Português p INSS - Questões Comentadas - Técnico de Seguro Social - A004

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Português p INSS - Questões Comentadas - Técnico de Seguro Social - Aula 4

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  • Aula 04

    Questes Comentadas de Portugus p/ INSS - Tcnico de Seguro Social

    Professor: Rafaela Freitas

    02970091682 - Magna Rosaria Ferreira

  • Lngua Portuguesa p/ INSS

    Tcnico de Seguro Social

    Teoria e Questes Comentadas

    Prof Rafaela Freitas Aula 04

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    AULA 04 - SINTAXE DA ORAO E DO PERODO

    A

    Ol, caros alunos!

    3UHSDUDGRVSDUDHQFDUDUDsintaxe!! Que contedo prazeroso o desta aula! Tudo bem que eu sou suspeita pra falar, mas espero muito que vocs

    gostem tanto quanto eu!

    Com vocs... a fabulosa sintaxe da orao e do perodo!!!

    Vamos praticar!!

    1mRpDIRUoDGRJRWHMDUGDiJXDTXHIXUDDSHGUDPDVVLPDpersistncia incansvel desta ao

    Ivan Teorilang

    02970091682

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    Ateno: A questo refere-se ao texto seguinte.

    Perspectiva de Montesquieu

    O grande pensador francs Montesquieu (1689-1755) um dos mais

    importantes intelectuais na histria das cincias jurdicas. A grande

    RULJLQDOLGDGHGHVXDREUDPDLRUO esprito das leis FRQVLVWHQDUHYROXomRmetodolgica. O mtodo de Montesquieu comporta dois aspectos inter-

    relacionados, que podem ser distinguidos com clareza. O primeiro exclui da

    cincia social toda perspectiva religiosa ou moral; o segundo afasta o autor das

    teorias abstratas e dedutivas e o dirige para a abordagem descritiva e

    comparativa dos fatos sociais.

    Quanto ao primeiro, constitua um solapamento do finalismo teolgico e

    moral que ainda predominava na poca, segundo o qual todo o

    desenvolvimento histrico do homem estaria subordinado ao cumprimento de

    desgnios divinos. Montesquieu, ao contrrio, reduz as instituies a causas

    puramente humanas. Segundo ele, introduzir princpios teolgicos no domnio

    da histria, como fatores explicativos, confundir duas ordens distintas de

    pensamento. Deliberadamente, dispe-se a permanecer nos estritos domnios

    dos fenmenos polticos, e jamais abandona tal projeto.

    J nas primeiras pginas do Esprito das leis ele adverte o leitor contra

    um possvel mal-entendido no que diz respeito palavra "virtude", que

    emprega amide com significado exclusivamente poltico, e no moral. Para

    Montesquieu, o correto conhecimento dos fatos humanos s pode ser realizado

    cientificamente na medida em que eles sejam visados como so e no como

    deveriam ser. Enquanto no forem abordados como independentes de fins

    religiosos e morais, jamais podero ser compreendidos. As cincias humanas

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    deveriam libertar-se da viso finalista, como j haviam feito as cincias

    naturais, que s progrediram realmente quando se desvencilharam do jugo

    teolgico.

    Para o debate moderno das relaes que se devem ou no travar entre os

    mbitos do direito, da cincia e da religio, Montesquieu continua sendo um

    provocador de alto nvel.

    (Adaptado de 0RQWHVTXLHX2V3HQVDGRUHV. S. Paulo: Abril, 1973)

    01. (TCE/PR 2011 Jurdica FCC) A orao sublinhada exerce a funo de sujeito dentro do seguinte perodo:

    a) Montesquieu preferiu guiar-se pelos valores civis, em vez de se deixar

    levar pelo finalismo religioso.

    b) A um esprito sensvel e religioso no convm ler um filsofo como

    Montesquieu buscando apoio espiritual.

    c) Um estudo srio da histria das cincias jurdicas no pode prescindir

    dos mtodos de que se vale Montesquieu em O esprito das leis.

    d) As cincias humanas deveriam libertar-se da religio, assim como

    ocorreu com as cincias naturais.

    e) O mtodo de Montesquieu valorizou as instituies humanas e solapou

    o finalismo teolgico e moral.

    &RPHQWiULR QD DOWHUQDWLYD % ler um filsoIR FRPR 0RQWHVTXLHX p Rsujeito oracional (uma orao com funo de sujeito) da forma verbal

    FRQYpP &RPR R VXMHLWR HVWi SRVSRVWR DR YHUER p PDLV IiFLO SHUFHEHU VHcolocarmos o perodo na ordem direta: ler um filsofo como Montesquieu

    buscando apoio espiritual no convm a um esprito sensvel e religioso.

    Vejamos a funo dos outros termos grifados nas outras alternativas:

    a) Montesquieu preferiu guiar-se pelos valores civis, em vez de se deixar

    levar pelo finalismo religioso. orao subordinada substantiva objetiva direta. Exerce funo de objeto direto do verbo preferir.

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    c) Um estudo srio da histria das cincias jurdicas no pode prescindir

    dos mtodos de que se vale Montesquieu em O esprito das leis. orao subordinada adjetiva restritiva. Funciona como adjunto adnominal de

    PpWRGRV d) As cincias humanas deveriam libertar-se da religio, assim como

    ocorreu com as cincias naturais. orao subordinada adverbial comparativa. Funciona coo adjunto adverbial.

    e) O mtodo de Montesquieu valorizou as instituies humanas e solapou

    o finalismo teolgico e moral. orao coordenada sindtica aditiva. GABARITO: B

    Ateno: A questo refere-se ao texto abaixo.

    Como a Folha era o nico veculo que mandava reprteres da sede em

    So Paulo para todos os comcios e abria generosamente suas pginas para a

    cobertura da campanha das Diretas, passei a fazer parte da trupe, dar palpites

    nos discursos, sugerir caminhos para as etapas seguintes. Viajava com os trs

    lderes da campanha em pequenos avies fretados, e, em alguns lugares, dr.

    8O\VVHVHUDDVVLPTXHVHUHIHULDPDHOHID]LDTXHVWmRGHDQXQFLDUPLQKDpresena no palanque. Eu sabia que, em outras circunstncias, essas coisas

    no pegariam bem para um reprter. quela altura, no entanto, no me

    importava mais com o limite entre as funes do profissional de imprensa e as

    do militante. Ficava at orgulhoso, para falar a verdade.

    Cevado pelas negociaes de bastidores no Parlamento, em que tudo

    devia estar acertado antes de a reunio comear, o incansvel Ulysses, que na

    Constituinte de 1987 passaria horas presidindo a sesso sem levantar sequer

    para ir ao banheiro, transmudara-se num palanqueiro de primeira. Impunha

    logo respeito, eu at diria que ele era reverenciado aonde quer que chegasse.

    A campanha das Diretas no tinha dono, e por isso crescia a cada dia. Mas,

    embora ele no tivesse sido nomeado, todos sabiam quem era o comandante.

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    Meu maior problema, alm de arrumar um telefone para passar a matria

    a tempo de ser publicada, era o medo de avio. "Fica calmo, meu caro

    jornalista, avio comigo no cai", procurava me tranquilizar dr. Ulysses, com

    seu jeito formal de falar at em momentos descontrados. Muitos anos depois,

    ele morreria num acidente de helicptero, em Angra dos Reis, no Rio, e seu

    corpo desapareceria no mar para sempre.

    (Fragmento de Ricardo Kotscho. Do golpe ao Planalto: uma vida de reprter. So

    Paulo, Cia. das Letras, 2006, p.120)

    "Fica calmo, meu caro jornalista, avio comigo no cai", procurava me

    tranquilizar dr. Ulysses...

    02. (TRE/SP 2012 Administrativa FCC) O segmento em destaque exerce na frase acima a mesma funo sinttica que o elemento

    grifado exerce em:

    a) Como a Folha era o nico veculo ...

    b) ... essas coisas no pegariam bem para um reprter.

    c) ... em que tudo devia estar acertado...

    d) Viajava com os trs lderes da campanha em pequenos avies

    fretados...

    e) ... quem era o comandante.

    Comentrio: em primeiro lugar, vamos identificar a funo sinttica do

    WHUPR GU 8O\VVHV QD RUDomR procurava me tranquilizar dr. Ulysses. Observe que orao est invertida. Colocando na ordem direta temos: Dr.

    Ulysses procurava me tranquilizar. Sendo assim, quem est tentando,

    procurando tranquilizar algum sujeito da orao (dr. Ulysses). Sabendo

    disso, vamos s alternativas:

    a) o nico veculo = predicativo do sujeito.

    b) para um reprter = complemento nominal do advrbio bem.

    c) em que DGMXQWRDGYHUELDOGHOXJDUSRUVXEVWLWXLUQR3DUODPHQWR

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    d) com os trs lderes da campanha = adjunto adverbial de companhia.

    e) (todos sabiam) quem era o comandante = sujeito do verbo ser. EIS O

    GABARITO!

    GABARITO: E

    Ateno: A questo refere-se ao texto abaixo.

    Os modernistas de 1922 nunca se consideraram componentes de uma

    escola, nem afirmaram ter postulados rigorosos em comum. O que os unificava

    era um grande desejo de expresso livre e a tendncia para transmitir, sem os

    embelezamentos tradicionais do academismo, a emoo pessoal e a realidade

    do pas. Por isso, no se cansaram de afirmar (sobretudo Mrio de Andrade)

    que a sua contribuio maior foi a liberdade de criao e expresso. "Cria o teu

    ritmo livremente", disse Ronald de Carvalho.

    Este conceito relativo, pois em arte no h originalidade absoluta. No

    Brasil, ele significou principalmente libertao dos modelos acadmicos, que se

    haviam consolidado entre 1890 e 1920. Em relao a eles, os modernistas

    afirmaram a sua libertao em vrios rumos e setores: vocabulrio, sintaxe,

    escolha de temas, a prpria maneira de ver o mundo.

    Do ponto de vista estilstico, pregaram a rejeio dos padres

    portugueses, buscando uma expresso mais coloquial, prxima do modo de

    falar brasileiro. Um renovador como Mrio de Andrade comeava os perodos

    pelo pronome oblquo, abandonava inteiramente a segunda pessoa do singular,

    acolhia expresses e palavras da linguagem corrente, procurava incorporar

    escrita o ritmo da fala e consagrar literariamente o vocabulrio usual.

    Mesmo quando no procuravam subverter a gramtica, os modernistas

    promoveram uma valorizao diferente do lxico, paralela renovao dos

    assuntos. O seu desejo principal foi o de serem atuais, exprimir a vida diria,

    dar estado de literatura aos fatos da civilizao moderna.

    (Trecho adaptado de Antonio Candido e Jos Aderaldo Castello. Presena da literatura

    brasileira: Modernismo. Rio de Janeiro, Bertrand Brasil, 1997, p.11-12)

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    03. (TRE/SP 2012 Administrativa FCC) Este conceito relativo, pois em arte no h originalidade absoluta.

    ... a sua contribuio maior foi a liberdade de criao e expresso.

    Ambos os elementos acima grifados exercem nas respectivas frases a

    funo de

    a) adjunto adverbial.

    b) objeto direto.

    c) complemento nominal.

    d) predicativo.

    e) objeto indireto.

    Comentrio: sempre que tivermos um verbo de ligao a anlise sinttica

    ser diferente e mais simples, pois esse tipo de verbo NO possui

    transitividade, NO pede complemento. Todo verbo de ligao fraco de

    significado, indica um estado permanente ou momentneo e tem como maior

    funo unir o sujeito ao seu predicativo. Observe o exemplo:

    O co bravo.

    A informao principal : co bravo.

    6HQGR FmR R VXMHLWR H EUDYR R SUHGLFDWLYR 2 YHUER VHU HQWUDexclusivamente para ligar um ao outro (o co bravo) e para indicar o estado

    permanente do co (ser bravo).

    Voltando para a questo...

    Diante disso, podemos de cara eliminar as alternativas B e E, pois nas

    GXDVRUDo}HVHPTXHVWmRWHPRVYHUERVGHOLJDomRIRLHpHQWmRRVWHUPRVem destaque no podem ser nenhum tipo de complemento verbal.

    Este conceito relativo, pois em arte no h originalidade absoluta. Sujeito: conceito. Predicativo: relativo.

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    ... a sua contribuio maior foi a liberdade de criao e expresso. Sujeito: contribuio maior. Predicativo: a liberdade de criao e expresso.

    O predicativo caracteriza o sujeito. Os termos em destaque so

    predicativos.

    GABARITO: D

    Prazer sem humilhao

    2SRHWD)HUUHLUD*XOODUGLVVHKiWHPSRVXPDIUDVHTXHJRVWDGHUHSHWLU$FUDVHQmRH[LVWHSDUDKXPLOKDUQLQJXpP(QWHQGD-se: h normas gramaticais cuja razo de ser emprestar clareza ao discurso escrito, valendo como

    ferramentas teis e no como instrumentos de tortura ou depreciao de

    algum.

    Acho que o sentido dessa frase pode ampliar-VH $ DUWH QmR H[LVWH SDUDKXPLOKDU QLQJXpP HQWHQGHQGR-se com isso que os artistas existem para estimular e desenvolver nossa sensibilidade e inteligncia do mundo, e no

    para produzir obras que separem e hierarquizem as pessoas. Para ficarmos no

    terreno da msica: penso que todos devem escolher ouvir o que

    gostam, no aquilo que algum determina. Mas h aqui um ponto crucial, que

    vale a pena discutir: estamos mesmo em condies de escolher livremente as

    msicas de que gostamos? Para haver escolha real, preciso haver opes

    reais.

    Cada vez que um carro passa com o som altssimo de graves repetidos

    praticamente sem variao, num ritmo mecnico e hipntico, o caso de se

    perguntar: houve a uma escolha? Quem alardeia os infernais decibis de seu

    som motorizado pela cidade teve a chance de ouvir muitos outros gneros

    musicais? Conhece muitos outros ritmos, as canes de outros pases, os

    compositores de outras pocas, as tendncias da msica brasileira, os

    incontveis estilos musicais j inventados e frequentados? Ou se limita a

    comprar no mercado o que est vendendo na prateleira dos sucessos,

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    aOLPHQWDQGR R FtUFXOR YLFLRVR H HQJDQRVR GR YHQGH SRUTXH p ERP p ERPporque YHQGH"

    No digo que A melhor que B, ou que X superior a todas as letras do

    alfabeto; digo que importante buscar conhecer todas as letras para escolher.

    Nada contra quem esFROKHXPEDWLGmRVHMiRXYLXP~VLFDFOiVVLFDGHVGHTXHtenha tido realmente a oportunidade de ouvir e escolher compositores clssicos

    que lhe digam algo. No acho que preciso escolher, por exemplo, entre os

    grandes Pixinguinha e Bach, entre Tom Jobim e Beethoven, entre um forr e a

    msica eletrnica das baladas, entre a msica danante e a que convida a uma

    audio mais serena; acho apenas que temos o direito de ouvir tudo isso antes

    de escolher. A boa msica, a boa arte, esteja onde estiver, tambm no existe

    para humilhar ningum.

    (Joo Cludio Figueira, indito)

    04. (TCM-GO 2015 - Auditor Controle Externo - Jurdica FCC) Em qualquer poca, ...... que se ...... ao grande pblico o melhor que os artistas

    ......

    Haver plena correlao entre tempos e modos verbais na frase acima

    preenchendo-se as lacunas, respectivamente, com

    a) era preciso - oferecia - produzem

    b) ser preciso - oferecesse produziriam c) preciso - oferecesse - produzissem

    d) seria preciso - oferea - tm produzido

    e) preciso - oferea - produzam

    Comentrio: observa-se que a estrutura a frase pede verbos no presente

    como algo habitual. preciso est no presente do indicativo, enquanto

    oferea e produzam esto no imperativo.

    GABARITO: E

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    No h hoje no mundo, em qualquer domnio de atividade artstica, um

    artista cuja arte contenha maior universalidade que a de Charles Chaplin. A

    razo vem de que o tipo de Carlito uma dessas criaes que, salvo

    idiossincrasias muito raras, interessam e agradam a toda a gente. Como os

    heris das lendas populares ou as personagens das velhas farsas de

    mamulengos.

    Carlito popular no sentido mais alto da palavra. No saiu completo e

    definitivo da cabea de Chaplin: foi uma criao em que o artista procedeu por

    uma sucesso de tentativas erradas.

    Chaplin observava sobre o pblico o efeito de cada detalhe.

    Um dos traos mais caractersticos da pessoa fsica de Carlito foi achado

    casual. Chaplin certa vez lembrou-se de arremedar a marcha desgovernada de

    um tabtico. O pblico riu: estava fixado o andar habitual de Carlito.

    O vesturio da personagem - fraquezinho humorstico, calas lambazonas,

    botinas escarrapachadas, cartolinha - tambm se fixou pelo consenso do

    pblico.

    Certa vez que Carlito trocou por outras as botinas escarrapachadas e a

    clssica cartolinha, o pblico no achou graa: estava desapontado. Chaplin

    eliminou imediatamente a variante. Sentiu com o pblico que ela destrua a

    unidade fsica do tipo. Podia ser jocosa tambm, mas no era mais Carlito.

    Note-se que essa indumentria, que vem dos primeiros filmes do artista,

    no contm nada de especialmente extravagante. Agrada por no sei qu de

    elegante que h no seu ridculo de misria. Pode-se dizer que Carlito possui o

    dandismo do grotesco.

    No ser exagero afirmar que toda a humanidade viva colaborou nas salas

    de cinema para a realizao da personagem de Carlito, como ela aparece

    nessas estupendas obras-primas de humor que so O garoto, Em busca do

    ouro e O circo.

    Isto por si s atestaria em Chaplin um extraordinrio discernimento

    psicolgico. No obstante, se no houvesse nele profundidade de pensamento,

    lirismo, ternura, seria levado por esse processo de criao vulgaridade dos

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    Aqui que comea a genialidade de Chaplin. Descendo at o pblico, no

    s no se vulgarizou, mas ao contrrio ganhou maior fora de emoo e de

    poesia. A sua originalidade extremou-se. Ele soube isolar em seus dados

    pessoais, em sua inteligncia e em sua sensibilidade de exceo, os elementos

    de irredutvel humanidade. Como se diz em linguagem matemtica, ps em

    evidncia o fator comum de todas as expresses humanas.

    $GDSWDGRGH0DQXHO%DQGHLUD2KHURtVPRGH&DUOLWRCrnicas da provncia do Brasil. 2. ed. So Paulo, Cosac Naify, 2006, p. 219-20)

    ... ela destrua a unidade fsica do tipo.

    05. (SEFAZ-PE 2014 - Auditor Fiscal do Tesouro Estadual - Conhecimentos Gerais FCC) O verbo empregado nos mesmos tempo e modo que o verbo grifado acima est em:

    a) ... toda a humanidade viva colaborou nas salas de cinema para a

    realizao da personagem de Carlito...

    b) Como se diz em linguagem matemtica...

    c) Isto por si s atestaria em Chaplin um extraordinrio discernimento

    psicolgico.

    d) ... um artista cuja arte contenha maior universalidade que a de Charles

    e) Chaplin observava sobre o pblico o efeito de cada detalhe.

    Comentrio: o verbo destrua est na terceira pessoa do singular do

    pretrito imperfeito do indicativo, bem como o observava. Este tempo verbal

    indica uma ao duradoura no passado.

    GABARITO: E

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    06. (PGE-BA 2013 - Analista de Procuradoria - rea de Apoio Jurdico FCC) Levando em conta o valor expressivo do segmento destacado, afirma-se com correo:

    a) (linhas 11 e 12) tampouco a regimes populistas ou "movimentistas"

    que se apresentem como democrticos - exprime noo de desejo.

    b) (linhas 25 e 26) para usar outra expresso norte-americana / exprime

    noo de finalidade. c) (linhas 26 e 27) Arquitetados para moderar conflitos

    entre partidos / exprime o estado resultante de uma ao acabada.

    d) (linhas 28 a 31) tais freios devem ser tambm entendidos como parte

    de uma concepo mais ampla das relaes entre Estado e sociedade /

    exprime probabilidade, como em "Depois desse treino, ele deve estar

    cansado".

    e) (linhas 38 e 39) O rousseausmo, como diversos intrpretes tm

    assinalado, um plebiscitarismo / exprime ao totalmente circunscrita a um

    certo momento do passado.

    Comentrio:

    a) (linhas 11 e 12) tampouco a regimes populistas ou "movimentistas"

    que se apresentem como democrticos - exprime noo de desejo. NO, o verbo no subjuntivo exprime ideia de hiptese, algo incerto.

    b) (linhas 25 e 26) para usar outra expresso norte-americana / exprime

    noo de finalidade. NO, a ideia dizer algo de outra maneira. c) (linhas 26 e 27) Arquitetados para moderar conflitos entre partidos /

    exprime o estado resultante de uma ao acabada. - CORRETO

    d) (linhas 28 a 31) tais freios devem ser tambm entendidos como parte

    de uma concepo mais ampla das relaes entre Estado e sociedade /

    exprime probabilidade, como em "Depois desse treino, ele deve estar

    cansado". NO, para indicar probabilidade o verbo deve estar no modo subjuntivo, o que no o caso.

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    e) (linhas 38 e 39) O rousseausmo, como diversos intrpretes tm

    assinalado, um plebiscitarismo / exprime ao totalmente circunscrita a um

    certo momento do passado. NO, a forma verbal tm assinalado demonstra algo que est acontecendo em tempo presente.

    GABARITO: C

    Prazer sem humilhao

    O poeta Ferreira Gullar disse h tempos uma frase que

    JRVWD GH UHSHWLU $ FUDVH QmR H[LVWH SDUD KXPLOKDU QLQJXpP Entenda-se: h normas gramaticais cuja razo de ser empres-

    tar clareza ao discurso escrito, valendo como ferramentas teis

    e no como instrumentos de tortura ou depreciao de algum.

    Acho que o sentido dessa frase pode ampliar-VH $ DUWH QmR H[LVWH SDUD KXPLOKDU QLQJXpP HQWHQGHQGR-se com isso que os artistas existem para estimular e desenvolver nossa

    sensibilidade e inteligncia do mundo, e no para produzir obras

    que separem e hierarquizem as pessoas. Para ficarmos no

    terreno da msica: penso que todos devem escolher ouvir o que

    gostam, no aquilo que algum determina. Mas h aqui um

    ponto crucial, que vale a pena discutir: estamos mesmo em

    condies de escolher livremente as msicas de que gostamos?

    Para haver escolha real, preciso haver opes reais.

    Cada vez que um carro passa com o som altssimo de graves

    repetidos praticamente sem variao, num ritmo mecnico e

    hipntico, o caso de se perguntar: houve a uma escolha?

    Quem alardeia os infernais decibis de seu som motorizado

    pela cidade teve a chance de ouvir muitos outros gneros

    musicais? Conhece muitos outros ritmos, as canes de outros

    pases, os compositores de outras pocas, as tendncias da

    msica brasileira, os incontveis estilos musicais j inventados

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    e frequentados? Ou se limita a comprar no mercado o que est

    vendendo na prateleira dos sucessos, alimentando o crculo

    YLFLRVR H HQJDQRVR GR YHQGH SRUTXe bom, bom porque YHQGH"

    No digo que A melhor que B, ou que X superior a

    todas as letras do alfabeto; digo que importante buscar

    conhecer todas as letras para escolher. Nada contra quem

    HVFROKH XP EDWLGmR VH Mi RXYLX P~VLFD FOiVVLFD GHVGH TXH tenha tido realmente a oportunidade de ouvir e escolher

    compositores clssicos que lhe digam algo. No acho que

    preciso escolher, por exemplo, entre os grandes Pixinguinha e

    Bach, entre Tom Jobim e Beethoven, entre um forr e a msica

    eletrnica das baladas, entre a msica danante e a que

    convida a uma audio mais serena; acho apenas que temos o

    direito de ouvir tudo isso antes de escolher. A boa msica, a

    boa arte, esteja onde estiver, tambm no existe para humilhar

    ningum.

    (Joo Cludio Figueira, indito)

    07. (TCM-GO 2015 - Auditor Controle Externo - Jurdica - FCC) Transpondo-se para a voz passiva a frase Eles alardeavam o insuportvel

    som instalado nos carros, obtm-se a forma verbal

    a) fora alardeado.

    b) era alardeado.

    c) tinha sido alardeado.

    d) tm alardeado.

    e) eram alardeados.

    Comentrio: na voz passiva, o orao ficaria: O insuportvel som

    instalado nos carros era alardeado por eles. O verbo ser deve concordar no

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    singular com o ncleo do sujeito paciente (som) e permanecer no pretrito

    imperfeito, como na orao em voz ativa.

    GABARITO: B

    Nosso jeitinho

    Um amigo meu, estrangeiro, j h uns seis anos morando no Brasil,

    lembrava-me outro dia qual fora sua principal dificuldade - entre vrias - de se

    DGDSWDU DRV QRVVRV FRVWXPHV &HUWDPHQWH IRL OLGDU FRP R WDO GR MHLWLQKRexpOLFRX &XVWHL D HQWHQGHU TXH DTXL QR %UDVLO QDGD HVWi SHUGLGR QHQKXPimpasse definitivo: sempre haver como se dar um jeitinho em tudo, desde

    fazer o motor do carro velho funcionar com um pedao de arame at conseguir

    que o primo do amigo do chefe da seo regional da Secretaria de Alimentos

    convena este ltimo a influenciar o DiretoUQRGHVSDFKRGHXPSURFHVVR Meu amigo estrangeiro estava, como se v, reconhecendo a nossa

    LQIRUPDOLGDGH- que o nome chique do tal do jeitinho. O sistema - tambm EDWL]DGR SHORV VRFLyORJRV FRPR R GR IDYRU - no deixa de ser simptico, embora esteja longe de ser justo. Os beneficiados nunca reclamam, e os que

    jamais foram morrem de inveja e mantm esperanas. At o poeta Drummond

    WUDWRXGDTXHVWmRQRSRHPD([SOLFDomRHPTXHGL]DFHUWDDOWXUD(QRILPGi FHUWR (VVD FRQFOXVmR DSRQWD SDUD XPD HVSpFLH GH SURYLGHQFLDOLVPRmstico, contrapartida divina do jeitinho: tudo se h de arranjar, porque Deus

    brasileiro. Entre a piada e a seriedade, muita gente segue contando com

    nosso modo to jeitoso de viver.

    possvel que os tempos modernos tenham comeado a desfavorecer a

    soluo do jeitinho: a informatizao de tudo, a rapidez da mdia, a divulgao

    instantnea nas redes sociais, tudo se encaminha para alguma transparncia,

    que a inimiga mortal da informalidade. Tudo se documenta, se registra, se

    formaliza de algum modo - e o jeitinho passa a ser facilmente desmascarado,

    comprometido o seu anonimato e perdendo fora aquela simptica

    clandestinidade que sempre o protegeu. Mas h ainda muita gente que acha

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    que ns, os brasileiros, com nossa indiscutvel criatividade, daremos um jeito

    de contornar esse problema. Meu amigo estrangeiro, por exemplo, no perdeu

    a esperana.

    (Abelardo Trabulsi, indito)

    08. (TCE-RS 2014 - Auditor Pblico Externo - Engenharia Civil - Conhecimentos Bsicos FCC) Transpondo-se para a voz passiva o segmento sublinhado em possvel que os tempos modernos tenham

    comeado a desfavorecer a soluo do jeitinho, a forma obtida dever

    ser:

    a) tenha comeado a ser desfavorecida.

    b) comecem a desfavorecer.

    c) ter comeado a ser desfavorecida.

    d) comecem a ser desfavorecidos.

    e) esto comeando a se desfavorecer.

    Comentrio: a orao toda na voz passiva, respeitando o tempo e o modo

    verbal, alm da concordncia com o sujeito paciente : possvel que a

    soluo do jeitinho tenha comeado a ser desfavorecida pelos tempos

    modernos.

    GABARITO: A

    Maias usavam sistema de gua eficiente e sustentvel

    Um estudo publicado recentemente mostra que a civilizao maia da

    Amrica Central tinha um mtodo sustentvel de gerenciamento da gua. Esse

    sistema hidrulico, aperfeioado por mais de mil anos, foi pesquisado por uma

    equipe norte-americana.

    As antigas civilizaes tm muito a ensinar para as novas geraes. O

    caso do sistema de coleta e armazenamento de gua dos maias um exemplo

    disso. Para chegar a esta concluso, os pesquisadores fizeram uma escavao

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    arqueolgica nas runas da antiga cidade de Tikal, na Guatemala.

    Durante o estudo, coordenado por Vernon Scarborough, da Universidade

    de Cincinnati, em Ohio, e publicado na revista cientfica PNAS, foram

    descobertas a maior represa antiga da rea maia, a construo de uma

    barragem ensecadeira para fazer a dragagem do maior reservatrio de gua

    em Tikal, a presena de uma antiga nascente ligada ao incio da colonizao da

    regio, em torno de 600 a.C., e o uso de filtragem por areia para limpar a

    gua dos reservatrios.

    No sistema havia tambm uma estao que desviava a gua para diversos

    reservatrios. Assim, os maias supriam a necessidade de gua da populao,

    estimada em 80 mil em Tikal, prximo ao ano 700, alm das estimativas de

    mais cinco milhes de pessoas que viviam na regio das plancies maias ao sul.

    No final do sculo IX a rea foi abandonada e os motivos que levaram ao

    seu colapso ainda so questionados e debatidos pelos pesquisadores. Para

    6FDUERURXJKpPXLWRGLItFLOGL]HURTXHGHIDWRDFRQWHFHX0LQKDYLVmRSHVVRDO que o colapso envolveu diferentes fatores que convergiram de tal modo

    nessa sociedade altamente bem-VXFHGLGD TXH DJLUDP FRPR XPD SHUIHLWDtempestadH1HQKXPIDWRULVRODGRQHVVDFROHomRSRGHULDWr-los derrubado to VHYHUDPHQWHGLVVHRSHsquisador Folha de S. Paulo.

    Segundo ele, a mudana climtica contribuiu para a runa dessa

    sociedade, uma vez que eles dependiam muito dos reservatrios que eram

    preenchidos pela chuva. provvel que a populao tenha crescido muito alm

    da capacidade do ambiente, levando em considerao as limitaes

    WHFQROyJLFDV GD FLYLOL]DomR e LPSRUWDQWH OHPEUDU TXH RV PDLDV QmR HVWmRmortos. A populao agrcola que permitiu civilizao florescer ainda muito

    viva na Amrica CHQWUDOOHPEUDRSHVTXLVDGRU (Adaptado de Revista Dae, 21 de Junho de 2013,

    www.revistadae.com.br/novosite/noticias_interna.php?id=8413)

    09. (SABESP 2014 - Analista de Gesto - Administrao FCC) Considerada a substituio do segmento grifado pelo que est entre

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    parnteses ao final da transcrio, o verbo que dever permanecer no

    singular est em:

    a) ... disse o pesquisador Folha de S. Paulo. (os pesquisadores)

    b) Segundo ele, a mudana climtica contribuiu para a runa dessa

    sociedade... (as mudanas do clima)

    c) No sistema havia tambm uma estao... (vrias estaes)

    d) ... a civilizao maia da Amrica Central tinha um mtodo sustentvel

    de gerenciamento da gua. (os povos que habitavam a Amrica Central)

    e) Um estudo publicado recentemente mostra que a civilizao maia...

    (Estudos como o que acabou de ser publicado)

    Comentrio: na alternativa A, B, D e E o verbo dever concordar no plural

    com o sujeito, o que no ocorre na alternativa C, pois o verbo haver no

    sentido de existir impessoal, ou seja, no possui sujeito, permanecendo no

    singular.

    GABARITO: C

    10. (PGE-BA 2013 - Analista de Procuradoria - rea de Apoio Jurdico FCC) procedente afirmar que, na primeira frase do texto,

    a) a forma de os afilhados saberem no condizente com a norma padro

    escrita, que preconiza unicamente a forma "dos afilhados saberem".

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    b) a palavra litgio est inadequadamente grafada, pois a forma correta

    "letgio".

    c) a sequncia depois de viver a intensa experincia do coma apresenta

    equvoco quanto ao gnero do substantivo coma.

    d) h equvoco quanto ao emprego da forma verbal reteram, pois a forma

    correta "retiveram".

    e) h equvoco na grafia da palavra reivindicar, pois a forma correta

    "reinvindicar".

    Comentrio:

    a) a forma de os afilhados saberem no condizente com a norma padro

    escrita, que preconiza unicamente a forma "dos afilhados saberem". ERRADA, antes de sujeito usa-se a forma separada: preposio de +

    artigo os.

    b) a palavra litgio est inadequadamente grafada, pois a forma correta

    "letgio". ERRADA. Est grafada corretamente. c) a sequncia depois de viver a intensa experincia do coma apresenta

    equvoco quanto ao gnero do substantivo coma. ERRADO. Coma sempre masculino, o coma.

    d) h equvoco quanto ao emprego da forma verbal reteram, pois a forma

    correta "retiveram". CORRETO. No existe a conjugao reteram para o

    verbo reter. O ideal na orao usar retiveram, no pretrito perfeito

    do indicativo.

    e) h equvoco na grafia da palavra reivindicar, pois a forma correta

    "reinvindicar". ERRADA. Est grafada corretamente. GABARITO: D

    11. (METR-SP 2010 - Analista - Administrao FCC) O verbo indicado entre parnteses dever flexionar-se numa forma do singular para

    preencher corretamente a lacuna da frase:

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    a) A lista de itens que representam os objetivos do BNDES ...... (dizer)

    respeito ao apoio aos projetos de transporte urbano.

    b) Caso no se ...... (levar) em conta os objetivos do BNDES, nenhum

    projeto de transporte urbano contar com o apoio desse rgo.

    c) No ...... (faltar) a essa relao de objetivos, como bvio, os que se

    apresentam intimamente associados preservao do meio ambiente.

    d) A cada objetivo ...... (corresponder), claro, medidas especficas de

    gerenciamento e fiscalizao das iniciativas a serem tomadas.

    e) No caso de ...... (ocorrer) quaisquer irregularidades na implementao

    de um projeto, o apoio do BNDES estar suspenso, at que tudo se apure.

    Comentrio: vamos preencher cada alternativa com os verbos

    adequadamente flexionados:

    a) A lista de itens que representam os objetivos do BNDES diz respeito ao

    apoio aos projetos de transporte urbano. o verbo concorda no singular comRVXMHLWRDOLVWDPHVPRHVWDQGRHVWHLVRODGRSHODRUDomRRUDomRrestritiva TXHUHSUHVHQWDPRVREMHWLYRVGR%1'(6

    b) Caso no se levem em conta os objetivos do BNDES, nenhum projeto

    de transporte urbano contar com o apoio desse rgo. verbo no plural para concordar com o sujeito os objetivos.

    c) No faltam a essa relao de objetivos, como bvio, os que se

    apresentam intimamente associados preservao do meio ambiente. verbo no plural para concordar com os que se apresentam...

    d) A cada objetivo correspondem claro, medidas especficas de

    gerenciamento e fiscalizao das iniciativas a serem tomadas. verbo no plural para concordar com medidas.

    e) No caso de ocorrerem quaisquer irregularidades na implementao de

    um projeto, o apoio do BNDES estar suspenso, at que tudo se apure. verbo no plural para concordar com quaisquer irregularidades. Ainda

    que o sujeito esteja posposto, o verbo dever concordar com ele.

    GABARITO: A

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    12. (SABESP 2014 Advogado FCC) ... e os motivos que levaram ao seu colapso ainda so questionados e

    debatidos pelos pesquisadores.

    O verbo que possui o mesmo tipo de complemento que o verbo grifado

    acima est empregado em:

    a) ... os pesquisadores fizeram uma escavao arqueolgica nas runas da

    antiga cidade de Tikal...

    b) .. que os maias no esto mortos.

    c) ... que a civilizao maia da Amrica Central tinha um mtodo

    sustentvel de gerenciamento da gua.

    d) ... o que de fato aconteceu.

    e) . .uma vez que eles dependiam muito dos reservatrios que...

    &RPHQWiULRRYHUEROHYDUDP, na orao em questo, usado no sentido de conduzir, de acarretar, exige o uso da preposio a 2 DR p Dcomposio da preposio a com artigo o. Trata-se ento de um verbo

    transitivo indireto e pede, por conseguinte, um complemento preposicionado.

    Temos que buscar agora um verbo que pede complemento tambm

    introduzido por preposio. Vejamos:

    a) ... os pesquisadores fizeram uma escavao arqueolgica nas runas

    da antiga cidade de Tikal... ERRADA. O verbo fazer transitivo DIRETO. b) .. que os maias no esto mortos. ERRADA. O verbo estar de

    ligao, no pede complemento.

    c) ... que a civilizao maia da Amrica Central tinha um mtodo

    sustentvel de gerenciamento da gua. ERRADA. O verbo ter transitivo DIRETO.

    d) ... o que de fato aconteceu. ERRADA. O acontecer intransitivo, no pede complemento algum.

    e) . .uma vez que eles dependiam muito dos reservatrios que... CORRETA. Verbo depender transitivo INDIRETO e pede a preposio de

    antes de seu complemento.

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    GABARITO: E

    Ainda aluna de medicina, Nise da Silveira se horrorizou ao ver o professor

    abrir com um bisturi o corpo de uma jia e deixar mostra, pulsando, seu

    pequenino corao.

    Esse fato define a mulher que iria revolucionar o tratamento da

    esquizofrenia e pr em questo alguns dogmas estticos em vigor mesmo

    entre artistas antiacadmicos e crticos de arte.

    A mesma sensibilidade flor da pele que a fez deixar, horrorizada, a aula

    de anatomia, levou-a a se opor ao tratamento da esquizofrenia em voga na

    poca em que se formou: o choque eltrico, o choque insulnico, o choque de

    colabiosol e, pior do que tudo, a lobotomia, que consistia em secionar uma

    parte do crebro do paciente. Tomou-se de revolta contra tais procedimentos,

    negando-se a aplic-los nos doentes a ela confiados. Foi ento que o diretor do

    hospital, seu amigo, disse-lhe que no poderia mant-la no emprego, a no

    ser em outra atividade que no envolvesse o tratamento mdico. - Mas qual?,

    perguntou ela. - Na terapia ocupacional, respondeu-lhe o diretor.

    A terapia ocupacional, naquela poca, consistia em pr os internados para

    lavar os banheiros, varrer os quartos e arrumar as camas. Nise aceitou a

    proposta e, em pouco tempo, em lugar de faxina, os pacientes trabalhavam

    em atelis improvisados, pintando, desenhando, fazendo modelagem com

    argila e encadernando livros. Desses atelis saram alguns dos artistas mais

    criativos da arte brasileira, cujas obras passaram a constituir o hoje

    famosssimo Museu de Imagens do Inconsciente do Centro Psiquitrico

    Nacional, situado no Engenho de Dentro, no Rio.

    que sua viso da doena mental diferia da aceita por seus companheiros

    psiquiatras. Enquanto, para estes, a loucura era um processo progressivo de

    degenerescncia cerebral, que s se poderia retardar com a interveno direta

    no crebro, ela via de outro modo, confiando que o trabalho criativo e a

    expresso artstica contribuiriam para dar ordem e equilbrio ao mundo

    subjetivo e afetivo tumultuado pela doena.

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    Por isso mesmo acredito que o elemento fundamental das realizaes e

    das concepes de Nise da Silveira era o afeto, o afeto pelo outro. Foi por no

    suportar o sofrimento imposto aos pacientes pelos choques que ela buscou e

    inventou outro caminho, no qual, em vez de ser vtima da truculncia mdica,

    o doente se tornou sujeito criador, personalidade livre capaz de criar um

    universo mgico em que os problemas insolveis arrefeciam.

    (Adaptado de: GULLAR, Ferreira. A Cura pelo Afeto. Resmungos, So Paulo: Imprensa

    Oficial, 2007)

    13. (TRT - 19 Regio (AL) 2014 Analista Judicirio Contabilidade FCC) Desses atelis saram alguns dos artistas mais criativos...

    O segmento cujo verbo possui, no contexto, o mesmo tipo de

    complemento do grifado acima :

    a) ...sua viso da doena mental diferia da aceita por seus

    companheiros...

    b)... em que os problemas insolveis arrefeciam.

    c) ... a loucura era um processo progressivo de degenerescncia...

    d) ... e inventou outro caminho...

    e) .. o doente se tornou sujeito criador, personalidade livre...

    Comentrio: o verbo saram est pedindo a preposio de (saram de).

    Basta agora procurarmos um verbo que pede complemento preposicionado

    tambm por esta preposio. Vejamos:

    a) ...sua viso da doena mental diferia da aceita por seus

    companheiros... CORRETA. Diferir de.... est a a preposio de no verbo transitivo indireto. J encontramos o gabarito!!

    Vamos ver as outras:

    b)... em que os problemas insolveis arrefeciam. arrefecer = verbo intransitivo, no pede complemento.

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    c) ... a loucura era um processo progressivo de degenerescncia... era = verbo de ligao, no pede complemento, muito menos preposicionado.

    d) ... e inventou outro caminho... inventar = verbo transitivo direto, pede complemento, mas no rege uso de preposio.

    e) .. o doente se tornou sujeito criador, personalidade livre... tornar-se = verbo de ligao, no pede complemento, muito menos preposicionado.

    GABARITO: A

    Ateno: Para responder questo a seguir, considere o texto abaixo.

    Alguns mapas e textos do sculo XVII apresentam-nos a vila de So Paulo

    como centro de amplo sistema de estradas expandindo-se rumo ao serto e

    costa. Os toscos desenhos e os nomes estropiados desorientam, no raro,

    quem pretenda servir-se desses documentos para a elucidao de algum ponto

    obscuro de nossa geografia histrica. Recordam-nos, entretanto, a singular

    importncia dessas estradas para a regio de Piratininga, cujos destinos

    aparecem assim representados em um panorama simblico. Neste caso, como

    em quase tudo, os adventcios deveram habituar-se s solues e muitas

    vezes aos recursos materiais dos primitivos moradores da terra. s estreitas

    veredas e atalhos que estes tinham aberto para uso prprio, nada

    acrescentariam aqueles de considervel, ao menos durante os primeiros

    tempos. Para o sertanista branco ou mamaluco, o incipiente sistema de viao

    que aqui encontrou foi um auxiliar to prestimoso e necessrio quanto o fora

    para o indgena. Donos de uma capacidade de orientao nas brenhas

    selvagens, em que to bem se revelam suas afinidades com o gentio, mestre e

    colaborador inigualvel nas entradas, sabiam os paulistas como transpor pelas

    passagens mais convenientes as matas espessas ou as montanhas aprumadas,

    e como escolher stio para fazer pouso e plantar mantimentos. Eram de vria

    espcie esses tnues e rudimentares caminhos de ndios. Quando em terreno

    fragoso e bem vestido, distinguiam- se graas aos galhos cortados a mo de

    espao a espao. Uma sequncia de tais galhos, em qualquer floresta, podia

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    significar uma pista. Nas expedies breves serviam de balizas ou mostradores

    para a volta. Era o processo chamado ibapa, segundo Montoya, caapeno,

    segundo o padre Joo Daniel, cuapaba, segundo Martius, ou ainda caapepena,

    segundo Stradelli: talvez o mais generalizado, no s no Brasil como em quase

    todo o continente americano. Onde houvesse arvoredo grosso, os caminhos

    eram comumente assinalados a golpes de machado nos troncos mais robustos.

    Em campos extensos, chegavam em alguns casos a extremos de sutileza.

    Koch-Grnberg viu uma dessas marcas de caminho na serra de Tunu:

    constava simplesmente de uma vareta quebrada em partes desiguais, a maior

    metida na terra, e a outra, em ngulo reto com a primeira, mostrando o rio.

    S a um olhar muito exercitado seria perceptvel o sinal.

    (Srgio Buarque de Holanda. Caminhos e fronteiras. 3.ed. S. Paulo: Cia. das Letras,

    1994. p.19-20)

    14. (DPE-SP 2013 Agente de defensoria FCC) Donos de uma capacidade de orientao nas brenhas selvagens [...], sabiam os paulistas

    como...

    O segmento em destaque na frase acima exerce a mesma funo sinttica

    que o elemento grifado em:

    a) Nas expedies breves serviam de balizas ou mostradores para a volta.

    b) s estreitas veredas e atalhos [...], nada acrescentariam aqueles de

    considervel...

    c) S a um olhar muito exercitado seria perceptvel o sinal.

    d) Uma sequncia de tais galhos, em qualquer floresta, podia significar

    uma pista.

    e) Alguns mapas e textos do sculo XVII apresentam-nos a vila de So

    Paulo como centro...

    Comentrio: R WHUPR GHVWDFDGR HP Donos de uma capacidade de orientao nas brenhas selvagens [...], sabiam os paulistas como...IXQFLRQDcomo sujeito posposto do verbo saber. Mesma funo sinttica encontramos

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    na alternatLYD'XPDVHTXrQFLDGHWDLVJDOKRVpRVXMHLWRGRYHUERGDIRUPDYHUEDOSRGLDP9HMDPRVDIXQomRVLQWtica dos termos grifados nas demais alternativas:

    a) Nas expedies breves = adjunto adverbial de lugar. Alm disso, o

    sujeito no pode ser preposicionado (em + as = nas).

    b) nada = objeto direto TXHHVWiDQWHVGRYHUERDFUHVFHQWDULDP c) perceptvel = predicativo do sujeito. Observe que vem depois de um

    verbo de ligao, ento s poderia ser predicativo!

    e) a vila de So Paulo = objeto indireto do verbo apresentar.

    GABARITO: D

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    15. (DPE-RS 2014 - Defensor Pblico FCC) H na vida das naes um perodo em que ainda no lhes foi revelado o papel que devero

    desempenhar.

    Sobre o pronome destacado acima, afirma-se com correo, considerada a

    norma padro escrita:

    a) est empregado em prclise, mas poderia adequadamente estar

    encltico forma verbal.

    b) pode ser apropriadamente substitudo por " elas", posicionada a

    expresso aps a palavra revelado.

    c) constitui um dos complementos exigidos pela forma verbal presente na

    orao.

    d) est empregado com sentido possessivo, como se tem em "Dois

    equvocos comprometeram-lhe o texto".

    e) dado o contexto em que est inserido, se sofrer elipse, no altera o

    sentido original da frase.

    Comentrio: o pronome lhes, na frese em questo, est em prclise por

    haver uma palavra atrativa antes do verbo (no). Por esse motivo, no

    SRVVtYHOFRORFDURSURQRPHDSyVRYHUERPHVPRTXHIRVVHQDIRUPDjHODVSintaticamente, o pronome lhes foi usado como complemento indireto do

    verbo revelar (revelar alguma coisa a algum) e no tem sentido possessivo.

    Tem importncia essencial por ser complemento verbal, de maneira que no

    pode estar em elipse para que a frase no fique incompleta e,

    consequentemente, sem sentido.

    GABARITO: C

    A cultura brasileira em tempos de utopia

    Durante os anos 1950 e 1960 a cultura e as artes brasileiras expressaram

    as utopias e os projetos polticos que marcaram o debate nacional. Na dcada

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    de 1950, emergiu a valorizao da cultura popular, que tentava conciliar

    aspectos da tradio com temas e formas de expresso moderna.

    No cinema, por exemplo, Nelson Pereira dos Santos, nos seus filmes Rio,

    40 graus (1955) e Rio, zona norte (1957) mostrava a fotogenia das classes

    populares, denunciando a excluso social. Na literatura, Guimares Rosa

    publicou Grande serto: veredas (1956) e Joo Cabral de Melo Neto

    escreveu o poema Morte e vida Severina - ambos assimilando traos da

    linguagem popular do sertanejo, submetida ao rigor esttico da literatura

    erudita.

    Na msica popular, a Bossa Nova, lanada em 1959 por Tom Jobim e Joo

    Gilberto, entre outros, inspirava-se no jazz, rejeitando a msica passional e a

    interpretao dramtica que se dava aos sambas-canes e aos boleros que

    dominavam as rdios brasileiras. A Bossa Nova apontava para o despojamento

    das letras das canes, dos arranjos instrumentais e da vocalizao, para

    melhor H[SUHVVDUR%UDVLOPRGHUQR J a primeira metade da dcada de 1960 foi marcada pelo encontro entre

    a vida cultural e a luta pelas Reformas de Base. J no se tratava mais de

    buscar apenas uma expresso moderna, mas de pontuar os dilemas brasileiros

    e denunciar o subdesenvolvimento do pas. Organizava-se, assim, a cultura

    engajada de esquerda, em torno do Movimento de Cultura Popular do Recife e

    do Centro Popular de Cultura da Unio Nacional dos Estudantes (UNE), num

    processo que culminaria no Cinema Novo e na cano engajada, base da

    moderna msica popular brasileira, a MPB.

    (Adaptado de: NAPOLITANO, Marcos e VILLAA, Mariana. Histria para o

    ensino mdio. So Paulo: Atual, 2013, p. 738)

    16. (TRT - 1 REGIO (RJ) 2014 - Analista Judicirio - Tecnologia da Informao FCC) As expresses onde e em cujo preenchem corretamente, na ordem dada, as lacunas da seguinte frase:

    a) ...... iriam os artistas da poca, seno ao Rio, atrs do sucesso artstico

    ...... todos queriam alcanar e se realizar.

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    b) Rodado na cidade do Rio de Janeiro, ...... se viviam algumas tenses

    polticas, o filme provocou um grande debate, ...... calor muita gente

    mergulhou.

    c) O filme Rio, 40 graus foi exibido no ano de 1955, ...... a atmosfera

    poltica propiciaria um perodo de realizaes ...... o maior responsvel seria o

    novo presidente da Repblica.

    d) Ao realizar Rio, zona norte, filme ...... Nelson Pereira dos Santos

    lanou em 1957, o cineasta dava sequncia a um filme anterior, ...... valor j

    fora reconhecido.

    e) O Rio era uma cidade ...... muitos buscavam para viver melhor, a

    capital ...... esplendor todos os cariocas se orgulhavam.

    Comentrio: o relativo onde s pode ser usado para referir-se a um lugar,

    no pode ser usado com verbos de movimento como o verbo ir, nem para

    indicar tempo, muito menos filme, dessa forma, as alternativas A, C e D no

    podem ser preenchidas por ele. Ficamos entre as alternativa B e E. Em cujo

    no pode preencher a segunda lacuna da alternativa E, pois a preposio em

    no regida pelo verbo orgulhar. J na alternativa B, o verbo mergulhar rege

    a preposio: mergulhar em + o = no calor.

    GABARITO: B

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    17. (TRT - 2 REGIO (SP) 2008 Tcnico Judicirio - FCC) modalidades do atletismo lembram as sofridas necessidades da subsistncia,

    na era em que a espcie procurava se consolidar sobre o planeta fugir, comer, enfrentar o inimigo, contornar os obstculos, conquistar a fmea. (3

    pargrafo)

    A afirmativa INCORRETA a respeito do segmento acima :

    a) O travesso introduz uma sequncia enumerativa de aes humanas.

    b) Por introduzir um segmento especificativo, o travesso pode ser

    corretamente substitudo por dois-pontos, sem alterao do sentido original.

    c) Os verbos que aparecem no infinitivo podem ser corretamente

    substitudos pelos respectivos substantivos, como apostos expresso as

    sofridas necessidades da subsistncia.

    d) Como o pronome relativo que vem antecedido da preposio em, a

    redao tambm estaria correta com o emprego de onde para substituir "em

    que".

    e) A expresso da subsistncia tem funo sinttica de complemento

    nominal, exigido pelo substantivo necessidades.

    Comentrio: o termo em que est substituindo o era, que tem ideia temporal (poca em que alo acontecia). Devemos saber que o onde e o

    aonde NO pode substituir palavras com ideia de tempo! A questo quer a

    alternativa INCORRETA a respeito do seguimento transcrito do texto. Vejamos

    as alternativas:

    a) O travesso introduz uma sequncia enumerativa de aes humanas. CORRETA. fugir, comer, enfrentar o inimigo, contornar os obstculos, conquistar a fmea. so aes humanas.

    b) Por introduzir um segmento especificativo, o travesso pode ser

    corretamente substitudo por dois-pontos, sem alterao do sentido original. CORRETA. O travesso pode ser substitudo tambm por vrgula!

    c) Os verbos que aparecem no infinitivo podem ser corretamente

    substitudos pelos respectivos substantivos, como apostos expresso as

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    sofridas necessidades da subsistncia. CORRETA. Poderamos tirar, por H[HPSORfugir e colocar fuga sem o menor problema.

    d) Como o pronome relativo que vem antecedido da preposio em, a

    redao tambm estaria correta com o emprego de onde para substituir "em

    que". INCORRETA. No podemos substituir palavra com ideia temporal (era) por onde! Esse pronome usado apenas para indicar lugar!

    e) A expresso da subsistncia tem funo sinttica de complemento

    nominal, exigido pelo substantivo necessidades. CORRETA. Subsistncia completa o nome necessidade, , portanto, complemento nominal.

    GABARITO: D

    Em vida, Gustav Mahler (1860-1911), tanto por sua personalidade

    artstica como por sua obra, foi alvo de intensas polmicas e de desprezo por boa parte da crtica. A incompreenso esttica e o preconceito antissemita

    tambm o acompanhariam postumamente e foram raros os maestros que, nas

    dcadas que se seguiram sua morte, se empenharam na apresentao de

    suas obras. Durante os anos 60, porm, uma virada totalmente inesperada

    levou a obra de Mahler ao incio de uma era de sucessos sem precedentes, que

    perdura at hoje. Intrpretes conhecidos e pesquisadores descobriram o

    compositor, enquanto gravaes discogrficas divulgavam uma obra at ento

    desconhecida do grande pblico.

    H uma srie de fatores envolvidos na transformao de Mahler em figura

    central da histria da msica do sculo XX. A viso de mundo de uma gerao

    mais jovem certamente teve influncia central aqui: o dilaceramento interior

    de Mahler, seu interesse pelos problemas fundamentais da existncia humana,

    seu pacifismo, seu engajamento contra a opresso social e seu posicionamento

    em favor do respeito integridade da natureza tudo isso se tornou, subitamente, muito atual para a gerao que nasceu no ps-guerra.

    O amor incondicional de Mahler pela natureza sempre esteve presente em

    sua obra. O compositor dedicava inteiramente criao musical os meses de

    vero, recolhendo-se em pequenas cabanas na paz dos Alpes austracos. Em

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    Steinbach, Mahler empreendia longas caminhadas que lhe proporcionaram

    inspirao para sinfonias.

    Comparar a simplicidade espartana dessas casinhas com a enorme

    complexidade das obras ali criadas diz muito sobre a genialidade do

    compositor e, sobretudo, sobre a real origem de sua musicalidade. Totalmente abandonadas e esquecidas na ustria no ps-guerra, essas

    casinhas de Mahler hoje se transformaram em memoriais, graas ao da

    Sociedade Internacional Gustav Mahler. O mundo onrico dos Alpes do incio do

    sculo XX certamente voltar memria de quem, tendo uma imagem desses

    despojados retiros musicais de Mahler, voltar a ouvir sua msica grandiosa.

    (Adaptado: Klaus Billand. Gustav Mahler: a criao de um cone. Revista 18. Ano IV, n.

    15, maro/abril/ maio de 2006, p. 52-53. Disponvel em:

    Acesso em: 22 dez. 2011)

    18. (INSS 2012 Tcnico do Seguro Social FCC) Na frase O compositor dedicava inteiramente criao musical os meses de vero, o

    termo sublinhado exerce a mesma funo sinttica que o termo em destaque

    na frase:

    (A) A viso de mundo de uma gerao mais jovem teve influncia central

    aqui.

    (B) Intrpretes conhecidos e pesquisadores descobriram o compositor.

    (C) Em vida, Mahler foi alvo de intensas polmicas.

    (D) Mahler empreendia longas caminhadas que lhe proporcionaram

    inspirao para grandiosas sinfonias.

    (E) Essas casinhas das alturas alpinas hoje se transformaram em

    memoriais.

    Comentrio: a expresso destacada em O compositor dedicava inteiramente criao musical os meses de vero tem funo de objeto direto do verbo dedicava. Colocando a frase na ordem direta, pois ela est

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    invertida, fica mais fcil perceber isso: o compositor dedicava inteiramente os meses de vero criao musical. Dedicava o qu? Os meses de vero (OD)... a qu? criao musical (OI). Vamos encontrar nas alternativas outro

    objeto direto.

    (A) A viso de mundo de uma gerao mais jovem teve influncia central

    aqui. objeto direto do verbo ter. Teve o qu? Influncia central... EIS O GABARITO!

    (B) Intrpretes conhecidos e pesquisadores descobriram o compositor. Sujeito do verbo descobrir.

    (C) Em vida, Mahler foi alvo de intensas polmicas. Adjunto adverbial de tempo.

    (D) Mahler empreendia longas caminhadas que lhe proporcionaram

    inspirao para grandiosas sinfonias. Complemento do nome inspirao. (E) Essas casinhas das alturas alpinas hoje se transformaram em

    memoriais. Sujeito do verbo transformar-se. GABARITO: A

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    19. (TRF - 3 REGIO 2014 Tcnico Judicirio FCC) Mas esse sentimento pe em relevo um contexto social... (2o pargrafo).

    O verbo que apresenta o mesmo tipo de complemento exigido pelo grifado

    acima est em:

    a) ... e a modernidade o intensificou de maneira desmesurada.

    b) ... e desfrutar sossegadamente de seu espao.

    c) ... como um invlucro que lhe indiferente.

    d) ... e a msica ambiente que toca no interior das lojas...

    e) O desenvolvimento tcnico caminhou de mos dadas...

    Comentrio: o verbo pr em Mas esse sentimento pe em relevo um contexto social... tem como complemento um contexto social. em relevo no complemento, apenas um adjunto adverbial. O verbo em questo

    transitivo direto, vamos procurar nas alternativas outro verbo com essa

    transitividade.

    a) ... e a modernidade o intensificou de maneira desmesurada. O verbo intensificar transitivo direto. Intensificou isso, alguma coisa. CUIDADO! O

    complemento do verbo intensificou na orao o pronome o, no a expresso de maneira desmesurada! EIS O GABARITO!!!

    b) ... e desfrutar sossegadamente de seu espao. Desfrutar de qu? Verbo transitivo indireto que rege a preposio de.

    c) ... como um invlucro que lhe indiferente. o verbo ser um verbo de ligao, ou seja, no possui transitividade.

    d) ... e a msica ambiente que toca no interior das lojas...- Vejam: tocar

    em alguma coisa ou em algum lugar. O verbo pede complemento

    preposicionado, ou seja, um verbo transitivo indireto.

    e) O desenvolvimento tcnico caminhou de mos dadas... o verbo caminhar INtransivo, no pede complemento. De mos dadas o modo como caminhou.

    GABARITO: A

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    20. (TRT - 12 Regio / SC 2013 Analista Judicirio FCC) ... e esses compositores esto obviamente vinculados um ao outro, embora seja

    fcil aos que esto familiarizados com a linguagem do perodo distingui-los.

    Sem qualquer outra alterao da frase, o elemento sublinhado acima pode ser

    corretamente substitudo por:

    a) visto que

    b) medida que

    c) de modo que

    d) desde que

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    e) ainda que

    Comentrio: a conjuno embora estabelece sentido de concesso, oposio entre as oraes, podendo ser substitudo por ainda que, da alternativa E, sem alterao de sentido. Outras conjunes possveis, mas que

    no esto entre as alternativas so: apesar de, conquanto, mesmo que, ainda

    que, etc.

    claro que uma conjuno pode alterar o sentido que estabelece

    dependendo do contexto, mas vamos ver qual sentido normalmente estabelece

    as outras conjunes:

    a) visto que - causal

    b) medida que - proporcional

    c) de modo que - consecutiva

    d) desde que - condicional

    GABARITO: E

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    21. (TRT - 12 Regio / SC 2013 Analista Judicirio FCC) Para ele, como a populao crescia em progresso geomtrica e a produo de

    alimentos em progresso aritmtica, a fome se alastraria. O segmento grifado

    acima tem o sentido de:

    a) causa.

    b) consequncia.

    c) temporalidade.

    d) finalidade.

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    e) condio.

    Comentrio: observe que trata-se de uma questo de relao de

    causa/consequncia entre duas oraes. Cuidado, pois sempre que a relao

    essa, temos tanto causa, quanto consequncia entre as alternativas, no ? A

    chance de errar para aqueles que no estudaram grande! Para facilitar,

    lembre-se de que sempre que houver uma consequncia haver uma causa,

    ento as duas sempre estaro juntas em um perodo. Qual marcar ento?

    Causa o consequncia? Vejam as oraes separadas:

    como a populao crescia em progresso geomtrica e a produo de

    alimentos em progresso aritmtica, - CAUSA orao subordinada adverbial causal.

    a fome se alastraria. - CONSEQUNCIA orao principal

    A classificao ser sempre da orao subordinada (aquela que possui a

    conjuno), a orao principal nunca classificada, ela apenas a principal!

    Se a causa est na orao subordinada, esta ser a resposta: causa. Se a

    consequncia estivesse nela, a resposta seria outra.

    GABARITO: A

    22. (EMPLASA 2014 Analista Jurdico VUNESP)

    Todos chegaro l

    RIO DE JANEIRO - O Brasil est envelhecendo. Segundo instituies

    oficiais calculam, 20% da populao ter mais de 60 anos em 2030. o bvio:

    vive-se mais, morre-se menos e as taxas de fecundidade esto caindo - e olhe

    que nunca se viram tantos gmeos em carrinhos duplos no calado de

    Ipanema.

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    Em nmeros absolutos, esperam-se perto de 50 milhes de idosos em

    2030 - imagine o volume de Lexotan, Viagra e fraldas geritricas que isso vai

    exigir. No quer dizer que a maioria desses macrbios seguir o padro dos

    velhos de antigamente, que, mal passados dos 60, equipados com boina,

    cachecol, suter e cobertor nas pernas, eram levados para tomar sol no

    parquinho.

    Como a sociedade mudou muito, creio que os velhos de 2030 se

    parecero cada vez mais com meus vizinhos do Baixo Vov, aqui no Leblon -

    uma rede de vlei frequentada diariamente por sexa ou septuagenrios, com

    msculos invejveis e capazes de saques mortferos. A vida para eles nunca

    parou. Para eles, o lema : se no se trabalha, diverte-se. Por sorte, a

    aceitao do velho agora maior do que nunca.

    Bem diferente de 1968 - apogeu de algo que me parecia fabricado,

    FKDPDGR3RGHU-RYHP-, em que ser velho era quase uma ofensa. idade da razo, que deveria ser a aspirao de todos, sobrepunha-se o que Nelson

    5RGULJXHVGHQXQFLDYDFRPRDUD]mRGDLGDGH- a juventude justificando todas as injustias e ignomnias (como as ocorridas na China, em que velhos eram

    humilhados publicamente por serem velhos, durante a Revoluo Cultural).

    Enquanto naquela mesma poca o rock era praticado por jovens esbeltos,

    bonitos e de longas cabeleiras, para uma plateia de rapazes e moas idem,

    hoje, como se viu no Rock in Rio, ele praticado por velhos carecas, gordos e

    tatuados, para garotos que podiam ser seus netos. J se pode confiar em

    maiores de 60 anos e, um dia, todos chegaro l.

    Considere as passagens do texto:

    (...) seguir o padro dos velhos de antigamente, que, mal passados dos

    60(...) eram levados (...) (2. pargrafo)

    (...) hoje, como se viu no Rock in Rio, ele praticado por velhos

    carecas,(...) (5. pargrafo)

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    correto afirmar que os termos destacados estabelecem,

    respectivamente, entre as oraes, relaes de sentido de as passagens do

    texto:

    a) tempo; causa

    b) concesso; causa

    c) tempo; conformidade.

    d) proporo; comparao.

    e) comparao; conformidade.

    Comentrio: o mal, segundo a regra gramatical, um advrbio de modo,

    PDV HP VHJXLUi R SDGUmR GRV YHOKRV GH DQWLJDPHQWH TXH mal SDVVDGRV GRV HUDP OHYDGRV IRL HPSUHJDGR QD RUDomR como conectivo que indica tempo. O mesmo ocorre com o como, habitualmente

    elemento comparativo, foi usado como conjunomRFRQIRUPDWLYDHPKRMHcomo VHYLXQR5RFNLQ5LRHOHpSUDWLFDGRSRUYHOKRVFDUHFDV

    GABARITO: C

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    Leia:

    23. (FUNDUNESP - 2013 Analista programador Junior VUNESP) Em ... cada um de ns morre um pouco quando algum, na distncia e no tempo, rasga alguma carta nossa, e no tem esse gesto de deix-la em algum

    canto,... a expresso em destaque introduz a ideia de a) posse

    b) tempo

    c) modo

    d) causa

    e) lugar

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    Comentrio: a preposio em exprime ideia de lugar. Para facilitar,

    observe este macete: diante de um verbo que pede complemento, fazemos as

    seguintes perguntas:

    Deix-la Onde? Resposta: "Deixa ali em cima." = LUGAR

    Deix-la Como? Resposta: " Deixa virada para a direita." = MODO

    Deix-la Quando? Resposta: "Deixa quando voc puder." = TEMPO

    Deix-la para qu? Resposta: "Deixa para eu comer depois." =

    FINALIDADE

    Tal macete evita uma decoreba imensa e ajuda a resolver muitas

    questes deste tipo!

    GABARITO: E

    Leia o texto para responder s questes a seguir.

    Ritmo da evoluo

    A evoluo humana est em processo de acelerao ou de desacelerao?

    A pergunta, que pode parecer de um academicismo meio bizantino, na verdade

    encerra uma cida polmica que cinde em dois o habitat dos bilogos.

    O trabalho da brasileira Carolina Marchetto, que usou clulas embrionrias

    reprogramadas para mostrar que o homem est evoluindo de forma mais lenta

    do que chimpanzs, d algum suporte para a hiptese da desacelerao, mas a

    questo est longe de resolvida.

    Para os cientistas que se perfilam nesse grupo, o advento da cultura, com

    seus desenvolvimentos sociais e tecnolgicos, nos tornou menos dependentes

    da gentica. O paleontologista Stephen Jay Gould era um campeo dessa

    teoria. Para ele, no houve mudana biolgica significativa nos ltimos 40 mil

    anos.

    Na outra ponta, pesquisadores como os antroplogos Henry Harpending e

    John Hawks sustentam no s que a evoluo gentica continua viva e atuante

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    na humanidade como se acelerou nos ltimos 40 milnios, especialmente

    desde o surgimento da agricultura, dez mil anos atrs. Essa teoria, embora

    longe de consensual, tem ganhado a simpatia de pesquisadores de vrias

    reas.

    As concluses desse grupo se baseiam principalmente em anlises

    estatsticas de mutaes observadas no genoma de diferentes populaes

    humanas. Em suas contas, 23% de nossos genes estiveram sob presso

    seletiva recente. No plano terico, a ideia que a concentrao demogrfica e

    a exposio a ambientes mais diversos favorecem a evoluo.

    cedo para cravar quem est certo. Mais trabalhos devero ser

    produzidos e, pelo menos em princpio, as evidncias podem resolver a

    questo. O complicador aqui poltico. Evoluo recente pode ser interpretada

    como sinnimo de raa, e este um assunto que tende a ser especialmente

    explosivo na academia.

    (Hlio Schwartsman. Folha de S.Paulo, 26.10.2013. Adaptado)

    24. (FUNDUNESP - 2014 Tcnico Administrativo VUNESP) O termo em destaque na frase especialmente desde o surgimento da agricultura, dez mil anos atrs. expressa circunstncia de

    a) intensidade, podendo ser corretamente substitudo, sem alterao de

    sentido, por demasiadamente.

    b) tempo, podendo ser corretamente substitudo, sem alterao de

    sentido, por a qualquer momento.

    c) afirmao, podendo ser corretamente substitudo, sem alterao de

    sentido, por efetivamente.

    d) dvida, podendo ser corretamente substitudo, sem alterao de

    sentido, por com certeza.

    e) modo, podendo ser corretamente substitudo, sem alterao de

    sentido, por em particular.

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    Comentrio: Vamos contextualizar a frase primeiro: Na outra ponta, pesquisadores como os antroplogos Henry Harpending e John Hawks

    sustentam no s que a evoluo gentica continua viva e atuante na

    humanidade como se acelerou nos ltimos 40 milnios, especialmente desde

    o surgimento da agricultura, dez mil anos atrs. O adjunto adverbial especialmente tem funo de significar DTXLORFRP

    PDLRU LPSRUWkQFLD GH PDQHLUD HVSHFLDO SDUWLFXODUPHQWH GH PDQHLUDHVSHFtILFD SULQFLSDOPHQWH GHVVD IRUPD SRGHPRV FRQVWDWDU TXH D SDODYUDindica circunstncia de modo (a maneira como algo ocorre). Ento, a

    alternativa CORRETA a E, o especialmente indica modo e por ser

    VXEVWLWXtGRSRUHPSDUWtFXOD GABARITO: E

    TJSP e Correios ratificam contrato de postagem digital V-Post

    Em busca de encurtar os prazos de cumprimento, proporcionar agilidade e

    controle virtual na tramitao dos dados, o Tribunal de Justia de So Paulo

    firmou um contrato com a Empresa Brasileira de Correios e Telgrafos para

    implantao do AR digital V-Post, um tipo de citao e intimao por carta

    totalmente virtual. Com a nova ferramenta, o TJSP ganha mais rapidez no

    envio das informaes, alm da economia de recursos com papel, envelopes,

    impresso e de pessoal.

    Antes do V-Post, o cartorrio emitia a carta de citao e intimao pelo

    sistema informatizado, providenciava a impresso e a assinatura manual. Na

    sequncia, a carta era envelopada, colada e entregue ao setor administrativo

    para remessa aos Correios.

    Com o V-Post, basta que o juiz assine digitalmente o despacho que

    determina a citao ou intimao por carta para que o sistema do Tribunal

    emita e envie automaticamente a carta virtual ao sistema dos Correios. L, ela

    ser impressa e entregue ao carteiro. Aps a entrega da carta, o comprovante

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    ser digitalizado pelos Correios e retornar virtualmente ao Tribunal, juntado

    eletronicamente ao processo para anlise do cartrio.

    Jos Furian Filho, vice-presidente de Negcios da Empresa Brasileira de

    Correios e Telgrafos, explicou um pouco sobre o servio e os benefcios que a

    parceria traz para o Tribunal. 7UDWD-se de uma saudvel parceria entre os Correios e o TJSP, destinada modernizao tecnolgica do Poder Judicirio.

    Todo o ciclo se processa atravs da tecnologia da informao, garantindo a

    segurana e a confidencialidade das informaes. V-post, batizado assim, um

    servio vitorioso e implementado em outros Estados mediante parceria com

    outros tribunais. Trar, com certeza, vrios benefcios para o TJSP, tais como

    soluo digital completa, relacionamento com um nico fornecedor, garantia

    de segurana e confidencialidade, reduo de custos dos cartrios e melhor

    DSURYHLWDPHQWRGRVUHFXUVRVH[LVWHQWHVGLVVH Feliz pela parceria celebrada com os Correios, o presidente do TJSP,

    desembargador Ivan Sartori, falou que a ferramenta permite um melhor

    aproveitamento da tecnologia voltada aos LQWHUHVVHV GR FLGDGmR &RP HVVDparceria, os procedimentos se tornam muito mais cleres e fceis. a

    modernidade chegando. Ns tnhamos um modelo arcaico que demandava um

    perodo longo. Com o AR digital V-Post, conseguiremos efetivamente cumprir

    com rapidez essa etapa processual, que uma etapa difcil e complicada. Essa

    parceria traz um novo alento para o Tribunal e a mHOKRUDGRVQRVVRVVHUYLoRV (Disponvel em http://www.tjsp.jus.br/Institucional/CanaisComunicacao/

    Noticias/Noticia.aspx?Id=15379. Acesso em 22.08.2012. Com cortes)

    25. (TJ/SP 2012 - ANALISTA JUDICIRIO VUNESP) Considere: I. Antes do V-Post, o cartorrio emitia a carta de citao e intimao

    pelo sistema informatizado, providenciava a impresso e a assinatura manual.

    II. Aps a entrega da carta, o comprovante ser digitalizado pelos

    Correios e retornar virtualmente ao Tribunal, juntado eletronicamente ao

    processo para anlise do cartrio.

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    III. Com a nova ferramenta, o TJSP ganha mais rapidez no envio das

    informaes, alm da economia de recursos com papel, envelopes,

    impresso e de pessoal.

    IV. Com o AR digital V-Post, conseguiremos efetivamente cumprir com

    rapidez essa etapa processual, que uma etapa difcil e complicada.

    H sentido temporal apenas nos destaques de

    (A) I e II.

    (B) I e III.

    (C) II e III.

    (D) II e IV.

    (E) III e IV.

    Comentrio: apenas nas afirmativas I e II temos valor temporal nos

    destaques. Em I, destaca-se quando o cartorrio emitia a carta de citao e

    intimao pelo sistema informatizado: antes do V-post (adjunto adverbial de

    tempo). Em II, quando o comprovante ser digitalizado pelos Correios e

    retornar virtualmente ao Tribunal, juntado eletronicamente ao processo para

    anlise do cartrio: aps a entrega da carta (adjunto adverbial de tempo).

    Em III, alm da economia de recursos com papel, envelopes,

    impresso e de pessoal indica adio.

    Em IV, Com o AR digital V-Post indica a causa de ser possvel

    efetivamente cumprir com rapidez a etapa processual citada.

    GABARITO: A

    26. (PC/CE 2015 - Escrivo de polcia Civil VUNESP) Leia a tira para responder questo que segue

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    Considere as frases do texto.

    $VSHVVRDVVmRto egocntricas. 2 PXQGR VHULD bem melhor se elas parassem de pensar nelas

    mesmas...

    correto afirmar que os advrbios destacados nas frases expressam

    circunstncia de

    a) dvida.

    b) negao

    c) intensidade.

    d) modo.

    e) afirmao.

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    Comentrio: o advrbio uma das classes gramaticais invariveis. So

    palavras que tm capacidade de modificar outras, que podem ser verbos,

    adjetivos ou outros advrbios. Em uma anlise sinttica, o advrbio tem como

    funo expressar circunstncias em torno da ao verba