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PREFEITURA MUNICIPAL DE BAURU Estado de São Paulo SECRETARIA DA EDUCAÇÃO ENSINO FUNDAMENTAL E EDUCAÇÃO ESPECIAL REGIMENTO ESCOLAR COMUM 2009 TÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Capítulo I Da caracterização Artigo 1º - As escolas municipais de ensino fundamental mantidas pela Prefeitura de Bauru, Estado de São Paulo, inscrita no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, sob o nº 46.137.410/0001-80, são administradas pela Secretaria Municipal da Educação (SME), e encontram-se sob a jurisdição da Diretoria de Ensino Região de Bauru, da Secretaria de Estado da Educação. § 1º - Este regimento escolar comum aplica-se às escolas já autorizadas, e em funcionamento, e as que venham a ser criadas nos termos da legislação vigente. § 2º - Escolas em funcionamento, especificadas no Anexo I. 01 - EMEF Cônego Aníbal Difrância 02 - EMEF Etelvino Rodrigues Madureira 03 - EMEF Ivan Engler de Almeida 04 - EMEF José Francisco Junior Zé do Skinão 05 - EMEF Lourdes de Oliveira Colnaghi 06 - EMEF Maria Chaparro Costa 07 - EMEF Nacilda de Campos 08 - EMEF Prof. Geraldo Arone 09 - EMEF Prof. José Romão 10 - EMEF Prof. Waldomiro Fantini 11 - EMEF Profª Alzira Cardoso 12 - EMEF Profª Claudete da Silva Vecchi 13 - EMEF Profª Dirce Boemer Guedes de Azevedo 14 - EMEF Santa Maria 15 - EMEF Thereza Tarzia Irmã Rosamaria Tarzia 16 - Núcleo de Ensino Renovado - Lydia Alexandrina Nava Cury. § 3º - As escolas a que se refere o parágrafo anterior oferecem, além do ensino fundamental, a modalidade educação especial.

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PREFEITURA MUNICIPAL DE BAURU Estado de São Paulo

SECRETARIA DA EDUCAÇÃO

ENSINO FUNDAMENTAL E EDUCAÇÃO ESPECIAL

REGIMENTO ESCOLAR COMUM

2009

TÍTULO I

DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Capítulo I

Da caracterização

Artigo 1º - As escolas municipais de ensino fundamental mantidas pela Prefeitura de

Bauru, Estado de São Paulo, inscrita no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, sob o nº

46.137.410/0001-80, são administradas pela Secretaria Municipal da Educação (SME), e

encontram-se sob a jurisdição da Diretoria de Ensino – Região de Bauru, da Secretaria de

Estado da Educação.

§ 1º - Este regimento escolar comum aplica-se às escolas já autorizadas, e em

funcionamento, e as que venham a ser criadas nos termos da legislação vigente.

§ 2º - Escolas em funcionamento, especificadas no Anexo I.

01 - EMEF Cônego Aníbal Difrância

02 - EMEF Etelvino Rodrigues Madureira

03 - EMEF Ivan Engler de Almeida

04 - EMEF José Francisco Junior – Zé do Skinão

05 - EMEF Lourdes de Oliveira Colnaghi

06 - EMEF Maria Chaparro Costa

07 - EMEF Nacilda de Campos

08 - EMEF Prof. Geraldo Arone

09 - EMEF Prof. José Romão

10 - EMEF Prof. Waldomiro Fantini

11 - EMEF Profª Alzira Cardoso

12 - EMEF Profª Claudete da Silva Vecchi

13 - EMEF Profª Dirce Boemer Guedes de Azevedo

14 - EMEF Santa Maria

15 - EMEF Thereza Tarzia – Irmã Rosamaria Tarzia

16 - Núcleo de Ensino Renovado - Lydia Alexandrina Nava Cury.

§ 3º - As escolas a que se refere o parágrafo anterior oferecem, além do ensino

fundamental, a modalidade educação especial.

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Regimento Escolar Comum – 2009 2

§ 4º

- Os alunos das escolas em funcionamento com apenas os anos iniciais do ensino

fundamental, concluído o 5º (quinto) ano, prosseguirão seus estudos em escola municipal ou

estadual de ensino fundamental, nos termos do atendimento à demanda, formulados, em

colaboração, pelo Município e o Estado.

Artigo 2º - A transição do ensino fundamental de 8 (oito) para 9 (nove) anos, ocorrida

no ano de 2009, consta nas Disposições Transitórias deste regimento.

Capítulo II

Dos objetivos da educação escolar, do ensino e da escola

Artigo 3º - A Educação escolar, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de

solidariedade humana; tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo

para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.

Artigo 4º - O ensino fundamental obrigatório, com duração de 9 (nove) anos, gratuito

na escola pública, com inicio aos 6 (seis) anos de idade, terá por objetivo a formação básica

do cidadão, mediante:

I - o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno

domínio da leitura, da escrita e do cálculo;

II - a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das

artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;

III - o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de

conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores;

IV - o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de

tolerância recíproca em que se assenta a vida social.

Parágrafo único – A educação especial, modalidade de educação escolar, será

assegurada preferencialmente nas escolas municipais de ensino fundamental, para educandos

portadores de necessidade especiais de aprendizagem, a ser ministrada segundo princípios da

educação inclusiva.

Artigo 5º - Além dos objetivos da educação escolar e do ensino fundamental previstos

nos artigos anteriores, são objetivos das escolas municipais de Bauru:

I – elevar a qualidade do ensino oferecido aos educandos;

II – formar cidadãos conscientes de seus direitos e deveres;

III – proporcionar ambiente favorável ao estudo e ao ensino;

IV – promover a integração escola comunidade.

V – estimular nos alunos a participação, assim como a atuação solidária junto à

comunidade;

VI – estabelecer clima de cooperação entre todos os envolvidos no processo

educacional;

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Ensino Fundamental/Educação Especial 3

VII – incentivar e buscar meios para constante aperfeiçoamento dos profissionais da

educação e funcionários da escola.

Artigo 6º – Os objetivos do ensino fundamental e da escola devem convergir para os

fins mais amplos da educação, nos termos do artigo 3º deste regimento.

Capítulo III

Da organização e funcionamento da escola

Seção I

Do ensino fundamental

Artigo 7º - As escolas municipais de ensino fundamental, com a duração de 9 anos,

são organizadas de forma a oferecer ensino fundamental com carga horária mínima de 800

(oitocentas) horas anuais ministradas em, no mínimo, 200 (duzentos) dias de efetivo trabalho

escolar.

§ 1º - As escolas referidas no caput deste artigo funcionarão, preferencialmente, em

dois turnos diurnos e um noturno, admitindo-se turno “intermediário” ou “vespertino”, e

sempre provisoriamente, apenas quando o atendimento à demanda escolar assim o exigir.

§ 2º - Os cursos que funcionarem no período noturno terão organização adequada às

condições dos alunos.

§ 3º - As escolas que não tiverem condições de programar os 9 anos de ensino

fundamental, por falta de condições objetivas, funcionarão com apenas os anos iniciais, do 1º

ao 5º ano, mas, no que couber, sobretudo na dimensão currículo, com a mesma organização

do curso fundamental de 9 anos.

§ 4º - A nomenclatura do ensino a que se refere o artigo 1º passa a ser:

ensino fundamental, com 9 anos de duração – até 14 anos de idade

Anos iniciais – 5 anos de duração – de 6 a 10 anos de idade

Anos finais – 4 anos de duração – de 11 a 14 anos de idade

§ 5º - Têm direito a matrícula no ensino fundamental todas as crianças com 6 (seis)

anos completos ou a completar até 30 de junho do ano de seu ingresso nessa etapa da

educação básica.

§ 6º - Consideram-se de efetivo trabalho escolar, os dias em que se desenvolverem

atividades regulares de aula ou outras programações educativas, planejadas pela escola, desde

que contem com a presença de professores e alunos, e o comparecimento ou a ausência destes

seja controlada.

§ 7º - O tempo destinado ao recreio, realizado na forma programada no projeto

pedagógico da escola, será considerado como efetivo trabalho escolar e computado na carga

horária da classe ou, proporcionalmente, na duração da aula de cada componente curricular.

Seção II

Da modalidade educação especial

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Artigo 8º Na rede de escolas municipais de ensino fundamental, regular, a educação

especial é modalidade de educação escolar oferecida para educandos portadores de

necessidades especiais, nos termos da legislação e regulamentação vigentes.

§ 1º - De acordo com a Lei Municipal nº 5.321/2005, de 26/12/2005, o Serviço de

educação especial, no contexto da educação inclusiva, tem por objetivos oferecer respostas

pedagógicas diferenciadas aos alunos com deficiência auditiva, visual, física, mental ou

múltipla que apresentem necessidades educacionais especiais, e prover suporte pedagógico

aos professores das classes regulares, nas quais os alunos se encontrem matriculados.

§ 2º - O atendimento da demanda dar-se-á por meio de “estudos de caso” e

“elaboração de planos individualizados de ensino”, nos seguintes espaços:

1) na rede regular de ensino:

a) em classe comum;

b) em salas de recursos e

c) itinerância.

2) classes especiais em entidades conveniadas.

Artigo 9º - O serviço de educação especial da Secretaria Municipal da Educação

(SME)

é o órgão responsável pelo planejamento, implementação (das ações),

acompanhamento e avaliação da educação especial, visando atender às necessidades

educacionais especiais presentes na demanda, observadas a legislação e regulamentação

específicas e o projeto pedagógico da escola, sob a coordenação do diretor da divisão de

educação especial.

TÍTULO II

DA GESTÃO DEMOCRÁTICA

PARTE I

DOS PRINCÍPIOS, DAS INSTITUIÇÕES ESCOLARES E COLEGIADOS

Capítulo I

Dos princípios

Artigo 10 - A gestão democrática tem por finalidade possibilitar à escola maior grau

de autonomia, de forma a garantir o pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas,

assegurando padrão adequado de qualidade do ensino ministrado.

Artigo 11 - O processo de construção da gestão democrática na escola será fortalecido

por meio de medidas e ações dos órgãos do sistema estadual de ensino e da SME,

responsáveis pela administração e supervisão da rede municipal de ensino, mantidos os

princípios de coerência, equidade e corresponsabilidade da comunidade escolar na

organização e prestação dos serviços educacionais.

Artigo 12 - Para alcançar sua finalidade, a gestão democrática na escola far-se-á

mediante a:

I - participação dos profissionais da escola na elaboração do projeto pedagógico;

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Ensino Fundamental/Educação Especial 5

II - participação dos diferentes segmentos da comunidade escolar - direção,

professores, pais, alunos e funcionários - nos processos consultivos e decisórios, por

intermédio do Conselho de Escola e da Associação de Pais e Mestres;

III - autonomia na gestão pedagógica, administrativa e financeira, respeitadas as

diretrizes e normas vigentes;

IV - transparência nos procedimentos pedagógicos, administrativos e financeiros,

garantindo-se a responsabilidade e o zelo comum na manutenção e criação de condições

favoráveis para o uso, aplicação e distribuição adequada dos recursos públicos;

V - valorização da escola enquanto espaço privilegiado para a realização do processo

educacional.

Artigo 13 - A autonomia da escola, em seus aspectos administrativo, financeiro e

pedagógico, entendidos como mecanismos de fortalecimento da gestão a serviço da

comunidade, será assegurada mediante a:

I - capacidade de cada escola, coletivamente, formular, implementar e avaliar seu

projeto pedagógico e seu plano de gestão;

II - constituição e funcionamento do Conselho de Escola, dos Conselhos de Ano e

Classe, da Associação de Pais e Mestres e do Grêmio Estudantil;

III - participação da comunidade escolar, por intermédio do Conselho de Escola, nos

processos de escolha ou indicação de profissionais para o exercício de funções, respeitada a

legislação vigente;

IV - administração dos recursos financeiros, por meio da elaboração, execução e

avaliação do respectivo plano de aplicação, devidamente aprovado pelos órgãos ou

instituições escolares competentes, obedecida a legislação específica para gastos e prestação

de contas de recursos públicos.

Capítulo II

Das instituições escolares

Artigo 14 - As instituições escolares têm por finalidade aprimorar os processos de

construção da autonomia da escola e das relações de convivência no espaço escolar e no seu

entorno.

Artigo 15 - As escolas de ensino fundamental contarão, no mínimo, com as seguintes

instituições escolares criadas por lei, e com regulamentação específica:

I – Associação de Pais e Mestres (APM);

§ 1º - A APM é uma instituição jurídica de direito privado, sendo sua função principal

atuar, em conjunto com o Conselho de Escola, na gestão da unidade escolar, participando das

decisões relativas à organização e funcionamento da escola nos aspectos pedagógico,

administrativo e financeiro.

§ 2º - Os diversos aspectos da sua estrutura, organização e funcionamento constarão

do seu estatuto, elaborado nos termos do estatuto padrão.

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Regimento Escolar Comum – 2009 6

II – Grêmio Estudantil.

Parágrafo único - O Grêmio é uma organização estudantil, autônoma, com

finalidades educacionais, culturais, cívicas, esportivas e sociais. Sua organização,

funcionamento e atividades serão estabelecidos em seu estatuto, aprovado em assembléia

geral do corpo discente de cada escola, representativa dos interesses dos estudantes.

Artigo 16 - Cabe à direção da escola garantir a articulação da Associação de Pais e

Mestres com o Conselho de Escola e criar condições para a organização dos alunos no

Grêmio Estudantil.

Artigo 17 - Outras instituições e associações poderão ser criadas desde que aprovadas

pelo Conselho de Escola e explicitadas no projeto pedagógico e no plano de gestão da escola.

Artigo 18 - Todos os bens das escolas municipais de ensino fundamental e suas

instituições juridicamente constituídas serão patrimoniados, sistematicamente atualizados, e

cópias de seus registros serão encaminhadas anualmente ao órgão próprio da administração

municipal.

Capítulo III

Dos colegiados

Artigo 19 - As escolas municipais contam com o Conselho de Escola e Conselhos de

Ano e Classe, constituídos nos termos deste regimento.

Seção I

Do Conselho de Escola

Artigo 20 – O Conselho de Escola, articulado à direção, constitui-se em colegiado de

natureza consultiva e deliberativa, formado por no mínimo 20 (vinte) representantes de todos

os segmentos da comunidade escolar, além do diretor da escola, na seguinte conformidade:

I – diretor de escola, seu presidente nato;

II – 40% (quarenta por cento) de docentes;

III – 5% (cinco por cento) de especialistas de educação, excetuando-se o diretor de

escola;

IV – 5% (cinco por cento) dos demais funcionários;

V – 25% (vinte e cinco por cento) de pais de alunos;

VI – 25% (vinte e cinco por cento) de alunos.

§ 1º - Os membros do Conselho de Escola serão eleitos por seus pares em assembléias

distintas para cada segmento, mediante voto direto, lavrando-se atas igualmente distintas.

§ 2º - As eleições deverão se processar no primeiro mês letivo, segundo normas

previamente estabelecidas por comissão eleitoral designada pela direção e aprovada pelo

Conselho de Escola em exercício.

§ 3º - Cada segmento representado no Conselho de Escola elegerá também no mínimo

1 (um) suplente que substituirá o membro efetivo em suas ausências e impedimentos.

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Ensino Fundamental/Educação Especial 7

§ 4º - O Conselho de Escola é presidido pelo diretor, com direito a voz e voto, e, na

sua ausência, pelo assistente de direção.

Artigo 21 - O Conselho de Escola tomará suas decisões, observando os princípios e

diretrizes da política educacional dos respectivos entes federativos (União, Estado e

Município), a legislação vigente e o projeto pedagógico da escola.

Artigo 22 – São atribuições do Conselho de Escola:

I - deliberar sobre:

a) diretrizes e metas da unidade escolar;

b) alternativas de solução para os problemas de natureza administrativa e

pedagógica;

c) projetos de atendimento psicopedagógico e materiais aos alunos;

d) programas especiais visando à integração escola-família-comunidade;

e) criação e regulamentação das instituições auxiliares da escola;

f) prioridades para aplicação de recursos da escola e das instituições

auxiliares;

g) as penalidades disciplinares a que estiverem sujeitos os alunos da escola;

h) a aprovação do plano de gestão da escola.

II – elaborar o calendário e o regimento escolar, observadas as normas dos Conselhos

de Educação (Federal e Estadual), da Secretaria Municipal da Educação e a legislação

pertinente.

III - apreciar os relatórios anuais da escola, analisando seu desempenho em face das

diretrizes e metas estabelecidas.

§ 1º - Cabe ao Conselho de Escola deliberar sobre o encaminhamento às autoridades

competentes de representação feita pelo diretor, devidamente fundamentada, sobre atos de

indisciplina ou infração cometidos por professores, funcionários técnicos e administrativos,

para conhecimento e regular tramitação, justificando a decisão tomada.

§ 2º - As deliberações do Conselho, adotadas por maioria simples, presente a maioria

absoluta de seus membros, constarão de ata e serão publicadas para conhecimento dos

interessados. Quando a ata registrar ato infracional deliberado pelo Conselho, cuja autoria seja

atribuída à criança ou adolescente, a publicidade, total ou parcial, conforme o caso, deixará de

ocorrer.

§ 3º - Aprovado, o plano de gestão da escola será encaminhado, por intermédio da

SME, à Diretoria Regional de Ensino – Região de Bauru, para análise e homologação.

Artigo 23 – O Conselho de Escola observará, ainda, em relação às reuniões e votos, o

seguinte:

I - o Conselho deverá reunir-se, ordinariamente, 2 (duas) vezes por semestre e,

extraordinariamente, por convocação do diretor da escola ou por proposta de, no mínimo, l/3

(um terço) de seus membros.

II – a convocação será feita pelo diretor da escola, por escrito, com ciência dos

interessados, ou por edital afixado na escola, em local visível e de fácil acesso ao público.

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Regimento Escolar Comum – 2009 8

III – para a realização da reunião, é necessária a presença absoluta dos seus membros,

alcançada com o comparecimento de 50% mais um do total de membros, viabilizando a

aprovação de uma questão pela maioria simples, ou seja, maioria de votos dos presentes à

reunião.

IV - os membros do Conselho não poderão acumular votos, nem será admitido voto

por procuração.

V - Os membros representantes dos alunos, de qualquer idade, terão direito a voz e

voto.

Seção II

Dos Conselhos de Ano e Classe

Artigo 24 – Os Conselhos de Ano e Classe, enquanto colegiados responsáveis pelo

processo coletivo de acompanhamento e avaliação do ensino e da aprendizagem, serão

organizados de forma a:

I – possibilitar a inter-relação entre profissionais e alunos, entre turnos e entre os nove

anos do ensino fundamental;

II – propiciar o debate permanente sobre o processo de ensino e de aprendizagem;

III – favorecer a integração e sequência dos componentes curriculares de cada classe

dos nove anos do ensino fundamental;

IV – orientar o processo de gestão do ensino;

V – ensejar o exercício da democracia.

Parágrafo único – Entende-se por Conselho de Ano e Classe aqueles que,

respectivamente, são integrados pelos docentes dos cinco primeiros anos e dos quatro últimos

anos do ensino fundamental.

Artigo 25 – Os Conselhos de Classe serão constituídos pelo diretor, por todos os

professores da mesma classe, de um mesmo ano, conforme o caso, além do professor

coordenador pedagógico, e contarão com a participação de um aluno dessa mesma classe, o

qual terá o seu suplente, escolhidos por seus pares. Os Conselhos de Ano (1º, 2º, 3º, 4º e 5º

ano) terão a mesma composição dos de classe, só diferindo no segmento professor, que será

constituído pelos docentes do mesmo ano.

Artigo 26 - Os Conselhos de Ano e Classe, presididos pelo diretor da escola, deverão

reunir-se, ordinariamente, ao término dos bimestres e ao final do ano letivo e,

extraordinariamente, sempre que necessário, mediante convocação da direção, para a

realização das seguintes atribuições:

I – avaliar o rendimento escolar dos alunos e analisar seu desempenho global no

conjunto dos diferentes componentes curriculares, aptidões, habilidades e atitudes;

II – identificar os alunos com aproveitamento insatisfatório (nota inferior a 5,0 (cinco)

e suas causas;

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Ensino Fundamental/Educação Especial 9

III – decidir sobre a necessidade de encaminhamento para atividades de recuperação

contínua e paralela;

IV – decidir sobre a promoção ou retenção ao final de cada ano do Ensino

Fundamental, exceto no 1º ano (art. 64);

V – propor a elaboração de projetos de recuperação contínua e paralela,

acompanhando-os e avaliando-os;

VI – analisar continuamente o processo de avaliação da aprendizagem, verificando

possíveis inconsistências;

VII – analisar casos de alunos com freqüência irregular, decidindo sobre os

procedimentos a serem utilizados na compensação de ausências; nos termos do artigo 109,

caput e inciso II.

VIII – ratificar ou retificar o conceito final emitido pelo professor e atribuído ao

aluno, fundamentando a decisão tomada;

IX – opinar sobre pedido de reconsideração formulado, nos termos da legislação

vigente, por aluno, seus pais ou responsável;

X – assessorar e decidir nos processos de classificação e reclassificação de alunos, de

adaptação e aproveitamento de estudos.

Parágrafo único – Os Conselhos de Ano e Classe, presididos pelo diretor ou seu

representante, serão secretariados por um de seus membros, indicado por seus pares, que

lavrará a ata da reunião em livro próprio.

Capítulo IV

Dos documentos da organização da escola

Artigo 27 – São documentos básicos da organização das escolas municipais de ensino

fundamental, o:

I – projeto pedagógico;

II – regimento escolar;

III – plano de gestão;

IV – plano de curso

V – planos de ensino.

Seção I

Do projeto pedagógico e do regimento escolar

Artigo 28 – A projeto pedagógico e o regimento escolar cuidam de aspectos

relevantes da organização, estrutura e funcionamento da escola.

§ 1º - A elaboração do projeto pedagógico, fundada na autonomia da escola, é o passo

primeiro, o ato originário da instituição escola: seus propósitos, princípios e diretrizes

subsidiarão a elaboração do regimento escolar, ato administrativo e normativo da escola,

documento que rege a vida escolar e regula a relação entre os envolvidos no processo

educativo.

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Regimento Escolar Comum – 2009 10

§ 2º - Na gestão democrática do ensino público, dois são os elementos intrínsecos à

elaboração do projeto pedagógico: ser construído de forma coletiva e com a participação

efetiva de todos os que compõem a comunidade escolar.

Seção II

Do plano de gestão da escola

Artigo 29 – O Plano de gestão da escola, elaborado de acordo com seu projeto

pedagógico, é o documento que traça o perfil da escola, conferindo-lhe identidade própria, na

medida em que contempla as intenções comuns dos membros da comunidade escolar,

operacionaliza o projeto pedagógico e norteia o gerenciamento das ações desenvolvidas pela

escola.

§ 1º - O plano de gestão terá duração quadrienal e contemplará, no mínimo:

1) - identificação e caracterização da escola, de seus alunos, de seus recursos físicos,

materiais e humanos, bem como dos recursos disponíveis na comunidade local;

2) - objetivos da escola;

3) - definição das metas a serem atingidas e das ações a serem desencadeadas;

4) - plano do curso mantidos pela escola;

5) - planos de trabalho dos diferentes núcleos que compõem a organização técnico-

administrativa da escola;

6) - critérios para acompanhamento, controle e avaliação da execução do trabalho

realizado pelos diferentes atores do processo educacional.

§ 2º - O plano de gestão será submetido à aprovação do Conselho de Escola e à

homologação do órgão próprio da supervisão de ensino.

§ 3º - Anualmente, serão incorporados ao plano de gestão anexos com:

1) - agrupamento de alunos e sua distribuição por turno, curso, ano e classe;

2) - quadro curricular por curso e ano;

3) - organização das horas de trabalho pedagógico coletivo, explicitando o temário e o

cronograma;

4) - calendário escolar e demais eventos da escola;

5) - horário de trabalho e escala de férias dos funcionários;

6) - plano de aplicação dos recursos financeiros;

7) - projetos especiais.

§ 4º - O calendário escolar deverá conter:

1) período de aulas, de férias e de recesso escolar;

2) previsão de dias letivos para cada turno de funcionamento da escola;

3) períodos de elaboração, replanejamento e avaliação do plano de gestão;

4) dados referentes às reuniões:

a) de pais e mestres (4 bimestrais);

b) pedagógicas: mínimo de 4 (quatro) reuniões anuais

c) do Conselho de Escola;

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Ensino Fundamental/Educação Especial 11

d) dos Conselhos de Ano e Classe– mínimo de 4 (quatro) reuniões anuais

e) das instituições auxiliares;

f) da avaliação final (após o último dia letivo).

Seção III

Do plano de curso e planos de ensino

Artigo 30 – Decorrentes do projeto pedagógico, do regimento escolar e do plano de

gestão, a escola, para o desenvolvimento dos processos de ensino e da aprendizagem no curso

de ensino fundamental, conta com o plano de curso e os planos de ensino.

§ 1º - o plano de curso tem por finalidade garantir a organicidade e continuidade do

curso e, para tanto, propõe:

1- os objetivos do curso;

2- os objetivos de cada componente curricular;

3 – a síntese dos conteúdos programáticos, como subsídio à elaboração dos planos de ensino;

4 - carga horária mínima do curso e dos componentes curriculares;

§ 2º – Os planos de ensino são elaborados pelos professores responsáveis pelos

componentes curriculares, em consonância com o plano de curso, e constituem documentos

da escola e dos professores, devendo ser mantidos à disposição da direção e supervisão de

ensino.

TÍTULO II

DA GESTÃO DEMOCRÁTICA

PARTE II

DAS NORMAS DE GESTÃO E CONVIVÊNCIA

Artigo 31 – Fundamentando-se nos princípios de solidariedade, ética, respeito,

pluralidade cultural, autonomia e gestão democrática, as normas de gestão e convivência

orientam as relações profissionais e interpessoais que se manifestam no âmbito escolar.

Parágrafo único - As normas de gestão e convivência abrangerão o seguinte:

1) os princípios que regem as relações profissionais e interpessoais;

2) os direitos e deveres dos participantes do processo educativo;

3) as formas de acesso e utilização coletiva dos diferentes ambientes escolares;

4) a responsabilidade individual e coletiva na manutenção de equipamentos, materiais,

salas de aula e demais ambientes.

Capítulo I

Dos princípios que regem as relações profissionais e interpessoais

Artigo 32 – Alguns princípios que incidem nas relações do cotidiano escolar e

contribuem para a convivência democrática:

I – respeito à dignidade da pessoa humana;

II – desenvolvimento do sentimento de corresponsabilidade pelo destino da sociedade;

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Regimento Escolar Comum – 2009 12

III – comportamento transparente no convívio social;

IV – respeito aos direitos individuais, sociais e políticos;

V – convivência democrática (por meio de atividades que favoreçam o seu exercício).

VI - respeito à diversidade de classe social, educação, etnia, gênero e diversidade

cultural (contrapondo-se, assim, às desigualdades educacionais passíveis de manifestação);

VII – promover atitudes positivas, que desestimulem comportamentos

discriminatórios, em relação aos membros da comunidade escolar, sobretudo alunos oriundos

das camadas populares e/ou portadores de necessidades especiais,

VIII – conhecer o universo cultural dos alunos, evitando-se imposições de padrões

culturais distantes da realidade deles (sem que isto signifique excluí-los da oportunidade de

conhecer as normas cultas da sociedade onde estão inseridos);

IX – perceber a diversidade cultural como algo rico que não deve ser destruído por

meio da homogeneização (as diferenças culturais não são deficits a serem sanados);

X – buscar construção coletiva de resposta para os problemas da escola, sobretudo em

relação aos de maior gravidade.

XI – garantir que todos os membros da comunidade escolar saibam como a escola

funciona e interfiram na definição de seus rumos;

XII – responsabilidade no cumprimento de suas atribuições;

XIII – integração escola-comunidade;

XIV – aprimoramento da ação educativa por meio da melhoria profissional;

XV – ética nas relações entre os membros da escola e com a comunidade;

XVI – democracia, solidariedade, tolerância e respeito nas relações profissionais,

sociais e humanas entre os membros envolvidos na e com a comunidade escolar.

Capítulo II

Dos direitos e deveres dos participantes do processo educativo;

Seção I

Direitos dos participantes do processo educativo;

Artigo 33 – Além dos direitos decorrentes da legislação específica municipal, são

assegurados à direção, corpo docente e funcionários técnicos e administrativos:

I – o direito à realização humana e profissional;

II – o direito ao respeito e condições condignas de trabalho;

III – o direito de recorrer à autoridade superior.

Artigo 34 – As férias a que têm direito o pessoal não docente constará de escala a ser

organizada, anualmente, pelo diretor da escola, com a colaboração do Conselho de Escola, e

de acordo com as orientações dos órgãos competentes da PM-Bauru/SME.

Artigo 35 – De acordo com o artigo 49 da Lei nº 2.636, de 30/12/1985 (Estatuto do

Magistério Municipal), são direitos e vantagens dos integrantes da carreira de Magistério

Municipal, além dos comuns aos servidores municipais, os seguintes:

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Ensino Fundamental/Educação Especial 13

I - contar com um sistema permanente de assistência técnico-pedagógica que estimule

e contribua para melhorar o desempenho de suas atribuições profissionais;

II - ter ao seu alcance informações educacionais, fontes bibliográficas, material

didático e outros recursos e instrumentos para melhoria do desempenho funcional;

III - ter assegurada, sempre que possível, a oportunidade de frequentar cursos de

atualização e aperfeiçoamento profissional;

IV - apresentar e oferecer sugestões às atividades educacionais sobre deliberações que

afetam a vida, as atividades da unidade escolar, a eficiência e a eficácia do processo

educativo;

V - ter assegurada sua autonomia didático-pedagógica, observados o projeto

pedagógico, o plano de gestão, os planos de curso e de ensino e os programas educacionais.

Parágrafo único - Os professores, no exercício da docência, gozarão férias de acordo

com o calendário escolar, e os especialistas de educação terão, no mínimo, 30 dias anuais de

férias, de acordo com critérios fixados, anualmente, pela Secretaria Municipal da Educação.

Seção II

Deveres (e proibições) dos participantes do processo educativo

Artigo 36 – Os integrantes da direção, do corpo docente e demais funcionários

técnicos e administrativos da escola estão sujeitos aos deveres, às proibições, às

responsabilidades e às penalidades prescritas no regime jurídico dos servidores municipais

(ver Anexo II).

Artigo 37 – Além dos deveres comuns aos funcionários municipais, de acordo com o

artigo 47 do Estatuto do Magistério Municipal, cumpre aos integrantes da carreira do

magistério municipal, no desempenho de suas atividades:

I - incentivar a formação de atitudes e hábitos que conduzam ao desenvolvimento

pleno das potencialidades do educando, como elemento de sua auto-realização;

II - desenvolver e preservar nos educandos o sentido da cidadania;

III - preservar as finalidades da educação nacional, inspiradas nos princípios de

liberdade e nos ideais de solidariedade humana e contra todas as formas de discriminação

social, religiosa, política, filosófica ou de qualquer outra natureza;

IV - colaborar nas atividades para integração da família, escola e comunidade e dela

participar sempre que possível;

V - contribuir pela sua ação permanente para o contínuo aperfeiçoamento do ensino

municipal;

VI - constituir-se em exemplo permanente aos educandos pela sua conduta

profissional.

Artigo 38 - A direção, corpo docente e funcionários técnicos e administrativos da

escola, além do previsto em legislação, têm o dever de:

I – assumir integralmente as responsabilidades e deveres decorrentes de seus direitos e

de suas funções;

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Regimento Escolar Comum – 2009 14

II – cumprir seu horário de trabalho, de reuniões e períodos de permanência na escola;

III – manter com seus colegas espírito de colaboração e de amizade;

IV – cumprir as ordens superiores, representando quando forem manifestamente

ilegais;

V – desempenhar com zelo e presteza os trabalhos de que forem incumbidos;

VI - guardar sigilo sobre os assuntos da repartição e, especialmente, sobre despachos,

decisões ou providências;

VII – relatar aos superiores as irregularidades de que tiver conhecimento no exercício

de suas funções;

VIII – apresentar-se convenientemente trajado em serviço e, quando for o caso, com o

uniforme adotado pela escola.

IX – zelar pela economia do material do município e pela conservação do que for

confiado à sua guarda ou utilização;

X – estar em dia com as leis, regulamentos, instruções e ordens de serviço que digam

respeito às suas funções.

Artigo 39 – Incumbe aos integrantes do corpo docente:

I – conhecer e respeitar as leis;

II – por meio de seu desempenho profissional, preservar os princípios, os ideais e os

fins da educação básica;

III – comparecer no local de trabalho com assiduidade e pontualidade, executando

suas tarefas com eficiência, zelo e presteza;

IV – manter espírito de cooperação e solidariedade com a equipe escolar e a

comunidade em geral;

V – assegurar o desenvolvimento do senso crítico e da consciência política do

educando;

VI – respeitar o aluno como sujeito do processo educativo e comprometer-se com a

eficácia de seu aprendizado;

VII – participar do Conselho de Escola, do Conselho de Ano e Classe e da Comissão

de Normas e Convivência;

VIII – considerar os princípios psicopedagógicos, a realidade sócio-econômica da

clientela escolar e as diretrizes da política educacional na escola e na utilização de materiais,

procedimentos didáticos e instrumentos de avaliação do processo ensino-aprendizagem;

IX – zelar pela segurança individual e coletiva dos alunos nos diversos ambientes de

aprendizagem;

X – respeitar os alunos em suas potencialidades, capacidades e diferenças individuais;

XI – zelar pelo sigilo de informações dos alunos, bem como de seus familiares e da

escola;

XII – cumprir o calendário escolar, obedecendo as datas para entrega de documentos

de acordo com os prazos estabelecidos;

XIII – zelar pela conservação de equipamentos e materiais didático-pedagógicos;

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Ensino Fundamental/Educação Especial 15

Parágrafo único – Constitui falta grave do integrante do quadro do magistério

impedir que o aluno participe de atividades escolares em razão de qualquer carência material.

Artigo 40 – É vedado à direção, ao corpo docente e funcionários técnicos e

administrativos:

I – referir-se depreciativamente, em informação, parecer ou despacho, ou pela

imprensa, ou por qualquer meio de divulgação, às autoridades constituídas e aos atos da

administração, podendo, porém, em trabalho devidamente assinado, apreciá-los sob o aspecto

doutrinário e da organização e eficiência do serviço;

II – retirar, sem prévia permissão da autoridade competente, qualquer documento ou

objeto existente na repartição;

III – entreter-se, durante o trabalho, em palestras, leituras e outras atividades estranhas

ao serviço;

IV – deixar de comparecer ao serviço sem causa justificada;

V – tratar de interesses particulares na repartição;

VI – exercer comércio entre companheiros de serviço, promover ou subscrever listas

de donativos dentro da repartição;

VII – empregar material do serviço público em serviço particular;

VIII – trazer ou consumir bebidas alcoólicas ou demais substâncias tóxicas no local de

trabalho;

Artigo 41 – Ao diretor, assistente de direção, corpo docente e funcionários técnicos e

administrativos, incorrendo em desrespeito, negligência ou revelarem incompetência ou

incompatibilidade com a função que exercem, caberão as penas disciplinares previstas na

legislação específica em vigor.

Seção III

Dos direitos e deveres dos alunos e seus responsáveis

Artigo 42 – Os pais ou responsáveis, como participantes do processo educativo, têm

direito à informação sobre a vida escolar do aluno, bem como o direito de apresentar

sugestões e/ou críticas ao processo educativo, sobretudo nas reuniões de Pais e Mestres e nos

colegiados, e o dever de:

I – acompanhar a vida escolar dos seus filhos;

II – comparecer à escola quando solicitado pela direção;

III – solicitar permissão para saídas e entradas do aluno fora do horário normal das

atividades escolares, em especial, das aulas;

IV – incentivar o uso do uniforme escolar;

V – responsabilizar-se e ressarcir os prejuízos causados por seus filhos no prédio, nas

dependências, instalações, equipamentos, mobiliários e materiais da escola, mormente, se

menores de idade, bem como em relação a danos e prejuízos causados a terceiros, no

ambiente escolar e/ou seu entorno;

Artigo 43 – Os alunos, além do que estiver previsto na legislação, têm direito:

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Regimento Escolar Comum – 2009 16

I – à formação educacional adequada e em conformidade com o projeto pedagógico da

escola;

II – ao respeito à sua pessoa por parte de toda comunidade escolar;

III – à convivência sadia com os colegas;

IV – à comunicação harmoniosa com seus educadores;

V – à associação, podendo eleger representantes de classe e organizar-se em grêmio

representativo;

VI – de recorrer às instâncias escolares superiores.

Artigo 44 – Os alunos, além do que dispõe a legislação, têm o dever de:

I – participar conscientemente de sua própria educação, comparecendo a todas as

atividades educacionais;

II – integrar-se à comunidade escolar;

III – respeitar seus educadores, colegas, funcionários, assim como seus valores morais

e culturais;

IV – respeitar o espaço físico e bens materiais da escola colocados à sua disposição;

V – comparecer às atividades educativas portando o material escolar;

VI – trajar-se adequadamente em qualquer dependência da escola.

Artigo 45 – É vedado ao aluno:

I – faltar com respeito para com os colegas, professores, funcionários e direção;

II – participar ou incentivar rixas e brigas;

III – portar materiais estranhos às atividades escolares, que representem perigo à sua

integridade física/saúde e sua moral ou de outrem.

IV – fumar no ambiente escolar;

V – ingerir bebida alcoólica ou fazer uso de qualquer outra substância tóxica;

VI – perturbar o bom andamento das atividades escolares;

VII – retirar-se da escola sem prévia autorização;

VIII – participar de movimento de indisciplina;

IX – subtrair para si ou para outrem, material da escola, dos colegas, professores,

funcionários ou da direção;

X – comparecer na escola sem uniforme e/ou material escolar exigido, devendo a

escola fornecer tais materiais aos alunos comprovadamente carentes;

XI – danificar, no todo ou em parte, o prédio, mobiliário, material ou equipamento

escolar, de qualquer natureza;

XII – comportar-se de modo a desprestigiar a escola e a convivência democrática;

XIII – envolver-se em luta corporal, praticar atos turbulentos ou perigosos e participar

de algazarras nas dependências da escola;

XIV – usar linguagem imprópria, praticar atos indecorosos ou ter em seu poder

material considerado nocivo à saúde, à moral e aos bons costumes;

XV – portar e usar “jogos de azar”;

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Ensino Fundamental/Educação Especial 17

XVI – utilizar o telefone celular durante o horário das aulas e, fora delas, na forma

disciplinada pela direção da escola.

XVII – utilizar, além do celular, câmeras fotográficas, aparelhos eletrônicos

(walkman, gameboy e assemelhados) durante as aulas.

XVIII - promover jogos, rifas, campanhas, excursões, sem prévia autorização da

direção da escola.

Seção IV

Do regime disciplinar aplicável ao aluno

Artigo 46 – O aluno, não cumprindo seus deveres e obrigações e/ou incidir em faltas

disciplinares, poderá, depois de exercido o seu direito de ampla defesa, receber a aplicação de

penalidade, de acordo com a natureza e gravidade de sua conduta inadequada:

I – advertência verbal ou escrita;

II – repreensão;

III – suspensão das atividades escolares até o máximo de seis dias;

IV – transferência compulsória após o trâmite e conclusão do competente

procedimento administrativo;

Artigo 47 – As medidas disciplinares serão aplicadas respeitando-se o direito de:

I – ampla defesa;

II – assistência dos pais ou responsáveis, no caso de aluno com idade inferior a 18

(dezoito) anos;

II – continuidade dos estudos no mesmo ou em outro estabelecimento de ensino.

Artigo 48 – Para a operacionalização dos mecanismos adequados à aplicação do

regime disciplinar, deverão ser observados os seguintes procedimentos:

I – procedimentos preliminares:

a – para as ocorrências de desrespeito ao estabelecido nas normas disciplinares, o

aluno envolvido deverá passar por aconselhamento de natureza formativa, por meio de seu

professor representante de classe, que deverá registrar, em documento próprio, o fato e os

procedimentos adotados para a superação do problema.

b – nos casos de reincidência, haverá novo aconselhamento com a presença dos pais,

ou responsáveis, mediado pela direção da escola, com registro do fato e dos novos

procedimentos adotados.

II – procedimentos complementares:

a – no caso de persistência da conduta inadequada do aluno e/ou no caso da falta ser

de natureza grave, a ocorrência será encaminhada para a comissão de normas e convivência

que deverá analisar, registrar e quantificar a penalidade a ser aplicada;

b – quando a comissão de normas e convivência, cumpridos os procedimentos

formais, concluir que caberá, no caso analisado, a aplicação da transferência compulsória,

encaminhará o expediente ao Conselho de Escola, mediante relatório circunstanciado;

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Regimento Escolar Comum – 2009 18

c – o Conselho de Escola será convocado pela direção da escola, com antecedência

mínima de dois dias, para as seguintes providências:

1. analisar o relatório recebido, que deverá conter os depoimentos tomados a

termo, com as respectivas assinaturas dos depoentes, bem como a defesa dos pais do aluno

envolvido, ou seu responsável, com parecer conclusivo da comissão.

2. após garantir o direito de defesa do aluno, justificar a ratificação ou retificação

do parecer da comissão, decidindo por meio de votação individual;

3. lavrar ata da reunião em livro próprio, devidamente assinada pelos presentes,

contendo o ato deliberativo do Conselho, bem como a ciência inequívoca do aluno e seus

responsáveis.

Artigo 49 – Toda medida disciplinar será aplicada pelo diretor da escola e comunicada

aos pais ou responsáveis.

Seção V

Da comissão de normas e convivência

Artigo 50 – A comissão de normas e convivência é órgão de apoio técnico-

pedagógico responsável pela operacionalização e cumprimento das normas de convivência

destinadas ao corpo discente da escola.

Artigo 51 – A comissão de normas e convivência terá a seguinte composição:

I - diretor da escola, que será seu presidente nato;

II – assistente de direção;

III – um professor coordenador pedagógico, quando houver;

IV – um professor do Conselho de Escola, indicado por seus pares;

V – um pai de aluno do Conselho de Escola, indicado por seus pares;

VI – um aluno representante do Conselho de Escola, indicado por seus pares, que terá

direito a voz e, se maior, a voto.

Artigo 52 – São atribuições da comissão de normas e convivência:

I – analisar e julgar, no âmbito de sua competência, atos de indisciplina e infrações

atribuídas a alunos;

II – encaminhar para deliberação do Conselho de Escola os casos de falta grave que,

segundo entendimento da comissão, possa ensejar a aplicação da pena correspondente à

transferência compulsória ao aluno infrator;

III – decidir sobre a aplicação de penalidade, observando o disposto no artigo 47 e o

contido no inciso anterior;

IV – possibilitar o direito de ampla defesa ao aluno, em todas as etapas do processo

disciplinar;

V – analisar e decidir sobre os pedidos de justificação de falta dos alunos, para fins de

compensação de ausência;

Parágrafo único - A comissão de normas e convivência:

1) poderá delegar à direção da escola as atribuições previstas no inciso I deste artigo.

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Ensino Fundamental/Educação Especial 19

2) reunir-se-á sempre que necessário e mediante convocação da direção, tomando suas

decisões por maioria simples de voto.

3) será constituída anualmente por ocasião da eleição dos membros do Conselho de Escola.

Artigo 53 – A escola, representada pela direção, corpo docente, corpo técnico-

administrativo e funcionários, não poderá fazer solicitações que impeçam a frequência de

alunos às atividades escolares ou os sujeite à discriminação ou a constrangimento de qualquer

natureza.

Artigo 54 - Nos casos de grave descumprimento de normas a que estão sujeitos os

alunos, com parecer conclusivo da comissão de normas e convivência, será ouvido o

Conselho de Escola para aplicação de penalidade ou para encaminhamento às autoridades

competentes.

Seção VI

Do Estatuto da Criança e do Adolescente

Artigo 55 – O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) deverá ser focalizado nos

artigos que mais se relacionam à educação, à escola, aos profissionais da educação. Para

favorecer sua compreensão, a escola poderá desenvolver ações que tenham por objetivo:

I – a divulgação do ECA na comunidade escolar, visando à compreensão dos direitos

da criança e do adolescente;

II – instruir e orientar os professores e os estimular a contribuir para a garantia dos

direitos da criança e do adolescente;

III – a divulgação do ECA entre os pais e a comunidade externa, visando

especialmente à prevenção.

Parágrafo único – O Anexo III constitui um documento que contém os dispositivos

do ECA que mais se relacionam à educação e à escola, e com todas as pessoas que integram a

comunidade escolar, mas recomenda-se, também, que o ECA seja estudado e conhecido na íntegra.

Capítulo III

Formas de acesso e utilização coletiva dos diferentes ambientes escolares

Artigo 56 – As dependências das escolas municipais poderão ser cedidas para a

realização de eventos de caráter cultural, bem como para as práticas recreativas ou

desportivas, quando não estiverem previstas atividades escolares, conforme legislação e

regulamentação vigentes.

Capítulo IV

A responsabilidade individual e coletiva na manutenção de equipamentos, materiais,

salas de aula e demais ambientes.

Artigo 57 – Além das disposições legais, e das atribuições específicas em relação à

conservação e manutenção do prédio e demais materiais e equipamentos escolares, previstas

neste regimento, aos membros da comunidade escolar cabe colaborar na manutenção de

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Regimento Escolar Comum – 2009 20

equipamentos, materiais, salas de aula, laboratórios, oficinas e demais ambientes escolares,

específicos ou de uso comum; bem como na limpeza e conservação do ambiente escolar.

Parágrafo único - Cabe ao diretor da escola desenvolver ações educativas para a

melhor e contínua utilização, manutenção e conservação dos bens patrimoniais da escola,

estimulando a corresponsabilidade dos professores, dos funcionários, dos alunos e seus pais e

da comunidade, no que lhes disser respeito.

Capítulo V

Proibições específicas

Artigo 58 – Além de outras, a legislação estabelece diversas proibições que incidem

sobre as atividades educacionais e sobre os membros da comunidade escolar:

I – visando a proteção à saúde, é proibido, nas escolas, o consumo de cigarros,

cigarrilhas, charutos, cachimbos ou de qualquer outro produto fumígeno, derivado ou não do

tabaco (Lei Estadual nº 13.541, de 07/05/2009);

II – não é permitida “a utilização de animais em atividades educacionais” nas escolas

de ensino fundamental (essa utilização está restrita aos estabelecimentos de ensino superior e

nos de educação profissional técnica de nível médio da área biomédica, e conforme

procedimentos estabelecidos pela Lei Federal 11.794, de 08/10/2008).

III – durante o horário das aulas, os alunos ficam proibidos de utilizar telefone celular

e, fora delas, na forma disciplinada pela direção da escola(Decreto 52.625, de 15/01/2008).

IV – é proibida a propaganda de bebidas alcoólicas e fumo, por meio de outdoor de

qualquer tipo e tamanho, nas imediações de estabelecimentos de ensino públicos ou privados,

dentro do limite compreendido por um raio de 500m (quinhentos metros)(Lei nº 10.298/99,

art. 1º, in: SÃO PAULO (Estado) SE. Legislação de ensino fundamental e Médio. Estadual.

Unificação dos dispositivos legais e normativos. São Paulo: 2008, pg.289).

TÍTULO III

DO PROCESSO DE AVALIAÇÃO

Capítulo I

Dos princípios

Artigo 59 - A avaliação da escola, no que concerne à sua estrutura, organização,

funcionamento e impacto sobre a situação do ensino e da aprendizagem, constitui um dos

meios para reflexão e transformação da prática escolar, e terá como princípio o

aprimoramento da qualidade do ensino.

Artigo 60 - A avaliação interna, processo a ser organizado pela escola, e a avaliação

externa, pelos órgãos locais e do sistema de ensino, serão subsidiados por procedimentos de

observação e registros contínuos, e terão por objetivo permitir o acompanhamento:

I- sistemático e contínuo do processo de ensino e de aprendizagem, de acordo com os

objetivos e metas propostos no projeto pedagógico;

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Ensino Fundamental/Educação Especial 21

II- do desempenho da direção, dos professores, dos alunos e dos demais funcionários

nos diferentes momentos do processo educacional ;

III- da participação efetiva da comunidade escolar nas mais diversas atividades

propostas pela escola;

IV - da execução do plano de curso, dos planos de ensino e do planejamento

curricular.

Capítulo II

Da avaliação institucional

Artigo 61 - A avaliação institucional será realizada por meio de procedimentos

internos e externos, objetivando a análise, orientação e correção, quando for o caso, dos

procedimentos pedagógicos, administrativos e financeiros da escola.

§ 1º - Os objetivos e procedimentos da avaliação interna serão definidos pelo Conselho

de Escola.

§ 2º - A avaliação externa será realizada por órgãos próprios do sistema de ensino, em

momentos específicos.

§ 3º - A síntese dos resultados das diferentes avaliações institucionais será

consubstanciada em relatórios, a serem apreciados pelo Conselho de Escola e anexados ao

plano de gestão escolar, norteando os momentos de planejamento e replanejamento da escola.

Capítulo III

Da avaliação do ensino e da aprendizagem

Artigo 62 - O processo de avaliação do ensino e da aprendizagem será realizado por

meio de procedimentos externos e internos.

§ 1º - A avaliação externa do rendimento escolar, a ser implementada pela

administração, tem por objetivo oferecer indicadores comparativos de desempenho para a

tomada de decisões no âmbito da própria escola e nas diferentes esferas do sistema central e

local.

§ 2º - A avaliação interna do processo de ensino e de aprendizagem, responsabilidade

da escola, será realizada de forma contínua, cumulativa e sistemática, tendo como um de seus

objetivos o diagnóstico da situação de aprendizagem de cada aluno, em relação à

programação curricular prevista e desenvolvida para o curso.

§ 3º - A avaliação interna do processo de ensino e de aprendizagem tem por objetivos:

1 - diagnosticar e registrar os progressos do aluno e suas dificuldades;

2 - possibilitar que os alunos autoavaliem sua aprendizagem;

3 - orientar os alunos quanto aos esforços necessários para superar as dificuldades;

4 - fundamentar as decisões do Conselho de Escola quanto à necessidade de

procedimentos paralelos ou intensivos de reforço e recuperação da aprendizagem, de

classificação e reclassificação de alunos;

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Regimento Escolar Comum – 2009 22

5 - orientar as atividades de planejamento e replanejamento dos conteúdos

curriculares.

Artigo 63 – No final do ano letivo, o professor deverá emitir, simultaneamente, a nota

relativa ao último bimestre e a nota que expressará a sua avaliação final, ou seja, aquela que

melhor reflete o progresso alcançado pelo aluno ao longo do ano letivo, por componente

curricular, conforme escala numérica especificada no artigo 64.

Parágrafo único – Caberá ao Conselho de Ano e Classe emitir parecer sobre a

situação final do aluno, a qual deverá ser registrada na ata final do Conselho e no sistema de

cadastro de alunos da Secretaria Estadual da Educação.

Artigo 64 – Nas escolas municipais de ensino fundamental, o registro das sínteses

bimestrais e finais dos resultados da avaliação do aproveitamento do aluno em cada

componente curricular, exceto no 1º ano, será efetuado em escala numérica de notas em

números inteiros de 0 (zero) a 10 (dez).

§ 1º – O 1º ano ocorrerá em progressão continuada para o 2º ano, sendo que a

avaliação será realizada por meio de ficha avaliativa individual.

§ 2º - Os registros da avaliação dos 2ºs (segundos) e 3ºs anos do ensino fundamental se

restringirão aos componentes curriculares de Língua Portuguesa e Matemática, tendo em vista

o processo inicial de alfabetização.

§ 3º - Nos demais componentes curriculares, seus objetivos e conteúdos previstos nos

planos de ensino, deverão ser desenvolvidos paralelamente, e registrados nos diários de

classe.

§ 4º - Além das notas, o professor poderá emitir parecer em complementação ao

processo de avaliação.

Artigo 65 – Na avaliação do rendimento escolar deverão ser observados ainda:

I - os objetivos gerais de formação educacional da escola, do curso de ensino

fundamental e de cada um dos componentes curriculares.

II - a prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao

longo do período letivo sobre eventuais provas finais.

III - um dos instrumentos de avaliação deverá contemplar a forma escrita.

IV - as sínteses bimestrais e finais devem decorrer da avaliação do rendimento escolar

do aluno, realizada por diferentes instrumentos de avaliação e de forma continua e

sistemática, ao longo do bimestre e de todo ano letivo.

V - no calendário escolar deverão estar previstas reuniões bimestrais dos Conselhos de

Ano e Classe, formados pelos professores, alunos e pais para conhecimento, análise e reflexão

sobre os procedimentos de ensino adotados e os resultados de aprendizagem alcançados.

Artigo 66 – Os resultados da avaliação do rendimento escolar do aluno devem ser

registrados ininterruptamente durante todo ano letivo com vistas a:

I - explicitar o que o aluno aprendeu e o que ainda precisa aprender;

II - estabelecer providências para eliminar as dificuldades observadas, levando-se em

consideração os objetivos propostos;

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Ensino Fundamental/Educação Especial 23

III - identificar o desempenho do aluno em relação ao seu grupo.

Parágrafo único – A escola deverá assegurar que os resultados bimestrais e finais

sejam sistematicamente documentados, registrando-se nas atas bimestrais/finais as notas e a

frequência dos alunos, para viabilizar o preenchimento do boletim escolar que será entregue

aos respectivos alunos ou, quando menores, aos pais ou responsáveis.

TÍTULO IV

DA ORGANIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO ENSINO

Capítulo I

Da caracterização

Artigo 67 – A organização e desenvolvimento do ensino das escolas municipais de

ensino fundamental compreendem o conjunto de normas e regras, constantes deste regimento,

voltadas para a consecução das finalidades e objetivos estabelecidos no projeto pedagógico da

escola, abrangendo o curso de ensino fundamental e a educação especial.

Capítulo II

Do ensino fundamental e da educação especial

Artigo 68 – As escolas municipais ministram o ensino fundamental, obrigatório,

gratuito, com duração de 9 (nove) anos, para crianças a partir de 6 (seis) anos de idade, tendo

por objetivo a formação básica do cidadão, de acordo com os currículos constantes de seu

projeto pedagógico.

Artigo 69 – A educação especial destina-se aos alunos portadores de necessidades

especiais de aprendizagem, a ser ministrada de acordo com os princípios da educação

inclusiva e em turmas específicas, quando for o caso.

Artigo 70 – A instalação de novos cursos depende de autorização expedida pelo órgão

competente do sistema estadual de ensino.

Capítulo III

Do currículo do ensino fundamental

Artigo 71 – Fundamentado nas normas legais vigentes e no projeto pedagógico da

escola, o currículo do ensino fundamental deve ter uma base nacional comum,

complementada por uma parte diversificada, exigida pelas características regionais e locais da

sociedade, da cultura, da economia e da clientela.

§ 1º - Base comum e parte diversificada formam um todo no qual deve se dar uma

interação ativa entre todos os componentes curriculares do projeto pedagógico. Não há

oposição entre elas e o que a parte diversificada indica é uma diferença contextual específica.

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Regimento Escolar Comum – 2009 24

§ 2º - As escolas utilizarão a parte diversificada de suas propostas curriculares para

enriquecer e complementar a base nacional comum, propiciando, de maneira específica, a

introdução de projetos e atividades do interesse de suas comunidades.

§ 3º - Os conteúdos curriculares do ensino fundamental – este como etapa da educação

básica – observarão, ainda, as seguintes diretrizes:

1) - a difusão de valores fundamentais ao interesse social, aos direitos e deveres dos

cidadãos, de respeito ao bem comum e à ordem democrática;

2) - consideração das condições de escolaridade dos alunos em cada estabelecimento;

3) - orientação para o trabalho;

4) - promoção do desporto educacional e apoio às práticas desportivas não formais.

§ 4º - O currículo concretiza-se a partir do projeto pedagógico da escola, com os

componentes ou conteúdos programáticos indicados em uma matriz curricular por ela

elaborada ou, se for o caso, pela Secretaria Municipal da Educação.

§ 5º - As “disciplinas”, “conteúdos” ou “conteúdos programáticos” que integram o

currículo do ensino fundamental, no sistema de ensino do Estado de São Paulo, constituem os

“componentes curriculares” do currículo escolar, expressão esta adotada neste regimento.

Artigo 72 – De acordo com o Conselho Estadual de Educação, no ensino fundamental,

os componentes curriculares obrigatórios são (Delib CEE nº 77/08 e Indic CEE nº 77/08):

I – Língua Portuguesa;

II – Matemática;

III – Conhecimento do mundo físico e natural;

IV – Conhecimento da realidade social, especialmente a do Brasil;

V – Arte (O ensino da arte constituirá componente curricular obrigatório);

VI – Música (deverá ser conteúdo obrigatório, mas não exclusivo, do componente

curricular Arte; os sistemas de ensino terão 3 anos para adaptação – agosto de 2011);

VII – Educação Física, integrada ao projeto pedagógico da escola, é componente

curricular obrigatório; sendo sua prática facultativa ao aluno:

1. que cumpra jornada de trabalho igual ou superior a seis horas;

2. maior de trinta anos de idade;

3. que estiver prestando serviço militar inicial ou que, em situação similar, estiver

obrigado à prática da educação física;

4. amparado pelo Decreto-Lei nº 1.044, de 21/10/1969 (exercício domiciliares);

5. que tenha prole;

6. a estudante em estado de gravidez, a partir do oitavo mês de gestação, e

durante três meses, ficará assistida pelo regime de exercícios domiciliares

instituído pelo Decreto-Lei nº 1.044/69, nos termos da Lei nº 6.202, de

17/041975.

VIII – História do Brasil (levará em conta as contribuições das diferentes culturas e

etnias para a formação do povo brasileiro, especialmente das matrizes indígena, africana e

européia.)

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Ensino Fundamental/Educação Especial 25

IX – Língua Estrangeira Moderna (inclusão obrigatória a partir do 6º ano, na parte

diversificada do currículo – escolha a cargo da comunidade escolar, dentro das possibilidades

da escola);

X – (Refere-se à Língua Espanhola);

XI – História da África e dos Africanos.

XII – História da cultura e etnias, principalmente das matrizes indígena, africana e

européia (é estudo obrigatório, cujos conteúdos serão ministrados no âmbito de todo currículo

escolar, sobretudo nas áreas de educação artística e de literatura e de história brasileiras)

XIII – Educação Ambiental (será desenvolvida como uma prática educativa integrada,

contínua e permanente; não deve ser implantada como disciplina específica no currículo de

ensino);

XIV – (Refere-se ao ensino médio)

XV – Direito da criança e do adolescente (o currículo incluirá, obrigatoriamente,

conteúdo que trate dos direitos das crianças e dos adolescentes).

XVI – Conhecimento sobre o processo de envelhecimento (inserir conteúdos voltados

ao processo de envelhecimento, ao respeito e à valorização do idoso, de forma a eliminar o

preconceito e a produzir conhecimentos sobre a matéria);

XVII – e outros que venham a ser introduzidos por lei específica.

Artigo 73 – Os temas transversais, de forma integrada, devem estar presentes nos

currículos trabalhados pela escola, e no seu convívio social, priorizando e contextualizando,

conforme as realidades locais e regionais, as questões de Ética, da Pluralidade Cultural, do

Meio Ambiente, da Saúde, da Orientação Sexual, do Trabalho e do Consumo. Não devem

constituir disciplinas específicas.

Artigo 74 - De conformidade com o projeto pedagógico da escola, a partir do conjunto

de componentes ou conteúdos curriculares, que orientam as aprendizagens básicas e

obrigatórias no ensino fundamental, será organizada a matriz curricular.

§ 1º - Resolução da Secretaria Municipal de Educação regulamentará a elaboração,

aprovação, implementação, acompanhamento, avaliação e modificações na matriz curricular.

§ 2º - A matriz curricular estabelecida e, quando for o caso, modificada, deverá ser

encaminhada à Diretoria Regional de Ensino – Região de Bauru, para aprovação.

Artigo 75 – O ensino religioso, parte integrante do projeto pedagógico da escola, de

matrícula facultativa, constitui disciplina dos horários normais das escolas municipais de

ensino fundamental, de acordo com as normas do sistema estadual de ensino, assegurando-se

o respeito à diversidade cultural religiosa, vedadas quaisquer formas de proselitismo ou o

estabelecimento de qualquer primazia entre as diferentes doutrinas religiosas.

§ 1º – As exigências relativas à habilitação para ministrar as aulas devem estar de

acordo com as normas estabelecidas pelo Conselho Estadual de Educação.

§ 2º - O ensino religioso deve ser ministrado no mínimo em um dos anos finais do

ensino fundamental e sua carga horária será acrescida à carga mínima anual estabelecida pela

escola.

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Regimento Escolar Comum – 2009 26

§ 3º - Nos anos iniciais do ensino fundamental, os conteúdos de ensino religioso serão

ministrados pelos próprios professores responsáveis pelas classes.

§ 4º - Os conteúdos do ensino religioso devem estar de acordo com as diretrizes

estabelecidas pelo Conselho Estadual de Educação.

Artigo 76 - As escolas municipais de ensino fundamental disponibilizarão, ainda, às

instituições religiosas das mais diversas orientações, horário para oferta de ensino

confessional, de caráter facultativo para os alunos.

§ 1º - As atividades a serem desenvolvidas ficarão a cargo de representantes das

diferentes instituições, na forma de trabalho voluntário.

§ 2º - As exigências relativas à habilitação para ministrar as aulas devem estar de

acordo com as normas estabelecidas pelo Conselho Estadual de Educação.

§ 3º - A autorização para o uso de espaço do prédio escolar para o ensino religioso de

natureza confessional será feita sob responsabilidade da escola, a partir de programação

elaborada pela instituição interessada e aprovada pelo Conselho da Escola.

§ 4º - A matrícula facultativa dos alunos em turmas de ensino religioso confessional

somente será realizada com autorização expressa dos pais ou responsáveis, após

conhecimento do programa a ser oferecido aos interessados.

Capítulo IV

Da educação especial

Artigo 77 - A modalidade educação especial caracteriza-se por ser processo flexível,

dinâmico e individualizado, cujos serviços deverão ocorrer no espaço escolar regular,

envolvendo tanto professores especialistas, quanto professores do ensino regular., oferecido

principalmente nos níveis de ensino considerados obrigatórios.

Parágrafo único - As escolas de ensino fundamental organizar-se-ão de modo a

prever e prover em suas classes comuns, flexibilizações curriculares que considerem

metodologias de ensino diversificadas e recursos didáticos diferenciados para o

desenvolvimento de cada aluno, em consonância com o seu projeto pedagógico.

Artigo 78 – Os serviços de educação especial, de responsabilidade da Divisão de

Educação Especial da SME, serão ofertados de forma transitória ou permanente, mediante

programas flexíveis de apoio para o aluno que está integrado no sistema regular de ensino, ou

em escolas especializadas credenciadas, quando não estiverem sendo beneficiados pelos

procedimentos regulares de ensino, esgotadas as alternativas pedagógicas disponíveis no

ensino regular.

§ 1º - O atendimento pedagógico prestado pelos serviços dar-se-á por meio de estudos

de caso e elaboração de planos individualizados de ensino, da seguinte forma:

1) na rede regular de ensino:

a) em classe comum;

b) em salas de recursos;

c) itinerância.

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Ensino Fundamental/Educação Especial 27

2) em entidades conveniadas

a) classes especiais.

§ 2º - A organização administrativa dos serviços de educação especial dar-se-á em

pólos regionais, instalados nas EMEFs com espaço físico disponível para instalação da sala de

recursos, e conforme determinações ou orientações da SME/Divisão de Educação Especial.

Artigo 79 – No caso de alunos com significativa defasagem idade/série e severa

deficiência mental ou grave deficiência múltipla, que não puderem atingir os parâmetros

exigidos para a conclusão do ensino fundamental, as escolas poderão, com fundamento no

inciso II do artigo 59 da Lei 9.394/96, expedir declaração com terminalidade específica de

determinada ano, acompanhada de histórico escolar e da ficha de observação contendo, de

forma descritiva, as competências desenvolvidas pelo educando.

Parágrafo único - A terminalidade prevista no caput deste artigo somente poderá

ocorrer em casos plenamente justificados mediante relatório de avaliação pedagógica, com a

participação e a anuência da família, com parecer do Conselho de Ano e Classe aprovado pelo

Conselho de Escola e visado pelo Supervisor de Ensino, responsável pela unidade escolar e

pela educação especial, na Diretoria Regional de Ensino”.

Artigo 80 – A escolas deverão levar em conta:

I – O diretor da escola, na qual o aluno se encontra matriculado, após certificar-se de

que as alternativas pedagógicas comuns, no processo de promoção da aprendizagem, foram

esgotadas, fará o encaminhamento do aluno ao Serviço de educação especial, por meio dos

documentos próprios para esse fim.

II – que se aplicam aos alunos com necessidades educacionais especiais, os critérios

de avaliação previstos pelo projeto pedagógico e estabelecidos nestas normas regimentais,

acrescidos dos procedimentos e das formas alternativas de comunicação e adaptação dos

materiais didáticos e dos ambientes físicos disponibilizados aos alunos.

III - aplicam-se aos alunos da modalidade de educação especial as mesmas regras

previstas no regimento da escola para fins de classificação em qualquer ano ou etapa,

independente de escolarização anterior, mediante avaliação realizada pela escola.

IV - caberá aos Conselhos de Ano e Classe, ao final de cada ano letivo, aprovar

relatório circunstanciado de avaliação, elaborado por professor da área, contendo parecer

conclusivo sobre a situação escolar dos alunos atendidos pelos diferentes serviços de apoio

especializado, acompanhado das fichas de observação periódica e contínua, elaboradas pela

Divisão de Educação Especial da SME.

V – a estrutura, organização e funcionamento dos Serviços de educação especial com

vistas ao atendimento dos alunos portadores de necessidades educacionais especiais, previstos

na legislação e nas regulamentações normativas, são os disciplinados ou operacionalizados,

no que couber, pela Secretaria Municipal da Educação, por meio da Divisão de Educação

Especial.

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Regimento Escolar Comum – 2009 28

Capítulo V

Dos projetos especiais

Artigo 81 – As escolas desenvolverão, sempre que necessário e dentro de suas

possibilidades, projetos especiais decorrentes do projeto pedagógico, abrangendo:

I – atividades de reforço e recuperação da aprendizagem e orientação de estudos;

II – programas especiais de aceleração de estudos para alunos com defasagem de

idade/ano, quando houver demanda;

III – organização e utilização de salas-ambientes, de multimídia, de leitura e

laboratórios;

IV – grupos de estudo e pesquisa;

V – cultura e lazer;

VI – outros de interesse da comunidade;

§ 1º - As atividades de reforço, com caráter de enriquecimento da aprendizagem,

destinam-se a todos os alunos de um determinado ano ou classe.

§ 2º - As atividades de recuperação destinam-se, prioritariamente, aos alunos que

apresentam insuficiente rendimento escolar.

§ 3º - Os projetos especiais, integrados aos objetivos da escola, serão planejados,

desenvolvidos e avaliados pelos professores da escola e aprovados nos termos das normas

vigentes.

§ 4º - Anualmente, os projetos especiais serão incorporados, como anexos, ao plano de

gestão.

TÍTULO V

DA ORGANIZAÇÃO TÉCNICO-ADMINISTRATIVA

Capítulo I

Da Caracterização

Artigo 82 - A organização técnico-administrativa da escola abrange:

I - Direção;

II - Apoio Pedagógico e Educacional;

III - Apoio Administrativo;

IV - Apoio Operacional;

V - Corpo docente;

VI - Corpo Discente.

Parágrafo único - Os cargos e funções previstos para as escolas, bem como as

atribuições e competências, estão regulamentados em legislação específica.

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Ensino Fundamental/Educação Especial 29

Capítulo II

Da direção e suas atribuições

Artigo 83 - A direção da escola é o centro executivo do planejamento, organização,

coordenação, avaliação e integração de todas as atividades desenvolvidas no âmbito da

unidade escolar.

Parágrafo único - Integram a direção o diretor de escola e o assistente de direção.

Artigo 84 – A direção da escola, respeitadas as normas comuns e as do sistema de

ensino, exercerá suas funções tendo por objetivo alcançar que a escola realize o que lhe

incumbe de acordo com o artigo 12 da Lei nº 9.394/96:

I - elaborar e executar seu projeto pedagógico;

II - administrar seu pessoal e seus recursos materiais e financeiros;

III - assegurar o cumprimento dos dias letivos e horas-aula estabelecidas;

IV - velar pelo cumprimento do plano de trabalho de cada docente;

V - prover meios para a recuperação dos alunos de menor rendimento;

VI - articular-se com as famílias e a comunidade, criando processos de integração da

sociedade com a escola;

VII - informar pai e mãe, conviventes ou não com seus filhos, e, se for o caso, os

responsáveis legais, sobre a frequência e rendimento dos alunos, bem como sobre a execução

da proposta pedagógica da escola;

VIII – notificar ao Conselho Tutelar do Município, ao juiz competente da Comarca e

ao respectivo representante do Ministério Público a relação dos alunos que apresentem

quantidade de faltas acima de cinqüenta por cento do percentual permitido em lei.

Artigo 85 – A gestão democrática do ensino público, princípio constitucional inserido

e fortalecido pela Lei nº 9.394/96 (LDB), exige do diretor de escola, como gestor da escola

pública, o exercício de algumas atribuições, a saber:

I - socializar informações e conhecimentos na busca do diálogo permanente com a

comunidade intra e extraescolar;

II - estimular a participação dos colegiados e instituições escolares, promovendo o

envolvimento e a participação efetiva de todos como fator de desenvolvimento da autonomia

da escola.

III - compreender, valorizar e programar o trabalho coletivo, reconhecendo e

respeitando as diferenças pessoais e as contribuições de todos os participantes.

IV - utilizar recursos tecnológicos nas atividades de gestão escolar;

V - elaborar de forma participativa os planos de aplicação dos recursos físicos e

financeiros, vinculados à proposta pedagógica da escola;

VI - responsabilizar-se pela administração de pessoal, de recursos materiais e

financeiros e do patrimônio escolar, com transparência nos procedimentos administrativos,

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Regimento Escolar Comum – 2009 30

garantindo a legalidade, a publicidade e a autenticidade das ações e dos documentos

escolares;

VII - fortalecer o vínculo com a comunidade local, buscando estabelecer, com outras

instituições e lideranças comunitárias, parcerias que promovam o enriquecimento do trabalho

da escola e da comunidade em que ela se insere.

VIII - subsidiar os profissionais da escola, em especial os representantes dos

diferentes colegiados e instituições, em relação às normas vigentes;

IX - gestão compartilhada e integradora da atuação dos colegiados, da família e da

comunidade;

X – promover a integração com a comunidade, como fator de fortalecimento

institucional e de promoção da cidadania no entorno escolar;

XI – valorizar o trabalho coletivo como fator de aperfeiçoamento da prática docente e

da gestão escolar;

XII – considerar o processo de avaliação do desempenho escolar como instrumento de

acompanhamento do trabalho do professor e dos avanços da aprendizagem do aluno;

XIII - utilizar das tecnologias de informação e comunicação na gestão escolar;

XIV – fazer da formação continuada condição de construção permanente das

competências que qualificam a prática dos profissionais que atuam na escola;

XV – supervisionar os trabalhos da secretaria da escola.

Artigo 86 – O Estatuto do Magistério Municipal confere ao diretor de ensino

fundamental as seguintes atribuições gerais (art. 48, IV):

a) dirigir a unidade escolar, cumprindo e fazendo cumprir as leis, os regulamentos, o

calendário escolar, as determinações e as disposições do regimento da unidade escolar;

b) coordenar e integrar as equipes de docentes da unidade para a elaboração do Plano

Geral da escola (plano de gestão);

c) presidir o Conselho de Ensino da Unidade escolar (Conselho de Escola);

d estimular o funcionamento dos Conselhos de Classe (e de Ano);

e) criar condições para maior integração escola-comunidade;

f) presidir reuniões de pais e professores;

g) coordenar e controlar os serviços administrativos da escola, responsabilizando-se

pela respectiva documentação;

h) dar exercício ao pessoal ou representar à autoridade superior sobre qualquer

motivo impeditivo;

i) controlar o ponto do pessoal da unidade;

j) elaborar e atribuir, com a colaboração do Conselho de Ensino (Conselho de

Escola), o período, o horário e as classes aos professores, considerando o tempo de serviço e

os interesses do ensino;

l) elaborar e atribuir, com a colaboração do Conselho de Ensino (Conselho de

Escola), o período e o horário do pessoal técnico administrativo da unidade;

m) manter o arquivo de todos os atos oficiais e da legislação de interesse para a

unidade;

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Ensino Fundamental/Educação Especial 31

n) apresentar, ao final do exercício, ao diretor da Divisão de Ensino Fundamental o

Relatório Geral das Atividades Pedagógicas e Administrativas da Unidade;

o) colaborar e favorecer as atividades técnicas e pedagógicas dos Coordenadores de

Área;

p) exercer as demais atribuições que lhe forem diretamente conferidas pelo diretor do

Departamento Pedagógico (...) do ensino fundamental.

Artigo 87 – - Caberá à direção da escola:

I - adotar medidas que visem à conscientização dos alunos sobre a interferência do

telefone celular nas práticas educativas, prejudicando seu aprendizado e sua socialização;

II - disciplinar o uso do telefone celular fora do horário das aulas;

III - garantir que os alunos tenham conhecimento da proibição

Artigo 88 – O Estatuto do Magistério Municipal confere ao assistente de direção do

ensino fundamental as seguintes atribuições gerais (art. 48, V):

a) responder pela Direção da Unidade, em substituição ao diretor, em suas ausências

e impedimentos;

b) colaborar no acompanhamento, no controle e na execução do Plano Geral da

escola (projeto pedagógico e plano de gestão);

c) acompanhar, sob a orientação do diretor, as atividades de apoio administrativo e

técnico pedagógico da Unidade escolar;

d) controlar a execução da merenda escolar;

e) exercer as demais atribuições que lhe forem diretamente conferidas pelo

Regimento Interno (Regimento escolar).

Parágrafo único – Cabe-lhe, ainda, assessorar o diretor em todas as suas atribuições

e, nas substituições ou nos horários que lhes for confiado, assumir as atribuições do diretor.

Capítulo III

Do Apoio Administrativo

Artigo 89 – A secretaria da escola é o órgão administrativo encarregado da execução

dos trabalhos relativos à escrituração, expedição, tramitação, guarda e arquivamento de

documentos e correspondências da escola, referentes à vida escolar dos alunos e, no que

couber, à situação funcional dos servidores.

§ 1º - O secretário de escola é o responsável por planejar, coordenar e executar as

atividades da secretaria da escola, respondendo por suas atribuições de modo a assegurar o

mais perfeito e regular desenvolvimento dos trabalhos administrativos, dentro dos prazos

estabelecidos.

§ 2º - As principais atribuições do secretário de escola são:

I - participar, em conjunto com a equipe escolar, da formulação e implementação do

plano de gestão da escola;

II - contribuir para a integração escola-comunidade, atendendo, com atenção e

urbanidade, a todos que precisam da secretaria da escola;

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Regimento Escolar Comum – 2009 32

III - compreender a estrutura organizacional da Secretaria Municipal da Educação

bem como os diferentes níveis de competências e atribuições relativas aos cargos de chefia;

IV - elaborar a programação das atividades da secretaria, mantendo-a articulada com

as demais programações da escola;

V - assistir à direção da escola em serviços técnico-administrativos;

VI - organizar e manter atualizados a escrituração escolar, o arquivo, a coleção de leis

e regulamentos, os pareceres, as resoluções, as diretrizes e metas escola, as ordens de serviço,

as circulares e outros documentos;

VII - conhecer o regimento escolar, sobretudo para prestar informações e orientações

à comunidade escolar, além de divulgar as regras e normas que regem a escola;

VIII - elaborar e providenciar a divulgação de editais, comunicados e instruções

relativas às atividades escolares;

IX - registrar, controlar e instruir processos e protocolos sobre assuntos pertinentes à escola;

X - verificar a regularidade da documentação escolar referente aos alunos, corpo

docente e demais funcionários técnicos e administrativos da escola;

XI - assinar documentos da secretaria, de acordo com as normas vigente;

XII - incinerar documentos escolares, de acordo com a regulamentação específica;

XIII - utilizar o sistema de informação definido pela Secretaria Municipal da

Educação para registro da escrituração escolar;

XIV - compreender a importância da estatística nas atividades educacionais.

XV - registrar e controlar os bens patrimoniais da escola,

XVI - elaborar pedidos de material permanente e de consumo, para a secretaria e para a escola.

XVII - elaborar relatórios das atividades da secretaria e colaborar no preparo dos

relatórios anuais da escola;

XVIII - realizar serviço de apoio nas áreas de recursos humanos (freqüência/pontos, etc);

IXX - nos termos do artigo 117, fazer a análise preliminar dos documentos de

transferência recebida, para verificar a existência de possíveis discrepâncias entre os

currículos da escola de origem e de destino; em caso afirmativo, comunicar o fato ao diretor

da escola para as providências cabíveis.

§ 3º - Integram o apoio administrativo o secretário de escola e o auxiliar

administrativo, cabendo a este a responsabilidade de desenvolver atividades de rotina

administrativa e de apoio à secretaria da escola e, por extensão, no âmbito da organização

escolar, assim entendidas como suporte às ações da secretaria da escola, bem como o

atendimento à comunidade escolar.

Artigo 90 - A escrituração escolar é o registro sistemático dos fatos relativos à vida

escolar do aluno e da escola, de forma a assegurar, a qualquer tempo, a verificação da

identidade de cada aluno, da autenticidade de sua vida escolar, da regularidade de seus

estudos, bem como do funcionamento da instituição escola.

§ 1º – A escrituração escolar consta, dentre outros, de registros sobre: (1) abertura e

encerramento do ano ou semestre letivo; (2) ocorrências diárias; (3) aprovação, promoção; (4)

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Ensino Fundamental/Educação Especial 33

processos especiais de avaliação: classificação, reclassificação, aproveitamento de estudos,

adaptação; (5) resultados parciais e finais de avaliação, de recuperação, de reforço; (6)

frequência dos alunos; (7) dados funcionais dos servidores da escola; (8) visitas da supervisão

de ensino; (9) incineração de documentos; (10) decisões do Conselho de Ano e Classe e da

comissão de normas e convivência e (11) de outros atos e decisões praticados nas atividades

de que tratam os Títulos III (Do processo de avaliação), IV (Da organização e

desenvolvimento do ensino) e VI – (Da organização da vida escolar).

§ 2º - Para a escrituração escolar serão utilizados, dentro outros, e como exemplos, os

seguintes instrumentos, obedecida a regulamentação específica para cada caso: fichas, diários

de classe, históricos escolares, certificados, diplomas, relatórios, atas, requerimentos,

declarações, livros de registro, informatizados ou não.

Capítulo IV

Do apoio pedagógico e educacional

Artigo 91 – O apoio pedagógico e educacional terá por função subsidiar e dar apoio

técnico aos docentes e discentes, relativamente à elaboração, implementação,

desenvolvimento, acompanhamento e avaliação do projeto pedagógico;

Capítulo V

Do apoio operacional

Artigo 92 – O apoio operacional tem a seu encargo os serviços de vigilância, limpeza,

conservação, manutenção, preservação, controle, segurança e de alimentação, no âmbito

escolar interno e no seu entorno, sendo coordenado e supervisionado pela direção da escola.

Parágrafo único – Integram o apoio operacional o inspetor de alunos, o servente e a

merendeira.

Artigo 93 – São atribuições dos integrantes do apoio operacional:

I – Atribuições comuns aos integrantes do apoio operacional:

a) - zelar pela segurança individual e coletiva, orientando os alunos sobre as normas de

convivência da escola;

b) - atender adequadamente aos alunos portadores de necessidades educacionais

especiais, temporárias ou permanentes, que demandam apoio de locomoção, de higiene e de

alimentação;

c) - auxiliar na manutenção da disciplina geral;

d) - comunicar imediatamente à direção situações que evidenciem riscos à segurança

dos alunos;

e) encaminhar ao setor competente do estabelecimento de ensino os alunos que

necessitarem de orientação ou atendimento;

f) - cumprir integralmente seu horário de trabalho e as escalas previstas;

g) visando ao aprimoramento profissional, participar de eventos, cursos e reuniões

sempre que convocado, ou por iniciativa própria, desde que autorizado pela direção;

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Regimento Escolar Comum – 2009 34

h) - zelar pela preservação do ambiente físico, instalações, equipamentos e materiais

didático-pedagógicos;

i) participar da avaliação institucional, conforme orientações da Secretaria Municipal

da Educação;

j) zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e

famílias;

k) - manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com

alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;

l) - auxiliar nos serviços correlatos à sua função, participando das diversas atividades

escolares;

m) – como integrante da comunidade escolar, participar do processo educacional dos

alunos, favorecendo-lhes o desempenho escolar.

II – Atribuições dos inspetores de alunos:

a) - coordenar e orientar a movimentação dos alunos, desde o início até o término dos

períodos de atividades escolares;

b) percorrer as diversas dependências do estabelecimento, observando os alunos

quanto às necessidades de orientação e auxílio em situações especiais;

c) - observar a entrada e a saída dos alunos para prevenir acidentes e irregularidades;

d) - acompanhar as turmas de alunos em atividades escolares externas, quando se fizer

necessário;

e) auxiliar a direção, equipe pedagógica, docentes e secretaria na divulgação de

comunicados no âmbito escolar;

f) - auxiliar a equipe pedagógica no remanejamento, organização e instalação de

equipamentos e materiais didático-pedagógicos;

g) - atender e identificar visitantes, prestando informações e orientações quanto à

estrutura física e setores do estabelecimento de ensino;

III – Atribuições dos Serventes:

a) - proceder à abertura e fechamento do prédio escolar, no horário regulamentar

fixado pela direção da escola, na falta ou ausência de ocupante de zeladoria;

b) - manter sob sua guarda as chaves do prédio escolar e de todas as suas

dependências, na falta ou ausência de ocupante de zeladoria;

d) - utilizar o material de limpeza sem desperdícios e comunicar à direção, com

antecedência, a necessidade de reposição de produtos;

f) – auxiliar na vigilância da movimentação dos alunos em horários de recreio, de

início e de término dos períodos, mantendo a ordem e a segurança dos alunos;

k) - coletar lixo de todos os ambientes do estabelecimento de ensino, dando-lhes o

devido destino, conforme exigências sanitárias;

o) - executar pequenos reparos em instalações, imobiliário, utensílios e similares;

p) - prestar serviços de mensageiro.

q – zelar pela higiene e organização das dependências do estabelecimento de ensino.

IV – Atribuições da Merendeira

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Ensino Fundamental/Educação Especial 35

a) - zelar pelo ambiente da cozinha e por suas instalações e utensílios, cumprindo as

normas estabelecidas na legislação sanitária em vigor;

b) - selecionar e preparar a merenda escolar balanceada, observando padrões de

qualidade nutricional;

c) - servir a merenda escolar, observando os cuidados básicos de higiene e segurança;

d) - informar ao diretor da escola da necessidade de reposição de estoque da merenda ;

e) - conservar o local de preparação, manuseio e armazenamento da merenda escolar,

conforme legislação sanitária em vigor;

f) - zelar pela organização e limpeza do refeitório, da cozinha e do depósito da

merenda escolar;

g) - receber, armazenar e prestar contas de todo material adquirido para a cozinha e

para a merenda escolar;

j) - auxiliar nos demais serviços correlatos à sua função, sempre que se fizer

necessário;

k) - respeitar as normas de segurança ao manusear fogões, aparelhos de preparação ou

manipulação de gêneros alimentícios e de refrigeração;

Capítulo VI

Do Corpo Docente

Artigo 94 – De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, os

professores da escola, todos integrantes do corpo docente, incumbir-se-ão de:

I - participar da elaboração do projeto pedagógico do estabelecimento de ensino;

II - elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo o projeto pedagógico do

estabelecimento de ensino;

III - zelar pela aprendizagem dos alunos;

IV - estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor rendimento;

V - ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos, além de participar

integralmente dos períodos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento

profissional;

VI - colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias e a

comunidade.

Artigo 95 – O Estatuto do Magistério Municipal em seu artigo 48 confere aos

ocupantes de cargos e funções docentes as seguintes atribuições gerais:

I - participar dos organismos de caráter didático e administrativo da escola;

II – participar da elaboração do Plano Geral da escola (Plano de gestão);

III – elaborar planos didáticos para o ano em que atua;

IV – manter constantes contatos com a família dos educandos e com a comunidade;

V – integrar-se com as atividades específicas dos coordenadores de área;

VI – promover a criação e colaborar no funcionamento de instituições

complementares de ensino;

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Regimento Escolar Comum – 2009 36

Artigo 96 – Além do atendimento ao aluno, e das incumbências comuns ao corpo

docente, o professor de educação especial tem as seguintes atribuições específicas:

I - elaborar plano de trabalho que contemple as especificidades da demanda existente

na unidade e/ou na região, atendidas as novas diretrizes da educação especial;

II - integrar os conselhos de classes/Ano e participar das atividades coletivas

programadas pela escola;

III - orientar a equipe escolar quanto aos procedimentos e estratégias de inclusão dos

alunos nas classes comuns;

IV - oferecer apoio técnico pedagógico aos professores das classes comuns;

V - fornecer orientações e prestar atendimento aos responsáveis pelos alunos bem

como à comunidade.

Artigo 97 – Além da permanência na sala de aula, a carreira docente compreende, nos

termos dos artigos 2º e 9º, § 3º, do Decreto 6.692/1993, de 27/08/1993, o desempenho de

atividades escolares extraclasse necessárias para:

I - sua complementação pedagógica;

II - assistência didática ao escolar;

III - atendimento aos pais ou responsáveis pelos alunos e

IV - quando propostas pela Secretaria da Educação, participar de suas atividades.

§ 1º - A carga horária das atividades escolares extraclasse, distribuídas pelos dias

letivos da semana, observadas as disposições do artigo 2º citado no caput deste artigo, serão

planejadas e programadas pelo docente no início de cada mês, e submetidas à consideração do

diretor da escola, para homologação.

§ 2º - Concluído o ano letivo, os docentes responsáveis pelas atividades apresentarão

relatório anual das atividades desenvolvidas, para conhecimento e manifestação do Conselho

de Escola, bem como para subsidiar o projeto pedagógico e o plano de gestão da escola.

Capítulo VII

Do corpo discente

Artigo 98 – Integram o corpo discente todos os alunos da escola, a quem se garantirá

o livre acesso às informações necessárias a sua educação, ao seu desenvolvimento como

pessoa, ao seu preparo para o exercício da cidadania e a sua qualificação para o mercado de

trabalho.

TÍTULO VI

DA ORGANIZAÇÃO DA VIDA ESCOLAR

Capítulo I

Da caracterização

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Ensino Fundamental/Educação Especial 37

Artigo 99 – A organização da vida escolar abrange um conjunto de normas que visam

garantir ao aluno sua permanência e progressão nos estudos, bem como a regularidade de sua

vida escolar, comportando, no mínimo, os seguintes aspectos:

I – formas de ingresso, classificação e reclassificação;

II – freqüência e ausências;

III – promoção e recuperação;

IV – expedição de documentos da vida escolar.

Capítulo II

Das formas de ingresso, classificação e reclassificação

Artigo 100 – A matrícula do aluno será efetuada pelos pais ou responsável, ou pelo

próprio aluno, se tiver 18 anos completos, observadas as normas e diretrizes para atendimento

da demanda escolar e os critérios de classificação ou reclassificação.

Artigo 101 – A classificação ocorrerá:

I – por promoção, ao final de ano do ensino fundamental;

II – por transferência, para candidatos de outras escolas do país ou de país estrangeiro;

III – mediante avaliação feita pela escola para alunos sem comprovação de estudos

anteriores, observado o critério de idade e outras exigências específicas do curso;

.IV – para alunos da própria escola, com base no rendimento escolar e na frequência,

resultando, ao final de cada ano letivo, em promoção ou retenção.

Parágrafo único – No caso do inciso II, o aluno recebido por transferência poderá ser

submetido a estudos de adaptação, nos termos do que consta nos artigos 115 a 118.

Artigo 102 – A reclassificação do aluno em ano mais avançado, tendo como

referência a correspondência idade/ano e a avaliação de competências nas matérias da base

nacional comum do currículo, sempre em consonância com o projeto pedagógico da escola,

ocorrerá a partir de:

I – proposta apresentada pelo professor ou professores do aluno, com base nos

resultados da avaliação diagnóstica;

II – solicitação do próprio aluno, dos seus pais ou de seu responsável, mediante

requerimento dirigido ao diretor da escola;

Artigo 103 – São procedimentos de reclassificação:

I – provas sobre componentes curriculares da base nacional comum;

II – redação de Língua Portuguesa;

III – parecer do Conselho de Ano ou Classe sobre o grau de desenvolvimento e

maturidade do candidato para cursar o ano pretendido;

IV – parecer conclusivo do diretor.

Artigo 104 – A reclassificação deverá ocorrer, para aluno da própria escola, até o final

do primeiro bimestre letivo e, para os recebidos por transferência, ou oriundos de país

estrangeiro, em qualquer época do ano letivo.

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Regimento Escolar Comum – 2009 38

Artigo 105 – Excepcionalmente, no final do ano letivo, o aluno com freqüência menor

que 75% da carga horária anual, mas com desempenho satisfatório em todos os componentes

curriculares, poderá ser promovido por reclassificação, desde que essa decisão conste,

expressamente, em parecer do Conselho de Ano e Classe, emitido após análise e estudo do

caso e registrado em ata do Conselho.

Artigo 106 – O aluno poderá ser reclassificado em série mais avançada, com

defasagem de conhecimento ou lacuna curricular de séries anteriores, suprindo-se a

defasagem por meio de adaptação de estudos.

Artigo 107 – Cabe ao Conselho de Ano e Classe, sempre que necessário à melhoria da

qualidade do ensino, sugerir procedimentos para a resolução de problemas evidenciados no

processo de aprendizagem dos alunos, sobretudo em relação aos que apresentam dificuldades,

apresentando-os à direção da escola, para providenciar o que couber.

Capítulo III

Da frequência e das ausências

Seção I – Da frequência

Artigo 108 – O controle de frequência será efetuado sobre o total de horas letivas,

exigida a freqüência mínima de 75% (setenta e cinco por cento) para promoção.

§ 1º - A escola fará o controle sistemático da freqüência dos alunos às atividades

escolares, por meio dos registros feitos pelos professores nos diários de classe e/ou por outro

procedimento apropriado. A apuração final, em cada período, é de responsabilidade da

secretaria da escola.

§ 2º - O controle da freqüência sobre cada componente curricular servirá apenas para

controle mensal e das atividades de compensação de ausências.

§ 3º - O registro da freqüência do aluno do 1º ao 5º ano do ensino fundamental será

expresso em dias, exceto nos componentes curriculares Educação Física e Arte.

§ 4º - não há abono de faltas.

Seção II – Das ausências

Artigo 109 – A compensação de ausências dos alunos às atividades letivas poderá

ocorrer por meio de “exercícios domiciliares” ou de “atividades na própria escola”.

I - por meio de “exercícios domiciliares”, com orientação e acompanhamento dos

professores da escola, como forma de compensação da ausência do aluno às aulas, que

apresentarem impedimento de frequência, conforme as seguintes condições, previstas na

legislação:

1) tratamento excepcional a alunos portadores de afecções (doenças) (Decreto-Lei

1044/69); e

2) às alunas em estado de gravidez (Lei 6.202/75).

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Ensino Fundamental/Educação Especial 39

§ 1º - O plano de “exercícios domiciliares” deverá prever, a critério do professor, um

cronograma das principais atividades a serem cumpridas pelo aluno, equivalente àquelas que

regularmente seriam desenvolvidas no período de aulas correspondente.

§ 2º - Os alunos amparados pelo Decreto-Lei 1.044/69 que realizarem e tiverem

aprovados os “exercícios domiciliares” programados, terão, no respectivo período, as

ausências compensadas.

§ 3º - A Secretaria da Educação regulamentará o “tratamento excepcional” por meio

de “exercícios domiciliares”.

II – por meio de “atividades na própria escola”, destinadas aos alunos com freqüência

irregular às aulas (Parecer CEE nº 67/98, aprovado em 18/03/1998, e artigo 77 das NRB).

§ 1º - Neste caso, a escola, bimestralmente, adotará as medidas necessárias para que os

alunos possam compensar ausências que ultrapassem o limite de 20% (vinte por cento) do

total de aulas ao longo de cada mês letivo.

§ 2º - A compensação de ausências terá como critérios:

1) as ausências deverão ser comunicadas à escola pelos pais ou responsável, de

imediato, para as providências cabíveis;

2 as atividades serão oferecidas aos alunos que tiverem suas faltas justificadas, de

acordo com o que dispõe o Artigo 26, inciso VII, deste regimento;

3) deverá ser requerida pelos pais ou responsável, ou pelo próprio aluno, quando maior

de idade, no primeiro dia em que este retornar à escola;

4) ocorrerá em período diverso, com orientação dos professores das disciplinas ou de

ano e da comissão de normas e convivência.

§ 3º - Tais atividades de compensação de ausências, programadas, orientadas e

registradas pelo professor das disciplinas ou da classe, têm por finalidade sanar dificuldades

de aprendizagem provocadas por freqüência irregular às aulas.

§ 4º - As atividades constarão de plano específico para cada aluno, elaborada pelo(s)

professor(res) responsável(eis).

§ 5º - O total das aulas compensadas será lançado, com a especificação dos dias, nos

diários de classe e demais controles internos da escola.

§ 6º - A compensação das ausências não exime a escola de adotar as medidas previstas

no Estatuto da Criança e do Adolescente, e nem a família e o próprio aluno, de justificar suas

faltas.

Capítulo IV

Da recuperação e da promoção

Artigo 110 – Todos os alunos terão direito a estudos de recuperação em todos os

componentes curriculares em que o aproveitamento for considerado insatisfatório.

§ 1º - As atividades de reforço e recuperação serão realizadas de forma contínua e

paralela, ao longo do período letivo.

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Regimento Escolar Comum – 2009 40

§ 2º - A recuperação paralela dar-se-á fora do horário regular das aulas, com

elaboração de projeto especial pelo professor da classe, assinalando as dificuldades

individuais dos integrantes da classe.

§ 3º - Concluídas as atividades de recuperação paralela, o professor atribuirá nota

relativa ao componente curricular objeto da recuperação.

Artigo 111 – Será considerado promovido, no final do ano, o aluno que obtiver

desempenho escolar satisfatório, representado pela nota igual ou superior a 5 (cinco), na

escala de 0 (zero) a 10 (dez), em todos os componentes curriculares, e frequência mínima de

75% sobre o total da carga horária do ano letivo.

§ 1º - O aluno com rendimento insatisfatório em até 2 (dois) componentes curriculares,

será promovido para o ano subseqüente, devendo cursar, concomitantemente, estes

componentes curriculares.

§ 2º - Havendo incompatibilidade de horários, será estabelecido plano especial de

estudos, elaborado, preferencialmente, por professor do componente curricular respectivo,

analisado e aprovado pelo Conselho de Ano ou Classe, registrando-se tudo em relatório que

integrará o prontuário do aluno.

§ 3º - O aluno com rendimento insatisfatório em mais de 2 (dois) componentes

curriculares, será retido no respectivo ano, ficando dispensado de cursar os componentes

curriculares concluídos com êxito no período letivo anterior.

§ 4º - Nos casos dos parágrafos anteriores, a apuração da freqüência mínima, para fins

de promoção nos componentes curriculares, será calculada proporcionalmente.

§ 5º - Ao final do curso, havendo componente curricular em pendência, o aluno será

matriculado no 9º ano, para cursar somente tais componentes e o certificado de conclusão do

curso será expedido após a sua conclusão.

Artigo 112 – O parecer para a promoção ou permanência na série, em cada

componente curricular, será expresso pelo professor correspondente, em forma de uma quinta

nota para o ensino fundamental e submetido à homologação do respectivo Conselho de Ano e

Classe.

Capítulo V

Da transferência, adaptação e aproveitamento de estudos

Seção I

Da transferência

Artigo 113 – As transferências de alunos recebidas obedecerão, no que couber, às

normas da legislação vigente e do disposto neste regimento.

§ 1º – As disposições deste artigo aplicam-se aos alunos provenientes da educação de

jovens e adultos e de outras formas de ensino compatíveis com o ensino fundamental regular.

§ 2º - As transferências serão aceitas durante o período letivo, condicionadas à

existência de vagas.

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Ensino Fundamental/Educação Especial 41

Artigo 114 – Quando houver motivos, comprovados ou devidamente fundamentados,

que justifiquem a impossibilidade de apresentação de documentação de estudos anteriores, a

transferência poderá ser aceita, classificando-se o aluno nos termos do artigo 101.

Seção II

Da adaptação

Artigo 115 – O aluno recebido por transferência será submetido a processo de

adaptação quando houver discrepância entre o currículo das séries (ou anos) anteriores do

mesmo nível de ensino, já cursadas pelo aluno na escola de origem, e o previsto para as

mesmas séries (ou anos) na escola de destino.

Parágrafo único – Poderá a escola dispensar o processo de adaptação quando

constarem no currículo do aluno transferido, mediante parecer fundamentado de comissão

designada pelo diretor, casos de componentes curriculares, da parte diversificada,

equivalentes em valor formativo.

Artigo 116 – Cabe ao Secretário da escola fazer a análise preliminar dos documentos

da transferência recebida, para verificar a existência de possíveis discrepâncias entre os

currículos da escola de origem e de destino; em caso afirmativo, comunicará o fato ao diretor

da escola para as providências cabíveis.

§ 1º – O diretor designará comissão composta por três professores, dando preferência

aos docentes do componente curricular objeto de análise e, um outro, correspondente ao

Coordenador de Área, se a escola contar com esse profissional, para emitirem parecer

conclusivo sobre o caso em exame.

§ 2º – A adaptação de qualquer componente curricular será realizada por meio de

estudos orientados por um docente designado pelo diretor da escola, para essa finalidade, que

elaborará o plano de estudos a ser cumprido pelo aluno recebido por transferência.

§ 3º - O plano de adaptação deverá conter no mínimo os seguintes itens:

1) professor responsável pela elaboração e acompanhamento do plano de adaptação;

2) componente curricular objeto de adaptação e ano letivo;

3) forma de organização do projeto com prazos e explicitação de como se dará o

acompanhamento do aluno;

4) objetivos a serem alcançados;

5) conteúdos a serem desenvolvidos;

6) formas de avaliação.

§ 4º - Os resultados obtidos no processo de adaptação constarão nos registros da escola

e serão arquivados no prontuário do aluno.

Artigo 117 - A escola manterá à disposição da supervisão de ensino, para fins de

aprovação, e até o final do 1º bimestre letivo, os planos de adaptação elaborados para cada um

dos alunos recebidos por transferência sujeitos ao referido processo.

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Regimento Escolar Comum – 2009 42

Artigo 118 – Quando a transferência ocorrer durante o período letivo e do currículo da

escola de origem não constarem componentes curriculares previstos para o ano na escola de

destino, deverão ser tomadas as seguintes providências:

I – o professor do componente curricular faltante cuidará para que o aluno recupere

imediatamente a programação deficitária;

II – a síntese final do aproveitamento será em função dos resultados obtidos no

período realmente cursado na escola de destino;

III – o cômputo da frequência será feito sobre o total de aulas ministradas na escola de

destino, a partir da data da matrícula.

Seção III

Do aproveitamento de estudos concluídos com êxito

Artigo 119 – A Aproveitamento de estudos é o reconhecimento de equivalência de

componente curricular do currículo da escola atual com componente curricular já estudado

anteriormente pelo aluno, concluído com êxito em escola funcionando regularmente, com

conteúdo, carga horária e duração equivalentes.

§ 1º - O Conselho de Ano ou Classe, recebido o pedido devidamente instruído pela

secretaria e encaminhado pelo diretor da escola, após analisar a solicitação, e entrevistar o

aluno, emitirá parecer fundamentado e conclusivo, propondo o deferimento ou indeferimento

da pretensão.

§ 2º - A secretaria da escola procederá ao registro do aproveitamento concedido nos

documentos relativos ao aluno interessado.

Capítulo VI

Da expedição de documentos da vida escolar

Artigo 120 – Cabe à escola expedir históricos escolares, declarações de conclusão de

ano ou certificado de conclusão de curso, com especificações que assegurem a clareza, a

regularidade e a autenticidade da vida escolar dos alunos, em conformidade com a legislação

vigente.

TÍTULO VII

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Artigo 121 – As escolas de ensino fundamental manterão a disposição dos pais e

alunos, cópias do projeto pedagógico e do regimento escolar.

Parágrafo único – No ato da matrícula, as escolas deverão dar ciência do seu projeto

pedagógico e do seu regimento escolar, sobretudo na parte referente às normas de gestão e

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Ensino Fundamental/Educação Especial 43

convivência, sistemática de avaliação, reforço e recuperação aos alunos e/ou seus pais ou

responsáveis.

Artigo 122 – Incorporam-se a este regimento escolar as determinações supervenientes

oriundas de disposições legais ou de normas editadas pelos órgãos competentes do sistema

estadual de ensino.

Artigo 123 – A Lei Federal nº 9.394/96 (LDB) atribui às instituições educacionais a

competência para elaborar o seu regimento escolar (art. 88, § 1º) e o seu projeto (ou proposta)

educacional (art. 12, incisos I e VII), como expressão efetiva de sua autonomia pedagógica,

administrativa e de gestão, respeitadas as normas e diretrizes do respectivo sistema.

§ 1º - Nos termos do caput deste artigo, as escolas podem ter regimento próprio, de

forma a atender suas especificidades, necessidades e possibilidades concretas, desde que

respeitadas as normas legais vigentes e as limitações que, por razões de ordem administrativa

e financeira, possam existir.

§ 2º No exercício dessa competência, merece atenção especial o tema normas de

gestão e convivência, a serem elaboradas com a participação representativa dos envolvidos no

processo educativo: pais, alunos, docentes, funcionários técnicos e administrativos e

representantes da comunidade.

§ 3º - O presente regimento escolar comum aplica-se às escolas Municipais de ensino

fundamental já autorizadas, e em funcionamento, visando suprir o regimento próprio referido

no caput do artigo.

Artigo 124 – Os assuntos não previstos neste regimento escolar serão conhecidos,

analisados e resolvidos pela autoridade competente.

DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS

Artigo 125 - De acordo com a Deliberação CEE nº 73/2008, de 02/04/2008, aprovada,

homologada e publicada no DOE de 08/04/2008, p. 19 e 21, no Estado de São Paulo, na

implementação do ensino fundamental de 9 anos, os alunos oriundos de outras escolas, que

ainda não aderiram à referida organização, serão classificados de acordo com o seguinte

quadro de correspondência, inserida na referida Deliberação, como anexo.

Ensino

fundamental de 8

anos

ensino

fundamental de 9

anos

Idade Referência

Completada até

30 de Junho

PRÉ-ESCOLA 1ª fase 1ª fase 4 anos

2ª fase 2ª fase 5 anos

PRÉ-ESCOLA / EF 3ª fase 1º Ano 6 anos

ANOS INICIAIS

1ª série 2º Ano 7 anos

2ª série 3º Ano 8 anos

3ª série 4º Ano 9 anos

4ª série 5º Ano 10 anos

ANOS FINAIS 5ª série 6º Ano 11 anos

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Regimento Escolar Comum – 2009 44

6ª série 7º Ano 12 anos

7ª série 8º Ano 13 anos

8ª série 9º Ano 14 anos

Parágrafo único – De acordo com esse quadro de equivalência, o ensino fundamental

pode ser designado “anos iniciais” quando se referir aos 5 primeiros anos (do 1º ao 5º ano) e

“anos finais”, quando destacar os 4 (quatro) últimos anos (do 6º ao 9º ano).

Artigo 126 - O ensino fundamental, de 9 anos de duração, foi implantado na rede de

escolas municipais no ano letivo de 2009, nos termos da legislação e regulamentação

vigentes, com ajustes e adaptações, em relação ao até então vigente ensino fundamental de 8

anos.

§ 1º - Os alunos matriculados em 2008 no ensino fundamental nas 1ª, 2ª, 3ª, 4ª, 5ª, 6ª e

7ª série, foram, em 2009, classificados, respectivamente, nos 3º, 4º, 5º, 6º, 7º, 8º e 9º ano.

§ 2º - Os alunos matriculados, em 2008, na última etapa da educação infantil, estarão

automaticamente classificados no 2º ano do ensino fundamental em 2009.

§ 3º - Aos alunos matriculados do 2º ao 4º ano do ensino fundamental, em 2008, será

garantido o cumprimento do plano curricular anteriormente proposto, respectivamente, da 1ª a

3ª série do ensino fundamental.

§ 4º - Os alunos do 2º ao 9º ano do ensino fundamental, em 2009, será garantido o

cumprimento do plano curricular anteriormente proposto, respectivamente da 1ª a 8ª série do

ensino fundamental.

Artigo 127 - Este regimento escolar, após aprovado, entrará em vigor na data de sua

publicação, retroagindo seus efeitos ao início do ano letivo de 2009, em substituição ao

aprovado anteriormente pela Portaria do Dirigente Regional de Ensino – Região de Bauru, de

17 de janeiro de 2003, publicada no DOE de 21 de janeiro de 2003, p. 20 (Processo nº

1187/0038/2002-DRE-Bauru).

Bauru, 16 de setembro de 2009

MARIA JOSÉ MAJÔ JANDREICE

Secretária Municipal da Educação

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Ensino Fundamental/Educação Especial 45

ANEXOS AO REGIMENTO ESCOLAR

Anexo I – (artigo 1º - § 2º) 46

Escolas de ensino fundamental autorizadas e em funcionamento

Anexo II – (artigo 36) 50

Lei nº 3.781, de 21/10/1994 - Dispõe sobre o direito de petição e

sobre o regime disciplinar do servidor público municipal de Bauru.

Anexo III – (artigo 55) 56

Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 - Dispõe sobre o Estatuto da

Criança e do Adolescente e dá outras providências.

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Regimento Escolar Comum – 2009 46

ANEXO I

Artigo 1º - § 2º

Escolas de Ensino Fundamental

Autorizadas e em funcionamento

01 - EMEF CÔNEGO ANÍBAL DIFRÂNCIA

Rua Manoel Figueiredo Quadra 1 - Parque São Geraldo – CEP 17021-310, telefone:

3237-2475. e-mail: [email protected]

Autorização da Escola: deu-se conforme Deliberação do Conselho Estadual de

Educação, na Sessão Plenária realizada em 31/07/1985, e com fundamento no

Parecer nº 1113/1985, da Câmara do Ensino de 1º Grau, tudo pub. no DOE de

07/08/1985, p. 16 (Processo CEE nº 1414/80)

02 – EMEF ETELVINO RODRIGUES MADUREIRA

Rua Severino Dantas de Souza, nº 5-15, Jardim Flórida / Araruna, CEP. 17025-161 -

telefone: 3277-1422. e-mail: [email protected]

Autorização da Escola: Diretoria de Ensino – Região de Bauru. Portaria do

Dirigente Regional de Ensino de 11/02/2005, pub. no DOE, I, de 12/02/2005, p.

23, com o Curso de Ensino Fundamental (Processo nº 1231/0038/2005).

03 - EMEF IVAN ENGLER DE ALMEIDA

Av. Maria Ranieri, 4-30 - Parque dos Sábias, CEP. 17055-175 - telefone: 3236-1884

e-mail: [email protected] .

Autorização da Escola: Deu-se conforme Deliberação do Conselho Estadual de

Educação, na Sessão Plenária realizada em 31/07/1985, e com fundamento no

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Ensino Fundamental/Educação Especial 47

Parecer nº 1113/1985, da Câmara do Ensino de 1º Grau, tudo pub. no DOE de

07/08/1985, p. 16 (Processo CEE nº 1414/80)

04 - EMEF JOSÉ FRANCISCO JUNIOR – ZÉ DO SKINÃO

Rua: João Borges, nº 2-30, Jardim Progresso, CEP. 17064-200 - telefone 3232-6835.

e-mail: [email protected]

Autorização da Escola: Diretoria de Ensino – Região de Bauru – Portaria do

Dirigente Regional de Ensino de 26/03/2008, pub. no DOE, I, de 27/03/2008, p.

23, com o Curso de Ensino Fundamental – séries iniciais - 1ª a 4ª série (Processos

0281 e 0282/0038/2008 e 1187/0038/2002), com a denominação de “EMEF do

Jardim Progresso”.

Por meio da Portaria do Dirigente Regional de Ensino de 12/12/2008, publicada

no D.O.de 13/12/2008, foi aprovada a mudança da denominação da escola para

EMEF José Francisco Júnior – Zé do Skinão, denominação de acordo com o

Decreto Municipal nº 1.292/2008.

05 - EMEF LOURDES DE OLIVEIRA COLNAGHI

Rua Engº João Batista Pacheco Fantin nº 3-20 - Núcleo José Regino – CEP 17032-

780, Telefone: 3203-7624e-mail: [email protected]

Autorização da Escola: Diretoria de Ensino – Região de Bauru. Portaria do

Dirigente Regional de Ensino publicada no DOE, I, de 21/02/1998, com o Curso

de Ensino Fundamental (Processos nº 090/1998-DE Bauru)

06 - EMEF MARIA CHAPARRO COSTA

Al. Urano, 5-38 – Parque Santa Edwirges – CEP 17067-330, telefone: 3238-4448.

e-mail: [email protected]

Autorização da Escola: Diretoria de Ensino – Região de Bauru. Portaria do

Dirigente Regional de Ensino de 14/01/2002, pub. no DOE, I, de 15/01/2002, p.

20, com o Curso de Ensino Fundamental (Processos nº 0410/0038/2001)

07 - EMEF “NACILDA DE CAMPOS”

Rua Joaquim Marciano, 5-39 – Vila Garcia/Jardim. TV – CEP 17021-860, telefone:

3239-3462. e-mail: [email protected]

Autorização da Escola: Portaria do Dirigente Regional de Ensino – Região de

Bauru, de 14/01/2002, publicada no DOE de 15/01/2002, com o Curso de Ensino

Fundamental, e denominação “EMEF Profª Dirce Boemer Guedes de Azevedo.

De acordo com a Portaria do Dirigente Regional de Ensino – Região de Bauru, de

26/04/2002, publicada no DOE de 27/04/2002, foi retificada a denominação da

Escola para “EMEF Nacilda de Campos”. Esta denominação teve origem pelo

Decreto Legislativo nº 757, de 12/12/2000, publicada no DOM de 16/12/2000.

08 - EMEF PROF. GERALDO ARONE

Rua João Prudente Sobrinho, nº 9-5 – Núcleo Fortunato Rocha Lima – CEP 17066-

753, telefone: 3238-3499. e-mail: [email protected]

Autorização da Escola: Diretoria de Ensino – Região de Bauru. Portaria do

Dirigente Regional de Ensino de 26/06/2000, pub. no DOE, I, de 27/06/2000, p.

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Regimento Escolar Comum – 2009 48

23, com o Curso de Ensino Fundamental (Processo nº 0604/0038/2000, anexo

Processo nº 0605/0038/2000).

09 – EMEF PROF. JOSÉ ROMÃO

Rua Pedro de Castro Pereira, 8-20 – NR Nova Bauru – CEP 17022-700, telefone:

3237-3446. e-mail: [email protected]

Autorização da Escola: Diretoria de Ensino – Região de Bauru. Portaria do

Dirigente Regional de Ensino de 14/01/2002, pub. no DOE, I, de 15/01/2002, p.

20, com o Curso de Ensino Fundamental (Processos nºs 0409/01)

10 – EMEF PROF. WALDOMIRO FANTINI

Rua Primo Pegoraro, quadra 2-45 Santa Cândida / Leão XIII, CEP. 17057-666 -

telefone: 3238-9967. e-mail: [email protected]

Autorização da Escola: Diretoria de Ensino – Região de Bauru. Portaria do

Dirigente Regional de Ensino de 11/02/2005, pub. no DOE, I, de 12/02/2005, p.

23, com o Curso de Ensino Fundamental (Processo nº 1231/0038/2005).

11 – EMEF PROFª ALZIRA CARDOSO

Rua Orozimbo Florêncio Figueiredo, 4-45 – Jardim Chapadão – CEP 17027-040,

telefone: 3239-6980; e-mail: [email protected]

Autorização da Escola: Diretoria de Ensino – Região de Bauru. Portaria do

Dirigente Regional de Ensino de 16/12/1998, pub. no DOE, I, de 17/12/1998, p.

14, c/ Curso Fundamental – Ciclo I (1ª a 4ª série) (Proc. nº 1619/98 – D.E. Bauru)

12 – EMEF PROFª CLAUDETE DA SILVA VECCHI

Rua: Roque Urias Baptista, nº 4-20 - Parque Viaduto, CEP. 17055-110 - telefone

3218-5794. e-mail: [email protected]

Autorização da Escola “Parque Viaduto”: Diretoria de Ensino – Região de Bauru –

Portaria do Dirigente Regional de Ensino de 26/03/2008, pub. no DOE, I, de

27/03/2008, p. 23, com o Curso de Ensino Fundamental – séries iniciais - 1ª a 4ª

série (Processos 0281 e 0282/0038/2008 e 1187/0038/2002). A denominação da

escola “EMEF Profª Claudete da Silva Vechi” foi dada pelo Decreto Legislativo nº

1.284, de 12/08/2008, DOM de 16/08/2008, pg. 16.

13 - EMEF PROFª DIRCE BOEMER GUEDES DE AZEVEDO

Rua Antonio Dezembro, quadra 5-15 Tangarás / Ferradura Mirim, CEP. 17031-654

telefone: 3281-9271. e-mail: [email protected]

Autorização da Escola: Diretoria de Ensino – Região de Bauru. Portaria do

Dirigente Regional de Ensino de 11/02/2005, pub. no DOE, I, de 12/02/2005, p.

23, com o Curso de Ensino Fundamental (Processo nº 1231/0038/2005).

14 - EMEF “SANTA MARIA”

Rua Presidente Kennedy nº 19-97 - Vila Cardia – CEP 17013-221, telefone: 3227-

7419/3016-2068. e-mail: [email protected]

Autorização da Escola: Parecer CEE/CEPG nº 291-82, de 03/03/1982, aprovado na

1026ª Sessão Plenária do CEE, publicado no DOE de 06/03/1982, p. 10, que

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Ensino Fundamental/Educação Especial 49

deliberou pela autorização e funcionamento da Escola Municipal de 1º Grau

“Santa Maria” e de classes a ela vinculadas.

Reconhecimento da Escola pela Portaria de Reconhecimento do Conselho Estadual

de Educação (CEE) nº 8/86, de 29/05/1986, publicada no DOE, Seção I, de

31/05/1986, p. 13, bem como de seu ensino de 1º grau, atual ensino fundamental.

A Portaria de reconhecimento foi precedida e instruída pelo Parecer CEE nº

626/86, da Câmara do Ensino de 1º Grau, aprovado em 21/05/1986 e pub. no

DOE, Seção I, de 28/05/1986, p. 9 (Processo nº 4979/85-DRE-B – Intº: PMBru)

15 - EMEF THEREZA TARZIA – IRMÃ ROSAMARIA TARZIA

Rua Antonio Montebusnolli, 6-32 – Núcleo Nobuji Nagasawa – CEP 17026-847,

Telefone: 3237-4616. e-mail: [email protected]

Autorização da Escola: Diretoria de Ensino – Região de Bauru. Portaria do

Dirigente Regional de Ensino de 14/01/2002, pub. no DOE, I, de 15/01/2002, p.

20, com o Curso de Ensino Fundamental (Processos nº 0354/0038/2001)

16 - NÚCLEO DE ENSINO RENOVADO - “LYDIA ALEXANDRINA NAVA CURY”.

Rua Anthero Donnini, nº 1-125 - Núcleo Hab. Presidente Geisel. – CEP 17033-660,

telefone: 3203-3769. e-mail: [email protected]

Autorização da Escola: foi criada pelo Decreto Municipal nº 5.835/90, de

17/04/1990 e autorizada a funcionar, como escola experimental, nos termos do

Parecer CEE nº 1.292/92, aprovado em 04/11/1992 e pub. no DOE de 07/12/1992.

Escola experimental fundamentada nos artigos 104 da Lei nº 4.024/61 e 64 da Lei

nº 5.692/71, com os Cursos: educação pré-escolar e atual ensino fundamental. O

Parecer CEE nº 266/97 (DOE de 05/06/1997) encerrou a experiência pedagógica

em andamento.

Diante do pedido de reconsideração, de iniciativa da direção do Núcleo de Ensino

Renovado, de junho de 1997, o CEE manifestou-se por meio do Parecer nº

455/1997, de 22/10/1997, dizendo que o Núcleo de Ensino Renovado “pode, em

1997”, “funcionar nos moldes em que foi autorizado pelo Parecer CEE 1.292/92”

e que a Escola “tem autonomia, segundo seu projeto pedagógico, de desenvolver a

proposta educacional que mais se adapte às necessidades de sua clientela”.

(Processo CEE 622/1991 - 2 volumes (Ap. Processo 268/96 – 2 volumes – P. M.

Bauru)

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Regimento Escolar Comum – 2009 50

Elaborado por Djalma Pacheco de Carvalho

Bauru, agosto de 2009

ANEXO II

Artigo 36

LEI Nº 3781, DE 21, DE OUTUBRO DE 1994 Dispõe sobre o Direito de Petição e sobre o Regime Disciplinar do Servidor Público

Municipal de Bauru.

TÍTULO I

Do Direito de Petição

Artigo 1º - É assegurado ao servidor o direito de requerer aos Poderes Públicos, em

defesa de direito ou de interesse.

Artigo 2º - O requerimento deverá ser dirigido à autoridade competente para decidi-lo

e encaminhado por intermédio daquela a que estiver imediatamente subordinado o requerente.

Artigo 3º - Cabe pedido de reconsideração à autoridade que houver expedido o ato ou

proferido a primeira decisão.

Parágrafo único - O pedido de reconsideração não pode ser renovado.

Artigo 4º - O requerimento e o pedido de reconsideração, de que tratam os artigos

anteriores, deverão ser despachados no prazo de 5 (cinco) dias e decididos dentro de 60

(sessenta) dias.

Artigo 5º - Caberá recurso do indeferimento do pedido de reconsideração.

§ 1º - O recurso será sempre dirigido ao Prefeito Municipal.

§ 2º - O recurso deverá ser encaminhado por intermédio da autoridade a que estiver

imediatamente subordinado o requerente.

Artigo 6º - O prazo para interposição de pedido de reconsideração ou de recurso é de

15 (quinze) dias, a contar da publicação ou da ciência, pelo interessado, da decisão recorrida.

Artigo 7º - O pedido de reconsideração e o recurso não têm efeito suspensivo.

§ 1º - Excepcionalmente, o recurso poderá ser recebido com efeito suspensivo.

§ 2º - Em caso de provimento de pedido de reconsideração ou do recurso , os efeitos

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Ensino Fundamental/Educação Especial 51

da decisão retroagirão à data do ato impugnado.

Artigo 8º - O direito de requerer, na esfera administrativa, prescreve:

I - em 5 (cinco) anos, quanto aos atos de demissão ou que afetem interesse patrimonial

e créditos resultantes das relações de trabalho;

II - em 120 (cento e vinte) dias, nos demais casos, salvo quando outro prazo for

fixado em lei.

Parágrafo único - O prazo de prescrição será contado da data da publicação do ato

impugnado ou da data da ciência pelo interessado, quando o ato não for publicado.

Artigo 9º - O pedido de reconsideração e o recurso, quando cabíveis, interrompem o

curso da prescrição.

Artigo 10 - A prescrição é de ordem pública, não podendo ser relevada pela

administração.

Artigo 11 – Para o exercício do direito de petição, é assegurada vista do processo ou

documento, na repartição, ao servidor ou a procurador por ele constituído.

Artigo 12 - A administração deverá rever seus atos, a qualquer tempo, quando eivados de

ilegalidade.

Artigo 13 - São fatais e improrrogáveis os prazos estabelecidos neste Título, salvo

motivo de força maior.

TÍTULO II

Do Regime Disciplinar

CAPÍTULO I

Dos Deveres

Artigo 14 - São deveres do servidor:

I - exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo;

II - ser leal às instituições a que servir;

III - observar as normas legais e regulamentares;

IV - cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestadamente ilegais:

V - atender com presteza:

a) ao público em geral, prestando as informações requeridas, ressalvadas as

protegidas por sigilo;

b) à expedição de certidões requeridas para defesa de direito ou esclarecimento

de situações de interesse pessoal;

c) às requisições para a defesa da Fazenda Municipal e de autoridades

administrativas e judiciárias;

VI - levar ao conhecimento da autoridade superior as irregularidades de que tiver

ciência em razão do cargo;

VII - zelar pela economia do material e a conservação do patrimônio público;

VIII - guardar sigilo sobre assunto da repartição;

IX - manter conduta compatível com a moralidade administrativa;

X - ser assíduo e pontual ao serviço;

XI - tratar com urbanidade as pessoas;

XII - residir no município;

XIII - providenciar para que esteja sempre em ordem no assentamento individual a

sua declaração de família;

XIV - apresentar-se convenientemente trajado em serviço ou com uniforme

determinado, quando for o caso;

XV - cooperar e manter espírito de solidariedade com os companheiros de trabalho;

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Regimento Escolar Comum – 2009 52

XVI - estar em dia com as leis, regulamentos, regimentos, instruções e ordens de

serviço que digam respeito as suas funções;

XVII - proceder na vida pública e privada na forma que dignifique a função pública.

XVIII- não deixar de punir o subordinado faltoso, quando competente para aplicação

da penalidade;

XIX- falar a verdade, não omitir a verdade, não distorcer a verdade, ou não fazer

afirmação falsa, como testemunha, em sindicância ou processo administrativo;

XX - representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder.

Parágrafo único - A representação de que trata o inciso XX será encaminhada pela via

hierárquica e apreciada pela autoridade superior àquela contra a qual é formulada.

CAPÍTULO II

Das Proibições

Artigo 15 - Ao servidor é proibido:

I - apresentar-se embriagado ao serviço ou ali embriagar-se;

II - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do chefe

imediato;

III - retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer documento ou

objeto da repartição;

IV - recusar fé a documentos públicos;

V - opor resistência injustificada ao andamento de documento e processo ou

execução de serviço;

VI - referir-se, depreciativamente, em informação, parecer ou despacho, ou pela

imprensa, ou qualquer meio de divulgação, as autoridades constituídas e aos

atos da Administração, podendo , porém, em trabalho devidamente assinado,

apreciá-lo sob o aspecto doutrinário e da organização e eficiência do serviço;

VII - promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição;

VIII - Entreter-se, durante as horas de trabalho, em conversas, leituras ou outras

atividades estranhas ao serviço.

IX - deixar de comparecer ao serviço sem causa justificada;

X - tratar de interesses particulares na repartição;

XI - exercer ato de comércio entre os companheiros de serviço, promover ou

subscrever listas de donativos dentro da repartição, salvo caso de moléstia ou

outro estado de necessidade;

XII - cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, o

desempenho de atribuição que seja de sua responsabilidade ou de seu

subordinado;

XIII - coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a associação

profissional ou sindical, ou a partido político;

XIV - manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge,

companheiro ou parente até o segundo grau civil;

XV - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da

dignidade da função pública;

XVI - atuar, como procurador ou intermediário, junto a qualquer repartição pública,

salvo quando se tratar de interesse de parentes até o segundo grau ou de

cônjuge ou companheiro;

XVII - fazer contratos de natureza comercial e industrial com o Município, por si ou

como representantes de outrem;

XVIII- participar de gerência ou administração de empresas bancárias ou industriais

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Ensino Fundamental/Educação Especial 53

ou de sociedades comerciais que mantenham relações de natureza econômica,

financeira ou administrativa com o Município, sejam por este subvencionados ou esteja diretamente relacionadas com a finalidade da repartição em que esteja

lotado;

XIX - requerer ou promover a concessão de privilégios, garantias de juros ou outros

favores semelhantes, federais, estaduais ou municipais, exceto privilégio de

invenção própria;

XX - exercer, mesmo fora das horas de trabalho, emprego ou função em empresas,

estabelecimentos ou instituições que tenham relações com o Município em

matéria que se relacione com a finalidade da repartição ou serviço em que

esteja lotado;

XXI - praticar atos de sabotagem contra o serviço público;

XXII- receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie, em

razão de suas atribuições;

XXIII- aceitar comissão, emprego ou pensão de Estado estrangeiro;

XXIV- proceder de forma desidiosa;

XXV -utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou atividades

particulares;

XXVI- cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa, exceto em

situações de emergência e transitórias;

XXVII- exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o exercício do

cargo ou função e com o horário de trabalho.

CAPÍTULO III

Da Acumulação (Artigos 16 a 18)

CAPÍTULO IV

(Das Responsabilidades)

Artigo 19 - O servidor responde civil, penal e administrativamente pelo exercício

irregular de suas atribuições.

Artigo 20 - A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou

culposo do servidor, que resulte em prejuízo à Fazenda Municipal ou a terceiros.

§ 1º - Nos casos de indenização à Fazenda Municipal, o servidor será obrigado a

repor, de uma só vez, a importância do prejuízo causado em virtude de alcance, desfalque,

remissão ou omissão em efetuar recolhimento ou entrada nos prazos legais.

§ 2º - Fora dos casos do parágrafo anterior, a importância da indenização poderá ser

liquidada em parcelas mensais não excedentes à décima parte da remuneração líquida, em

valores atualizados.

§ 3º - Tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o servidor perante a

Fazenda Municipal, em ação regressiva.

§ 4º - A obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores e contra eles será

executada, até o limite do valor da herança recebida.

Artigo 21 - A responsabilidade penal resulta das infrações penais praticadas pelo

servidor, nessa qualidade.

Artigo 22 - A responsabilidade civil-administrativa resulta de ato omissivo ou

comissivo praticado no desempenho do cargo ou função.

Parágrafo Único - Caracteriza-se especialmente a responsabilidade:

I. pela sonegação de valores e objetos confiados à sua guarda ou responsabilidade,

ou por não prestar contas, ou por não as tomar na forma e nos prazos estabelecidos

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Regimento Escolar Comum – 2009 54

em lei, regulamento, instrução ou ordem de serviço;

II. pelas faltas, danos, avarias ou quaisquer outros prejuízos que sofrerem os bens e os

materiais sob sua guarda ou sujeitos a seu exame ou fiscalização;

III. pela falta ou inexatidão das necessárias averbações nas notas de despacho, ou

guias e outros documentos de receita, ou que tenham com eles relação;

IV. por qualquer erro de cálculo ou redução contra a Fazenda Municipal.

Artigo 23 - O funcionário que adquirir materiais em desacordo com disposições legais

e regulamentares, será responsabilizado pelo respectivo custo, podendo se proceder ao

desconto em seu vencimento ou remuneração, sem prejuízo da responsabilidade disciplinar.

Artigo 24 - As sanções penais, civis e administrativas poderão cumular-se, sendo

independentes entre si.

Artigo 25 - A responsabilidade administrativa do servidor será afastada no caso de

absolvição criminal que negue a existência do fato ou sua autoria.

CAPÍTULO V

Das Penalidades

Artigo 26 - São penalidades disciplinares:

I - advertência;

II - suspensão;

III - multa;

IV - demissão;

V - destituição de cargo em comissão;

VI - destituição de função comissionada.

Artigo 27 - Na aplicação das penalidades serão consideradas a natureza e a gravidade

da infração cometida, os danos que dela provierem para o serviço público, as circunstâncias

agravantes ou atenuantes e os antecedentes funcionais.

Artigo 28 - A advertência será aplicada por escrito, nos casos de violação de

proibição constante do artigo 15, incisos I a XIV, no caso de inciso IV, do parágrafo único do

artigo 22, e no de inobservância de dever funcional previsto em lei, regulamento ou norma

interna, que não justifique imposição de penalidade mais grave.

Artigo 29 - A suspensão, que não poderá exceder de 90 (noventa) dias será aplicada:

a) em caso de reincidência das faltas punidas com advertência;

b) em caso de violação das demais proibições que não tipifiquem infração sujeita a

penalidade de demissão; § 1º - Também será punido com suspensão de até 15 (quinze) dias o servidor que,

injustificadamente, recusar-se a ser submetido a inspeção médica determinada pela autoridade

competente, cessando os efeitos da penalidade uma vez cumprida a determinação.

§ 2º - Quando houver conveniência para o serviço, a penalidade de suspensão poderá

ser convertida em multa, na base de 50% (cinqüenta por cento) por dia de vencimento ou

remuneração, ficando o servidor obrigado a permanecer em serviço.

Artigo 30 - A demissão será aplicada nos seguintes casos:

I - crime contra a Administração Pública ou a Fé Pública;

II - abandono do cargo;

III - ineficiência no serviço;

IV - inassiduidade habitual;

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Ensino Fundamental/Educação Especial 55

V - improbidade administrativa;

VI - incontinência pública e conduta escandalosa, na repartição, e prática constante de

jogos de azar;

VII -insubordinação grave em serviço;

VIII ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo em legítima defesa

própria ou de outrem;

IX - aplicação irregular de dinheiros públicos,;

X - revelação de segredo do qual teve conhecimento em razão do cargo;

XI- lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio municipal;

XII -corrupção;

XIII acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas;

XIV transgressão dos incisos XV a XXV do artigo 15

Artigo 31 - A destituição de cargo em comissão exercido por não ocupante de cargo

efetivo será aplicada nos casos de infração sujeita às penalidades de suspensão e de demissão.

Artigo 32 - A demissão, ou a destituição de cargo em comissão, por infringência do

artigo 15, incisos XV e XVI, incompatibiliza o ex servidor para nova investidura em cargo

público municipal, pelo prazo de 5 (cinco) anos.

Parágrafo Único - Não poderá retornar ao serviço público municipal o servidor que for

demitido ou destituído do cargo em comissão, por infringência do artigo 30, incisos I, V, IX,

XI, e XII

Artigo 33 - Configura abandono de cargo a ausência intencional do servidor ao

serviço por mais de 30 (trinta) dias consecutivos.

Artigo 34 - A pena de demissão por ineficiência no servidor só será aplicada quando

verificada a impossibilidade de readaptação.

Artigo 35 - Entende-se por inassiduidade habitual a falta ao serviço, sem causa justificada, por 45 (quarenta e cinco), interpoladamente, durante o período de 12 (doze) meses.

Artigo 36 - O ato de imposição da penalidade mencionará sempre o fundamento legal

e a causa da sanção disciplinar.

Artigo 37 - Para aplicação das penalidades disciplinares previstas no artigo 26, são

competentes:

I. o Prefeito Municipal;

II. as autoridades administrativas diretamente subordinadas ao Prefeito Municipal

e os Secretários Municipais, até a de suspensão;

III. os Diretores de Departamento, até a de suspensão, limitada a 30 (trinta) dias;

IV. os Diretores de Divisão, até a de suspensão, limitada a 15 (quinze) dias;

V. os Chefes de Seção e Encarregados, até a de suspensão, limitada a 8 (oito) dias.

Artigo 38 - A prescrição da pretensão de punibilidade ocorrerá:

I. em 5 (cinco) anos, quanto às infrações puníveis com demissão, e destituição de

cargo em comissão;

II. em 2 (dois) anos, quanto as infrações puníveis com suspensão;

III. em 6 (seis) meses, quanto as infrações puníveis com advertência.

§ 1º - A infração disciplinar, também definida como crime prescreverá juntamente

com a pretensão punitiva deste.

§ 2º - A prescrição começa a ocorrer:

a) do dia em que a infração disciplinar foi cometida;

b) do dia em que tenha cessado a continuação ou permanência, nas infrações

disciplinares continuadas ou permanentes.

§ 3º - Interrompe-se o prazo da prescrição pela expedição da portaria instauradora do

processo disciplinar.

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Regimento Escolar Comum – 2009 56

Artigo 39 - As decisões referentes à imposição de pena disciplinar constarão do

prontuário do infrator, com menção dos fatos que lhe deram causa.

Parágrafo Único - Decorridos 5 (cinco) anos da imposição da sanção disciplinar, sem

cometimento de nova infração, não mais poderá ela ser considerada em prejuízo do infrator,

inclusive para efeito de reincidência.

Artigo 40 - As súmulas das decisões referentes a imposição de penalidade disciplinar

serão publicadas no Diário Oficial do Município.

Parágrafo Único - Também as súmulas das decisões absolutórias serão publicadas no

Diário Oficial do Município

TÍTULO III

Do Processo Administrativo Disciplinar

Artigo 115 - Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogados os artigos

206 à 280 da Lei nº 1574, de 7 de Maio de 1971, e demais disposições em contrário.

Bauru, 21 de outubro de 1994

TIDEI DE LIMA - PREFEITO MUNICIPAL

Fonte: http://www.bauru.sp.gov.br/ (Leis)

Bauru, agosto de 2009 – Por Djalma Pacheco de Carvalho

ANEXO III

LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990. (transcrição parcial)

Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências.

LIVRO I

PARTE GERAL

Título II

Dos Direitos Fundamentais

Capítulo I – Do Direito à Vida e à Saúde

Art. 13. Os casos de suspeita ou confirmação de maus-tratos contra criança ou adolescente

serão obrigatoriamente comunicados ao Conselho Tutelar da respectiva localidade, sem prejuízo de

outras providências legais.

Capítulo II Do Direito à Liberdade, ao Respeito e à Dignidade

Art. 15. A criança e o adolescente têm direito à liberdade, ao respeito e à dignidade como

pessoas humanas em processo de desenvolvimento e como sujeitos de direitos civis, humanos e sociais

garantidos na Constituição e nas leis.

Art. 16. O direito à liberdade compreende os seguintes aspectos:

I - ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços comunitários, ressalvadas as restrições legais;

II - opinião e expressão;

III - crença e culto religioso;

IV - brincar, praticar esportes e divertir-se;

V - participar da vida familiar e comunitária, sem discriminação;

VI - participar da vida política, na forma da lei;

VII - buscar refúgio, auxílio e orientação.

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Ensino Fundamental/Educação Especial 57

Art. 17. O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e

moral da criança e do adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da identidade, da autonomia,

dos valores, idéias e crenças, dos espaços e objetos pessoais.

Art. 18. É dever de todos velar pela dignidade da criança e do adolescente, pondo-os a salvo

de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor.

Capítulo IV

Do Direito à Educação, à Cultura, ao Esporte e ao Lazer

Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento

de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, assegurando-se-lhes:

I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;

II - direito de ser respeitado por seus educadores;

III - direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias escolares

superiores;

IV - direito de organização e participação em entidades estudantis;

V - acesso à escola pública e gratuita próxima de sua residência.

Parágrafo único. É direito dos pais ou responsáveis ter ciência do processo pedagógico, bem

como participar da definição das propostas educacionais.

Art. 54. É dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente:

I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram acesso

na idade própria;

II - progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio;

III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente

na rede regular de ensino;

IV - atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a seis anos de idade;

V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a

capacidade de cada um;

VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do adolescente trabalhador;

VII - atendimento no ensino fundamental, através de programas suplementares de material

didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde.

§ 1º O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo.

§ 2º O não oferecimento do ensino obrigatório pelo poder público ou sua oferta irregular

importa responsabilidade da autoridade competente.

§ 3º Compete ao poder público recensear os educandos no ensino fundamental, fazer-lhes a

chamada e zelar, junto aos pais ou responsável, pela freqüência à escola.

Art. 55. Os pais ou responsável têm a obrigação de matricular seus filhos ou pupilos na rede

regular de ensino.

Art. 56. Os dirigentes de estabelecimentos de ensino fundamental comunicarão ao Conselho

Tutelar os casos de:

I - maus-tratos envolvendo seus alunos;

II - reiteração de faltas injustificadas e de evasão escolar, esgotados os recursos escolares;

III - elevados níveis de repetência.

Art. 57. O poder público estimulará pesquisas, experiências e novas propostas relativas a

calendário, seriação, currículo, metodologia, didática e avaliação, com vistas à inserção de crianças e

adolescentes excluídos do ensino fundamental obrigatório.

Art. 58. No processo educacional respeitar-se-ão os valores culturais, artísticos e históricos

próprios do contexto social da criança e do adolescente, garantindo-se a estes a liberdade da criação e

o acesso às fontes de cultura.

Art. 59. Os municípios, com apoio dos estados e da União, estimularão e facilitarão a

destinação de recursos e espaços para programações culturais, esportivas e de lazer voltadas para a

infância e a juventude.

Título III

Da Prevenção

Capítulo I

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Regimento Escolar Comum – 2009 58

Disposições Gerais

Art. 70. É dever de todos prevenir a ocorrência de ameaça ou violação dos direitos da criança

,e do adolescente.

Art. 71. A criança e o adolescente têm direito a informação, cultura, lazer, esportes, diversões,

espetáculos e produtos e serviços que respeitem sua condição peculiar de pessoa em desenvolvimento.

Art. 72. As obrigações previstas nesta Lei não excluem da prevenção especial outras

decorrentes dos princípios por ela adotados.

Art. 73. A inobservância das normas de prevenção importará em responsabilidade da pessoa

física ou jurídica, nos termos desta Lei.

Art. 101. Verificada qualquer das hipóteses previstas no art. 98, a autoridade competente

poderá determinar, dentre outras, as seguintes medidas:

I - encaminhamento aos pais ou responsável, mediante termo de responsabilidade;

II - orientação, apoio e acompanhamento temporários;

III - matrícula e freqüência obrigatórias em estabelecimento oficial de ensino fundamental;

IV - inclusão em programa comunitário ou oficial de auxílio à família, à criança e ao

adolescente;

LIVRO II – PARTE ESPECIAL

Título III

Da Prática de Ato Infracional

Capítulo I

Disposições Gerais

Art. 103. Considera-se ato infracional a conduta descrita como crime ou contravenção penal.

Art. 104. São penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos, sujeitos às medidas

previstas nesta Lei.

Parágrafo único. Para os efeitos desta Lei, deve ser considerada a idade do adolescente à data do fato.

Art. 105. Ao ato infracional praticado por criança corresponderão as medidas previstas no art. 101.

Capítulo II

Dos Direitos Individuais

Art. 106. Nenhum adolescente será privado de sua liberdade senão em flagrante de ato

infracional ou por ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciária competente.

Parágrafo único. O adolescente tem direito à identificação dos responsáveis pela sua

apreensão, devendo ser informado acerca de seus direitos.

Art. 107. A apreensão de qualquer adolescente e o local onde se encontra recolhido serão

incontinenti comunicados à autoridade judiciária competente e à família do apreendido ou à pessoa por

ele indicada.

Parágrafo único. Examinar-se-á, desde logo e sob pena de responsabilidade, a possibilidade

de liberação imediata.

Art. 108. A internação, antes da sentença, pode ser determinada pelo prazo máximo de

quarenta e cinco dias.

Parágrafo único. A decisão deverá ser fundamentada e basear-se em indícios suficientes de

autoria e materialidade, demonstrada a necessidade imperiosa da medida.

Art. 109. O adolescente civilmente identificado não será submetido a identificação

compulsória pelos órgãos policiais, de proteção e judiciais, salvo para efeito de confrontação, havendo

dúvida fundada.

Capítulo III

Das Garantias Processuais

Art. 110. Nenhum adolescente será privado de sua liberdade sem o devido processo legal.

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Ensino Fundamental/Educação Especial 59

Art. 111. São asseguradas ao adolescente, entre outras, as seguintes garantias: I - pleno e formal conhecimento da atribuição de ato infracional, mediante citação ou meio equivalente;

II - igualdade na relação processual, podendo confrontar-se com vítimas e testemunhas e

produzir todas as provas necessárias à sua defesa;

III - defesa técnica por advogado;

IV - assistência judiciária gratuita e integral aos necessitados, na forma da lei;

V - direito de ser ouvido pessoalmente pela autoridade competente;

VI - direito de solicitar a presença de seus pais ou responsável em qualquer fase do

procedimento.

Capítulo IV

Das Medidas Sócio-Educativas

Seção I

Disposições Gerais

Art. 112. Verificada a prática de ato infracional, a autoridade competente poderá aplicar ao

adolescente as seguintes medidas:

I - advertência;

II - obrigação de reparar o dano;

III - prestação de serviços à comunidade;

IV - liberdade assistida;

V - inserção em regime de semi-liberdade;

VI - internação em estabelecimento educacional;

VII - qualquer uma das previstas no art. 101, I a VI.

§ 1º A medida aplicada ao adolescente levará em conta a sua capacidade de cumpri-la, as

circunstâncias e a gravidade da infração.

§ 2º Em hipótese alguma e sob pretexto algum, será admitida a prestação de trabalho forçado.

§ 3º Os adolescentes portadores de doença ou deficiência mental receberão tratamento

individual e especializado, em local adequado às suas condições.

Art. 113. Aplica-se a este Capítulo o disposto nos arts. 99 e 100.

Art. 114. A imposição das medidas previstas nos incisos II a VI do art. 112 pressupõe a

existência de provas suficientes da autoria e da materialidade da infração, ressalvada a hipótese de

remissão, nos termos do art. 127.

Parágrafo único. A advertência poderá ser aplicada sempre que houver prova da

materialidade e indícios suficientes da autoria.

Seção II

Da Advertência

Art. 115. A advertência consistirá em admoestação verbal, que será reduzida a termo e assinada.

Seção III

Da Obrigação de Reparar o Dano

Art. 116. Em se tratando de ato infracional com reflexos patrimoniais, a autoridade poderá

determinar, se for o caso, que o adolescente restitua a coisa, promova o ressarcimento do dano, ou, por

outra forma, compense o prejuízo da vítima.

Parágrafo único. Havendo manifesta impossibilidade, a medida poderá ser substituída por

outra adequada.

Seção IV

Da Prestação de Serviços à Comunidade

Art. 117. A prestação de serviços comunitários consiste na realização de tarefas gratuitas de

interesse geral, por período não excedente a seis meses, junto a entidades assistenciais, hospitais,

escolas e outros estabelecimentos congêneres, bem como em programas comunitários ou

governamentais.

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Regimento Escolar Comum – 2009 60

Parágrafo único. As tarefas serão atribuídas conforme as aptidões do adolescente, devendo

ser cumpridas durante jornada máxima de oito horas semanais, aos sábados, domingos e feriados ou

em dias úteis, de modo a não prejudicar a freqüência à escola ou à jornada normal de trabalho.

Seção V

Da Liberdade Assistida

Art. 118. A liberdade assistida será adotada sempre que se afigurar a medida mais adequada

para o fim de acompanhar, auxiliar e orientar o adolescente.

§ 1º A autoridade designará pessoa capacitada para acompanhar o caso, a qual poderá ser

recomendada por entidade ou programa de atendimento.

§ 2º A liberdade assistida será fixada pelo prazo mínimo de seis meses, podendo a qualquer

tempo ser prorrogada, revogada ou substituída por outra medida, ouvido o orientador, o Ministério

Público e o defensor.

Art. 119. Incumbe ao orientador, com o apoio e a supervisão da autoridade competente, a

realização dos seguintes encargos, entre outros:

I - promover socialmente o adolescente e sua família, fornecendo-lhes orientação e inserindo-

os, se necessário, em programa oficial ou comunitário de auxílio e assistência social;

II - supervisionar a freqüência e o aproveitamento escolar do adolescente, promovendo,

inclusive, sua matrícula;

III - diligenciar no sentido da profissionalização do adolescente e de sua inserção no mercado de

trabalho;

IV - apresentar relatório do caso.

Seção VI

Do Regime de Semiliberdade

Art. 120. O regime de semiliberdade pode ser determinado desde o início, ou como forma de

transição para o meio aberto, possibilitada a realização de atividades externas, independentemente de

autorização judicial.

§ 1º São obrigatórias a escolarização e a profissionalização, devendo, sempre que possível, ser

utilizados os recursos existentes na comunidade.

§ 2º A medida não comporta prazo determinado aplicando-se, no que couber, as disposições

relativas à internação.

Seção VII

Da Internação

Art. 121. A internação constitui medida privativa da liberdade, sujeita aos princípios de

brevidade, excepcionalidade e respeito à condição peculiar de pessoa em desenvolvimento.

§ 1º Será permitida a realização de atividades externas, a critério da equipe técnica da

entidade, salvo expressa determinação judicial em contrário.

§ 2º A medida não comporta prazo determinado, devendo sua manutenção ser reavaliada,

mediante decisão fundamentada, no máximo a cada seis meses.

§ 3º Em nenhuma hipótese o período máximo de internação excederá a três anos.

§ 4º Atingido o limite estabelecido no parágrafo anterior, o adolescente deverá ser liberado,

colocado em regime de semi-liberdade ou de liberdade assistida.

§ 5º A liberação será compulsória aos vinte e um anos de idade.

§ 6º Em qualquer hipótese a desinternação será precedida de autorização judicial, ouvido

Ministério Público.

Art. 122. A medida de internação só poderá ser aplicada quando:

I - tratar-se de ato infracional cometido mediante grave ameaça ou violência a pessoa;

II - por reiteração no cometimento de outras infrações graves;

III - por descumprimento reiterado e injustificável da medida anteriormente imposta. § 1º O prazo de internação na hipótese do inciso III deste artigo não poderá ser superior a três meses.

§ 2º. Em nenhuma hipótese será aplicada a internação, havendo outra medida adequada.

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Ensino Fundamental/Educação Especial 61

Art. 123. A internação deverá ser cumprida em entidade exclusiva para adolescentes, em local

distinto daquele destinado ao abrigo, obedecida rigorosa separação por critérios de idade, compleição

física e gravidade da infração.

Parágrafo único. Durante o período de internação, inclusive provisória, serão obrigatórias

atividades pedagógicas.

Art. 124. São direitos do adolescente privado de liberdade, entre outros, os seguintes:

I - entrevistar-se pessoalmente com o representante do Ministério Público;

II - peticionar diretamente a qualquer autoridade;

III - avistar-se reservadamente com seu defensor;

IV - ser informado de sua situação processual, sempre que solicitada;

V - ser tratado com respeito e dignidade;

VI - permanecer internado na mesma localidade ou naquela mais próxima ao domicílio de seus

pais ou responsável;

VII - receber visitas, ao menos, semanalmente;

VIII - corresponder-se com seus familiares e amigos;

IX - ter acesso aos objetos necessários à higiene e asseio pessoal;

X - habitar alojamento em condições adequadas de higiene e salubridade;

XI - receber escolarização e profissionalização;

XII - realizar atividades culturais, esportivas e de lazer:

XIII - ter acesso aos meios de comunicação social;

XIV - receber assistência religiosa, segundo a sua crença, e desde que assim o deseje;

XV - manter a posse de seus objetos pessoais e dispor de local seguro para guardá-los,

recebendo comprovante daqueles porventura depositados em poder da entidade;

XVI - receber, quando de sua desinternação, os documentos pessoais indispensáveis à vida em

sociedade.

§ 1º Em nenhum caso haverá incomunicabilidade.

§ 2º A autoridade judiciária poderá suspender temporariamente a visita, inclusive de pais ou

responsável, se existirem motivos sérios e fundados de sua prejudicialidade aos interesses do

adolescente.

Art. 125. É dever do Estado zelar pela integridade física e mental dos internos, cabendo-lhe

adotar as medidas adequadas de contenção e segurança.

Capítulo V

Da Remissão

Art. 126. Antes de iniciado o procedimento judicial para apuração de ato infracional, o

representante do Ministério Público poderá conceder a remissão, como forma de exclusão do processo,

atendendo às circunstâncias e conseqüências do fato, ao contexto social, bem como à personalidade do

adolescente e sua maior ou menor participação no ato infracional.

Parágrafo único. Iniciado o procedimento, a concessão da remissão pela autoridade judiciária

importará na suspensão ou extinção do processo.

Art. 127. A remissão não implica necessariamente o reconhecimento ou comprovação da

responsabilidade, nem prevalece para efeito de antecedentes, podendo incluir eventualmente a

aplicação de qualquer das medidas previstas em lei, exceto a colocação em regime de semi-liberdade e

a internação.

Art. 128. A medida aplicada por força da remissão poderá ser revista judicialmente, a

qualquer tempo, mediante pedido expresso do adolescente ou de seu representante legal, ou do

Ministério Público.

Título IV

Das Medidas Pertinentes aos Pais ou Responsável

Art. 129. São medidas aplicáveis aos pais ou responsável:

I - encaminhamento a programa oficial ou comunitário de proteção à família;

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Regimento Escolar Comum – 2009 62

II - inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação e tratamento a

alcoólatras e toxicômanos;

III - encaminhamento a tratamento psicológico ou psiquiátrico;

IV - encaminhamento a cursos ou programas de orientação;

V - obrigação de matricular o filho ou pupilo e acompanhar sua freqüência e aproveitamento escolar;

VI - obrigação de encaminhar a criança ou adolescente a tratamento especializado;

VII - advertência;

VIII - perda da guarda;

IX - destituição da tutela;

X - suspensão ou destituição do pátrio poder.

Parágrafo único. Na aplicação das medidas previstas nos incisos IX e X deste artigo,

observar-se-á o disposto nos arts. 23 e 24.

Art. 130. Verificada a hipótese de maus-tratos, opressão ou abuso sexual impostos pelos pais

ou responsável, a autoridade judiciária poderá determinar, como medida cautelar, o afastamento do

agressor da moradia comum.

TÍTULO VI

Do Acesso à Justiça

Capítulo III

Dos Procedimentos

segue

Seção VI

Da Apuração de Irregularidades em Entidade de Atendimento

Art. 191. O procedimento de apuração de irregularidades em entidade governamental e não-

governamental terá início mediante portaria da autoridade judiciária ou representação do Ministério

Público ou do Conselho Tutelar, onde conste, necessariamente, resumo dos fatos.

Parágrafo único. Havendo motivo grave, poderá a autoridade judiciária, ouvido o Ministério

Público, decretar liminarmente o afastamento provisório do dirigente da entidade, mediante decisão

fundamentada.

Art. 192. O dirigente da entidade será citado para, no prazo de dez dias, oferecer resposta

escrita, podendo juntar documentos e indicar as provas a produzir.

Art. 193. Apresentada ou não a resposta, e sendo necessário, a autoridade judiciária designará

audiência de instrução e julgamento, intimando as partes.

§ 1º Salvo manifestação em audiência, as partes e o Ministério Público terão cinco dias para

oferecer alegações finais, decidindo a autoridade judiciária em igual prazo.

§ 2º Em se tratando de afastamento provisório ou definitivo de dirigente de entidade

governamental, a autoridade judiciária oficiará à autoridade administrativa imediatamente superior ao

afastado, marcando prazo para a substituição.

§ 3º Antes de aplicar qualquer das medidas, a autoridade judiciária poderá fixar prazo para a

remoção das irregularidades verificadas. Satisfeitas as exigências, o processo será extinto, sem

julgamento de mérito.

§ 4º A multa e a advertência serão impostas ao dirigente da entidade ou programa de

atendimento.

Capítulo VII

Da Proteção Judicial dos Interesses Individuais, Difusos e Coletivos

Art. 208. Regem-se pelas disposições desta Lei as ações de responsabilidade por ofensa aos

direitos assegurados à criança e ao adolescente, referentes ao não oferecimento ou oferta irregular:

I - do ensino obrigatório;

II - de atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência;

III - de atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a seis anos de idade;

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Ensino Fundamental/Educação Especial 63

IV - de ensino noturno regular, adequado às condições do educando;

V - de programas suplementares de oferta de material didático-escolar, transporte e assistência

à saúde do educando do ensino fundamental;

VI - de serviço de assistência social visando à proteção à família, à maternidade, à infância e à

adolescência, bem como ao amparo às crianças e adolescentes que dele necessitem;

VII - de acesso às ações e serviços de saúde;

VIII - de escolarização e profissionalização dos adolescentes privados de liberdade.

§ 1o As hipóteses previstas neste artigo não excluem da proteção judicial outros interesses

individuais, difusos ou coletivos, próprios da infância e da adolescência, protegidos pela Constituição

e pela Lei. (Renumerado do Parágrafo único pela Lei nº 11.259, de 2005)

§ 2o A investigação do desaparecimento de crianças ou adolescentes será realizada

imediatamente após notificação aos órgãos competentes, que deverão comunicar o fato aos portos,

aeroportos, Polícia Rodoviária e companhias de transporte interestaduais e internacionais, fornecendo-

lhes todos os dados necessários à identificação do desaparecido. (Incluído pela Lei nº 11.259, de 2005)

Art. 209. As ações previstas neste Capítulo serão propostas no foro do local onde ocorreu ou

deva ocorrer a ação ou omissão, cujo juízo terá competência absoluta para processar a causa,

ressalvadas a competência da Justiça Federal e a competência originária dos tribunais superiores.

Título VII

Dos Crimes e das Infrações Administrativas

Capítulo II

Das Infrações Administrativas

Art. 245. Deixar o médico, professor ou responsável por estabelecimento de atenção à saúde e

de ensino fundamental, pré-escola ou creche, de comunicar à autoridade competente os casos de que

tenha conhecimento, envolvendo suspeita ou confirmação de maus-tratos contra criança ou

adolescente:

Pena - multa de três a vinte salários de referência, aplicando-se o dobro em caso de

reincidência.

Art. 246. Impedir o responsável ou funcionário de entidade de atendimento o exercício dos

direitos constantes nos incisos II, III, VII, VIII e XI do art. 124 desta Lei:

Pena - multa de três a vinte salários de referência, aplicando-se o dobro em caso de

reincidência.

Art. 247. Divulgar, total ou parcialmente, sem autorização devida, por qualquer meio de

comunicação, nome, ato ou documento de procedimento policial, administrativo ou judicial relativo a

criança ou adolescente a que se atribua ato infracional:

Pena - multa de três a vinte salários de referência, aplicando-se o dobro em caso de

reincidência.

§ 1º Incorre na mesma pena quem exibe, total ou parcialmente, fotografia de criança ou

adolescente envolvido em ato infracional, ou qualquer ilustração que lhe diga respeito ou se refira a

atos que lhe sejam atribuídos, de forma a permitir sua identificação, direta ou indiretamente.

§ 2º Se o fato for praticado por órgão de imprensa ou emissora de rádio ou televisão, além da

pena prevista neste artigo, a autoridade judiciária poderá determinar a apreensão da publicação (ou a

suspensão da programação da emissora até por dois dias, bem como da publicação do periódico até

por dois números.) (Expressão declara inconstitucional pela ADIN 869-2).

Art. 248. Deixar de apresentar à autoridade judiciária de seu domicílio, no prazo de cinco

dias, com o fim de regularizar a guarda, adolescente trazido de outra comarca para a prestação de

serviço doméstico, mesmo que autorizado pelos pais ou responsável:

Pena - multa de três a vinte salários de referência, aplicando-se o dobro em caso de

reincidência, independentemente das despesas de retorno do adolescente, se for o caso.

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Regimento Escolar Comum – 2009 64

Art. 249. Descumprir, dolosa ou culposamente, os deveres inerentes ao pátrio poder ou

decorrente de tutela ou guarda, bem assim determinação da autoridade judiciária ou Conselho Tutelar:

Pena - multa de três a vinte salários de referência, aplicando-se o dobro em caso de

reincidência.

Art. 250. Hospedar criança ou adolescente, desacompanhado dos pais ou responsável ou sem

autorização escrita destes, ou da autoridade judiciária, em hotel, pensão, motel ou congênere:

Pena - multa de dez a cinqüenta salários de referência; em caso de reincidência, a autoridade

judiciária poderá determinar o fechamento do estabelecimento por até quinze dias.

Art. 251. Transportar criança ou adolescente, por qualquer meio, com inobservância do

disposto nos arts. 83, 84 e 85 desta Lei:

Pena - multa de três a vinte salários de referência, aplicando-se o dobro em caso de

reincidência.

Art. 252. Deixar o responsável por diversão ou espetáculo público de afixar, em lugar visível

e de fácil acesso, à entrada do local de exibição, informação destacada sobre a natureza da diversão ou

espetáculo e a faixa etária especificada no certificado de classificação:

Pena - multa de três a vinte salários de referência, aplicando-se o dobro em caso de

reincidência.

Art. 253. Anunciar peças teatrais, filmes ou quaisquer representações ou espetáculos, sem

indicar os limites de idade a que não se recomendem:

Pena - multa de três a vinte salários de referência, duplicada em caso de reincidência,

aplicável, separadamente, à casa de espetáculo e aos órgãos de divulgação ou publicidade.

Art. 254. Transmitir, através de rádio ou televisão, espetáculo em horário diverso do

autorizado ou sem aviso de sua classificação:

Pena - multa de vinte a cem salários de referência; duplicada em caso de reincidência a

autoridade judiciária poderá determinar a suspensão da programação da emissora por até dois dias.

Art. 255. Exibir filme, trailer, peça, amostra ou congênere classificado pelo órgão competente

como inadequado às crianças ou adolescentes admitidos ao espetáculo:

Pena - multa de vinte a cem salários de referência; na reincidência, a autoridade poderá

determinar a suspensão do espetáculo ou o fechamento do estabelecimento por até quinze dias.

Art. 256. Vender ou locar a criança ou adolescente fita de programação em vídeo, em

desacordo com a classificação atribuída pelo órgão competente:

Pena - multa de três a vinte salários de referência; em caso de reincidência, a autoridade

judiciária poderá determinar o fechamento do estabelecimento por até quinze dias.

Art. 257. Descumprir obrigação constante dos arts. 78 e 79 desta Lei:

Pena - multa de três a vinte salários de referência, duplicando-se a pena em caso de

reincidência, sem prejuízo de apreensão da revista ou publicação.

Art. 258. Deixar o responsável pelo estabelecimento ou o empresário de observar o que dispõe

esta Lei sobre o acesso de criança ou adolescente aos locais de diversão, ou sobre sua participação no

espetáculo:

Pena - multa de três a vinte salários de referência; em caso de reincidência, a autoridade

judiciária poderá determinar o fechamento do estabelecimento por até quinze dias.

Cópia parcial selecionada por Djalma Pacheco de Carvalho

Acessado (revisão) em 03/09/2009