Prefeitura Municipal de Limeira Secretaria de Urbanismo · Critérios para promover o ciclismo e eficiência do transporte. ... alinhamento frontal, respeitado o recuo máximo, ou

Prefeitura Municipal de Limeira

Secretaria de Urbanismo

Rua Dr. Alberto Ferreira, 179 - Centro - 13480-074 - Limeira/SP - (19) 3404.9600

Diretrizes Urbanísticas para a Operação Urbana Aeródromo Princípios e dimensões urbanas

Os seguintes aspectos urbanos devem estar contemplados nos parâmetros do Plano:

a. Sítio ambiental b. Inserção urbana c. Desenho urbano e vizinhança d. Infraestrutura e edificações sustentáveis e. Inovação e processo de projeto f. Prioridade regional no uso de recursos a. Sítio ambiental Propostas devem estabelecer critérios para: Locais propícios

� Desenvolvimento urbano e condicionantes de morfologia urbana e projeto arquitetônico capazes de reduzir efeitos ambientais adversos.

� Reduzir a pressão de expansão urbana para além dos limites urbanos existentes. � Conservar recursos naturais � Definir recursos financeiros necessários para a construção e manutenção de infraestrutura.

Habitat natural

� Situar áreas de urbanização em localizações sem habitat significativo (espécies vegetais e animais protegidas ou ameaçadas de extinção).

Conservação, restauração e gestão do habitat

� Preservar a qualidade da água, a hidrologia e biodiversidade através da conservação das zonas úmidas e corpos d'água.

� Cumprir regulamentos locais, estaduais e federais relativos a zonas úmidas e conservação de corpos de água.

� Prever regras de gestão de águas pluviais. Urbanização, infraestrutura e desempenho das edificações Propostas devem incluir critérios para incentivo da produção de energia renovável local e infraestrutura de gestão de resíduos sólidos:




� Guias ou normas para localização de estações de reciclagem ou reuso, entrega de resíduos de

risco, compostagem. � Plano de gestão de resíduos de construção.

b. Inserção urbana: localização e ligações As propostas deverão:

� Prever a intensificação das atividades em uma estrutura de acessibilidade e transporte compatível com os níveis esperados de movimento dos pedestres e seus deslocamentos. Ampara-se na análise da relação densidade-transporte para definir a posição de equipamentos urbanos e propor clusters de atividade – como de comércios e serviços cotidianos, serviços médicos, negócios e serviços especializados.

� Amparar a espontaneidade, a imprevisibilidade e a diversidade da vida urbana.

� Estimular a presença do pedestre e reduzir a dependência do veículo via condições e

atratividade ao pedestre.

� A facilidade de movimentação do pedestre pode ser atingida via aspectos da própria forma urbana, como: intensificar a densidade e compacidade urbana: arquiteturas contínuas, juntas ao passeio, capazes de amparar atividades públicas cotidianas como comércios e serviços, gerando quarteirões densos e compactos, capazes de encurtar as distâncias entre atividades.

Propostas deverão estabelecer critérios para: Acessibilidade

� Propostas devem incluir análise da capacidade do sistema viário para fins de acessibilidade, distributividade, conectividade.

� Propostas devem incluir possibilidade de uso de instrumentos para geração de cenários alternativos e simulações de intervenções no panorama de acessibilidade urbana, de fácil manejo posterior por parte dos técnicos de planejamento.

Uso do solo e localização

� Regras para proporção máxima de uso residencial para áreas urbanas. � Regras para localização residencial e proximidade de comércios de vizinhança. � Limitação de concentração de usos diversos em um único edifício. � Regras para a maior parte dos térreos residenciais serem estruturalmente preparados para

conversão de uso residencial para não residencial, com planta livre.




� Regras para contiguidade mínima entre áreas de expansão com área urbanizada, incluindo regra de interconexão e critérios de número de interseções por área como indicador de urbanização.

� Propostas devem incluir instrumento de cálculo da diversidade de usos do solo. Conectividade

� Regras para número de cruzamentos mínimos de acesso público por quilômetro quadrado, incluindo ruas com pistas de trânsito e ruas de pedestres. Prever condições para cálculo considerando a presença de corpos d'água, parques, campi de instalações públicas, e áreas não edificantes.

� Proporção mínima das unidades habitacionais e entradas de edifícios não residenciais em relação ao serviço de trânsito existente.

� Definição de distância máxima entre unidades habitacionais e entradas de edifícios não residenciais em relação ao serviço de trânsito existente.

Habitação e proximidade ao trabalho

� Propostas devem incluir análise da localização da habitação prevendo mix de renda e comunidades diversas em relação à localização de centralidades com diversidade de usos e oportunidades de emprego.

� Percentual mínimo de componente residencial em relação ao potencial total de construção. Localização prevendo redução da dependência do automóvel

� Propostas devem incluir análise de transporte multimodal. � Critérios de redução de distância percorridos por veículos. � Critérios de redução das emissões de gases de efeito estufa, poluição do ar, e outros efeitos

adversos para a saúde pública e ambiental associados ao uso de veículos a motor. Rede de ciclovias

� Critérios para promover o ciclismo e eficiência do transporte. � Critérios para apoiar a saúde pública, incentivando a atividade física utilitária e recreativa.

c. Desenho urbano e vizinhança Propostas devem estabelecer critérios para: Morfologia urbana

� Conservação da terra. � promoção da habitabilidade, e eficiência do transporte. � Redução de distâncias percorridas por veículos. � suporte a investimentos em transporte público. � Densidades mínimas de unidades residenciais e área construída por hectare. � Definição de tipologias arquitetônicas com melhor desempenho urbano.




Caminhabilidade

� Morfologia urbana compatível para estímulo da caminhabilidade e apropriação pedestre e segurança do espaço público, suporte à atividade física e a saúde pública.

� Morfologia urbana compatível para promover a eficiência do transporte, incluindo redução de quilômetros percorridos por veículos.

Áreas verdes e permeáveis

� O projeto deverá dar preferência para pavimentos com permeabilidade, como pisos inter-travados

� Deverá ser observada a cobertura de verde em todas os trechos de ruas e nos espaços públicos, provendo sombra e proteção aos usuários

� Em respeito ao artigo 7o. do SMA-31, de que trata a resolução CONAMA 412, deverá ser realizado um laudo de estudo técnico pela prefeitura demonstrando o atendimentodas funções ambientais para declaração de conformidade com as condições de novos empreendimentos destinados à construção de habitações de interesse social:

Artigo 6o - Nos processos de licenciamento de novos parcelamentos de solo e empreendimentos habitacionais, sem prejuízo das demais medidas mitigadoras pertinentes, deverá ser exigida a manutenção das características naturais de permeabilidade do solo em, no mínimo, 20% (vinte por cento) da área total do imóvel, preferencialmente em bloco único, visando assegurar, entre outros aspectos, a infiltração das águas pluviais, a conservação da biodiversidade, a mitigação da formação de ilhas de calor e da poluição sonora e atmosférica. Artigo 7° - no caso do licenciamento de novos empreendimentos destinados à construção de habitações de interesse social, de que trata a Resolução CONAMA no 412, de 13 de maio de 2009, poderá ser dispensada a exigência prevista no artigo 6o, se houver a comprovação da existência, na proximidade, de áreas naturais que assegurem a manutenção das funções ambientais. § 1o - para fins de aplicação do disposto no caput, poderão ser consideradas áreas verdes públicas ou privadas, parques municipais ou outras áreas não impermeabilizadas existentes em área urbana na região em que se pretende implantar o empreendimento. § 2o - a comprovação da existência de áreas naturais de que trata o caput deverá ser feita pela Prefeitura Municipal com base em estudo técnico.

Diversidade social

� Critérios para promoção de comunidades socialmente equitativas, permitindo vasta gama de níveis econômicos, tamanhos de família e grupos etários.

� Propostas devem incluir instrumento de cálculo da diversidade de renda, � Propostas devem incluir instrumento de verificação de proporção de unidades habitacionais

para venda e aluguel, considerando diversidade de renda em áreas urbanas. A tabela 1, Mix de Usos e Rendas, define as proporções a serem atendidas pelas propostas.

Tabela 1 – Mix de Usos e Rendas







Forma urbana: regulamento urbanístico 1. Desenho dos espaços públicos As propostas deverão garantir:

� Oferta de passeios contínuos disponíveis ao longo das as ruas. � Oferta de estacionamentos na rua: Devem ser situados entre passeio e pista de rolamento, e

oferecidos no máximo em um dos lados das ruas da área. � Oferta de áreas de estacionamento de motocicletas e bicicletas.

A adição de elementos, como acessos de veículos e outras intervenções no espaço da rua, incluindo os passeios.

� A adição de acessos de veículos e outras intervenções deve buscar compatibilidade com o Projeto da Rua.

� No caso de coincidência com a localização de elementos como ciclovias, elementos de vegetação, paradas de ônibus e mobiliário urbano, o projeto deve prever a relocação dessas peças.

� Acessos de veículos devem fazer uso de elementos de demarcação do caminho sobre o passeio e elementos de proteção ao pedestre.

Estacionamentos em espaços públicos: limitados a um dos lados da rua, em conjuntos de 5 vagas agrupados, intercalados com ampliações do passeio equivalente ao espaço de 1 vaga (5x2,5m). 2. Desenho do quarteirão Pelo menos 80% das edificações devem ser implantadas na periferia do quarteirão, junto ao alinhamento frontal, respeitado o recuo máximo, ou preferencialmente no limite do lote junto ao espaço público quando permitido, de modo a definir a continuidade de fachadas junto ao passeio, como fator de estímulo ao pedestre e atividades comerciais de térreo. 2.1. Unidades edificadas “Unidades edificadas” são as edificações com sistema de circulação horizontal e vertical autônomo em relação às edificações contíguas, definidas com acessos individuais voltadas para o espaço público da rua e espaço interno ao quarteirão. Na ausência de um parcelamento do solo em lotes convencionais, as propostas deverão:

� As propostas devem prever no máximo 6 unidades residenciais por circulação horizontal no pavimento-tipo da edificação (superior ao térreo).

� Apresentar unidades edificadas com no máximo 30 apartamentos compartilhando uma mesma circulação vertical (eixo de escadas). As unidades com acesso direto (porta) para a rua não computam nesse cálculo..

� Obedecer os princípios estabelecidos para extensão de fachadas e número de portas.




2.2. Fachadas As fachadas das edificaçõesdeverão ser dispostas obedecendo uma proporção de 80% de continuidade em relação ao perímetro do quarteirão no limite entre lotes e espaço público, de modo a explorar os potenciais de interface entre espaços construídos e abertos,privados e públicos, como fatores de estímulo à movimentação pedestre, atividade comercial e diversidade de atividades.

Fachadas e entradas

Projetos urbanos devem incluir como requerimentos gerais:

� Garantir presença mínima de fachadas ativas com entrada principal dos edifícios obrigatoriamente voltada para espaço público.

� Limitação do percentual de fachadas usadas para garagem e acesso de serviço voltadas para a rua (máximo de 20% da face e 20% do perímetro do quarteirão) (veja item 2.4 ‘Garagens’).

� Limitação de fachadas cegas (sem portas ou janelas) voltadas para a rua (máximo de 10% da face e 10% do perímetro do quarteirão).

� Extensão das fachadas das unidades edificadas

Em função da ausência de parcelamento fundiário interno ao quarteirão (lotes), a extensão das fachadas das unidades edificadas será definida em função dos limites de unidades residenciais (apartamentos) em relação à circulação vertical, e densidade de portas das edificações voltadas para o espaço público da rua. Permeabilidade da fachada

Densidade de aberturas nos pavimentos-tipo (superiores ao térreo) é um dos componentes arquitetônicos isolados mais coincidentes com a presença do pedestre é a densidade de aberturas, sobretudo janelas. Isso parece se dever ao fato das aberturas animarem arua, oferecendo segurança. A densidade de aberturas é favorecida por fachadas contínuas ao longo da rua. Propostas deverão prever o atendimento deste item. Linguagem

� Fachadas poderão oferecer opções de varandas e sacadas. � A composição de fachadas individuais das unidades edificadas deverão contemplar itens de

diversidade do conjunto resultante. 2.3. Implantação

Acessibilidade universal

• Espaços públicos devem prever itens de acessibilidade universal.

• Espaços privados – edifícios, lojas, interior da quadra – devem ter acessibilidade universal. Importante principalmente para comércio e serviços.

Prioridade ao pedestre




• O desenho das vias deve prever prioridade ao pedestre, prevendo itens de redução da velocidade veicular e pontos de passagem entre lados da rua niveladas entre si, a partir de soluções de faixas de pedestres elevadas

• As propostas devem portanto contemplar a proibição de desníveis na calçada nos pontos de passagem pedestre, por conta de rebaixo de guias.

Permeabilidade de térreos: acessos aos edifícios

� A limitação do número de apartamentos por coluna de circulação vertical e por eixo de

circulação horizontal nas unidades edificadas (item 2.1) pressupõe a presença de fachadas ativas e a permeabilidade entre edificações e espaço público, fatores de correlação positiva com a presença do pedestre e ruas mais atrativas.

� Mesmo no caso de uma única incorporação, o número mínimo de acessos diretos entre unidade edificada e passeio deverá prever 1 porta / 15 metros de face de quarteirão (ou espaçamento médio de 15 médios).

Definição de pavimento térreo

• Deve ser considerado a partir do nível do logradouro público em toda sua extensão e não apenas em um ponto específico da unidade edificada.

• O pavimento térreo refere-se aos 3,5m de altura medidos a partir da cota de altura médiado logradouro público na face da unidade edificada,e acompanhando esta ao longo de toda sua extensão.

Afastamentos frontais

� Afastamento frontal máximo de 3.5 metros, livre de barreiras (ver item “Fechamento frontal do lote: muros e grades”).

� Será permitido afastamento acima de 3.5 metros se houver fruição pública, como pequenos espaços públicos e/ou mesas, cadeiras e mobiliários urbanos de apoio ao uso não residencial do térreo do(s) edifício(s) no entorno.

� Não há afastamento frontal mínimo. � As fachadas dos embasamentos devem estar situadas, em sua maior parte (>50% das

unidades edificadas), na linha de afastamento, de modo a estimular a atividade comercial de térreos e o uso pedestre do espaço público.

Afastamentos laterais

Estão desestimulados para efeito deste regulamento: � O afastamento lateral deve ser evitado, prevendo 80% das unidades edificadas de modo

adjacente entre si no quarteirão � As edificações terão ventilação garantida pelas fachadas frontais e de fundos, pelo

espaçamento entre fachadas de fundos garantidas pelo polígono de área non-aedificandi definida para os miolos de quarteirão (privados ou públicos); bem como pelo uso de prismas de ventilação.

� A iluminação das áreas privativas será garantida pela disposição em relação às fachadas frontais e de fundos.

Taxas de ocupação (T.O)




� T.O. máxima nas quadras: 66% � T.O. mínima nas quadras: 55% � Estacionamentos semienterrados e enterrados não computam para efeito de T.O.

Uso do interior dos quarteirões

� Os quarteirões deverão conter um polígono de área non-aedificandi definida como espaço interior, priorizando o caráter de praça para o pedestre, livre de veículo.

� Deve constituir no mínimo 15% da área privada de solodo quarteirão. � O espaço interior pode ser definido por diferentes formas e arranjos geométricos. � As propostas devem permitir a possibilidade tanto de usos privados, semiprivados e públicos

do interior do quarteirão. No caso de propostas prevento uso do interior do quarteirão público, estes deverão:

� Ser acessíveis via a definição de entradas/saídas ao seu interior. � É permitida a implantação de comércios e serviços no limite de 2 pavimentos, na forma de

edifícios isolados ocupando no máximo 1/3 do espaço interior do quarteirão. � Número de entradas do quarteirão: mínimo de 2 entradas, de modo a garantir a passagem

pedestre, e máximo de 4 passagens. As entradas ao interior do quarteirão podem ser cobertas.

� A entrada de pelo menos uma das faces deve ser alinhada à entrada de quarteirão vizinho pré-existente.

Estacionamento privativo no interior do quarteirão

Enterrado ou semienterrado, de modo a liberar o miolo de quadra no térreo para uso pedestre.

2.4. Interface espaço construído-espaço livre Fechamento frontal do lote: muros e grades

� Muros opacos externos ou internos aos quarteirões estão vetados na área, devido ao seus impactos comprovadamente negativos ao movimento pedestre e à segurança no espaço público.

� Fechamentos em grade ou vidro faceando o espaço público também são permitidas mas devem ser minimizadas, em função de seus impactosnegativos ao pedestre, sendo limitadas a uma presença de no máximo 30% da extensão do perímetro do quarteirão.

� Muretas serão permitidas com limite de altura de 30 cm para trecho opaco, podendo aumentar para até 60 cm quando houver o desenho orientado ao uso também como assento (altura de banco) e 70 cm para grade, com altura total máxima de 70cm. Não poderão ser executados em mais do que 50% da área linear de fachada total do quarteirão ou de suas faces individuais.

Garagem: entradas

Número, proporção e espaçamento mínimo entre entradas de garagem na face do quarteirão: em função da ausência do parcelamento ao nível do lote, cada face de quarteirão poderá ter no máximo 2 entradas de garagem, compondo no máximo 20% da extensão da face. Transparência de fachadas comerciais




Das fachadas comerciais a serem implantadas quando da incorporação, no mínimo 60% da sua superfície deve ter transparência, entre o nível do solo do passeio e a cota de 2,50 metros. Extensão máxima de fachadas cegas

O presente regulamento recomenda propostas que contemplem a minimização da extensão de fachadas cegas, em função de seu impacto comprovadamente negativo sobre o movimento pedestre.

� Projetos dos quarteirões devem evitar que os trechos somados de fachadas cegas ocupem mais do que 10% da extensão total das fachadas de cada quarteirão.

3. Regramentos previstos para o projeto arquitetônico As propostas devem preverno máximo 6 unidades residenciais por circulação horizontal no pavimento-tipo da edificação. 3.1. Arquitetura e variação mínima na paisagem urbana Projetos devem contemplar variação nos seguintes itens: - Projetos de pavimento-tipo no mesmo quarteirão. - Projetos de fachadas (ritmo, número e distância entre aberturas; alternância no uso de sacadas entre projetos). - Variação no uso de elementos arquitetônicos (esquadrias, guarda-corpos), materiais e cor de revestimento. Os projetos dos quarteirões em seu conjunto (combinação de projetos individuais) não devem se repetir na mesma sequência em outros quarteirões. Esses itens deverão ser parte dos critérios de aprovação dos projetos a serem construídos, na fase de avaliação e aprovação municipal. 3.2. Número de unidades residenciais e densidade mínima

� Mínimo: 3.750 unidades residenciais � Máximo: 7.500 unidades residenciais � Projetos de unidades edificadas no quarteirão deverão prever taxa mínima de densidade de

150 habitantes / hectare. 3.3. Coeficiente de aproveitamento das quadras

� Mínimo 2.0 � Máximo 4.0

o Estacionamentos Cobertos, Terraços, Sacadas e áreas de circulação não são computáveis




3.4. Altura das edificações Prevendo uma morfologia edificada mais contínua e associada ao espaço público, bem como sua eficiência em absorver densidades, as propostas deverão contemplar as seguintes alturas:

� Altura mínima: 2 pavimentos incluindo térreo � Altura máxima: 7 pavimentos incluindo térreo

3.5. Iluminação e ventilação

� As edificações terão ventilação garantida pelas fachadas frontais e de fundos, pelo espaçamento entre fachadas de fundos garantidas pelo polígono de área non-aedificandi definida para os miolos de quarteirão (privados ou públicos); bem como pelo uso de prismas de ventilação.

� A iluminação das áreas privativas será garantida pela disposição em relação às fachadas frontais e de fundos.

3.6. Eficiência de consumo de água

� Propostas devem incluir critérios para reduzir o desperdício de água, sobretudo potável, no interior e exterior das edificações via sistemas de utilização inteligente.

� Implementação de sistemas de reuso de águas. 3.7. Gestão de águas pluviais

� Propostas devem incluir critérios para reduzir a poluição e instabilidade hidrológica de águas pluviais, evitar inundações, promover a recarga do aquífero, e melhorar a qualidade da água emulando condições hidrológicas naturais.

3.8. Eficiência energética

� Propostas devem incluir critérios e aplicação de instrumentos de aferição de eficiência energética nas edificações e áreas urbanas, incluindo estratégias solares passivas e ativas.

3.9. Gestão de águas residuais

� Propostas devem incluir critérios reduzir a poluição de águas residuais e incentivar a reutilização de água.

4. Usos do solo Propostas deverão ser pautadas pelo estímulo à diversidade, oferecendo flexibilidade para que as relações entre demanda estimada e oferta possam encontrar ajuste no tempo.




4.1. Diversidade As atividades dos quarteirões devem apresentar grau de diversidade, com garantia de presença residencial em edifícios mistos ou residenciais, de acordo com os seguintes critérios:

� A área total do projeto deve ser configurada como ‘uso misto’ permitindo atividades comerciais e de serviços livres de incomodidade (isto é, livros de atividades geradoras de ruídos, poluição sonora ou atmosférica e afins).

� Percentual da área total edificada mínimo de 70% residencial, de modo a evitar áreas mono-funcionais e incentivar empreendimentos mistos.

4.2. Atividade comercial de térreo Definição de usos de varejo ao nível do solo, de serviços e de comércio voltados a um espaço público: a atividade comercial não é obrigatória, mas é considerada desejável sobretudo nas vias de mais acessibilidade propostas.

� Acesso às atividades de térreo nas edificações: todas as atividades no piso térreo devem ser acessíveis diretamente pelo passeio no perímetro do quarteirão, ou pelo espaço de uso público em seu interior, no caso de sua definição. O acesso via estacionamento não é permitido.

� A proporção de usos não residenciais em cidades brasileiras gira em torno de 10%, de acordo com dados empíricos.1 Assim, propostas devem apresentar no mínimo 10% de seus lotes com térreos apresentando oferta de serviços e/ou comércios.

� A elevação do nível do térreo das edificaçõessomente é permitida até uma altura de100cm a partir do nível do passeio, no caso de uso residencial do térreo, para o propósito de se aumentar a privacidade, desde que seja já prevista estruturalmente a possibilidade de rebaixo para o nível do passeio em futura conversão do térreo para uso não residencial.

� Estacionamentos semi-enterrados: estacionamentos semi-enterrados são permitidos desde que não interrompam a fachada frontal das edificações comerciais. No caso de edificações residenciais, devem ser minimizados, em função da geração de fachadas cegas.

4.3. Localização residencial e diversidade de usos

� Toda unidade edificadacom uso residencial deve apresentar distância máxima de 460metros de atividades de natureza comercial e serviços vicinais,e 800 metros de serviços médicos e educacionais.

� Limitação de concentração de usos diversos: não é permitida a concentração de mais do que 20% do número de categorias de atividades comerciais em uma única edificação, no sentido de estimular a implantação de comércios com acesso direto a partir do espaço público (veja Anexo I). Exceção feita a usos de serviço de hotelaria (e correlatos) e educacionais.

1Censo IBGE (2010).




Este item prevê monitoramento da distribuição e concentração de atividades, e distâncias entre elas ao longo do desenvolvimento da área. 4.4. Atividades voltadas para o interior do quarteirão Estão vetadas atividades de caráter de lazer noturno e bares, com exceção de equipamentos culturais, restaurantes e cafés com baixo nível de ruído e incomodidade ou em lugares delimitados de forma clara, previstos no masterplando bairro no momento do lançamento do empreendimento, para conhecimento de todos os adquirentes dos imóveis. 4.5. Estacionamentos:Não exigência de vagas mínimas Não haverá número mínimo de vagas por unidade. Deverá ser estimulado o uso rotativo de vagas para otimizar a oferta disponível. Será permitida a venda de vagas independente das unidades. Monitoramento As propostas devem prever dispositivos de gestão urbana incluindo monitoramento dos usos do solo em desenvolvimento na área, de modo a observar a proporção de usos prevista acima. Anexo I As categorias de atividade estão classificadas de acordo com a Classificação Nacional das Atividades Econômicas (CNAE), agregadas em 18 categorias com sentido sob o ponto de vista da microeconomia urbana local (tabela 2):

Tabela 2 – Categorias de atividades urbanas usadas na análise da diversidade.

CATEGORIA

1. ALIMENTOS, BEBIDAS, FUMOS (mercados, vendas, sem consumo no local) 2. REPARAÇÃO DE VEÍCULOS 3. MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 4. INFORMÁTICA E ARTIGOS DE USO DOMÉSTICO 5. PRODUTOS FARMACÊUTICOS, PERFUMES, COSMÉTICOS 6. VESTUÁRIO/CALÇADOS/JÓIAS/USADOS 7. RESTAURANTES E OUTROS SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO E BEBIDAS 8. ATIVIDADES PROFISSIONAIS, TÉCNICAS E CIENTÍFICAS 9. ATIVIDADES ADMINISTRATIVAS 10. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 11. EDUCAÇÃO 12. SAÚDE HUMANA E SERVIÇOS SOCIAIS 13. ARTES, CULTURA, ESPORTE E RECREAÇÃO




14. TRANSPORTE E ARMAZENAGEM 15. INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO 16. ATIVIDADES FINANCEIRAS (E SEGUROS) 17. IGREJA E OUTRAS ASSOCIAÇÕES 18. OUTRAS ATIVIDADES E SERVIÇOS

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