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R$ 1,00 www.jornaldasalagoas.com.br Alagoas, 3 de julho | Ano 1 | Nº 307 | 2020 Congresso promulga emenda que adia eleições municipais Página 6 Contas públicas devem fechar ano com déficit de R$ 828,6 bilhões Página 7 Bolsonaro: Mercosul é parte das soluções para recuperação Página 6 Fase laranja: hoje 60% das lojas do Centro vão abrir Mãos Que Ajudam: uma lição de solidariedade na pandemia De acordo com a Aliança Comercial, hoje, com o início da “fase laranja”, mais de 60% das lojas do Centro de Maceió serão reabertas, pois se enquadram nos critérios do novo decreto estadual. O funcionamento será em horário especial para que os estabelecimentos se ade- quem ao protocolo sanitário. O Centro abrirá às 10h e en- cerrará as atividades às 17h. Para a entidade representa- tiva do setor, a retomada é importante para evitar mais falências e salvar postos de trabalho. O período é de 14 dias e, depois disso, haverá nova avaliação e pode haver avanço ou retrocesso de fase. Página 5 O programa mundial de ajuda humanitária Mãos Que Ajudam, de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, deu continuidade às ações do projeto Mãos Que Aju- dam a Preservar Vidas, ontem, com entrega de cestas bási- cas, luvas de procedimentos médicos e máscaras de tecido. As máscaras de tecido foram confeccionadas por membros e amigos da Igreja de Jesus Cristo, de forma voluntária. Ao todo foram doadas em Maceió mais de 25 mil máscaras. No dia de ontem, foram entregues máscaras de tecido e cestas básicas no Lar de Amparo à Criança para Adoção (Laca) e no Lar da Menina. Máscaras de tecido foram entregues a duas entidades que atendem os moradores da orla lagunar e as luvas servirão para os profissionais de saúde do Hos- pital da Mulher, Santa Mônica, PSF do Pinheiro e postos de saúde do Pinheiro e da Pitanguinha. Página 8 PRAIAS DE MACEIÓ SERÃO ‘REABERTAS’ HOJE COM O NOVO DECRETO DE RUI PALMEIRA ISOLAMENTO SOCIAL Como era esperado, o prefeito de Maceió, Rui Palmeira, acompanhará o governador Renan Filho na decisão da retomada gradativa das atividades comerciais na capital alagoana. Na manhã de hoje, as lojas – com até 400 metros quadrados – serão reabertas, assim como salões de beleza, barbearia e igrejas, desde que respeitem a norma de 30% da capacidade de ocupação. A novidade do decreto municipal é que o chefe do Executivo de Maceió decidiu “reabrir” a orla marítima para que a popula- ção tenha acesso às praias. No entanto, ainda haverá restrições. Estão proibidas atividades que gerem aglomeração e os ambulantes não estão autorizados a trabalhar. O decreto de Rui Palmeira terá o prazo de 15 dias. A Prefeitura de Maceió e o governo de Alagoas seguem alinha- dos nas decisões em relação ao distanciamento social e as medidas de combate ao coronavírus em Alagoas. Página 4 Prefeito acompanhará a decisão de Renan Filho de decretar a “fase laranja” na capital alagoana e comércio inicia a retomada Iracema Ferro VISITE NOSSO SITE: WWW.JORNALDASALAGOAS.COM.BR

PRAIAS DE MACEIÓ SERÃO REABERTAS HOJE COM O ......2020/07/01  · 60% das lojas do Centro vão abrir Mãos Que Ajudam: uma lição de solidariedade na pandemia De acordo com a Aliança

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R$ 1,00 www.jornaldasalagoas.com.brAlagoas, 3 de julho | Ano 1 | Nº 307 | 2020

Congresso promulga emenda que adia eleições municipais

Página 6

Contas públicas devem fechar ano com déficit de R$ 828,6 bilhões

Página 7

Bolsonaro: Mercosul é parte das soluções para recuperação

Página 6

Fase laranja: hoje60% das lojas do Centro vão abrir

Mãos Que Ajudam: uma lição de solidariedade na pandemia

De acordo com a Aliança Comercial, hoje, com o início da “fase laranja”, mais de 60% das lojas do Centro de Maceió serão reabertas, pois se enquadram nos critérios do novo decreto estadual. O funcionamento será em horário especial para que os estabelecimentos se ade-quem ao protocolo sanitário. O Centro abrirá às 10h e en-cerrará as atividades às 17h. Para a entidade representa-tiva do setor, a retomada é importante para evitar mais falências e salvar postos de trabalho. O período é de 14 dias e, depois disso, haverá nova avaliação e pode haver avanço ou retrocesso de fase. Página 5

O programa mundial de ajuda humanitária Mãos Que Ajudam, de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, deu continuidade às ações do projeto Mãos Que Aju-dam a Preservar Vidas, ontem, com entrega de cestas bási-cas, luvas de procedimentos médicos e máscaras de tecido.

As máscaras de tecido foram confeccionadas por membros e amigos da Igreja de Jesus Cristo, de forma voluntária. Ao todo foram doadas em Maceió mais de 25 mil máscaras. No dia de ontem, foram entregues máscaras de tecido e cestas básicas no Lar de Amparo à Criança para Adoção (Laca) e

no Lar da Menina. Máscaras de tecido foram entregues a duas entidades que atendem os moradores da orla lagunar e as luvas servirão para os profissionais de saúde do Hos-pital da Mulher, Santa Mônica, PSF do Pinheiro e postos de saúde do Pinheiro e da Pitanguinha. Página 8

PRAIAS DE MACEIÓ SERÃO ‘REABERTAS’ HOJE COM O NOVO DECRETO DE RUI PALMEIRA

ISOLAMENTO SOCIAL

Como era esperado, o prefeito de Maceió, Rui Palmeira, acompanhará o governador Renan Filho na decisão da retomada gradativa das atividades comerciais na capital alagoana. Na manhã de hoje, as lojas – com até 400 metros quadrados – serão reabertas, assim como salões de beleza, barbearia e igrejas, desde que respeitem a norma de 30% da capacidade de ocupação. A novidade do decreto municipal é que o chefe do Executivo de Maceió decidiu “reabrir” a orla marítima para que a popula-ção tenha acesso às praias. No entanto, ainda haverá restrições. Estão proibidas atividades que gerem aglomeração e os ambulantes não estão autorizados a trabalhar. O decreto de Rui Palmeira terá o prazo de 15 dias. A Prefeitura de Maceió e o governo de Alagoas seguem alinha-dos nas decisões em relação ao distanciamento social e as medidas de combate ao coronavírus em Alagoas. Página 4

Prefeito acompanhará a decisão de Renan Filho de decretar a

“fase laranja” na capital alagoana e comércio inicia a retomadaIracema Ferro

V I S I T E N O S S O S I T E : W W W . J O R N A L D A S A LA G O A S . C O M . B R

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OPINIÃO

20203 de julho2

Jorge TinocoDiretor-Executivo

Luis VilarEditor-Geral

Para anunciar(82) 3028.2050

CNPJ33.009.776/0001-21

EndereçoRua Barão de Penedo, 36

Edifício Delmiro Gouveia,

Sala 205 - Centro

CEP 57.020-340

Maceió - Alagoas

[email protected]

[email protected]

Sitewww.jornaldasalagoas.com.br

Os artigos assinados são de

inteira responsabilidade de

seus autores.

EXPEDIENTE

O escritor George Orwell, que na realida-

de é o pseudônimo Eric Arthur Blair, se

tornou célebre pelas denúncias que fez

dos regimes totalitários em duas obras:

a fábula A Revolução dos Bichos e a

distopia 1984.

Orwell, que ainda acreditava nos ideais

românticos socialistas, mirou no opressi-

vo e genocida regime stalinista.

Todavia, em suas duas obras, mas do que

uma denúncia – de forma romanceada

– de um regime totalitário real, eis que

ficaram lições para o futuro.

Em 1984, por exemplo, Orwell mostra

um Estado que se ocupa de tudo, inclusi-

ve de reescrever o passado para dominar

o futuro e impedir que – no presente –

pessoas possam ter uma visão crítica a

respeito do Grande Irmão, a figura ditato-

rial do sistema implantado.

Um dos órgãos repressivos que chama

atenção é o Ministério da Verdade.

Em outras palavras, é dado ao Estado o

direito de dizer o que é ou não correto,

inclusive reescrevendo, de forma men-

tirosa, o passado. Enxergamos ali uma

visão de Benito Mussolini, o líder fascista,

em que tudo se faz pelo Estado, para o

Estado e com o Estado.

Esse é o perigo do precedente aberto

pelo projeto de lei das fake news. Em

nome de combater o que de fato é um

problema (a disseminação de notícias

falsas), a matéria pode acabar por impor

a censura prévia ou promover a perse-

guição por meio de um órgão oficial de

checagem que dite o que é real ou não.

Ora, é válido lembrar que os crimes e

delitos que podem ser cometidos no

exercício da liberdade de expressão já

estão tipificados nos códigos brasileiros,

como ocorre com a injúria, a calúnia, a

difamação etc.

Quem os cometer, e ainda mais se hou-

ver associação criminosa para tanto, que

pague por eles dentro do que já é previs-

to em nosso ordenamento jurídico.

O controle imposto às plataformas de

disseminação de conteúdo, por exemplo,

pode ser transformado em instrumento

de censura prévia por quem ocupe o

governo de plantão.

Portanto, o senador alagoano Rodrigo

Cunha (PSDB) – com o qual tenho uma

série de discordâncias – está coberto de

razão ao colocar que o texto aprovado

pelo Senado Federal tem “vícios im-

portantes e atenta contra um princípio

inegociável: a liberdade de expressão”.

A nota encaminhada por sua assessoria

de imprensa faz todo o sentido.

Cunha destaca que um dos problemas é

o avanço sobre o princípio básico da pri-

vacidade. Dos três senadores alagoanos,

o tucano foi o que fez a melhor leitura

dos perigos postos pela tal matéria apro-

vada pelo Senado Federal. Que a Câmara

dos Deputados possa compreender isso.

Quem é contra esse projeto não é favo-

rável a fake news. Quem fala isso usa da

falácia retórica. Uma velha tática, um es-

tratagema, já tão denunciado por Arthur

Schopenhauer, em A Arte de Vencer o

Debate Sem Ter Razão.

Quem é contra esse projeto se posiciona

pela liberdade de expressão deixando cla-

ro que no exercício de qualquer liberdade

aquele que comete delitos ou crimes

tem que ser punido dentro da legislação

vigente.

O Estado não pode – entretanto – ser

um tutor na busca pela ação prévia e

criando mecanismos que se aproximam

do Ministério da Verdade criado por

Orwell. Em Orwell, entretanto, esse

instrumento é parte de uma ficção. No

Brasil, ele pode se tornar realidade.

Ninguém aqui está defendendo o uso de

perfis falsos, a disseminação de conte-

údos inverídicos seja de que forma for,

muito menos as campanhas difamatórias

que visam o assassinato de reputação.

Isso – evidentemente – precisa ser com-

batido, fazendo com que quem cometa

tais atos responda por eles.

Rodrigo Cunha destaca ainda – e eu con-

cordo com ele – que o Senado Federal

fez questão de atropelar o assunto sem

sequer ao menos discuti-lo da forma

que deveria. Houve sim uma tramitação

apressada, como destaca o senador

alagoano.

E quando uma matéria anda dessa forma

dentro do Senado Federal, que deveria

ter outras prioridades nesse momento,

é porque há interesses inconfessos. Não

tenham dúvidas disso. O que alguns

políticos não aceitam é o que ocorreu no

país nos últimos tempos, onde a plurali-

dade de ideias realmente se fez, furando

uma espiral de silêncio formada por uma

intelectualidade orgânica que acredita-

va ser o limite do que poderia ser dito,

falado ou ouvido.

O que está em jogo é o seguinte: o es-

tamento burocrático brasileiro – domi-

nando pela ignorância e o politicamente

correto – está assustado e quer criar

meios de uma hegemonia. Deem poder

coercitivo ainda mais demasiado ao

Estado e acontecerá o seguinte: um dia a

vítima será você e não mais aqueles que

não possuem o seu apreço.

Para fazer justiça, também é preciso

lembrar que o senador Fernando Collor

de Mello (PROS) se posicionou contrá-

rio à matéria. Collor também defendeu

a liberdade de expressão em suas redes

sociais e enxergou o perigo no proje-

to aprovado pelo Senado Federal. No

entanto, o destaque vai para Rodrigo

Cunha pela profundidade de seus argu-

mentos.

Agora, o projeto segue para a Câmara

dos Deputados. Que os nossos par-

lamentares consigam refletir sobre a

gravidade do que consta nesse projeto.

Em Alagoas, são nove votos. Cabe a

nós, eleitores, pressioná-los no sentido

de garantir a liberdade. Afinal, como já

dito, em nome de combater o problema

real, o Estado está se posicionando com

um remédio que traz efeitos colaterais

piores do que a doença a ser atacada.

E D I T O R I A L

A posição de Rodrigo Cunha e George Orwell

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3 de julho 32020

OPINIÃO

Faz aproximadamente um ano e meio que retornei para Alagoas e assumi o cargo de De-legado de Polícia, após uma breve temporada na mesma função no Estado do Maranhão. Durante estes quase seis anos em que dirigi unidades policiais, desempenhei sempre, com minhas equipes, nosso trabalho em delega-cias do interior, fazendo o que chamamos de “clínica geral”, onde investigamos homicídios, roubos, tráfico, violência doméstica, os mais variados crimes.

Na última semana, recebemos um convite para assumir a titularidade da Delegacia de Narcóticos (DNARC), que tem a respon-sabilidade de investigar o tráfico de drogas em todo o Estado. Em especial, o tráfico de grandes quantidades de entorpecentes. Não houve muito tempo para reflexão e aceitamos enfrentar o desafio.

A minha resposta foi a de quem tem o co-nhecimento de que o trabalho à frente não é pequeno: “não garanto sucesso, mas não falta-

rá empenho para oferecer o melhor para a Po-lícia Civil e para a sociedade alagoana”. Acho que é esse o pensamento que deve nortear os servidores públicos em geral: tentar dar o melhor de si para quem paga o seu salário.

O principal desafio é manter a equipe empolgada ao investigar um crime que não tem fim, afinal o tráfico de drogas é um comércio, ainda que ilegal, e segue o fluxo da oferta e demanda. E sabemos que é enorme a demanda por drogas, dos mais variados tipos, desde a maconha, cocaína ou mesmo drogas sintéticas, estas duas últimas de grande valor monetário e usadas por pessoas com maior poder aquisitivo.

É um novo capítulo a ser escrito na nossa história profissional na Polícia Civil de Ala-goas. Mas é fruto do trabalho que desempe-nhamos por onde passamos. Quanto mais se trabalha, mais se recebe convites para locais onde se tem mais trabalho a desempenhar. Pelo menos essa devia ser a regra geral.

A carreira policial é

repleta de novos desafios

ARTIGO | Sidney Tenório*

* É delegado e jornalista

EM ALTA

EM BAIXA

Um trabalho inédito – por meio de uma fer-ramenta desenvolvida pela Knew Estratégia,

mostra um ranking da influência digital de

todos os políticos alagoanos. O ranking conse-gue mostrar um panorama completo da atu-ação desse agentes públicos nas redes sociais

e aponta quais são os vereadores, prefeitos, deputados estaduais e federais e senadores que possuem o melhor desempenho e audiência no ambiente virtual. A ferramenta pode ainda au-xiliar o eleitor a conhecer o perfil desses políti-cos. Alguns deles serão candidatos no processo eleitoral desse ano. Não deixa de ser – portanto

– uma pesquisa interessante para o conheci-mento do cidadão. Quem tiver a curiosidade

pode acompanhar o resultado da pesquisa no seguinte endereço: http://www.knew.com.

br/ranking/alagoas. O trabalho não analisa o mérito do que é dito ou defendido por esses

políticos, mas a forma como eles conseguem se fazer presente com as ideias que defendem.

Teca Nelma negou que esteja em negociação a

proposta dela ser vice na chapa de João Henrique

Caldas, o JHC (PSB), visando a Prefeitura

de Maceió. Até aí, tudo bem. O nome de Nelma de fato circula nos bastidores. O problema é

ela ter dito – ao afirmar que tem 21 anos – que há um preconceito na legislação que impede a

candidatura de pessoas de 21 anos à presidência da República ou ao Senado Federal. Nelma vem com o discurso do “politicamente correto” que

adora enxergar preconceito em tudo. Bobagem. A razão da lei é garantir que haja pelo menos

um acúmulo de experiências para esses cargos, experiência essa que pode ser adquirida na

própria política, passando por cargos de menor dimensão. É claro que podem existir jovens que

acumularam mais experiências que pessoas mais velhas. Afinal, a complexidade humana é

uma realidade. A legislação é produzida pensan-do no cenário ideal e nas condições gerais. Teca perdeu uma oportunidade de ficar calada, mas se deixa contaminar pelos discursos da moda.

CENA

URBANA

Essa cena é o que sobrou

do EcoPark, na Serraria.

O parque aquático, que

era sucesso de público

nos finais de semana,

hoje está completamen-

te abandonado, cheio de

mato, a pouca água que

ainda resta em suas pis-

cinas estão imundas, um

ambiente bastante propí-

cio para a proliferação do

mosquito da dengue, que

anda um pouco esquecido

Ma

ce

ió O

rdin

ári

o

em tempos de pandemia do

novo coronavírus, mas que

não deixa de ser um proble-

ma grave. Os moradores da

região estão preocupados.

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Renan Filho publicou o novo decreto estadual no dia 30 de junho.

Nele, os empresários – com loja de até 400 metros quadra-dos – receberão autorização para funcionar dentro de um rígido protocolo sanitário. O mesmo ocorre com salões de beleza e barbearia. Além dos empreendimentos, também há a liberação para a abertura de igrejas e templos religiosos, desde que com 30% da capaci-dade de ocupação.

No interior do Estado de Alagoas, entretanto, segue a fase vermelha. As medidas adotadas pelo governo esta-dual só não foram adotadas de imediato porque na capi-tal ainda estava em vigência o decreto municipal de Rui Palmeira. O prefeito optou por não revogar, mas esperar o término desse, no dia de ontem, para então seguir as

medidas do Executivo esta-dual.

NOVIDADEA novidade por parte da

Prefeitura de Maceió será a liberação das praias, como já anunciado por Rui Palmeira em entrevista a imprensa. No

entanto, mesmo com a reti-rada das grades colocadas nas orlas de Maceió, as atividades físicas que gerem aglomera-ção ainda não foram liberadas. Também não será possível colocar mesas e cadeiras na região. Na prática, portanto, os ambulantes ainda não pode-

rão retornar ao trabalho na orla marítima.

As caminhadas no calça-dão e o uso das ciclovias serão autorizadas, mas continuarão interditadas as academias, parques e campos da orla de Maceió. Rui Palmeira diz que avaliará – em um período de 15 dias – para saber se vai haver mais aberturas em um próximo decreto. O prefeito destacou a importância da população fazer a sua parte para que os números de contá-gio não voltem a crescer na capital alagoana.

“É impossível fiscalizar toda cidade. É preciso que se tenha consciência cidadã. Muitas pessoas aprendem da pior maneira que é se contaminando”, colocou Rui Palmeira. Ele destacou ainda que o número de atendimen-tos nas centrais caiu e que os sepultamentos diminuíram.

MACEIÓ

Rui Palmeira vai liberar praias de Maceió em novo decreto municipal

O decreto municipal que define as medidas

de enfrentamento à pandemia do novo

coronavírus em Maceió encerrou

sua vigência ontem. Em entendimento com o governador

Renan Filho (MDB), Rui Palmeira (sem

partido) publicará o novo decreto no dia de hoje. A novidade é que o Executivo municipal

seguirá na linha do que foi determinado

pelo governo estadual para que seja dado

início a fase laranja em Maceió.

20203 de julho4

CORONAVÍRUS | Prefeito da capital seguirá o entendimento do governo estadual para o início da fase laranja

Ao anunciar o início gradual das atividades econômicas não essen-

ciais de alguns setores para hoje em Maceió, o governador Renan Filho enfatizou que o avanço para as próximas fases do Plano de Distanciamento Social Controlado dependerá da cola-boração de todos: dos cidadãos e do setor produtivo.

“A participação dos alago-anos é fundamental. Vamos continuar solicitando que todos cumpram as medidas de distan-ciamento e que mantenham os cuidados com a higiene pessoal e o uso obrigatório de máscaras para seguirmos com a redução do contágio”, alertou.

A importância da contribui-ção dos alagoanos no processo também foi reforçada pelo secretário de Saúde, Alexan-dre Ayres. “A nossa respon-

sabilidade enquanto cidadão vai aumentar a partir de agora. Precisamos continuar evitando aglomerações e utilizando máscaras”, frisou. Ayres ressal-tou um aspecto essencial para entender o cenário atual: “Ainda não vencemos a pandemia, esta-mos passando por um período de atenção, um momento de preocupação. A gente só poderá avançar nos próximos passos se tivermos a consciência e a parti-cipação de todos”.

Em outra orientação, Renan Filho advertiu sobre a respon-sabilidade do segmento econô-mico durante as próximas etapas de enfrentamento ao novo coro-navírus. “O setor produtivo tem um protocolo sanitário a cumprir. Não é apenas abrir as portas. É abrir as portas respei-tando as novas normas que o momento exige”, salientou.

O recado vale para os empre-endimentos situados na capital. Para o interior nada muda, no mínimo, pelos próximos 15 dias.

PROTOCOLO As regras sanitárias gerais e

específicas para cada segmento estão descritas no Protocolo Sanitário do Governo do Estado. O documento, publicado no Diário Oficial de 15 de junho, traz as medidas a serem adota-das pelos estabelecimentos, segundo recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), Organização Internacio-nal do Trabalho (OTI) e evidên-cias científicas do Centro de Controle e Prevenção de Doen-ças dos EUA (CDC).

Entre as regras gerais, cons-tam: o uso de máscaras para todos os prestadores de servi-ços, visitantes, usuários e clien-

tes; disponibilização de álcool em gel a 70% em locais fixos de fácil visualização e acesso; avisos, sinalização e marcação para indicar distância mínima de 1,5m (um metro e meio) entre clientes e aumento na frequên-cia de limpeza e higienização dos ambientes, entre outras.

O Protocolo Sanitário também define as regras espe-cíficas. Para as lojas de rua, o uso de provadores está proibido. No caso dos salões de beleza, o aten-dimento deve ocorrer exclusiva-mente mediante agendamento, com intervalo de 30 (trinta) minutos entre eles, o quadro de funcionários deve ser reduzido em 50% e as estações de trabalho devem ser ajustadas com distan-ciamento de 2m (dois metros), além de higienizadas a cada troca de cliente.

Já para o funcionamento de

instituições religiosas, devem ser preferencialmente disponi-bilizadas cadeiras e bancos de uso individualizado, em quanti-dade compatível com o número máximo de participantes auto-rizados para o local. Bancos de uso coletivo devem ser reorga-nizados e demarcados de forma a garantir que as pessoas mante-nham o afastamento mínimo de 1,5m umas das outras, desde que não pertençam ao mesmo grupo social ou familiar.

Ao passo que intensifica a fiscalização para o cumpri-mento das medidas, o Governo de Alagoas segue com a política de fortalecimento da rede de atendimento. Além da abertura de novos leitos em União dos Palmares, está prevista para a próxima segunda-feira (06) a inauguração do Hospital Regio-nal do Norte, em Porto Calvo.

Avanço para fase laranja em Maceió requer ainda mais rigor na prevenção

Gradeamento e fitas de isolamento serão retirados e o calçadão será liberado

Redação

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Por meio das redes sociais, o governador de Alagoas, Renan Filho

(MDB), se posicionou contrá-rio ao reajuste nas constas de energia elétrica para os consumidores anunciado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Para o gestor alagoano, o aumento da tarifa deve ser adiado para 2021.

Renan Filho criticou o reajuste e afirmou que o aumento na conta acarretará prejuízos as famílias que já foram atingidas pela pande-mia. “Muito errado o reajuste na conta de energia! As famí-lias não suportam mais esse

choque na pandemia. A deci-são da Aneel foi dividida. É clara a injustiça social do aumento”, disse.

O governador lembrou ainda que em Alagoas, o governo consegui reduzir o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para as famílias que possuem um gasto com a conta de energia de até 100 kWh/mês. “Esse esforço será dimi-nuído pelo aumento”, afirmou Renan Filho.

Ainda na rede social, o gestor alagoano solicitou o apoio da bancada federal alagoana no Congresso Nacio-

nal para que conseguir o adia-mento do reajuste na conta de energia para 2021. “Se você puder, solicite também apoio ao seu parlamentar para essa justa causa”, pediu Renan.

O REAJUSTEDe acordo com a Annel, o

reajuste na conta de energia já havia sido autorizado em abril deste ano, no entanto a Agencia informou que apenas neste momento o aumento entrará em vigor. Com o reajuste, os consumidores alagoanos devem pagar, em média, 9,85% mais caro pelo consumo de energia.

Ainda segundo informa-ções da Aneel, o aumento da tarifa para a indústria é de

11,68%. Já para os consumido-res residenciais, a nova tarifa subirá 8,96%.

A fase laranja foi autori-zada pelo governador Renan Filho (MDB)

no dia 30 de junho. Porém, seu início só pode ocorrer hoje em função da vigência de um decreto municipal, como explica o Jornal das Alagoas nessa edição em matéria que traz as falas do prefeito Rui Palmeira sobre a decisão de “reabrir” a orla de Maceió.

O Centro vai reabrir adotando o protocolo sanitá-rio que foi determinado pelo governo estadual. Com isso, o horário de funcionamento será das 10 horas às 17 horas, para que se possa cumprir todas as medidas. Os lojistas reabrem depois de quase três meses de atividades paralisadas.

Como a autorização é para lojas com até 400 metros quadrados, a maioria dos esta-belecimentos se encaixam na permissão.

Segundo os dados da Receita Federal do Brasil, Alagoas possui 166.223 empre-sas em atividades. Dessas, mais de 76 mil se encontram

em Maceió. Do volume geral do Estado, o Comércio detém 77.146 empresas, seguido por Serviços (66.270), Indústria (13.852), Construção Civil (8.057) e Agropecuária (898). Considerando apenas a capital, são 35.608 empresas no setor de Serviços, 29.937 no Comér-cio, 6.776 na Indústria, 3.944 na Construção Civil e 142 na Agropecuária.

Esses números represen-tam – apenas na capital – o

aporte anual de R$ 21 bilhões no Produto Interno Bruto do Estado. Diante disso, a reabertura da fase laranja traz um ânimo para a maioria dos comerciantes e pode assegurar muitos empregos. Essa etapa do enfrentamento ao corona-vírus durará 14 dias.

A depender da evolu-ção dos números da pande-mia, com base na matriz de risco adotada pelo governa-dor Renan Filho (MDB), o

próximo decreto estadual, a ser adotado na segunda quin-zena desse mês, pode avançar para a fase amarela ou retro-ceder. O setor produtivo pres-siona para que a fase laranja também seja decretada para o interior do Estado.

Diferente da capital alago-ana, no interior ainda está em vigência a fase vermelha, que mantém autorização apenas para o que é considerado servi-ços essenciais.

Com ‘fase laranja’, mais de 60% das lojas do Centro de Maceió devem reabrir hoje

3 de julho 52020

ALAGOAS ECONOMIA | Comércio funcionará das 10 horas às 17 horas para manter o protocolo sanitário exigido no decreto

De acordo com informações da

Aliança Comercial, diante do início da

“fase laranja” de enfrentamento a

epidemia do novo coronavírus em

Maceió, mais de 60% das lojas do Centro

de Maceió devem reabrir no dia de hoje,

diante do novo decreto municipal que foi

publicado no Diário Oficial do Município.

Redação

Lojas vão reabrir adotando o

protocolo sanitário rigoroso

decretado pela prefeitura

Contas de energia dos alagoanos devem ficar em média 9,85% mais caras

Renan Filho critica reajuste de energia e quer apoio da bancada federal

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Aprovada pela Câmara dos Deputados no dia 1º, a mudança deter-

mina que os dois turnos eleito-rais, inicialmente previstos para os dias 4 e 25 de outubro, serão realizados nos dias 15 e 29 de novembro. A mudança define ainda que caberá ao Congresso decidir sobre o adiamento das eleições por um período ainda maior nas cidades com muitos casos da doença.

A emenda também esta-belece novas datas para outras etapas do processo eleitoral de 2020, como registro de candi-daturas e início da propaganda eleitoral gratuita. Não haverá, porém, prorrogação dos atuais mandatos. A data da posse dos eleitos permanece inalterada, 1º de janeiro de 2021.

TSEAo participar presencial-

mente da sessão o presidente do Tribunal Superior Elei-toral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, exaltou a união de esforços do Legisla-

tivo e do Judiciário em torno de uma solução pela segu-rança do pleito e pela demo-cracia. Barroso destacou que a promulgação da emenda constitucional, por causa da pandemia do novo coronavírus é algo que ninguém desejava que tivesse acontecido e se associou às manifestações de solidariedade às mais de 60 mil famílias de pessoas que perde-ram a vida em decorrência da covid-19.

O ministro que mesmo

antes de assumir a presidên-cia da corte no mês passado, já trabalhava para um enten-dimento sobre o adiamento das eleições municipais com base em pareceres de especia-listas médicos, biólogos e físi-cos, agradeceu a ajuda desses profissionais. Barroso também elogiou muito os parlamenta-res que, segundo ele, delibera-ram com ênfase no interesse público. Barroso avaliou ainda que a democracia não é regime de consenso, mas de dissenso

e lembrou que o Congresso fez sua parte, caberá à Justiça Eleitoral realizar a eleição com segurança em meio a uma pandemia, o que segundo ele, será possível.

O presidente do Congresso, Davi Alcolumbre (DEM-AP), destacou que prevaleceu o entendimento no Congresso, “dialogando com o TSE, a comunidade científica, prefei-tos e vereadores”. “Sem dúvida a decisão de Vossa Excelên-cia de buscar essa conciliação respeitosa foi o grande passo para que estivéssemos aqui hoje”, acrescentou. Para ele, os 42 dias de adiamento das eleições municipais este ano serão fundamentais para que o TSE , o governo e o Congresso possam organizar os proce-dimentos para o dia do pleito. Nesse sentido, ele lembrou que os Poderes estão em contato com a iniciativa privada para conseguir doação de equipa-mentos de proteção individual (EPis) “aos brasileiros que vão servir a pátria”.

BRASIL/MUNDO

20203 de julho6

Congresso promulga emenda que adia as eleições municipais para novembro

POLÍTICA | Brasileiros vão às urnas no dia 15 de novembro (1º turno) e 29 de novembro (2º turno) deste ano

Em uma sessão do Congresso

Nacional concorrida, com parte de

autoridades presentes presencialmente e parte de forma

remota, foi promulga ontem a Emenda

Constitucional 107, que adia as eleições

municipais de outubro para novembro deste

ano.

O presidente Jair Bolso-naro (sem partido) afirmou ontem que o

Mercosul é parte das soluções que o Brasil e os países do bloco estão construindo para a recu-peração da economia, em meio à pandemia de covid-19.

“Os próximos meses serão de grandes desafios para todos nós. O maior deles, que se apre-senta desde logo, é conciliar a proteção da saúde das pessoas com o imperativo de recuperar a economia. Tenho certeza de que o Mercosul é parte das soluções que estamos construindo”, disse o presidente, que participou na

manhã de ontem, da 56ª Cúpula de Chefes de Estado do Merco-sul e Estados Associados, pela primeira vez realizada pormeio de videoconferência. O encon-tro foi o último sob o comando do Paraguai, que passará agora a presidência temporária do Mercosul para o Uruguai.

Em discurso, Bolsonaro destacou que o Brasil “endossou integralmente as prioridades da presidência paraguaia, que aprofundam a modernização do Mercosul e fazem do bloco um aliado essencial da ambiciosa agenda de reformas” implemen-tada pelo governo brasileiro. “No esforço da construção de um país mais próspero, buscamos também mais e melhor inserção

do Brasil na região e no mundo, e o Mercosul é o nosso princi-pal veículo para essa inserção”, disse.

De acordo com o Ministé-rio das Relações Exteriores, em 2019, o Brasil exportou cerca de US$ 15 bilhões para os países do Mercosul e importou US$ 13 bilhões, com superávit de US$ 2 bilhões.

Bolsonaro elogiou a presi-dência paraguaia no Mercosul pela conclusão de “detalhes pendentes” nos acordos do bloco com a União Europeia e a Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA), assinados em 2019, e pediu que todos os presidentes se empenhem nas negociações para a ratificação

dos acordos neste semestre. Para que os acordos entrem em vigor, os congressos de todos os países que integram os blocos econô-micos devem aprovar os textos.

Nesse sentido, Bolsonaro também disse que dará pros-seguimento ao diálogo com diferentes interlocutores “para desfazer opiniões distorcidas sobre o Brasil e expor as ações que tem tomado em favor da proteção da floresta amazônica e do bem-estar da população indígena”. O presidente referia--se a uma suposta resistência de países europeus em fechar o acordo por não acreditarem na política ambiental brasileira.

B ol s on a ro de s t aco u também a intenção de avan-

çar em entendimentos com outros países. “Queremos levar adiante as negociações abertas com Canadá, Coreia, Singapura e Líbano, expandir os acordo vigente com Israel e Índia e abrir novas frentes na Ásia e com países da América Central.”

Ele também é favorável às discussões para inclusão do setor automotivo e açucareiro no regime de regras comum do bloco. O Mercosul é composto por Argentina, Brasil, Para-guai e Uruguai. A Venezuela está suspensa desde 2017, por descumprimento de cláusulas ligadas a direitos humanos. Os países associados são Chile, Bolí-via, Peru, Colômbia, Equador, Guiana e Suriname.

Bolsonaro: Mercosul é parte das soluções para recuperação pós-pandemiaAndreia Verdélio

Agência Brasil

Karine Melo

Agência Brasil

Davi Alcolumbre destaca que houve entendimento no Congresso Nacional

Edilson Rodrigues/Agência Senado

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De acordo com as proje-ções do ministério, em 2021 o déficit primá-

rio (receitas menos despesas, sem considerar os gastos com juros) deve chegar a 2,3% do PIB. Em 2022, o resultado negativo projetado é de 1,5% do PIB, chega a 1% do PIB em 2023, a 0,5% do PIB em 2024 e a 0% do PIB em 2025. Em 2026, o governo projeta que as contas públicas voltarão a ficar positi-vas, com superávit primário em 0,5% do PIB, subindo para 1% do PIB em 2027, para 1,5% em 2028 e para 2% em 2029.

Esforço fiscalO secretário especial de

Fazenda, Waldery Rodrigues, informou que o esforço primá-rio adicional, devido às medi-das de enfrentamento à crise gerada pela pandemia de covid-19, soma R$ 521,3 bilhões. Desse total, R$ 508,5 bilhões são aumento de despesas e R$ 12,8 bilhões são perdas de receitas, geradas por redução a zero de alíquotas de tributos.

Do total das despesas, R$ 501,1 bilhões estão em execu-ção orçamentária. Há ainda R$ 500 milhões sem dota-

ção orçamentária, referentes à suspensão das parcelas de empréstimos do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), e R$ 7 bilhões sem ato autorizativo, classificados pelo ministério como “medidas adicionais em discussão”.

DÍVIDA PÚBLICAA expectativa é que a

dívida bruta do governo geral (DBGG), que contabiliza os passivos dos governos federal, estaduais e municipais, alcance 98,2% do PIB ao final de 2020, aumento de 22,4% do PIB em relação ao encerramento de 2019 (75,8%). Nos anos seguin-

tes, a dívida pública ficaria “praticamente estável”, alcan-çando 98,6% do PIB em 2024 e, em seguida, entraria em traje-tória decrescente, encerrando 2029 em 92,2% do PIB. “A relativa estabilidade da DBGG/PIB entre 2021 e 2024, mesmo diante de déficits primários significativos, se explica pela expectativa de taxas de juros reais baixas e recuperação do crescimento real do PIB”, diz relatório do ministério.

A dívida líquida do setor público (balanço entre o total de créditos e débitos dos governos federal, estaduais e municipais) deve alcançar 69,9% do PIB em

2020, 14,2 pontos percentuais acima do registrado ao final de 2019 (55,7%). “O impacto da crise na DLSP é atenuado pela valorização das reservas inter-nacionais, devido à variação cambial [alta do dólar]. Mas, no médio prazo, a DLSP/PIB tem tendência de crescimento persistente até 2027, atingindo 81,7% em 2029”, acrescenta o ministério.

Em 2020, diz o relatório, “o aumento da dívida se explica, em parte, pelas medidas de cunho fiscal que aumentam o déficit primário e, em parte, pelos efeitos da crise no cená-rio macroeconômico, princi-palmente no PIB”.

Segundo o relatório, o cres-cimento dos dois indicadores - dívida bruta e líquida – em 2020 em relação ao ano ante-rior, “de 22,4% e 14,2% do PIB, são os maiores deste século e decorrem principalmente dos efeitos da crise causada pela pandemia do novo coronaví-rus”. “O endividamento público brasileiro alcançará novo pata-mar, que exigirá esforço fiscal no médio prazo ainda maior do que se buscava antes da crise”, destacou o texto.

3 de julho 72020

ECONOMIA

Contas públicas devem fechar este ano com déficit de R$ 828,6 bilhões

PANDEMIA | Segundo o Ministério da Economia, valor corresponde a 12% de tudo que o país produz

As contas públicas devem fechar este ano com déficit de

R$ 828,6 bilhões. O valor corresponde a 12% de tudo o que o

país produz – Produto Interno Bruto (PIB). A previsão foi divulgada ontem pelo Ministério

da Economia. O resultado é pior do

que estava projetado anteriormente –

déficit de 9,9% do PIB.

Kelly OliveiraAgência Brasil

A expectativa de dívida bruta do governo geral pode alcançar 98,2% do PIB

A produção industrial brasileira avançou 7% na passagem de abril para

maio deste ano, segundo dados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A alta, que é a maior desde junho de 2018 (12,9%), veio depois de duas quedas consecutivas, devido à pandemia do novo coronavírus: em março (-9,2%) e em abril (-18,8%).

Em relação a maio do ano passado, no entanto, houve uma queda de 21,9%, o sétimo resul-tado negativo consecutivo neste tipo de comparação.

A produção industrial acumula quedas de 8% na média móvel trimestral, de 11,2% no acumulado do ano e de 5,4% no acumulado de 12 meses.

Na passagem de abril para maio, a maior alta na produção foi observada entre os bens de consumo duráveis (92,5%), seguida pelos bens de capital, isto é, as máquinas e equipamen-

tos usados no setor produtivo (28,7%). Os bens de consumo semi e não duráveis cresceram 8,4% e os bens intermediários, isto é, os insumos industrializa-dos usados no setor produtivo, subiram 5,2%.

Vinte dos 26 ramos industriais pesquisados tive-ram aumento na produ-ção, com destaque para veículos automotores, reboques e carrocerias (244,4%); coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (16,2%); e bebidas (65,6%). Esses cresci-

mentos foram impulsionados, em grande medida, pelo retorno à produção de unidades produti-vas, após interrupções ocorridas devido à pandemia de covid-19.

“A partir do último terço de março, várias plantas indus-triais foram fechadas, sendo que, em abril, algumas ficaram o mês inteiro praticamente sem produção, culminando no pior resultado da indústria na série histórica da pesquisa. O mês de maio já demonstra algum tipo de volta à produção, mas a expansão de 7% se deve, princi-

palmente, a uma base de compa-ração muito baixa. Mesmo com o desempenho positivo, o total da indústria ainda se encontra 34,1% abaixo do nível recorde, alcançado em maio de 2011”, afirma o gerente da pesquisa, André Macedo.

Por outro lado, seis ativida-des tiveram queda na produção, entre elas as indústrias extra-tivas (-5,6%) celulose, papel e produtos de papel (-6,4%) e perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (-6%).

Depois de dois meses em queda, produção industrial cresce 7%Vitor Abdala

Agência Brasil

Marcello Casal Jr./Agência Brasil

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GERAL

20203 de julho8

Mãos Que Ajudam dá uma lição de solidariedade no meio da pandemia

AMOR AO PRÓXIMO | Voluntários entregam cestas básicas, luvas de procedimentos médicos e máscaras a quem precisa

Cabo Bebeto e Eduardo Bolsonaro discutem futuro da direita sem o Aliança

O deputado estadual Cabo Bebeto (sem partido), o deputado

federal Ubiratan Sander-son, do Rio Grande do Sul, e o deputado federal por São Paulo Eduardo Bolsonaro, participaram da super live do Aliança pelo Brasil.

Os parlamentares se apresentaram e, de forma muito descontraída, fala-ram sobre política nacional, segurança, pandemia, entre outros temas.

E d u a rd o B o l s o n a ro destacou que os dois depu-tados (Bebeto e Sanderson) vêm da segurança pública e essas são coisas que o povo

sempre pediu, já que a segu-rança é a principal bandeira defendida pelos cidadãos.

Sanderson criticou o projeto do desencarcera-mento em massa devido à Covid-19, no qual 32 mil presos foram colocados em liberdade sob o risco de contaminação e lembrou que no Rio de Janeiro, um jovem foi colocado em liber-dade na sexta-feira e, no dia seguinte, matou a própria mãe. “Tirar apenados que estão confinados e jogá-los nas ruas é condenar dupla-mente a sociedade”, defen-deu.

Bebeto comentou que, em seu serviço quando poli-cial, em ocorrências, prendia cidadãos em flagrante e via as

mães se desfazerem de bens patrimoniais para soltar os filhos, porém depois de dias eram mortos na rua.

“A maior obrigação dos pais é educar os filhos para que aprendam e não passem por isso”.

O deputado alagoano mencionou que preside a Comissão de Direitos Huma-nos e Segurança Pública da Assembleia Legislativa de Alagoas e destacou que os integrantes vão a hospitais, creches e oferecem ao cida-dão os serviços públicos que merecem, defendendo as vítimas, não os bandidos.

Eduardo re forçou o pensamento de Bebeto e a importância do real traba-lho que deve ser feito no

campo dos direitos huma-nos, ouvindo e assistindo as vítimas.

Sobre a pandemia do novo coronavírus, Bebeto destacou que o comércio em Alagoas ainda não voltou na totalidade e os comer-ciantes, principalmente os pequenos, estão à beira da falência.

VOTO CONSCIENTEBebeto falou que certa-

mente nas eleições muni-cipais, os eleitores devem olhar para os candidatos, não para os partidos.

“Essa é a melhor opção para as eleições deste ano”, disse Eduardo Bolsonaro, falando que o Aliança pelo Brasil não tem pressa, vai

filtrar os interessados e sairá nas próximas eleições com excelentes nomes. “Será um partido conservador que zelará pela família,segurança e estará em conexão com a sociedade brasileira”, afir-mou.

“Muitas vezes, o menos é mais e trazer muitas pessoas para uma sigla nem sempre é bom. O Aliança pelo Brasil vai ter objetivos e crivo para escolher seus integrantes”, pontuou Sanderson.

Bebeto destacou a missão do presidente Bolsonaro e disse que votou por não aguentar tanto presidente corrupto. “Não existia e não existe hoje um nome melhor para dirigir o país”, comple-tou.

As máscaras de tecido foram confeccionadas por membros e amigos

da Igreja de Jesus Cristo, de forma voluntária. Ao todo foram doadas em Maceió mais de 25 mil máscaras. No dia de ontem, foram entregues máscaras de tecido e cestas básicas no Lar de Amparo à Criança para Adoção (Laca) e no Lar da Menina, enti-dade que acolhe garotas de zero a 15 anos em situação de vulne-rabilidade social, que passam a semana na instituição e no final de semana vão para a casa de familiares, como tios e avós.

Na terça-feira passada, já haviam sido doadas cestas bási-cas e máscaras de tecido na casa da Mãe Vera - Abassá de Angola, no Eustáquio Gomes e na casa da Mãe Neide - Grupo União Espírita Santa Bárbara, no Village Campestre II.

Também foram entregues máscaras de tecido na Comu-nidade Espírita Nosso Lar e na Movimento dos Trabalhadores

e Trabalhadoras por Direitos (MTD), ambas as instituições atendem famílias na orla lagunar de Maceió.

Foram entregues caixas de luvas de procedimentos médi-cos no Hospital da Mulher e na Maternidade Escola Santa Mônica, ambos no bairro do Poço (Poço), no Posto de Saúde do Pinheiro, na Unidade de Saúde da Família São Vicente de Paula, também no Pinheiro,

e no Posto de Saúde da Pitan-guinha.

“Participar deste projeto foi um grande privilégio para todos nós que fazemos parte de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Usamos nosso tempo, talento, recursos do fundo de ajuda humanitária e amor para ajudar as famílias que tanto precisam. Este é o puro amor de Cristo em ação”, afirma o líder eclesi-

ástico Sérgio Galvão.O Mãos Que Ajudam é

um programa permanente de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias e atua em várias frentes, como nesta pandemia, em enchen-tes, doação de sangue, reforma de espaços públicos, cadastro de doadores de medula óssea, visita e doações a orfanatos e lares de idosos entre outras ações.

O programa mundial de ajuda humanitária

Mãos Que Ajudam, de A Igreja de Jesus

Cristo dos Santos dos Últimos Dias, deu

continuidade às ações do projeto Mãos Que Ajudam a Preservar Vidas, na manhã de

ontem com entrega de cestas básicas, luvas

de procedimentos médicos e máscaras

de tecido.

Iracema FerroRepórter

Voluntários da Igreja de Jesus

Cristo entregaram doaçoes na

manhã de ontem em unidades de

saúde e instituições de caridade

Da Redaçãocom assessoria

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FUTEBOL | A emissora não transmitirá mais jogos do estadual, mas pagará aos outros clubes no restante da temporada

ESPORTES

3 de julho 92020

Alexandre Vidal/CRF

“No entendimento d a G l o b o , o c o n t r a t o f o i

v iolado (quarta- fe ira) , quando a FlaTV exibiu ao vivo a partida entre Flamengo e Boavista. De acordo com o contrato, a Globo tinha exclusividade na transmis-são dos jogos do Campeonato Carioca. A Federação e 11 Clubes assinaram o compro-misso. A exceção foi o Flamengo. Na ocasião da assi-natura e por várias tempo-radas em que o contrato foi cumprido, a legislação brasi-leira previa que, para a trans-missão de qualquer partida, era necessária a obtenção de direitos dos dois Clubes envolvidos. Legalmente, ninguém poderia transmi-tir os jogos do Flamengo no Carioca e só a Globo poderia transmitir os demais”, diz o comunicado.

“Como a Federação de

Futebol do Rio de Janeiro e os demais Clubes não foram capazes de garantir a exclusi-vidade prevista no contrato, não restou à Globo outra alternativa além da rescisão e o encerramento das trans-missões dos jogos do Carioca – incluindo os três jogos de hoje que encerram a quinta rodada da Taça Rio e que seriam exibidos no Sportv e no Premiere”, completa o

texto da emissora.No comunicado, a Globo

ainda critica a Medida Provi-sória 984.

“No dia 18 de junho, a Presidência da República editou a Medida Provisória 984, passando ao mandante dos jogos os direitos de transmissão. O Flamengo se baseou nessa MP para trans-mitir a sua partida ontem no Maracanã. A Globo entende

que a Medida Provisória não poderia alterar um contrato celebrado antes de sua edição e protegido pela Constitui-ção”, afirma a emissora.

“A Globo é parceira e incentivadora do futebol brasileiro há muitas décadas e entende a importância do esporte para Clubes, joga-dores, marcas e torcedores. Exatamente por isso, apesar da decisão de rescindir o contrato imediatamente, a Globo está disposta a fazer os pagamentos restantes desta temporada, em nome da sua parceria histórica com o fute-bol e da sua boa relação com as equipes. Mas acredita que o futebol só será capaz de vencer as inúmeras dificulda-des com planejamento e segu-rança jurídica para aqueles que investem altas quantias nesse negócio tão importante para o Brasil e para os brasi-leiros”, conclui a Globo.

A Rede Globo anunciou, por meio

de comunicado oficial, que não vai

mais transmitir o campeonato

carioca de futebol. A emissora rescindiu

o contrato que mantinha com a

Federação de Futebol do Rio de Janeiro e

com os Clubes.

Luis Prisco

Metrópole

Após briga com Flamengo, Globo encerra a transmissão do Campeonato Carioca

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“Ela é uma das melho-res atrizes hoje em dia. Para fazer

esse filme bem, precisamos de mistério. Kristen pode ser muitas coisas, misteriosa, frágil e também muito forte, que é o que precisamos”, disse Pablo Larraín, diretor do filme. Ele também é conhecido por “Jackie”, que rendeu indicação ao Oscar para a atriz Natalie Portman.

“A maneira que ela respon-deu ao script e como ela se aproximou da personagem é algo lindo de se ver. Kristen vai fazer um papel intrigante e espetacular ao mesmo tempo. Ela é uma força da natureza”, ressaltou.

CULTURA SPENCER | Longa será estrelado por atriz badalada e considerada versátil pelo diretor da obra

Kristen Stewart vai interpretar Princesa

Diana nas telonas. Segundo informações do “Deadline”, a atriz

de 30 anos de idade foi confirmada no papel do longa “Spencer”,

que vai retratar a vida da mãe de Harry e

William no início dos anos 1990.

Shayane Medina

20203 de julho10

Kristen Stewart fará a

Princesa Diana nos cinemas

D i a n a mo r re u e m u m

acidente de carro em Paris, na França, no ano de 1997. A notícia foi dada aos filhos da princesa pelo próprio pai, o príncipe Charles. Na época do acidente, William tinha 15 anos de idade

e Harry, somente 12 anos.“Estamos muito felizes de ter Kris-

ten, ela é muito comprometida. Como cineasta, quando você tem alguém que consegue carregar uma narrativa tão dramática e densa só com os olhos, você tem uma liderança que pode oferecer o que procuramos”, finalizou Larraín.

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Fim, de Fernanda Torres

O romance de estreia da até então atriz Fernanda Torres é marcado por um humor avassala-dor. Fim narra a história do final de vida de cinco amigos, velhos moradores de Copacabana, zona sul do Rio de Janeiro.

Já caminhando para a morte, os amigos se reúnem e lembram momentos marcantes da vida como as conquistas amorosas, as traições, as aventuras da juventu-de - tudo marcado com um misto de saudosismo e comicidade.

Longe de ser um romance trágico por abordar o fim da vida, o que Fim faz é encontrar graça em existências tão ricas de experiência.

Fim é dividido em cinco capítulos que correspondem aos nomes dos amigos - Álvaro, Sílvio, Ribeiro, Neto e Ciro - e ao início de cada capítulo consta a data de nascimento e morte de cada um deles (como em um epitáfio).

Entre a data de nascimento e a data da morte testemunhamos aventuras de dar gargalhada altas e fazer corar se estiver em espaços públicos.

A chave de casa, de Tatiana Salem Levy

3 de julho 112020

Nenhum olhar, de José Luís Peixoto

Breves respostas para grandes questões, de Stephen Hawking

Mindfulness - atenção plena, de Mark Williams e Danny Penman

LITERATURA

Você é daqueles que adora um bom ro-mance? Então anote na sua lista a obra-prima Nenhum olhar, escrita pelo autor português José Luís Peixoto, vencedora do Prêmio José Saramago.

A história se passa no interior de Portugal - para ser mais precisa, em uma aldeia situa-da no Alentejo - e tem uma pegada extrema-mente poética.

A linguagem utilizada é profundamente

lírica e delicada. A narrativa se passa em um ambiente de extrema pobreza e os persona-gens supostamente reais se misturam com criaturas alegóricas, dando origem a um uni-verso triste e fantasioso, repleto de silêncios e mistério.

O universo pintado com maestria por José Luís Peixoto é também pleno de ternura e de beleza, por esse motivo aconselhamos cheios de convicção a leitura de Nenhum olhar.

PERSONAGENS E OBRAS RECOMENDADAS

O romance da escritora Tatiana Salem Levy recebeu o Prêmio Portugal Telecom. O livro, assumidamente autobiográfico, é uma procura pela sua ancestralidade.

Existe uma tradição dos judeus sefarditas guardarem a chave da casa que precisaram abandonar, esse é o pontapé inicial da nar-

rativa de Tatiana. A sua protagonista recebe uma chave de casa do avô, que mudou-se para o Brasil e deixou para trás um lar situa-do em Esmirna, na Turquia.

A missão transmitida para a neta é que a jovem reencontre não só a casa, como também os parentes que ficaram para trás

e tente reconstruir parte da história da família.

O romance A chave de casa é, ao mesmo tempo, uma procura exterior - pela casa, pela família, pelas raízes - e interior - uma tentativa de ordenar o caos interno da pro-tagonista.

Breves respostas para grandes questões foi o último livro publicado por Stephen Hawking, uma referência nos estudos de física e cosmologia.

O título foi publicado no ano da sua morte (2018) - o cientista faleceu em março e o livro foi lançado em no-vembro - e procura fazer uma reunião dos seus trabalhos mais importantes.

A ideia da publicação é sintetizar os grandes temas que mobilizaram a atenção do pesquisador e partilha-los com o grande público.

Vemos, ao longo das páginas, questões polêmicas serem levantadas como, por exemplo, a existência de Deus. Hawking olha para trás e se questiona sobre a origem do univer-

so, mas também olha para frente e expõe os seus receios com o futuro do planeta devido ao aquecimento global.

O compêndio conta ainda com um prefácio de Eddie Redmayne, que in-terpretou o cientista no filme em sua homenagem, e um posfácio escrito por Lucy Hawking, filha do cientista.

O que ressalta na obra é o último alerta dado por Hawking, na tentativa de chamar a atenção de todos nós sobre o grave rumo que o planeta está tomando.

Apesar da sua aparente vulnerabi-lidade devido a doença degenerativa que sofria, Hawking foi um furacão de ideias no universo da ciência.

Vivemos em um mundo con-temporâneo assolado pela pres-sa, pelo excesso de informações e pela solidão.

Relatórios das organizações mundiais de saúde já apontam que a Depressão e a Ansiedade serão dos grandes males do próximo século. Na tentativa de

informar as pessoas e mudar o rumo dessa trágica consta-tação, Mindfulness - atenção plena, foi publicado.

O livro reúne o criador da terapia cognitiva com base na atenção plena (Mark Williams) e um jornalista (Danny Pen-man) que trazem ao público um

programa de oito semanas que promete fazer com que o leitor mude a sua perspectiva diante da vida.

A ideia é exercitar medita-ções diárias, simples e de curta duração, que permitam desen-volver a capacidade de atenção plena.

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20203 de julho12

Equipes do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI)

completam na próxima segunda-feira uma rota de quatro municípios paulis-tas, com o objetivo de reunir participantes para aderir a um estudo clínico que irá investi-gar a eficácia da nitazoxanida no tratamento de covid-19. A ação #500VoluntáriosJÁ reali-zou sua segunda etapa, com passagem do ministro titular da pasta, Marcos Pontes, por Barueri.

Ao comentar o potencial do medicamento, um vermífugo prescrito para giardíase, entre outras infecções parasitárias, o

ministro disse que, em análises in vitro, houve uma redução de 94% da carga viral do novo coronavírus.

Em meados de abril, a Agência Nacional de Vigilân-cia Sanitária (Anvisa) baixou a Resolução da Diretoria Cole-giada (RDC) 372/2020, proi-bindo farmácias de vender remédios à base de nitazoxa-nida sem receita especial em duas vias. "Não tomem remé-dio por conta própria, isso é importante", alertou Marcos Pontes.

Em sua fala, o ministro também afirmou que "a má notícia é que essa não será a última pandemia" que a huma-nidade irá enfrentar e que, por essa razão, o governo brasileiro precisa se preparar para futu-

ras adversidades. Ele desta-cou o valor da ciência para se fazer frente ao cenário que se instalou e a importância de se alocar recursos públicos para a área, o que, pontuou, "não se faz de um dia para o outro". "A única maneira de vencer esse problema é a ciência", subli-nhou.

A ação foi iniciada na quarta-feira, no Centro de Especialidades Odontológi-cas, Guarulhos, e segue hoje para Sorocaba. A mobilização termina em Bauru, na segunda--feira. As equipes receberão os voluntários na Santa Casa de Misericórdia de Sorocaba e no Núcleo de Saúde Geisel, a partir de 10h.

Qualquer pessoa com mais de 18 anos de idade e que apre-

sente sintomas de síndrome gripal pode se candidatar como voluntária ao experimento. Após serem submetidos a um teste RT-PCR, para confirmar o contágio de covid-19, os parti-cipantes do experimento irão ser acompanhados por oito dias pelas equipes do MCTI. Conforme a Agência Brasil apurou, consta da bula da que o medicamento é contraindicado em alguns casos, como para pessoas com doenças hepáticas (no fígado) ou doença renal.

Em nota, o ministério infor-mou que foram identificados cinco remédios com potencial para combater a replicação do novo coronavírus. Chegou-se a essa lista após varredura em um sistema com 2 mil fárma-cos, feita com inteligência arti-

ficial, pelo Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Mate-riais (CNPEM).

Em um documento divul-gado ao final de abril, a Organi-zação Mundial da Saúde (OMS) cita a nitazoxanida entre outros medicamentos que estão sendo estudados como possibilidade de enfrentamento à covid-19. Os testes da substância também foram objeto de questiona-mento ao ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, no dia 23 de junho. Em audiên-cia realizada por iniciativa da comissão do Congresso Nacio-nal as ações de combete à crise sanitária, ele respondeu que, de fato, é necessário se obter evidência científica quanto à validade do medicamento no combate à covid-19.

Ministério reúne voluntários para estudo clínico contra covid-19

O impacto financeiro da crise no Ministério da Educação ( MEC)

também foi admitido. “O MEC se enfraquece um pouco diante da questão fiscal que o Brasil vive”, reconheceu sem dar detalhes o presidente do Inep, Alexandre Lopes.

O PNE, como é conhecido, tem 20 metas que devem ser cumpridas 100% em um prazo de 10 anos , de 2014 a 2024. O relatório - que abrange os últi-mos dados de 2018 e 2019 - divulgado hoje aponta que dos 57 indicadores, apenas 13,4% tiveram a meta atingida.

“Percebe-se que 41 indica-dores (73,21%) têm nível de alcance maior do que 50%, 28 indicadores (53,84%) têm nível maior do que 80% e 7 indicado-res (13,46%) já chegaram à meta estabelecida. O nível médio de alcance está em 76,22%. Reco-

nhecer esses números é rejei-tar a compreensão simplista que afirma que tudo vai mal na educação brasileira; é reco-nhecer o esforço coletivo dos profissionais da educação que, mesmo que enfrentem adversi-dades, apostam na escola como o local da esperança e da trans-formação nacional", ressalta o documento.

Os dados apresentados mostram ainda que apenas 31

de 37 indicadores usados no plano tiveram nível de execu-ção inferior a 60%, mas 21% dos indicadores retrocederam. Sobre o desempenho do Plano, o presidente do Inep disse que, sozinho, o MEC não conseguirá executar todas as 20 metas do PNE até 2024 e lembrou a importância do envolvimento dos estados, municípios, univer-sidades, institutos federais no cumprimento dos objetivos.

ADULTOSO pior resultado do rela-

tório diz respeito à meta que estipula que pelo menos 25% das matrículas na Educação de Jovens e Adultos seja inte-grada à educação profissional. "Aqui está nosso pior indica-dor: apenas 1,6% de matrí-culas de jovens adultos estão integradas à educação profis-sional”, destacou Gustavo Moraes.

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Pandemia vai afetar todas as áreas da educação no país, garante o Inep

CRISE | Impactos ainda não podem ser medidos, segundo estudo do 3º Ciclo de Monitoramento das Metas do PNE/2020

A crise gerada pela pandemia do

coronavírus deverá atingir todas as áreas

da educação, mas ainda é cedo para saber quais

serão seus impactos. A constatação foi feita

pelo pesquisador do Instituto Nacional de

Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep),

Gustavo Henrique Moraes, durante apresentação do

relatório do 3º Ciclo de Monitoramento

das Metas do Plano Nacional de

Educação/2020.

Isolamento social foi imple-

mentado em meados de março

e não tem previsão de relaxa-

mento total

Karine MeloAgência Brasil

Agência Brasil

Wilson Dias/Arquivo Agência Brasil