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LINHA DE CUIDADO DA DERMATOLOGIA *HANSENÍASE*

[PPT]Slide 1subpav.org/download/prot/L.Cuidado_HANSENIASE_2015.ppt · Web viewLINHA DE CUIDADO DA DERMATOLOGIA *HANSENÍASE* QUANDO SUSPEITAR? Paciente apresentando dor aguda, principalmente

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LINHA DE CUIDADO DA DERMATOLOGIA

*HANSENÍASE*

A hanseníase é uma doença infecciosa crônica , causada por A hanseníase é uma doença infecciosa crônica , causada por uma bactéria, uma bactéria, Mycobacterium leprae,Mycobacterium leprae, também denominada também denominada Bacilo de Hansen.Bacilo de Hansen.

Se não diagnosticada e tratada precocemente pode ser Se não diagnosticada e tratada precocemente pode ser altamente incapacitante.altamente incapacitante.

No Brasil ainda é considerada um grave problema de Saúde No Brasil ainda é considerada um grave problema de Saúde Pública.Pública.

HANSENÍASE

Ocorre principalmente através Ocorre principalmente através das vias aéreas superiores das vias aéreas superiores

Pessoa a pessoa Pessoa a pessoa

Contato próximo e prolongado Contato próximo e prolongado

TRANSMISSÃO

Apenas 10% da população que entra em contato com um Apenas 10% da população que entra em contato com um indivíduo multibacilar, sem tratamento, pode desenvolver indivíduo multibacilar, sem tratamento, pode desenvolver a hanseníase, por isso a doença é considerada de baixa a hanseníase, por isso a doença é considerada de baixa patogenicidade.patogenicidade.

Somente as formas multibacilares da doença são Somente as formas multibacilares da doença são contagiosas.contagiosas.

HANSENÍASEHANSENÍASE

Doente bacilífero

sem tratamento

Pessoas saudáveis

90% não adoecem

10%

adoecem

Cura

FORMATUBERCULÓIDE

FORMA DIMORFA

FORMA VIRCHOWIANACura

espontânea

FORMA INDETERMINADA

HANSENÍASE - PATOGENIAHANSENÍASE - PATOGENIA

Considera-se um caso de hanseníase a pessoa que apresenta Considera-se um caso de hanseníase a pessoa que apresenta um ou maisum ou mais dos seguintes sinais: dos seguintes sinais:

a) lesão(ões) e/ou área(s) da pele com alteração de sensibilidade;a) lesão(ões) e/ou área(s) da pele com alteração de sensibilidade;

b) acometimento de nervo(s) periférico(s), com ou sem espessamento, associado a alterações b) acometimento de nervo(s) periférico(s), com ou sem espessamento, associado a alterações sensitivas e/ou motoras e/ou autonômicas; esensitivas e/ou motoras e/ou autonômicas; e

c) baciloscopia positiva de esfregaço intradérmico.c) baciloscopia positiva de esfregaço intradérmico.

O DIAGNÓSTICO É ESSENCIALMENTE CLÍNICOO DIAGNÓSTICO É ESSENCIALMENTE CLÍNICO

HANSENÍASE

OBS : A suspeição diagnóstica pode ser realizada por qualquer profissional , mas cabe ao médico o diagnóstico da hanseníase

CLASSIFICAÇÃO DE MADRI:CLASSIFICAÇÃO DE MADRI: Baseada em aspectos clínicos da doença. Baseada em aspectos clínicos da doença.

Dividida em:Dividida em:

CLASSIFICAÇÃO OPERACIONAL: CLASSIFICAÇÃO OPERACIONAL: Classificação simplificada, baseada noClassificação simplificada, baseada no

número de lesões cutâneas : número de lesões cutâneas :

paucibacilar (PB) - até 5 lesões ou paucibacilar (PB) - até 5 lesões ou

multibacilar (MB) - >5 lesõesmultibacilar (MB) - >5 lesões

CLASSIFICAÇÕES UTILIZADAS NA FICHA CLASSIFICAÇÕES UTILIZADAS NA FICHA SINAN PARA HANSENÍASESINAN PARA HANSENÍASE

Forma Indeterminada (HI) Forma Tuberculóide (HT) Forma Dimorfa (HD)ou Borderline

Forma Virchowiana (HV)

ATENÇÃO !ATENÇÃO ! Existem casos de hanseníase sem lesões na Existem casos de hanseníase sem lesões na

pele pele

Hanseníase Neural Primária.Hanseníase Neural Primária.

Após o diagnóstico da hanseníase seguir Após o diagnóstico da hanseníase seguir

os seguintes passos:os seguintes passos:

1° passo: Realizar a notificação da doença;1° passo: Realizar a notificação da doença;

2º passo: Solicitar baciloscopia do raspado dérmico;2º passo: Solicitar baciloscopia do raspado dérmico;

3° passo: Solicitar exames complementares (HMG e hepatograma).3° passo: Solicitar exames complementares (HMG e hepatograma).

4° passo: Realizar avaliação neurológica simplificada e grau de 4° passo: Realizar avaliação neurológica simplificada e grau de incapacidade ( 0, 1 ou 2 ), incapacidade ( 0, 1 ou 2 ), conforme Anexos E e F das Diretrizes para conforme Anexos E e F das Diretrizes para vigilância,atenção e eliminação da Hanseníase como problema de saúde vigilância,atenção e eliminação da Hanseníase como problema de saúde pública do MS 2016.pública do MS 2016.

HANSENÍASE

Continuando...5° passo: Se a unidade possui prontuário eletrônico preencher a aba 5° passo: Se a unidade possui prontuário eletrônico preencher a aba

referente à hanseníase;referente à hanseníase;

6° passo: Iniciar tratamento conforme classificação 6° passo: Iniciar tratamento conforme classificação

( PQT paucibacilar ou PQT multibacilar), após o resultado dos exames .( PQT paucibacilar ou PQT multibacilar), após o resultado dos exames .

7° passo: Solicitar a presença dos contatos domiciliares ( que moram ou 7° passo: Solicitar a presença dos contatos domiciliares ( que moram ou moraram com o paciente, dos últimos 5 anos) e contatos sociais com moraram com o paciente, dos últimos 5 anos) e contatos sociais com convívio prolongado. Para vigilância dos contatos domiciliares convívio prolongado. Para vigilância dos contatos domiciliares preencher o Formulário de contatos domiciliares (verso da ficha preencher o Formulário de contatos domiciliares (verso da ficha SINAN ) e indicar a BCG nos casos indicados , conforme orientação SINAN ) e indicar a BCG nos casos indicados , conforme orientação das Diretrizes para Vigilância,Atenção e Eliminação da Hanseníase das Diretrizes para Vigilância,Atenção e Eliminação da Hanseníase como Problema de Saúde Pública do MS 2016.como Problema de Saúde Pública do MS 2016.

8° passo: Preencher os boletins de acompanhamento e entregar 8° passo: Preencher os boletins de acompanhamento e entregar à CAP, para atualização dos dados , de 3/3 meses;à CAP, para atualização dos dados , de 3/3 meses;

9° passo: Mensalmente relatar em planilha os saídos de registro: 9° passo: Mensalmente relatar em planilha os saídos de registro: alta, óbito, abandono, transferências.alta, óbito, abandono, transferências.

Continuando...

1° Passo :1° Passo : NOTIFICAÇÃO HANSENÍASE NOTIFICAÇÃO HANSENÍASE

Todos os casos de Todos os casos de hanseníase devem ser hanseníase devem ser notificados.notificados.

Caso o paciente venha Caso o paciente venha transferido de outra unidade é transferido de outra unidade é necessário nova notificação necessário nova notificação do SINAN.do SINAN.

A ficha SINAN deverá ser A ficha SINAN deverá ser preenchida nos dois lados e preenchida nos dois lados e encaminhada para a CAP.encaminhada para a CAP.

2° PASSO : SOLICITAR BACILOSCOPIA DO 2° PASSO : SOLICITAR BACILOSCOPIA DO RASPADO DÉRMICORASPADO DÉRMICO

O que é a baciloscopia?O que é a baciloscopia?

Exame realizado com o objetivo de detectar bacilos no Exame realizado com o objetivo de detectar bacilos no raspado dérmico de quatro sítios (lóbulos da orelha D e E, raspado dérmico de quatro sítios (lóbulos da orelha D e E, cotovelos D e E ( ou lesão). Resultado varia de 0 a 6+.cotovelos D e E ( ou lesão). Resultado varia de 0 a 6+.

Baciloscopia negativa Baciloscopia negativa nãonão exclui o diagnóstico. exclui o diagnóstico.

COMO SOLICITAR ACOMO SOLICITAR ABACILOSCOPIA DO RASPADO DÉRMICO BACILOSCOPIA DO RASPADO DÉRMICO

??

A solicitação deve ser realizada em guia própria da baciloscopia ou A solicitação deve ser realizada em guia própria da baciloscopia ou na Requisição de Exames Complementares da SMS (subpav.org), na Requisição de Exames Complementares da SMS (subpav.org), preenchendo o nome do paciente, nome da mãe , data de preenchendo o nome do paciente, nome da mãe , data de nascimento, especificando qual a lesão onde deve ser coletado o nascimento, especificando qual a lesão onde deve ser coletado o raspado dérmico.raspado dérmico.

Se na Unidade ainda não existir profissional habilitado para coleta Se na Unidade ainda não existir profissional habilitado para coleta de baciloscopia, entrar em contato com a unidade executante de de baciloscopia, entrar em contato com a unidade executante de referência da CAP, e marcar a realização do exame .referência da CAP, e marcar a realização do exame .

A baciloscopia deve ser inserida no sistema GAL .A baciloscopia deve ser inserida no sistema GAL .

APAP UNIDADE DE SAÚDEUNIDADE DE SAÚDE

AP1.0AP1.0 CMS Marcolino Candau, CMS Oswaldo Cruz e CMS Ernesto Zefferino TibauCMS Marcolino Candau, CMS Oswaldo Cruz e CMS Ernesto Zefferino Tibau

AP2.1AP2.1 HM Rocha MaiaHM Rocha Maia

AP2.2AP2.2 Policlínica Hélio Pellegrino, CMS Maria Augusta EstrellaPoliclínica Hélio Pellegrino, CMS Maria Augusta Estrella

AP3.1AP3.1 Policlínica José Paranhos Fontenelle, CMS Maria Cristina Paumgarten, CMS José Breves, CMS Policlínica José Paranhos Fontenelle, CMS Maria Cristina Paumgarten, CMS José Breves, CMS Necker PintoNecker Pinto

AP3.2AP3.2 CMS MF Magarão, CMS Eduardo A. VilhenaCMS MF Magarão, CMS Eduardo A. VilhenaPoliclínica Rodolfo RoccoPoliclínica Rodolfo Rocco

AP3.3AP3.3 Pol. A. Amaral Peixoto, CMS Clementino Fraga, CMS Sylvio F. BraunerPol. A. Amaral Peixoto, CMS Clementino Fraga, CMS Sylvio F. Brauner

AP4.0AP4.0 CMS Jorge S. B. MelloCMS Jorge S. B. Mello

AP5.1AP5.1 CMS Waldir Franco, Pol. Manoel Guilherme da Silveira; CMS Dr. Henrique Monat e CMS Dr. Eithel CMS Waldir Franco, Pol. Manoel Guilherme da Silveira; CMS Dr. Henrique Monat e CMS Dr. Eithel P. O. Lima, CMS Prof. Masao GotoP. O. Lima, CMS Prof. Masao Goto

AP5.2AP5.2 CMS Belizário Penna, Pol Carlos A Nascimento, CF Antônio Gonçalves, CMS Manoel de Abreu, CMS Belizário Penna, Pol Carlos A Nascimento, CF Antônio Gonçalves, CMS Manoel de Abreu, CMS Alvimar de Carvalho, CMS Maia Bittencourt e CF Alkindar Soares; CMS Vila do Céu e CF Ana CMS Alvimar de Carvalho, CMS Maia Bittencourt e CF Alkindar Soares; CMS Vila do Céu e CF Ana Gonzaga Gonzaga

AP5.3AP5.3 Policlínica Lincoln de Freitas FilhoPoliclínica Lincoln de Freitas Filho

OBS: Após coleta, enviar material ao laboratório de referência para leitura

LOCAIS ONDE REALIZAR A COLETA DO RASPADO DÉRMICO

Laboratórios de referênciaLaboratórios de referência APAP

Pol. Hélio PellegrinoPol. Hélio Pellegrino AP 1.0, 2.2 e 3.2AP 1.0, 2.2 e 3.2

HM Rocha MaiaHM Rocha Maia AP 2.1AP 2.1

CF Felipe Cardoso e HM LoretoCF Felipe Cardoso e HM Loreto AP 3.1 e 3.3AP 3.1 e 3.3

HM Raphael P. SouzaHM Raphael P. Souza AP 4.0AP 4.0

Pol. Manoel Guilherme da SilveiraPol. Manoel Guilherme da Silveira AP 5.1AP 5.1

CMS Vila do CéuCMS Vila do Céu AP 5.2AP 5.2

Pol. Lincoln de Freitas FilhoPol. Lincoln de Freitas Filho AP 5.3AP 5.3

Laboratórios de referência para realização da leitura da baciloscopia

ATENÇÃO!!!!ATENÇÃO!!!!

Baciloscopia negativa Baciloscopia negativa nãonão afasta o diagnóstico da hanseníase. afasta o diagnóstico da hanseníase.

Baciloscopia positivaBaciloscopia positiva classificaclassifica o paciente como o paciente como multibacilarmultibacilar, , independente do número de lesões.independente do número de lesões.

NãoNão é necessário esperar o resultado da baciloscopia para é necessário esperar o resultado da baciloscopia para iniciar o tratamento iniciar o tratamento

Como realizar a Como realizar a baciloscopia?baciloscopia?

Em pacientes com lesões cutâneas visíveis ou áreas com alteração Em pacientes com lesões cutâneas visíveis ou áreas com alteração de sensibilidade, a coleta deverá ser feita em lóbulo auricular direito de sensibilidade, a coleta deverá ser feita em lóbulo auricular direito (LD), lóbulo auricular esquerdo (LE), cotovelo direito (CD) e lesão (LD), lóbulo auricular esquerdo (LE), cotovelo direito (CD) e lesão (L).(L).

OBS: Vídeo explicativo disponível na plataforma Subpav.OBS: Vídeo explicativo disponível na plataforma Subpav.

Protocolo da técnica de coleta e leitura:Protocolo da técnica de coleta e leitura:

Guia de procedimentos técnicos: baciloscopia em hanseníaseGuia de procedimentos técnicos: baciloscopia em hanseníase

http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_procedimentos_tecnicos_corticosteroides_hanseniase.pdfguia_procedimentos_tecnicos_corticosteroides_hanseniase.pdf

3º PASSO: SOLICITAR EXAMES 3º PASSO: SOLICITAR EXAMES COMPLEMENTARESCOMPLEMENTARES

HemogramaHemograma

HepatogramaHepatograma

Quando possível, oferecer :Quando possível, oferecer :

EPFEPF

EASEAS

Teste rápido para hepatitTeste rápido para hepatitee, sífilis, HIV, sífilis, HIV

4° PASSO : AVALIAÇÃO 4° PASSO : AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA SIMPLIFICADA E NEUROLÓGICA SIMPLIFICADA E

GRAU DE INCAPACIDADEGRAU DE INCAPACIDADE

A avaliação neurológica e o grau de incapacidade deverão A avaliação neurológica e o grau de incapacidade deverão ser avaliados a cada 3 meses até a alta por cura;ser avaliados a cada 3 meses até a alta por cura;

ou ser realizada quando o paciente apresentar qualquer ou ser realizada quando o paciente apresentar qualquer queixa que indica acometimento de nervo periférico ( perda queixa que indica acometimento de nervo periférico ( perda de força, dormência, dor etc );de força, dormência, dor etc );

Preencher Anexos E e F das Diretrizes para Preencher Anexos E e F das Diretrizes para vigilância,atenção e eliminação da Hanseníase como vigilância,atenção e eliminação da Hanseníase como problema de saúde pública do MS 2016.problema de saúde pública do MS 2016.

5º PASSO: Se a unidade possui 5º PASSO: Se a unidade possui sistema informatizado, preencher aba sistema informatizado, preencher aba do prontuário eletrônico / Hanseníasedo prontuário eletrônico / Hanseníase

6° PASSO : TRATAMENTO6° PASSO : TRATAMENTO O tratamento da hanseníase é realizado com a poliquimioterapia O tratamento da hanseníase é realizado com a poliquimioterapia

(PQT) padrão, preconizada pelo Ministério da Saúde /OMS.(PQT) padrão, preconizada pelo Ministério da Saúde /OMS.

Os medicamentos devem ser solicitados mensalmente, pelo Os medicamentos devem ser solicitados mensalmente, pelo farmacêutico da Unidade de Saúde (US), ao NAF da CAP, farmacêutico da Unidade de Saúde (US), ao NAF da CAP, através de planilha, após notificação do paciente. através de planilha, após notificação do paciente.

Esquemas: PQT paucibacilar ( Dapsona e Rifampicina) e PQT Esquemas: PQT paucibacilar ( Dapsona e Rifampicina) e PQT multibacilar( Dapsona, rifampicina e clofazimina).multibacilar( Dapsona, rifampicina e clofazimina).

A apresentação dos medicamentos é confeccionada em blisters , A apresentação dos medicamentos é confeccionada em blisters , que se dividem em duas partes:que se dividem em duas partes:

-parte superior – dose supervisionada que deve ser administrada por -parte superior – dose supervisionada que deve ser administrada por profissional de saúde a cada 28 dias e profissional de saúde a cada 28 dias e

-parte inferior será autoadministrada diariamente pelo paciente-parte inferior será autoadministrada diariamente pelo paciente

Rifampicina300 mg (RFP)

Dapsona 100 mg (DDS)

Dose supervisionada

Auto- administrada

CARTELA PAUCIBACILAR

Rifampicina300 mg (RFP)

Clofazimina 100 mg (CFZ)

Dapsona 100 mg (DDS)

Dose supervisionada

Auto-administrada

Clofazimina

CARTELA MULTIBACILAR

CASO DE HANSENÍASE

CLASSIFICAÇÃO OPERACIONAL

PB (≤5 lesões) MB (> 5 lesões)

-Iniciar PQT PB

-Notificação

-Avaliação do Grau de incapacidade

- Iniciar PQT MB - Notificação- Avaliação do Grau de Incapacidade

ALTA

6 doses ( 6 meses até 9 meses)

12 doses (12 meses até 18 meses)

ALTACasos de baciloscopia positiva, considerar como

multibacilar independemente do número de lesões

FLUXOGRAMA HANSENÍASE

Atenção!!Atenção!!

Após a primeira dose do Após a primeira dose do tratamento, o paciente tratamento, o paciente

multibacilar, na maioria dos casos multibacilar, na maioria dos casos deixa de transmitir a doença.deixa de transmitir a doença.

Pode ocorrer urina avermelhada ou alaranjada, 24 a 48 h após ingestão Pode ocorrer urina avermelhada ou alaranjada, 24 a 48 h após ingestão da Rifampicinada Rifampicina

Existe diminuição da ação do anticoncepcional pela Rifampicina. Existe diminuição da ação do anticoncepcional pela Rifampicina. Ofertar ao paciente outros métodos opcionais.Ofertar ao paciente outros métodos opcionais.

Pode ocorrer cefaléia, intolerância gástrica,vômitos, anemia (Dapsona) . Pode ocorrer cefaléia, intolerância gástrica,vômitos, anemia (Dapsona) . Tratar com sintomáticos.Tratar com sintomáticos.

Pode ocorrer xerose (ressecamento cutâneo), alteração da coloração Pode ocorrer xerose (ressecamento cutâneo), alteração da coloração da pele constipação (clofazimina). Podemos utilizar o creme de ureia da pele constipação (clofazimina). Podemos utilizar o creme de ureia 10% em mãos e pés e/ou óleo mineral no corpo. 10% em mãos e pés e/ou óleo mineral no corpo.

O QUE ORIENTAR AOS PACIENTES QUANTO AOS O QUE ORIENTAR AOS PACIENTES QUANTO AOS EFEITOS COLATERAIS DA PQT?EFEITOS COLATERAIS DA PQT?

No caso de reações graves: No caso de reações graves:

- Síndrome de Steven Jonhson Síndrome de Steven Jonhson

- Síndrome Sulfona Síndrome Sulfona

- Anemia Hemolítica graveAnemia Hemolítica grave

- Metemoglobilenemia Metemoglobilenemia

- Síndrome Pseudogripal Síndrome Pseudogripal

- ou qualquer outra situação de risco ;ou qualquer outra situação de risco ;

SOLICITAR VAGA ZERO.SOLICITAR VAGA ZERO.

Síndrome Steven Jonhson

O QUE FAZER QUANDO OCORREM O QUE FAZER QUANDO OCORREM EFEITOS COLATERAIS GRAVES DA PQT ?EFEITOS COLATERAIS GRAVES DA PQT ?

Compreende a realização do exame dermatoneurológico dos contatos e orientação sobre a transmissão e Compreende a realização do exame dermatoneurológico dos contatos e orientação sobre a transmissão e sinais e sintomas da hanseníase e aplicação de BCG nos casos indicados.sinais e sintomas da hanseníase e aplicação de BCG nos casos indicados.

Condutas:Condutas:

Sem lesões de hanseníase

Com hanseníase

Lesão suspeita de hanseníase

Avaliação da cicatriz BCG

Iniciar tratamento

Avaliação domédico ESF ou

especialista

Crianças <1 ano de idade com uma cicatriz de BCG

não necessitam da 2ª dose

Crianças >1 ano de idade esquema igual ao adulto.

7º PASSO VIGILÂNCIA DE CONTATOS

Diretrizes para vigilância,atenção e eliminação da Hanseníase como problema Diretrizes para vigilância,atenção e eliminação da Hanseníase como problema de saúde pública do MS 2016.de saúde pública do MS 2016.

CONSIDERAÇÕES:CONSIDERAÇÕES: TODOS os contatos intradomiciliares deverão ser avaliados .TODOS os contatos intradomiciliares deverão ser avaliados .

Os contatos sociais deverão ser avaliados quando houver Os contatos sociais deverão ser avaliados quando houver convívio próximo e prolongado.convívio próximo e prolongado.

Nesses casos, deverão ser montadas estratégias para não Nesses casos, deverão ser montadas estratégias para não vincular a doença ao indivíduo, evitando discriminação e possíveis vincular a doença ao indivíduo, evitando discriminação e possíveis penalidades.penalidades.

Poderá ser feita, por exemplo, ação coletiva.Poderá ser feita, por exemplo, ação coletiva.

7º PASSO VIGILÂNCIA DE CONTATOS

Diretrizes para vigilância,atenção e eliminação da Hanseníase como problema Diretrizes para vigilância,atenção e eliminação da Hanseníase como problema de saúde pública do MS 2016.de saúde pública do MS 2016.

8° PASSO: PREENCHER OS 8° PASSO: PREENCHER OS BOLETINS DE BOLETINS DE

ACOMPANHAMENTOACOMPANHAMENTO

Anexo V , PORTARIA 3.125, Ministério da Saúde 2010.

• O ANEXO DEVERÁ SER EMITIDO PELO BANCO DE DADOS SINAN O ANEXO DEVERÁ SER EMITIDO PELO BANCO DE DADOS SINAN MENSALMENTE PELAS CAPs E ENVIADO ÀS UNIDADES PARA MENSALMENTE PELAS CAPs E ENVIADO ÀS UNIDADES PARA ATUALIZAÇÃO.ATUALIZAÇÃO.

• O ANEXO DEVERÁ SER DEVOLVIDO À CAP, APÓS PREENCHIMENTO.O ANEXO DEVERÁ SER DEVOLVIDO À CAP, APÓS PREENCHIMENTO.

9º PASSO : REGISTRO DAS 9º PASSO : REGISTRO DAS SAÍDAS SAÍDAS

MENSALMENTE RELATAR EM PLANILHA OS CASOS SAÍDOS MENSALMENTE RELATAR EM PLANILHA OS CASOS SAÍDOS DE REGISTRO (SE HOUVER): ALTA, ÓBITO, ABANDONO, DE REGISTRO (SE HOUVER): ALTA, ÓBITO, ABANDONO, TRANSFERÊNCIAS.TRANSFERÊNCIAS.

ENVIAR PARA CAP.ENVIAR PARA CAP.

SITUAÇÕES SITUAÇÕES ESPECIAISESPECIAIS

Reações HansênicasReações Hansênicas São São reações inflamatóriasreações inflamatórias que podem acometer o paciente que podem acometer o paciente antes, antes,

durante ou apósdurante ou após o tratamento com a poliquimioterapia (PQT) o tratamento com a poliquimioterapia (PQT) padrão, representando uma urgência.padrão, representando uma urgência.

Pode ser desencadeada por: infecções, stress físico ou emocional, Pode ser desencadeada por: infecções, stress físico ou emocional, cirurgias, traumas, vacinação, gestação...cirurgias, traumas, vacinação, gestação...

Pacientes com reação devem ser encaminhados para referência da área.

Reações HansênicasReações Hansênicas Podem ser de 2 tipos : Podem ser de 2 tipos :

1) 1) Tipo 1Tipo 1 ou reação reversaou reação reversa

ocorre inflamação súbita das lesões pré existentes e/ou ocorre inflamação súbita das lesões pré existentes e/ou surgimento de novas lesões. surgimento de novas lesões.

2) 2) Tipo 2Tipo 2 - -

a a manifestação mais comum é o manifestação mais comum é o eritema nodoso hansênico. eritema nodoso hansênico. Pode haver: Pode haver:

aparecimento súbito de nódulos (caroços) vermelhos e doloridos; aparecimento súbito de nódulos (caroços) vermelhos e doloridos;

piora do quadro geral com febre, mal estar, feridas e piora do quadro geral com febre, mal estar, feridas e adenomegalias; dor e vermelhidão nos olhos; adenomegalias; dor e vermelhidão nos olhos;

diminuição súbita da acuidade visual; edema de mãos, pernas, pés diminuição súbita da acuidade visual; edema de mãos, pernas, pés e face.e face.

NEURITENEURITE

É uma inflamação aguda do nervo periférico que pode evoluir com sequelas se não for detectada

precocemente.

Pode ocorrer na reação do tipo 1, tipo 2 ou se apresentar isoladamente

QUANDO SUSPEITAR? Paciente apresentando dor aguda, principalmente em nervos Paciente apresentando dor aguda, principalmente em nervos

de face, mãos e/ou pés;de face, mãos e/ou pés;

Piora da sensibilidade de mãos e pés;Piora da sensibilidade de mãos e pés;

Perda súbita da força muscular ou surgimento de paralisias Perda súbita da força muscular ou surgimento de paralisias em face, mãos e pésem face, mãos e pés

O QUE FAZER?O QUE FAZER?

Encaminhar o paciente para referência da área: Encaminhar o paciente para referência da área: Dermatologista e Terapeuta Ocupacional.Dermatologista e Terapeuta Ocupacional.

Com Terapeutas OcupacionaisCom Terapeutas Ocupacionais

CAPCAP Unidades de SaúdeUnidades de Saúde

1.01.0 CMS Ernesto Zeferino Tibau JrCMS Ernesto Zeferino Tibau Jr

2.12.1 CMS Píndaro de Carvalho RodriguesCMS Píndaro de Carvalho Rodrigues

2.22.2 Centro Municipal de Reabilitação Oscar ClarkCentro Municipal de Reabilitação Oscar Clark

3.13.1 Pol. José Paranhos Fontenelle; CMS Mª Cristina R. Paugartten; Pol. José Paranhos Fontenelle; CMS Mª Cristina R. Paugartten;

Pol. Newton Alves CardosoPol. Newton Alves Cardoso

3.23.2 Centro Municipal de Reabilitação do Engenho de DentroCentro Municipal de Reabilitação do Engenho de Dentro

3.33.3 CMS Alberto Borgerth; CMS Augusto Amaral Peixoto; CMS Alberto Borgerth; CMS Augusto Amaral Peixoto;

CMS Clementino FragaCMS Clementino Fraga

4.04.0 CMS Newton BethlenCMS Newton Bethlen

5.15.1 CMS Waldyr Franco; Pol. Manoel G. Silveira FilhoCMS Waldyr Franco; Pol. Manoel G. Silveira Filho

5.25.2 CMS Belizário Penna; CMS Mário Rodrigues Cid ;CMS Belizário Penna; CMS Mário Rodrigues Cid ; CMS Mário Vitor de Assis Pacheco

5.35.3 Pol. Lincoln de Freitas FilhoPol. Lincoln de Freitas Filho

REFERÊNCIAS EM PREVENÇÃO DE REFERÊNCIAS EM PREVENÇÃO DE INCAPACIDADESINCAPACIDADES

O diagnóstico da hanseníase , na maioria dos casos é clínico, O diagnóstico da hanseníase , na maioria dos casos é clínico, mas em algumas situações é necessário a realização de biópsia mas em algumas situações é necessário a realização de biópsia para fechar o diagnóstico, que deve preferencialmente, ser para fechar o diagnóstico, que deve preferencialmente, ser indicada pela referência. indicada pela referência.

O material deve ser encaminhado em formol a 10%, em frasco de O material deve ser encaminhado em formol a 10%, em frasco de boca larga, acompanhado do formulário de solicitação de exame boca larga, acompanhado do formulário de solicitação de exame histopatológico para a referência da CAP.histopatológico para a referência da CAP.

Solicitar no pedido de exame histopatológico, coloração para Solicitar no pedido de exame histopatológico, coloração para BAAR.BAAR.

Quando indicar biópsia de pele na Hanseníase?

REFERÊNCIAS PARA HISTOPATOLÓGICO

CAP REFERÊNCIA LABORATÓRIO CONTRATADO

1.0 ********** AFIP2.1 H M JESUS DASA2.2 H M JESUS DASA3.1 H FEDERAL

BONSUCESSOAFIP

3.2 ********** AFIP3.3 ********** AFIP4.0 H M LOURENÇO

JORGEDASA

5.1 H M JESUS DASA5.2 H M JESUS DASA5.3 H M JESUS DASA

Casos notificados em <15 anos: Casos notificados em <15 anos: além da notificação SINAN, além da notificação SINAN, deve ser preenchido o deve ser preenchido o Protocolo de Investigação Protocolo de Investigação Diagnóstica de Casos em Diagnóstica de Casos em Menores de 15 anos (Anexo Menores de 15 anos (Anexo C) das C) das Diretrizes para Diretrizes para vigilância,atenção e eliminação da vigilância,atenção e eliminação da Hanseníase como problema de Hanseníase como problema de saúde pública do MS 2016.saúde pública do MS 2016.

HANSENÍASE EM MENORES DE 15 ANOS

Casos notificados como recidiva: Casos notificados como recidiva:

ATENÇÃO:ATENÇÃO:

Além da notificação, deve ser preenchida a Ficha de Além da notificação, deve ser preenchida a Ficha de Investigação de Suspeita de recidiva (Anexo D) , das Investigação de Suspeita de recidiva (Anexo D) , das Diretrizes para vigilância,atenção e eliminação da Diretrizes para vigilância,atenção e eliminação da Hanseníase como problema de saúde pública do MS 2016.Hanseníase como problema de saúde pública do MS 2016.

Casos de Casos de RecidivaRecidiva

DOSE SUPERVISIONADADOSE SUPERVISIONADA

28/28 dias28/28 dias

1a1a 2a2a 3a3a 4a4a 5a5a 6a6a ALTAALTA

Blister PBBlister PB XX XX XX XX XX XX XX

BaciloscopiaBaciloscopia XX

Avaliação neurológica simplificada e do grau Avaliação neurológica simplificada e do grau de Incapacidadede Incapacidade

XX XX XX

Notificação SINANNotificação SINAN XX Informar dados no Boletim Informar dados no Boletim de Acompanhamento de de Acompanhamento de

CasosCasos

Informar Informar alta por alta por

curacura

HemogramaHemograma XX

U CR TGO TGP FAU CR TGO TGP FA XX

EAS / EPFEAS / EPF XX

Regularidade: 6 cartelas em até 9 mesesRegularidade: 6 cartelas em até 9 meses

Resumo para acompanhamento dos casos paucibacilares

DOSE SUPERVISIONADA

28/28 dias

1a1a 2a 3a 4a 5a 6a 7a 8a 9a 10a 11a 12a A LTA

Blister MBBlister MB XX XX XX XX XX XX XX XX XX XX XX XX XX

BaciloscopiaBaciloscopia XX

Avaliação neurológica Avaliação neurológica simplificada e do Grau de simplificada e do Grau de IncapacidadeIncapacidade

XX XX XX XX XX

Notificação SINANNotificação SINAN XX Informar dados no Boletim de Informar dados no Boletim de Acompanhamento de CasosAcompanhamento de Casos

Informar Informar alta por alta por curacura

HemogramaHemograma XX

U CR TGO TGP FA U CR TGO TGP FA ƍGTƍGT

XX

EAS, EPFEAS, EPF XX

CRITÉRIO DE REGULARIDADE: 12 DOSES EM ATÉ 18 MESESCRITÉRIO DE REGULARIDADE: 12 DOSES EM ATÉ 18 MESES

Esquema simplificado para acompanhamento dos casos

multibacilares

PORTARIA GM/MS 3.125 de 7 de outubro de 2010 PORTARIA GM/MS 3.125 de 7 de outubro de 2010 - -

http://www.anvisa.gov.br/hotsite/talidomida/legis/portaria_n_3125_hanseniase_2010.pdfhttp://www.anvisa.gov.br/hotsite/talidomida/legis/portaria_n_3125_hanseniase_2010.pdf

Cadernos de Atenção Básica N 21 – Vigilância em Saúde Cadernos de Atenção Básica N 21 – Vigilância em Saúde - -

http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cadernos_atencao_basica_vigilancia_saude.pdfhttp://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cadernos_atencao_basica_vigilancia_saude.pdf

Guia de procedimentos técnicos: baciloscopia em hanseníase Guia de procedimentos técnicos: baciloscopia em hanseníase

http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_procedimentos_tecnicos_corticosteroides_hanseniase.pdfhttp://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_procedimentos_tecnicos_corticosteroides_hanseniase.pdf

Manual de Prevenção de IncapacidadesManual de Prevenção de Incapacidades

http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_prevencao_incapacidades.pdf

Orientações para uso: corticosteroides em hanseníase Orientações para uso: corticosteroides em hanseníase

http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/orientacoes_para_corticosteroides_hanseniase.pdf

Bibliografia

EquipeEquipeCoordenadora de Doenças Transmissíveis:Patrícia Durovni – [email protected]

Gerente da Dermatologia SanitáriaCristiane Saad – [email protected]

Técnicas do Programa de Dermatologia Sanitária Maria Edilene Lopes Maria Cristina Dias Mariana França Rachel Tardin

Contato: 3971-1796/1639/1665 [email protected]