Eslovênia

Espanha

República Tcheca

Hungria

Reino Unido

ChipreMalta

Os 28 Estados-membros da União Europeia de relance

M A P A

Desde 1957, em sete etapas a UE passou de seis para 28 Estados-membros

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P O L Í T I C A E X T E R N A48 | 49

Um elemento mais recente no processo de uni�cação da Europa é a cooperação entre Alemanha e Polônia. O processo de recon-ciliação com a Polônia obteve os primeiros sucessos com a Ostpolitik do chanceler Willy Brandt nos anos 1970 e teve prosse-guimento com o reconhecimento das fron-teiras comuns no Tratado 2+4 sobre os questões externas da uni�cação alemã em 1990, bem como o Tratado da Fronteira do mesmo ano, sendo institucionalizada com o Tratado de Boa Vizinhança em 1991. As relações de parceria entre França, Polônia e Alemanha se materializam nos encontros do Triângulo de Weimar.

Maior peso global através da ação euro-peia conjunta

O Tratado de Lisboa, de 2009, deu maior poder institucional à Política Externa e de Segurança Comum (PESC). A Alta Repre-sentante da União para Política Externa e Segurança, que preside o Conselho de Mi-nistros das Relações Externas, é ao mesmo tempo vice-presidente da Comissão Euro-

peia. A italiana Federica Mogherini ocupa o cargo desde 2014. Ela representa a UE no exterior nas questões de política externa e de segurança. No desempenho de suas funções, a Alta Representante tem o apoio do novo Serviço Europeu de Ação Externa (SEAE). Com essas novas instituições a EU fortaleceu substancialmente a sua presen-ça e efetividade no cenário mundial. A gestão de crises também foi aprimorada. Algumas missões no exterior com partici-pação alemã já foram conduzidas pela União Europeia.

Uma das ênfases da política externa da União Europeia é o cultivo de boas rela-ções com os vizinhos do Leste e os países da região do Mediterrâneo. No contexto da política de boa vizinhança se desta-cam  cada vez mais os temas migração e combate ao terrorismo. A imigração irre-gular para a Europa é um tema comum a todos os países europeus. O Conselho de Ministros da União Europeia aprovou em abril e junho de 2015 um amplo paco-te de medidas. Dele fazem parte, além da

1993A união da Europa se torna pal-pável aos cidadãos, quando a Alemanha, a França e os países do Benelux decidem em Schengen (Luxemburgo) abolir o controle nas fronteiras internas. Outros países aderem.

1979Os europeus participam da primeira eleição conjunta. Os representantes do Parlamento Europeu, que se re-úne em Estrasburgo e Bruxelas, são eleitos diretamente pela primeira vez. Antes eles eram enviados dos parlamentos nacionais.

1957Tem início o processo de uni-�cação da Europa. Com os Trata-dos de Roma, Bélgica, Alemanha, França, Itália, Luxemburgo e Países Baixos fundam a Comu-nidade Econômica Europeia (CEE).

L I N H A S D O T E M P O

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Temas europeus e globais �zeram parte da agenda do encontro de cúpula do G7 em 2015 sob a presidência alemã

ampliação das operações de controle e resgate no Mediterrâneo, medidas de combate aos tracantes e às causas da fu-ga e da migração irregular nos países de origem e de trânsito na África e no Orien-te Médio. A questão da distribuição mais equitativa de refugiados nos países da União Europeia necessita de uma solução solidária sustentável. Cinco países da União Europeia acolheram dois terços do

total de refugiados em 2014, principal-mente a Alemanha. Nenhum outro país europeu recebeu tantos refugiados da Sí-ria, mais de 125 mil. A solução aprovada pelo Conselho de Ministros da União Eu-ropeia em junho de 2015, que prevê a re-distribuição em regime voluntário de pessoas com status de refugiados dentro da UE, é um primeiro passo nessa direção.

2009A UE tem sua estreia conjunta no cenário mundial. O Tratado de Lisboa institui o cargo de Alto Representante para a Política Ex-terna e de Segurança e é criado também o Serviço Europeu para a Ação Externa (SEAE).

2002O euro, desde 1999 moeda co-mum para as transações comer-ciais, começa a circular como papel-moeda em doze países. O Banco Central Europeu (BCE) tem sua sede em Frankfurt am Main.

2004Em 1º de maio, Estônia, Letônia, Lituânia, Polônia, República Tcheca, Eslováquia, Eslovênia, Hungria, Malta e Chipre aderem à UE. Três anos mais tarde é a vez da Bulgária e Romênia e, em 2013, da Croácia.

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Temas europeus e globais �zeram parte da agenda do encontro de cúpula do G7 em 2015 sob a presidência alemã

ampliação das operações de controle e resgate no Mediterrâneo, medidas de combate aos tracantes e às causas da fu-ga e da migração irregular nos países de origem e de trânsito na África e no Orien-te Médio. A questão da distribuição mais equitativa de refugiados nos países da União Europeia necessita de uma solução solidária sustentável. Cinco países da União Europeia acolheram dois terços do

total de refugiados em 2014, principal-mente a Alemanha. Nenhum outro país europeu recebeu tantos refugiados da Sí-ria, mais de 125 mil. A solução aprovada pelo Conselho de Ministros da União Eu-ropeia em junho de 2015, que prevê a re-distribuição em regime voluntário de pessoas com status de refugiados dentro da UE, é um primeiro passo nessa direção.

2009A UE tem sua estreia conjunta no cenário mundial. O Tratado de Lisboa institui o cargo de Alto Representante para a Política Ex-terna e de Segurança e é criado também o Serviço Europeu para a Ação Externa (SEAE).

2002O euro, desde 1999 moeda co-mum para as transações comer-ciais, começa a circular como papel-moeda em doze países. O Banco Central Europeu (BCE) tem sua sede em Frankfurt am Main.

2004Em 1º de maio, Estônia, Letônia, Lituânia, Polônia, República Tcheca, Eslováquia, Eslovênia, Hungria, Malta e Chipre aderem à UE. Três anos mais tarde é a vez da Bulgária e Romênia e, em 2013, da Croácia.

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P O L Í T I C A E X T E R N A50 | 51

“A dignidade da pessoa humana é intan-gível. Respeitá-la e protegê-la é obrigação de todo o poder público.” É o que postula o Artigo 1º da Lei Fundamental, no qual a Alemanha reconhece “os direitos invio-láveis e inalienáveis” como “fundamento de toda comunidade humana, da paz e da justiça no mundo”. A Alemanha leva esse comprometimento a sério também em suas relações externas. Proteção e forta-lecimento dos direitos humanos desem-penham um papel especial no contexto internacional e da política externa, por-que muitas vezes o desrespeito sistemáti-co dos direitos humanos é o primeiro passo para con�itos e crises. Junto com os  parceiros da União Europeia e em

cooperação com a ONU, o país se empe-nha em todo o mundo em proteger e apri-morar os padrões dos direitos humanos.

Engajamento em instituições inter-nacionais de direitos humanos

A Alemanha é signatária dos importantes tratados da ONU sobre direitos humanos e de seus protocolos adicionais (Pacto Civil, Pacto Social, Convenção Antirras-cismo, de Direitos das Mulheres, Antitor-tura, dos Direitos da Criança, dos Direitos de Pessoas com De�ciência, contra o De-saparecimento Forçado). Assinou por úl-timo o Protocolo Adicional à Convenção contra a Tortura e a Convenção dos Direi-tos de Pessoas com De�ciência, ambos em vigor desde 2009. Foi o primeiro país e uropeu a rati�car o Pro tocolo Adicional à Convenção sobre os Direitos da Criança, que permite a denúncia individual.

O governo federal apoia a proteção contra discriminação e racismo, se empenha internacionalmente contra a pena de mor-te, por participação política e proteção legal, defende a liberdade de religião e crença, luta contra o trá�co de pessoas e pela imposição do direito a moradia digna, água potável e saneamento. Falta água limpa para quase 900 milhões de pessoas no mundo. A Ale-manha investe 400 milhões de euros anuais em muitos projetos para mudar essa situa-

PROTEÇÃO DOS DIREITOS HUMANOST E M A

Muitas organizações não governamentais na Alemanha também se empenham na missão de promover internacionalmente os direitos humanos, o aperfeiçoamento da cooperação para o desenvolvimento e a ajuda humanitária. As ONGs forçam os responsáveis políticos a agir e aguçam a consciência da população. E agem tam-bém por conta própria, recolhendo dona-tivos e coordenando seus próprios proje-tos locais. A Associação de Organizações Não governamentais de Cooperação para o Desenvolvimento e Ajuda Humanitária (VENRO) tem 120 membros.→ venro.org

I N F O R M A Ç Ã O

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ção. Tema mais recente nos direitos huma-nos, ele tem prioridade na cooperação para o desenvolvimento em 27 países.

Desde 2012, a Alemanha é pela segunda vez membro do Conselho de Direitos Humanos da ONU em Genebra, Suíça, e candidata à reeleição para o período 2016 a 2018. Assu-miu pela primeira vez a presidência em 2015 com o embaixador Joachim Rücker, eleito

pelos 47 membros do conselho por um ano. O mais importante instrumento do grêmio é a Revisão Períodica Universal, na qual os membros apresentam relatórios sobre o cumprimento de suas obrigações e respon-dem a questionamentos. A Alemanha pas-sou por esse processo em 2009 e 2013.

É um dos mais ativos entre os 47 países--membros do Conselho da Europa que se

O Conselho de Direitos Humanos, sediado em Genebra, é o mais importante órgão da ONU na área

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P O L Í T I C A E X T E R N A52 | 53

empenha em prol da proteção e fomento dos direitos humanos, do Estado de direi-to e da democracia em toda a Europa. Por meio de acordos pioneiros, como a Con-venção Europeia dos Direitos do Homem (CEDH), contribui para o desenvolvimen-to de uma área judicial comum e �scaliza a observação de padrões e valores comuns no continente europeu.

Instrumentos da política internacional de direitos humanos

Uma das principais instituições do Con-selho da Europa é o Tribunal Europeu dos Direitos do Homem (TEDH) em Estrasbur-go, França. Todo cidadão dos 47 países--membros pode apresentar ao tribunal queixa contra o desrespeito a um direito garantido pela CEDH. A Alemanha se em-penha com a�nco para que todos os paí-ses-membros, como é de sua obrigação, acatem e ponham em prática as decisões do TEDH que lhe digam respeito. A Corte Internacional de Justiça (CIJ) em Haia,

Holanda, tem competância para julgar crimes graves internacionais, como cri-mes de guerra, genocídios e crimes contra a humanidade. A Alemanha defende o re-conhecimento universal desse tribunal.

Christoph Strässer, Comissário de Direi-tos Humanos e Ajuda Humanitária do Go-verno Federal, está alocado no Ministério das Relações Externas. Ele observa os de-senvolvimentos internacionais, coordena atividades de direitos humanos com ou-tros órgãos públicos e presta consultoria ao ministro da pasta. A política alemã de direitos humanos é acompanhada e con-trolada desde 1998 pela Comissão de Di-reitos Humanos e Ajuda Humanitária do Parlamento Federal. O Instituto Alemão de Direitos Humanos, fundado em 2000 em Berlim, recebe recursos públicos, mas é uma instância independente. Sua mis-são é fomentar e proteger em nome da Alemanha os direitos humanos no país e no exterior, de acordo com os Princípios de Paris, da ONU.

Contribuição para a ajuda pública ao desenvolvimento em bilhões de dólares

EUA 32,73Reino Unido 19,39Alemanha 16,25França 10,37Japão 9,19

Font

e: O

CDE

/CA

D

A Alemanha está entre os paí-ses que destinam as maiores e mais substanciais contribui-ções para a cooperação pública ao desenvolvimento, sendo ainda um importante doador no setor da ajuda humanitária.

D I A G R A M A

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A proteção dos direitos humanos é um importante campo de ação da política externa na área da internet. Questões de proteção de dados e direitos pessoais ne-cessitam de respostas urgentes. A Assem-bleia Geral das Nações Unidas aprovou em 2013 e 2014 resoluções sobre o direito à privacidade na era digital, partindo de uma iniciativa alemã-brasileira. A Ale-manha é  de opinião que os direitos hu-manos têm on-line a mesma validade que off-line. Em 2015, o Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas aprovou uma resolução que pela primeira vez pre-vê a nomeação de um relator especial in-dependente para o direito à privacidade. Ele deve apresentar relatórios anuais so-bre infrações e acompanhar debates in-ternacionais.

O governo federal apoia em todo o mundo através de ajuda humanitária pessoas em situação de emergência ou risco provoca-dos por catástrofes naturais, guerras, crises ou con�itos. As causas não são essenciais,

porque ajuda humanitária é expressão de responsabilidade ética e solidariedade com as pessoas em situação de emergência. Ela se pauta pelas necessidades das pessoas e se baseia nos princípios humanitários de hu-manidade, neutralidade, imparcialidade e independência.

Ajuda humanitária para pessoas em situações emergenciais

O governo federal não presta ajuda direta, mas apoia projetos especí�cos de organi-zações humanitárias da ONU, da Cruz Vermelha/Meia-lua Vermelha e de ONGs alemãs. O Ministério das Relações Exter-nas disponibilizou mais de 437 milhões de euros só em 2014 para medidas de aju-da humanitária.

Finalidades das doações na Alemanha em 2014

5,7 %Proteção aos animais

2,9 %Conservação do patrimônio

2,7 %Preservação da natureza

2,4 %Esporte

7,4 %Outros/Sem informações

79 %Ajuda humanitária

Recursos para a ajuda humanitária mundial 2013

16,4 bilhões de dólares

Ajuda humanitária governamental

5,6 bilhões de dólares

Ajuda humanitária oriundas de doa- ções particulares

Font

e: S

tatis

ta

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P O L Í T I C A E X T E R N A54 | 55

FMIDesde 1952 a Alemanha

é membro do Fundo Monetário

Internacional

OTANDesde 1955 a Alemanha

é membro da Organização do Tratado

do Atlântico Norte

UEA Alemanha é membro

da atual UE desde a sua fundação em 1957

UNOEm 1973 a Alemanha

se tornou membro das Nações Unidas

P A N O R A M A

ABERTA A PARCERIAS INTERNACIONAIS Bruxelas• OTAN• UENova York

• Quartel-gene-ral das Nações Unidas Luxemburgo

• UEMontreal• Nações

Unidas

Estrasburgo• UE

Washington, D.C.• Fundo Monetário

Internacional (FMI)

• Banco Mundial

Madri• Nações

Unidas

Nairóbi• Nações Unidas

Roma• Nações Unidas

Berna• Nações

Unidas

Nova YorkQuartel-general das Nações Unidas

GenebraOrganização Mundial do Comércio

Paris• Nações Unidas• Agência Espacial Europeia

(ESA)• Organização para a Coope-

ração e Desenvolvimento Econômico (OCDE)

Estocolmo• Conselho do

Mar Báltico

Viena• OSCE

Londres • Nações

Unidas

Genebra• Nações Unidas• Organização Mundial do

Comércio (OMC)

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EstrasburgoParlamento Europeu

OSCEA Alemanha é membro da atual OSCE desde a sua fundação em 1975

G7Desde a fundação em

1975 a Alemanha faz parte do grupo informal

OMCDesde 1995 a Alemanha é membro da Organização

Mundial do Comércio

G20A Alemanha é membro do Grupo dos 20 desde

a sua fundação em 1999  em Berlim

As Nações Unidas (ONU) na Alemanha

HamburgoTribunal Internacional sobre o Direito do Mar (ITLOS)

Xangai• Cúpula do G20,

2016

Shima • Cúpula do G7,

2016

BonnO edifício principal no campus da ONU

Berlim

Hamburgo

Nurembergue

Dresden

FrankfurtBonn

Berlim• Organização Internacional do Trabalho (OIT) –

Representação na Alemanha• Alto Comissariado das Nações Unidas para os

Refugiados (ACNUR) – Representação regional Alemanha e Áustria

• Programa Mundial de Alimentos (PMA) – Escritório regional na Alemanha

• Escritório do Banco Mundial em Berlim Bonn Campus da ONU• Programa de Voluntários da ONU• Secretariado das Mudanças Climáticas da

ONU (UNFCCC)• Secretariado da Convenção das Nações Unidas

de Combate à Deserti�cação (UNCCD)• Estratégia Internacional para a Redução de

Desastres/Plataforma de Alerta Prévio (UN/ISDR-PPEW)

• Universidade das Nações Unidas – Vice-reitoria na Europa (ONU-ViE)

• outras 14 instituições da ONU

Dresden• Universidade das Nações Unidas – Instituto

para a Gestão Integrada do Fluxo de Materiais e de Recursos (UNU-FLORES)

Frankfurt am Main• Corporação Financeira Internacional (IFC),

Grupo do Banco Mundial Hamburgo• Tribunal Internacional sobre o Direito do Mar

(ITLOS)• Instituto da Unesco para a Aprendizagem ao

Longo da Vida (UIL) Nurembergue• Escritório do ACNUR

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P O L Í T I C A E X T E R N A56 | 57

A política de desenvolvimento alemã, en-quanto elemento de uma política estrutu-ral e de paz global, quer contribuir para melhorar as condições de vida nos países parceiros. Seu objetivo é superar a fome e a pobreza em todo o mundo e fortalecer a democracia e o Estado de direito. As dire-trizes e os planos são desenvolvidos pelo Ministério da Cooperação Econômica e Desenvolvimento. As prioridades políti-cas e econômicas recaem sobre a coope-ração bilateral com os parceiros. A Ale-manha coopera nesse âmbito com 50 países em programas conjuntos que podem englobar todos os instrumentos da ajuda ao desenvolvimento oficial. A África ocupa um lugar de destaque, mas há também uma estreita cooperação com países da Ásia, Sudeste da Europa e Amé-rica Latina.

A Alemanha aumentou os recursos des-tinados à cooperação para o desenvol-vimento em 8,3 bilhões de euros até 2019, perfazendo assim 0,4% do PIB em 2016. Com sua contribuição anual de 16,25 bi-lhões de dólares, o país ocupa o terceiro lugar entre os maiores doadores depois dos EUA e do Reino Unido. Nos países os  projetos são normalmente supervi-sionados pela Agência Alemã de Coope-ração Internacional (GIZ) e pelo grupo bancário KfW, principais organizações executoras.

A Agenda 2030 de desenvolvimento sustentável

A Agenda 2030, que foi aprovada na 70ª sessão da Assembleia Geral da ONU no §m de setembro de 2015, será determi-nante para o desenvolvimento global nos próximos anos. A Agenda 2030 deve levar adiante e suplantar os Objetivos do Milê-nio (ODM) da ONU, que de§niram o de-senvolvimento nos países em desenvolvi-mento e emergentes para o período 2000 a 2015.

A implantação dos ODM possibilitou re-duzir a pobreza pela metade e melhorar o acesso à água potável e à educação até 2015, mas 1,3 bilhão de pessoas vivem ainda com menos de 1,25 dólar por dia. Outros problemas, como o desperdício de recursos naturais, as mudanças acelera-das do clima e a destruição do meio am-biente, o alto índice de desemprego e as desigualdades sociais continuam sendo prementes. As novas metas de setembro de 2015 devem impulsionar o avanço ru-mo ao desenvolvimento sustentável no mundo, considerando as questões econô-micas, ecológicas e sociais e partindo das metas já atingidas. Deve ser uma agenda “universal”, ou seja, válida para todos os países, e ultrapassar nos próximos 15 anos o âmbito da cooperação para o de-senvolvimento, passando a incluir tam-

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVELT E M A

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bém aspectos políticos: ao lado do com-bate à fome e à pobreza, o planeta deve ser protegido em sua condição de base natu-ral da vida para as futuras gerações; siste-mas econômicos e estilos de vida devem ser mais justos, sustentáveis e e�cientes; a discriminação deve ser combatida atra-vés do fortalecimento de e�cientes insti-tuições democráticas e inclusivas, boas governanças e do Estado de direito. Para

garantir a sustentabilidade desse acordo sobre o futuro é necessária �nalmente a participação de muitos atores. Além de governos, grupos da sociedade, a econo-mia e a ciência devem desempenhar um papel relevante na implementação da Agenda 2030.

A Agenda 2030 da ONU visa a promover o desenvolvimento sustentável em importantes questões relativas ao futuro

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E C O N O M I A & I N O V A Ç Ã O58 | 59

Forte polo econômico ∙ Ator global ∙ Mercados líderes e inovações ∙

Economia sustentável ∙ Agenda digital ∙ Mercado de trabalho atraente

ECONOMIA & INOVAÇÃO

A Alemanha é a maior economia nacional da União Europeia (UE) e, depois dos EUA, China e Japão, a quarta maior do mundo. A econo-mia alemã deve sua competitividade e partici-pação na rede global ao grande poder inova-dor e à vocação para a exportação. Nos setores das indústrias automobilística, de construção de máquinas e equipamentos, química e de tecnologia medicinal, a exportação perfaz bem mais do que a metade do faturamento. Somente a China e os EUA exportaram mais mercadorias em 2014. O país investe 80 bi-lhões de euros anualmente em pesquisa e de-senvolvimento (P&D). Muitas empresas estão a caminho da indústria 4.0, na qual é especial-mente impulsionada a digitalização da enge-nharia de produção e da logística.

A dinâmica positiva da economia proporcio-nou o desenvolvimento favorável do mercado de trabalho. Hoje a Alemanha é um dos países

com a maior taxa de ocupação de mão de obra na UE e a menor porcentagem de desemprego entre os jovens. Isso comprova o valor do sis-tema dual de formação pro�ssional, que se consolidou como produto de exportação e es-tá sendo adotado em muitos outros países. Fa-tores tais como disponibilidade de mão de obra quali�cada, infraestrutura e segurança jurídica também caracterizam a Alemanha enquanto polo econômico com destaque em muitos rankings internacionais. O vice-chan-celer Sigmar Gabriel (SPD) ocupa a pasta da Economia e Energia.

O modelo de economia social de mercado é desde 1949 a base da política econômica ale-mã. A economia social de mercado garante transações econômicas livres, esforçando-se todavia para manter um equilíbrio social. Esta concepção desenvolvida no pós-guerra por Ludwig Erhard, posterior chanceler federal,

I N T R O D U Ç Ã O

FORTE POLO ECONÔMICO

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Indústria 4.0: a economia na Alemanha está a caminho de um futuro digital

Economia & inovação: o vídeo sobre o tema → tued.net/pt/vid3

V Í D E O A R - A P P

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E C O N O M I A & I N O V A Ç Ã O60 | 61

foi responsável pelo caminho de sucesso que a Alemanha trilhou. O país participa ativamen-te do processo de globalização e está empe-nhado em construir um sistema econômico global sustentável, com igualdade de oportu-nidades para todos.

A Alemanha está entre os doze países que in-troduziram o euro em 2002. A crise �nanceira dos mercados (2008) e a subsequente crise do endividamento atingiram toda a zona do eu-ro, inclusive a Alemanha. O governo federal decidiu então adotar uma estratégia dupla de não contrair novas dívidas e de tomar medi-das para o fortalecimento do poder de inova-ção. Pela primeira vez desde 1969, foi possível apresentar em 2014 e 2015 um orçamento fe-deral equilibrado.

O sustentáculo da economia alemã são as em-presas de pequeno e médio porte, mais de 99% do total. Elas complementam as grandes em-presas do DAX (índice do mercado alemão),

negociadas principalmente na bolsa de valo-res de Frankfurt, o mercado �nanceiro mais importante do continente europeu. Em Frankfurt am Main também está a sede do Banco Central Europeu (BCE), instituição eu-ropeia responsável, entre outras tarefas, pela estabilidade do euro.

Ministério da Economia e Energia (BMWi)Política econômica, metas principais, programas→ bmwi.de

Make it in Germany Portal para mão de obra quali�cada internacional com informações sobre viver e trabalhar na Alemanha→ make-it-in-germany.de

Agência Federal do TrabalhoDados sobre o mercado de trabalho e bolsas de emprego→ arbeitsagentur.de

R E D E

Centro �nanceiro com tradição: a bolsa de valores mais importante tem sede em Frankfurt am Main

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A Confederação da Indústria Alemã

(BDI) representa os interesses de mais de 100

mil empresas. Dispõe de uma densa rede que

engloba todos os mercados importantes e

organizações internacionais.

→ bdi.eu

As câmaras bilaterais de comércio e indústria

(AHK), delegações e representantes da econo-

mia alemã formam uma rede de 130 postos

em 90 países.

→ ahk.de

Representações alemãs no exterior

227 embaixadas e consulados formam, junta-

mente com as AHK e o GTAI (Germany Trade

&  Invest), o terceiro pilar do fomento à econo-

mia exterior.

→ auswaertiges-amt.de

Confederação Alemã das Câmaras de

Comércio e Indústria

(DIHK) é a organização das 80 câmaras de

comércio e indústria alemãs. Delas fazem parte

3,6 milhões de empresas comerciais e industriais.

→ dihk.de

Instituto Alemão de Pesquisa Econômica

O DIW em Berlim é o maior dos muitos

institutos alemães de pesquisa econômica

→ diw.de

Germany Trade and Invest

Germany Trade and Invest (GTAI) é a sociedade

de fomento à economia da República Federal

da Alemanha. Com mais de 50 sucursais no mun-

do, ela é responsável pelo marketing da

Alemanha, ajuda empresas alemãs a se estabe-

lecer no exterior e empresas estrangeiras a se

estabelecer no país.

→ gtai.de

Conselho do Desenvolvimento Sustentável

Dentre as tarefas do Conselho do Desenvolvi-

mento Sustentável, criado pelo governo federal,

está a elaboração de planos para a implementa-

ção da estratégia nacional de sustentabilidade.

→ nachhaltigkeitsrat.de

AGENTES & INSTRUMENTOS

Mais informações sobre todos os temas do capítulo – lista de links comentados, artigos, documentos, discursos; conceitos complementares como eco-

nomia social de mercado, formação pro¤ssional dual, po-lítica econômica, crise econômica e ¤nanceira europeia. → tued.net/pt/dig3

C O M P A C T O

D I G I T A L P L U S

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A Confederação da Indústria Alemã

(BDI) representa os interesses de mais de 100

mil empresas. Dispõe de uma densa rede que

engloba todos os mercados importantes e

organizações internacionais.

→ bdi.eu

As câmaras bilaterais de comércio e indústria

(AHK), delegações e representantes da econo-

mia alemã formam uma rede de 130 postos

em 90 países.

→ ahk.de

Representações alemãs no exterior

227 embaixadas e consulados formam, junta-

mente com as AHK e o GTAI (Germany Trade

&  Invest), o terceiro pilar do fomento à econo-

mia exterior.

→ auswaertiges-amt.de

Confederação Alemã das Câmaras de

Comércio e Indústria

(DIHK) é a organização das 80 câmaras de

comércio e indústria alemãs. Delas fazem parte

3,6 milhões de empresas comerciais e industriais.

→ dihk.de

Instituto Alemão de Pesquisa Econômica

O DIW em Berlim é o maior dos muitos

institutos alemães de pesquisa econômica

→ diw.de

Germany Trade and Invest

Germany Trade and Invest (GTAI) é a sociedade

de fomento à economia da República Federal

da Alemanha. Com mais de 50 sucursais no mun-

do, ela é responsável pelo marketing da

Alemanha, ajuda empresas alemãs a se estabe-

lecer no exterior e empresas estrangeiras a se

estabelecer no país.

→ gtai.de

Conselho do Desenvolvimento Sustentável

Dentre as tarefas do Conselho do Desenvolvi-

mento Sustentável, criado pelo governo federal,

está a elaboração de planos para a implementa-

ção da estratégia nacional de sustentabilidade.

→ nachhaltigkeitsrat.de

AGENTES & INSTRUMENTOS

Mais informações sobre todos os temas do capítulo – lista de links comentados, artigos, documentos, discursos; conceitos complementares como eco-

nomia social de mercado, formação pro¤ssional dual, po-lítica econômica, crise econômica e ¤nanceira europeia. → tued.net/pt/dig3

C O M P A C T O

D I G I T A L P L U S

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E C O N O M I A & I N O V A Ç Ã O62 | 63

Desempenho EconômicoAs empresas alemãs desfrutam internacionalmente de uma excelente reputação. São iden-ti�cadas no mundo todo com a conceituada marca de qualida-de ”Made in Germany”. A quarta maior economia nacional do globo é voltada principalmente para a exportação.

D I A G R A M A

A Alemanha é um país industrializado, vol-tado para a exportação, com fortes laços co-merciais internacionais e um setor de ex-portação extremamente desenvolvido. Nos rankings anuais da Organização Mundial do Comércio (OMC), a Alemanha aparece regularmente – depois da China e dos EUA – como o terceiro maior país exportador do mundo. Em 2014 a balança comercial fe-chou com um superávit de 190 bilhões de euros, um novo recorde. O valor das expor-tações (mercadorias e serviços) das empresas alemãs subiu para 1.326 bilhões de euros, o valor das importações �cou em 1.136 bi-lhões de euros. Considerando um cresci-mento total mais fraco da economia mun-dial em 2013/2014, a Alemanha se posicio-nou muito bem. É o país que na comparação internacional mais lucra com a globaliza-ção. O índice Country Connectedness Index 2014 do Instituto McKinsey Global aponta a Alemanha como o país mais bem conectado

ATOR GLOBALT E M A

internacionalmente – antes dos EUA e da Grã-Bretanha.

Um em cada dois euros é ganho com a ex-portação de mercadorias, um em cada qua-tro postos de trabalho, na indústria até um em cada dois, depende da exportação. 800 mil empresas atuam no setor de comércio exterior. 685 mil empresas importaram mercadorias de outros países em 2014, en-quanto cerca de 340 mil exportaram. 10.700 empresas com sede no exterior tiveram uma participação substancial no comércio exterior alemão. A Confederação Alemã das Câmaras de Comércio e Indústria (DIHK) avalia que mais de 7 milhões de funcioná-rios trabalham para empresas alemãs no exterior.

Na pauta das exportações dominam os auto-móveis e peças, máquinas, produtos químicos, equipamentos de processamento de dados e

O Produto Interno Bruto (PIB) 2014 em bilhões de dólares

EUA China Japão AlemanhaReino Unido

17.418,9

10.380,4

4.616,3 3.859,6 2.945,2

Font

e: S

tatis

tisch

es B

unde

sam

t

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O contêiner é o símbolo da globalização: o porto de Hamburgo está entre os maiores portos de transbordo

As maiores potências comerciais 2014(Participação na exportação global)

8,6 %EUA

8,0 %Alemanha

12,4 %República Popular da China

3,6 %Japão

3,6 %Países Baixos

Volkswagen

Daimler AG

Eon SE

Grupo BMW

Grupo Schwarz

Grupo BASF

Siemens AG

202.458129.872111.556

80.40179.30074.32671.920

Maiores empresas alemãs 2014 (Volume de negócios, milhões €)

Font

e: F

.A.Z

., O

MC

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E C O N O M I A & I N O V A Ç Ã O64 | 65

produtos eletrônicos. A esses quatro grupos de produtos corresponde a metade da expor-tação alemã. A cota de exportação pratica-mente dobrou desde 1991, passando de 25,7% para 50,6%. A cota de comércio exterior, a so-ma de importação e exportação em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), era 89% em 2013. A Alemanha é assim a economia de mercado mais aberta dos países do G-7. Com-parando: os EUA tiveram em 2013 uma cota de comércio exterior equivalente a 30%.

Os parceiros da União Europeia (UE) são, com 58% do total das exportações, o mercado mais importante. O país para o qual a Alema-nha mais exporta é tradicionalmente a Fran-ça; no primeiro semestre de 2015, no entanto, os EUA ocuparam pela primeira vez o primei-ro lugar . Em seguida vêm o Reino Unido, a Re-pública Popular da China e os Países Baixos. Nas importações a situação está invertida: a cota maior de importações vem dos Países Baixos, seguida da República Popular da Chi-na, França, Estados Unidos e Itália. As relações econômicas e comerciais com os países asiáti-cos ganham continuamente em importância, apesar do enfraquecimento parcial das taxas de crescimento. Somente na China existem investimentos de 5 mil empresas alemãs.

Uma prova da forte inserção na economia global continuam sendo os investimentos di-retos da Alemanha no exterior, que quintupli-caram desde 1990 chegando a 919 bilhões de euros (2013). Um terço foi investido na zona do euro. Por outro lado, os investidores es-trangeiros são responsáveis, através de suas participações em empresas, por 3 milhões de

postos de trabalho na Alemanha. O volume de investimentos estrangeiros diretos equivale a 458 bilhões de euros. A Alemanha é assim o sé-timo maior polo de investimentos do mundo.

O setor de feiras é uma importante platafor-ma do comércio mundial. O polo alemão de feiras é o número um no mundo em organi-zação e realização de feiras internacionais. Dos eventos de importância global, dois ter-ços acontecem na Alemanha. 10 milhões de pessoas visitam por ano as 150 feiras e expo-sições internacionais realizadas no país.

Grande parte do ¡uxo de mercadorias da Europa e do mundo acontece na Alema-nha. Por nenhum outro país da UE são transportadas tantas mercadorias. 3 mi-lhões de pessoas trabalham no setor de lo-gística, e cerca de um terço do faturamento

A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) analisa a cada semestre em seu pano-rama econômico as mais importantes tendências econômicas e as perspecti-vas nos 34 países da OCDE e nos países emergentes para os próximos dois anos. A avaliação geral para 2015/2016 prevê um aumento da dinâmica do crescimento econômico mundial, mo-derado porém em relação ao período anterior à crise. → oecd.org

G L O B A L

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das dez mais importantes empresas desse setor na UE é também produzido no país. Uma porta para o mundo é o porto de Hamburgo, onde 9,7 milhões de contêi-neres padrão são movimentados por ano.

Engajamento por um comércio livre e justo

A Alemanha pleiteia mercados abertos e um comércio livre e justo baseado em regras claras e con�áveis. Procura atingir essas metas também com os “três pilares da polí-tica de fomento ao comércio exterior”: as 227 representações alemãs no exterior, as 130 câmaras binacionais de comércio e in-dústria (AHK), delegações e representações da economia alemã em 90 países, e a socie-dade de fomento à economia Germany Trade and Invest (GTAI). Elas apoiam as pe-quenas e médias empresas na conquista de novos mercados no exterior e atuam no sen-tido de melhorar as condições básicas.

A Alemanha está empenhada em estrutu-rar a globalização, atuando na elaboração das regras do comércio internacional, na regulação dos mercados �nanceiros, no gerenciamento do dinheiro e da moeda. Devido ao lento avanço nas negociações multilaterais (Rodada de Doha), a atenção principal está voltada para os acordos bila-terais de livre-comércio da União Europeia. Encontram-se em negociação especialmen-te os acordos com os EUA (Transatlantic Trade and Investment Partnership, TTIP) e o Japão. O Acordo Econômico e Comercial Global CETA europeu-canadense está con-cluído. Desde 2011 está em vigor o acordo de livre-comércio entre a UE e a Coreia do Sul, o primeiro com um país asiático. Des-de então as exportações para a Coreia do Sul aumentaram 10%. Em 2015 a UE e o Vietnã �rmaram um acordo de livre-comércio, o primeiro desse tipo entre a UE e um país em desenvolvimento.

Plataformas do comércio mundial: até 10 milhões de pessoas visitam anualmente as grandes feiras

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das dez mais importantes empresas desse setor na UE é também produzido no país. Uma porta para o mundo é o porto de Hamburgo, onde 9,7 milhões de contêi-neres padrão são movimentados por ano.

Engajamento por um comércio livre e justo

A Alemanha pleiteia mercados abertos e um comércio livre e justo baseado em regras claras e con�áveis. Procura atingir essas metas também com os “três pilares da polí-tica de fomento ao comércio exterior”: as 227 representações alemãs no exterior, as 130 câmaras binacionais de comércio e in-dústria (AHK), delegações e representações da economia alemã em 90 países, e a socie-dade de fomento à economia Germany Trade and Invest (GTAI). Elas apoiam as pe-quenas e médias empresas na conquista de novos mercados no exterior e atuam no sen-tido de melhorar as condições básicas.

A Alemanha está empenhada em estrutu-rar a globalização, atuando na elaboração das regras do comércio internacional, na regulação dos mercados �nanceiros, no gerenciamento do dinheiro e da moeda. Devido ao lento avanço nas negociações multilaterais (Rodada de Doha), a atenção principal está voltada para os acordos bila-terais de livre-comércio da União Europeia. Encontram-se em negociação especialmen-te os acordos com os EUA (Transatlantic Trade and Investment Partnership, TTIP) e o Japão. O Acordo Econômico e Comercial Global CETA europeu-canadense está con-cluído. Desde 2011 está em vigor o acordo de livre-comércio entre a UE e a Coreia do Sul, o primeiro com um país asiático. Des-de então as exportações para a Coreia do Sul aumentaram 10%. Em 2015 a UE e o Vietnã �rmaram um acordo de livre-comércio, o primeiro desse tipo entre a UE e um país em desenvolvimento.

Plataformas do comércio mundial: até 10 milhões de pessoas visitam anualmente as grandes feiras

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E C O N O M I A & I N O V A Ç Ã O66 | 67

MERCADOS LÍDERES E INOVAÇÕEST E M A

O poder econômico da Alemanha se baseia decisivamente na força do desempenho da indústria e sua capacidade inovadora. Principalmente a indústria automobilísti-ca, com 775 mil empregados, é considerada o segmento modelo da marca “Made in Germany”. Com as seis poderosas marcas Volkswagen, BMW, Daimler, as marcas Audi e Porsche da VW e a Opel (General Motors), a indústria automobilística é um dos motores do setor global de mobilidade.

Para garantir essa competitividade, as em-presas investem bilhões em pesquisa e de-senvolvimento (P&D). Carro elétrico, conexão digital, direção autônoma e assistida são as megatendências da locomoção automóvel. Em termos globais, os fabricantes alemães de automóveis produziram, com sua grande participação nos segmentos de mercado da classe média alta e da classe alta, 14,9 milhões de carros de passeio em 2014, a cota de expor-tação da indústria automobilística alemã ul-trapassa 77%.

Fazem parte dos setores tradicionalmente fortes da economia alemã, ao lado da in-dústria automobilística, os setores de máquinas e equipamentos e a indústria química. A BASF, fundada em 1865 e com sede em Ludwigshafen, é com 113 mil em-pregados em 390 centros de produção em mais de 80 países, a maior multinacional da indústria química do mundo. Outros

setores-chave são as indústrias eletrotécni-ca e eletrônica, como a Siemens, presente como ativo global player em 190 países, cujas soluções de aplicações – da biotecno-logia às energias alternativas – são consi-deradas de alto padrão inovador. O signi§-cado do mercado global para os grandes setores industriais §ca patente nas cotas de exportação de 60% ou mais.

Os centros econômicos mais importantes na Alemanha são a Região do Ruhr, as áre-as metropolitanas de Munique e Stuttgart (tecnologia de ponta, indústria automobi-lística), o Reno-Neckar (química, TI), Frank-furt am Main (§nanças), Colônia e Ham-burgo (porto, construção de aeronaves, mídia). Nos estados do Leste se desenvolve-ram pequenos mas competitivos centros de tecnologia de ponta, principalmente nas regiões economicamente dinâmicas de Dresden, Jena, Leipzig, Leuna e Berlim--Brandemburgo.

A lista das maiores empresas alemãs (segun-do o volume de negócios em 2014) é encabe-çada e dominada pela indústria automobi-lística: Volkswagen em primeiro lugar, seguida de Daimler e BMW em segundo e quarto. Eon (energia) ocupa o terceiro, BASF (química) o sexto e Siemens (elétrica) o sétimo lugar. As posições 5, 8 e 9 §cam com empresas comerciais. Em décimo lu-gar §ca a Deutsche Telekom.

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A indústria na Alemanha é especializada no desenvolvimento e produção de bens in-dustriais complexos principalmente em bens de investimento e tecnologias inova-doras de produção. Em comparação com outras economias nacionais, a indústria tem um peso claramente maior na Alema-nha. 7,22 milhões de pessoas trabalham na  indústria e no setor manufatureiro. A participação desse setor no valor adicio-nado bruto só é maior na Coreia do Sul.

O motor da potência econômica alemã é a capacidade inovadora da economia. Aqui se veem os resultados positivos da inten-si�cação de esforços na área de P&D desde 2007. Tanto a economia como o setor público contribuíram para isso. A estraté-gia de tecnologia de ponta do governo fe-deral trouxe impulsos decisivos. Em 2013 a Alemanha gastou 80 bilhões de euros em P&D, o correspondente a 2,84% do Produto Interno Bruto (PIB), ocupando

Sucesso mundial: as montadoras alemães estão entre os grandes atores do setor de mobilidade global

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assim a quinta posição entre países seme-lhantes da OCDE – ainda antes dos EUA e muito à frente da França e da Grã-Bretanha. Entre os grandes concorrentes, somente a Coreia do Sul e o Japão têm maior atividade na área de P&D.

A Alemanha também é considerada campeã da Europa em invenções. Em 2014 as empre-sas alemãs encaminharam 32 mil pedidos de registro de patentes ao Instituto Europeu de Patentes em Munique. No mesmo ano foram registradas 65.958 patentes no Instituto Ale-mão de Marcas e Patentes (DPMA em ale-mão), um novo recorde. As mais ativas foram a fabricante de peças automotivas Bosch, com 4 mil registros, e a empresa do Grupo Schaef�er (2.518), do mesmo ramo. Ao todo, vigoravam exatamente 116.702 patentes alemãs em 2014, acrescentando-se 458.042 direitos de propriedade industrial com va-lidade para a Alemanha, solicitados junto ao Instituto Europeu de Patentes.

O polo industrial alemão seria impensável sem o crescimento constante das empre-

sas de prestação de serviços. 80% das em-presas alemãs fazem parte desse setor. Três quartos dos postos de trabalho estão localizados na área de serviços, que res-ponde por 70% do PIB. Do total de 30 mi-lhões de empregados, 12 milhões traba-lham em empresas públicas e privadas de prestação de serviços, cerca de 10 milhões nos setores de comércio, gastronomia e transportes e mais de 5 milhões na presta-ção de serviços a empresas.

Médias e pequenas empresas: o núcleo da economia

Apesar dos inúmeros global players e dos grandes carros-chefe da economia, são os 3,6 milhões de empresas de pequeno e mé-dio porte (MPEs), bem como os pro¥ssionais liberais e autônomos, que caracterizam a es-trutura da economia. 99,6 % das empresas pertencem ao chamado empresariado mé-dio. Consideram-se empresas de porte médio ¥rmas com um faturamento de menos de 50milhões de euros e com menos de 500 em-pregados. Muitos imigrantes fundam suas

1989Com a Reforma dos Correios Etapa I começa a privatização da enorme estatal Correio Federal Alemão. A privatização é uma das maiores reformas da história da economia alemã.

1969É fundado em Toulouse (França), como projeto franco-alemão, o consórcio Airbus. Hoje a Airbus S.A.S. é o segundo maior fabri-cante de aeronaves do mundo.

1955O milionésimo Fuscasai da linha de montagen em Wolfsburg em 5 de agosto. O carro se torna o símbolo do maior sucesso de venda do chamado “milagre econômico”.

L I N H A S D O T E M P O

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próprias empresas nesse setor. Mais de 700 mil pessoas com origem migratória são donas de suas próprias empresas, o que faz dos imigrantes um importante fa-tor econômico.

Segundo uma pesquisa do grupo bancário KfW, o número de empresas inovadoras está diminuindo: apenas 28% das médias e pequenas empresas investem em produtos e processos inovadores. Uma das justi�cati-vas seriam as perspectivas da conjuntura econômica, que se mantêm moderadas. Em muitos nichos de mercado, as MPEs alemãs são frequentemente “hidden champions”, líderes na Europa e no mundo, com pro-dutos altamente inovadores. A indústria criativa conseguiu se �rmar no setor. Ela desempenha um papel pioneiro, muitas vezes como pequena empresa com pouco capital, no caminho para uma economia digital baseada no conhecimento e é tida como uma fonte signi�cativa de ideias inovadoras. Berlim é um hotspot interna-cional da indústria criativa e de startups, com mais de 28 mil empresas.

A economia se encontra no limiar da quar-ta revolução industrial. Impulsionados pela internet, o mundo real e a realidade virtual estão se fundindo em uma “internet das coisas”. A meta do governo federal é apoiar a economia e a ciência na implementação da Indústria 4.0, transformando a Alema-nha em fornecedor líder de tecnologias e futuro polo produtor.

Desde meados dos anos 1990, existe internacionalmente uma tendência de redução de impostos para empresas. A Alemanha há muito deixou de ser um país com taxa alta de impostos. Na comparação internacional a carga de impostos e taxas se encontra abai-xo da média. A média da carga total de impostos empresariais é menor que 30%; em algumas regiões, depen-dendo das taxas locais variáveis, até menos de 23%.→ gtai.de

I N F O R M A Ç Ã O

2014Pela primeira vez o índice do mercado alemão DAX ultrapassa os 10 mil pontos. Ele re�ete o desenvolvimento das 30 empre-sas alemãs com o maior volume de negócios.

1990A agência �duciária de direito pú-blico Treuhandanstalt �ca encarre-gada de transformar no prazo de poucos anos a antiga economia socialista plani�cada da RDA, com milhares de empresas estatais, em uma economia de mercado.

2002De 1948 a 1998 o marco alemão é a moeda bancária ou escritural, até 2001 como papel moeda de circu-lação a moeda o�cial. Em 1° de ja-neiro de 2002 é substituído pelo euro, que passa a circular na Ale-manha e onze outros países da UE.

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E C O N O M I A & I N O V A Ç Ã O70 | 71

ECONOMIA SUSTENTÁVELT E M A

A Alemanha é um dos países industrializa-dos mais sustentáveis do mundo. Esse é o re-sultado de um estudo comparativo interna-cional dos 34 países da OCDE, realizado pela Fundação Bertelsmann em 2015. Partindo das 17 metas de sustentabilidade das Nações Unidas, os países foram analisados pela pri-meira vez sistematicamente segundo 34 in-dicadores, desde proteção do meio ambien-te, passando pelo crescimento, até a quali-dade dos sistemas de seguridade social. A Alemanha �cou em sexto lugar, obtendo grande número de pontos sobretudo em crescimento, ocupação e seguridade social.

Um número crescente de empresas na Ale-manha assume sua responsabilidade social

como parte da economia sustentável. A Res-ponsabilidade Social Corporativa (RSC) diz respeito principalmente às atividades prin-cipais das empresas que, devido à globaliza-ção, in�uenciam as questões econômicas, sociais e ambientais. A maioria das empresas cotadas no DAX, como BASF, Daimler ou Deutsche Bank – e outras médias e peque-nas empresas, institutos e organizações não governamentais – participam da iniciativa Pacto Global das Nações Unidas, criada em 1999. O Pacto Global da ONU, as diretrizes da OCDE para empresas multinacionais e a Declaração Tripartite de Princípios sobre Empresas Multinacionais e Política Social da OIT são a base para a declaração de res-ponsabilidade social por parte de empresas. O Pacto Global tem 8 mil empresas e 4 mil organizações como membros voluntários.

No âmbito europeu a Alemanha apoia prin-cipalmente a ampla iniciativa de RSC da UE. A estratégia está sendo desenvolvida paula-tinamente e prevê a introdução de um rela-tório vinculativo de RSC para determinadas empresas a partir de 2016. No âmbito da presidência alemã do G7 em 2015, o gover-no federal colocou na agenda os temas pa-drões de trabalho, sociais e ambientais.

A relação entre responsabilidade social e ecológica está também patente na chama-da “Aliança para Têxteis Sustentáveis”, que procura melhorar nos dois aspectos a

∙ Maior empresa: Volkswagen, 592.586 funcionários

∙ Maior banco: Deutsche Bank, 98.138 funcionários

∙ Mais importante índice da bolsa: O Índice do Mercado Alemão (DAX)

∙ Maior pavilhão de feiras: Hannover

∙ Maior fabricante de aeronaves: Airbus em Hamburgo

L I S T A

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situação dos empregados na indústria de têxteis e confecção. Mais de 100 fabrican-tes de têxteis, dentre eles grandes empre-sas, se �liaram à iniciativa criada em 2014 pelo Ministério do Desenvolvimento e Cooperação Econômica (BMZ). Com esta aliança a Alemanha quer documentar seu papel pioneiro nos esforços internacio-nais a caminho de padrões justos nas ca-deias de fornecimento globais.

Para estruturar uma estratégia de RSC, o governo federal instituiu um fórum na-cional de RSC em 2009. Em 2010 foi apro-vada a “Estratégia Nacional de Responsa-bilidade das Empresas – Plano de Ação Responsabilidade Social Corporativa”. Um dos pontos principais é o sucesso da implementação de RSC em médias em-presas.

Trabalho digno: cada vez mais empresas alemãs valorizam os padrões justos nas redes de fornecimento global

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E C O N O M I A & I N O V A Ç Ã O72 | 73

A economia se encontra no limiar da quar-ta revolução industrial. Impulsionados pela internet, o mundo real e a realidade virtual se fundem em um processo de transformação digital para dar origem à “internet das coisas”. A digitalização re-presenta uma cisão histórica para a indús-tria e a economia de prestação de serviços. No conceito Indústria 4.0 estão reunidos soluções, processos e tecnologias que des-crevem a utilização em grande escala de TI e um nível muito alto de conexão de siste-mas nas fábricas. Muitas empresas alemãs estão a caminho da Indústria 4.0, com a qual está sendo impulsionada a digitaliza-ção das técnicas de produção e da logística. A economia espera um acirramento da

concorrência internacional pela liderança tecnológica na produção. O governo fede-ral fomenta e participa ativamente da transformação digital, elaborando uma Agenda Digital com sete campos de ação. Ela engloba todos os setores sociais, desde o Estado, a economia, a cultura, a educa-ção até a ciência. A transformação digital não é compreendida como um processo somente tecnológico mas também social, que envolve questões de liberdade e demo-cracia até a proteção do indivíduo.

Com a Agenda Digital, a Alemanha deve se tornar em médio prazo o principal fornece-dor da Indústria 4.0 e o país número um em termos de crescimento na Europa. Estudos preveem em cenários positivos um poten-cial de crescimento adicional entre 200 e 425 bilhões de euros por meio da Indústria 4.0, até 2025. O setor de tecnologias da in-formação e comunicação (TIC), enquanto setor transversal, desempenha um papel decisivo no processo. Atualmente 23 % do crescimento da produtividade resulta de investimentos em TIC. 900 mil empregados produzem um volume de negócios equiva-lente a 228 bilhões de euros. A Alemanha é portanto o quarto maior mercado nacional de TIC, depois dos EUA, Japão e China, e o primeiro da Europa.

A ampliação da infraestrutura digital, es-pecialmente dos acessos de internet banda

AGENDA DIGITALT E M A

600operadoras de internet e outras organiza-ções de 60 países estão conectadas no DE-CIX. O ponto de troca de tráfego em Frankfurt am Main é o maior do mundo em termos de taxa de transferência de da-dos. Em 2015 a taxa de transferência de dados alcançou pela primeira vez a marca de 4 terabits por segundo. Depois de Mar-selha (França), Palermo (Itália), Dallas (EUA), o provedor DE-CIX está instalando um ponto de troca de tráfego em Istam-bul (Turquia). → de-cix.net

N Ú M E R O

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larga, é considerada uma das mais impor-tantes tarefas da digitalização. A meta é criar até 2018 uma infraestrtura abran-gente de banda larga com uma velocidade mínima de 50Mbit/s de download. O go-verno federal e a economia lançaram um amplo pacote de 10 bilhões para a amplia-ção da banda larga. 87% dos domicílios contam hoje com um acesso de internet banda larga, mas ainda existem diferen-ças entre os estados no Oeste e no Leste e

entre cidades e regiões rurais. Em 2015, quase dois terços (64%) dos domícilios ti-nham acesso a internet de banda larga com uma velocidade mínima de 50 Mbit/s, na maioria através de rede de telefonia �-xa. Quatro entre cinco (82%) domícilios em cidades têm conexão com mais de 50Mbit/s; nas regiões rurais, apenas um em cada cinco (20%). O padrão LTE para redes móveis está disponível para 92% dos domicílios.

Sempre on-line: a ampliação da infraestrutura digital é um dos mais importantes projetos do governo federal

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larga, é considerada uma das mais impor-tantes tarefas da digitalização. A meta é criar até 2018 uma infraestrtura abran-gente de banda larga com uma velocidade mínima de 50Mbit/s de download. O go-verno federal e a economia lançaram um amplo pacote de 10 bilhões para a amplia-ção da banda larga. 87% dos domicílios contam hoje com um acesso de internet banda larga, mas ainda existem diferen-ças entre os estados no Oeste e no Leste e

entre cidades e regiões rurais. Em 2015, quase dois terços (64%) dos domícilios ti-nham acesso a internet de banda larga com uma velocidade mínima de 50 Mbit/s, na maioria através de rede de telefonia �-xa. Quatro entre cinco (82%) domícilios em cidades têm conexão com mais de 50Mbit/s; nas regiões rurais, apenas um em cada cinco (20%). O padrão LTE para redes móveis está disponível para 92% dos domicílios.

Sempre on-line: a ampliação da infraestrutura digital é um dos mais importantes projetos do governo federal

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E C O N O M I A & I N O V A Ç Ã O74 | 75

CONCEITUADO PARCEIRO COMERCIALP A N O R A M A

1.119 bi. de eurosValor de mercadorias

exportadas

889 bi. de eurosValor de mercadorias

importadas

50 %Cota de exportação

25 %Postos de trabalho

dependentes da exportação

Os países europeus são os mercados mais importantes para a Alemanha. 68 % das exportações alemãs se destinam a eles. Os EUA (8,5%) e a China (6,6%) são os mais importantes importadores fora da Europa.

Zona do euro36,6 %

UE sem a zona do euro

21,4 %

Restante da Europa

sem a UE10,0 %

África2,0 %

Exportações alemãs de mercadorias segundo as regiões (2014)

Mais importantes bens de exportação segundo grupos de produtos (2014)

17,9 %Automóveis e peças

9,5 %Produtos químicos

6,0 %Equipamentos elétricos

14,5 %Máquinas

7,9 %Equipamentos de processamento de dados

AustráliaOceania

0,8 %

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5,6 milhõesAutomóveis nacionais

produzidos por montadora alemã (na Alemanha)

9,3 milhõesAutomóveis produzidos por montadora alemã no mundo

(no exterior)

150Feiras líderes na Alemanha

254Participação em

feiras estrangeiras

América sem os EUA3,5 %

EUA8,5 %

Ásia sem a China

10,3 %China6,6 %

Os 25 maiores mercados exportadores em % (2014)

Reino Unido:7,4

EUA:8,5

México0,8

Brasil:0,9

Países Baixos:6,5

Bélgica:3,7

França:9,0

Espanha:3,1

Suíça:4,1

Itália:4,8

Emirados Árabes Unidos: 1,0

República Tcheca: 3,0

Japão:1,5

República Popular da China: 6,6

República da Coreia: 1,4

Federação Russa:2,6

Polônia: 4,2

Suécia:4,2

Áustria:5,0

Hungria: 1,8

Romênia: 0,9

Turquia: 1,7

Índia: 0,8

Eslováquia: 1,0

Dinamarca:1,5

Alemanha

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E C O N O M I A & I N O V A Ç Ã O76 | 77

O mercado de trabalho na Alemanha teve desde 2008 um desenvolvimento favorável, apesar da crise econômica e �nanceira. 42,8 milhões de pessoas registradas na seguri-dade social estavam empregadas no país em julho de 2015. A alta taxa de emprego de mais de 73,5% é, apesar dos fracos impulsos da eco-nomia mundial, expressão da boa situação econômica. A Alemanha é um dos países da UE com a menor taxa de desemprego. Em 2014 ela se manteve em média em torno de 6,7%, o nível mais baixo desde 1991. Especial-mente o crescimento do setor de serviços te-ve uma in�uência positiva no mercado de trabalho. Uma pesquisa do Instituto de Pes-quisa de Emprego e Formação (IAB em ale-mão) prevê a continuação da forte expansão

do setor terciário nos próximos anos, rumo a uma sociedade de prestação de serviços. O aumento de contratos em regime de tempo parcial, mais conhecidos por trabalho em part-time, também é típico do desenvolvi-mento do mercado de trabalho.

O baixo índice de desemprego entre os jovens chamou a atenção internacional para o su-cesso da formação prossional dual, que difere da pura formação escolar oferecida na maio-ria de outros países para o ingresso na pro�s-são. Cerca da metade dos jovens na Alemanha aprende após a escola uma das 350 pro�ssões reconhecidas o�cialmente no sistema de for-mação dual. A parte prática é absolvida em dois ou três dias por semana em uma empre-sa. E a parte teórica especí�ca é ensinada em um ou dois dias na escola pro�ssionalizante. Muitos países estão adotando agora o sistema dual de formação pro�ssional.

O governo federal adotou diversas medidas de política trabalhista para criar um mercado de trabalho moderno, justo e transparente. Desde o início de 2015 está em vigor o salário mínimo de 8,50 euros, que bene�ciou inicial-mente 3,7 milhões de pessoas. A cota de mu-lheres deve igualar o número de homens e mulheres em posições de che�a. Empresas que cotam na bolsa de valores e são sujeitas à cogestão devem destinar às mulheres 30% de todos os cargos em seus conselhos �scais a partir de 2016. A Lei de Igualdade Tarifária

MERCADO DE TRABALHO ATRAENTET E M A

Bússola de carreira AlemanhaO app criado em 2015 contém amplas informações em alemão e inglês sobre possibilidades de formação, estudo e trabalho na Alemanha. É dirigido a pessoas jovens no exterior e oferece oportunidade de se familiarizar com todas as questões relacionadas a temas como cultura empresarial nas empre-sas alemãs, bem como informações muito úteis sobre aplicação de currícu-los. Mais de 200 links direcionados pa-ra outros locais.→ deutschland.de

I N F O R M A Ç Ã O

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Formação pro�ssional dual: o modelo alemão, que combina teoria e prática, está sendo adotado em muitos países

garante que não haja na mesma empresa contratos com tarifas diferentes para a mes-ma atividade. E, desde 1º julho de 2014, segu-rados de longo prazo que tenham mais de 45 anos de contribuição aos fundos públicos de aposentadoria podem se aposentar a partir de 63 anos sem corte na remuneração mensal.

Diante da transição demográ�ca, a garantia de mão de obra especializada é uma das tarefas mais urgentes. Um dos projetos

principais de abertura do mercado de traba-lho é Make it in Germany, um portal para mão de obra quali�cada internacional com informações sobre oportunidades de carrei-ra em vários idiomas e vagas de emprego nas pro�ssões com carência de mão de obra (setores de saúde, engenharia e TI). Jovens com diploma universitário e pro�ssionais quali�cados recebem o Cartão Azul da União Europeia e facilidades no acesso ao mercado de trabalho alemão.

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M E I O A M B I E N T E & C L I M A78 | 79

MEIO AMBIENTE & CLIMA

Pioneira na política climática ∙ Impulsionadora das cooperações

sobre o clima ∙ Virada energética – Projeto para gerações ∙ Tecnologias verdes,

um setor de futuro ∙ Diversidade essencial para a vida

O século 21 é considerado “Século do Meio Ambiente”. Isso signi�ca que a intensidade das mudanças nas condições naturais de vida de gerações futuras sobre a Terra será decidi-da nas próximas décadas. O maior perigo está na aceleração das mudanças climáticas. Há muito tempo, a proteção do meio ambiente e do clima tem um grande signi�cado na Ale-manha, que se destaca internacionalmente na proteção do clima e é pioneira na amplia-ção das energias alternativas.

Com a virada energética, como se denomina o processo de transformação do setor, o país pretende deixar para trás a era das energias fóssil e nuclear, caminhando para um futu-ro energético sustentável. Disso faz parte o abandono sucessivo da energia nuclear até 2022. Até 2020, as emissões de dióxido de carbono devem ser reduzidas em 40% em relação a 1990, com a intenção de alcançar

no mínimo 80% até 2050. No �nal de 2014 havia sido alcançada uma redução de 27%.

Também no âmbito global, o governo federal empenha-se ativamente em prol da proteção do meio ambiente, da cooperação em ques-tões energéticas e de estratégias de desenvol-vimento favoráveis ao clima. A Alemanha é um dos impulsionadores do processo na União Europeia, que assumiu um papel de pioneira desde a Conferência da ONU sobre o Clima no Rio de Janeiro em 1992. A UE apoia a meta de limitar o aquecimento global a dois graus. Para isso é necessária a redução de 80 a 95% da emissão de dióxido de carbo-no nos países industrializados. No âmbito da presidência alemã do G7 em 2015, as nações industrializadas decidiram deixar com maior celeridade de usar combustíveis fósseis. A completa descarbonização deve ser alcança-da no decorrer do século. O Secretariado das

I N T R O D U Ç Ã O

PIONEIRA NA POLÍTICA CLIMÁTICA

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O caminho para a era das energias renováveis não tem retorno

Meio ambiente & clima: o vídeo sobre o

tema → tued.net/pt/vid4

V Í D E O A R - A P P

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M E I O A M B I E N T E & C L I M A80 | 81

Nações Unidas que �scaliza a implementa-ção da Convenção Quadro do Clima tem sua sede em Bonn.

Um meio ambiente intacto – ar puro, águas limpas, diversidade da natureza – é funda-mental para um alto padrão de qualidade de vida. A proteção do meio ambiente está �xa-da na Lei Fundamental como meta do Estado desde 1994. No caso da qualidade do ar e das águas, os indicadores comprovam há anos uma melhora signi�cativa. A emissão de substâncias nocivas, como óxidos de nitrogê-nio e dióxido de enxofre, diminuiu conside-ravelmente, em parte graças à instalação de �ltros em usinas termelétricas e de catalisa-dores nos automóveis. O consumo per capita de água potável também diminuiu notavel-mente, de mais de 140 para 120 litros por dia.

A Alemanha sustenta uma posição que conjuga a proteção do clima e do meio am-biente ao desenvolvimento sustentado da

economia. Para tanto, faz-se necessário também o aumento da e�ciência energéti-ca e dos recursos e o uso inteligente das matérias-primas, estrátegia que traz du-plos dividendos: redução do impacto sobre o meio ambiente e criação de novos postos de trabalho.

As energias eólica e solar são as mais importantes e proveitosas fontes de energia alternativa na Alemanha

UNFCCCSecretariado da Convenção Quadro da ONU sobre Mudanças Climáticas→ unfccc.int

BMUBMinistério Federal do Meio Ambiente, Proteção da Natureza, Construção e Segurança de Reatores→ bmub.bund.de

BUNDFederação para Meio Ambiente e Prote-ção da Natureza da Alemanha → bund.net

R E D E

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Agência Federal do Meio Ambiente

A Agência Federal do Meio Ambiente (UBA),

órgão do Ministério Federal do Meio Ambien-

te, apoia o governo federal com estudos cientí-

�cos. A UBA é responsável pela aplicação da

legislação ambiental em questões como licen-

ciamento de produtos químicos, medicamen-

tos e agrotóxicos, bem como pela informação

do cidadão em questões ambientais.

→ umweltbundesamt.de

Agência Alemã de Energia

A Agência Alemã de Energia (Dena) é um centro

de competência para e�ciência energética,

energias renováveis e sistemas energéticos. A

Dena apoia a implementação da virada energé-

tica e se empenha em prol da produção e do

uso o mais e�ciente, seguro, econômico e eco-

lógic possível da energia.

→ dena.de

Agora Energiewende

O think tank Agora Energiewende funciona

como fórum para o diálogo com os atores da

política energética.

→ agora-energiewende.org

Instituto Potsdam para Pesquisa do Impacto

Climático

O Instituto Potsdam para Pesquisa do Impacto

Climático (PIK) investiga questões relevantes

nas áreas: mudanças globais, in�uências climá-

ticas e desenvolvimento sustentado.

→ pik-potsdam.de

Agência Alemã de Cooperação Internacional

A Agência Alemã de Cooperação Internacional

(GIZ) é uma empresa federal com atuação inter-

nacional. A GIZ apoia o governo federal na im-

plementação de suas metas de política de de-

senvolvimento. Presta consultoria a países em

desenvolvimento e emergentes nas questões de

proteção ao clima e no uso justo e sustentável

dos recursos hídricos.

→ giz.de

Agência Federal de Proteção à Natureza

A Agência Federal de Proteção à Natureza (BfN)

é responsável pela proteção da natureza em

nível nacional e internacional. No site da BfN

existem bons mapas das áreas de proteção

ambiental.

→ bfn.de

Mais informações sobre todos os temas do capítulo – lista de links comentados, artigos, documentos, discursos; conceitos complementares como Convenção Qua-

dro do Clima, emissão de gases de efeito estufa, Lei das Energias Renováveis e Metas de proteção do clima da UE.→ tued.net/pt/dig4

C O M P A C T O

AGENTES & INSTRUMENTOS

D I G I T A L P L U S

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M E I O A M B I E N T E & C L I M A82 | 83

A Alemanha contribui signi�cativamente pa-ra que a proteção do clima ocupe um lugar de destaque na agenda internacional. Foi um dos impulsionadores das negociações que resul-taram no Protocolo de Kyoto, já em 1997. O acordo estabeleceu a redução das emissões dos gases de efeito estufa nos países indus-trializados – 5,2 % em média até 2012, tendo como base o ano de 1990. A Alemanha ultra-passou sua própria meta de reduzir as emis-sões em 21% nesse período. Participa ativa-mente também do processo subsequente, que visa a um acordo pós-Kyoto com entrada em vigor prevista para 2020. A meta é um acordo vinculativo que regule claramente a limita-ção da emissão dos gases de efeito estufa, sen-do que também os países em desenvolvimen-to e emergentes deverão se comprometer a adotar medidas de proteção do clima. Além disso, deverá ser garantido o aumento ex-pressivo dos recursos para a adaptação aos efeitos das mudanças climáticas e para a

transferência de tecnologia. Dentre os países industrializados, a UE é pioneira na meta de redução do CO2. Assumiu o compromisso de reduzir no mínimo 40% das emissões até 2030, em comparação com 1990. O principal instrumento para alcançar esta meta é o co-mércio europeu de cotas de emissão de gases de efeito estufa, que regula as emissões de 11 mil grandes indústrias e companhias de abas-tecimento energético e deve ser reformado para aumentar sua e�cácia. A Alemanha de-senvolve ainda ativamente projetos de coo-peração ambiental com outros países nas áreas de proteção das �orestas tropicais e au-mento da e�ciência energética.

A Ponte Transatlântica do Clima é um projeto especial de cooperação com os EUA e o Canadá. O papel precursor da Alemanha é apoiado por exemplo pelo Instituto Potsdam para Pesquisa do Impacto Climático e pelo Instituto Wupper-tal de Clima, Meio Ambiente e Energia.

IMPULSIONADORA DAS COOPERAÇÕES SOBRE O CLIMAT E M A

1991A Lei de Armazenamento de Energia regula a compra de energia renovável excedente pelas empresas do setor a preços garantidos.

1987Entra em funcionamento o pri-meiro parque alemão de energia eólica em Kaiser-Wilhelm-Koog, no litoral oeste de Schleswig -Holstein. Desde então 32 turbi-nas transformam os ventos do Mar do Norte em energia elétrica.

1976O Ministério alemão da Pesquisa aprova a construção de uma grande turbina eólica com 100 metros de altura (Growian) no Norte da Ale-manha. Mas a primeira experiência com energia eólica fracassa. Em 1988 a Growian é desmontada.

L I N H A S D O T E M P O

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O Secretariado de Mudanças Climáticas da ONU em Bonn �scaliza a Convenção Quadro do Clima

2014Com a reforma da Lei de Energias Renováveis (EEG), o foco principal se torna a rentabilidade e previsi-bilidade na ampliação do uso de energias renováveis. A participa-ção das fontes renováveis deve crescer para 40% a 45% até 2025.

2000A Lei de Energias Renováveis (EEG) entra em vigor. Nela �ca estabelecida a prioridade das energias renováveis no armazena-mento e nas redes de distribuição. A EEG se torna um marco.

2011Após o desastre nuclear de Fukushima, o governo alemão aprova medidas de política ener-gética para abandonar sucessiva-mente a energia nuclear até 2022 e garantir um abastecimento eco-logicamente sustentável.

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das  importações internacionais de petró-leo e gás natural. A Alemanha gasta anual-mente 80 bilhões de euros com a importa-ção de carvão, petróleo e gás natural. Esta soma deve ser substituída sucessivamente, nos próximos anos, pela geração interna de valores no setor das energias renováveis, medidas que, além disso, resultam em no-vas oportunidades de exportação e geram mais emprego. Outra medida essencial consiste em fortalecer o “segundo pilar” da

virada energética, reduzindo o consumo e aumentando a e�ciência energética. Já fo-ram obtidos bons resultados na indústria e em grandes empresas artesanais, onde os padrões são elevados. Mas continua sendo necessário reduzir o consumo em empre-sas de menor porte e edifícios públicos. O saneamento de prédios antigos contribui signi�cativamente para o aumento da e�-ciência energética e é incentivado pelo governo federal. As emissões de CO2 em

Parques eólicos offshore no Mar do Norte são pilares da virada energética

\Tatsachen\5_InDesign-Satzarbeit\POR\Tatsachen_2015_Umwelt-Klima-Energie_P_POR 85 05.10.2015 18:53:03

M E I O A M B I E N T E & C L I M A84 | 85

A virada energética é o mais importante projeto de política econômica e ambiental da Alemanha e denomina a transforma-ção do abastecimento de energia no país, abandonando petróleo, carvão, gás e ener-gia atômica rumo às energias renováveis. Até no mais tardar 2050, pelo menos 80% do abastecimento de eletricidade e 60% de todo o abastecimento energético deverão vir de fontes renováveis. Como próximo passo, todas as usinas nucleares serão de-sativadas sucessivamente até o ano de 2022. E até 2025, de 40 até 45% do forneci-mento de eletricidade deverá ser prove-niente de energias renováveis. Em meados de 2015, apenas oito usinas nucleares con-tinuavam ligadas à rede e sua participação

na matriz energética era de 15%. O gover-no federal leva adiante assim a reestrutu-ração do sistema de energia sustentável, iniciado em 2000 com a resolução de aban-donar a energia nuclear e o fomento da Lei de Energias Renováveis (EEG). A política de apoio às energias renováveis data na Alemanha da década de 1990, e a EEG en-trou em vigor no ano 2000.

Plano de abandono da energia nuclear a longo prazo

Foi também em 2000 que o governo fede-ral acordou com as empresas fornecedoras de energia o abandono da energia nuclear até 2022. Assim, as resoluções do governo federal sobre a virada energética, em 2011, são parte de uma longa tradição de refor-ma do suprimento energético em prol das fontes de energia renováveis. A reestrutu-ração acelerada do sistema energético, de-cidida pelos partidos representados no Bundestag em 2011 após o desastre de Fukushima e amplamente apoiada pela população, é considerada “um passo ne-cessário em direção a uma sociedade in-dustrializada comprometida com a sus-tentabilidade e a preservação da natureza“.

No entanto, não só o meio ambiente e o cli-ma devem ganhar com a virada energética, mas também a economia nacional. Em especial deve ser reduzida a dependência

VIRADA ENERGÉTICA – PROJETO PARA GERAÇÕEST E M A

∙ Maior parque eólico on shore: Reußenköge em Schleswig-Holstein

∙ Maior parque eólico off shore: alpha ventus no Mar do Norte

∙ Mais potente gerador eólico: E126/7570 kW da Enercon

∙ Maior parque de energia solar: Meuro/Schipkau

∙ Maior bolsa de energia: EEX (Euro-pean Energy Exchange) em Leipzig

L I S T A

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das  importações internacionais de petró-leo e gás natural. A Alemanha gasta anual-mente 80 bilhões de euros com a importa-ção de carvão, petróleo e gás natural. Esta soma deve ser substituída sucessivamente, nos próximos anos, pela geração interna de valores no setor das energias renováveis, medidas que, além disso, resultam em no-vas oportunidades de exportação e geram mais emprego. Outra medida essencial consiste em fortalecer o “segundo pilar” da

virada energética, reduzindo o consumo e aumentando a e�ciência energética. Já fo-ram obtidos bons resultados na indústria e em grandes empresas artesanais, onde os padrões são elevados. Mas continua sendo necessário reduzir o consumo em empre-sas de menor porte e edifícios públicos. O saneamento de prédios antigos contribui signi�cativamente para o aumento da e�-ciência energética e é incentivado pelo governo federal. As emissões de CO2 em

Parques eólicos offshore no Mar do Norte são pilares da virada energética

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M E I O A M B I E N T E & C L I M A86 | 87

Alemanha se encontra em terceiro lugar, depois da China e dos EUA.

A Lei de Energias Renováveis como exemplo internacional

A Lei de Energias Renováveis (EEG), um conjunto de normas de estímulos bem-su-cedido e visto em muitos países como exemplo, foi modi�cada em 2014. A meta era garantir que os custos da segurança do suprimento se mantivessem acessíveis aos cidadãos e à economia. As cotas do rateio estipulado pela lei, segundo o qual os cus-tos mais altos da ampliação das fontes limpas são distribuídos entre os consumi-dores, haviam subido muito com a grande expansão de usinas solares e a mudança no método do cálculo dos preços após 2009. Isso provocou uma grande discus-são na opinião pública a respeito dos cus-tos das energias renováveis e da virada energética. Em 2015, pela primeira vez as cotas voltaram a diminuir. Além disso, o governo federal está trabalhando em uma

edifícios representam 40% do total. O con-sumo de eletricidade na Alemanha também vem caindo desde 2007, mas ainda são ne-cessários esforços continuados para atingir a meta formulada inicialmente no plano, ou seja, uma redução de 10% até 2020.

A virada energética não tem em vista ape-nas a minimização de riscos, mas também a redução dos impactos sobre o clima e uma maior segurança no suprimento. A taxa da energia limpa na matriz energética aumentou consideravelmente com a am-pliação acelerada das energias renováveis. A participação da energia verde na geração bruta foi de 26% em 2014, sua contribuição no consumo total no primeiro semestre de 2015 foi de 32,5%. A fotovoltaica cobre até 25% da demanda em dias úteis ensolara-dos, até 50% em domingos e feriados. 38,7% das novas residências já são aqueci-das com energias renováveis. No início de 2015 havia 1,5 milhão de usinas solares fo-tovoltaicas com capacidade nominal de 38,5 gigawatts. Com este desempenho a

Geração bruta de energia elétrica 2014

Produção de energia A energia produzida a partir de fontes reno-váveis cresceu nova-mente em 2014, repre-sentando 26% da gera-ção bruta de energia elétrica na Alemanha.

18 %Hulha

16 %Energia nuclear

10 %Gás natural

4 %Outros

26 %Linhita

9 %

26 %Energias renováveis

Font

e: S

tatis

tisch

es B

unde

sam

t

D I A G R A M A

Eólica

7 %

6 %3 %1 %

Biomassa

Fotovoltaica

Hidrelétrica

Lixo doméstico

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G L O B A L

nova estruturação do sistema energético, que garanta a estabilidade da rede apesar do aumento considerável da quantidade oscilante de energia solar e eólica. Para is-so é preciso que exista energia de backup sempre disponível, gerada de preferência por usinas a gás, que emitem menos CO2

que usinas a carvão.

A virada energética não exige apenas a construção de novas usinas verdes. Para a segurança do suprimento é necessário que as redes se adaptem às mudanças no siste-ma de geração. Para tanto está sendo pla-nejada a construção de milhares de km de novas linhas de tansmissão. A energia eó-lica que é gerada principalmente no norte da Alemanha pode assim ser transportada aos grandes centros consumidores de energia no sul do país.

As redes regionais também precisam ser ampliadas para serem abastecidas com a energia solar descentralizada. Muitas vezes há resistência dos cidadãos em regiões em

que as novas linhas devem atravessar zo-nas residenciais. As distribuidoras procu-ram levar os protestos em consideração e já se pensa em substituir a �ação aérea por subterrânea para minimizar os con�itos.

Análise do climaNo Painel Intergovernamental de Mu-danças Climáticas (IPCC), o Painel do Clima da ONU, trabalham 800 cientis-tas de 80 países. No segundo trimestre de 2015, a delegação de peritos e re-presentantes apresentou a síntese do quinto relatório do órgão. Dele consta que as emissões de gases de efeito es-tufa são o principal responsável pelas mudanças climáticas. É preciso adotar medidas drásticas para li-mitar o aquecimento do planeta a dois graus.→ ipcc.ch

Emissões de dióxido de carbono 2013/Participação mundial

Alemanha

Federação Russa

China

França

Japão

Estados Unidos

1,0 %

2,4 %

3,9 %

5,1 %

15,0 %

29,1 %

Participação das fontes renováveis na produção total de energia elétrica na Alemanha (em parte, prognósticos)

14 %

2007

28 %

2014

35 %

2020

80 %

2050 Font

es: F

raun

hofe

r ISE

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EW, B

MW

I

Font

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sam

t

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M E I O A M B I E N T E & C L I M A88 | 89

A liderança da Alemanha em tecnologias do meio ambiente, energias renováveis e uso eficiente dos recursos naturais tem uma ação benéfica para a economia e o mercado de trabalho. O setor de energias renováveis contribui substancialmente para o crescimento sustentável e para o desenvolvimento de novas tecnologias, tanto nas áreas de informação e comuni-cação, como de tecnologia dos materiais.

O setor de tecnologia ambiental emprega 2 milhões de pessoas, um em cada cinco postos de trabalho tem o predicado ver-de. Por isso a Alemnha se encontra entre

os dez países líderes de ocupação de mão--de-obra no setor de energias renováveis. A maior parte das empresas são de médio porte, mas também se encontram algu-mas multinacionais, como a Siemens. Elas obtêm grandes êxitos de exportação com o rótulo “Greentech made in Ger-many“. Sua participação no mercado mundial é de 15%. A Alemanha quer me-lhorar essa posição com um Programa de Apoio à Exportação de Tecnologias do Meio Ambiente, oferecendo soluções in-tegradas.

A mobilidade elétrica é um dos temas importantes para o futuro do setor

A mobilidade elétrica ou mobilidade sus-tentável deve trazer um novo impulso para a proteção ambiental e climática. O futuro da automobilidade também faz parte da agenda de países como China, Japão e EUA. O governo federal alemão e a indústria automobilística têm um objeti-vo ambicioso: transformar a Alemanha no mercado líder da mobilidade elétrica e usufruir do potencial do mercado global. Até 2020, um milhão de carros elétricos deve circular pelas estradas alemãs, con-tribuindo para a redução de um sexto das emissões de CO2 creditadas aos automó-veis. Os fabricantes de automóveis ale-mães desenvolvem intensivamente novas idéias de mobilidade elétrica e já lança-

TECNOLOGIAS VERDES, UM SETOR DE FUTUROT E M A

1,79 milhãode km de extensão tem a rede alemã de energia elétrica. Equivale a 45 vezes a linha do Equador. A maior parte, com 1,44 milhão de km (80%), é constituída por linhas de transmissão subterrânea, outros 350 mil km, por �ação aérea. As redes de alta-tensão suprarregionais têm 34.810 km de extensão. A virada energética prevê novas linhas num to-tal de 2.650 km.→ bundesnetzagentur.de

N Ú M E R O

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ram 29 modelos no mercado (�m de 2015), como o BMW i3. Uso de pistas reservadas a ônibus, estacionamentos próprios e placas especiais foram prometidos aos do-nos, para incentivar a opção pelo veículo movido a energia alternativa. Ao mesmo tempo, cresceu substancialmente o volu-me de recursos empregados na pesquisa de energia. O foco principal são as baterias de veículos elétricos. O projeto Bateria 2020 é considerado exemplar e visa a bus-

ca de novos materiais e o aprimoramentos de outros já existentes para a pesquisa e o desenvolvimento de células de baterias de alta potência.

Atualmente, foram criados em universida-des e escolas superiores alemães e euro-peias cerca de mil novos cursos inovadores na área de energias renováveis e e�ciência energética que atraem estudantes de todos o mundo.

Os carros elétricos são um dos grandes temas do futuro para a indústria automobilística alemã

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ram 29 modelos no mercado (�m de 2015), como o BMW i3. Uso de pistas reservadas a ônibus, estacionamentos próprios e placas especiais foram prometidos aos do-nos, para incentivar a opção pelo veículo movido a energia alternativa. Ao mesmo tempo, cresceu substancialmente o volu-me de recursos empregados na pesquisa de energia. O foco principal são as baterias de veículos elétricos. O projeto Bateria 2020 é considerado exemplar e visa a bus-

ca de novos materiais e o aprimoramentos de outros já existentes para a pesquisa e o desenvolvimento de células de baterias de alta potência.

Atualmente, foram criados em universida-des e escolas superiores alemães e euro-peias cerca de mil novos cursos inovadores na área de energias renováveis e e�ciência energética que atraem estudantes de todos o mundo.

Os carros elétricos são um dos grandes temas do futuro para a indústria automobilística alemã

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3

4

5

6

2

1

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M E I O A M B I E N T E & C L I M A90 | 91

Moderna turbina eólica alemã vista por dentroTipo Enercon E-126 com potência nominal de 4.200 kW

Usina de energia eólicaO vento move as pás do rotor. O gerador trans-forma a energia mecânica em energia elétrica.

TransformadoresO transformador transmite a eletricidade em parâmetros com-patíveis para a rede distribuidora.

Subestação de transfor-mação de energia elétricaNas subestações a média tensão é convertida em alta tensão para o trans-porte por longos percursos.

VIRADA ENERGÉTICAP A N O R A M A

18.000novos empregos por ano com a virada energética (até 2020)

371.000Empregados no setor de

energias renováveis

30 %menos energia nuclear

(2010 – 2014)

50 % mais energia de fontes

renováveis (2010 – 2014)

Suporte da máquinaPropulsor azimutalGerador em anelPeça para �xação das pásEixo do rotorPá do rotor

10.000 V - 30.000 V690 V

110.000 V

1

2

3

4

5

6

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571

10.437 1.035

3.258 7.617

1.561

907

1.0273.4303.921

1.696 2.313

1.662

3662024.645

3.753

1.099 2.278

56

269

36

4.1022.712 5.099

1.0591.4141.088

1.408

14335

Rede elétricaAtravés da rede de distribuição elétrica a energia é distribuída para as diversas regiões.

SubestaçãoEm uma outra subes-tação a alta-tensão é transformada para 230 Volts.

LaresUma usina eólica de 5 MW pode abastecer 4.900 lares com cerca de 14.600 pessoas por ano.

Uso de energia eólica e solar nos estados federadossegundo a potência (MW)

12,3 bilhões de euros

para usinas eólicas (2014)

3,1 bilhões de euros

para novas usinas solares (2014)

35.000quilômetros de redes

elétricas de longa distância

1,79milhões de quilômetros

de rede elétrica

Energia solarEnergia eólica

Baviera

Hessen

Turíngia

Saxônia

Brandemburgo

Berlim

Hamburgo

Bremen

Renânia do Norte-Vestfália

Baixa SaxôniaSaxônia- -Anhalt

Mecklemburgo- -Pomerânia Ocidental

Renânia- -Palatinado

Schleswig- -Holstein

Baden- -Württemberg

Sarre

32,5 %da energia consumida no primeiro semestre de 2015 foi proveniente de fontes renováveis.

25.000 No �m de 2014 havia 25 mil geradores de energia eólica instalados na Alemanha.

1,5 milhãoNo �m de 2014 havia 1,5 milhão de usinas foto-voltaicas na Alemanha.

até 380.000 V

230 V

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M E I O A M B I E N T E & C L I M A92 | 93

natureza. Na Convenção sobre Diversidade Biológica da ONU, os governos de 196 países comprometeram-se a reduzir signi�cativa-mente as cotas de perda da diversidade bioló-gica. No entanto, ainda não foi possível rever-ter a tendência de extinção de espécies. Em 2010, na Conferência das Partes sobre Biodi-versidade Biológica da ONU em Nagoya, no Japão, foi assinado um acordo que estabelece as bases para um regime internacional de acesso a recursos genéticos e repartição justa e equitativa dos benefícios decorrentes de sua utilização. O Protocolo de Nagoya entrou em vigor em 2014.

Na Alemanha, mais de 40% das espécies de animais vertebrados e das vegetais estão ame-açadas de extinção. Por isso devem aumentar os esforços em prol da preservação da nature-za e das espécies em ecossistemas terrestres e aquáticos, bem como no Mar do Norte e no Mar Báltico. Uma meta urgente é reduzir a destruição do hábitat através da expansão imobiliária, da construção de estradas e da poluição química e adubação excessiva pro-venientes da agricultura intensiva. As áreas para construção imobiliária e novas estradas devem passar de 70 para 30 hectares por dia. Tenciona-se ainda deixar 2% do território na-cional em seu estado selvagem natural e de-volver 5% das �orestas à natureza. Em 2015, diversos antigos territórios militares com área equivalente a 31 mil hectares foram transformados em áreas de conservação

A Alemanha é um país com grande diversida-de biológica. Possui 48 mil espécies animais e cerca de 24 mil espécies de plantas superiores, musgos, cogumelos, líquens e algas. A prote-ção dos fundamentos naturais da vida é uma meta estatal, �xada na Lei Fundamental des-de 1994. Existem no país 16 parques nacionais e 15 reservas de bioesfera da Unesco com ca-racterísticas muito diversas, distribuídos en-tre a Mar do Norte e os Alpes, além de milha-res de áreas de proteção ambiental.

A Alemanha é signatária dos mais importan-tes acordos internacionais sobre biodiversi-dade e participa de cerca de 30 acordos inte-restatais que têm por meta a proteção da

DIVERSIDADE ESSENCIAL PARA A VIDAT E M A

Faz alguns anos, que animais silvestres retornam à Alemanha e se aclimatam no país. Mais de 30 matilhas de lobos (cerca de 300 animais no total) percor-rem atualmente as �orestas no norte e no leste. Gatos selvagens e linces também são vistos cada vez mais fre-quentemente. O número de casais de águias- marinhas construindo ninhos nunca foi tão alto. Os castores se tornaram novamente habituais na pai-sagem. Até mesmo alces e ursos pardos já foram avistados cruzando as fron-teiras de países vizinhos do Leste para a Alemanha.→ wwf.de

I N F O R M A Ç Ã O

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ambiental, dentre elas áreas pantanosas co-mo pauis e charnecas.

A atenção dedicada à proteção dos mares vem aumentando. Os mares são ricos em biodi-versidade, fornecem matérias-primas, ener-gia e alimentos. O ecossistema sofre impactos múltiplos, decorrentes da exploração do pe-tróleo, navegação, pesca intensiva, do despejo de substâncias não degradáveis (lixo plástico) e aumento do nível de acidez por CO2. Dados

da FAO revelam que a piscicultura e a aqua-cultura mais que duplicaram desde a década de 1980. Em 2015, na Cúpula do G7 em Elmau, os chefes de Estado e de governo debateram sobre a proteção dos ecossistemas marinhos. Deverão ser também melhor protegidos os animais selvagens capturados vivos ilegal-mente na Ásia, África e América Latina e ofere-cidos no mercado alemão. A importação para a UE e as bolsas comerciais de animais selva-gens na Alemanha deverão ser proibidas.

M A P A

Mar de Wadden de Schleswig-Holstein

Mar de Wadden de Hamburgo

Mar de Wadden da Baixa Saxônia

Reservas da biosfera da Unesco e parques nacionais

Laguna da Pomerânia OcidentalJasmund

Lago de Schal

Sudeste de Rügen

Müritz

Vale do Baixo Oder

Harz

Sul do Harz

HainichKellerwald-Edersee

EifelSuíça Saxônica

Paisagem �uvial do Elba

Região de Lagos de Oberlausitzer Heide

Floresta do Spree

Região do Rhön Vale do Vesser- Floresta da Turíngia

Schorfheide-Chorin

Hunsrück-Hochwald

Floresta da Baviera

Floresta Negra

Berchtesgaden

Berchtesgadener Land

BliesgauFloresta do Palatinado-Vosges do Norte

Alpes Suábios

Parque nacional

Reserva da biosfera

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E N S I N O & C O N H E C I M E N T O94 | 95

ENSINO & CONHECIMENTO

Importante polo de conhecimento ∙ Dinâmico setor do ensino superior ∙

Ambiciosa pesquisa de ponta ∙ Ciência interconectada ∙ Política cientí�ca

exterior engajada ∙ Sistema escolar atraente

A Alemanha está entre os polos mais im-portantes de pesquisa e formação acadê-mica. Um símbolo disso é o terceiro lugar entre as nações ganhadoras de Prêmio Nobel, com mais de 80 condecorações. Em um mundo globalizado, onde o conheci-mento é uma importante “matéria-pri-ma”, o país com sua tradição em pesquisa e desenvolvimento está bem situado na concorrência internacional pelas melho-res cabeças. Três aspectos caracterizam o polo de conhecimento: uma densa rede de 400 escolas superiores, os quatro centros de pesquisa extrauniversitária de renome internacional e a signi�cativa pesquisa na indústria. A posição de líder em exporta-ção de produtos de alta tecnologia, com 12% do volume do comércio mundial, e um lugar cativo no grupo dos líderes em inovação na União Europeia (UE) são con-sequência do excelente desempenho na

pesquisa. Internacionalmente, está entre os poucos países que investem mais de 2,5% do seu PIB em pesquisa e tecnologia.

A política e as escolas superiores tomaram a iniciativa de desenvolvimento contínuo e internacionalização do polo cientí�co através de inúmeras medidas e reformas. Delas faz parte a iniciativa de quali�cação aprovada em 2008 tendo por lema “Ascen-são pela formação”, que oferece incentivos durante toda a vida. Outras medidas de sucesso são a Iniciativa de Excelência, que resultou em grande número de centros de pós-graduação e de excelência, o Pacto para as Escolas Superiores 2020, a Estraté-gia de Alta Tecnologia, o Pacto em prol da Pesquisa e Inovação e a Estratégia de In-ternacionalização. Como maior nação da Europa no que se refere à pesquisa, a Ale-manha foi o primeiro país-membro da

I N T R O D U Ç Ã O

IMPORTANTE POLO DE CONHECIMENTO

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A Alemanha é internacionalmente um dos destinos prediletos dos estudantes

Ensino & conhecimento: o vídeo sobre o tema → tued.net/pt/vid5

V Í D E O A R - A P P

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E N S I N O & C O N H E C I M E N T O96 | 97

União Europeia a apresentar em 2014 uma estratégia para o desenvolvimento do Es-paço Europeu de Pesquisa (EEP).

Uma ênfase bastante especial recai sobre a internacionalização. No âmbito do Proces-so de Bolonha, a maioria dos cursos foi adaptada ao sistema de duas etapas que confere os graus de bachelor e master, e muitos são ministrados em uma língua estrangeira. A Alemanha ocupa o terceiro lugar na preferência dos estudantes es-trangeiros, depois dos EUA e da Grã-Breta-nha. O nível de mobilidade dos estudantes alemães também é alto: 30% vão estudar no exterior. O número de funcionários estrangeiros nas instituições de ensino su-perior aumentou dois terços na última década e alcançou 10%. Muitas escolas su-periores alemãs se empenham na “expor-tação” de ofertas de cursos e instalação de escolas superiores nos moldes alemães no  mercado internacional do ensino. Em

geral o sistema de ensino na comparação internacional está relativamente bem adaptado às necessidades do mercado de trabalho. 86% dos adultos no país têm a maturidade escolar para a escola superior ou concluíram um curso pro�ssionalizan-te. A média na OCDE é apenas 75%.

Research ExplorerPortal de pesquisa com mais de 23 mil institutos → research-explorer.de

Research in GermanyPlataforma central de informações sobre o polo de inovação e pesquisa alemão → research-in-germany.org

DWIHCentros alemães de ciência e inovação no mundo → germaninnovation.info

R E D E

Trampolim para uma carreira de sucesso: curso superior completo

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Page 99: Português, Brasil (21.34 MB)

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Sociedade Alemã de Amparo à Pesquisa

A Sociedade Alemã de Amparo à Pesquisa (DFG)

é a organização central de fomento à pesquisa

em escolas superiores e institutos de pesquisa

�nanciados pelo Estado.

→ dfg.de

Conferência de Reitores

A Conferência de Reitores (HRK) é a organização

das instituições de ensino superior estatais e re-

conhecidas o�cialmente na Alemanha. O banco

de dados Hochschulkompass fornece informa-

ções sobre estudos e cooperações internacionais.

→ hrk.de, hochschulkompass.de

Leopoldina

A mais antiga academia de ciências do mundo,

Leopoldina em Halle, tem 1.500 membros.

→ leopoldina.org

Organizações extrauniversitárias

A Sociedade Max Planck, a Sociedade Fraunhofer,

a Comunidade Helmholtz e a Sociedade Leibniz

são as instituições cientí�cas extrauniversitárias

fomentadas pela Federação e os estados.

→ mpg.de, fraunhofer.de, helmholtz.de,

leibniz-gemeinschaft.de

Fundação Alexander von Humboldt

A Fundação Alexander von Humboldt fomenta

cientistas de ponta e o intercâmbio cientí�co.

→ humboldt-foundation.de

Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico

O Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico

(DAAD) é a maior organização de fomento do in-

tercâmbio de estudantes e cientistas. O DAAD

mantém uma rede internacional de agências com

71 escritórios regionais e centros de informação.

→ daad.de, studieren-in.de

Portal Alumni Alemanha

O Portal Alumni Alemanha conecta pessoas em

todo o mundo que estudaram, pesquisaram ou

trabalharam na Alemanha.

→ alumniportal-deutschland.org

Programa “Escolas: uma parceria para o futuro”

O programa PASCH do MRE reúne 2.000 esco-

las com o ensino de alemão como prioridade.

→ pasch-net.de

AGENTES & INSTRUMENTOS

Mais informações sobre todos os temas do capítulo – listas de rankings comen-tadas, artigos, documentos; informa-ções adicionais com palavras-chave tais

como: Processo de Bolonha, internacionalização, graus conferidos, limitação do número de admissões.→ tued.net/pt/dig5

C O M P A C T O

D I G I T A L P L U S

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E N S I N O & C O N H E C I M E N T O98 | 99

∙ Mais antiga universidade: Ruprecht Karl de Heidelberg (1386)

∙ Mais jovem universidade: Escola Superior de Medicina em Brandemburgo (2014)

∙ Maior universidade abrangente: Universidade Ludwig Maximilian de Munique (50.327 estudantes)

∙ Universidade mais atraente para pes-quisadores de ponta e novas gerações: Universidade Livre de Berlim (Ranking Humboldt 2014)

L I S T A

O setor do ensino superior é extremamente diversi �cado na Alemanha e oferece uni-versi da des renomadas em métropoles como Berlim e Munique, mas também excelentes escolas superiores em Aachen, Heidelberg ou Karlsruhe. Universidades de porte médio com forte viés cientí�co e pequenas institui-ções de ensino superior com uma impressio-nante força de atração formam o núcleo do mundo acadêmico. No ranking internacio-nal de Xangai, nos rankings da QS World University ou da Times Higher Education World University, entre dez e doze universi-dades alemãs se encontram no topo entre as duzentas melhores, com destaque para a Universidade Ludwig Maximilian de Muni-que, a Universidade de Heidelberg e a Uni-versidade Técnica de Munique.

Segundo a Conferência dos Reitores, em 2015 os estudantes podiam escolher entre 399 instituições de ensino superior na Ale-manha (121 universidades, 220 escolas su-periores de ciências aplicadas, 58 escolas superiores de música ou arte). Ao todo, elas oferecem 17.731 cursos. No âmbito do Pro-cesso de Bolonha, iniciado em 1999 com a meta de criar um espaço europeu uni�cado de instituições de ensino superior, 87,4% de todos os cursos foram adaptados ao sis-tema de duas etapas, com bachelor e mas-ter. 238 instituições do ensino superior são �nanciadas pelo Estado, 40 pela Igreja e 121 são particulares.

Entre os países em que inglês não é idioma ocial, o predileto dos estudantes internacionais

O setor é composto basicamente de três ti-pos de instituições, de acordo com a es-trutura e a missão: universidade, escola su-perior de ciências aplicadas, bem como escolas superiores de arte, �lme e música. Enquanto as universidades clássicas ofere-cem todo o leque de cursos, as universida-des técnicas (TU) se concentram na pesquisa de base nos cursos de engenharia e ciências naturais. As nove TUs mais importantes se reuniram em 2006 para formar a Iniciativa TU9. As universidades se veem não só como local de ensino, mas também de pesquisa, incorporando assim até hoje o ideal da

DINÂMICO SETOR DO ENSINO SUPERIOR T E M A

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concepção humboldtiana da unidade de pes-quisa e ensino. Têm como principal objetivo o fomento das novas gerações de pesquisa-dores, o ensino de conhecimentos especí�-cos consolidados e a formação de cientistas autônomos no trabalho e na pesquisa. As 220 escolas superiores de ciências aplicadas (FH), com viés fortemente prático, são uma espe-cialidade alemã e passaram a ser denomina-das, como nos países anglo-saxões, de uni-versidades de ciências aplicadas. Atualmente

se discute a introdução do direito de conferir o grau de doutor para as FHs, até agora um privilégio das universidades.

A expansão da formação acadêmica é contí-nua: em 2005, o número de calouros era de 37%, hoje a metade dos jovens na Alemanha inicia um curso superior. A BAföG, lei alemã de apoio à formação, permite aos estudantes obter um crédito de �nanciamento dos estu-dos, independente da situação �nanceira da

2,7 milhões de estudantes estão matriculados em 400 escolas superiores na Alemanha

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Page 102: Português, Brasil (21.34 MB)

TU

HU

FU

U

JU

LUMedH

LMU

TU

TUHU

FU

U

JULU

MedHLMU

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E N S I N O & C O N H E C I M E N T O100 | 101

Centros de excelência, Centros de pós-graduação e Estratégias

de futuro da Iniciativa de Excelência

M A P A

família. No entanto, o sucesso nos estudos continua ainda fortemente acoplado ao con-texto social. Apenas 23% de �lhos de famílias sem formação acadêmica iniciam um curso superior. Em 2014, havia 2,7 milhões de estu-dantes inscritos em escolas superiores, dentre eles 301.350 com nacionalidade estrangeira, sendo 218.848 estudantes com a maturidade escolar para a escola superior adquirida no exterior e 82.502 com o Abitur alemão.

Desde 2011 o total de estudantes aumentou 18%, o de estudantes estrangeiros quase 20% no mesmo período. Atualmente o número

de estudantes estrangeiros frequentando universidades alemãs é o dobro de 1996. A maioria deles vem da China, Rússia e Índia. Assim, entre os países em que o inglês não é o idioma o�cial, a Alemanha é o predileto dos estudantes internacionais. Só os EUA e a Grã-Bretaha conseguem atrair mais estu-dantes estrangeiros. As universidades técni-cas têm renome como forjas da engenharia: 25% dos calouros nas TUs são estudantes de outros países.

As instituições de ensino superior alemãs aumentaram simultaneamente para 1.104 a

Estratégia de futuroCentros de pós-graduaçãoCentros de excelênciaCorrequerente

UniversidadeUniversidade TécnicaUniversidade HumboldtUniversidade LeibnizJacobs UniversityUniversidade LivreUniv. Ludw. MaximilianEscola Superior de Medicina

HeidelbergMannheim

Saarbrücken

Kaiserslautern

MainzDarmstadt

WürzburgBamberg

Erlangen-Nurembergue

BayreuthFrankfurt

KarlsruheStuttgart

Ulm

Augsburgo

Munique

Regensburgo

Tübingen

Constança

Freiburgo

Berlim

Kiel

Lübeck

HamburgoBremen

Hannover

Göttingen

Bielefeld

Münster

Bochum

Colônia

BonnAachen

Düsseldorf

Oldemburgo

Jena ChemnitzDresdenGießen

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oferta de cursos internacionais e em uma lín-gua estrangeira. Para os doutorandos inter-nacionais, o número de ofertas de programas estruturados de doutorado são especialmen-te atraentes. A ampla isenção de taxas é outra vantagem das escolas superiores alemãs.

A Federação e os estados atuam juntos ante a expansão da formação acadêmica: no âmbi-to do Pacto para Escolas Superiores 2020, de-cidiram em �ns de 2014 �nanciar até 760 mil cursos adicionais nos próximos anos. Du-rante o período de validade do pacto, de 2007 a 2023, a Federação e os estados irão disponibilizar 20,2 bilhões e 18,3 bilhões de euros, respectivamente.

Iniciativas em prol de mais excelência e maior internacionalização

Desde 2005 a Federação e os estados fo-mentam através da Iniciativa de Excelência projetos e instituições de pesquisa de pon-ta nas escolas superiores. Na atual fase do programa (2012-2017), são fomentados 45 centros de pós-gradução, 43 centros de ex-celência e 11 per�s de pesquisa de 44 uni-versidades. O volume de recursos disponi-bilizados no período é 2,7 bilhões de euros. Após 2017 os recursos devem continuar no mesmo patamar.

Um tema que continua sendo muito impor-tante é a internacionalização. Uma pesquisa conjunta do DAAD, da Conferência de Rei-tores e da Fundação Humboldt apurou em 2014 a existência de 31 mil cooperações in-ternacionais de quase 300 instituições de

ensino superior com 5 mil parceiros em 150 países, incluindo inúmeros programas de diplomação dupla. Muitas escolas supe-riores participam do desenvolvimento da oferta de cursos alemães e da fundação de escolas superiores nos moldes alemães, co-mo no Egito, China, Jordânia, Cazaquistão, Mongólia, Omã, Cingapura, Hungria, Viet-nã e Turquia.

O aumento da mobilidade dos estudantes alemães para o exterior também recebe in-centivos. Mais de 30% frequentam parte do curso no exterior. Futuramente um em ca-da dois estudantes alemães deverá adquirir experiência em outro país durante o curso. Programas de intercâmbio como o Eras-mus+ incentivam através de bolsas as tem-poradas no exterior.

Atualmente as mulheres iniciam mais frequentemente um curso superior do que os homens e defendem quase a metade das teses de doutoramento, mas apenas 21,3% dos professores cate-dráticos são mulheres. Por esse motivo a Federação e os estados lançaram em 2008 um programa de fomento para professoras, dotado de 300 milhões de euros até 2017, para aumentar o núme-ro de professoras nas instituições de ensino superior e fortalecer a igualdade de gênero. Em 2015 foi nomeada uma professora para ocupar a vaga de núme-ro 400 fomentada pelo programa. → bmbf.de/de/494.php

I N F O R M A Ç Ã O

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E N S I N O & C O N H E C I M E N T O102 | 103

AMBICIOSA PESQUISA DE PONTAT E M A

Ciência e pesquisa têm muito valor na Ale-manha. Tanto a economia como a política vêm aumentando continuamente o orça-mento destinado ao trabalho de conheci-mento. A participação dos investimentos em pesquisa no PIB foi de 2,84% em 2013. Assim, a Alemanha está entre os poucos pa-íses que investem mais de 2,5% do PIB em pesquisa e desenvolvimento (P&D). O total de investimentos em 2013 foi de cerca de 80 bilhões de euros. A indústria contribuiu com 67%, as instituições de ensino superior com 18% e o Estado com 15% dos recursos destinados à pesquisa. A pesquisa Innova-tion Union Scoreboard 2015 da Comissão Europeia coloca a Alemanha, juntamente com a Suécia, Dinamarca e Finlândia, no grupo top dos líderes em inovação da União Europeia (UE). Na comparação internacio-nal, a Alemanha contabiliza 7% dos investi-mentos mundiais em P&D, embora tenha apenas 1,2% da população mundial. A in-

dústria na Alemanha aumentou entre 2010 e 2013 em mais de 22% o gasto com P&D, investindo 57 bilhões de euros, a maior so-ma já destinada à inovação. O governo fe-deral aumentou o investimento em ensino e pesquisa em 65%, de 2005 a 2015. Em 2015, o orçamento destinado ao ensino e pesquisa é 15,3 bilhões de euros, estando previsto um aumento de 25% até 2017.

O desempenho dos cientistas alemães é ad-mirável. No Nature Index Global publicado no �nal de 2014, que avalia o desempenho das instituições de pesquisa e escolas supe-riores em termos do número de publica-ções cientí�cas, a Alemanha teve a melhor colocação na Europa. Na comparação inter-nacional, obteve o terceiro lugar, depois dos EUA e da China.

O país desenvolveu um instrumento es-pecial de inovação, com a estratégia

Polo de alta tecnologia Alemanha604.600 pessoas trabalham na área de pesquisa e desenvolvimento na Alemanha, sendo 360.900 deles pesquisadores. Os setores mais for-tes em termos de pessoal e recursos são a indústria farmacêutica, de aeronaves e veículos espaciais e a automobilística.

D I A G R A M A

Font

e: B

MBF

/BuF

I

Patentes importantes no mercado internacional, comparação na UE por milhões de habitantes

Suécia

Finlândia

Alemanha

Dinamarca

Média da UE

464459370328

153

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Os investimentos em pesquisa e desenvolvimentos nunca foram tão altos como hoje

Font

es: O

ECD

/BM

BF, S

tatis

tisch

es B

unde

sam

t

Despesas com P&D em milhões de eurosPessoal de P&D segundo os setores

62,0 %Economia

21,8 %Escolas superiores

16,2 %Organizações públicas e priva das  sem �ns lucrativos

2000

50.825

2005

55.879

2009

67.078

2013

79.730

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E N S I N O & C O N H E C I M E N T O104 | 105

interministerial dos setores de ponta. A partir de projetos desenvolvidos no âmbi-to desse programa, surgiram novos desen-volvimentos, desde lâmpadas econômicas LED até válvulas cardíacas de substitui-ção que crescem com o paciente. No início voltada para o potencial de mercado de determinadas áreas tecnológicas, desde 2010 a estratégia de ponta passou a focar a demanda social por soluções viáveis e sua concretização.

A estratégia de ponta foi rede�nida em 2014: ela deve apoiar o pesquisador a esco-lher temas com potencial futuro e trans-formar rapidamente boas ideias em ino-vações. Seis focos temáticos principais servem como orientação: economia digi-tal e sociedade, economia sustentável e energia, inovação no universo do traba-lho, vida saudável, mobilidade inteligente e defesa e segurança civil. No âmbito da estratégia de ponta, foram escolhidos em uma concorrência em três etapas 15 gru-pos de excelência que recebem um fomen-to especial. Uma avaliação feita em 2014

constatou que os grupos de excelência produziram 900 inovações, 300 patentes, 450 teses de doutoramento e agregação, mil monogra�as de bachelor e master e a fundação de 40 novas empresas. Existem mais de 800 instituições de pesquisa subsi-diadas pelo Estado na Alemanha. O esteio do polo de pesquisa é formado por escolas superiores e principalmente pelas quatro grandes instituições de pesquisa extra-universitária.

Excelentes instituições de pesquisa extrauniversitária

A Sociedade Max Planck (MPG), fundada em 1948, é o mais importante centro de pesquisa de base nas áreas das ciências na-turais, biológicas, humanas e sociais fora das universidades. 5.600 pesquisadores, sendo 40% estrangeiros, trabalham em 78 Institutos Max Planck (MPI) na Alemanha e cinco outros institutos nos Países Baixos, em Luxemburgo, na Itália e nos EUA. Des-de a sua fundação, os pesquisadores da MPG já receberam 18 prêmios Nobel.

2008Nove anos após a descoberta da magnetorresistência gigante, que permitiu aos discos rígidos moder-nos superarem a barreira de giga-bytes, o alemão Peter Grünberg e o francês Albert Fert ganham o Prêmio Nobel de Física.

2005Lançamento do edital da Iniciativa de Excelência para universidades. Pacto em prol da Pesquisa e Inovação para instituições de pesquisa extrauniversitária. 2007: Pacto para as Escolas Superiores.

1995Uma equipe e o eletrotécnico e matemático Karlheinz Branden-burg desenvolvem no Instituto Fraunhofer em Erlangen o formato de áudio digital MP3, hoje padrão em todo o mundo.

L I N H A S D O T E M P O

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A MPG �ca em segundo lugar, e é a única instituição europeia, entre as dez primei-ras do ISI Citation Index das publicações cientí�cas mais citadas em 22 áreas em ní-vel mundial.

As atividades de pesquisa de ponta da Co-munidade Helmholtz abrangem seis áreas: energia, Terra e meio ambiente, saúde, transporte e investigação espacial, tecnolo-gias-chave e ciências dos materiais. Os pes-quisadores de seus institutos se concentram em sistemas de alta complexidade. A Comu-nidade Helmholtz é a maior organização de pesquisa da Alemanha, com 14.700 colabo-radores e 6.200 doutorandos em 18 institui-ções de pesquisa independentes, entre eles o Centro Aeroespacial Alemão (DLR) com seus 16 institutos no país.

A Sociedade Fraunhofer, com seus 66 insti-tutos, é a maior instituição de pesquisa aplicada na Europa. Está voltada para a pesquisa nas áreas de saúde, segurança, co-municação, mobilidade, energia e meio ambiente. Com subsidiárias, escritórios e

cooperações em nove países europeus, dois na América do Norte e do Sul respectiva-mente, sete na Ásia, três na África e em pa-íses árabes, bem como na Austrália, suas atividades são globais.

Do grupo da Sociedade Leibniz fazem parte 89 institutos autônomos de pesqui-sa cujas áreas de trabalho abrangem as ciências naturais, sociais e econômicas, geociências, engenharia e meio ambiente até as ciências humanas. Um enfoque transversal dos 9.200 pesquisadores é a transferência do conhecimento para a po-lítica, economia e comunidade. A Sociedade Alemã de Amparo à Pesquisa (DFG) é responsável pelo fomento da ciên-cia e da pesquisa. É a maior organização desse tipo na Europa. A DFG tem, além da sede em Bonn, escritórios na China, Japão, Índia, Rússia, América do Norte e Latina e fomenta a cooperação entre pesquisado-res na Alemanha e seus pares no exterior, especialmente mas não só no espaço eu-ropeu de pesquisa.

2015A adaptação ao sistema de cursos com duas etapas, bachelor e master, está quase concluída com 90%, com exceção de dois cursos regulamentados pelo Estado: medicina e ciências jurídicas.

2012O Instituto Europeu de Patentes condecora o físico de Heidelberg Josef Bille, inventor do procedi-mento Lasik, pelo conjunto de sua obra. Com quase cem patentes di-ferentes, Bille abriu caminho para a atual cirurgia refrativa ocular.

2014Stefan Hell, diretor do Instituto Max Planck de Biofísica Química, recebe juntamente com dois pes-quisadores norte-americanos o Prêmio Nobel de Química pelo desenvolvimento da microscopia de �uorescência super-resolvida.

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E N S I N O & C O N H E C I M E N T O106 | 107

A globalização coloca também o polo cientí�co da Alemanha diante de novos desa�os. A capacidade da ciência e dos pesquisadores de se conectar em rede de-sempenha aí um papel fundamental. O  país conseguiu se posicionar muito bem nessa questão. Os pesquisadores ela-boram quase a metade de suas publica-ções cientí�cas em cooperação interna-cional. Segundo os dados do relatório “Ciência Cosmopolita 2015”, trabalham nas 399 escolas superiores 38.094 cientis-tas e artistas colaboradores com origem migratória, sendo 2.886 professores, o que equivale a 10% de todos os funcioná-rios. Desde 2006 o número de pessoal cientí�co estrangeiro cresceu 74%, o nú-mero de professores 46%. As facilidades para concessão de visto a pesquisadores de países de fora da União Europeia foi muito importante nesse contexto.

O número de pesquisadores estrangeiros com incentivos para trabalhar na Alema-nha também teve um desenvolvimento positivo. Os principais países de origem dos 56.310 peritos são atualmente Rússia, China, Índia, EUA e Itália. Muitas escolas superiores e instituições de pesquisa criam centros de boas-vindas para me-lhor apoiar os cientistas na fase inicial de adaptação. A estada temporária de pes-quisadores também é considerada um ga-nho, porque ao retornar a seus países de

origem eles se tornam parceiros impor-tantes em futuras redes de cooperação.

A boa infraestrutura de pesquisa, como por exemplo a possibilidade de usar equipa-mentos de grande porte em parte ímpares no cenário mundial, atrai muitos cientistas do exterior para a Alemanha. Somente a Comunidade Helmholtz mantém 50 desses equipamentos para as mais diversas áreas de pesquisa. Inúmeros cientistas de ponta vêm do exterior para ensinar em universi-dades alemãs através de uma bolsa para professores da Fundação Humboldt, o mais bem dotado prêmio de pesquisa da Alema-nha, com 5 milhões de euros.

17.686 cientistas alemães foram para o ex-terior através de programas de fomento. Os maiores incentivos vieram da Socieda-de Alemã de Amparo à Pesquisa (DFG), do programa europeu Marie Curie e princi-palmente do Serviço Alemão de Inter-câmbio Acadêmico (DAAD). Quase dois terços dos cientistas fomentados recebem uma bolsa da maior organização mundial de fomento a estudantes e pesquisadores.

A Alemanha quer ampliar e aprimorar a cooperação internacional na área do co-nhecimento, elevando-a simultaneamente a um patamar mais alto de qualidade. A base para atingir esse objetivo é o progra-ma Plano de Ação em prol da Cooperação

CIÊNCIA INTERCONECTADAT E M A

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Pesquisa em grupos internacionais faz parte do cotidiano das universidades e institutos de ciência alemães

Internacional de 2014, do Ministério do Ensino e da Pesquisa.

Novas tendências ambiciosas da estratégia de internacionalização

A meta é ter o plano como base para redire-cionar a estratégia de internacionalização da ciência e da pesquisa iniciada em 2008 e adaptá-la às mudanças mais recentes. Disso faz parte o desenvolvimento do Espaço

Europeu de Pesquisa (EEP) no âmbito da União Europeia, cuja ampliação recebe o opoio decisivo da Alemanha e no qual deve-rá haver liberdade para os pesquisadores e livre intercâmbio de conhecimentos cien-tí�cos e teconologia. O plano de ação inclui ainda o esboço dos moldes de futuras co-operações com países em desenvolvimento e emergentes e a explanação da forma como a Alemanha pode contribuir melhor para a solução de desa�os globais.

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E N S I N O & C O N H E C I M E N T O108 | 109

POLÍTICA CIENTÍFICA EXTERIOR ENGAJADAT E M A

O intercâmbio cientí�co é um dos pilares da Política Exterior em prol da Cultura e Educação (AKBP em alemão). Importan-tes parceiros do Ministério das Relações Externas na sua execução são o Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico (DAAD), a Fundação Alexander von Humboldt, o Instituto Alemão de Arqueologia (DAI) e as fundações ligadas aos partidos políti-cos com atuação internacional. Já na pri-meira vez que o ministro das Relações Externas Steinmeier ocupou a pasta em 2009, foi lançado um programa para a po-lítica cientí�ca exterior, que ampliou ins-trumentos comprovados e acrescentou novas medidas. Muitas tendências novas foram incluídas no intercâmbio, acentu-ando especi�camente o fomento à forma-ção de redes em todo o mundo.

Os arautos da cooperação cientí�ca com a Alemanha são cinco centros alemães de ci-ência e inovação (DWIH em alemão), em Moscou, Nova Deli, Nova York, São Paulo e Tóquio, e o Centro Alemão de Ciência (DWZ em alemão) no Cairo. Os centros são vitrines do polo alemão de pesquisa e ino-vação e reúnem informações e estruturas já existentes de instituições cientí�cas ale-mãs nesses países. Consequentemente, são muitas vezes o ponto de partida para todos os cientistas interessados em cooperações com a Alemanha.

Desde 2010, o trabalho de quatro novos centros de excelência na Rússia, Tailândia, Chile e Colômbia está sendo fomentado pelo DAAD. Eles conectam centenas de cientistas internacionais com a pesquisa alemã e formam novas gerações de acadê-micos de alto nível. Estão estruturados na maioria das vezes como cooperações em pesquisa e ensino entre uma escola supe-rior alemã e um ou mais institutos parcei-ros no exterior.

Cooperação acadêmica em regiões de crise e con ito

A política cientí�ca externa prioriza também a cooperação entre cientistas e instituições de ensino superior em regiões de crise e con-¢ito, bem como em países em transforma-ção. Esse engajamento complexo se coaduna

177 milhõesde euros foram destinados pelo Ministé-rio das Relações Externas ao orçamento do Serviço Alemão de Intercâmbio Aca-dêmico (DAAD). O montante equivalente a 40% é o maior item individual. Com ele são implementados os mais diversos projetos e programas no âmbito da polí-tica cultural e educacional externa.

N Ú M E R O

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com a esperança de que a cooperação na pes-quisa e na formação superior possa preparar o terreno para o entendimento político, ser-vindo consequentemente à prevenção de con�itos e à gestão de crises. A formação su-perior pode se tornar assim a base de um de-senvolvimento sustentável e criar competên-cia para a autoajuda, quali�cando as futuras gerações de tomadores de decisão e agindo assim diretamente na sociedade.

Em consequência das crises e con�itos nos tempos recentes, muitos jovens não têm acesso à educação. Foi por isso que o Minis-tério das Relações Externas criou, em con-junto com o DAAD, o programa “Lideranças para a Síria”, através do qual mais de 200 bolsistas sírios podem vir estudar na Alema-nha. A política cientí�ca externa também obteve sucesso, após a crise na região dos Bálcãs, com a reconstrução das estruturas

acadêmicas no Sudeste europeu, e desde 2002 no Afeganistão, por exemplo através do engajamento das escolas superiores ale-mãs nas áreas de tecnologia da informação e ciências econômicas. O trabalho de recons-trução das estruturas acadêmicas acontece também no Iraque central e na região do Curdistão-Iraque.

Parcerias de transformação com países do mundo árabe

Desde 2011 a Alemanha mantém com diver-sos países árabes uma parceria de transfor-mação que apoia os esforços de reforma nas universidades árabes através de projetos de cooperação com instituições alemãs de ensi-no superior. Outro campo importante são os diversos programas na área de boa gover-nança, voltados para as futuras lideranças de regiões de crise em todo o mundo.

O ministro do Exterior Steinmeier (ao centro) visitou em 2015 o centro alemão-colombiano de excelência CEMarin

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com a esperança de que a cooperação na pes-quisa e na formação superior possa preparar o terreno para o entendimento político, ser-vindo consequentemente à prevenção de con�itos e à gestão de crises. A formação su-perior pode se tornar assim a base de um de-senvolvimento sustentável e criar competên-cia para a autoajuda, quali�cando as futuras gerações de tomadores de decisão e agindo assim diretamente na sociedade.

Em consequência das crises e con�itos nos tempos recentes, muitos jovens não têm acesso à educação. Foi por isso que o Minis-tério das Relações Externas criou, em con-junto com o DAAD, o programa “Lideranças para a Síria”, através do qual mais de 200 bolsistas sírios podem vir estudar na Alema-nha. A política cientí�ca externa também obteve sucesso, após a crise na região dos Bálcãs, com a reconstrução das estruturas

acadêmicas no Sudeste europeu, e desde 2002 no Afeganistão, por exemplo através do engajamento das escolas superiores ale-mãs nas áreas de tecnologia da informação e ciências econômicas. O trabalho de recons-trução das estruturas acadêmicas acontece também no Iraque central e na região do Curdistão-Iraque.

Parcerias de transformação com países do mundo árabe

Desde 2011 a Alemanha mantém com diver-sos países árabes uma parceria de transfor-mação que apoia os esforços de reforma nas universidades árabes através de projetos de cooperação com instituições alemãs de ensi-no superior. Outro campo importante são os diversos programas na área de boa gover-nança, voltados para as futuras lideranças de regiões de crise em todo o mundo.

O ministro do Exterior Steinmeier (ao centro) visitou em 2015 o centro alemão-colombiano de excelência CEMarin

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E N S I N O & C O N H E C I M E N T O110 | 111

PESQUISA EM CONDIÇÕES EXTREMASP A N O R A M A

Missão RosettaA missão da Agência Espacial Europeia ESA pes-quisa a história da origem do nosso sistema solar. O DLR teve uma importante participação na construção do módulo pousador Philae e opera o centro de controle que acompanhou o pouso inédito no cometa.

Sonda RosettaA sonda viajou dez anos para lançar o módulo pousador Philae no cometa Churyumov-Gerasi-menko.

Módulo pousador PhilaePhilae foi o primeiro ob-jeto arti�cial a pousar na superfície de um cometa.

Módulo pousador Philae

Estação Neumayer III No gelo eterno da Antártica o Instituto Alfred Wegener administra a estação de pesquisa Neumayer III, onde cientistas vivem e trabalham durante todo o ano. A estação está apoiada sobre pilotis e sobe com a neve, mantendo constante a altura em relação à superfície.

6 guindastes9 guinchos

Massa: 2.300 toneladasTamanho: 68 x 24 mÁrea útil: 4.890 m2 em quatro andaresLaboratório/Escritório: 12 cômodosHabitações: 15 quartos, 40 camas

Peso: 100 kgDimensão: 1 x 1 x 0,8 mPouso: 21 de novembro de 2014

399Escolas superiores e

universidades

2,7 miEstudantes em escolas

superiores

79,7 bi de eurosDespesas com pesquisa e

desenvolvimento

360.900 Pesquisadores

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Convés principalcom refeitório e biblioteca

Navio de pesquisa SonneO “Sonne” é o mais novo navio da frota alemã de pesquisa e investiga desde 2014 os segredos das águas profundas nos oceanos Pací�co e Índico. A embarcação de alta tecnologia é considerada a mais moderna do mundo.

Convés de depósitocom 20 cabines para cientistas/pesquisadores

Convés de trabalho8 laboratórios em 600 m²

Convés de cabinescom 33 cabines para a tripulação

Veículo subaquáticoOperado remotamente e equipado com câmeras de vídeo e braços articulados.

MulticorerPode recolher simultanea-mente muitas pequenas amostras do solo oceânico.

Comprimento: 116 mVelocidade: 12,5 nósPermanência no mar (máx.): 52 diasCientistas (máx.): 40 pessoas Área de pesquisa: oceanos Índico e Pací�co

83Institutos Max Planck

no mundo

66Institutos Fraunhofer

89Institutos de pesquisa da

Sociedade Leibniz

18Instituições de pesquisa da

Comunidade Helmholtz

Gaiola O equipamento recolhe amostras de água e mede temperatura e profundidade.

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E N S I N O & C O N H E C I M E N T O112 | 113

SISTEMA ESCOLAR ATRAENTET E M A

A competência para a educação escolar na Alemanha recai sobretudo sobre os 16 estados. Por isso existem diferentes sistemas, currícu-los e tipos de escola. A Conferência Permanen-te dos Secretários de Educação (KMK em ale-mão) garante a equivalência ou equiparação dos cursos e conclusões. No ano escolar 2014/2015, cerca de 11 milhões de alunos fre-quentaram as 44.880 escolas de formação ge-ral e pro�ssionalizantes, nas quais ensinam 795.600 professores. Além disso, 969 mil alu-nos estudam em 6.620 escolas particulares de formação geral e pro�ssionalizantes. A dura-ção do ensino obrigatório é de nove anos para todas as crianças a partir dos seis anos. O

incentivo da formação infantil na idade pré--escolar e o entrosamento com o setor de edu-cação primária é ao mesmo tempo uma das grandes preocupações da política educacio-nal. O país conta hoje com 10 mil escolas de tempo integral em pleno funcionamento. No sistema de ensino em turno integral se depo-sita a esperança de mais igualdade de oportu-nidades, principalmente para crianças oriun-das de classes com baixo nível de formação.

As escolas públicas são gratuitas. O sistema es-colar tem uma estrutura vertical e está divido em três ciclos: o ciclo primário e os ciclos se-cundários I e II. Em geral as crianças frequen-tam durante quatro anos o ciclo primário co-mum (em Berlim e Brandemburgo, o ciclo primário dura seis anos). A seguir, há três tipos de escolas secundárias padronizadas: a Haupt-schule (da 5ª à 9ª ou 10ª série), a Realschule (da 5ª à 10ª série, confere o certi�cado de conclu-são do nível médio “Mittlere Reife”) e o ginásio (da 5ª à 12ª ou 13ª série, confere a maturidade escolar para a escola superior/Abitur). Os três tipos de cursos são oferecidos em escolas se-paradas ou em escolas integradas que reúnem dois ou – como as Gesamtschulen – três tipos diferentes de formação secundária para facili-tar a mudança entre os diversos tipos. A deno-minação dos tipos de escola varia de acordo com o estado, apenas o ginásio mantém o mesmo nome em todos eles. 432.700 alunos receberam em 2014 o certi�cado de maturida-de escolar para a escola superior ou escola

Relatório PISAO 5º relatório do Programma Inter-nacional de Avaliação de Alunos da OCDE, publicado no �nal de 2013, mostrou que pela primeira vez os alu-nos na Alemanha tiveram em todas as disciplinas uma média claramente superior à da OCDE. O sucesso se de-ve às amplas medidas adotadas pela federação e os estados para melhorar a educação. O próximo relatório PISA  será publicado no �nal de 2016.→ oecd.org/pisa

G L O B A L

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8,4 milhões de alunos estudam em escolas de formação geral

superior de ciêncas aplicadas. Existem escolas próprias para crianças com necessidades es-peciais adaptadas ao tipo de necessidade exis-tente. Mas a aprendizagem conjunta de crian-ças com e sem necessidades especiais deve ser fomentada de acordo com a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com De�ciência.

A formação em 140 escolas alemãs em 72 pa-íses, onde 20.800 alunos alemães e 61 mil não  alemães estudam juntos, é considerada

excelente. As escolas são em geral particula-res, mas recebem recursos �nanceiros e de pessoal através da Central das Escolas Alemãs no Exterior (ZfA em alemão). Desde 2008, o Ministério das Relações Externas coordena em parceria com a ZfA e o Instituto Goethe o programa “Escolas: uma parceria para o futu-ro” (PASCH em alemão), com o intuito de am-pliar a rede de alunos de língua alemã. O pro-grama abrange cerca de 2 mil escolas com 600 mil alunos de alemão em todo o mundo.

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8,4 milhões de alunos estudam em escolas de formação geral

superior de ciêncas aplicadas. Existem escolas próprias para crianças com necessidades es-peciais adaptadas ao tipo de necessidade exis-tente. Mas a aprendizagem conjunta de crian-ças com e sem necessidades especiais deve ser fomentada de acordo com a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com De�ciência.

A formação em 140 escolas alemãs em 72 pa-íses, onde 20.800 alunos alemães e 61 mil não  alemães estudam juntos, é considerada

excelente. As escolas são em geral particula-res, mas recebem recursos �nanceiros e de pessoal através da Central das Escolas Alemãs no Exterior (ZfA em alemão). Desde 2008, o Ministério das Relações Externas coordena em parceria com a ZfA e o Instituto Goethe o programa “Escolas: uma parceria para o futu-ro” (PASCH em alemão), com o intuito de am-pliar a rede de alunos de língua alemã. O pro-grama abrange cerca de 2 mil escolas com 600 mil alunos de alemão em todo o mundo.

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Alto padrão de vida e grande liberdade individual caracterizam a qualidade de vida na Alemanha

V Í D E O A R - A P P

Sociedade: o vídeo sobre o tema: → tued.net/pt/vid6

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S O C I E D A D E114 | 115

Com 81,2 milhões de habitantes, a Alema-nha é o nação mais populosa da União Eu-ropeia. O país moderno, cosmopolita se transformou em um relevante país de imi-gração. 16,4 milhões de pessoas na Alema-nha têm origem migratória. A Alemanha está entre os países que regulam a imigra-ção da forma mais liberal. Segundo uma pesquisa realizada em 2014 pela Organiza-ção para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), é o segundo país pre-dileto dos imigrantes depois dos EUA.

A maioria das pessoas na Alemanha tem, na comparação internacional, um elevado padrão de vida e a liberdade equivalente para levar uma vida própria. No Índice de Desenvolvimento Humano 2014 das Na-ções Unidas a Alemanha ocupou o 6º lu-gar entre 187 países. No índice Nation Brands 2014, uma enquete internacional

sobre a imagem de 50 países, a Alemanha �cou em primeiro lugar, também em con-sideração às boas notas nos itens qualida-de de vida e justiça social. A Alemanha se considera um Estado social, que tem co-mo tarefa primordial proporcionar ga-rantia social a todos os seus cidadãos.

A sociedade alemã é caracterizada pelo pluralismo de estilos de vida e pela diversi-dade etnocultural. Novas formas e novas realidades de vida transformam o cotidia-no da sociedade. Imigrantes enriquecem o país, trazendo novas perspectivas e experi-ências. Existe abertura e aceitação social perante formas de vida alternativas e dife-rentes orientações sexuais. A igualdade de oportunidades para homens e mulheres vem progredindo, houve uma liberalização na distribuição tradicional dos papéis entre os sexos. Pessoas com de�ciências

Diversidade enriquecedora ∙ Estruturar a imigração ∙

Pluralismo de formas de vida ∙ Sociedade civil engajada ∙

Estado social forte ∙ Liberdade de religião

SOCIEDADE

I N T R O D U Ç Ã O

DIVERSIDADE ENRIQUECEDORA

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Alto padrão de vida e grande liberdade individual caracterizam a qualidade de vida na Alemanha

V Í D E O A R - A P P

Sociedade: o vídeo sobre o tema: → tued.net/pt/vid6

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S O C I E D A D E116 | 117

participam cada vez mais ativamente da vida social.

Nenhum outro desenvolvimento irá mar-car tanto a Alemanha no futuro como a transição demográ�ca: a baixa taxa de natalidade na faixa de 1,4 �lho por mu-lher é constante desde os anos 1990, ao mesmo tempo aumenta a expectativa de vida. Até 2050 a população do país irá provavelmente diminuir em sete milhões de pessoas. O aumento da porcentagem de idosos é um dos maiores desa�os para os sistemas de seguridade social.

As transformações socioeconomicas dos últimos anos �zeram surgir na Alemanha novos riscos sociais, levando a uma maior estratização da sociedade de acordo com a situação econômica de vida. Em 2014 , o nú-mero de desempregados era tão baixo como em 1991, uma média de 2,7 milhões. Mas ao mesmo tempo uma em cada seis pessoas

vive no limite da pobreza, especialmente jovens e famílias monoparentais. Continu-am existindo diferenças sociais entre o Leste e o Oeste do país. Esses são grandes desa�os para a sociedade e o Estado, que para serem superados exigem de todos muitos esforços, empenho e engajamento.

O desenvolvimento demográ�co coloca o país diante de grandes desa�os

Deutsch plusRede interdisciplinar e iniciativa para uma República pluralista→ deutsch-plus.de

Make it in GermanyPortal de boas-vindas para mão de obra quali�cada do exterior, em diver-sas línguas→ make-it-in-germany.com

Relatórios sobre o desenvolvimento humanoOnde se encontra a Alemanha na com-paração mundial? → hdr.undp.org

R E D E

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Serviço Federal de Migração e Refugiados

A instituição oferece todas as informações

sobre a permanência na Alemanha e decide

sobre requerimentos de asilo.

→ bamf.de

Conferência Islâmica Alemã

A Conferência Islâmica Alemã (desde 2006)

criou um fórum para um diálogo duradouro

entre o Estado alemão e os muçulmanos que

vivem na Alemanha.

→ deutsche-islam-konferenz.de

Serviço Voluntário Federal

A oferta é dirigida a homens e mulheres inte-

ressados em prestar serviços à comunidade,

nas áreas social, ecológica, cultural ou despor-

tiva, na integração ou defesa civil e prevenção

de catástrofes.

→ bundesfreiwilligendienst.de

Plano Nacional de Integração

A Alemanha quer ser um país de integração e

por isso o tema é desde 2005 uma das priorida-

des do trabalho do governo federal. A reunião

de cúpula da integração é anual.

→bundesregierung.de

Institutos de pesquisa de opinião

Diversos institutos de pesquisa de opinião fa-

zem regularmente consultas sobre o modo de

pensar dos alemães e publicam prognósticos

em dias de eleições. Dentre os mais conhecidos

estão o Grupo de Pesquisas Eleições, Forsa,

Emnid, infratest dimap e o Instituto de Demos-

copia Allensbach.

Agência Federal do Trabalho

A agência nacional do trabalho é responsável

pela intermediação e fomento do trabalho,

bem como por compensações �nanceiras.

→ arbeitsagentur.de

Fundações

A Alemanha é um dos países da Europa com a

rede mais densa de fundações. A média é de

26 fundações por 100 mil habitantes. A funda-

ção mais conhecida é a Stiftung Warentest, que

compara produtos sob encomenda do Estado.

→ stiftungen.org

Mais informações sobre todos os temas do capítulo – listas de links comentadas, artigos, documentos; informações adicio-nais sobre transição demográ�ca, seguri-

dade social, contrato entre as gerações, igualdade de direitos, padrão de vida.→ tued.net/pt/dig6

C O M P A C T O

AGENTES & INSTRUMENTOS

D I G I T A L P L U S

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S O C I E D A D E118 | 119

A Alemanha passou a ser um destino top no mundo na preferência dos imigrantes. Segundo uma pesquisa realizada em 2014 pela Organização para a Cooperação e De-senvolvimento Econômico (OCDE), é o se-gundo país predileto dos imigrantes depois dos EUA. Em nenhum outro país da OCDE a imigração cresceu tanto nos últimos anos como na Alemanha. Desde a reuni�cação em 1990, 21 milhões de pessoas vieram pa-ra a Alemanha, enquanto 16 milhões dei-xaram o país. Em 2013, foi alcançado com 1,2 milhão de imigrantes o maior nível desde 1993. O balanço de 2013 demonstra um saldo positivo de 437 mil pessoas.

Ao todo vivem na Alemanha 7,2 milhões de pessoas com passaporte estrangeiro. Mas 16,4 milhões de pessoas têm origem migratória. Delas fazem parte imigrantes, estrangeiros nascidos na Alemanha e crianças das quais um dos pais é imigrante

ou estrangeiro. Esse grupo corresponde a 20% do total da população, 10,5 milhões são imigrantes. Mais de dois terços dos imigrantes vêm de outro país europeu. Se-gundo o relatório sobre a imigração, a maioria dos imigrantes em 2013 vieram da Polônia ou Romênia. A minoria étnica mais populosa, com quase 3 milhões de pessoas, é de origem turca (dentre elas 1,3 milhão com cidadania alemã). Muitos imigrantes da primeira geração vieram no âmbito do primeiro contrato de arregi-mentação com a Turquia em 1961 como trabalhadores não quali�cados. Atualmen-te existem universitários, empresários e pessoas altamente quali�cadas entre os imigrantes de origem turca. Outro grupo numeroso provém da antiga Iugoslávia e dos países resultantes de sua fragmentação. Hoje 56% das pessoas com origem migrató-ria possuem um passaporte alemão. 108.420 estrangeiros receberam a cidadania alemã

População com origem migratória em 2014

64,5 milhõesalemães sem origem migratória9,2 milhões

pessoas com origem migratória e passaporte alemão

7,2 milhõesestrangeiros

ESTRUTURAR A IMIGRAÇÃOT E M A

Moderna sociedade de imigraçãoA Alemanha é, depois dos EUA, o país predileto para a imigração: 16,4 milhões de pessoas com origem migratória viviam em 2014 na Alemanha. Cerca de quatro a cinco milhões de muçulmanos vivem no país. Somente a metade deles se declara reli-giosa, o equivalente a 2,5-3% da população.

D I A G R A M A

Font

e: S

tatis

tisch

es B

unde

sam

t

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Imigração líquida segundo a região de origem

0 100.000 200.000 300.000

Europa

América

África

Ásia

0,9 %Igrejas evangélicas livres

Conssão na Alemanha

1,3 %Igrejas ortodoxas

29,9 %Igreja Católica Romana

34 %Sem con�ssão religiosa

28,9 %Evangélicos luteranos.

0,1 %Comunidades judaicas

2,2 %Outras

2,6 %Muçulmanos

16,4 milhões de pessoas na Alemanha têm origem migratória

Font

es: S

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tisch

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201

3

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em 2014. O segundo maior grupo de imi-grantes, com 4,5 milhões de pessoas, é for-mado pelos descendentes de alemães que durante muitas gerações viveram na anti-ga União Soviética.

Os migrantes contribuem signi�cativa-mente para o desenvolvimento social e econômico da Alemanha. O governo fede-ral quer possibilitar uma imigração conti-nuada, também com o intuito de suprir a falta de mão de obra quali�cada resultante da transição demográ�ca. Segundo um es-tudo da Fundação Bertelsmann, o número de alemães em idade ativa vai decrescer de 45 milhões para menos de 29 mihões até 2050. Sem imigração aumenta a pressão sobre o sistema de seguridade social, espe-cialmente sobre o sistema de aposentado-ria baseado em um processo de cotização denominado contrato social entre as gera-ções, onde as pessoas economicamente ati-vas e os empregadores garantem com as contribuições mensais arrecadadas o paga-mento das cotas dos aposentados, preven-do que as gerações seguintes assumam

com suas contribuições o pagamento de suas aposentadorias. A crescente demanda de mão de obra especializada aumenta o número de imigrantes quali�cados na Ale-manha. A porcentagem de acadêmicos en-tre os novos imigrantes é superior à média de acadêmicos da população alemã.

O Cartão Azul da União Europeia se tornou um instrumento-chave para a concessão de permanência, possibilitando à mão de obra com formação superior de países de fora da UE o acesso ao mercado de trabalho alemão. Um conjunto de leis em fase de planejamento deve uni�car todas as regu-lamentações sobre a imigração.

Integração como tarefa importante da política de migração

A Reforma da Legislação da Nacionalidade em 2014 introduziu a dupla nacionalidade. Foi extinta a obrigação de optar por uma das cidadanias para um �lho de pais estrangei-ros nascido e crescido na Alemanha após 1990. Anteriormente a opção era obrigatória

1990Com a queda da Cortina de Ferro e as guerras na antiga Iugoslávia, a imigração aumenta rapidamen-te nos anos 1990. Além disso, vêm para a Alemanha 400 mil descendentes de alemães do Centro e Leste da Europa.

1964Boas-vindas ao milionésimo traba-lhador migrante, chamado “traba-lhador convidado”. Com a crise do petróleo em 1973, a arregimenta-ção é interrompida. Cerca de 4 mi-lhões de estrangeiros vivem então na Alemanha.

1955O forte crescimento econômico da Alemanha nos anos 1950 resulta na falta de mão de obra. São assi-nados contratos para a arregimen-tação de trabalhadores com a Itália, Grécia, Turquia, Marrocos, Portugal, Tunísia e Iugoslávia.

L I N H A S D O T E M P O

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até quando completasse o 23º ano de vida. Os migrantes estão se integrando cada vez me-lhor no país. A cota de emprego aumentou 5% desde 2007, sendo o maior crescimento dentro da OCDE. Os maiores dé�cits estão na área da educação. É problemático o número de jovens com origem migratória que têm de�ciências na leitura e na escrita da língua alemã. Mais de 30% dos adultos estrangeiros entre 20 e 29 anos continuam sem concluir uma formação pro�ssional. Uma das metas principais do governo federal é aumentar a sua participação no sistema educacional.

Outra tarefa especial da política de migra-ção e integração é a proteção de refugiados. A Lei Fundamental garante aos persegui-dos políticos direito de asilo. A Alemanha reforça assim sua responsabilidade históri-ca e humanitária. O número de pessoas em busca de proteção aumentou consideravel-mente nos últimos tempos. Se em 2004, 50 mil pessoas entraram com pedido de asilo, em 2014 o número aumentou para 200 mil. Em consequência das crescentes correntes de refugiados das regiões de crise na Síria,

Iraque e Afeganistão, espera-se que entre 800 mil a um milhão de requisições de asilo deem entrada no Serviço Federal de Migra-ção e Refugiados (BAMF em alemão) até o �nal de 2015. A Alemanha aceita esse desa-�o e se empenha ao mesmo tempo por uma solução europeia solidária para a questão dos refugiados.

Estudo da OCDE sobre a integração de  imigrantesA Alemanha conseguiu, nos últimos anos, integrar melhor os imigrantes no mercado de trabalho. No caso de lhos de pessoas nascidas no exterior, porém, os décits continuam existindo. Este é o resultado de um estudo comparativo realizado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) com o título “Indicadores da Imi-gração 2015”. → oecd.org

G L O B A L

2014Mais de 200 mil pessoas re-querem asilo na Alemanha. Pela primeira vez se registra no mesmo período quase meio milhão a mais de pessoas imigrando para a Alemanha do que emigrando.

1997Desde meados dos anos 1980 che-gam à Alemanha, além de traba-lhadores migrantes, cada vez mais requerentes de asilo. O Acordo de Dublin regulamenta desde 1997 a competência dos países europeus nos processos de asilo.

2005O microrrecenseamento possibi-lita pela primeira vez obter uma imagem diferenciada das origens migratórias na população. Em 2015 uma em cada cinco pessoas na Alemanha tem ori-gem migratória.

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A família continua tendo um signi�cado central no século 21, mesmo num mundo altamente individualizado e marcado por grande mobilidade. Para quase 90% da po-pulação, a família continua sendo a mais importante instituição social e o mais in-�uente grupo de referência. Mas a concep-ção típica de uma família também está passando por transformações. Apenas a metade das pessoas na Alemanha ainda vi-ve em uma família. Embora as estruturas familiares tradicionais estejam passando por um retrocesso, os casais com crianças menores de idade eram em 2014, com 69%, o modelo mais frequente de família. O nú-mero de casamentos tende a diminuir, em 2013 foram 373.600. O divórcio acontece em mais de um em cada três casamentos. Em 2013, a duração de um casamento em caso de divórcio era em média 14 anos e 8 meses. 44 mil foi o número de casamen-tos entre alemães e estrangeiros.

O número de casais não casados com �-lhos aumenta consideravelmente. Entre os 8,1 milhões de famílias atuais essa par-cela se duplicou de 1996 a 2013. Um em ca-da dez uniões com �lhos não é legalizada. O tipo de família que mais cresce é a famí-lia monoparental, equivalendo hoje a um quinto das uniões com �lhos. Em nove de dez famílias monoparentais, 1,64 milhão atualmente, o responsável pela educação dos �lhos é a mãe. Essa família corre um

grande risco de pobreza, 40% delas rece-bem ajuda �nanceira do Estado.

Outra forma de convivência que vem au-mentando consideravelmente são as par-cerias homossexuais. 78 mil casais ho-mossexuais viviam juntos em 2013 na Alemanha, um terço a mais do que dez anos antes. Dentre eles, 35 mil em parce-ria registrada, que desde 2001 confere sta-tus legal às uniões homossexuais.

Enquanto surgem por um lado novas for-mas de convivência, cresce por outro o nú-mero de domicílios unipessoais: 41% dos domicílios, o equivalente a 16,5 milhões de pessoas que vivem sozinhas. Esse desen-volvimento é consequência da transição demográ�ca, que leva a um aumento do número de pessoas idosas vivendo sós nu-ma unidade doméstica, mas também cada vez mais jovens fazem parte desse grupo.

Fomento especí�co da família através de licença e subsídio para pais

As coordenadas nas estruturas interfami-liares também se transformam. A relação geracional entre pais e �lhos é geralmente boa e não mais determinada por padrões educacionais ultrapassados e autoritários, mas sim caracterizada pelo diálogo, apoio, incentivo e educação para a autonomia. A parcela de mães que trabalham aumentou

PLURALISMO DE FORMAS DE VIDAT E M A

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para 66% (2006: 61%). Mais de 70% das mu-lheres com �lhos que trabalham ocupam vagas de meio expediente, especialmente as mães de crianças em idade pré-escolar. No caso dos pais são apenas 5%. A cota de mu-lheres empregadas na Alemanha em 2017 era 73,1%, a segunda maior da UE, muito acima da média de 62,3%.

A licença para os pais, que entrou em vigor em 2007, torna mais compatíveis a opção de

fundar uma família e o desenvolvimento pro�ssional. É um dos muitos instrumentos para fortalecer a situação dos pais e contri-buir para uma sociedade que proporciona um ambiente favorável às famílias. A licen-ça para os pais possibilita aos parceiros se afastar do trabalho até três anos. Durante o período eles recebem por 14 meses um sub-sídio equivalente a 67% do último salário lí-quido, no mínimo 300, no máximo 1.800 euros – como garantia da subsistência.

A família tem um signi�cado central – agora muitos pais também tomam licença para cuidar dos �lhos

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para 66% (2006: 61%). Mais de 70% das mu-lheres com �lhos que trabalham ocupam vagas de meio expediente, especialmente as mães de crianças em idade pré-escolar. No caso dos pais são apenas 5%. A cota de mu-lheres empregadas na Alemanha em 2017 era 73,1%, a segunda maior da UE, muito acima da média de 62,3%.

A licença para os pais, que entrou em vigor em 2007, torna mais compatíveis a opção de

fundar uma família e o desenvolvimento pro�ssional. É um dos muitos instrumentos para fortalecer a situação dos pais e contri-buir para uma sociedade que proporciona um ambiente favorável às famílias. A licen-ça para os pais possibilita aos parceiros se afastar do trabalho até três anos. Durante o período eles recebem por 14 meses um sub-sídio equivalente a 67% do último salário lí-quido, no mínimo 300, no máximo 1.800 euros – como garantia da subsistência.

A família tem um signi�cado central – agora muitos pais também tomam licença para cuidar dos �lhos

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75% dos alemães consideram o subsídio para os pais uma boa medida, quase todos fazem uso dele. Mas quatro em cada cinco pais �cam apenas o tempo mínimo de dois meses em casa. As mães continuam a ser a maioria a �car por mais tempo em casa após o nascimento do �lho. Com a comple-mentação do subsídio introduzida em 2015, o retorno ao trabalho mais cedo pas-sou a ser mais atraente também para as mulheres. O novo programa concede a pais que trabalham meio expediente uma com-pensação �nanceira durante até 28 meses.

Desde 1º de agosto de 2013, crianças a par-tir de um ano de idade passaram a ter por lei direito a uma vaga em creche. Atual-mente uma em cada três crianças com me-nos de três anos – em 2015 eram 694.500 crianças – frequenta uma das 54 mil cre-ches (Kitas) ou está sob os cuidados de uma

das 44 mil mulheres quali�cadas para cui-dar de crianças pequenas. Desde 2006 o número de vagas em creches para menores de três anos mais que duplicou.

Licença para os pais, subsídio para os pais e melhores condições para o acompanha-mento nas fases infantil e pré-escolar re-presentam um fomento à igualdade de di-reitos garantida pela Constituição às mu-lheres. Enquanto no setor da educação as meninas não só acompanharam o passo dos meninos, como até mesmo os ultrapas-saram (em 2014 as mulheres constituíam 54,4% dos alunos com maturidade escolar para a escola superior e 48,7% dos calouros em 2014/15), continuam a existir entre os gêneros diferenças nas oportunidades de remuneração e carreira. As mulheres que trabalham em regime de tempo integral recebem em média apenas 78% do salário

Novas formas de convivência, como a união entre pessoas do mesmo sexo, são aceitas

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de seus colegas do sexo masculino. Conti-nuam a ter menor representação nas posi-ções de liderança nas empresas. Em uma pesquisa realizada pelo Instituto Alemão de Pesquisa Econômica (DIW), das 877 che-­as nas 200 maiores empresas, apenas 47 são ocupadas por mulheres.

Desde 2015 vigora a lei da participação equi-tativa de mulheres e homens em cargos de che­a. A lei estabelece que 30% dos postos nos conselhos administrativos de empresas cotadas na Bolsa de Valores sejam ocupados por mulheres. Prevê ainda que 3.500 outras empresas estabeleçam metas próprias para o aumento da participação de mulheres em suas diretorias. O aumento da participação de mulheres no Parlamento Federal teve um desenvolvimento admirável, atingindo a marca de 36,5%.

Inclusão como importante tarefa social

O governo federal visa a obter igualdade de condições também para pessoas com de­ciências. A meta é uma sociedade in-clusiva, na qual todos possam participar de tudo, na escola, na pro­ssão ou no la-zer. Para que isso aconteça é necessário ampliar a eliminação de barreiras, tanto as barreiras em edifícios, ruas e caminhos como as sociais, por exemplo, o acesso ao mercado de trabalho. A Alemanha foi um dos primeiros países a assinar em 2007 a Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos das Pessoas com De­ciência. Um Plano de Ação Nacional regulamenta sua implementação. Ele prevê a formação

pro­ssional intensiva de jovens com gra-ves de­ciências. Além desse programa deve ser elaborada uma lei federal visan-do à participação de pessoas com de­ci-ências. O apoio a esse grupo-alvo deve se orientar mais pela situação de vida de ca-da indivíduo.

Outro grupo cujas necessidades e poten-ciais o governo federal acompanha com atenção são os idosos. 17 milhões de pesso-as na Alemanha têm 65 anos ou mais. Sua experiência é vista como um tesouro va-lioso para a sociedade. O estilo de vida des-sas pessoas também mudou muito e se diferenciou, em geral os idosos atuais são bastante mais ativos que antigamente. Muitas vezes continuam participando do mercado de trabalho. Um diálogo intenso entre idosos e jovens acontece nas 450 ca-sas multigeracionais que funcionam como ponto de encontro para pessoas de diver-sas faixas etárias

Estudo Shell sobre a JuventudeO que pensa a juventude alemã? O que é importante para os jovens, o que fazem no tempo livre, como é a relação deles com os pais e os amigos? Desde 1953 a companhia de petróleo Shell encomenda regularmente a institutos de pesquisa in-dependentes um estudo sobre a vida dos jovens. O 17º Estudo Shell sobre a juven-tude sai em outubro de 2015.→ shell.de/aboutshell/our-

commitment/shell-youth-study.html

I N F O R M A Ç Ã O

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23 milhões de alemães engajam-se nas horas livres em atividades lantrópicas e assumem responsabilidades na sociedade. O engajamento é muitas vezes de longo pra-zo, em média os voluntários trabalham 10 anos. Calculam-se 4,6 bilhões de horas de trabalho para esse trabalho voluntário. Jun-to com entidades lantrópicas, igrejas, coo-perativas, organizações e empresas sem ns lucrativos e iniciativas privadas, os mem-bros de 580 mil associações são o eixo do terceiro setor. Sociedade civil é o setor da sociedade não estatal e apartidário, engaja-do voluntária e publicamente em questões sociais e políticas.

Especialmente a importância das funda-ções vem tendo um crescimento contínuo. A Alemanha é um dos países com o maior número de fundações na Europa, mais de 20 mil fundações de direito civil, o tipo clássico dessas organizações. Desde a vira-da do século foram criadas 12.500 funda-ções de direito civil, mais da metade das fundações desse tipo existentes atualmen-te. A média atual é de 26 fundações por 100 mil habitantes. O capital de todas as fundações juntas é calculado em 70 bilhões de euros. Elas despendem 17 bilhões em atividades de utilidade pública, especial-mente no setor social (28,8 %), de educação, ciência e cultura. As cinco maiores funda-ções de acordo com os gastos são a Funda-ção Volkswagen, a Fundação Robert Bosch,

a Fundação Bertelsmann, a Fundação Hans Böckler e o WWF da Alemanha.

As fundações comunitárias, nas quais diversos cidadãos e empresas assumem conjuntamente o papel de doadores para fomentar projetos locais e regionais, vêm crescendo em importância. As primeiras fundações desse tipo surgiram em 1996, em meados de 2015 já havia 275 fundações co-munitárias reconhecidas pela Confederação Alemã de Fundações. O engajamento dos ci-dadãos teve um leve aumento nos últimos anos, passando das grandes associações para grupos menores, com organização própria, e para projetos alternados. Atualmente mui-tas pessoas estão engajadas voluntariamen-te em projetos locais de apoio a refugiados.

Engajamento em partidos, sindicatos e organizações não governamentais

Um tipo de participação de cárater mais estratégico e político é exercido em parti-dos, sindicatos e em organizações não governamentais. Essa via oferece ao vo-luntariado a possibilidade de uma intensa participação democrática. No entanto, as grandes organizações já estabelecidas contam com diculdades crescentes para atrair voluntários.

Existe um potencial para o voluntariado sobretudo entre os jovens de 14 a 24 anos.

SOCIEDADE CIVIL ENGAJADAT E M A

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O  interesse em atividades �lantrópicas demonstra que os jovens adultos estão dispostos a atuar na sociedade. Desde 2011 existe o Serviço Voluntário Federal. A oferta é dirigida a pessoas de qualquer idade e complementa o modelo do ano so-cial voluntário para jovens e jovens adul-tos, existente há mais de 50 anos. Outra possibilidade é o trabalho no exterior, por exemplo através do serviço voluntário do

Ministério da Família, Idosos, Mulheres e Juventude, do programa Weltwärts do Ministério da Cooperação Econômica e Desenvolvimento, ou do serviço voluntá-rio Kulturweit da Unesco alemã em coo-peração com o Ministério das Relações Externas. Todos os serviços em conjunto computaram em 2014 cerca de 90 a 100 mil voluntários.

Proteção do meio ambiente: tema ao qual muitos dedicam o tempo livre com entusiasmo

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A Alemanha dispõe de um dos sistemas so-ciais mais abrangentes. Como em outras de-mocracias desenvolvidas, os gastos sociais públicos equivalem à maior parcela do orça-mento do Estado. Em 2014 foram destinados 849 bilhões de euros aos gastos sociais públi-cos, o que equivale a 29% do Produto In-terno Bruto (PIB). Os sistemas públicos de bem- estar social têm uma longa tradição na Alemanha, datando da era da industrialização na segunda metade do século 19, e estão relacionados com o chanceler do Reich Otto von Bismarck. Ele foi responsável pela criação inicialmente do seguro obrigatório contra doenças para os trabalhadores em 1883. O de-senvolvimento da legislação social que se seguiu criou a base da orientação social do Es-tado. O princípio do Estado social está �xado

no artigo 20 parágrafo 1 e no artigo 28 da Lei Fundamental da República Federal da Alema-nha. A aplicação prática está a cargo da po-lítica e da sociedade, que precisam sempre acompanhar o dinamismo da realidade social e readaptá-la aos novos desenvolvimentos, especialmente à transição demográ�ca.

Rede de serviços sociais para proteção contra riscos existenciais

Uma densa rede que engloba seguro-saúde, seguro-aposentadoria, seguro contra aciden-tes, de assistência na velhice ou invalidez e se-guro-desemprego obrigatórios por lei protege os cidadãos contra as consequências �nancei-ras dos riscos existenciais. A rede engloba ain-da a garantia básica para aposentados e para pessoas de�nitivamente incapacitadas para o trabalho ou os auxílios complementares de assistência às famílias (salário-família, incen-tivos �scais). Após novo aumento em 2015, as famílias recebem pelo primeiro e segundo �-lhos 188 euros mensais, pelo terceiro 194, e 219 por cada subsequente.

O Pacote da Aposentadoria, que entrou em vigor em 2014, melhorou especialmente a si-tuação dos idosos. Foram introduzidas a apo-sentadoria a partir de 63 anos sem corte na remuneração mensal e a chamada aposenta-doria para as mães. Esta última é o reconhe-cimento ao desempenho das mulheres que educaram �lhos nascidos antes de 1992 e não

ESTADO SOCIAL FORTET E M A

30,4 milhõesde trabalhadores registrados na seguri-dade social pela Agência Federal do Trabalho em dezembro de 2014, ou seja, 75% a 80% de todos as pessoas com ocupação. Não estão incluídos os funcio-nários públicos, autônomos, familiares não remunerados e pessoas que exercem minijobs, ou seja, ocupações com baixa remuneração, isenta de impostos.→ statistik.arbeitsagentur.de

N Ú M E R O

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dispuseram da infraestrutura para a assis-tência aos �lhos em instituições como têm os pais atuais, tendo consequentemente menos oportunidades no mercado de trabalho. 9,5  milhões de mulheres (o número de ho-mens é menor) recebem desde julho de 2014 mais de 300 euros a mais de aposentadoria por �lho por ano. Desde 1º julho de 2014, se-gurados de longo prazo que tenham mais de 45 anos de contribuição aos fundos públicos de aposentadoria podem se aposentar a par-

tir de 63  anos sem corte na remuneração mensal. No primeiro ano, 280 mil assalaria-dos optaram por essa modalidade. O Instituto de Pesquisa de Emprego e Formação Pro�s-sional (IAB) calcula em 560 mil o número de pedidos até o �nal de 2018.

O seguro-saúde na Alemanha é obrigatório. A assistência médica é garantida por uma ampla oferta de hospitais, consultórios e clí-nicas de reabilitação.

O Estado apoia especi�camente as famílias através de um subsídio. A oferta de assistência pré-escolar às crianças foi ampliada

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LAZER E VIAGEMP A N O R A M A

23 milhõesde alemães fazem trabalho voluntário no tempo livre

43.957pessoas prestam serviço

no âmbito do Serviço Voluntário  Federal

28 milhõesde pessoas na Alemanha são membros de uma associação

desportiva

94 %dos domicílios têm pelo

menos um telefone celular

Quanto tempo livre têm os alemães? Tempo que sobra para fazer o que se quer:

Menos de 1 hora

1 a 2 horas

2,5 a 4 horas

4,5 a 6 horas

Mais de 6 horas

Atividades prediletas no tempo livreTantas pessoas (dentre 100) exercem as seguintes atividades de lazer pelo menos uma vez por semana:

Surfar na internet

Televisão

Ouvir rádio Telefonar em casa

Ler jornais/revistas

Telefonar fora de casa

Passar tempo com o compa-nheiro

Pensar/ re�etir

Acordar tarde

Conversar sobre coisas importantes

Computador

Cuidados com o corpo

Beber café/ comer bolo

Ouvir CD/MP3

3 % 18 % 38 %

90

72

64

71

89

97

61

71

61

68

54

73

65

52

17 % 23 %

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245 eurosgasta cada domicílio por mês com lazer, cultura

e diversão

57%dos alemães fazem

uma viagem de pelo menos cinco dias por ano

1.071 eurosgastam os alemães em

média na principal viagem de férias

37 %dos alemães fazem a

principal viagem de férias dentro do país

2,1Países do Benelux

2,4EUA/Canadá

11,3Destinos distantes

1,5Polônia

4Áustria

2,4Escandinávia

Destinos prediletosDe 100 viajantes alemães, tantos escolheram como destino para sua principal viagem em 2014 (no círculo: diferença em relação a 2013):

14,4Espanha

6,9Itália

6,7Turquia

2,7Grécia

3Croácia2,1

França

2,8Norte da África

Fonte: Stiftung für Zukunftsfragen

Quanto tempo duram as fériasDuração média de uma viagem em dias:

+1,2

-0,9

-0,4

-0,3

-0,2

+0,3

+0,5

+0,4

+0,5

-0,4

13,0 12,2 12,3 12,114,8 14,8 13,4 12,5

2006 2008 2012 20142000 2002 2004 2010

-0,5

+0,5±0

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S O C I E D A D E132 | 133

O panorama religioso da Alemanha se ca-racteriza por uma pluralidade e seculariza-ção crescentes. 58,8% da população alemã declara professar uma das duas grandes con�ssões cristãs, sendo que a católica está organizada em 27 dioceses, encabeçada pela Conferência dos Bispos Alemães, e a evan-gélica em igrejas estaduais, encabeçada pela Igreja Evangélica na Alemanha como enti-dade superior em nível federal. A Igreja Ca-tólica, com 24 milhões de adeptos em 12 mil paróquias, pertence à Igreja universal, enca-beçada pelo papa como Sumo Pontí�ce da Igreja Católica Romana. A Igreja Evangélica na Alemanha (EKD) é a comunidade de 20 igrejas evangélicas regionais autônomas de con�ssão luterana, reformada ou unida.

Com 23 milhões de adeptos, suas igrejas abarcam a maior parte dos cristãos evangé-licos. 34% da população não professa con�s-são alguma.

Em consequência do envelhecimento dos adeptos e do grande número de saídas o�ciais da Igreja, diminui o número de �éis nas igre-jas cristãs. 218 mil pessoas abandonaram a Igreja Católica em 2014. O distanciamento da igreja se faz notar ainda mais no Leste do país.

O islamismo adquire signi�cado crescente em consequência da imigração. O número de muçulmanos oriundos de 50 nações é calculado em cerca de 4 milhões, não existe contudo um levantamento central o�cial. Em muitas cidades formaram-se grandes comunidades muçulmanas. A Conferência Islâmica Alemã, existente desde 2006, criou um fórum de diálogo entre o Estado alemão e os muçulmanos na Alemanha.

A presença dos judeus, completamente de-saparecida com o Holocausto, teve um renascimento após o �nal do con�ito Les-te/Oeste, com a imigração procedente dos países da antiga União Soviética. Atual-mente cerca de 200 mil judeus vivem na Alemanha, 100.500 organizados em 107 co-munidades judaicas que abrangem um am-plo leque religioso e são representadas pelo Conselho Central dos Judeus na Alemanha, fundado em 1950.

LIBERDADE DE RELIGIÃOT E M A

∙ Maior diocese católica: Arquidiocese de Colônia com 2.035.000 �éis

∙ Maior igreja evangélica luterana esta-dual: Hannover com 2.763.633 �éis

∙ Grandes mesquitas: mesquita Yavuz Sultão Selim em Mannheim; mesquita Sehitlik em Berlim, mesquita Fatih em Bremen

∙ Maior comunidade judaica: Berlim com 10.009 �éis

L I S T A

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Na Alemanha não existe uma Igreja do Esta-do. A base do relacionamento entre o Estado e a religião é a liberdade de crença, garan-tida expressamente na Constituição, a se-paração entre Igreja e Estado devido ao princípio da neutralidade confessional do Estado, e o direito de autodeterminação das comunidades religiosas. O Estado e as comunidades religiosas cooperam em for-ma de parceria. O Estado participa no �nan-ciamento de escolas e jardins de infância

mantidos por entidades religiosas. As igre-jas, para �nanciar o trabalho social, cobram impostos de seus �éis que são recolhidos pelo Estado. As escolas são obrigadas a ofe-recer religião como disciplina ordinária (com restrições em Bremen e Berlim). O en-sino da religião islâmica está sendo amplia-do. 700 mil crianças e jovens muçulmanos frequentam a escola na Alemanha. Profes-sores estão sendo formados para ofecerecer o ensino religioso a esse grupo.

A liberdade de religião é garantida na Alemanha pela Lei Fundamental. Existem mais de 2 mil mesquitas

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C U L T U R A & M Í D I A134 | 135

Nação cultural pulsante ∙ Economia criativa inovadora ∙ Diálogo cultural ∙

Posições cosmopolitas ∙ Transformação rápida das mídias ∙ Idioma atraente

CULTURA & MÍDIA

I N T R O D U Ç Ã O

NAÇÃO CULTURAL PULSANTENão existe uma cultura homogênea na Alemanha. Existem muitas culturas, às vezes surpreendentemente opostas, interligadas, que se rejeitam e se atraem. Falar da Alema-nha como nação cultural no século 21 signi�-ca falar de um organismo evoluído, pulsante, sempre em desenvolvimento, com uma di-versidade admirável, intrigante, muitas vezes extenuante. Isso resulta da tradição federalis-ta do país, que só passou a existir como nação a partir de 1871. A República Federal da Ale-manha, fundada em 1949, manteve também após a reuni�cação em 1990 conscientemen-te a tradição federal e deixou a soberania cul-tural a cargo dos estados. Só desde 1998 é que existe um Secretário de Estado para Questões de Cultura e Mídia na Chancelaria Federal. Resultado da estrutura da Alemanha, forma-da por muitos antigos pequenos e médios es-tados e cidades livres, é a existência de 300 te-atros municipais e estaduais, 130 orquestras

pro�ssionais, em parte ligadas às emissoras de rádio, e 80 teatros musicais. O cenário mu-seológico é ímpar, graças aos 630 museus de arte que abrigam coleções riquíssimas em ní-vel internacional. Tal diversidade em institui-ções culturais confere à Alemanha uma posição de destaque. Organizado preponde-rantemente na forma de entidades públicas, o sistema de teatros, orquestras e museus tem grande aceitação por parte da população. Diante das di�culdades �nanceiras enfrenta-das pelos orçamentos públicos, dos processos de transformação sociodemográ�cos e da mídia, bem como da digitalização, esse siste-ma se encontra em uma fase de transforma-ção e reorientação.

O prestígio da Alemanha como nação cul-tural se baseia nos grandes nomes do pas-sado, como Bach, Beethoven e Brahms na música, Goethe, Schiller e Thomas Mann

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O futuro centro de diálogo entre as culturas do mundo: o Fórum Humboldt está sendo construído em Berlim

Cultura e mídia: o vídeo sobre o tema

→ tued.net/pt/vid7

V Í D E O A R - A P P

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C U L T U R A & M Í D I A136 | 137

Existem muitas possibilidades de apresentação para as artes cênicas na Alemanha

Portal da cultura AlemanhaSite sobre eventos selecionados e temas político-culturais→ kulturportal-deutschland.de

LitrixPortal de divulgação da literatura alemã em diversos idiomas → litrix.de

Portal do cinemaPlataforma sobre o cinema alemão→ �lmportal.de

R E D E

na literatura. Mas há igualmente nomes fa-mosos representando as posições modernas em todos os gêneros da arte.

Por outro lado, o país passou por um pro-cesso que teve início muito antes em outros países europeus. A partir das próprias tradi-ções, abriu-se às in�uências de fora e desen-volveu uma nova narrativa. Jovens artistas de origem migratória encontraram formas de se articular reagindo musical mas tam-bém poeticamente ao embate e à fusão de culturas de diferentes proveniências.

Com a diluição progressiva da fronteira entre cultura popular e erudita, os centros artísticos e culturais regionais transforma-ram-se em pulsantes centros da nova cul-tura alemã. Formam em conjunto um campo de forças, um re�exo da Alema-nha em forma concentrada. Com o Fórum Humboldt, que será instalado no antigo palácio em reconstrução no centro de

Berlim, está sendo criado até 2019 um pro-jeto cultural de excelência. Caracterizado pela visão cosmopolita, propiciará o inter-câmbio cientí�co internacional e o diálo-go entre as culturas.

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Mais informações sobre todos os temas do capítulo – listas de rankings comenta-das, artigos, documentos, discursos; infor-mações adicionais com palavras-chave

tais como soberania cultural dos estados federados, Fundação Cultural Federal, Prêmio Alemão de Cinema, documenta.→ tued.net/pt/dig7

D I G I T A L P L U S

C O M P A C T O

Secretária de Estado para Questões

de Cultura e Mídia

A Secretária de Estado para Questões de Cultura

e Mídia (BKM na sigla alemã), Monika Grütters,

é subordinada diretamente à chanceler federal e

responsável por fomentar instituições e projetos

culturais de importância nacional.

→ bundesregierung.de

Instituto Goethe

O Goethe-Institut e.V. é o instituto cultural

alemão com atuação em todo o mundo.

Tem como tarefa incentivar o ensino da língua

alemã no exterior, promover a cooperação

cultural internacional e difundir uma imagem

ampla e atual da Alemanha.

→ goethe.de

Instituto de Relações Internacionais

O Instituto de Relações Internacionais (ifa)

empenha-se internacionalmente pelo inter câm-

bio cultural, o diálogo na sociedade civil e a

divulgação de informações sobre a política cul-

tural externa.

→ ifa.de

Fundação Cultural Federal

A Fundação Cultural Federal fomenta arte e

cultura no âmbito da competência federal.

Um dos focos principais é o incentivo de

programas e projetos inovadores no contexto

internacional.

→ kulturstiftung-des-bundes.de

Casa das Culturas do Mundo

A Casa das Culturas do Mundo em Berlim é um

centro de intercâmbio cultural internacional e

um fórum para debates atuais.

→ hkw.de

Conselho Cultural Alemão

O Conselho Cultural Alemão e.V. é a federação

o�cial dos conselhos culturais alemães, reunindo

246 instituições e organizações do setor.

→ kulturrat.de

Central das Escolas Alemãs no Exterior

A Central das Escolas Alemãs no Exterior (ZfA

na sigla alemã) presta assistência a 1.200 escolas,

dentre elas 140 escolas alemãs no exterior.

→ auslandsschulwesen.de

AGENTES & INSTRUMENTOS

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C U L T U R A & M Í D I A138 | 139

A economia cultural e criativa é um dos segmentos econômicos mais inovadores. Na Alemanha, sua contribuição para o de-sempenho geral da economia nacional (va-lor adicionado bruto) tem um crescimento cons tante e se equipara atualmente aos grandes setores da indústria, como o de má-quinas e equipamentos. O faturamento da economia criativa, na qual atuam 249 mil empresas e 1,5 milhão de pessoas, alcançou 145 bilhões de euros em 2013.

O núcleo de toda atividade econômica cul-tural e criativa é o ato de criar conteúdos, obras, produtos, produções ou serviços ar-tísticos, literários, culturais, musicais, arqui-tetônicos ou criativos. O setor está estrutu-rado principalmente em micro e pequenas empresas e pro�ssionais autônomos (97 por cento), orientados sobretudo para o lucro, ou seja, que primariamente não exercem suas atividades no setor público (museus,

teatros, orquestras) ou da sociedade civil (associações de arte, fundações). Inúmeros empreendedores nos campos de design, software e jogos eletrônicos conseguiram se estabelecer em muitas cidades graças ao in-centivo à criação de novas empresas. Princi-palmente a indústria de software e jogos eletrônicos revela o potencial do setor, por reunir diversas vertentes, como �lme, vídeo, música, texto e animação, e teve um fatura-mento de 31  bilhões de euros em 2013. A região Berlim-Brandemburgo destaca-se nesse desenvolvimento, com 200 empresas. Nenhuma outra região possui densidade maior de infraestrutura para games, in-cluindo escolas superiores. Mas também em Frankfurt am Main, Hamburgo, Leipzig, Co-lônia e Munique há uma grande aglomera-ção de empresas do setor. A oferta densa de consultoria, redes e incentivo, acompanha-da de uma e�ciente infraestrutura de TI, cria nessas áreas um ambiente ideal.

ECONOMIA CRIATIVA INOVADORAT E M A

Setor com potencialA economia cultural e criativa une seg-mentos tradicionais da economia, novas tecnologias e modernas formas de infor-mação e comunicação. Na Alemanha, ela abrange doze subsetores: os mercados musical, editorial, de arte, cinematográ-�co, radiodifusão, artes performáticas, arquitetura, design, imprensa, publicidade, software/jogos eletrônicos, outros.

D I A G R A M A Crescimento constante: empresas do setor da economia cultural e criativa

202.049219.376 232.770 244.290 248.721

2004 2006 2008 2011 2013 Font

es: B

MW

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Indústria química

Abastecimento energético

Economia cultural e criativa

Serviços �nanceiros

Máquinas e equipamentos

Automobilístico

40,354,963,667,887,9

110,4

Média razoável: valor adicionado bruto na comparação de setores em bilhões de euros

Mercado editorial bastante diversi�cado: muitos lançamentos

33,8 %Ficção

15,8 %Infantis e juvenis14,5 %

Guias e autoajuda

11,3 %Ciência

9,3 %Livros técnicos

9,0 %Escola e aprendizagem

6,3 %Viagens

81.919Lançamentos

Berlim é considerada a capital dos startups para jovens empreendedores de todo o mundo

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A política cultural e educacional externa (AKBP na sigla alemã) é, ao lado da diploma-cia clássica e da política econômica exterior, o terceiro pilar da política exterior da Ale-manha. Um de seus principais objetivos é criar um fundamento sólido para o relacio-namento com outros países e possibilitar o diálogo entre os povos através do inter-câmbio e da cooperação nas áreas cultural, educacional e cientí�ca. A política cultural externa abre assim o caminho para uma compreensão mútua, uma base importante para uma política comprometida com o equilíbrio pací�co de interesses. Outras tare-fas da AKBP são o fomento da língua alemã no mundo, a divulgação da Alemanha como

país com um cenário cultural multifacetado e bem-sucedido e a transmissão de uma ima-gem atualizada da Alemanha. Das iniciativas concretas fazem parte o incentivo de progra-mas culturais como exposições, espetáculos teatrais de companhias alemãs, o fomento de literatura e cinema, mas também projetos em diálogo com o mundo islâmico ou “kul-turweit”, uma oferta para jovens alemães prestarem serviço voluntário no exterior.

A base dos programas e projetos é um conceito amplo de cultura

O MRE implementa apenas em parte a sua política cultural, encarregando para tanto organizações mediadoras com status de pessoa jurídica de direito privado e com fo-cos de ação muito diversi�cados, como o Instituto Goethe, o Instituto de Relações In-ternacionais (ifa), o Serviço Alemão de In-tercâmbio Acadêmico (DAAD), a Comissão Alemã da Unesco ou a Fundação Alexander von Humboldt (informações sobre a políti-ca educacional externa encontram-se no capítulo “Ensino & Conhecimento”).

O trabalho das organizações mediadoras é de�nido por meio de acordos de metas, mas elas têm liberdade na concepção dos pro-gramas e projetos. O Instituto Goethe dis-põe de 159 institutos de cultura em 98 paí-ses. Fomenta o ensino da língua alemã no exterior e a cooperação cultural internacio-

DIÁLOGO CULTURALT E M A

∙ Maior museu de arte: Kunsthalle de Hamburgo

∙ Maior orquestra: Orquestra Gewandhaus Leipzig

∙ Maior cinema: Cinemaxx em Essen

∙ Maior palco teatral Friedrichstadtpalast (Berlim)

∙ Maior teatro Baden-Baden

L I S T A

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nal. O ifa dedica-se sobretudo ao diálogo das culturas, promovendo exposições e confe-rências. Novas tendências no diálogo cultu-ral são as ofertas digitais de cultura e inter-câmbio e as novas possibilidades de partici-pação interativa. Desde a década de 1970, a política cultural externa dá valor em todos os projetos a um conceito de cultura amplo e não elitizante, que não reduza “cultura” a “arte”. Mas não se trata apenas da cultura alemã. O Programa de Preservação Cultural

apoia o restauro de objetos históricos rele-vantes no exterior. O Ministério das Rela-ções Externas fomentou entre 1981 e 2015 mais de 2.700 projetos em 144 países, dentre eles a pesquisa e o restauro de antigos e ex-tremamente valiosos mnuscritos em Tim-buktu, no Mali, a criação de um arquivo di-gital do patrimônio cultural na Síria, a digi-talização de música tradicional nos Cama-rões ou a estabilização das ruínas do templo de Karakorum na Mongólia.

Antigos manuscritos da cidade de Timbuktu (Mali) estão sendo conservados e pesquisados

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Em uma sociedade baseada no pluralismo como a alemã não pode existir uma tendên-cia cultural dominante ou uma metrópole que ofusque todas as outras. A estrutura fe-deral da Alemanha fortalece uma simetria do assimétrico, existindo no teatro, cinema, música, artes plásticas e literatura as mais diversas tendências, às vezes opostas e con-correntes entre si.

No teatro, existe uma clara tendência: o nú-mero de estreias de autores contemporâneos cresceu vertiginosamente. Elas mostram toda a gama das formas de expressão atuais: teatro tradicional mesclado com pantomima, dan-ça, inserção de vídeos e música, participação de leigos, criando no palco muitas vezes uma ação com caráter de performance, pós-dra-mática. A diversidade apresentada todos os anos em maio no Encontro de Teatro de Ber-lim pode ser considerada uma resposta poli-fônica às questões levantadas por uma com-plexa realidade.

Paralelamente a esse mainstream cultural esteado no seio da sociedade, surge algo n ovo que, a partir das periferias, invade a produção teatral independente, mas também a tradi-cional, e a revitaliza. “Pós-migratório” é o ter-mo usado para denominar esse fenômeno que re�ete a situação da Alemanha como sociedade de imigração e que é visível em muitas cidades, especialmente em Berlim. Milhões de alemães de origem migratória,

imigrantes que vivem no país em segunda e terceira geração, contam outras histórias pessoais ou sobre a vida de seus pais e avós do que cidadãos que vivem há séculos na Ale-manha. Indepentemente de terem nascido ou não na Alemanha, eles em geral não são marcados por uma história concreta de mi-gração, mas sim pela experiência do hibridis-mo cultural. A vida em diferentes contextos culturais cria novas formas de debate artísti-co com a sociedade e re�ete as atuais linhas de con�ito, as negociações pela obtenção de direitos, participação, compartilhamento. Surgem novas narrativas que promovem a  criação de uma nova autoimagem da sociedade e cunham a percepção cultural da Alemanha no exterior.

POSIÇÕES COSMOPOLITAST E M A

O Prêmio Adelbert von Chamisso é um prêmio de literatura concedido desde 1985 pela Fundação Robert Bosch. A au-tores que não têm o alemão como língua materna, mas escrevem no idioma. Os premiados de 2015 foram Sherko Fatah, escritor com raízes iraquianas (pelo con-junto de sua obra), a escritora Olga Grjas-nova por “Die juristische Unschärfe einer Ehe” (A indeterminação jurídica de um casamento), nascida em Baku, no Azer-baijão, e Martin Kordic por “Wie ich mir das Glück vorstelle” (Como imagino a felicidade), �lho de pai croata.→ bosch-stiftung.de

I N F O R M A Ç Ã O

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O “Teatro pós-migrante“ de Shermin Lang-hoff, no Teatro Maxim Gorki em Berlim, é uma espécie de farol dessa produção ar-tística que festeja a transculturalidade. Su-as encenações alcançam, além do público tradicional, uma nova clientela, na sua maioria jovens, e re�etem um processo complexo em constante desenvolvimento e diferenciação. O Teatro Gorki foi convi-dado para participar do Encontro de Teatro

de Berlim 2015 com a peça “Common Ground”, que trata da Guerra dos Bálcãs, encenada pela diretora israelense Yael Ro-nen. O teatro segue aqui o mesmo caminho que vem sendo percorrido pela música po-pular ou pela literatura há algum tempo, onde as biogra�as dos artistas re�etem o pluralismo da sociedade e fusões emocio-nantes das mais diversas tendências apon-tam novas perspectivas. Na música pop, os

A encenação de Yael Ronen da peça “Common Ground” no Teatro Maxim Gorki foi um grande sucesso

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mais diversos estilos internacionais (beat dos Bálcãs, som afro-americano, rock turco, hip-hop norte americano) são combinados com in�uências ou fenômenos eletrônicos considerados “tipicamente alemães”. E, as-sim como acontece em outros países, aqui também o rap assume um papel de identi- cação para jovens de famílias imigrantes.

Os temas pós-migratórios assumem um papel central na literatura contemporânea

Importantes autores de origem migrató-ria, como Navid Kermani, que recebeu em 2015 um dos mais renomados prêmios culturais da Alemanha, o Prêmio da Paz do Comércio Livreiro Alemão, mas tam-bém Katja Petrowskaya, Sherko Fatah, Ni-no Haratischwili, Saša Stanišić, Feridun Zaimoglu ou Alina Bronsky, para citar apenas alguns, fazem parte há muitos

anos do elenco dos mais bem-sucedidos autores de língua alemã. Suas obras, que re�etem as experiências, por exemplo, de um ambiente iraniano, russo, turco, são lidas por muitos, e sua literatura leva seus temas próprios e a experiência da imigra-ção ao seio da sociedade.

O mesmo vale para os  lmes de diretores como Fatih Akin ou Bora Dagtekin, onde o meio e os clichês se chocam de uma for-ma lúdica e divertida. A imagem que sur-ge da Alemanha e é re�etida em suas diversas facetas é às vezes caótica e con-traditória. A sociedade tem que aprender a suportar essas ambivalências e tensões, a arte re�ete isso e oferece espaços para extravasar os con�itos de forma pací ca. A Alemanha pós-migratória não é neces-sariamente aconchegante, mas estimu-lante e dinâmica.

O escritor alemão-iraniano Navid Kermani recebeu em 2015 o Prêmio da Paz do Comércio Livreiro Alemão

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As artes plásticas na Alemanha também são cosmopolitas e internacionais, como já demonstra a estatística dos calouros nas Escolas Superiores de Belas-Artes no país: em 2013, o número de estudantes es-trangeiros superou pela primeira vez o número de estudantes alemães. E a prefe-rência não recai somente nas universida-des. Artistas gostam de viver e produzir na Alemanha. Berlim atrai artistas não só da Europa como de todo o mundo. Com

suas 500 galerias e muitos espaços aber-tos é considerada a metrópole da jovem arte contemporânea e um dos maiores centros internacionais de sua produção. A Bienal de Veneza comprova isso a cada dois anos: grande número de artistas in-ternacionais que ali expõem reside em Berlim.

Urso de OuroO Festival Internacional de Cinema de Ber-lim (Berlinale) faz parte dos mais importan-tes festivais de cinema, ao lado de Veneza e Cannes. Os prêmios concedidos são o Urso de Ouro e vários Ursos de Prata.

Prêmio da Feira do Livro de LeipzigO Prêmio da Feira do Livro de Leipzig é dedicado a lançamentos em língua alemã.

Prêmio do Cinema AlemãoCom aproximadamente três milhões de euros, o Prêmio do Cinema Alemão é o mais bem dotado prêmio cultural do país.

Prêmio Alemão do LivroUm júri escolhe o melhor romance do ano em língua alemã.

Prêmio Georg BüchnerA mais importante distinção da literatura contemporânea em língua alemã.

Prêmios culturais importantes na Alemanha

M A P A

Berlim

Leipzig

Darmstadt

Frankfurt a.M.

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C U L T U R A & M Í D I A146 | 147

A liberdade de imprensa e de opinião é um bem protegido pela Constituição, expresso no Artigo 5 da Lei Fundamental: “Todos têm o direito de expressar e divulgar livremente o seu pensamento, por meio da palavra, por es-crito e pela imagem, bem como de se infor-mar, sem impedimentos, em fontes de acesso geral. (...) Não será exercida censura.” A Alema-nha ocupou o décimo segundo lugar entre 180 países no Índice de Liberdade de Impren-sa de 2015 da ONG Repórteres Sem Frontei-ras. O pluralismo de opinião é garantido, o pluralismo de informação existe. A imprensa não se encontra nas mãos do governo ou de partidos, mas sim de empresas privadas da mídia. O sistema de direito público de radiodifusão segundo o modelo britânico (ARD, ZDF, Deutschlandfunk), formado por emissoras organizadas como corporações �-nanciadas através da arrecadação de taxas, ou seja, emissoras de direito público, são o se-gundo pilar do panorama da mídia, baseado

no princípio dual de público e privado. Esse sistema persiste na sua essência desde a fun-dação da República Federal da Alemanha em 1949. A contribuição mensal desde 2015 é de 17,50 euros. A partir da década de 1980, sur-giram além disso no mercado diversas emis-soras privadas de rádio e televisão. Até 2014 cada domicílio podia acessar em média 78 canais de TV. Incluindo inúmeras ofertas de TV por assinatura, existem cerca de 400 ca-nais. Os principais telejornais são “Tages-schau” e “Tagesthemen”, na ARD, “heute” e “heute journal”, na ZDF, e “RTL aktuell”. Só em Berlim, que se encontra entre as 10 mais im-portantes metrópoles da mídia, trabalham 900 cor respondentes acreditados junto ao parlamento e 400 correspondentes estrangei-ros de 60  países.

Do mundo polifônico da mídia fazem parte 329 jornais diários, na sua maioria regionais, 20 semanais e 1.590 revistas populares

TRANSFORMAÇÃO RÁPIDA DAS MÍDIAST E M A

1984A “Sociedade de Radiodifusão por Cabo e Satélite”, sigla PKS em alemão, inicia a transmissão em Ludwigshafen am Rhein. É o nas-cimento da televisão privada na Alemanha.

1950As seis estações de rádio da Alemanha Ocidental assinam em Bremen um acordo sobre a  “Criação da Associação de Empresas de Radiodifusão de Direito Público da República Federal da Alemanha”.

1945Após o período nazista, são publi-cados inicialmente apenas jornais licenciados na Alemanha. Na zona de ocupação americana a primei-ra licença foi concedida em 01 de agosto de 1945 ao “Frankfurter Rundschau”.

L I N H A S D O T E M P O

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As mídias sociais transformam na sua essência o sistema das mídias, o comportamento na comunicação e a comunidade

2014Redes sociais: 28 milhões de usu-ários do Facebook. Um milhão de alemães faz uso constante do Twitter (pesquisa do Instituto Allensbach). Campeão das redes sociais é o WhatsApp, com mais de 35 milhões de usuários.

1995Primeiro diário alemão on-line, o jornal liberal de esquerda “taz” entra na rede seis anos após a criação da world wide web (www). A comunidade do “digi-taz” aumenta rapidamente.

19974,1 milhões de alemães acima de 14 anos acessam a internet pelo menos esporadicamente. Em 2014, o número chega a 55,6 milhões, equivalentes a 79,1% das pessoas dessa faixa etária na Alemanha.

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As mídias sociais transformam na sua essência o sistema das mídias, o comportamento na comunicação e a comunidade

2014Redes sociais: 28 milhões de usu-ários do Facebook. Um milhão de alemães faz uso constante do Twitter (pesquisa do Instituto Allensbach). Campeão das redes sociais é o WhatsApp, com mais de 35 milhões de usuários.

1995Primeiro diário alemão on-line, o jornal liberal de esquerda “taz” entra na rede seis anos após a criação da world wide web (www). A comunidade do “digi-taz” aumenta rapidamente.

19974,1 milhões de alemães acima de 14 anos acessam a internet pelo menos esporadicamente. Em 2014, o número chega a 55,6 milhões, equivalentes a 79,1% das pessoas dessa faixa etária na Alemanha.

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C U L T U R A & M Í D I A148 | 149

O maior newsroom da Alemanha: a Redação Central da agência de notícias Deutsche Presse-Agentur (dpa) em Berlim

(2014). Depois da China, Índia, Japão e EUA, a Alemanha é o quinto maior mercado de jornais do mundo. A tiragem dos diários alcança 17,54 milhões e a dos semanários ou jornais domingueiros, 5 milhões de exemplares vendidos por edição (2014). Os títulos mais in�uentes, os diários suprarre-gionais “Süddeutsche Zeitung“, “Frankfur-ter Allgemeine Zeitung“, “Die Welt“, “Die Zeit“, “taz“ e “Handelsblatt“, destacam-se

por seu jornalismo investigativo, analítico, profundo e seus comentários abrangentes. A revista “Spiegel”/”Spiegel Online” e o ta-bloide “Bild” são considerados as mídias mais citadas.

Ao mesmo tempo, o setor encontra-se em uma fase de profundas transformações estruturais. Os diários vêm perdendo regu-larmente há 15 anos uma média de 1,5 a 2%

Cotidiano digitalO uso da internet móvel e a utilização de dispositivos móveis crescem signi�-cativamente na Alemanha. O aumento do uso de dados móveis faz crescer também as exigências técnicas para a infraestrutura de rede. Estudos mos-tram também que há algum tempo o número de usuários da internet vem tendo apenas um leve crescimento.

D I A G R A M A Desenvolvimento vertiginoso: mais de 55 milhões de usuários de internet na Alemanha

1997 2000 20102006 2014

55,649

38,6

18,3

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Font

e: A

RD/Z

DF

Pesq

uisa

on-

line

2014

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de sua tiragem vendida. Eles alcançam ca-da vez menos os leitores jovens e lutam com diculdades cada vez maiores devido à diminuição da tiragem e da verba arre-cadada com anúncios. Mais de 100 jornais responderam à cultura da gratuidade na rede instituindo a cobrança e barreiras de acesso.

A digitalização do mundo da mídia, a inter-net, o crescimento dinâmico dos dispositi-vos móveis e a vitória triunfal das redes sociais transformaram signicativamente o comportamento no uso da mídia. 55,6 milhões de alemães com mais de 14 anos (79%) utilizam a internet. Em 2014, cada usuário esteve 5,9 dias por semana e 166 minutos diários on-line. Um em cada dois usuários utiliza a internet móvel. E mais da metade dos usuários é membro de uma comunidade privada. A revolução di-gital criou um novo conceito de público. As redes sociais e os blogs são um espelho de uma sociedade aberta e de diálogo, na qual todos podem participar do discurso de for-mação de opinião. É preciso esperar para

ver se os pontos de encontro interativos na rede estão criando ao mesmo tempo a base para um jornalismo digital capaz de persis-tir no futuro. Na Alemanha, o desenvolvi-mento da  revista online “Krautreporter”, criada em  2014 a partir de um projeto de “crowdfunding“, está sendo acompanhado com interesse.

Deutsche Welle A Deutsche Welle (DW) é a emissora internacional da Alemanha e membro da ARD (Asso-ciação de Emissoras de Radiodifusão de Direito Público da República Federal da Alemanha). A DW transmite em 30 idiomas, oferecendo serviços de televisão (DW-TV), rádio e internet (dw.de) e desenvolvimento de mídia internacional no âmbito da DW Akademie. Em 2015, a emissora iniciou uma programação de 24 horas em inglês.→ dw.de

G L O B A L

Acesso variado: como os alemães acessam a internet

95 %Computador, PC, laptop

62 %Smartphone/ celular

28 %Tablet-PC

18 %TV

Font

e: A

RD/Z

DF

Pesq

uisa

on-

line

2014

Média diária de uso de mídias

Televisão 240 min.

Rádio 192 min.

Internet 111 min.

Jornal 23 min.

Font

es: A

RD-Z

DF

Pesq

uisa

on-

line

2014

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51

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1829

229

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C U L T U R A & M Í D I A150 | 151

PATRIMÔNIO DA HUMANIDADE NA ALEMANHAP A N O R A M A

157 mAltura da Catedral

de Colônia

1 km2

Extensão das Minas Zollverein

44 km2

Área das Florestas Primárias de Faia

3.000.000Visitantes da Ilha

dos Museus

BauhausAs edi�cações da Escola Bauhaus em Dessau e Weimar representam a famosa escola de design do início do século 20.

WartburgO reformador Martinho Lutero traduziu o Novo Testamento sob o abrigo de suas muralhas.

Minas ZollvereinO complexo industrial das minas de carvão em Essen, desativado em 1986, representa o desenvolvimento da indústria pesada na Europa.

Catedral de ColôniaMuitas gerações – de 1248 a 1880 – criaram a obra-prima do estilo gótico.

17 21

25 18

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2.000Construções em técnica enxaimel Quedlinburg

550 kmExtensão da rota Limes

10.000 Espécies animais e vegetais

no Mar de Wadden

1.031Patrimônio da Humanidade

Unesco no mundo

LimesSaalburg, castelo totalmente reconstruído, faz parte da antiga fronteira do Império Romano em Hessen.

Florestas Primárias de Faia

Cinco regiões de �orestas primárias de faia na Ale-manha são monumentos da UNESCO.

1 Catedral de Aachen 2 Catedral de Speyer3 Residência de Würzburg e jardins4 A Igreja de Peregrinação Die Wies 5 Castelos de Augustusburg e Falkenlust

em Brühl 6 Catedral e Igreja Românica de São

Miguel em Hildesheim 7 Monumentos Romanos, Catedral e

Igreja de Nossa Senhora em Trier 8 Cidade Hanseática de Lübeck 9 Palácios e Parques de Potsdam-Sans-

souci e Berlim 10 Abadia Lorsch 11 Minas Históricas de Prata de Rammels-

berg, Centro Histórico de Goslar e Reservatório de Água do Oberharz

12 Centro Histórico de Bamberg 13 Mosteiro de Maulbronn 14 Igreja, Castelo e Centro Histórico

de Quedlinburg 15 O�cinas Metalúrgicas de Völklingen 16 Sítio Fóssil de Messel 17 Catedral de Colônia18 A Escola Bauhaus de Arquitetura e suas

edi�cações em Weimar e Dessau 19 Memoriais de Lutero em Eisleben e

Wittenberg 20 Weimar, a Cidade do Classicismo 21 Castelo de Wartburg 22 Ilha dos Museus em Berlim 23 Jardim Real Dessau-Wörlitz24 Ilha Monástica Reichenau25 Complexo Industrial das Minas de

Carvão Zollverein em Essen26 Centros Históricos de Stralsund e Wismar27 Vale Médio-Superior do Reno28 Prefeitura e estátua de Rolando em

Bremen29 Parque de Muskau30 Rota Limes do Reno ao Danúbio:

antiga fronteira do Império Romano31 Centro Histórico de Regensburg com

o bairro Stadtamhof32 Conjuntos residenciais modernistas em

Berlim 33 Mar de Wadden34 Florestas Primárias de Faia da Alemanha35 Fábrica Fagus em Alfeld36 Construções palafíticas pré-históricas,

Alpes37 Ópera Malgrave de Bayreuth38 Palácio e Parque de Wilhelmshöhe39 Obra Arquitetônica da Época Carolíngea

e Abadia Imperial de Corvey40 Speicherstadt em Hamburgo e Bairro

Kontorhaus com a Chilehaus

Monumentos CulturaisMonumentos Naturais

Baviera

Hessen Turíngia

Saxônia

Brandemburgo

Berlim

Hamburgo

Bremen

Renânia do Norte- Vestfália

Baixa Saxônia Saxônia- Anhalt

Mecklemburgo- Pomerânia Ocidental

Renânia Palatinado

Schleswig- Holstein

Baden- Württemberg

Sarre

30

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C U L T U R A & M Í D I A152 | 153

O alemão pertence ao grupo de cerca de 15 línguas germânicas, um ramo da família das línguas indo-europeias. Aproximada-mente 130 milhões de pessoas na Alemanha, Áustria, Suíça, Luxemburgo, Bélgica, Lie-chtenstein e Tirol do Sul (Itália) falam ale-mão como língua materna. É assim a língua materna mais falada na União Europeia e um dos dez idiomas mais falados no mundo. Atualmente, 15,4 milhões de pessoas estu-dam alemão como língua estrangeira, se-gundo a pesquisa “Alemão como língua es-trangeira no mundo”, publicada em 2015. O número real de pessoas que falam alemão como língua estrangeira pode ser calculado em aproximadamente 100 milhões.

Um dos motivos para a importância des-proporcional do alemão em comparação

com o número de falantes é a potência da economia, que confere grande atratividade ao idioma. Ela constitui a base de uma política ativa de divulgação da língua, que apoia instituições de ensino no país e no exterior, concede bolsas de estudo ou oferece a estudantes estrangeiros programas de mo-bilidade para estudar na Alemanha. Prova disso é o crescente interesse pelo alemão, es-pecialmente nos países emer gentes China, Índia e Brasil, bem como o aumento de inte-ressados na região asiática, onde a demanda quadruplicou parcialmente desde 2010.

Instituições importantes no setor do ensino de alemão são as 140 escolas alemãs e cerca de 2.000 escolas incluídas no programa “Escolas: uma parceria para o futuro” (PASCH na sigla alemã), criado pelo Ministé-rio das Relações Externas com o intuito de fortalecer o ensino da língua. Mais de 228 mil pessoas frequentaram em 2014 os cursos do Instituto Goethe, que oferece cursos e exames de pro¡ciência da língua alemã em mais de 90 países. E mais 1,3 milhão de pessoas em 108 países aprendem alemão em universidades.

A relevância internacional do alemão na área cientí¡ca tende a diminuir. Nos acer-vos dos bancos de dados bibliográ¡cos o alemão consta como idioma de apenas um  porcento da produção mundial de publicações de ciências naturais. Sua im-

IDIOMA ATRAENTET E M A

16grandes grupos de dialetos existem na Alemanha. Deles fazem parte o bávaro, o alemânico, o vestfálico, o brandem-burguês e o baixo-alemão do norte. As diferenças regionais na língua falada são relativamente grandes. Em geral, a im-portância dos dialetos vem diminuindo.

N Ú M E R O

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portância é maior e mais tradicional nas disciplinas das áreas de ciências humanas e sociais. Pesquisadores que não têm o ale-mão como língua materna publicam so-mente em casos excepcionais nesse idioma. Por outro lado, cientistas alemães, espe-cialmente na área das ciências naturais, publicam cada vez mais seus trabalhos em inglês. Mas na internet a língua alemã de-sempenha um papel importante, ocupan-

do em 2015 entre as línguas mais usadas em sites na rede o terceiro lugar, com grande distância atrás do inglês, mas logo depois do russo.

A globalização exerce pressão sobre todas as línguas internacionais, e o inglês se for-talece claramente como língua universal. Mas o alemão continuará sendo um idio-ma de importância mundial.

O alemão é a língua materna mais falada na União Europeia

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M O D O D E V I D A154 | 155

Amor à natureza e estusiasmo pela vida urbana, alimentação sadia e restaurantes gourmet, apego às tradições e cosmopoli-tismo – depois da França, Espanha e Sué-cia, a Alemanha é com seus 357 mil km² o quarto maior país da União Europeia (UE). Do Mar do Norte e do Mar Báltico até os Alpes no sul, a geogra�a do país é bastante diversi�cada, englobando regi-ões como as planícies no norte, o maciço central, as escarpas do sudoeste, os Pré--Alpes no sul e os Alpes Bávaros. A maior distância entre o norte e o sul é de 876 km e de leste a oeste, 640 km.

A Alemanha está entre os países com o maior nível de qualidade de vida do mun-do. No relatório sobre Índice de Desenvol-vimento Humano (IDH) da ONU, a Alema-nha ocupa em 2014 o sexto lugar entre 187 países. Com 81,2 milhões de habitantes,

a Alemanha é o país mais populoso da UE e um dos países com a maior densidade demográ�ca. 77% dos habitantes vivem em áreas com média ou alta densidade demográ�ca. 30% da população vive em metrópoles com mais de 100 mil habitan-tes, no total de 76 no país. Munique tem 4.460 habitantes por km² e Berlim 3.780. Peritos vêem no renascimento das cida-des um processo contínuo de crescimento e inovação e preveem para 2030 um forte aumento do número de habitantes nos grandes centros urbanos, com graves consequências para o mercado imobiliá-rio, a mobilidade urbana e a infraestrutu-ra. Em especial os jovens entre 18 e 24 anos mostram-se cada vez mais dispostos a mudar para a cidade. O fenômeno de ur-banização na Alemanha segue uma ten-dência mundial. Os turistas também se sentem atraídos pelas metrópoles. Berlim

País da diversidade ∙ Qualidade de vida urbana ∙ Turismo sustentável ∙

Desa�os esportivos ∙ Saborear com descontração

MODO DE VIDA

I N T R O D U Ç Ã O

PAÍS DA DIVERSIDADE

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Sylt, a quarta maior ilha alemã, tem quilômetros de praias de areia no litoral do Mar do Norte

Modo de vida: o vídeo sobre o tema → tued.net/pt/vid8

V Í D E O A R - A P P

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Sylt, a quarta maior ilha alemã, tem quilômetros de praias de areia no litoral do Mar do Norte

Modo de vida: o vídeo sobre o tema → tued.net/pt/vid8

V Í D E O A R - A P P

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M O D O D E V I D A156 | 157

Frankfurt am Main, a cidade-sede do Banco Central Europeu (BCE), é a única metrópole alemã com uma skyline

tem um magnetismo especial e o número de visitantes bate sempre novos recordes. Na comparação com outras cidades euro-peias, a metrópole de 3,4 milhões de habi-tantes ocupa o terceiro lugar depois de Londres e Paris, no que diz respeito ao número absoluto de pernoites.

O desejo de viver na cidade convive com um anseio de regionalidade, sobretudo na alimentação. A agroindústria ecológica é parte essencial da economia agrícola ale-mã e fatura 7,6 bilhões de euros por ano com produtos orgânicos. Existem 23.500 fazendas ecológicas, equivalentes a 8% dos centros de produção agrícola, explo-rando 6,3% das áreas cultiváveis. Os pro-dutos orgânicos são certi�cados – 70.400 produtos têm o selo verde alemão –, estão sob forte controle da defesa do consumi-dor e seguem um rigoroso padrão de ro-tulagem. 7,75 milhões de pessoas na po-pulação de língua alemã se declararam

vegetarianas em 2014, dentre elas 900 mil vegan. Nem por isso o prazer sai perden-do. Na Alemanha há 282 restaurantes com uma ou mais estrelas no guia gastro-nômico Michelin 2015, número que cres-ceu 25% desde 2010.

DestatisDados, fatos e estudos estatísticos o�ciais do Departamento Federal de Estatística em Wiesbaden → destatis.de

OCDEComparação das condições materiais de vida e da qualidade de vida em 34 países segundo o Índice para uma Vida Melhor (Better Life Index) da OCDE→ oecdbetterlifeindex.org

R E D E

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Central Alemã de Turismo

A Central Alemã de Turismo (DZT) divulga a Ale-

manha no exterior em nome do governo alemão

há mais de 60 anos. Para 2016, a DZT escolheu

“Fascinação: férias na natureza – parques nacio-

nais e parques naturais na Alemanha” como tema

principal.

→ germany.travel

Confederação Alemã de Esportes Olímpicos

A Confederação Alemã de Esportes Olímpicos

(DOSB) é a associação nacional das federações

esportivas. A DOSB congrega 28 milhões de

membros de 91 mil associações esportivas.

→ dosb.de

Federação Alemã de Futebol

A Federação Alemã de Futebol (DFB), com 6,85

milhões de membros, é a maior associação na-

cional de esporte no mundo e a única federação

de futebol em que tanto a seleção masculina co-

mo a feminina conquistaram o título de campeão

mundial.

→ dfb.de

Fomento Internacional do Esporte

Desde 1961, o Fomento Internacional do Esporte

integra a política cultural e educacional externa

do MRE. Mais de 1.400 projetos de curta e longa

duração já foram implantados em mais de cem

países em desenvolvimento. A prioridade recai so-

bre o esporte para mulheres, portadores de de�ci-

ências e jovens, como incentivo à integração.

→ sport.diplo.de

Instituto Alemão do Vinho

O Instituto Alemão do Vinho (DWI) é a organiza-

ção da indústria vinícola alemã para divulgação

e marketing. Sua principal função é fomentar a

qualidade e o comércio do vinho alemão.

→ deutscheweine.de

Viver bem na Alemanha

O governo federal iniciou em 2015 um diálogo

com as pessoas na Alemanha sobre seu conceito

de qualidade de vida. O intercâmbio acontece

em encontros públicos por todo o país e no por-

tal on-line. O objetivo é reunir dados para um

plano de ação para melhorar a vida na Alemanha.

→ gut-leben-in-deutschland.de

AGENTES & INSTRUMENTOS

Mais informações sobre todos os temas do capítulo – listas de links comentadas, artigos, documentos; informações adi-cionais com palavras-chave tais como

Cozinha alemã, Vinhos da Alemanha, Arquitetura Bauhaus, Férias de wellness na Alemanha→ tued.net/pt/dig8

C O M P A C T O

D I G I T A L P L U S

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Bons empregos, meio ambiente limpo, baixa criminalidade, muita ofertas de la-zer e cultura, boa circulação de transpor-te são algumas qualidades frequente-mente atribuídas às cidades alemãs. Em uma pesquisa da agência de consultoria americana Mercer sobre avaliação da qualidade de vida em 230 metrópoles, di-vulgada em 2015, sete cidades alemãs aparecem entre as trinta melhores. Muni-que (4º lugar), Düsseldorf (6º) e Frankfurt am Main (7º) �caram entre as dez melho-res e Berlim (14º), Hamburgo (16º) e Stutt-gart (21º) também estão no topo da lista. Na Alemanha existem 76 cidades grandes (mais de 100 mil habitantes) e 600 cidades médias entre 20 mil e 99.999 habitantes; 74% das pessoas vivem em cidades.

A demanda por moradia urbana provo-cou um aumento substancial dos preços de novos aluguéis, bem como de imóveis.

Em número de imóveis próprios, a Alema-nha ocupa o penúltimo lugar na Europa. Apenas 43% dos domicílios são imóveis próprios. A maioria paga aluguel. Cerca de 20% consideram o custo de moradia um “grande peso �nanceiro”, 35% do orçamen-to em média. O governo federal colocou um freio no aumento dos preços de alu-guel para preservar a diversidade social em regiões onde o mercado imobiliário se en-contra sob pressão. A medida prevê nos ca-sos de novos aluguéis um aumento máxi-mo de 10% em comparação com imóveis semelhantes, mas há exceções. Em Berlim, 22% dos bairros fazem parte dessas “áreas protegidas”. Todas as medidas de desman-telamento, ou seja, demolição, ou qualquer alteração do imóvel ou de seu uso são exa-minadas e precisam ser aprovadas, a �m de evitar que o saneamento se transforme em gentri�cação.

Despesas com o consumo por domicílio na Alemanha

35 %Habitação, energia, manutenção do lar

14 %Mobilidade

14 %Alimentos, bebidas, tabaco

11 %Lazer, entre- tenimento, cultura

4 %Vestuário, calçado

22 %Outros

QUALIDADE DE VIDA URBANAT E M A

Como vivem os alemãesMais da metade das pessoas na Alemanha moram de aluguel e não em casa própria. 64,5% das residências são unidades familiares, apenas 5,9% são imóveis com sete ou mais unidades. 35% das casas e dos apartamentos têm 100m² ou mais, só 5,5% têm menos de 40m².

Font

e: S

tatis

tisch

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D I A G R A M A

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Qualidade de vida urbana é o desejo de muitos e por isso sobem os preços dos aluguéis nas cidades

Domicílios na Alemanha segundo o número de cômodos

39,3 %5 ou mais cômodos

3,3 %1 cômodo

9,4 %2 cômodos

22,2 %3 cômodos

25,8 %4 cômodos

Participação da população urbana

Alemanha

Reino Unido

Canadá

EUA

Austrália

74,2 %

79,9 %

82,9 %

80,9 %

89,5 %

Font

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Os alemães gostam de viajar. Também e principalmente dentro do próprio país. Alpes, litoral, lagos, parques naturais, vales dos rios estão há anos em primeiro lugar entre os destinos de viagem. Uma verdadeira paixão pela diversidade das paisagens, pelas opções de tours nas cida-des, de esporte e de descanso, que os ale-mães dividem com o �uxo de turistas estrangeiros, que há muito tempo não pa-ra de crescer. A Alemanha é cada vez mais apreciada como destinação turística.

O número de pernoites aumentou em 2014 para 424 milhões, sendo 75,6 mi-lhões (17,8%) de turistas estrangeiros, um recorde. A tendência positiva no turismo

alemão teve início logo após a reuni�ca-ção, e desde então a Alemanha teve um aumento contínuo de 88% no número de visitantes estrangeiros (um aumento de 33,7 milhões de pernoites). A maioria (75%) é oriunda da Europa, principalmen-te da Holanda, Suíça, Reino Unido e Itália.

Ao mesmo tempo duplica o número de vi-sitantes asiáticos, especialmente da Chi-na, Índia e dos países da região do Golfo, e sua participação já chega a 11%. Apenas 10% dos turistas vêm da América do Norte e do Sul. Dentre os países da Europa, a Ale-manha ocupou o segundo lugar na prefe-rência dos turistas europeus, depois da Espanha e antes da França. Quanto à sazo-nalidade, os picos são registrados entre ju-nho e outubro, no período de alta estação. As regiões mais visitadas são a Baviera, Berlim e Baden-Württemberg. Os jovens entre 15 e 34 anos consideram a Alema-nha um destino atraente E prestam uma contribuição signi�cativa para o desen-volvimento positivo do turismo no país.

Pólo bem-sucedido de feiras e congressos

Em 2014, A Alemanha conseguiu defen-der pela 11ª vez seguida sua posição como polo número um de conferências e con-gressos na Europa. No ranking interna-cional de polos de congressos, ocupa o número dois depois dos EUA. Considerada

TURISMO SUSTENTÁVELT E M A

∙ Maior aeroporto: Frankfurt am Main

∙ Maior estação ferroviária: Leipzig

∙ Maior porto: Hamburgo

∙ Maior pavilhão de feiras: Hannover

∙ Maior balneário: Wiesbaden

∙ Maior festa popular: Oktoberfest

∙ Maior parque de diversões: Europa-Park, Rust

L I S T A

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Os Alpes, um panorama de tirar o fôlego! Muitos turistas estrangeiros que vão à Baviera apreciam esse idílio

internacionalmente o mais importante polo de feiras, a Alemanha recebe anual-mente 2,7 milhões de visitantes somente da Europa. Ao todo foram 25,6 milhões de participantes estrangeiros de todo o mundo nos eventos realizados em 2014. As cidades mais atraentes para os estran-geiros são Berlim, Dresden, Düsseldorf, Frankfurt am Main, Hamburgo, Hanno-ver, Leipzig, Colônia, Munique, Nurem-bergue e Stuttgart. O destaque especial

vai para Berlim: 28,7 milhões de pernoi-tes e 11,9 milhões de visitantes na capital alemã. Em números absolutos de pernoi-tes, Berlim ocupa o terceiro lugar depois de Londres e Paris.

Entre as maiores atrações turísticas para os visitantes internacionais, segundo uma pesquisa da Central Alemã de Turis-mo (DZT), encontram-se clássicos como o Castelo Neuschwanstein e a Catedral de

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Colônia. Mas também os diversos patri-mônios culturais da Unesco, como o Palá-cio Sanssouci em Potsdam ou Weimar, a cidade dos clássicos, são muito aprecia-dos. Muitos turistas são atraídos por eventos como a Oktoberfest de Munique, a maior festa popular do mundo com 6,3 milhões de visitantes. E um estádio de fu-tebol também está na lista das atrações: a Allianz Arena, obra-prima dos arquitetos suíços Herzog & de Meuron e estádio do FC Bayern de Munique.

E por �m o movimento. Assim como a cultura, ele contribui em grande parte para a atratividade. Os 200 mil km de trilhas sinalizadas já oferecem ótimas condições e panoramas fantásticos, por exemplo as trilhas nos parques nacionais ou na região dos Alpes. Sem contar as mais de duzentas ciclovias de longo

percurso com mais de 70 mil km, como a Ciclovia Europeia Cortina de Ferro (1.131 km) ou a Ciclovia Limes Alemão com 818 km. Quem procura pernoite a preços mó-dicos encontra oportunidades su�cien-tes, por exemplo, em 500 albergues da ju-ventude, sendo 130 destinados a famílias, ou em um dos 2.870 campings.

Férias dedicadas ao bem-estar e viagens sustentáveis

Wellness é um grande tema no destino turístico Alemanha. Há ofertas inusita-das, como a sauna �uvial no balneário de Bad Ems, mas também inúmeros outros balneários e estações de água com áreas para relaxar, como Bad Wörishofen ou Bad Oeynhausen com sua arquitetura de �ns do século 19. Há 253 balneários e es-tações de água reconhecidos o�cialmen-te. A qualidade do tratamento médico e a reabilitação também atraem muitos visi-tantes à Alemanha.

E os viajantes cuidam cada vez mais não só da própria saúde, como também se preocu-pam com o meio ambiente. A demanda por turismo ecológico e viagens sustentáveis cresce no país. Fazendas ecológicas ofere-cem quartos, existem 104 parques naturais e 15 reservas de bioesfera onde o desenvol-vimento sustentável e a preservação das es-pécies merecem atenção especial. Para que todos possam se locomover sem di�culda-des pelo país, há muitas iniciativas para possibilitar também às pessoas com neces-sidades especiais um turismo sem barreiras.

Na Alemanha o clima é temperado úmido com predominância dos ventos do oeste e poucas variações de tempera-tura. As chuvas ocorrem durante o ano todo. Invernos amenos (2°C a -6°C) e verões frescos (18°C a 20°C) são a regra. Em 2014, a temperatura média anual foi 10,3°C e representou um recorde, com um aumento de 2,1 graus em compração com a média de 8,2°C no período de referência 1961-1990. O ano de 2014 foi 0,4 grau mais quente que 2000 e 2007, até então os anos mais quentes no país.→ dwd.de

I N F O R M A Ç Ã O

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Ofertas atraentes de turismo nos estados do Leste

Os cinco novos estados têm um papel relevante no turismo. Para muitas regiões no Leste da Alemanha, o turismo repre-sentou após a reuni�cação uma oportu-nidade para estabilizar a economia. Regi-ões de �oresta, como o Spreewald, cidades com grande tradição cultural, como Dresden ou Weimar, e as praias do Mar Báltico, como Binz na ilha de Rügen, atraem turistas alemães e do exterior. O

número de pernoites nos novos estados mais do que duplicou de 1993 até hoje. Nas viagens de férias com duração de mais de cinco dias, Mecklemburgo Pome-rânia Ocidental, no nordeste alemão, quase emparelha com o estado da Bavie-ra, no sul, com pouco mais de 4 milhões. Não importa quanto já se viu. Na Alema-nha há sempre mais para o turista desco-brir, vivenciar, festejar e admirar.

Berlim

Hamburgo

Hannover

DresdenLeipzig

Nurembergue

Stuttgart

Frankfurt am Main

Munique

Castelo de Neuschwanstein

Europa-Park

Colônia

Düsseldorf

Catedral de Colônia

Principais destinos turísticos As 11 cidades mágicas detêm 43% de todos os pernoites de turistas estrangeiros na Alemanha. Berlim está na dianteira, bem à frente de Munique, Frankfurt am Main e Hamburgo. 55% dos visitantes estrangeiros pernoitam em cidades com mais de 100 mil habitantes.

Aeroportos mais importantesOs três maiores aeroportos da Alemanha são Frankfurt com 59,6 milhões de passageiros, Munique com 39,7 milhões de passageiros e Düsseldorf com 21,8 milhões de passa-geiros em 2014.

Atrações prediletasO Castelo de Neuschwanstein, o Europa Park em Rust e a Catedral de Colônia foram as três atrações prediletas dos turis-tas estrangeiros em 2014, segundo uma enquete realizada pela Central Alemã de Turismo.

Viajar na Alemanha

M A P A

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Ofertas atraentes de turismo nos estados do Leste

Os cinco novos estados têm um papel relevante no turismo. Para muitas regiões no Leste da Alemanha, o turismo repre-sentou após a reuni�cação uma oportu-nidade para estabilizar a economia. Regi-ões de �oresta, como o Spreewald, cidades com grande tradição cultural, como Dresden ou Weimar, e as praias do Mar Báltico, como Binz na ilha de Rügen, atraem turistas alemães e do exterior. O

número de pernoites nos novos estados mais do que duplicou de 1993 até hoje. Nas viagens de férias com duração de mais de cinco dias, Mecklemburgo Pome-rânia Ocidental, no nordeste alemão, quase emparelha com o estado da Bavie-ra, no sul, com pouco mais de 4 milhões. Não importa quanto já se viu. Na Alema-nha há sempre mais para o turista desco-brir, vivenciar, festejar e admirar.

Berlim

Hamburgo

Hannover

DresdenLeipzig

Nurembergue

Stuttgart

Frankfurt am Main

Munique

Castelo de Neuschwanstein

Europa-Park

Colônia

Düsseldorf

Catedral de Colônia

Principais destinos turísticos As 11 cidades mágicas detêm 43% de todos os pernoites de turistas estrangeiros na Alemanha. Berlim está na dianteira, bem à frente de Munique, Frankfurt am Main e Hamburgo. 55% dos visitantes estrangeiros pernoitam em cidades com mais de 100 mil habitantes.

Aeroportos mais importantesOs três maiores aeroportos da Alemanha são Frankfurt com 59,6 milhões de passageiros, Munique com 39,7 milhões de passageiros e Düsseldorf com 21,8 milhões de passa-geiros em 2014.

Atrações prediletasO Castelo de Neuschwanstein, o Europa Park em Rust e a Catedral de Colônia foram as três atrações prediletas dos turis-tas estrangeiros em 2014, segundo uma enquete realizada pela Central Alemã de Turismo.

Viajar na Alemanha

M A P A

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A Alemanha é um país apaixonado pelo esporte e com muitos sucessos. No  ran-king de medalhas nos Jogos Olímpicos, ocupa com 1.682 medalhas (2014) o ter-ceiro lugar, depois dos EUA e da Federa-ção Russa. 28 milhões de pessoas são membros de uma das 91 mil associações desportivas. Além de assumirem tarefas de caráter desportivo, as associações têm também uma importante função na so-ciedade e na inclusão social. Especial-mente no trabalho com os jovens e na in-tegração, elas transmitem valores como fairplay, espírito de equipe e tolerância. Com a crescente internacionalização da população, o trabalho das associações esportivas ganha cada vez maior signi-�cado na integração dos imigrantes. 60.700 associações têm membros com histórico de migração em suas equipes. No total, calcula-se que 1,7 milhão de pessoas com histórico de migração são

membros de uma associação esportiva. Mesmo assim a participação desse grupo no esporte organizado ainda é muito pe-quena.

O programa “Integração por meio do es-porte“ da Confederação Alemã de Espor-tes Olímpicos (DOSB) considera a imigra-ção um fator de enriquecimento para o esporte alemão. Um dos focos principais do futuro programa recai sobre os grupos pouco representados no esporte, como mulheres e meninas. Juntamente com a Fundação da Bundesliga e a Federação Alemã de Futebol (DFB), o governo fede-ral também lançou uma iniciativa no in-tuito de fomentar projetos duradouros de integração de refugiados no esporte. Um dos projetos é o “1 x 0 para um Bem-Vin-do”, da seleção alemã de futebol, que apoia �nanceiramente 600 clubes de fu-tebol que integram refugiados.

DESAFIOS ESPORTIVOST E M A

1988Stef� Graf é a primeira tenista a ganhar o Golden Slam, vitória em todos os quatro grande torneios de tênis, e a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos do mesmo ano.

1972Os Jogos Olímpicos de Verão em Munique são ofuscados pelo sequestro e assassinato de atle- tas israelenses por terroristas palestinos.

1954A Alemanha é pela primeira vez campeã do mundo de futebol, na Suíça (3 x 2 na �nal contra a Hungria). O “Milagre de Berna” se torna um símbolo permanente para a Alemanha do pós-guerra.

L I N H A S D O T E M P O

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A vitória na Copa do Mundo 2014 no Brasil: um dos muitos pontos altos do esporte alemão

2014A seleção alemã de futebol ganha em uma disputa acirrada novamen-te o título de campeã mundial na Copa no Brasil (1 x 0 na �nal contra a Argentina). É o quarto título mundial da Alemanha desde 1954.

2004O piloto Michael Schumacher ga-nha o sétimo título de campeão mundial (cinco vezes seguidas de 2000 a 2004 ) e se torna o piloto mais bem-sucedido na história da Fórmula 1.

2006A Copa do Mundo de Futebol da Fifa sob o lema “O Mundo entre Amigos“ se torna um “conto de verão” inesquecível e faz a Ale-manha angariar muita simpatia em todo o mundo.

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A Confederação Alemã de Esportes Olím-picos (DOSB) é uma associação nacional do esporte alemão e se considera o maior movimento de cidadãos da Alemanha. Ela fomenta o esporte de massa e de com-petição. Mais de 20 mil das 91 mil asso-ciações que a DOSB congrega foram fun-dadas depois da reunificação em 1990. A Federação Alemã de Futebol (DFB), fun-dada em 1900, é uma das 98 organizações associadas da DOSB. Com 7 milhões de membros em 25 mil clubes de futebol, a DFB alcançou a maior marca de sua his-tória e é a maior federação esportiva do mundo.

O futebol feminino é um dos segmentos esportivos que mais rapidamente cresce. A seleção feminina de futebol foi diversas vezes campeã europeia e mundial. Moti-vadas pelo sucesso de jogadoras como Stef� Jones, que em 2016 assume o cargo de técnica da equipe de futebol da DFB,

337.300 jovens de até 16 anos participam ativamente de associações de futebol.

A maior atratividade do futebol alemão es-tá na Bundesliga, a primeira divisão do fu-tebol alemão, considerada uma das mais fortes do mundo. Somente as 306 partidas dos 18 times da temporada 2014/2015 leva-ram 13,3 milhões de torcedores aos está-dios, o que corresponde a uma média de 43.530 torcedores por jogo. Quem estabele-ce o padrão no futebol alemão pro�ssional é o FC Bayern de Munique. Em maio de 2015, o clube comemorou a 25ª vitória no Campeonato Alemão. Além disso, o clube já ganhou 17 vezes a Taça da DFB e em 2001 e 2013 a Liga dos Campeões da UEFA. Com 251 mil sócios, o FC Bayern de Munique é, depois do Ben�ca de Lisboa, o clube com o maior número de associados do mundo.

A seleção alemã de futebol masculino, te-tracampeã mundial e tricampeã europeia,

Mais de 70 mil participantes: a corrida J.P. Morgan Challenge em Frankfurt é o maior evento da categoria no mundo

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é carro-chefe do futebol alemão. Desde a vi-tória da Copa do Mundo da Fifa 2014 no Bra-sil, a Alemanha encabeça o ranking mundial da Fifa. A equipe do técnico Joachim Löw tem um padrão tático considerado �exível e um estilo de jogo moderno. Da equipe da se-leção fazem parte inúmeros jogadores com histórico de migração, como Jérôme Boa-teng, Sami Khedira e Mesut Özil.

Reconhecimento esportivo e sucesso em diversas disciplinas

Ao lado do futebol, a ginástica, o tênis, o tiro ao alvo, o atletismo, o handball e o hipismo são modalidades com grande adesão. Mas há outros eventos desportivos de grande suces-so, como a J.P. Morgan Corporate Challenge em Frankfurt am Main. A corrida bene�cen-te e voltada para as empresas tem 70 mil par-ticipantes de 2.780 empresas e é considerada o maior evento do gênero no mundo.

O balanço do esporte é positivo em diversos aspectos. Muito se deve ao fomento do es-porte, que apoia 3.800 atletas de quase todas as disciplinas olímpicas, disciplinas tradi-cionais não olímpicas, bem como do esporte para pessoas com de�ciências e para surdos. O apoio aos esportistas com de�ciências é uma de suas principais tarefas. Também nesse segmento os esportistas alemães são muito bem-sucedidos, com um total de 1.492 medalhas (2014) em competições para-límpicas internacionais.

“Movimentar pessoas – ultrapassar fron-teiras“ é o lema do Fomento Internacional

do Esporte do Ministério das Relações Externas. Ele é parte integrante da polí-tica cultural e educacional externa e já implantou mais de 1.400 projetos de cur-ta e longa duração nos mais diversos segmentos do esporte em mais de 100 pa-íses. Basta citar um exemplo: o projeto “Jogar futebol em vez de lutar – pelada em prol da tolerância” de formação para 16 treinadores de futebol infanto-juvenil palestinos. Jovens traumatizados por per-manentes con�itos violentos devem aprender de maneira lúdica a lidar com a ideia de fairplay. O esporte alemão per-corre esse e muitos outros caminhos para conseguir a melhor performance tam-bém como meio de prevenção de crises e de entendimento entre os povos, como embaixador de mais igualdade, tolerân-cia, integração, competição pací�ca e alto desempenho.

Projetos antidopingCom a fundação da Agência Mundial Antidoping (AMA), em 1999, e o com-prometimento de todas as partes inte-ressadas com a tolerância zero surgiu a necessidade de um estatuto único com validade internacional. Em 2003, foi adotado o primeiro Código Mundial Antidoping. O código mais recente entrou em vigor em 01 de janeiro de 2015.→ wada-ama.org

G L O B A L

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3.420.000Habitantes

11.900.000 Turistas

2.399.000 Visitantes da Ilha dos Museus

175Museus e coleções

Bairros de BerlimA. MitteB. Friedrichshain-KreuzbergC. PankowD. Charlottenburg-

WilmersdorfE. SpandauF. Steglitz-ZehlendorfG. Tempelhof-SchönebergH. NeuköllnI. Treptow-KöpenickJ. Marzahn-HellersdorfK. LichtenbergL. Reinickendorf

Igreja da MemóriaCartão-postal do lado ocidental da cidade, é um memorial contra a guerra.

O prédio do Reichstag Sede do Parlamento Alemão. A cúpula de vidro atrai os visitantes como um ímã.

Coluna da VitóriaDepois de subir 285 degraus, da plataforma do mirante a vista da cidade é fantástica.

A ATRAENTE BERLIMP A N O R A M A

Mitte

Friedrichshain--Kreuzberg

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505.771 Visitantes da Berlinale

4.650 Restaurantes

190Bares e discotecas

GendarmenmarktUma das praças mais bonitas da Europa brilha com três edifí-cios monumentais no estilo classicista.

Checkpoint CharlieO Muro caiu, mas o antigo posto militar na fronteira entre os dois lados recorda a Guerra Fria.

A torre de televisão no Alexanderplatz Na praça carinhosa-mente chamada de Alex se avista de longe. Do alto se vê toda a região.

Ilha dos MuseusOs cinco grandes museus estão entre os melhores da Europa. East Side Gallery

Os restos do Muro artisticamente pintados são hoje a maior galeria a céu aberto do mundo.

Portão de Brandemburgo Todo turista conhece o símbolo da reuni�cação da Alemanha.

Potsdamer PlatzA nova cara de Berlim: praça construída depois da queda do Muro numa gigantesca área abandonada.

4.400.000 Visitantes do zoológico

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505.771 Visitantes da Berlinale

4.650 Restaurantes

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GendarmenmarktUma das praças mais bonitas da Europa brilha com três edifí-cios monumentais no estilo classicista.

Checkpoint CharlieO Muro caiu, mas o antigo posto militar na fronteira entre os dois lados recorda a Guerra Fria.

A torre de televisão no Alexanderplatz Na praça carinhosa-mente chamada de Alex se avista de longe. Do alto se vê toda a região.

Ilha dos MuseusOs cinco grandes museus estão entre os melhores da Europa. East Side Gallery

Os restos do Muro artisticamente pintados são hoje a maior galeria a céu aberto do mundo.

Portão de Brandemburgo Todo turista conhece o símbolo da reuni�cação da Alemanha.

Potsdamer PlatzA nova cara de Berlim: praça construída depois da queda do Muro numa gigantesca área abandonada.

4.400.000 Visitantes do zoológico

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M O D O D E V I D A170 | 171

Desde o início do novo século o vinho ale-mão está vivendo um renascimento inter-nacional, e isso está ligado ao “milagre do Riesling” e a toda uma nova geração de vini-cultores mais comprometida com a boa qua-lidade do que com o aumento da produção. O longo período de crescimento e, compara-damente, o pouco calor do verão dão aos vi-nhos alemães uma textura suave e um teor alcoólico baixo.

Os vinhos alemães são provenientes de 13 regiões, onde se produz em mais de 100 mil hectares uma grande diversidade de vinhos típicos regionais. Na comparação interna-cional, a Alemanha, com a sua área de culti-vo e 80 mil produtores, faz parte dos países

com produção média. Em 2014, foram 9,5 milhões de hectolitros. A participação do vi-nho ecológico no mercado �ca entre 4 e 5%. As regiões de vinicultura alemãs estão entre as mais setentrionais do mundo. Com exce-ção das regiões da Saxônia e Saale-Unstrut, elas estão concentradas no sudoeste e no sul do país. As três maiores regiões são Rhein-hessen, Pfalz e Baden. São cultivadas cerca de 140 castas, mas importância comercial têm apenas umas duas dúzias delas, espe-cialmente as dos vinhos brancos Riesling e Müller-Thurgau. A Alemanha produz cerca de 65% de vinhos brancos e 35% de vinhos tintos, sendo Spätburgunder e Dornfelder as castas mais importantes neste último caso.

A Alemanha é também o país da cerveja. A cerveja alemã é apreciada principalmente por sua fabricação tradicional, em parte se-cular, em pequenas cervejarias familiares e conventuais. Para todas elas vale sem exce-ção a lei da pureza, a mais antiga regulamen-tação alimentícia do mundo, datada de 1516, que instituiu o uso exclusivo de malte, lúpu-lo e água em sua fabricação. Na Alemanha são fabricados entre 5 e 6 mil tipos de cerve-jas, a maioria de estilo Pilsen. O consumo de cerveja está, no entanto, regredindo.

Os costumes alimentares na Alemanha não são de fácil interpretação. Muitos consumidores se preocupam cada vez mais com o próprio corpo e se tornam

SABOREAR COM DESCONTRAÇÃOT E M A

282restaurantes na Alemanha, tantos como nunca, foram agraciados com uma, duas ou até três estrelas no Guia Gas-tronômico Michelin 2015. Onze estão na lista da mais alta categoria, com três estrelas. A Alemanha conseguiu assim se a�rmar como país europeu com o maior número de restaurantes de três estrelas depois da França, meca da gastronomia gourmet. → restaurant.michelin.de

N Ú M E R O

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mais conscientes em relação aos cuidados com a saúde, procurando se alimentar de maneira saudável. Mas as grandes tendên-cias da vida moderna, como mobilidade ou individualização do estilo de vida, exercem por outro lado uma in�uência evidente sobre a forma de comer e beber.

A gastronomia alemã é considerada dinâ-mica e diversi�cada e está entre as melho-res da Europa. Antigos tipos de legumes e

verduras, como a pastinaga, a rutabaga e o tupinambo, estão tendo um renasci-mento, graças à alta gastronomia, ao esti-lo crossover e ao aumento da culinária vegetariana e vegan. Eles sustentam o boom atual do saudável, sazonal, regional e do sabor da terra. Os clássicos são rein-terpretados por chefs jovens e valoriza-dos por meio de in�uências globais.

Charme de cidade grande: Berlim, mas também outras cidades alemãs têm um movimentado cenário gastronômico

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CRÉDITOS DAS ILUSTRAÇÕES

Título querbeet/Getty Images; Anita Back/laif

Pág. 3 drbimages/Getty ImagesPág. 4 Westend61/Getty ImagesPág. 16 Jesco Denzel/Bundesregierung; Steffen Kugler/

Bundesregierung; Jörg Carstensen/dpa; Bundesverfassungsgericht

Pág. 18 Steffen Kugler/BundesregierungPág. 19 Bundesregierung (19)Pág. 20 DB Stiftung Weimarer Klassik/dpa; picture-alliance/arkivi;

http://www.jsbach.net/bass/elements/bach-hausmann.jpg. Lizenziert unter Gemeinfrei über Wikimedia Commons - https://commons.wikimedia.org

Pág. 21 picture-alliance/akg-images; picture-alliance/akg-images/Beethovenhaus Bonn; Buddenbrookhaus Lübeck; picture-alliance/akg-images/Erich Lessing; picture-alliance/dpa; picture-alliance/Thomas Muncke

Pág. 23 picture-alliance/Daniel Kalker; ullstein bild - Boness/IPONPág. 24 Maurizio Gambarini/dpaPág. 25 Soeren Stache/dpaPág. 27 Nikada/Getty ImagesPág. 31 RONNY HARTMANN/AFP/Getty ImagesPág. 33 David Baltzer/Zenit/laifPág. 34 – 35 Einhorn SolutionsPág. 39 Westend 61; Tim Brakemeier/dpaPág. 40 Thomas Trutschel/Photothek via Getty ImagesPág. 41 epa/Andrew GombertPág. 43 2013 Bundeswehr/BierPág. 44 Mikhail Sokolov/TASS/dpaPág. 49 Michael Gottschalk/Presse- und Informationsamt

der BundesregierungPág. 51 EPA/VALENTIN FLAURAUDPág. 54 – 55 Einhorn SolutionsPág. 57 Joerg BoethlingPág. 59 Ole Spata/dpa; Franz Bischof/laifPág. 60 Frank Rumpenhorst/dpaPág. 61 Jan Woitas/dpaPág. 63 Jörg Modrow/laifPág. 65 picture-alliance/Geisler-FotopressPág. 67 Alexander Koerner/Getty ImagesPág. 71 Thomas Köhler/Photothek via Getty ImagesPág. 73 The New York Times/Redux/laifPág. 74 – 75 Einhorn SolutionsPág. 77 Ute Grabowsky/Photothek via Getty ImagesPág. 79 Frank Krahmer/Photographer‘s Choice; Matthias Balk/dpaPág. 80 picture-alliance/Keystone

Pág. 81 Angelika Warmuth/dpaPág. 83 Oliver Berg/dpaPág. 85 Krisztian Bocsi/Bloomberg via Getty ImagesPág. 89 Uwe Anspach/dpaPág. 90 – 91 Einhorn SolutionsPág. 95 Wolfgang Stahr/laif; David Fischer/dpaPág. 96 Andreas Rentz/Getty ImagesPág. 99 impress picture/ullsteinbildPág. 103 Thomas Ernsting/laifPág. 107 Thomas Koehler/Photothek via Getty ImagesPág. 109 CEMarinPág. 110 – 111 Einhorn SolutionsPág. 113 Thomas Trutschel/Photothek via Getty ImagesPág. 115 Altrendo Images; Thomas Kierok/laifPág. 116 Gregor Hohenberg/laifPág. 117 Andrea EnderleinPág. 119 Martin Stoever/Bongarts/Getty ImagesPág. 123 Sean Gallup/Getty ImagesPág. 124 Michael Löwa/dpaPág. 127 picture-alliance/Andreas FrankePág. 129 Thomas Lohnes/Getty ImagesPág. 130 – 131 Einhorn SolutionsPág. 133 Boris Roessler/dpaPág. 135 HILMER & SATTLER und ALBRECHT – Jan Pautzke;

Janetzko/Berlinale 2013Pág. 136 Arno Burgi/dpaPág. 137 Rainer Jensen/dpaPág. 139 Marko Priske/laifPág. 141 picture-alliance/abacapressPág. 143 picture-alliance/Eventpress HoenschPág. 144 Hannibal Hanschke/dpaPág. 147 Malte Christians/dpaPág. 148 Tim Brakemeier/dpaPág. 150 – 151 Einhorn SolutionsPág. 153 Goethe-Institut/Anastasia Tsayder/dpaPág. 155 Sabine Lubenow/Getty Images;

Dagmar Schwelle/laifPág. 156 Dagmar Schwelle/laifPág. 157 Daniel Biskup/laifPág. 159 Thomas Linkel/laifPág. 161 Christian Kerber/laifPág. 165 Matthias Hangst/Getty ImagesPág. 166 Christoph Schmidt/dpaPág. 168 – 169 Einhorn SolutionsPág. 171 Georg Knoll/laif

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AA Esquerda 14 – 15Acordo de livre-comércio 62 – 65Agência Alemã de Cooperação

Internacional (GIZ) 78 – 81Agência Alemã de Energia 78 – 81Agência Federal do Meio

Ambiente  78 – 81Agência Federal do Trabalho 

114 – 115Agenda Digital 72 – 73Águia alemã 8 – 9Aliança 90/Os Verdes 14 – 15Alimentação 154 – 157Aposentadoria 30 – 31Área 12 – 13Assembléia Federal 16 – 17

BBach, Johann Sebastian 

20 – 21, 134 – 137Bachelor 94 – 97Baden-Württemberg 6 – 7Baixa Saxônia 6 – 7Bandeira 8 – 9Baviera 6 – 7Beethoven, Ludwig van 

20 – 21, 134 – 137Berlim 6 – 7Berlinale 142 – 145Biodiversidade 92 – 93Brahms, Johannes 134 – 137Brandemburgo 6 – 7Brandt, Willy 20 – 21Bremen 6 – 7

CCâmara Bilateral de Comércio

e Indústria 58 – 61, 62 – 65Capital 12 – 13Cartão Azul da EU 118 – 121Central Alemã de Turismo (DZT)

 154 – 157Central das Escolas Alemãs

no Exterior 134 – 137Centro Alemão de Ciência e Inovação

(DWIH) 108 – 109

Centro de Operações Internacionais de Paz (ZIF) 42 – 45

Cerveja 170 – 171Chanceler federal 16 – 17, 18 – 19Ciclovias de longa distância 160 – 163Cidades 154 – 157, 158 – 159, 160 – 163Ciência 94 – 97, 102 – 105Ciência interconectada 

106 – 107Clima 12 – 13Comércio exterior 62 – 65Comunidade Helmholtz 

94 – 97, 102 – 105, 106 – 107Confederação Alemã das Câmaras de

Comércio e Indústria 58 – 61Confederação Alemã de Esportes

Olímpicos (DOSB)  154 – 157, 164 – 167

Confederação da Indústria Alemã  58 – 61

Conferência de Reitores (HRK)  94 – 97, 98 – 99

Conferência Islâmica Alemã 114 – 115Congressos 160 – 163Conselho Cultural Alemão 134 – 137Conselho Federal 14 – 15, 16 – 17Construção de máquinas e

equipamentos 66 – 69Cooperação para o desenvolvimento

56 – 57Cota de mulheres 30 – 31, 76 – 77Crianças 122 – 125Culinária 170 – 171Cultura 134 – 137Cultura da lembrança 36 – 37 DData nacional 8 – 9Demogra¢a 10 – 11Deputados 14 – 15Desempregados 76 – 77Deutsche Welle 146 – 149Dietrich, Marlene 20 – 21Diplomacia 38 – 41Direitos Humanos 50 – 53Domínio 8 – 9Dresden 6 – 7

Dürer, Albrecht 20 – 21Düsseldorf 6 – 7

EEconomia 58 – 61Economia criativa 138 – 139Economia de prestação de serviços

 66 – 69Economia social de mercado 58 – 61Educação 94 – 97E¢ciência energética 84 – 87Eleições 16 – 17Emigrante 10 – 11Emissoras de direito público de

radiodifusão 146 – 149Empresariado médio 58 – 61, 66 – 69Energia eólica 84 – 87Energia nuclear 78 – 81, 84 – 87Energia solar 84 – 87Energias renováveis 84 – 87, 88 – 89Erfurt 6 – 7Escola primária 112 – 113Escola superior de cinema 98 – 99Escolas alemãs no exterior 

112 – 113, 152 – 153Escolas superiores 98 – 99Escolas superiores de arte 98 – 99Escolas superiores de ciências

aplicadas 98 – 99Escolas superiores de música 98 – 99Esporte 164 – 167Estado social 114 – 115, 132 – 133Estados federados 6 – 7Estratégia de tecnologia de ponta

94 – 97, 102 – 105Expectativa de vida 10 – 11, 114 – 115Exportação 58 – 61, 62 – 65

FFamília  122 – 125Família monoparental 122 – 125Federação Alemã de Futebol (DFB)

 154 – 157, 164 – 167Federações da indústria 

22 – 25, 66 – 69Federalismo 6 – 7, 26 – 29Feiras 62 – 65, 160 – 163

ÍNDICE REMISSIVO

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P E R F I L D A A L E M A N H A174 | 175

Fomento do esporte 164 – 167Forças Armadas 38 – 41, 42 – 45Formação dual 76 – 77Formação prossional 76 – 77Fundação Cultural Federal 134 – 137Fundação Humboldt 

94 – 97, 98 – 99, 108 – 109Fundações 

38 – 41, 114 – 115, 126 – 127Futebol 164 – 167

GGarantia básica 128 – 129Gastronomia 170 – 171Gauck, Joachim 18 – 19Geograa 12 – 13Germany Trade and Invest (GTAI)

 58 – 61, 62 – 65Gesamtschule 112 – 113Ginásio 112 – 113Global player 66 – 69Goethe, Johann Wolfgang von 

20 – 21, 134 – 137Governo federal 16 – 17, 18 – 19Greentech 88 – 89

HHabitante 114 – 115Hamburgo 6 – 7Hannover 6 – 7Hauptschule 112 – 113Hessen 6 – 7Hidden Champions 66 – 69Hino nacional 8 – 9

IIgreja Católica 132 – 133Igreja Evangélica 132 – 133Imigração 30 – 31, 114 – 115, 118 – 121Imigrante 10 – 11, 114 – 115Importação 62 – 65Imposto para a igreja 132 – 133Imprensa 146 – 149Inclusão 122 – 125Indústria 66 – 69, 72 – 73

Indústria automobilística 66 – 69Indústria eletrotécnica e eletrônica

66 – 69Indústria química 66 – 69Infraestrutura 58 – 61, 72 – 73Iniciativa de Excelência 94 – 97Inovação 58 – 61Instituto de Relações Internacionais

(ifa) 134 – 137, 140 – 141Instituto Goethe (GI) 

134 – 137, 140 – 141Integração 118 – 121Internet 146 – 149Investimentos diretos 62 – 65Islã 132 – 133

JJogos olímpicos 164 – 167Jovens 122 – 125Judaismo 132 – 133

KKiel 6 – 7

LLegislação 26 – 29Legislação da Nacionalidade 

118 – 121Lei alemã de apoio à formação

(BAföG) 98 – 99Lei de Energias Renováveis 84 – 87Lei Fundamental 8 – 9Leopoldina 94 – 97Liberdade de imprensa 146 – 149Liberdade de religião 132 – 133Licença para os pais 122 – 1251ª Liga alemã Bundesliga 

164 – 167Língua alemã 152 – 153Literatura 142 – 145

MMagdeburg 6 – 7Mainz 6 – 7Mann, Thomas 20 – 21, 134 – 137

Mão de obra especializada 76 – 77Master 94 – 97Meckemburgo-Pomerânia Ocidental

6 – 7Meio ambiente 78 – 81Mercado de trabalho 58 – 61, 76 – 77Merkel, Angela 14 – 19, 22 – 23Mídias 146 – 149Migração 114 – 115, 118 – 121Ministério das Relações Externas

38 – 41Ministérios federais 18 – 19Missões de paz 42 – 45Mobilidade elétrica 88 – 89Modo de vida 154 – 157Moeda 8 – 9Morar 158 – 159Munique 6 – 7Muro de Berlim 36 – 37

NNações Unidas (ONU) 42 – 45, 50 – 53Nazismo 36 – 37Novas dívidas 30 – 31

OOktoberfest 160 – 163Organização do Tratado do Atlântico

Norte (Otan) 42 – 45Organização para Segurança e

Cooperação na Europa (OSCE)  42 – 45

PPacto de Solidariedade 22 – 25Padrão de vida 154 – 157Parcerias 122 – 125Parlamento  14 – 15Parlamento Federal 14 – 15, 26 – 29Parques nacionais 92 – 93Partido Social Democrata (SPD) 14 – 15Partidos 14 – 15, 22 – 25, 32 – 33Patentes 66 – 69Patrimônio da Humanidade 

160 – 163

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Page 177: Português, Brasil (21.34 MB)

Pesquisa 102 – 105Pesquisa e desenvolvimento (P&D)

58 – 61, 66 – 69, 102 – 105Plano Nacional de Integração

114 – 115Pluralismo 114 – 115, 142 – 145Política cultural e educacional

externa  108 – 109Política econômica exterior 62 – 65Política exterior 38 – 41População 10 – 11Potsdam 6 – 7Prêmio Alemão de Cinema 

142 – 145Prêmio da Paz do Comércio Livreiro

Alemão 142 – 145Prêmio do Livro da Feira de Leipzig

142 – 145Prêmio Georg Büchner 142 – 145Presidente federal 

16 – 17, 18 – 19, 26 – 29Processo de Bolonha 94 – 97Produto Interno Bruto 66 – 69Programa de conservação 140 – 141Programa Pasch 94 – 97, 152 – 153Proteção do clima 78 – 81, 82 – 83Proteção do meio ambiente 78 – 81

QQualidade de vida 158 – 159Queda do Muro 36 – 37

RRádio 146 – 149Realschulen 112 – 113Reformas 22 – 25Religião 132 – 133Renânia do Norte-Vestfália 6 – 7Renânia Palatinado 6 – 7Reno 12 – 13Representações no exterior 

58 – 61República Democrática Alemã

(DDR) 36 – 37Reservas de bioesfera 92 – 93

Responsabilidade Social Corporativa (RSC) 70 – 71

Riesling 170 – 171Röntgen, Wilhelm Conrad 20 – 21

SSaarbrücken 6 – 7Salário mínimo 30 – 31, 76 – 77Sarre 6 – 7Saxônia 6 – 7Saxônia-Anhalt 6 – 7Schiller, Friedrich von 20 – 21,

134 – 137Schleswig-Holstein 6 – 7Schwerin 6 – 7Secretária de Estado para

Questões de Cultura e Mídia  134 – 137

Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico (DAAD)  94 – 97, 98 – 99, 106 – 107, 108 – 109, 140 – 141

Serviço Federal de Migração e Refugiados 114 – 115

Serviço Voluntário Federal  114 – 115, 126 – 127

Sindicatos 22 – 25Sistema eleitoral 16 – 17Sistema escolar 112 – 113Sociedade Alemã de Amparo à

Pesquisa (DFG)  94 – 97, 102 – 105, 106 – 107

Sociedade civil 126 – 127Sociedade Fraunhofer 

94 – 97, 102 – 105Sociedade Leibniz 

94 – 97, 102 – 105Sociedade Max Planck (MPG) 

94 – 97, 102 – 105Steinmeier, Frank-Walter 

14 – 15, 22 – 23, 38 – 41, 108 – 109Stuttgart 6 – 7Subsídio para pais 122 – 125Sustentabilidade 

56 – 57, 70 – 71, 78 – 81

TTaxa de emprego 76 – 77Taxa de natalidade 114 – 115Teatro 142 – 145Tecnologias da informação e

comunicação (TIC) 72 – 73Tecnologias do meio ambiente  

88 – 89Televisão 146 – 149Thüringen 6 – 7Tratado do Eliseu 46 – 49Tribunal Constitucional Federal

26 – 29Trilhas 160 – 163Turismo 160 – 163

UUnião Democrata Cristã (CDU) 

14 – 15União Europeia 

46 – 49, 58 – 61, 62 – 65União Social Cristã (CSU) 

14 – 15Universidades 98 – 99Universidades técnicas 

98 – 99

VVinho 170 – 171Virada energética 

30 – 31, 78 – 81, 84 – 87Voluntário 126 – 127

WWellness 160 – 163Wiesbaden 6 – 7

ZZugspitze 12 – 13

\Tatsachen\5_InDesign-Satzarbeit\POR\Tatsachen_2015_Glossar_P_POR 175 09.10.2015 19:39:03

P E R F I L D A A L E M A N H A174 | 175

Fomento do esporte 164 – 167Forças Armadas 38 – 41, 42 – 45Formação dual 76 – 77Formação prossional 76 – 77Fundação Cultural Federal 134 – 137Fundação Humboldt 

94 – 97, 98 – 99, 108 – 109Fundações 

38 – 41, 114 – 115, 126 – 127Futebol 164 – 167

GGarantia básica 128 – 129Gastronomia 170 – 171Gauck, Joachim 18 – 19Geograa 12 – 13Germany Trade and Invest (GTAI)

 58 – 61, 62 – 65Gesamtschule 112 – 113Ginásio 112 – 113Global player 66 – 69Goethe, Johann Wolfgang von 

20 – 21, 134 – 137Governo federal 16 – 17, 18 – 19Greentech 88 – 89

HHabitante 114 – 115Hamburgo 6 – 7Hannover 6 – 7Hauptschule 112 – 113Hessen 6 – 7Hidden Champions 66 – 69Hino nacional 8 – 9

IIgreja Católica 132 – 133Igreja Evangélica 132 – 133Imigração 30 – 31, 114 – 115, 118 – 121Imigrante 10 – 11, 114 – 115Importação 62 – 65Imposto para a igreja 132 – 133Imprensa 146 – 149Inclusão 122 – 125Indústria 66 – 69, 72 – 73

Indústria automobilística 66 – 69Indústria eletrotécnica e eletrônica

66 – 69Indústria química 66 – 69Infraestrutura 58 – 61, 72 – 73Iniciativa de Excelência 94 – 97Inovação 58 – 61Instituto de Relações Internacionais

(ifa) 134 – 137, 140 – 141Instituto Goethe (GI) 

134 – 137, 140 – 141Integração 118 – 121Internet 146 – 149Investimentos diretos 62 – 65Islã 132 – 133

JJogos olímpicos 164 – 167Jovens 122 – 125Judaismo 132 – 133

KKiel 6 – 7

LLegislação 26 – 29Legislação da Nacionalidade 

118 – 121Lei alemã de apoio à formação

(BAföG) 98 – 99Lei de Energias Renováveis 84 – 87Lei Fundamental 8 – 9Leopoldina 94 – 97Liberdade de imprensa 146 – 149Liberdade de religião 132 – 133Licença para os pais 122 – 1251ª Liga alemã Bundesliga 

164 – 167Língua alemã 152 – 153Literatura 142 – 145

MMagdeburg 6 – 7Mainz 6 – 7Mann, Thomas 20 – 21, 134 – 137

Mão de obra especializada 76 – 77Master 94 – 97Meckemburgo-Pomerânia Ocidental

6 – 7Meio ambiente 78 – 81Mercado de trabalho 58 – 61, 76 – 77Merkel, Angela 14 – 19, 22 – 23Mídias 146 – 149Migração 114 – 115, 118 – 121Ministério das Relações Externas

38 – 41Ministérios federais 18 – 19Missões de paz 42 – 45Mobilidade elétrica 88 – 89Modo de vida 154 – 157Moeda 8 – 9Morar 158 – 159Munique 6 – 7Muro de Berlim 36 – 37

NNações Unidas (ONU) 42 – 45, 50 – 53Nazismo 36 – 37Novas dívidas 30 – 31

OOktoberfest 160 – 163Organização do Tratado do Atlântico

Norte (Otan) 42 – 45Organização para Segurança e

Cooperação na Europa (OSCE)  42 – 45

PPacto de Solidariedade 22 – 25Padrão de vida 154 – 157Parcerias 122 – 125Parlamento  14 – 15Parlamento Federal 14 – 15, 26 – 29Parques nacionais 92 – 93Partido Social Democrata (SPD) 14 – 15Partidos 14 – 15, 22 – 25, 32 – 33Patentes 66 – 69Patrimônio da Humanidade 

160 – 163

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P E R F I L D A A L E M A N H A176

EXPEDIENTEEditorFrankfurter Societäts-Medien GmbH, Frankfurt am Main, em colaboração com o Ministério Federal das Relações Externas, BerlimConcepção e direção de redação:Peter Hintereder, Janet SchayanCoordenação do projeto:Andreas FiebigerRedação:Johannes Göbel, Martin Orth, Dr. Helen SibumAutoresMatthias Bischoff, Dr. Eric Chauvistré, Constanze Kleis, Joachim WilleDiretor de arteMartin GorkaInfográ�cos PanoramaEinhorn SolutionsProduçãoKerim Demir, André Herzog

TraduçãoMaria José de Almeida-Müller

Frankfurter Societäts-Medien GmbHFrankenallee 71–8160327 Frankfurt am Main, AlemanhaInternet: www.fs-medien.deE-mail: [email protected]

Ministério Federal das Relações ExternasDepartamento de Cultura e ComunicaçãoWerderscher Markt 110117 Berlin, Alemanha Internet: www.auswaertiges-amt.deE-mail: [email protected]

ImpressãoWerbedruck GmbH Horst Schreckhase34286 Spangenberg, AlemanhaPrinted in Germany 2015

Redação �nal:Setembro 2015ISBN978-3-95542-178-6

© Frankfurter Societäts-Medien GmbH Todos os direitos reservados. Reprodução mediante permissão e citação da fonte.

“Per�l da Alemanha“ é publicado em:alemão, árabe, chinês, coreano, espanhol, farsi, francês, indonésio, inglês, italiano, japonês, lituano, polonês, português, russo, tcheco, turco, ucraniano e vietnamita

“Per�l da Alemanha“ na internet:www.per¥l-da-alemanha.de

Os editores valorizam uma linguagem inclusiva de gênero.Nesta edição, porém, nem todas as formulações levam em consideração o tratamento igualitário dos sexos, para não di¥cultar a legibilidade dos textos.

Per�l da Alemanha

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Desde o visto até a voltagem de eletricidade: informações e telefones úteis para os turistas na Alemanha

Documentos e vistos: Viajantes es-trangeiros necessitam de passaporte válido ou documento que o substitua. Para cidadãos da maioria dos países da Europa Ocidental, basta uma carteira de identidade válida. Menores devem na maioria dos casos portar um documento próprio. Para cidadãos de determinados países exige-se vis-to de entrada. Maiores informações junto à representação diplomática alemã (embaixada ou consulado) no seu país.→ auswaertiges-amt.de

Viajar de avião: Mais de cem compa-nhias aéreas internacionais operam rotas para a Alemanha, com voos de 22 aeroportos internacionais no país para todas as partes do mundo. Os maiores aeroportos são Frankfurt am Main, Munique e Düsseldorf. Todos os aeroportos são bem conectados às redes de transporte locais.→ frankfurt-airport.de→ munich-airport.de→ dus.com

Viajar de trem: Rede ferroviária de mais de 33 mil km. Redes de curta e longa distância são interligadas e oferecem boas conexões. Diariamente são oferecidas mais de 250 conexões diretas da Alemanha para 120 cidades europeias.Hotline da Deutsche Bahn AG: Tel.: +49 18 06 99 66 33→ bahn.com

Viajar de ônibus: Ônibus interesta-duais são também uma boa opção de viagem: atualmente existem mais de 250 linhas interestaduais e intermu-nicipais. A oferta é maior entre cidades. Todas as metrópoles alemãs são servidas por linhas de ônibus de longa distância e mesmo algumas ci-dades com menos de 10 mil habitan-tes têm um ponto de ônibus de longa distância. A concorrência é entre 8 companhias maiores. Informações sobre os percursos:→ busliniensuche.de→ fernbusse.de

Viajar de carro: Malha rodoviária moderníssima, com 13 mil quilômetros de autoestradas, mais de 700 postos de serviço, de abastecimento, hotéis e quiosques, abertos 24 horas. Tipos de combustíveis: super (índice de octano 95), super e10 (índice de octano 95), super plus (índice de octano 98) e diesel. Não há limite de velocidade nas auto-estradas, com exceção dos trechos com sinalização restritiva. A velocidade recomendada é 130 km/h. Velocidades máximas permitidas: dentro do perí-metro urbano: 50 km/h e fora do perímetro urbano: 100 km/h. Não há cobrança de pedágio. É obrigatório o uso do cinto de segurança e de assentos especiais para crianças com até 1,50 m de altura. Em caso de pane: Serviço de Assistência ao Usuário acionado por telefone. Os grandes clubes de auto-móveis (ADAC, AvD) prestam infor-mações aos turistas.Serviço de Assistência do ADACTel.: +49 18 02 22 22 22, → adac.deEmergência do AvDTel.: +49 80 09 90 99 09, → avd.de

Hospedagem: Diversos tipos de alo-jamento: quarto particular, casas para férias até hotéis de luxo. O padrão é garantido e controlado, mesmo nos alojamentos mais simples. As cen-trais de turismo oferecem catálogos com informações detalhadas.→ germany.travel

Albergues da juventude: Mais de 500 albergues da juventude hospedam os membros de todas associações vin-culadas à Federação Internacional de Albergues da Juventude (IYHF). A carteirinha internacional pode ser ad-quirida mediante pagamento de taxa.Federação Alemã de Albergues da JuventudeTel.: +49 52 31 74 01-0→ djh.de

Dinheiro e moeda: Moeda o®cial: euro (1 euro = 100 cents) É possível sacar dinheiro nos caixas eletrônicos 24 horas com o cartão EC ou cartões de crédito internacionais. Todos os cartões de crédito usuais são aceitos na Alemanha. Os impostos estão sempre incluídos nos preços.

Emergências:Tel.: 110 para emergência e polícia Tel.: 112 para bombeiros e acidentes

Fuso horário: Horário da Europa Central (CET). Do ®m de março ao ®m de outubro, os relógios são adian-tados uma hora (horário de verão).

Eletricidade:Voltagem: 230V

Aachen • 638 154 651 80 256 482 354 346 73 569 494 631 475 663 263 518 370

Berlin 638 • 492 193 556 545 286 285 673 575 184 153 585 438 223 723 632 495

Dortmund 154 492 • 507 68 224 349 210 358 95 428 350 617 428 520 321 420 338

Dresden 651 193 507 • 581 492 495 382 581 591 140 225 491 325 444 671 525 382

Düsseldorf 80 556 68 581 • 220 392 278 341 42 500 417 611 438 562 277 401 338

Frankfurt/M. 256 545 224 492 220 • 512 361 132 191 405 444 412 228 680 190 201 128

Hamburg 482 286 349 495 392 512 • 152 631 370 391 270 781 612 133 688 658 507

Hannover 354 285 210 382 278 361 152 • 489 294 247 136 661 488 320 551 534 377

Karlsruhe 346 673 358 581 341 132 631 489 • 303 521 558 271 261 809 188 80 199

Köln 73 575 95 591 42 191 370 294 303 • 481 422 577 422 567 282 373 289

Leipzig 569 184 428 140 500 405 391 247 521 481 • 88 418 260 371 588 466 408

Magdeburg 494 153 350 225 417 444 270 136 558 422 88 • 511 349 321 606 559 449

München 631 585 617 491 611 412 781 661 271 577 418 511 • 159 781 421 212 291

Nürnberg 475 438 428 325 438 228 612 488 261 422 260 349 159 • 601 362 218 109

Rostock 663 223 520 444 562 680 133 320 809 567 371 321 781 601 • 851 812 694

Saarbrücken 263 723 321 671 277 190 688 551 188 282 588 606 421 362 851 • 213 314

Stuttgart 518 632 420 525 401 201 658 534 80 373 466 559 212 218 812 213 • 149

Würzburg 370 495 338 382 338 128 507 377 199 289 408 449 291 109 694 314 149 •Informações sem garantia

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I N F O R M A Ç Õ E S D E V I A G E M

VIAJANDO PELA ALEMANHA

Tabela nacional de distâncias(em quilômetros)

As distâncias são calculadas em quilômetros. Um quilôme-tro = 0,62137 milha – uma milha = 1,60934 quilômetro.

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PERFILD A A L E M A N H A

Política externa · Sociedade · Ciência · Economia · Cultura

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Tudo o que você quer saber sobre a atual Alemanha se encontra no “Perl da Alemanha”: como funciona o sistema político; quais são as diretrizes da política externa; o que caracteriza a economia; que temas dominam os debates na sociedade; o que há de novo na arte e na cultura; e muitos outros temas.

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Per�l da Alemanha

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