Upload
others
View
0
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
1
POTENCIALIDADES DO PROGRAMA ESTADUAL DE MICROBACIAS DO ESTADO DE SÃO PAULO EM GESTÃO
TERRITORIAL MUNICIPAL
Lucas Antonio Providelo, prefeitura municipal de Tambaú SP, [email protected] Magda Adelaide Lombardo, UNESP Rio Claro, [email protected] O Estado de São Paulo em parceria com o Banco Mundial - B.I.D e Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento - B.I.R.D desenvolveu em 1997 o Programa de Estadual de Microbacias Hidrográficas - P.E.M.B.H, que utiliza categoria bacia hidrográfica como região de planejamento, apoiado por um diagnóstico sócio ambiental de cada unidade produtiva (UPA),inseridas na malha fundiária da MBH. O estudo das bacias hidrográficas, frente a gestão dos recursos, incorpora conceitos relacionados aos sistemas ambientais e principalmente, às novas tecnologias voltadas para a análise e representação da informação espacial, como o sensoriamento remoto e os sistemas de informações geográficas, como suporte a tomada de decisões. No município de Tambaú, o PEMBH, enquadrou em seus parâmetros a MBH1 :Córrego Arrependido e MBH 2 : Córrego do Tijuco Preto. Entretanto a MBH1, atuação inicial do PEMBH, não pode se apoiar nas diretrizes do PDMT ou pelas Ferramentas de Geotecnologia, retardando e dificultando as ações previstas e desenvolvidas pelo mesmo, principalmente naquelas voltadas proteção, conservação e recuperação ambiental. Produzir um Plano de Recuperação apoiado nas informações do PEMBH e as variáveis espaciais apontadas no P.D.T. (2006), como Cavas de Argila, Cavas de Argila em A.P.P, Voçorocas, Cobertura Vegetal e Ocupação em AP.P., utilizando Ferramentas de Geotecnologia. A analise corológica vertical conduziu a pesquisa, para diferenciar regiões (Unidade Produtivas) justificadas pela desigualdade na distribuição das mesmas na superfície da MBH1, sendo possível descrever as características específicas, de cada uma sintetiza -las a partir de seus componentes e relações, combinando os fenômenos espaciais como, hidrografia, vegetação, mineração e legislação. Ampliação do BDGG Municipal com os dados do PEMBH, Produção Cartográfica de ações estratégicas e um mapa síntese da MBH, que embasou a proposta do Plano de Recuperação da MBH1, utilizando os instrumentos de caráter preventivo, repressivo, educacional e econômico (incentivos), federais estaduais e municipais. Palavras chaves: microbacias, geotecnologia, gestão territorial
2
CAPABILITIES OF THE PROGRAM OF STATE WATERSHED OF SÃO PAULO STATE IN TERRITORY ADMINISTRATION
MUNICIPAL Lucas Antonio Providelo, prefeitura municipal de Tambaú SP, [email protected]. Magda Adelaide Lombardo, UNESP Rio Claro, [email protected]. Introduction the state of São Paulo in partnership with the World Bank - IDB and the International Bank for Reconstruction and Development - IBRD developed in 1997 the Program of State Watershed of - PSW that uses category basin as the planning region, supported by a diagnostic social environment of each productive unit (PU) into the mesh of land watershed. The study of river basins, as opposed to resource management, incorporating environmental concepts related to systems and especially for new technologies devoted to the analysis and representation of spatial information, such as the remote sensing systems and geographic information, such as support for making in decisions. The conty of Tambaú the PSW fall within its parameters to Watershed1: stream Arrependido Watershed 2: stream do Tijuco Preto. However the Watershed1, the initial PSW activity, may not support or City master plan the guidelines of the Geotechnology the tools, delaying and hindering the actions envisaged and developed by it, especially geared protection, conservation and environmental recovery. Have a plan supported the recovery of information and the spatial variables PSW out in City Master Plan (2006), as mining the Clay, mining in APP, erosion, vegetation cover and Occupation in AP.P. using Geotechnology tools. The analysis methods lead to vertical core research to differentiate regions (Production Unit) justified by inequality in the distribution of them in the Watershed 1 area, and can describe the specific characteristics of each of them summarizes from its parts and relationships, combining the spatial phenomena such as hydrography, vegetation, and mining legislation. Extension of the Municipality BDGG of PSW figures, production Cartographic of actions and a strategic map of Watershed synthesis, Embase that the proposed recovery plan for Watershed 1 by using the tools that are preventive, repressive, educational and economic (incentives), Federal State and Municipal. Keywords: watershed, geotechnology, territory administration.
3
Introdução:
Segundo IBGE, (2000) o Brasil é 81,2% urbanizado e a projeção desses dados
estatísticos, apontam que essa porcentagem passaria para 90% em 2010, e antes
de 2030, a população rural estaria extinta, sendo o Brasil um país 100% urbanizado.
Essa projeção segundo Veiga (2002) é explicada pela definição que se dá ao
conceito de urbanização no Brasil, considerado uma sede de município de 18
habitantes como urbano, o que dificulta o desenvolvimento de políticas públicas
direcionadas ao espaço rural. Pois apenas 455 municípios, nos quais se encontram
57% da população brasileira, não fariam parte da rede urbana.
Para Abramovay (2000) as relações que uma sociedade estabelece com suas
áreas rurais é um termômetro entre sociedade e natureza , já que nas áreas rurais
existe um interconhecimento entre as pessoas que tende a ser cada vez mais
valorizado nas sociedades contemporâneas. Entretanto, a partir da década 60
devido ao grande impulso na produção agrícola com a introdução de novos insumos
tecnológicos, esse ativo sócio ambiental ficou relegado a segundo plano, permitindo
o surgimento de graves problemas sociais e ambientais.
Dentre os problemas gerados por este modelo segundo a Coordenadoria de
Assistência Técnica Integral – C.A.T.I. (2001), está o intenso processo de erosão,
contaminação química das terras, dos produtos e das pessoas, diminuição da
cobertura florestal, degradação os recursos hídricos e estabeleceu um novo padrão
de concentração fundiária e empobrecimento da população rural.
Este modelo adotado não consegue, por sua vez, nos dias atuais incrementar
os rendimentos físicos das culturas principais, criando a necessidade de uma
reordenação tecnológica, visando aumentar a potencialidade produtiva do solo
aliada às técnicas de proteção de recursos naturais.
No estado de São Paulo após a década de 70 que as transformações foram
extremas, segundo C.A.T.I (2001, p.21):
“Intenso processo de urbanização, associado à abertura da economia nacional para o mercado exterior, à implementação de um complexo agroindustrial de transformação e insumos e uma indústria de máquinas e equipamentos agrícolas, que viabilizaram ampla diversificação agropecuária, visando atender á crescente demanda externa e interna.”
4
Assim, a agricultura paulista passa por um intenso processo de modernização,
com acentuadas mudanças na composição das culturas e aumento no grau de
especialização regional, criando uma dependência de adoção de novas tecnologias
e serviços ligados a administração e gerenciamento da produção agrícola e adoção
de técnicas de manejo.
Neste sentido, segundo C.A.T.I (2007), o estado de São Paulo em parceria
com o Banco Mundial - B.I.D e Banco Internacional para Reconstrução e
Desenvolvimento - B.I.R.D desenvolveu em 1997 o programa de Estadual de
Microbacias Hidrográficas - P.E.M.B.H, que visa ter um efeito perdurável no tempo e
com grande efeito multiplicador no espaço. Tendo a C.A.T.I como uma agência de
Desenvolvimento Rural, através de seus Escritórios de Desenvolvimento Regional –
E.D.R.s e das Casas de Agricultura como agente local.
O programa estabelece um contraponto ao modelo atual, adota como unidade
de Gerenciamento e Gestão microbacias hidrográficas, realiza um diagnóstico sócio
ambiental mapeando dados sociais, econômicos e ambientais de cada Unidade
Produtiva - U.P.As, estimula o trabalho comunitário, à organização rural para
enfrentar o mercado através da formação de associações, capacitação,
conscientização e melhoria ambiental e com o plantio de matas ciliares, manejo
adequado de solo e adequação das estradas rurais.
Atualmente, segundo a C.A.T.I (2007), o programa, atinge 509 municípios com
925 microbacias das quais 609 possuem planos de ação em execução e 316 estão
em fase de levantamento de dados, e até 2007, a meta é chegar a 1.200
microbacias no Estado. Sendo que o investimento para tais ações está em 8,1
milhões de reais em incentivos diretos aos agricultores de pequeno e médio porte ou
9,9 mil atendimentos no campo.
Entre as práticas apoiadas pelo Programa, ressalta a C.A.T.I (2001), estão nas
seguintes medidas estruturais: doações de mudas para recomposição da mata ciliar,
o incentivo ao controle da erosão do solo, calagem, construções de cercas para
proteção de mananciais, aquisição de equipamentos por grupos de produtores,
cessão de equipamentos para plantio direto para associações de produtores,
construção de abastecedouro comunitário, construção de fossa séptica e adequação
de estradas rurais. Quanto as medidas não estruturais: programa de educação
ambiental para os produtores, disponibilização de material didático de educação
ambiental para secretária municipal de educação.
5
Estas praticas é uma estratégia de ordenamento territorial para melhorar e
disciplinar as relações entre os componentes ecológicos e sócio-econômicos do
espaço geográfico. Esse processo implica em conceber e executar, segundo
Sanchez & Silva (1995), um projeto ambiental de recuperação, construção e manejo
do território, assumindo o espaço geográfico como um processo de transformações
contínuas.
Trata-se de fazer do território um conjunto de paisagens estimulantes e
capazes de conservar ou desenvolver uma identidade que expresse as
necessidades e expectativas da sociedade.
Isso significa, conforme Branco (1989), projetar o território como um cenário
múltiplo, compreendendo e valorizando a história, a realidade atual e
potencialidades ecológicas e sócio-econômicas das paisagens nas quais se
estrutura e se articula o território.
Pois ações voltadas a compreensão e planejamento das bacias hidrográficas,
revelam como uma unidade bastante eficiente no que diz respeito a um efetivo
ordenamento territorial, onde a execução dos zoneamentos através do mapeamento
multi escalar e multi temático das potencialidades da paisagem, sejam
compreendidas e realmente implementadas, a fim de alcançar diretrizes
consistentes e satisfatórias voltadas ao planejamento territorial.
No município o critério de priorização para a escolha da microbacia caberá ao
Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural, identificando num máximo possível
de 35 pontos as M.B.H, em ordem decrescente de pontuação os parâmetros
estabelecidos, como mostra as tabelas 1 e 2 a seguir.
Tabela 1: Tabela dos Parâmetros da Microbacia (Fonte: C.A.T.I, 2001).
Parâmetro Peso Nível de degradação 1 1 a 5 Concentração de produtores 2 0 a 5 Explorações Predominantes 3 1 a 5 Manciais de abastecimento de água 4 1 a 5 Receptividade por parte dos produtores 5 1 a 5 Área de MBH dentro ou próxima de Unidade de Conservação de Uso Indireto, parque ou reserva florestal 6
1 a 5
Maior % de área de preservação permanente na MBH 7 1 a 5
6
Tabela 2: Tabela Descrição dos Pesos (Fonte: C.A.T.I,2001).
1 – Definir maior pontuação em MBH onde a degradação ambiental seja mais intensa. 2 – a MBH que apresentar porcentual menor que 65% de pequenos produtores será atribuído peso 0 acima desse porcentual, os pesos de 1 a 5 serão proporcionais À concentração de pequenos produtores da MBH. 3 –Idem para priorização de município 4 – Conferir maior pontuação para MBH que possua curso de água destinado ao abastecimento humano, em conformidade ao tamanho da população que se beneficia diretamente do mesmo. 5 - Deve-se considerar o interesse e a disposição dos produtores em participar do Programa. 6 – Peso maior para MBH com maior área de unidades de Conservação de Uso Indireto em seu próprio interior ou em seu entorno, parques e reservas florestais. 7 - Peso maior para MBH com maior área de preservação permanente
O PEMBH, enquadrou em seus parâmetros no município de Tambaú
localizado a Nordeste do estado de São Paulo, em 2004 a microbacia hidrográfica
Córrego Arrependido (MBH1) e em 2006 microbacia hidrográfica Córrego do Tijuco
Preto (MBH2), Demonstrado no Mapa 1: Mapa de Atuação do Programa Estadual de
Microbacias Hidrográficas
Entretanto a MBH1, atuação inicial do PEMBH, não pode se apoiar nas
diretrizes do PDMT como Zoneamento Ambiental ou pelas Ferramentas de
Geotecnologia, retardando e dificultando as ações previstas e desenvolvidas pelo
mesmo, principalmente naquelas voltadas proteção, conservação e recuperação
ambiental.
Deste modo este trabalho teve por objetivo, produzir um Plano de Recuperação
para microbacia hidrográfica Córrego Arrependido (MBH1), apoiado as variáveis
espaciais apontadas no P.D.T. (2006), como Cavas de Argila, Cavas de Argila em
A.P.P, Voçorocas, Cobertura Vegetal e Ocupação em AP.P, utilizando Ferramentas
de Geotecnologia, para produção cartográfica multi temática e multi escalar a partir
de um Banco de Dados Georrealcional.
A análise e representação destas informações permitem o suporte à tomada
de decisões, para ações estratégicas e a compilação de mapa síntese da MBH,
que embasou a proposta do Plano de Recuperação da MBH1, utilizando os
instrumentos de caráter preventivo, repressivo, educacional e econômico
(incentivos), federais estaduais e municipais.
7
Mapa 1:
8
Material e Método:
Materiais: 1 - Fotografias áreas: Fotografias áreas para ilustrar os resultados e checagem
de informações;
2 - Imagens de Satélite: As imagens utilizadas foram retiradas do vizualizador
Google Earth 2007, para ilustrar os resultados , checagem de informações e
orientar o trabalho de campo;
3 - Fotografias: utilizadas para ilustrar os resultados;
4 - Softwares: “Arcview 9.1”, pertencente a família dos Sistemas de Informação
Geográfica (SIG); permitem criar e associar bancos de dados com informações
espaciais na forma de mapas digitalizados, identificando e associando os mesmos a
uma determinada região geográfica, sua versatilidade foi empregada para consultar,
editar e ler o Banco de Dados Georrelacional, ( B.D.G.G) da Prefeitura Municipal de
Tambaú SP, composto por um conjunto de dados descritivos (tabelas) e dados
geométricos espaciais (linhas, pontos, polígonos e imagens) que auxiliou executar
as seguintes operações:
Simplificar a manipulação de dados (entrada, edição e exclusão)
Servir de Banco de Dados
Produzir Gráficos e mapas
Método:
A busca do entendimento do espaço geográfico não somente como um todo,
mas, como também as inter-relações estabelecidas entre os fatos geográficos nele
inserido, segundo Medeiros (2000), necessita da manipulação de uma grande
quantidade de dados e informações de diversas naturezas, organizadas
corretamente para que se possa estabelecer diferentes correlações entre os
mesmos, sendo assim, a utilização de tecnologias voltadas para a coleta e
manipulação dos mesmos, agrupados em um conjunto de técnicas matemáticas e
computacionais denominadas de Geoprocessamento, já estão inseridas na maioria
da ciências voltadas para o entendimento do espaço geográfico.
Dentre as tecnologias mais sofisticadas utilizadas pelo Geoprocessamento
está o Sistemas de Informações Geográficas - S.I.G que de acordo com Druck.;
Carvalho; Câmara; Monteiro (2004 p.1) um SIG é definido como: “Um conjunto
9
poderoso de ferramentas computacionais que possibilitam a entrada,
armazenamento, manipulação (consulta e análise) e saída de dados
georeferenciados"; sendo possível localizar os elementos gráficos ou “fatos
geográficos” no espaço.
Entretanto, Ferreira (2003) argumenta que a utilização de tecnologias
voltadas para coleta e tratamento de da informação espacial com técnicas de
Geoprocessamento, perpassa pela capacidade de abstração da paisagem real em
paisagem digital, e que todo agrupamento de dados em um S.I.G, depende da
entrada eficiente dos mesmos, sendo necessário estabelecer uma projeção
cartográfica para georreferecia-los, a fim de compatibilizar as escalas do modelo
digital com o modelo analógico, e que as informações dispostas em SIG sejam
representados de acordo com convenções internacionais e preceitos da semiologia
gráfica.
A abstração da paisagem real em ambiente digital para este estudo, partiu da
consulta B.D.G.G._REGIONALIZAÇÃO_MBH_TAMBAU_SP_2006, figura 1: Espelho
de parte B.D.G.G do município de Tambaú, que integra diferentes dados oriundos
de três fontes distintas: Plano Diretor Municipal de Tambaú (2006); Relatório
Técnico do Aprimoramento da Competitividade do Arranjo Produtivo Local – A.P.L
Minero Cerâmico de Tambaú (2006) e Programa Estadual de Micro Bacias da CATI
(2004), que conta com informações diversas sobre o território municipal como Mapa
de Uso e Ocupação das Terras, Geologia, Pedologia, Declividade, Hidrografia, Risco
Erosão, Voçorocas, Cavas de Argila, Sistema Viário, Altimetria, Aptidão Agrícola,
Malha Fundiária do PEMBH e Áreas Urbanas.
Todos os produtos foram desenvolvidos com escala de 1: 50.000, Projeção
Universal Transversal de Mercator (U.T.M), sobre a Base Topográfica 1:50.000
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - I.B.G.E do ano de 1968.
Ao trabalhar sobre MBH 1 Córrego Arrependido , utilizou-se o pensamento
corológico de análise vertical, que através distribuição das características fisco
territoriais como cobertura vegetal, sistema viário, voçorocas, área urbana,
hidrografia e altimetria apresentou, assim a substância de microbacia, na forma de
um mapa síntese.
1
Figura 1: Espelho de parte B.D.G.G do município de Tambaú
Para encontrar um indicador através da cobertura vegetal foi utilizado o
mapa de Uso e Ocupação das Terras em três operações de geoprocessamento:
1. Utilização do polígono da MBH como mascara para recortar o Uso e
Ocupação das Terras para identificar a classe de Usos da Terras predominante.
2. Geração de um Buffer de 30 metros ao redor da malha hidrográfica,
fora utilizada como mascara para recortar o mapa de Uso Ocupação da Terras da
MBH e encontrar porcentagem de ocupação de APP,
3. O Fatiamento das classes de uso, para seleção da cobertura vegetal
natural agrupadas na classe fragmentos florestais o que gerou a porcentagem de
Fragmentos Florestais da MBH.
No sentido de ampliar as possibilidades de apresentar indicadores mais
pontais e ordenar por prioridade atuação do PEMBH nas UPAs, para a aplicação
dos incentivos de preservação e conservação do PEMBH como Terraciamento,
Plantio de Mata ciliar e Reflorestamento por Eucalipto e outras praticas
conservacionistas, foi considerado os seguintes fatos geográficos : Risco Erosão
Alto, Nascentes, Ocupação de APP, Falta de Fragmentos Florestais, Cavas de
Mineração e Voçorocas.
E por meio da distribuição e conforme a maior concentração dos mesmos na
superfície da MBH limitados pela malha fundiária, foi possível descrever as
1
características específicas de cada UPA e classifica-las em ordem decrescente
para aplicação dos investimentos do PEMBH, partindo da cores quente para frias.
Resultados e Discussões: Resultados :
A seleção de informações para a produção do mapa síntese do MBH 1
Córrego Arrependido, Mapa 2: Mapa Síntese apresentou o comportamento espacial
dos fatos geográficos neste sistema, o que permitiu visualizar a distribuição,
quantidade e relações dos mesmos frente à questão de qualidade ambiental.
Sendo visualizada uma situação critica, com vários processos erosivos,
atividades minerarias ativas ou abandonadas, em área de APP ou não, sem
cobertura vegetal somando-se a isso ela é o manancial de abastecimento urbano
cuja a lagoa de captação vem sendo assoreada.
Nos resultados demonstrados no Mapa 3: Coleção de Mapas de Uso e
Ocupação das Terras, obtidos na extração o Uso e Ocupação das Terras no Buffer
de 30 metros, identificou-se que 70 % da APP esta ocupada principalmente por
pastagem seguida por cana de açúcar.
Já na operação de fatiamento e agrupamento das classes de cobertura
vegetal mata ciliar, cerrado e floresta de encosta, na classe fragmentos florestais
localizados fora da APP demonstrou, que 92 % da área esta antropizada restando
8% de cobertura vegetal em fragmentos esparsos sem conectividade localizados em
declividades acentuadas.
O ordenamento decrescente de prioridade para atuação do PEMBH,conforme
o Mapa 4: Mapa de Indicação de prioridade de atuação do PEMBH, estabeleceu um
parâmetro para 8 classes de prioridade, sendo as UPAs com maior expressão
territorial categorizada como prioridade 1 por agrupar todas as variáveis analisadas
porem com pouca unidades, as de prioridade 8 apresentou grande quantidade
unidades com apenas uma das expressões analisadas.
O intervalo de prioridade configurou-se discrepante entre classes, resultado
da pequena quantidade de elementos classificadores versus a grande quantidade de
unidades a ser classificadas.
12
Mapa 2: Mapa Síntese
13
Mapa 3: Coleção de Mapas de Uso e Ocupação das Terras
14
Mapa 3:
15
Resultados :
Becker (2002), afirma que se faz urgente, a elaboração de estudos que visem
a formulação de um plano de gestão fundamentado no conhecimento de quais são
os atributos oferecidos pela paisagem, de acordo com suas capacidades, limitações
e dinâmicas próprias. Tal proposta confirma a necessidade por concepções de
planejamento e gestão que levem em consideração os múltiplos aspectos
relacionados à dinâmica territorial.
O s resultados obtido pela a manipulação dos dados que compõem o BDGG
do município de Tambaú, e inclusão de dados do PEMBH, através de técnicas de
geoprocessamento permitiu a visualização de fatos geográficos restringidos
primeiramente na MBH1 Córrego Arrependido e posteriormente nas UPAs, sendo
possível assim traçar uma estratégia de atuação e disposição de recursos,
facilitando o monitoramento das ações.
O estudo reafirmou que o PEMBH é uma política publica eficaz na
identificação da MBH a ser escolhida , para o emprego os instrumentos de caráter
preventivo, repressivo, educacional e econômico (incentivos), federais estaduais e
municipais, pois demonstrou a situação grave de degradação ambiental da MBH1
Córrego Arrependido e a necessidade de mudança do modelo utilização dos
recursos naturais nela encontrada por ser o manancial de abastecimento de 20 mil
pessoas da área urbana.
Assim o Plano de Recuperação ambiental da MBH terá como estratégia,
utilização de ferramentas de geotecnologias apresentada neste estudo, orientado a
tomada de decisão, na atuação pontual das ações do programa em cada UPA,
através de medidas estruturais e não estruturais.
Deste modo as potencialidades de extensão da metodologia do PEMBH, com
o apoio de geotecnologias para todo território de Tambaú, se torna viável pois
conduz ao município a apropriação do espaço através do conhecimento dos
atributos oferecidos pela paisagem, formulando políticas públicas de conservação
preservação dos recursos naturais e desenvolvimento sócio econômico.
16
Referências:
ABRAMOVAY, R. “Funções e medidas da ruralidade no desenvolvimento contemporâneo” – Texto para Discussão n° 702 – IPEA – Rio de Janeiro 2000. BECKER. B. K. A (des) ordem global, o desenvolvimento sustentável e a Amazônia. In: CHRISTOFOLETTI, A; BECKER. B.K; DAVIDOVICH F.R;GEIGER.P.P (Org.) Geografia e meio ambiente no Brasil . São Paulo: Hucitec, 2002. Cap. I, p. 46 – 64. BRANCO, S.M. Ecossistêmica- Uma Abordagem Integrada dos Problemas do Meio Ambiente. Editora Blucher: São Paulo 1989 147 p. COORDENADORIA DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA INTEGRAL DO EST. SP -CATI. Manual do Programa Estadual de Microbacias Hidrográficas.São Paulo. 230p. 2001. COORDENADORIA DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA INTEGRAL DO EST. SP -CATI. Programa Estadual de Microbacias Hidrográficas.Disponível em < http://www.cati.sp.gov.br/Cati/_projetos/pemh/pemh.php>. Acesso em: 09 setembro 2007. DRUCK, S.; CARVALHO, M.S.; CÂMARA, G.; MONTEIRO, A.V.M. (eds) "Análise Espacial de Dados Geográficos". Brasília, EMBRAPA, 2004. FERREIRA, M. C. Análise Espacial e Modelagem Cartográfica de Epidemias de Dengue. Tese (Tese de Livre-Docência) - Instituo de Geociências, UNICAMP; Campinas, Brasil; 11 de dezembro de 2003, 228 p. INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLOGICAS DO EST. SP – IPT. Aprimoramento da Competitividade do Arranjo Produtivo Local – APL Minero Cerâmico de Tambaú SP. Relatório Técnico IPT/DME nº. 89636-205, São Paulo 354 p. 2006. MEDEIROS, J.S. De. Banco de Dados Geográficos e Redes Neurais Artificiais: tecnologias de apoio à gestão do território. Tese (Doutorado em Geografia Física) FFLCH, USP; São Paulo, Brasil; 27 de agosto de 1999, 156 p. PREFEITURA MUNCIPAL DE TAMBAÚ EST. SP. Plano Diretor municipal de Tambaú SP. Relatório Técnico, São Paulo. 482 p. 2006
SANCHEZ, R. & SILVA,T. Zoneamento Ambiental: Uma estratégia de Ordenamento da paisagem. Caderno de Geociências. 14: 58-51. 1995 VEIGA, J. E. Dimensão Rural do Brasil. Seminário nº 4/2004 – 01/04/2004. São Paulo. FEA-USP. Pp.2-22.