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À BEIRA DO COLAPSO E SEM DESASSOREAMENTOS À VISTA PORTOS DO NORTE “Se até ao Verão a situação não estiver resolvida, pode haver uma guerra civil. Isso é garantido!”. A ameaça é feita pelo presidente da As- sociação Pró Marior Segurança dos Homens do Mar (APMSHM). José Festas garante que os pescadores estão “dispostos a tudo”, até a bloquear por “tempo indeterminado” o porto de Leixões. O aviso surge numa altura em que os portos de pesca do norte do país, de Vila do Conde a Caminha, estão à beira do colapso provocado pelo assoreamento. A acumulação de areias é tal que as barras estão constantemente fechadas, mesmo em dias de bom tempo, impedindo os pescadores de trabalhar. Em causa está a continuidade da actividade de cerca de mil embarcações e três a quatro mil homens, segundo os números avançados por Festas. PESCADOR DA LAMPREIA MORRE SOZINHO NO RIO MINHO Concerto apresentado no IV Encontro da Rede Internacional de Municípios pela Cultura deve ser apresentado também em Caminha MUNICÍPIO DE CAMINHA PARTICIPA NO IV ENREDE OBRAS DO ESTÁDIO MORBER PRATICAMENTE CONCLUÍDAS Complexo Desportivo deverá ser inaugurado e Março ENVC: ARMÉNIO CARLOS DESAFIA GOVERNO A DESBLOQUEAR VERBAS PARA EMPRESA TRABALHAR w w w . c a m i n h e n s e . c o m PREÇO ANUAL: 30€ 1971 - 2012 | SEMANÁRIO 1€ 10 DE FEVEREIRO DE 2012 • Nº 1498 • ANO XXXVI • DIRECTORA: ELSA GUERREIRO CEPA Entraram na recta final as obras de requalificação do es- tádio Morber. Situado junto ao Pinhal do Camarido, na Foz do Minho, o complexo desportivo encontrava-se em avançado estado de degradação, sem as condições mínimas para a pra- tica desportiva. Graças à aprovação de uma candidatura efectuada pela Câ- mara de Caminha ao FEDER, e que garantiu um financiamento de 70%, foi possível avançar com a obra que deverá estar concluída em finais de Março CÂMARA DE CERVEIRA VAI CONSTRUIR ECOVIA DE SEIS QUILÓMETROS PROMOVENDO O DESENVOLVIMENTO DO TURISMO DE NATUREZA

PRATICAMENTE CONCLUÍDAS PORTOS DO NORTE§ão-10-Fev-2012.pdf · mara de Caminha ao FEDER, e que garantiu um financiamento de 70%, foi possível avançar com a obra que deverá estar

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À BEIRA DO COLAPSO E SEM DESASSOREAMENTOS À VISTA

PORTOS DO NORTE

“Se até ao Verão a situação não estiver resolvida, pode haver uma guerra civil. Isso é garantido!”. A ameaça é feita pelo presidente da As-sociação Pró Marior Segurança dos Homens do Mar (APMSHM). José Festas garante que os pescadores estão “dispostos a tudo”, até a bloquear por “tempo indeterminado” o porto de Leixões. O aviso surge numa altura em que os portos de pesca do norte do país, de Vila do Conde a Caminha, estão à beira do colapso provocado pelo assoreamento. A acumulação de areias é tal que as barras estão constantemente fechadas, mesmo em dias de bom tempo, impedindo os pescadores de trabalhar. Em causa está a continuidade da actividade de cerca de mil embarcações e três a quatro mil homens, segundo os números avançados por Festas.

PESCADOR DA LAMPREIA MORRE SOZINHO NO RIO MINHO

Concerto apresentado no IV Encontro da Rede Internacional de Municípios pela Cultura deve ser apresentado também em Caminha

MUNICÍPIO DE CAMINHA PARTICIPA NO IV ENREDE

OBRAS DO ESTÁDIO MORBER PRATICAMENTE CONCLUÍDASComplexo Desportivo deverá ser inaugurado e Março

ENVC: ARMÉNIO CARLOS DESAFIA GOVERNO A DESBLOQUEAR VERBAS PARA EMPRESA TRABALHAR

PESCADOR DA LAMPREIAw w w . c a m i n h e n s e . c o m

PREÇO ANUAL: 30€1 9 7 1 - 2 0 1 2 | S E M A N Á R I O

1€

1 0 D E F E V E R E I R O D E 2 0 1 2 • N º 1 4 9 8 • A N O X X X V I • D I R E C T O R A : E L S A G U E R R E I R O C E P A

Entraram na recta final as obras de requalificação do es-tádio Morber. Situado junto ao Pinhal do Camarido, na Foz do Minho, o complexo desportivo encontrava-se em avançado estado de degradação, sem as condições mínimas para a pra-tica desportiva.

Graças à aprovação de uma candidatura efectuada pela Câ-mara de Caminha ao FEDER, e que garantiu um financiamento de 70%, foi possível avançar com a obra que deverá estar concluída em finais de Março

CÂMARA DE CERVEIRA VAI CONSTRUIR ECOVIA DE SEIS QUILÓMETROS PROMOVENDO O DESENVOLVIMENTO DO TURISMO DE NATUREZA

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SEXTA-FEIRA, 10 DE FEVEREIRO DE 2012

CONCELHO

“Se até ao Verão a situ-ação não estiver resolvida, pode haver uma guerra civil. Isso é garantido!”. A ame-aça é feita pelo presidente da Associação Pró Marior Segurança dos Homens do Mar (APMSHM). José Festas garante que os pescadores estão “dispostos a tudo”, até a bloquear por “tempo in-determinado” por porto de Leixões. O aviso surge nu-ma altura em que os portos de pesca do norte do país,

de Vila do Conde a Caminha, estão à beira do colapso pro-vocado pelo assoreamento. A acumulação de areias é tal que as barras estão constantemente fechadas, mesmo em dias de bom tempo, impedindo os pescadores de trabalhar. Em causa está a continuidade da actividade de cerca de mil embarcações e três a quatro mil homens, segundo os números avançados por Festas.

Em Vila Praia de Âncora, uma das estruturas mais afectadas, metade da frota de 30 barcos

já está parada. O presidente da associação local de pescadores, Vasco Presa, adianta que muitos dos profissionais desempregados já emigraram. Ele mesmo já te-ve de despedir dois dos quatro tripulantes do seu barco.

Além do desemprego, é a segurança que preocupa quem é obrigado a enfrentar as bar-ras e os portos assoreados. Os representantes dos pescadores contactados por O Caminhense falam em múltiplos acidentes que não têm sido relatados às

autoridades por receio de que os portos sejam encerrados defini-tivamente. “Como o porto está assoreado, o mar parte mesmo sem avisar, virando os barcos”, explica Vasco Presa, revelan-do que “já houve vários casos que não foram comunicados à Capitania”.”Um dos problemas que nós temos é que o pescador acredita que quanto menos fa-larmos em acidentes é melhor, para que o Governo não fiscalize mais”, admite o presidente da APMSHM.

Um dos poucos acidentes que foi do conhecimento público vi-timou três pescadores à entrada da barra de Caminha, em Março de 2010. Fortemente assoreada, a barra e um banco de areia exis-tentes no local - “são um perigo escondido para quem é obrigado a passar por lá” - foram apon-tados por um dos sobreviventes do naufrágio do Vimar, Vitor Santos, de serem responsáveis pela morte dos três homens.

Assoreamento dos portos

PORTOS DO NORTE À BEIRA DO COLAPSO E SEM DESASSOREAMENTOS À VISTA

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sem solução à vista

“Estamos dispostos a tudo, não vamos deixar morrer mais gente como, infelizmente, tem acontecido”. A paciência de José Festas, cuja associação represen-ta 600 barcos de todo o país, 80% dos quais a trabalhar a norte da Figueira da Foz, está a esgotar-se. Todos os portos de mar do norte do país estão assoreados e a solução não está à vista. Em Novembro, reuniu com a minis-tra que tutela o sector, Assunção

Cristas, e, segundo relata o pescador, foi-lhe dito que não havia dinheiro para avançar com as dragagens fundamen-tais para manter os portos em funcionamento. Na última semana, fonte do Institito Portuário e dos Transportes Marítimos (IPTM) disse ao presidente da Associação de Pescadores de Vila Praia de Âncora não ter conhecimento de qualquer desassoreamento dos portos do norte nos pró-ximos tempos.

Em Outubro, em resposta via email a pergunta semelhante, João Carvalho, presidente do conselho directivo do IPTM, informava que a dragagem de todos os portos sob a sua admi-nistração, prevista para 2012, está dependente da “existência de verbas correspondentes”.

Eurodeputado garante di-nheiro comunitário para o de-sassoreamento dos portos

Apenas uma questão de “von-

tade política” impede o desas-soreamento dos portos de mar do norte do país, entre Caminha e a Póvoa de Varzim. Foi o que disse a O Caminhense, em De-zembro, o eurodeputado José Manuel Fernandes, que tinha acabado de tomar conhecimen-to, através da comissária euro-peia para os Assuntos do Mar e das Pescas, Maria Damanaki, da existência de fundos comu-nitários disponíveis através do FEDER (Fundo Europeu de De-senvolvimento Regional) para

as dragagens, que classificou como “prioritárias”.

O eurodeputado de Braga eleito para o Parlamento Eu-ropeu pelo PSD alertava para a importância de aproveitar já as ajudas de Bruxelas, porque, segundo explicou, através do FEDER é possível, neste mo-mento, uma comparticipação de 95% para desassorear os portos de mar portugueses.

Susana Ramos Martins

PORTOS DO NORTE À BEIRA DO COLAPSO E SEM DESASSOREAMENTOS À VISTA

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SEXTA-FEIRA, 10 DE FEVEREIRO DE 2012

CONCELHO

Terminou o IV Encontro da Rede Internacional de Municí-pios pela Cultura (enRede), onde o Município de Caminha esteve representado oficialmente pela Presidente da Câmara e pelos artistas caminhenses Elsa Gomes e Paulo Baixinho. O evento de-correu de 26 a 29 de janeiro nas cidades de Itabira e São Gonçalo do Rio Abaixo, no Brasil.

Subordinado ao tema “De Sol a Sol”, este IV enRede teve como objetivo incentivar o intercâmbio cultural no mundo. Durante os quatro dias, as cidades de Itabira e São Gonçalo do Rio Abaixo fo-ram o ponto de encontro das dife-rentes culturas das várias cidades de Portugal, Brasil, Espanha e Argentina, tendo decorrido várias

Concerto apresentado no IV Encontro da Rede Internacional de Municípios pela Cultura deve ser apresentado também em Caminha

MUNICÍPIO DE CAMINHA PARTICIPA NO IV ENREDE

iniciativas, nomeadamente espec-táculos multi-culturais, debates, mercado cultural, visitas guiadas, intercâmbio de artistas, etc.

Para além destas atividades, o último espetáculo, que reuniu todos os artistas presentes, foi marcado pelo convite de Júlia Paula Costa, presidente da Câma-ra de Caminha, que “atendendo à qualidade do espetáculo”, mani-festou a sua vontade de receber o mesmo concerto num dos mo-mentos inaugurais do Cine-teatro Valadares, na vila caminhense. O convite foi recebido com muito agrado por todos. O músico Paulo Baixinho e a fadista Elsa Gomes sublinharam o facto da “troca e partilha de experiências e de aprendizagens ter sido enorme”.

Recorde-se que integram a re-de os municípios de Serpa, Beja, Caminha, Vila Nova de Famali-cão e Palmela (Portugal); Itabira, Santa Bárbara, S. João del Rei, Olinda, Congonhas, Itabirito e Ouro Preto (Brasil); Punta Um-bria e Cortegana (Espanha); S. Vicente (Cabo Verde); Patzun e San Bartolomé de Milpas Altas (Guatemala) e Pravets (Bulgária).

Em 2008, foi Caminha a an-fitriã do Encontro enRede. Aqui estiveram representados os muni-cípios brasileiros de Itabira, São João Del-Rei, Itabirito, Diamanti-na, S. Gonçalo, Congonhas e Ou-ro Preto; Cortegana de Espanha; São Vicente de Cabo Verde e os municípios portugueses de Serpa e Famalicão.

Um pescador com 54 anos de idade foi encontrado mor-to no passado sábado de ma-nhã no mar à saída da barra de Caminha. Tinha ido sozi-nho para faina de lampreia no Minho na noite anterior. A embarcação fi cou encalhada numa ilhota no meio do rio.

João Manuel Rocha Purifi -cação, mecânico de profi ssão, natural e residente em Lanhe-las, no concelho de Caminha, saiu sozinho para a faina da lampreia na Sexta-feira per-to das 22h00, na zona de Sei-xas, e não voltou para casa à hora esperada, o que deixou a mulher inquieta. Alertado pela mãe, o fi lho de 25 anos, também pescador e que residia com a vítima, saiu ao fi m da madrugada em busca do pai, mas em vão. “Falei com ele por telemóvel por volta das nove e meia e ele estava bem, estava a comer num café, e disse que ia sair para o trabalho. Fui para

PESCADOR DA LAMPREIA MORRE SOZINHO NO RIO MINHO

A Rede Social de Caminha, em parceria com a Comissão de Proteção de Crianças e Jo-vens (CPCJ), está a organizar uma série de sessões práti-cas para pais e encarregados de educação sobre o desen-volvimento psico-social das crianças.

As sessões começaram em janeiro e devem prolongar-se até ao final do ano letivo, al-tura em que todas as creches e também todos os jardins de infância, tanto públicos como privados, já terão sido o palco das cerca de 30 sessões programadas.

As temáticas a abordar, por técnicos especializados

As sessões disponibilizadas são gratuitas

REDE SOCIAL ORGANIZA SESSÕES PARA PAIS SOBRE DESENVOLVIMENTO PSICO-SOCIAL DA CRIANÇA

casa dormir e, às seis da manhã, a minha mãe, que já andava há muito às voltas pela casa, acordou a minha irmã e veio-me acordar a mim, a dizer que ele ainda não tinha chegado”, contou Bruno Pu-rifi cação, continuando: “Peguei no carro fui à beira do rio, procurei o barco, andei atrás dele, depois os pescadores encontraram a rede e comecei a pensar o pior”. A em-barcação de pesca acabaria por

na área da psicologia, são: a in-disciplina e os problemas de com-portamento, como por exemplo as birras e os mimos; o desenvol-vimento da criança, falando do primeiro passo à primeira palavra e da primeira mentira ao primeiro segredo; e a vinculação e a esti-mulação precoce.

Os objetivos desta ação são a promoção da partilha de experi-ências e dúvidas por parte dos pais e encarregados de educa-ção no processo de educação, a informação sobre estratégias de intervenção, e a sensibilização para as questões da disciplina e problemas de comportamento e desenvolvimento da criança e as respetivas etapas.

W W W . C A M I N H E N S E . C O M

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SEXTA-FEIRA, 10 DE FEVEREIRO DE 2012

Foi no passado dia 31 de Janeiro do corrente ano, que se celebraram cinco anos des-de a abertura do Cartório No-tarial de Caminha.

Podem agora todos os seus utentes proceder ao tratamen-to da sua documentação em geral nas suas instalações, em atendimento presencial úni-co, podendo resolver todos os problemas com a tramitação de todos os processos neces-sários aos negócios jurídicos sem necessidade de se des-locarem a várias entidades públicas e particulares co-mo era feito até ao presente momento.

Isto é NUM BALCÃO TO-DAS AS COLUÇÕES inte-gradas.

O Cartório Notarial de Caminha é assim, o local onde, sem complicações e deslocações escusadas, é prestado um conjunto de serviços por um profissional especialmente habilitado, o Notário. Um trabalho que se-rá feito em recurso às novas tecnologias e desempenhado com qualidade, uma vez que pressupõe uma qualificação constante dos profissionais aderentes.

Neste Cartório é agora possível por exemplo, efecti-var entre outros muitos actos num único local: Compra e venda; Hipoteca; Doação; Contratos promessa com eficácia real; Constituição ou modificação da proprie-dade horizontal; Heranças e Partilhas; Sociedades Co-merciais; Todos os actos re-lacionados com a transmis-são e oneração de veículos automóveis; Reconhecimen-tos de letra e assinatura e Certificação de tradução de documentos.

O Notário através do seu certificado digital, de forma mais célere e barata, pode aceder electronicamente aos portais do Predial, do Re-gisto Comercial, do Registo Automóvel e das Finanças e obter ao todo o tipo de cer-tidões sem qualquer tipo de deslocações às respectivas repartições públicas. Tudo apenas na comunidade do seu cartório.

Para tal, a Notaria conta

5º ANIVERSÁRIO DO CARTÓRIO NOTARIAL

DE CAMINHA

com modernas e amplas insta-lações que garantem a confi-dencialidade em cada processo, assim como conta com a colabo-ração de funcionários altamente qualificados para o desempenho das funções.

O Cartório Notarial é um espaço que pretende tornar a comunicação entre notários e o público em geral, mais eficaz e abrangente. Este serviç agraga todas as soluções num só espaço (o Cartório Notarial).

O notário afirma-se assim de novo, como um profissional de reconhecida excelência e ga-rante de transparência, rigor e qualidade jurídica.

O Notário é desde há muito protagonista natural deste con-celho, tendo em conta que já actuava na fase pré contratual e pós contratrual e que agora actua na própria formalização

PESCADOR DA LAMPREIA MORRE SOZINHO NO RIO MINHO

No próximo sábado, dia 11, a Câmara Municipal de Caminha, no âmbito da programação do Centro de Interpretação da Serra d’Arga (CISA), vai promover o percurso pedestre “Por Terras de Dem”.

Esta atividade integra a pro-gramação da iniciativa “Lam-preia do Rio Minho - Um prato de excelência”.

Com início agendado para as

PERCURSO PEDESTRE “POR TERRAS DE DEM”

ser encontrada encalhada numa ilhota frente a Seixas. As autori-dades marítimas foram alertadas pelo fi lho do pescador para o de-saparecimento cerca das 7h40. O corpo viria a ser detectado cerca das 10h20 no mar na zona da Ín-sua pelos bombeiros de Caminha, com o colete salva-vidas vestido, tendo sido recolhido e transpor-tado para o Instituto de Medicina Legal de Viana do Castelo on-de foi autopsiado Segunda-feira. Desconhecem-se as causas desta morte. “Não sei o que aconteceu. Parece que estava muito vento, que o aro do barco que é onde uma pessoa se apoia para largar a rede, se soltou e estava dobrado. Pode ter-lhe dado alguma coisa e caído à água, não faço ideia”, comentou desconcertado o fi lho da vítima.

A ida de pescadores portugue-ses sozinhos para faina no rio Mi-nho só é permitida há cerca de dois anos, desde a entrada em vigor do último regulamento de pesca. Essa foi uma reivindicação da comunidade local, que quis igual-

dade de direitos em relação aos colegas espanhóis que há muito o faziam. Até aí eram obrigados a pescar aos pares. No sábado, alguns pescadores e populares lamentavam que, neste caso, não houvesse um segundo homem a bordo para prestar auxílio ao pescador que perdeu a vida.

João Manuel Rocha Pu-rifi cação, 54 anos de idade, trabalhava numa oficina de mecânica na vila de Caminha, era natural e residente em La-nhelas. Casado, pai de dois fi lhos, um casal com 26 e 29 anos, era um pescador expe-riente. Iniciou-se nas idas ao rio Minho ainda jovem com o pai. Nesta época pescava lam-preia e meixão.

O funeral do pescador rea-lizou-se na terça-feira na fre-guesia de Lanhelas.

Ana Peixoto

14 horas, em Dem, no mira-douro da Senhora da Neves, o percurso tem uma extensão de 8 km.

Esta atividade integra ain-da um ateliê de trajes regio-nais, que permitirá apreciar as técnicas tradicionais de tece-lagem e confeção dos trajes à lavradeira da Serra d’Arga.

O custo da inscrição é de 5 euros e os interessados podem fazer a respetiva ins-crição através dos números 258721708 e 914476461 ou pelo endereço de e-mail [email protected].

do conrato, o que lhe confere uma competência transversal nesta área de actuação”.

Com recurso às novas tecnologias e à qualifica-ção e formação permanentes e obrigatórias, o Cartório Notarial aproxima o Notário do cidadão e das empresas de uma forma mais rápida e eficaz.

Para facilitar os seus clien-tes em geral, este Cartório funciona de Segunda-feira até Sexta-feira das 09h00 às 17.30h.

Estas instalações encon-tram-se si tuadas na Av. São João de Deus, 16 - r/c Esq - 4910-107 Caminha, (em frente à Escola Pri-mária), os nossos contac-tos são: 258728124/5, e email :car tor [email protected]

W W W . C A M I N H E N S E . C O M

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SEXTA-FEIRA, 10 DE FEVEREIRO DE 2012

CONCELHO

OBRAS DO ESTÁDIO MORBER PRATICAMENTE CONCLUÍDAS

Complexo Desportivo deverá ser inaugurado e Março

Entraram na recta final as obras de requalificação do estádio Morber. Situado junto ao Pinhal do Camarido, na Foz do Minho, o complexo desportivo encontrava-se em avançado estado de degrada-ção, sem as condições míni-mas para a pratica desportiva.

Graças à aprovação de uma candidatura efectuada pela Câmara de Caminha ao FEDER, e que garantiu um financiamento de 70%, foi

possível avançar com a obra que deverá estar concluída em finais de Março

Iniciada em Janeiro de 2011, a intervenção alterou por completo aquele campo desportivo que se apresenta agora moderno, funcio-nal e apto para receber diversas provas desportivas.

Um campo relvado, uma ban-cada coberta com capacidade para mais de mil espectadores, cabines destinadas à imprensa, balneários ultra modernos, sala de conferên-cias e gabinete médico, são algu-mas das novidades introduzidas no novo complexo cujo investimento rondou um milhão de euros.

Mário Patrício, vereador das obras da Câmara de Caminha, considera o novo Morber, "uma infraestrutura desportiva que vai ser de grande importância para a prática do desporto, nomeada-mente o futebol. Nós temos no concelho várias equipas de fute-bol: Lanhelas, Caminha, Venade, Moledo e duas em Vila Praia de Âncora, que com este estádio vão poder, se necessário, treinar e até fazer jogos no novo campo".

A qualidade do futuro Munici-pal de Caminha, designação que

deverá adoptar depois de estar concluído, levou a que a Câma-ra apostasse na sua certificação. Neste momento o processo está a ser desenvolvido por uma em-presa francesa, e segundo Mário Patrício existem grandes hipó-teses do estádio vir a ser bem classificado.

“Temos indicação que o novo Morber deverá ser certificado com alguma qualidade, ou seja poderá vir a ser considerado um campo FIFA 2 Estrelas. Quer isto dizer que vai poder receber jogos oficiais, uma situação que nos po-de trazer mais valias”, sublinha.

De referir que normalmente este tipo de estádios não vão além da classificação FIFA 1 Estrela mas, face à qualidade do relvado e do complexo em si, a câmara acredita que o Morber possa ter uma melhor classificação.

"A empresa que nos está a fazer a certificação, que é uma empresa francesa, deu-nos a en-tender que é muito possível que o complexo venha a ter esta clas-sificação devido ao excelente relvado que vamos ter".

Segundo a Câmara esta se-ria uma excelente situação, uma

vez que futuramente se pretende colocar o Morber à disposição de grandes equipas nacionais e estrangeiras, para que possam desenvolver os seus estágios em Caminha. "Repare que o estádio está numa localização excelente. Temos um hotel de 5 estrelas a poucos metros, temos um bom campo de treinos e temos ainda a componente do pinhal que per-mite desenvolver treinos de pre-paração física", refere o vereador.

Logo que esteja concluído o Morber deverá receber um Tor-neio Interfreguesias. O objectivo, explica Mário Patrício, é dar a conhecer o novo estádio à popu-lação. "Julgamos que ao promo-vermos este torneio estamos por um lado a dar oportunidade às pessoas de se deslocarem até ao estádio para o conhecerem, e por outro a promover e a incentivar a prática desportiva. Queremos que as pessoas se apercebam das potencialoifdades deste equipa-mento, que o usem e o divulguem. É um primeiro passo que julga-mos importante para fomentar o desporto".

Parque de estacionamento

à espera do aval das entidades competentes

A construção de um parque de estacionamento de apoio ao campo é outro dos projectos que a Câmara gostaria de ver avan-çar. Neste momento já existe um projecto elaborado pela autarquia, mas o facto da sua construção estar incluída na Sociedade Polis Litoral Norte, obrigou à sua sus-pensão até que o Ministério defi-na o que vai acontecer com estes

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SEXTA-FEIRA, 10 DE FEVEREIRO DE 2012

ESCOLAS

No dia 19 de janeiro, os alunos do 2º Ciclo da EB2,3/S de Caminha realizaram uma visita ao teatro Sá de Miranda (Centro Dramático de Viana do Castelo) para as-sistirem à peça “Salta para o saco”, numa encenação de Elisabete Pinto do texto de António Torrado, interpretada por Ana Per-feito, Ricardo Simões e Tiago Fernandes.

Esta iniciativa, organizada pelas do-centes de português dos 5º e 6º anos de escolaridade, pretende não só promover o gosto pela leitura do texto dramático, mas também desenvolver a sensibilidade estética e artísticae proporcionar aos alunos vivências culturalmente signifi cativas, pois o contacto com diversos géneros artísticos e a possibilidade de usufruir de momentos culturais contribuem fortemente para a for-mação pessoal e social dos nossos jovens.

Através de um espetáculo de forte com-ponente visual e de um enredo divertido e cheio de humor, as personagens João e Ludovina (dois jovens apaixonados que partilham brincadeiras e sonhos da sua idade) convidam os espetadores a refl e-tirem sobre as (des)venturas da vida e sobre valores como o amor, a lealdade, a generosidade... No fi nal transparece uma lição de vida crucial, percebendo-se que o bem prevalece face ao mal e que a coragem ajuda a ultrapassar muitas adversidades.

ALUNOS DA EB2,3/S DE CAMINHA FORAM AO TEATRONo dia 2 de Fevereiro, pelas 10

horas da manhã, decorreu no auditório da Ancorensis uma palestra subordi-nada ao tema: Higiene e Segurança no Trabalho, organizada pela turma do 12ºE, do curso Profi ssional Técnico Animador Sociocultural. A actividade foi enriquecida com a presença da palestrante Dra. Alda Alves, técnica superior da autoridade das condições de trabalho da área de promoção para a Saúde e Segurança no Trabalho, desde 2001, no centro Local do Alto Minho. O objetivo das alunas ao pro-moverem esta palestra, inserida num módulo da disciplina de Animação sociocultural, foi o de informar os colegas do 12º ano, acerca de aspetos relacionados com regras e legislação subjacente ao mundo do trabalho para o qual partirão no próximo ano letivo.

A Dra. Alda Alves iniciou a sua palestra mostrando que foi uma pre-ocupação do Ministério do Emprego, com a integração da disciplina de Higiene e Segurança no Trabalho em todos os cursos profissionais, de dotar os alunos com competências nesta área. A preocupação advém do fato de que é necessário formar

ANCORESIS A FORMAR PROFISSIONAIS

No dia 30 de Janeiro comemorou-se na nossa escola o dia escolar da Não-Violência e da Paz. Esta inicia-tiva pioneira, independente e não-governamental, levada avante pelo pedagogo e poeta espanhol Llorenço Vidal, a comemoração deste dia, a partir de 1964, teve como objetivo chamar a atenção para a necessidade de uma educação permanente pela Não-Violência e pela Paz. Nesta data (dia da morte de Mahatma Gandhi), procura-se igualmente sensibilizar para a tolerância, solidariedade e respeito pelos direitos humanos junto das escolas de todo o mundo.

Neste sentido tornou-se pertinente, no âmbito do tema do Projeto Cur-ricular de Agrupamento, “Educação para a cidadania: direitos e deveres no contexto da comunidade escolar”, a comemoração deste dia, procurando que os nossos alunos tenham uma edu-cação permanente pela Não-Violência e pela Paz sensibilizando-os para a tolerância, solidariedade e respeito pelos direitos humanos.

Assim levaram-se a cabo um con-junto de atividades que envolveram todos os elementos da comunidade educativa. A saber: partindo da men-sagem do Papa Bento XVI, para o Dia Mundial da Paz, “Educar os jovens para a justiça e a paz”, na aula de EMRC, foi feito um aprofundamento da mesma, com todos os alunos ins-critos na disciplina, convidando-os a serem agentes da Paz. Após este aprofundamento da mensagem, fo-ram distribuídas atividades diversas pelas diferentes turmas. A turma do 5.º A, D, em conjunto com os seus professores de Língua Portuguesa, Luís Rêpas e Ana Santos, elaboraram um conjunto de poemas sobre a paz, bem como, a turma do 5.ºC. A turma do 5.ºB descobriram e coloriram a palavra “Paz” em vinte e um idiomas diferentes, na disciplina de EMRC, e, na disciplina de Língua Portuguesa, a partir do poema “Urgentemente” de Eugénio de Andrade, fizeram a exploração desta temática tendo pos-

ESCOLA BÁSICA DE VILA PRAIA DE ÂNCORA ASSINALOU DIA ESCOLAR DA NÃO-VIOLÊNCIA E DA PAZteriormente criado os seus próprios poemas. A turma do 6.ºA pesquisou sobre o Prémio Nobel da Paz: o que é, como surgiu, destacando alguns laureados provenientes de vários credos, raças, culturas e naciona-lidades, homens e mulheres, o que confirma a universalidade do trabalho a favor da Paz, ou seja, laureados por promoverem a Paz em diversos domínios, na luta contra a pobreza, defesa dos direitos humanos, defesa do Ambiente, o que significa que a Paz não se resume apenas à ausência de guerra. Por sua vez, a turma do 6.ºB, fez uma pesquisa sobre Gandhi da qual resultou um cartaz bastante elucidativo, tendo os alunos focado a sua biografia, mas acima de tudo os seus ensinamentos. As turmas do 6.º C, D e E construíram a “Árvore da Paz”. Os professores de EVT, Dora Amador e Manuel Soares, em conjun-to com a turma do 6.ºD construíram uma estrutura em forma de árvore, a qual serviu de suporte às mensagens criadas pelos alunos, em forma de folhas, das três turmas supracitadas. Ainda a turma do 6.ºD, na aula de

Estudo Acompanhado, com as pro-fessoras Cidália Gomes e Albertina Miguel, trabalharam os símbolos da Paz e fizeram um pequeno estudo so-bre Mahatma Gandhi, Martin Luther King e Nelson Mandela.

Todo este trabalho culminou num cordão humano realizado à volta da escola onde todos os elementos da comunidade educativa: alunos, pro-fessores e assistentes operacionais, assim como, um representante da Associação de Pais “Pais na Escola”. Esta atividade levou a que as turmas do primeiro ciclo e do pré-escolar, tivessem uma maior vivência deste dia comemorativo, pois contribuiu para que a temática também fosse abordada por eles, o que levou ao desenvolvimento de alguns trabalhos.

Para encerramento deste dia co-memorativo, “Dia Escolar da Não Violência e da Paz”, houve uma pa-lestra subordinada ao tema “A Não Violência na Escola”, orientada pela Sr.ª Dr.ª Paula Valença Dias.

Gracinda SalgadoProfessora de EMRC

projectos. "Temos a indicação dada pela ministra aos autarcas de que a sociedade Polis em prin-cípio não irá continuar nos mes-mos moldes, o que a confirmar-se significa que o projecto não vai ser implementado pela Polis".

Com a construção do parque de estacionamento suspensa, a Câmara aguarda outras possi-bilidades de candidaturas para poder avançar.

"Neste momento estamos com um problema de aprovação por causa do piso que queriamos que

fosse em calçada à portuguesa. Por se tratar de uma zona de reserva ecológica estamos a ter alguns problemas com a aprovação mas julgamos que serão ultrapassáveis. Logo que esteja aprovado iremos pro-curar candidatar a abra para podermos avançar".

Este parque de estaciona-mento que irá ser construídfo junto ao estádio, servirá de apoio não só ao complexo des-portivo mas também à praia da Foz situada a poucos metros.

e informar os jovens para estarem preparados para o mundo do trabalho. Segundo um relatório publicado em 2004, pela Agência Europeia para a Saúde e Segurança no Trabalho, os jovens entre os 18 e 34 anos de idade são os que estão mais susceptíveis de sofrerem acidentes de trabalho. Este factor veio dar mais força à motivação de incluir esta matéria nos currículos dos futuros profissionais.

Os acidentes e doenças profissio-nais matam cerca de 2, 2 milhões de trabalhadores/ ano, no mundo inteiro. Em Portugal estima-se que o número ronde os 2300 acidentes de trabalho graves/ ano. Estes dados revelam a importância de se trabalhar e infor-mar os jovens para que se possam dotar dos mecanismos necessários de forma a se protegerem e não serem vítimas de acidentes desnecessários. O empregador é obrigado a assegurar aos trabalhadores condições de HST em todos os aspetos relacionados com o trabalho, como é referido na lei nº 102/2009 de 10 de Setembro. O não cumprimento destas regras pode dar origem a uma contra - or-denação grave.

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SEXTA-FEIRA, 10 DE FEVEREIRO DE 2012

DISTRITO

Implementar uma estratégia de dinamização a iniciativas que promovam o desenvolvimento rural e turístico é uma das apostas da Câmara Municipal de Ponte de Lima.

Na reunião do dia 23 de Janeiro, o executivo municipal aprovou celebrar dois protocolos com duas associações do concelho, nomeadamente com a Associação Cultural e Re-creativa de Caça, Pesca e Gastronomia Tradicional para o Desenvolvimento Rural e Turístico do Vale de Estorãos e com a Lima Terrae - Cooperativa de Produtos Alimentares, Artesanais e de Desenvolvimento Rural, C.R.L.

Ambos os acordos a celebrar visam promover a valorização económica de recursos específicos do concelho.

O protocolo com a Associação Cultural e Recreativa de Caça, Pesca e Gastronomia Tradicional para o Desenvolvi-mento Rural e Turístico do Vale de Estorãos, tem como ob-jectivo a constituição de um parque de lazer e recreio para a prática de BTT e Downhill, designado por “Bike Park de Ponte de Lima”, a implementar na encosta da Serra de Arga, abrangendo as freguesias de Estorãos e Cabração. Este pro-jeto vem dar resposta à necessidade de explorar as evidentes sinergias existentes entre o turismo de natureza e o turismo activo, rentabilizando as excepcionais características daquele território de montanha para a realização das modalidades de BTT e Downhill, particularmente a nível do seu declive e da rede de caminhos existente.

Ambos os subscritores deste protocolo têm um interesse comum na criação e desenvolvimento de produtos turísticos na Serra de Arga, tais como rotas/percursos e serviços de animação turística, geradores de riqueza e emprego no es-paço rural, permitindo fixar população e aproveitar recursos endógenos, transformando-os em factores de competitividade.

A Câmara Municipal de Ponte de Lima aprovou também celebrar um protocolo com a Lima Terrae - Cooperativa de Produtos Alimentares, Artesanais e de Desenvolvimento Rural, C.R.L. no sentido de dinamizar um projecto a desenvolver na Cadeia das Mulheres - Centro de Prova do Vinho Verde e dos Produtos Locais.

O emblemático edifício da Antiga Cadeia das Mulheres, de grande valor cultural e patrimonial, localizado em pleno Cen-tro Histórico da Vila foi alvo de uma profunda remodelação, passando a denominar-se Cadeia das Mulheres - Loja Rural.

Este novo espaço, a inaugurar no dia de Ponte de Lima, irá privilegiar a promoção do Vinho Verde e dos Produtos Locais, incluindo venda ao público do vinho e dos produtos regionais, que se distinguem pela qualidade e excelência.

O projeto será dinamizado pela Lima Terrae - Cooperativa de Produtos Alimentares, Artesanais e de Desenvolvimento Rural, que tem como objeto principal da sua atividade a co-mercialização e promoção de produtos alimentares e artesa-nais, bem como a promoção, dinamização e valorização dos produtos comercializados.

Através desta parceria, entre Município de Ponte de Lima e Lima Terrae, está garantida a promoção e qualificação de acções geradoras de dinâmicas económicas com base nos produtos da terra.

P. LIMA: CÂMARA INCENTIVA INICIATIVAS DE DESENVOLVIMENTO

RURAL E TURÍSTICO

ESCOLAS

No dia 27 de Janeiro de 2012, pelas 18h30m no Auditório da EB2,3/S de Caminha, teve lugar uma conferência destinada a pais e encarregados de educação do 3ºciclo, subordinado ao tema “Os pais e o estudo dos filhos”.

A conferência foi organizada pelo conselho de turma do 9ºA e pela representante dos pais, após terem sido identificados em reunião de conselho de turma al-guns problemas inerentes a esta turma mas que acabavam por ser transversais a outras e a diferen-tes anos letivos, como a falta de hábitos de estudo e a dificulda-de dos pais em acompanhar os filhos devido à falta de tempo e à desadequação dos níveis de escolaridade.

Os dois oradores que se dis-ponibilizaram a vir debater este assunto, numa sexta-feira à tarde depois de uma semana intensa de trabalho vieram de Braga e pertencem à Delegação do Cen-tro de Orientação Familiar (CE-

PALESTRA “OS PAIS E O ESTUDO DOS FILHOS”

NOFA). Esta associação tem por finalidade o estudo e a promoção das ciências da educação e da orientação familiar.

Este momento de troca de ideias, teve como objectivo re-forçar a importância do papel dos pais no percurso escolar dos seus filhos, pois são os primeiros responsáveis pela educação.

Os nossos educandos, que hoje se encontram em plena idade da adolescência, necessitam mais do que nunca, de um suporte que os ajude a crescer de forma sau-dável e harmoniosa em todos os aspectos da sua vida.

O sucesso futuro depende do trabalho presente e cabe aos educadores em conjunto com a escola, criar alicerces, raízes e dar-lhes as ferramentas para que possam progredir e avançar so-zinhos, com autonomia.

O saldo fi nal foi positivo, per-mitindo aos presentes esclarecer dúvidas, obter dicas e estratégias de atuação e até adquirir alguma bi-

bliografi a de suporte a esta temática.Algumas dessas dicas e estra-

tégias devem ser postas em práti-ca logo de tenra idade, tais como o planificar um horário realista de estudo diário, existência de um ambiente favorável ao estu-do (colocar de lado telemóvel e tudo o que possa ser motivo de distração), cumprir com as me-tas previamente estabelecidas e existir na retaguarda um adulto que supervisione e garanta o cum-primento destas boas práticas.

Como síntese ficou a ideia que é da relação estreita entre pais (educadores), filhos (protago-nistas) e a escola (instrutores) que brota o sucesso escolar dos jovens.

Há que apostar no futuro dos nossos educandos e aplicar o pouco tempo que temos naquilo que vale a pena, a nossa maior riqueza!!!!!

Carolina Alves Representan-te dos Enc. de Educação do 9ºA

No passado dia 4 de Fevereiro decorreu, na escola secundária de Monserrate, o 1º Encontro Gímnico, que contou com cerca de 10 escolas do distrito de Viana do Castelo. Esta competição de actividades Rítmicas e Expres-sivas é realizada no âmbito do Programa do Desporto Escolar e já conta com a participação da Ancorensis há alguns anos.

Estes ano, as alunas da Anco-rensis mostraram o seu valor num primeiro encontro, que serviu também para conhecer as equi-

DANÇAS URBANAS DA ANCORENSIS PRESENTES NO 1º ENCONTRO GÍMNICO

pas/grupos adversários. A partir do 2º Encontro, as equi-

pas terão de mostrar melhorias signifi cativas em alguns pontos

e ajustar especifi cidades, porque aí se inicia a valorização pontual que lhes poderá dar acesso à fase regional, tão ansiada por todos.

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SEXTA-FEIRA, 10 DE FEVEREIRO DE 2012

O secretário-geral da CG-TP desafiou na passada se-mana o Governo a conceder aos estaleiros de Viana do Castelo uma parte dos 1.500 milhões de euros de uma li-nha de financiamento a Pe-quenas e Médias Empresas para permitir o retomar da laboração.

Em causa estão as neces-sidades de tesouraria dos Es-taleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC), que pre-cisam entre três a cinco mi-lhões de euros para comprar matéria-prima e equipamen-tos para iniciar a construção de dois navios asfalteiros para a Venezuela.

O negócio vale 128 mi-lhões de euros para a empre-sa de Viana do Castelo, mas corre o risco de ser cance-lado porque os ENVC ainda não conseguiram liquidez para fazer estas aquisições.

“O Governo anunciou, com pompa e circunstância, que tinha uma linha especial de crédito para conceder às PME, pelo que não se per-cebe que, de 1.500 milhões,

ENVC: ARMÉNIO CARLOS DESAFIA GOVERNO A

DESBLOQUEAR VERBAS PARA EMPRESA TRABALHAR

não tenha cinco milhões para pôr a empresa a funcionar, a expor-tar”, afirmou Arménio Carlos, que na sexta-feira da semana passada participou na sua pri-meira manifestação pública, em Viana do Castelo, enquanto líder da CGTP.

“Se assim não o fizer”, subli-nhou, isso “quererá dizer que o Governo não está interessado em manter empregos, mas em destruir. E isso seria um crime contra a região”, criticou Armé-nio Carlos.

Pela segunda vez em cerca de seis meses, antigos e atuais trabalhadores dos ENVC, além de familiares, população, peque-nos empresários e comerciantes, voltaram a sair à rua na passada semana em defesa da viabilidade daquela empresa de construção naval.

A manifestação, que juntou cerca de meio milhar de parti-cipantes, terminou na Praça da República, com um plenário, em que “face à situação critica” da empresa foi decidido, por una-nimidade, “exigir que o Gover-no desbloqueie de imediato os meios necessários para que os

ENVC comecem a construir os navios para a Venezuela”.

“Se fossem necessários 100 milhões para meter no BPN já tinham aparecido, mas três mi-lhões para pôr uma empresa a exportar é que não há”, criticou Branco Viana, coordenador da União de Sindicatos de Viana do Castelo.

Durante a marcha pelas ruas da cidade, os trabalhadores pa-raram à porta da delegação da Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT), onde apre-sentaram uma queixa sobre o “corte decidido unilateralmente pela administração dos ENVC”, num seguro de saúde em vigor há mais de trinta anos.

Durante a intervenção pública na Praça da República, no final da manifestação, Arménio Car-los criticou ainda a atuação do presidente da República neste processo: “Fala muito, mas tem que começar a fazer mais, não basta constatar que há proble-mas. Devia reunir com os repre-sentantes dos órgãos represen-tativos dos trabalhadores, que já solicitaram esse encontro”, rematou o líder da CGTP.

A maioria PSD/CDS rejeitou um projeto de resolução do PCP apresentado na passada semana que visava libertar três milhões de euros para os estaleiros de Viana do Castelo pode-rem construir dois navios, acusando a esquerda de demagogia.

Na sua declaração de voto, o deputado social-democrata Carlos Abreu Amorim afirmou que os estaleiros não precisam de apoios “às pinguinhas” e acusou o PCP de querer “instru-mentalizar política e ideologicamente os estaleiros”.

O PSD entende que “os estaleiros são uma questão nacional que tem que ser solucionada numa lógica integral” através de um plano completo de reestruturação, frisou.

O democrata-cristão Abel Baptista acrescentou que os esta-leiros “têm problemas de gestão” mas que demagogicamente não se resolvem os problemas”, indicando que é com “parcerias económicas e empresariais” que os estaleiros podem evoluir.

Honório Novo, do PCP, afirmou que com a recusa do pro-jeto de resolução, “cai a máscara ao PSD”, que assim revela que pretende “a criação de condições para o encerramento da empresa e para mandar 700 trabalhadores para o desemprego”.

O socialista Jorge Fão defendeu que são precisos “recursos económicos de emergência” para os estaleiros e que a apro-vação do projeto seria “a decisão que um estado responsável tinha que tomar”.

Mariana Aiveca, do Bloco de Esquerda criticou a “mani-festa hipocrisia” do PSD e CDS-PP, que têm feito “grandes declarações” sobre os estaleiros mas que hoje votaram “contra um projeto de resolução que resolveria de imediato a asfixia financeira dos trabalhadores e da empresa.

O projeto defendia que o governo garantisse o financiamento de três milhões de euros para compra de material para constru-ção de dois navios asfalteiros, contrato no valor de 128 milhões de euros que os estaleiros se arriscam a perder.

PCP, Bloco de Esquerda, PS e Verdes votaram a favor.

MAIORIA REPROVA TRÊS MILHÕES PARA ESTALEIROS DE VIANA E ACUSA ESQUERDA DE DEMAGOGIA

Os Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) iniciaram nos últimos dias a reparação de um navio do armador português Transinsular, o primeiro serviço que a empresa recebe em três meses.

“É um cliente habitual dos ENVC, o que demonstra a con-fi ança nos nossos serviços de reparação”, explicou à Lusa fonte da administração daquela empresa pública.

Entre novembro e janeiro as docas dos estaleiros não receberam qualquer navio para reparação. Este ramo do negócio, segundo a Comissão de Trabalhadores, terá rendido aos estaleiros, em 2011, cerca de 20 milhões de euros, em 60 navios intervencionados.

A reparação que agora se iniciou no navio “Ponta do Sol”, um porta contentores de 100,62 metros de comprimento, deverá ocupar uma parte dos trabalhadores dos ENVC durante quase todo o mês de fevereiro, rendendo 400 mil euros.

“Quanto a outras reparações, existe uma atividade comercial intensa, há consultas de armadores e inclusive processos de nego-ciação ativos, mas não se confi rma para já nenhum novo contrato fi rme”, explicou a mesma fonte da administração.

Nesta altura os estaleiros mantêm apenas a construção o NRP Figueira da Foz, o segundo patrulha para a marinha portuguesa, para o qual necessitam de adquirir material no valor de cerca de nove milhões de euros e que está há vários meses em fase fi nal.

Por avançar, há cerca de sete meses, encontra-se a construção de dois navios asfalteiros encomendados pela Venezuela por 128 milhões de euros, porque os ENVC não têm liquidez para adqui-rir a matéria-prima necessária, nomeadamente o aço e motores.

ESTALEIROS ESTÃO REPARAR NAVIO PORTUGUÊS

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SEXTA-FEIRA, 10 DE FEVEREIRO DE 2012

CULTURA

A Fundação Barrié apresenta, pela primeira vez em Espanha, Type in Motion, uma exposição do Museu Für Gestaltung Zürich, que está patente na sede de Vi-go desde o dia 1 de Dezembro e pode ser visitada até ao dia 1 de Abril de 2012. A exposição está Comissariada por André Jansen, conservador do Museu für Ges-taltung Zürich.

Seja no monitor do computa-dor, na televisão ou mesmo em as fachadas de edifícios, a presença do texto em movimento é uma constante. São estes movimentos em torno do motion grafics e a interpretação desse movimento gráfico que pode ser observado nos vários espaços da exposição que podemos percorrer em Vigo.

A era global do mundo digital é uma presença na vida quotidiana, e tem criado situações de grande simbiose entre o grafismo, som e imagem. Hoje em dia vemos mais do que palavras, frases e até textos completos em Movimento sendo eles apresentados em múltiplos suportes. Os designers utilizam todo o seu potencial disponível para usar fontes tipográficas di-nâmicas em uma grande varieda-de de dispositivos. Desta maneira ampliam e modificam as diferen-tes formas que ver e interpretar a realidade global, provocando uma especial atenção para deter-minados pontos de vista, de onde se obtêm uma enorme quantida-de de informações. Influenciados pela banda sonora presente em muitas das obras seleccionadas, o ritmo das composições gráficas é síncrono com a batida provocada pela própria composição musical

TYPE IN MOTION PARA VER NA FUNDAÇÃO BARRIÉ EM VIGO

adjacente. Esta exposição está composta

por quase 120 obras de mais de 80 designers que oferece uma vi-são muito ampla sobre as impor-tantes mudanças da comunicação e os meios usados pelo mundo contemporâneo. Mostrando pela primeira vez as tendências mais importantes nos vários estilos. Através dos videoclips musicais, genéricos de longas-metragens, anúncios de rádio ou de televisão e curtas-metragens ou formas mais espectáveis como postais digitais.

André Jansen, comissário da exposição, explica que “Quando as palavras são apresentadas em forma de imagem, ou vice-versa, quando as imagens são construídas virtualmente com palavras, a narra-tiva envolve-se de uma forma mais complexa, ampliada para incluir uma série de aspectos emocionais. Concretamente, quando a música, da forma mais geral, o som entra a fazer parte do jogo, enriquecendo. O ritmo dos textos em Movimento é frequentemente síncrono com música, apelando duplamente às

sensações visuais e auditivas. Por outro lado, o processo de leitura faz-se de uma forma mais diver-tida quando os textos aparecem diante dos nossos olhos de forma não linear. “

A diferença entre as exposições dedicadas ao Design e a “Type in Motion” consiste que esta última é interactiva baseada em a parti-cipação do público representando uma aproximação ao público mais jovem, que já são os usuários dos formatos digitais, tanto na aborda-gem como nos conteúdos exposi-tivos. Estão ainda previstas várias actividades de serviço educativo destinadas em especial a este gru-po etário.

A Fundación Barrié, fica situ-ada na Rua Policarpo Sanz, nº 31 em Vigo, com parque de estacio-namento literalmente à porta do edifício, podendo ser visitada de Terça a Domingo das 12h às 14h e das 18h às 21h (Hora Europeia). Mais informações em www.funda-cionbarrie.org

Miguel Estima

A Câmara de Cerveira vai avançar com a primeira fase da ecovia “Caminho do Rio”, um percurso de cerca de seis quilómetros, entre Gondarém e Reboreda. O con-curso público já foi lançado e segue-se agora a análise das propostas. Em causa está a valorização da margem ribeirinha do rio Minho, um dos locais com maior riqueza cénica do concelho de Vila Nova de Cerveira. A obra inclui a recuperação e adaptação a antiga casa do guarda-rios, em Gondarém.

O projecto prevê que o percurso total seja dividido em dois troços, sendo um deles de carácter central, com características urbanas. Esta parte corresponde à zona onde a ecovia se en-contra com o tecido urbano da Vila, nomeadamente o Parque do Castelinho, que lhe permite interagir com os equipamentos já existentes, como o próprio Aquamuseu do Rio Minho, os equipamentos lúdicos, o parque infantil e o bar, entre outros. Haverá ainda um troço rural, em que se evidencia a vegeta-ção que acompanha o rio, as actividades agrícolas e a pesca.

Segundo o presidente da Câmara, José Manuel Carpinteira, o propósito essencial desta intervenção é “potenciar a ligação harmoniosa entre a natureza e o turismo, ao mesmo tempo que se valoriza toda uma zona de potencialidades excepcionais e se incentivam modos de vida mais saudáveis, designada-mente com a criação de óptimas condições para a prática de desporto de ar livre”.

A qualidade endógena da paisagem ribeirinha vai, com o “Caminho do Rio” reforçar a atractividade, quer para os Cerveirenses, quer para pessoas de fora em visita ao conce-lho, que disporão assim de áreas de excelência para o lazer e para o desporto.

Para José Manuel Carpinteira, a solução a que se chegou, “compatibilizando o desenvolvimento socioeconómico com a conservação da natureza, será uma mais-valia para o turis-mo concelhio, promovendo-se uma saudável convivência do homem com o património natural, sem agressões”.

Aliás, entre os objectivos principais consagrados no projecto da ecovia, salienta-se, para além da valorização da paisagem e da criação de condições para a sua fruição, o desejo de “proporcionar melhor conhecimento e respeito pela natureza, pela introdução e aprendizagem de regras que ajudem na va-lorização da mesma, fomentando o contacto com a natureza, indispensável para manter a saúde física e psicológica e o sentido de espaço comunitário, motivando as pessoas para a preservação de um espaço que é de todos”.

A futura ecovia, devidamente infra-estruturada, destina-se à circulação a pé ou em bicicleta. Tendo em conta a natu-reza da área a intervencionar, assim como a necessidade de conservação da biodiversidade “pretende-se intervir o menos possível na paisagem. O traçado do percurso e os materiais seleccionados foram definidos com o intuito de interferir o menos possível na paisagem, nos habitats e na dinâmica natural do sistema ribeirinho”, refere-se expressamente no projecto.

José Manuel Carpinteira salienta ainda a importância de se incluir nesta obra a beneficiação da antiga casa do guarda-rios, em Gondarém: “à semelhança do que já fizemos nou-tras situações, com edifícios municipais cuja funcionalidade original se esgotou, vamos ocupar-nos também desta casa, recuperando-a e tornando possível uma nova utilização. Esta antiga casa do guarda-rios, com um único piso, encontra-se presentemente degradada e fechada há alguns anos, o que contribuiu também para o mau estado de conservação em que se encontra. A intervenção prevista vai melhorar toda a en-volvente exterior, redesenhar os compartimentos interiores do edifício, remodelar a instalação sanitária e cozinha, construir novas redes de abastecimento de água, drenagem de esgotos, rede eléctrica e de telecomunicações, tendo havido ainda a preocupação de conseguir um bom desempenho energético.

CÂMARA DE CERVEIRA VAI CONSTRUIR ECOVIA DE SEIS QUILÓMETROS PROMOVENDO O DESENVOLVIMENTO DO TURISMO DE NATUREZA

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SEXTA-FEIRA, 10 DE FEVEREIRO DE 2012

M U N I C I P A LI N F O R M A Ç Ã OA Câmara de Caminha

tem ações em Tribunal, onde está a discutir a dívi-da com a empresa Águas do Minho e Lima. O ob-jetivo dessas ações é zelar pelos interesses dos Ca-minhenses, os quais não devem pagar pela não adesão de uns e pelo in-cumprimento de outros, relativos a contratos as-sinados por anteriores executivos.

É importante lembrar que este é um problema que advém de um contrato desastroso assinado pelo executivo socialista, que antecedeu Júlia Paula Cos-ta, com a referida empresa Águas do Minho e Lima, em 2000. Ainda assim, não tendo o atual executivo a responsabilidade política deste problema, cabe-lhe o dever de o resolver.

No referido contrato, fi-cou acordado que dez mu-nicípios (Arcos de Valde-vez, Caminha, Melgaço, Monção, Paredes de Cou-ra, Ponte da Barca, Ponte de Lima, Valença, Viana do Castelo e Vila Nova de Cerveira) passariam a inte-

grar, num período de 2 anos, o Sistema Multimunicipal de Água e Saneamento do Minho Lima. Contudo, passados os 2 anos só Caminha e Viana do Castelo (em saneamento) es-tavam no dito Sistema, o que implicava que fosse Caminha e Viana a arcar com as despe-sas que supostamente seriam divididas por 10.

Para além disso, este con-trato impunha uma tarifa mui-to mais alta do que aquela que o Município cobrava aos mu-nícipes. Ainda assim, o exe-cutivo de Júlia Paula Costa decidiu não aumentar a tarifa na altura. Mas os municípios limítrofes aumentaram, no-meadamente Viana, que subiu a tarifa.

Este contrato impunha tam-bém valores mínimos de pa-gamento independentemente do Município não gastar os volumes de água respetivos.

O contrato assinado pres-supunha ainda a execução de uma série de obras, as quais não foram executadas pe-la Águas do Minho e Lima dentro dos prazos previstos no acordo.

Por tudo isto, e por acredi-tar que os caminhenses não deviam pagar a fatura de um contrato injusto e mal cumpri-do, o Município de Caminha levou o assunto ao Tribunal.

Contudo, como demonstra-ção de boa fé, o Município continuou a pagar à empresa Águas do Minho e Lima o va-lor que acreditava ser justo. Terminando este processo na Justiça, ou o Município ganha, o que beneficia todos os cami-nhenses; ou o valor da dívida é renegociado com a empresa e as contas se regularizam.

Entretanto, e porque o pro-cesso está em Tribunal, este não deve ser um assunto de arremesso político, sobretudo quando as responsabilidades políticas do contrato não são deste executivo.

Quanto ao aumento de 2010 do custo da água, e ao aumen-to do final de 2011 da tari-fa a pagar pelo saneamento e lixos, queremos informar que se trata de uma medida justificada pela Lei (art.16º da Lei das Finanças Locais, Lei n.º 2/2007 de 15 de janei-ro), que diz que as autarquias não podem cobrar menos do

que aquilo que pagam, pelos serviços que fornecem aos munícipes. Por causa desta Lei e doutras mais recentes, o Município teve de aproximar o valor que paga ao valor que cobra e o resultado foi uma subida considerável.

Relembramos, contudo, que o aumento foi representativo porque o Município não au-mentava as tarifas desde 2004, tendo suportado um deficit avultado ao longo de vários anos, em benefício dos mu-nícipes do concelho.

Mais relembramos que, não obstante estas subidas, as tarifas médias praticadas em Caminha ainda são con-sideravelmente inferiores às tarifas dos Municípios vizi-nhos, nomeadamente Viana do Castelo e Vila Nova de Cerveira.

De referir ainda que o Mu-nicípio criou a “tarifa social”, que pressupõe que sempre que os agregados familiares sejam famílias carenciadas possam requerer o enquadramento e, caso se justifique, pagarão com base no tarifário anterior.

Para concluir, importa es-

clarecer que, se a Câmara tivesse aumentado os pre-ços da água logo em 2000 para adequar as tarifas ao preço pago às Águas do Minho e Lima, os cami-nhenses já teriam pago o valor equivalente à atual dívida à A.M.L..

Para além disso, a au-tarquia já pagou à empresa A.M.L., mais do que aquilo que recebeu dos munícipes ao longo destes anos, estan-do a questionar os restantes montantes que foram fi-xados unilateral e arbitra-riamente, em desrespeito de regras contratualmente definidas, tal como atrás deixamos exposto.

Os resultados compara-tivos demonstram que os custos suportados pela au-tarquia são avultados e que é necessária a contribuição de todos os munícipes para a sustentabilidade do siste-ma. De facto, para garantir a qualidade na prestação destes serviços à popula-ção, não podemos perder de vista o custo real dos serviços, nem a sustenta-bilidade financeira da au-tarquia.

ESTA PÁGINA É DA RESPONSABILIDADE DA CÂMARA DE CAMINHA

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SEXTA-FEIRA, 10 DE FEVEREIRO DE 2012

DISTRITO

A Câmara Municipal de Valença promove a cam-panha Papel por Alimentos que decorrerá em Fevereiro e Março no concelho em as-sociação com o Banco Ali-mentar Contra a Fome . Uma campanha inédita de recolhe de papel para ser trocado por alimentos.

Em Valença os pontos de recolha estão instalados nos edifícios municipais, Juntas de Freguesia, Agrupamento Muralhas do Minho, Centro de Saúde, Instituto de Empre-go e Formação Profissional, Instituto da Segurança Social de Valença, Santa Casa da

VALENÇA RECOLHE PAPEL PARA TROCA POR ALIMENTOS

O presidente da Câmara de Melgaço, Rui Solheiro, es-creveu à ministra da Justiça alertando que pretende usar “todos os meios constitucio-nalmente permitidos” para evi-tar o encerramento do tribunal daquela comarca.

Na carta enviada na passada semana a Paula Teixeira da Cruz, o autarca Rui Solheiro lembra que, “além dos critérios tidos em conta” para encerrar aquele tribunal, esta posição de “repúdio” surge também pelo facto de a Câmara, “co-mo legítima representante da população local”, não ter sido “previamente ouvida” neste processo de Reorganização da Estrutura Judiciária Nacional.

“Implica repercussões so-cioeconómicas graves para o município de Melgaço”, lê-se na carta assinada pelo autarca socialista, a que a Agência Lusa teve acesso.

No distrito de Viana do Castelo, além de Melgaço, em que a transferência do tribunal deverá ocorrer para Monção, a mudança também está prevista em Paredes de Coura, passan-

AUTARCA DE MELGAÇO PROMETE LUTA CONTRA ENCERRAMENTO DO TRIBUNAL

AUTARCA DE CERVEIRA DESTACA A LAMPREIA DO RIO MINHO ENQUANTO BEM

CULTURAL E TURÍSTICO A PRESERVAR

O presidente da Câmara de Vila Nova de Cerveira sublinhou a importância da gastronomia en-quanto bem cultural e potenciador do turismo no Alto Minho, de que a lampreia faz parte, enquanto prato de excelência. José Manuel Carpinteira falava no Aquamuseu do Rio Minho, durante a apresen-tação do evento gastronómico or-ganizado pela Adriminho e pelos seis municípios do Vale do Minho e que se designa precisamente “Lampreia do Rio Minho - Um Prato de Excelência”.

Durante os fins-de-semana de Fevereiro e Março, quase uma centena de restaurantes dos seis municípios vão ter nas su-as ementas a famosa lampreia e obrigatoriamente o arroz de lampreia.

Sendo o ciclóstomo uma forma de atrair visitantes aos diferentes concelhos, José Manuel Carpin-teira dirigiu algumas palavras aos empresários da restauração, incentivando-os a promover uma relação de proximidade com os clientes, não apenas através da qualidade do prato mas igual-mente pelo bom acolhimento.

Também a representante da Adriminho, Ana Paula Xavier, frisou a potencialidade da lam-preia e da gastronomia, destacan-do o empenhamento das câmaras em levar a cabo esta III edição do evento centralizado na lam-preia. A responsável explicou ainda a razão pela qual o Aqua-museu foi o local escolhido para a apresentação. “Esta casa tem tudo a ver com o Rio Minho e a lampreia”, disse, fazendo como que uma introdução à comunica-ção seguinte, a cargo do director do Aquamuseu, Carlos Antunes, que centrou a sua intervenção no projecto CertPiscis, que visa

a criação de uma plataforma de suporte para a certificação de produtos da pesca do Rio Minho. “A marca ‘Rio Minho’ associada a espécies como a lampreia, o sável e o salmão, é reconheci-da a nível ibérico”, disse Carlos Antunes, explicando a seguir as fases do projecto em curso e os benefícios e resultados espera-dos nas diversas áreas, desde a preservação dos recursos bioló-gicos, as medidas de gestão e a diferenciação e sustentabilidade.

“O objectivo do CertPiscis é desenvolver uma base de trabalho com vista à definição e recursos piscícolas do Rio Minho com potencial para serem certificados e qual o melhor método para al-cançar a certificação”.

Houve ainda oportunidade,

durante a sessão, para conhecer a proposta de estatutos da futura Confraria da Lampreia, assunto a cargo de Francisco Sampaio. A última intervenção coube à esti-lista Orquídea Silva, que falou so-bre o traje dos futuros confrades, projecto que está a desenvolver.

A sessão terminou com uma degustação de lampreia, prepa-rada no próprio Aquamuseu por alunos da ETAP e da EPRAMI, orientados pelo chefe João Gu-terres.

A lampreia é também tema de uma exposição no Aquamuseu do Rio Minho, que destaca as suas características biológicas. Ainda no Aquamuseu, no próximo dia 25, haverá o ateliê “Investigar a lampreia”, actividade sujeita a inscrição prévia.

Misericórdia, Cruz Verme-lha Portuguesa, Serviço de Finanças, Tribunal Judicial e Conservatória do Registo Civil, Predial e Comercial. Papel de escritório, jornais, revistas, livros, cadernos e outro tipo de papel, com ex-ceção do cartão, podem ser depositados nos vários pon-tos de recolha.

Cada tonelada de papel recolhido será convertido em 100€ de produtos alimenta-res a serem distribuídos por famílias carenciadas. Esta campanha é desenvolvida em parceria com o Banco Ali-mentar de Viana do Castelo.

do para a comarca vizinha de Vila Nova de Cerveira.

“Não podemos aceitar que a proposta preveja a desloca-ção de milhares de pessoas, dezenas de quilómetros, para terem acesso à Justiça, não equacionando sequer a hipó-tese de a deslocação ser feita pelos magistrados”, acrescenta Rui Solheiro.

O autarca lembra que “a Justiça, tal como a Educação e a Saúde, são direitos inaliená-veis de todos os portugueses, previstos na Constituição da República, independentemente do espaço territorial em que habitual”.

“Melgaço é o concelho mais setentrional do país, distante cerca de 500 quiló-metros de Lisboa, com dois terços da sua população com idade superior a 65 anos, que sofre com as consequências inerentes à sua interioridade. Tem uma casa da Justiça no-va, que presta bons serviços à população”, sublinha, pro-metendo “oposição total” ao encerramento, inclusive pela própria via judicial.

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SEXTA-FEIRA, 10 DE FEVEREIRO DE 2012

O Presidente da Câma-ra Municipal de Viana, José Maria Costa, e os represen-tantes das quarenta freguesias do concelho assinaram ontem os quarenta protocolos de co-laboração com o objectivo de fi nanciar melhoramentos da iniciativa das freguesias. Ao todo, são mais de 1,1 milhões de euros que serão transferidos para a realização de obras de qualifi cação de espaços públi-cos e infra-estruturas.

Os protocolos assinados ontem têm por objectivo pro-mover a gestão e conservação dos espaços públicos da fre-guesia, benefi ciar infra-estru-

CÂMARA DE VIANA TRANSFERE 1.1 MILHÕES DE EUROS PARA AS FREGUESIAS

O Presidente da Câmara Municipal, José Maria Costa, esteve na freguesia de Chafé para visitar as obras de bene-ficiação das infra-estruturas desportivas da Associação Desportiva de Chafé. Na fre-guesia, o autarca visitou ainda as várias obras e analisou os projectos em curso.

Na companhia dos vere-adores Vitor Lemos e Luís Nobre, do executivo da Jun-ta de Freguesia e da direc-ção da associação desporti-va, José Maria Costa visitou as obras de beneficiação em curso nas instalações da As-sociação Desportiva, ruman-do depois para uma visita ao centro cívico e para se inteirar

AUTARCA DE VIANA VISITOU FREGUESIA DE CHAFÉ

DISTRITO

Empresários e políticos de Portugal e Espanha anunciaram, na passada semana, a criação de uma comissão permanente, dos dois países, para defender a al-teração do modelo de cobrança nas antigas SCUT e a isenção do pagamento nas zonas de fronteira. As propostas foram apresentadas e aprovadas por unanimidade, em Vigo, na Galiza, numa reu-nião que juntou empresários do norte ao sul da fronteira entre Portugal e Espanha, além de re-presentantes do governo galego e dos municípios do noroeste pe-ninsular. No final do encontro, José Alvariño realçou que a ideia é passar “uma imagem de união, não só empresarial mas também institucional e política”.

Nesta reunião saiu ainda a pro-posta, a apresentar aos governos dos dois países, da criação de uma zona “transnacional” ao longo de

CRIADA COMISSÃO DE PORTUGUESES E ESPANHÓIS PARA RECLAMAR ALTERAÇÕES À COBRANÇA NAS ANTIGAS SCUT

toda a fronteira, sem qualquer cobrança de portagem. O presi-dente da Associação Empresarial de Viana do Castelo explica que a ideia é “favorecer as zonas de fronteira”, de forma a torná-las isentas de portagens.

Deste encontro ficou ainda o pedido, a apresentar ao primeiro-ministro português e ao líder do governo espanhol, para discussão das consequências da introdução de portagens nas antigas SCUT, além da aplicação de outras me-didas para facilitar o acesso a viaturas de matrícula estrangeira. Desde logo reclamam a adoção de um sistema de vinhetas pré-pagas semelhante a outros países europeus, a aplicação de isenções e descontos para os utilizadores que recorrem às antigas autoes-tradas gratuitas para uso profis-sional, tal como já acontece para os utentes portugueses, além da

“unificação” do sistema de paga-mento eletrónico dos dois países.

Os empresários espanhóis es-timam que passado um ano após a cobrança de portagens nas an-tigas SCUT do Norte a quebra no volume de negócios entre as duas regiões chegue a perto de 30 por cento.

Para António Marques, presi-dente da Associação Industrial do Minho, um dos subscritos desta to-mada de posição, o governo portu-guês deve “perceber rapidamente” o que está em causa, face à “difi -culdade criada aos movimentos pendulares de toda a fronteira”.

O sistema de pagamento virtu-al de portagens nas antigas SCUT portuguesas já foi alvo, em 2010, de uma queixa em Bruxelas por parte dos empresários da Galiza, pelo seu alegado caráter “dis-criminatório” face a utentes es-trangeiros.

A materialização de uma rede viária municipal que permita uma circulação fluida nas 33 fregue-sias do concelho é um objecti-vo que a Câmara Municipal de Monção tem sempre presente e que, mediante a sua capacidade financeira e abertura de linhas de financiamento comunitário, vai sendo progressivamente con-cretizada.

A par de trabalhos pontuais como colocação/reparação de sinalização, reparação de mu-ros, reposição de pavimentos, e limpeza de valetas e aquedutos,

REQUALIFICAÇÃO DA REDE VIÁRIA DE MONÇÃOO município procede à valorização de caminhos e espaços públicos um pouco por todo o concelho. Nos últimos tempos, foi concluído o Caminho do Arnado, na Bela, e adjudicadas cinco empreitadas em freguesias urbanas e rurais.

o município procede à requalifi-cação e valorização de caminhos e espaços públicos um pouco por todo o concelho.

O Caminho do Arnado, na fre-guesia da Bela, obra adjudicada por 15.997,00 €, está concluída, permitindo aos residentes naquela zona usufruir de melhores condi-ções de mobilidade. Entretanto, nos últimos tempos, foram adjudicadas mais cinco empreitadas com o valor global de 422.330,00 €: o Caminho da Granja de Baixo à Granja de Ci-mae o Caminho de Quartas (troço I), em Riba de Mouro.

Em Cortes vai ser requalifica-do o Largo Dr. Alberto Oliveira e Silva e o Caminho de Bairro Alto, S. Brás e Redonda (troços I, II, III). Em Mazedo, está adjudicado o Caminho do Senhor dos Aflitos à Sede da Junta.

Estes investimentos, que arran-cam depois de cumpridas as últi-mas formalidades (consignação da obra, contrato de trabalho...), constam do plano de moderni-zação da rede viária municipal e visam garantir melhores acessi-bilidades à população em todo o território concelhio.

turas e equipamentos na área do centro cívico das freguesias e conservar a sinalização das freguesias. Em contrapartida, a Câmara Municipal transfere os valores, que ascendem aos 1.1 milhões de euros.

Na sua intervenção, José Maria Costa lembrou o es-forço financeiro da autarquia que, desta forma, favorece a coesão entre as quarenta freguesias no concelho, lem-brando que, mesmo com as dificuldades existentes e os constrangimentos orçamen-tais, é fundamental apoiar as freguesias, entidades mais próximas das populações.

do projecto de alargamento e requalificação da Estrada Municipal 544/1, envolvente ao centro de saúde.

O Presidente da Câmara esteve também junto da escola de ensino básico da fregue-sia, onde vão ser efectuados trabalhos de alargamento da Estrada Velha de forma a melhorar a acessibilidade ao equipamento escolar e permi-tir a circulação de transportes públicos para acesso à escola.

Esta visita integra-se no conjunto de visitas que o au-tarca está a fazer às quarenta freguesias do concelho com o intuito de apurar necessi-dades, conhecer projectos e analisar obras em curso

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SEXTA-FEIRA, 10 DE FEVEREIRO DE 2012

ARQUITECTURA RELIGIOSA DO ALTO MINHO II SÉC.XVIII E SÉC XX

POR: LOURENÇO ALVES

HISTÓRIA

Igreja de São Pedro da Torre

Um fenómeno curioso que nunca mais esqueci na minha vida ligou-me desde os tempos do seminário a esta igreja de São Pedro da Torre. Quando me dirigia para Braga, constatava com redobrada surpre-sa que, conforme o comboio avançava na linha, os pináculos da torre da igreja ora se iam revelando em número de quatro, ora se iam desdobrando em oito, até voltarem ao seu estado inicial. Era considerado uma pura ilusão óptica. Só mais tarde me pre-catei de que os pináculos não eram quatro, mas sim oito, e que se reduziam a quatro quando se sobrepunham, com o andar do comboio.

Situada na margem esquerda do Rio Minho, numa planura que confrinta a Norte com as freguesias de Cristelo Covo e Arão, a Sul com as de Silva (Santa Maria) e Vila Meã, a Nascente com a de Cerdal e a poente com o rio Minho, esta freguesia dista uns escassos quilómetros da vila de Valença. Com a abertura da nova ponte sobre o rio Minho, a sua configuração no contexto econômico e social mudará muito. Nesta expectativa, muitos industriais de hotelaria e comerciantes de objectos artesanais já estão a instalar-se ali, em masa, conferindo-lhe um aspecto de progresso notável.

Pólos de desenvolvimento não lhe fal-tam, alem destas pequenas indústrias. Há mais de um século, tem sido aproveitadas, ainda que não intensamente e com a propa-ganda que merecem, as águas medicinais de S. Pedro da Torre, classificadas por J. Augusto Vieira como “sulfurosas frias, de precioso valor terapêutico o tratamento de variadas dermatoses e aplicadas ainda para uso interno em doenças gástricas, pulmona-res ou genito-urinárias, quando sobretudo ligadas à diátese herpética.

A enorme veiga, extremamente fértil, compartilhada com o lugar de Segadães da freguesia de Cristelo Covo, com as obras de emparcelamento ali ultimamente realizadas, é outra esperança para o futuro desta freguesia.

Aliás, a evolução demográfica, indi-ceseguro de progresso de uma localidade, processou-se, tirando algumas variantes de fácil explicação, num sentido ascensional. No numeramento de D. Manuel I, em 1513, S. Pedro da Torre, contava 27 vizinhos, sendo vinte e seis do sexo masculino e só um do sexo feminino; passados dois séculos, o Pe António Carvalho da Costa aponta 102 vizinhos; e meio do século XVIII, o Inquérito Paroquial dá-nos 215; no fim do século, o censo mandado fazer pelo Intendente de D. Maria I, Diogo Inácio de Pina Manique, S. Pedro da Torre regista 224 fogos; inexplicavelmente, Pinho Leal dá-nos, em 1871, um computo de 310 vi-zinhos; passados uns escassos vinte anos,

portanto em 1886, J. Augusto Vieira aponta uma população de 226. Este senso deve ser mais razoável. O censo de 1911 aponta 296 fogos, para uma população de 1153 habitantes; a população de 1970 já ascendia a 1.237 habi-tantes, distribuídos por 350 fogos; finalmente, em 1980, o censo apontava 398 famílias e 472 habitações. A população já ascendia a 1.376 habitantes, sendo 640 homens e 736 mulheres.

Algumas freguesias do concelho de Valença que, em 1513, possuíam maior número de vi-zinhos do que S. Pedro da Torre estão ficando para trás, sobretudo nos últimos decênios, por razões óbvias que já apontamos. O facto de, no último censo, se verificarem 398 famílias e 472 habitações explica-se pelo facto da emigração que se processou a partir dos anos sessenta, como aliás sucedeu com muitas freguesias do Alto Minho, pois não nos parece que, por en-quanto, a freguesia de S. Pedro da Torre seja muito preferida para vilegiatura.

Da antiguidade desta freguesia falam-nos, entre outros, Abel Viana e José Augusto Vieira.

Abel Viana detectou ali vestígios de um castro proto-histórico, Aliás ainda existe o topónimo de Castro, um dos índices mais se-guros que nos leva à suposição da existência desse povoado antigo.

José Augusto Vieira refere duas pontes romanas que faziam parte do traçado da via romana que, de Braga, se dirigia para Tui: uma das águas sulfúreas, e outra na veiga de Mira. Um outro elemento importante para a história antiga desta freguesia, encontrou-o o ilustre monografista valenciano num marco milenário, bastante danificado, que estava a escorar o alpendre de uma casa, junto da igreja paroquial, no qual ainda conseguiu ler as palavras “Constantini Maximi”. Parece que este marco veio do lugar de Chamosinhos, da mesma freguesia.

S. Pedro da Torre entrou na história quan-do D. Teresa doou ou confirmou uma doação antiga feita por Teodomiro, rei dos suevos, de algumas freguesias situadas a sul do rio Minho, a “vila de S. Pedro da Torre” a Santa Maria de Tui e seu bispo D. Alonso, com a condição de que “nenhum homem de qualquer qualidade que fosse pudesse entrar nos seus termos”, rezassem por sua alma e pusessem à disposi-ção dos habitantes desta vila, gratuitamente, a barca (do Bispo), a fim de atravessarem o rio para a outra banda... (Prudêncio de Sandoval).

Nas Inquirições de 1258, os jurados disse-ram que sempre ouviram dizer “que a metade da igreja de S. Pedro da Tore com a metade da vila que a dera D. Teresa, por mercê, à Sé de Tui, que andasse a barca no porto de Tui, e parasse essa mesma barca quantos quisessem passar, sem pagar, por sua alma e de quantos reis viessem depois dela”. As inquirições de-clararam que a vila de S. Pedro da Torre está incluída no couto de Valença, tendo visto alguns habitantes dela a lavrar nas muralhas do seu castelo. Contudo, os direitps do bispo de Tui não foram em nada defraudados, por

D. Sancho I tinha doado a mesma vila de Va-lença a D. Pelaio Carramondo, bispo de Tui, para a povoar. Pelos vistos, ficaram todas as terras do couto de Valença na dependência do bispo de Tui.

Tanto é assim que , na lista das igreas do bispado de Tui no território de Entre Lima e Minho, elaborada em 1258-1259, Contrasta ou Valença, figura entre as pertencentes ao bispado de Tui, como aliás S. Pedro da Torre. A freguesia de S. Pedro da Torre deveria ser, na Idade Media, uma terra bastante pobre, a calcular pela taxa que lhe foi atribuída, em 1320, por D. Dinis. Ficou a pagar 30 libras, abaixo de outras freguesias vizinhas, hoje talvez menos afortunadas, como Vila Meã que pagava 40, Santa Maria da Silva, 50, e S. Julião da Silva, 90.

Apos a anexação dos 150 benefícios ecle-siásticos de Entre Lima e Minho à diocese de Braga, D. Diogode Sousa fez um censual para apurar o rendimento de cada uma. S. Pedro da Torre pagava cerca de 98 rs, ainda num escalão bastante baixo em relação às suas vizinhas.

Entre 1545 e 1549, D. Manuel de Sousa, arcebispo primaz, mandou fazer o arrolamento de todos os benefícios eclesiásticos situados na margem esquerda do rio Minho. S. Pedro da Torre rendia 30 mil reis, um pouco abaixo de Santa Maria da Silva que rendia 40.

O censual de D. Fr. Baltazar Limpo (1551-1581) dá-no-la repartida em duas metades: uma com cura de almas pertencente ao arcebispo “in solidum” e outra com cura, e padroeiros, que eram os marqueses de Vila Real.

S. Pedro da Torre destacou-se também na defesa da fronteira portuguesa nas guerras da restauração, construindo alguns fortes que fo-ram destruídos apos a assinatura da paz com a Espanha, em 1668.

Relata J. Augusto Vieira que, no seu tempo (1886), ainda havia, na Quinta do Forte, vestí-gios importantes dessas construções.

Existe também uma lenda segundo a qual o nome de Rio Tinto, atribuído a um regato afluente do rio, da Veiga, vem-lhe de uma guerra feroz entre galegos e portugueses, na qual estes saíram vitorioso, não sem que o sangue jorrasse de parte a parte até tingir as águas do regato.

Segundo a freguesia de S. Pedro da Torre muito antiga, como já se verificou, ºe natural que, antes desta, tivesse outra ou várias igre-jas que foram dando lugar umas às outras, segundo as exigências do espaço litúrgico, já que a população aumentou constantemente, ou ainda, o que não é raro a nível das aldeias, por mera concorrência da moda. J. Augusto Vieira diz que a anterior igreja paroquial estava situada no lugar de Chamosinhos, um pouco a sul da actual.

Valha a verdade, na igreja actual, poucos vestígios se encontram que vão alem do séc. XIX. As dependências que hoje servem de salas de catequese e que outrora foram capelas

laterais, dão-nos alguns indícios de serem mais antigas, não só pelo aspecto arqui-tectónico, mas também por alguns efeitos decorativos. De resto, não se vê mais nada.

A igreja actual foi edificada na segunda metade do séc. XIX, conforme uma data de 1865, colocada numa carrela sobre a porta principal. No entanto, a sua estrutura arqui-tectónica, sobretudo a da porta principal, dá-nos testemunho de um barroco tardio, o que aliás aconteceu em quase todas as igrejas daquela época, situadas na área do Alto Minho, em que um neoclássico muito simples ombreou com um barroso serôdio.

A igreja apresenta uma planta formada por dois rectângulos - nave e capela-mor - unidos no ponto de intersecção por um arco cruzeiro de meia volta apoiado em pe´s direitos. Do lado Norte da capela-mor, tem a sacristia do pároco e, do lado sul, duas salas para apoio à pastora da paróquia.

No exterior da igreja, destaca-se uma fachada, bastante imponente, em que so-bressai uma porta rectangular com o dintel levemente encurvado, sobrepujado por um entabelamento barroco, suportado por duas pilastras esquemáticas que pendem dos la-dos da porta. O remate é formado por um frontão interrompido, para guardar uma cartela que exibe a data de 1865. A meio da frontaria, rasga-se um janelao com re-mate em frontão triangular. No remate, em forma de cortina fragmentada, destacam-se as armas de S. Pedro e no vértice estadeia-se uma cruz simples apoiada numa base setecentista, que se repete nas empenas do arco cruzeiro e da cabeceira, o que aliás sucede às taças com fogaréus em todos os cantos do templo. Esta fachada, recoberta de azulejo, ostenta, de cada lado da porta, um painel com as imagens de S. Pedro e de Nossa Senhora do Sameiro. Do lado sul da nave, existe uma capela lateral, com frontão triangular, tendo no vértice uma cruz simples sobre base setecentista e, nos cantos, pirâmides. Deve ser o elemento mais antigo da igreja. Do lado norte da fachada, vê-se uma torre bastante elegante, formada por dois andares. No segundo, estão quatro sineiras, rodeadas de uma balaustrada de pedra bem talhada, terminando por uma cúpula bolbosa, à volta da qual se divisam quatro pares de pináculos de boa lavra gra-nítica. As cornijas são ressaltadas.

Na capela-mor, ergue~se um retábulo neoclássico simples,com alguns laivos de barroco final e cinco degraus cúbicos na tribuna. Na nave, nos topos junto do arco cruzeiro, estão dois altares, também neo-clássicos simples; e a meio da nave, há, do lado sul, um altar dedicado às benditas al-mas, estilo rocalha, simples, com um painel das almas, pintado sobre placado, e do lado norte, outro altar dedicado à Senhora das Dores, neoclássico, simples, com alguns ornatos do barroco final.

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SEXTA-FEIRA, 10 DE FEVEREIRO DE 2012

DESPORTO

Decorreu nos passados dias 21 e 22 de Janeiro nas piscinas municipais de Barcelos, o Tor-neio 4 Estilos, prova do calen-dário regional da ANMinho.

Nesta competição participa-ram 98 nadadores em represen-tação de 6 clubes minhotos.

O Viana Natação Clube par-ticipou com 18 nadadores de ambos os sexos, nos escalões seniores, juniores e juvenis.

Das dezoito provas do ca-lendário, o Viana Natação Clu-be arrecadou 6 pódios, pelas braçadas dos nadadores Tomás Vale, 3º classificado no escalão juvenil B, Miguel Santos, 1º classificado, António Vitorino, 2º Classificado, ambos nadado-res juvenis A.

No sector feminino, as nada-doras Vânia Neves, 1ª classifi-cada e Ana Teixeira, 2ª classi-

VNC CONQUISTA SEIS PÓDIOS NO TORNEIO 4 ESTILOS

Com nove clubes e 11 equi-pas em competição na primeira jornada do Torneio Primave-ra rugby Sub14 em seven’s, o RAV- Râguebi deViana ganhou invicto, tendo jogado com a Companhia Rugby do Porto, CDUP do Porto, GRUFC de Guimarães e Agrária de Coim-bra respectivamente, tendo ga-nho a esta ultima na final, no campo sintético de Campanhã no Porto, no passado sábado 28 de janeiro.

Torneio menos participado pela ausência da AAC, Moita de Anadia e Bairrada mas sempre com o mesmo bom ambiente de camaradagem e fair-play entre

clubes, atletas, treinadores, di-rigentes e publico.

Nota de reconhecimento á ARN, organizadora desta jor-nada e aos árbitros envolvidos que, com competência, apitam muitos jogos seguidos durante três a quatro horas de torneio.

Outra nota, esta de ressalva, ao Pedro Terleira, atleta Sub16 do RAV- Râguebi deViana que com apenas quatorze anos, foi um desses árbitros e tem sido requesitado para apitar os tor-neios Sub8/ 10/ 12 e 14 pela ARN e CRRC.

Os jogos do RAV- Râguebi deViana, poderão ser visuali-zados no Youtube.

A Câmara Municipal de Va-lença e a Federação Portugue-sa de Voleibol vão celebrar um protocolo para a dinamização do voleibol no concelho, no âmbito das atividades extra-curriculares, das escolas básicas, através da criação do Centro Gira-Volei de Valença.

O Gira-Volei vai proporcionar, aos jovens alunos do ensino bási-co, a iniciação à modalidade do voleibol, no âmbito do desporto escolar, desenvolvido nas esco-las básicas.

Ao longo do ano escolar estão programados torneios inter-esco-las e concelhios e a participação nos encontros nacionais, promo-vidos pela Federação Portuguesa de Voleibol.

No âmbito deste protocolo a Federação Portuguesa de Volei-bol vai disponibilizar bolas de

VALENÇA CRIA CENTRO “GIRA-VOLEI”voleibol, kits para voleibol ao ar livre e outro material de apoio.

O Voleibol possui ingredientes enriquecedores do vocabulário motor da criança constituindo um

meio formativo por excelência. O Gira-Volei pretende fazer uma abordagem do jogo divertida e promover o papel pedagógico da sua prática.

RAGUEBI DE VIANA VENCE 1º JORNADA SEVENʼS SUB 14 NO PORTO

ficada, foram as vencedoras do escalão sénior, enquanto Luana Alves conquistou o 2º lugar no escalão júnior.

Referencia, também para os nadadores André Vale e Maria-na Rocha que alcançaram a 4ª posição nos escalões júnior e juvenil, respectivamente.

Os restantes nadadores da equipa do VNC estabeleceram vários recordes pessoais, que lhes permitiu classificações a meio da tabela classificativa nos respec-tivos escalões e contribuiu para uma percentagem de progressão muito positiva da equipa.

Após esta competição regis-tamos indicadores muito satis-fatórios da evolução dos nada-dores do VNC para as próximas competições com a obtenção de mínimos de participação para competições de nível nacional.

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SEXTA-FEIRA, 10 DE FEVEREIRO DE 2012

SAÚDE

No âmbito do 6º Congresso da Sociedade Portuguesa de Hiper-tensão, especialistas nacionais e internacionais debatem os avan-ços no diagnóstico e tratamento da hipertensão arterial (HTA) resistente, isto é, pacientes que apesar do tratamento com três ou mais medicamentos anti-hiper-tensivos continuam com níveis elevados de pressão arterial.

Este tema terá especial desta-que no dia 11 de Fevereiro, pelas 11 horas, no Tivoli Marina, em Vilamoura, com a realização de uma mesa redonda sobre os úl-timos avanços nesta área.

De acordo com Fernando Pinto, Presidente-Eleito da So-ciedade Portuguesa de Hiperten-são e Presidente da Comissão Organizadora do Congresso, “a hipertensão resistente ao tra-tamento é uma doença crónica especialmente perigosa devido à sua associação com um au-mento do risco cardiovascular, incluindo AVC e enfarte, assim

ESPECIALISTAS DEBATEM TRATAMENTO INOVADOR PARA HIPERTENSÃO ARTERIAL RESISTENTEEm Portugal, quase metade da população tem hipertensão, sendo que em apenas 11 por cento destes a doença está controlada. O 6º Congresso de Hipertensão dá destaque a este problema de saúde pública

A Sociedade Portuguesa de Nefrologia assinalou, no passado dia 8 de Março, o Dia Mundial do Rim, este ano subordinado ao tema “Doar - Rins para a Vida - Receber”, destacando os resul-tados positivos do transplante renal e o facto de a doação poder salvar vidas.

Um dos objectivos principais da campanha deste ano visa pro-mover a resolução de atitudes mais saudáveis, nomeadamente através da redução da ingestão de sal, fazendo uma alimentação mais equilibrada com uma maior ingestão de água por dia, atingin-do um peso saudável e praticando 30 minutos de exercício físico diariamente.

Nesse sentido, a Sociedade Portuguesa de Nefrologia pro-move diversas iniciativas de sensibilização por todo o país, de modo a alertar a população para o problema da doença renal crónica e os benefícios que o transplante renal poderá trazer aos doentes.

“DOAR - RINS A VIDA - RECEBER”

Nariz entupido e corrimen-to nasal são sintomas típicos da sinusite. Se não melhorar com analgésicos e soro fisiológico ao fim de 10 dias, consulte o medico.

A sinusite é uma inflamação da mucosa do nariz e dos seios peri-nasais, quase sempre causada por infecção respiratória de origem vi-ral, como uma constipação, ou por deformação nas passagens aéreas. Estas situações podem causar obs-trução dos seios perinasais, o que torna o muco mais espesso e difi-culta a sua passagem para as fossas nasais. O congestionamento cria um ambiente propício para o desenvol-vimento de infecções.

A pressão do muco nas estruturas ósseas pode causar dor facial. Se as queixas desaparecem totalmente ao fim de 12 semanas, considera-se que a sinusite é aguda. Caso contrario, é crônica. Se surgirem complicações, vá ao medico.

Constipações, alergias e fungos

- Embora os vírus e, mais rara-mente, as bactérias sejam as causas diresctas da sinusite, outros factores contribuem ara a inflamação. É o caso das alergias, da poluição e de outras substâncias irritantes, como o fumo do tabaco e o pó. Segundo a Academia Européia de Alergia e Imunologia Clínica, a situação de sinusite e a renite alérgica coexistem com frequeência.

- Os fungos podem originar si-nusite em pessoas com o sistema umunitário fragilizado.

- Nalgumas pessoas, as crises são desencadeadas por viagens de avião ou pela pratica de atividades físicas, como escalada e mergulho.

- As deformações nasais, como um septo torto, ou a presença de pólipos (pequenos tumores benig-nos) no nariz estão muitas vezes na origem da sinusite.

- A persistência da inflamação pode ter consequências graves em 2% dos doentes, devido à proximi-dade entre os seios perinasais e os olhos e o cérebro. Se surgir uma infecção que alastra para a zona

SINUSITE: SINAL DE PERIGO NO TRÂNSITO NASAL

dos olhos, há mesmo o risco de ce-gueira. Estima-se que 75% das in-feções nas óbitas oculares resultem de uma complicação da sinusite. A infecção dos seios perinasais pode também atingir o cérebro, com risco de neningite.

Sintomas ditam diagnóstico

- A sinusite é diagnosticada na presença de congestão ou secreções nasais que escorrem para a garganta e, pelo menos, mais um dos seguin-tes sintomas: dor facial, nos dentes ou perda de olfato.

- É provável que o medico peça alguns exames para determinar a causa do problema. As radiografias e análises ao sangue e às secreções tem-se revelado inúteis, por serem exames pouco específicos que dão origem a muitos falsos resultados. As análises poderão revelar vírus ou bactérias. Mas por não detetarem outros problemas, como pólipos oi deformações no nariz, um resultado negativo é inconclusivo.

- Por esse motivo, a endoscopia nasal é o exame mais usado, apos análise dos sintomas. Com uma microcâmara e um tubo flexível introduzido no nariz, o otorrinola-ringologista verifica se há pólipos, descargas mucopurulentas ou defor-mações do septo nasal, por exemplo.

- Por vezes, é sugerida uma tomo-grafia axial computorizada (TAC) dos seios perinasais, para avaliar a extensão do problema ou confirmar os resultados da endoscopia.

- A ressonância magnética apenas é indicada para investigar causas mais graves, como tumores malig-nos.

Analgésicos contra sinusite aguda

- O tratamento depende do tipo de sinusite do doente. Se for aguda, na maioria dos casos, a doença resolve-se espontaneamente ao fim de uma ou duas semanas.Tome analgésicos, como paracetamol e ibuprofeno, pa-ra aliviar eventuais dores ou febres.

- O soro fisiológico ou a água do mar esterilizada ajudam a descon-

gestionar o nariz- Segundo um estudo publicado

na revista British Medical Journal, os anti-histamínicos, os esteroides nasais e os descongestionantes, as-sim como os duches nasais, não deram provas suficientes de eficácia no tratamento da sinusite aguda. Os corticoesteroides orais podem ser eficazes, mas não são recomendados devido ao seus efeitos secundários.

- Outros estudos corroboram es-

como insuficiência cardíaca e doenças renais”.

Ainda de acordo com o espe-cialista, “as investigações sugerem que cerca de 28 por cento dos in-divíduos hipertensos tratados são considerados resistentes ao trata-mento i. É também de salientar que estes pacientes têm o triplo de probabilidade de sofrer de doenças cardiovasculares, quando compa-rados com indivíduos com pressão arterial controlada ii, daí o desta-que que quisemos dar a este tema na reunião anual da sociedade”.

A mesa redonda vai contar com a intervenção de Michel Azi-zi, especialista francês, que vai apresentar as novas abordagens terapêuticas para a hipertensão resistente, nomeadamente a téc-nica de desnervação da artéria re-nal lançada há menos de um ano em Portugal; e com José Alberto Silva, especialista português, que explicará como se faz o diagnós-tico e seguimento das pessoas com esta doença.

Na fase mais avançada da evo-lução da doença renal crónica, ou estádio 5, surge o esgotamento total das funções renais, que terão de passar a ser substituídas pela diálise ou por um transplante. A pessoa transplantada não deixa de ser um doente renal, necessi-tando de efectuar sempre medi-cação com a finalidade de evitar a rejeição do rim transplantado.

Em Portugal, estima-se que cerca de 800 mil pessoas deverão sofrer de doença renal crónica. A progressão da doença é mui-tas vezes silenciosa, o que leva o doente a recorrer ao médico tardiamente, já sem qualquer possibilidade de recuperação.

Todos os anos surgem mais de dois mil novos casos de doentes em falência renal. Em Portugal existem actualmente cerca de 16 mil doentes em tratamento subs-titutivo da função renal (cerca de 2/3 em diálise e 1/3 já transplan-tados), e cerca dois mil aguardam em lista de espera a possibilidade de um transplante renal.

tas conclusões, exceto no que res-peita aos anti-histamínicos e aos descongestionantes nasais. Estes poderão ser úteis se a congestão for problemática, mas não devem ser usados por mais de uma se-mana, sob pena de agravarem os sintomas assim que o tratamento for interrompido.

- Os anti-histamínicos também são eficazes, mas só em casos de alergia associada.

- Se, ao fim de 10 dias, os sinto-mas persistirem ou piorarem, deve voltar ao médico para reavaliar a situação. É possível que a infeção seja de origem bacteriana. Nestes casos, e apenas se houver risco de complicações, é indicado um antibi-ótico. Estima-se que apenas 2% das infeções sejam de origem bacteria-na. Estudos internacionais apontam por um excesso de prescrição de antibióticos para a sinusite. O uso desnecessário aumenta o risco de resistências bacterianas.

- Na sinusite aguda, se o pacien-te não melhorar com o tratamento farmacológico e surgirem compli-cações, como perturbação da visão, pode ser necessária uma cirurgia endoscópica para limpar os seios perinasais. Esta é realizada em bloco operatório, sob anestesia. Nalguns casos, recorre-se à cirurgia clássica, com uma pequena inclusão na face.

Combater a sinusite crónica

- Quando um paciente apresenta sintomas durante mais de três meses consecutivos, a sinusite é considera-da crônica. Deve consultar um mé-dico ou um otorrinolaringologista.

- Além de paracetamol e ibupro-feno, para aliviar as dores e eventual febre, e soro fisiológico para des-congestionar o nariz, aconselha-se corticoides em spray para tratar a sinusite crónica. Estes ajudam a reduzir a inflamação da mucosa e a desentupir o nariz.

- Em caso de alergias ou se o paciente não melhorar com o tra-tamento, o medico poderá receitar corticoides por via oral. Estes não são indicados para diabéticos ou doentes com úlceras no estômago.

Além disso, podem causar efeitos secundários, como nervosismo, pro-blemas digestivos, urticária e visão turva, entre outros.

- Se a terapia falhar ou se houver risco de complicações, o antibiótico e uma alternativa a ponderar.

- Quando a terapia com medica-mento falha ou surgem complica-ções, a cirurgia pode ser a solução apontada pelo otorrinolaringologista se a inflamação crônica se dever a

um desvio do septo nasal ou á presença de pólipos. Contudo, não existe evidência de que seja mais eficaz do que o tratamento farmacológico. Mais estudos são necessários.

- Perante perturbações da vi-são, confusão mental e inchaço dos olhos ou da face, rigidez de nuca ou falta de ar, dirija-se se imediato aos serviços de urgência.

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SEXTA-FEIRA, 10 DE FEVEREIRO DE 2012

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GEOMETRIA DESCRITIVA

* EXPLICAÇÕES

*PREPARAÇÃO PARA EXAME NACIONAL

TEL: 93 43 55 943

CLASSIFICADOS

Publicado no Jornal “O Caminhense” de 10 de Fevereiro de 2012

CARTÓRIO NOTARIAL DE VILA NOVA DE CERVEIRA

EXTRACTO

Certifico, para efeitos de publicação que, por escritura de oito de Novembro de dois mil e onze, lavrada de fls. 6 a fls. 7 verso, do Livro de Notas para Escrituras Diversas número Oitenta e Oito-E, deste Cartório, José Maria da Silva Afonso, titular do N.I.C. 08107681, válido até 27.01.2014, casado, natural da freguesia de Vila Praia de Ancora, concelho de Caminha, onde reside, no lugar de Vilarinho, que outorga na qualidade de procurador, em representação de:

Manuel Elias da Silva Afonso, N.I.F. 133 164 730 e mulher, Maria Lopez Gallardo, que também usa o nome Maria Lopez Gallardo Afonso, N.I.F. 201 382 539, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, naturais, ele da referida freguesia de Vila Praia de Ancora, ela Espanha, residentes habitualmente em Carrer Ensucarana - Casa Jaumet - Edif.Martell, AD 700 Escaldes-Engordany, Principado de Andorra e, quando em Portugal, no lugar de Viso, da referida

freguesia de Vila Praia de Ancora, declarou que os seus representados são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, do seguinte bem imóvel:

Prédio rústico, composto por terreno de lavradio, com a área de quinhentos e setenta e cinco metros quadrados, sito no lugar do Viso, freguesia de Vila Praia de Âncora, concelho de Caminha, a confrontar do norte com Arminda Forte, do sul caminho público e herdeiros de Manuel Afon-so Samico, do nascente com herdeiros de Manuel Afonso Samico e do poente com herdeiros de

Justa Pereira, OMISSO na Conservatória do Registo Predial de Caminha, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 3574, com o valor patrimonial tributário de 500,00€, a que atribui igual valor.

Que os seus representados entraram na posse do indicado imóvel no ano de mil novecentos e noventa, por lhes ter sido doado por Josefina Esteves Conde e marido, Ricardo José da Silva, avós maternos do representado do primeiro outorgante, residentes que foram no lugar de Viso, da aludida freguesia de Vila Praia de Âncora, doação essa que não chegou a ser formalizada, pelo que há mais de vinte anos que os seus representados o possuem, sem interrupção, nem ocultação de quem quer que seja.

Que a posse dos seus representados tem sido mantida e exercida em nome próprio, de boa-fé, ininterrupta e ostensivamente, com o conhecimento da generalidade das pessoas e sem oposição nem violência de quem quer que seja, gozando de todas as utilidades por ele proporcionadas, cultivando-o, regando-o, procedendo à sua limpeza e aproveitando as suas utilidades, pagando as contribuições e impostos que sobre o citado prédio incidem agindo, assim, quer quanto aos encargos, quer quanto à fruição por forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, ao praticarem os diversos actos de uso, fruição, posse e

defesa da propriedade, na convicção de que não lesam, nem nunca lesaram quaisquer direitos de outrem.

Que, assim, tem a posse dos seus representados sobre o indicado prédiovindo a ser contínua, pública e pacífica, factos que integram a figura jurídica deusucapião que, em nome deles, invoca.Que, nestes termos, os seus representados adquiriram o mencionado prédiopor usucapião, não tendo dado o modo de aquisição, título que lhes permita fazerprova do seu direito de propriedade perfeita.

ESTÁ CONFORME E CONFERE COM O ORIGINAL NA PARTE TRANSCRITA.

Cartório Notarial, oito de Novembro de dois mil e onze.

A Notária,Assinatura Ilegível

EDITAL

Assembleia-geral Ordinária

Na qualidade de Presidente do Conselho Geral da - A Selva dos Animais Domésticos, informo aos sócios(as) desta instituição que estão convocados(as) para participar na sessão da Assembleia-geral Ordinária, que se realiza pelas 21 horas do dia 17 de Fevereiro de 2012, no auditório do Centro de Acolhimento Canil/Gatil de Caminha, em Vilarelho, com a seguinte ordem de rabalhos:

1 - Período Antes da Ordem do dia

2 - Análise e aprovação do Relatório de Actividades e Con-ta de Gerência (Prestação de Contas) de 2011.

3 - Análise e aprovação do Plano de Actividades e Orçamento para 2012

4 - Informações gerais do Presidente da Direcção.

Caminha, 02/02/2012

O Presidente do Conselho GeralDr. Joaquim Silva Lourenro

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SEXTA-FEIRA, 10 DE FEVEREIRO DE 2012

Propriedade:Herdeiros de AntónioJosé Guerreiro Cepa

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Sub-Director:Cristiano Guerreiro Cepa

Chefe de Redacção:Cidália Cacais AldeiaCorpo Redactorial:

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Imprensa: nº 201448Depósito Legal nº 84483/94

Tiragem desta edição:4.100 exemplares

Número de Contribuinte:900777117

Nº Registo ERC: 101449Periodicidade:

Semanal (Sexta-Feira)Endereços Electrónicos:[email protected]

FICHA TÉCNICA

CENTRO HOSPITALARDO ALTO MINHOVIANA DO CASTELOTelf. 258 802 100CENTRO DE SAÚDE DE CAMINHARua Eng.º Agostinho Perreira de CastroTelf. 258 719 300VILA PRAIA DE ÂNCORAAv. Pontault CombaultTelf. 258 911 318

CAMINHARua das FloresTelf. 258 719 500(1)VILA PRAIA DE ÂNCORARua 5 de OutubroTelf. 258 911 125

Telf. geral: 258 719 070PIQUETE DA PM: 258 719 079

CAMINHA FARMÁCIA TORRESPRAÇA CONSELHEIROSILVA TORRESTelf. 258 922 104FARMÁCIA BEIRÃO RENDEIRORUA DA CORREDOURATelf. 258 722 181CAMINHA

De 3ª Feira a 6ª Feira10:00h às 19:30h/14:30h às 18:00hSÁBADO E DOMINGO11:00h às 13:00h/14H às 17:30h

Rua Direita2ª a 6ª - 10:00h às 18:30hSÁBADO -10:00h às 13:00h

HOSPITAISCENTROS DE SAÚDEENFERMAGEM

BOMBEIROS

GNR

CAMINHAR. da TrincheiraTelf. 258 719 030VILA PRAIA DE ÂNCORARua Miguel BombardaTelf. 258 959 260

CAPITANIA DO PORTO DE CAMINHA

FARMÁCIAS

MUSEUCAMINHA

BIBLIOTECACAMINHA

Largo do TerreiroTELEFONE 258 921 401VILA PRAIA DE ÂNCORAPraça da RepúblicaTELEFONE 258 911 295VENADETELM. 965 643 481

POSTOS DE TURISMOCAMINHA

De 2ª feira a 6ª Feira10:00h às 12:30h13:30h às 18:30hSÁBADO11:00h às 13:00h

CAMINHALargo Pontault CombaultSEMANAL 4ª FEIRAVILA PRAIA DE ÂNCORALargo do MercadoSEMANAL 5ª FEIRA

LARGO. Dr. B. COELHO ROCHATELFEFONE 258 921 413

CÂMARA MUNICIPALDE CAMINHA

TELEFONE: 258 710 300

TAXISCAMINHA

RESIDÊNCIA PAROQUIAL

FEIRAS EMERCADOS

Rua DireitaTELEFONE 258 921 952MOLEDOAv. da Praia (em época balnear)VILA PRAIA DE ÂNCORAAv. Ramos PereiraTELEFONE 258 911 384

CENTRO CULTURALVILA PRAIA DE ÂNCORA

t

f c

CLASSIFICADOS

Juíz ConselheiroJorge Celestino da Guerra Pires

AGRADECIMENTO

A família, não tendo oportunidade de o fazer pessoalmente, como seria seu desejo, vem dolorosamente participar o falecimento do seu ente querido no dia 19 de Janeiro de 2012 a todas as pessoas das suas relações e amizade..

A Família

2ª Publicação no Jornal “O Caminhense” de 10 de Fevereiro de 2012Tribunal Judicial de Caminha

Secção Única

ANÚNCIO

Processo: 82/09.0TBCMN-AIncumprimento das Responsabilidades ParentaisRequerente: O Ministério Publico e outro(s)...

Requerido: Carlos Manuel Amaro Moura e outro(s)...

Nos autos acima identificados, correm éditos de 30 dias, contando da data da segunda e última publicação do anuncio, notificando Requerido: Carlos Manuel Amaro Moura, BI - 10845952, domicílio: Paseo Llorenc Serra Nº 9 Atico 2, 08922 Santa Coloma de Gramanet - Barcelona, Espanha, com última residência conhe-cida na(s) morada(s) indicada(s) para comparecer pessoalmente neste tribunal. No dia 02-03-2012, às 10:00 Horas, a fim de intervir na conferência de pais, a que se refere o artº 181 nº2 da O.T.M., ficando advertido(a) de que a sua com-parência pessoal é obrigatória, só podendo fazer-se representar por mandatário judicial, ascendentes ou irmãos com poderes especiais para intervir no acto, se impossibilitado de comparecer ou residir fora da área da comarca.

O duplicado da petição inicial encontra-se nesta Secretaria, à disposição do citando.Fica advertido(a) de que não é obrigatória a constituição de mandatário judi-

cial, salvo na fase de recurso.Passei o presente e mais um de igual teor para serem afixados.

Caminha, 24-01-2012N/Referencia: 1016336

O Juiz de Direito,Drª Célia Margarida Ferreira Lopes

O Oficial de Justiça,José Arlindo

NA BOLA DA JUSTIÇA

Quem é o Bentes? A pergunta, diziam-me, era feita, no início dos anos 50, por um jovem universitário, oriundo de Caminha, na altura a frequentar Direito na Universidade de Coimbra. Quem era o Bentes?

Um magnífico jogador da Académica, quiçà o melhor de todo o seu historial, que inclusive chegou a jogar na Selecção Nacional.

E quem perguntava mesmo quem é o Ben-tes? Jorge Guerra Pires, contemporâneo do meu pai, do meu

tio, de Francisco Salgado Zenha, de Agostin-ho Neto. Amigo íntimo da família, desde cedo, habituei-me a tratar apenas por Jorge aquele que mais tarde viria a ser juiz conselheiro, até jubilado.

O Jorge perguntava, adolescente, quem é o Bentes? Não ia, nunca foi, somente por mera e pouco vulgar curiosidade intelectual ou social, à bola da bola. A bola não o fascinava, tinha outras prioridades, outras dilecções. Personali-dade portadora de uma cultura invulgar, cidadão e profissional moralmente impoluto,

o magistrado Jorge Guerra Pires teve grande influência, desde cedo, na formatação da minha personalida- de e da minha visão sobre o mundo, as suas virtudes e as suas chagas.

Quem é o Bentes? O Jorge não sabia, no começo do seu curso universitário, aquilo que todos sabiam.

Não sabia? Talvez dissesse que não sabia apenas para empurrar as tertúlias académicas na direcção de causas, de princípios, de valores.

O Jorge morreu. Quem é o Bentes? Nunca fez questão de mo explicar. Já não vai a tempo. Também não era preciso, eu não tinha necessi-dade, porque já sabia e escusava de questionar quem é o Bentes?

Mas explicou com mestria, com sapiência, que não há um só homem bom que deixe de equipar, a tempo

inteiro, no jogo da vida, com o traje da hu-mildade, do carácter, da justiça.

22/ 01 / 2012João Malheiro

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SEXTA-FEIRA, 10 DE FEVEREIRO DE 2012

NECROLOGIA

Alice dos Anjos Lorenço PantaleãoFaleceu com 79 anos

Sepultada em Lanhelas

AGRADECIMENTO

A família, muito sensibilizada, vêm por este ÚNICO MEIO, agradecer a todas as pessoas as muitas provas de amizade que lhe foram dadas por ocasião do funeral do seu ente querido, bem como a todas aquelas que, de qualquer outra forma, lhe tenham manifestado o seu sentimento de pesar por tão infausto acontecimento.

A FamíliaAgência Funerária Caminhense, Ldª

Olímpia Rosa Ranhada Gonçalves Cerquido

Faleceu com 81 anosSepultada em Lanhelas

AGRADECIMENTO

A família, muito sensibilizada, vêm por este ÚNICO MEIO, agradecer a todas as pessoas as muitas provas de amizade que lhe foram dadas por ocasião do funeral do seu ente querido, bem como a todas aquelas que, de qualquer outra forma, lhe tenham manifestado o seu sentimento de pesar por tão infausto acontecimento.

A FamíliaAgência Funerária Caminhense, Ldª

Olívia das Dores Aragão FerreiraFaleceu com 90 anos

Sepultada em Caminha

AGRADECIMENTO

A família, muito sensibilizada, vêm por este ÚNICO MEIO, agradecer a todas as pessoas as muitas provas de amizade que lhe foram dadas por ocasião do funeral do seu ente querido, bem como a todas aquelas que, de qualquer outra forma, lhe tenham manifestado o seu sentimento de pesar por tão infausto acontecimento.

A FamíliaAgência Funerária Caminhense, Ldª

Cândida de Jesus GeraldesFaleceu com 84 anos

Sepultada em Lanhelas

AGRADECIMENTO

A família, muito sensibilizada, vêm por este ÚNICO MEIO, agradecer a todas as pessoas as muitas provas de amizade que lhe foram dadas por ocasião do funeral do seu ente querido, bem como a todas aquelas que, de qualquer outra forma, lhe tenham manifestado o seu sentimento de pesar por tão infausto acontecimento.

A FamíliaAgência Funerária Caminhense, Ldª

Armanda de Jesus GuerraFaleceu com 84 anosSepultada em Seixas

AGRADECIMENTO

A família, muito sensibilizada, vêm por este ÚNICO MEIO, agradecer a todas as pessoas as muitas provas de amizade que lhe foram dadas por ocasião do funeral do seu ente querido, bem como a todas aquelas que, de qualquer outra forma, lhe tenham manifestado o seu sentimento de pesar por tão in-fausto acontecimento.

Agradece ainda a todas as pessoas que assistiram à missa de sétimo dia.

A Família

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