Português p INSS - Questões Comentadas - Técnico de Seguro Social - A003

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Português p INSS - Questões Comentadas - Técnico de Seguro Social - A003

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  • Aula 03

    Questes Comentadas de Portugus p/ INSS - Tcnico de Seguro Social

    Professor: Rafaela Freitas

    02970091682 - Magna Rosaria Ferreira

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    AULA 03 - EMPREGO DAS CLASSES DE PALAVRAS

    A

    Ol, alunos! Espero que esteja tudo bem!

    Nesta aula vamos fazer um estudo sobre as classes gramaticas que

    compem a Lngua Portuguesa. Assunto muito importante da morfologia e que

    foi cobrado nas ltimas provas. Selecionei aquilo que mais a FCC cobra e fiz

    uma seleo de questes (muitas tive que deixar de fora, caso contrrio esta

    aula teria 200 pginas, rs)

    Vamos praticar!!

    O otimista um tolo. O pessimista, um chato. Bom mesmo ser um realista esperanoso. Ariano Suassuna

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    BLOCO I

    Prazer sem humilhao

    O poeta Ferreira Gullar disse h tempos uma frase que gosta de repetir:

    $ FUDVH QmR H[LVWH SDUD KXPLOKDU QLQJXpP (QWHQGD-se: h normas gramaticais cuja razo de ser emprestar clareza ao discurso escrito, valendo

    como ferramentas teis e no como instrumentos de tortura ou depreciao de

    algum.

    Acho que o sentido dessa frase pode ampliar-VH$DUte no existe para KXPLOKDU QLQJXpP HQWHQGHQGR-se com isso que os artistas existem para estimular e desenvolver nossa sensibilidade e inteligncia do mundo, e no

    para produzir obras que separem e hierarquizem as pessoas. Para ficarmos no

    terreno da msica: penso que todos devem escolher ouvir o que

    gostam, no aquilo que algum determina. Mas h aqui um ponto crucial, que

    vale a pena discutir: estamos mesmo em condies de escolher livremente as

    msicas de que gostamos? Para haver escolha real, preciso haver opes

    reais.

    Cada vez que um carro passa com o som altssimo de graves repetidos

    praticamente sem variao, num ritmo mecnico e hipntico, o caso de se

    perguntar: houve a uma escolha? Quem alardeia os infernais decibis de seu

    som motorizado pela cidade teve a chance de ouvir muitos outros gneros

    musicais? Conhece muitos outros ritmos, as canes de outros pases, os

    compositores de outras pocas, as tendncias da msica brasileira, os

    incontveis estilos musicais j inventados e frequentados? Ou se limita a

    comprar no mercado o que est vendendo na prateleira dos sucessos,

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    DOLPHQWDQGR R FtUFXOR YLFLRVR H HQJDQRVR GR YHQGH SRUTXH p ERP p ERPporque YHQGH"

    No digo que A melhor que B, ou que X superior a todas as letras do

    alfabeto; digo que importante buscar conhecer todas as letras para escolher.

    Nada contra quem HVFROKHXPEDWLGmRVHMiRXYLXP~VLFDFOiVVLFDGHVGHTXHtenha tido realmente a oportunidade de ouvir e escolher compositores clssicos

    que lhe digam algo. No acho que preciso escolher, por exemplo, entre os

    grandes Pixinguinha e Bach, entre Tom Jobim e Beethoven, entre um forr e a

    msica eletrnica das baladas, entre a msica danante e a que convida a uma

    audio mais serena; acho apenas que temos o direito de ouvir tudo isso antes

    de escolher. A boa msica, a boa arte, esteja onde estiver, tambm no existe

    para humilhar ningum.

    (Joo Cludio Figueira, indito)

    01. (TCM-GO 2015 - Auditor Controle Externo - Jurdica FCC) Em qualquer poca, ...... que se ...... ao grande pblico o melhor que os

    artistas ......

    Haver plena correlao entre tempos e modos verbais na frase acima

    preenchendo-se as lacunas, respectivamente, com

    a) era preciso - oferecia - produzem

    b) ser preciso - oferecesse produziriam c) preciso - oferecesse - produzissem

    d) seria preciso - oferea - tm produzido

    e) preciso - oferea - produzam

    Comentrio: observa-se que a estrutura a frase pede verbos no presente

    como algo habitual. preciso est no presente do indicativo, enquanto

    oferea e produzam esto no imperativo.

    GABARITO: E

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    No h hoje no mundo, em qualquer domnio de atividade artstica, um

    artista cuja arte contenha maior universalidade que a de Charles Chaplin. A

    razo vem de que o tipo de Carlito uma dessas criaes que, salvo

    idiossincrasias muito raras, interessam e agradam a toda a gente. Como os

    heris das lendas populares ou as personagens das velhas farsas de

    mamulengos.

    Carlito popular no sentido mais alto da palavra. No saiu completo e

    definitivo da cabea de Chaplin: foi uma criao em que o artista procedeu por

    uma sucesso de tentativas erradas.

    Chaplin observava sobre o pblico o efeito de cada detalhe.

    Um dos traos mais caractersticos da pessoa fsica de Carlito foi achado

    casual. Chaplin certa vez lembrou-se de arremedar a marcha desgovernada de

    um tabtico. O pblico riu: estava fixado o andar habitual de Carlito.

    O vesturio da personagem - fraquezinho humorstico, calas lambazonas,

    botinas escarrapachadas, cartolinha - tambm se fixou pelo consenso do

    pblico.

    Certa vez que Carlito trocou por outras as botinas escarrapachadas e a

    clssica cartolinha, o pblico no achou graa: estava desapontado. Chaplin

    eliminou imediatamente a variante. Sentiu com o pblico que ela destrua a

    unidade fsica do tipo. Podia ser jocosa tambm, mas no era mais Carlito.

    Note-se que essa indumentria, que vem dos primeiros filmes do artista,

    no contm nada de especialmente extravagante. Agrada por no sei qu de

    elegante que h no seu ridculo de misria. Pode-se dizer que Carlito possui o

    dandismo do grotesco.

    No ser exagero afirmar que toda a humanidade viva colaborou nas salas

    de cinema para a realizao da personagem de Carlito, como ela aparece

    nessas estupendas obras-primas de humor que so O garoto, Em busca do

    ouro e O circo.

    Isto por si s atestaria em Chaplin um extraordinrio discernimento

    psicolgico. No obstante, se no houvesse nele profundidade de pensamento,

    lirismo, ternura, seria levado por esse processo de criao vulgaridade dos

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    Aqui que comea a genialidade de Chaplin. Descendo at o pblico, no

    s no se vulgarizou, mas ao contrrio ganhou maior fora de emoo e de

    poesia. A sua originalidade extremou-se. Ele soube isolar em seus dados

    pessoais, em sua inteligncia e em sua sensibilidade de exceo, os elementos

    de irredutvel humanidade. Como se diz em linguagem matemtica, ps em

    evidncia o fator comum de todas as expresses humanas.

    $GDSWDGRGH0DQXHO%DQGHLUD2KHURtVPRGH&DUOLWRCrnicas da provncia do Brasil. 2. ed. So Paulo, Cosac Naify, 2006, p. 219-20)

    ... ela destrua a unidade fsica do tipo.

    02. (SEFAZ-PE 2014 - Auditor Fiscal do Tesouro Estadual - Conhecimentos Gerais FCC) O verbo empregado nos mesmos tempo e modo que o verbo grifado acima est em:

    a) ... toda a humanidade viva colaborou nas salas de cinema para a

    realizao da personagem de Carlito...

    b) Como se diz em linguagem matemtica...

    c) Isto por si s atestaria em Chaplin um extraordinrio discernimento

    psicolgico.

    d) ... um artista cuja arte contenha maior universalidade que a de Charles

    e) Chaplin observava sobre o pblico o efeito de cada detalhe.

    Comentrio: o verbo destrua est na terceira pessoa do singular do

    pretrito imperfeito do indicativo, bem como o observava. Este tempo verbal

    indica uma ao duradoura no passado.

    GABARITO: E

    03. (TRF - 1 REGIO 2014 - Analista Judicirio - rea de Apoio Especializado FCC) No perodo possvel que eu o diga de um modo que provavelmente parea pattico, o autor utiliza os verbos dizer e parecer no

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    presente do subjuntivo. Encontram-se estes mesmos tempo e modo verbais

    em:

    a) a criao potica, ou o que chamamos de criao.

    b) mistura de esquecimento e lembrana do que lemos.

    c) quero que seja uma confidncia.

    d) com uma letra gtica que no posso ler.

    e) uma felicidade de que dispomos.

    Comentrio: o modo subjuntivo indica uma hiptese, algo que poder

    acontecer, mas que no certo. Indica uma incerteza, como o caso de

    TXHURTXHVHMDXPDFRQILGrQFLDQDDOWHUQDWLYD&HVSHUD-se que seja uma confidncia, mas no certo.

    GABARITO: C

    04. (TRF/2 regio 2012 - Analista Judicirio Taquigrafia FCC) Flexiona-se de maneira idntica a lugares-comuns a palavra

    a) ave-maria

    b) amor-perfeito.

    c) salrio-maternidade.

    d) alto-falante.

    e) bate-boca.

    Comentrio: para que uma palavra composta faa o plural como lugares-

    comuns, preciso ser formada por substantivo + adjetivo, pois as duas

    classes permitem flexo.

    - em Ave-maria, temos plural ave-marias, apenas o segundo elemento vai

    para o plural, pois a palavra formada por prefixo (latino) + substantivo.

    - em amor-perfeito, temos plural amores-perfeitos, pelo mesmo motivo

    de lugares-comuns.

    - em salrio-maternidade, temos plural salrios-maternidade, j que o

    segundo substantivo determina o primeiro.

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    - em alto-falante, o plural o alto-falantes, pois alto advrbio e, por

    tanto, invarivel.

    - em bate-boca, temos plural bate-bocas, pois o primeiro elemento

    verbo (no flexiona em compostos)

    GABARITO: B

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    05. (TRT - 2 REGIO (SP) 2014 - Analista Judicirio - rea Judiciria FCC) Observadas as orientaes da gramtica normativa, pertinente o seguinte comentrio:

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    a) (linha 18) No segmento submetidos aos tiranos, tem-se exemplo de

    emprego de particpio atribuindo frase valor temporal.

    b) (linhas 16 a 21) Tanto em ele comenta, quanto em Por a se v,

    observa-se o emprego do tempo presente pelo pretrito (presente histrico),

    para dar vivacidade a fatos ocorridos no passado.

    c) (linhas 4 e 5) Outra redao para independentemente dos benefcios

    concretos que a sua fruio pode trazer aos homens estar clara e correta se

    tiver a formulao "em nada dependendo dos benefcios concretos que podem

    advirem da sua fruio aos homens".

    d) (linhas 7 a 9) Em E, efetivamente, que valor teriam a descoberta da

    verdade (...) ou a realizao da justia, o valor da sequncia implica uma

    YtUJXODREULJDWyULDGHSRLVGDFRQMXQomRRX e) (linha 8) Se as normas preveem a possibilidade de ocorrer o verbo no

    singular no caso de haver uma sucesso de substantivos que indicam gradao

    de um mesmo fato, seria correto empregar "teria", em vez de teriam.

    Comentrio: a alternativa A a correta. Vejamos os erros das outras:

    b) (linhas 16 a 21) Tanto em ele comenta, quanto em Por a se v,

    observa-se o emprego do tempo presente pelo pretrito (presente histrico),

    para dar vivacidade a fatos ocorridos no passado. Apenas em ele comente temos o presente histrico.

    F OLQKDVH2XWUDUHGDomRSDUDindependentemente dos benefcios FRQFUHWRVTXHDVXDIUXLomRSRGHWUD]HUDRVKRPHQVestar clara e correta se tiver a formulao "em nada dependendo dos benefcios concretos que

    podem advirem da sua fruio aos homens". o correto seria podem advir, pois o verbo auxilia que recebe flexo em uma locuo verbal.

    d) (linhas 7 a 9) Em E, efetivamente, que valor teriam a descoberta da

    verdade (...) ou a realizao da justia, o valor da sequncia implica uma

    YtUJXOD REULJDWyULD GHSRLV GD FRQMXQomR RX No justifica-se a vrgula GHSRLVGHRX

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    e) (linha 8) Se as normas preveem a possibilidade de ocorrer o verbo no

    singular no caso de haver uma sucesso de substantivos que indicam gradao

    de um mesmo fato, seria correto empregar "teria", em vez de teriam. O verbo ter poderia sim estar no singular, mas pra concordar apenas

    com o elemento mais prximo: que valor teria a descoberta da

    verdade.

    GABARITO: A

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    06. (PGE-BA 2013 - Analista de Procuradoria - rea de Apoio Jurdico FCC) Levando em conta o valor expressivo do segmento destacado, afirma-se com correo:

    a) (linhas 11 e 12) tampouco a regimes populistas ou "movimentistas"

    que se apresentem como democrticos - exprime noo de desejo.

    b) (linhas 25 e 26) para usar outra expresso norte-americana / exprime

    noo de finalidade. c) (linhas 26 e 27) Arquitetados para moderar conflitos

    entre partidos / exprime o estado resultante de uma ao acabada.

    d) (linhas 28 a 31) tais freios devem ser tambm entendidos como parte

    de uma concepo mais ampla das relaes entre Estado e sociedade /

    exprime probabilidade, como em "Depois desse treino, ele deve estar

    cansado".

    e) (linhas 38 e 39) O rousseausmo, como diversos intrpretes tm

    assinalado, um plebiscitarismo / exprime ao totalmente circunscrita a um

    certo momento do passado.

    Comentrio:

    a) (linhas 11 e 12) tampouco a regimes populistas ou "movimentistas"

    que se apresentem como democrticos - exprime noo de desejo. NO, o verbo no subjuntivo exprime ideia de hiptese, algo incerto.

    b) (linhas 25 e 26) para usar outra expresso norte-americana / exprime

    noo de finalidade. NO, a ideia dizer algo de outra maneira. c) (linhas 26 e 27) Arquitetados para moderar conflitos entre partidos /

    exprime o estado resultante de uma ao acabada. - CORRETO

    d) (linhas 28 a 31) tais freios devem ser tambm entendidos como parte

    de uma concepo mais ampla das relaes entre Estado e sociedade /

    exprime probabilidade, como em "Depois desse treino, ele deve estar

    cansado". NO, para indicar probabilidade o verbo deve estar no modo subjuntivo, o que no o caso.

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    e) (linhas 38 e 39) O rousseausmo, como diversos intrpretes tm

    assinalado, um plebiscitarismo / exprime ao totalmente circunscrita a um

    certo momento do passado. NO, a forma verbal tm assinalado demonstra algo que est acontecendo em tempo presente.

    GABARITO: C

    Prazer sem humilhao

    O poeta Ferreira Gullar disse h tempos uma frase que

    JRVWD GH UHSHWLU $ FUDVH QmR H[LVWH SDUD KXPLOKDU QLQJXpP Entenda-se: h normas gramaticais cuja razo de ser empres-

    tar clareza ao discurso escrito, valendo como ferramentas teis

    e no como instrumentos de tortura ou depreciao de algum.

    Acho que o sentido dessa frase pode ampliar-VH $ DUWH QmR H[LVWH SDUD KXPLOKDU QLQJXpP HQWHQGHQGR-se com isso que os artistas existem para estimular e desenvolver nossa

    sensibilidade e inteligncia do mundo, e no para produzir obras

    que separem e hierarquizem as pessoas. Para ficarmos no

    terreno da msica: penso que todos devem escolher ouvir o que

    gostam, no aquilo que algum determina. Mas h aqui um

    ponto crucial, que vale a pena discutir: estamos mesmo em

    condies de escolher livremente as msicas de que gostamos?

    Para haver escolha real, preciso haver opes reais.

    Cada vez que um carro passa com o som altssimo de graves

    repetidos praticamente sem variao, num ritmo mecnico e

    hipntico, o caso de se perguntar: houve a uma escolha?

    Quem alardeia os infernais decibis de seu som motorizado

    pela cidade teve a chance de ouvir muitos outros gneros

    musicais? Conhece muitos outros ritmos, as canes de outros

    pases, os compositores de outras pocas, as tendncias da

    msica brasileira, os incontveis estilos musicais j inventados

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    e frequentados? Ou se limita a comprar no mercado o que est

    vendendo na prateleira dos sucessos, alimentando o crculo

    YLFLRVR H HQJDQRVR GR YHQGH SRUTXe bom, bom porque YHQGH"

    No digo que A melhor que B, ou que X superior a

    todas as letras do alfabeto; digo que importante buscar

    conhecer todas as letras para escolher. Nada contra quem

    esFROKH XP EDWLGmR VH Mi RXYLX P~VLFD FOiVVLFD GHVGH TXH tenha tido realmente a oportunidade de ouvir e escolher

    compositores clssicos que lhe digam algo. No acho que

    preciso escolher, por exemplo, entre os grandes Pixinguinha e

    Bach, entre Tom Jobim e Beethoven, entre um forr e a msica

    eletrnica das baladas, entre a msica danante e a que

    convida a uma audio mais serena; acho apenas que temos o

    direito de ouvir tudo isso antes de escolher. A boa msica, a

    boa arte, esteja onde estiver, tambm no existe para humilhar

    ningum.

    (Joo Cludio Figueira, indito)

    07. (TCM-GO 2015 - Auditor Controle Externo - Jurdica - FCC) Transpondo-se para a voz passiva a frase Eles alardeavam o insuportvel

    som instalado nos carros, obtm-se a forma verbal

    a) fora alardeado.

    b) era alardeado.

    c) tinha sido alardeado.

    d) tm alardeado.

    e) eram alardeados.

    Comentrio: na voz passiva, o orao ficaria: O insuportvel som

    instalado nos carros era alardeado por eles. O verbo ser deve concordar no

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    singular com o ncleo do sujeito paciente (som) e permanecer no pretrito

    imperfeito, como na orao em voz ativa.

    GABARITO: B

    08. (TRT - 1 REGIO (RJ) 2014 - Analista Judicirio - Tecnologia da Informao - FCC) Transpondo-se para a voz passiva o segmento

    sublinhado na frase os partidrios de quem subjuga acabam por

    demonizar a reao do subjugado, ele dever assumir a seguinte forma:

    a) acabam demonizando.

    b) acabam sendo demonizados

    c) acabar sendo demonizada.

    d) acaba por ter sido demonizado.

    e) acaba por ser demonizada.

    Comentrio: na voz passiva temos: a reao do subjugado acaba por ser

    demonizada/ acaba sendo demonizada por partidrios de quem subjuga.

    GABARITO: E

    Nosso jeitinho

    Um amigo meu, estrangeiro, j h uns seis anos morando no Brasil,

    lembrava-me outro dia qual fora sua principal dificuldade - entre vrias - de se

    DGDSWDU DRV QRVVRV FRVWXPHV &HUWDPHQWH IRL OLGDU FRP R WDO GR MHLWLQKRH[SOLFRX &XVWHL D HQWHQGHU TXH DTXL QR %UDVLO QDda est perdido, nenhum impasse definitivo: sempre haver como se dar um jeitinho em tudo, desde

    fazer o motor do carro velho funcionar com um pedao de arame at conseguir

    que o primo do amigo do chefe da seo regional da Secretaria de Alimentos

    convenoDHVWH~OWLPRDLQIOXHQFLDUR'LUHWRUQRGHVSDFKRGHXPSURFHVVR Meu amigo estrangeiro estava, como se v, reconhecendo a nossa

    LQIRUPDOLGDGH- que o nome chique do tal do jeitinho. O sistema - tambm EDWL]DGR SHORV VRFLyORJRV FRPR R GR IDYRU - no deixa de ser simptico,

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    embora esteja longe de ser justo. Os beneficiados nunca reclamam, e os que

    jamais foram morrem de inveja e mantm esperanas. At o poeta Drummond

    WUDWRXGDTXHVWmRQRSRHPD([SOLFDomRHPTXHGL]DFHUWDDOWXUD(QRILPd cHUWR (VVD FRQFOXVmR DSRQWD SDUD XPD HVSpFLH GH SURYLGHQFLDOLVPRmstico, contrapartida divina do jeitinho: tudo se h de arranjar, porque Deus

    brasileiro. Entre a piada e a seriedade, muita gente segue contando com

    nosso modo to jeitoso de viver.

    possvel que os tempos modernos tenham comeado a desfavorecer a

    soluo do jeitinho: a informatizao de tudo, a rapidez da mdia, a divulgao

    instantnea nas redes sociais, tudo se encaminha para alguma transparncia,

    que a inimiga mortal da informalidade. Tudo se documenta, se registra, se

    formaliza de algum modo - e o jeitinho passa a ser facilmente desmascarado,

    comprometido o seu anonimato e perdendo fora aquela simptica

    clandestinidade que sempre o protegeu. Mas h ainda muita gente que acha

    que ns, os brasileiros, com nossa indiscutvel criatividade, daremos um jeito

    de contornar esse problema. Meu amigo estrangeiro, por exemplo, no perdeu

    a esperana.

    (Abelardo Trabulsi, indito)

    09. (TCE-RS 2014 - Auditor Pblico Externo - Engenharia Civil - Conhecimentos Bsicos FCC) Transpondo-se para a voz passiva o segmento sublinhado em possvel que os tempos modernos tenham

    comeado a desfavorecer a soluo do jeitinho, a forma obtida dever

    ser:

    a) tenha comeado a ser desfavorecida.

    b) comecem a desfavorecer.

    c) ter comeado a ser desfavorecida.

    d) comecem a ser desfavorecidos.

    e) esto comeando a se desfavorecer.

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    Comentrio: a orao toda na voz passiva, respeitando o tempo e o modo

    verbal, alm da concordncia com o sujeito paciente : possvel que a

    soluo do jeitinho tenha comeado a ser desfavorecida pelos tempos

    modernos.

    GABARITO: A

    Da utilidade dos prefcios

    Li outro dia em algum lugar que os prefcios so textos inteis, j que em

    100% dos casos o prefaciador convocado com o compromisso exclusivo de

    falar bem do autor e da obra em questo. Garantido o tom elogioso, o prefcio

    ainda aponta caractersticas evidentes do texto que vir, que o leitor poderia

    ter muito prazer em descobrir sozinho. Nos casos mais graves, o prefcio

    adianta elementos da histria a ser narrada (quando se trata de fico), ou

    antecipa estrofes inteiras (quando poesia), ou elenca os argumentos de base a

    serem desenvolvidos (quando estudos ou ensaios). Quer dizer: mais do que

    intil, o prefcio seria um estraga-prazeres.

    Pois vou na contramo dessa crtica mal-humorada aos prefcios e

    prefaciadores, embora concorde que muitas vezes ela proceda - o que no

    justifica a generalizao devastadora. Meu argumento simples e pessoal: em

    muitos livros que li, a melhor coisa era o prefcio - fosse pelo estilo do

    prefaciador, muito melhor do que o do autor da obra, fosse pela consistncia

    das ideias defendidas, muito mais slidas do que as expostas no texto

    principal. H casos clebres de bibliografias que indicam apenas o prefcio de

    uma obra, ficando claro que o restante desnecessrio. E ningum controla a

    possibilidade, por exemplo, de o prefaciador ser muito mais espirituoso e

    inteligente do que o amigo cujo texto ele apresenta. Mas como argumento final

    vou glosar uma observao de Machado de Assis: quando o prefcio e o texto

    principal so ruins, o primeiro sempre ter sobre o segundo a vantagem de ser

    bem mais curto.

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    H muito tempo me deparei com o prefcio que um grande poeta, dos

    maiores do Brasil, escreveu para um livrinho de poemas bem fraquinhos de

    uma jovem, linda e famosa modelo. Pois o velho poeta tratava a moa como

    se fosse uma Ceclia Meireles (que, alis, alm de grande escritora era tambm

    linda). No havia dvida: o poeta, embevecido, estava mesmo era prefaciando

    o poder de seduo da jovem, linda e nada talentosa poetisa. Mas ele

    conseguiu inventar tantas qualidades para os poemas da moa que o prefcio

    acabou sendo, sozinho, mais uma prova da imaginao de um grande gnio

    potico.

    (Aderbal Siqueira Justo, indito)

    10. (TRT - 16 REGIO (MA) 2014 - Analista Judicirio - Contabilidade FCC) Transpondo-se para a voz passiva a frase vou glosar uma observao de Machado de Assis, a forma verbal resultante dever ser

    a) terei glosado

    b) seria glosada

    c) haver de ser glosada

    d) ser glosada

    e) ter sido glosada

    Comentrio: mantendo a locuo verbal no futuro do presente e fazendo

    concordncia com o sujeito paciente no feminino singular temos: uma

    observao de Machado de Assis ser glosada por mim. Ateno: por mim

    agente da passiva, enquanto uma observao de Machado de Assis o

    sujeito paciente.

    GABARITO: D

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    11. (TRT - 16 REGIO (MA) 2014 - Tcnico Judicirio - Administrativa FCC) O trecho que admite transposio para a voz passiva encontra-se em:

    a) ... que esto no nvel dos olhos do comprador...

    b) ... o consumidor j no precisa do vendedor...

    c) ... na histria houve tal concentrao de imagens...

    d) ... as mercadorias so no apenas visveis...

    e) ... a publicidade invadiu as revistas...

    Comentrio: s possvel formar voz passiva com verbo transitivo direto

    (VTD), como o verbo invadir, na alternativa E, que na voz passiva ficaria: as

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    revistas foram invadidas pela publicidade. O objeto direto para a sujeito

    paciente e o sujeito ativo para a agente da passiva.

    GABARITO: E

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    12. (TRT - 16 REGIO (MA) 2014 - Tcnico Judicirio - Administrativa FCC) Est correta a seguinte flexo para o plural:

    a) Trata-se de um vocbulo: Tratam-se de vocbulos.

    b) o meio digital privilegia as mensagens diretas e no tem tempo a

    perder: os meios digitais privilegiam as mensagens diretas e no tem tempo a

    perder.

    c) casca-grossa por natureza: so casca-grossas por natureza

    d) o substantivo [...] existe acima de qualquer dvida: os substantivos

    existem acima de qualquer dvidas.

    e) se extraiu o substantivo: se extraram os substantivos

    Comentrio: vejamos cada alternativa:

    a) Trata-se de um vocbulo: Tratam-se de vocbulos. CORRETO. Se o sujeito vocbulos for para o plural, o verbo tratar tambm deve ir.

    b) o meio digital privilegia as mensagens diretas e no tem tempo a

    perder: os meios digitais privilegiam as mensagens diretas e no tem tempo a

    perder. ERRADA. Faltou o acento em tm para marcar o plural na concordncia com o sujeito os meios digitais.

    c) casca-grossa por natureza: so casca-grossas por natureza ERRADO. Formado por substantivo + adjetivo, os dois elementos

    devem ir para o plural.

    d) o substantivo [...] existe acima de qualquer dvida: os substantivos

    existem acima de qualquer dvidas. ERRADO. Os substantivos existem acima de qualquer dvida ou quaisquer dvidas.

    e) se extraiu o substantivo: se extraram os substantivos. ERRADA. Extraiu-se do verbo fabricar os substantivos.

    GABARITO: A

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    Maias usavam sistema de gua eficiente e sustentvel

    Um estudo publicado recentemente mostra que a civilizao maia da

    Amrica Central tinha um mtodo sustentvel de gerenciamento da gua. Esse

    sistema hidrulico, aperfeioado por mais de mil anos, foi pesquisado por uma

    equipe norte-americana.

    As antigas civilizaes tm muito a ensinar para as novas geraes. O

    caso do sistema de coleta e armazenamento de gua dos maias um exemplo

    disso. Para chegar a esta concluso, os pesquisadores fizeram uma escavao

    arqueolgica nas runas da antiga cidade de Tikal, na Guatemala.

    Durante o estudo, coordenado por Vernon Scarborough, da Universidade

    de Cincinnati, em Ohio, e publicado na revista cientfica PNAS, foram

    descobertas a maior represa antiga da rea maia, a construo de uma

    barragem ensecadeira para fazer a dragagem do maior reservatrio de gua

    em Tikal, a presena de uma antiga nascente ligada ao incio da colonizao da

    regio, em torno de 600 a.C., e o uso de filtragem por areia para limpar a

    gua dos reservatrios.

    No sistema havia tambm uma estao que desviava a gua para diversos

    reservatrios. Assim, os maias supriam a necessidade de gua da populao,

    estimada em 80 mil em Tikal, prximo ao ano 700, alm das estimativas de

    mais cinco milhes de pessoas que viviam na regio das plancies maias ao sul.

    No final do sculo IX a rea foi abandonada e os motivos que levaram ao

    seu colapso ainda so questionados e debatidos pelos pesquisadores. Para

    6FDUERURXJKpPXLWRGLItFLOGL]HURTXHGHIDWRDFRQWHFHX0LQKDYLVmRSHVVRDO que o colapso envolveu diferentes fatores que convergiram de tal modo

    nessa sociedade altamente bem-sucediGD TXH DJLUDP FRPR XPD SHUIHLWDWHPSHVWDGH1HQKXPIDWRULVRODGRQHVVDFROHomRSRGHULDWr-los derrubado to VHYHUDPHQWHGLVVHRSHVTXLVDGRUj)ROKDGH63DXOR

    Segundo ele, a mudana climtica contribuiu para a runa dessa

    sociedade, uma vez que eles dependiam muito dos reservatrios que eram

    preenchidos pela chuva. provvel que a populao tenha crescido muito alm

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    da capacidade do ambiente, levando em considerao as limitaes

    WHFQROyJLFDV GD FLYLOL]DomR e LPSRUWDQWH OHPEUDU TXH RV PDLDV QmR HVto mortos. A populao agrcola que permitiu civilizao florescer ainda muito

    YLYDQD$PpULFD&HQWUDOOHPEUDRSHVTXLVDGRU (Adaptado de Revista Dae, 21 de Junho de 2013,

    www.revistadae.com.br/novosite/noticias_interna.php?id=8413)

    13. (SABESP 2014 - Analista de Gesto - Administrao FCC) Considerada a substituio do segmento grifado pelo que est entre

    parnteses ao final da transcrio, o verbo que dever permanecer no

    singular est em:

    a) ... disse o pesquisador Folha de S. Paulo. (os pesquisadores)

    b) Segundo ele, a mudana climtica contribuiu para a runa dessa

    sociedade... (as mudanas do clima)

    c) No sistema havia tambm uma estao... (vrias estaes)

    d) ... a civilizao maia da Amrica Central tinha um mtodo sustentvel

    de gerenciamento da gua. (os povos que habitavam a Amrica Central)

    e) Um estudo publicado recentemente mostra que a civilizao maia...

    (Estudos como o que acabou de ser publicado)

    Comentrio: na alternativa A, B, D e E o verbo dever concordar no plural

    com o sujeito, o que no ocorre na alternativa C, pois o verbo haver no

    sentido de existir impessoal, ou seja, no possui sujeito, permanecendo no

    singular.

    GABARITO: C

    A narrativa medieval descreve essa "doena do pensa- mento, do esprito"

    como um modo de obsesso que ...... o homem e a mulher, fazendo com que

    ...... presos no desejo de estar um com o outro e atormentados quando no

    podem se encontrar.

    A estrutura ideal ...... o amor impossvel.

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    14. (TRT - 18 Regio (GO) 2013 - Analista Judicirio - Tecnologia da Informao FCC) Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada:

    a) arrastaria - ficassem suponha b) arrastava - ficam sups c) arraste - ficassem suponha d) arrastaria - ficariam supunha e) arrasta - fiquem - supe

    &RPHQWiULR R SHTXHQR WH[WR FRPHoD DVVLP A narrativa medieval descreve HVVD FRP YHUER QR SUHVHQWH GR LQGLFDWLYR 2V YHUERV TXH LUmRpreencher as lacunas precisam estar em conformidade com ele.

    GABARITO: E

    O dia comeava a clarear quando terminei de transportar para a pauta o

    primeiro movimento duma sonata. Atirei-me na cama to extenuado, que ......

    imediatamente. Quando despertei, o sol ...... j no znite. ...... mente os

    acontecimentos do dia anteriRU H HX GLVVH SDUD PLP PHVPR )RL WXGR XPVRQKR 0DV QmR (QFRQWUHL VREUH R SHLWR SDSHO SDXWDGR FRP R SULPHLURmovimento da sonata.

    (Erico Verissimo. Sonata. Contos. 10.ed. Rio de Janeiro: Globo, 1987. p.74)

    15. (DPE-RS 2013 - Tcnico de Apoio Especializado - Administrativo - FCC) Preenchem corretamente as lacunas do trecho acima

    transcrito, na ordem dada,

    a) dormiria - estivera - Viera-me

    b) dormia - estivera - Viram-me

    c) dormi - estivesse - Viriam-me

    d) dormi - estava - Vieram-me

    e) dormia - esteve - Viram-me

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    &RPHQWiULR REVHUYH RV YHUERV QR LQtFLR GR WH[WR WHUPLQHL DWLUHL-me RV YHUERV TXH LUmR SUHHQFKHU DV ODFXQDV GHYHP HVWDU WDPEpP QRpretrito para ter correlao com eles.

    GABARITO: D

    16. (PGE-BA 2013 - Analista de Procuradoria - rea de Apoio Jurdico FCC) procedente afirmar que, na primeira frase do texto,

    a) a forma de os afilhados saberem no condizente com a norma padro

    escrita, que preconiza unicamente a forma "dos afilhados saberem".

    b) a palavra litgio est inadequadamente grafada, pois a forma correta

    "letgio".

    c) a sequncia depois de viver a intensa experincia do coma apresenta

    equvoco quanto ao gnero do substantivo coma.

    d) h equvoco quanto ao emprego da forma verbal reteram, pois a forma

    correta "retiveram".

    e) h equvoco na grafia da palavra reivindicar, pois a forma correta

    "reinvindicar".

    Comentrio:

    a) a forma de os afilhados saberem no condizente com a norma padro

    escrita, que preconiza unicamente a forma "dos afilhados saberem".

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    ERRADA, antes de sujeito usa-se a forma separada: preposio de +

    artigo os.

    b) a palavra litgio est inadequadamente grafada, pois a forma correta

    "letgio". ERRADA. Est grafada corretamente. c) a sequncia depois de viver a intensa experincia do coma apresenta

    equvoco quanto ao gnero do substantivo coma. ERRADO. Coma sempre masculino, o coma.

    d) h equvoco quanto ao emprego da forma verbal reteram, pois a forma

    correta "retiveram". CORRETO. No existe a conjugao reteram para o

    verbo reter. O ideal na orao usar retiveram, no pretrito perfeito

    do indicativo.

    e) h equvoco na grafia da palavra reivindicar, pois a forma correta

    "reinvindicar". ERRADA. Est grafada corretamente. GABARITO: D

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    17. (TST 2012 - Tcnico Judicirio - rea Administrativa FCC) O verbo empregado no plural que tambm poderia ter sido flexionado no

    singular, sem prejuzo para a correo, est em:

    a) Para o domnio desse jogo, especialistas do instrues sobre ...

    b) Todos os jogos se compem de duas partes ...

    c) As vitrias no jogo interior talvez no acrescentem novos trofus...

    d) Mas, por algum motivo, a maioria das pessoas tm mais facilidade para

    ...

    e) ... todos os hbitos da mente que inibem a excelncia do desempenho.

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    Comentrio: a nica alternativa que admite o verbo no singular ou no

    plural a D, pois o verbo ter poderia concordar com a maioria (no singular)

    ou com pessoas (no plural).

    GABARITO: D

    18. (Cmara Municipal de So Paulo - SP 2014 - Procurador Legislativo FCC) Todas as formas verbais esto corretamente empregadas, grafadas e flexionadas na frase:

    a) O autor do texto parece considerar que j est para se proscrever a

    validade do livro convencional.

    b) Um direito que no se pustula, como o da alfabetizao, um direito

    que se fragiliza.

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    c) Foi grande sua emoo quando, alfabetizado, sentiu-se capaz de

    destrinar o sentido de um texto.

    d) O prazer da leitura um direito que poucos assessam nos pases mais

    pobres.

    e) Eles se absteram de votar porque achavam que encontrariam

    dificuldade na leitura das instrues.

    Comentrio: a nica alternativa correta a C. Vejamos as outras:

    a) O autor do texto parece considerar que j est para se proscrever a

    validade do livro convencional. proscrever no foi empregado corretamente, pois significa banir, exilar, degredar, abolir, proibir. O

    correto seria prescrever a validade, extinguir o direto.

    b) Um direito que no se pustula, como o da alfabetizao, um direito

    que se fragiliza. Pstula uma proparoxtona e deve ser acentuada. Significa ferida no contexto.

    d) O prazer da leitura um direito que poucos assessam nos pases mais

    pobres. - acessam

    e) Eles se absteram de votar porque achavam que encontrariam

    dificuldade na leitura das instrues. abstiveram. GABARITO: C

    Sabia-a culta e boa, Rachel de Queiroz me afirmara a grandeza moral

    daquela pessoinha tmida...

    19. (TRT - 19 Regio (AL) 2014 - Analista Judicirio - rea Administrativa FCC) Atribuindo-se carter hipottico ao trecho acima,

    mantm- se a correo gramatical substituindo-se os elementos grifados pelo

    que se encontra em:

    a) Saberia-a - tinha-me afirmado

    b) T-la-ia sabido - teria-me afirmado

    c) Sab-la-ia - me afirmaria

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    d) Saberia-a - ter-me-ia afirmada

    e) Sab-la-ia - me teria afirmado

    Comentrio: para um carter hipottico, os verbos precisam estar no

    modo subjuntivo.

    GABARITO: E

    Apoio ao transporte urbano

    O BNDES tem um programa de apoio a projetos de transportes pblicos,

    abrangendo todos os investimentos necessrios qualificao do espao

    urbano no entorno do empreendimento. O apoio pode se dar visando a forma

    de operao especfica, sempre com a preocupao de mirar os seguintes

    objetivos: a) racionalizao econmica, com reduo dos custos totais do

    sistema; b) privilgio do transporte coletivo sobre o individual; c)integrao

    tarifria e fsica, com reduo do nus e do tempo de deslocamento do

    usurio; d) acessibilidade universal, inclusive para os usurios com

    necessidades especiais; e) aprimoramento da gesto e da fiscalizao do

    sistema; f) reduo dos nveis de poluio sonora e do ar, do consumo

    energtico e dos congestionamentos; g) revalorizao urbana do entorno dos

    projetos.

    O BNDES admite um nvel de participao em at 100%, no caso de

    municpios de baixa renda ou de mdia renda inferior localizados nas regies

    Norte e Nordeste.

    (Baseado em informaes do site oficial do BNDES)

    20. (METR-SP 2010 - Analista - Administrao FCC) O verbo indicado entre parnteses dever flexionar-se numa forma do singular para

    preencher corretamente a lacuna da frase:

    a) A lista de itens que representam os objetivos do BNDES ...... (dizer)

    respeito ao apoio aos projetos de transporte urbano.

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    b) Caso no se ...... (levar) em conta os objetivos do BNDES, nenhum

    projeto de transporte urbano contar com o apoio desse rgo.

    c) No ...... (faltar) a essa relao de objetivos, como bvio, os que se

    apresentam intimamente associados preservao do meio ambiente.

    d) A cada objetivo ...... (corresponder), claro, medidas especficas de

    gerenciamento e fiscalizao das iniciativas a serem tomadas.

    e) No caso de ...... (ocorrer) quaisquer irregularidades na implementao

    de um projeto, o apoio do BNDES estar suspenso, at que tudo se apure.

    Comentrio: vamos preencher cada alternativa com os verbos

    adequadamente flexionados:

    a) A lista de itens que representam os objetivos do BNDES diz respeito ao

    apoio aos projetos de transporte urbano. concorda no singular com a lista.

    b) Caso no se levem em conta os objetivos do BNDES, nenhum projeto

    de transporte urbano contar com o apoio desse rgo. verbo no plural para concordar com os objetivos.

    c) No faltam a essa relao de objetivos, como bvio, os que se

    apresentam intimamente associados preservao do meio ambiente. verbo no plural para concordar com os que se apresentam...

    d) A cada objetivo correspondem claro, medidas especficas de

    gerenciamento e fiscalizao das iniciativas a serem tomadas. verbo no plural para concordar com medidas.

    e) No caso de ocorrerem quaisquer irregularidades na implementao de

    um projeto, o apoio do BNDES estar suspenso, at que tudo se apure. verbo no singular para concordar com quaisquer irregularidades.

    GABARITO: A

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    BLOCO II

    No h hoje no mundo, em qualquer domnio de atividade artstica, um

    artista cuja arte contenha maior universalidade que a de Charles Chaplin. A

    razo vem de que o tipo de Carlito uma dessas criaes que, salvo

    idiossincrasias muito raras, interessam e agradam a toda a gente. Como os

    heris das lendas populares ou as personagens das velhas farsas de

    mamulengos.

    Carlito popular no sentido mais alto da palavra. No saiu completo e

    definitivo da cabea de Chaplin: foi uma criao em que o artista procedeu por

    uma sucesso de tentativas erradas.

    Chaplin observava sobre o pblico o efeito de cada detalhe.

    Um dos traos mais caractersticos da pessoa fsica de Carlito foi achado

    casual. Chaplin certa vez lembrou-se de arremedar a marcha desgovernada de

    um tabtico. O pblico riu: estava fixado o andar habitual de Carlito.

    O vesturio da personagem - fraquezinho humorstico, calas lambazonas,

    botinas escarrapachadas, cartolinha - tambm se fixou pelo consenso do

    pblico.

    Certa vez que Carlito trocou por outras as botinas escarrapachadas e a

    clssica cartolinha, o pblico no achou graa: estava desapontado. Chaplin

    eliminou imediatamente a variante. Sentiu com o pblico que ela destrua a

    unidade fsica do tipo. Podia ser jocosa tambm, mas no era mais Carlito.

    Note-se que essa indumentria, que vem dos primeiros filmes do artista,

    no contm nada de especialmente extravagante. Agrada por no sei qu de

    elegante que h no seu ridculo de misria. Pode-se dizer que Carlito possui o

    dandismo do grotesco.

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    No ser exagero afirmar que toda a humanidade viva colaborou nas salas

    de cinema para a realizao da personagem de Carlito, como ela aparece

    nessas estupendas obras-primas de humor que so O garoto, Em busca do

    ouro e O circo.

    Isto por si s atestaria em Chaplin um extraordinrio discernimento

    psicolgico. No obstante, se no houvesse nele profundidade de pensamento,

    lirismo, ternura, seria levado por esse processo de criao vulgaridade dos

    artistas medocres que condescendem com o fcil gosto do pblico.

    Aqui que comea a genialidade de Chaplin. Descendo at o pblico, no

    s no se vulgarizou, mas ao contrrio ganhou maior fora de emoo e de

    poesia. A sua originalidade extremou-se. Ele soube isolar em seus dados

    pessoais, em sua inteligncia e em sua sensibilidade de exceo, os elementos

    de irredutvel humanidade. Como se diz em linguagem matemtica, ps em

    evidncia o fator comum de todas as expresses humanas.

    $GDSWDGRGH0DQXHO%DQGHLUD2KHURtVPRGH&DUOLWRCrnicas da provncia do Brasil. 2. ed. So Paulo, Cosac Naify, 2006, p. 219-20)

    01. (SEFAZ-PE 2014 - Auditor Fiscal do Tesouro Estadual FCC) A substituio do elemento grifado pelo pronome correspondente foi realizada

    de modo INCORRETO em:

    a) ps em evidncia o fator comum = p-lo em evidncia

    b) eliminou imediatamente a variante = eliminou-na imediatamente

    c) arremedar a marcha desgovernada de um tabtico = arremed-la

    d) trocou por outras as botinas escarrapachadas = trocou-as por outras

    e) ela destrua a unidade fsica do tipo = ela a destrua

    &RPHQWiULRQDDOWHUQDWLYD%HOLPLQRX-QDHVWiHUUDGRSRLVQmRMXVWLILFDo uso do n antes do pronome a. Segundo a regra, recebem o n o pronome

    pessoal em verbos terminados em nasal. O correto seria: eliminou-a. As outras

    alternativas esto corretas.

    GABARITO: B

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    Para responder a questo, considere o texto abaixo, conferncia

    pronunciada por Joaquim Nabuco, a 20 de junho de 1909, na Universidade de

    Wisconsin, nos Estados Unidos.

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    02. (DPE-RS 2014 - Defensor Pblico FCC) H na vida das naes um perodo em que ainda no lhes foi revelado o papel que devero

    desempenhar.

    Sobre o pronome destacado acima, afirma-se com correo, considerada a

    norma padro escrita:

    a) est empregado em prclise, mas poderia adequadamente estar

    encltico forma verbal.

    b) pode ser apropriadamente substitudo por " elas", posicionada a

    expresso aps a palavra revelado.

    c) constitui um dos complementos exigidos pela forma verbal presente na

    orao.

    d) est empregado com sentido possessivo, como se tem em "Dois

    equvocos comprometeram-lhe o texto".

    e) dado o contexto em que est inserido, se sofrer elipse, no altera o

    sentido original da frase.

    Comentrio: o pronome lhes, na frese em questo, est em prclise por

    haver uma palavra atrativa antes do verbo (no). Por esse motivo, no

    possvel colocar o pronome aps o verbo, PHVPRTXHIRVVHQDIRUPDjHODVSintaticamente, o pronome lhes foi usado como complemento indireto do

    verbo revelar (revelar alguma coisa a algum) e no tem sentido possessivo.

    Tem importncia essencial por ser complemento verbal, de maneira que no

    pode estar em elipse para que a frase no fique incompleta e,

    consequentemente, sem sentido.

    GABARITO: C

    A cultura brasileira em tempos de utopia

    Durante os anos 1950 e 1960 a cultura e as artes brasileiras expressaram

    as utopias e os projetos polticos que marcaram o debate nacional. Na dcada

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    de 1950, emergiu a valorizao da cultura popular, que tentava conciliar

    aspectos da tradio com temas e formas de expresso moderna.

    No cinema, por exemplo, Nelson Pereira dos Santos, nos seus filmes Rio,

    40 graus (1955) e Rio, zona norte (1957) mostrava a fotogenia das classes

    populares, denunciando a excluso social. Na literatura, Guimares Rosa

    publicou Grande serto: veredas (1956) e Joo Cabral de Melo Neto

    escreveu o poema Morte e vida Severina - ambos assimilando traos da

    linguagem popular do sertanejo, submetida ao rigor esttico da literatura

    erudita.

    Na msica popular, a Bossa Nova, lanada em 1959 por Tom Jobim e Joo

    Gilberto, entre outros, inspirava-se no jazz, rejeitando a msica passional e a

    interpretao dramtica que se dava aos sambas-canes e aos boleros que

    dominavam as rdios brasileiras. A Bossa Nova apontava para o despojamento

    das letras das canes, dos arranjos instrumentais e da vocalizao, para

    melhor expUHVVDUR%UDVLOPRGHUQR J a primeira metade da dcada de 1960 foi marcada pelo encontro entre

    a vida cultural e a luta pelas Reformas de Base. J no se tratava mais de

    buscar apenas uma expresso moderna, mas de pontuar os dilemas brasileiros

    e denunciar o subdesenvolvimento do pas. Organizava-se, assim, a cultura

    engajada de esquerda, em torno do Movimento de Cultura Popular do Recife e

    do Centro Popular de Cultura da Unio Nacional dos Estudantes (UNE), num

    processo que culminaria no Cinema Novo e na cano engajada, base da

    moderna msica popular brasileira, a MPB.

    (Adaptado de: NAPOLITANO, Marcos e VILLAA, Mariana. Histria para o ensino

    mdio. So Paulo: Atual, 2013, p. 738)

    03. (TRT - 1 REGIO (RJ) 2014 - Analista Judicirio - Tecnologia da Informao FCC) As expresses onde e em cujo preenchem corretamente, na ordem dada, as lacunas da seguinte frase:

    a) ...... iriam os artistas da poca, seno ao Rio, atrs do sucesso artstico

    ...... todos queriam alcanar e se realizar.

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    b) Rodado na cidade do Rio de Janeiro, ...... se viviam algumas tenses

    polticas, o filme provocou um grande debate, ...... calor muita gente

    mergulhou.

    c) O filme Rio, 40 graus foi exibido no ano de 1955, ...... a atmosfera

    poltica propiciaria um perodo de realizaes ...... o maior responsvel seria o

    novo presidente da Repblica.

    d) Ao realizar Rio, zona norte, filme ...... Nelson Pereira dos Santos

    lanou em 1957, o cineasta dava sequncia a um filme anterior, ...... valor j

    fora reconhecido.

    e) O Rio era uma cidade ...... muitos buscavam para viver melhor, a

    capital ...... esplendor todos os cariocas se orgulhavam.

    Comentrio: o relativo onde s pode ser usado para referir-se a um lugar,

    no pode ser usado com verbos de movimento como o verbo ir, nem para

    indicar tempo, muito menos filme, dessa forma, as alternativas A, C e D no

    podem ser preenchidas por ele. Ficamos entre as alternativa B e E. Em cujo

    no pode preencher a segunda lacuna da alternativa E, pois a preposio em

    no regida pelo verbo orgulhar. J na alternativa B, o verbo mergulhar rege

    a preposio: mergulhar em + o = no calor.

    GABARITO: B

    Novas fronteiras do mundo globalizado

    Apesar do desenvolvimento espetacular das tecnologias, no devemos

    imaginar que vivemos em um mundo sem fronteiras, como se o espao

    estivesse definitivamente superado pela velocidade do tempo. Seria mais

    correto dizer que a modernidade, ao romper com a geografia tradicional, cria

    QRYRVOLPLWHV6HDGLIHUHQoDHQWUHR3ULPHLURHR7HUFHLURPXQGRpGLOXtGDoutras surgem no interior deste ltimo, agrupando ou excluindo as pessoas.

    Nossa contemporaneidade faz do prximo o distante, separando-nos

    daquilo que nos cerca, ao nos avizinhar de lugares remotos. Neste caso, no

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    VHULD R RXWUR DTXLOR TXH R QyV JRVWDULD GH H[FOXLU" &RPR R LVODPLVPR(associado noo de irracionalidade), ou os espaos de pobreza (frica,

    setores de pases em desenvolvimento), que apesar de muitas vezes prximos

    se afastam dos ideais cultivados pela modernidade.

    (Adaptado de: ORTIZ, Renato. Mundializao e cultura. So Paulo: Brasiliense, 1994,

    p. 220)

    As novas tecnologias esto em vertiginoso desenvolvimento, mas no

    tomemos as novas tecnologias como um caminho inteiramente seguro, pois

    falta s novas tecnologias, pela velocidade mesma com que se impem, o

    controle tico que submeta as novas tecnologias a um padro de valores

    humanistas.

    04. (TRT - 1 REGIO (RJ) 2014 - Analista Judicirio - Tecnologia da Informao FCC) Para evitar as viciosas repeties do texto acima preciso substituir os segmentos sublinhados, na ordem dada, pelas seguintes

    formas:

    a) lhes tomemos - lhes falta - as submeta

    b) as tomemos - falta a elas - submeta-las

    c) lhes tomemos - falta-lhes - submeta-lhes

    d) tomemos a elas - lhes falta - lhes submeta

    e) as tomemos falta-lhes as submeta.

    Comentrio: a primeira substituio deve ser feita por as tomemos. A

    prclise exigida pela fora atrativa da palavra negativa no. A segunda

    substituio deve ser feita com o pronome lhes em nclise, pois no h

    situao que exija a prclise. J na terceira substituio, a prclise volta a ser

    exigida pela fora atrativa da conjuno subordinativa que.

    GABARITO: E

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    DEPOIMENTO

    Fernando Morais (jornalista)

    O que mais me surpreendia, na Ouro Preto da infncia, no era o ouro dos

    altares das igrejas. Nem o casario portugus recortado contra a montanha.

    Isso eu tinha de sobra na minha prpria cidade, Mariana, a uma lgua dali. O

    espantoso em Ouro Preto era o Grande Hotel - um prdio limpo, reto, liso, um

    monlito branco que contrastava com o barroco sem violent-OR(UDR+RWHOGR1LHPH\HUGL]LDP'HVOXPEUDGRFRPDFRQVWUXomRHXDFUHGLWDYDTXHVHXcriador (que supunha chamar-VH1HL0DLD IRVVHmineiro - um marianense, quem sabe?

    A suspeita aumentou quando, ainda de calas curtas, mudei-me para Belo

    Horizonte. Era tanto Niemeyer que ele s podia mesmo ser mineiro. No bairro

    GH6DQWR$QW{QLRILFDYDR&ROpJLR(VWDGXDODFDL[DGiJXDHUDROiSLVo prdio das classes tinha a forma de uma rgua, o auditrio era um mata- borro).

    Numa das pontas da vetusta Praa da Liberdade, Niemeyer fez pousar

    suavemente uma escultura de vinte andares de discos brancos superpostos,

    um edifcio de apartamentos cujo nome no me vem memria. E, claro, tinha

    a Pampulha: o cassino, a casa do baile, mas principalmente a igreja.

    Com o tempo cresceram as calas e a barba, e sa batendo perna pelo

    mundo. E no parei de ver Niemeyer. Vi na Frana, na Itlia, em Israel, na

    Arglia, nos Estados Unidos, na Alemanha. Tanto Niemeyer espalhado pelo

    planeta aumentou minha confuso sobre sua verdadeira origem. E hoje, quase

    PHLR VpFXOR GHSRLV GR DOXPEUDPHQWR SURGX]LGR SHOD YLVmR GR +RWHO GR 1HL0DLDFRQWLQXRVHPVDEHURQGHHOHQasceu. Mesmo tendo visto um papel que prova que foi na Rua Passos Manuel nmero 26, no Rio de Janeiro, estou

    convencido de que l pode ter nascido o corpo dele. A alma de Oscar

    Niemeyer, no tenham dvidas, mineira.

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    (Adaptado de: MORAIS, Fernando. Depoimento. In: SCHARLACH, Ceclia (coord.).

    Niemeyer 90 anos: poemas testemunhos cartas. So Paulo: Fundao Memorial da

    Amrica Latina, 1998. p. 29)

    05. (TRF - 1 REGIO 2014 - Analista Judicirio - rea de Apoio Especializado FCC) No contexto do texto, o autor utiliza os pronomes seu (no primeiro pargrafo) e sua (no ltimo) para se referir, respectivamente, a:

    a) Nei Maia e Oscar Niemeyer.

    b) Grande Hotel e Oscar Niemeyer.

    c) Ouro Preto e Hotel do Nei Maia.

    d) Mariana e Rua Passos Manuel.

    e) Hotel do Niemeyer e Rio de Janeiro.

    Comentrio: os pronomes so importantes elementos de coeso textual

    ao fazerem remisso anafrica (para traz) ou catafrica (para frente). O

    pronome seu fez remisso anafrica a Grande Hotel. O pronome possessivo

    sua refere-se anaforicamente a Oscar Niemeyer, a origem dele.

    GABARITO: B

    ANTES QUE O CU CAIA

    Lder indgena brasileiro mais conhecido no mundo, o ianommi Davi

    Kopenawa lana livro e participa da FLIP enquanto relata o medo dos efeitos

    das mudanas climticas sobre a Terra.

    Leo Serva

    'DYL.RSHQDZDHVWiWULVWH$FREUDJUDQGHHVWiGHYRUDQGRRPXQGRHOHdiz. Em todo lugar, os homens semeiam destruio, esquentam o planeta e

    mudam o clima: at mesmo o lugar onde vive, a Terra Indgena Yanommi,

    que ocupa 96 km2 em Roraima e no Amazonas, na fronteira entre Brasil e

    Venezuela, vem sofrendo sinais estranhos. O cu pode cair a qualquer

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    momento. Ser o fim. Por isso, nem as muitas homenagens que recebe em

    todo o mundo aplacam sua angstia.

    Ele decidiu escrever um livro para contar a sabedoria dos xams de seu

    povo, a criao do mundo, seus elementos e espritos. Gravou 15 fitas em que

    QDUURXWDPEpPVXDSUySULDWUDMHWyULD1mRDGLDQWDVyRVEUDQFRVHVFUHYHUHPos livros deles. Eu queria escrever para os no indgenas no acharem que

    tQGLRQmRVDEHQDGD A obra foi lanada em 2010, na Frana (ed. Plon), e no ano passado, nos

    (8$SHOD HGLWRUDGDXQLYHUVLGDGH+DUYDUG&RPRQRPH $4XHGDGR&pXest sendo traduzido para o portugus pela Companhia das Letras. No fim de

    julho, Davi vai participar da Feira Literria de Paraty/FLIP, mas a verso em

    portugus ainda no estar pronta. O lanamento est previsto para o ano que

    vem.

    2OLYURH[SOLFDRVHVStULWRVFKDPDGRV[DSLULVTXHRV LDQRPkPLVFUHHPVHUHP RV ~QLFRV FDSD]HV GH FXLGDU GDV SHVVRDV H GDV FRLVDV ;DSLUL p Rmdico do ndio. E tambm ajuda quando tem muita chuva ou est quente. O

    branco est preocupado que no chove mais em alguns lugares e em outros

    tem muita chuva. Ele ajuda a nosVDWHUUDDQmRILFDUWULVWH Nascido em 1956, Davi logo cedo foi identificado como um possvel xam,

    pois seus sonhos eram frequentados por espritos. Xam, ou paj, a

    referncia espiritual de uma sociedade tribal. Os ianommis acreditam que os

    [DPmV UHFHEHP GRV HVStULWRV FKDPDGRV [DSLULV D FDSDFLGDGH GH FXUD GRVGRHQWHV 'DYL GHVFUHYH DVVLP VXD YRFDomR 4XDQGR HX HUD SHTXHno, costumava ver em sonhos seres assustadores. No sabia o que me atrapalhava

    RVRQRPDVMiHUDPRV[DSLULVTXHYLQKDPDPLP4XDQGRMRYHPUHFHEHXDformao tradicional de paj.

    Com cerca de 40 mil pessoas (entre Brasil e Venezuela), em todo o

    mundo os ianommis so o povo indgena mais populoso a viver de forma

    tradicional em floresta. Poucos falam portugus. Davi logo se tornou seu porta-

    voz.

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    (Adaptado de: SERVA, Leo. Revista Serafina. Nmero 75. So Paulo:

    Folha de S. Paulo, julho de 2014, p. 18-19)

    06. (TRF - 1 REGIO 2014 - Analista Judicirio - rea de Apoio Especializado FCC) No perodo O livro explica os espritos chamados [DSLULV que os ianommis creem serem os nicos capazes de cuidar das pessoas e das coisas (quarto pargrafo), a palavra grifada tem a funo de

    pronome relativo, retomando um termo anterior. Do mesmo modo como

    ocorre em:

    a) Os ianommis acreditam que os xams recebem dos espritos

    FKDPDGRV[DSLULVDFDSDFLGDGHGHFXUD b) Eu queria escrever para os no indgenas no acharem que ndio no

    sabe nada.

    c) O branco est preocupado que no chove mais em alguns lugares.

    d) Gravou 15 fitas em que narrou tambm sua prpria trajetria.

    e) No sabia o que me atrapalhava o sono.

    Comentrio: o relativo que no trecho destacado no texto tem como

    DQWHFHGHQWH [DSLULV 2 que pode assumir vrias funes na Lngua Portuguesa, entre elas: conjuno integrante (alternativas A, B e E) e

    conjuno coordenativa (alternativa C), alm de pronome relativo.

    GABARITO: D

    Por mais que em nosso discurso ns, os mais velhos, afirmemos que a tal

    GD HGXFDomR SDUD D FLGDGDQLD VXS}H D ERa convivncia no espao pblico, entre outras coisas", no temos conseguido praticar tal ensinamento com os

    mais novos, sobretudo porque no sabemos como fazer isso. H muitas

    escolas com boa vontade nesse sentido, mas sem saber o que fazer para evitar

    que seus alunos se confrontem com grosseria e que aprendam a compartilhar

    respeitosamente o espao comum. O instrumento mais utilizado pela escola

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    ainda a punio, em suas vrias formas. Aes afirmativas nesse sentido so

    difceis de ser encontradas no espao escolar.

    No sabemos ensinar s crianas a boa convivncia no espao pblico

    porque no a praticamos. Ora, como ensinar o que no sabemos, como

    esperar algo diferente dos mais novos, se eles no mais tm exemplos de

    comportamento adulto que os orientem?

    (Adaptado de: SAYO, Rosely. Folha de S. Paulo, 17/06/2014)

    07. (TCE-RS 2014 - Auditor Pblico Externo - Engenharia Civil - Conhecimentos Bsicos FCC) A educao para a cidadania um objetivo essencial, mas comprometem essa educao para a cidadania os que

    pretendem praticar a educao para a cidadania sem dotar a educao para a

    cidadania da visibilidade das atitudes pblicas.

    Evitam-se as repeties viciosas da frase acima substituindo-se os

    segmentos sublinhados, respectivamente, por:

    a) comprometem-lhe - pratic-la - dotar-lhe

    b) comprometem ela - praticar-lhe - dot-la

    c) comprometem-na - pratic-la - dot-la

    d) comprometem a mesma - a praticar - lhe dotar

    e) comprometem a ela - lhe praticar - a dotar

    Comentrio: um texto repetitivo torna-se incoerente, diante disso, temos

    que usar recursos para evitar a repetio de termos. Um dos principais

    recursos o uso dos pronomes. Relembre a regra para verbos terminados em

    m e em r:

    Emprego de o, a, os, as

    1) Em verbos terminados em r, s ou z, estas consoantes finais alteram-se

    para lo, la, los, las.

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    Exemplos:

    (Encontrar) Encontr-lo o meu maior sonho.

    (Fiz) Fi-lo porque no tinha alternativa.

    2) Em verbos terminados em ditongos nasais (am, em, o, e, e,), os

    pronomes o, a, os, as alteram-se para no, na, nos, nas.

    Exemplos:

    Chamem-no agora.

    Pe-na sobre a mesa.

    Sendo assim, temos como correta a alternativa C

    GABARITO: C

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    08. (MPE-AP 2012 - Analista Ministerial - Administrao FCC) Fazendo-se as alteraes necessrias, o termo grifado foi corretamente

    substitudo por um pronome em:

    a) decidido a inventar uma noite = decidido a invent-la

    b) expressar [...] seu fascnio pelo cu constelado = expressar-lhe

    c) tem diante de si a tela em branco = tem-a diante de si

    d) Imagino o momento = Imagino-lhe

    e) definiu uma paisagem noturna = definiu-na

    Comentrio: a substituio correta foi feita na alternativa A (inventar + a

    = invent-la).

    Vejamos o erro nas outras alternativas:

    Em B: o pronome lhe, que, como complemento de verbo, deve ser Objeto

    ,QGLUHWR FRPSOHPHQWDQGR R YHUER WUDQVLWLYR GLUHWR H[SUHVVDU /RJRH[SUHVVi-OR

    Em C: tem-na. Verbos terminados em ditongo decrescente nasal devem

    ter seu complemento no, na, nos, nas.

    Em D: o pronome lhe, que, como complemento de verbo, deve ser Objeto

    ,QGLUHWR FRPSOHPHQWDQGR R YHUER WUDQVLWLYR GLUHWR LPDJLQDU /RJRLPDJLQR-R

    Em E: Verbos terminados em ditongos (definiu) devem ter seu

    complemento o, a, os, as.

    O complemento substitudo, corretamente, pelo pronome oblquo

    adequado apenas na alternativa A.

    GABARITO: A

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    09. (MPE-AP 2012 - Promotor de Justia FCC) Ao se substituir um elemento de determinado segmento do texto, o pronome foi empregado de

    modo INCORRETO em:

    a) e tm a convico = e tm-na

    b) que demonstra toda sua potncia = que lhe demonstra

    c) alagam as plancies = alagam-nas

    d) s resta aos homens = s lhes resta

    e) providenciar barreiras e diques = providenci-los

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    Comentrio:

    A nica que apresenta erro em relao substituio do complemento

    verbal pelo pronome oblquo, uma vez que cita um verbo transitivo direto, cujo

    REMHWRGLUHWRpWRGDVXDSRWrQFLDpD%SRUWDQWRDVXEVWLWXLomRGesse objeto GLUHWRVySRGHULDVHUSHORSURQRPHREOtTXRD

    GABARITO: B

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    10. (MPE-PE 2012 - Analista Ministerial - rea Jurdica FCC) Ao se substituir um elemento de determinado segmento do texto, o pronome foi

    empregado de modo INCORRETO em:

    a) e mantm seu ser = e lhe mantm

    b) dedicado [...] a uma mulher = lhe dedicado

    c) reviver acontecimentos passados = reviv-los

    d) para criar uma civilizao comum = para cri-la

    e) que prov o fundamento = que o prov

    Comentrio: vejamos cada alternativa:

    Alternativa A ERRADA, porque o pronome lhe exerce a funo de objeto indireto; nessa frase, o verbo transitivo direto.

    Alternativa B - &255(7$SRLVpGHGLFDGR>@DXPDPXOKHUH[HUFHDfuno de complemento nominal, podendo ser substitudo, assim, pelo

    SURQRPHOKH Alternativa C, D e E - nas trs alternativas, ocorre a presena de um

    verbo transitivo direto, podendo ser substitudo, assim, pelos pronomes

    indicados em cada uma delas.

    GABARITO: A

    [Do esprito das leis]

    Falta muito para que o mundo inteligente seja to bem governado quanto

    o mundo fsico, pois ainda que o mundo inteligente possua tambm leis que

    por sua natureza so invariveis, no as segue constantemente como o mundo

    fsico segue as suas. A razo disso reside no fato de estarem os seres

    particulares inteligentes limitados por sua natureza e, consequentemente,

    sujeitos a erro; e, por outro lado, prprio de sua natureza agirem por si

    mesmos. (...)

    O homem, como ser fsico, tal como os outros corpos da natureza,

    governado por leis invariveis. Como ser inteligente, viola incessantemente as

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    leis que Deus estabeleceu e modifica as que ele prprio estabeleceu. Tal ser

    poderia, a todo instante, esquecer seu criador - Deus.

    As leis humanas so falveis, os homens desrespeitam as leis humanas e

    destituem as leis humanas do sentido de uma profunda equidade que deveria

    reger as leis humanas.

    11. (TRT 2014 - 16 REGIO (MA) - Analista Judicirio - rea Administrativa FCC) Evitam-se as viciosas repeties do perodo acima substituindo-se os elementos sublinhados, na ordem dada, por:

    a) desrespeitam a elas - destituem-nas - deveria reger-lhes

    b) desrespeitam-lhes - as destituem - deveria reg- las

    c) desrespeitam-nas - lhes destituem - lhes deveria reger

    d) lhes desrespeitam - destituem-lhes - deveria reg-las

    e) desrespeitam-nas - destituem-nas - as deveria reger

    Comentrio:

    9 Os pronomes oblquos O, A, OS, AS costumam sofrer alteraes quando pospostos ao verbo. Vejam:

    x Lo, la, los, las quando ligados a verbos terminados em R, S, Z ESTUDAR + O = ESTUD LO QUIS + A = QUI LA SATISFEZ + OS = SATISF LOS

    x No, na, nos, nas quando ligados a verbos terminados em sons nasais DO + O = DO NO

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    AMAM + A = AMAM NA

    9 O, A, OS, AS

    x Objeto Direto = Jamais O acompanharei x Sujeito do infinitivo = Deixei O ficar no quarto

    9 LHE, LHES - s no ter a funo de Objeto Direto, podendo ser Objeto Indireto, Complemento Nominal e Sdjunto Adnominal.

    x O.I. (pessoa) = Faa o que LHES convm x Compl. Nominal = Tenho LHE respeito x Adj. Adnominal = Beijei LHE o rosto

    Sendo assim, as substituies ideais so: os homens desrespeitam-nas

    (nclise com uso pronome as indicador de objeto direto) e destituem-nas

    (nclise com uso pronome as indicador de objeto direto) do sentido de uma

    profunda equidade que as deveria reger (prclise exigida pelo uso da

    conjuno subordinativa que. Pronome as como objeto direto de reger).

    GABARITO: E

    Da utilidade dos prefcios

    Li outro dia em algum lugar que os prefcios so textos inteis, j que em

    100% dos casos o prefaciador convocado com o compromisso exclusivo de

    falar bem do autor e da obra em questo. Garantido o tom elogioso, o prefcio

    ainda aponta caractersticas evidentes do texto que vir, que o leitor poderia

    ter muito prazer em descobrir sozinho. Nos casos mais graves, o prefcio

    adianta elementos da histria a ser narrada (quando se trata de fico), ou

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    antecipa estrofes inteiras (quando poesia), ou elenca os argumentos de base a

    serem desenvolvidos (quando estudos ou ensaios). Quer dizer: mais do que

    intil, o prefcio seria um estraga-prazeres.

    Pois vou na contramo dessa crtica mal-humorada aos prefcios e

    prefaciadores, embora concorde que muitas vezes ela proceda - o que no

    justifica a generalizao devastadora. Meu argumento simples e pessoal: em

    muitos livros que li, a melhor coisa era o prefcio - fosse pelo estilo do

    prefaciador, muito melhor do que o do autor da obra, fosse pela consistncia

    das ideias defendidas, muito mais slidas do que as expostas no texto

    principal. H casos clebres de bibliografias que indicam apenas o prefcio de

    uma obra, ficando claro que o restante desnecessrio. E ningum controla a

    possibilidade, por exemplo, de o prefaciador ser muito mais espirituoso e

    inteligente do que o amigo cujo texto ele apresenta. Mas como argumento final

    vou glosar uma observao de Machado de Assis: quando o prefcio e o texto

    principal so ruins, o primeiro sempre ter sobre o segundo a vantagem de ser

    bem mais curto.

    H muito tempo me deparei com o prefcio que um grande poeta, dos

    maiores do Brasil, escreveu para um livrinho de poemas bem fraquinhos de

    uma jovem, linda e famosa modelo. Pois o velho poeta tratava a moa como

    se fosse uma Ceclia Meireles (que, alis, alm de grande escritora era tambm

    linda). No havia dvida: o poeta, embevecido, estava mesmo era prefaciando

    o poder de seduo da jovem, linda e nada talentosa poetisa. Mas ele

    conseguiu inventar tantas qualidades para os poemas da moa que o prefcio

    acabou sendo, sozinho, mais uma prova da imaginao de um grande gnio

    potico.

    (Aderbal Siqueira Justo, indito)

    12. (TRT 2014 - 16 REGIO (MA) - Analista Judicirio - Contabilidade FCC) As lacunas da frase Um prefcio ...... nossa inteira ateno esteja voltada certamente conter qualidades ...... fora

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    impossvel resistir preenchem-se adequadamente, na ordem dada, pelos

    seguintes elementos:

    a) para o qual - a cuja

    b) ao qual - de cuja a

    c) com o qual - por cuja

    d) aonde - de que a

    e) por onde - das quais a

    Comentrio: para preencher corretamente as lacunas necessrio saber

    que a locuo esteja voltada rege a preposio para, que vir antes do

    pronome relativo o qual. Resistir rege o uso da preposio a, que tambm

    dever ficar antes do pronome relativa, mas, neste caso, do cuja.

    GABARITO: A

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    13. (TRT - 2 REGIO (SP) 2014 - Analista Judicirio - rea Administrativa FCC) A construo da frase eu pressuponho esse futuro com o qual nada me autoriza a contar permanecer correta caso se substitua o

    elemento sublinhado por

    a) perante o qual no sei avaliar.

    b) em cujo nada posso desconfiar.

    c) de cujo pouco posso prever.

    d) por quem nada posso antecipar.

    e) do qual nada me dado esperar.

    Comentrio: contar com alguma coisa, no sentido figurado, o mesmo

    que esperar por algo e bem diferente de avaliar, desconfiar, prever ou

    antecipar. Sendo assim, a orao em destaque no enunciado poder ser

    substituda apenas pela orao da alternativa E.

    GABARITO: E

    14. (SABESP 2014 - Tcnico em Gesto - Informtica FCC) As filmagens de Vidas Secas foram no serto, em Palmeira dos ndios

    (AL), cidade ...... o escritor morou e ...... foi prefeito.

    Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada:

    a) a qual que b) em que - da qual

    c) no qual onde d) onde - cuja

    e) que - a que

    Comentrio:

    Para referir-se cidade na qual em que escritor morou s podemos usar o

    onde ou o em que/ na qual, pois tanto o pronome relativo (onde) quanto a

    preposio (em) indicam lugar. A segunda lacuna deve ser preenchida por

    termo no feminino, pois o antecedente cidade:

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    As filmagens de Vidas Secas foram no serto, em Palmeira dos ndios (AL),

    cidade em que o escritor morou e da qual foi prefeito.

    GABARITO: B

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    .. lamentei ver minha conterrnea... / ... atingi o vo da janela... / ... aos

    cabelos negros misturavam-se alguns fios grisalhos.

    15. (TRT - 19 Regio (AL) 2014 - Analista Judicirio - Oficial de Justia Avaliador FCC) Fazendo-se as alteraes necessrias, os segmentos grifados podem ser substitudos, respectivamente, pelos seguintes

    pronomes:

    a) -la - -lo - -lhe

    b) -a - -la - -os

    c) -la - -o - -lhes

    d) -a - -o - -lhes

    e) -la - -lo - -los

    Comentrio: com relao aos verbos ver e atingir, o pronome ir

    substituir os objetos diretos, sendo possvel ser o, a, os, as. No caso: lamentei

    v-la, com o l antes, e Atingi-o. Misturar um verbo transitivo direto e

    indireto, rege dois complementos: um OD e um OI. Sendo assim:

    Misturavam-se lhes alguns fios brancos.

    O.I. O.D.

    GABARITO: C

    LISTA DE QUESTES COMENTADAS NESTA AULA BLOCO I

    Prazer sem humilhao

    O poeta Ferreira Gullar disse h tempos uma frase que gosta de repetir:

    $ FUDVH QmR H[LVWH SDUD KXPLOKDU QLQJXpP (QWHQGD-se: h normas gramaticais cuja razo de ser emprestar clareza ao discurso escrito, valendo

    como ferramentas teis e no como instrumentos de tortu