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A PRÁTICA EDUCATIVA: como ensinar.
ZABALA, Antoni.Editora Artmed. Porto Alegre, 1998.
Capítulo 2:A função social do ensino e a
concepção sobre os processos de aprendizagem: instrumentos de
análise
Qual a finalidade do sistema educativo?
Uma forma de determinar os objetivos da educação é analisar as capacidades que se pretende desenvolver
nos alunos.A finalidade da escola é promover a formação integral dos
alunos, segundo Zabala, quecritica as ênfases atribuídas ao aspecto cognitivo. Para ele, é na
instituição escolar, através dasrelações construídas a partir das experiências vividas, que se
estabelecem os vínculos e as condições de aprendizagens significativas.
Sobre os conteúdos da aprendizagem, seus significados são ampliados para além da questão
do que ensinar, encontrando sentido na indagação sobre por que ensinar. Deste modo, acabam por
envolver os objetivos educacionais, definindo suas ações no âmbito concreto do ambiente de aula.
Esses conteúdos assumem o papel de envolver todas as dimensões da pessoa, caracterizando asseguintes tipologias de aprendizagem:
* factual e conceitual (o que se deve aprender?)*procedimental (o que se deve fazer?)
* atitudinal (como se deve ser?).
Então... Trabalharíamos com a problemática das vivências, inclusão dos alunos, organização das condições de ensino e
aprofundamento significativo e integral dos conteúdos nas três dimensões.
Essa intersecção dos conteúdos parece ser o ponto central para o trabalho dos professores.
Na prática de nossas escolas se vê com nitidez a situação:* Nas séries iniciais ainda há valorização da área atitudinal.* Nas séries finais, os conteúdos conceituais vão se tornando mais valorizados.
Na opinião do autor, um ensino que se proponha a dar formação integral aos alunos com diferentes tipos de conteúdos, estará equilibrada; por outro lado, um ensino que defenda a função propedêutica priorizará apenas conceitos.
ATUALMENTE OS EDUCADORES ESTÃO DESCRENTES DE
QUAISQUER TEORIAS DE APRENDIZAGEM PORQUE TANTAS SURGIRAM QUE ISSO OS DEIXOU
CONFUSOS.
O Fato de que não exista uma só corrente psicológica, nem consenso entre as diversas correntes existentes,não pode nos fazer perder de
vista que há uma série de princípios onde elas estão de acordo:
* AS APRENDIZAGENS DEPENDEM DE CARACTERÍSTICAS SINGULARES DE CADA INDIVÍDUO;
*CORRESPONDEM, EM GRANDE PARTE, ÀS EXPERIÊNCIAS QUE CADA UM VIVEU DESDE QUE NASCEU;
*AS FORMAS DE APRENDER E O RITMO DA APRENDIZAGEM VARIAM SEGUNDO AS CAPACIDADES, MOTIVAÇÕES E INTERESSES;
Portanto...isso nos leva a um outro enfoque:
ATENÇÃO À DIVERSIDADE
O professor possui uma série de funções nessas relações interativas:
* ter plasticidade na aplicação do plano, o que permite uma adaptação às necessidades dos alunos;
• levar em conta as contribuições dos alunos no início e durante as atividades; auxiliá-los a encontrar sentido no que fazem, comunicando objetivos, levando-os a enxergar os processos e o que se espera deles;
• estabelecer metas alcançáveis; oferecer ajuda adequada no processo de construção do aluno;
• promover o estabelecimento de relações com o novo conteúdo apresentado, e exigir dos alunos análise, síntese e avaliação do trabalho;
• estabelecer um ambiente e relações que facilitem a auto-estima e o auto-conceito; promover canais de comunicação entre professor/aluno, aluno/aluno;
• potencializar a autonomia;• avaliar o aluno conforme sua capacidade e esforço.
FÁCIL?CLARO QUE NÃO!
RECAPITULANDO UM POUCO MAIS PARA ENTENDERMOS:
• PROCEDIMENTAIS: o professor necessita perceber e criar condições adequadas às necessidades específicas de cada aluno;
• CONCEITUAIS: as informações mínimas de cada série que são pré requisitos para a série posterior;
• ATITUDINAIS: é preciso articular ações formativas, não bastando propor debates e reflexões sobre comportamento cooperativo, tolerância, justiça, respeito mútuo etc.; é preciso viver o clima de solidariedade e tolerância.
E trabalhar conteúdos atitudinais é muito difícil, envolvendo em primeiro lugar a contradição entre o que é trabalhado na escola e o sistema social, ou o que é veiculado pela mídia.
CONCLUINDO...• Não existe um modelo único ou método ideal. É preciso
introduzir a cada momento, as ações que se adaptem às novas necessidades formativas que surgem. O objetivo maior é a melhoria da prática.
• Não se pode esquecer que nossa intervenção pedagógica deve ser coerente com nossas intenções e nosso saber profissional.
• É preciso ter sempre um olhar atento para seus alunos e sua própria atuação: avaliação e auto - avaliação.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:
• APPLE, M.W. Ideologia y curriculum. Madri• APPLE, M.W. Maestros y textos. Barcelona./MEC• AUSEBEL, D.P. Psicologia Educativa. México• COLL, C. Psicolgia genética y aprendizajes
escolares. Madri.