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SUMÁRIO
1. Reclamação Trabalhista........................................................................................….… 2
2. Ação Monitória............................................................................................................. 15
3. Contestação.............................................................................................……………... 20
4. Recurso Ordinário.....................................................................................................…. 25
5. Ação anulatória................................................................................................................29
6. Ação de Indenização por Danos Morais e Materiais................................................….. 35
7. Ação de Indenização por Rescisão do Contrato.......................................................….. 46
8. Ação de Consignação em Pagamento........................................................................….. 51
9. Ação de Indenização por Acidente de Trânsito.........................................................….. 53
10. Embargos à Execução.....................................................................................................62
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1. Reclamação Trabalhista
EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA .... VARA DO TRABALHO DE ..... ESTADO
DO .....
FULANO DE TAL, brasileiro (a), (estado civil), profissional da área de .....,
portador (a) do CIRG n.º ..... e do CPF n.º ....., residente e domiciliado (a) na Rua ....., n.º
....., Bairro ....., Cidade ....., Estado ....., por intermédio de seu (sua) advogado(a) e bastante
procurador(a) (procuração em anexo - doc. 01), com escritório profissional sito à Rua ....., nº
....., Bairro ....., Cidade ....., Estado ....., onde recebe notificações e intimações, vem mui
respeitosamente à presença de Vossa Excelência propor:
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA
em face de
....., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o n.º ....., com sede na Rua .....,
n.º ....., Bairro ....., Cidade ....., Estado ....., CEP ....., representada neste ato por seu (a) sócio
(a) gerente Sr. (a) ...., brasileiro (a), (estado civil), profissional da área de ....., portador (a) do
CIRG nº .... e do CPF n.º ...., pelos motivos de fato e direito que passa a expor.
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I- PRELIMINARMENTE
A presente demanda foi submetida à Comissão de Conciliação Prévia, de que trata a Lei nº
9958/00 ( certidão negativa de conciliação anexa - doc .....).
II- DO MÉRITO
1. DA ADMISSÃO, FUNÇÃO E DEMISSÃO
O Reclamante foi admitido aos serviços da Reclamada em data de ....., na função de auxiliar
de enfermagem, sendo que seu afastamento deu-se em ....., configurando despedida indireta
como restará demonstrado abaixo.
Conforme cópia autenticada da CTPS, fls. ..... (documento .....)
2. DA JORNADA DE TRABALHO
O Reclamante foi contratado para laborar da seguinte forma:
- de segunda a sexta-feira, das 08:00 às 18:00 horas, com 02 (duas) horas de intervalo para
refeições;
- aos sábados, das 08:00 às 12:00 horas.
Ocorre que o Reclamante sempre laborou em regime de horas extras. Em todo o período em
que trabalhou para o Reclamado, tinha apenas 01 (uma) hora por dia para almoço, logo
excedendo em 01 (uma) hora diária, de segunda a sexta-feira, sua jornada de trabalho.
Aos sábados, sempre trabalhou das 08:00 horas às 14:00 horas.
Nos últimos 12 (doze) meses de trabalho, laborou durante todos os finais de semana. Aos
sábados, das 08:00 às 14:00 horas e domingos, das 07:30 às 18:00 horas.
3. DO SALÁRIO, COMISSÕES E REGISTRO EM CTPS
O Reclamante, desde sua contratação sempre recebeu em média de ..... a ..... salários
mínimos mensais.
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Além do salário fixo, o reclamante recebia a título de comissões o montante de .....%, do
valor de cada consulta particular em que prestasse assistência ao médico de plantão, sendo
que aos sábados e domingos recebia .....% de comissão por prestação da referida assistência.
Tais verbas jamais foram computadas para fins de integrar sua remuneração, sendo
recebidas por fora.
Cabe salientar, que a CTPS do Reclamante foi anotada com apenas ..... salário mínimo
(documento .....), não constando as comissões a que fazia jus.
A Reclamada não atendeu as normas convencionais (Convenções Coletivas de Trabalho -
documento .....), não pagando o piso salarial da categoria, prevista no montante de .....
salários mínimos.
4. DAS HORAS EXTRAS - CÁLCULO E INCIDÊNCIA
Conforme demonstrado no item 2, o Reclamante, habitualmente, laborava para a Reclamada,
durante todo o pacto laboral, como auxiliar de enfermagem e outras funções, de segunda a
sexta-feira, das 08:00 horas às 18:00 horas, com intervalo de apenas uma hora para
refeições, e aos sábados das 08:00 horas às 14:00 horas.
Nos últimos ..... meses de labor, o Reclamante trabalhou todos os domingos, das 07:30 às
18:00 horas.
Conclui-se, pois, que o Reclamante laborava em regime de trabalho extraordinário, porém
não recebendo corretamente as horas extras a que tinha direito, pois conforme comprovar-
se-á pelos cartões-ponto a serem juntados pela Reclamada, o mesmo laborava em jornada
excedente às 08 (oito) horas diárias, conforme o art. 7º, inciso XIV, da Constituição Federal.
Após a incorporação aos salários do Reclamante das diferenças do piso salarial da categoria,
pleiteado no item anterior, este faz jus a receber as horas extraordinárias laboradas não pagas
que excederem da 44ª (quadragéssima quarta) hora semanal ou 8ª hora diária, com a devida
atualização legal.
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As horas extras devidas ao Reclamante, no percentual a ser apurado, devem ser calculadas
partindo-se da somatória de todas as verbas remuneratórias que constituem o rendimento
mensal do Reclamante.
Ao total obtido, aplica-se o divisor 220 ao valor da hora normal, devendo ser acrescido, às
horas extraordinárias, o índice de 50% (cinqüenta por cento), conforme dispõe o art. 7º,
inciso XVI da Constituição Federal e havendo o excesso de horas extras, além do limite de
220 horas/mês, deve ser acrescido o adicional de 100% (cem por cento), consoante previsão
em cláusulas normativas da categoria do Reclamante ( documento.....). Devem ser dobradas
as horas extraordinárias trabalhadas nos domingos e feriados.
As horas extras por sua habitualidade devem ser consideradas com reflexos e integrações
para o cálculo R.S.R e com estes o aviso prévio, férias integrais e proporcionais acrescidas
de 1/3 constitucional, referentes ao período de todo pacto laboral descrito no item 1 desta,
13º salários integrais e proporcionais, descansos remunerados laborados e FGTS, consoante
os Enunciados 151, 45, 172 e 63, todos do TST.
5. DA DESPEDIDA INDIRETA
Em ....., o Reclamante foi compelido a pedir demissão.
A Reclamada exigia que o Reclamante prestasse horas em regime extraordinário, além de
sua capacidade, prejudicando-lhe inclusive o dia de descanso, convivência familiar, lazer e
outras.
A atividade da empresa- Reclamada consistia em atendimento a pessoas com ..... . O
Reclamante foi contratado para exercer as funções de auxiliar de enfermagem, conforme
depreende-se da própria anotação em CTPS, ora juntada.
Não obstante, a Reclamada exigia do Reclamante a prestação de serviços superiores às suas
forças e alheios ao contrato de trabalho. Sendo que o Reclamante era obrigado a prestar um
excessivo número de horas extras, realizar serviços de limpeza e conservação, compra de
medicamentos, serviços bancários, manipulação de produtos químicos ..... altamente tóxicos
como descreve a bula de instrução dos fabricantes ( documento .....), comprometendo sua
saúde e seu bem-estar físico e mental.
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O Reclamante residia no mesmo local do estabelecimento da Reclamada, numa casa nos
fundos do estabelecimento comercial, sendo que seu superior hierárquico proibia-lhe de sair
nos seus parcos horários de folga, para cuidar do estabelecimento, passando a exercer
funções de vigia, alheias ao seu contrato de trabalho.
O art. 483 da CLT prevê em suas alíneas "a" e "d", o seguinte:
Art. 483 CLT - "O empregado poderá considerar rescindido o contrato e pleitear a devida
indenização quando:
a) forem exigidos serviços superiores às suas forças, defesos por lei, contrários aos bons
costumes, ou alheios ao contrato;
(...)
b) não cumprir o empregador as obrigações do contrato."
É irrefutável que a Reclamada, ante às inúmeras exigências que impôs ao Reclamante,
quanto ao cumprimento de horas extraordinárias excessivas e quanto ao desempenho de
funções alheias ao contrato de trabalho, tais como: auxiliar de limpeza, serviços
administrativos, serviços bancários, manipulado de produtos químicos e vigia, descumpriu
com suas obrigações contratuais, dando causa à rescisão contratual.
A jurisprudência tem se posicionado com o entendimento supra:
"Poderá o empregado rescindir o seu contrato de trabalho e pleitear a devida indenização, se
a empresa, após reiteradas vezes punida, permaneceu exigindo serviços superiores às suas
forças e, ainda, ocasionalmente, jornada além das oito horas normais." (TST, RR 2.993/86-
0, Hélio Regato, Ac. 2ª T., 2.025/87).
Isto posto, pugna seja o presente contrato considerado rescindido por justa causa do
empregador, ou seja, configurando, pelos motivos acima aduzidos, despedida indireta, com o
conseqüente pagamento das verbas atinentes.
6. DO AVISO PRÉVIO
O Reclamante não recebeu o aviso prévio. Ocorre que sua demissão foi solicitada em data de
..... e seu desligamento ocorreu no mesmo dia.
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Assim, resta evidenciado que o Reclamante não recebeu os valores referentes ao aviso
prévio.
O art. 487, § 4º da CLT, é patente ao estabelecer ser devido o aviso prévio na despedida
indireta.
§ 4º É devido o aviso prévio na despedida indireta.
Deste modo, pugna pela condenação da Reclamada no pagamento do aviso prévio, além dos
reflexos nas horas extras, R.S.R e com estes, integrações em férias, 1/3 constitucional, 13º
salários, FGTS e multa de 40%, tudo atualizado na forma da lei.
Entendimento jurisprudencial:
O pagamento relativo ao período de aviso prévio, trabalhado ou não, está sujeito a
contribuição para o FGTS ( TST - Súmula 305)
O pagamento devido pelo aviso prévio tem natureza salarial, sendo um período computado
no tempo de serviço, incidindo FGTS ( TST, E-RR 4.593/87 Almir Pazzianotto, Ac. SDI
251/90).
O aviso prévio integra o tempo de serviço para todos os efeitos legais, assim mesmo quando
indenizado, por sua natureza salarial, requer a incidência do FGTS ( TST, RR 8.333/90.9 -
Afonso Celso, Ac. 1º T. 2.358/90.1)
7. DO FGTS E MULTA COMPENSATÓRIA
Tendo em vista a configuração de despedida indireta pela Reclamada, faz jus o Reclamante
à liberação dos depósitos do FGTS, além da indenização da diferença dos depósitos sobre os
salários pagos "por fora" , a título de comissões, além da multa compensatória de 40% sobre
todos os depósitos realizados e sobre a diferença devida, com fulcro no art. 18, § 1º da Lei
8.036/90. Tudo, com reflexos e integrações em horas extras, R.S.R e com estes em férias,
1/3 constitucional, 13º salários, e aviso prévio, com atualização na forma da lei.
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8. DO SEGURO DESEMPREGO
Pela despedida indireta, que corresponde a despedida sem justa causa do empregado, faz jus
o Reclamante a indenização pela Reclamada da verba a que faria jus a título de seguro-
desemprego, nos termos das Leis 7.998/90 e 8.900/94, tomando como base os ..... salários
mínimos, fixados em convenção coletiva de trabalho.
9. DAS PENALIDADES
Em virtude da não observância pela Reclamado, das Convenções Coletivas de Trabalho da
categoria do Reclamante, descumpriu as cláusulas abaixo enumeradas, como anteriormente
demonstrado e, por conseguinte devem ser aplicadas as cláusulas penais respectivas:
Convenção Coletiva dos Trabalhadores na Área de Saúde de ......
CLÁUSULAS INFRINGIDAS
CLÁUSULAS PENAIS
CCT 1998/99 Cláusula 7.ª - Piso salarial da categoria; Cláusula 8ª - pagamento de horas
extras; Cláusula 9.ª - Carga horária de trabalho Cláusula 10 ª - 01 salário normativo
CCT 1999/2000 Cláusula 7ª - Piso salarial da categoria; Cláusula 8ª - pagamento de
horas extras; Cláusula .9ª - Carga horária de trabalho Cláusula .10ª - 01 salário
normativo
Conforme demonstra a Convenção Coletiva dos Trabalhadores na Área de Saúde de .....,
referente as cláusulas citadas, a cada infração cometida pelo empregador, caberá o
pagamento de uma multa de 25 % do valor que deveria ser pago, nos termos da referida
convenção.
Logo, deve a Reclamada ser condenada ao pagamento de cada uma das multas estabelecidas
nas CCT's e, nos valores respectivos, em favor do ora Reclamante, tudo atualizado na forma
da lei.
10. INSALUBRIDADE
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O reclamante era obrigado a manipular os produtos químicos ....., altamente tóxicos como
descreve a bula de instrução dos fabricantes (documento .....), para inserção nos
equipamentos da reclamada. Ocorre que ao reclamante nunca foram fornecidos
equipamentos de proteção e muito menos informações que resguardassem a sua proteção.
Em diversas ocasiões o reclamante teve que procurar pelos serviços de médico
dermatologista para tratar de queimaduras de pele, pois, os produtos causavam tal prejuízo a
saúde do reclamante.
Consta no documento 06 atestados médicos de afastamento temporário da atividade
requerida pelo médico dermatologista, pois, a saúde do reclamante poderia agravar-se mais
ainda, porém, a reclamada jamais permitiu tal afastamento.
Desta forma, a reclamada deve pagar e o adicional de insalubridade de 20% conforme
previsão da Convenção Coletiva Coletiva dos Trabalhadores na Área de Saúde de ....., sobre
todo o período em que laborou para a reclamada.
Com efeito tal adicional deverá integrar o salário do reclamado, e com reflexos nas horas
extras, R.S.R e com estes integrações em férias, 1/3 constitucional, 13º salários, e aviso
prévio, tudo atualizado na forma da lei.
Vejamos:
O adicional de insalubridade, pago em caráter permanente, integra o cálculo da indenização
(TST - Súmula 132 ).
III- DOS PEDIDOS
Diante do exposto, visando a reparação da lesão dos seus direitos, com fulcro no art. 5º,
inciso XXXV, da Carta Magna e demais disposições Celetistas e Convencionais,
considerando a integração das diferenças salariais do piso da categoria do Reclamante e as
horas extras habituais, vêm pugnar pelo pagamento das seguintes verbas, seus reflexos e
extensões, tudo pleiteado mês a mês, com atualização na forma legal:
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a) DESPEDIDA INDIRETA
Consoante disposto no item V desta, pugna pelo reconhecimento da despedida indireta, por
justa causa do empregado, condenando a Reclamada ao pagamento de todas as verbas e
diferenças decorrentes desta forma de rescisão contratual, ou seja, pagamento do aviso
prévio com base em 30 dias, horas extras na proporção de 50% e 100%, adicional de
insalubridade 20%, adicional noturno, a diferença salarial ora mencionada da proporção dos
10 salários mínimos percebidos pela outra empregada, liberação do F.G.T.S e da multa na
proporção de 40%, seguro desemprego com base no salário equiparado ou então com base
no piso salarial da categoria, aplicação das penalidades com percentual de 25% conforme
determina a convenção coletiva, nas férias integral referente ao período aquisitivo de 1998 e
proporcional ao período aquisitivo de 1999, e finalmente a aplicação das multas em 10%
referente ao atraso para realização da homologação da rescisão contratual.
b) REGISTRO, ATUALIZAÇÃO E BAIXA NA CTPS
Requer seja a Reclamada compelida a efetuar as devidas anotações, alterações e atualizações
na CTPS do Reclamante, inserindo na mesma os reais valores das remunerações auferidas e
dar baixa na CTPS do mesmo, considerando o período de aviso prévio, conforme
demonstrado nos itens III e VI desta, tudo sob as penas dos arts. 9º, 29, 36, 41 e seguintes da
CLT;
c) DAS DIFERENÇAS SALARIAIS
Requer seja a Reclamada condenada ao pagamento ao Reclamante, das diferenças dos
salários e comissões pagos àquele e os pisos salariais de sua categoria, previstos nas normas
convencionais, conforme pugnado no item III desta, durante todo o pacto laboral, com
reflexos e integrações em horas extras, R.S.R e com estes em aviso prévio, férias acrescidas
de 1/3 constitucional e, ainda, 13º salários, descansos remunerados trabalhados e FGTS,
tudo atualizado na forma da lei;
d) DAS HORAS EXTRAS
Requer, conforme pleiteado no item IV desta, após a integração ao salário do Reclamante
das diferenças salariais pleiteadas no item anterior, a condenação do Reclamado ao
pagamento ao Reclamante, das horas extraordinárias laboradas não pagas que excederem da
44ª (quadragéssima quarta) hora semanal ou 8ª hora diária, além dos adicionais respectivos,
na forma da lei, tudo com a devida atualização legal.
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E ainda, as horas extras por sua habitualidade, devem ser consideradas com reflexos e
integrações para o cálculo do R.S.R e com estes em aviso prévio, férias acrescidas de 1/3
constitucional, referentes ao período de todo pacto laboral, descrito no item I desta, além de
13º salários, descansos remunerados trabalhados e FGTS, consoante os Enunciados 151, 45,
172 e 63, todos do TST, tudo atualizado na forma da lei.
e) AVISO PRÉVIO
A condenação da Reclamada, consoante o disposto no item VI desta, ao pagamento do
aviso prévio ao Reclamante, além dos reflexos e integrações em horas extras, R.S.R e com
estes férias, 1/3 constitucional, 13º salários, FGTS e multa de 40%, tudo atualizado na forma
da lei.
f) DO FGTS E MULTA COMPENSATÓRIA
Determine a liberação dos depósitos do FGTS, pela Reclamada, além da condenação ao
pagamento de indenização da diferença dos depósitos sobre os salários pagos "por fora", a
título de comissões, além da multa compensatória de 40% sobre todos os depósitos
realizados e sobre a diferença devida. Tudo, com reflexos e integrações em horas extras,
R.S.R e com estes férias, 1/3 constitucional, 13º salários, e aviso prévio.
g) SEGURO-DESEMPREGO
Conforme disposto no item VIII desta, a condenação da Reclamada, ao pagamento de
indenização, a título de seguro-desemprego, nos termos das Leis 7.998/90 e 8.900/94.
h) DAS PENALIDADES
Requer a condenação do Reclamado ao pagamento das multas estabelecidas nas Convenções
Coletivas Trabalho, quais sejam: CCT 1998/99 Cláusula 7.ª - Piso salarial da categoria;
Cláusula 8ª - pagamento de horas extras; Cláusula 9.ª - Carga horária de trabalho Cláusula 10
ª - 01 salário normativo.
CCT 1999/2000 Cláusula 7ª - Piso salarial da categoria; Cláusula 8ª - pagamento de horas
extras; Cláusula .9ª - Carga horária de trabalho Cláusula .10ª - 01 salário normativo
Totalizando um percentual de 25% sobre cada infração cometida, sendo assim, é mister a
apuração dos valores devidos sobre o salário, hora extra, carga horária e aplicar o referido
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índice, sendo corrigido mês a mês face a cada infração, além dos reflexos e integrações em
horas extras, R.S.R e com estes férias, 1/3 constitucional, 13º salários, FGTS e multa de
40%, tudo atualizado na forma da lei.
i) INSALUBRIDADE
Requer o pagamento do adicional de insalubridade na proporção de 20 %, conforme
previsão na Convenção Coletiva , além dos reflexos e integrações em horas extras, R.S.C e
com estes férias, 1/3 constitucional, 13º salários, FGTS e multa de 40%, tudo atualizado na
forma da lei.
REQUERIMENTOS FINAIS
Diante do exposto, requer digne-se Vossa Excelência, em mandar notificar o Reclamado, no
endereço descrito no preâmbulo da Exordial, de todos os termos da presente Reclamatória,
para que compareça à audiência que for designada por esta Vara do trabalho, nela
apresentando, querendo, a defesa que tiver, sob pena de revelia e de serem presumidos como
verdadeiros os fatos articulados pelo Reclamante.
Requer que, ao final, seja a presente Reclamatória julgada totalmente procedente,
condenando-se o Reclamado ao pagamento de todas as verbas pleiteadas, com a devida
atualização monetária, juros, custas processuais e demais cominações legais.
Requer, para tanto, digne-se Vossa Excelência, em determinar ao Reclamado a juntada na
primeira oportunidade, dos documentos abaixo, sob as sanções dos arts. 9º da Consolidação
das Leis do Trabalho e art. 359 do Código de Processo Civil:
a) Contrato de Trabalho;
b) Folhas de pagamento ou "holeritz" do Reclamante, durante todo o pacto laboral;
c) Livro-ponto.
Pretende provar o alegado por todos os meios de provas em direito admitidos,
especialmente, pelo depoimento pessoal do Reclamado, sob pena de confesso, oitiva de
testemunhas, com evidência da Sra ....., documentos ora anexados, juntada de novos
documentos, que ficam desde já requeridas.
Atribui-se à causa, para fins de alçada, o valor de R$ .....
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Nesses Termos,
Pede Deferimento.
[Local], [dia] de [mês] de [ano].
[Assinatura do Advogado]
[Número de Inscrição na OAB]
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2. Ação Monitória
EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA .... VARA DO TRABALHO DE ..... ESTADO
DO .....
FULANO DE TAL, brasileiro (a), (estado civil), profissional da área de .....,
portador (a) do CIRG n.º ..... e do CPF n.º ....., residente e domiciliado (a) na Rua ....., n.º
....., Bairro ....., Cidade ....., Estado ....., por intermédio de seu (sua) advogado(a) e bastante
procurador(a) (procuração em anexo - doc. 01), com escritório profissional sito à Rua ....., nº
....., Bairro ....., Cidade ....., Estado ....., onde recebe notificações e intimações, vem mui
respeitosamente à presença de Vossa Excelência propor
AÇÃO MONITÓRIA
em face de
....., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o n.º ....., com sede na Rua .....,
n.º ....., Bairro ......, Cidade ....., Estado ....., CEP ....., representada neste ato por seu (sua)
sócio(a) gerente Sr. (a). ....., brasileiro (a), (estado civil), profissional da área de ....., portador
(a) do CIRG nº ..... e do CPF n.º ....., pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos.
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I- PRELIMINARMENTE
A competência para a presente ação é, indubitavelmente, da Justiça do Trabalho, posto que o
art. 114/CF, alterado pela EC 45, prescreve que esta Justiça Especializada é habil para julgar
todas as causas provenientes da relação de trabalho e não mais tão somente as relações de
emprego.
II- DOS FATOS
A reclamante é credora da reclamada da importância de R$ ...........corrigida na forma de
juros simples, 1% a.m. , representada pela seguinte nota fiscal:
NF n.º ..........., valor de R$ ........ com vencimento em ..........referente à venda de
mercadorias;
O período compreendido entre a data de do cálculo foram utilizados pela reclamante
no intuito de receber o que lhe era devido, através de composição amigável. Apesar de todos
os meios suasórios enviados, não logrou o êxito desejado. Assim, a dívida encontra-se no
patamar demonstrado.
Em que pese a autora ter prestados os serviços e entregues os materiais adquiridos, o
requerido deixou de efetuar os pagamentos correspondentes, locupletando-se as custas
alheias .
O procedimento monitório cumpre os requisitos legais, senão vejamos:
II- DO DIREITO
Dispõe o artigo 1.102 a, introduzido no Diploma
Processual Civil, pela Lei n.º 9079, de 14/07/95:
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" Art. 1.102 a: A ação Monitória compete a quem pretender, com base em prova escrita sem
eficácia de título executivo, pagamento de soma em dinheiro, entrega de coisa fungível ou
de determinado bem móvel."
Como se vê, a reclamante pretende, com base em prova escrita, e através da nota fiscal
não paga, receber o seu crédito.
Segundo o magistério de José Eduardo Carreira Alvim, em sua obra - Procedimento
Monitório - , "o procedimento monitório restringe-se assim, às causas que tenham por objeto
mediato o pagamento de uma soma de dinheiro, a entrega de uma coisa fungível ou de
determinado bem móvel."
A prova que instrui o pedido é escrita, o que atende a imposição estabelecida no artigo
citado, consistindo em:
"todo o escrito que, emanado da pessoa contra quem se faz o pedido, ou de quem a
represente, o torna verossímil ou suficientemente provável e possível."
No entanto, deve conter certos requisitos, na lição do mesmo autor:
"Mas, em qualquer caso, deve conter os requisitos de liquidez e certeza do crédito ou a
perfeita indenização da coisa demandada."
No caso, a toda evidência, o título emitido pela reclamante possui, não apenas o pressuposto
de liquidez, como também o da certeza.
Obedecidos os requisitos legais, inclusive os referentes aos pressupostos processuais de
constituição e desenvolvimento válido e regular do processo, impõe-se a expedição de plano
de mandado de pagamento, conforme estabelecido no artigo 1.102 b, da nova Lei, verbis:
"Estando a petição inicial devidamente instruída, o juiz deferirá de plano a expedição de
mandado de pagamento ou de entrega da coisa no prazo de quinze dias."
Isto posto, requer-se a expedição de mandado para que reclamada pague a importância
devida.
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Se a reclamada, regularmente citada, não pagar, ou não apresentar defesa no prazo legal, o
título que instrui o presente constituir-se-à de pleno direito, em título executivo judicial,
convertendo-se o mandado de citação em executivo.
Neste caso, aplicar-se-ão todas as normas do Processo de Execução, mais
especificamente as referentes à execução para a entrega de coisa e a execução por quantia
certa contra devedor solvente. É o que se depreende do artigo 1.102c, caput, do Código de
Processo Civil:
" No prazo previsto no artigo anterior, poderá o réu oferecer embargos, que suspenderão a
eficácia do mandado judicial. Se os embargos não forem opostos, constituir-se-à, de pleno
direito, o título executivo judicial, convertendo-se o mandado inicial em mandado executivo,
prosseguindo-se na forma prevista no Livro II, Título II, Capítulos II - IV."
Assim têm posicionado-se os Tribunais pátrios acerca da matéria:
" AÇÃO MONITÓRIA. CAMBIAL. CHEQUE. PRESCRIÇÃO DA AÇÃO DEEXUÇÃO.
COBRANÇA VIA AÇÃO MONITÓRIA. CABIMENTO. CPC, ARTS. 1.102 A E
SEGUINTES. A pretensão ao recebimento de valores constantes de cheques prescritos pode
ser processada pela via especial da ação monitória, exatamente, na forma do art. 1.102 a e
seguinte, do CPC. "
( STJ, Rec.Esp. 166594, MG, Rel: Aldir Passarinho Junior, Julg. Em 17/08/00, D.J.
09/10/00, Boletim Informativo da Juruá, 274/235, Fonte: Banco de Dados da Juruá.)
III- DOS PEDIDOS
Ante o exposto é a presente para requerer:
1. A expedição de mandado de citação da Reclamada, a fim de que pague a
importância de R$........( Quatrocentos e cinqüenta e sete reais e trinta e sete centavos ),
constante do título, devidamente atualizada, conforme demonstrativo, ou, querendo,
apresente defesa no prazo legal;
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2. Em pedido alternativo, não sendo efetuado o pagamento ou não sendo apresentada
defesa no prazo de lei, requerer a conversão do mandado de citação em mandado executivo,
com o prosseguimento da execução nos moldes previstos no Livro II, Título II, Capítulo IV,
do Diploma Processual Civil;
3. A produção de todas as provas em direito admitidas, sem exceção.
4. Não sendo cumprido o mandado de citação, requer-se a procedência total do pedido,
condenado-se a reclamada no pagamento do valor requerido, qual seja, R$ ............., no
pagamento das custas processuais, honorários advocatícios
(CPC - art. 1.102c, par. 1º ), bem como nos demais consectórios de sucumbência.
5. A expedição de certa precatória à Comarca de ........, domicilio da ré.
Dá-seà causa o valor de R$ .....
Nesses Termos,
Pede Deferimento.
[Local], [dia] de [mês] de [ano].
[Assinatura do Advogado]
[Número de Inscrição na OAB]
20
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3. Contestação
EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA .... VARA DO TRABALHO DE ..... ESTADO
DO .....
AUTOS N.º ...........
FULANA DE TAL LTDA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ
sob o n.º ....., com sede na Rua ....., n.º ....., Bairro ......, Cidade ....., Estado ....., CEP .....,
representada neste ato por seu (sua) sócio(a) gerente Sr. (a). ....., brasileiro (a), (estado civil),
profissional da área de ....., portador (a) do CIRG nº ..... e do CPF n.º ....., por intermédio de
seu advogado (a) e bastante procurador (a) (procuração em anexo - doc. 01), com escritório
profissional sito à Rua ....., nº ....., Bairro ....., Cidade ....., Estado ....., onde recebe
notificações e intimações, vem mui respeitosamente à presença de Vossa Excelência
apresentar
C O N T E S T A Ç Ã O
à presente Reclamatória Trabalhista proposta por ....., já qualificado nos autos em epígrafe,
pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos.
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I- PRELIMINARMENTE
Ilegitimidade Passiva "Ad Causam"
Aduz o Reclamante que prestou serviços de porteiro à segunda Reclamada no período de
.../.../... até .../.../..., sob a supervisão da empresa ......... (primeira Reclamada), sendo, naquela
última data, dispensado sem justa causa.
Requer, ao final, com fulcro no artigo 9º consolidado, a responsabilização solidária da
contestante, juntamente com a primeira Reclamada, pelas verbas trabalhistas postuladas na
peça inicial. Justifica a pretensão afirmando que recebia ordens da defendente, obedecendo
suas normas e horários, sendo fiscalizado pela empresa administradora de mão-de-obra.
A pretensão do Reclamante de ver a segunda Reclamada responsabilizada, solidariamente,
pelos débitos trabalhistas assumidos por empresa administradora de mão-de-obra, afigura-se
desprovida de qualquer lastro fático ou legal.
Consabido, o artigo 3º do Código de Processo Civil, aplicável ao texto consolidado (CLT -
art. 769), precreve:
"Para propor ou contestar ação é necessário ter interesse e legitimidade".
O Autor jamais prestou serviços para a contestante através de empresa interposta. A segunda
Reclamada, da mesma forma, nunca contratou os serviços da primeira (empresa de
administração de mão-de-obra). Não existem, nos seus arquivos, quaisquer documentos
referentes ao Reclamante e, muito menos, à empresa .........
Ademais, ad argumentandum tantum, tivesse ela contratado o Autor mediante empresa
interposta, esta modalidade de contratação resguardaria a empresa de qualquer
responsabilidade quanto a eventuais débitos trabalhistas, pois estaria amparada pela Lei n.º
7.102, de 20 de junho de 1983 (dispõe sobre segurança de estabelecimentos financeiros e
fixa normas para a constituição e funcionamento das empresas particulares que exploram
serviços de vigilância).
Como se vê, inexiste qualquer possibilidade da empresa ter fraudado as normas insculpidas
na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT - art. 9º), pela simples razão de que, em
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momento algum, manteve relação de trabalho com o Autor, na qual estivessem presentes os
requisitos preconizados pelo artigo 3º celetário. E esta evidência não foi por ele
desconstituída, como ônus que lhe cabe (CLT - art. 818).
A propósito, nos ensina Valentin Carrion que "ao autor cabe o ônus da prova do fato
constitutivo de seu direito". E, mais adiante, assinala: "A existência de trabalho subordinado
ou de contratação do empregado são fatos constitutivos para quem pretende qualquer direito
que deles decorra". (Carrion, Valentin. Comentários à Consolidação das Leis do Trabalho.
São Paulo: Saraiva, 22ª ed., 1997, p. 601).
Os nossos Tribunais também manifestam o mesmo entendimento, verbis:
"Quando se nega a existência de qualquer prestação de trabalho, a prova incumbe ao autor,
por ser fato constitutivo. O contrário, obrigaria o réu a trazer contestação do fato negativo,
com freqüência impossível na prática. [...]" (TRT/SP, RO 12.154/85, Valentin Carrion, Ac.
8ª T).
Portanto, a segunda Reclamada rechaça veementemente a existência de qualquer vínculo
empregatício com o Autor, sendo impositiva a sua exclusão do feito.
II- DO MÉRITO
Em conseqüência, no mérito, nada há a se enfrentar, vez que, inexistindo prestação de
serviços de qualquer natureza, improcede a pretensão de responsabilização da contestante
pelas parcelas oriundas do contrato de trabalho firmado entre o Autor e a empresa interposta,
lançadas na peça vestibular, como sejam: vale transporte (item n.º 2); horas extras e
domingos e feriados laborados (item n.º 3); intervalo intrajornada (item n.º 4); intervalo inter
jornada (item n.º 5); adicional noturno (item n.º 6); diferenças de repousos semanais
remunerados (item n.º 7); férias não pagas (item n.º 8); salários e 13ºs salários não pagos
(item n.º 9); verbas rescisórias não pagas (item n.º 10); devolução de descontos (item n.º 11);
multa do artigo 477, §§ 6º e 8º, celetário (item n.º 12); seguro desemprego (item n.º 13) e
multa convencional (item n.º 15).
No tocante a jornada de trabalho, ressalte-se que a segunda Reclamada não adota os horários
relatados pelo Reclamante e, muito menos, expediente aos domingos e feriados.
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Desmerece acolhida, também, o pleito de pagamento de honorários advocatícios, vez que
continua em vigor o Enunciado 219 do Egrégio Tribunal Superior do Trabalho.
Nesse sentido, os tribunais são uníssonos, conforme se vê do acórdão unânime, relatado pelo
Juiz Euclides Alcides Rocha, da 2ª Turma do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho do
Estado do Paraná (9ª Região), no Recurso Ordinário n.º 2.862/89, publicado no DJPR em
26.06.90, p. 121:
"REPRESENTAÇÃO PROCESSUAL - 'JUS POSTULANDI' DAS PARTES - CF/88 -
HONORÁRIOS DE ADVOGADO. Honorários de advogado - CF/88. O fato do art. 133, da
Constituição Federal ter determinado a indispensabilidade item do advogado na
administração da Justiça, não quer dizer tenha restringido o "jus postulandi" na Justiça do
Trabalho, exclusivamente aos advogados. Subsiste por inteiro a Lei n.º 5.584/70. Honorários
indevidos."
Percebe-se que as declarações constantes da presente reclamação, além de maliciosas, são
também totalmente improcedentes e infundadas, não passando de uma tentativa ardilosa do
Reclamante de obter vantagem econômica sobre a empresa, que nada deve.
III- DOS PEDIDOS
Isto posto requer-se:
a) com fulcro no artigo 267, VI do Código de Processo Civil, aplicável subsidiariamente ao
texto consolidado (C.L.T. - art. 769), seja julgado extinto o presente processo em relação à
segunda reclamada, excluindo-a do feito;
b) a produção de todas as provas em direito admitidas, mormente o depoimento pessoal do
Reclamante e a oitiva de testemunhas;
c) a condenação do Reclamante por litigância de má-fé, tendo em vista que postula a
responsabilização solidária de empresa que jamais se utilizou de seus serviços por meio de
empresa interposta, conforme dito na fundamentação;
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d) seja julgada improcedente, no mérito, a presente Reclamação Trabalhista.
Nesses Termos,
Pede Deferimento.
[Local], [dia] de [mês] de [ano].
[Assinatura do Advogado]
[Número de Inscrição na OAB]
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4. Recurso Ordinário
EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA .... VARA DO TRABALHO DE ..... ESTADO
DO .....
CÓD:.......
AUTOS:.......
FULANO DE TAL, brasileiro (a), (estado civil), profissional da área de .....,
portador (a) do CIRG n.º ..... e do CPF n.º ....., residente e domiciliado (a) na Rua ....., n.º
....., Bairro ....., Cidade ....., Estado ....., por intermédio de seu (sua) advogado(a) e bastante
procurador(a) (procuração em anexo - doc. 01), com escritório profissional sito à Rua ....., nº
....., Bairro ....., Cidade ....., Estado ....., onde recebe notificações e intimações, vem mui
respeitosamente à presença de Vossa Excelência interpor
RECURSO ORDINÁRIO
referente aos autos de nº ....., pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos.
Aguarda deferimento.
Nesses Termos,
Pede Deferimento.
[Local], [dia] de [mês] de [ano].
[Assinatura do Advogado]
[Número de Inscrição na OAB]
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EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA ..... REGIÃO.....
AUTOS:...........
Recorrente: ..........
Recorrido: ...........
Origem:...ª JCJ de .......
RAZÕES DE RECURSO ORDINÁRIO
Eméritos Senhores Julgadores
A r. decisão que julgou parcialmente improcedente a reclamação formulada pelo ora
recorrente, merece reforma em determinados pontos, pelo que passa a demonstrar suas ra-
zões de irresignação.
I- ESTABILIDADE DE CIPEIRO.
A r. decisão merece reforma, primeiramente, com referência ao tópico epigrafado, haja vista
não foi proferida segundo as provas constantes nos autos, conforme demonstrar-se- á .
Houve por bem o MM. Juízo de 1º grau em considerar renúncia por parte do re-corrente,
relativamente aos seus direitos à estabilidade pelo fato de haver sido eleito pelos
empregados membro da CIPA.
Ora Excelências, observando-se os documentos colacionados ao caderno processual, nada há
que possa enveredar tal raciocínio. Ademais não pode o juízo prolator, arbitrariamente
presumir uma renúncia, pois a renúncia a um direito, jamais, poderá ser presumida, aliás,
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contra a prova dos autos, salientando-se ser a mesma um ato explícito, de interpretação
restritiva, sendo esta a opinião da melhor doutrina trabalhista, passando o recorrente a
transcrever o comentário do brilhante Jurista Dr. Arnaldo Sussekind: "Em virtude dos prin-
cípios que norteiam o Direito do Trabalho, a renúncia e a transação de direitos devem ser
admitidos como exceção. Por isto mesmo, não se deve falar em renúncia ou transação
tacitamente manifestadas, nem interpretar extensivamente o ato pelo qual o trabalhador se
despoja de direitos que lhe são assegurados ou transaciona sobre os mesmos. Neste sentido,
o TST adotou o Enunciado n.º 41, sendo que as leis nºs 5.562, de 1968, e 5.584, de 1970 ( o
artigo 10 deu nova redação ao artigo 477 da CLT) explicitaram esse entendimento que os
tribunais adotaram com esteio no artigo 843 do novo código civil. A renúncia e a transação
devem corresponder , portanto, a atos explícitos, não podendo ser presumidos."
Ademais, o direito à estabilidade é de ordem pública e, portanto, irrenunciável. A
necessidade de proteção social dos trabalhadores é ínsita às normas do direito de Trabalho,
pois os direitos e obrigações estabelecidos para este mister destinam-se à coletividade e ao
bem comum. Do contrário, retrocederia o Direito do Trabalho à estaca zero. Não são pas-
síveis, portanto, de derrogação ou livre disposição das partes os direitos subjetivos tra-
balhistas, a menos que se prove cabalmente consultar aos interesses do próprio destinatário
da norma tutelar. Incidem, no caso, os arts. 9º e 444, da CLT.
Ainda como bem se pronunciou o Relator Dr. Joaõ Oreste Dalazen (hoje ministro do TST)
nos autos TRT/PR-16706/94, em relação ao período para exercitar esse direito perante o
judiciário, aos quais pedimos vênia para transcrever abaixo:
"Também não resta caracterizada litigância de má-fé ante a demora para ajuiza-mento da
ação. O exercício desse direito sub-jetivo é assegurado à parte, independentemente da
restrição ao período de garantia contra despedida arbitrária, quando for o caso."
Como bem observado nas razões acima expostas, é ônus da empresa comprovar a má-fé do
empregado, prova não realizada no presente caderno processual, aliás busca maliciosamente
transferir o ônus para o obreiro, alegando ser dever do reclamante possuir conhecimento da
complexa legislação trabalhista, o que é no mínimo um absurdo, pois o recorrente é pessoa
de pouca instrução desconhecedora de seus direitos basilares, quiçá dos de maior relevân-
cia, mas ao contrário a recorrida possui brilhante assessoria, sendo inquestionavelmente a
recorrida conhecedora da condição do recorri-do, não podendo agora buscar transferir esse
ônus ao empregado para ao final buscar a subtração de um direito legítimo da parte.
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II- HORAS EXTRAS
O Recorrente requereu a manutenção da jornada de seis horas diárias e trinta e seis
semanais, sob o argumento de que o mesmo laborou sob longo período adstrito a esta jor-
nada especial, e que após ......... teve sua jornada alterada para 08horas diárias, sendo tal
pedido denegado pela decisão recorrida, sob o fundamento de que a jornada correta é as dos
cartões ponto, cometendo grave injustiça, senão vejamos:
A própria defesa admite haver o autor laborado no regime de 06 horas diárias e trinta e seis
horas semanais, bem como o preposto o faz na ata de audiência de fls., sendo este fato
inequívoco, SMJ. A recorrida em momento algum comprovou nos autos alteração de função
ou modo de trabalho do recorrente, sob alegação de que este período estava prescrito, mas
excelência raciocínio neste sentido esta equivocado, pois a lesão no caso apresentado é
permanente, não ocorrendo, então prescrição, estando a jornada mais benéfica incorporada
ao patrimônio jurídico do empregado, sendo a r. decisão atacada equivocada, necessitando
Pelos motivos acima ser reformada.
Vistas as explanações acima só nos resta pugnar pelo acolhimento do presente apelo, para
reformar o presente julgado nos tópicos acima apresentados por ser medida de justiça!
Nesses Termos,
Pede Deferimento.
[Local], [dia] de [mês] de [ano].
[Assinatura do Advogado]
[Número de Inscrição na OAB]
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5. Ação Anulatória
EXMO. SR. DR. JUIZ PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO
TRABALHO DA ..... REGIÃO
MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO, ramo do Ministério Público da
União, com sede na Rua ............, ....., CEP ......, Centro, vem, pelo Procurador que a presente
subscreve, com fulcro no art. 127 caput da Constituição da República c/c o art. 83, I e IV, in
fine da Lei Complementar n.º 75/93, propor
AÇÃO ANULATÓRIA COM PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA
em face de
....., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o n.º ....., com sede na Rua .....,
n.º ....., Bairro ......, Cidade ....., Estado ....., CEP ....., representada neste ato por seu (sua)
sócio(a) gerente Sr. (a). ....., brasileiro (a), (estado civil), profissional da área de ....., portador
(a) do CIRG nº ..... e do CPF n.º ....., pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos.
I- DOS FATOS
Os réus avençaram convenção coletiva, em cujo bojo, há cláusula na qual se pretendeu
regulamentar o art. 8o da Lei 9719/98. A malsinada cláusula encontra-se vazada nos
seguintes termos:
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Cláusula Décima Segunda - Poderão os trabalhadores de capatazia avulsa serem escalados
sem a observância do intervalo intrajornada de 11 ( onze ) horas, de que trata o art. 8o da Lei
9719/98, de 27.11.98, considerando as características peculiares do trabalho avulso de
capatazia no............................., sujeito às alternâncias da movimentação portuária e das
safras, desde que haja concordância do trabalhador, sendo entendidas como situações
excepcionais as seguintes:
Período de escoamento das safras de açúcar;
Operações com cargas frigoríficas;
Operações com cargas containerizadas;
Operadores com carga sem condições de estocagem na área do Porto;
Nos casos de pique de trabalho.
Nos moldes em que foi vazada, ao invés de regulamentá-lo, a indigitada cláusula choca-se
com o art. 8o da Lei 9719/98. De fato, basta examinar as hipóteses contempladas na cláusula
vergastada, para se extrair a ilação de que se transbordou os limites da lei. Eis o inteiro teor
da sobremencionada norma legal:
Art. 8o Na escalação diária do trabalhador portuário avulso deverá sempre ser observado um
intervalo mínimo de onze horas consecutivas entre duas jornadas, salvo em situações
excepcionais, constantes de acordo ou convenção coletiva de trabalho. grifei
E a essa conclusão chegamos por um motivo muito simples. O art. 8o da Lei 9719/98,
"norma em branco", assim entendida, aquela cuja regulamentação vem doutra fonte, de
mesma hierarquia ou não ( in casu, convenção ou acordo coletivo ), não constitui "carta
branca" para que os sindicatos regulamentem o intervalo interjornada ao seu alvedrio.
Hão de ser observados os parâmetros fixados em lei. E a lei dispõe que só em 'situações
excepcionais', é permitida a supressão do intervalo de 11h entre duas jornadas. E aqui,
impende ressaltar que essa previsão legal guarda sintonia com a saúde física e mental do
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trabalhador. A submissão a uma jornada estafante, além de prejudicar a saúde, torna o
trabalhador mais propenso a acidentes.
Do que se extrai um princípio exegético: as situações passíveis de serem tachadas de
excepcionais, devem ser interpretadas restritivamente.
De qualquer modo, fixada a restrição acima, acerca do alcance da expressão: 'situações
excepcionais', resta latente o que se deve entender por situação excepcional. Do art. 61 da
CLT, extrai-se princípio que serve de parâmetro para se chegar ao conceito dessa expressão.
Esse preceito, cujo lineamento é aqui aplicável, mutatis mutandi, é claro ao dispor que só em
situações de: 1- força maior, 2- realização de serviços inadiáveis e 3- inexecução de trabalho
que possa acarretar prejuízo manifesto, é possível se extrapolar a jornada máxima permitida,
já com as horas extras.
No caso vertente, as situações elencadas na cláusula décima sétima da convenção coletiva,
de excepcional, nada têm. De plano, exclui-se a existência de força maior, como
acontecimento inevitável, para o qual não concorreu o empregador, diretamente ou
indiretamente.
De igual modo, é de se excluir a ocorrência de serviços inadiáveis. É que, nenhuma das
situações elencadas na cláusula décima sétima ( acima transcrita ) são inadiáveis, de molde a
justificar a submissão do portuário a uma jornada de 7h de um dia a 4h do dia seguinte (
documento junto ).
No que tange ao item "3", ressalte-se que não é qualquer inexecução de trabalho, do qual
decorra prejuízo, que é capaz de autorizar a inobservância do intervalo interjornada de 11h,
com o fim de ultimá-lo. Só aquele trabalho cuja não-ultimação implique perecimento da
própria mercadoria, configurará o prejuízo MANIFESTO de que cuida a lei.
Por fim, os períodos de 'pique de trabalho' também não se configuram como situação
excepcional. A situação excepcional, hábil a ensejar a inobservância do intervalo de 11h
entre duas jornadas, há de ser interpretada em consonância com o princípio da razoabilidade.
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E não parece razoável submeter o trabalhador a uma jornada de quase 24h, ao argumento de
que há um 'pique de trabalho'. A saúde física e mental do trabalhador sobrepaira, inclusive,
sobre o interesse individual. É que, dada a sazonalidade do trabalho portuário, muitas vezes
o portuário se submete a uma jornada estafante, com o único objetivo de melhorar sua renda.
Aliás, antes do surgimento da regulamentação do art. 8º da Lei 9719/98, via convenção
coletiva, o Ministério Público já propusera ação civil pública, dentre cujos objetivos, se
inseria a obrigação de fazer, consistente em se observar o intervalo interjornada de 11h. O
que encontrou guarida, em sede de medida liminar, atualmente vigente.
E as provas enfeixadas no Procedimento Investigatório que fundamentaram a inicial, já
sinalizavam o corriqueiro descumprimento do malsinado intervalo. Vários autos de infração
lavrados pela DRT, bem assim o depoimento do representante do ........, evidenciam esse
fato.
Donde se conclui, também por esse ângulo de visada, que a supressão do intervalo
interjornada de 11h, na forma como proposto, vale dizer, pela ocorrência de 'pique de
trabalho', nada tem de excepcional. Ao revés, é acontecimento corriqueiro.
II- DO DIREITO
Presentes os requisitos autorizadores para a concessão da tutela antecipada, vale dizer, a
prova inequívoca e o fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação, torna-se ela
deferível, com o escopo de se anular a cláusula décima segunda da convenção coletiva
avençada entre os réus.
O primeiro desses requisitos salta aos olhos, já que as situações elencadas como
excepcionais, de excepcionais nada têm. Ferem o princípio da razoabilidade e conduzem a
uma banalização de uma situação que, verdadeiramente deveria se revestir de carácter
excepcional: a submissão hodierna de portuários a uma jornada de 7h de um dia a 4h do dia
seguinte.
Eis a situação com a qual nos deparamos, ao entender que o permissivo contido na parte
final do art. 8º da Lei 9719/98 constitui uma 'carta branca' ao sindicato para regulamentar
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esse preceito a seu talante. A saúde física e mental da coletividade prepondera, inclusive
sobre interesses individuais d'alguns portuários.
Já o fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação, também resta patente. A
natural demora na entrega da prestação jurisdicional, poderá nos conduzir a uma vitória de
pirro. É que, dada a vigência limitada no tempo, o provimento jurisdicional definitivo poderá
apanhar situação já consolidada pelo efeito indelével do tempo: a expiração do prazo de
vigência da convenção coletiva.
Do que decorre, por outro lado, que as graves distorções ocorridas no interregno em que
vigeu a convenção, serão imperscrutáveis. Muitos portuários terão sido submetidos a uma
jornada desumana. Quiça alguns acometidos por acidentes de trabalho, inseridos em
situações que deveriam se justificar pela excepcionalidade. Mas que de excepcional nada
tem. Em verdade, é corriqueira.
III- DOS PEDIDOS
Isto posto, requer o Ministério Público:
a) o deferimento da tutela antecipada para anular a cláusula décima segunda da convenção
coletiva avençada entre os réus.
b) a confirmação da tutela antecipada que ora se espera seja deferida, julgando-se ao final
procedente o pedido formulado na presente ação anulatória, consistente na anulação da
cláusula mencionada acima.
c) que, deferida a tutela antecipada, seja oficiado ao .......- órgão gestor de mão-de-obra (
Rua..........., s/n. Centro, CEP ..........., ........ ) enviando-se-lhe cópia decisão, já que constitui
atribuição dessa entidade, elaborar a escalação dos trabalhadores portuários avulsos,
consoante disposto no art. 5.º da Lei 9.719/98, do que decorre a repercussão da decisão no
seu campo de atuação.
Requer a citação dos réus para que eles, querendo, ofereçam contestação, pena de revelia,
esperando o Ministério Público a procedência de todos os pedidos.
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Protesta por todos os meios de prova em direito admitidos.
Dá-se à causa o valor de R$ .........
Considerando o que dispõe o art. 18, II, "h" da Lei Complementar nº 75/93, art. 41, IV da
Lei 8625/93 e art. 1º do Provimento TRT-SCR 01/94, requer o Ministério Público a
NOTIFICAÇÃO PESSOAL E NOS AUTOS dos atos processuais praticados no presente
feito.
Nesses Termos,
Pede Deferimento.
[Local], [dia] de [mês] de [ano].
[Assinatura]
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6. Ação de Indenização por Danos Morais e Materiais
EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA .... VARA DO TRABALHO DE ..... ESTADO
DO .....
FULANO DE TAL, brasileiro (a), (estado civil), profissional da área de .....,
portador (a) do CIRG n.º ..... e do CPF n.º ....., residente e domiciliado (a) na Rua ....., n.º
....., Bairro ....., Cidade ....., Estado ....., ....., brasileiro (a), (estado civil), profissional da área
de ....., portador (a) do CIRG n.º ..... e do CPF n.º ....., residente e domiciliado (a) na Rua
....., n.º ....., Bairro ....., Cidade ....., Estado ....., por intermédio de seu (sua) advogado(a) e
bastante procurador(a) (procuração em anexo - doc. 01), com escritório profissional sito à
Rua ....., nº ....., Bairro ....., Cidade ....., Estado ....., onde recebe notificações e intimações,
vem mui respeitosamente à presença de Vossa Excelência propor
AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS
em face de
....., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o n.º ....., com sede na Rua .....,
n.º ....., Bairro ......, Cidade ....., Estado ....., CEP ....., representada neste ato por seu (sua)
sócio(a) gerente Sr. (a). ....., brasileiro (a), (estado civil), profissional da área de ....., portador
(a) do CIRG nº ..... e do CPF n.º ....., pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos.
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I- PRELIMINARMENTE
DA COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO
O art. 114/CF, modificado com a ec 45, reza que as ações oriundas da relação de trabalho
são de competência desta Justiça Especializada.
II- DOS FATOS
Os Autores são: mulher e filhos do falecido .... (docs. .... à ....), e deste, são sucessores legais
na conformidade do artigo 1854 do Novo Código Civil, e possuem interesse moral e
econômico (artigos 3º e 7º do CPC) no que ora se pleiteia, bem como, possuem plena
legitimidade ativa.
Em ..../..../...., por volta das .... horas, o falecido ...., foi assassinado (Atestado de Óbito - doc.
....) a tiros no centro da Cidade de .... - ...., por pistoleiros profissionais a serviço de um
fazendeiro daquela região, de apelido "....".
Em decorrência deste homicídio, tramitou na Polícia e Justiça da Comarca de .... - ....,
Inquérito Policial contra os assassinos (docs. .... à ....), onde somente em ..../..../...., os
autores foram julgados, não se sabendo ainda a sentença daquele Juízo.
Outros elementos, dados e informações, de interesse para o julgamento da causa e que
agasalham as pretensões dos Autores, estão no processo crime na Justiça de .... - ...., e serão
trazidos para estes Autos, a posteriori.
O falecido ...., era na época do assassinato, empregado da Ré, e esta, teve culpa na morte de
seu funcionário, como demonstrarão adiante, e conforme será provado no transcorrer do
processo. Em decorrência desta culpa, os Autores têm o direito de exigir da Ré a
indenização ora pleiteada.
A relação de emprego do falecido .... com a Ré - e as provas da culpa:
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a) O de cujus foi admitido em ..../..../.... aos serviços da Ré, quando morava em .... - ...., e
para exercer as funções de "gerente de uma madeireira" em .... - .... (docs. .... a ....);
b) A Ré, atuando no ramo de exploração de madeiras, com sede na Comarca de .... - ....,
tinha e tem, outras filiais em outras Cidades do Brasil, a exemplo de .... e .... - ....;
c) Na Cidade de .... - ...., a Ré, desde o início desta década, mantém uma grande Fazenda, a
"....", para o fim de extração de madeira, e na época, repleta de florestas;
d) Na época (....), a administração regional desta Fazenda ficava em .... - ...., porém, a sede
nacional ficada (e fica) em .... - ...., de onde partia todas as regras e decisões para a
administração e operações relativas à Fazenda .... em .... - ....;
e) Em ..../..../...., o falecido .... foi promovido gerente da Fazenda ...., em .... - ...., por força
de decisão tomada pela Diretoria da Ré, conforme mostra a "ata de reunião" - docs. .... e ....;
f) Em ..../..../...., quando o falecido .... assumiu a administração da Fazenda em .... - ....,
encontrou muito trabalho a ser feito - como: aberturas de picadas e estradas; retirada de
muito mato; extração de madeiras; preparação e providências para a abertura de uma
verdadeira Fazenda. Mas as coisas não param por aqui: o de cujus também tinha a missão de
afugentar pistoleiros, jagunços e matadores profissionais, grileiros e posseiros de todas as
espécies, tinha a missão de expulsar invasores, e acabar com os roubos de madeiras, tudo
provocado por fazendeiros da região, ou a mando desses. Portanto, a vida e integridade
física da vítima estava em constante perigo; poderia ser morto assassinado a qualquer
instante, fato que a ré tinha pelno conhecimento, mas calou-se, omitiu-se, algemou-se em
nome da ganância, em nome do lucro exacerbado, esquecendo-se que aquele homem que
administrava sua Fazenda, tinha esposa e filhos que o aguardavam em casa, cujas esperanças
foram destruídas por alguns disparos de arma de fogo numa noite negra e nebulosa;
g) A Fazenda constantemente vinha sendo invadida, os roubos de madeiras foram
acentuando-se. Famílias inteiras passaram a ocupar as terras da Ré. O falecido ....
comunicou tais fatos para .... - ...., via rádio amador, mas a Ré, sempre insistiu que
continuasse, mesmo havendo o risco de ser assassinado a qualquer momento. A Ré também
tinha jagunços, e determinou que rechaçassem os invasores com violência e até com sangue.
Vários tiroteios aconteceram, morreram pessoas de ambos os lados. E o falecido .... ficava
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permanentemente na Fazenda, exposto de forma aberta, à todos estes perigos, e por ....
meses, o de cujus travou uma luta sem fim, na defesa da propriedade, e por tudo isto, ficou
jurado de morte, sob a ameaça de muitos inimigos.
h) Em determinado momento, informou a Ré, que não suportava mais tal situação, e que
queria retornar para o Estado do ...., pois poderia ser morto a qualquer instante, pois os
posseiros e pistoleiros eram ameaçadores, insistentes e decididos. Mas, a Ré insistia para que
o Sr. .... permanecesse;
i) Pediu garantias de vida para a Polícia de .... - ...., pois estava na iminência de ser morto,
mas não foi atendido da forma como pretendia. E em seguida, após um clima de muita
violência e perseguição, conseguiu um avião, e saiu fugido da Cidade de .... - .... para não ser
morto, na companhia do filho ...., vindo à sede da Ré em .... - ....;
j) Informou então aos seus Empregadores, que não queria jamais retornar à .... - ...., e sim,
queria a sua pronta demissão, pois procuraria um outro emprego, menos perigoso. Aquela,
disse que perigo nenhum existia, "que era tudo coisas da cabeça do empregado", e que não
acataria a demissão, porque ele era uma pessoa muito importante para as Empresas, e que
deveria retornar a .... - .... Determinando-lhe que tirasse uns .... dias de Férias ao lado da
família. Esclarece que, esta fuga de .... - ...., deu-se em ..../..../....;
k) a Ré então, muito insistiu para que o Sr. .... retornasse a .... - ...., pois seria muito bem
recompensado, fizeram diversas promessas até hoje não cumpridas, a exemplo de uma
doação de .... alqueires de terras no Estado do .... Acabaram por convence-lo a retornar, o
qual acabou aceitando, mesmo sabendo conjuntamente com a Ré, que poderia morrer. A Ré
disse naquela oportunidade, que assumiria qualquer responsabilidade, e insistiu que seu
funcionário retornasse, mesmo sabendo que seria fatalmente assassinado, e assim,
"assinaram o seu passaporte para a morte", "despacharam" o Sr. .... de .... - ...., num avião
qualquer, tinham certeza de sua morte, o que de fato acabou ocorrendo. Deverá a Ré,
indenizar os Autores, pois tiveram culpa no passamento do Sr. ...., pois se ele não tivesse
retornado para .... - ...., não teria morrido, estaria vivo até hoje. A Ré deverá indenizar na
forma pleiteada nesta Ação;
l) Esclarece que o assassinato ocorreu depois de .... dias de ter chegado à .... - ...., procedente
de .... - .... Na realidade, houve um misterioso "complô" dentro das Empresas ...., contra o
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mesmo, no sentido de convencê-lo retornar a .... - .... E quando afirmava que poderia ser
morto, seus empregadores afirmavam "que ele tinha que aceitar, porque todos morrem um
dia, e que teria chegado a sua vez ...", também diziam "que teriam feito um acordo com os
grileiros, e que poderia retornar, que não haveriam problemas ...". Na verdade tudo isto
foram artimanhas no sentido de prejudica-lo, com certeza, não o convenceram a retornar à
.... - ...., "mas sim ... convenceram-no a morrer";
m) por final, a Ré não prestou qualquer assistência à família, recusaram-se a pagar qualquer
indenização, mas deverão fazê-lo agora, na forma da Lei, como se pede, porque a Justiça
existe.
O Sr. .... antes de morrer, deixou um depoimento por escrito, e que confirma o alegado nesta
inicial, este, ora é juntado para o convencimento de Vossa Excelência (doc. ....).
Estão nos Autos, cópias de diversas peças do inquérito policial que tramitou em .... - ....,
contendo depoimentos de pessoas, e informações policiais, que agasalham as pretensões dos
Autores e ajudam a convencer V.Exa. que a verdade dos fatos é o que ora se alega - as partes
mais importantes estão grifadas em vermelho, e adiante são transcritas na íntegra - senão
vejamos:
Doc. nº .... - Termo de Ocorrência:
"... encontrado já sem vida o corpo de .... (...) oito orifícios de entrada, produzido por arma
de fogo (...) agiram de tocaia ..."
Doc. nº .... - Depoimento do Sr. .... - residente em .... - .... na Praça .... nº ....:
"... crime (...) contra (...) .... (...) que o Sr. .... ao se dirigir ao Hotel se fazia acompanhar de
seu filho menor .... ..."
Doc. nº .... - Depoimento do Sr. .... - radicado em .... - .... na Av. .... nº ....:
"... que ao se aproximar do corpo caído, encontrou um rapaz que se encontrava por ali e
perguntou ao mesmo quem era o falecido, e este lhe respondeu, que o falecido era seu pai
(...) que eram pistoleiros do Sr. .... ..."
Doc. nº .... - Depoimento do Sr. .... - radicado em .... - .... na Rua .... nº ....:
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"... o referido falecido como sendo o Sr. ... (...) que era filho do falecido (...) uns pistoleiros
de volquis verde contratados pelo Sr. ...., haviam atirado em seu pai ..."
Doc. nº .... - Depoimento da Sra. .... - radicada em .... - .... na Rua .... nº ....:
"... e que o falecido dizia que ia até .... - ...., comunicar ao seu patrão que uma tal de .... um
fazendeiro que tem propriedade nesta cidade mandava seus empregados a retirar da fazenda
onde o falecido gerenciava madeiras, e que o falecido disse a declarante que tinha medo dos
empregados do .... porque o mesmo havia prometido matar. Que o falecido dizia para a
declarante como naquelas terras havia tido morte (...) Que uns dias depois o falecido .... foi
até a casa da declarante e disse que o roubo de madeira continuava e ele tinha que ir até ....
para comunicar ao seu patrão ..."
Doc. nº .... - Depoimento do Sr. .... - radicado em .... - ...., na Rua .... nº ....:
"... que (...) mataram o Sr. .... com tiros de revólver ..."
Doc. nº .... - Depoimento do Sr. .... - radicado em .... - ...., na Av. .... nº ....:
"... que este .... estava sendo ameaçado de morte e pessoas desta cidade tinham comunicado
ao falecido ...., que tomasse cuidado pois corria perigo de vida (...) Que depois de uma
viagem que a vítima fez ao Estado do .... nunca mais houve diálogo entre ambos (...) o
motorista de volquis trabalhava para um fazendeiro conhecido nesta cidade por .... ..."
Doc. nº .... - Depoimento da Sra. .... - radicada em .... - .... na Rua .... nº ....:
"... que ouviu comentários de irmão de fé que o falecido .... estava sendo ameaçado ..."
Doc. nº .... - Depoimento em vida do falecido ....:
Este, quando em vida, percebendo que estava sendo ameaçado de morte por gente vizinha à
Fazenda a qual administrava, pediu garantias de vida à Polícia de .... - ...., pedido este,
totalmente infrutífero, e antes de comparecer à presença da autoridade policial, preparou um
depoimento por escrito - transcrevemos na íntegra partes importantes, para o convencimento
de V.Exa.:
"... Que é gerente da filial do .... da firma .... (...) que comunicou tais fatos ao Diretor da ....,
Sr. ...., pelo rádio da firma (...) ficou sabendo que houve um tiroteio (...) quando foi morto
um desses empregados (...) quando houve a morte, em seguida, comunicou o fato ao Diretor
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da firma (...) Foi então, chamado e veio a ...., na matriz da firma, para melhor esclarecer tudo
o que estava ocorrendo e que era do seu conhecimento."
Em ..../..../...., época do óbito, tinha uma remuneração mensal de R$ ...., conforme doc. ....
Nesta data, um salário mínimo importava em R$ ...., isto significa dizer que, o Sr. ...., ao
morrer ganhava mensalmente .... salários mínimos.
Se, hoje fosse vivo, seu salário importaria em R$ ...., ou seja, .... salários mínimos atuais.
O de cujus morreu aos .... anos (nasceu em ..../..../.... - cf. doc. ....), portanto .... meses antes
de completar .... anos, limite médio de vida do homem brasileiro, segundo iterativa e mansa
jurisprudência de nossos Pretórios, adiante citados. Esclarece que, o falecido deixou a viúva
e .... filhos, na época, já maiores e independentes.
A Ré teve culpa na morte do Sr. ...., qualquer que seja o preposto ou empregado que tenha
determinado o retorno do de cujus para .... - .... - pois, conforme impõe a Súmula 341 do
STF, "é presumida a culpa do patrão pelo ato culposo do empregado ou preposto", se este foi
o caso, a culpa imposta contra a Ré é a in eligendo et in vigilando, porque qualquer preposto
que tenha determinado o referido retorno, é um irresponsável que representou a Ré num ato
administrativo incoerente e impensado. A Ré fez uma péssima escolha ao contratar tal
funcionário, o elegeu muito mal, além do mais, não vigiou seus loucos atos, deverá pagar
por isto. Por conseqüência, deverá recair sobre a Ré a culpa da morte, com a indenização dos
Autores, na forma legal e pedida.
II- DO DIREITO
A Ré agiu com negligência e imprudência no desfecho do evento danoso e que ceifou a vida
do esposo e pai dos Autores, causou-lhes prejuízos de elevada monta, não só econômico e
financeiro, como moral e afetivo, pis perderam o sustentáculo do lar e o chefe familiar, além
de ficarem privados do aconchego fraternal. A Ré responde pela culpa in eligendo et in
vigilando, se funcionário seu teve culpa pela morte do Sr. ...., independentemente da vontade
dos diretores proprietários.
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A Responsabilidade da Ré resulta do imposto pelos artigos 186 c.c. 942, 932 - III, 933, 943,
403 do novo Código Civil Brasileiro, ainda: Súmulas nºs 490, 341 e 562, e demais
jurisprudências e doutrinas na seqüência descritas. Iniciamos pela base da responsabilidade
civil.
O artigo 186 do NCC, assim dispõe:
"Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência, ou imprudência, violar direito e
causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito."
Súmula nº 341 do STF:
"É presumida a culpa do patrão ou comitente pelo ato culposo do empregado ou preposto."
A doutrina pátria assim se manifesta:
"Em face, pois, da nossa lei civil, a reparação de dano tem como pressuposto a prática de ato
ilícito. Todo ato ilícito gera para o seu autor a obrigação de ressarcir o prejuízo causado. É
de preceito que ninguém deve causar lesão a outrem. A menor falta, a mínima desatenção,
desde que danosa, obriga o agente a indenizar os prejuízos conseqüentes de seu
ato."(Washington de Barros Monteiro, in Curso de Direito Civil, Saraiva, 1969, Vol. V, pág.
418).
Ainda:
"Como quer que seja, o que o nosso Código tem em vista é o ato ilícito. Este acarreta de si
só e originariamente o vínculo da obrigação. Nele concorrem elementos objetivos e
subjetivos. São requisitos da primeira categoria: O ato contra jus, sans droit, isto é, praticado
de maneira ilícita, contra o direito; a relação de causa entre o ato e dano. São requisitos
subjetivos: a imputabilidade do agente e que tenha agido com culpa. (...) A culpa é a falta de
diligência na observância da norma de conduta, isto é, o desprezo, por parte do agente, do
esforço necessário para observá-la, como resultado, não objetivado, mas previsível, desde
que o agente se detivesse na consideração das conseqüências eventuais de sua
atitude."(Responsabilidade Civil, José Aguiar Dias, 2ª Edição, Vol. 1, pág. 141).
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Esclarece e confirma:
"Os alimentos em questão são os previstos pelo artigo 1537 referindo-se à indenização por
ato ilícito, não se confundindo com os devidos em razão do artigo 399 do Código Civil por
vínculo de parentesco."(Questões Controvertidas, Paulo Lúcio Nogueira, pág. 321).
Por outro lado, o de cujus era chefe familiar e tirava de seu trabalho o sustento próprio e o
do lar, percebendo remuneração ou ordenado acima do salário mínimo legal. Assim, pacífico
é o entendimento legal, doutrinário legal, doutrinário e jurisprudencial de que a obrigação da
Ré deve cingir-se na indenização pela morte da vítima, desde a data do evento, até a idade
de .... anos, limite provável de vida do homem brasileiro, tendo como base de cálculo, o
salário mínimo, conforme pede os julgados adiante citados.
Vale citarmos, um vasto repertório de jurisprudências que agasalham em sobremaneira,
todas as pretensões dos Autores, estabelecendo também, a base de cálculo para a
indenização ora pleiteada, e pedem o seu deferimento - senão vejamos:
"Indenização - Responsabilidade Civil - Acidente de trânsito - Morte de filho menor -
Pensão de vida - Limitação até quando a vítima alcançasse sessenta e cinco anos de idade -
Recurso provido para esse fim."(TJSP, 59:56).
"Responsabilidade Civil - Indenização - Vida provável da vítima fixada em (65) sessenta e
cinco anos. Ainda que emplificativamente tenha o pedido admitido o limite provável de vida
de sessenta anos (60), não decide ultra petita, assentando que o reconhece como sendo de
(65) sessenta e cinco anos. Motivação. Recurso Extraordinário não conhecido, dado que
incorreu denegação de vigência dos Arts. 4º, 154 e 157 do CPC."(RE nº 76.985, da 2ª Turma
do STF, ac. un., in Jurisprudência Brasileira, Vol. 1, na pág. 127).
Prossegue nossos Tribunais:
"Salário base da indenização. O salário mínimo, tomado como base para cálculo da
indenização, somente poderá ser o atual, isto é, o salário mínimo com os aumentos legais
que se verificam no curso da Ação."(Ac. do 2º grupo de Câmaras Cíveis, Rel. Garcez Neto,
in Rev. de Jur. 12/125).
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Perfilha deste mesmo entendimento:
"Salário base da indenização - O salário que serve de base para o cálculo da indenização, à
falta de outros elementos concretos, somente pode ser o atual, isto é o salário mínimo
vigente com todos os aumentos verificados até a data da sentença de liquidação."(Ac. da 7ª
Câm. Cível. Rel. Garcez Neto, in Rev. Jur. 8/129).
Ainda:
"Dano efetivo e dano potencial - Cálculo da indenização - É indenizável não só o dano
efetivo como o potencial. Na falta de comprovação deve ser calculada com base no salário
mínimo."(Ac. 1ª C. Cível de 11.07.68, Rel. Juiz Roberto Vieira de Castro, in ATA 4/184).
É Mister citarmos a Súmula 490 STF:
"A pensão correspondente à indenização oriunda de responsabilidade deve ser calculada
com base no tempo da sentença e ajustar-se-á às variações ulteriores."
A RT nº 422/147 esclarece de forma convincente, quando a necessidade dos Autores:
"... porque não é propriamente alimento, mas reparação do dano causado, sendo devida,
portanto, mesmo que os beneficiários da vítima não necessitem dele por apresentarem
situação econômica boa."
O Jurista Paulo Lúcio Nogueira retro citado, in Questões Controvertidas, pág. 321, quanto a
necessidade econômica dos Autores, quanto à necessidade de pedir, já esclareceu ponto que
não prejudica o pedido em tela, vejamos:
"Os alimentos em questão são os previstos pelo Art. 1537 II, referindo-se à indenização por
ato ilícito, não se confundindo com os devidos em razão do Art. 399 CC por vínculo de
parentesco."
Por final, é bom lembrarmos que a responsabilidade civil é independente da criminal (Art.
1525 CC).
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Abaixo segue um extrato de todo o direito invocado, pontos importantes que acolhem de
pronto as pretensões dos Autores, vejamos:
1. Aquele que causa prejuízo à outrem, fica obrigado a reparar o dano, e a culpa imposta
contra a Ré, se o caso for, é a in eligendo et in vigilando;
2. O patrão também é responsável pela reparação civil, pelos atos de seus empregados;
3. A obrigação da Ré deve cingir-se na indenização pela morte do Sr. ...., desde a data do
óbito, até a idade de .... anos, limite provável de vida do homem brasileiro;
4. A base de cálculo da indenização é o ordenado da vítima na data do óbito, dividido pelo
salário mínimo (1 SM), também da época da morte; o coeficiente encontrado (no caso: ....
SM), deverá ser multiplicado pelo número de meses de sobrevida, e por conseqüência,
também multiplicado pelo valor do salário mínimo vigente no momento da liquidação da
sentença.
III- DOS PEDIDOS
Seja concedida undenização a título de danos materiais, no montante de .... (....) salários
mínimos, referentes a somatória de ordenados que o falecido receberia da Ré, se vivo fosse,
durante os .... meses de vida faltantes à vítima, para atingir os .... anos estabelecidos como
vida provável do homem brasileiro, segundo iterativa e remanosa jurisprudência e doutrina
trazidas à baila, desde a data do seu falecimento, ressarcível com base no salário mínimo
vigente no momento da liquidação da sentença. Incide, também, o 13º salário a título de
indenização, que a vítima também perceberia durante os .... meses de sobrevida, que somam-
se em .... salários mínimos, perfazendo-se à final, um total exigível de .... salários mínimos,
que deverão ser multiplicados pelo valor do salário mínimo vigente no momento da
liquidação da sentença. Esclarece que, o de cujus percebia na data do óbito, a quantia de ....
salários mínimos.
Indenização a títulos de danos morais, a serm abritrados por V.Exa.,
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Requerem a citação da Ré, na pessoa de seus representantes legais, para contestar o presente
pedido, querendo, sob pena de confesso e revelia, prosseguindo-se até final julgamento, para
condená-la ao pagamento de .... salários mínimos, a título de danos materias, mais os danos
morais a serem arbitrados, requerendo, ainda, os favores contidos no art. 172, § 2º, e a
citação com hora certa se necessário (arts. 227 e 228 do CPC). A indenização postulada
deverá ser, após a sentença, acrescida de juros de mora e correção monetária, conforme
entendimento do MM. Sr. Juiz.
Requerem seja a Ré, condenada ao pagamento dos honorários advocatícios na base de 20%
sobre o valor da causa, e ainda: condena nas custas do processo.
Requer provar o alegado com o depoimento da Ré, na pessoa de seus representantes legais,
protestando-se pela inquirição de testemunhas a serem arroladas oportunamente, pela prova
pericial, documental, e por demais provas em direito admitidas.
Dá-se à causa o valor de R$ .....
Nesses Termos,
Pede Deferimento.
[Local], [dia] de [mês] de [ano].
[Assinatura do Advogado]
[Número de Inscrição na OAB]
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7. Ação de Indenização por Rescisão de Contrato
EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA .... VARA DO TRABALHO DE ..... ESTADO
DO .....
FULANO DE TAL, brasileiro (a), (estado civil), profissional da área de .....,
portador (a) do CIRG n.º ..... e do CPF n.º ....., residente e domiciliado (a) na Rua ....., n.º
....., Bairro ....., Cidade ....., Estado ....., por intermédio de seu (sua) advogado(a) e bastante
procurador(a) (procuração em anexo - doc. 01), com escritório profissional sito à Rua ....., nº
....., Bairro ....., Cidade ....., Estado ....., onde recebe notificações e intimações, vem mui
respeitosamente à presença de Vossa Excelência propor:
ACÃO DE INDENIZAÇÃO POR RESCISÃO DE CONTRATO DE
REPRESENTACÃO COMERCIAL
em face de
....., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o n.º ....., com sede na Rua .....,
n.º ....., Bairro ......, Cidade ....., Estado ....., CEP ....., representada neste ato por seu (sua)
sócio(a) gerente Sr. (a). ....., brasileiro (a), (estado civil), profissional da área de ....., portador
(a) do CIRG nº ..... e do CPF n.º ....., pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos.
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I- PRELIMINARMENTE
Conforme o art. 114/CF alterado pala EC 45, é de competência da Justiça do Trabalho a
dissolução de conflitos atinentes à relação de trabalho, e não somente à relação de emprego,
como era antigamente.
II- DOS FATOS
A Autora firmou com a Ré contrato de representação dos produtos fabricados e
comercializados por esta, em ............
A comissão por vendas, convencionado pelas partes era de 7% do valor bruto das
mercadorias.
No dia .........., o Autor, recebeu correspondência - via fax - da Ré, desautorizando-o a
efetuar qualquer tipo de venda em nome da empresa.
Alega a Ré, naquela correspondência que tal decisão se dava em decorrência de: "ausência
de visitas aos clientes...; à comercialização de produtos concorrentes aos nossos; e a
inadimplência motivada por vendas realizadas...".
Entretanto, tais argumentos não correspondem com a realidade, sendo da ré o ônus da prova
com relação aos fatos por ela alegados.
Outrossim, trata-se o autor de representante de produtos musicais, inexistindo no contrato
cláusula de exclusividade no contrato firmado com a Ré.
O Autor foi prejudicado, durante o cumprimento do contrato, uma vez que a Ré diminuiu
seu campo de atuação, de forma unilateral e não cumpria a maioria dos pedidos solicitados
pelo Autor.
Desta sorte, a Ré não cumpriu com seu dever legal perante seu ex-representante, ao Autor,
razão pela qual se propõe a presente ação, objetivando compelir a Ré, a vir quitar a
indenização prevista na legislação vigente.
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III- DO DIREITO
Dispõem os artigos 27, letra ".j", da Lei 4886/65, com as alterações introduzidas pela Lei
8420/92, que:
"Art 27. Do contrato de representação comercial, além dos elementos comuns e outros, a
juízo dos interessados, constarão obrigatoriamente:
j) - indenização devida ao representante pela rescisão do contrato fora dos casos previstos no
art. 35, cujo montante não poderá ser inferior a 01/12 (um doze avos) do total da retribuição
auferida durante o tempo em que exerceu a representação."
A Ré não atendeu o preceito definido legalmente, pois não quitou a indenização
determinada.
O artigo 46, da Lei 4.886/65, determina que a indenização deve ser corrigida
monetariamente.
A retribuição auferida pelo representante no interregno de maio/.......... até a rescisão do
contrato foi de R$ .........(.................), conforme notas fiscais e demonstrativos em anexo.
Como a indenização deve ser de 1/12 (um doze avos) do total da retribuição auferida pelo
Representante, no caso, o valor da indenização devida pela Ré, não pode ser inferior a R$
...........(...............).
Conforme previsto no contrato firmado entre as partes, e, uma vez que a Ré não concedeu o
aviso prévio, resta devido também 1/3 das comissões auferidas nos últimos três meses de
contrato.
Para base do cálculo indicamos os valores pagos em março/.... e maio/.... (comprovantes em
anexo) no total de R$ .............., que corrigido monetariamente fica no total de R$ ...........
Um terço sobre este valor é igual a R$ ........... Devido ao Autor a título de aviso prévio.
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IV- DOS PEDIDOS
Diante do exposto, comprovado o direito do autor, REQUER-SE que, Vossa Excelência,
mande citar a Ré, pelo CORREIO, endereço na qualificação, para comparecer, se desejar, à
audiência marcada, oferecendo sua defesa, se pretender, e, ao final julgue procedente o
pedido, condenando a Ré no pagamento da indenização no valor total de R$ .......... (R$
........... + R$ ........), acrescida de custas e honorários advocatícios.
Protesta-se pela oitiva do Representante legal da Ré, e de testemunhas, as quais
comparecerão independentemente de intimação, cujo rol segue abaixo.
Dá-se à causa o valor de R$ .....
Nesses Termos,
Pede Deferimento.
[Local], [dia] de [mês] de [ano].
[Assinatura do Advogado]
[Número de Inscrição na OAB]
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8. Ação de Consignação em Pagamento
EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA .... VARA DO TRABALHO DE ..... ESTADO
DO .....
FULANO DE TAL, brasileiro (a), (estado civil), profissional da área de .....,
portador (a) do CIRG n.º ..... e do CPF n.º ....., residente e domiciliado (a) na Rua ....., n.º
....., Bairro ....., Cidade ....., Estado ....., por intermédio de seu (sua) advogado(a) e bastante
procurador(a) (procuração em anexo - doc. 01), com escritório profissional sito à Rua ....., nº
....., Bairro ....., Cidade ....., Estado ....., onde recebe notificações e intimações, vem mui
respeitosamente à presença de Vossa Excelência propor
AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO
....., brasileiro (a), (estado civil), profissional da área de ....., portador (a) do CIRG n.º ..... e
do CPF n.º ....., residente e domiciliado (a) na Rua ....., n.º ....., Bairro ....., Cidade .....,
Estado ....., pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos.
I- DOS FATOS
Admitida em ..../..../.... para exercer a função de empregada doméstica, teve seu contrato de
trabalho rescindido por justo motivo, em razão do abandono de emprego, capitulado no Art.
482, alínea i, da CLT, tendo em vista que desde ..../..../.... não mais compareceu à residência
do consignante., ausente ao emprego, injustificadamente, há mais de 30 dias, conforme
comprova o anexo edital de jornal de grande circulação no Estado do ....., do dia .../.../....
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Com efeito, ante a rescisão por justo motivo, na modalidade abandono de emprego, e feitas
todas as tentativas para encontrar a consignada, que foram inexitosas, não restou outra
alternativa à empresa, senão aforar a presente ação para possibilitar à consignada o
recebimento dos haveres rescisórios, de acordo com o incluso TRCT, no valor total de R$
......., afim de evitar o pagamento de acréscimos decorrentes do atraso no pagamento das
verbas rescisórias, especialmente a multa prevista no Art. 477, da CLT.
II- DO DIREITO
A presente ação tem como fulcro o art. 890 e seguintes do CPC que reza sobre a
consignatória em pagamento para prevenção de responsabilidades da parte devedora.
III- DOS PEDIDOS
Pelo exposto, requer:
a) Seja designada a data da audiência para que a empresa possa efetuar o depósito da
importância devida;
b) Seja notificada a requerida para receber a importância consignada relativa às verbas
rescisórias, em data designada por este Juízo, ou impugne a presente ação;
c) E, com o recebimento das parcelas discriminadas no incluso TRCT, seja a rescisão
contratual homologada por este Colegiado;
d) Protesta-se pela produção de todas as provas em direito admitidas, especialmente a
testemunhal e juntada de novos documentos.
Dá-se à causa o valor de R$ .....
Nesses Termos,
Pede Deferimento.
[Local], [dia] de [mês] de [ano].
[Assinatura do Advogado]
[Número de Inscrição na OAB]
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9. Ação de Indenização por Acidente de Trabalho
EXMO. SR. DR. JUIZ DA .... VARA DO TRABALHO DE ..... ESTADO DO .....
FULANO DE TAL, (qualificação), residente e domiciliada na ...., portadora de
Carteira de Identidade/RG sob o n.º... , e ...., menor impúbere, nascido no dia (data de
nascimento) e (Nome), menor nascido no dia (data de nascimento), conforme se vê das
inclusas certidões de nascimentos, devidamente representados por sua mãe (nome da mãe),
acima qualificada, pela sua procuradora bastante no final assinada, vêm, com o devido
respeito à presença de Vossa Excelência, propor a presente
ORDINÁRIA DE INDENIZAÇÃO
em face de
....., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o n.º ....., com sede na Rua .....,
n.º ....., Bairro ......, Cidade ....., Estado ....., CEP ....., representada neste ato por seu (sua)
sócio(a) gerente Sr. (a). ....., brasileiro (a), (estado civil), profissional da área de ....., portador
(a) do CIRG nº ..... e do CPF n.º ....., pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos.
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I- PRELIMINARMENTE
1. DA JUSTIÇA GRATUITA
Pleiteiam os Requerentes, lhe seja deferido o benefício da assistência judiciária gratuita, eis
que, pobres, na acepção jurídica do termo, não dispõe de meios para custear a presente
demanda sem prejuízo de própria sobrevivência.
O estado de pobreza, quase absoluta, adveio do acidente de trabalho que vitimou o marido e
pai dos Requerentes, fato ocorrido no dia ...., nas dependências da Requerida, conforme
pode se averiguar do laudo de necropsia fornecido pelo Instituto Médico Legal, e atestado de
óbito em anexo, vivendo os Requerentes de pensão mensal paga pelo INSS, no importe
correspondente a um e meio salário mínimo mensal.
Assim sendo, no forma autorizada pela Lei 1.060/50, requerem o deferimento de benefício
da assistência judiciária gratuita, nomeando-se, desde logo a signatária da presente para o
desempenho do encargo profissional.
2. DA COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA
A presente demanda foi submetida à Comissão de Conciliação Prévia, de que trata a Lei nº
9958/00 ( certidão negativa de conciliação anexa - doc .....).
3. DA COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO
Segundo o art. 114/CF, VI, devidamente alterado pela EC 45, é de competência da justiça do
trabalho a ação de indenização por dano moral ou material decorrente da relação de labor.
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II- DOS FATOS
A primeira Requerente (Nome), foi casada com (Nome do cônjuge), conforme se vê da
certidão de casamento inclusa, extraída do assento civil sob o n.º .... do Cartório de Registro
Civil do Município de ...., Comarca de ...., Estado do ....
Do casamento adveio o nascimento de dois filhos:
(Nome do 1º filho(a)), nascida no dia (data de nascimento) e (Nome do 2º filho), nascido no
dia (data de nascimento), tudo como se vê das certidões de nascimento anexas.
O marido da primeira Requerente e pai da segunda e terceiro Requerentes, (Nome), nascido
no dia (data de nascimento), era empregado da requerida - ...., com contrato de trabalho
iniciado no dia (data de admissão), com registro no livro de empregados sob o n.º...., pág.
...., onde exercia a função de (profissão), tendo anotado em sua Carteira de Trabalho e
Previdência Social, salário básico mensal igual a R$ ...., tudo como se comprova das
anotações da CTPS em anexo por fotocópias.
Tal remuneração era complementada mensalmente com salário "in natura", referente a
moradia, água e luz, além dos adicionais de horas extras, abonos e periculosidade que fazia
jus, perfazendo uma renda mensal igual a sete salários mínimos mensais.
O trabalho cumprido pelo Sr.(Nome), junto a Requerida consistia em controlar a entrada e
saída de pedras do britador. Trabalhava na "boca do britador" que ficava numa altura de
aproximadamente 06 (seis) metros no nível do chão, permanecendo numa pequena
plataforma, sem alambrado e sem qualquer equipamento de proteção, quais sejam: cabo de
aço, macacão, luvas, etc. Permanecia trabalhando "solto", regulando e controlando as pedras
para que não prejudicassem a britagem de pedras. É a Requerida uma indústria de pedras.
Cumprindo seu trabalho junto a Requerida, no dia (data), por volta das .... até .... horas, veio
a sofrer uma queda do local onde efetuava o trabalho, ou seja, caiu da pequena plataforma
numa altura de mais de ... metros, vindo a falecer, quando deu entrada no Pronto Socorro do
Hospital .... em ...., por volta de .... horas, sendo encaminhado, mais tarde, para o Instituto
Médico Legal, para exame de necropsia.
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Em conseqüência da queda sofreu o marido e pai dos Requerentes as lesões descritas no
laudo de necropsia n.º...., firmado pelo Sr. Perito - Dr. ...., que pelos dados colhidos durante
a necropsia concluiu que a morte de .... foi produzida por lesões cranioencefálicas e
raquimedulares devido a ação contundente em queda de nível.
Também do Boletim de Ocorrência n.º..., elaborado pela Divisão de Investigações Criminais
do Departamento de Polícia do Estado do Paraná, o Chefe de Plantão assim descreveu a
ocorrência:
"As .... horas deu entrada no Pronto Socorro do Hospital ...., vítima de queda de nível, o Sr
...., o qual não suportou a gravidade dos ferimentos entrando em óbito posteriormente.
Conforme informaram funcionários da pedreira a vítima sofreu uma queda de 5 metros,
aproximadamente, por volta das .... horas, no momento em que trabalhava.
Às .... horas a funcionária ...., da Divisão de Segurança do Trabalho - DRT, foi informada do
acidente conforme Ordem de serviço n.º...."
Como se vê, o pai e marido dos Requerentes entrou em óbito após sofrer as lesões descritas
no laudo de necropsia, em data de..., em conseqüência da queda sofrida, porque no
desempenho de sua atividade laboral junto a Requerida, altamente perigoso, não lhe foi dado
a menor condição de segurança. Por certo, se estivesse preso a alças, cordas de segurança,
ou mesmo se tivesse na plataforma um pequeno alambrado de proteção, a queda não teria
ocorrido, e sua conseqüência não teria sido fatal como o foi para ....
A Requerida, ao permitir, no desempenho de sua atividade industrial, que seu empregado
trabalhasse, sem estar equipado com toda a segurança possível e previsível, omitiu-se, foi
negligente e imprudente, resultando tal comportamento em culpa gravíssima, que se
assemelha ao dolo, obrigando a devida responsabilidade para com aqueles que sofrem as
conseqüências do infortúnio, ou seja, os Requerentes.
Até o óbito do marido, os Requerentes viviam sob sua única dependência, formando uma
família tranqüila e completa.
Enquanto o marido trabalhava a primeira Requerente cuidava dos afazeres domésticos
zelando pela educação e criação dos filhos juntamente com o marido. Residiam numa casa
da própria Requerida, próximo ao trabalho, não tendo que despender qualquer valor com
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transporte e moradia, o que lhes garantiam um acréscimo salarial de 40%(quarenta por
cento).
Após o óbito, a primeira Requerente foi acometida de verdadeiro pânico, tendo que sustentar
dois filhos em idade escolar, com os parcos rendimentos na qualidade de pensionista do
INSS. Foi obrigada a desocupar a casa onde morava, pertencente a Requerida, tendo que
alugar um pequeno espaço em uma garagem, para poder acomodar os filhos, pagando
aluguel que hoje soma R$ ...., conforme se vê pelo recibo em anexo. Tal garagem é
desprovida de qualquer condição de habitação, sem janelas, em piso de cimento bruto, sem
forro, sofrendo diretamente as intempéries da natureza, pelas más condições da mesma.
Além de pessimamente alojados, passaram a viver em constante estado de constrangimento,
por dependerem de favores de terceiros, eis que recebendo pouco mais que um salário
mínimo junto a Previdência Social, após pagarem as despesas de aluguel, água e luz, pouco
sobra para a alimentação, necessitando do auxílio de parentes e amigos para a sobrevivência.
Não sabendo a primeira Requerente ler, nem escrever, tem reduzidíssimas chances de entrar
no mercado de trabalho, inexistindo-lhe expectativas de melhoria de vida. Era seu marido
seu esteio e sua única fonte de segurança, inclusive para a educação e formação dos filhos.
A consciência plena de tamanhas dificuldades aumentam o infortúnio sofrido pela primeira
Requerente ao ponto de necessitar de auxílio médico para amenizar o estado depressivo em
que passou a viver.
A par de todo esse sofrimento vivido e sentido pelos Requerentes ante a irreparável perda do
pai e marido, a Requerida, por seus representantes legais, fruidora da vantagem financeira
captada pela mão de obra prestada pelo empregado, que a desenvolvia de forma perigosa,
com risco sabido e assumido pela empregadora, nada fez para minimizar os problemas dos
Requerentes. Desde a mais completa ausência de atendimento material, até a falta de
consolo pessoal, demonstrando absoluta insensibilidade pela dor humana, vivida por aqueles
que se viram verdadeiramente vitimados pela morte de ....
Ignorou a Requerida, o ocorrido como se, tanto os Requerentes como ...., não fizessem parte
da raça humana. Ceifaram-lhe a vida aos .... anos de vida, impedindo-o de prosseguir
cumprindo seu encargo de marido e pai. A morte prematura, resultante da omissão da
Requerida, na sua negligência e imprudência, permitindo o desempenho do trabalho sem as
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devidas condições de segurança, impediram o empregado vitimado, de melhorar e aprimorar
o conforto que sempre quis dar a família, encargo que deve ser transferido integralmente a
requerida, pela culpa grave com que se fez presente no sinistro.
III- DO DIREITO
A ora Requerida, na qualidade de empregadora, agindo com negligência grave, omissão
consciente, nada se importando com a segurança de seu empregado submetido a perigo
constante no ...., expondo-o ao acidente fatal no dia ...., teve conduta dolosa, ou culpa grave,
que "nesses casos se equipara ao dolo", dado ao fato de que o acidente ocorreu pela
condição insegura do local de trabalho da vítima, marido e pai dos requerentes - ....
Neste sentido é a lição de Sílvio Rodrigues ao elencar os requisitos para a responsabilidade
civil por ato ilícito: "que haja uma ação ou omissão por parte do agente; que a mesma seja a
causa do prejuízo experimentado pela vítima; que haja (....)um prejuízo; e que o agente tenha
agido com do (....)"
No presente caso é inconteste a presença de todos os elementos caracterizadores da
responsabilidade civil, devida pela Requerida em favor dos Requerentes. A perda da vida do
marido e pai foi conseqüência única e direta da omissão, negligência, e imprudência da
Requerida, ao assumir com culpa grave o risco do acidente que ceifou a fica de seu
empregado, permitindo-lhe o trabalho em condições inseguras. O prejuízo resultante da
morte é uma evidência. Era .... a única fonte de renda familiar. A Requerente desempenhava
as atividades do lar, enquanto os filhos se encontravam em idade escolar.
No mesmo sentido é o ensinamento do Prof. Silvio Rodrigues:
"O dever de reparação, segundo diz Irineu Antônio Pedrotti, em sua obra Responsabilidade
Civil, tem fundamento na culpa o no risco da culpa decorrente do ato ilícito do agente, o
fundamento está na razão da obrigação de recompor o patrimônio diminuído com a lesão a
direito subjetivo (....). Adiante, ao tratar da modalidade de culpa, afirma que a negligência
consiste na omissão ou não observância de um dever a cargo do agente, compreendidos nas
preocupações necessárias para que fossem evitados danos não desejados e, por conseguinte,
evitáveis."
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A Requerida, se tivesse dado os equipamentos de segurança ao "de cujus" marido e pai dos
Requerentes, por certo teria evitado o infortúnio que a morte trouxe a estes, com o prejuízo
da ausência definitiva.
O marido e pai dos Requerentes, tinha a data do óbito idade de .... anos, com uma pré-vida
de .... anos. Recebia por ocasião de sua morte salário básico de R$ .... Cumpria com
habitualidade horas extras, em sua jornada de trabalho, acrescendo em seu salário mensal
valores iguais e 15% sobre a renda básica. Recebia abonos mensais de 30% sobre sua renda
básica, e ainda fazia jus ao adicional de periculosidade no grau máximo de 40% sobre seu
rendimento mensal básico.
Fornecia a Requerida, além do salário efetivo, casa gratuita, pagando as despesas de água e
luz, proporcionando acréscimo salarial "in natura" de mais 30% sobre o rendimento mensal.
Na época do óbito a vantagem financeira auferida pelo finado ...., junto a Requerida era
igual a R$.... ou sete salários mínimos.
Com sua morte prematura, ficaram os Requerentes privados do conforto e bem estar que tal
renda lhe permitia usufruir, obrigados a depender unicamente da pensão previdenciária a
cargo do INSS, no importe correspondente a um e meio salário mínimo mensal, conforme se
vê dos comprovantes de pagamentos inclusos.
Deve a Requerida aos Requerentes e composição do prejuízo material sofrido (perguntar a
idade) pela redução da renda efetiva, ou seja pagar-lhe mensalmente a importância
equivalente a cinco e meio salários mínimos mensais, desde a data do óbito, em .... e até que
o finado .... viesse a completar 65 anos de idade, com todos os adicionais, além do 13º
salário e acréscimo de 1/3 sobre as férias anuais, observando-se para as parcelas vincendas o
disposto no artigo 602 do C.P.C.
Além do dano material, perfeitamente aferível em números certos, deve a Requerida
indenizar a dor moral sofrida pelos Requerentes ante a falta do marido e pai. As
conseqüências da falta de pessoa que era o esteio único da família, projetou-se por diversas
formas na vida dos Requerentes, especialmente pelo drama que vem enfrentando após sua
morte. A perda do marido desnorteou completamente a estabilidade que tinha a primeira
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Requerente. Era o seu arrimo e seu esteio atual e futuro. A perda do pai provoca seqüelas,
traumas de ordem psicossomáticas nos filhos, nem sempre sentidas de imediato, no entanto,
após o óbito do pai, foram, o segundo e terceiro Requerente, acometidos de revolta constante
pela vida deficitária que passaram a viver, aumentando a depressão e dificuldades para
enfrentar o desafio da educação e criação imposta à mãe.
A falta de solidariedade dos representantes legais da Requerida, dão a exata sensação do
desamor e desrespeito para com o semelhante aumento o infortúnio daqueles que não tem
com quem dividir o peso e a falta que sentem do marido e pai.
Tamanha dor deve ser compensada com valores pecuniários, para amenizar o sofrimento dos
autores. O valor nesse casos deve ser levado em conta para o arbitramento judicial, o padrão
de vida, suas seqüelas o stress emocional resultante do evento danoso, devolvendo aos
credores a forma de vida que mantinham até o óbito do genitor, somando-se o infortúnio
posterior.
IV- DOS PEDIDOS
Diante do exposto, pleiteiam os Requerente:
a) a citação da Requerida na pessoa de seus representantes legais, no endereço retro
mencionado, para comparecer, querendo a audiência de .... instrução e julgamento
previamente designada, nela oferecendo a defesa que tiverem sob pena de revelia e
confissão;
b) a procedência da ação para condenar a Requerida na indenização pela morte de ...., elos
danos materiais e morais suportados pelos autores, condenando-se a lhes pagar:
1) uma pensão mensal igual a cinco salários mínimos mensais, desde a data do óbito, em ....,
e até que o finado viesse a completar 65 anos de idade, com todos os acrescimentos e a e a
ser reajustada na mesma proporção e mesma época do reajuste do salário mínimo, e após
incidindo-se a correção monetária de forma sucessiva.
2) o valor do dano moral a ser arbitrado por Vossa Excelência, considerando-se o tamanho
da dor suportada pela perda do marido e pai, bem como as adversidades com que vêm
enfrentando o dia a dia pela insensatez e omissão da requerida permitindo o desempenho do
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trabalho em condições inseguras e após a morte pela total ausência de solidariedade que
deve existir entre os seres humanos, recompensando-se os autores pelo infortúnio de que
foram e estão sendo vítimas.
c) seja determinado, na forma do artigo 602, a formação de capital necessário para o
pagamento das prestações futuras com todos os acréscimos inerentes.
d) as parcelas vencidas sejam pagas de uma só vez, observando-se os reajustes do salário
mínimo, e após, incidindo-se a devida correção monetária
e) seja condenada no pagamento de juros de mora conforme dispõe o artigo 398 do CC.
f)seja condenada no pagamento dos honorários advocatícios em 20% a incidir sobre as
parcelas vincendas.
g)seja condenada no pagamento das custas processuais.
Requerem, finalmente a produção de todas as provas em direito admitidas, especialmente o
depoimento do representante legal da requerida, sob pena de confesso, ouvida de
testemunhas, juntada de documentos novos e prova pericial.
Dá-se à causa o valor de R$ .....
Nesses Termos,
Pede Deferimento.
[Local], [dia] de [mês] de [ano].
[Assinatura do Advogado]
[Número de Inscrição na OAB]
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10. Embargos à Execução
EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA .... VARA DO TRABALHO DE ..... ESTADO
DO .....
FULANO DE TAL, pessoa jurídica de direito privado, em liquidação extrajudicial,
inscrita no CNPJ sob o n.º ....., com sede na Rua ....., n.º ....., Bairro ......, Cidade ....., Estado
....., CEP ....., representada neste ato por seu (sua) sócio(a) gerente Sr. (a). ....., brasileiro (a),
(estado civil), profissional da área de ....., portador (a) do CIRG nº ..... e do CPF n.º ....., por
intermédio de seu advogado (a) e bastante procurador (a) (procuração em anexo - doc. 01),
com escritório profissional sito à Rua ....., nº ....., Bairro ....., Cidade ....., Estado ....., onde
recebe notificações e intimações, vem mui respeitosamente, nos autos em que é exeqüente a
pessoa do SR ......, à presença de Vossa Excelência propor
EMBARGOS À EXECUÇÃO
pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos.
I- DOS FATOS
O Reclamante apresentou seus cálculos de liquidação em .........., no importe de R$
............, devidamente atualizado até .......... (fls. 181/185).
O Reclamado, por sua vez, apresentou seus cálculos de liquidação em ........, no importe
de R$ ......... (fls. 188/250).
O Sr. Perito apresentou cálculos no importe de R$ ................., conforme fls. 256/311.
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Os cálculos do contador restaram homologados, sendo que a penhora foi efetuada sobre
R$ ..............
O número de horas extras apurado pelo Sr. Perito mostra-se além do devido em alguns
meses.
Os equívocos são oriundos da fabricação de jornadas sem anotação nos controles de horário.
Os controles de jornada foram reconhecidos válidos, pela sentença que se liquida.
Inexiste prova nos autos de que o autor, embargado, tenha laborado as horas suplementares
apontadas em cálculo do Sr. Perito ontador.
A desconsideração dos dias sem efetiva anotação não traz qualquer prejuízo ao reclamante,
enquanto que a consideração de horas extras sem comprovado labor contempla o autor com
valores que não lhe são devidos.
Exemplifica-se: No dia .........., conforme cartão-ponto de fls. 56, há registro somente da
entrada às 8:27h, sem qualquer anotação da saída. Contudo, na apuração do perito, às fls.
259, a jornada considerada foi das 8:27h às 17:30h. A fabricação de jornada inexistente
contemplou o autor com 2,03 horas extras inexistentes e indevidas.
No dia ............, cartão -ponto às fls. 56. Somente há registro de saída às 17:31h, sem
qualquer anotação da entrada, contudo, na apuração do perito às fls. 260, a jornada foi
considerada como sendo entre 8:30h e 17:31h, contemplando novamente o embargado com
2,01 horas extras indevidas.
No dia ............., conforme cartão-ponto de fls. 56, há registro somente da saída, às 17:31h,
sem qualquer anotação do horário de entrada, contudo, na apuração do Sr. Perito, às fls. 262,
a jornada considerada foi das 8:30h às 17:31h. A fabricação da jornada inexistente, desta
feita, premiou o autor com 2:01 extras, também indevidas.
O mesmo ocorre em outros meses, gerando as seguintes diferenças além do devido:
Meses HE/RSR deferidas HE/RSR PERITO Diferenças além do devido
Diante dos equívocos relatados nos itens anteriores, todos os reflexos pertinentes estão
prejudicados, haja vista que o acessório segue a mesma sorte do principal.
Em despacho de fls. 313, o juízo mandou citar o ......... , direcionando a execução contra
este, tendo em vista o reconhecimento da sucessão em outros processos em trâmite nesta
Secretária.
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Equivocado, entretanto o despacho, pois a prolatada sucessão não ocorreu. È público e
notória a intervenção ocorrida pelo Banco Central do Brasil, no Banco ..........
O Reclamado BANCO ..........., jamais manteve qualquer relação contratual com o Autor,
seja de emprego ou comercial.
O Autor, conforme se depreende dos documentos acostados, foi empregado do BANCO
.............. - em Liquidação Extrajudicial, de ............. a ........
Toda a documentação trazida aos autos também demonstra a relação exclusivamente com
o ............- em Liquidação extrajudicial, portanto, inoportuno que o ....... seja executado no
lugar do Banco .........
Destaque-se que o Reclamado ............ foi criado apenas em ............, portanto, impossível
até mesmo faticamente ter tido relação contratual com a Autora, até porque pediu demissão
do ........ - em liquidação extrajudicial, 1 ano e 9 meses antes da criação do .......
Por outro lado, é fato público e notório que o primeiro Reclamado, BANCO .................. -
SOB INTERVENÇÃO, continua existindo e respondendo por suas obrigações, muito
embora sob intervenção do Banco Central, conforme ato nº ........ de ........., do
Presidente do Banco Central do Brasil, publicado no D.O.U. de ........ (doc. anexo).
Bem como, que embora em liquidação extrajudicial a reclamada continua a existir,
representada pelo liquidante, na pessoa do Sr. .........., nomeado pelo Ato presi. Nº ........, de
........., publicado no DOU em ........, com endereço na Travessa ..........., ........B, .......º andar,
Centro, ........ CEP .........., o qual responde pela gestão dos negócios do reclamado na forma
do art. 5º, da lei 6024/74.
Enfim, o Autor não era empregado do ............, muito menos este foi sucessor do BANCO
............... - em liquidação extrajudicial, cuja empresa continua a existir, não havendo assim
qualquer justificativa legal ou não, para a sua presença no polo passivo desta reclamação.
O Sr. Perito, deixou ainda de efetuar as deduções fiscais e previdenciárias, contrariando a D.
Corregedoria Geral da Justiça do Trabalho que elaborou e publicou o Provimento nº01/96
(DJU de 10.12.96).
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Pelos termos do Provimento supra citado, denota-se claramente que a Justiça do Trabalho é
competente para determinar tais retenções, além destas serem cabíveis, independentemente
da fase e de qualquer menção na sentença exequenda.
II- DO DIREITO
Como demonstrado alhures, há excesso de execução, o que é contrário ao direito.
Ademais, o Banco Reclamado encontra-se sob intervenção do Banco Central desde ...... e em
liquidação judicial desde ........... Desta forma e em conformidade com o artigo 6º, "a" e 18,
"d", ambos da lei 6.024/74 e do Enunciado 304 do TST, os juros moratórios devem ser
excluídos do cálculo do Perito, ou, caso não seja este o entendimento do Juízo, devem ser
limitados a data de decretação da intervenção. Neste caso, o percentual é proporcional a 517
dias (ajuizamento ........ - intervenção ....... dias), o que resulta em 17,23% e não 19,17%,
como pretende o expert.
O reclamado requer, outrossim, o direito de proceder a RETENÇÃO do imposto de renda,
em cumprimento ao estabelecido pela Lei 9.250, de 26/12/95, e art. 1º da I.N. 70/95, como
determina o Provimento nº 01/96, de 10/12/96, da Corregedoria Geral da Justiça do
Trabalho.
A Reclamada requer ainda, o direito de proceder a RETENÇÃO relativa a Contribuição
Previdenciária, art. 2 - (parte do Seguro-Agravado), 43 e 44, da lei nº 8212 dee 27/07/91,
hoje com nova redação dada pela Lei nº 8.620 de 05/01/93 (DOU de 06/01/93).
Este também tem sido o entendimento jurisprudencial:
"Descontos Previdenciários e de Imposto de Renda - São devidos os descontos dos valores a
título de imposto de renda e previdência social, incidentes nas parcelas salariais, pelo
disposto no art. 27, da Lei nº 8.218/91 e artigos 43 e 44 da Lei nº 8218/91 respectivamente.
Recurso provido no particular." (TRT-PR-RO 8196/91- Ac. 1ªT. - 4096/93, in DJPR,
30/04/93, pág.177).
No mesmo sentido:
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"Imposto de Renda na Fonte - Retenção. A obrigatoriedade da retenção do imposto de renda
sobre os rendimentos oriundos de decisão judicial esta expressamente prevista nas Leis nºs.
8218/91 e 8541/92, tornando indispensável a sua inclusão no título judicial. (TRT -3ºR.-
1ªT.- Agp- 02419/92 - Rel. C. Dias - DJMG 13.08.93 - pág 103)"
Recentemente decidiu o TST/SDI:
Descontos previdenciários e Fiscais. O provimento nº 03/84 da Corregedoria Geral da
Justiça do Trabalho, autoriza os descontos previdenciários e imposto sobre aa renda nas
sentenças condenatórias. " (Acórdão SDI - nº 3251/93 - Proc. nº TST-E-RR-22597/91.9 - 4ª
Região - Rel. Mininstro José Luiz Vasconcellos - DJU- n167. 25, de 04.02.94 - seção I -
página 103)
III- DOS PEDIDOS
Assim requer o Reclamado, não lhe seja tolhido o direito de cumprir a legislação vigente,
devendo portanto, ser deferido o direito de retenção para recolhimento e comprovação nos
autos.
Conforme cálculos do reclamado, o valor devido para o INSS importa em R$ .......... e para o
IRRF R$ .........., ambos atualizados até ..........
Salienta-se que o cálculo do Reclamado de fls. ..........., é parte integrante dos presentes
Embargos.
Outrossim, requer a exclusão do .............. da presente execução, devendo permanecer o
.................. em liquidação extrajudicial, único responsável pela presente.
Nesses Termos,
Pede Deferimento.
[Local], [dia] de [mês] de [ano].
[Assinatura do Advogado]
[Número de Inscrição na OAB]