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PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO BERNARDO DO CAMPO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DE AÇÕES EDUCACIONAIS P P P 2017 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO EMEB ANA HENRIQUETA CLARK MARIMSão Bernardo do Campo 2017 SONHO DAS CRIANÇAS PROJETO COMUNIDADE DE APRENDIZAGEM

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PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO BERNARDO DO CAMPO

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DE AÇÕES EDUCACIONAIS

P P P 2017 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

EMEB “ANA HENRIQUETA CLARK MARIM”

São Bernardo do Campo

2017

SONHO DAS CRIANÇAS

PROJETO COMUNIDADE DE APRENDIZAGEM

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SUMÁRIO I - IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA .................................................................................................................. 4 1. Equipe Gestora .......................................................................................................................................... 5 1.1 Quadro de Horário do Trio de Gestão ............................................................................................. 5 2. Equipe de Orientação Técnica.................................................................................................................. 6 3. Modalidade de Ensino ....................................................................................................................... 6 4. Lista de espera ........................................................................................................................................... 6 5. Horário de Funcionamento da Escola ............................................................................................. 7 6. Horário de Atendimento da Secretaria .................................................................................................... 7 7. Identificação dos Funcionários ............................................................................................................... 7 8. Quadro de Organização de Modalidades ............................................................................................... 8 9. Histórico da Unidade Escolar .................................................................................................................. 9 1. Concepção de infância e de criança .............................................................................................. 15 2. Papel da escola da infância e do educador da escola da infância ............................................. 16 III - ANÁLISE E REFLEXÃO DAS AVALIAÇÕES REALIZADAS PELA EQUIPE ESCOLAR ................... 17 1. Comunidade ..................................................................................................................................... 17 1.2 Sábado com a comunidade ............................................................................................................ 19 1.3 Reunião com as famílias ................................................................................................................. 20 1.4 Devolutiva da avaliação das famílias do ano de 2016.................................................................. 20 2 Avaliação da Equipe Escolar .......................................................................................................... 26 PRESSUPOSTOS PEDAGÓGICOS ............................................................................................................. 28 1. Caracterização da comunidade escolar ................................................................................................ 34 3. Equipe escolar.................................................................................................................................. 38 3.1.1 – Caracterização............................................................................................................................... 38 3.1.2. Quadro de Professores ..................................................................................................................... 44 3.1.3 – Plano de formação para os professores ....................................................................................... 47 3.2 – Auxiliares de Educação ..................................................................................................................... 50 3.2.1 Caracterização .................................................................................................................................... 50 3.2.4 Plano de Formação para os Auxiliares de Educação .................................................................. 52 3.3 Funcionários ..................................................................................................................................... 53 3.3.1 Caracterização.................................................................................................................................. 53 3.3.2 Plano de Formação dos Funcionários .............................................................................................. 54 4. Conselhos ......................................................................................................................................... 56 4.1 Conselho de Escola ............................................................................................................................... 56 4.1.1 Caracterização do Conselho de Escola............................................................................................ 56 4.1.2 Plano de Ação do Conselho de Escola ........................................................................................... 57 Avaliação do Plano de Ação do Conselho de Escola .............................................................................. 58 4.2. Conselho Mirim ..................................................................................................................................... 59 4.2.1 Caracterização do Conselho Mirim ................................................................................................... 59 4.2.2 Plano de Ação para o Conselho Mirim ............................................................................................. 59 5. Associação de Pais e Mestres ........................................................................................................ 61 5.1 Caracterização ...................................................................................................................................... 61 5.2 Plano de Ação da APM .......................................................................................................................... 62 V. ORGANIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO PEDAGÓGICO ........................................ 63 1. Objetivos ................................................................................................................................................... 63 Base Nacional Comum Curricular .............................................................................................................. 64 2. Levantamento dos Objetivos e Conteúdos por Campos de Experiência .......................................... 65 CAMPOS DE EXPERIÊNCIA ........................................................................................................................ 66 1 O eu, o outro e o nós .................................................................................................................. 66 2. Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações ................................................... 81 3 Traços, sons, cores e imagens ................................................................................................... 88

4 Corpo, gestos e movimentos....................................................................................................... 92 2.6 Brincar..................................................................................................................................................... 94 4 . Rotina ................................................................................................................................................ 96 3.2 Período de adaptação ...................................................................................................................... 96 3.3 Dia do Brinquedo ............................................................................................................................. 97 3.3 Roda de conversa ou hora de conversa .............................................................................................. 98 3.4 Hora de leitura: ....................................................................................................................................... 99 3.6 Lanche.................................................................................................................................................. 103 3.7 Organização dos espaços................................................................................................................... 104

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3.7.1 Brinquedoteca ................................................................................................................................... 104 3.7.2 Parque ................................................................................................................................................ 105 3.7.3 Quadra................................................................................................................................................ 107 3.7.4 Biblioteca ............................................................................................................................ 108 3.7.5 Ateliê ................................................................................................................................................ 109 3.7.6 Horta ................................................................................................................................................... 110 4 Avaliação das aprendizagens das crianças ................................................................................ 111 4.1. Educação infantil ................................................................................................................................ 111 4.1 Pauta para a escrita do relatório individual do aluno ................................................................ 112 5 Acompanhamento dos instrumentos metodológicos................................................................ 113 VI. Calendário Escolar Homologado ........................................................................................................ 117 VII. REFERÊNCIAS ..................................................................................................................................... 118 VIII. ANEXOS............................................................................................................................................... 118 ANEXO I - COMO É NOSSA ESCOLA... ................................................................................................... 118 ANEXO II – EXPOSIÇÕES PERIÓDICAS E FINALIZAÇÃO DOS PROJETOS ...................................... 120 ANEXO III – O CONCEITO DE FESTAS NA ESCOLA: EVENTOS EDUCATIVOS ................................. 123 ANEXO IV – PRINCÍPIOS PARA AÇÃO EDUCATIVA .............................................................................. 127 1. Considerações ao atendimento à diversidade ........................................................................... 127 2. Atitudes realizadas e valorizadas pelos profissionais da escola que favorecem o desenvolvimento infantil ........................................................................................................................... 128 3. Orientações para o trabalho com crianças com perda auditiva ou suspeita .......................... 129 6 Orientações para o trabalho com crianças com gagueira ........................................................ 129 7 Reflexões sobre a sexualidade na infância ................................................................................. 131 ANEXO V - PARCERIA SAÚDE- ESCOLA ................................................................................................ 132 ANEXO VI - PROJETO: COMUNIDADE DE APRENDIZAGEM ................................................................ 133 ANEXO VII – PROJETO ESPAÇO: UM SEGUNDO EDUCADOR ............................................................ 134 ANEXO VIII - PROJETO oficina de convivência ...................................................................................... 137 ANEXO IX – PROJETO: ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL UMA PARCERIA DE TODOS POR UMA QUALIDADE DE VIDA MELHOR ............................................................................................................... 139 ANEXO XI – PROJETO COLETIVO: EU TE AMO ..................................................................................... 141

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PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO BERNARDO DO CAMPO

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO

DEPARTAMENTO DE AÇÕES EDUCACIONAIS

I - IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA

ESCOLA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA

“ANA HENRIQUETA CLARK MARIM”

Professora Ana Henriqueta Clark Marim

Decreto 10.246 de 19 de janeiro de 1990

Projeto de lei nº 171/93 de 29 de setembro de 1993.

Ana Henriqueta foi professora, prestou serviços de Orientação Pedagógica e encarregada do serviço

de Educação Pré-escolar. Nasceu em 11 de junho de 1943 e faleceu em 30 de setembro de 1991.

Possuía otimismo contagiante e trabalhou no sentido da construção de cidadãos conscientes.

Rua Sabino Demarchi, 50 – Jardim Industrial – SBC.

Tel: 4122-1506 / 4122-4183 [email protected]

www.anahenriqueta.blogspot.com.br CIE 061888

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1. Equipe Gestora

MATRÍCULA NOME CARGO FORMAÇÃO

34.733-4 Jane Bezerra da

Silva Diretora

Magistério / Letras /

Pedagogia / Especialização

em Supervisão, Coordenação

e Planejamento de Ensino e

Educação Infantil

25.788-0 Luciana Regina

Tasca Rodrigues PRVD

Magistério/ Pedagogia/

Matemática

Psicopedagogia

13.496-5

Raquel Gonçalves

dos Santos

Carneiro

Coordenadora

Pedagógica

Magistério/ Ciências Sociais

Pedagogia/Administração e

Supervisão Escolar

Especialização Educação

Ambiental e Educação Infantil

1.1 Quadro de Horário do Trio de Gestão

DIAS JANE (DIRETORA) LUCIANA (PRVD) RAQUEL (CP)

Segunda-

feira 8:00 às 17:30

8:00 às 11:30

13:30 às 16:00

7:30 às 12:00

13:00 às 18:00

Terça-feira 7:30 às 13:00

flexibilização

7:00 às 12:00

13:00 às 17:00

7:30 às 11:00

14:00 às 18:00

Quarta-feira 10:00 às 15:00

16:00 às 21:15

7:00 às 11:30

Flexibilização

17:45 às 21:15

8:15 às 14:15

15:15 às 21:15

Quinta-feira 7:30 às 12:00

13:00 às 18:00

7:00 às 11:30

13:30 às 17:00

10:00 às 12:00

13:00 às 18:00

Sexta-feira 10:00 às 12:00

13:00 às 17:15

8:00 às 12:00

13:00 às 18:00

7:30 às 11:30

flexibilização

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3. Modalidade de Ensino

Educação Infantil III – nascidos de 1o de abril de 2013 a 31 de dezembro de 2013

Educação Infantil IV – nascidos de 1o de abril de 2012 a 31 de março de 2013

Educação Infantil V – nascidos de 1o de abril de 2011 a 31 de março de 2012

2. Equipe de Orientação Técnica

NOME FUNÇÃO ROTINA DE VISITAS À U.E.

Maria Helena Gomes

Santos Orientadora Pedagógica

As segundas-feiras no

período da manhã

Fatima Marangoni Assistente Social Quando solicitada

Adriana L. C. Antonialli Fonoaudióloga Quando solicitada

Mirleny Lucena de Moraes Psicóloga Quando solicitada

Emíla Stender de Oliveira Fisioterapeuta Quando solicitado

4. Lista de espera

TURMA DEMANDA

INFANTIL V 0

INFANTIL IV 0

INFANTIL III 0

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5. Horário de Funcionamento da Escola

De segunda-feira a sexta-feira das 7:00h às 18:00h.

6. Horário de Atendimento da Secretaria

De segunda-feira a sexta-feira das 7:00h às 18:00h.

7. Identificação dos Funcionários

MATR. NOME FUNÇÃO FORMAÇÃO FÉRIAS HORÁRIO

61.955-3 Ana Maria Franciano Equipe de

Apoio Ensino Fundamental 8:30 às 17:30

31866-6 Cintia Oliveira Borelli

Martins

Oficial de

escola Ensino Médio 7:00 às 16:00

61.603-4 Célia Regina

Figueiredo

Auxiliar de

Limpeza

Ensino Médio

(Incompleto) 20/07 7:00 às 16:00

19.731 Elisabete Bernardes

José

Equipe de

Apoio Ensino Médio 02/03 7:00 às 16:00

12.500-7 Fernanda Cassia

Dias

Equipe de

Apoio Analista de Sistema 01/10 8:00 às 17:00

61.319-1 Rosangela Aparecida

Perantoni

Equipe de

Apoio

Agente de

Atividades

Nutricionais

22/06 6:00 às 15:00

60.096-2 Simone de Oliveira

Ribeiro

Equipe de

Apoio Pedagogia 03/11 7:00 às 16:00

19.363-2 Sonia Regina dos S.

Barbalho

Equipe de

Apoio Ensino Médio Janeiro 7:00 às 16:00

21790-1 Zenilda Viana Gomes Merendeira -

Readaptada Pedagogia 05/01 7:00 às 16:00

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8. Quadro de Organização de Modalidades

Período Agrupamento

Ano/ciclo Termo

Turma Professora

Auxiliar Total de alunos

por turma

Total de alunos por

período

MANHÃ

INFANTIL III A LUCIANA

28

290

INFANTIL III B MARCIA

28

INFANTIL III C UIARA

28

INFANTIL IV A ROSANGELA

25

INFANTIL IV B ELIZETE

28

INFANTIL IV C FERNANDA

32

INFANTIL IV D VANESSA

28

INFANTIL IV E ELAINE

SIMONE 27

INFANTIL V A ANA MARIA

LILIAN 28

INFANTIL V B ANDRÉIA

32

INFANTIL V C AMANDA JUSCELINA

27

INFANTIL V D SELMA

MIRNA 27

TARDE

INFANTIL III D PAULA LILIAN

25

337

INFANTIL III E LOURDES

28

INFANTIL IV F THAÍS SIMONE

27

INFANTIL IV G ELIZETE

28

INFANTIL IV H LUCIANA

32

INFANTIL IV I ELAINE

32

INFANTIL V E MELISSA

MIRNA 27

INFANTIL V F SÉCYLE JUSCELINA

27

INFANTIL V G CAMILA

28

INFANTIL V H ANGELINA

32

INFANTIL V I RENATA

32

INFANTIL V J ANA MARIA

32

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9. Histórico da Unidade Escolar

1993 – A obra foi concluída e o prédio entregue. Neste ano as matrículas foram realizadas pela

diretora Regina Bego e pela professora Cristina, designadas para iniciarem o trabalho na unidade

auxiliada pela funcionária de apoio Maria de Jesus.

1994 – Inauguração da escola no dia 03 de setembro, com vinte turmas. A denominação

homenageou “Ana Henriqueta Clark Marim”, uma grande educadora da rede municipal, por anos de

serviços prestados. As professoras começaram o trabalho foram: Edwirges, Elen, Maria Soga,

Selma, Cristiane, Maria Cristina, Terezinha, Maria Rozemeyre, Maria Helena, Darlene, Maria Tereza,

Lucimara, Arlete, Ana Paula, Roseli, Sandra, Paula, Maria Aparecida, Izaura; e como oficial

administrativo, Marli, como assistente de direção, Sibele e como diretora Marisa Bertozo.

1995 – Vinda de novas professoras para completar o quadro de titulares: Márcia Tarifa, Elaine,

Liliane, Neusa, Márcia Lopes, Alcione, Cilse (através de permuta com a professora Marli) e Marilene

como assistente para assumir a direção da escola (em 1998 se tornaria diretora efetiva).

Logo nos primeiros momentos do planejamento de 1995 manifesta-se no grupo de professoras o

desejo de realizar um trabalho mais coletivo, de desenvolver um trabalho que visasse à melhoria da

qualidade de ensino quanto ao aperfeiçoamento e a qualificação do professor. Foi o primeiro projeto.

1996 – A escola passa a ter um zelador residente, o Sr. Silvio. No segundo semestre, foi implantado

o PROMAC para o atendimento de jovens e adultos que não puderam estudar na idade regular.

Neste ano surge também o primeiro projeto coletivo, na área de Artes. Apesar do ganho que

representa o esforço coletivo, o trabalho enfrentou algumas dificuldades: algumas pessoas não

tinham afinidade com a área de artes e tiveram dificuldade, por isso tomaram outros rumos e

amargaram a sensação de estar se desviando do projeto do grupo; outro problema foi não termos

definido adequadamente o trabalho, pois não tínhamos subsídio e material pedagógico específico

para desenvolver as propostas, então, apesar de um bom começo na área de Artes, o projeto tomou

um rumo de História. Nossas propostas eram amplas, com uma preocupação interdisciplinar, o que

abria muitas vertentes. Neste ano houve também as Reuniões Setorizadas que se alternavam com

as Reuniões Pedagógicas. Essas reuniões visavam à troca de experiências e neste espaço

apresentamos o nosso projeto.

1997 – Mudança de administração municipal. Começa a haver uma preocupação maior com a

formação dos professores e inicia-se a assessoria aos diretores na área de Língua Portuguesa, com

Regina Scarpa e Eliane Mingúes.

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1998 – Foi elaborado o plano anual (o primeiro PPE) com o envolvimento de todos os professores,

que fizeram cursos e iniciaram projetos em sala de aula em decorrência da formação; neste ano foi

criada a função de professor de apoio pedagógico e houve novos investimentos em assessorias na

área de Matemática, no trabalho com o período integral e na construção do projeto pedagógico

escolar. Passamos a contar com a ajuda voluntária do Sr. Antonio, o “tio Toninho”, auxiliando a

professora Janete no projeto horta, uma vez que ela havia realizado formação no SESC para

desenvolver tal projeto.

1999 – Foram construídas duas salas “emergenciais” no estacionamento atrás da escola, que a

princípio se destinariam a abrigar classes que faziam rodízio, com a finalidade de eliminar esse

procedimento, mas ao final as classes foram utilizadas para comportar quatro turmas de primeira

série, por conta da municipalização do ensino. Neste ano foram implantados os primeiros

computadores na rede.

2000- Foi celebrado o primeiro convênio com APM para gerenciamento de recursos na unidade

escolar – um marco importante na gestão participativa. Realizamos uma reforma significativa no

prédio. Neste ano, também aconteceu o projeto horta realizado pelas professoras Janete e Márcia

Gonçalves, próximo ao parque, num espaço improvisado, contando com a colaboração de todos na

preservação do espaço e cuidados com as plantas, todo plantio era consumido pelos alunos do

semi-integral. Este projeto foi premiado pelo SESC e publicado em revista, as professoras foram

condecoradas como “benfeitoras da natureza”. Essa premiação coroou o esforço das professoras

que iniciaram o trabalho com horta na unidade escolar e toda a equipe que contribuiu para o seu

sucesso.

2001 – Com a reforma a horta mudou de espaço e os canteiros foram preparados para atender

todas as turmas. Recebemos mais um voluntário para o projeto horta, o “tio Benedito”. Neste ano, a

professora Janete sistematiza esse trabalho com horta como um projeto para toda a escola

desenvolvida por ela em parceria com as professoras no espaço do PIE (Projeto de Interesse da

Educação), assessorando o grupo de professores, planejando as aulas teóricas, práticas e

fornecendo materiais didáticos de acordo com as necessidades de cada turma, agora os alimentos

cultivados eram consumidos pelos alunos das turmas que plantaram. Inicia-se também uma

experiência de formação de professores integrada com a equipe da escola de módulo I (0 a 3 anos),

EMEB “Dolores de T. de Matteo”. Esse trabalho se estende por todo o ano seguinte.

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2002 – Tematizamos, nos espaços de formação, a diversidade cultural com enfoque nas questões

da família. Foi importante na construção do conceito de atendimento à diversidade, pois representou

um passo para rompermos preconceitos e avançar no estreitamento das relações escola/família,

reforçando a participação das mães em todos os eventos promovidos pela escola.

2003 – Realizamos com sucesso a 1ª. Mostra Cultural estruturada como projeto coletivo da escola,

com enfoque em educação ambiental. Em reunião pedagógica foram estudados os temas referentes

à Educação Ambiental com enfoque na reciclagem do lixo e visita ao Centro de Reciclagem do

Bairro Assunção pelos professores, funcionários e mães da APM. Foram instalados ECOPONTOS

na escola.

2004 – As classes de 1ª. Séries foram transferidas para a EMEB Janete Mally Beth Simões, um

prédio novo construído ao lado da nossa escola. Retomamos as duas salas para a demanda da

educação infantil, porém isso não cumpriu a função de suprimir o rodízio, pois a demanda continuou

crescente. Neste ano a Educação de Jovens e Adultos que funcionava no período noturno também

se transferiu para a nova EMEB. Foi também o ano de criação do 1º. Conselho de Escola e do início

da utilização da biblioteca interativa (situada na escola nova) por alunos da nossa unidade.

2005 – A Rede de São Bernardo investe na construção da Proposta Curricular e nossa escola se

engaja na produção do documento sobre desenvolvimento infantil. Toda a equipe de professores

participa de cursos de formação para a rede com este conteúdo e na escola, tivemos o foco na

tematização da área de Artes, considerando as questões do desenvolvimento. A Mostra Cultural

começa a ter outro caráter diversificando-se os temas contemplando as diferentes áreas do

conhecimento.

2006 – Foi um ano conturbado, com atraso na entrega de material escolar e uniforme, paralisação

de professores reivindicando melhores condições de trabalho, mudança no calendário escolar com

recesso em setembro, avaliação de hipóteses de escrita de todos os alunos de seis anos ao final do

ano que não constava do planejamento. Ainda assim, as avaliações finais apontaram um ótimo

desempenho da escola, expresso nas falas dos pais, dos funcionários, da equipe técnica e na

Mostra Cultural.

O convênio firmado entre a PMSBC e a APM da escola destinou verba para a reforma da

escola em 2007.

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2007 – Por impedimentos administrativos da SEC, a obra de reforma e construção só pode ser

iniciada em dezembro. Neste ano participamos do curso em parceria com Denise Nalini sobre

Língua Portuguesa na Educação Infantil. Introduzimos o almoço em substituição ao lanche e foi

muito bem aceito pelos alunos. Tivemos uma mobilização da comunidade para que fosse servido

leite também no período da tarde, esta reivindicação foi atendida pela SE, o que implicou em uma

reorganização geral da escola para se adequar a esta nova rotina. Realizamos diversos passeios

com foco absoluto na ampliação cultural dos alunos em função dos projetos didáticos. Alteramos a

formatação das festas, discutindo com a equipe de trabalho a questão da laicidade e gratuidade da

escola, abolindo festas de conotação religiosa.

2008 – Iniciamos o ano de forma atípica, pois nossa reforma estava em vias de ser concluída.

Devido a questões de ordem financeira, parte de nossa reforma não foi concluída, como a

construção da Biblioteca, do almoxarifado e a cozinha educacional, e ainda, a cobertura da quadra e

reforma do parque. Este ano foi glorioso para nós, pois finalmente a reivindicação de tantos anos

realizou-se: chegou ao fim o rodízio de turmas por sala de aula em nossa escola. Temos agora duas

salas dos programas educacionais: a brinquedoteca e o ateliê de artes. Vivenciamos uma nova

experiência em relação ao período de adaptação.

Realizamos curso em parceria com Yara Miguel, dando continuidade ao curso de leitura e

escrita na educação infantil, o curso ampliou os conhecimentos dos participantes mudando a visão

do grupo em relação a algumas práticas realizadas pelos professores na hora da história,

valorizando a participação dos alunos nesses momentos e frisando a necessidade de se fazer

leituras diárias para as turmas.

2009 – Ano de nova administração no município, a escola desacelerou o movimento que vinha

realizando em 2008 em relação à reforma. Alterações como: bens patrimoniais, ampliação e reforma

volta a ser responsabilidade da Secretaria de Educação e logo entramos em uma fila para aguardar

estes serviços e compras, não tivemos nenhuma aquisição e nenhum serviço executado pela SE.

2010 – Este ano tivemos a reforma de acessibilidade, que infelizmente não foi concluída, o que

gerou alguns transtornos durante o ano letivo. Tivemos a chegada do Coordenador Pedagógico. A

mostra Cultural deste ano foi avaliada, tanto por pais quanto por professores, de forma muito

positiva.

2011 – Mudança de direção da escola, reorganização dos espaços internos em especial dos

corredores que se tornaram livres de armários. Criação de uma sala para atendimento de pais ou

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pequenas reuniões e continuação da reforma de acessibilidade, que continuou comprometendo

muito a rotina da escola. O grupo avaliou a Mostra Cultural como muito bela, mas houve

questionamentos em razão de seu significado para as crianças e famílias e passamos a refletir sobre

uma nova formatação para a exposição dos trabalhos dos alunos, que continuaria como mais um

tema de formação para 2012.

2012- Este ano nossa escola apresentou muitos ganhos em relação à utilização da área externa,

conseguimos cobrir com toldo uma área próxima ao portão, facilitando a entrada das crianças em dia

de chuva, uma parede com azulejos para utilização das crianças tanto para pintura como para

brinquedos com água, também garantimos uma área com gramado em uma das laterais. É claro que

ainda temos alguns problemas com o uso destas áreas, em especial pela drenagem, mas a partir

destas ações estamos deixando claro que acreditamos em uma escola da infância que possibilite a

ampliação do movimento das crianças, a atividade constante destas em um espaço rico e

desafiador. Chegamos a um novo formato para exposição dos trabalhos das crianças. Os

professores envolvidos em cada projeto definiram a data da exposição, descaracterizando o formato

anterior, contudo o grupo entendeu que esse formato precisaria ser revisto para 2013, porque

demandava mudança constante na rotina da escola. A participação da comunidade foi discrepante

entre as turmas, também por conta dos horários em que as atividades foram desenvolvidas.

(texto revisado em 2013 com a contribuição das professoras Neusa, Selma, Andréia e Ana

Maria.)

A partir de 2013, optamos também por dar continuidade ao histórico narrando os fatos mais

marcantes, sem rupturas, pois consideramos que um ano vai complementando o outro, sem a

necessidade “quebras” nos processos de transformação.

Considerando estes fatos e buscando formas de aproximar mais as famílias da escola,

organizamos em 2013 exposições mensais das produções das crianças, para que no horário da

saída os pais entrassem e observassem o trabalho que estamos realizando. Porém, esta tentativa

de aproximação encontrou alguns desafios, o grupo avaliou que pela quantidade de crianças que se

utilizam do transporte escolar, não estávamos conseguindo atingir um grande número de pais,

portanto no ano de 2014, procuramos aproximar estas exposições das reuniões com pais.

Também estamos passando por um processo gradativo de ampliação de jornada de trabalho

dos professores, este ano a adesão a esta jornada aumentou e a reestruturação de horário do

período da manhã, possibilitando que os professores tenham uma hora inteira e não mais quebrada

na entrada e saída como era no ano passado está resultando em um momento maior para

planejamento, registro, estudo e atendimento às famílias.

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O ano de 2014 foi muito rico no que diz respeito à busca de parcerias que contribuíram muito

trazendo reflexões para as ações do cotidiano e mudanças na atuação junto às crianças. Tivemos a

formação de música com a professora Lisbeth, que proporcionou a vivência musical, sensibilizando

os professores e estimulando-os a investirem mais neste conteúdo, essencial para o

desenvolvimento integral das crianças. A parceria com a equipe do Expresso Lazer também foi

riquíssima, pois conseguimos garantir alguns encontros do Expresso com os professores e

funcionários (Reunião Pedagógica e HTP’s), com ações práticas e reflexivas diretamente com o

adulto e apoio do Expresso para planejar as ações com as crianças, bem como atuar junto a elas,

encorajando o professor a incorporar cada vez mais o brincar em seu planejamento. Tivemos

também a participação da conselheira Vera Gallo na formação direta junto aos pais, um primeiro

encontro com um grupo de pais que nos surpreendeu pela quantidade de pais que compareceram

em um momento onde não conversaríamos diretamente sobre seus filhos, o que nos fez ver o

quanto este assunto interessa as famílias e o quanto era preciso mostrar a esta comunidade o

verdadeiro papel do Conselho Tutelar, o papel de apoiar e auxiliar as famílias em suas dificuldades,

visando sempre o bem estar da criança e do adolescente, portanto a equipe resolveu trazer esta

palestra também na abertura da reunião de pais, onde o alcance junto as família seria bem maior; de

fato os pais compareceram, estiveram atentos durante todo o encontro e ainda permaneceram para

tirar dúvidas antes de irem para a sala conversar com o professor do seu filho.

Iniciamos a parceria com o Instituto Natura, fazendo uma formação inicial somente com os

professores em HTPC para conhecerem o Projeto Comunidade de Aprendizagem. A partir desta

formação, o grupo optou por aderir ao Projeto e foi realizada uma sensibilização com os pais para

ampliarmos cada vez mais a participação dos pais na escola e garantirmos uma escola acessível e

de qualidade para todos.

Outro ponto bastante positivo foi o projeto coletivo “Diversidade”, onde foi possível ter um

olhar mais atento às manifestações das crianças, trazendo reflexão a eles através de histórias e

rodas de conversa. Vale destacar que as professoras Luciana Gongora e Fernanda Carolina

receberam o Prêmio: “Escola: Lugar de brincadeira, cultura e diversidade” em um concurso

promovido pelo Ministério da Cultura (MinC) em pareceria com a Universidade do Ceará (UFCE)

com o projeto “Diversidade: um mundo de experiências e descobertas”, tendo como objetivo

enfatizar a diversidade que temos ao nosso redor de maneira lúdica, prazerosa e significativa para

as crianças, uma vez que estas puderam construir sua opinião sobre o assunto concretizando seus

aprendizados com a produção de um livro expressando suas preferências, gostos e opiniões.

O Projeto Coletivo Diversidade englobou todas as turmas e a comunidade escolar e o grupo

avaliou que não há mais necessidade de manter um projeto para a discussão de tal tema, pois a

sensibilização já foi realizada e o mesmo está inserido nas ações cotidianas de nossa escola.

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A partir de 2015, conseguimos, através do Projeto Comunidade de Aprendizagem, envolver

mais a comunidade com a participação nos Grupos Interativos, reuniões de APM/Conselho de

Escolar, Sábado com a Comunidade, Tertúlia Literária. No Encontro Regional de escolas

participantes do Projeto Comunidade de Aprendizagem tivemos apresentação do projeto, a partir do

olhar da família, com a parceria da Vera (mãe de aluno) e a leitura de depoimentos de outras mães,

buscando mobilizar outras escolas para incentivar a participação da comunidade.

Com a finalização do Projeto em parceria com o Expresso Lazer, a escola foi convidada a

compartilhar a experiência com outras escolas, estimulando a participação de outros grupos e

salientando a importância do brincar na educação infantil.

No sábado letivo, como forma de finalização dos projetos tivemos várias apresentações das

crianças, nesta ocasião, contamos com a presença do Sr. Paulo Dias, atual Secretário de Educação,

que pode prestigiar nossos alunos e elogiou muito o trabalho desenvolvido.

No ano de 2016, tivemos uma ampla participação das famílias no Orçamento Participativo e

conseguimos aprovar como prioridade a cobertura da quadra da escola e reforma do espaço

escolar, mas como foi uma demanda não atendida ainda, as famílias estão na expectativa de que a

reforma, realmente, aconteça.

Demos continuidade à realização da Oficina de Convivência, procurando reestruturar a forma

como estávamos fazendo, organizamos Kits para facilitar a montagem dos espaços e

estabelecemos dois horários, adequamos o tempo de duração visando atender o período de

concentração do grupo, também dividimos a quantidade de turmas em dois grupos, desse modo as

crianças tiveram mais tranquilidade para interagir com as diferentes propostas.

II. CONCEPÇÃO PEDAGÓGICA

Desde 2012 nossa equipe vem pautando as discussões coletivas no estudo da infância e da

criança que temos hoje, partindo do resgate da infância de cada um, para que possamos valorizar e

significar ainda mais o momento vivido por nossas crianças. Diante das discussões com toda a

equipe escolar chegamos à elaboração do seguinte texto:

1. Concepção de infância e de criança

Estes termos estão separados, pois a criança sempre existiu, mas a preocupação com a

infância é recente. A concepção de Infância está relacionada ao contexto histórico e social e não à

maturidade biológica do indivíduo e incorpora tudo o que a criança é e faz nesse período de sua

vida, um tempo de brincar, jogar, sorrir, chorar, sonhar, desenhar... sendo o estimulo um fator

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importante para o desenvolvimento de suas potencialidades. A visão de criança passiva e receptora

é passado, atualmente já compreendemos que a criança é um ser histórico e está inserida em sua

cultura de forma ativa, aprende fazendo, vendo, ouvindo, sentindo, se relacionando,

experimentando, explorando, descobrindo, expressando-se, é um ser que possui capacidade

ilimitada de aprender e para tanto quanto mais experiências e relações estabelecidas com o

ambiente em que vive em um contexto social de permanente contato com a cultura mais elaborada,

mais oportunidades ela tem de se desenvolver plenamente.

Sendo a infância um período de construção e afirmação do caráter, o lúdico e o brincar serão

sempre de vital importância contribuindo para um: Ser... Fazer... Agir... Sentir... Conhecer e ampliar

o conhecimento de mundo da criança com melhor qualidade.

2. Papel da escola da infância e do educador da escola da infância

A escola é o espaço organizado intencionalmente para possibilitar o pensar, o fazer e o

interagir com os demais, planejando e propondo atividades significativas, incluindo a todos,

respeitando e atendendo a diversidade, propiciando momentos para a criança desenvolver seus

saberes de um modo lúdico, sem jamais subestimar sua capacidade. A criança precisa de um

mediador que a auxilie entender seus sentimentos e a nomeá-los, pois pode estar sentindo raiva e

por não conseguir expressar isso jogar-se no chão e espernear, por exemplo, precisando de um

parceiro mais experiente retomando a ação, nomeando e apresentando a fala como uma das formas

de vazão deste sentimento. Precisa aprender a resolver conflitos através da relação com o outro.

Por isso, é de fundamental importância que o educador valorize seus saberes, tendo como base a

afetividade e sendo um modelo ético, levando em conta as individualidades de cada criança. Desse

modo, o papel desenvolvido pelo educador da escola da infância se faz cada vez mais importante,

salientando que todo adulto presente no espaço escolar é também educador e referência para as

crianças, todos estão envolvidos no processo educativo e também precisam estar atentos ao mundo

a sua volta buscando apropriar-se da cultura mais elaborada, sendo um elo desta com as crianças.

Esta visão de criança protagonista de sua aprendizagem, que se apropria de conhecimentos a

partir de suas próprias ações e das experiências que vivencia é reafirmada pelo disposto na Base

Nacional Comum Curricular para a Educação Básica que busca garantir para a Educação Infantil os

seguintes direitos de aprendizagem:

CONVIVER democraticamente com outras crianças e adultos utilizando e produzindo diversas

linguagens, ampliando gradativamente o conhecimento, o relacionamento e o respeito a natureza, a

cultura, a sociedade e as singularidades e diferenças entre as pessoas.

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BRINCAR cotidianamente de diversas formas e com diferentes parceiros, interagindo e

recriando a cultura infantil, acessando o patrimônio cultural, social e científico e ampliando suas

capacidades emocionais, motoras, cognitivas e relacionais

PARTICIPAR com protagonismo de todo o processo educacional vivido na instituição de

educação infantil, tanto nas atividades recorrentes da vida cotidiana como na realização e avaliação

das atividades propostas, na escolha das brincadeiras, dos materiais, dos ambientes etc.,

apropriando-se ativamente de práticas sociais, linguagens e conhecimentos de sua cultura.

EXPLORAR movimentos e gestos, sons, palavras, histórias, linguagens artísticas, materiais,

objetos, elementos da natureza e do ambiente urbano e do campo, interagindo com o repertório

cultural, artístico, ambiental, científico e tecnológico.

COMUNICAR por meio de diferentes linguagens, opiniões, sentimentos e desejos, pedidos de

ajuda, narrativas de experiências, registro de vivencias, etc.

CONHECER-SE e construir sua identidade pessoal e cultural, constituindo uma imagem

positiva de si e de seus grupos de pertencimento (gênero, religião, grupo étnico racial, etc.) nas

diversas interações e brincadeiras que vivencia na unidade de educação infantil.

III - ANÁLISE E REFLEXÃO DAS AVALIAÇÕES REALIZADAS PELA EQUIPE ESCOLAR

(ANO DE 2017)

1. Comunidade

Buscamos ter com as famílias uma relação de parceria durante todo o ano, ouvindo os relatos

de todos nas mais diferentes ocasiões nas reuniões de APM, Conselho de Escola e Comunidade de

Aprendizagem.

A avaliação do trabalho desenvolvido, também aconteceu em todas as reuniões, sendo que

todas as salas faziam um levantamento das principais questões a serem discutidas/revistas em

parceria. Na última reunião, pudemos avaliar um conjunto de aspectos do trabalho desenvolvido e as

questões evidenciadas permaneceram praticamente as mesmas.

A ampliação da atuação das famílias é avaliada de forma muito positiva e a sugestão é que

além de mantermos o Projeto Comunidade de Aprendizagem que ele seja cada vez mais ampliado e

divulgado.

Quanto ao Blog, percebemos que nem todos tem acesso, mas os que têm sugeriram ampliar

a divulgação e inserir cada vez mais informações do cotidiano escolar.

As famílias valorizam o trabalho com a horta e percebem a necessidade de tratarmos da

temática da alimentação saudável, mas demonstraram muito descontentamento com relação ao

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lanche, solicitando o retorno da refeição, mesmo com todas as reuniões realizadas no decorrer do

ano para tratar do assunto.

Neste ano o cardápio foi alterado, incluindo o complemento além do lanche, atendendo parte

das solicitações dos familiares.

O trabalho desenvolvido pelos professores é avaliado de forma muito positiva, fazem vários

elogios à equipe como um todo, mas ainda demonstram ter dúvidas em relação à concepção da

escola da infância e precisamos dar continuidade nas formações para que possam identificar as

aprendizagens dos filhos através da ludicidade.

Consideraram que os estudos do meio foram ampliados, conforme Projetos e Verba

disponível, e que isso foi muito produtivo, proporcionando muitas aprendizagens para as crianças.

Identificam a necessidade de melhorar a limpeza e a estrutura física da escola, mas

compreendem que esta ação também depende da parceria com a Secretaria de Educação, pois só

assim seria possível uma manutenção adequada do prédio escolar e uma quantidade adequada de

funcionários.

Concordam e validam os instrumentos de comunicação da escola e consideraram a

carteirinha como um importante recurso na garantia da saída com segurança das crianças, mas

identificam que precisa haver realmente a efetivação do uso. Além disso, percebem a necessidade

de um responsável pela segurança na escola durante o dia, pois as rondas esporádicas da guarda

não são suficientes para dar mais tranquilidade para as famílias.

Há um movimento dos professores de cada vez mais ouvir a opinião das crianças. Foi

possível envolvê-los nas reuniões de Conselho Mirim e através de rodas de conversa fizemos um

levantamento das situações do ano que foram mais marcantes e prazerosas.

Enfim, conseguimos montar um quadro, considerando o olhar de todos envolvidos neste

trabalho. Identificamos muitas conquistas e muito para ser feito. E são os desafios que nos

mobilizam a fazer um ano ainda melhor.

1.1 Avaliação das crianças

Este ano tivemos muitos momentos apreciados por nossas crianças, em roda de conversa os

professores fizeram o resgate destes momentos e fizeram o levantamento do que as crianças mais

gostaram. Algumas turmas destacaram o envolvimento das crianças nas propostas de Oficina de

Convivência (momento previamente planejado e espaço preparado para que as crianças tenham

liberdade de escolha e autonomia para brincar do que quiserem), durante a conversa as crianças

conseguiram especificar as propostas realizadas, mostrando que realmente foram significativas e

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fizeram relação também com a expressão das crianças ao chegarem na escola e encontrarem o

espaço organizado para a proposta.

Outro momento significativo para muitas turmas foi a utilização de fantasias, música e a

baladinha, as crianças de fato mergulhavam no personagem e construíam muitas brincadeiras,

integrando diferentes turmas e faixas etárias.

Em algumas turmas as crianças destacaram o projeto trabalhado durante o ano, mostrando que esta

forma de organização de trabalho de fato envolve as crianças e dá sentido as propostas que são

realizadas.

O uso da tinta também foi destacado, as crianças relataram o quanto gostam de vivenciar

este momento, de manusear e explorar este tipo de material.

Outro ponto levantado foi a realização de alguns eventos como o dia do futebol, o cup cake, a pipoca

e os brinquedos infláveis.

1.2 Sábado com a comunidade

Nos encontros que realizamos com as famílias, buscamos estratégias para apresentar o trabalho

desenvolvido e inseri-los na temática do Projeto Coletivo. Nas avaliações, percebemos que as

famílias validam a proposta de parceria nestes momentos, mas ainda não conseguimos atingir a

ampla maioria, pois muitos apontam que trabalham de sábado e isso acaba impedindo a

presença neste evento.

Cada ano, buscamos pensar em conjunto qual seria a temática mais urgente de ser desenvolvida

pelo grupo. Na verdade, sensibilizamos os familiares para assuntos como diversidade, cuidado

com o meio ambiente, comunidade de aprendizagem, mas são questões que precisam ser

amplamente discutidas e trabalhadas, não se esgotam em um ano e por isso são incorporadas

nos outros projetos desenvolvidos.

Neste ano, nosso projeto coletivo tratará de emoções e sentimentos, teremos como proposta

envolver as crianças e as famílias, pois sabemos que afetando os adultos que lidam com as

crianças teremos a possibilidade de mudança de postura de adultos e das crianças. Sentimos

que tanto as crianças como os adultos não estão conseguindo expressar sentimentos, não tem

tempo e nem espaço para isso numa sociedade, na qual tudo tem que ser feito de forma rápida e

automática. Precisamos possibilitar que tanto crianças, como os adultos possam ser ouvidos,

buscarmos alternativas nas quais, através da vivência afetuosa, os conflitos e situações

“estressantes” possam ser amenizadas e que os conteúdos da escola possam fazer a diferença

no processo de humanização de todos envolvidos.

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1.3 Reunião com as famílias

No acolhimento das famílias na primeira reunião do ano, com a intenção de iniciar um diálogo

entre família e escola, recepcionamos os pais com uma projeção de situações corriqueiras na

escola, apresentadas de uma forma ao mesmo tempo lúdica e informativa, que influenciam no

andamento da rotina, tais como: a importância da adaptação, da carteirinha de saída, de evitar

atrasos, ver a agenda da criança, assinar autorizações de passeio, entre outras.

Na segunda parte, os familiares foram para as salas para conversar com os professores e ter

um momento de aproximação com este profissional, sendo objetivo da escola apresentar a nossa

rotina, mas também acolher dúvidas, angústias para que todos possam sentir-se mais seguros e

transmitirem este sentimento para as crianças.

Neste momento também foi realizada uma pesquisa para conhecer um pouco da rotina da

criança em casa e sobre os sonhos dos familiares em relação à escola e seus talentos para

colaborar com as diferentes atividades propostas valorizando o papel da família na vida escolar das

crianças.

Buscamos planejar com muito cuidado estes momentos, com dinâmicas, textos, vídeos ou

palestras para reflexão, pois sabemos que são importantes momentos de troca de conhecimentos,

de construção de parcerias. Além disso, fazemos a reunião no período noturno para atender a

necessidade da maioria das famílias que não podem vir durante o dia. Mas os familiares que

precisam vir durante o dia são atendidos nos horários de HTP dos professores ou durante o período

quando temos algum substituto para ficar com a sala.

1.4 Devolutiva da avaliação das famílias do ano de 2016

AÇÕES

ENCAMINHAMENTOS A

PARTIR DA AVALIAÇÃO DE

2016 E DESAFIOS 2017

SUGESTÕES/CONSIDERAÇÕES DAS

FAMÍLIAS

1- Participação dos

pais: comunidade de

aprendizagem, APM e

Conselho de escola

Investimos na parceria,

principalmente, com o projeto

comunidade de

aprendizagem. Contamos

com a ajuda de muitas

famílias – pintura de espaços

da escola, grupos interativos,

Muito significativo, somando muito para

novas conquistas; deve continuar essa

oportunidade muito gratificante. Ótima

iniciativa e participação dos pais. A

parceria que a escola faz com os

familiares é ótima, pois juntos investimos

para uma melhor educação e diversão

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passeios, festas na escola,

etc.

para as crianças.

Ampliar cada vez mais a divulgação.

2-Blog

Conseguimos ajuda de uma

professora para atualizar os

dados e precisamos ampliar

os acessos.

Fácil acesso;

Ideia muito boa, principalmente, para

quem gosta de acompanhar pela

internet;

Ideal para manter os pais informados

sobre a rotina escolar;

Pouco acesso;

Encaminhar lembretes com os

conteúdos adicionados nas agendas;

Mais atualizações;

Divulgação entre os próprios pais;

3--Projeto: Ação

Saudável

Parceria com horteira e

projetos de sala

Projeto muito bom, crianças começaram

a comer verdura, comer melhor,

incentivo aos hábitos saudáveis.

Comunicar com a família com

antecedência a participação nos

projetos, mesmo não sendo do projeto.

crianças gostaram muito de levar a

alface para casa, disseram que deveria

haver em todas as turmas.

Crianças plantando também.

Alimentos da merenda deixam a desejar.

4-Programa saúde na

escola

Parceria com a UBS para

triagem de alunos para

tratamentos dentários

Parceria é muito boa, mas os dentistas

deveriam encaminhar mais as crianças

para limpeza dos dentes;

Muito importante para as crianças ter

essa passagem, principalmente, com o

dentista, pois podem ter medo e a

triagem já identifica algo errado com

eles;

Ajudou na prática de higiene;

Contribuiu com as famílias que não

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conseguem levar sempre a UBS;

Atendimento demorado;

Continuar com os encaminhamentos;

5- Instrumentos de

comunicação:

agenda, calendário,

bilhetes e autorização

de passeios

Ampliação da participação

das famílias lendo e

assinando bilhetes e

precisamos de ajuda para

que todos assinem

autorização de passeios.

Famílias acompanhando os

eventos da escola através

do calendário, leitura do

texto no verso.

Muito interessante, excelente;

O texto impresso atrás do calendário

dificultou a leitura, pois precisa arrancar

a folha, buscar alternativas;

Importante os instrumentos e estão

sendo bons até agora. Funciona,

continuar;

Muito útil, gostamos do texto;

Manter o trabalho que foi feito durante o

ano;

Antecipar os informes;

6- Biblioteca

circulante

Ampliação da parceria com a

família na leitura de

histórias, conservação dos

livros, devolução no prazo

Pensar em meios para começar mais

cedo possível (falta de pasta);

Continuar com o projeto;

Gostam muito;

Grande evolução em relação ao ano

anterior;

Bom desenvolvimento dos alunos;

Maior divulgação;

Não houve compromisso de todos os

envolvidos em devolver as pastas;

7- Passeios

De acordo com os projetos

de sala e interesse do grupo

atendendo a solicitação da

apm de pelo menos 2 por

ano.

Esse ano foi o melhor;

cinema ótimo;

Muito bom, continuem;

Produtivos de acordo com os projetos;

As crianças adquiriram bastante

conhecimento sobre os sinais de

trânsito;

8- Exposição dos

trabalhos nas

Valorização das produções

dos alunos, professores e

Todos gostaram e avaliaram

positivamente a exposição dos trabalhos

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reuniões de familiares alunos uns aprendendo com

os outros.

e atividades dos alunos;

Crianças demonstraram interação e

pesquisa;

Tudo organizado, criativo, bonito;

Muito importante para eles aprenderem

mais;

Muito bom!

Continuar;

9- Reunião de

familiares

Momento geral: vídeos,

textos formativos, informes;

Momento individualizado

(com a professora)

dinâmicas, textos, informes,

etc

Horário bom, tudo ótimo, momento de

conhecer o desenvolvimento das

crianças durante o ano letivo.

Gostam muito dos vídeos;

Todas as dúvidas são esclarecidas;

Continuar neste formato e horário;

Rever horário, fazer pesquisa;

Momento geral, somente no início e no

final do ano;

Informar mais quando tiver problemas,

como falta de funcionário, para que as

famílias pensem em alternativas em

conjunto;

10- Atendimento

secretaria/

Gestão

Mudança de oficiais É uma equipe excelente, mantém a

escola com ótimo funcionamento apesar

da falta de manutenção e cuidado da

prefeitura, que deveria investir na

educação, pelo contrário querem

diminuir o quadro de funcionários,

afetando nossos filhos, não pensam nas

crianças.

Bom atendimento;

Tratamento mudou muito, pouco trato

com os pais;

11- Limpeza da

escola

Funcionários afastados sem

substituição

Ter mais funcionários para substituição;

A escola não teve muita limpeza, pois

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teve muita troca de funcionário, por isso

permaneceu quase todo o ano suja.

12- Sábado com a

comunidade

Contação de história com a

madalena, atividades da

comunidade de

aprendizagem (grupos

interativos e tertúlias).

Não ser no mesmo dia - fundamental e

infantil;

Ótimo para as crianças.

Aprendizado ótimo;

13-Trabalho

pedagógico

Projetos de sala, parceria

entre professores, oficina de

convivência, grupos

interativos, intersalas,

entrada e saída coletiva,

circuito, etc.

Ótimo, muitas coisas legais;

Um projeto muito bom;

Criança também multiplica saberes, a

vivência das crianças durante os

projetos na escola foram percebidos em

casa.

O trabalho pedagógico deveria dar mais

lição de casa, atividades para executar

com a família.

A parceria entre professores e a

convivência com as crianças interagindo

é muito boa, pois as crianças conhecem

novos amiguinhos e não convivam com

barreiras e isso faz com que se tornem

cada vez mais cidadãos.

14- Alimentação Parceria com o setor de

alimentação para adequar

cardápio após

mudança/parceria com os

membros da comunidade de

aprendizagem

retorno do almoço ou mais frutas e

lanches variados;

É preciso manter o almoço, pois criança

desnutrida não dá são crianças, pois

sem vitaminas e sem minerais, como

uma criança desta irá se desenvolver e

por sua criatividade e raciocínio em

prática. E o almoço, segundo eles, era

muito gostoso. E afinal a prefeitura desta

cidade é muito rica;

Precisa melhorar;

Consideram que falta muito e as

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crianças reclamam e no site demonstram

uma coisa e no dia-a-dia é muito

diferente;

Melhorar qualidade e opções;

Na alimentação, o almoço fez muita

falta, pois algumas crianças não comem

bem e vendo outras crianças comerem,

elas acabariam alimentando-se melhor.

E hoje o carboidrato que é servido

também ocasiona o mesmo motivo do

qual retiraram almoço;

Crianças com fome;

15- Parceria com as

famílias: respeito ao

horário de entrada e

saída; atualização de

dados na secretaria e

ficha de autorizados

na sala de aula; uso

da carteirinha;

Diminuição de atrasos;

Maior atualização de dados,

principalmente, através da

agenda;

O uso da carteirinha é seguro, porém

com os professores eventuais não é

muito solicitado.

Família mais atenta;

Tolerância de espera, mais segurança

para as crianças;

Responsabilidade de cada pai e mãe

pelo horário e saída de seus filhos e a

escola já faz tudo como carteirinha para

que haja segurança para próprias

famílias.

Houve uma boa comunicação, só

deveria avisar de eventos na melhoria da

escola.

Os pais ou responsáveis tem que estar

ciente de todo o trabalho que é feito e

que quando há atraso ou dados

pessoais errado, pode trazer problemas.

É muito importante a carteirinha, pois se

trata da segurança da própria criança.

A agenda é a comunicação entre os pais

e o professor.

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16- Estrutura,

recursos humanos e

materiais

Pintura de espaços da

escola com ajuda de pais e

professores;

Pequenas manutenções com

ajuda do guarda

Precisa de manutenção;

Deveria ter uma pessoa ou duas só para

a manutenção da escola;

Ampliar envolvimento;

Falta de interesse da prefeitura;

17- Outros itens

Portão aberto

Vigilante/segurança

Atendimento na secretaria

muito bom, com muita

prontidão

Passeios – bastante

proveitosos para as

crianças!

Passeios muito bons;

Agenda bem comunicativa;

Atendimento muito bom na secretaria;

Satisfação com aprendizado e cuidado;

Trabalhar mais com letras e números;

2 Avaliação da Equipe Escolar

“Todo amanhã se cria num ontem, através de um hoje (...) Temos de saber o que fomos, para

saber o que seremos.” (Paulo Freire)

Mais um ano encerra-se e chegamos de novo no momento de avaliar. Isso não quer dizer que

não retomamos as ações durante todo o ano, pois no decorrer do período letivo vamos observando

as necessidades e revisando as “rotas” sempre. Entretanto, agora conseguimos reunir tudo que

fomos colhendo e com o registro em mãos, traçar encaminhamentos viáveis para o ano de 2017.

Para sensibilizarmos a equipe para este momento, apresentamos o vídeo: “Viver a vida –

Virginia D. Carneiro”´, sendo uma sugestão apresentada pela Elenir, chefe da macrorregião, na

reunião com as equipes de gestão. A partir do vídeo, pudemos pensar um pouco sobre os

obstáculos enfrentados no cotidiano que nos limitam e que tudo depende de como encaramos os

desafios.

Apresentamos o vídeo em HTPC para professores e em várias reuniões de segmento para

tentar contemplar todos os funcionários antes da reunião pedagógica, pois como teríamos um

período reduzido para avaliar (Reunião Pedagógica de meio período) não seria possível fazer tudo

num único momento, mas na dinâmica escolar, enfrentamos um grande desafio que é reunir os

diferentes segmentos, sem ter um horário adequado para isso.

Depois de assistirem ao depoimento, cada funcionário recebeu alguns indicativos para pensar

nos avanços alcançados durante o ano. Percebemos que as pessoas costumam ter um pouco de

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dificuldade em observar todas as conquistas e com ajuda da Orientadora Pedagógica, Helena,

pensamos estratégias para facilitar a identificação e valorização das conquistas e avançar para além

de um relato que só apontasse as faltas. Além disso, já foram fazendo indicações de estratégias de

superação de desafios para o próximo ano.

No dia da Reunião Pedagógica, apresentamos uma retrospectiva do trabalho desenvolvido e

pudemos pensar nas ações coletivas da escola, utilizando como instrumento norteador o material

encaminhado pela Secretaria de Educação e dividimos em três grupos, conforme as diretrizes

elencadas (Qualidade social da educação por meio da prática pedagógica, Gestão Democrática,

Acesso, permanência e sucesso escolar). Todos os grupos também puderam indicar outros

compromissos, conforme levantamento nas discussões.

Realizamos, também, uma dinâmica, na qual cada funcionário recebeu um cartão de

valorização e com uma frase para reflexão. A frase foi extraída de uma lista elaborada por um

professor americano que sempre inicia o ano letivo com recados de incentivo, motivação para os

alunos e cada profissional teve a oportunidade de indicar uma mensagem/recomendação para

podermos construir a nossa lista “inspiradora” para o ano de 2017. E produzimos muitas frases de

autoria dos grandes pensadores da EMEB Ana Henriqueta e também dos pensadores “renomados”

que servirão como um “mantra” para o próximo ano, tendo uma pequena amostra abaixo da nossa

produção:

“Se nada nos salva da morte, pelo menos que o AMOR nos salve da vida”

(Pablo Neruda)

“Faça tudo com muito amor!”

“Gentileza gera gentileza...”

“Ame as pessoas e não as coisas.”

“Gosto de ver um homem orgulhar-se do lugar onde vive.

Gosto de ver um homem viver de modo que seu lugar orgulhe-se dele.”

(Abrahan Lincoln)”

“Sonho que se sonha só é só um sonho,

Sonho que se sonha junto é realidade.”

(Miguel de Cervantes)

“Arrisque mais.”

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PRESSUPOSTOS PEDAGÓGICOS

1. Diretriz: Gestão Democrática

1.1 Compromisso:

Propostas para aperfeiçoar a atuação dos órgãos colegiados.

Ação da escola para viabilizar a efetivação do Compromisso

Participação do Conselho, APM e Comunidade de Aprendizagem juntos nas reuniões

mensais.

Dia da reunião encaminhado no Calendário mensal para todos os familiares.

Incentivar sempre a participação dos familiares nestes e em outros momentos, efetivar

estas ações por meio dos projetos, promovendo as reuniões e encontros em horários

acessíveis a todos.

Avanços alcançados diante do desenvolvimento da ação proposta

Maior participação dos familiares promovendo a sensibilização em atividades e o

despertar do interesse de estarem envolvidos na vida escolar de seus filhos.

Conselho mirim – conseguiu efetivar as sugestões/sonhos sugeridos ao longo do ano.

Projeto Comunidade de Aprendizagem – fomos evoluindo ao longo do ano, pensando

na participação dos pais (APM, Comunidade de Aprendizagem, Conselho de Escola),

professores que possuem pais representantes têm auxiliado inclusive nas reuniões.

Desafios a serem superados, evidenciados pela ação proposta

Manter o interesse dos pais em perpetuar essas ações e projetos envolvendo a

comunidade.

Combinados e formação específicas junto à participação desses pais no ambiente

escolar.

Reunião formativa, pois de uma maneira geral os pais ainda demonstram interesse

maior nas informações e as questões pedagógicas precisam ser construídas junto aos

pais.

1.2 Compromisso:

Evidenciar a participação e corresponsabilidade da comunidade escolar (funcionários,

alunos, famílias e outros membros da comunidade), dando voz a todos os envolvidos de

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forma que lhes faça sentido e que cada um se reconheça no documento, desde o acesso,

implementação do projeto, tomada de decisões até a avaliação.

Ação da escola para viabilizar a efetivação do Compromisso

Projeto Comunidade de Aprendizagem;

Conselho Mirim – conseguiu efetivar as sugestões/sonhos sugeridos ao longo do ano;

Divulgação do PPP, através do Blog, Calendário Mensal, Reuniões de pais e APM

Reuniões de pais formativas, com avaliação processual

Em todas as atividades citadas é prezado o envolvimento da comunidade abrindo a

escola a sua participação. Dando voz as crianças e suas necessidades e valorizando

suas falas e permitindo o acesso por meios tecnológicos as informações e

documentação elaboradas pela equipe escolar.

Avanços alcançados diante do desenvolvimento da ação proposta

Maior colaboração das famílias nos movimentos da escola;

Valorização das ideias e necessidades das crianças promovendo o desenvolvimento

do senso crítico.

Oportunizar o acesso (livre) as informações e documentação da escola via internet.

Desafios a serem superados, evidenciados pela ação proposta

Manter a continuidade desse trabalho e promover a maior adesão das famílias.

Reuniões formativa, pois de maneira geral os pais ainda demonstram interesse maior

nas informações, e as questões pedagógicas precisam ser construídas junto aos pais.

1.3 Compromisso

Ações em parceria com programas, dispositivos da comunidade, dentre outros.

Ação da escola para viabilizar a efetivação do Compromisso

PSE

UBS

Ação Saudável

Samu

EOT

Escolas da região

Avanços alcançados diante do desenvolvimento da ação proposta

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Por meio das parcerias estabelecidas houve maior conscientização das crianças e famílias

quanto a importância do cuidado com a saúde e alimentação saudável.

Devido acompanhamento às crianças que possuem necessidades especiais.

Realização da passagem dos alunos que irão para o ensino fundamental, promovendo a

adaptação das crianças ao novo ambiente.

Estas parcerias este ano aconteceram com mais evidência e com mais regularidade.

Outras que foram mais esporádicas, também foram produtivas.

Organização para atendimento das crianças foi eficiente, funcional.

Desafios a serem superados, evidenciados pela ação proposta

Continuar com essas ações e conscientizar cada vez mais as famílias da importância de

buscar apoio médico e profissional especializado.

Manter as parcerias e a organização no atendimento

2. Diretriz: Qualidade Social da Educação por meio da prática pedagógica

2.1 COMPROMISSO

Práticas didáticas significativas, contextualizadas e inclusivas que garantam o processo de

ensino e aprendizagem de todos e de cada um.

• (Integração de mídias e tecnologias, práticas de leitura, mediação de

leitura, pesquisa escolar, acesso à múltiplas linguagens, inclusão).

Ação da escola para viabilizar a efetivação do Compromisso

Projetos Pedagógicos de acordo com a necessidade de cada grupo – valorizamos a

autonomia de cada turma e escolha de seus projetos

Aquisição e confecção de material adaptado;

Projeto Coletivo: Comunidade de Aprendizagem;

Parceria EOT, professor de AEE, Auxiliares

Houve avanços em nosso plano de formação com cursos, HTPC’s, reuniões

pedagógicas e HTP voltados para tal. Sentimos que o que é passado ao trio gestor nos

é transmitido.

Agradecemos e esperamos que continue a abertura de socialização de novas práticas,

com a tertúlia literária.

Avanços alcançados diante do desenvolvimento da ação proposta

Maior participação da comunidade em diferentes atividades

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Desafios a serem superados, evidenciados pela ação proposta.

Contemplar os campos de experiências nos projetos pedagógicos.

Ampliar cada vez mais os recursos adaptados

Construir com essa equipe combinados, horários, espaços usados coletivamente e

com as crianças e também seguir o nosso contrato didático.

2.2 COMPROMISSO

Planos de formação articulados, a partir do levantamento coletivo das necessidades, para

todos e cada um, constituindo diversos espaços e tempos formativos.

Ação da escola para viabilizar a efetivação do Compromisso

Participação de todos funcionários nas Reuniões Pedagógicas – mesclar todos os

segmentos em ambos períodos

Reuniões “extraordinárias” para discutir demandas específicas de cada grupo –

entender que essas reuniões são para apontar soluções diante dos problemas

enfrentados.

PPP construído coletivamente e revisto no decorrer do ano em conjunto

Avanços alcançados diante do desenvolvimento da ação proposta

Articulação entre os diferentes segmentos dos funcionários da escola em Reuniões

pedagógicas.

Desafios a serem superados, evidenciados pela ação proposta

A ação foi boa com vários avanços, nos sentimos como construtores desse PPP. A

meta é melhorar cada vez mais e continuar proporcionando a participação de todos

2.3 COMPROMISSO

Planos de formação específicos, de acordo com as necessidades dos diversos sujeitos

envolvidos na elaboração do PPP.

Ação da escola para viabilizar a efetivação do Compromisso

Socialização do conteúdo do PPP com todos os segmentos da escola

Avanços alcançados diante do desenvolvimento da ação proposta

Houve avanços em nosso plano de formação com cursos, HTPC’s, reuniões

pedagógicas e HTP voltados para tal. Sentimos que o que é passado ao trio gestor nos

é transmitido.

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Agradecemos e esperamos que continue a abertura de socialização de novas práticas,

com a tertúlia literária.

Maior participação da comunidade em diferentes atividades.

Parceria muito positiva com a professora Lisbeth e auxiliares de educação.

Desafios a serem superados, evidenciados pela ação proposta.

Promover encontros e trocas entre a equipe de AEE e as professoras para orientações

no decorrer do ano.

Formação para as mães participantes da Comunidade de Aprendizagem e

Conscientização do uso coletivo dos espaços.

Esclarecer a todos os segmentos o papel e a importância de cada um na construção

do PPP.

3. Diretriz: Acesso, permanência e sucesso escolar

3.1 COMPROMISSO

Formas de acolhimento aos educandos, considerando necessidades coletivas e individuais e

respeitando as diversidades de gênero, etnia, credo, pessoas com deficiência.

Ação da escola para viabilizar a efetivação do Compromisso

Apresentação de todos os funcionários na primeira reunião;

Participação de todos os funcionários no período de acolhimento dos alunos;

Propostas diferenciadas para acolher os alunos da melhor forma possível;

Horário reduzido para atender as especificidades de todos no período de adaptação;

Espaço organizado de forma atrativa no acolhimento de famílias e crianças;

Comunicados/informativos através da agenda;

Ouvir alunos/comunidade na elaboração da rotina/projetos/comunidade de

aprendizagem, conselho mirim, parceria com as famílias dentro da escoal.

Avanços alcançados diante do desenvolvimento da ação proposta

Desafios a serem superados, evidenciados pela ação proposta

Manter e aprimorar o que está dando certo.

Apresentação dos funcionários da escola de uma forma mais focada, apresentando-se

em pequenos grupos (de sala em sala) melhorando a integração de todos.

Horário reduzido deve ser mantido, pois auxilia no acolhimento e adaptação efetivos

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3.2 COMPROMISSO

Articulação das escolas do território/macrorregião para ampliação de ações de acolhimento e

acompanhamento aos alunos e família.

Ação da escola para viabilizar a efetivação do Compromisso

Visita à escola do fundamental;

Troca de experiências no Seminário de Educação;

Relatório de passagem;

Reunião de passagem;

Avanços alcançados diante do desenvolvimento da ação proposta

Superar a expectativa de quem recebe para o acolhimento mais efetivo, atendendo às

diversas necessidades dos alunos.

Vivências diferenciadas para aprimorar, enriquecer nossa prática em sala de aula

(Seminários de Educação)

Desafios a serem superados, evidenciados pela ação proposta

Que aconteça uma integração entre os diferentes níveis/creche/infantil /fundamental os

professores.

Trazer alunos de outros segmentos (fundamental/creche) para maior

integração/interação entre os alunos.

3.3 COMPROMISSO

Organização da rotina a partir das necessidades dos sujeitos.

Ação da escola para viabilizar a efetivação do Compromisso

Conselho de escola e mirim

Comunidade de aprendizagem

Reunião de pais

Parceria da APM

Parceria entre comunidade/escola, através dos projetos desenvolvidos.

Avanços alcançados diante do desenvolvimento da ação proposta

Os pais aceitaram essas ações e com isso vem aumentando gradativamente a

presença dentro da escola.

Desafios a serem superados, evidenciados pela ação proposta

Manter essa presença da comunidade dentro da escola.

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4. OUTROS COMPROMISSOS

4.1 Compromissos definidos pela equipe escolar no PPP.

Ação da escola para viabilizar a efetivação do Compromisso

Oficina de convivência

Aluguel de brinquedos

Sonhos das crianças realizados em parceria com o Conselho Mirim.

Semana da criança com atividades diferenciadas, porém com o número de dias

reduzidos (2 ou 3)

A participação de todos na confecção do PPP.

Avanços alcançados diante do desenvolvimento da ação proposta

Tem se cumprido cada vez mais as metas do PPP, inclusive, com a participação cada

vez maior das famílias

As reuniões pedagógicas estiveram mais dinâmicas e entendemos que nestes espaços

formativos é que a gestão democrática acaba sendo efetivada com representatividade

de todos os segmentos.

Os professores estão empenhados em cumprir os compromissos estabelecidos no

PPP.

Desafios a serem superados, evidenciados pela ação proposta.

Existe uma boa prática de integração entre todos da equipe, mas ainda há resistência

em algumas pessoas de todas as funções;

Continuar com o olhar de que todos são educadores na escola;

Continuar encontrando estratégias formativas para todos os segmentos, visando atingir

ainda mais os objetivos da Gestão democrática.

Inteirar todos os funcionários (apoio em geral) para um conhecimento melhor do

documento.

IV. CARACTERIZAÇÃO E PLANO DE AÇÃO PARA OS SEGMENTOS DE ATUAÇÃO DA

ESCOLA

1. Caracterização da comunidade escolar

A comunidade conta com uma unidade de Saúde (ao lado da EMEB); EMEBs de ensino

fundamental, EMEBs de educação infantil (0 a 3 anos e 3 a 5 anos) e creches conveniadas, o que

tem contribuído para melhorar o atendimento da demanda da região.

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No ano de 2010 o texto sobre a caracterização da nossa comunidade foi revisto baseando-se

no estudo dos professores, a partir do vídeo Paradigmas da Pós Modernidade, da educadora Mônica

Hummel, ressaltando a necessidade de se buscar parcerias no entorno, articulando-se com estes

diferentes núcleos e grupos sociais presentes nas comunidades, para favorecer um ensino

significativo e consistente dentro da escola.

Considerando ser de essencial importância a participação dos pais nesta escrita, optamos em

trazer durante as reuniões de pais dinâmicas que favorecessem a fala destes a respeito do bairro

onde moram, da sua rotina, das suas necessidades, das suas alegrias, tristezas, etc.

Em seguida em HTPC, os professores transformaram os registros das reuniões em textos.

Nossa comunidade é heterogênea, em sua maioria, é composta por migrantes ou filhos de

migrantes vindos principalmente das regiões Nordeste, Norte, e do estado de Minas Gerais. Alguns

vieram sozinhos e construíram suas famílias aqui, outros já trouxeram suas famílias e seus sonhos

para cá.

O comércio da região cresceu muito, ampliando o campo de trabalho para as famílias e há

evidências de que houve melhoras no padrão econômico, pois relatam que as condições atuais

permitem melhor qualidade de vida; contudo, muitas famílias ainda enfrentam muitas dificuldades no

dia a dia.

O número crescente de crianças e jovens na região aumentou a necessidade de espaços de

cultura e lazer, e os pais, observando que seus filhos perderam o espaço e a referência de

brincadeiras tradicionais e que a falta de segurança dificulta o brincar na rua, reconhecem a urgente

necessidade de equipamentos em que estes jovens e crianças possam receber atendimento e

formação enquanto os pais trabalham, sem que estas famílias fiquem na dependência de outros

cuidadores informais, que, apesar da boa vontade, nem sempre conseguem afastar as crianças e

jovens de situações que oferecem risco para o seu desenvolvimento (psicológico, físico e moral).

O acesso às novas tecnologias (TV, vídeo games, celulares, etc.) também, de certa forma,

contribuem para afastar as crianças das brincadeiras tradicionais e coletivas, deste modo, a escola é

o lugar onde os pais acreditam que os filhos possam ter estes momentos de integração com outras

crianças; confiam no ambiente escolar e também nos cuidados que seus filhos recebem para o seu

bem-estar físico, social e emocional.

Apesar da falta de áreas de lazer e equipamentos públicos de cultura, a comunidade valoriza

a cultura. Há na comunidade grupos que levam adiante a tradição da congada e de danças típicas.

Durante muitos anos tivemos na rede uma ficha em forma de entrevista com os pais em

relação aos alunos. Tal ficha auxiliava na delimitação de algumas especificidades, interesses e

atividades realizadas pela família e pelo aluno. Contudo, a ficha era muito extensa e, considerando

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que alguns dados relevantes aos alunos já constavam na ficha de matrícula, decidimos deixar de

aplicar tal instrumento.

Em 2014, observando a necessidade de obtermos mais informações sobre a família de

nossos alunos além daquelas constantes na ficha de matrícula, formulamos um questionário de

maneira que contemplássemos os aspectos importantes a serem levantados de forma mais fácil e

acessível às famílias e que representasse realmente as necessidades da escola.

No ano de 2015 iniciamos o acolhimento dos pais convidando-os a participar do projeto

comunidade de aprendizagem através de seus sonhos e expectativas em relação à escola.

Além de tal dinâmica de busca por uma maior aproximação da escola com as famílias,

também foi proposto o preenchimento de uma ficha cadastral com algumas questões sobre a família

de cada aluno.

Em 2016, retomamos a dinâmica dos sonhos e inserimos tal pesquisa no blog de nossa

escola com o intuito de incentivar o acesso a ele. Para os familiares com dificuldades de acesso à

internet, fornecemos esta ficha impressa.

Continuamos com a dinâmica dos sonhos também em 2017, realizando este movimento com

a equipe escolar, com as crianças e com os pais e iremos buscar, na medida do possível, promover

a realização de alguns destes sonhos.

Avaliando que não obtivemos uma amostragem significativa no blog, retomamos a pesquisa

redimensionando-a e sintetizando-a com o enfoque na rotina da criança, os sonhos e os talentos dos

familiares realizando-a na primeira reunião de pais.

3 Plano de ação para a comunidade escolar

Justificativa:

No ano de 2016, buscamos sensibilizar as famílias para compreender e valorizar o trabalho

desenvolvido pela escola, principalmente, através dos grupos interativos do Projeto Comunidade de

Aprendizagem. Através de reuniões, exposições de trabalhos, contação de história, oficinas, fomos

aproximando a família da escola e buscando a parceria para conseguir prestar um atendimento de

qualidade para alunos e famílias. Tivemos um envolvimento bastante efetivo dos membros do

Comunidade de Aprendizagem, conseguimos realizar alguns sonhos das crianças com a ajuda das

famílias.

Além de continuar sonhando na primeira reunião, fizemos algumas perguntas sobre os

talentos das famílias, o contexto familiar, para conhecer melhor o nosso público alvo.

A partir dos sonhos, faremos a organização de equipes, buscando parcerias para encaminhar

cada desejo. Continuamos tendo como desafio aproximar ainda mais as famílias, procurando

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transformar os sonhos em realidade. Com a aproximação da família compartilhando o desejo de

melhorar ainda mais a nossa escola, conseguiremos muitos avanços e mesmo aqueles que não

puderem compor as equipes, será possível uma ampla divulgação e valorização da nossa prática,

pois os que acompanharem a rotina poderão compartilhar com os outros que não o puderem fazer,

pois só com a parceria entre família e escola conseguiremos fazer uma escola melhor para todos.

Objetivos Gerais e Específicos:

Aproximar a família da escola, potencializando os espaços para expressão de ideias,

sentimentos, das singularidades, buscando conhecer melhor as famílias e oportunizando

experiências significativas para que conheçam o trabalho desenvolvido pela escola;

Ampliar o olhar sobre a própria vida e a visão de mundo, aprofundando questões essenciais

como respeito às diferenças;

Levantar os sonhos das famílias e em conjunto buscar estratégias para encaminhá-

los/realizá-los;

Envolver a comunidade no Projeto: Comunidade de Aprendizagem

Ações propostas:

Sábados com a comunidade e reuniões com familiares

Ouvir os familiares nos mais diversos momentos, acolhendo e encaminhando às

necessidades (Atendimento Secretaria, da equipe de gestão, Acolhida no portão, HTP,

Reuniões de familiares, Reuniões de APM e Conselho, Sábado com a Comunidade, Agenda,

Telefone, Blog, etc).

Proporcionar vivências (literárias, teatrais, musicais, etc) que provoquem a reflexão e a

transformação do olhar de todos envolvidos.

Teremos encontros mensais com a representante do projeto “Comunidades de

Aprendizagem” para junto com as comissões buscarmos alternativas para colocar o projeto

em prática, buscando realizar os sonhos da nossa comunidade.

06/02

Reunião com

Familiares

Apresentação da Unidade Escolar, seus membros, seu funcionamento,

destacando a importância do período de adaptação para as crianças.

Apresentação do projeto “Comunidade de Aprendizagem”

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13/05

Sábado com

a

comunidade

Oficinas relacionadas ao Projeto Coletivo “Eu te amo”

03/05 e

10/05

Reunião com familiares (1º dia - período da manhã e 2º dia – período da

tarde) com exposição do trabalho das crianças.

02/08 e

09/08

Reunião com familiares (1º dia - período da tarde e 2º dia – período da

manhã) com exposição do trabalho das crianças e leitura de relatórios

individuais.

06/12 Reunião com familiares e exposição do trabalho das crianças e leitura dos

relatórios individuais das crianças.

25/11 Sábado com a comunidade - Finalização dos Projetos

Responsáveis:

Trio gestor, professores e funcionários.

Avaliação

A avaliação do trabalho dar-se-á durante cada encontro através de espaços para

manifestação dos pais, e também ao final do ano em instrumento próprio produzido pela escola, com

base nas orientações da Secretaria de Educação.

3. Equipe escolar

3.1. Professores

3.1.1 – Caracterização

Neste ano de 2017, devido ao processo de remoção, o grupo docente passou por alterações;

recebendo novos professores designados: Letícia, Luciana Maria, Márcia, Marina, Renata e Thiago.

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Permanecemos ainda com um professor substituto e um professor volante no período da

manhã; e no período da tarde, dois professores volantes. Assim sendo, continuaremos cuidando do

agendamento de faltas previstas, bem como de saídas antecipadas ou entradas tardias, pois a partir

da Resolução nº05/2016 tanto o professor substituto como o professor volante, serão chamados

para substituir em outras escolas.

No momento contamos com vinte e cinco professores, sendo que três possuem duas

matrículas na própria escola, destes dezessete são titulares, três efetivos designados e um

substituto que estão assumindo turmas, três efetivos designados e um substituto como volante,

todos com jornada de trinta horas. Deste total, quinze trabalham no período contrário em outra

unidade ou rede, e destes oito estão atuando no ensino fundamental.

No que se refere ao HTP, os indicativos apontados no ano anterior resultaram em uma maior

qualidade do trabalho e aproveitamento do tempo, sendo destinado à elaboração de planejamentos

e registros, tendo uma vez na semana a devolutiva dos mesmos, com a equipe de gestão,

atendimento aos pais quando necessário, organização de materiais e participação no projeto

“Comunidade de Aprendizagem” e no projeto “Espaço – um segundo educador”, garantindo um dia

para cada equipe reunir-se e desenvolver as ações relativas às mudanças efetivas nos espaços.

No sentido de validar a necessidade das experiências de movimento junto às crianças,

iremos realizar, em alguns de nossos HTPs, dinâmicas que contemplem a expressão corporal

também com os professores.

O HTPC continua estruturado com um encontro semanal, tendo início às 18h15min

estendendo-se até às 21h15min, uma vez que todo o grupo possui a mesma jornada.

O processo contínuo de valorização do “eu” permanece como objetivo de sensibilizar cada

membro do grupo enfatizando ainda mais a importância do trabalho que realizamos.

Iniciamos 2017, com uma dinâmica de acolhimento na qual todos puderam apontar a “escola

que queremos”, sensibilizando o grupo com seus sonhos, de acordo com o Projeto: Comunidade de

Aprendizagem que busca a parceria de todos para realizar sonhos possíveis.

“Sonho com uma escola onde as crianças desenvolvam suas potencialidades com

alegria, paz e harmonia. Sonho com espaço onde possamos construir relações de confiança,

e desenvolver os valores de respeito e solidariedade tão necessários no mundo em que

vivemos.”

Melissa

“Quero que este ano seja abençoado, repleto de paz, alegria, aprendizagens e vitórias.”

Uiara

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“Que seja um ano bastante produtivo, tranquilo, com muitas conquistas, trabalho,

parceria e empenho. Para mim: eu desejo ser mais paciente.”

Luciana Gongora

“Sonhar junto (parceria). Ser parceiro de sonhos!!!”

Rosângela Pires

No momento da Reunião Pedagógica para discussão do PPP, acolhemos o grupo com uma

dinâmica utilizando um vídeo “Doze coisinhas à toa que nos fazem felizes” de forma a nos

sensibilizar e assim, pensarmos em “Três coisinhas à toa que nos fazem feliz”. Deste modo, cada

um pode refletir sobre suas próprias experiências e socializá-las como um disparador para a

retomada do estudo dos Campos de Experiências.

“Cinema com o filhinho, waffle belga, viajar com meus amores.”

Andréia

“Olhar os passarinhos na árvore pela janela da sala de aula (amo!!!), pintar as unhas

com esamlte novo, buscar meus filhos na escola, comer bolinho de chuva caseiro.”

Melissa

“Passear com minha família, olhar meus bichinhos (cachorro e gato) brincando,

descansar na minha cadeira de balanço tomando uma taça de vinho tinto.”

Elaine

“Almoço em família, assistir minha série favorita com meu marido, passear no parque

com meu cachorro.”

Fernanda Strabelli

“Estar com pessoas queridas, ficar na rede com um livro, viajar.”

Marina

“Ajudar o próximo, um abraço gostoso, surpresa.”

Márcia

“Cochilar no sofá, tomar café da tarde, ler antes de dormir.”

Elizete

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“Almoçar com a família, tomar café com minhas amigas, ouvir os passarinhos cantando

na janela do meu quarto.”

Mirna

“O bom dia espreguiçadinho da minha filha, sexta-feira à noite, bala.”

Sônia

“Fazer o sabão caseiro da vovó (e arroz doce também), dormir de tarde com todos em

uma cama só, tomar café com leite bem quente em xícaras grandes e bonitas de porcelana.”

Letícia

“Sentar num banco de parque e admirar a natureza, sentar no sofá (deitar) e assistir a

um bom filme, comer besteiras quando se tem vontade.”

Thaís

O que me deixa feliz é saber que posso contar com amigos na hora que mais preciso,

amizades sinceras, saber que tenho um trabalho.”

Ana Maria Franciano

“Dormir, comer, gastar, viajar.”

Lilian

“Fazer carinho em quem se ama, comer fandangos ou pingo de ouro deitada na cama

assistindo TV (filme), quando alguém penteia o meu cabelo ou coça as minhas costas.”

Sécyle

“Tomar uma xícara de café fresco, deitar na rede e esperar o tempo passar, ouvir uma

música que remeta à bons momentos.”

Luciana Maria

“Acordar antes do horário e dormir novamente, comer doces, dançar, pessoas bem

humoradas que me fazem rir.”

Renata

“Andar na chuva, tomar um pote de sorvete (sozinha), deitar ao sol.”

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“Acordar, observar o Vanderlei sorrir, andar descalça, abrir a janela e observar o

amanhecer e o entardecer ao fechar, ver a flor se abrir.”

Rosângela Pires

“Jogar videogame, tomar sorvete, viajar.”

Lucas

“Prestar atenção ao pôr do sol, dormir à toa, ficar sem fazer nada, viajar.”

Amanda

“Estar junto com meus filhos em casa, dançar, ouvir música, férias.”

Bete

“Deus, meus filhos, minha neta.”

Cíntia

“Brincar com meu filho, o que me faz feliz é ter um dia maravilhoso.

Joice

“Quando as crianças daqui da escola falam que estou linda, quando ligo para meus

pais e eles falam Deus te abençoe, o beijo e o abraço dos meus filhos.”

Simone Ribeiro

“Passear com as minhas filhas sem hora marcada, comer sem ficar culpada, ficar

deitada no sofá sem nada para fazer.”

Selma

“Crianças (todas), filhos e liberdade.”

Célia

“Brincar com minha filha, churrasco com a família, comer.”

Fernanda Dias

“O sorriso da minha filha logo pela manhã, estar com quem amo (família e amigos),

ficar à toa.”

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Paula

“Bem estar espiritual, descansar lendo um bom livro, comer bem e fazer exercícios.”

Lourdes

“Ficar em casa com meu filho, viajar, dormir até cansar.”

Juliana

“Dormir até acordar, ficar com a família e recordar histórias, sonhar acordada, rir de

tudo.”

Uiara

“Banho quente todos os dias, pássaros cantando na minha janela, família reunida no

Natal, aniversário, Páscoa, etc.”

Angelina

“Bater papo com a família, jogar vôlei com os amigos, ficar deitado ouvindo música e

vendo vídeos.”

Tiago

“Meu marido, meus filhos, passear com a minha família.”

Luciana Gongora

“Almoçar com a família, feriados em casa, reencontrar colegas.”

Ana Maria Bomfim

“Acordar sem o despertador, jogar conversa fora com pessoas especiais, barulho de

chuva na casinha de madeira da minha sogra, cheiro de café, sorriso da minha filha.”

Camila

Ao término das discussões realizamos uma atividade de movimento já com o intuito de

trabalhar com o campo de experiência: Corpo, gesto e movimento.

Objetivando ampliar a escuta das crianças e observando as necessidades de nossa

comunidade foi definido o Projeto Coletivo da escola que tratará dos sentimentos e emoções.

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44

3.1.2. Quadro de Professores

Matr. Nome Situação

funcional

Escolaridade

Horário

Tempo de

trabalho Outro local

de trabalho GRAD. PÓS-

GRAD. Na

PMSBC

Na

escola

27.850-7

Amanda

Francisca

Sola

Bolsarim

Professora Magistério /

Pedagogia Ed Infantil

7:00 às

12:00 16 anos

13

anos

Rede de

Mauá

27.736-5

17.466-6

Ana Maria

Ferreira

Bonfim

Professora/

Professora

Substitua

Magistério/

Pedagogia

Ed.

Inclusiva/E

d. Infantil

7:00 às

12:00

13:00 às

17:00

16 anos 13

anos

Duas

matrículas

na UE

25.805-6

Andréia

Campesan

Pires

Professora Pedagogia

Ed.

Inclusiva/E

d. Infantil

7:00 às

12:00 19 anos

15

anos

32.879-0 Angelina

Radin Professora

Magistério/

secretariado

executivo

Gestão

Pública

13:00 às

17:00 10 anos 5 anos

33.735-7

Camila da

Silva

Pacheco

Professora Magistério/

Pedagogia

13:00 às

17:00 9 anos 7 anos

Rede

Estadual

25.801-4

Claudiane

Oliveira

Prado

PAPP em

outra UE Pedagogia

13:00 às

17:00

Afastada:

laboratório

de

informática

27.812-5

Darci

Rodrigues

Shinohara

PRVD em

outra

unidade

Pedagogia 13:00 às

17:00

Afastada:

PRVD

30.815-0

26.631-8

Elaine

Neves De

Andrade

Professora

duas

matrículas

Magistério /

Pedagogia

cursando

7:00 às

12:00

13:00 às

18:00

14 anos 10

anos

Duas

matrículas

na UE

33.990-1 Elizete

Freitas

Professora

duas

Magistério/

Pedagogia

Psicopedag

ogia.

7:00 às

12:00 9 anos 7 anos

Duas

matrículas

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45

Claudino

Costa

matrículas na UE

35.939-7

Fernanda

Cristina

Lobato de

Oliveira

Lopes

Professora Magistério/

Letras

Educação

Inclusiva

7:00 às

12:00 7 anos 5 anos

17.744-4

Juliana

Aghinoni

De

Oliveira

Professora

Substituta

Magistério

/Química/

Pedagogia

Ciências e

suas

tecnologias

7:00 às

12:00 16 anos

11

anos

28.198-0

Lourdes

Aparecida

dos

Santos

Professora Pedagogia Psicopedag

ogia.

13:00 às

18:00 17 anos 3 anos

43003-0

Leticia de

Oliveira

Rosa

Professora Pedagogia Artes

visuais

13:00 às

18:00 1 mês 1 mês

EMEB

Mariana

Benvinda

Luciana

Maria Professora

13:00 às

18:00 1 mês

35.943-6

Luciana

Silva

Gongora

dos

Santos

Professora Pedagogia 7:00 às

12:00 8 anos 7 anos

Pref. de

Santo André

35183-6

Marcia

Maria

Zacharias

de Souza

Professora Pedagogia Psicopedag

ogia

7:;00 às

12:00 7 anos 1 mês

Pref. De

Santo André

41473-7

Marina

Savordelli

Versolato

Pugin

Professora Pedagogia

Psicopedag

ogia /

ciência e

tecnologia

7:00 às

12:00 2 anos 1 mês

Pref. De

Santo André

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46

32.602-3

Melissa

Alves de

Oliveira

Rafael

Professora Magistério/

Pedagogia

13:00 às

17:00 18 anos 6 anos

EMEB

Janete Mally

26.578-4

Monica

deJesus

Bermud

Dias

PRVD em

outra

unidade

13:00 às

17:00

Afastada:

PRVD

37.448-2

Paula

Marim

Colombini

Professora Pedagogia 13:00 às

18:00 7 anos 4 anos

41.498-1

Renata

Ferreira

Costa

Professora

Pedagogia/

Administraçã

o

Arte na

Educação

13:00 às

18:00 2 anos 1 mês

Pref. de

Santo André

26.628-5

Rosangela

B. Andreta

Pires

Professora

Magistério/

Pedagogia /

Letras

Educação

Infantil

7:00 ás

12:00 18 anos

13

anos

Pref. de

Santo André

36.035-4

Sécyle

Serli

Marques

Leme

Professora Pedagogia Educação

Inclusiva

13:00 às

18:00 7 anos 7 anos Rede EMIP

25.839-9

Selma

Peinado

Fim

Professora Magistério/

Pedagogia

Psicopedag

ogia./ Ed.

Inclusiva

7:00 às

12:00 18 anos

13

anos

18.743-9

Shirley de

Souza

Tisano

Pedagogia

Mobilidade

Ed.

Inclusiva

7:00 às

12:00 12 anos 1 mês

33.067-2

Thaís

Cavalcant

e Kassai

Professora Pedagogia

Ed.

Inclusiva/

Ed. Infantil

13:00 às

18:00 12 anos 6 anos

Pref. de

Santo André

41531-9

Tiago

Alves

Bezerra

Professor Pedagogia

Gestão

Educaciona

l

13:00 às

18:00 2 anos 1 mês

Pref. De São

Paulo

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47

3.1.3 – Plano de formação para os professores

Justificativa:

Partindo do estudo realizado no ano passado voltado para os Campos de Experiência e

buscando relacionar a concepção de infância e criança construída pelo grupo, este ano iremos

sistematizar de forma mais efetiva a organização curricular de nossa escola fazendo uma mudança

pontual na estrutura de nosso PPP, para tanto iremos a partir do embasamento estabelecido pela

versão mais atual da Base Nacional Comum Curricular, que define e estrutura a Educação Infantil

por meio dos Campos de Experiências, estabelecer princípios básicos e direitos de aprendizagem

para esta etapa da educação básica, tendo sempre o olhar voltado para a diversidade, para as

necessidades individuais e coletivas das crianças, fazendo uma ponte entre o estudo do

desenvolvimento infantil e de algumas necessidades educacionais especiais com o que é defendido

pelo trabalho através dos campos de experiência.

Assim, desde o início do ano começamos uma formação com o grupo buscando

sensibilizá-los acerca do trabalho que já é realizado procurando rever as áreas de conhecimento.

Inicialmente iremos abordar de forma geral todos os campos de experiência para adequarmos nossa

escrita e prática, gradualmente aprofundando o estudo e o debate a respeito de cada um deles, uma

vez que o PPP é uma construção coletiva e processual.

Para aprofundarmos ainda mais o estudo buscaremos o apoio da Equipe de Orientação

Técnica no sentido de ampliarmos o conhecimento do grupo e enriquecer as experiências que

propomos, visando estimular o desenvolvimento integral das crianças.

Objetivo Geral:

- Observar de forma sistematizada o trabalho que realizamos junto às crianças, as propostas

que oferecemos e analisá-las de forma crítica diante do estabelecido pela BNCC.

Miguel

33.448-0

Uiara

Juliana de

Jesus

Professora

Magistério/

Normal

Superior

13:00 às

18:00 10 anos 7 anos

Pref. De

Santo André

28.552-8

Vanessa

Maria De

Jesus

Professora Magistério/

Pedagogia

7:00 às

12:00 10 anos 9 anos

Pref. de

Santo André

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- Aprofundar o estudo de cada campo de experiência e de forma gradativa construir com o

grupo a escrita que embasará nossa prática.

- Recapitular o estudo do desenvolvimento infantil, bem como das necessidades educacionais

presentes em nossas crianças.

Objetivos Específicos:

Realizar estudo teórico a respeito dos Campos de Experiência;

Sistematizar a escrita do nosso PPP pautada no que define a BNCC estabelecendo

um elo entre o que temos nas áreas de conhecimento e o que o estudo dos Campos

de Experiência nos propõe;

Buscar parceria com a Equipe de Orientação Técnica para aprofundar o

conhecimento do grupo com relação ao desenvolvimento infantil e as necessidades

que as crianças apresentam.

Conteúdos

1 - O eu, o outro e nós: As crianças vão se constituindo como alguém com um modo próprio

de agir, de sentir e de pensar na interação com outras crianças e adultos. (...) Ao mesmo tempo em

que participam das relações sociais e dos cuidados pessoais, as crianças constroem sua autonomia

e senso de autocuidado.

2- Corpo, gestos e movimentos: O corpo, no contato com o mundo, é essencial na

construção de sentidos pelas crianças, (...) Por meio do tato, do gesto, do deslocamento (...) as

crianças expressam-se (...) construindo conhecimento de si e do mundo.

3- Escuta, fala, pensamento e imaginação: Desde o nascimento, as crianças são atraídas e

se apropriam da língua materna (...). A gestualidade, o movimento exigido nas brincadeiras e nos

jogos corporais, a aquisição da linguagem verbal (oral e escrita) (...) Na pequena infância, a aquisição

e o domínio da linguagem verbal está vinculada à constituição do pensamento (...), sendo também

instrumento de apropriação dos demais conhecimentos.

4- Traços, sons, cores e imagens: As crianças constituem sua identidade pessoal e social

nas interações com diversos atores sociais, aprendendo a se expressar por meio de múltiplas

linguagens no contato com manifestações culturais locais e de outros países. (...)

5- Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações: As crianças são curiosas e

buscam compreender o ambiente em que vivem, suas características (...) os usos e a procedência de

diferentes elementos com os quais entram em contato, explicando o “como” e o “porquê” das coisas,

dos fenômenos da natureza e dos fatos da sociedade. (...) Para tanto, aprendem a observar, medir,

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49

quantificar, estabelecer comparações, criando uma relação com o meio ambiente, com a

sustentabilidade do planeta (...)

Ações Propostas:

a) Promover momentos de discussão coletiva e em subgrupos, apoiando-se no estudo de cada

campo, aprofundando um por vez, tendo a reflexão constante de nossa prática como eixo

condutor, priorizando a troca de experiências entre o grupo, refletindo sobre a ação de todos e

de cada um;

b) Estudo do meio (museus, teatros, exposição de artes, etc);

c) Realização de seminários entre os professores;

d) Realização de tertúlias pedagógicas;

e) Acompanhamento quinzenal dos planejamentos e registros;

f) Utilização de diferentes recursos tais como vídeos, reportagens e entrevistas, para reflexão e

aprofundamento dos estudos;

g) Estimular a participação do grupo com a troca de indicações de portadores textuais, vídeos,

músicas, imagens que sejam utilizadas como nutrição durante os HTPCs;

h) Formações em parceria com EOT;

Responsáveis:

Trio gestor.

Cronograma

As ações formativas ocorrem prioritariamente em três momentos:

a) Horário de Trabalho Pedagógico Coletivo (HTPC): só com professores.

b) Reuniões Pedagógicas (RP): com toda a equipe de funcionários.

c) Acompanhamento Individual (leitura e devolutiva periódica dos planejamentos,

registros, relatórios dos alunos, e diálogos entre o trio gestor e o professor nos momentos de

HTP).

Avaliação do Plano de Formação

A avaliação do trabalho formativo será realizada através de:

– Observação e registro do trio gestor sobre as práticas cotidianas do professor, bem

como em sua participação e envolvimento nas discussões realizadas em HTPC e Reuniões

pedagógicas

– Leitura de planejamentos, registros e relatórios e produções dos professores;

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– Manifestações avaliativas e auto avaliativas dos professores nos diferentes

momentos.

– Observação do desenvolvimento das crianças dentro do que foi planejado e

proposto.

– Observação da orientadora pedagógica.

Referências

BARBOSA, Maria Carmen Silveira; HORN, Maria da Graça Souza. Projetos Pedagógicos na

Educação Infantil. Porto Alegre: Grupo A, 2008.

BRASIL. Base Nacional Comum Curricular/ MEC. Brasília, 2015

________. Novas Diretrizes para a Educação Infantil/ MEC. Brasília, 2013

SALLES, Fátima; FARIA, Vitória. Currículo na Educação Infantil. São Paulo: Ática, 2012.

SÃO PAULO. Secretaria de Educação do Município de São Paulo. Orientações

Curriculares: Expectativas de Aprendizagens e Orientações Didáticas Educação Infantil. São

Paulo, 2007

3.2 – Auxiliares de Educação

3.2.1 Caracterização

Este ano estamos com quatro auxiliares em nossa equipe, o que favoreceu o atendimento às

inclusões de nossa escola, porém ainda se torna insuficiente, em especial no período da manhã, não

conseguindo atender a demanda que temos, sendo necessário recorrer às jornadas suplementares

autorizadas pela S.E. com professores do período contrário.

Como permaneceram os mesmos profissionais, todos estavam adaptados ao contexto escolar

e contribuíram muito com o período de adaptação das crianças.

Já estamos a algum tempo buscando inserir estes profissionais no processo de formação

de toda a equipe, em especial nos momentos de reuniões pedagógicas e realizando uma formação

individual nos momentos de discussão de cada caso que ele acompanha, através de conversas com

o professor da sala regular, o professor de AEE e algumas vezes com a equipe técnica, também

realizamos pesquisas a respeito do tipo de necessidades que as crianças atendidas por eles

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51

possuem, no intuito de aprofundar o seu conhecimento e melhorar as suas intervenções, sempre

visando aproximar o auxiliar ainda mais do planejamento do professor e do desenvolvimento do

grupo que acompanha, porém a demanda do cotidiano da escola continua fazendo com que não

tenhamos uma regularidade específica para estas conversas, mas de acordo com as possibilidades

fazemos conversas individuais ou coletivas, com o intuito de repensarmos a prática, quando há falta

de casos de inclusão, quando temos professor substituto disponível para auxiliar o professor, mas

não deixamos de buscar alternativas para possibilitar a reflexão. Portanto, este ano continuaremos

nos empenhando e buscando estratégias para superar tais dificuldades, procurando integrar toda a

equipe nas diferentes ações que realizaremos, para tanto procuramos deixá-los informados

repassando as pautas de HTPC, com conversas sobre os encaminhamentos tomados,

compartilhando textos e discussões nos tempos e espaços disponíveis.

3.2.2 Quadro de Auxiliares de Educação

Matr. Nome Situação

funcional

Escolaridade

Horário

Tempo de

trabalho Outro local de

trabalho GRAD.

PÓS-

GRA

D.

NA

PMSBC

NA

ESCOLA

35.840-6

Mirna

Arciero

Vitorino

Auxiliar de

Educação

Ensino

Médio

(secretari

ado)

8:00 às

12:00

13:00

às

17:00

7 anos 4 anos

35.516-5 Lilian Alves

Macedo

Auxiliar de

Educação

Pedagog

ia/

Ed.

Infan

til

8:00

às

12:00

13:00

às

17:00

6

anos

3 anos

35.415-1 Simone

Clotilde

Beneducci

Auxiliar de

Educação

Ensino

Médio

8:00

às

12:00

6

anos

2 anos

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3.2.4 Plano de Formação para os Auxiliares de Educação

Justificativa:

Buscando dar continuidade a inserção do auxiliar de educação em nossa equipe visando

efetivar o atendimento de nossas crianças com qualidade, acreditamos ser importante inseri-lo no

processo de formação, aproveitando todos os momentos disponíveis, como nos dias de falta dos

alunos de inclusão, disponibilidade da professora substituta, para propiciar a participação destes

profissionais no estudo a respeito dos “Campos de Experiência” e no projeto coletivo de nossa

escola direcionado às emoções e sentimentos, bem como promover conversas a respeito das

crianças e turmas que acompanham no sentido de instrumentalizá-los.

Objetivos Gerais

- Integrar os auxiliares aos diferentes projetos em que iremos atuar, mostrando a importância

de todos e de cada um neste processo.

- Manter o espaço sempre aberto para ouvir e acolher as necessidades deste profissional,

procurando acrescentar informações e enriquecer sua prática.

Objetivos Específicos

- Promover a parceria entre professor e auxiliar, no sentido de familiarizá-lo com o

planejamento da turma.

- Integrar os auxiliares às diferentes ações ocorridas em nossa escola.

- Apresentar as discussões que forem realizadas com a equipe técnica ou com professores

do AEE a respeito das crianças que acompanham.

13:00

às

17:00

41065-2 Juscelina

Paulino da

Silva

Auxiliar de

Educação

Pedagog

ia

8:00

às

12:00

13:00

às

17:00

2

anos 2 anos

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Ações propostas

- Proporcionar momentos de interação entre auxiliar, professor e professor de AEE.

- Acompanhar o trabalho desenvolvido por este em “reuniões” periódicas, buscando

aproveitar o momento em que a criança que estes acompanham estiver ausente ou ainda contar

com o apoio de algum professor substituto ou volante para ficar com a criança e possamos assim

promover o encontro.

- Propor que em dia de Reunião Pedagógica participem de meio período, pois temos dois

grupos diversos de professores e precisamos retomar a discussão/formação da manhã, no período

da tarde e o restante das horas retomarmos em outros dias das 17h às 18h, conforme agendamento

prévio.

- Entregar pautas, avisos e textos utilizados nos HTPC’s.

Responsáveis

Equipe gestora

Cronograma

- Participação em reuniões pedagógicas.

- Conversas mensais ou quando a situação assim exigir a respeito do trabalho

desenvolvido.

- Participação em reuniões com especialistas e AEE para orientação do trabalho que

realiza junto a criança.

Avaliação

- Manifestações, avaliativas e auto avaliativas dos auxiliares.

- Observação do desenvolvimento das crianças dentro do que foi planejado e proposto.

3.3 Funcionários

3.3.1 Caracterização

Nossa equipe conta com sete funcionárias auxiliares de limpeza, algumas com formação

em Ensino Médio e outras em Nível Superior Completo ou em curso, sendo um grupo que está

sempre buscando novas oportunidades no mercado de trabalho.

No quadro de atendimento da secretaria, neste ano, tivemos a troca de um dos oficiais,

apesar de recebermos um profissional que nunca tinha trabalhado tivemos uma boa adaptação dele,

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54

pois além da dedicação que demonstrou, tivemos a parceria com a oficial que já estava na escola

apresentando o serviço e ajudando no que era necessário. Atuam no atendimento aos pais e alunos,

principalmente, os que não chegam bem de saúde ou que estão machucados. Conversam, acolhem,

orientam e contatam a família quando necessário. Quanto ao preenchimento de documentos,

elaboração de memorandos, relatórios, ofícios, são atribuições realizadas pelos oficiais,

especificamente, sendo que atendem prontamente os prazos e solicitações da equipe escolar e

Secretaria de Educação. Para dar apoio a tantas atribuições tivemos a colaboração da funcionária

readaptada Zenilda, até o mês de outubro de 2016 e infelizmente a funcionária continua afastada.

Na cozinha contamos com duas funcionárias da nova empresa terceirizada, a Convida,

funcionárias muito capacitadas que se desdobravam para conseguir realizar todo o serviço com a

redução do quadro, mas que no final do ano foram dispensadas, segundo empresa, por problemas

técnicos, mas tanto a equipe escolar como famílias não foram favoráveis à demissão, infelizmente,

não fomos consultados para tentar evitar esta decisão. Recebemos, no início do ano, duas

funcionárias, ambas vieram de outras modalidades (fundamental e creche) ainda não tinham

trabalhado no infantil e permaneceram numa equipe reduzida para servir o lanche e mais a colação.

Nas Reuniões Pedagógicas promovemos dinâmicas, para garantir a acolhida de todos de

forma harmônica e prazerosa. Na reunião para retomada do PPP, refletimos juntos a partir da

questão:

3.3.2 Plano de Formação dos Funcionários

Justificativa:

A cada ano procuramos ampliar os espaços de formação dos funcionários, mas no dia-a-dia

isso não é nada fácil. Quando reunimos os funcionários de apoio, secretaria, cozinha em dias que

não são de Reunião Pedagógica para discussões de assuntos específicos comprometemos a

atuação destes importantes personagens nos seus respectivos espaços. Quando conseguimos ter

momentos assim, precisamos aproveitá-los com intensidade, pois eles são raros e de breve

duração. Mas uma vez por mês no máximo, quando estamos com o quadro completo, tentamos

fazer um encontro com alguma proposta de reflexão para que cada grupo possa olhar para as suas

especificidades e buscar a melhoria do trabalho desenvolvido. Neste ano, buscaremos fazer

reuniões individualizadas, conforme solicitação da equipe, para pensar nas necessidades

específicas.

Temos neste ano diversos projetos que precisam do envolvimento de todos para que haja

transformação real na escola. Por isso, a partir dos Projetos: “Comunidades de Aprendizagem” e

“Espaços - um segundo educador”, poderemos envolvê-los na dinâmica com os alunos e

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comunidade e valorizar o papel de cada um na escola. Reafirmamos que na instituição educacional

não há como não educar, educamos em cada gesto, em cada palavra, educamos o tempo todo e

que seja da melhor forma possível, sempre.

Objetivo Geral:

Envolver os funcionários nos projetos da escola, valorizando o papel de cada um e de todos

na construção de uma escola cada vez melhor.

Objetivos Específicos:

- Manter viva no grupo a concepção de infância que construímos.

- Tornar a escola o espaço privilegiado no processo de humanização da criança, respeitando

a diversidade que nela se coloca.

- Mantê-los informados de todos os projetos, contando com a colaboração no que for possível.

Ações Propostas:

- Promover reuniões entre equipe que extrapolem a divisão de tarefas, trazendo reflexão a

respeito da importância do papel de todos e de cada um.

- Partilhar todas as ações que envolvem comunidade escolar no sentido de envolver toda

a equipe.

- Promover reflexões a partir de textos, vídeos, músicas, buscando aperfeiçoamento da

prática cotidiana de educador.

- Compartilhar as pautas de HTPC mantendo o grupo informado das ações realizadas na

escola com retomada dos encaminhamentos adotados, através de conversas ou registro das

informações.

- Confecção de placas com a foto de cada um dos envolvidos na organização de cada

espaço, valorizando o trabalho do apoio.

Responsáveis:

Equipe de gestão

Cronograma:

Reuniões pedagógicas e de segmento

Avaliação:

A avaliação do trabalho se fará através de:

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- Observação do trio gestor sobre as práticas cotidianas no espaço escolar;

- Manifestações avaliativas e auto avaliativas de toda a equipe.

- Avaliação do trabalho realizado pela comunidade escolar nas reuniões de pais, nos

sábados letivos e no final do ano.

4. Conselhos

4.1 Conselho de Escola

4.1.1 Caracterização do Conselho de Escola

A partir da LDB (9394/96) a educação começa a preocupar-se em contemplar o princípio

constitucional da Gestão Democrática da escola pública e no Regimento Escolar Único de SBC

configura-se a importância deste órgão oficialmente para o munícipio, mas não é somente a criação

do órgão que dá conta da participação, surge a demanda de investir na maior atuação do Conselho.

A campanha de incentivo à participação da comunidade faz-se em todos os momentos e em

alguns mais específicos para atendermos os prazos de constituição dos cargos. Na primeira reunião

de pais, foi reiterado o convite feito todos os anos pela equipe de gestão no momento coletivo e

intensificado pelos professores nas salas. Os professores fizeram uma relação com os nomes dos

interessados e além de encaminharmos bilhete para todos os pais, ligamos para os casos que

deixaram o nome. Conseguimos preencher os cargos e alguns dos membros do Conselho são os

mesmos da APM. Mesmo após a formação do quadro do Conselho e da APM, a campanha de

incentivo à participação dos pais continua, pois informamos as datas da reunião, via calendário

mensalmente, para que todos possam vir para compreender melhor o trabalho da escola e a

atuação dos membros. Percebemos que a cada reunião contamos com a presença de familiares que

não tem cargo, mas que começam a se interessar pelo processo e já tivemos caso de familiares que

começaram como ouvintes num ano e no seguinte passaram a compor os cargos.

Tivemos a quantidade suficiente de professores para compor os cargos, mas percebemos que

o grupo fica preocupado de não conseguir participar das reuniões, pois fora do horário de trabalho

não conseguem por terem outros empregos e quando fazemos o encontro no horário de trabalho

percebemos que nem sempre temos um professor disponível para ficar na sala e garantir a

participação dos membros, tentamos ao menos garantir um representante participe, revezando os

membros.

Neste ano conseguimos participação da Sonia, funcionária do apoio, pois todo ano estamos

com o quadro completo e precisamos garantir que haja representantes de todos os segmentos de

forma efetiva.

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4.1.2 Plano de Ação do Conselho de Escola

Objetivos gerais:

Atuar em parceria com APM e equipe de gestão para garantir a qualidade do atendimento

para os alunos, respeitando as diferenças.

Objetivos específicos:

Participar da elaboração do PPP e acompanhar sua efetivação, retomando o que já foi

construído, reescrevendo o texto escrito e revendo as ações para melhorar a qualidade da

educação;

NOME SEGMENTO FUNÇÃO MANDATO

Jane Bezerra da Silva Gestão (titular) Conselheira 21/02/2018

Luciana Regina Tasca

Rodrigues Gestão (titular) Conselheira 21/02/2018

Tiago Alves Bezerra Miguel Docente (Titular) Conselheiro 21/02/2018

Sonia Regina dos Santos

Barbalho Funcionária (Titular) Conselheira 21/02/2018

Thais Cavalcante Kassai Docente (Suplente) Conselheira 21/02/2018

Ana Maria Franciano Funcionária (Suplente) Conselheira 21/02/2018

Eliane de Souza Dias Pais ou responsáveis

(titular) Coordenadora 21/02/2018

Gisleny Gonçalves Rodrigues

de Souza

Pais ou responsáveis

(titular) Conselheira 21/02/2018

Ariádilas Dias de Souza Silva Pais ou responsáveis

(titular) Secretária 21/02/2018

Roberta Maria da Silva Pais ou responsáveis

(titular) Conselheira 21/02/2018

Elaine Maria de Jesus Pais ou responsáveis

(suplente) Conselheira 21/02/2018

Renata da Silva Candido

Pais ou responsáveis

(suplente) Conselheira 21/02/2018

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Definir prioridades junto com os membros da APM para aquisição de materiais com a Verba

do PDDE e do Convênio;

Acompanhar prestação de contas através da apresentação mensal das cópias dos

documentos e ao final do trimestre com análise da documentação concluída;

Contribuir com o trio gestor na tomada de decisões de cunho administrativo e pedagógico que

precisem do parecer de vários segmentos;

Colaborar com a definição do Calendário Escolar tendo como base o Calendário da Secretaria

de Educação;

Participar no planejamento e nos eventos da escola como passeios, festas, reuniões, etc.

Refletir sobre o trabalho desenvolvimento, focando o respeito à diversidade.

Ações Propostas:

Realizar reuniões mensais conforme cronograma;

Apresentar trechos do PPP que promovam a reflexão e rever em conjunto o que for necessário;

Proporcionar momentos de sensibilização com os participantes em prol da valorização da infância

e respeito diferenças;

Promover dinâmicas que facilitem a compreensão do trabalho realizado pela escola;

Divulgar o trabalho realizado nas reuniões de pais e incentivar novas participações;

Promover discussões para ouvir as necessidades do grupo e levantamento de propostas;

Parceria nos projetos: Comunidade de Aprendizagem e outros;

Responsáveis:

Trio Gestor

Avaliação do Plano de Ação do Conselho de Escola

Os membros farão avaliação durante as reuniões através de relatos orais ou registros escritos

e ao final de cada mandato.

Cronograma:

Mês Data Mês Data Mês Data

Fevereiro

Março

Abril

Maio

21

29

26

24

Junho

Julho

Agosto

Setembro

28

26

30

27

Outubro

Novembro

Dezembro

25

29

13

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4.2. Conselho Mirim

4.2.1 Caracterização do Conselho Mirim

Desde 2013 a equipe escolar tem levantado a ideia de envolver as crianças nas questões

escolares de forma mais sistemática e para tanto acreditamos que a formação do conselho mirim

será de grande valia. Em 2014 iniciamos um projeto coletivo, em que tivemos um grupo de

professores que ficou responsável por organizar o Conselho Mirim, tanto sua constituição como

também a realização das reuniões mensais e a divulgação das mesmas. Realizamos um

processo de eleição nas turmas, no qual os professores esclareceram para as crianças o sentido

deste agrupamento através da história: “Se criança governasse o mundo – Marcelo Xavier”, livro

este que ficou exposto em um painel, no intuito de envolver as crianças para a discussão do

tema. O Conselho Mirim conta com vinte e quatro membros, uma criança de cada turma, e terá

dois encontros mensais, um em cada período.

Este ano iremos utilizar um programa que se assemelha ao utilizado em eleições oficiais, na

estrutura de urna eletrônica. Para tanto, os professores trabalharam com o grupo a fábula

“Assembleia dos ratos”, escolherão os candidatos com a turma, estes candidatos serão

fotografados e inseridos no programa para que as crianças possam fazer a votação diretamente

no computador.

4.2.2 Plano de Ação para o Conselho Mirim

Objetivo geral:

Incentivar a observação das necessidades do contexto escolar, atuando sobre ele através da

participação na tomada de decisões e definição de ações.

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Objetivo específico:

Discutir assuntos do cotidiano escolar e necessidades expressadas pelas crianças em suas

salas de aula e conduzidas por seu representante para as reuniões.

Ações propostas:

Reuniões mensais que definam as ações para o grupo.

Compartilhar com os demais professores em HTPC os assuntos discutidos em reuniões e os

encaminhamentos dados para que estes sejam mediadores da comunicação entre o representante e

sua turma.

Metodologia

Por meio de rodas de conversas, utilizando recursos áudio visuais como: desenhos, cartazes,

vídeos, Power Point, músicas, etc.

Socialização nas salas através dos representantes sobre questões discutidas e propostas de

ações.

Ações diante da socialização e retomada contínua e contextualizada dos encaminhamentos

dados.

Cronograma:

Apresentação e discussão sobre o que é o Conselho Mirim.

Posse das crianças e apresentação dos membros para os demais colegas

Retomada dos sonhos levantados pelas turmas, buscando formas de viabilizar o que

apareceu de forma coletiva.

Definição de proposta sobre atitudes nos espaços, tendo por base os sonhos levantados

pelas crianças.

Socialização do trabalho realizado nas salas.

Avaliação do trabalho efetivado e traçar novos encaminhamentos.

Avaliação:

Será realizada de acordo com a demanda proposta.

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5. Associação de Pais e Mestres

5.1 Caracterização

Na primeira reunião do ano de 2017, recebemos os familiares com uma pauta geral, incluindo

a temática da participação. Além de falarmos de forma coletiva sobre a importância do envolvimento

das famílias, na sala o professor teve a oportunidade de retomar o assunto e já fazer um

levantamento dos possíveis interessados em participar da APM e do Conselho.

A eleição dos membros foi feita no mesmo dia que o da composição do Conselho Escolar. Os

pais, aparentemente, compreenderam a diferença entre as funções de cada órgão, pois fizemos uma

explanação com slides que sintetizavam as ideias básicas de cada um.

MEMBROS DA APM

MANDATO DE 01 DE ABRIL DE 2016 A 31 DE MARÇO DE 2017

CONSELHO

DELIBERATIVO

NOME CARGO CATEGORIA

Jane Bezerra da Silva Presidente Diretor da escola

Alexandra Maria de Lima Pereira Primeiro Secretario Pai ou mãe de aluno

Gleice de Morais Segundo Secretario Pai ou mãe de aluno

Elaine Maria de Jesus Membro Pai ou mãe de aluno

Lourdes Aparecida dos Santos Membro Professora

DIRETORIA

EXECUTIVA

Leticia de Oliveira Rosa Diretor executivo Pai ou mãe de aluno

Andreia Aparecida Dias Ferreira Vice-Diretor

executivo

Pai ou mãe de aluno

Renata da Silva Candido 1º Tesoureiro Pai ou mãe de aluno

Carlos Ribeiro da Silva 2º Tesoureiro Pai ou mãe de aluno

Luzia Conceição da Silva Primeiro Secretário Professora

Paula Marin Colombini Fiore Segundo Secretário Professora

CONSELHO

FISCAL

Roberta Maria da Silva Presidente Pai ou mãe de aluno

Aurineide Henrique da Silva Membro Pai ou mãe de aluno

Elaine Neves de Andrade Membro Professora

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Fizemos a composição dos cargos, com a explanação das atribuições, mas deixamos bem

claro que todos são ouvidos, que as demandas mais burocráticas são da equipe de gestão e que

precisamos da parceria para que a qualidade do serviço oferecido seja cada vez melhor.

Os funcionários demonstraram interesse, mas a dificuldade continua sendo a participação

efetiva, pois a maioria dos professores trabalha em duas redes e dependendo do horário da reunião

não podem ficar no contraturno. Quando conseguimos conciliar com o horário de trabalho do

professor nem sempre temos alguém disponível para ficar com a sala para garantir a presença na

reunião, mas quando temos professor para substituí-lo tentamos fazê-lo.

Mesmo depois da composição dos cargos, continuamos convidando os pais para as reuniões

através do calendário mensal, sendo comunicado o dia e horário para todos na expectativa de que

quem tiver interesse em acompanhar as reuniões, mesmo sem ocupar um cargo, possa

compreender melhor a atuação da APM e Conselho e para o ano seguinte sentir-se mais seguro e

até participar se for possível para a família.

5.2 Plano de Ação da APM

Objetivos gerais

Atuar em parceria com o Conselho de Escola e equipe de gestão para garantir a qualidade do

atendimento para os alunos;

Objetivos específicos:

Participar da elaboração do PPP e acompanhar sua efetivação, retomando o que já foi

construído, reescrevendo o texto escrito e revendo as ações para melhorar a qualidade da

educação;

Definir prioridades junto com os membros da APM para aquisição de materiais com a Verba

do PDDE e do Convênio;

Acompanhar prestação de contas através da apresentação mensal das cópias dos

documentos e ao final do trimestre com análise da documentação concluída;

Contribuir com o trio gestor na tomada de decisões de cunho administrativo e pedagógico que

precisem do parecer de vários segmentos;

Colaborar com a definição do Calendário Escolar tendo como base o Calendário da Secretaria

de Educação;

Participar no planejamento e nos eventos da escola como passeios, festas, reuniões, etc.

Parceria nos projetos: Comunidade de Aprendizagem e outros;

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Ações Propostas:

Realizar reuniões mensais conforme cronograma;

Apresentar trechos do PPP que promovam a reflexão e rever em conjunto o que for necessário;

Incentivar a participação dos membros no Projeto: “Espaço um Segundo Educador”;

Divulgar o trabalho realizado nas reuniões de pais e incentivar novas participações;

Promover dinâmicas que facilitem a compreensão do trabalho realizado pela escola;

Promover discussões para ouvir as necessidades do grupo e levantamento de propostas;

Cronograma:

Responsáveis:

Trio Gestor

Avaliação

Os membros farão avaliação durante as reuniões através de relatos orais ou registros escritos

e ao final de cada mandato.

V. ORGANIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO PEDAGÓGICO

1. Objetivos

Lei 9.394, de 20/12/1996 – Lei de Diretrizes e Bases.

Lei 11.274 de 06/02/2006 que altera a LDB com os artigos:

o Art. 3º que altera a redação do art. 32 da Seção III Do Ensino Fundamental;

o Art. 5º que estabelece: “Os Municípios, Os Estados e o Distrito Federal, terão prazo até

2010 para implementar a obrigatoriedade para o Ensino Fundamental disposto no art. 3º desta lei e

a abrangência da pré-escola de que trata o art. 2º desta lei”.

LDB: Título V - Dos Níveis e das Modalidades de Educação e Ensino

Mês Data Mês Data Mês Data

Fevereiro

Março

Abril

Maio

21

29

26

24

Junho

Julho

Agosto

Setembro

28

26

30

27

Outubro

Novembro

Dezembro

25

29

13

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Capítulo II

Seção I

Das Disposições Gerais

“Art. 22º. A Educação básica tem por finalidades desenvolver o educando, assegurando-lhe a

formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no

trabalho e em estudos posteriores”.

Seção II

Da educação infantil

“Art. 29º. A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o

desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade (ou zero a cinco, na medida em que as

crianças de seis anos ingressem no Ensino Fundamental), em seus aspectos físico, psicológico,

intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade”.

Base Nacional Comum Curricular

A BNCC aponta três princípios básicos da Educação Infantil que devem guiar o Projeto

Político Pedagógico da unidade de Educação Infantil:

Éticos – que envolvem autonomia, responsabilidade, solidariedade, respeito ao bem comum,

ao meio ambiente e às diferentes culturas, identidades e singularidades.

Políticos – direitos de cidadania, exercício da criticidade, respeito à ordem democrática.

Estéticos – sensibilidade, criatividade, ludicidade, liberdade de expressão nas diferentes

manifestações artísticas e culturais.

Lei Municipal nº 5309/2004 - Art. 3º. “O ensino será ministrado com base nos seguintes

princípios”:

Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;

Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;

Pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas;

Respeito à liberdade e apreço à tolerância;

Coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;

Gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;

Valorização do profissional da educação escolar;

Gestão democrática do ensino público, na forma da lei;

Garantia de padrão de qualidade;

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Valorização da experiência extraescolar;

Vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais.

2. Levantamento dos Objetivos e Conteúdos por Campos de Experiência

Dentre todas as legislações reguladoras do currículo, é importante destacar:

LDB art. 26 § 4º “O ensino da História do Brasil levará em conta as contribuições das

diferentes culturas e etnias para a formação do povo brasileiro, especialmente das

matrizes indígena, africana e europeia”.

Lei 11.769 de 18/08/2008 Art. 1º altera o Art. 26º da LDB acrescentando: “§ 6º A música

deverá ser conteúdo obrigatório, mas não exclusivo, do componente curricular de que

trata o § 2º deste artigo”.

Lei 9.795 de 27/04/99 Art. 1º, 2º e 3º com o inciso II.

Art. 2º “A Educação Ambiental é componente essencial e permanente da

Educação Nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os

níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não formal”.

A Base Nacional Comum Curricular estrutura a Educação Infantil em eixos, centros,

campos ou módulos de experiência que envolve as situações e as experiências concretas da vida

cotidiana das crianças e seus saberes, entrelaçando-os aos conhecimentos que fazem parte de

nosso patrimônio cultural e científico. As experiências, geralmente interdisciplinares, podem ser

pensadas e propostas na interseção entre os seguintes campos de experiência.

O eu, o outro e o nós;

Corpo, gestos e movimentos;

Traços, sons, cores e imagens;

Escuta, fala, linguagem e pensamento;

Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações;

Ainda não temos esta escrita concluída, pois estamos fazendo grupos de estudo e refletindo,

buscando relacionar o estudo teórico com nossa prática cotidiana, sendo esta a pauta principal de

nosso Plano de Formação para este ano. Este estudo começou no ano passado, tendo como

disparador para o estudo a leitura em pequenos grupos do texto “A experiência de aprender na

educação infantil – Silvana Augusto de Oliveira”, seguido pela discussão no grande grupo, no qual

levantou-se alguns pontos:

- Vivência não é o mesmo que experiência, a experiência é fruto de uma elaboração, portanto,

mobiliza diretamente a criança, produz sentidos que podem ser recuperados na vivência de outras

situações semelhantes, portanto, constitui um aprendizado em constante movimento.

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- Para aprender nessa fase da vida, uma criança necessita adquirir um conjunto de experi-

ências potencializadas em ambientes coletivos, especialmente pensados para ela, permitindo pensar

que não se deve focar uma área de conhecimento, mas sim, a experiência que as crianças podem

ter com os conhecimentos que fazem parte do patrimônio cultural, artístico, ambiental, científico e

tecnológico.

- Na educação infantil a experiência está circunscrita por condições de interação, de

diversidade e de continuidade.

- A experiência é sempre total, integrada e integradora de sentidos, portanto é sempre

simbólica e acontece na interação da criança mediada pela cultura inscrita na história do sujeito que,

dialeticamente, dialoga com a história de seu tempo, de seu meio, de outros homens. Nesse sentido,

podemos dizer que não é com a experiência que a criança aprende, mas sim na experiência.

- A diversidade de experiências é pano de fundo para as elaborações das crianças, mas é a

continuidade que promove a exploração, a investigação, a sistematização de conhecimentos e a atri-

buição de sentido.

CAMPOS DE EXPERIÊNCIA

1 O eu, o outro e o nós

No centro do processo educativo se colocam as interações, as brincadeiras no qual emergem

as observações, os questionamentos, as investigações e outras ações das crianças articuladas com

as proposições pelos professores integrá-los de forma crítica, criativa na sociedade contemporânea.

Desenvolver habilidades sociais autonomia e identidade, a criança tem sua própria cultura que parte

do brincar, criar e se expressar para se desenvolver. Conhecer sua história, se reconhecer e

reconhecer o outro. Conhecer-se e construir sua identidade pessoal e cultural construindo uma

imagem positiva de si e de seus grupos falando de si.

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Brincar de diferentes formas e com diferentes parceiros, construindo conhecimentos,

desenvolvendo a imaginação, capacidades motoras, criatividade, cognitivas e relacionais,

DIREITOS DE APRENDIZAGEM

Conviver com crianças e adultos em pequenos e

grandes grupos, reconhecer e respeitar as

diferentes identidades e pertencimento étnico-racial,

de gênero e de religião

Brincar com diferentes parceiros, envolver-se em

variadas brincadeiras e jogos de regras, reconhecer

o sentido do singular, do coletivo, da autonomia e

da solidariedade, constituindo as culturas infantis.

Participar das situações do cotidiano, tanto daquelas ligadas ao cuidado de si e do ambiente,

como das relativas às atividades propostas pelo professor e de decisões relativas à escola,

aprendendo a respeitar os ritmos, os interesses e os desejos das outras pessoas.

Explorar ambientes e situações de diferentes formas, com pessoas e grupos sociais diversos,

ampliando a sua noção de mundo e sua sensibilidade em relação aos outros.

Expressar as outras crianças e adultos suas necessidades, emoções, sentimentos, dúvidas,

hipóteses, descobertas, opiniões, oposições, utilizando diferentes linguagens, de modo

autônomo e criativo, e empenhando-se em entender o que os outros expressam .

Conhecer-se nas interações e construir uma identidade pessoal e cultural, valorizar suas

próprias características e as das outras crianças e adultos, constituindo uma confiança em si

e uma atitude acolhedora e respeitosa em relação aos outros.

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM

- Participar de diferentes experiências envolvendo brincadeiras e jogos com outras crianças,

aprendendo a lidar com o sucesso e a frustração.

- Ser estimulada a buscar estratégias para lidar com o conflito nas interações com diversas

crianças e adultos.

- Conhecer e valorizar costumes e manifestações culturais do seu contexto e de outros.

- Expressar suas ideias e sentimentos a pessoas e grupos diversos, por meio de contatos

diretos ou possibilitados pelas tecnologias da comunicação.

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68

- Demonstrar oposição a qualquer forma de discriminação sempre que presenciá-lo

- Construir uma imagem positiva de si mesma, elevando sua autoconfiança e sua autoestima.

- Desenvolver a capacidade de lidar com as emoções e expressar seus sentimentos, desejos

e necessidades.

- Apropriar-se de instrumentos, estratégias e procedimentos relativos ao autocuidado e à

auto-organização, aprendendo à cuidar de si e valorizando atitudes relacionadas ao bem-estar, à

saúde, à higiene, à alimentação, ao conforto, à segurança e à proteção do corpo.

- Apropriar-se de instrumentos, estratégias e procedimentos relativos ao autocuidado e à

auto-organização, aprendendo à cuidar de si e valorizando atitudes relacionadas ao bem-estar, à

saúde, à higiene, à alimentação, ao conforto, à segurança e à proteção do corpo.

- Desenvolver a capacidade de se auto-organizar e organizar o ambiente.

- Desenvolver sentimentos de confiança e segurança, adaptando-se a situações novas. - Reconhecer a existência do outro como ser independente, com sentimentos, necessidades e desejos distintos dos seus, respeitando as diferenças de gênero, raça, etnia, religião e de estrutura familiar. - Desenvolver a capacidade de trabalhar e conviver em grupo - Desenvolver atitudes éticas de solidariedade, cooperação, generosidade, tolerância e respeito ao outro.

Escuta, fala, pensamento e imaginação

A gestualidade, o movimento realizado nas brincadeiras ou nos jogos corporais, a apropriação

da linguagem oral ou em libras, a expressão gráfica musical, plástica, dramática, escrita, entre

outras, potencializam a organização do pensamento, tanto na capacidade criativa, expressiva e

comunicativa, quanto na sua participação na cultura.

Objetivos de aprendizagem

•Conviver com crianças e adultos compartilhando situações comunicativas cotidianas,

ampliando seu conhecimento sobre a linguagem gestual, oral e escrita, apropriando-se de diferentes

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estratégias de comunicação, constituindo modos de pensar, imaginar, sentir, narrar, dialogar e

conhecer.

•Brincar vocalizando ou verbalizando com ou sem apoio de objetos, fazendo jogos de

memória ou de invenção de palavras, usando e ampliando seu repertório verbal. O brincar favorece

o desenvolvimento da criança em seus aspectos motor, afetivo e social.

•Explorar gestos, expressões corporais, sons da língua, rimas, e os significados e sentidos

das palavras nas falas, nas parlendas, poesias, canções, livros de histórias e outros gêneros

textuais, aumentando o repertório das crianças.

•Participar ativamente de rodas de conversas, de relatos de experiências, de contação de

histórias, elaborando narrativas e suas primeiras escritas não convencionais ou convencionais,

desenvolvendo seu pensamento, sua imaginação e as formas de expressá-los.

•Expressar seus desejos, necessidades, pontos de vista, ideias, sentimentos, informações,

descobertas, dúvidas, utilizando a linguagem verbal ou de libras, entendendo e respeitando o que é

comunicado pelas demais crianças e adultos, ampliando suas competências no que diz respeito às

práticas de oralidade, leitura e escrita, de forma gradativa, inserindo-se no mundo letrado.

•Conhecer-se e construir, nas variadas interações, possibilidades de ação e comunicação

com as demais crianças e com adultos, reconhecendo aspectos peculiares de si e os de seu grupo.

Reflexões sobre oralidade:

O conhecimento da linguagem oral das crianças não é inato. Ele se constitui e se concretiza

nas interações sociais, a partir principalmente, da interação com o outro;

As crianças precisam de experiências em que se faça necessário o uso da linguagem oral; é o

professor quem propiciará este momento da criança;

As crianças atribuem significados, o tempo todo, por meio da interação com o outro; estes

significados não são estáticos, eles se alteram ao longo de seu desenvolvimento;

O professor tem papel fundamental neste processo de construção da linguagem oral. Ele é o

mediador que promove as experiências para as crianças, ao mesmo tempo em que é o modelo para

eles;

Entendemos que o jogo simbólico cumpre a função de possibilitar à criança que compreenda

o mundo que a cerca e os diferentes papéis dos atores sociais. Assim poderá ir construindo e

estruturando internamente a linguagem oral por meio do jogo simbólico. É possível “fazer de conta”

que é o médico, que é a professora etc. podendo assim, utilizar um diálogo específico próprio de

cada papel.

A análise do desenvolvimento da oralidade não pode se limitar a expressões como “o aluno

tem um repertório rico” ou “o aluno tem uma oralidade pobre”: estes termos não dão conta de avaliar

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de fato o que a criança já tem construído em termos de oralidade. Há necessidade de uma

observação mais apurada, um levantamento de dados objetivos sobre o desenvolvimento desta

criança em relação à oralidade.

É preciso que o professor tenha clareza das intenções, do que quer ensinar para as crianças

para que possa planejar boas situações de aprendizagens, é necessário planejar situações de

práticas de oralidade, considerando que as crianças têm ritmos próprios e vivências diferenciadas e

que a conquista de suas capacidades se dá em tempos diferentes e que os avanços serão

promovidos a partir de sua participação em situações reais de uso da linguagem.

São objetivos do trabalho com oralidade:

Ser capaz de argumentar suas ideias;

Conseguir expressar ideias e sentimentos;

Formular perguntas e responder claramente;

Ampliar vocabulário;

Usar a linguagem oral, como forma de solucionar problemas da comunicação e

convivência diária.

Inventar enredos para brincadeiras, histórias, encenações definindo contexto e os

personagens.

Conteúdos:

Uso da linguagem oral em situações planejadas pelo professor, para conversar,

brincar, recontar histórias, resolver conflitos, apreciar obras de artes, músicas, entre outros;

Uso da linguagem oral em situações do cotidiano para contar fatos, levar

recados, perguntar, responder, avisar etc.;

Estruturação das falas próprias dos papéis nos jogos de faz-de-conta: médico,

professor, secretaria, cabeleireiro, etc.;

Orientações didáticas para as situações de oralidade:

Planejar boas situações nas quais vivenciem experiências orais e com

diferentes propostas a serem discutidas pelas crianças;

Ter clareza em relação ao objetivo que estabeleceu para cada situação

comunicativa que propuser, assim terá elementos para mediar as construções orais do grupo,

e principalmente, para avaliar as aprendizagens deste momento;

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Elaborar boas perguntas para serem feitas aos alunos, que possibilitem

respostas abertas (evitar perguntas que se possa responder com “sim” ou “não”)

Mediar a fala das crianças nas situações de oralidade para que possam

ouvir enquanto o outro fala, devolvendo as questões para o grupo, não centralizando a fala

somente no professor; dando voz aos alunos mais tímidos, repetindo para o grupo o que ele

fala baixinho; valorizando a fala daqueles que pouco se colocam; estabelecendo relação entre

as falas dos alunos e fazendo-o de forma a ser modelos para as crianças.

Escutar atentamente o que a criança tem a dizer, pois sempre há uma

intenção comunicativa que devemos apreender, atribuindo um significado à fala da criança;

Adequar o espaço: organizar os alunos de maneira que todos se vejam

uns aos outros, garantindo que haja uma interlocução entre os pares;

Inserir práticas intencionais e sistemáticas de linguagem oral na rotina de

trabalho, por meio de diferentes estratégias.

Estratégias privilegiadas para o desenvolvimento da oralidade:

Recontos de histórias conhecidas: selecionar histórias que o grupo já saiba o

conteúdo de memória, isto facilitará o reconto, pois as crianças não terão que criar uma

história. A tarefa para a criança, aqui, será de organizar o conteúdo da história e criar

estratégias para narrá-la de forma que os demais a compreendam. Utilizar as ilustrações

como apoio à memória, também é um recurso interessante.

Rodas de apreciação de obras de arte: cuidar em selecionar boas imagens e

elaborar boas perguntas que serão levadas ao grupo, pois responder a estas perguntas

servirá como referência para outras situações de oralidade. A partir das perguntas feitas pelo

professor, as crianças encontrarão elementos na observação da obra para elaborar respostas

cada vez mais estruturadas.

Rodas de construção de combinados com o grupo: diferente da hora de

informar as regras da escola, este momento é de construção, e por isto é importante garantir

que o grupo participe na elaboração destes combinados; o professor deve focar poucos

assuntos por vez, de forma que as crianças consigam elaborar falas explicativas, iniciando

pequenos discursos compreensíveis para os demais do grupo, acerca dos combinados;

Reescrita e produção de texto: selecionar textos e histórias que as crianças já

conheçam o conteúdo, para que, de posse destes elementos, possam ter como desafio

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apenas organizar os fatos, as ideias (conhecidas) e assim desenvolvam competência para

ditar a sequência da história para quem está escrevendo o texto.

Recitação de poesias/ parlendas/ rodas de músicas: estes momentos na

rotina são importantes, pois servem para estabilização de textos memorizados. Promover

momentos na rotina em que os alunos recitem poesias, brinquem com as parlendas e cantem

as músicas, também auxilia a ampliação do repertório de palavras e das possibilidades de

comunicação.

Atividades diversificadas: esta atividade possibilita grande interação entre as

crianças, favorecendo a negociação de uso dos brinquedos, as propostas de trocas e de

parcerias para brincarem juntos. Logo este momento precisa permitir ampla mobilidade das

crianças entre as diferentes atividades.

Roda de caixa surpresa: o princípio desta atividade é a realização de perguntas

para se adivinhar o objeto dentro da caixa. Para isto é preciso oferecer um desafio possível

para as crianças. É a constância da atividade que ensina as crianças os procedimentos para

este momento, como: selecionar as informações que o ajudarão a descobrir qual é o objeto;

relacionar as informações que vão sendo apontadas pelo grupo ao longo da brincadeira;

elaborar perguntas a partir das pistas que vão sendo dadas pelo professor e/ou colegas;

acolher informações, ouvir quando o outro faz a pergunta; deduzir a partir das perguntas e

respostas e antecipar as possibilidades do objeto. É preciso garantir que este momento seja

lúdico e divertido. Que as crianças possam desenvolver a habilidade de falar em grupo com

confiança e com o máximo de clareza possível.

Como propor uma roda de caixa surpresa com crianças pequenas de forma a ajudar na

construção da imagem mental do objeto?

Esta atividade precisa ser ensinada as crianças, por isso a

necessidade da constância;

Delimitar o repertório, por exemplo: material escolar, objetos que

tem na sala, um brinquedo, etc. diminui o leque de possibilidades e facilita que as

crianças tenham condições de inferir sobre o objeto;

O objeto precisa ser conhecido pelo grupo, para que sejam

capazes de elaborar perguntas sobre ele.

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Oferecer um “banco de possibilidades visuais” colocando, por

exemplo, três objetos para que as crianças vejam e falem sobre cada um deles: do

que é feito, para que serve, que cor tem, etc. (a professora vai mediando esta

análise); depois se retira os três objetos do campo de visão das crianças e um

deles vai para a caixa.

Usar outras formas de percepção, por exemplo, a roda da caixa

mágica que se apoia na percepção tátil ou sonora. Desta forma a criança pode

contar com outras informações sobre o objeto, enriquecendo a imagem mental,

facilitando a seleção dos objetos possíveis;

Professor precisa lembrar-se a todo instante de que é o modelo de

produção oral. É ele que ensina a fazer perguntas através das perguntas que faz.

Assim, o professor tem a tarefa de instrumentalizar a criança, repertoriando-o com

as boas perguntas;

Elaborar com as crianças, ao longo das rodas, uma lista com

possíveis perguntas;

Explorar diferentes objetos ao longo da semana, levantando as

diferentes características e em outro momento, levá-los para a roda da caixa

surpresa;

Oportunizar que todas as crianças possam acertar o objeto ao

longo da proposta com a caixa surpresa, criando diferentes estratégias para isso.

Construção coletiva do jogo simbólico: é uma atividade desafiadora pra todos as

crianças. Garantir este momento na rotina possibilita as crianças a elaborarem falas

mais estruturadas, reproduzindo pequenos discursos dos personagens, dos

diferentes papéis da brincadeira escolhida.

O que garantir ao propor com as crianças a construção do jogo simbólico?

Propor sistematicamente situações de brincadeiras simbólicas em que os

alunos tenham que desempenhar papéis, imitando-os para produzirem melhores falas

(brincar de salão de cabeleireiro, de escola, de consultório médico, etc.);

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O professor precisa ensinar ao aluno como brincar nos diferentes jogos

simbólicos. Para isto deve planejar com as crianças como brincar: que personagens

devem ser considerados nesta ou aquela brincadeira simbólica; quais possibilidades

de falas cada um desses personagens podem ter durante a brincadeira; inclusive deve

ter o cuidado de levantar com o seu grupo de alunos quais materiais são necessários

para desenvolver a brincadeira, e principalmente, como vão substituir os materiais que

não conseguirem, de forma simbólica (por exemplo, o que será o secador de cabelos

caso não consigam um);

O adulto tem papel mediador quando “empresta a fala” como modelo para

a criança;

Na rotina é preciso promover dramatizações lúdicas, sempre que

possível;

A constância desta atividade permitirá que as crianças construam um

novo vocabulário, organizem seu pensamento e exercitem sua oralidade;

Dinamizar modelos de fala, permitir que amplie suas vivencias e garantir

um rodízio dos diferentes papéis nas propostas com os diversos jogos simbólicos pode

ser uma forma de enriquecer a capacidade expressiva, possibilitando o

desenvolvimento da oralidade individual das crianças.

Reflexões sobre leitura feita pelo professor

As discussões em 2008, na área de Língua Portuguesa, - HTPC e curso em parceria -

contribuíram para que passássemos a olhar este momento da rotina atribuindo maior importância ao

momento da leitura feita pelo professor.

A partir das discussões, das tematizações da prática pudemos elencar alguns pontos

importantes a serem considerados em relação ao planejamento de propostas de leituras para as

crianças:

A leitura feita pelo professor é para que as crianças aprendam a serem

leitores; e não como recurso para todo tipo de atividade. A leitura é uma prática social,

antes de ser uma prática escolar;

Para que as crianças desenvolvam concentração nos momentos de leitura

pelo professor é preciso cuidar detalhadamente da experiência leitura (organização

espaço, escolha do livro, entonação de voz, motivação para a leitura etc.)

desenvolvendo assim uma cultura leitora;

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O professor deve ser também um modelo de leitor, demonstrando

encantamento pela leitura aos seus alunos. Isso permitirá um maior envolvimento por

parte deles durante as leituras;

A escolha de bons textos, de textos bens escritos, possibilita ensinar os

conteúdos da linguagem e o comportamento leitor;

Os momentos de leitura pelo professor oferecem aos alunos muitas

oportunidades de contato com a escrita, portanto ensina-os sobre a linguagem que se

usa para escrever;

A leitura deve ser reconhecida como conteúdo a ser ensinado aos alunos

e logo um conteúdo a ser detalhadamente planejado. Em complemento é preciso que se

saiba que se aprende ler lendo;

Formação de comportamento leitor se dá em contato com o livro escrito,

ele é quem garante este contato com o mundo letrado;

A leitura deve ser incorporada pelos alunos como um momento de prazer

e diversão, por intermédio das leituras diárias feitas pelo professor;

A criança deve ser informada sobre a correspondência entre o falado e o

escrito, oferecendo elementos de compreensão do processo de escrita e de leitura;

As crianças aprendem muito quando são realizados momentos de leitura

todos os dias, passam a apresentar comportamentos leitores como: manter-se em

escuta silenciosa, demonstrar preferências, comentar sobre os livros, pedir para ler

novamente, citar autores e editoras comparando com outros títulos, manusear o livro de

maneira adequada, etc.

Criar situações que levem as crianças a incorporar novas práticas letradas

às suas vidas, fazendo uso das diferentes funções da leitura: ler por prazer, escolher

livros para levar para casa, ler para informar-se, ler como instrumento de pesquisa, etc.

No estudo realizado pelo grupo de professores em formação sobre o

trabalho de leitura feita pelo professor às crianças, pudemos concluir que o papel de

educadores enquanto formador de leitores é muito importante, porém para que possa

acontecer de fato é preciso que haja intencionalidade por parte do professor e

planejamento de suas intenções sobre o que se quer ensinar.

A realização de tertúlias literárias com o grupo de crianças também é de

grande valia para desenvolver o gosto pela leitura e a troca entre as crianças a respeito

do que se lê, bem como desenvolver a ideia de que tudo que é falado pode ser escrito,

uma vez que cada criança acompanha o que está sendo lido em seu próprio livro.

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São objetivos do trabalho com leitura:

Participar de atos de leitura;

Ler e compreender os textos lidos;

Aprender comportamento leitor;

Desenvolver o prazer de ler;

Identificar diferentes gêneros literários.

Conteúdos:

Participação sistemática em situação de leitura realizada pelo professor;

Manuseio e leitura de diferentes portadores textuais;

Leitura e compreensão dos textos lidos nas diferentes situações propostas;

Exercício do ouvir e focar a atenção;

Comparação entre diferentes textos: do mesmo autor, da mesma coleção, mesmo tema

ou outros critérios;

Critérios de escolhas de livros.

Orientações didáticas:

Selecionar antecipadamente bons textos, preocupando-se com a

qualidade literária dos livros;

Conhecer o texto e preparar a leitura com antecedência;

Organizar as crianças de modo a favorecer a integração e criar ambiente

agradável e aconchegante;

Garantir o espaço para o contato com os livros;

Explicar o motivo da escolha do livro, demonstrando encantamento pela

história;

Apresentar a história fazendo comentários sobre o texto e as ilustrações,

oferecendo informações adicionais sobre o tema ou o autor, despertando o interesse

das crianças para ouvi-la;

Ter atitudes cuidadosas com a leitura, sabendo que ao ler para o outro

oferecemos referência do que é ser leitor (preocupar-se com a entonação, mostrar-se

interessado, surpreso, emocionado);

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Atentar para a diferença entre ler e contar histórias. Ambos são

importantes, mas distintos entre si; um não substitui o outro; ambos precisam constar

da rotina semanal;

Adequar o tempo e o tipo de leitura às condições dos alunos – faixa

etária, momento da rotina etc.;

Organizar o espaço de maneira a garantir que todos visualizem o livro

durante a leitura; que estejam em local de boa recepção sonora;

Ao utilizar recursos (fantoches ou outros) para contar ou ler uma história,

tomar muito cuidado para que o foco principal seja o livro - e não o recurso utilizado. O

recurso deve ser apenas um apoio para enriquecer a história;

Após a leitura, garantir que os alunos se coloquem e opinem sobre o que

foi lido, colocando seus pontos de vista;

Realizar perguntas sobre a história, o que mais marcou durante a história;

o que achou do final da história, para quem se poderia indicar esta história, por que,

ajudando os alunos a formularem opiniões sobre o que leram;

Ajudar os alunos a tecerem comentários sobre a leitura e comparações

com outros textos lidos;

Colaborar com a construção coletiva de sentido para o texto;

Garantir espaços para que os alunos entrem em contato com os livros

lidos, entre outros (na diversificada, na passagem de uma atividade para outra, na

biblioteca circulante).

São objetivos do trabalho com leitura e escrita:

Participar de situações de leitura e escrita;

Escrever e ler segundo suas hipóteses;

Familiarizar-se com a escrita por meio de manuseios de diversos portadores;

Familiarizar-se com a função social da escrita;

Produzir e revisar textos coletivamente, considerando a estrutura do gênero, tendo o

professor como escriba e mediador da revisão;

Construir hipóteses de leitura e de escrita;

Escrever o próprio nome e dos colegas;

Utilizar estratégias de leitura nas diferentes situações em que se fizer necessário.

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Conteúdos:

Participação sistemática em situação de escrita;

Observação e manuseio dos diferentes materiais impressos;

Prática de escrita de próprio punho, utilizando o conhecimento que dispõe, no

momento, sobre o código de escrita;

Leitura e compreensão dos textos lidos nas diferentes situações propostas;

Participação em experiências nas quais se faz necessário o uso da escrita;

Reconhecimento do próprio nome em situações em que se fizer necessário;

Construção de novas escritas a partir dos nomes dos colegas;

Utilização de estratégias de leitura para resolução de conflitos acerca do sistema de

escrita;

Produção e revisão de textos ditados oralmente pelas crianças, tendo o professor

como escriba e mediador no momento da revisão do texto.

Orientações didáticas:

Planejar situações em que os alunos aprendam conteúdos de leitura e escrita,

em contextos de uso real, exercitando o comportamento leitor e escritor;

Ensinar os conteúdos de leitura e escrita sem perder suas características. Estes

devem estar inseridos em uma prática social com significado, com sentido;

Reconhecer a criança como sujeito ativo no processo de construção do

conhecimento;

Compreender o erro como parte integrante do processo de aprendizagem,

considerando cada uma das hipóteses da criança;

As intervenções do professor junto a criança, durante a atividade, devem ser

consideradas como parte importante do ensino, pois elas é que vão permitir que a criança

saia do conhecimento inicial, que pense, por exemplo, sobre o que escrever ou como

escrever ou ainda, inferir sobre onde está escrito o que (conforme a proposta que estiver

realizando).

As intervenções devem ser planejadas: na escolha das propostas de pelas

crianças, na elaboração e antecipação de perguntas feitas a eles, e nos questionamentos que

permitam sua reflexão sobre a escrita e promovam conflitos cognitivos;

Nos agrupamentos, é importante considerar crianças que tenham saberes

próximos, pois estes poderão trocar o máximo de informações entre eles, visando o

desenvolvimento de todos.

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O professor deve ser modelo no uso social da leitura e escrita, quando lê para a

classe, por exemplo, bilhetes que serão entregues para os pais, escrevendo bilhetes dizendo

sobre o dia do brinquedo, etc.;

Nas propostas em que as crianças terão que utilizar estratégias de leitura,

planejar desafios as crianças de forma que tenha que colocar em jogo tudo o que sabem

sobre o sistema de escrita; propostas que possam inferir, antecipar, decodificar e verificar o

que está escrito;

A escolha do tipo de gênero para que as crianças reflitam sobre a escrita, é fator

fundamental, pois determinados gêneros facilitam e promovem tais reflexões, como: listas,

poesias, parlendas, músicas, trava-língua. Estes textos, com exceção da lista são

memorizados, por isso permitem que as crianças pensem somente em como vão escrever e

não sobre o que escrever;

Os textos da tradição oral – versinhos, cantigas e parlendas – são mais fáceis de

memorizar por serem curtos e com rimas. Além disso, fazem parte do patrimônio cultural da

infância e muitas crianças tomam contato com eles antes mesmo de vir para a escola, através

da própria família;

Antes de apresentar o texto escrito, o professor deve ter garantido que todas as

crianças o saibam de cor. Para isso, brincar de roda recitar os textos nos momentos de

circulação e nos tempos de espera para a saída, ouvir CDs e ditar para a professora escrever

em um cartaz são boas estratégias de memorização;

É importante que os textos coletivos em cartazes fiquem expostos na altura das

crianças para que possam exercitar a leitura;

Ao apresentar ou construir com as crianças o texto na lousa e/ou em cartaz, é

importante que o professor ensine o procedimento de acompanhar a recitação com o dedo: o

professor mostra como se faz e ensina algumas crianças por vez a fazerem a leitura no texto

coletivo. Em outro momento, os alunos recebem o texto impresso para continuarem

praticando a leitura;

Cuidar da formatação do texto digitado e impresso usando um tipo de letra bem

legível – a letra Arial é indicada porque é a letra bastão mais simples, o tamanho quatorze é

uma boa escolha para que as letras não sejam muito pequenas. Na digitação, é bom dar dois

espaços entre as palavras para evidenciar a segmentação. É necessário também escrever os

versos mudando de linha de acordo com o ritmo da cantiga ou da recitação para facilitar a

pseudoleitura;

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Considerar a leitura de texto memorizado com conteúdos suficientemente

relevantes de modo que se faça esse trabalho com vistas aos objetivos propostos. Para tanto,

não é recomendável que as crianças pintem ou circulem palavras, pois isso pode

comprometer a estética do texto, caso a criança não realize bem a tarefa. Quando a atividade

for a de localizar palavras através dos indícios de leitura, pode-se também utilizar os textos

móveis ou preparar atividades didáticas para este fim. Os textos formarão uma coleção em

pastas ou cadernos de textos destinados a leitura na escola e também podem ser objeto de

leitura em casa, estabelecendo parceria com os pais neste trabalho;

Ao propor trabalhos em duplas ou em grupos, o professor precisa garantir o bom

posicionamento das crianças diante do texto, de modo que fiquem de frente e tenham boa

condição visual.

Para produção de textos é importante fazer uma seleção de bons textos para

serem lidos anteriormente pelo professor para a classe. Os alunos precisam ter conhecimento

do conteúdo a ser produzido por eles, como por exemplo, na reescrita de uma fábula

conhecida, o aluno utiliza de elementos apreendidos das narrativas que ouviu da professora,

para produzir seu próprio. Uma vez que o professor é o escriba do texto, o desafio para as

crianças terá que ser somente a linguagem que se usa para escrever.

A revisão deve ser considerada como uma etapa importante do processo de

aprendizagem da linguagem que usa para escrever. O professor deve ensinar que é preciso

voltar para o texto para melhorá-lo, reescrever partes se necessário, considerando este

movimento em etapas, pois a faixa etária da educação infantil não permite este processo todo

de uma vez;

Todo tipo de escrita (textos memorizados, cartazes, listas de nomes, listas

construídas com os alunos etc.) devem ficar ao alcance dos alunos para serem consultados

por eles, lidos, apreciados, investigados, servindo como fonte de informação e de pesquisa

para novas escritas; cuidado, porém, para não poluir o ambiente visual com excesso de

informações.

O ambiente alfabetizador deve favorecer e despertar no aluno o desejo pelo

mundo da leitura e da escrita. Cabe ao professor propiciar e mediar este ambiente de maneira

a garantir o acesso aos materiais escritos e às formas de uso, promovendo reflexões o tempo

todo.

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2. Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações

Concepção:

As crianças são curiosas, observadoras e buscam

compreender o ambiente em que vivem, suas

características, suas quantidades, os usos e a procedência

de diferentes elementos da natureza e da cultura com os

quais entram em contato, explorando-os e criando

explicações sobre o “como”, o “quando” e o “porquê” das

coisas.

O pensamento lógico–matemático não pode ser confundido com conteúdo matemático, uma

vez que as crianças vivem em uma cultura rodeada por conhecimentos matemáticos básicos – dizer

sua idade e nome do dia, o número da casa e do telefone – e estabelecer indicações sobre maior,

menor, igual, entre outros saberes, as crianças mostram-se igualmente interessadas em utilizá-los

em situações em que determinados problemas são apresentados. Assim, à medida que lhes são

oferecidas oportunidades em suas vivências cotidianas elas aprendem a observar, a medir, a

quantificar, a situar no tempo e no espaço, a contar objetos e a estabelecer comparações entre eles,

a criar explicações e registros numéricos.

A curiosidade é alimentada pelos parceiros mais experientes com os quais interage, permite-

lhes aproximar-se destes conhecimentos pela indagação, experimentação e formulação de noções

intuitivas. As crianças se motivam a conhecer os fenômenos da natureza – como os astronômicos

(ação da luz, calor, som, força, movimento); os naturais (chuva, seca, etc.); os físicos (refletir,

ampliar, inverter imagens, transmitir e ampliar som, propriedades ferromagnéticas); os biológicos

(crescimentos de organismos vivos, suas características).

Direitos de aprendizagem

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Conviver com crianças e adultos e com eles criar estratégias de investigar o mundo

social e natural, demonstrando atitudes positivas em relação a situações que envolvam

diversidade étnico racial, ambiental, de gênero, de língua, de religião.

Brincar com materiais e objetos cotidianos, associados a diferentes papéis ou cenas

sociais, e com elementos da natureza que apresentam diversidade de formas, texturas,

cheiros, cores, tamanhos, pesos, densidades, experimentando possibilidades de

transformação.

Participar de atividades que oportunizem a observação de contextos diversos,

atentando para características do ambiente e das histórias locais, utilizando

ferramentas de conhecimento e instrumentos de registro e comunicação como bússola,

lanterna, lupa, máquina fotográfica, gravador, filmadora, projetor, computador e celular.

Explorar e identificar as características do mundo natural e social, nomeando-as,

reagrupando-as e ordenando-as, segundo critérios diversos.

Expressar suas observações, hipóteses e explicações sobre objetos, organismos

vivos, fenômenos da natureza, características do ambiente, personagens e situações

sociais, registrando-as por meio de desenhos, fotografias, gravações em áudio e vídeo,

escritas e outras linguagens.

Conhecer-se e construir sua identidade pessoal e cultural, identificando seus próprios

interesses na relação com o mundo físico e social, apropriando-se dos costumes, das

crenças e tradições de seus grupos de pertencimento e do patrimônio cultural, artístico,

ambiental, científico e tecnológico.

Objetivos de aprendizagem:

Observar fatos, as situações e fenômenos mais evidentes.

Conhecer seu corpo e explorar as suas possibilidades.

Verbalizar suas hipóteses sobre os fenômenos que observam.

Participar de experimentações capazes de tornar os conceitos científicos

observáveis.

Comparar diferentes hipóteses sobre suas observações.

Registrar as experiências realizadas em sala de aula e suas hipóteses.

Comparar diferenças do ambiente em observações da realidade próxima ao

aluno.

Compartilhar, com outras crianças, situações de cuidado de plantas e animais

nos espaços da instituição.

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Identificar e selecionar fontes de informações para responder questões sobre a

natureza e sua preservação.

Relatar transformações observadas em materiais, animais, pessoas ou no

ambiente.

Observar, descrever e registrar mudanças em diferentes materiais resultantes de

ações efetuadas sobre eles.

Identificar relações espaciais, dentro e fora, em cima, embaixo e do lado, e

temporais, antes e depois.

Registrar o que observou ou mediu, fazendo uso mais elaborado da linguagem

do desenho, da matemática, da escrita, ainda que de forma não convencional, ou utilizando

recursos tecnológicos.

Classificar e ordenar, objetos, considerando um atributo (tamanho ou peso ou

cor ou outro atributo).

Relatar fatos importantes sobre o seu nascimento, seu desenvolvimento, a

história de seus familiares e de sua comunidade.

Fazer observações e descrever elementos e fenômenos naturais como luz solar,

vento, chuva, temperatura, mudanças climáticas, relevo e paisagem.

Jogos

O jogo é mais um momento em que a criança usa seus conhecimentos implícitos. O simples

manuseio pelas crianças de jogos e regras não garante que esteja se desenvolvendo um trabalho

matemático. Para que isto aconteça é preciso que exista intencionalidade educativa: planejamento

do conteúdo, dos objetivos, das etapas do jogo, a intervenção desafiadora e da avaliação. Durante o

ano de 2011 passamos por um processo de formação envolvendo professores, funcionários e pais

sensibilizando a todos a respeito da construção do conceito de número através do trabalho com

jogos matemáticos, durante este processo todos puderam jogar, compartilhar com o outro os

conhecimentos que tinham a respeito de jogos que já conheciam, se apropriar dos que ainda não

conheciam, os funcionários puderam aprender e conhecer os jogos para assim contribuir com a

manutenção do mesmo, percebendo o significado de cada peça encontrada pelo espaço da escola.

Esta formação aconteceu de forma dinâmica, interativa e resultou na transposição para a prática dos

conteúdos estudados, bem como a revisão do texto do PPP nesta área, pensando na distribuição

dos conteúdos matemáticos por faixa etária e graduação dos desafios.

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Registro de jogos

O registro de um jogo precisa representar a solução de um problema para a criança (o da

necessidade de controlar quantidades). É importante que ela sinta a necessidade real de registrar.

Cada tipo de jogo possui uma especificidade que propicia o trabalho com este ou com aquele

conteúdo, ou com determinados tipos de registro. Em algumas ocasiões o próprio jogo pode não

oferecer a necessidade de registrar. Por isso é importante ter em mente quais objetivos o professor

pretende atingir para a escolha do jogo a ser trabalhado.

Se o registro se faz necessário num jogo é importante que a criança tenha a oportunidade de

buscar formas próprias para resolver este problema. É possível que a própria criança encontre

estratégias de registro diferentes daquelas que o professor poderia ensinar, se isto não acontecer

cabe ao professor fazer com que a criança perceba que o problema ainda não foi resolvido e dar-lhe

pistas, observáveis e referências para que ela possa construir este conhecimento.

Explicitação de estratégias

Quando uma criança desenvolve uma série de ações que a faz ganhar um jogo ou chegar à

solução de um problema ela usa estratégias implícitas de seu conhecimento. Ao tornar estas

estratégias explícitas verbalizando e explicando como chegou a determinado resultado ela faz com

que seu pensamento passe a ser observável para ela própria e para terceiros. Cabe ao professor

validar a solução ou a ideia utilizada pela criança, propondo, por exemplo, que as demais crianças

resolvam outros problemas utilizando-se da mesma estratégia. A explicação e a validação

consolidam a construção de um conhecimento e torna a criança apta a aplicá-lo em outras situações

e a construir novos saberes, possibilitando-a que retorne à sua estratégia sempre que necessário.

LISTA DE JOGOS QUE A ESCOLA POSSUI

JOGO FAIXA ETÁRIA MAIS INDICADA

ADEQUAÇÕES QUE PODEM SER FEITAS

CARA A CARA Infantil V

Diminuir o número de personagens e aumentar gradativamente. Fichas com letra bastão para todas as faixas etárias.

LINCE Infantil IV e V Não utilizar os botões, mostrar cada ficha, quem ganha a figura ganha a ficha.

SOBE E DESCE Infantil IV e V Ganha quem encher o ônibus primeiro, independente de onde estiver no tabuleiro. Jogar com dois dados (progressivo). IMAGEM E AÇÃO Infantil V Usar lousa branca para registro. Usar mímica.

PULA MACACO Indicado para todas as faixas etárias

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QUEBRA GELO Indicado para todas as faixas etárias

TAPA CERTO Infantil IV e V Colocar menos imagens, selecionando figuras com poucas semelhanças entre si. Aumentar gradativamente o número de imagens. BINGO Indicado para

todas as faixas etárias

UNO Infantil III, IV e V III – identificação de cores. Para os menores colocar apenas as cartas com números e cores sem as cartas com regras diferenciadas. MEMÓRIA Indicado para

todas as faixas etárias

QUILLES Infantil III, IV e V

III-Iniciar a contagem oral e registro pelo professor através de palitos, desenhos, tampinhas. IV – Fazer registros coletivos e comparar quantidades. V – Realizar registros individuais, fazer somatórias a partir da proposta de mais de uma rodada. Colocar valores para os pinos, possibilitando somatória.

ARGOLA Indicado para todas as faixas etárias

PEGA VARETAS Indicado para todas as faixas etárias

TANGRAM Infantil IV e V

Iniciar com formações envolvendo um número menor de peças. Pranchas com desenhos mais simples, usando as sete peças na formação da figura. Graduar os desafios.

BLOCOS LÓGICOS Indicado para todas as faixas etárias

DOMINÓ Indicado para todas as faixas etárias

ÁRVORE

PEDAGÓGICA Infantil III, IV e V

Inf. III – Retirar o dado de números e utilizar apenas o de cores. Conforme tira a cor, ele coloca um pino da cor que tirou, quando sentir que o grupo avançou colocar o dado de número.

FECHA CAIXA Infantil I e V Iniciar com apenas um dado e deixar aberto até o n° 6. Oferecer palitos (material concreto) para a contagem dos pontos.

QUEBRA CABEÇA Indicado para todas as faixas etárias

CINCO MARIAS Indicado para todas as faixas etárias

BOLICHE Infantil III, IV e V

Semelhante ao quilles.

PERCURSO Indicado para todas as faixas etárias

BILHAR

HOLANDÊS Infantil IV e V

Jogar com menos fichas.

Utilizar material de apoio para contagem.

MANCALA Infantil V

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SUDOKU Infantil IV e V

CARA DE UM

CORPO DE

OUTRO

Indicado para todas as faixas etárias

Educação Tecnológica

“A tecnologia é fruto do conhecimento científico avançado aplicado à produção e à cultura

influenciando conhecimentos, formas e técnicas de fazer as coisas, costumes e hábitos sociais,

comunicação e crenças transmitidas de geração em geração”–Frigotto (apud Sampaio,2000, pag.28)

Tivemos alguns HTPC’s destinados à apresentação e discussão do trabalho com Educação

Tecnológica, onde o grupo de professores elaborou um material de apoio com propostas de

atividades e sugestões de projetos para trabalhar com este material.

Educação Tecnológica: Processo educativo que permite aos alunos conhecer

e compreender a produção de conhecimento voltada à tecnologia; identificar e propor

soluções para os problemas contemporâneos, gerados no cotidiano social, refletindo sobre

eles, conhecer as dimensões do fazer científico, sua relação com a tecnologia e o caráter não

neutro dessas realizações humanas.

Finalidade: Promover o desenvolvimento de pessoas capazes de integrar

tecnologia à vida cotidiana, de discutir suas consequências sociais, políticas, cultural e

econômica e de posicionar-se de forma crítica e reflexiva diante dos avanços tecnológicos.

Objetivos:

o Compreender que a evolução da tecnologia é resultado do

processo histórico;

o Conhecer as invenções como uma produção humana;

o Distinguir o que é e o que não é tecnologia;

o Entender como funcionam as máquinas e que forma de energia as

movem;

o Investigar como as máquinas funcionam;

o Vivenciar os princípios de máquinas simples;

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o Comparar tecnologias atuais e antigas;

o Resolver problemas que envolvem a construção de máquinas;

o Fazer a relação dos conceitos com os objetos do dia-a-dia;

Competências:

Observar e reconhecer, pela curiosidade, investigação e argumentação as características

tecnológicas dos objetos, dos materiais, das ferramentas e dos recursos tecnológicos;

o Solucionar problemas através dos procedimentos de

investigação científica – construção e verificação de hipóteses e análise de

resultados;

o Apropriar-se de linguagem e vocabulário específicos para

utilização de materiais no cotidiano;

o Realizar atividades de forma autônoma, responsável e

criativa;

o Pesquisar, selecionar e organizar informação e transformá-la

em conhecimento;

o Selecionar estratégias adequadas à resolução de problemas

e à tomada de decisões;

o Resolver problemas do dia a dia;

o Trabalhar em grupo cooperativamente;

o Argumentar para sustentar suas ideias;

o Refletir sobre o uso da tecnologia, avaliando os impactos

para o ambiente e a sociedade;

o Distinguir um objeto artesanal de um industrializado;

o Analisar o princípio de funcionamento de um mecanismo ou

objeto tecnológico.

Conteúdos:

o História das invenções;

o Construções de máquinas;

o Resolução de situações problemas;

o Desenvolvimento de procedimentos de investigação

científica e estudo de conceitos relacionados à tecnologia, de forma lúdica;

o Exploração e investigação de conceitos tecnológicos;

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o Máquinas simples – alavancas, rodas e eixos, engrenagens,

roldanas, por meio das construções com o material e observação dos utensílios

do cotidiano;

3 Traços, sons, cores e imagens As crianças constituem sua identidade pessoal e social nas interações que estabelecem com

diversos atores sociais, durante as quais elas aprendem a se expressar, por meio de múltiplas

linguagens, como as artes visuais, dança,

música e teatro.

Estas linguagens possibilitam a criança

se comunicar, ter consciência das formas, do

seu corpo, dos sons a sua volta. Dessa forma

a criança terá um olhar mais sensível e atento

para ler o mundo e mais possibilidades de

expressar sua visão.

Estabelecer uma rotina para sistematizar o trabalho com estas linguagens implica na

organização do tempo didático e na implantação de atividades permanentes, independentes,

sequenciadas ou projetos como modalidades organizativas. A rotina deve favorecer as crianças

experiências significativas que envolvam: fazer, ver e refletir, contemplar a experiência com as

linguagens básicas e a mistura dessas linguagens.

Direitos de aprendizagem

Conviver e fruir das manifestações artísticas e culturais da sua comunidade e de outras

culturas – artes plásticas, música, dança, teatro, cinema, folguedos e festas populares

– ampliando a sua sensibilidade, desenvolvendo senso estético, empatia e respeito as

diferentes culturas e identidades.

Brincar com diferentes sons,

ritmos, formas, cores, texturas,

objetos, materiais, construindo

cenários e indumentárias para

brincadeiras de faz de conta,

encenações ou para festas

tradicionais, enriquecendo seu

repertório e desenvolvendo seu

senso estético.

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Participar de decisões e ações relativas à

organização do ambiente (tanto no cotidiano

como na preparação de eventos especiais), à

definição de temas e à escolha de materiais a

serem usados em atividades lúdicas e teatrais,

entrando em contato com manifestações do

patrimônio cultural, Artísitico e tecnológico,

apropriando-se de diferentes linguagens.

Explorar variadas possibilidades de

usos e combinações de materiais,

substâncias, objetos e recursos

tecnológicos para criar e recriar

danças, artes visuais, encenações

teatrais, músicas, escritas e mapas,

apropriando-se de diferentes

manifestações culturais e artísticas.

Expressar com criatividade e responsabilidade, suas emoções, sentimentos,

necessidades e ideias brincando, cantando, dançando, esculpindo, desenhando,

encenando, compreendendo e usufruindo o que é comunicado pelos demais colegas e

pelos adultos.

Conhecer-se no contato criativo com manifestações artísiticas e culturais locais e de

outras comunidades, identificando e valorizando o seu pertencimento étnico-racial, de

gênero e de crença religiosa, desenvolvendo sua sensibilidade, criatividade, gosto

pessoal e modo peculiar de expressão por meio do teatro, música, dança, desenho e

imagens.

Apreciação:

Objetivos

Expressar seus sentimentos, ideias, opiniões e preferências frente a manifestações

artísticas e culturais;

Ampliar a sua sensibilidade, desenvolvendo senso estético, empatia e respeito as

diferentes culturas e identidades;

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Estabelecer relações entre as manifestações artísticas e culturais mediante suas

vivências cotidianas (emoções, sensações, comparações);

Modalidade organizativa: por meio da vivência, relatos e da exploração lúdica de

manifestações artísticas e culturais como: teatro, música, dança, circo, cinema.

Orientações didáticas

Ter constância na proposta estabelecendo um momento apropriado na rotina e

seguindo uma periodicidade regular;

Prever o tempo de duração da atividade para que não se prolongue demais evitando

a dispersão das crianças;

Ter intervenções que ajudem o aluno a explicitar o que está pensando sobre a obra,

retomando sua fala, fazendo perguntas, complementando e promovendo a troca de saberes no

grupo;

Algumas atitudes do professor podem ajudar àqueles que apresentam dificuldade

em se concentrar na atividade: chamar o aluno pelo nome para que manifeste sua impressão, dirigi-

lhe uma pergunta ou posicionar-se próximo a ele. O professor é também um modelo de apreciador,

portanto, seu tom de voz, seu envolvimento e empolgação com a atividade valorizam esse momento;

Em se tratando da produção dos alunos, ensinar o grupo a sair do julgamento

feio/bonito e explorar o trabalho através de outros observáveis: como fez, o que usou, o que

representa aquele desenho, que materiais usou, etc.

Ensinar os alunos a chamarem de desenho as produções que ainda não tenham

semelhança com o real (garatujas), evitando que façam julgamentos pejorativos, bem como trazer

para obras de artistas que não figuram (abstratos);

Trazer para a roda de apreciação todos os tipos de produções dos alunos, de todas

as fases de desenvolvimento gráfico da turma, para que as diversas produções sejam valorizadas;

Selecionar um único ou poucos trabalhos da turma em cada momento de apreciação

pois, do contrário, a atividade se torna cansativa e não concorre para a consecução dos objetivos.

Fazer artístico:

Objetivos

Expressar-se, através da linguagem visual, exercitando sua sensibilidade e

criatividade;

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Estabelecer uma relação prazerosa na realização e exploração das diferentes

propostas;

Investigar, através da escolha, combinações de materiais descobrindo diferentes

técnicas e possibilidades;

Conhecer e exercitar suas habilidades nas diferentes modalidades de trabalho em

artes visuais: desenhar, pintar, recortar, compor, colar, modelar, dobrar.

Cuidar dos materiais de uso pessoal e coletivo e participar das situações de

organização do espaço de trabalho seja na sala de aula, no ateliê ou na exposição de trabalhos;

Conhecer e explorar, nas suas produções, diferentes elementos da linguagem

visual: linha, cor, forma, volume, luz, sombra, textura.

Modalidade organizativa:

Atividade permanente de proposta

Atividade permanente de oficina de livre escolha

Atividades sequenciadas e projetos

Oficinas de convivência

Periodicidade indicada: Semanal

Orientações didáticas

Disponibilizar material suficiente para que a criança repita a experiência caso

não fique satisfeita com a sua primeira produção, como, por exemplo, oferecer outra folha

quando a criança diz que errou;

Materiais indicados para atividades de proposta e oficina de escolha

Suportes recortados em diversos formatos: tiras, quadrados, retângulos,

círculos;

Suportes de diferentes cores e texturas: cartolina, sulfite, cartão, craft, color set,

camurça, papelão, embalagem de pizza, caixas de leite, e.v.a., lixas;

Meios secos: hidrocor, lápis de cor, aquarela, giz de cera, giz de lousa, giz

pastel, caneta esferográfica, caneta piloto, lápis grafite, carvão;

Meios aquosos: guache, aquarela, anilina, tinta plástica, tintas artesanais a partir

de vegetais;

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Materiais para composições: botões, palitos e pazinhas de sorvete, areia

colorida, sobras de lápis apontado, tampinhas diversas, caixinhas de embalagens, papéis

diversos, retalhos, algodão, lantejoulas, purpurina, retalhos de E.V.A., garrafas plásticas,

bandejas de ovo, e diversos materiais reaproveitáveis.

4 Corpo, gestos e movimentos

Há algum tempo se acreditava na educação que o exercício do corpo construiria um homem

forte. Hoje acreditamos em vez de homens fortes precisamos é de pessoas saudáveis, e a escola

pode contribuir para o bom desenvolvimento orgânico da criança no sentido que lhe oferece

oportunidades planejadas de trabalhar todas as potencialidades; pode contribuir com o

desenvolvimento emocional no sentido que o adulto presente (o professor ou outros envolvidos no

trabalho de educar) está atento às dificuldades enfrentadas pelas crianças e podem junto com ela ir

construindo o significado de perder e ganhar, ajudando a criança a lidar com a frustração; a construir

significado para o trabalho em equipe e para a ação colaborativa. Por isso o antigo exercício de

movimentos repetitivos e condicionados da educação física foi substituído por atividades lúdicas que

visam o desenvolvimento não de um corpo, mas de uma pessoa. Uma pessoa que está aprendendo

a sentir, a se expressar, a se emocionar, a se relacionar com os outros, a viver em grupo, a seguir e

questionar as regras, a conhecer e controlar melhor o seu próprio corpo. Os jogos corporais podem

ser chamados também de brincadeiras. No entanto são brincadeiras intencionais planejadas por

quem sabe de sua importância na vida da criança. Durante estas atividades pode-se trabalhar uma

grande quantidade de conteúdos, dentre eles: desenvolvimento motor, conhecimento e exploração

do espaço físico, constituição de grupo, interação social, expressão corporal, cooperação, regras e

esquema corporal.

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DIREITOS DE APRENDIZAGEM

CONVIVER com crianças e adultos e experimentar de múltiplas formas a gestualidade que

marca a sua cultura.

BRINCAR utilizando movimentos para se expressar, explorar espaços, objetos e situações,

imitar, jogar, imaginar, interagir e utilizar criativamente o repertório da cultura corporal e do

movimento.

PARTICIPAR de diversas atividades de cuidados pessoais e do contexto social, de

brincadeiras, encenações teatrais ou circenses, danças e músicas: desenvolver práticas corporais e

autonomia para cuidar de si, do outro e do ambiente.

EXPLORAR amplo repertório de movimentos, gestos, olhares, sons e mímicas, descobrir

modas de ocupação e de uso do espaço com o corpo e adquirir a compreensão do seu corpo no

espaço, no tempo e no grupo.

EXPRESSAR corporalmente emoções, ideias e opiniões tanto nas relações cotidianas como

nas brincadeiras, dramatizações, danças, músicas, contação de histórias dentre outras

manifestações, empenhando-se em compreender o que outros também expressam.

CONHECER-SE nas diversas oportunidades de interações e explorações com seu corpo,

reconhecer e valorizar o seu pertencimento de gênero, étnico-racial e religioso.

Objetivos:

Desenvolver a imagem corporal;

Ampliação das possibilidades expressivas do próprio movimento;

Conhecer gradativamente os limites e as potencialidades de seu corpo;

Controlar gradualmente o próprio movimento, aperfeiçoando seus recursos de

deslocamento e ajustando suas habilidades;

Ampliar suas possibilidades de manuseio dos diferentes materiais e objetos.

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Conteúdos:

Equilíbrio;

Partes do corpo;

Jogos corporais;

Habilidades: força, velocidade, resistência, e flexibilidade;

Habilidades motoras;

Movimentos de preensão, encaixe, lançar, correr, pular, rolar, escalar, saltar, desviar.

Interesse e cuidados com o corpo.

Estratégias:

Brincadeiras;

Danças

Músicas com gestos e movimentos;

Roda cantada;

Jogos com regras;

Circuito.

Orientações didáticas:

O movimento da criança precisa ser pensado pelo professor não só nas atividades físicas

(jogos), mas também nos momentos de sala de aula, onde devem se alternar atividades de maior

contenção com atividades que possibilitam maior expressão de movimentos.

Também é importante que o professor pense a possibilidade de locomoção favorável no

espaço da sala (disposição de mesa, acesso aos materiais, propostas de interação entre alunos).

A observação é um grande instrumento em favor dos professores, pois a partir da observação

de momentos livres pode perceber quais são os movimentos que a criança precisa trabalhar, para

transformá-la em atividades desafiante.

2.6 Brincar

O brincar favorece o desenvolvimento da criança em seus aspectos motor, afetivo e social.

Amplia as possibilidades de representação do mundo simbólico, bem como as formas de

compreender e interagir com o mundo social.

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É natural para a criança brincar, porém nem toda brincadeira acontece naturalmente, a

intencionalidade pedagógica é fundamental. A criança também precisa aprender a brincar, para

tanto a escola tem que garantir tempo e espaço para que a brincadeira ocorra.

É necessário qualificar o tempo destinado às brincadeiras, garantindo-as na rotina diária na

escola. É esta constância que irá assegurar à criança a construção de jeitos de brincar, de explorar

diferentes materiais e diferentes espaços.

Brincadeira simbólica: Em nenhum

momento a escola pode esquecer que o brincar é a

forma da criança entender o mundo em que vive, por

isso o espaço da brincadeira simbólica deve estar

reservado, visando: o desenvolvimento do

pensamento simbólico, o desenvolvimento da

afetividade, a compreensão das regras implícitas em

cada papel simbolizado, a construção de significados

para os papéis sociais, usos sociais de objetos de

conhecimento, cuidados com o espaço e com os objetos.

Brincadeiras tradicionais: “As brincadeiras tradicionais fazem parte patrimônio lúdico-

cultural infantil e traduzem valores costumes, formas de pensamento e dos ensinamentos. Seu valor

é inestimável e constitui, para cada indivíduo, cada grupo, cada geração, parte fundamental da sua

história de vida. Brincar: crescer e aprender O resgate do jogo infantil – Adriana Friedman”

As brincadeiras tradicionais dão prazer às crianças, são parte da cultura lúdica infantil, e

utilizá-los é uma forma de resgatá-los. Sendo assim, a escola precisa conhecer, apresentar e

valorizar as diferentes cirandas, brincadeiras cantadas, danças e outras brincadeiras das múltiplas

culturas existentes. Isso implica pesquisar, comparar, divulgar, integrando criança e comunidade

escolar nesse trabalho. O professor participa de forma direta e ativa, brincando com as crianças e

dando-lhes oportunidades de vivenciar essas brincadeiras.

Brincadeiras de construção: A brincadeira de construção possibilita a criança construir,

transformar, destruir, reconstruir, o que pode ocorrer não só com materiais convencionais (diferentes

sucatas, papéis, tecidos, entre outros) cabendo ao professor disponibilizar o material e condições

para que as crianças possam circular no espaço, interagir com materiais e colegas estando em ação

mental e corporal constantemente. Quanto maiores forem as experiências com materiais de

naturezas diversas, tanto maiores serão as alternativas de construção e relações entre elas.

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4 . Rotina

Ter uma rotina sistematizada é importante tanto para o professor quanto para o aluno. Dá

segurança para a criança, além de ajudá-la a se situar no espaço e no tempo escolar, levando a

otimização de sua autonomia, a criança tendo clara a rotina consegue se localizar nos momentos de

transição de uma atividade para outra, apresentando tranquilidade no percurso do dia, diminuindo a

ansiedade (medo do desconhecido), o grupo cria vínculo e interesse pelas propostas, antecipa os

acontecimentos do dia a dia escolar.

A rotina organiza o tempo de trabalho, possibilitando ao professor distribuir melhor as

atividades, considerando a dinâmica de sua classe, as características da faixa etária a que se

destinam, os espaços em que se realizam cada atividade, o tempo necessário para a realização da

mesma, contemplando as áreas de conhecimento e a constância das atividades programadas.

É importante estar aberto à readequação quando necessário, à flexibilidade, ou seja, a

necessidade do professor planejar e também refletir sobre o seu trabalho “ação- reflexão - ação”

sem esquecer de atender as necessidades especiais dos alunos e considerar a alternância entre

atividades de movimento e contenção, bem como considerar os procedimentos e a organização dos

espaços.

Uma rotina sistematizada proporciona uma melhor organização e segurança para todos que

dela compartilham.

3.2 Período de adaptação

Entendemos que o período de adaptação é importante para garantir a criação de vínculo entre

professor e aluno. É neste primeiro contato que as relações são estabelecidas e há de ambos os

lados um firmamento de vínculo e o início da segurança entre os pares.

Em função disso, nossa reunião pedagógica de início de ano teve como objetivo estruturar

este momento. Conversamos sobre a importância de planejar este momento com muito cuidado e

com a ajuda de todos, tivemos até o depoimento de uma professora que disse viu o “sofrimento” do

neto no início das aulas em outra escola e que isso provocou a reflexão em relação a cuidar ainda

mais deste momento de inserção da criança na nossa escola.

Como nos primeiros dias o horário de atendimento é reduzido é possível que as crianças se

apropriem de forma gradativa de todas as novidades do início do ano. Precisa reconhecer o espaço

de toda a escola ou da nova sala, precisa conhecer os novos amigos e na maioria das vezes a nova

professora, pois são poucas salas que mantém por mais um ano a professora.

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Procuramos manter um funcionário de apoio próximo do espaço das salas para auxiliar o

professor neste período, garantindo que este pudesse estar livre para o atendimento da criança com

mais necessidade de atenção (chorando ou resistente em permanecer na aula). Este apoio

favoreceu o acolhimento na chegada, na recepção dos alunos, bem como durante todo o tempo,

auxiliando as crianças na ida ao banheiro, no momento do lanche, enquanto a professora da classe

estivesse envolvida com outros alunos no desenvolvimento das propostas.

Toda a equipe de funcionários esteve mobilizada para atender e auxiliar no que fosse

necessário, seja na entrada para encaminhar as famílias até as salas, ajudar a localizar os

professores e suas salas, seja ao longo do período oferecendo suporte, limpando, providenciando

materiais, orientando alunos e também na saída dos alunos.

Avaliamos que o planejamento cuidadoso para o acolhimento das crianças permitiu que elas

se sentissem mais seguras, mais tranquilas, pois puderam receber do professor uma atenção mais

individualizada, o que se pode notar no pouco choro. Puderam ser estabelecidos vínculos,

importantes para os momentos posteriores considerando os alunos em sua individualidade.

A entrada das famílias até a sala de aula transmitiu ainda mais segurança, principalmente aos

que choraram, pois nestes casos, a família pode permanecer um tempo junto com as crianças

enquanto se acalmavam. Tornando o momento muito mais tranquilo tanto para quem estava muito

inseguro, quanto para os pais e professores.

Este acolhimento especial, este olhar atento à necessidade da criança que chega, também é

considerado para os alunos que são matriculados ao longo do ano. Todo este processo de criação

de vínculo deve ser garantido ao aluno, independente do período do ano em que se faz necessário o

ingresso na escola ou a mudança de período. Tomamos o cuidado de oferecer ao aluno novo o

horário reduzido por alguns dias (o necessário conforme cada criança). A família o leva até o

professor nestes primeiros dias. Há uma preocupação dos professores em acolher e incluir este

aluno cuidando para que o grupo formado se abra para receber o novo colega.

Os professores organizaram atividades diversificadas para receber os alunos de forma mais

acolhedora e lúdica. Ao mesmo tempo, davam atenção individualizada para os casos de alunos com

maior dificuldade na adaptação, buscando estreitar o vínculo afetivo com todos e garantindo uma

inserção no espaço escolar de forma mais prazerosa.

3.3 Dia do Brinquedo

Em 2011, fizemos uma discussão na primeira Reunião Pedagógica sobre a rotina e sobre os

combinados para o ano. Dentro dos combinados, surgiu no grupo um questionamento sobre “o dia

do brinquedo”, na época o grupo da manhã julgou como desnecessário ter esse dia pela quantidade

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de brinquedos que a escola tinha recebido da Secretaria de Educação e que o “Dia do brinquedo”

trazia mais elementos desfavoráveis que favoráveis para os alunos, pois muitas crianças esqueciam

ou não tinham brinquedos para trazer no dia, quando traziam não queriam compartilhar, perdiam o

que traziam ou os brinquedos acabam sendo quebrados pelo manuseio de muitas crianças. Nem

sempre a família compreendia que os brinquedos poderiam vir, mas não voltar do mesmo jeito ou

até sumir mesmo, por mais que os professores explicassem que as chances de quebra/perda eram

bem maiores pelo uso intenso e de um maior número de crianças.

O grupo de professores da tarde demonstrou maior vontade em manter a atividade, mas

como muitos eram professores novos na escola e não conheciam os problemas da proposta nesta

comunidade, a maioria acabou preferindo pensar em outras propostas com os brinquedos do acervo

da escola.

No ano de 2012, continuamos sem o dia do brinquedo, pois a maioria do grupo permaneceu

na escola e não foi uma demanda levantada para discussão nos momentos formativos e

entendemos que era uma situação que estava bem resolvida.

No ano de 2013, tivemos uma considerável mudança do grupo e não recebemos tantos

brinquedos da S.E. e com a redução da verba da APM do ano e aumento dos preços de todos os

itens para compra e serviços, os membros da APM e a equipe de gestão estão sendo ainda mais

criteriosos na compra de brinquedos e outros, para garantir que haja recursos para todas as

demandas. Surgiu neste ano, novamente o questionamento sobre o retorno do dia dos brinquedos,

como demanda de alguns professores e alguns pais.

A partir da nutrição em HTPC com o livro: “Isso não é brinquedo”, que traz a importância dos

brinquedos não estruturados para o imaginário infantil e da retomada dos princípios e concepções

construídas pelo grupo, buscaremos outros caminhos de trabalhar com as crianças os objetivos

atendidos com a proposta, oferecendo a cultura mais elaborada, desenvolvendo a solidariedade, o

imaginário, entre outros, sem promover a exclusão que “O dia do brinquedo” acabava gerando.

3.3 Roda de conversa ou hora de conversa

A roda de conversa é o momento em que a turma se reúne, para falar, ouvir, conhecer

coisas novas, contar sobre si e estabelecer combinados sobre a rotina. Este é o momento de

valorizar e desenvolver a oralidade, ampliação de vocabulário e de repertório linguístico, bem como

observar o respeito ao interlocutor, a estrutura da língua falada e a interação entre pares. Algumas

rodas de conversa atendem a objetivos específicos como, por exemplo: Roda de apreciação (obras

de arte),Roda da curiosidade (ciências), roda de música.

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3.4 Hora de leitura:

Durante a hora da leitura a criança

tem a oportunidade de desenvolver uma

postura leitora, ampliar seu repertório textual e

linguístico, diferenciando a língua falada da

escrita. O aluno tem a possibilidade de fazer

uma interpretação pessoal e desenvolver o

seu senso crítico e adquirir prazer em ouvir

histórias como atividade lúdica e de

entretenimento.

3.5 Atividades diversificadas

REFLEXÃO

“A forma como organizamos e administramos o espaço físico de nossa sala de aula constitui, por si

só, uma mensagem curricular, reflete o nosso modelo educativo (...) A forma como organizamos os

espaços e cada uma de suas áreas e elementos reflete direta e indiretamente o valor que lhe damos

e a função que lhe outorgamos e, além disso, diz muito em relação ao tipo de comportamento

instrutivo e transmite o que esperamos de nossos alunos (as).”

“Se eu considero que as crianças são os verdadeiros protagonistas da sua aprendizagem, que

aprendem a partir da manipulação e da experimentação ativa da realidade e através das

descobertas pessoais; se, além disso, entendo que “os outros” também são uma fonte importante de

conhecimento, tudo isso terá reflexos na organização de minha sala de aula: tendo espaços para o

trabalho em pequenos grupos, distribuindo o mobiliário e os materiais para que as crianças tenham

autonomia, despertando o interesse infantil para manipular, experimentar e descobrir”

(Qualidade em Educação Infantil- Miguel A. Zabalza)

Contribuição da Prof.ª Adriana

As atividades diversificadas são atividades

permanentes que se realizam na rotina da educação

infantil. Consiste em oferecer cantos com atividades

diferentes – brinquedos simbólicos, jogos de encaixe,

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jogos de mesa, modelagem, colagem, materiais gráficos para desenho ou pintura, livros. Os alunos

podem escolher o que querem fazer, sendo importante também promover o envolvimento das

crianças na organização do espaço e na distribuição dos diferentes materiais para realizar

determinadas atividades, corresponsabilizando-as pelos cuidados necessários. Essa proposta se

difere das outras atividades que são mais dirigidas, pois nesta, a intervenção maior do professor se

dá no planejamento dos cantos, na observação dos alunos e não na condução da atividade.

Deste modo, os alunos exercitam a possibilidade de se autoconduzirem, manifestando

suas necessidades e preferências pessoais e agrupando-se de forma espontânea, podem fazer suas

escolhas e mudar de canto quando desejarem. Para isso precisam negociar os espaços e os

materiais, interagir com os colegas buscando formas diferentes de brincar, resolvendo possíveis

conflitos, assim progridem na construção do conhecimento de si e na conquista de sua autonomia.

Objetivos para os alunos:

Construir progressivamente sua autonomia através do exercício da escolha e da

autorregulação no espaço;

Desenvolver preferências e habilidades no uso dos materiais, no contato com o

objeto e na troca de saberes entre si;

Interagir com diferentes grupos compartilhando brinquedos e atividades

desafiadoras;

Aprender regras de jogos em pequenos grupos.

Desenvolver relações interpessoais de cooperação, parceria, partilha e troca.

Conhecer, valorizar e ampliar noções de respeito mútuo.

Orientações didáticas:

O professor tem, neste momento, espaço privilegiado de observação e oportunidade de

intervenções mais individualizadas, visto que os alunos não necessitam exclusivamente da

condução do professor para realizar a atividade. Assim, é possível introduzir um novo jogo de mesa

e ensinar as regras a um pequeno grupo, acompanhar interações entre os alunos, intervindo para

ajudá-los na estruturação da brincadeira ou nas relações interpessoais e mediar a resolução de

conflitos. Pode ainda aproveitar este tempo para simplesmente oferecer aconchego e brincar junto

com a criança estreitando os laços com todos e com cada um.

Considera-se também intervenção o modo que o professor estrutura tempo, espaço e

materiais. Em torno desses três elementos, elaboramos as seguintes orientações.

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T E M P O

De acordo com a organização da rotina do professor e com a rotina da turma, essas

atividades podem funcionar como um meio de transição entre a casa e a escola, acontecendo

no horário da entrada, assim como em qualquer outro momento da aula que parecer

interessante ao grupo. As propostas podem ser mantidas, de acordo com o envolvimento das

crianças, sem ter um período pré-determinado para ser encerrada, pois assim terão

tranquilidade para tomar contato com as diferentes propostas e repeti-las de acordo com suas

preferências. A constância deste tipo de atividade é que permitirá ao grupo de crianças

diminuírem sua ansiedade, ampliarem as formas de resolver conflitos e movimentarem-se

pelo espaço de forma mais tranquila.

E S P A Ç O

Agrupar mesas e arrumar o espaço de forma diferente possibilita que os alunos se

movimentem sem atrapalharem uns aos outros durante a atividade, fazendo o exercício de

se autorregularem.

Os cantos de atividades podem ser realizados nas mesas, no chão e em arranjos

diferenciados utilizando o mobiliário de maneiras originais: cercar um canto com cadeiras,

agrupar as mesas de três ou de duas em duas, tombá-las para dividir ambientes como uma

espécie de parede colocá-las com os pés para cima utilizando o fundo como suporte para

brinquedos. Proporcionar parceria entre salas ou até entre períodos para a construção de

diversificada onde cada turma possa interagir durante o período com o espaço do outro. Os

materiais que irão compor os cantos devem estar ao acesso dos alunos para que aprendam

a pegar e a guardá-los após as atividades.

M A T E R I A I S

“A palavra de ordem em relação ao material que deve estar disponível para manipulação

livre e constante da criança é diversidade: quanto mais variado for o material a que a criança

tiver acesso, mais ela percebe o mundo na sua diversidade, mais ela é levada a comparar, a

estabelecer relações, enfim, mais ginástica faz o seu cérebro e assim desenvolve sua

inteligência. Suely Amaral Mello”

É necessário que se faça apresentação dos materiais antes de iniciar o uso. Para isso, reunir

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os alunos em roda é uma boa estratégia. Neste momento, irão explicitar os conhecimentos

prévios que têm sobre o material, conhecerão novas possibilidades e irão receber

orientações de como usá-lo, conservá-lo e guardá-lo ao final da brincadeira.

Todas as classes têm jogos de montar, conjunto de panelinhas, pequenas bonecas, kit de

animais e carrinhos para uso nas atividades diversificadas. Esses materiais contribuem para

montar os cantos e podem ser complementados por materiais não convencionais (sucata...).

há outros materiais também na sala dos professores e brinquedoteca que podem ser

transportados para a sala ou área externa onde também é possível propor este tipo de

atividade. Também podemos fazer trocas de materiais entre as salas de aula, ampliando a

diversidade de materiais.

A observação constante é que irá indicar quais materiais são mais procurados pelos alunos,

quais provocam disputa do canto e quais não lhes desperta o interesse. Esses dados podem

provocar mudanças antecipadas ou fazer com que um mesmo canto permaneça por mais

tempo.

É preciso também avaliar o motivo de determinado canto não estar atraindo os alunos.

Talvez eles não estejam sabendo como utilizar o material. Neste caso, além de apresentar

na roda, o professor pode brincar ou jogar junto motivando-os e também pensar em

acrescentar elementos novos para enriquecer determinada brincadeira.

Outras situações foram matéria de discussão no grupo de modo que se produziram

orientações didáticas com base nas seguintes questões:

Como os alunos farão suas escolhas início da atividade sem que isso cause tumulto e

conflitos?

Todas as orientações anteriores sobre tempo, espaço e materiais já são potencialmente

minimizadoras de conflito, mas no momento da escolha, se todos vão ao mesmo tempo em busca

do seu canto preferido, podem ocorrer disputas e conflitos, pois nessa faixa etária os alunos ainda

apresentam movimentos impulsivos.

Quando as atividades diversificadas ocorrem no momento da entrada, essa questão se

resolve mais facilmente, como receber os alunos com os cantos já montados possibilita que as

escolhas se deem conforme eles vão chegando, paulatinamente.

Os cantos devem ser organizados contemplando conteúdos de diferentes áreas de

conhecimento?

O conteúdo principal das atividades diversificadas é a escolha. Para que haja escolha, é

preciso a oferta de materiais que possibilitem a expressão em diferentes linguagens, como o jogo

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simbólico, a expressão gráfica e artística. No entanto, o professor pode aproveitar esse momento

para propor algum jogo de escrita e leitura ou jogo de matemática, uma pesquisa específica em

livros de ciências, o ensino de uma determinada técnica artística, tomando o cuidado de não tornar a

sua intencionalidade didática um fator cerceador do direito de escolha. Ao contrário, a criança pode

sentir-se convidada e desafiada pelo professor a realizar uma nova atividade e isso será motivador.

Organizar diferentes atividades dentro de uma mesma área de conhecimento é um recurso

do qual o professor pode lançar mão em determinado momento, como por exemplo, uma

diversificada de Artes: colagem, modelagem, livros de Artes, pintura, desenho, desde que a seguir

retome o pressuposto de possibilitar a escolha entre linguagens de diferentes naturezas.

(Texto revisado em HTPC’s a partir da formação realizada em 2012, considerando o

espaço como segundo educador.)

3.6 Lanche

Em 2006, o Conselho de Escola deliberou a mudança do cardápio a ser implantada em

2007: ao invés do cardápio de lanche, passamos a oferecer almoço para todos os alunos e leite

como colação. A implantação foi precedida de um planejamento cuidadoso de toda equipe e dos

pais durante o segundo semestre de 2006, realizando-se visita a outras escolas da região que já

ofereciam almoço e discutindo em grupo a melhor maneira de organizar espaço, mobiliário,

utensílios. Diminuiu o desperdício e o refeitório se tornou um local mais harmonioso, pois os alunos

estão mais envolvidos na sua alimentação, servindo-se apenas do que gostam e na quantidade que

desejam. Os adultos, professores e merendeiras, fazem a mediação ensinando procedimentos e

incentivando-os a se alimentarem bem.

A partir de 2015, foi realizada uma alteração no cardápio da alimentação dos alunos, a

refeição deixou de ser oferecida e retornou o lanche; segundo o setor de alimentação foi feita a

mudança por causa de resultados de pesquisas realizadas que constataram aumento da obesidade

e muito desperdício de alimento.

Na primeira reunião do ano fizemos a conversa com os pais explicando a mudança. Muitos

pais não concordaram e disseram que procurariam a Secretaria de Educação para solicitar o retorno

da refeição.

A escola procurou adaptar-se ao novo modelo de refeição, mas percebemos muitas

crianças estão sentindo fome com o lanche oferecido, além de várias reclamações dos familiares,

sendo que sempre comunicamos a Secretaria de Educação para pedirmos a parceria, mas não foi

possível fazer adaptação no cardápio, só conseguimos intensificar ingredientes para os projetos.

Os alunos continuaram sendo servidos, pois por orientação do setor de alimentação os

alimentos só podem ser manipulados pelos adultos, portanto, não foi possível que os alunos

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trabalhassem a autonomia, neste momento. Muitos familiares ficavam impressionados com o fato

dos alunos servirem-se sozinhos, pois em casa somente o adulto costuma servir as crianças.

Durante a rotina, garantimos muitas situações para o trabalho com a autonomia, mas o self-service

era um importante momento educativo, pois poucos têm a chance de fazer isso em casa.

Em 2017, com a nova gestão houve o retorno da colação e percebemos que tivemos uma

melhoria da alimentação dos alunos que estão tendo mais uma opção ao alimentar-se na escola o

que, aparentemente, minimizou a preocupação das famílias.

Potencial de aprendizagens:

Melhorar os hábitos alimentares

Noções de higiene e educação alimentar

Atitudes de respeito ao outro

Orientações didáticas:

Estabelecer combinados e a forma de organização previamente com o grupo.

Incentivar um comportamento adequado de higiene

Ter o espaço organizado com os utensílios adequados e ao alcance dos alunos

Interagir para promover hábitos e atitudes corretos.

Incentivar a provarem alimentos que não conhecem ou não tem o hábito de

comer.

3.7 Organização dos espaços

Pensando em agilizar e otimizar o pouco espaço que a escola oferece fora as salas de aula,

estes foram reorganizados da seguinte forma:

3.7.1 Brinquedoteca

“A brinquedoteca tem uma mensagem a dar para a escola, porque pode ajudar as crianças

a formarem um bom conceito de mundo, um mundo onde a afetividade é acolhida, a criatividade

estimulada e os direitos da criança respeitados”.

(Texto extraído do livro: Brinquedoteca: O lúdico em diferentes contextos – página 22)

A brinquedoteca é um espaço importante para a preservação do brincar, um espaço

preparado para ampliar o leque de possibilidades de a criança brincar, com maior variedade de

brinquedos, de cantos simbólicos, dentro de um ambiente especialmente lúdico, Não que a

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brincadeira não ocorra também na sala de aula ou em qualquer outro espaço da escola, mas a

brinquedoteca é um lugar onde tudo convida a explorar, a sentir e a experimentar.

Não temos uma sala própria para o brincar, desse modo adaptamos o espaço do palco

para esta finalidade. Temos o objetivo de colocar algumas prateleiras para os brinquedos (bonecas,

carrinhos, e outros), buscamos cantos para o jogo simbólico, de forma a permitir uma liberdade de

combinação de brinquedos e brincadeiras. A ausência de mesas favorece a definição do ambiente

lúdico, a circulação, apesar de restrita, em virtude do espaço pequeno visa favorecer a interação

entre as crianças. Cuidamos para que neste espaço não sejam colocados brinquedos com peças

pequenas demais, e nem brinquedos que sugiram movimentos como correr e pular.

Preparar o ambiente possibilita despertar desejos e interesses a partir das propostas

organizadas pelos educadores. Contudo, o educador também precisa permitir que as crianças

possam fazer rearranjos, criações, transformações, inversões, transgressões ao inicialmente

organizado.

Potencial de aprendizagens:

Socialização;

Utilizar a linguagem lúdica para relacionar e entender o cotidiano;

Organização;

Respeito aos combinados e aos colegas;

Orientações didáticas:

Combinados na roda de conversa antes e depois do uso dos espaços, como não

correr, utilizar os brinquedos com cuidado, conservação do espaço.

Demonstração da utilização dos objetos.

Acompanhar constantemente se as crianças cumprem os combinados, orientando-

as sempre que necessário.

3.7.2 Parque

O parque é o momento em que a criança se sente mais livre para se expressar do seu

próprio jeito, por isso é um momento muito rico para a observação da criança de forma mais global.

Através desta observação o professor tem condições de discernir em que aspecto sua intervenção é

necessária com cada criança. Algumas crianças precisam de apoio em relação às questões físicas

(conseguir subir, calcular distâncias, planejar estratégias de cada brinquedo) outras demandam

apoio emocional (vencer o medo, a timidez, a insegurança, a falta de iniciativa, etc.). É o olhar atento

do professor que vai identificar qual o apoio cada criança necessita. Nosso parque é grande e em

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razão da quantidade de turmas que temos faz-se necessário a utilização por duas turmas no mesmo

horário. Além do espaço físico o parque conta com materiais para brincar na areia.

O parque dá a possibilidade de a criança

desenvolver sua habilidade motora, seu pensamento

simbólico, sua afetividade, sua imaginação, a utilização

do espaço de forma mais livre, as regras de convívio, a

convenção do que é certo ou errado no trato com os

colegas, as formas próprias de se expressar, os

procedimentos de autocuidado, necessários para que a

criança possa brincar com segurança, cabe ao professor

orientar os alunos quanto ao uso e conservação dos

brinquedos.

Para garantir que em 2015, os brinquedos ficassem ainda mais acessíveis confeccionamos

um porta-brinquedo de parque e já estamos armazenando os baldinhos, peneirinhas e pás neste

espaço, mas precisamos pensar em conjunto outras possibilidades de brinquedos que possam ser

guardados neste espaço e que enriqueçam cada vez mais as propostas no parque.

Potencial de aprendizagens:

Socialização (harmonia no relacionamento)

Autonomia

Desenvolvimento do pensamento simbólico através da interação com o outro e com

os diferentes objetos.

Regras de convívio

Desenvolvimento corporal (movimento)

Formas próprias de se expressar.

Questões éticas

Resolver situações problema

Orientações didáticas:

Levantamento de regras de convívio e utilização do espaço coletivamente, tais

como: respeitar o direito de todos brincarem; utilizar adequadamente os brinquedos; saber dividir os

espaços e brinquedos; não empurrar; não passar atrás da balança, escorregar um por vez; não jogar

areia; não sair da gangorra sem avisar ao colega...

Revisar as regras estabelecidas, fazendo adequações sempre que necessário.

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Propiciar materiais adequados (diversos) que auxiliem nas brincadeiras simbólicas e

corporais.

O professor deve estar atento para perceber os conflitos que ocorrem e interferir

sempre que necessário ou quando solicitado pelos alunos.

3.7.3 Quadra

Duas vezes por semana, na grade de

horário, este espaço é reservado para a classe

utilizar a quadra. Infelizmente nossa quadra não é

coberta o que impossibilita a utilização deste espaço

em dias de chuva e compromete o desenvolvimento

de atividades de corpo e movimento, uma vez que

nosso espaço interno é muito restrito.

Os professores definem uma sequência de

atividades e propostas que melhor respondam as

necessidades observadas nos alunos.

Potencial de aprendizagens:

Desenvolver a cooperação e o respeito.

Conhecer e desenvolver as potencialidades do corpo.

Jogos corporais

Jogos cooperativos

Jogos competitivos

Utilizar diferentes materiais

Orientações didáticas:

Roda de conversa para combinados prévios para determinar o que será realizado e

como.

Propor atividades que possibilitem a participação de todos.

Ter um olhar para perceber quando a criança não quer brincar e acolhê-la.

Acompanhar as atividades, observando e intervindo quando julgar necessário, para

propor novas questões, situações e desafios.

Adequar as regras, os espaços, os materiais e as formas de atuação de acordo com

as necessidades do grupo.

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Valorizar as conquistas dos alunos.

Circuito:

O circuito é montado na quadra, às terças-feiras e cada turma irá utilizá-lo semanalmente.

Este circuito utiliza materiais como mesa, cordas, pneus, bolas, baldes, estacas, colchões, também é

possível aproveitar os recursos disponíveis na escola (árvores, grades, barras) bem como outros

espaços além da quadra como corredores externos e parque, visando criar uma sequência de

desafios (rolar, saltar, rastejar, passar por dentro, por cima, por baixo, atravessar, lançar, engatinhar,

acertar o alvo, etc). É importante salientar o caráter lúdico desta atividade, que não tem intenção de

treino, mas de vivência.

Potencial de aprendizagens

Desenvolvimento motor

Atenção e cuidado com o próprio corpo e do colega

Sequência e ordem

Conhecimento do próprio corpo e de suas possibilidades de movimento.

Percepção do espaço

Orientações didáticas

Orientar sobre as etapas do percurso.

Estabelecer os combinados em roda de conversa previamente

Planejar o circuito antecipadamente em parceria buscando graduar os desafios.

(desenho)

Garantir em HTPC um espaço para o planejamento do circuito (desenho)

Trabalhar com músicas que podem ditar o ritmo do circuito

Oferecer repertório diferenciado e colocar limites

3.7.4 Biblioteca

Há um espaço (sala ambiente), na escola que

contempla o acervo de livros, sendo que a partir de 2014,

com o projeto coletivo: “Espaço, um segundo educador”,

teremos trimestralmente um grupo destinado a executar

atividades de organização dos livros, montagem do

carrinho temático com sugestões de autores e elaboração

de atividades diversas relacionadas autor e aos temas

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escolhidos.

Este espaço possibilita maior concentração dos alunos, bem como a circulação, fazer

escolhas de títulos e leitura de diferentes livros. Além disso os livros podem ser levados para a sala

de aula, tanto para a hora da história, quanto para o momento das atividades diversificadas,

compondo o canto de leitura. Há também um acervo destinado ao empréstimo que fica em cada

classe e os professores promovem a escolha na própria sala de aula (biblioteca circulante). Temos

um Datashow que possibilita a maior visualização no momento de exibição de alguma filmagem ou

vídeo, bem com um computador com acesso à internet o que possibilita a realização de pesquisas

dentro dos projetos trabalhados.

Potencial de aprendizagens:

Desenvolver a postura leitora

Ampliar o vocabulário

Leitura individual e pseudoleitura / não convencional

Entrar no mundo da linguagem que se escreve

Desenvolver hábitos de cuidado, conservação e manuseio dos livros

Alimentar a imaginação e a criatividade

Respeito mútuo

Ampliação de repertório através de uso dos recursos áudios-visuais

Desenvolver a concentração

Enriquecer temas trabalhados em sala de aula

Orientações didáticas:

Orientações prévias em roda de conversa, destacando as características do local

e das regras tais como: falar baixo, não correr, não puxar o livro das mãos do amigo, observar com

calma cada livro, cuidar dos livros, manterem o silêncio em alguns momentos, concentrar-se no que

está assistindo, ouvindo ou lendo, respeitar o direito do amigo ver e ouvir a história ou o que está

sendo proposto pela professora. Respeitar o tempo do amigo ver o livro e o tempo dado pelo

professor para esse manuseio. Devolver no mesmo lugar que pegou.

3.7.5 Ateliê

O ateliê é um local de exploração, manipulação e

experimentação de diferentes materiais, que separados

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ou combinados entre si favorecem o trabalho com foco nas artes visuais.

Quanto mais materiais as crianças conhecem mais possibilidades de se expressarem

possuem. Nesse sentido, os contextos de aprendizagem criados pelos professores são

determinantes para que as crianças possam ampliar e transformar seus conhecimentos.

O papel do adulto é de observar, instigar e investigar os procedimentos de criação, dando

condições de pesquisa para as crianças e ao mesmo tempo tornando-se um pesquisador de sua

própria ação. Dessa maneira os professores desempenham uma ação intencional na promoção de

aprendizagem dos seus alunos.

O produto em si não é mais importante do que o percurso de produção, suas produções e

habilidades cognitivas que foram ativadas.

3.7.6 Horta

Nossa escola conta com um espaço para horta com vinte e quatro canteiros, este espaço já

foi usado de forma intensa quando tínhamos a turma de integral que contava com uma professora

de jornada ampliada que dedicava parte de sua carga horária para envolver todas as turmas neste

projeto. Com o fim do atendimento do período integral em nossa unidade este espaço ficou um

pouco esquecido, sendo retomado no ano passado com o envolvimento de quatro turmas no projeto

Eco Viver que teve como objetivo principal revitalizar este espaço, que após um intenso trabalho de

remoção de lixo, capim e tratamento do solo rendeu às crianças envolvidas uma boa colheita e

grandes aprendizagens. Em 2014, a escola não estava mais envolvida neste projeto, porém o uso

da horta não deixou de ser prioridade para algumas turmas que realizaram diferentes projetos neste

espaço.

Em 2015, iniciamos uma parceria com o Projeto Ação Saudável onde a formação foi dirigida à

gestão da escola (PAD) e socializada em HTPC/HTP aos demais professores. Também foi realizada

uma formação com um voluntário da comunidade que foi o horteiro de nossa escola.

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Este projeto visava a participação dos alunos e envolvimento da comunidade tendo como

objetivo a educação integral dos indivíduos em busca de melhoria da qualidade de vida com vistas à

adoção de hábitos saudáveis.

Ele tinha estreita relação com nosso projeto coletivo de Sustentabilidade ao mesmo tempo

que vinha ao encontro com nossa proposta de incentivar uma participação mais efetiva da

comunidade através da Comunidade de Aprendizagem. Desta forma, tal proposta foi muito

importante para a integração e efetivação dos diferentes projetos das escola.

Ainda contamos com um crescente interesse por parte dos funcionários diante do trabalho

com a horta e a exploração de diferentes lugares da escola para a realização de plantio, o que

culminou em um projeto: Plantando e colhendo saúde, que foi iniciado pelos funcionários da escola.

Além disso, passamos por um processo de embelezamento da escola através do cultivo de um

jardim por iniciativa de uma profesora readaptada da escola e que veio ao encontro do sonho de

muitos pais diante da proposta da Comunidade de Aprendizagem.

4 Avaliação das aprendizagens das crianças

4.1. Educação infantil

A avaliação em nossa unidade escolar é feita basicamente através da observação, do

registro cotidiano e da escrita de relatório individual semestralmente.

Através destes instrumentos podemos saber quais são os conhecimentos prévios trazidos

pelas crianças, como ela está se apropriando dos conhecimentos oferecidos pela escola e como

está acontecendo o processo de desenvolvimento da aprendizagem do aluno enquanto educando e

pessoa, bem como saber quais intervenções do professor estão promovendo esse desenvolvimento

e quais precisam ser ajustadas.

Pelo registro é possível para o professor fazer comparações que tornarão observáveis o

desenvolvimento da criança em relação a ela mesma. Desta forma deixa de ter importância central

os modelos padronizados e uniformizados de conhecimento, onde as crianças precisariam atingir ao

mesmo tempo, os mesmos objetivos para serem encaixadas em conceitos classificatórios.

Existem diferentes formas de registros desenvolvidas em nossa escola, todos eles têm por

objetivo pontuar o processo do desenvolvimento da criança, portanto como já pôde ser observado,

não são desenvolvidas avaliações com caráter cumulativo ou classificatório.

Observações feitas pela equipe escolar, em que é discutido o desempenho das crianças em

eventos e em momentos da rotina (uso do banheiro, lanche, brinquedoteca), também são

consideradas informações importantes para avaliar alguns conteúdos procedimentais e atitudinais.

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Isto porque acreditamos que são, também, nestas horas que as crianças têm a oportunidade de

fazer uso de forma social dos conhecimentos que constrói durante o processo de escolarização.

Outra forma de avaliação muito interessante é aquela feita juntamente com as observações

dos pais, o que nos permite saber como, e se, a criança está fazendo uso social do aprendizado

desenvolvido na escola.

São desenvolvidas em nossa escola várias formas de registro: os registros diários, feitos

individualmente pelo professor; o registro das atividades das crianças, que é feito através da coleta

periódica de material gráfico, fotografia e gravações; relatório bimestral; os relatos das professoras

sobre as experiências positivas e negativas da sala de aula, em reuniões; textos coletivos e

produções das crianças sobre os assuntos trabalhados num determinado período. E formalizamos o

relatório individual do aluno semestralmente – um documento que registra seu processo de

aprendizagem durante o ano e que acompanha o aluno no ano seguinte como um histórico para a

próxima professora ou escola. Além deste, outro relatório também deve ser produzido

semestralmente que é o relatório da turma, no qual o professor faz um apanhado geral do trabalho

do semestre relatando os principais trabalhos, intervenções e aprendizagens da turma.

Para produzir esse documento de avaliação, o grupo vem realizando estudos e discussões

nos espaços formativos. Hoje temos uma pauta construída e uma constante preocupação em

aprimorar esse instrumento.

4.1 Pauta para a escrita do relatório individual do aluno

(Construída pelo grupo no HTPC do dia 08/11/2004, com base no texto de Jussara Hoffmann

Delineando Relatórios de Avaliação e revisto pela equipe em 25/11/2011)

No relatório deve aparecer a ação da criança: suas iniciativas, descobertas e interação

com os colegas e com o professor.

Ter olhar atento para as conquistas dos alunos, ressaltando a importância delas.

Garantir o caráter individualizado do acompanhamento. Neste sentido, não é

recomendável fazer o relatório por área de conhecimento, priorizar aquelas onde os saberes da

criança podem ser evidenciados (falar daquilo que o professor conhece).

Desvincular a análise dos aspectos cognitivos aos aspectos sócio-afetivos; considerando

que ambos têm a mesma importância para o desenvolvimento das crianças.

A observação e o acompanhamento do aluno dão-se em diferentes situações e

contextos.

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Os registros de observação feitos ao longo do ano são a fonte de informação a qual o

professor deve recorrer para fazer os relatórios.

Sinalizar intervenções que favoreceram o desenvolvimento da criança e que poderão

servir de “pista” para futuras intervenções por parte de outros adultos: ao mostrar uma

dificuldade que o aluno enfrentou, mostrar também os recursos (humanos e materiais) com os

quais contou.

Evitar adjetivos sem contexto que configurem rótulos; abster-se de julgamentos: o mais

adequado é explicar a situação, exemplificar.

Ter em mente que o relatório não é “final” é o registro do processo evolutivo do aluno.

Considerando que a criança está sempre em mudança, devemos fugir de definições

estáticas do tipo “é” ou “não é”: mostrar o processo, o movimento da aprendizagem.

Para retratar o caráter dinâmico da aprendizagem, é adequado fazer uso de palavras

que sugerem movimento como “seu progresso em...”, “melhorou em...”, “avançou...” e indicar

como a criança fazia antes e como passou a fazer.

5 Acompanhamento dos instrumentos metodológicos

- Acompanhar semanalmente os planejamentos didáticos e mensalmente os registros de aula

dos professores, fazendo devolutivas orais e escritas que apontem os aspectos positivos da prática

de forma a validá-los e que também aponte questões a serem pensadas pelos professores de forma

a promover avanços na sua prática, mantendo espaço de diálogo com os professores.

- Fazer, em parceria com o professor, acompanhamento de alunos com necessidades educativas

especiais;

- Investir na construção de instrumentos de avaliação - relatórios semestrais de avaliação da

aprendizagem dos alunos e, evidenciando seus avanços, as intervenções do professor, as

dificuldades observadas e os encaminhamentos propostos;

- Acompanhar os projetos didáticos oferecendo subsídios;

- Realizar observações e registros do cotidiano escolar e das práticas e dinâmicas das salas de

aula, de acordo com os acompanhamentos realizados;

- Mediar entrevistas entre pais e professores e analisar relatórios emitidos pelos professores a

pedido de terapeutas ou médicos, ajudando-os na elaboração de tais documentos;

- Apoiar o desenvolvimento dos projetos trazendo contribuições teóricas, materiais de pesquisa e

viabilizando os recursos necessários através da administração da compra de materiais pedagógicos.

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6. Ações Suplementares

AEE – Atendimento Educacional Especializado

“O princípio de equiparação de oportunidades entre pessoas, com ou sem deficiência,

significa que as necessidades de todos os indivíduos devem ser levadas em conta com o

mesmo grau de importância. Todos os recursos devem ser empregados de maneira que

garantam iguais oportunidades de participação de todas as pessoas.”

(Poéticas da diferença, p.14 – Instituto Paradigma, 2000)

O AEE – Atendimento Educacional Especializado, serviço da educação especial, tem como

objetivo complementar ou suplementar a formação dos alunos, por meio da disponibilização de

serviços, identificando, elaborando e organizando recursos pedagógicos e de acessibilidade, bem

como, estratégias a fim de eliminar as barreiras para plena participação na sociedade e

desenvolvimento da aprendizagem, considerando suas necessidades especificas.

São considerados público alvo do AEE:

I – Alunos com deficiência: aqueles que têm impedimentos de longo prazo de natureza

física, intelectual, mental ou sensorial.

II – Alunos com transtornos globais do desenvolvimento: aqueles que apresentam um quadro

de alterações no desenvolvimento neuropsicomotor, comprometimento nas relações sociais, na

comunicação ou estereotipias motoras. Incluem-se nessa definição alunos com autismo clássico,

síndrome de Asperger, síndrome de Rett, transtorno desintegrativo da infância (psicoses) e

transtornos invasivos sem outra especificação.

III – Alunos com altas habilidades/superdotação: aqueles que apresentam um potencial

elevado e grande envolvimento com as áreas do conhecimento humano, isoladas ou combinadas:

intelectual, liderança, psicomotora, artes e criatividade.

O atendimento no contra turno é realizado na sala de recursos multifuncionais, espaço

organizado com mobiliários didáticos e pedagógicos, recursos de acessibilidade e equipamentos

específicos para o atendimento aos alunos público-alvo, no horário inverso da escolarização.

Acontece semanalmente, em horários organizados de acordo com a necessidade e demanda da

escola, com duração de uma hora a uma hora e meia cada encontro, podendo ser alterado,

conforme necessidade.

As ações propostas são baseadas na elaboração de um plano educativo, considerando as

peculiaridades de cada educando. Assim sendo, alunos com as mesmas deficiências podem

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necessitar de atendimentos diferenciados. Os alunos são atendidos em pequenos grupos ou

individualmente, de acordo com suas necessidades.

O AEE não se confunde com reforço escolar. Este atendimento tem funções próprias do

ensino especial, as quais não se destinam a substituir o ensino comum e nem mesmo a fazer

adaptações aos currículos, às avaliações de desempenho e outros.

Os alunos que estão matriculados no Atendimento Educacional Especializado (AEE) em

nossa unidade escolar têm o diagnóstico de:

- Paralisia Cerebral: temos alunos com mobilidade reduzida;

- Hidrocefalia

- Deficiência Intelectual não especificada;

- Deficiência Intelectual derivada de Síndrome Genética: Síndrome de Down;

- TEA

As estratégias de atendimento são realizadas nesta Unidade de acordo com as orientações

da SE e são as descritas a seguir:

Ação Colaborativa: consiste em planejamento e prática pedagógica conjunta com o professor da

sala de aula comum envolvendo todos os alunos da classe, com o propósito de atender os alunos

público-alvo do AEE. Tem a periodicidade semanal, sendo que o horário e a temática são definidos

pelos profissionais envolvidos, de acordo com o planejamento estabelecido para a turma. As

atividades são realizadas tanto na Sala de Recursos quanto nos demais espaços da escola.

Itinerância: é um acompanhamento periódico realizado pela professora do AEE, a partir do qual são

feitas orientações para o trabalho pedagógico. A periodicidade é estabelecida de acordo com a

necessidade do trabalho e as orientações são feitas no HTP ou HTPC.

Também faz parte das atribuições do professor a realização do Estudo de Caso para inserção

no AEE, que objetiva reconhecer as características e potencialidades do aluno, visando à construção

de diferentes estratégias pedagógicas para sustentação da inclusão escolar. Para a realização do

Estudo de Caso é necessário contemplar as etapas descritas a seguir, de acordo com o documento

Atendimento Educacional Especializado/ Orientações Gerais (SE, 2015):

- Etapa 1 : avaliação do aluno no contexto escolar e extra escolar, a partir de observações

feitas pelos professores, pela coordenação pedagógica e pela professora do AEE.

- Etapa 2: aprofundamento das questões levantadas, com encaminhamentos para os

serviços de saúde, acompanhamento da EOT e inserção ou não do aluno no AEE.

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Nessa unidade escolar, devido às características da comunidade do entorno, o número de

alunos indicados para Estudo de Caso tem aumentado significativamente, sendo importantes as

parcerias com a equipe gestora e EOT.

Para o acompanhamento do trabalho, para os devidos registros e de acordo com as

orientações da SE, são feitos os planos do AEE (com revisão periódica), relatórios individuais para

inserção no prontuário dos alunos e outros registros, de acordo com as necessidades de cada caso.

O AEE complementa e/ou suplementa a formação do aluno, visando a sua autonomia na

escola e fora dela. Nesta perspectiva faz parte das atribuições do professor trocar informações entre

professores, com as famílias, com a equipe gestora e com profissionais da área de saúde que

acompanham esse aluno, participando dos Conselhos de Ano/Ciclo, das reuniões de pais, de

reuniões com EOT, dentre outras atividades.

Para este ano letivo, a intenção é realizar reuniões específicas com as famílias dos alunos,

com o objetivo de discutir sobre o trabalho realizado na sala de recursos e em todas as ações do

AEE e levantar as necessidades no âmbito pedagógico, fortalecendo a parceria entre família e

escola. Estas reuniões poderão ser individuais, para discussão caso a caso, e coletivas, para

discussão de aspectos gerais.

Matrícula Professor de AEE Horário de atendimento

25.179-5 Lisbeth Soares Terça-feira das 7:00 às 12:00

Cristiane

Terça- feira

13:00 às 18:00

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VI. Calendário Escolar Homologado

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VII. REFERÊNCIAS

BARBIERI, Stela. Interações: onde está a arte na infância?

BASSEDAS, Eulália. Aprender e ensinar na educação infantil

BRASIL. Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil;

_______. Indicadores de Qualidade – MEC

CAMARGO, Ana Maria Faccioli de. RIBEIRO, Claudia. Sexualidade(s) e Infância(s) – A

sexualidade como um tema transversal

FARIA, Maria Auxiliadora Soares; MELLO, Suely Amaral. A escola como lugar da cultura mais

elaborada

FRIEDMANN, Adriana. A arte de brincar, brincadeiras e jogos tradicionais

HOFFMAN, Jussara. Avaliação Educação Infantil: um olhar sensível e reflexivo sobre a criança

MONTEIRO, Priscila, SILVA, Catarina Rosália. Jogos muitas possibilidades

RABIOGLIO, Marta. Considerações sobre jogos de mesa e sua contribuição para a educação

REVISTA EDUCAÇÃO. Cultura e Sociologia da Infância: A criança em foco.

RIBEIRO, Claudia. Sexualidade na Infância In: Revista Pátio nº 16.

RIBEIRO, Marcos. Mamãe, como eu nasci.

_______________. Menino Brinca de Boneca.

SALLES, Fátima. FARIA, Vitória. Currículo na Educação Infantil

SANTO, Marli Pires. Brinquedoteca: O lúdico em diferentes contextos

SÃO BERNARDO DO CAMPO. Projeto Político Pedagógico da EMEB Ana Henriqueta Clark

Marim do ano de 2014

__________________________. Cadernos de Validação da Prefeitura Municipal de São

Bernardo do Campo

___________________________. Proposta Curricular da Prefeitura Municipal de São Bernardo

do Campo

VIII. ANEXOS

ANEXO I - COMO É NOSSA ESCOLA...

CARACTERIZAÇÃO DO PRÉDIO

Construção horizontal em apenas um pavimento

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a) Espaço interno

12 salas de aula

01 Galpão (refeitório dos alunos)

01 Palco (atualmente adaptado para brinquedoteca)

01 almoxarifado de materiais muito pequeno

01 Cozinha com dispensa

01 Área de serviço

01 Banheiro de funcionárias de limpeza

01 Banheiro de funcionárias da merenda

01 Sala de professores

01 Banheiro de funcionários, masculino

01 Banheiro de professores e direção, feminino

01 Banheiro masculino infantil com três vasos sanitários e um adaptado para NEE

01 Banheiro feminino infantil com três vasos sanitários e um adaptado para NEE

01 Banheiro feminino infantil com seis vasos sanitários

01 Banheiro masculino infantil com seis vasos sanitários e um mictório

01 Sala de secretaria

01 Sala de diretoria

01 Biblioteca

01 Ateliê de Artes adaptado no que seria nosso pátio interno em função da abertura de uma nova

sala de aula onde funcionava o ateliê

A escola sente falta de um lugar adequado para atividades físicas em dias de chuva, uma vez

que a nossa quadra é descoberta e o pátio em que se desenvolvem estas atividades é pequeno e

inadequado para as atividades que exigem movimento. Tentamos durante o ano de 2011 fazer a

retirada do Jardim de Inverno que tínhamos e adequá-lo para um pátio interno, fizemos a retirada e

replantio das árvores, cimentamos, cobrimos, pintamos e compramos tapete e um castelo, porém

em razão da grande procura de vagas no período da tarde para crianças do Infantil III, não tivemos

outra alternativa a não ser mudar os nossos planos e transferir o ateliê para este espaço, abrindo

duas novas turmas desta faixa etária nos dois períodos que atendemos e adiarmos um pouco mais a

nossa meta de ampliar as possibilidades de realização de atividades de corpo e movimento em dias

chuvosos no espaço interno.

Foi previsto, em planta arquitetônica, vários itens que não puderam ainda ser executados.

Estamos aguardando e execução destes itens.

b) Espaço externo

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01

Parque infantil com: 04 escorregadores de alvenaria, 01 casinha de

madeira com escorregador (casa do Tarzan), 01 trepa-trepa, 06

balanços, 02 balanços especiais para NEE, 01 jipão de madeira, 01

trepa-trepa de madeira e mais duas paredes de escalada.

01 Quadra necessitando de reforma (adequação do piso e cobertura)

01 Armário de alvenaria para guardar os brinquedos para atividades de

corpo e movimento

01 Estacionamento para aproximadamente 12 veículos

01 Horta com 22 canteiros

01 Gramado (sem uso) necessitando de drenagem

01 Área com parede de azulejos para realização de pintura pelas crianças e

pequeno espaço com cobertura de toldo.

CONSTRUÇÃO E REFORMAS AINDA NECESSÁRIAS

Reformas de Acessibilidade balcão do refeitório para ficar na altura adequada para os

alunos da educação infantil.

Troca de torneiras para torneiras de pressão ou com sensores.

Reforma geral da cozinha. (melhor aproveitamento do espaço interno e melhor

organização dos gêneros na despensa)

Adaptação de um banheiro para cozinha adaptada para uso em projetos e uso de

funcionários.

Reforma geral e cobertura da quadra.

Reparos gerais e pintura.

ANEXO II – EXPOSIÇÕES PERIÓDICAS E FINALIZAÇÃO DOS PROJETOS

Dar conhecimento aos pais do trabalho realizado na escola é há muito um desafio dos

professores e da escola. Por muitos anos esta aproximação dava-se em parte através de festas,

onde os pais apreciavam apresentações dos alunos, geralmente espetáculo de música, dança e

dramatização. Estas apresentações muitas vezes se davam de forma desarticulada do trabalho

pedagógico realizado com a classe até aquele momento. Refletindo sobre isso, descobrimos que

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tais apresentações não tinham significado para os alunos e nem para os professores, mas os pais

continuaram a manifestar a intenção de estarem presentes na vida escolar de seus filhos e, portanto,

sempre cobravam as festinhas abertas à comunidade. Então a escola passou a organizar

anualmente uma mostra de produções dos alunos para que os pais apreciassem as produções e

tomassem conhecimento do trabalho pedagógico realizado com os alunos.

No início a exposição se fazia de forma simples, sem muita estruturação: os professores

escolhiam algumas produções dos alunos e expunham no salão e os pais eram avisados de que os

portões estariam abertos meia hora antes do horário de saída para que pudessem visitar a

exposição. Percebemos então que não estávamos dando a devida importância a este momento e

que isso refletia em um olhar superficial dos pais sobre os trabalhos. A partir desta avaliação, em

2003, elaboramos um planejamento da mostra bem mais estruturado, o que garantiu o sucesso

deste trabalho. O tema naquele ano foi a Educação Ambiental desenvolvida através de várias

linguagens: pinturas, colagens, construção de brinquedos, produções escritas, entre outras. Houve

também o envolvimento de todos os funcionários e também dos pais, inclusive os que eram alunos

do PROMAC, que produziram trabalhos para a Mostra.

Em 2004 optamos por não fechar um único tema para que a mostra refletisse a diversidade

de projetos didáticos desenvolvidos pelos professores. Surgiram trabalhos belíssimos envolvendo a

música, a construção de jogos, as artes visuais, a horta, o reaproveitamento de materiais, entre

outros. Inovamos também abrindo um espaço interativo onde os pais e os alunos participaram da

pintura de painéis. Outro aspecto inovador foi a emissão sonora de uma gravação feita pelos oficiais

de escola, Ronaldo e Cristiane, e pelo Sr. Silvio, zelador da escola. Eles gravaram um texto

anunciando as atrações da mostra e indicando os números das salas para localizar os trabalhos. No

intervalo do anúncio, havia música de fundo.

Em 2005 a Mostra reafirmou seu sucesso. Recebemos a visita dos alunos das escolas

vizinhas, crianças da EMEB módulo I e do Fundamental, que vieram em horário de aula,

monitorados por seus professores. Houve também uma oficina de gravura oferecida aos visitantes

no “cantinho Aldemir Martins” – um espaço destinado a apresentar esse valoroso artista brasileiro.

Além da mostra de trabalhos, que se revelou rica em originalidade e aprendizagem para os alunos e

para os visitantes, apresentamos também o curta metragem “A Calabresa” – uma produção

desenvolvida no município por uma equipe de alunos do curso de animação, dentre os quais está

Ronaldo Zavan, nosso oficial de escola, que se responsabilizou pela projeção, pela acolhida dos

visitantes e pela monitoria.

Em 2006, os trabalhos apresentados, em geral, foram bastante apreciados pela comunidade

pela diversidade das linguagens utilizadas e pela relevância das aprendizagens. Cabe aqui dois

destaques: o trabalho em conjunto pelos professores de 6 anos do período da tarde sobre a temática

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“A natureza em fúria”, onde puderem, através de experiências e pesquisas em livros e pesquisa de

campo, compreender aspectos relativos a terremoto, furacão, tempestades e vulcão, ao mesmo

tempo que evidencia a eficácia de um trabalho compartilhado entre professores; e o filme

“Chapeuzinho Vermelho” produzido dentro do espaço escolar pelo oficial de escola Ronaldo, com a

participação dos funcionários de apoio, evidenciando uma escola produtora de cultura.

Em 2007, por meio dos trabalhos que foram expostos, tivemos a oportunidade de conhecer

um pouco sobre a história da Patrona de nossa escola, a professora Ana Henriqueta Clark Marim;

pudemos apresentar todo conhecimento construído pelos alunos em relação ao estudo de Artes;

evidenciar a investigação de problemas atuais como a dengue, formando na escola pequenos

multiplicadores de informação para mudanças de atitudes. Concluímos sempre que, ao final, o

trabalho com os projetos promove aprendizagem não somente entre os alunos, mas, através da

pesquisa para realizar o trabalho, os professores aprendem muito, assim também os funcionários,

que são envolvidos de diferentes formas.

Nosso desafio para 2008 foi ampliar a participação dos pais na visitação no dia da Mostra,

pois ela ainda era muito pequena. Muitos pais não vindo à Mostra, muitos alunos também não

vinham, pois diziam depois as famílias “como não teve aula pensamos que podia não vir!”, apesar de

todos terem recebido convite para virem à exposição. Com o intuito de garantir o máximo de

presença dos pais e dos nossos alunos, marcamos, então, a Mostra Cultural para o dia em que já

estava marcada, desde o início do ano, a 3ª Reunião Com Pais, para que, durante a reunião,

prestigiassem os trabalhos realizados pelos alunos. Este pareceu um motivo justo para as famílias

virem e também para justificarem a ausência, ou chegada tardia no trabalho pelo período em que

permaneceram na reunião, pois a frequência de pais na exposição subiu significativamente. Nosso

objetivo foi atingido com sucesso, pudemos observar um aumento considerável da presença das

famílias e dos alunos no dia da apresentação dos trabalhos dos alunos.

Em 2009, trabalhos como projeto de Música e construção de instrumentos musicais, ou o

estudo da órbita terrestre, o uso responsável da água, os animais do fundo do mar, entre tantos

outros, encantaram e ensinaram os visitantes e mostraram que o universo do conhecimento é

diverso e que o espaço da escola é um espaço de acesso mas também de produção de saberes e

de cultura.

Nossa Mostra Cultural tem o intuito de criar no bairro uma cultura de apreciação da

diversidade produzida pelos nossos alunos e pela comunidade escolar, valorizando a instituição

Escola, o empenho e o esforço das famílias, ao mesmo tempo lançando luz sobre a aprendizagem

dos alunos.

Durante o ano de 2011 houve um movimento de toda a equipe no sentido de avaliar a

viabilidade da Mostra Cultural, questionando se apenas um dia de exposição, onde a frequência da

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comunidade não atinge nem cinquenta por cento da comunidade escolar e onde a equipe se

desdobra para a montagem de uma exposição de poucas horas, pensando sempre se não há outra

forma de mostrar aos pais o trabalho realizado e valorizar a produção das crianças, portanto este

ano o grupo resolveu não fazer Mostra Cultural e se pautar em finalizações de projetos, cada um a

seu tempo e ritmo de sua turma, não havendo a obrigatoriedade de todos concluírem tudo ao

mesmo tempo e onde cada um irá buscar a melhor forma de trazer a comunidade para dentro, da

escola, não só para o fechamento do trabalho, mas também durante o processo de realização do

mesmo.

Em nosso percurso, optamos por fazer exposições mensais, sempre no horário da saída,

buscando aproximar mais os pais da escola e termos um dia para apresentações relacionadas ao

projeto trabalhado no último sábado com a comunidade, contudo, observamos que a participação no

sábado foi satisfatória, porém as exposições no horário da saída não tiveram grande alcance em

razão do grande número de crianças que são atendidas pelo transporte escolar.

Deste modo, optamos aproximarmos as exposições para as datas das reuniões com pais,

momento em que a participação das famílias é maior e que o professor pode contextualizar o

trabalho exposto com os objetivos que tem para o seu grupo e para cada aluno.

ANEXO III – O CONCEITO DE FESTAS NA ESCOLA: EVENTOS EDUCATIVOS

EMEB Ana Henriqueta sempre promoveu festas coletivas para todas as crianças. Ao longo

desses anos, a concepção e a realização dessas festas foram se transformando. As mudanças

foram acontecendo conforme as avaliações e reflexões do grupo, ano a ano, buscando cada vez

mais o conforto das crianças, a promoção de aprendizagens significativas e também a

confraternização de todos.

Nos primeiros anos da escola, as famílias participavam da festa de formatura no final do ano.

Essa festa acontecia em praticamente todas as escolas da rede municipal. No processo de formação

continuada, as escolas foram abrindo mão desse tipo de festa por concluírem que a educação

infantil é uma etapa da educação básica que tem continuidade na educação fundamental, portanto,

as crianças não se formam nos três anos de educação infantil. E também por entenderem que as

festas para os pais era um evento que privilegiava a satisfação dos adultos, muitas vezes cansando

as crianças. Naquela época, havia também a necessidade de as APM’s promoverem festas e

eventos com a finalidade de arrecadar fundos que auxiliassem na manutenção da escola, uma vez

que ainda não havia o repasse direto. Nesta escola também se tentou esse tipo de festa: organizou-

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se uma festa junina com barracas, bingo e danças dos alunos. O retorno, no entanto, não foi o

esperado e o empenho de trabalho neste tipo de evento é muito grande. Por isso, avaliamos que é

necessário separar eventos com finalidade de arrecadar fundos de atividades de conhecimento das

aprendizagens dos alunos. Foi assim que, a partir de 1996, quando precisávamos arrecadar fundos,

realizávamos bingo aos sábados, fora de dia letivo, contando com o trabalho dos pais da APM, de

professores e de funcionários e compareciam as famílias que se interessassem pela atividade.

Pedíamos colaborações diversas aos pais e com a verba da venda de cartelas antecipadas,

comprávamos os prêmios.

As festas coletivas ao longo do ano eram realizadas somente para os alunos e nelas se

comemoravam os aniversários do trimestre e também algumas datas comemorativas marcantes no

meio social: páscoa, festa junina, festa da criança e natal. As festas exclusivamente para os alunos

são pensadas com objetivos de aprendizagem: os alunos são monitorados pelos professores,

funcionários e pais do conselho de escola e da APM e são incentivados a circularem com

independência pelo espaço, a realizarem escolhas do que querem comer, com o que querem brincar

e na companhia dos colegas que quiserem estar, da mesma sala ou de outras.

Até 2006, de modo geral, as festas mantinham a mesma estrutura: quatro festas ao ano, com

bolo de aniversário em todas e ovo de páscoa na páscoa, brinquedinhos de prenda nas festas

juninas, presente-surpresa na festa da criança e presente de natal, entregue pelo papai Noel. Em

todas as festas, a merenda funcionava como lanchonete, sendo que no natal o salão se

transformava em restaurante, com mesas decoradas, frutas, panetones, bolinhos de carne e

refrigerantes. A cada ano, porém, após a avaliação do trabalho, realizávamos pequenas mudanças

na organização, nos espaços e materiais para favorecer as aprendizagens que objetivamos. Com

isso, as festas têm sido realizadas em dois turnos por período, exceto os alunos de período integral

que conservam seu horário normal de aula.

MANHÃ – um turno das 8h00 às 9h50 e o outro das 10h00 às 11h50

TARDE – um turno das 13h00 às 14h50 e o outro das 14h50 às 16h50

Desse modo, a circulação pelo espaço se tornou mais tranquila, o atendimento dos

professores e funcionários na observação e no auxílio às crianças ficou mais eficiente e a

oportunidade de brincar foi ampliada. Toda essa organização demanda muito trabalho em equipe,

pois são quatro festas em um único dia. O envolvimento de todos fez com que tivéssemos sempre

festas muito bonitas e divertidas, com espaços organizados e limpos onde as crianças e os adultos

interagem de forma harmoniosa. Uma verdadeira celebração da alegria que os alunos guardam

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sempre na lembrança, pois quando deixam a escola e voltam anos mais tarde para visitar-nos,

procuram as professoras e dizem da saudade da escola e das deliciosas festas., diante dos dados

das últimas avaliações, tornou-se necessário pensar num novo modo de realizar as festas coletivas.

Na primeira reunião de professores e funcionários do ano de 2007, a reunião de planejamento

levou para a discussão do grupo as questões-problema que nos indicavam a necessidade de

mudança da formatação das festas:

Aspectos da avaliação da comunidade: em algumas classes apareceu o desejo dos pais de

participarem das festas e em uma classe, a necessidade de haver mais eventos culturais na escola

(teatro, dança, oficinas, etc.);

Aspectos levantados pela assistente social Vera Gallo, da equipe técnica, e por alguns

professores sobre o princípio da escola laica que não estaria sendo considerado em comemorações

de festas de tradição religiosas como a da páscoa, a junina e o natal;

A difícil arrecadação para custear as festas que até então se realizava por contribuições

voluntárias dos pais, sendo que a verba do convênio da APM não pode ser gasta com gêneros

alimentícios e com presentinhos para as crianças. Contar com o dinheiro dos pais contraria o

princípio da gratuidade da escola pública, desta forma deve ser suprimida esta solicitação;

A manifestação de alguns educadores em HTPC’s afirmando que as festas poderiam

ampliar o repertório de diversão para as crianças, com o aluguel ou a compra de brinquedos pula-

pula, piscina de bolinhas e outros, o que exige planejamento de gasto de verba e o planejamento de

oficinas que permitam a escolha, a diversão e o auto cuidado;

A comemoração trimestral do aniversário para alguns educadores é sem sentido, porque

acreditam que a comemoração de aniversário de cada um deve se dar no dia; considerando ainda o

caráter laico da escola, os cumprimentos de aniversário só devem ser feitos para as crianças cujos

pais não tenham objeção religiosa.

Lembrando mais uma vez os objetivos que nos movem a promover as festas coletivas:

A aprendizagem dos alunos em relação a autonomia e a independência;

A interação dos alunos de diferentes faixas etárias;

A brincadeira e promoção da alegria;

A valorização do convívio entre todos e do trabalho em equipe (professores, funcionários

e pais da APM e Conselho de Escola)

Encaminhamos a proposta de termos eventos educativos no ano de 2007, com uma nova

formatação:

EVENTO DE ENCERRAMENTO PRIMEIRO SEMESTRE

EVENTO DA CRIANÇA (EM OUTUBRO)

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EVENTO DE ENCERRAMENTO DO SEGUNDO SEMESTRE

Esses eventos serão planejados a cada ano pelos professores com brincadeiras e oficinas.

Também pretendemos fazer a locação de brinquedos infantis, como piscina de bolinhas e balão

pula-pula, que podem ser pagos com a verba. Com as funcionárias da cozinha, planejaremos um

lanche ou almoço especial preparado com gêneros da merenda. Dessa forma se resolve a questão

relativa aos custos.

A comemoração do aniversário passará a ser realizada somente na data, sem a festa

trimestral e todos os professores se comprometem a encontrar maneiras de significar a data e tornar

o dia importante para a criança e de confraternização com os colegas da turma. Alguns professores

contaram suas experiências de como comemoram no dia: fazer cartãozinho de aniversário e

pendurar no calendário para que cada aniversariante receba o seu, contar a história do nascimento,

desenhar bexigas e bolo de aniversário na lousa e brincar de apagar e estourar as bexigas, fazer

uma atividade diferente ou deixar que o aniversariante escolha a brincadeira do dia, brincar de

massinha no dia do aniversário e fazer uma festinha de modelagem. Concluindo: o cumprimento do

aniversário na escola deve ser uma experiência lúdica.. No entanto, comemorar o aniversário não é

uma cultura geral e ressaltamos o respeito que se deve ter ao pedido de alguns pais para não

comemorar o aniversário do filho porque não está de acordo com sua religião. Logo a comemoração

do aniversário deve ser conservada no âmbito da família (privado), pois não é função da escola

(público).

Em relação à mudança da temática dos eventos educativos, pensamos em um modo de

incluir todos os alunos, mesmo aqueles que não compartilham das festas de tradição religiosa e de

comemoração festiva do aniversário. Essa modificação, no entanto, ainda nos traz bastante

insegurança. O limite entre o que é conteúdo cultural e conteúdo religioso em um país

multiculturalista como o nosso é bastante tênue. Apesar do encaminhamento tirado nesta primeira

reunião e informado aos pais na reunião do dia seguinte, a reflexão sobre esta decisão se estendeu

pelos HTPC’s do mês de março. Pesquisamos alguns documentos oficiais (PCN, RCN, Proposta

Curricular) e encontramos considerações sobre pluralismo e diversidade, mas nada tão específico

sobre laicidade na escola. Realizamos outras buscas e descobrimos que há pouca bibliografia sobre

o assunto. Selecionamos alguns artigos e definições sobre laicidade para alimentar nossas

discussões, que foram produtivas no sentido de produzir perguntas, confrontar ideias e

argumentações, debater com propriedade e respeito a opiniões divergentes, porém não foram

conclusivas. Pensamos, então, que o debate deve se estender às famílias, mas a via por onde

conduzir esse debate ainda não é clara. Algumas possibilidades são: num primeiro momento, ouvir

os pais que se identificaram como não-participantes das festas de tradição religiosa em separado

dos outros pais que as aprovam, pois eles são esmagadora maioria e isso poderia inviabilizar o

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diálogo; debater o assunto no Conselho de Escola; planejar uma avaliação das festas junto aos pais

para verificar se a nova proposta foi acertada, se conseguimos incluir a participação daqueles que

até então se recusavam e se os objetivos que alcançávamos nas festas moldes anteriores foram

garantidos.

ANEXO IV – PRINCÍPIOS PARA AÇÃO EDUCATIVA

1. Considerações ao atendimento à diversidade

Entendemos educação inclusiva como a entrada de crianças com necessidades educacionais

especiais no ensino regular. Por bastante tempo incluir significava incluir quem não ouvia, quem não

andava, quem não falava. Hoje, nosso olhar se ampliou. Ao tratar de incluir quem não falava por

motivo de deficiência, passamos a escutar quem não falava por timidez, quem não falava por

vergonha, quem não falava o que queríamos ouvir ou do jeito que gostaríamos de ouvir. Ao cuidar

de adequar atividades para quem não andava, passamos a notar quem tinha grande necessidade de

movimento, quem precisa de outra dinâmica para expressar-se, quem tinha medo do movimento, do

contato com o outro. Ao cuidar do aluno que não ouve, passamos a notar que outros alunos também

pareciam ausentes, absortos, distraídos. E se antes não notávamos estes alunos porque eram

discretos, hoje já não é possível não notá-los, pois nosso saber cresceu e incluir significa pensar em

todos, com ou sem deficiência, mas com singularidades. Em vários aspectos o mundo tem se

tornado cada dia mais discriminatório, seletivo, intensificando a dificuldade daqueles que não tem

acesso aos bens culturais e aos bens de consumo. Na escola, e na escola pública é preciso garantir

aquilo que é direito de todos: educação de qualidade.

Assim, incluir hoje significa: ajustar mobiliário ao tamanho dos alunos, avaliar a rotina e

adequá-la à necessidade de todos, observar atentamente a necessidade de cada aluno, registrar e

pensar em propostas que atendam a todos. Incluir significa agora incluir-se, significa sentir-se

responsável por cada aluno com o que cada um traz de especifico. Precisamos pensar em uma

rotina que dê vez e voz para as crianças, que possibilite a escolha, que respeite as diferenças no

uso dos tempos, espaços e materiais. Estamos buscando através do Conselho Mirim, ampliar a

escuta das crianças, qualificando e efetivando algumas ações sugeridas por elas.

Neste sentido faz-se necessário o diálogo constante entre os profissionais da escola, entre

estes e os pais; o acompanhamento da equipe gestora e da equipe técnica apoiando a ação

reflexiva e prática dos professores; o planejamento, o registro, a avaliação e o replanejamento; o

estudo é fundamental para atualizar nosso saber, leituras, tematização de situações do cotidiano na

busca de novas interpretações que ampliem nossas possibilidades de ação.

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2. Atitudes realizadas e valorizadas pelos profissionais da escola que favorecem o

desenvolvimento infantil

Ouvir sempre a criança;

Oferecer igualdade de oportunidades promovendo a adaptação do currículo –

adaptação de materiais e propostas;

Explicar o “por que” do não;

Estar aberto, ter predisposição;

Trabalhar a afetividade do grupo e desenvolver o vínculo com os que estão a sua

volta;

Ter limites claros, explicitando os porquês;

Manter o aluno no seu coletivo, sempre junto com a sua turma; não “segregar”;

Promover a socialização entre as crianças;

Valorizar todas as aprendizagens;

Ampliar o trabalho com a comunidade, orientando os pais para a educação na

diversidade;

Proporcionar prazer, alegria;

Respeitar os limites de cada um;

Proporcionar materiais e espaços adequados;

Zelar pela equidade de direitos: toda criança tem direito à educação de qualidade;

Ser exemplo nas ações positivas;

Apontar o erro, mas também as consequências;

Articular o trabalho com diferentes profissionais;

Dedicar-se à causa como educador;

Acolher a criança e a família e ter atitude de respeito;

Colocar-se na situação da criança, compadecer-se;

Alternar atendimento individual e coletivo;

Cuidar do diálogo e da clareza das propostas;

Ter profissionais para o atendimento especializado que se fizer necessário;

Cuidar para que o educador tenha apoio emocional do grupo e da equipe gestora;

Explorar e valorizar as potencialidades, os saberes do aluno;

Buscar a troca de experiências;

Estimular a autonomia;

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Valorizar o respeito e incentivá-lo; dar atendimento especial, mas não diferenciado;

3. Orientações para o trabalho com crianças com perda auditiva ou suspeita

Falar de frente para a criança;

Utilizar tom de voz adequado. Nem muito alto (forte) nem muito baixo (fraco);

Evitar tampar o rosto enquanto fala ou falar de costas, pois facilita a compreensão

da criança quando se podem utilizar pistas visuais (leitura labial);

Apoiar a fala com gestos e imagens;

Retomar a consigna que deu para o grupo, individualmente para a criança. Verificar

se ouviu o que foi falado;

Deixar a criança sentada perto do professor;

Ambiente ruidoso interfere na compreensão da mensagem. Promover um ambiente

mais silencioso;

Orientar a criança a perguntar sobre qualquer coisa que tenha dúvida (iniciativa).

6 Orientações para o trabalho com crianças com gagueira

Quando nos preocupamos com o jeito que a criança está apresentando ao falar (repetições

constantes de sílabas, palavras, frases) isto pode gerar uma certa angústia; nesta situação as

orientações que seguem abaixo são importantes para direcionar nossas ações e evitar

constrangimentos, tanto para quem fala como para quem escuta.

1. A criança pode perceber por palavras, gestos ou ações que estamos preocupados

com sua maneira de falar, que a sua fala incomoda o ouvinte, nesse caso, lidar com naturalidade

enquanto o ouvimos falar pode ser a referência mais adequada.

2. Não chame a criança de “gaga”. Ser denominada gaga pelas pessoas com quem

convive pode reforçar essa imagem e dificultar que a criança supere este momento, que inclusive

pode fazer parte do seu aprendizado de fala.

3. Um bom modelo de linguagem é importante para a criança ter como referência.

Sempre que possível, fale com a criança calmamente e articulando bem as palavras.

4. Evite ensinar a criança “como falar melhor”. Às vezes querendo ajudá-la a falar

melhor estamos gerando um desconforto na organização do seu discurso. Quando, por exemplo,

fazemos correções constantes nas palavras pronunciadas com alguma alteração e/ou fazemos

exigências relacionadas ao vocabulário mais adequado, ou até mesmo, ensinamos truques para

ajudá-la a falar com menos dificuldade (pedir para falar mais devagar, começar de novo, ficar calmo)

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podemos passar outra informação a qual não nos damos conta, a de que a criança não está falando

bem, então falar pode se tornar para ela algo de difícil elaboração e que gera muita tensão. Ao invés

de ajudar podemos estar prejudicando.

5. Ao dar atenção ao que a criança tem a nos dizer, ao demonstrar que apreciamos

algumas de suas ações, certos comportamentos, suas produções escolares, etc., através desses

simples gestos e palavras estamos favorecendo o desenvolvimento de sua auto-imagem positiva

que por sua vez poderá auxiliá-la a manter a vontade de se expressar oralmente conosco

independente do fato dela estar manifestando ou não desconforto ao falar.

6. Evite perguntar algo à criança em situação de muita tensão, como, por exemplo, em

uma situação de “choro”. Quando se pergunta algo à criança durante uma crise de choro, ela tem

dificuldade em responder organizando os sons sem repeti-los. Irá gaguejar com certeza. Isto

também poderá acontecer sob o efeito de alguma outra forte emoção.

7. Estabelecer um diálogo, conversar demonstrando interesse e prazer em escutá-la é

importante para qualquer criança (e adulto também). Quando possível conte-lhe histórias ou peça

para falar sobre figuras de um livro.

8. Procure não terminar as frases pela criança, ouça o que ela tem a dizer, mesmo que

isso demore muito. Se tiver que interromper a fala dela faça-o de preferência no final de uma frase.

9. Tente dar uma atenção maior ao conteúdo de sua fala do que a forma como está se

expressando.

10. Ir a um local o qual temos pouca ou nenhuma referência, ou mesmo se as

referências que tínhamos previamente são enganosas, pode nos causar desconforto e prejudicar

nossas interações com as pessoas presentes. Se puder conversar com antecedência com a criança

contando-lhe, descrevendo, como será o lugar visitado, que pessoas poderá encontrar e por quanto

tempo permanecerão lá, poderá auxiliá-la a interagir e se adaptar melhor nesse novo lugar.

11. Se for um dia em que a criança esteja gaguejando pouco, proporcione um período em

que ele tenha oportunidade de falar. Por exemplo: conversar sobre algumas atividades que ele gosta

de fazer e propor a realização de uma em que haja diálogo: contar uma história de um livro fazendo

comentários junto com ele. Explore sua fluência ao máximo, sem exageros e sempre observando as

demais orientações aqui contidas.

12. Se for um dia em que a criança esteja gaguejando muito, organize a rotina por um

período, de modo que a fala não seja o foco maior de sua atenção. Por exemplo: desenhar, montar

quebra-cabeça, ouvir história, fazer uma pintura, etc. Observe após um período se a criança já está

melhor para poder dialogar. A gagueira pode ser passageira, mas é sempre bom conversar com um

especialista quando a situação vem acompanhada de angústia por parte da criança ou da família.

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7 Reflexões sobre a sexualidade na infância

“Um dos compromissos ético-político da educação infantil consiste em assumir que a educação para

a sexualidade faz parte da vida das crianças e acontece nas relações que se estabelece com elas,

mediando as perguntas que fazem e as possibilidades da percepção do próprio corpo e do corpo de

seus pares (meninos e meninas) na descoberta dos mesmos.” (Claudia Ribeiro,Revista Pátio, Nº 16)

Infância, gênero, sexualidade têm suscitado várias inquietações e infinitas perguntas. No ano

de 2012 tivemos alguns encontros em HTPC e Reuniões Pedagógicas para estudarmos a respeito

da sexualidade infantil, conteúdo diretamente relacionado ao trabalho na educação infantil, para

tanto tivemos o apoio da psicóloga referência de nossa unidade em todos os encontros e a partir daí

foi possível chegar as seguintes conclusões: A gente se constitui humano através da cultura, assim

sendo a sexualidade é também uma construção social (envolvendo família, escola, igreja, mídia

entre outros), o que gera alguns conflitos de valores. A descoberta de que existe uma sexualidade

infantil por si só já foi uma revolução, agora temos que refletir sempre em como encará-la no

ambiente escolar, assim como a questão de gênero também, estamos em uma sociedade diferente

daquela em que éramos crianças e precisamos rever conceitos e valores.

A sexualidade infantil está permeada por uma curiosidade natural que vem através da

percepção corporal, esta vem mediada pela relação criança- meio-adulto, pois o olhar do adulto é

diferente do olhar da criança, envolve a pluralidade de valores das famílias e nossos, enquanto

membros da unidade escolar. A partir de algumas tematizações e discussões o grupo chegou a

algumas reflexões:

O adulto é modelo, pois em suas atitudes, postura e comportamento transmitem a sua visão

de mundo, onde muitas vezes o adulto fala uma coisa para a criança e faz outra, e com certeza o

que fica forte para a criança é a ação e não a fala, o que está diretamente ligado a algumas

questões de gênero e diversidade, assim sendo devemos estar sempre atentos à postura que

adotamos diante das crianças.

É necessário diferenciar sexo de sexualidade, muitas vezes a escola pode reprimir por não

saber como agir, pois a grande questão não é apenas conhecer o desenvolvimento infantil, o

que realmente preocupa é qual intervenção fazer. Dependendo da situação uma intervenção

seria fazer uma roda de conversa e trabalhar com algumas histórias

A questão da descoberta do próprio corpo pela criança é natural, porém é importante

considerar se este comportamento se fixa, tornando-se constante gera uma preocupação. É

essencial ouvir a criança para que o adulto não se antecipe, nem faça julgamentos

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precipitados; as perguntas têm que ser respondidas até onde a criança quer saber, pois as

crianças criam as suas teorias sobre a sexualidade, e precisam ter espaço para expô-las.

Muitas vezes elas repetem o mesmo movimento até que consigam resolver a questão

internamente.

Evidentemente esta discussão não se encerrou, as dúvidas e reflexões perduram em nosso

cotidiano e nos faz crer que este é um tema que não pode ser esquecido, devendo ser retomado

pelo grupo sempre que necessário.

ANEXO V - PARCERIA SAÚDE- ESCOLA

No ano de 2014, participamos de uma reunião com a Secretaria da Saúde e da Educação

para apresentação do Projeto Saúde na Escola, tendo como foco principal a parceria entre a escola

e a saúde para atendimento integral dos alunos.

A partir deste encontro, fomos informados que a UBS parceira realizaria algumas ações

diretas na escola de avaliação do quadro de saúde dos alunos. Fizemos uma planilha com os dados

básicos dos alunos e com este documento em mãos a equipe da UBS fez visitas durante o ano com

diferentes atuações: pesagem, atualização de vacinas, triagem oftalmológica e bucal e

encaminhamento para especialistas, conforme foi constatada a necessidade pela equipe da UBS.

Além disso, tivemos reuniões de monitoramento de casos de alta vulnerabilidade, contando

com a parceria de diversos setores, principalmente com a ajuda da SE 01, representada pela

Christiane Barros, tendo como foco prestar um atendimento em rede para os alunos que precisavam

de uma assistência diferenciada.

Iniciamos alguns projetos com o foco na alimentação saudável e fizemos o registro no SIMEC

para que o Governo Federal pudesse ter os dados das ações realizadas pela escola para melhoria

da qualidade de vida dos alunos e pretendemos atingir cada vez mais crianças e familiares,

principalmente, com a potencialização da nossa horta e ajuda da comunidade.

Em 2016, tivemos um pouco de dificuldade de parceria com a UBS, pois a gestora ficou

afastada por muito tempo e não tinha outro responsável para fazer as reuniões de monitoramento,

só em novembro que passamos a contar com a ajuda da assistente social Regina que buscou

estabelecer a parceria com a escola encaminhando/acompanhando os casos de alunos que

precisavam de atenção especial.

Ainda temos vários desafios para serem enfrentados, sabemos que a UBS parceira também,

pois sabemos que a demanda de atendimento de saúde desta comunidade é enorme, mas a escola

procurou colaborar no que foi necessário para que o atendimento às crianças desta região fosse

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cada vez melhor e estamos dando continuidade à parceria em 2017, pois já tivemos encontros para

discussão dos casos e pactuar as ações em parceria.

ANEXO VI - PROJETO: COMUNIDADE DE APRENDIZAGEM

REUNIÃO COM OS PAIS PARA EXPOSIÇÃO DO PROJETO “COMUNIDADE DE

APRENDIZAGEM”

Comunidade de Aprendizagem é um projeto baseado em um conjunto de Atuações

Educativas de Êxito voltadas para a transformação social e educacional, com objetivo de melhorar a

aprendizagem escolar e ampliar a participação da comunidade.

O Instituto Natura, fez uma parceria com a Secretaria de Educação de São Bernardo do

Campo para implementar o projeto Comunidade de Aprendizagem nas escolas de educação infantil

de SBC.

Todas as escolas foram convidadas para uma apresentação do Projeto e a partir deste

encontro inicial as escolas foram decidindo se teriam interesse em participar de uma formação de

dezesseis horas com a equipe do Instituto para compreender melhor o projeto e fazer a opção de

adesão ou não.

A equipe de professores da EMEB ANA H.C.MARIM fez toda a formação em uma Reunião

Pedagógica e quatro HTPCs e ao final decidiu por aderir ao Projeto, considerando importante serem

feitas adequações para atender a faixa etária, pois o projeto foi criado com o foco mais voltado para

o Ensino Fundamental. Com as adaptações devidas, acreditamos que é possível qualificar ainda

mais o nosso trabalho com a parceria. Além disso, o grupo considerou que um dos objetivos do

projeto que é o de ampliar a participação da comunidade na escola é um dos nossos principais

pontos a ser qualificado, pois todo ano buscamos alternativas de ampliar a participação dos pais e

quanto mais parcerias tivermos neste sentido, teremos mais chances de aumentar de forma

quantitativa e qualitativa a participação da comunidade.

Objetivos:

Transformar a escola num espaço cada vez melhor para os alunos, funcionários e

comunidade;

Qualificar o trabalho pedagógico com a parceria e implicação de todos os envolvidos

(funcionários, Instituto Natura, Secretaria de Educação e Comunidade);

Ampliar e qualificar parceria com a comunidade;

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Ações

Formação equipe escolar;

Sensibilização da comunidade;

Levantamento do sonho dos alunos, dos funcionários e da comunidade;

Organização e formação de comissões para encaminhamentos de demandas/sonhos;

Estabelecer diversos canais de comunicação através de bilhete, blog, cartazes e reuniões;

Planejamento de propostas de atuação da comunidade na escola em momentos da rotina

como intersalas, atividade diversificada, monitoria de biblioteca, etc;

ANEXO VII – PROJETO ESPAÇO: UM SEGUNDO EDUCADOR

JUSTIFICATIVA:

No ano de 2013, implementamos este projeto no intuito de dar continuidade a nossa formação

de 2012 que apontava o espaço como elemento educador e aliado essencial ao processo de

ensino/aprendizagem, onde a intencionalidade pedagógica é fator fundamental para transformar

espaço físico em ambiente educativo. Em virtude de termos um grupo grande, tanto de educadores

quanto de crianças e vários espaços para mantermos em uso com a maior qualidade possível

dividimos o grupo em equipes, que trimestralmente se responsabilizavam em atuar nos diferentes

espaços. Ao avaliarmos no final do ano constatamos que esta é uma alternativa viável, porém se faz

necessário algumas alterações para que possamos ter uma atuação mais eficaz nos diferentes

espaços, fazendo uso de uma hora de HTP semanalmente.

OBJETIVO:

- Observar cada espaço e levantar alternativas de torná-lo desafiador e harmônico, bem como

formas de ter um olhar atento e atuante para cada um deles.

- Registrar adequações realizadas no espaço e comunicar trabalho realizado de diversas

formas: HTP, HTPC, cartazes, blog, etc.

- Retomar o PPP e ver até que ponto este atende a ideia que o grupo tem a respeito de cada

espaço e de sua importância para o desenvolvimento das crianças.

ESPAÇOS:

BRINQUEDOTECA

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- como tornar o espaço desafiador e promover a organização dos materiais;

- possibilidade de alternar a organização do ambiente, ora “teca”, ora “simbólica temática”;

- trazer materiais adaptados.

- confeccionar/selecionar com os alunos.

BIBLIOTECA

- manter a organização dos livros;

- recuperação do acervo;

- organização do painel de sugestões literárias, sites, músicas, entre outros;

- organização do carrinho ou caixa temática;

- disponibilizar livros na estante da sala dos professores, trocando-os periodicamente;

ATELIÊ

- colaborar na organização do espaço e dos materiais;

- nutrir o espaço com exposições temporárias (de artistas ou das próprias crianças);

- preparar lista para compras e reposição de materiais;

BRINQUEDOS (sala dos professores, coletivo das salas e final do corredor)

- organização e troca entre as salas;

- conserto e reparo do que for possível;

- acompanhamento para reposição;

- busca de brinquedos alternativos (não estruturados) para sala e parque;

- confecção de brinquedos;

QUADRA

- circuito, buscar sugestões junto ao grupo para organização do mesmo;

- organização do armário de brinquedos;

- socialização da forma de organização dos mesmos;

CONSELHO MIRIM

- organizar a eleição dos conselheiros;

- participação da comunidade na posse dos membros;

- participar do planejamento e encontros mensais;

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- viabilizar a participação dos membros na rotina escolar e atuação destes nos diferentes

espaços buscando envolver as crianças na manutenção dos mesmos;

- equipes dos espaços fazerem formação com o Conselho Mirim;

- levantarem sonhos de melhorias para escola, ideia que faz parte do Projeto comunidade de

aprendizagem;

- confecção de certificados de participação no final do ano com o convite para os pais

participarem da “cerimônia” de entrega.

- Estudos do meio – Câmara e Secretaria de Educação;

- Formações sobre alimentação saudável;

HORTA

- Envolver o grupo na preparação do espaço e plantio;

- Exploração do espaço com observação do ecossistema presente

BLOG

Neste ano com a inclusão de nosso Blog no portal da Educação, iniciaremos sua utilização

visando um novo meio de comunicação entre escola e família, propondo um veículo de

informações, contato e divulgação das propostas realizadas na escola.

A partir do ano de 2016, incluiremos o Blog como mais um item no Projeto Espaço: um

segundo educador, possibilitando assim, que os professores retratem a realidade de nossa escola

através da valorização das nossas ações.

- Inserir fotos, textos e informações com a colaboração de todos os professores;

- Divulgar o espaço para os pais;

ORIENTAÇÕES GERAIS:

- Escolha dos profissionais, buscando atender as afinidades de cada um.

- Organização dos grupos de trabalho, mantendo a formação da equipe com professores do

mesmo período.

- Estar atento ao dia e horário de reunir a equipe para o trabalho, já ter combinado um local

para se encontrar, procurando aproveitar ao máximo o tempo disponível. Além disso, quando

não for possível utilizar o dia definido para planejamento e ações de organização do espaço,

ter estipulado um outro dia para garantir que a ação seja semanal.

- Procurar partilhar com o grupo o trabalho realizado, buscando manter a escuta atenta as

sugestões dos demais e também a contribuir com as outras equipes.

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- Troca semestral do espaço / grupo, portanto é necessário fazer registro objetivo das ações

realizadas para atender.

- Envolver os alunos nas ações de organização dos espaços.

- Buscar estabelecer parceria com o projeto “Comunidades de Aprendizagem”.

PARTICIPANTES:

Equipe de professores (titulares, volantes e substitutos)

ANEXO VIII - PROJETO oficina de convivência

JUSTIFICATIVA

Ao realizarmos o projeto em parceria com o Expresso Lazer em 2014 e 2015 intensificamos a

proposta de intersalas aliadas ao brincar, ao movimento e a exploração dos diferentes espaços da

escola. Com o fim da parceria e o forte desejo que este trabalho intencional e integrado continuasse

presente na escola, propusemos s a equipe (professores e funcionários) a ideia de Oficinas de

Convivência, ideia extraída da revista Avisa Lá – nº 63 – agosto/2015, numa perspectiva de ação

que envolve toda a escola e mistura as crianças das diferentes faixas etárias em propostas que

envolvem autonomia, integração e aprendizagem de forma lúdica.

No intuito de difundir esta ideia na equipe organizamos uma reunião pedagógica atrelando

esta ação aos Campos de Experiência, ou seja, cada proposta colocada foi relacionada ao Campo

de Experiência que atendia. O interessante é que o grupo percebeu que uma mesma proposta

poderia atender a mais que um destes campos, observando a riqueza desta ação. Neste dia a

equipe de gestão organizou os espaços, apresentou as propostas e todos (professores e

funcionários) envolveram-se circulando de forma livre por todos os espaços, demonstrando grande

interação e envolvimento. Fizemos o convite de mantermos a organização para que as crianças

fizessem o mesmo posteriormente. O grupo avaliou de forma positiva o que motivou a equipe a

manter a prática durante este ano.

OBJETIVO

- Possibilitar a circulação das crianças pelos diferentes espaços, com as crianças de

diferentes turmas e idades, em propostas previamente planejadas e organizadas visando garantir

liberdade de escolha, autonomia na realização das ações, contato com diferentes adultos, propostas

e materiais.

ETAPAS

- Levantamento da periodicidade e das datas em que as oficinas irão ocorrer.

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- Destinar um momento do HTPC para planejamento coletivo da oficina.

- Utilizar os momentos de HTP para preparar espaço e materiais.

- Partilhar as propostas e a localização das mesmas com as crianças com antecedência.

AVALIAÇÃO

É necessário após a oficina pensar sobre seus pontos positivos e negativos, rever o

planejamento, para ver o que deu certo e o que não deu, levantando os desafios para as próximas

em esquecer-se que a avaliação inicial é feita com a própria criança através da observação destas

no exercício da oficina, bem como rodas de conversa após sua conclusão, levantando com elas

sugestões e desafios para as próximas oficinas, material este que deverá ser usado pelos

professores no planejamento seguinte.

SUGESTÕES DE PROPOSTAS DAS OFICINAS

- Material não estruturado: Caixas, canos, tecidos, bobinas, carretéis e outros materiais que

ganham vida e função diferente na mão de cada criança.

- Parque: Propor interferências no espaço que o deixem ainda mais convidativo e desafiador

para as crianças, construir tendas, armações com cordas, brinquedos que possam promover uma

interação diferente com a areia, água para brincar com a areia...

- Espaços laterais: realizar intervenções no espaço com jogos gigantes (memória, dominó,

boliche...), trazendo uma forma alternativa para o jogo

- Culinária Salada de frutas, oficina de docinhos, sendo executada com a parceria entre

crianças e adultos, realizadas, por exemplo, no ateliê da escola.

- Propostas de arte realizar estas propostas em locais diferenciados como papéis colados

nas paredes da área externa com canetinhas penduradas para que as crianças possam desenhar

livremente, o carrinho de tintas levado para a parede de azulejo para que as crianças possam

explorar a pintura.

- Modelagem Massinha industrializada ou caseira com diferentes materiais e sugestões de

propostas para contextualizar a brincadeira.

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- Leitura Disponibilizar este momento de forma diferenciada a que já se está habituado

diariamente, em um espaço aconchegante para leitura individual, ou outros recursos como

fantoches, dedoches para leitura em pequenos ou grandes grupos.

- Fantasias um recurso a mais para a brincadeira do faz de conta.

- Banho de bonecas para os dias quentes na área externa.

- Experiências com água, com ar, com luz e sombra entre outros que podem ser

distribuídos em diferentes dias de oficina, procurando manter um cantinho reservado para aguçar a

curiosidade e trazer novas descobertas para a s crianças que depois poderão ser transportadas para

a sala de aula, sendo o disparador para novas buscas ou investigações que poderão surgir.

ANEXO IX – PROJETO: ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL UMA PARCERIA DE TODOS POR UMA

QUALIDADE DE VIDA MELHOR

Justificativa:

No ano de 2015, tivemos uma alteração do cardápio oferecido para as crianças de refeição

para lanche. Segundo os estudos realizados pela Secretaria de Educação, a obesidade no município

aumentou e foi preciso fazer uma pesquisa para conhecer hábitos alimentares e fazer uma

adequação na alimentação das crianças para que não tivessem a duplicidade de almoço, em casa e

na escola. Por termos atendimento parcial teríamos que atender 20% das propriedades nutricionais

indicadas para a faixa etária e com um cardápio de lanche seria possível atingir este índice. Mas a

ideia não foi bem recebida pela comunidade que foi informada na primeira reunião do ano que o

cardápio seria alterado, mas sem que fosse feito um movimento formativo processual, pois a escola

também soube no final de 2014 e não teve como fazer uma preparação para a mudança. Muitas

famílias ainda acreditam que a escola deveria oferecer a refeição, a partir das avaliações que

fizemos no decorrer do ano. No ano de 2015, a escola solicitou a parceria do setor de alimentação

no sentido de buscar um diálogo com a comunidade e conseguir conscientizar a todos sobre a

importância de uma alimentação saudável.

Estamos intensificando ainda mais esta parceria, buscando, em conjunto, oferecer uma

alimentação de qualidade para as crianças e formar as famílias para perceberem a importância na

mudança de hábitos alimentares.

Objetivos:

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Oportunizar a melhoria de hábitos alimentares das crianças, famílias e funcionários;

Intensificação do uso da horta para estimularmos hábitos saudáveis de alimentação;

Conscientização das crianças a partir de vivências lúdicas (jogos, teatros, brincadeiras, etc) e

de oficinas de culinária;

Produção de alimentos saudáveis na horta com complementação da secretaria para oferta a

todos alunos;

Adaptar espaço da escola para servir como cantinho de manuseio de alimentos e preparo de

receitas com as crianças;

Ampliar parceria com a UBS para identificar carências nutricionais;

Estimular experimentação de novos alimentos e incentivo para ingestão dos itens do cardápio

pelas crianças;

Realizar modificações na forma de apresentação dos alimentos para torná-los mais atrativos;

Ações

Formação de professores em HTPC com parceria do setor de alimentação – esclarecimento

de dúvidas, apresentação dos dados para alteração de cardápio e valores gastos com os

tipos de alimentação (refeição e lanche), importância de uma alimentação saudável;

Formação de pais em APM/Conselho com convite aos outros membros da comunidade que

queiram aprofundar a temática;

Plantio na horta de acordo com projetos de sala, projeto Espaço segundo educador e parceria

da comunidade com o projeto Comunidade de Aprendizagem;

Elaboração de jogos pedagógicos para o trabalho com a temática;

Teatro formativo com participação de alunos, comunidade e setor de alimentação;

Cardápio ilustrado para divulgação dos itens oferecidos;

Levantamento de dados reais de crianças com carência nutricional com ajuda de agentes de

saúde para encaminhamento aos órgãos de proteção;

Troca de utensílios para ofertar os alimentos de forma mais atrativa para as crianças;

ANEXO X – ESTUDO DO MEIO

Durante o ano, os alunos são atendidos com no mínimo dois estudos do meio, para serem

utilizados como disparadores ou como parte integrante dos projetos desenvolvidos. A APM destina

uma parte da Verba para arcar com o transporte e entrada nos locais de alunos e acompanhantes,

conforme necessidade.

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O grupo nos últimos anos tem optado por visitas em São Bernardo do Campo e nos

municípios vizinhos para valorizar os espaços culturais que dispomos, mas, também, por termos

muitas crianças transportadas que precisam retornar dentro do horário de aula, pois os familiares

não têm quem busque as crianças fora deste período. Quando precisamos fazer uma visita para um

espaço mais distante, de acordo com os projetos, procuramos informar as famílias com

antecedência para que consigam organizar-se, tendo ajuda de alguém para buscar a criança.

Costumamos contar com ajuda dos familiares para acompanhar o passeio, pois percebemos

que além de termos parceiros para os cuidados com as crianças, propiciamos momentos de

ampliação cultural para as famílias também.

Nos últimos anos, temos realizado visitas ao Sabina, Estoril, Sesc Santo André, Centro de

Referência do Trânsito de SBC, Bibliotecas da região, Museus e Pinacoteca.

Nas avaliações de final de ano, os familiares sempre apontam a necessidade de mais visitas,

mas estamos formando as famílias para compreender que estes momentos são definidos a partir de

interesse do grupo, projetos e que temos um limite financeiro para atender uma escola que possui

setecentos alunos.

Além disso, quando é possível, buscamos oportunizar espetáculos teatrais e outras atividades

culturais para todos, na própria escola, pois sabemos que não há opções de atividades lúdicas ou

formativas nas proximidades da moradia dos alunos, dificultando que as famílias tenham acesso aos

espaços culturais. Deste modo, conseguimos garantir as duas vezes visitas anuais e atingir um

número maior de alunos com um melhor custo benefício.

ANEXO XI – PROJETO COLETIVO: EU TE AMO

A criança nos traz uma infinidade de questionamentos não apenas em palavras, mas em

gestos e ações. Ela traz seu mundo e a necessidade de compreendê-lo e, quando se depara com os

diferentes mundos de seus colegas, a intervenção do educador no sentido do acolhimento, mas

também da consideração de cada indivíduo se faz indispensável.

Trabalhando e compreendendo a importância da diversidade, reconhecemos que essa gama de

culturas que se encontram na escola, ao mesmo tempo que lhe proporciona uma maior possibilidade

de integração e conhecimentos, também lhe traz conflitos, muitas vezes com atitudes impulsivas de

agressividade.

A questão da agressividade é um tema recorrente em nossas discussões, pois acontece em

diferentes momentos e cotidianamente em nossa escola e, traçando um panorama de nossa

sociedade, sabemos que ela tem se manifestado sistematicamente em todos os lugares.

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Sabendo que a agressividade é uma reação às questões relativas à como se expressar, como dar

vazão aos seus sentimentos, como ser visto e reconhecido, como demonstrar algo que não condiz

com suas expectativas ou anseios, definimos que nosso Projeto coletivo abordaria os sentimentos e

emoções, tendo em vista a necessidade da escuta da criança.

Neste sentido, apoiando-se nos estudos recentes que estamos fazendo dos Campos de

Experiências, principalmente no que se refere ao “O eu, o outro e nós”, reconhecemos a criança

como ser integral, e que a escuta não se limita ao ouvir literal, mas sim de considerar, validar,

valorizar tanto suas falas, como ações e comportamentos, além de auxiliá-la em demonstrar suas

emoções e sentimentos.

A riqueza e necessidade de observar o que as crianças sinalizam em suas ações, se

demonstram em todos os lugares, pois as emoções se evidenciam em diferentes momentos. Deste

modo, o momento e espaço de trabalho com as emoções e sentimentos não é único, permeando

toda rotina. O que é natural ao ser humano é a necessidade do outro, mas como chegar até o

outro?

Sabemos, assim, que algumas práticas se fazem necessárias, possibilitando a criança se

expressar de forma verbal e não verbal, expressar suas emoções e necessidades, ver o outro e as

consequências de seus atos para com o outro, pedir, desculpar-se, com dizer algo, como

demonstrar algo, como pedir ajuda, como explicar que ela precisa de toque, que ela precisa do

outro, como vai demonstrar algo que ela desconhece, como vai reagir ao novo.

Desta forma, o investimento com as Oficinas de Convivência, com histórias, vídeo, diferentes

formas de expressão, propostas de integração permearão de forma decisiva nosso Projeto.

Para a escolha do nome do projeto foi feita uma votação entre as crianças, onde o nome “Eu

te amo” foi o escolhido para representá-lo.