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PREFÁCIO

Precisar quando a ideia de

“administrar” começou a ser

analisada de forma sistematizada é

uma tarefa um tanto delicada. Ainda

na Grécia Antiga, o tema permeou o

pensamento de inúmeros filósofos,

que influenciaram o trabalho de uma

infinidade de outros pensadores

ao longo dos séculos seguintes.

Esses, por sua vez, ajudaram a

conceber diferentes ideias de

organização, teorizaram sistemas

políticos e econômicos, formularam

metodologias e pavimentaram o

caminho da história até o ponto onde

nos encontramos hoje.

Foi somente na segunda metade

do século XIX, no entanto, que a

organização capitalista começou

a ganhar espaço no pensamento

acadêmico, com as teorias

burocráticas de Max Weber, que

evoluíram com Fayol e atingiram seu

grande ponto de virada com Peter

Drucker. E aqui chegamos ao que

interessa neste ebook.

Ao longo do século XX, uma simbiose

rara entre o mercado e a academia

elevou o pensamento organizacional

ao nível de ciência. Nasceram

dezenas de teorias, sustentadas em

experiências práticas, sistematizadas

dentro dos muros das universidades

e levadas de volta para validação e

aperfeiçoamento nas empresas. Foi

daí que surgiram pensadores como

Henry Mintzberg, Michael Porter,

Jim Collins, Tom Peters, Thomas

Davenport e vários outros, bem

como as inúmeras siglas de matrizes

e sistemas, tais quais BCG, SWOT e

demais. E tudo isso só foi possível

porque ele, Peter Drucker, fincou as

raízes.

Reconhecido como Pai da

Administração Moderna, ele olhou

para dentro das organizações

enquanto o mundo só se preocupava

com o que acontecia fora. Foi em

grande parte graças a isso que, das

cinzas das grandes guerras, surgiu

um mundo capaz de se reinventar e

evoluir.

Peter Drucker está em tudo que se

estudou, se estuda e se estudará

sobre liderar pessoas e administrar

negócios. Por isso consideramos

essencial que todo administrador,

todo líder, todo profissional que

busca alta performance entenda

quem é, o que fez e como reverbera

essa figura essencial para o mundo

que construímos até aqui e para o

que construiremos amanhã.

PREFÁCIO

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Neste ebook, reunimos artigos

criteriosamente selecionados

pela equipe de curadoria do

Administradores.com sobre o

pensamento e a obra de Drucker, com

foco em liderança e administração.

Dentre os autores selecionados, vale

aqui um destaque, sem demérito

aos demais colaboradores, a Bruce

Rosenstein, colunista do nosso portal

e um dos mais renomados escritores

e palestrantes de gestão dos EUA,

especialista na obra de Peter Drucker.

Todos os artigos publicados

integram o acervo colaborativo do

Administradores.com, que ao longo

dos últimos 15 anos tem ajudado

a promover o conhecimento sobre

administração e negócios no Brasil.

Esperamos que a seleção reunida

aqui neste ebook cumpra mais um

passo nessa missão.

Tenha uma ótima leitura!

Simão MairinsDiretor de Operações do Administradores

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Se você chegou até este ebook,

provavelmente já recebeu em algum

lugar nosso convite para assistir

ao documentário “Um encontro

com Peter Drucker”. Caso ainda

não tenha garantido seu acesso,

vá até o site para alugar e assistir.

Disponibilizamos o filme em

condições especialíssimas para quem

baixou este ebook. Mas a oferta é por

tempo limitado. Por isso, não demore!

Acesse: https://adm.to/aluguedrucker

ANTES DA LEITURA, REFORÇAMOS AQUELE CONVITE!

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TRIBUTO A UM REALIZADOR DO FUTURO

Ser bem sucedido financeiramente

não basta para a sobrevivência

de uma organização. Seguir

conceitos e definir estratégias

dentro de rigorosos padrões

mundialmente aceitos são os desafios

para empresas que procuram

ser competitivas neste mundo

globalizado.

Por tudo isso, é preciso ter um

olho no presente e outro no futuro.

Nesse sentido, virar-se para o futuro

exige que percebamos as grandes

tendências da sociedade. Esse é

um privilégio de poucos e, nesse

pequeno rol de pessoas especiais,

o grande gênio foi Peter Ferdinand

Drucker, que, diga-se de passagem,

nunca gostou de ser chamado de

visionário. Na verdade, dizia, “eu

não passo de um observador”,

embora sobre o tema futuro tenha

dito “tentar fazer o futuro acontecer

é arriscado, mas é uma atividade

racional. E é menos arriscado do

que continuar a trajetória com a

confortável convicção de que nada

vai mudar. O propósito da tarefa de

construir o futuro não é decidir o que

deve ser feito amanhã, mas o que

deve ser feito hoje, para que

haja um amanhã. Impor ao futuro,

que ainda não nasceu, uma nova

ideia que pretenda dar uma direção

e um formato ao que está por vir.

Isso poderia ser chamado de fazer o

futuro acontecer”.

O fato é que, desde que apareceu

para o mundo nos anos 1930, Peter

Drucker encanta e deixa intrigados

gestores, executivos e estudiosos de

todo o mundo com suas capacidades

de antecipar tendências e destilar

ideias.

A seu favor teve um saber

enciclopédico que não se viu

em nenhum outro estudioso de

empresas. Quem lê a obra de Drucker

tem uma sensação de perplexidade

e de satisfação, tal a facilidade

com que dominava uma erudição

tão competente da administração.

Conhecia bem demais as surpresas,

os disfarces e as reviravoltas do meio

empresarial. Tinha uma noção clara

do verdadeiro papel do gestor.

Ele foi o primeiro a perceber a

transição da era industrial para algo

novo ainda no final dos anos 50.

Idealizou um mundo pós-moderno

TRIBUTO A UM REALIZADOR DO FUTUROPor Leandro Vieira, CEO do Administradores, e Rubens Fava, administrador, autor e professor

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e detectou o aparecimento do

trabalhador do saber.

Drucker foi quem verdadeiramente

descobriu a gestão, o coração de

uma sociedade de organizações

como diria Amitai Etzioni, um dos

grandes nomes do estruturalismo.

É verdade que, antes de Drucker, a

gestão já existia, mas foi ele quem

deu consciência aos gestores da sua

profissão e criou uma disciplina que

podia ser ensinada e estudada e não

privilégio de alguns iluminados.

Embora o processo de crescimento

das organizações esteja repleto

de acidentes, eventos aleatórios,

acontecimentos fortuitos,

coincidências, azar, sorte etc., é

inegável que uma boa gestão ajuda

em muito o processo de crescimento.

Captar e compreender as grandes

tendências que estão se delineando

para os próximos anos é um exercício

e um desafio que deve se tornar

uma rotina na vida de todos, uma

vez que uma gestão desatrelada da

realidade presente pode tropeçar

em obstáculos mais imediatos e até

comprometer a sobrevivência da

organização e Peter Drucker mais do

que mestre foi gênio nesse quesito.

Durante toda sua vida chamou

a atenção para as mudanças

fundamentais na economia

mundial que afeta a natureza

das organizações, o que exige

de cada gestor uma abordagem

fundamentalmente inovadora na

maneira de pensar e compreender as

novas realidades.

Em que pese o exagero, a excitação

pelas mudanças, o deslumbramento

e até mesmo uma boa dose de

leviandade, é inegável que vivemos

em uma época de transformações

significativas onde mais do que

nunca as organizações precisam

ser extremamente adaptativas para

poderem sobreviver.

Como sabemos, a competição hoje é

verdadeira e cruel, qualquer que seja

o setor, a empresa, a nacionalidade,

há sempre um competidor pronto

para a batalha de mercado. Assim,

toda empresa necessita de uma

estrutura que oriente a todos à

medida que convertem escolhas

estudadas em ações oportunas.

Por tudo isso, Drucker é um marco

deste século.

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10 LIÇÕES QUE PETER DRUCKER GOSTARIA QUE VOCÊ APRENDESSE

Todo administrador ou estudante

de Administração que se preze

conhece pelo menos algumas

linhas do legado de Peter Drucker.

Caso você não conheça, é melhor

começar a conhecer. Drucker é o

pai da Administração moderna e

influenciou (e influencia) o trabalho e

o pensamento dos homens, mulheres

e empresas de maior sucesso no

mundo.

Entre outras coisas, o mestre

acreditava fielmente que a condição

humana podia ser desenvolvida pela

gestão mais eficaz e pela liderança

mais ética, em todas as organizações

e em todas as sociedades, empresas,

governos, organizações sem fins

lucrativos e universidades. Mas essa é

só uma das mais elementares de suas

lições.

No livro ‘Uma aula com Drucker’,

publicado no Brasil pela editora

Campus/ Elsevier, William A. Cohen

Cohen reúne tudo que aprendeu com

Drucker na época em que foi seu

aluno. Além de discípulo de Drucker

e amigo pessoal por 30 anos, William

foi o primeiro a se formar pelo

programa PhD executivo do mundo

em gestão, no ano de 1979, na

Graduate School of Management

Peter F. Drucker e Masatoshi Ito, da

Claremont Graduate University.

Com base no livro de Cohen,

reunimos aqui 10 lições de Drucker

que julgamos extremamente valiosas.

Confira a seguir:

1) “O QUE TODO MUNDO SABE

GERALMENTE ESTÁ ERRADO”

Ao afirmar tal frase, Peter queria

que os alunos questionassem suas

premissas e pressupostos para, enfim,

tomarem alguma decisão. Drucker

havia contado a história dos dois

vice-presidentes de uma determinada

empresa coordenada por ele. Em

sua sucessão, um dos candidatos

cumpria as atividades dadas, mas

pedia conselhos e reuniões com

Drucker. O outro candidato, porém,

era totalmente independente e não

incomodava Drucker. Qual você

acha que Peter escolheu? Se você

escolheu o independente, errou.

Segundo Drucker, “ambos eram

ótimos, mas a maioria dos executivos

- naquele caso, o presidente que

estava escrutinando dois candidatos

10 LIÇÕES QUE PETER DRUCKER GOSTARIA QUE VOCÊ APRENDESSEPor Equipe Administradores

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à sua sucessão - quer sentir que

suas políticas e diretrizes (ou seja,

conselhos e ensinamentos) estão

sendo seguidas”. O que sempre pedia

conselhos construiu uma relação

mais próxima com o presidente, que

pode conhecê-lo melhor e acabou

lhe dando mais confiança. Mas a

lição de Drucker neste ponto não

está na história e sim na forma como

os alunos se posicionaram sobre o

assunto. A maioria errou a resposta

da pergunta e Drucker retrucou: “O

que todo mundo sabe geralmente

está errado”.

2) SEJA AUTOCONFIANTE

Desenvolva seu senso de segurança

passo a passo ao longo dos anos.

Isso se desenvolve ao longo de

várias tarefas de sucesso. Portanto,

execute primeiro as tarefas

fáceis e só depois parta para as

difíceis. Além disso, atue como

um executor não privilegiado,

assumindo a responsabilidade por

diferentes trabalhos, inclusive os

nunca executados antes. Também

é válido fazer uso de mensagens

mentais positivas, reforçando a

autoconfiança, como se você já

tivesse passado pela situação real.

3) “SE CONTINUAR FAZENDO O

QUE FEZ NO PASSADO, VOCÊ

FRACASSARÁ”

Em resumo, empresas que se

apegam ao passado estão fadadas

ao fracasso. Por quê? “Porque a

mudança é inevitável e a adaptação

a ela é necessária para o sucesso”,

afirmou Drucker.

4) “ABORDE OS PROBLEMAS COM

IGNORÂNCIA”

Segundo Cohen, uma das lições

mais valiosas de Drucker é que

“ninguém precisa ter medo da

própria incapacidade de resolver

um problema, seja ele gerencial ou

qualquer outro”. Afinal, segundo ele,

partir de uma posição de ignorância

e reconhecê-la de maneira consciente

é a melhor maneira de obter ótimas

soluções.

5) DESENVOLVA SEUS

CONHECIMENTOS EXTRAS

Segundo Cohen, “Peter sustentava

enfaticamente que outros elementos

importantes contribuíam para a

formação do gestor eficaz, além das

trilhas tradicionais para o topo”.

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Drucker sabia que executivos de

nível estratégico precisavam de

certas habilidades que não eram

desenvolvidas pelos desafios no

nível tático. Por isso, o mestre

insistia numa maneira singular de se

aprimorar esses requisitos. “Ele nos

estimulava a nos tornarmos experts

em pelo menos uma especialidade

fora da nossa profissão”, conta

Cohen.

6) “O DESEMPENHO NOTÁVEL É

INCOMPATÍVEL COM O MEDO DO

FRACASSO”

“Pouco se duvida de que a

eliminação de qualquer medo de

perda do emprego influenciará seu

futuro como gestor e como executivo

de maneira muito positiva”, diz

Cohen. Para ele, esta foi uma das

principais lições deixadas pelo seu

amigo e professor, uma vez que foi

responsável por impulsioná-lo não só

na carreira de escritor, mas também

no meio militar e empresarial.

7) “O OBJETIVO DO MARKETING

É TORNAR DESNECESSÁRIO O

ESFORÇO DE VENDAS”

Drucker acreditava que a má

estratégia de marketing não deve

ser compensada pela “qualidade da

implementação e das táticas” de

vendas, e que “a estratégia

de marketing é o aspecto

preponderante” de um negócio. E

ele vai além: “Vendas e marketing

não são termos sinônimos nem

complementares. Até se poderia

dizer que são antagônicos. Não

há dúvida de que, se o marketing

fosse perfeito, o esforço de vendas,

no atual sentido da palavra, seria

desnecessário”.

8) ÉTICA, HONRA E INTEGRIDADE

Todos os conceitos de ética, honra

e integridade têm a ver com o

comportamento certo, de acordo

com os nossos valores. Certo?

Em partes, sim. O que Drucker

acreditava, porém, era que esses

valores pudessem diferir entre

diversas sociedades e culturas, uma

vez que nem todos são universais.

“Além disso, lei não se confunde

com valores. É possível ser ético,

honrado, de alta integridade e ainda

assim transgredir a lei e acabar

na prisão. A primeira diretriz da

ética em negócios, de acordo com

Peter, e essa orientação de fato

parece revestir-se de validade

universal, deve ser não fazer mal

ou não prejudicar. Quem se der ao

trabalho de avaliar qualquer situação

potencial com base nesse critério não

se dispersará demais”, diz Cohen.

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9) “VOCÊ NÃO PODE PREVER O

FUTURO, MAS PODE CRIÁ-LO”

Segundo Cohen, essa era uma das

mais frequentes frases de Drucker.

“Pare de se preocupar com seu

ambiente no futuro. Ninguém

pode prevê-lo. Sobretudo, não se

concentre no que você não pode

fazer. Em vez disso, defina seus

objetivos, determine os recursos

necessários e analise a situação”,

recomenda Cohen.

10) “É PRECISO CONHECER AS

PESSOAS PARA LIDERÁ-LAS”

Aqui, Cohen cita alguns pontos que

Drucker costumava ensinar em aula:

“Para conhecer as pessoas, sem as

quais nada se realiza, você pode:

- Saber o que está acontecendo em

sua organização todos os dias.

- Ajudar a quem precisa de ajuda.

- Obter ajuda de quem pode oferecer

ajuda.

- Elogiar e reconhecer quem tem

mérito.

- Divulgar sua visão em toda a

organização.”

Drucker não acreditava que

a realização de negócios são

verdadeiras guerras. “Ao contrário,

opunha-se enfaticamente a essa

ideia. No entanto, entendia que

muitos conceitos desenvolvidos pela

experiência, em condições extremas

de risco e incerteza, durante

vários milhares de anos de história

registrada, muito anteriores às

modernas organizações de negócios,

podem ser adaptados a contextos

não militares”, diz Cohen.

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UM MINI-GUIA PARA ENTENDER COMO DRUCKER VIA O FUTURO

Muitos dos livros de Peter Drucker

incluem referências a assuntos

voltados para o futuro. Há um guia

ao leitor, de quatro páginas, para

esses escritos no meu livro “Create

Your Future the Peter Drucker Way”.

Eu adaptei essa seção neste guia

simplificado para alguns dos livros

que irão ajudá-lo a navegar no futuro

com mais sucesso:

“The Age of Discontinuity: Guidelines to our Changing Society” (1969): este livro é sobre as grandes

mudanças, identificadas por Drucker,

que estavam acontecendo na

sociedade ao final da turbulenta

década de 1960, como exemplificado

pelo título do capítulo 1: “O fim da

Continuidade”.

“Drucker em 33 Lições” (2011): os

últimos capítulos são “O futuro da

corporação”, partes 1- 4, feitos a

partir de palestras dadas em 2003 na

Claremont Graduate University.

“Landmarks of Tomorrow” (1957):

um livro abrangente sobre trabalho,

educação, governo e sociedade;

o qual a capa proclama ser “Um

relatório sobre o novo mundo pós-

moderno”.

“Desafios Gerenciais para o Século XXI” (1999): o último livro de

Drucker, feito completamente com

novo material. Particularmente, veja

o capítulo 3, “O líder de mudanças”,

com sua seção final “Fazendo o

Futuro”.

“Gestão: edição revista” (2011):

a edição revisada e atualizada da

versão de 1974 do “Management:

Tasks, Responsibilities, Practices”

inclui uma versão um pouco mais

curta do capítulo sobre o futuro

da Gestão por Resultados. Outro

capítulo é “O futuro da corporação e

o caminho a seguir”, e o capítulo final

“O Gerenciador do Amanhã”.

“Administrando para Obter Resultados” (2002): o livro

contém um dos seus textos mais

proeminentes sobre o futuro: o

capítulo chamado “Fazendo o futuro

hoje”. Ele explica a ideia do ‘futuro

que já está acontecendo’ e também

‘fazendo o futuro acontecer’.

“Administrando para o futuro: Os anos 90 e a virada do século” (1998): o capítulo final, neste caso, o

epílogo, é uma reedição de um longo

artigo que ele escreveu para o The

Economist (O seu título é o mesmo

que o subtítulo do livro).

UM MINI-GUIA PARA ENTENDER COMO DRUCKER VIA O FUTUROPor Bruce Rosenstein - Escritor e palestrante, é especialista na obra de Peter Drucker

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“A Administração na próxima sociedade” (2003): o livro contém

um texto estendido, “A próxima

Sociedade”, o qual compreende

a seção final do livro e foi

originalmente uma participação

especial de 19 páginas na revista The

Economist.

“Administração em tempos turbulentos” (1980): contém

poderoso material sobre o futuro,

incluindo o segundo capítulo de 26

páginas, “Administrando o Amanhã”.

“As novas realidades” (1997):

Drucker explica no prefácio: “Esse

livro não foca em o que fazer

amanhã. Foca no que fazer hoje

tendo vista o amanhã. Sem limitações

auto-impostas, ele tenta determinar a

agenda”.

“A profissão do Administrador” (1998): essa coleção da Harvard

Business Review inclui o ensaio

de 1997 “O Futuro Já Está

Acontecendo”, assim como uma

entrevista com T. George Harris, “O

executivo pós-capitalista”.

“Sociedade pós-moderna” (1999):

duas citações da introdução são

particularmente pertinentes: “Não é

a história do futuro. Pelo contrário,

é um olhar para o presente.”. E

da mesma maneira, ele termina a

introdução: “No entanto, certamente

este é um tempo para fazer o futuro

- precisamente porque tudo está em

fluxo. Este é o momento para agir”.

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5 LIÇÕES DE DRUCKER SOBRE COMO EXPLORAR “O FUTURO QUE JÁ ACONTECEU”

A Inevitabilidade é um dos dez

elementos do futuro que eu extrai da

vida e trabalho de Drucker para meu

livro de 2013, “Create your future

the Peter Drucker way: developing

and applying a forward focused

mindset” (sem edição em português).

A inevitabilidade é uma forma

encurtada de expressar o conceito

mantido por muito tempo de “o

futuro que já aconteceu”.

Eu dediquei todo o segundo capítulo

do livro a essa ideia, que é, de uma

forma simplificada, a antecipação

dos efeitos dos acontecimentos

e tendências que já provaram ter

acontecido e irão se desdobrar

durante um período de tempo.

Pegue essa citação da compilação

de 2004 de Drucker em The Daily

Drucker:

“O trabalho mais importante do

executivo é identificar as mudanças

que já aconteceram. O desafio

importante na sociedade, na

economia e na política é explorar

as mudanças que já aconteceram e

utilizá-las como oportunidades. O

mais importante é identificar

o ‘futuro que já aconteceu’ – e

desenvolver uma metodologia para

perceber e analisar essas mudanças”.

Desenvolver a metodologia e colocar

esse conceito em operação não é

fácil. Mas aqui estão algumas formas

de abordar para o benefício máximo:

I - Inteligência humana (pessoas e

grupos): Aprenda a partir de suas

interações diárias com pessoas, ou

até por entrevistas estruturadas e

com finalidade. Considere começar

ou se juntar a um ‘clube da revista’

que é focado no futuro, em que

um grupo de amigos/colegas se

encontram uma vez ao mês ou assim

para discutir com profundidade

um artigo de revista ou livro em

particular.

II - Fontes online e impressas:

Leia de forma mais ampla possível,

tanto de forma impressa como

online. Enquanto parece haver uma

quantidade ilimitada de material

na web, não menospreze as fontes

online premium

5 LIÇÕES DE DRUCKER SOBRE COMO EXPLORAR “O FUTURO QUE JÁ ACONTECEU”Por Bruce Rosenstein

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III - Demográficos: O filósofo-

sociólogo francês do século XIX

Auguste Comte, a quem Drucker,

em seu livro de 1989 “As Novas

Realidades”, chamou de “pai da

sociologia”, é creditado com a frase

“Demografia é o destino”. Drucker

estudava regularmente tendências

demográficas. Hoje temos até mais

fontes online do que ele tinha.

IV - Estatísticas Governamentais/

Institucionais: O governo dos

Estados Unidos, em particular,

publica estatísticas altamente

detalhadas de todos os tipos online.

Particularmente relevante para este

contexto são os dados da página do

Bureau of labor statistics.

V - Prêmios, homenagens e

condecorações: Esses são tanto

informacionais quanto inspiracionais.

Figuras reconhecidas por seus feitos

devem sempre ser acompanhadas,

com olhar crítico e analítico

obviamente.

Essas sugestões apenas passam pela

superfície. Aplique a combinação

relacionada a Drucker, de se manter

cabeça aberta, promover uma rede

maior e entender o que é relevante.

O futuro que já aconteceu pode estar

mais claro do que você esperava.

(Nota dos editores: Este artigo foi publicado originalmente nos EUA, por isso a referência às instituições americanas. Mas no Brasil também é possível ter acesso a informações demográficas e estatísticas econômicas em fontes oficiais, como IBGE, Caged, o site da Febraban, Banco Central e outras).

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O DIA EM QUE ENCONTREI PETER DRUCKER

Em 5 de julho de 2002, o jornal

USA Today publicou minha matéria

produzida a partir de uma entrevista

com Peter Drucker, “Scandals

Nothing New to Business Guru”

(“Escândalos não são novidade para

guru dos negócios”, em tradução

livre). Nós estávamos em Los

Angeles para a conferência anual da

Associação de Bibliotecas Especiais

(SLA). Eu era um participante e ele

era um dos palestrantes principais.

Foi a primeira vez que o entrevistei

pessoalmente, em ocasiões anteriores

havíamos trocado faxes.

O sucesso dessa entrevista, que

conduzi por quase quatro horas,

na noite anterior ao seu discurso

(e a seu artigo subsequente), me

encorajou, alguns meses depois, a

finalmente pôr em prática uma ideia

que já tinha há algum tempo, de

escrever um livro sobre “Drucker e o

indivíduo”, em oposição a “Drucker e

a organização”. Após consideráveis

reviravoltas, o livro foi publicado

quase sete anos depois, em 2009:

Living in More Than One World: How

Peter Drucker’s Wisdom Can Inspire

and Transform Your Life.

Eu viajei para Los Angeles saindo de

Washington, DC, e Drucker fez sua

viagem, de pouco mais de 60 km, de

sua casa em Claremont, na Califórnia,

onde ele ensinava na Drucker School

of Management, parte da Claremont

Graduate University. Ficamos no

mesmo hotel, Westin Bonaventure,

que tinha um quê de futurista.

Combinamos, durante um breve

telefonema na semana anterior,

de nos encontrarmos no bar. Nos

encontramos no horário marcado,

juntamente com o fotógrafo do

jornal, Robert Hanashiro. Juntos,

fomos os três ao ao quarto de

Drucker para começar a entrevista e

tirar fotos. Quando Robert terminou,

Drucker e eu caminhamos para

um restaurante japonês dentro do

complexo hoteleiro para fazer o resto

da entrevista. Era quase 23 horas

quando terminamos, e Drucker, que

tinha 92 anos na época, fez uma

palestra na manhã seguinte que

foi aplaudida de pé por um grande

público.

Em retrospectiva, as estrelas se

alinharam de várias maneiras para

fazer essa entrevista acontecer. Um

ano antes, Jeff De Cagna, que era

então editor da publicação da SLA,

Information Outlook, , me designou

para escrever uma coluna, “All About

Drucker”,

O DIA EM QUE ENCONTREI PETER DRUCKERPor Bruce Rosenstein

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durante os oito meses anteriores

à conferência. À medida o evento

se aproximava, eu sabia que queria

tentar uma entrevista pessoal pelo

USA Today, onde eu trabalhava

desde o final de 1987 e trabalharia

até o final de 2008. A imprensa

de St. Martin estava publicando

Gerenciando na próxima sociedade

Managing in the Next Society, um

compêndio dos artigos de Drucker do

The Economist e outras publicações,

como Leader to Leader (onde tenho

sido editor desde 2011), Harvard

Business Review, Atlantic Monthly e o

Wall Street Journal.

A publicação do livro tornou-se

minha rota para obter a entrevista,

e meus editores Michael Clements

e Jacqueline Blais disseram que

considerariam uma matéria se

eu pudesse fazê-lo falar sobre os

escândalos corporativos da era

(Enron e outros). Isso funcionou

perfeitamente. Citação de amostra:

“Os brilhantes são sempre os que

são pegos”. Michael e Jacqueline

também disseram que eu precisava

entrevistar outras pessoas para

obter vários pontos de vista sobre a

vida e o trabalho de Drucker, o que

levou a entrevistas telefônicas nos

próximos dias com, entre outros, o

falecido Warren Bennis, o decano dos

escritores/estudiosos de liderança,

e Gary Hamel, um dos autores/

consultores/professores

de administração mais importantes

do mundo. Mais uma gancho para

matéria, que não sabíamos antes da

entrevista mas foi anunciado antes

da publicação, foi que Drucker seria

premiado, em julho, com a Medalha

Presidencial da Liberdade, a maior

honra civil da nação.

Durante os anos seguintes, Drucker

e eu fizemos várias entrevistas em

pessoa em Claremont para o meu

livro. No final de 2004, veio um dos

seus livros mais populares, The Daily

Drucker. Após a sua publicação, fiz

outra entrevista com ele via fax para

o artigo do USA Today Drucker’s

Reinventing Himself at Age 95

(“Drucker se reinventa aos 95 anos”).

Um ano depois, ele morreu oito dias

antes dos 96 anos de idade.

Estou convencido de que Living in

More Than One World e meu livro de

2009 Create Your Future the Peter

Drucker Way não teriam acontecido

se tantas coisas não tivessem se

juntado para a entrevista de 2002.

A lista de pessoas que eu agradeço,

começando pelo próprio Drucker, por

concordar em me encontrar, é muito

longa.

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QUEM SERÁ O PRÓXIMO PETER DRUCKER?

A necessidade de ter um modelo,

alguém que sirva de inspiração e

exemplo, sempre esteve presente

na natureza humana. Buscamos

constantemente, mesmo sem

perceber, um líder para seguir,

admirar e respeitar. Alguém que nos

dê bons exemplos e nos mostre que

é possível, sim, fazer mais e melhor,

não importa o que seja.

“Entendo que pessoas brilhantes,

como Drucker, nos ajudam a

encontrar caminhos de sucesso e

a acreditar em nós mesmos, que

podemos fazer a diferença e que

devemos aproveitar sua existência

e suas conquistas principalmente

como exemplo e oportunidade de

aprendizado”, diz Raniere Santos,

professor de administração que, em

2009, fundou e assumiu a direção da

Drucker Society of Brazil, em Recife,

uma instituição filiada ao The Drucker

Institute, nos EUA.

Raniere conta que Drucker

costumava dizer o seguinte: “Não me

diga que teve um grande encontro

comigo, mas, sim, o que vai fazer

de diferente na próxima segunda-

feira”. Não é à toa, então, que ele

representa tantas coisas para tantas

pessoas ao redor do mundo e sua

influência extrapola os campos

ligados à ciência da Administração.

O INTELECTUAL DA

ADMINISTRAÇÃO

Desde novembro de 2005, com

a morte de Drucker, homens

e mulheres de negócios do

mundo inteiro se questionam

e argumentam na tentativa de

encontrar um discípulo à altura do

que o executivo representou para o

universo corporativo durante seus

quase 75 anos de carreira. Seus

estudos lançaram ideias poderosas,

que ainda hoje servem de base

para o trabalho de acadêmicos e

especialistas empresariais. “Além de

construir os entendimentos sobre a

visão sistêmica da Administração,

Drucker afirmava que o ser humano

precisa ser produtivo para ser feliz.

E que as empresas, de qualquer

natureza, existem para potencializar

a produtividade humana. Dessa

forma, ele se interessava pelo

esforço coletivo e também explorava

a questão de como as pessoas

podem trabalhar em equipe dentro

das organizações”, conta Clemente

Nóbrega, consultor em estratégia,

inovação e autor de sete livros.

QUEM SERÁ O PRÓXIMO PETER DRUCKER?Por Amanda Salim - Jornalista - Especial para o Administradores

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Outra razão que eternizou a figura

e o trabalho de Drucker é que seu

apelo foi além da Administração.

“Ele também escreveu sobre outros

assuntos de maneira consistente.

Se preocupava com estratégias

organizacionais e a gestão de

pessoas. Sua reputação foi construída

durante muitos anos em cima

de todo o seu trabalho”, conta o

norte-americano Bruce Rosenstein,

especialista em Drucker e autor do

livro “O Legado de Peter Drucker”

(Ed. Campus Elsevier, 2010). Para

Bruce, qualquer teoria e doutrina

considerada revolucionária nos

dias de hoje precisa passar por

um teste de tempo. É importante

lembrar que, por causa de fatores

como a globalização e tecnologias

disruptivas, a Administração nunca

foi tão complexa. “Mesmo assim, os

conceitos básicos e fundamentais

articulados por ele ainda são

aplicáveis em diversas circunstâncias

e não devem ser negligenciados no

ímpeto de abraçar novas teorias”,

completa Bruce.

Antes de partir, Drucker criou

nos Estados Unidos o instituto

que leva seu nome, com o intuito

de promover o conhecimento

da área e incentivar as melhores

práticas. “Há um grande acervo,

são 31 livros e uma quantidade

enorme de artigos, entrevistas,

reportagens, documentários sobre

sua história, encontros locais e

mundiais documentados, projetos

universitários e registros das

atividades voluntárias. Essas obras

reunidas não o deixam morrer”,

conta Raniere. Na opinião de Bruce

Rosenstein, para chegar perto de

onde o mestre da Administração

chegou, é preciso gerar confiança

e respeito de forma genuína. “Para

alcançar a posição de Drucker, quem

quer que seja precisará refletir o

que é autoridade e integridade,

além de ser um comunicador claro e

consistente, como ele foi”.

Abaixo, você vai encontrar opiniões

de professores e especialistas acerca

de quem seria o candidato mais

capacitado para ocupar a vaga de

Peter Drucker.

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OS SUBSTITUTOS MAIS COTADOS

A opinião de professores e

especialistas entrevistados foi o

critério utilizado para a escolha dos

nomes a seguir.

Contribuição: Professor de gestão,

estratégia e negócios, atualmente

leciona Administração na McGill

University, no Canadá. Os estudos

do autor contemplam as práticas de

gestão das organizações (incluindo

o papel dos gestores), planejamento

estratégico e, de maneira polêmica,

Mintzberg avalia tradicionais

instituições de ensino

Henry Mintzberg

País: Canadá

de Administração e Negócios, como

Harvard, nos EUA. O autor afirma

que “não se cria um administrador ou

um líder na sala de aula”, uma crítica

aos cursos de MBAs que aparece

exemplificada em sua obra “Managers

not MBAs (2004)”.

Opiniões:

“Mintzberg é um estudioso que tem

se destacado e é reconhecido pelo

meio acadêmico. Sua contribuição

tem sido na área de estratégia

e também envolve o ensino de

Administração e comportamento

organizacional.” (Prof. Mauro Neves

Garcia - Programa de Mestrado e

Doutorado em Administração da

Uninove)

“Henry Mintzberg é um nome

pertinente, pois se dedica ao

estudo das estratégias competitivas

e planejamento, com foco nos

meandros intraorganizacionais.”

(Prof. José Carlos Thomaz -

Universidade Presbiteriana

Mackenzie)

“Mintzberg certamente tem

contribuído profundamente com os

estudos no campo da administração”.

(Profa. Claudia Coser – PUC/PR)

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“O professor Mintzberg trabalha bem

a ideia de processo e envolvimento

na condução da estratégia. Para

ele, a estratégia não é planejada, é

construída”. (Claudio José Santos

Pinheiro – Universidade do Estado do

Rio de Janeiro UERJ/FAF)

“Mintzberg observa de forma mais

crítica a maneira que a estratégia é

desenvolvida e praticada dentro das

organizações e conseguiu apresentar

achados de forma bastante objetivas

em obras como ‘The Strategy

Process’ (1991) e ‘Strategy Safari’

(1998). (Prof. João Felipe Rammelt

Sauerbronn –Pesquisador FGV/Rio)

“Sob uma perspectiva mais

acadêmica, Henry Mintzberg talvez

seja o autor mais representativo

atualmente. Ele busca questionar o

formalismo proposto (principalmente

por Ansoff e Porter) no processo de

planejamento estratégico, discutindo

e propondo outras abordagens para

a formulação de estratégias” (Prof.

Mauricio Crippa - Universidade

Federal do Ceará)

Jim Collins

País: Estados Unidos

Contribuição: Um dos maiores

especialistas do mundo em gestão

de empresas é também autor de dois

dos best-sellers de Administração:

“Empresas Feitas para Vencer”

lançado em 2001, que vendeu

mais de três milhões de cópias e

foi traduzido para 35 idiomas, e o

clássico “Feitas para Durar”, de 2004,

que foi traduzido para 29 idiomas e

permaneceu na lista dos livros mais

vendidos da Business Week por mais

de seis anos.

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Opiniões:

“Em ‘Empresas Feitas Para Vencer’,

Jim Collins nos oferece, através de

pesquisas e um trabalho criterioso,

contribuições e informações

maravilhosas que explicam porque

somente algumas empresas brilham”.

(Prof. Elson Magno da Silva – FGV e

IBMEC - RJ)

“Collins vem demonstrando,

principalmente por meio de seus

estudos focados em liderança, ser

um dos grandes pensadores da

atualidade. Seus estudos em gestão

e liderança têm grande destaque,

uma vez que a gestão de pessoas

vem sendo um desafio cada vez

maior para as empresas, seja pela

rápida mudança de comportamento

ou pelos formatos atuais das

organizações”. Prof. Fabio Konishi,

UMC - Universidade Mogi das Cruzes)

“Jim Collins deu um “show

de management” na HSM

ExpoManagement 2010. Usando

casos reais, Collins é capaz de captar

padrões relevantes e desenvolver

modelos que efetivamente

contribuem para a administração

das empresas”. (Profa. Maruza

Vieira Barbosa Tavares – Mestre

em Administração de Empresas

– Universidade Estadual Vale do

Acaraú – CE)

“Os trabalhos de Jim Collins

envolvem gestão e liderança e me

chamam muito a atenção. Gosto

da vertente pesquisador, vertente

palestrante e as pílulas de sabedoria

que simplificam as necessidades dos

gestores. O livro ‘Feitas Para Durar’,

publicado com Jerry Porras, é leitura

obrigatória para gestores e futuros

gestores”. (Prof. Raimundo Santos

Leal – Escola de Administração da

UFBA)

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Contribuição: O autor de 18 livros

sobre estratégia e competitividade é

professor na Harvard Business School

e consultor de grandes empresas

ao redor do mundo. Michael Porter

redefiniu conceitos de estratégia

e competição, lançando modelos

que, por exemplo, permitem estudar

o ambiente no qual as empresas

competem e determinar quais fatores

aumentam ou diminuem a vantagem

competitiva em cada situação.

Opiniões:

“Aprecio muito o trabalho de Michael

Porter e particularmente acredito que

ele pode ser tão expressivo quanto

Michael Porter

País: Estados Unidos

Drucker foi. A compreensão das

forças competitivas de Porter é

fundamental para o desenvolvimento

gerencial estratégico em qualquer

organização. Suas contribuições

vão além da dimensão atual – ele

de fato desenvolve uma estrutura

de pensamento que nos chama a

atenção para o futuro, por meio

do processo de formulação de

diretrizes que promovem mudanças

e transformações no ambiente

organizacional”. (Raniere Santos,

professor de administração e

coordenador de extensão na

Faculdade dos Guararapes (Laureate

International Universities) - PE)

“Michael Porter tem grande potencial

para ocupar uma posição no

pódio em que Drucker está. Suas

contribuições na área de estratégia

são importantes e seus estudos na

área de gestão da saúde certamente

serão muito úteis no futuro em razão

da elevação dos gastos nesta área”.

(Hélio Raymundo Ferreira Filho –

Universidade da Amazônia - UNAMA)

“O americano Michael Porter vem

sendo muito referenciado. A cadeia

de valor (value chain), o modelo das

cinco forças e o modelo do diamante,

todos de Porter, são conceitos

conhecidos e aplicados na academia

e nas empresas”. (José Carlos

Thomaz, Universidade Presbiteriana

Mackenzie)

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Contribuição: O intelectual e

especialista no mundo corporativo

já foi considerado o “guru dos

gurus” pela revista Fortune. Em seus

livros e palestras, que Peters muitas

vezes transforma em verdadeiros

espetáculos, o autor usa palavras

simples para explicar como se

deve administrar uma empresa

e obter excelência nos negócios.

Com PhD pela Stanford University,

o engenheiro civil também definiu

conceitos-chave sobre liderança

corporativa que ainda hoje norteiam

a formação e dia a dia de grandes

líderes em empresas mundo afora.

Tom Peters

País: Estados Unidos

Opiniões:

“A meu ver, Tom Peters tem um

perfil semelhante a Drucker, embora

não seja low profile em suas

convicções. Acredita firmemente

que a ruptura constante garante a

sobrevida organizacional. Analisa

com profundidade o âmago das

organizações e detecta, com

entusiamo e eloquência, os caminhos

a serem percorridos. Indica o rumo.

Vê o futuro através do próprio

futuro e não de um presente tão

óbvio. É contundente em relação às

organizações que respiram da própria

ignorância estratégica. Espera das

organizações a maturidade que se

espera de um mestre da arte marcial.

Tanto quanto Drucker, gosta de

gente. Enfim, acho que Tom Peters

será, em algum momento, o sucessor

do inesquecível Peter Drucker”. (Prof.

Msc. Jairo de Carvalho Guimarães

- Coordenador do Curso de

Administração - Universidade Federal

do Piauí - Campus Senador Helvídio

Nunes de Barros)

“Considero que o aspecto mais

relevante do trabalho de Tom Peters

seja justamente sua capacidade de

análise da organização tomando

como base as pessoas. Ou seja,

quando estudamos o tema

organização, é de grande importância

entender como as pessoas que nela

trabalham

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se organizam, se relacionam, de tal

forma que alcancem um desempenho

superior. Outro aspecto importante

em Peters, e que se aproxima de

uma das características de Peter

Drucker, é não ser definitivo em

suas ideias, ou seja, considera que a

realidade apresenta contradições e

muda com o passar dos anos”. (Luiz

Fernando Gomes Pinto, professor

de graduação e pós-graduação no

curso de Administração da Faculdade

Anhanguera e Gerente de Marketing

da Chicco do Brasil)

Thomas Davenport

País: Estados Unidos

Contribuição: O professor de

Administração e tecnologia

da informação da Babson

College, principal escola de

empreendedorismo do mundo, foi

um dos primeiros nomes a aparecer

relacionado ao tema da gestão

contemporânea e competição

analítica. Suas análises também se

estendem aos campos da gestão do

conhecimento e reengenharia dos

processos de negócios.

Opiniões:

“Thomas Davenport contribuiu com

as áreas de inteligência analítica

e gerência da informação. E

ainda temos muito que aprender

sobre gestão da informação e do

conhecimento”. (Hélio Raymundo

Ferreira Filho – Universidade de

Amazônia - UNAMA)

“Davenport tem seu trabalho na

linha da interação entre a gestão do

conhecimento e a análise de dados

para a tomada de decisão. Ele tem

diversos livros publicados e é uma

referência em ascensão”. (Prof. Paulo

Vicente - Fundação Dom Cabral)

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Clayton Christensen

EUA

Shelby D. Hunt

EUA

Jeffrey Pfeffer

EUA

Jay Barney

EUA

Phil Rosenzweig

EUA

Renée Mauborgne

França

Richard Whittington

Inglaterra

Jagdish N. Sheth

EUA

Especialistas e executivos que também foram apontados por professores

como referências atuais:

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5 LIVROS ESSENCIAIS DE PETER DRUCKER SOBRE ADMINISTRAÇÃO

Se você gostou das lições aprendidas

neste ebook, vai querer se aprofundar

no pensamento de Drucker. Por isso

listamos aqui 5 livros fundamentais

para você começar

Embora Peter Drucker seja

sempre lembrado como “o pai da

administração moderna”, e a maioria

de seus quase 40 livros tenha

um apelo para administradores,

nem toda sua obra foi focada na

administração. Drucker escreveu para

todos os tipos de administradores

de empresas e de negócios: pessoas

que trabalham em organizações sem

fins lucrativos, governo, academia

e em qualquer outro lugar onde é

importante que as pessoas trabalhem

juntos produtivamente para objetivos

comuns e para missões e causas além

de suas identidades como indivíduos.

É difícil restringir uma seleção

para apenas cinco livros, mas na

escolha desses títulos essenciais,

selecionei aqueles livros que são

mais focados em administração,

têm o apelo mais universal, são os

mais práticos e contêm muitas de

suas ideias e conceitos clássicos .

Uma vez que cada um é igualmente

digno de leitura e releitura, eles

estão listados alfabeticamente, e não

classificado em termos de qualidade

ou preferência pessoal:

1. O Gestor Eficaz (Primeira edição,

1967, 50th Anniversary Edition, 2017).

Peter Drucker escreveu um vasto

número de livros que poderiam,

justificadamente, ser apontados

como clássicos. Desses, talvez o mais

amado seja O gestor eficaz. Vivemos

em um mundo muito diferente

daquele de 1967, mas o relativamente

pequeno guia de Drucker para fazer

as coisas certas direito, e bem feitas,

ainda contém um poder considerável.

2. Inovação e Espírito Empreendedor:

Prática e Princípios (1985). Esta obra

continua a ser referenciada por uma

nova geração de autores. Drucker

analisa o que realmente significa cada

um desses tópicos, e como e por que

eles estão inter-relacionados. Com

ênfase na praticidade, veja as “sete

fontes de oportunidades inovadoras”:

o inesperado, as incongruências,

as necessidades de processo, as

mudanças na estrutura de uma

indústria ou mercado, a demografia,

“mudanças na percepção, humor e

significado” e “novos conhecimentos,

tanto científica como não científico”.

5 LIVROS ESSENCIAIS DE PETER DRUCKER SOBRE ADMINISTRAÇÃOPor Bruce Rosenstein

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3. Management: Revised Edition

(2008), com Joseph A. Maciariello.

Drucker morreu aos 95 anos em

2005, e em meados de 2008, esta

edição revisada e atualizada do

seu clássico 1974 de Administração:

tarefas, responsabilidades, práticas

foi publicada, com um comprimento

menor do que o original, mas ainda

em um volume robusto de 568

páginas. É o mais próximo que

você pode chegar a uma “Bíblia”

do pensamento de Drucker sobre a

administração. E uma vez que ainda é

relativamente fácil encontrar versões

de bolso do original, eu recomendo a

compra e leitura dela também.

4. Desafios Gerenciais para o Século

XXI (1999). O último livro de Drucker

de conteúdo original (e não uma

coleção ou edição revisada) contém

um considerável material de reflexão,

particularmente as seções “Novos

paradigmas da administração”, “O

líder da mudança”, “Gerenciando a si

mesmo” e “Desafios da informação”.

5. Peter Drucker on the Profession

of Management (1998). Uma série

de coleções de artigos e ensaios de

Drucker foram reunidos e tratados

em livros ao longo dos anos. Este

título, um de seus livros que originam

de seus artigos do Harvard Business

Review, contem artigos clássicos tais

como “The Theory of the Business,”

(1994), “What Business Can Learn

From Nonprofits,” (1989) e “The

Information Executives Truly Need

(1995).”

Uma escolha bônus, e um de seus

livros mais vendidos, é The Daily

Drucker (2004), um compêndio de

estilo devocional no qual Drucker

também colaborou com Maciariello,

seu amigo de longa data e professor

da Drucker School of Management,

na Claremont Graduate University,

em Claremont, Califórnia. Para a

seleção de cada dia, que aparece

sob uma variedade de temas, existe

um “ponto de ação” para reflexão e

prática. O prefácio deste livro, bem

como os de Management: Revised

Edition e edição de 50 anos de O

Gestor Eficaz, é de autoria de outro

amigo de longa data Drucker, o autor

de Empresas feitas para vencer Jim

Collins.

A qualidade elevada da escrita

de Drucker oferece uma leitura

prazerosa. Seu trabalho pode ser lido

em muitos níveis diferentes: para a

educação, treinamento prático, puro

prazer, jogo de palavras inspirado

e o sentimento reconfortante de

que estamos na companhia de

um autor que quer ser nosso guia

e companheiro para uma viagem

contínua e estimulante na vida, no

trabalho e além.

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