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PESQUISAR · SAVE · PRINT · SAIR 20.mai.2014 N.627 www.aese.pt NOTÍCIAS · AGENDA · OPINIÃO · PANORAMA · DOCUMENTAÇÃO NOTÍCIAS PANORAMA DOCUMENTAÇÃO A reclamação interessada “El ganador se queda con todo” Um claro Apelo à Ação AGENDA Ajudar a fazer melhor IT ao serviço dos negócios e da inovação O ambiente de leitura em casa melhora o rendimento escolar Curso "As parábolas do Evangelho" | A parábola do filho pródigo: a alegria da penitência Lisboa, 30 de maio de 2014 Como falar em público Lisboa, 29 de maio de 2014 Novos desafios na sustentabilidade Lisboa, 5 de junho de 2014 49º PDE visita Prometro Estratégias de internacionalização Llisboa, 27 de maio de 2014 Média “Há mais de 12 anos a alavancar histórias de êxito” entre outros… Direito a decidir, sim; mas só se aprovo a escolha? "Modelos de Negócio e Estratégia" no Funchal Cheia de graça Passaporte Boletim da Capelania Global Risk Management Report Lisboa, 16 de junho de 2014 Como ajudar a minha equipa a crescer? Lisboa, 26 e 27 de junho de 2014

PowerPoint Presentation · tinuidade, no dia 8 de maio de 2014, em Lisboa. Javier Gallego demonstrou a razão pela qual alguns operadores de telecomunicações se encontram em posição

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NOTÍCIAS

20.mai.2014 N.627

www.aese.pt

NOTÍCIAS · AGENDA · OPINIÃO · PANORAMA · DOCUMENTAÇÃO

NOTÍCIAS PANORAMA DOCUMENTAÇÃO

A reclamação

interessada

“El ganador se queda

con todo”

Um claro Apelo à Ação

AGENDA

Ajudar a fazer melhor

IT ao serviço dos

negócios e da inovação

O ambiente de leitura

em casa melhora

o rendimento escolar

Curso "As parábolas

do Evangelho" | A parábola

do filho pródigo: a alegria

da penitência Lisboa, 30 de maio de 2014

Como falar em público

Lisboa, 29 de maio de 2014

Novos desafios na

sustentabilidade

Lisboa, 5 de junho de 2014

49º PDE visita Prometro

Estratégias

de internacionalização Llisboa, 27 de maio de 2014

Média

“Há mais de 12 anos

a alavancar histórias

de êxito” entre outros…

Direito a decidir, sim; mas

só se aprovo a escolha?

"Modelos de Negócio e

Estratégia" no Funchal

Cheia de graça

Passaporte

Boletim da

Capelania

Global Risk Management

Report

Lisboa, 16 de junho de 2014

Como ajudar a minha

equipa a crescer? Lisboa, 26 e 27 de junho de 2014

O estilo de direção influencia a

gestão do talento numa organi-

zação. Tornar esse impacte positivo

é cada vez mais um tema na

agenda dos dirigentes, empenha-

dos em desenvolver as competên-

cias técnicas e de soft skills dos

colaboradores, colocando-as ao

serviço da execução estratégica da

empresa.

Por esta razão, a AESE que vem

desenvolvendo sessões de coa-

ching com os participantes no

Executive MBA AESE/IESE e no

PGL, organizou um seminário para

explicar aos líderes das empresas

o que fazer para potenciar o melhor

de cada membro da sua equipa e

aportar melhores resultados e

satisfação pelo trabalho desenvol-

vido. Este seminário realizou-se em

Lisboa, no dia 1 de abril de 2014.

“Tudo começa pela gestão do

talento”, diz a Prof. Maria de Fátima

Carioca, que aponta a necessidade

de conhecer as suas pessoas como

o pontapé de partida para o

sucesso do coaching. “Conhecer

cada colaborador é saber o que o

torna excecional naquele grupo. As

características que possuímos

podem ser inatas: algumas delas

adoramos tê-las, outras nem tanto.”

Cabe ao coach identificar as com-

petências que os colaboradores

têm e potenciá-las.

A gestão do talento depende do

conhecimento, da atitude, do

talento e dos resultados obtidos. A

definição das funções de cada

colaborador ajuda a que cada um

interiorize o papel crítico que tem

nas empresas e atua em confor-

midade.

Os profissionais devem procurar

desenvolver capacidades e

competências que os ajudem a

enfrentar a realidade. Ainda que

2 CAESE maio 2014

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Ajudar a fazer melhor

ÍNDICE · NOTÍCIAS · AGENDA · OPINIÃO · PANORAMA · DOCUMENTAÇÃO

Seminário da AESE ajuda dirigentes a otimizarem o potencial das suas equipas

Lisboa, 1 de abril de 2014

»»

Prof. Paco Gay Puyal, (IESE)

possam não dispor de algumas das

competências necessárias ao

exercício das suas funções –

plasmadas em comportamentos

observáveis e habituais-, importa

identificar as que são passíveis de

ser treinadas para melhoria do seu

desempenho e da performance da

organização.

Com as competências pessoais

(básicas para se ser proactivo e

gerir com rigor os recursos

pessoais próprios) conseguimos

construir as interpessoais (para o

melhor funcionamento no trabalho)

e as de negócio (que se prendem

com a realização da missão e a

obtenção de maior valor económico

para a empresa). Um bom

equilíbrio entre eficácia interpessoal

e as competências de negócio são

desejáveis nas equipas.

Se o coach é uma peça chave

neste processo, o coachee é incon-

tornável. Do seu autoconheci-

mento, da autocrítica e do plano de

ação desenhado dependerá o

sucesso desta aprendizagem que

deve incluir objetivos smart, com

datas de revisão agendadas. Daí

que muitos dirigentes que se

submetem ao coaching o consi-

derem uma verdadeira aventura

transformacional.

O processo de coaching pressupõe

uma atitude positiva em face da

mudança. "Somos o que fazemos

cada dia. A excelência, portanto,

não é um ato, mas um hábito"

conforme defendia Aristóteles,

recordado pelo Prof. Paco Gay

Puyal, do IESE, na sua inter-

venção.

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3 CAESE maio 2014

Equipa responsável pelo seminário: Lúcia

Vasco (AESE), Prof. Paco Gay Puyal,

(IESE), Prof. Maria de Fátima Carioca

(AESE) e Prof. José Fonseca Pires

(AESE),

Participantes

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4 CAESE maio 2014

IT ao serviço dos negócios e da inovação “Durante muitos anos, as empresas

ouviam falar sobre cloud computing

e, finalmente, muitas companhias

decidiram adotá-la, pelo elevado

nível de flexibilidade e de agilidade

que confere aos negócios.” Javier

Gallego, Diretor de Desenvol-

vimento de Negócio Cloud da Colt

Technology Services, foi o orador

convidado na sessão de con-

tinuidade, no dia 8 de maio de

2014, em Lisboa.

Javier Gallego demonstrou a razão

pela qual alguns operadores de

telecomunicações se encontram

em posição privilegiada de modo a

liderarem a oferta de serviços de

Cloud Computing para ambientes

profissionais, referindo os bene-

fícios que daí advêm para as

empresas.

Com a cloud computing, as

organizações “não necessitam de

dispor dos seus recursos de IT,

porque passaram a usufruir deste

serviço como de água e de

eletricidade. Paga-se o consumo.

No contexto de negócio, esta

mudança aportou velocidade aos

mercados. Uma vez encontrada

uma nova oportunidade de negócio,

consegue-se implementar uma

infraestrutura muito rapidamente.

Isso garante um controlo de custos

diferente do tradicional, que pres-

supunha reservar um determinado

investimento durante vários anos

para esse fim. Com a cloud

computing, os parâmetros tecno-

lógicos e a inovação aliaram-se

para criar esta realidade que está a

ter sucesso não só nas empresas

cujo funcionamento está orientado

pela Internet, mas também nas

mais conservadoras.

As empresas tradicionais já com-

preenderam que a tecnologia é a

Sessão de continuidade com Javier Gallego, da Colt Technology Services

Lisboa, 8 de maio de 2014

»»

chave para a inovação, apesar de

algumas vezes encontrarem dificul-

dade em fazer com que os respon-

sáveis de IT se foquem nas ne-

cessidades dos negócios. Agora, a

cloud computing permite libertar as

pessoas e os recursos de IT das

funções de baixo valor acres-

centado, passando a dedicar-se às

de elevado benefício para o

negócio.”

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5 CAESE maio 2014

Na sessão de continuidade, Javier Gallego apresentou algumas soluções que a Cloud

Computing oferece, considerando as necessidades que as empresas demonstram

atualmente.

"A comunidade de Alumni no

Funchal, em conjunto com o Agru-

pamento, levaram a cabo, no dia 23

de abril, uma Sessão de convívio

na qual participaram também

amigos e potenciais interessados

nos Programas da AESE.

O agradável encontro, realizado ao

fim da tarde na varanda do Hotel

Pestana Carlton, foi precedido de

uma apresentação da AESE e dos

seus Programas, com especial

enfoque no PDE/GMP, e de uma

conferência sobre "Modelos de

Negócio e Estratégia", orientada

pelo Prof. Raul Bessa Monteiro,

professor da AESE e Diretor do

Agrupamento de Alumni da Escola.

Os cerca de 30 participantes

aproveitaram para se conhecerem

melhor num ambiente aprazível,

num encontro que se prolongou até

cerca das 21.00 horas."

6 CAESE maio 2014

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Sessão de continuidade com o Prof. Raul Bessa Monteiro

Funchal, 23 de abril de 2014

"Modelos de Negócio e Estratégia" no Funchal

Participantes do 49º PDE reuniram-

-se, no passado dia 5 abril 2014,

para uma visita programada à

Prometro SA, atual detentora da

subconcessão de Metro ligeiro da

área metropolitana do Porto. Esta

visita incluiu uma breve apresen-

tação do enquadramento da

operação e manutenção do Metro,

seguida de uma visita ao posto de

comando e controlo (pcc) e a um

veículo parqueado nas instalações.

Os participantes tiveram assim a

oportunidade de conhecer em

maior detalhe um dos projetos mais

interessantes de mobilidade a nível

nacional e europeu.

Seguiu-se ainda uma viagem de

cortesia na Linha de Gaia (linha D),

prolongando-se o evento e conver-

sas no restaurante da Quinta da

Boeira. 7 CAESE maio 2014

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Encontro de Alumni AESE

Porto, 5 de abril de 2014

49º PDE visita Prometro

Fotografias tiradas pelos participantes no

decorrer da visita

O ser humano é social por

natureza. Logo na sua génese se

nota essa dependência, porque a

conceção de um novo indivíduo

pressupõe, necessariamente, a

união de um homem e de uma

mulher, ou seja, de um pai e de

uma mãe.

Mesmo o Filho de Deus, quando

encarnou e veio a este mundo, não

dispensou a Mãe que O gerou e de

quem nasceu. Embora concebido

virginalmente e não tendo, por esse

motivo, um pai genético, a natureza

humana foi-Lhe transmitida por via

materna, de modo análogo a como

recebeu de seu Pai eterno a sua

condição divina. Pode-se dizer que

experimentou na sua humanidade,

unida hipostaticamente à divindade

do Verbo, que é a segunda Pessoa

em Deus, o carinho de uma

verdadeira mãe. Como a

maternidade se diz da pessoa e

não apenas de algum seu atributo,

Maria, sendo a Mãe de Jesus

Cristo, que é Deus encarnado, é

verdadeiramente Mãe de Deus,

como a Igreja a venera desde

tempos antiquíssimos.

Por paradoxal que possa parecer,

Aquele que gostava de se intitular,

apelando a um remoto título

messiânico, como «Filho do

Homem», o não era de nenhum em

particular, mas de uma mulher, sua

Mãe. Assim o disse São Paulo, na

única alusão explícita a Maria que

se encontra nos seus escritos:

«quando chegou a plenitude dos

tempos, Deus enviou Seu Filho,

nascido de mulher» (Gal 4, 4).

Que acresce a devoção mariana à

verdadeira piedade cristã? Se a

humanidade do Filho de Deus lhe

veio, precisamente, por sua Mãe,

talvez não seja temerário afirmar

8 CAESE abril 2014

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Cheia de graça

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Boletim da Capelania

Maio de 2014

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que Maria dá «humanidade» ao

culto divino. Por Maria, a ternura de

Deus se fez presente em Jesus e

continua a encher de alegria e de

consolo a piedade dos fiéis. Nossa

Senhora não apenas nos anima a

percorrer a senda que ao Céu

conduz, como nos apresenta a vida

cristã terrena enquanto caminho de

felicidade. Maria foi e é uma mulher

felicíssima, que foi a apaixonada

mulher de José e é a encantadora

mãe de Jesus e nossa também.

Não em vão ela é a «cheia de

graça», ou seja, engraçadíssima.

P. Gonçalo Portocarrero de Almada

Edições anteriores do Boletim da

capelania

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9 CAESE maio 2014

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AGENDA

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10 CAESE maio 2014

Seminários

Sessão de continuidade

Global Risk

Management Report Lisboa, 16 de junho

de 2014

Saiba mais >

Sessão de continuidade

Novos desafios

na sustentabilidade Lisboa, 5 de junho de 2014

Saiba mais >

Sessões de Continuidade

Sessão de Continuidade

Estratégias

de internacionalização Lisboa, 27 de maio

de 2014

Saiba mais >

Sessões de Continuidade

Formação integral Curso "As parábolas

do Evangelho"

A parábola do filho

pródigo: a alegria da

penitência Lisboa, 30 de maio

de 2014

Saiba mais >

Seminário

Como falar em público Lisboa, 16 de junho

de 2014

Saiba mais >

Seminário

Como ajudar a minha

equipa a crescer? Lisboa, 26 e 27 de junho

de 2014

Saiba mais >

Eurico Nobre (3º Executive MBA

AESE/IESE) é CEO do Grupo

Ogilvy Portugal.

.

Nesta secção, pretendemos dar notícias sobre algumas trajetórias profissionais e iniciativas empresariais dos nossos Alumni.

Dê-nos a conhecer ([email protected]) o seu último carimbo no passaporte.

PASSAPORTE

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11 CAESE maio 2014

Rui Lourenço (11º Executive MBA

AESE/IESE) é atualmente

Administrador Executivo e CFO na

SANEST.

.

Há mais de 12 anos a alavancar histórias de êxito Visão, 15.5.2014 Vítor Rodrigues é o novo Country Leader da MicroStrategy leak.pt, 13.5.2014 Livro do Governo sobre a troika feito na empresa de Zita Seabra Dinheiro Vivo online, 8.5.2014 Livro do Governo feito na empresa de Zita Seabra dn.pt, 8.5.2014 Cursos práticos e pragmáticos Invest, 1.5.2014 Tecnologia lusa na rota mundial Expresso – Economia, 3.5.2014

AESE nos Media

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De 3 a 16 de maio de 2014

12 CAESE maio 2014

PANORAMA

A reclamação interessada A reclamação é uma prova da

capacidade de reação de uma

sociedade perante o que vai mal

e, nesse sentido, um reflexo são.

Tem sido bastantes vezes o

catalizador de importantes avan-

ços históricos, ao conseguir des-

pertar uma consciência social

adormecida. Basta recordar o que

assumiram no mundo contempo-

râneo as ações contra a discrimi-

nação racial, as reivindicações

feministas, as reclamações sindi-

cais contra a exploração laboral e

tantas outras causas que come-

çaram por reclamações bem orga-

nizadas.

Nos países avançados, onde se

enraizou uma cultura dos direitos,

é mais fácil que hoje surja a recla-

mação quando, o que parecia um

direito adquirido, se verifica não

estar assegurado. É o que tem

vindo a acontecer na atual crise

económica, sobretudo naqueles

países que fizeram gastos à custa

de endividamento, tanto público

como privado.

O processo de saneamento é tão

inevitável como doloroso. Aquilo

que o Estado dava grátis, começa

a ser financiado com taxas; o

subsidiado tem de sobreviver na

intempérie do mercado; as vanta-

gens e privilégios laborais acumu-

lados durante anos, submetem-se

a revisão; a inércia da expansão

da despesa pública é substituída

pelos cortes; e, se o político de

antes exibia os frutos da despesa

– razoáveis ou esbanjadores –, o

de hoje tem de demonstrar a sua

capacidade de reduzir o défice.

Neste novo clima de austerida-

de, a cultura da reclamação des-

dobra-se. Os mais “indignados”

manifestam-se contra “o sistema”;

os funcionários contra o paga-

mento perdido; os professores

contra “os cortes” que os obrigam

a fazer o mesmo com menos; os

médicos contra “a privatização”

que perturba os seus esquemas

de trabalho; os setores subsi-

diados contra quem discute o

direito dos mesmos viverem do

orçamento público.

Em todos os protestos é possível

encontrar algum ponto razoável.

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13 CAESE maio 2014

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Mas o facto de que um grupo

tenha perdido algumas vantagens,

não significa que se lhe esteja a

fazer uma injustiça, nem que

tenha de ser atendida a sua

reclamação. A soma de reivin-

dicações mais ou menos razoá-

veis pode ter um custo irrealizável.

Têm de ser afastadas como inú-

teis as reclamações que se diri-

gem contra o que não se pode

mudar. Faz sentido reclamar con-

tra factos concretos de corrupção

ou contra o não reconhecimento

de direitos cívicos. Mas no amplo

leque dos chamados direitos

sociais, desde o ensino univer-

sitário à saúde ou ao atendimento

das pessoas dependentes, a sua

cobertura dependerá sempre das

possibilidades de financiamento.

Bastantes reclamações tentam

falar em nome do interesse geral

quando, na realidade, estão a

defender algo muito corporativo. O

último caso é o do Canal 9, em

Espanha, canal público que o

governo valenciano decidiu fe-

char. Não há dúvida de que o

Canal 9 foi, desde a sua funda-

ção, um canal televisivo mal

gerido, politizado e que esbanjou

dinheiro público, até acumular

uma dívida de 1.126 milhões de

euros. Isso embora o índice mais

evidente da má gestão seja ter

acumulado um quadro desme-

surado de 1.660 empregados,

superior ao de qualquer canal

privado de âmbito nacional.

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14 CAESE maio 2014

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Mas quando o governo valenciano

tentou despedir 1.000 trabalha-

dores excedentários – ERE

(Expediente de Regulación de

Empleo) anulado nos tribunais –,

os sindicatos fizeram todo o

possível para o evitar. O que não

faz sentido é que os traba-

lhadores denunciem o esbanja-

mento e, simultaneamente, pre-

tendam manter uma situação que

o perpetua. E já surpreende que

apelem à solidariedade dos cida-

dãos, à custa dos quais querem

continuar a viver, ao mesmo

tempo que a audiência do canal

caiu para 3,5%. Poderia dizer-se,

dando a volta à célebre frase, que

nunca tantos fizeram uma progra-

mação para tão poucos. Não se

quer dizer que a má gestão ou a

escassa audiência sejam apenas

culpa dos jornalistas. Mas tão-

-pouco convém esquecer que um

canal televisivo público não é uma

coutada, nem dos políticos, nem

dos jornalistas, e que não cumpre

um serviço público pelo mero

facto de não ser privado.

Muitos dos empregados públicos

que reclamam contra os cortes na

saúde, educação, serviços so-

ciais, na realidade estão a defen-

der os seus próprios interesses

profissionais, algo perfeitamente

compreensível. Mas com a sua

própria resistência à mudança e à

reestruturação do que se revelou

impagável, estão a minar o próprio

Estado Providência que dizem

defender. Podem clamar contra a

“privatização”, mas, sob a defesa

do público, esconde-se muitas

vezes a ânsia de conservar ren-

dimentos e direitos adquiridos, os

quais, no setor privado, não

seriam assumíveis. Dá vontade de

lhes dizer: por favor, não me

defenda.

I. A.

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15 CAESE maio 2014

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PANORAMA

O ambiente de leitura em casa melhora o rendimento escolar Os alunos a quem se lê desde

pequenos e que, seguidamente,

continuam a ler na sua adoles-

cência, tendem a obter melhores

notas.

Desde há algum tempo, peda-

gogos e sociólogos da educação

interrogam-se sobre como influi o

nível económico dos pais no

rendimento escolar dos filhos.

Alice Sullivan e Matt Brown, inves-

tigadores do Instituto de Educação

da Universidade de Londres,

concentraram-se nos hábitos de

leitura em casa para esclarecer

este tema. A sua conclusão é que

o nível cultural dos pais, a

frequência com que se lê aos

filhos desde pequenos e o que

depois leem enquanto adolescen-

tes, é mais importante do que a

origem social e o nível de rendi-

mentos dos pais.

Graças à base de dados British

Cohort Study, que recolhe infor-

mação sobre 17.000 britânicos

nascidos em 1970, Sullivan e

Brown puderam analisar os hábi-

tos de leitura de 6.000 deles. O

estudo (“Social inequalities in

cognitive scores at age 16: The

role of reading”; Centre for

Longitudinal Studies, Instituto de

Educação da Universidade de

Londres. CLS Working Paper

2013/10) compara o que liam aos

5, 10 e 16 anos com os resultados

que obtiveram nessas idades em

exames de vocabulário, ortografia

e matemática.

A primeira conclusão é que os

alunos que leem por gosto aos 10

e 16 anos, costumam obter me-

lhores resultados nos três tipos de

exames, sobretudo nos de voca-

bulário. Os que leem com frequên-

cia aos 10 anos, e continuam a ler

livros e periódicos aos 16 mais de

uma vez por semana, obtêm em

relação aos outros alunos uma

vantagem de 14,4% em voca-

bulário, 10% em matemática e

8,6% em ortografia.

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16 CAESE maio 2014

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Que uma criança acostumada a

ler tenha bom vocabulário e boa

ortografia não é muito surpre-

endente. Mas já o é que também

melhore os seus resultados em

matemática. Como se explica

isto? Para Sullivan, “é provável

que o hábito de ler com frequência

ajude as crianças a assimilar e a

compreender a nova informação

que recebem, ao mesmo tempo

que melhora a sua atenção no

resto das matérias”.

O acompanhamento no tempo

que faz o estudo, permite com-

provar que os hábitos de leitura

não se improvisam. Normalmente,

os que leem por gosto aos 10 e 16

anos contam com pais que lhes

liam histórias aos 5 anos. Esse

ambiente de leitura em casa

depende de vários fatores; um

deles é o nível cultural dos pais.

Por exemplo: se os pais têm

dificuldades para ler, é mais

improvável que leiam aos seus

filhos, ou que eles próprios leiam

nos seus tempos livres.

De acordo com este estudo de

Sullivan e Brown, o nível cultural

dos pais é condicionado pelos

seus estudos e pelos seus hábitos

de leitura mais do que pela sua

origem social. Os filhos de pais

com título superior e que, além

disso, leem frequentemente, ob-

têm sobre os restantes alunos

uma vantagem de 4,2% em

vocabulário, 3% em matemática e

1,8% em ortografia.

Na política educativa, o estudo

recomenda combater o analfa-

betismo funcional dos pais (na

Grã-Bretanha, 15% dos adultos

têm dificuldades em ler e escre-

ver) e fomentar a leitura das

crianças nos seus tempos livres.

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17 CAESE maio 2014

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PANORAMA

Direito a decidir, sim; mas só se aprovo a escolha? A procuradoria britânica renunciou

a apresentar queixa contra dois

médicos que acordaram praticar

abortos em função do sexo do

feto, o que é ilegal. Ambos foram

filmados com câmara oculta por

jornalistas do “Telegraph”, que

pretendiam mostrar que este tipo

de abortos se está a tornar, na

Grã-Bretanha, “cada vez mais

comum por razões culturais e

sociais”.

Embora a acusação não tenha

tido sucesso, a reportagem do

“Telegraph” colocou perante a

opinião pública uma prática co-

mum na Índia e na China – onde a

preferência pelos filhos do sexo

masculino e outros fatores levam

à eliminação de milhões do sexo

feminino –, também vigente na

sociedade britânica, e não apenas

entre comunidades de imigrantes

indianos.

A polémica aberta na Grã-

-Bretanha em torno do aborto em

função do sexo, colocou os pro-

-choice perante uma pergunta

incómoda: que diferença há entre

eliminar um feto e eliminá-lo por

ser do sexo feminino?

O jornalista do “Telegraph”, Tom

Chievers, que se declara pro-

-choice, reconhece nessa publi-

cação (6.9.2013), que esta polé-

mica o incomoda bastante. Para lá

dos casos concretos denunciados

pelo seu periódico, admite que os

defensores da liberalização do

aborto “guardaram silêncio duran-

te demasiado tempo sobre o

fenómeno dos abortos seletivos

em função do sexo”.

Ele próprio teve de se violentar

para enfrentar este debate e

acaba por concluir que os abortos

deste tipo são “imorais”, “sobre-

tudo porque pressupõe admitir

que um feto do sexo feminino é

menos valioso”. Chievers não gas-

ta nem uma linha a procurar

justificar qual é a diferença – se é

que há alguma – entre eliminar

um feto e eliminá-lo por ser do

sexo feminino.

Outra pro-choice que considera

(“Is sex-selective abortion morally

acceptable? No”) “imorais” os

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18 CAESE maio 2014

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abortos em função do sexo é

Heather Widdows, professora da

Universidade de Birmingham que

se especializou em bioética e

teoria feminista. Mas ela, diver-

samente de Chievers, tenta salvar

as motivações da lógica pro-

-choice: “Embora exista um direito

a não ter um filho – a não

engravidar, a não dar à luz e a

não ser mãe –, este direito não se

alarga à capacidade de escolher o

tipo de filho que se tem”.

Mas não se entende por que os

seus argumentos contra o aborto

em função do sexo não se podem

aplicar também ao aborto en-

quanto tal. É uma prática, afirma,

que “converte as pessoas em

coisas” e favorece que os filhos

“sejam vistos como acessórios e

extensões de uma mãe”. Não é

verdade que se trate somente de

uma decisão privada, visto que “o

que se legaliza e é visto como

algo socialmente aceitável, afeta

toda a gente”. Dado que vivemos

num mundo global, “se a seleção

de sexo é admitida na Grã-

-Bretanha, as pessoas vão viajar

para cá de modo a usar este

serviço”…

Também existem autênticos pro-

-choice a quem incomoda a

prática do aborto seletivo em

função do sexo, mas que, no final,

optam por defender o direito de

escolha da mãe seja qual for o

motivo. A quem este tipo de

abortos ainda suscita reparos

morais, a Abortion Rights Coalition

of Canada (ARCC) recorda que

“não podemos restringir os direitos

da mulher ao aborto simplesmente

por haver mulheres que venham a

tomar decisões com as quais não

estejamos de acordo”.

Mas, sem dúvida, a posição mais

consequente com a lógica pro-

-choice – que as mulheres

possam decidir se continuam ou

não com a gravidez em qualquer

momento e por qualquer motivo –

é a que não distingue entre

motivos “bons” e “maus” para

abortar. Assim o explica em

“Spiked” (16.9.2013), Ann Furedi,

diretora executiva do Serviço de

Aconselhamento da Gravidez

(British Pregnancy Advisory

Service, BPAS), uma organização

que leva a cabo um quarto dos

abortos britânicos.

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19 CAESE maio 2014

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“A maioria das pessoas que se

consideram progressistas e com

abertura mental, acha que a

violação, o incesto, a juventude, a

pobreza ou, inclusivamente, o

genérico ‘não desejado’ são ‘boas

razões’ para que os médicos

aprovem o aborto; e, pelo con-

trário, a ‘seleção do sexo’ é uma

má razão que se deve impedir”.

“Não querer um bebé por ser do

sexo feminino – e o que a grávida

prefere ser do sexo masculino –

parece discriminatório, imoral, e

mesmo consumista”.

Furedi explica aos pro-choice que

a sua posição pode prejudicar

tanto a causa do aborto livre,

como a oposição dos pró-vida:

“Os políticos que desejam apre-

sentar-se com credenciais pro-

-choice têm de combater qualquer

restrição ao aborto, e não procurar

como as aumentar. (…) Ou apoia-

mos o direito a decidir da mulher

ou não o apoiamos. Não se pode

ser pro-choice exceto quando não

gostamos da escolha, porque isso

não é ser pro-choice de forma

alguma”.

A abordagem de Furedi é tão

radical como consequente: para

que uma mulher tenha direito ao

aborto, tem de se proteger em

todos os casos o seu direito a

decidir, sem que os seus motivos

tenham de ser aprovados por

quem quer que seja.

J. M.

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20 CAESE maio 2014

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PANORAMA

“El ganador se queda con todo” “Winner Take All: China’s Race for

Resources and What It Means for

the World”

Autora: Dambisa Moyo

Galaxia Gutemberg. Madrid

(2013). 320 pág.

Tradução (castelhano):

Casandra Viñuela.

De entre os diferentes temas

presentes nos fóruns internacio-

nais, existem dois que, pela sua

transcendência e impacto, vão

adquirindo atualmente um maior

protagonismo. Um deles é a es-

cassez de recursos naturais e de

matérias-primas, e o outro é o

crescimento e o inegável protago-

nismo da China no palco mundial.

Ora, Dambisa Moyo, economista e

uma das pessoas mais influentes

e incisivas sobre tendências glo-

bais, estabelece a ligação, neste

livro, entre os dois assuntos.

Através de uma minuciosa aná-

lise, o livro expõe como a China

empreendeu uma corrida para

assumir o controlo, no plano mun-

dial, de todos os recursos naturais

possíveis que satisfaçam as ne-

cessidades derivadas do seu forte

crescimento. Segundo Moyo, esta

estratégia política e económica da

China terá efeitos de grande

impacto em termos globais nos

aspetos económico-financeiro, so-

cial e, evidentemente, geopolítico.

Neste contexto, a autora inter-

roga-se sobre o que está em jogo.

E responde que, no mínimo, a

concorrência pelos recursos irá

gerar um aumento considerável

dos preços dos produtos básicos

de consumo. Desde alimentos, até

qualquer produto ou serviço rela-

cionado com a energia ou a

utilização de minerais.

Perante este panorama, a China

tomou, conscientemente, a dian-

teira aos restantes países. Tanto

assim é, que se tornou líder

mundial na obtenção de matérias-

-primas duras (metais e minerais),

soft commodities (madeira, ce-

reais e outros produtos alimenta-

res) e no desenvolvimento de

infraestruturas (estradas, portos e

vias ferroviárias) que permitem a

extração e transporte.

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21 CAESE maio 2014

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Hoje a China é, em relação aos

países desenvolvidos mais influ-

entes e aos países em desenvol-

vimento com maior riqueza em

recursos naturais, se não o

principal sócio comercial, um dos

mais importantes. A sua capa-

cidade de investimento gera, na

maioria dos países, esforços ma-

nifestos para a atrair. O seu poder

financeiro converteu a China

quase num monopsónio, isto é, no

único comprador e, como tal,

exerce o seu poder impondo

condições aos fornecedores.

Não obstante, Moyo, especialista

nestes temas, considera que o

impacto da China nos países em

desenvolvimento, em princípio os

mais vulneráveis, está a ser

positivo. O seu objetivo não é

colonizar, no sentido de influir

sobre a política dos países,

estando a contribuir com a sua

injeção de fundos, evidentemente

em troca de recursos naturais,

para o desenvolvimento de infra-

estruturas e serviços e a geração

de emprego.

Moyo não julga a China, inter-

rogando-se sim, na parte final do

livro, sobre como se pode diminuir

a tensão existente sobre os

recursos naturais, provocada por

um desequilíbrio entre a oferta e a

procura. Considera que será difícil

fazê-lo, pois a resposta e o es-

forço devem ser globais, con-

juntos e coordenados.

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22 CAESE maio 2014

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ÍNDICE · NOTÍCIAS · AGENDA · OPINIÃO · PANORAMA · DOCUMENTAÇÃO

Esta visão bastante pessimista

não é uma novidade, pois desde

meados do século XX que se vem

falando da escassez de recursos

naturais para enfrentar as neces-

sidades de uma população cres-

cente. Na altura, dizia-se que a

China seria incapaz de alimentar a

sua população. Mas desde então

aprendemos que o homem foi

capaz de criar recursos com as

inovações tecnológicas e as des-

cobertas de novas reservas, e de

libertar iniciativas empreendedo-

ras antes anuladas por espartilhos

políticos. Este esquecimento é a

parte mais débil do trabalho de

Dambisa Moyo.

L. B. M.

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23 CAESE maio 2014

DOCUMENTAÇÃO

Um claro Apelo à Ação O número 31 de “IFFD Papers”

reproduz o importante documento

final da Conferência Internacional

de Doha, organizada por motivo

do XX Aniversário do Ano

Internacional da Família, a que se

acrescentam algumas ideias com-

plementares dos oradores para

cada recomendação.

A propósito do Dia Internacional

da Família (15 de maio), suce-

deram-se as iniciativas por todo o

mundo. Efetuaram-se eventos

informativos em mais de uma

dezena de países e muitas outras

atividades em diversos lugares,

incluindo programas de rádio e

televisão, assim como alguns atos

académicos, tipo jornadas e en-

contros de especialistas. Em con-

junto, pode dizer-se que houve

uma resposta significativa da

sociedade civil (muitas destas

iniciativas estão enumeradas em

www.thefamilywatch.org/act-aiyf-

es.php).

Duas destas iniciativas merecem

especial atenção, pelo seu âmbito

global e pela sua repercussão

potencial no futuro. Em primeiro

lugar, a Declaração da Sociedade

Civil promovida pela IFFD (Inter-

national Federation for Family

Development) e à qual aderiram

centenas de organizações, legisla-

dores, académicos e represen-

tantes de ONGs em todo o mundo

(mais informação disponível em

www.thefamilywatch.org/act-daif-

es.php). Em segundo lugar, a

Conferência de Doha para come-

morar o XX Aniversário do Ano

Internacional da Família que se

realizou há algumas semanas, um

encontro não governamental

constituído como plataforma glo-

bal para a exposição e debate

onde legisladores, ONGs, espe-

cialistas, académicos e outras

partes interessadas de todo o

mundo partilharam as suas opi-

niões e experiências sobre a

centralidade da família e o seu

papel na sociedade (mais in-

formação disponível em

www.difi.org.qa/events/event-

detail/event?item=57).

O documento final desta Confe-

rência é um ‘Apelo à Ação’ dirigido

expressamente aos governos com

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24 CAESE maio 2014

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recomendações muito concretas

dirigidas a “que continuem a fazer

todo o possível para concretizar

os objetivos do Ano Internacional

da Família e dos seus processos

de acompanhamento, e para

integrar a perspetiva da família na

formulação das suas políticas

nacionais” (resolução da Assem-

bleia Geral da ONU sobre “Pre-

parativos e celebração do 20.°

aniversário do Ano Internacional

da Família”, 9 de março 2012;

A/RES/66/126), como pediu a

Assembleia Geral da ONU a todos

os estados membros. É a melhor

forma de resumir, seja os con-

teúdos da Declaração, seja os

resultados da Conferência, mos-

trando que se alcançou um con-

senso mundial no XX Aniversário

do Ano Internacional da Família e

expressando de forma explícita o

que a sociedade civil pede aos

governos como consequência.

Reproduzimos, em seguida, o

conteúdo desse ‘Apelo à Ação’,

acrescentando para cada reco-

mendação, algumas ideias ex-

pressas por alguns dos oradores

da Conferência.

Nós, os representantes da socie-

dade civil, académicos, legisla-

dores e cidadãos que partici-

pámos na Conferência Interna-

cional organizada em Doha

(Qatar) a 16 e 17 de abril de 2014

pelo Instituto Internacional da

Família de Doha (DIFI), membro

da Fundação Qatar para a

Educação, a Ciência e o

Desenvolvimento Social, de modo

a comemorar o XX Aniversário do

Ano Internacional da Família,

Tendo em consideração o tema da

Conferência, “O fortalecimento

das famílias, um caminho para o

desenvolvimento”,

Reafirmando que a família não é

apenas a principal unidade básica

da sociedade, como também o

principal agente de desenvol-

vimento sustentável, social, eco-

nómico e cultural,

Destacando a importância de

definir, implementar e avaliar

políticas orientadas para a família,

especialmente nas áreas da

erradicação da pobreza, do pleno

emprego e do trabalho digno, da

conciliação do trabalho e da

família, e da integração social e

solidariedade intergeracional,

Sublinhando que a concretização

dos objetivos de desenvolvimento,

sobretudo os que se referem à

erradicação da pobreza, educação

infantil, especialmente das rapari-

gas, e redução da mortalidade

materna dependem muito, de as

famílias serem fortalecidas para

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25 CAESE maio 2014

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cumprirem as suas numerosas

funções,

Sublinhando, além disso, que uma

orientação estratégica para a

família pressupõe uma aborda-

gem integral destinada à solução

dos persistentes desafios do de-

senvolvimento, como a desi-

gualdade e a exclusão social,

Fazem um apelo aos governos

para que fortaleçam as famílias e

lhes permitam contribuir para o

desenvolvimento através das se-

guintes ações:

1. Desenvolver políticas integrais

e coerentes e integrar uma

abordagem transversal para

apoiar a estabilidade familiar e

estabelecer ou reforçar um

procedimento nacional desti-

nado a desenvolver políticas e

programas orientados à família,

assim como destinar os recur-

sos humanos e financeiros para

os levar à prática, supervisioná-

-los e avaliá-los.

A família é a unidade básica da

sociedade e como tal deveria ser

protegida e promovida, mas nem

sempre se reconhece esta centra-

lidade nos sistemas políticos e de

investigação. As famílias estáveis

são o fundamento das sociedades

fortes: quando se rompem, os

custos são elevados, as socie-

dades sofrem e os governos ten-

dem a invadir o seu papel.

Embora exista um reconhecimen-

to universal sobre a importância

da família, não foi alcançado um

consenso formal sobre a sua

definição, o que pode ser um

obstáculo para o desenho e

implementação efetivos de políti-

cas familiares. Por isso, torna-se

mais eficaz centrar-se nas fun-

ções da família e na avaliação do

impacto dessas políticas do ponto

de vista da família (nota concetual

para a Conferência Internacional

sobre a Família de Doha, 16-17

de abril de 2014. Disponível

em www.difi.org.qa/app/wa/ca.fusi

ondev.fdevent.FDEventDirectActio

n/viewEventDocument?docId=54).

2. Promover a igualdade de

género e o fortalecimento das

mulheres, reformar as leis e

políticas discriminatórias, espe-

cialmente as que se referem à

família, e promulgar as leis

necessárias para acabar com o

casamento infantil e a violência

contra a mulher.

As sociedades mais igualitárias

funcionam melhor social e econo-

micamente, pois a igualdade –

políticas de orientação social, co-

mo políticas familiares promotoras

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26 CAESE maio 2014

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da igualdade de género e direitos

do menor – promove o desenvolvi-

mento ético, social e economica-

mente sustentável: apoia os direi-

tos do menor ao desenvolvi-

mento, e permite a mães e pais

participarem na sociedade, de

forma que a vida laboral e a

educação infantil têm neles apoio

(Ronald Wiman, ‘From Women’s

Rights to Gender Equality

Policies’. Disponível em

www.difi.org.qa/app/wa/ca.fusiond

ev.fdevent.FDEventDirectAction/vi

ewEventDocument?docId=53 ).

3. Reconhecer a contribuição dos

homens às familias e a sua res-

ponsabilidade, desenvolver po-

líticas para enfrentar a ausência

do homem e do pai para o bem-

-estar familiar, e promover a

paternidade masculina ativa.

Quanto mais tempo passam os

pais com os seus filhos, mais

impacto produzem neles. Chama-

-se ‘efeito dose’ e pressupõe

maior influência para maior inter-

ação. Este ‘efeito dose’ não

significa fazer nada de especial ou

com um elevado preço, mas mais

‘perder tempo’, fazer coisas em

conjunto e conversar sempre que

surja a ocasião. Somente saber

que se está disponível já significa

transmitir muitas coisas aos filhos,

pelo que se tem de estar muito

consciente do que se diz e do que

se faz (Adrienne Burgess,

‘Fatherhood Reclaimed: The

Making of the Modern Father’;

Vermilion, 1997).

4. Centrar-se em estratégias de

redução da pobreza que se

refiram à família como unidade

e considerar que as ruturas

familiares são tanto uma causa

originária, como um efeito dela,

e a sua prevenção uma

prioridade.

Como unidade funcional, a família

extensa tem um papel que é

primordial na redução da pobreza

e no fortalecimento económico de

todos os membros que a cons-

tituem […] Para avançar, precisa-

mos de nos centrar em dois aspe-

tos da família: o capital familiar e a

resiliência familiar. Necessitamos

de desenvolver e implementar

programas de proteção social

integrais e que estejam orientados

para a família, que sejam respei-

tadores do género e do menor,

ass im como prop ic iem uma

contribuição de políticas globais

que se venham a orientar para a

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27 CAESE maio 2014

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família, destinadas a trabalhado-

res com filhos e outras respon-

sabilidades familiares, e adotar o

foco da família em todo o

desenvolvimento de políticas

(Zitha Mokomane, ‘Confronting

Family Poverty’. Disponível em

www.difi.org.qa/app/wa/ca.fusiond

ev.fdevent.FDEventDirectAction/vi

ewEventDocument?docId=50).

5. Adotar políticas que assegurem

a conciliação de trabalho e

família, de forma que a

responsabilidade de serem pais

e manter a família não recaia

principalmente na mulher, e

colaborar com o setor privado

para proteger e ajudar os

trabalhadores com responsabili-

dades familiares.

Os dois principais objetivos nesta

área são permitir a mais mães

integrarem-se no mercado laboral

e haver uma melhoria da con-

ciliação de trabalho e família entre

as mães e entre os pais. No que

se refere ao primeiro objetivo, são

necessárias medidas políticas

para atender as mães que este-

jam temporariamente fora do mer-

cado de trabalho por causa dos

seus filhos, assim como as que

ficaram de fora, desempregadas

ou inativas.

As políticas que se tornam mais

eficazes são as que proporcionam

educação a ambos os sexos,

oportunidades de emprego em

lugares de trabalho que favore-

çam a família, baixas de materni-

dade e de parentalidade adequa-

das para ambos os pais, educa-

ção infantil de qualidade, flexível e

acessível, e ajuda social (Anne H.

Gauthier, ‘Improving the work-life

balance’, apresentação no Quarto

Fórum de Demografia organizado

pela Comissão Europeia (Bruxe-

las, 6-7.5.2013. Disponível em

ec.europa.eu/social/BlobServlet?d

ocId=10198&langId=en).

6. Valorizar a importância das

contribuições de cada geração

na família, definir e executar

políticas que reforcem a solida-

riedade e as alianças intergera-

cionais, e promover as relações

intrafamiliares saudáveis.

Há três conceitos fundamentais

sobre relações intergeracionais

com princípios úteis para cada

setor da sociedade civil examinar

o papel que cumpre no apoio às

famílias. Primeiro, a solidariedade

e interação geracional continua a

ser o fundamento principal da

segurança pessoal e social, e dos

vínculos humanos. Segundo, as

redes sociais de prestação de

cuidados podem desenvolver-se

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28 CAESE maio 2014

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quando as políticas e os progra-

mas reforçam a interligação entre

as gerações. Terceiro, as socie-

dades devem facilitar as relações

humanas para aumentar a solida-

riedade entre gerações (Donna M.

Butts, Leng Leng Thang e Alan

Hatton Yeo, ‘Policies and Pro-

grammes Supporting Inter-

generational Relations’, Back-

ground Paper for the Twentieth

Anniversary of the International

Year of the Family,

2014. Disponível em

undesadspd.org/LinkClick.aspx?fil

eticket=VGkxtn3WSyA%3D&tabid

=1733).

7. Recolha sistemática de dados e

estatísticas sobre o bem-estar

familiar, colaborando na permu-

ta de boas práticas nacionais,

regionais e internacionais.

Os legisladores examinam quase

sempre o impacto económico de

uma decisão política, mas raras

vezes perguntam qual é o impacto

familiar que produzem. As deci-

sões de políticas públicas po-

deriam ser mais eficazes se se

fundamentassem na evidência,

assente na investigação rigorosa

e na análise desapaixonada e se

tivessem em conta a contribuição

que as famílias dão à sociedade

(Karen Bogenschneider, ‘Using

Research and Analysis to Build

Better Public Policy for

Families’. Disponível em

www.difi.org.qa/app/wa/ca.fusiond

ev.fdevent.FDEventDirectAction/vi

ewEventDocument?docId=39).

8. Desenvolver e implementar po-

líticas orientadas para a família

e intervenções que reforcem e

ajudem as famílias em situa-

ções de vulnerabilidade (como

os conflitos, os desastres natu-

rais e as epidemias de saúde,

incluindo VIH/SIDA e malária).

Os cuidados de que necessita

uma pessoa que sofre de VIH ou

SIDA, envolvem um encargo tre-

mendo para os recursos humanos

e financeiros da família. Os dados

sobre a distribuição etária no VIH,

indica que os membros infetados

da família tendem a ser adultos

jovens (15-45 anos) e que a falta

de saúde neste grupo economica-

mente produtivo pressupõe uma

diminuição nos rendimentos. As

pessoas dessa idade também têm

papel importante em atividades

domésticas, como os cuidados

com os filhos e outros depen-

dentes. Em resumo, os recursos

financeiros e a capacidade de

cuidar de outros membros podem

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29 CAESE maio 2014

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ver-se reduzidos precisamente

quando são mais necessários

para a família (Chris Desmond e

Victoria Hosegood, ‘Men in

Families and Family Policy in a

Changing World’; UN Department

of Economic and Social Affairs -

Division for Social Policy and

Development, 2011).

9. Criar um ambiente que permita

uma contribuição significativa

das organizações da sociedade

civil na definição, implemen-

tação e avaliação de programas

de família e de outros que

eliminem as barreiras para o

estabelecimento, funcionamen-

to e financiamento de organiza-

ções não governamentais.

A família deveria ser um ponto de

encontro, e não um tema contro-

verso. É difícil encontrar um tema

mais universal (porque todos nós

vimos de uma família e a maioria

de nós vive num meio familiar) e

mais necessário (porque, sem a

família, a existência e o desenvol-

vimento pessoal dos indivíduos e

o desenvolvimento social tornam-

-se muito mais difíceis). Perante

isto, todo o tipo de diferenças e

desacordos deveriam dar lugar a

uma vontade comum de encontrar

o sítio a partir do qual construir as

bases da proteção que as famílias

merecem. Por outro lado, os

organismos internacionais e os

governos deveriam oferecer os

meios para promover esse con-

senso e para escutar as suas

conclusões de modo eficaz

(Ignacio Socias, ‘Civil Society and

the Family’. Disponível em

www.difi.org.qa/app/wa/ca.fusiond

ev.fdevent.FDEventDirectAction/vi

ewEventDocument?docId=37).

10. Reconhecer que as famílias se

encontram no centro do de-

senvolvimento social e asse-

gurar que integram a agenda

de desenvolvimento posterior

a 2015.

O vigésimo aniversário do Ano

Internacional da Família, celebra-

do um ano antes do prazo fixado

para a concretização dos Objeti-

vos de Desenvolvimento do Milé-

nio, dá-nos a oportunidade de vol-

tar a centrar a atenção no papel

das famílias em relação ao desen-

volvimento […] A maioria dos

Objetivos de Desenvolvimento do

Milénio, especialmente os relati-

vos à redução da pobreza, à edu-

cação das crianças e à redução

da mortalidade materna são difí-

ceis de alcançar se as estratégias

para tal efeito não se centrarem

na família […] Efetivamente, a

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30 CAESE maio 2014

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própria concretização dos obje-

tivos de desenvolvimento depende

do modo como se consiga for-

talecer as famílias para contribuí-

rem na consecução desses

objetivos (Relatório do Secretário-

-Geral das Nações Unidas sobre

‘Seguimiento del décimo aniver-

sario del Año Internacional de la

Familia y necesidades futuras’; 29

de novembro 2010, A/66/62).

As seguintes palavras do discurso

de abertura da Xequa Mozah bint

Nasser, que preside à Fundação

Qatar para a Educação, a Ciência

e o Desenvolvimento Comunitário,

explicam bem porque “a família

não é só a principal unidade bá-

sica da sociedade, como também

o principal agente de desenvol-

vimento sustentável, social, eco-

nómico e cultural”, como salienta

o Apelo. “Observamos que aquilo

que afeta os homens, mulheres,

jovens e crianças é, na realidade,

uma única coisa: a família, com o

seu conjunto de desafios e pro-

blemas. Algo que começa com o

desenvolvimento intelectual e exi-

ge o fortalecimento de todos os

seus membros no seu papel.

Fortalecer a família significa, nes-

te sentido, criar as condições para

a consolidação desse papel numa

família coerente que herda e

conserva os valores dessa coe-

são. No entanto, o Estado tam-

bém tem a sua tarefa, através do

estabelecimento de políticas e

programas que contribuam para

fortalecer a educação e a saúde,

que enfrentem as causas da

pobreza, que apoiem a concilia-

ção de família e trabalho e que

mantenham os valores de solida-

riedade e comunicação entre as

gerações” (Xequa Mozah bint

Nasser, Discurso de abertura da

Conferência Internacional sobre a

Família de Doha, 16-17 de abril de

2014).

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