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PREFEITURA MUNICIPAL DE LINHARES SECRETARIA MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL PLANO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL 2018 – 2021 DEZEMBRO/ 2017

PREFEITURA MUNICIPAL DE LINHARES SECRETARIA … · Orgânica de Assistência Social (LOAS), Lei nº 8.742, de 07 de dezembro de 1993, que exige pelo artigo 330, alínea III, que os

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PREFEITURA MUNICIPAL DE LINHARES

SECRETARIA MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL

PLANO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL

2018 – 2021

DEZEMBRO/ 2017

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Rua da Conceição, Nº 269, Bairro Centro, Linhares – ES CEP: 29900- 320 / Tel (27) 3372 – 2099 / Fax (27) 3372 – 2135

E-mail: [email protected]

2017 – Prefeitura Municipal de Linhares – ES

Secretaria Municipal de Assistência Social – SEMAS

Tiragem: Edição nº. 02 – Dezembro – Ano 2017 – Plano Municipal de

Assistência Social – PMAS – 2018 – 2021.

Elaboração: Secretaria Municipal de Assistência Social de Linhares - SEMAS

Distribuição/Informação: Prefeitura Municipal de Linhares – ES – Secretaria

Municipal de Assistência Social – SEMAS.

Impresso no Estado do Espírito Santo

Catalogação na Fonte Ficha Catalográfica

Brasil, Estado do Espírito Santo, Prefeitura Municipal de Linhares – Secretaria

Municipal de Assistência Social – Departamento de Gestão

Aprofundamento à avaliação com equidade no acesso: Constituição Federal de

1988, Lei Federal nº. 8.742 de 07 de dezembro de 1993 – Lei Orgânica da Assistência

Social – LOAS – Norma Operacional Básica – NOB – SUAS aprovada pelo Conselho

Nacional de Assistência Social – Resolução nº. 130 de 15 de junho de 2005 e Normas e

Regulamentações sobre projetos técnicos dos Ministérios da União e Secretarias

Estaduais de Governo.

Dispõe sobre Elaboração do Plano Municipal de Assistência Social – PMAS

Território Municipal

Período: 2018 – 2021

Ente: Prefeitura Municipal de Linhares – ES

Órgão: Secretaria Municipal de Assistência Social – SEMAS

Linhares

Espírito Santo

Brasil

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CARTA DO GESTOR

A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 (CF/88) é considerada um

marco na visão de futuro e na construção democrática do País, partindo de

fundamentos que retratam propostas de significativas mudanças no cenário

brasileiro. Estabelece a democracia participativa com a instauração de um Estado

Democrático de Direito, no qual o poder emana do povo que o exerce diretamente

ou por seus representantes legais.

É uma Constituição do tipo dirigente que inclui o planejamento como forma de

construção permanente da ação futura do Estado e da sociedade, pela via das

políticas públicas. Seus princípios e diretrizes têm por finalidade a construção de

uma unidade política.

Em consonância com a Constituição, em 1993, foi promulgada a Lei Orgânica da

Assistência Social (LOAS), de n° 8.742, que, regulamentando as ações da

assistência social, estabelece normas e critérios para a sua organização como

direito e traz como definição em seu artigo 1° a afirmação de que a assistência

social, direito do cidadão e dever do Estado, é Política de Seguridade Social não

contributiva, que provê os mínimos sociais, realizada através de um conjunto

integrado de ações de iniciativa pública e da sociedade, visando garantir o

atendimento às necessidades básicas.

A elaboração do Plano Municipal de Assistência Social (PMAS) do Município de

Linhares, conduzida de forma participativa, configurou um instrumento técnico e

político baseado em diagnósticos e estudos da realidade local contribuindo de forma

estratégica, não só na sua elaboração, mas também em sua implementação, para a

descentralização democrática da Assistência Social. Envolveu, em seu processo de

elaboração, os trabalhadores do SUAS, usuários e conselheiros municipais de

assistência social. Encontra-se, ainda, em consonância com o Plano Plurianual

Municipal e com as deliberações da última Conferência Municipal da Assistência

Social. Todos esses atores foram considerados imprescindíveis no processo de

definições das prioridades municipais.

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O PMAS, com a aprovação do Conselho Municipal de Assistência Social torna-se,

portanto, a expressão da Política de Assistência Social do Município e deve orientar

a execução das ações dessa política pelo próximo período de quatro anos, de forma

dirigente, não sendo um fim em si mesmo e sim um instrumento de um processo

garantidor de direitos.

Sua construção teve por objetivo permitir a visualização das prioridades

estabelecidas, suas ações e metas, os recursos disponíveis, bem como, as

estratégias para a sua implementação num espaço de tempo determinado, visando

à obtenção de resultados. Deverão estar presente nas ações cotidianas dos

gestores, profissionais executores da política, bem como de seus usuários e

conselheiros, devendo ser reavaliado periodicamente de forma a redirecionar suas

ações sempre que necessário, para a efetivação da política como direito do cidadão

e dever do Estado, no enfrentamento às situações de vulnerabilidade e de risco

social.

Este Plano, o qual temos a grata satisfação de apresentar à cidade de Linhares,

expressa tanto o compromisso político-institucional da gestão em qualificar os

serviços socioassistenciais, como os esforços partilhados pelos atores sociais

envolvidos – trabalhadores do SUAS, conselheiros e usuários – para concretização

de novos resultados e para o alcance de impactos sociais efetivos no que se refere

ao bem estar social da população em situação de vulnerabilidade e risco social do

Município de Linhares.

GUERINO LUIZ ZANON

Prefeito Municipal

AMANTINO PEREIRA PAIVA Secretário Municipal de Assistência Social

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CONSELHO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL

Instituído pela Lei de criação nº 1981 de 14 de agosto de 1997 e regulamentado pela

Lei Municipal nº 3.503, de 28 de maio de 2015.

Maria de Fátima Merlo dos Santos Presidente

Aline de Souza Dias Vice-Presidente

CONSELHEIROS – Portaria de Nomeação nº 587, de 05 de dezembro de 2017

Sidirlene Silva Borghi

Luciana Mantovaneli Amorim

Maria de Fátima Merlo dos Santos

Vanessa Santos Giraldeli

Itamar Francisco Teixeira

Lucinere Ronchette Silva

Manoela S. M. de Sá de Andrade

Rosimar Caldeira de Souza

Josemar Gatti Lorencini

Poliana do Nascimento Marinho

Jorcélia Gomes Maria Martins

Elivalda da Silva Hildefons

Verônica Corona Bassini

Gerline Deolinda de Paiva

Rosimari Rangel

Kézia dos Santos Donato

Altamir Ribeiro de Moura

Sara Teixeira Papa

José Augusto Ruela

Mateus Sessana

Aline de Souza Dias

Emerson Almeida Ladeira

Gabriella de Mattos Vetorazi Viçose

Altamiro Ribeiro de Moura

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SUMÁRIO

Sumário 1. APRESENTAÇÃO .......................................................................................................... 9

1.1. APROVAÇÃO DO PLANO PELO CONSELHO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL DE LINHARES - CMAS ........................................................................................ 9

1.2. PLANO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL – PMAS 2018 – 2021 ............... 10

2. ÓRGÃO GESTOR DA ASSISTÊNCIA SOCIAL ............................................................ 12

2.1. IDENTIFICAÇÃO ................................................................................................... 12

2.2. ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA...................................................................... 14

2.3. COMPOSIÇÃO DA EQUIPE DO ÓRGÃO GESTOR – RECURSOS HUMANOS .. 14

3. CONTROLE SOCIAL .................................................................................................... 17

3.1. CONSELHO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL DE LINHARES –CMAS .... 18

3.1.1. Identificação ................................................................................................... 18

3.1.2. Organização do Conselho Municipal de Assistência Social de acordo com suas atribuições .................................................................................................................... 19

3.2. INSTÂNCIAS DE CONTROLE VINCULADAS À ÁREA DA ASSISTÊNCIA SOCIAL MUNICIPAL...................................................................................................................... 23

4. O MUNICÍPIO DE LINHARES ...................................................................................... 24

4.1. HISTÓRICO ........................................................................................................... 24

4.2. CARACTERÍSTICAS GERAIS ............................................................................... 26

4.3. DADOS DEMOGRÁFICOS .................................................................................... 28

4.4. ASPECTOS ECONÔMICOS ................................................................................. 29

4.5. MERCADO DE TRABALHO .................................................................................. 30

4.6. ASPECTOS SOCIAIS ............................................................................................ 32

5. A REDE SOCIOASSISTENCIAL .................................................................................. 34

5.1. REDE PÚBLICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL ........................................................ 35

5.1.1. Proteção Social Básica ................................................................................... 35

5.1.2. Proteção Social Especial ................................................................................ 41

5.2. BENEFÍCIOS ASSISTENCIAIS ............................................................................. 46

5.3. GESTÃO DE PROGRAMAS DE TRANSFERÊNCIA DE RENDA .......................... 47

5.3.1. Programa Bolsa Família ................................................................................. 48

5.3.2. Programa INCLUIR......................................................................................... 49

5.4. REDE PRIVADA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL ........................................................ 50

ENTIDADES E ORGANIZAÇÕES QUE DESENVOLVEM AÇÕES DE PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA .............................................................................................................. 51

6. OBJETIVOS ................................................................................................................. 52

6.1. GERAL .................................................................................................................. 52

6.2. ESPECÍFICOS ...................................................................................................... 52

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7. DIRETRIZES ................................................................................................................ 53

8. DETALHAMENTO DAS AÇÕES ESTRATÉGICAS E METAS PARA O PERÍODO 2014 –2017 .................................................................................................................................. 54

8.1. EIXO 1 – PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA ............................................................... 54

8.2. EIXO 2 - PROGRAMAS E BENEFÍCIOS ............................................................... 57

8.3. EIXO 3 – PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL DE MÉDIA COMPLEXIDADE ............ 60

8.4. EIXO 4 – PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL DE ALTA COMPLEXIDADE .............. 62

8.5. EIXO 5 - GESTÃO ................................................................................................. 64

8.6. EIXO 6 – CONTROLE SOCIAL ............................................................................. 66

9. FINANCIAMENTO ........................................................................................................ 67

10. MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO .......................................................................... 69

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1. APRESENTAÇÃO

1.1. APROVAÇÃO DO PLANO PELO CONSELHO MUNICIPAL DE

ASSISTÊNCIA SOCIAL DE LINHARES - CMAS

O Conselho Municipal de Assistência Social do Município de Linhares – ES,

regulamentado pela Lei Municipal nº 3.503, de 28 de maio de 2015 e pela

Portaria de Nomeação nº 587, de 05 de dezembro de 2017, em conformidade

com a reunião extraordinária realizada em 20 de dezembro de 2017, registrada

na ata nº 281 APROVOU o Plano Municipal de Assistência Social – PMAS para

o quadriênio 2018 - 2021 através da Resolução nº. 70 de 20 de dezembro de

2017.

Linhares – ES, 21 de dezembro de 2017.

MARIA DE FÁTIMA MERLO DOS SANTOS

Presidente do Conselho Municipal de Assistência Social Linhares-ES

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1.2. PLANO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL – PMAS 2018 – 2021

O Plano Municipal de Assistência Social 2018 – 2021 vem atender a

recomendação legal estabelecida pelos artigos 203 e 204 da Constituição

Federal de 1988 (CF/88), no campo da Assistência Social, por meio da Lei

Orgânica de Assistência Social (LOAS), Lei nº 8.742, de 07 de dezembro de

1993, que exige pelo artigo 330, alínea III, que os Municípios, Estados e Distrito

Federal instituam o Plano de Assistência Social.

A Resolução n°. 182, de 20 de julho de 1999, do Conselho Nacional de

Assistência Social (CNAS), em seu artigo 1° define que os Planos de

Assistência Social serão plurianuais, abrangendo o período de 04 (quatro)

anos, tanto para Estados quanto para Municípios.

O Parágrafo Único deste artigo explicita que os planos contemplarão o

segundo ano da gestão governamental em que foram elaborados e o primeiro

ano da gestão seguinte.

Conforme a Norma Operacional Básica da Assistência Social – NOB/SUAS, os

instrumentos de gestão se caracterizam como ferramentas de planejamento

técnico e financeiro da Política de Assistência Social e do Sistema Único de

Assistência Social – SUAS, nas três esferas de governo, tendo como

parâmetro o diagnóstico social e os eixos de Proteção Social Básica e

Especial, sendo eles: Plano de Assistência Social; Orçamento; Monitoramento,

Avaliação e Gestão da Informação e Relatório de Gestão.

Ainda de acordo com a PNAS/2004, “O Plano de Assistência Social é um

instrumento de planejamento estratégico que organiza, regula e norteia a

execução da Política Nacional de Assistência Social – PNAS na perspectiva do

Sistema Único de Assistência Social – SUAS. Sua elaboração é de

responsabilidade do órgão gestor da política, que o submete à aprovação do

Conselho de Assistência Social, reafirmando o princípio democrático e

participativo”.

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A estrutura deste plano comporta, em especial: dados gerais do município;

caracterização da rede de assistência; os objetivos gerais e específicos; as

diretrizes e prioridades deliberadas; as ações estratégicas correspondentes

para sua implementação; as metas estabelecidas, os recursos materiais,

humanos e financeiros disponíveis e necessários; os mecanismos e fontes de

financiamento; a cobertura da rede prestadora de serviços; o monitoramento e

avaliação e o espaço temporal de execução.

O processo de construção do PMAS 2018-2021 deu-se de maneira democratic

e transparente, através de reuniões, oficinas temáticas e audiência pública para

sensibilizar as equipes e sociedade da importância de tal documento,

envolvendo todos os atores da política: gestor, profissionais e trabalhadores do

SUAS, entidades parceiras, gerência de programas, organizações da

sociedade civil socioassistenciais, usuários, Conselho Municipal de Assistência

Social e demais conselhos vinculados à Assistência Social, como forma de

garantir a democratização de informações e construção de propostas que

venham ao encontro das reais necessidades do município.

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2. ÓRGÃO GESTOR DA ASSISTÊNCIA SOCIAL

2.1. IDENTIFICAÇÃO

Nome do Órgão Gestor: Secretaria Municipal de Assistência Social – SEMAS

Município: Linhares – ES

CNPJ do FMAS 15.183.636/0001-93

Endereço: Rua da Conceição, 269

Bairro: Centro

CEP: 29900-320

Telefone: 27 3372-2099

Email: [email protected]

Responsável: Amantino Pereira Paiva

Nível de Gestão: Plena

Porte do Município conforme critérios do MDS:

Grande Porte

A Secretaria Municipal de Assistência Social – SEMAS ocupa um espaço

importante na Prefeitura Municipal de Linhares, assumindo o compromisso

ético e político de promover o caráter público da seguridade social estabelecido

na Constituição Federal de 1988, regulamentado pela Lei Orgânica da

Assistência Social – LOAS e pela Política Nacional de AssistênciaSocial.

No compromisso do Governo Municipal para com a Política de Assistência

Social na cidade de Linhares, a SEMAS assume a atribuição de aprimorar a

política municipal de assistência social em consonância com o Sistema Único

de Assistência Social – SUAS, como sistema articulador e provedor de ações

de proteção social básica e especial, afiançador de seguranças sociais, com

monitoramento e avaliação de suas ações, processos e resultados, de modo a

obter maior eficiência e eficácia nos investimentos públicos e efetividade no

atendimento à população.

A Secretaria Municipal de Assistência Social tem por finalidade coordenar a

definição e a implementação das políticas sociais no Município de forma

integrada e intersetorial.

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A ela compete:

I - O combate às consequências geradas pela pobreza como a exclusão

social, a garantia de acesso às políticas públicas essenciais para a vida como

educação, saúde, cultura, esporte e lazer e o desenvolvimento de uma

política de inclusão social das camadas mais pobres dapopulação;

II - Promover a organização da rede de atendimento, execução de programas

e projetos desenvolvidos pela Prefeitura, coordenação e implementação de

um sistema de supervisão, acompanhamento e avaliação das ações e da

prestação de contas da rede pública e filantrópica da assistência social no

Município, bem como a definição da relação com as entidades prestadoras de

serviços e dos instrumentos legais a seremutilizados;

III - Promover e coordenar as ações político-administrativas com relação às

esferas estadual e federal, apoiar as atividades relacionadas a ações

comunitárias, atuar na orientação e inclusão social e integrar-se aos projetos

sociais de outras políticas públicas, que visem o desenvolvimento e o

atendimento à população usuária;

IV - Elaborar planos, programas e projetos de desenvolvimentosocial;

V - Coordenar as estratégias de implementação de planos, programas e

projetos de proteção social;

VI - Coordenar as atividades relativas a direitos humanos ecidadania;

VII - Coordenar as atividades de política de segurança alimentar e proteção

social básica eespecial;

VIII - Planejar, coordenar e executar programas e atividades de apoio à

pessoa com deficiência, visando a sua reinserção nasociedade;

IX - Gerir os fundos municipais de Assistência Social, da Criança e do

Adolescente eIdoso;

X - Avaliar as ações das entidades sociais do Município, aprovando projetos

e liberando recursos financeiros e humanos necessários à implementação das

atividades das mesmas em parceria com as Instâncias de ControleSocial;

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XI - Execução dos demais serviços públicos municipais que estejam

compreendidos no seu âmbito deatuação.

A Secretaria tem ainda como atribuições a organização da rede de atendimento

pública e privada de assistência social, execução de programas, projetos,

benefícios e serviços, captação de recursos financeiros, proposição dos

recursos humanos necessários e apoio a participação popular e controle social.

2.2. ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA

A SEMAS tem sua equipe dividida de acordo com os programas que

desenvolve, além de profissionais que são referência da gestão. Encontra-se

em estudo a elaboração de um organograma que contemple a organização da

secretaria conforme o SUAS – Sistema Único de Assistência Social,

contemplando gerências de acordo com os níveis de proteção, visando maior

agilidade e qualidade dos serviços.

Atualmente, estas funções não estão estabelecidas formalmente.

2.3. COMPOSIÇÃO DA EQUIPE DO ÓRGÃO GESTOR – RECURSOS

HUMANOS

A SEMAS conta hoje com 334 (trezentos e trinta e quatro) servidores, de

diversas formações, distribuídos nos 14 (quatorze) equipamentos públicos de

atendimento: 1 (uma) Sede, 7 (sete) CRAS, 1 (um) CREAS, 3 (três) Serviços

de Acolhimento para crianças e adolescentes, 1 (um) Serviço de Acolhimento

para adultos em Situação de Rua, 1 (uma) central do Cadastro Único,

localizados no território municipal, formando o quadro de profissionais e

trabalhadores do SUAS.

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QUADRO DE SERVIDORES

CARGO/FUNÇÃO QUANTIDADE

AGENTE DA GUARDA CIVIL MUNICIPAL 01

AGENTE FISCAL 01

ASSESSOR DE DEPARTAMENTO 20

ASSESSOR TECNICO I 07

ASSESSOR TECNICO II 02

ASSISTENTE SOCIAL 35

ASSISTENTE SOCIAL - ACAO SOCIAL 10

ASSISTENTE SOCIAL-3676/2017 03

ATENDENTE 08

AUX. ADMINISTRATIVO 13

AUX. DE SERVICOS 01

AUX. SECRETARIA 02

AUX. DE NECROPSIA 01

CARPINTEIRO 01

CHEFE DA DIV. ADMINISTRATIVA 01

CHEFE DA DIV.DESENV.PROG.FAM.C 01

CONSELHEIRO TUTELAR 10

CONTINUO 05

CUIDADOR SOCIAL - LEI 3643/2017 26

DIGITADOR DE DADOS(EFET) 01

DIRETOR DE DEPTO DE ASSISTENCIA SOCIAL 01

EDUCADOR DE INFORMATICA - LEI 3643/2017 05

EDUCADOR FISICO - LEI 3643/2017 05

EDUCADOR SOCIAL- LEI 3643/2017 10

EDUCADOR SOCIAL-ACAO SOCIAL 01

EDUCADOR SOCIAL-LEI 3676/2017 04

ELETRICISTA 01

ESCRITURARIO 06

GARI 14

MONITOR EDUCACIONAL 01

MOTORISTA 10

OF. ADMINISTRATIVO 04

OFICINEIRO - LEI 3643/2017 15

PSICOLOGO 12

PSICOLOGO - ACAO SOCIAL 04

PSICOLOGO-3676/2017 04

SEC. MUNIC. ASSISTENCIA SOCIAL 01

SERVENTE 70

TEC. AGRICOLA 01

TELEFONISTA 03

TRABALHADOR BRACAL 11

TRATORISTA DE JERICO 02

TOTAL 334

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Em relação a estes servidores, podemos identificar que:

a) Quanto ao vínculo empregatício:

Fonte: Dados fornecidos pelo setor de Recursos Humanos da Prefeitura

Municipal de Linhares em 04/12/2017.

Dentre os servidores, 54% são efetivos, o que garante continuidade do serviço

oferecido, tornando-o menos suscetível à mobilidade de profissionais devido à

fragilidade do vínculo. Apesar deste quadro, 14% são comissionados e 32%

possuem outros vínculos não permanentes, e essa instabilidade pode afetar a

rotina do serviço, principalmente nos períodos de transição de gestão.

b) Quanto ao nível de escolaridade:

Fonte: Dados fornecidos pelo setor de Recursos Humanos da Prefeitura

Municipal de Linhares em 04/12/2017.

Percebemos que 50% já têm ou estão cursando o nível superior, o que aponta

para um nível de capacitação satisfatório diante das funções desenvolvidas na

SEMAS.

181, 54%

45, 14%

108, 32%

VÍNCULO EMPREGATÍCIO DOS SERVIDORES LOTADOS NA SEMAS LINHARES NO ANO DE 2017

ESTATUTÁRIOS

COMISSIONADOS

OUTROS

32, 9%

136, 41%

166, 50%

NÍVEL DE ESCOLARIDADE DOS SERVIDORES LOTADOS NA SEMAS LINHARES EM 2017.

Fundamental

Médio

Superior

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3. CONTROLE SOCIAL

A Resolução CNAS nº 237/2006 define o Controle Social como o exercício

democrático de acompanhamento da gestão e avaliação da Política de

Assistência Social, do Plano Plurianual de Assistência Social e dos recursos

financeiros destinados a sua implementação, sendo uma das formas de

exercício desse controle zelar pela ampliação e qualidade da rede de serviços

socioassistenciais para todos os destinatários da política.

Ele representa a capacidade que a sociedade organizada tem de intervir nas

políticas públicas, interagindo com o Estado na definição de prioridades e na

elaboração dos planos de ação do Município, do Estado ou do Governo

Federal. Os conselhos de políticas e de defesa de direitos, tais como os

Conselhos de Assistência Social, são formas democráticas de controle social.

A intervenção participativa tem três dimensões: a política, a ética, e uma que

podemos chamar de técnica e/ou administrativa que consiste no

acompanhamento do ciclo de elaboração, monitoramento e avaliação da

política pública, incluindo a fiscalização, controle e avaliação da qualidade dos

serviços, programas, projetos e benefícios executados pela rede

socioassistencial tanto pública quanto privada. Esse controle da gestão pública

tem suas bases legais nos princípios e direitos constitucionais fundamentais,

como o inciso LXXIII, art. 5º, da Constituição Federal, que estabelece o

mecanismo de ação popular e o § 2º do inciso IV do art. 74 que dispõe que

qualquer cidadão é parte legítima para denunciar irregularidades ao Tribunal de

Contas da União –TCU.

Na assistência social, em particular o inciso II, art. 204 da Carta Maior,

estabelece que nesse campo as ações governamentais tenham como

diretrizes, dentre outras, a “participação da população, por meio de

organizações representativas, na formulação da Política e no controle das

ações em todos os níveis”.

O funcionamento dos Conselhos de Assistência Social tem sua concepção

advinda da Constituição Federal de 1988 [art. 204] enquanto instrumento de

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efetivação da participação popular no processo de gestão político-

administrativa-financeira e técnico-operativa, com caráter democrático e

descentralizado.

Assim, como forma de efetivar essa participação, foi instituída pela Lei

8.742/93, Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS, em seu artigo 16, que as

instâncias Deliberativas do sistema descentralizado e participativo, de caráter

permanente e composição paritária entre governo e sociedade civil são: os

Conselhos Municipais, Estaduais, do Distrito Federal e o Conselho Nacional de

Assistência Social – CNAS.

É importante ressaltar que a conquista da participação popular como direito

não se trata apenas da participação nos Conselhos. Esse é um espaço

privilegiado, mas não o único espaço de participação. Porém, os conselhos

devem exercer seu papel político, que é outra importante dimensão de atuação.

3.1. CONSELHO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL DE LINHARES –

CMAS

3.1.1. Identificação

Nome do Presidente: Maria de Fátima Merlo dos Santos

Representação: Governamental

Número de conselheiros: Vinte e quatro (doze titulares e doze suplentes)

Endereço: Rua da Conceição, 269

Bairro: Centro

Telefone: 27 3373-3338 / 3371-4792

E-mail do CMAS: [email protected]

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3.1.2. Organização do Conselho Municipal de Assistência Social de

acordo com suas atribuições

O Conselho Municipal de Assistência Social de Linhares, criado pela Lei nº.

1981 de 14 de agosto de 1997, alterado por uma nova redação através da Lei

Municipal nº 3.503, de 28 de maio de 2015, é um órgão colegiado de caráter

permanente e de funções deliberativas e fiscalizadoras. A referida Lei, em seu

art. 2º apresenta a este órgão as seguintes competências:

I - apreciar, aprovar e acompanhar a execução da Política Municipal de

Assistência Social, elaborada em consonância com as diretrizes estabelecidas

pelas Conferências de Assistência Social;

II - elaborar, revisar e aprovar seu Regimento Interno;

III - revisar e aprovar sua Lei de criação;

IV - fixar normas para efetuar a inscrição de entidades e organizações de

assistência social e registro de ações, serviços, programas e projetos de

entidades correlatas no âmbito municipal;

V - efetuar a inscrição e aprovar as ações, serviços, benefícios, programas e

projetos de assistência social das entidades públicas e privadas para fins de

funcionamento;

VI - manter atualizado o cadastro das entidades e organizações da assistência

social devidamente inscrita no Conselho Municipal de Assistência Social;

VII - zelar pelo funcionamento efetivo do sistema descentralizado e participativo

de Assistência Social;

VIII - avaliar e fiscalizar os serviços de assistência social prestados à

população por órgãos, entidades públicas e privadas no município de Linhares;

IX - apreciar, avaliar e aprovar a Política e o Plano Municipal de Assistência

Social;

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X - estabelecer diretrizes, apreciar e aprovar os programas anuais e plurianuais

do Fundo Municipal de Assistência Social;

XI - apreciar e aprovar a proposta orçamentária da assistência social, alocados

no Fundo Municipal de Assistência Social - FMAS, a ser encaminhada pela

Secretaria Municipal de Assistência Social;

XII - definir as prioridades e atuar na formulação de estratégias e no controle da

execução da Política Municipal de Assistência Social no âmbito municipal;

XIII - propor, acompanhar e aprovar critérios para a programação financeira e

orçamentárias do Fundo Municipal de Assistência Social;

XIV - acompanhar, avaliar e fiscalizar os serviços de Assistência Social

prestados à população do município pelos órgãos, entidades públicas e

privadas que atuam na área de assistência social no município de Linhares;

XV - aprovar critérios de qualidade para o funcionamento dos serviços de

assistência social públicos e privados no âmbito municipal;

XVI - apreciar e aprovar critérios para a celebração de contratos, convênios ou

similares entre o órgão Gestor e entidades públicas e privadas, que prestam

serviços de assistência social no âmbito municipal;

XVII - apreciar e aprovar previamente os planos, objetivando a celebração de

contratos, convênios e similares mencionados no inciso anterior;

XVII - acompanhar e fiscalizar a gestão de recursos, destinados a assistência

social, avaliando os ganhos sociais e o desempenho dos serviços, programas,

projetos e benefícios implementados;

XIX - propor modificações nas estruturas do sistema municipal que visem a

promoção, a proteção e defesa dos direitos dos usuários da assistência social;

XX - propor a formulação de estudos e pesquisas que subsidiem as ações do

CMAS no controle da Assistência Social no âmbito do município;

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XXI - apreciar e aprovar o Plano Municipal de Educação Permanente dos

trabalhadores do SUAS no âmbito do município;

XXII - divulgar, no órgão de imprensa oficial do município e nos meios de

comunicação local, as deliberações consubstanciadas em Resoluções e outros

instrumentos congêneres do CMAS;

XXIII - planejar e deliberar sobre a aplicação dos recursos do IGD-PBF e do

IGD-SUAS, destinados ao desenvolvimento das atividades do CMAS;

XXIV - zelar pela efetivação do SUAS no município;

XXV - manter articulação com o Conselho Estadual de Assistência Social -

CEAS, e com o Conselho Nacional de Assistência Social - CNAS;

XXVI - acompanhar e fiscalizar a aplicação de recursos orçamentários dos

recursos orçamentários da assistência social por meio do Fundo Municipal de

Assistência Social;

XXVII - convocar, ordinariamente, a cada 02 (dois) anos, ou

extraordinariamente, a Conferência Municipal de Assistência Social com a

atribuição de avaliar a situação da Assistência Social, e propor diretrizes para o

aperfeiçoamento do Sistema.

O CMAS é formado por 24 (vinte e quatro) membros, sendo 12 (doze) titulares

e 12 (doze) suplentes, obedecendo à paridade entre governo e sociedade civil.

A atual composição é formada pelos seguintes membros:

O Conselho Municipal de Assistência Social, assim como os demais conselhos

vinculados a SEMAS, utiliza a estrutura da Secretaria Municipal de Assistência

Social para o desempenho autônomo de suas atividades. As reuniões

ordinárias acontecem mensalmente no auditório da SEMAS, conforme

cronograma anual. Para organização e articulação de suas ações, existem

duas técnicas de Referência à disposição dos conselheiros.

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I- Representação governamental, integrada pelos seguintes órgãos de

AdministraçãoPública:

SEGMENTO

NOME

INÍCIO DO MANDATO

TÉRMINO DO

MANDATO

Secretaria Municipal de

Assistência Social –SEMAS

Titular 1: Sidirlene Silva Borghi 05/12/2017 05/03/2019

Suplente 1: Luciana Mantovanelli Amorim 06/03/2017 05/03/2019

Titular 2: Maria de Fátima Merlo dos Santos 06/03/2017 05/03/2019

Suplente 2: Vanessa Santos Giraldeli 06/03/2017 05/03/2019

Secretaria Municipal de Saúde

Titular: Itamar Francisco Teixeira 06/03/2017 05/03/2019

Suplente: Lucinere Ronchette Silva 06/03/2017 05/03/2019

Secretaria Municipal de

Educação

Titular: Manoela S.M. de Sá de Andrade 06/03/2017 05/03/2019

Suplente: Rosimar Caldeira de Souza 06/03/2017 05/03/2019

Secretaria Municipal de

Finanças

Titular: Josemar Gatti Lorencini 06/03/2017 05/03/2019

Suplente: Poliana do Nascimento Marinho 06/03/2017 05/03/2019

Secretaria Municipal de Planejamento

Titular: Jorcélia Gomes Maria Martins 06/03/2017 05/03/2019

Suplente: Elivanda da Silva Hildefons 05/12/2017 05/03/2019

II- Representação da sociedade civil:

SEGMENTO

NOME INÍCIO DO

MANDATO

TÉRMINO

DO

MANDATO

Representantes de entidades e

organizações da Assistência Social

Titular 1: Verônica Corona Bassini (AFEMOL)

06/03/2017 05/03/2019

Suplente 1 : Gerline Deolinda de Paiva (INSP)

06/03/2017 05/03/2019

Titular 2: Rosimari Rangel (Lar do Idoso) 06/03/2017 05/03/2019

Suplente 2: Kézia dos Santos Donato (Cáritas)

06/03/2017 05/03/2019

Titular 3: Altamir Ribeiro de Moura (Grupo Resgate)

06/03/2017 05/03/2019

Suplente 3: Sara Teixeira Papa (CLAM) 06/03/2017 05/03/2019

Representantes de Organização de

Usuários da Assistência Social

Titular: José Augusto Ruela 06/03/2017 05/03/2019

Suplente: Mateus Sessana 06/03/2017 05/03/2019

Representantes de Usuários dos serviços de

Assistência Social

Titular: Aline de Souza Dias 06/03/2017 05/03/2019

Suplente: Emerson Almeida Ladeira 06/03/2017 05/03/2019

Representantes de Entidade

Representativa de Trabalhadores da Assistência Social

Titular: Gabriella de Mattos Vetorazi Viçose 06/03/2017 05/03/2019

Suplente: Altamiro Ribeiro de Moura 06/03/2017 05/03/2019

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3.2. INSTÂNCIAS DE CONTROLE VINCULADAS À ÁREA DA ASSISTÊNCIA

SOCIAL MUNICIPAL

Conforme já exposto, os conselhos gestores de políticas públicas são canais

efetivos de participação, que permitem estabelecer uma sociedade na qual a

cidadania deixe de ser apenas um direito, mas uma realidade. A importância

dos conselhos está no seu papel de fortalecimento da participação democrática

da população na formulação e implementação de políticas públicas. Sendo

assim, a SEMAS apoia e fomenta a criação de conselhos específicos a cada

política pública, como forma de empoderamento de todos os segmentos

sociais. Além do Conselho Municipal de Assistência Social, encontram-se hoje

ligados a esta Secretaria os seguintes conselhos:

• Conselho Municipal dos Direitos Da Mulher – CMDM

Criado pela Lei Municipal nº. 2.290, de 20 de junho de 2002, encontra-se em

fase de reformulação e adequação à legislação.

• Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente – CMDCA

Criado pela Lei Municipal nº 1.767 de 27 de setembro de 1993, alterada pela

Lei Municipal nº 3.490 de 06 de abril de 2015, com 24 (vinte e quatro)

membros, considerando titulares e suplentes, sendo 12 (doze) representantes

governamentais e 12 (doze) representantes da sociedade civil.

• Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa – CMDPI

Criado pela Lei Municipal nº 3.215, de 16 de agosto de 2012, composto por 24

(vinte e quatro) membros, considerando titulares e suplentes, sendo 12 (doze)

representantes governamentais e 12 (doze) representantes da sociedade civil,

nomeados pela portaria nº 827 de 07/11/2012.

• Conselho Municipal dos Direito da Pessoa com Deficiência – CMDPD

Criado pela Lei Municipal nº 2.881, de 24 de setembro de 2009, alterado pela

Lei Municipal nº 3.251, de 210 de dezembro de 2012 composto por 24 (vinte e

quatro) membros, considerando titulares e suplentes, sendo 12 (doze)

representantes governamentais e 12 (doze) representantes da sociedade civil.

• Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional – COMSAN

Criado pela Lei Municipal nº. 2606, de 01 de junho de 2006, encontra-se em

fase de reformulação e adequação à legislação.

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4. O MUNICÍPIO DE LINHARES

4.1. HISTÓRICO

A história de Linhares tem início com o Povoado de Coutins, onde, em 1800, foi

implantado o Quartel Militar, que fazia a proteção da navegação do Rio Doce.

O local era dominado pelos índios do grupo Botocudo, nação Gê ou Tapuia,

primeiros donos das terras, que resistiam tenazmente a qualquer colonização

branca na área, até que sucumbiram e foram dizimados totalmente.

O primeiro povoado foi inteiramente destruído por ataques dos índios

botocudos. E em 1809, outro povoado foi levantado no mesmo lugar,

recebendo o nome de Linhares, em homenagem a Dom Rodrigo de Sousa

Coutinho, o Conde de Linhares.

O povoado ficava situado num platô em forma de meia-lua, às margens do rio

Doce. No leste e no oeste do povoado ficavam situados dois quartéis militares

para avisar a população de prováveis ataques dos indígenas. Um quartel

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estava situado onde hoje é o Bairro Aviso (daí o nome), o outro se localizava

nas proximidades de onde fica hoje o Colégio Estadual.

Em 1819 foi feita, por ordem de Francisco Alberto Rubim, uma "Vista e

Perspectiva do Povoado de Linhares", e nela, vê-se também a Primeira Igreja,

construída sob o patrocínio de Rubim. O povoado foi construído em volta de

uma praça quadrada (atual Praça 22 de Agosto), que guarda até hoje seu

traçado original. Nessa praça os índios dançavam e cantavam no passado.

Em abril de 1833, em execução a uma Provisão de Paço Imperial, o povoado

foi elevado à condição de vila, sendo sede do município do mesmo nome –

Linhares – sob a proteção de Nossa Senhora da Conceição. Provisão de Paço

corresponde, hoje, a um decreto do Presidente da República. Em 22 de Agosto

do mesmo ano, realizou-se a primeira sessão solene da Câmara de

Vereadores do Município de Linhares, dando "início à sua vida político-

administrativa". Nessa época, o Brasil era Império, o Espírito Santo uma

Província, e era Vila, a sede do município; não existindo Prefeito, os municípios

eram administrados pelas Câmaras de Vereadores.

Naquela época toda área da região era coberta pela Mata Atlântica, que aos

poucos, e no decorrer de um século, foi devastada dando lugar a povoamentos,

pastoreio e agricultura.

O território do município de Linhares abrangia os que são hoje os municípios

de Linhares, Rio Bananal, Colatina, Baixo Guandu, Pancas, São Gabriel da

Palha, Sooretama e partes de Ibiraçu, Santa Teresa e Itaguaçu.

No final do século XIX, a Vila de Linhares entra em decadência e o povoado de

Colatina, que pertencia ao município de Linhares, conhece rápido crescimento

graças à colonização italiana com o plantio de café e à inauguração dos trilhos

da Estrada de Ferro Vitória a Minas. Assim, por decreto de 30 de dezembro de

1921, ficou criado o município de Colatina, englobando a vila e o antigo

município de Linhares. Esse fato contribuiu mais ainda com a decadência de

Linhares verificada durante os 22 anos seguintes. Com a passagem da rodovia

ligando Linhares a Vitória e a São Mateus transpondo o Rio Doce, este voltou à

condição de emancipado em 1943.

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4.2. CARACTERÍSTICAS GERAIS

Linhares é a principal cidade do norte capixaba e a cidade com maior extensão

litorânea e maior extensão territorial do Estado do Espírito Santo. Localiza-se a

uma latitude 19º23'28"sul e a uma longitude 40º04'20"oeste, estando a uma

altitude de 33 metros. Possui uma área de 3.502 km².

Os municípios limítrofes são: São Mateus, Jaguaré, Sooretama, Rio Bananal,

Governador Lindemberg, Marilândia, Colatina, João Neiva e Aracruz.

O clima da região pode ser classificado de tropical quente e seco. Devido à

grande modificação da paisagem, principalmente no que concerne às matas, o

clima está descaracterizado, havendo ligeira diminuição das precipitações nos

meses de inverno, por causa da penetração das massas polares vindas do sul.

Linhares foi inclusive incluída na SUDENE por apresentar períodos

consideráveis de estiagem o que prejudica imensamente a Pecuária e a

Agricultura.

O município apresenta a seguinte divisão territorial:

• Distritos: Linhares; Bebedouro; Desengano; São Rafael; Córrego

Japira; Farias; Rio Quartel; Guaxe; Regência e Bagueira.

• Bairros: Azevedo; Centro; Colina; Conceição; Juparanã; Três Barras;

Aviso; Araçá; Shell; BNH; José Rodrigues Maciel; Lagoa do Meio;

Jardim Laguna; Parque Residencial Exposição; Interlagos; São José;

Linhares V; Boa Vista; Nova Esperança (Linhares); Movelar; Planalto;

Recanto dos Lagos; Santa Cruz; Canivete; Vila Izabel; Palmital; Vila

Betânia; Vila Capixaba; Gaivotas.

• Litoral: Pontal do Ipiranga; Degredo; Povoação; Regência.

Existe em seu território uma das maiores reservas naturais da Mata Atlântica, a

reserva de Goytacazes, além da reserva particular da Companhia Vale do Rio

Doce e a Reserva de Sooretama. Devido à sua topografia extremamente plana,

Linhares tem 69 lagoas, algumas de grande porte, como a Lagoa Juparanã,

com 30 km de extensão por 4 a 5 km de largura. As lagoas oferecem um

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importante atrativo turístico, sendo visitadas por milhares de pessoas

constantemente.

Linhares é de fácil acesso, pela proximidade da Capital (Vitória), cortada ao

meio pela BR 101, a principal rodovia brasileira. Por ter sido planejada, a

cidade possui ruas amplas, longas e bem pavimentadas. As quadras são

regulares. A cidade, como todo o município, é plana, com pequenas colinas

levemente onduladas. Por ser uma cidade cercada de florestas, o centro é

visitado por pássaros silvestres e outros animais.

Devido aos seus recursos naturais e sua localização, a cidade está em pleno

desenvolvimento. As praias, apesar da dificuldade de acesso (45 km da sede,

em estrada parcialmente pavimentada), atraem turistas por serem ótimas para

a prática de surf, pesca oceânica e tranquilidade junto à natureza. O litoral de

Linhares possui uma unidade do Projeto TAMAR (tartarugas-marinhas), na vila

de Regência, por ser um local de reprodução desses animais, especialmente

da Tartaruga Gigante. O Rio Doce, o maior do Estado e um dos maiores da

Região Sudeste, tem sua foz no município e atravessa a cidade de Linhares. O

Delta do Rio Doce forma um espetáculo natural que atrai a visita de muitos

turistas. Outro atrativo do litoral de Linhares é a Praia de Barra Seca, onde é

praticado o naturismo. Na área próxima existe infraestrutura com pousadas

para receber os visitantes.

Existe no município um movimento cultural intenso, com destaque para a

primeira semana de junho quando acontece a Festa do Caboclo Bernardo,

herói que salvou 128 marinheiros de um naufrágio na foz do Rio Doce, no final

do Século XIX. Convergem para a vila de Regência, todos os anos, tradicionais

bandas de Congo do Estado com o intuito de prestar homenagens ao herói.

Atualmente, o crescimento do potencial estratégico da região, a partir do

desenvolvimento de novas cadeias produtivas com base nos insumos locais

tem deslocado os eixos do desenvolvimento econômico do Espírito Santo, em

um processo capitaneado por Linhares. Atividades como a extração de gás e

petróleo, a fruticultura, a fabricação de móveis, entre outras, fazem da

economia de Linhares um cenário prenhe e multifacetado.

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4.3. DADOS DEMOGRÁFICOS

Considerada a capital do Norte capixaba, Linhares possui a maior extensão

territorial e é a 6ª cidade mais populosa do Estado. A população do município

ampliou, entre os Censos Demográficos de 2000 e 2010, à taxa de 2,30% ao

ano, passando de 112.608 (cento e doze mil, seiscentos e oito) para 141.306

(cento e quarenta e um mil, trezentos e seis) habitantes. Essa taxa foi superior

àquela registrada no Estado, que ficou em 1,28% ao ano e superior à cifra de

1,06% ao ano da Região Sudeste. Segundo estimativas, até 2020 a população

deverá saltar para mais de 200.000 (duzentos mil) habitants, estando com uma

estimativa em 2017 de 169.048 (cento e sessenta e nove mil e quarenta e oito)

habitantes, segundo dados do IBGE (2017)

A taxa de urbanização apresentou alteração no mesmo período. A população

urbana em 2000 representava 82,52% e em 2010 a passou a representar

86,03% do total.

A estrutura demográfica também apresentou mudanças no município. Entre

2000 e 2010 foi verificada ampliação da população idosa que cresceu 4,3% em

média ao ano. Em 2000, este grupo representava 7,0% da população, já em

2010 detinha 8,6% do total da populaçãomunicipal.

O segmento etário de 0 a 14 anos registrou crescimento positivo entre 2000 e

2010, com média de 0,2% ao ano. Crianças e jovens detinham 31,2% do

contingente populacional em 2000, o que correspondia a 35.094 habitantes.

Em 2010, a participação deste grupo reduziu para 25,5% da população,

totalizando 35.968 (trinta e cinco mil, novecentos e sessenta e oito) habitantes.

A população residente no município na faixa etária de 15 a 59 anos exibiu

crescimento populacional (em média 2,96% ao ano), passando de 69.606

(sessenta e nove mil, seiscentos e seis) habitantes em 2000 para 93.227

(noventa e três mil, duzentos e vinte e sete) em 2010. Em 2010, este grupo

representava 66,0% da população do município.

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Figura 1: Tabela do Perfil Demográfico de Linhares

Fonte: Mapa de Vulnerabilidade de Linhares, produzido pela Fundação Renova em novembro

de 2017.

4.4. ASPECTOS ECONÔMICOS

O município destaca-se por ser o maior produtor de Mamão do Estado (como o

Espírito Santo é o maior produtor do Brasil, que é o maior exportador de papaia

do mundo, então, Linhares está entre os maiores exportadores desse fruto para

o mundo). Além disso, Linhares destaca-se por sua indústria moveleira, pela

produção de álcool, pela produção de cacau, pela produção de confecções e

pela produção de petróleo e gás natural. Ultimamente a cidade tem recebido

grandes investimentos de infraestrutura, devido aos recursos provindos da

exploração de petróleo e gás. Isto tem atraído diversas empresas e modificado

a economia que, até a década de 1990, tinha forte ligação à atividade agrícola.

Devido ao rápido crescimento e desenvolvimento, a cidade tem expandido seu

setor imobiliário, que tinha foco voltado somente para a região metropolitan

(Grande Vitória). A construção de diversos hotéis e edifícios tem modificado

aos poucos o skyline (panorama urbano) da cidade. Também possui um

Hipermercado e um Shopping Center, que conta com grandes marcas, além de

cinema e praça de alimentação.

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Entre 2005 e 2010, segundo o IBGE, o Produto Interno Bruto (PIB) do

município cresceu 65,1%, passando de R$ 1.401,60 milhões para R$ 2.314,60

milhões. O crescimento percentual foi superior ao verificado no Estado, que foi

de 41,4%. A participação do PIB do município na composição do PIB estadual

aumentou de 2,97% para 3,47% no período de 2005 a 2010.

Conforme dados do IBGE (2015), o PIB per capita de Linhares é de

R$32.011,14 (trinta e dois mil, onze reais e quatorze centavos), estando em 8º

lugar em comparação com os demais municípios do Estado. 71,1% (setenta e

um virgula um por cento) das receitas são oriundas de fontes externas.

Quando analisamos os aspectos econômicos do município, é importante levar

em consideração, dentre outros fatores, a sua capacidade de geração de renda

através de atividades nas áreas da pecuária e agricultura. No caso da pecuária,

dados coletados da Pesquisa Agrícola Municipal do IBGE, referentes a 2011,

apontam que as 04 (quatro) principais culturas de rebanho local são: avicultura,

bovinocultura, suinocultura e equinocultura, com destaque para o primeiro.

Além do campo da pecuária, a supracitada pesquisa também fornece dados

acerca da área de agricultura local. Neste caso, foram coletados dados acerca

das 05 (cinco) principais culturas de agricultura do município, divididas entre

aquelas permanentes e aquelas temporárias, sendo elas: permanentes –

mamão, côco-da-baía, café, banana e cacau; temporárias – cana-de-açúcar,

mandioca, milho, feijão e abacaxi (Fonte: Boletim de Informações Municipais –

Subsídios para elaboração do PPA – Linhares/ES – SAGI/MDS).

4.5. MERCADO DE TRABALHO

Conforme dados do último Censo Demográfico, o município, em agosto de

2010, possuía 75.133 (setenta e cinco mil, cento e trinta e três) pessoas com

10 anos ou mais de idade economicamente ativas, sendo que 69.018 (sessenta

e nove mil e dezoito) estavam empregados e 6.115 (seis mil, cento e quinze)

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desempregados. A taxa de participação ficou em 63,7% e a taxa de

desocupação municipal foi de 8,1%.

A distribuição das pessoas ocupadas por posição na ocupação mostra que

52,1% tinham carteira assinada, 19,0% não tinham carteira assinada, 17,8%

atuam por conta própria e 2,6% de empregadores. Servidores públicos

representavam 7,4% do total ocupado e trabalhadores sem rendimentos e na

produção para o próprio consumo representavam 1,2% dos ocupados.

Das pessoas ocupadas, 2,4% não tinham rendimentos e 33,5% ganhavam até

um salário mínimo por mês.

O valor do rendimento médio mensal das pessoas ocupadas era de R$

1.171,89 (mil setecentos e setenta e um reais e oitenta e nove centavos). Entre

os homens, o rendimento era de R$ 1.404,13 (mil quatrocentos e quatro reais e

treze centavos) e entre as mulheres de R$ 893,80 (oitocentos e noventa e três

reais e oitenta centavos), apontando uma diferença de 57,10% maior para os

homens.

De acordo com a PNAD 2015, a situação de trabalho e renda do município de

Linhares encontra-se da seguinte forma:

Fonte: IBGE Cidades – Brasil em Síntese – disponível em https://cidades.ibge.gov.br/ .

Em 2015, o salário médio mensal era de 2,3 salários mínimos. A proporção de

pessoas ocupadas em relação à população total era de 28,4%. Na comparação

com os outros municípios do estado, ocupava as posições 10 de 78 e 8 de 78,

respectivamente. Considerando domicílios com rendimentos mensais de até

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meio salário mínimo por pessoa, tinha 31,8% da população nessas condições,

o que o colocava na posição 71 de 78 dentre as cidades do estado.

Segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego, o mercado de trabalho

formal do município apresentou, por oito anos, saldo positivo na geração de

novas ocupações entre 2005 e 2012. O número de vagas criadas neste período

foi de 11.552 (onze mil quinhentos e cinquenta e dois).

4.6. ASPECTOS SOCIAIS

Conforme estimativa do IBGE, no município, em 2017, a população total está

estimada em 169.048 (cento e sessenta e nove mil, quarenta e oito) residentes,

dos quais em outubro/2017 4.515 (quatro mil, quinhentos e quinze) se

encontravam em situação de extrema pobreza, ou seja, com renda domiciliar

per capita abaixo de R$ 85,00 (oitenta e cinco reais). Isso significa que 2,7% da

população municipal vivia nessa situação. O PBF beneficiou, no mês de

dezembro de 2017, 6.797 famílias, representando uma cobertura de 85,0 % da

estimativa de famílias pobres no município.

O IDH – Índice de Desenvolvimento Humano de Linhares é de 0,724.

No que tange à educação, em agosto de 2010, a taxa de analfabetismo das

pessoas de 10 anos ou mais era de 8,8%. Na área urbana, a taxa era de 7,6%

e na zona rural era de 16,2%. Entre adolescentes de 10 a 14 anos, a taxa de

analfabetismo era de 2,5%.

Em 2015, os alunos dos anos inicias da rede pública da cidade tiveram nota

média de 5.5 no IDEB. Para os alunos dos anos finais, essa nota foi de 4.3. Na

comparação com cidades do mesmo estado, a nota dos alunos dos anos

iniciais colocava esta cidade na posição 43 de 78. Considerando a nota dos

alunos dos anos finais, a posição passava a 35 de 78. A taxa de escolarização

(para pessoas de 6 a 14 anos) foi de 97.7 em 2010. Isso posicionava o

município na posição 31 de 78 dentre as cidades do estado.

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Em relação ao saneamento básico, na área rural, a coleta de lixo atende a

97,1% dos domicílios. Quanto à cobertura da rede de abastecimento de água,

o acesso nessa área está em 87,8% dos domicílios particulares permanentes e

13,6% das residências dispõem de esgotamento sanitário adequado. No caso

da área urbana a coleta de lixo atende 98,9% dos domicílios, a rede de

abastecimento de água 97,8% e o esgotamento sanitário adequado71,4%.

As informações apresentadas relativas a: dados demográficos, aspectos

econômicos, mercado de trabalho e aspectos sociais, tiveram como fonte o

Boletim de Informações Municipais - Subsídios para elaboração do PPA -

SAGI/MDS e IBGE Cidades.

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5. A REDE SOCIOASSISTENCIAL

A rede socioassistencial de Linhares é composta por um conjunto integrado de

serviços, executados diretamente pela Secretaria Municipal de Assistência

Social ou em parceria com entidades conveniadas que compõem de maneira

integrada e articulada a rede de serviços de assistência social do município. No

total, o município conta com 7 (sete) CRAS, 1 (um) Centro de Convivência e

Fortalecimento de Vínculos para crianças e adolescentes de 7 a 15 anos; 1

(um) CREAS, 3 (três) Serviços de Acolhimento institucional para crianças e

adolescentes, 1 (um) Serviço de Acolhimento Institucional para pessoa adulta,

uma Central do CADÚNICO e sede administrativa.

Além disso, a SEMAS responde pela gestão dos benefícios socioassistenciais

em três modalidades:

a) Continuados (transferência direta e regular de renda): BPC –

Benefício de Prestação Continuada para pessoas idosas e pessoas com

deficiência (federal), Bolsa Família (federal), e Incluir(estadual).

b) Eventuais: Segunda via de documentos pessoais, passagens

rodoviárias intermunicipais e interestaduais, vale social, aluguel social,

auxílio natalidade e auxílio funeral.

c) Emergenciais: Suprimentos alimentares.

O presente Plano propõe a articulação entre os serviços socioassistenciais,

organizados pela Proteção Básica e Especial, respeitados os preceitos da

Tipificação Nacional dos Serviços Socioassistenciais, visando consolidar o

Sistema Único de Assistência Social – SUAS no município de Linhares, de

forma a viabilizar a garantia dos direitos aos usuários da assistência social.

As atividades e ações exercidas pela SEMAS estão descritas a seguir:

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5.1. REDE PÚBLICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL

5.1.1. Proteção Social Básica

A Política Nacional de Assistência Social (Resolução nº. 145, de 15 de outubro

de 2004 do Conselho Nacional de Assistência Social – CNAS), estabelece que

o objetivo da Proteção Social Básica é: “Prevenir situações de risco,

desenvolvendo potencialidades e aquisições, e o fortalecimento de vínculos

familiares e comunitários”.

O público alvo é “a população que vive em situação de vulnerabilidade social

decorrente de pobreza, privação (ausência de renda, precário ou nulo acesso

aos serviços públicos, dentre outros) e, ou fragilidade de vínculos afetivos

relacionais e fortalecimento social (discriminações etárias, étnicas, de gênero

ou por deficiências dentre outras)”.

De acordo com as diretrizes da Tipificação Nacional de Serviços

Socioassistenciais (Resolução nº. 109, de 11/12/2009), a SEMAS procedeu à

reorganização da rede, seguindo a seguinte descrição:

a) Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família – PAIF.

b) Serviço de Convivência e Fortalecimento deVínculos.

c) Serviço de Proteção Social Básica no domicílio para pessoas com

deficiência e idosas.

a) Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família –PAIF

O Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família – PAIF consiste no

trabalho social com famílias, de caráter continuado, com a finalidade de

fortalecer a função protetiva das mesmas, prevenir a ruptura dos seus vínculos,

promover seu acesso e usufruto de direitos e contribuir na melhoria de sua

qualidade de vida. Prevê o desenvolvimento de potencialidades e aquisições

das famílias e o fortalecimento de vínculos familiares e comunitários, por meio

de ações de caráter preventivo, protetivo e proativo. O trabalho social do PAIF

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utiliza-se também de ações nas areas culturais para o cumprimento de seus

objetivos, de modo a ampliar o universo informacional e proporcionar novas

vivências às famílias usuárias do serviço.

Realiza ações com famílias de pessoas que precisam de cuidado, com foco na

troca de informações sobre questões relativas à primeira infância, a

adolescência, à juventude, o envelhecimento e deficiências, a fim de promover

espaços para troca de experiências, expressão de dificuldades e

reconhecimento de possibilidades. Tem por princípios norteadores a

universalidade e gratuidade de atendimento, ofertado necessariamente no

Centro de Referência de Assistência Social (CRAS).

Todos os serviços da proteção social básica, desenvolvidos no território de

abrangência do CRAS, em especial os Serviços de Convivência e

Fortalecimento de Vínculos, bem como o Serviço de Proteção Social Básica, no

Domicílio, para Pessoas com Deficiência e Idosas, devem ser a ele

referenciados e manter articulação com o PAIF. É a partir do trabalho com

famílias no serviço PAIF que se organizam os serviços referenciados ao CRAS.

A articulação dos serviços socioassistenciais do território com o PAIF garante o

desenvolvimento do trabalho social com as famílias dos usuários desses

serviços, permitindo identificar suas demandas e potencialidades dentro da

perspectiva familiar, rompendo com o atendimento segmentado e

descontextualizado das situações de vulnerabilidade social vivenciadas.

Em Linhares existem 07 (sete) CRAS desenvolvendo o PAIF, sendo 01 (um)

urbano central (Conceição), 04 (quatro) urbanos periféricos (Nova Esperança,

Interlagos, Santa Cruz e Aviso) e 02 (dois) em áreas rurais (Rio Quartel e

Bebedouro), obedecendo à seguinte divisão territorial:

• CRAS Aviso: Aviso e Araçá, Povoação, Degredo e Pontal do Ipiranga.

• CRAS Bebedouro: Bebedouro, Regência, Perobas.

• CRAS Conceição: Centro, Colina, Conceição, Jardim Laguna, José Rodrigues Maciel, BNH, Juparanã, Shell, Olaria, Três Barras, Lagoa do Meio, Vila Capixaba.

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• CRAS Interlagos: Interlagos I e II.

• CRAS Nova Esperança: Nova Esperança, São José, Boa Vista, Linhares V, Planalto.

• CRAS Rio Quartel: Rio Quartel, Baixo Quartel, Quartel de Cima, Desengano.

• CRAS Santa Cruz: Santa Cruz, Canivete, Vila Betânia, Vila Isabel, Farias, Guaxe.

b) Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos

Este serviço é realizado em grupos, organizado a partir de percursos, de modo

a garantir aquisições progressivas aos seus usuários, de acordo com o seu

ciclo de vida, a fim de complementar o trabalho social com famílias e prevenir a

ocorrência de situações de risco social.

Organiza-se de modo a ampliar trocas culturais e de vivências, desenvolver o

sentimento de pertença e de identidade, fortalecer vínculos familiares e

incentivar a socialização e a convivência comunitária. Possui caráter preventivo

e proativo, pautado na defesa e afirmação dos direitos e no desenvolvimento

de capacidades e potencialidades, com vistas ao alcance de alternativas

emancipatórias para o enfrentamento da vulnerabilidade social.

Possui articulação com o Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família

- PAIF, de modo a promover o atendimento das famílias dos usuários destes

serviços, garantindo a matricialidade sociofamiliar da política de assistência

social.

No município, esse serviço é oferecido a quatro públicos diferenciados, com

metodologias específicas, conforme preconizado pela tipificação nacional de

serviços socioassistenciais, sendo eles:

I. Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos para crianças de 0 a 06 anos

Tem por foco o desenvolvimento de atividades com crianças, familiares e

comunidade, para fortalecer vínculos e prevenir ocorrência de situações de

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exclusão social e de risco, em especial a violência doméstica e o trabalho

infantil, sendo um serviço complementar e diretamente articulado ao PAIF.

Pauta-se no reconhecimento da condição peculiar de dependência, de

desenvolvimento desse ciclo de vida e pelo cumprimento dos direitos das

crianças, numa concepção que faz do brincar, da experiência lúdica e da

vivência artística uma forma privilegiada de expressão, interação e proteção

social. Desenvolve atividades com crianças, seus grupos familiares, gestantes

e nutrizes.

Com as crianças, busca desenvolver atividades de convivência,

estabelecimento e fortalecimento de vínculos e socialização centradas na

brincadeira, com foco na garantia das seguranças de acolhida e convívio

familiar e comunitário, por meio de experiências lúdicas, acesso a brinquedos

favorecedores do desenvolvimento e da sociabilidade e momentos de

brincadeiras fortalecedoras do convívio com familiares.

Com as famílias, o serviço busca estabelecer discussões reflexivas, atividades

direcionadas ao fortalecimento de vínculos e orientação sobre o cuidado com a

criança.

Este serviço é oferecido nos CRAS, com interlocução com acesso ao auxílio

natalidade, numa perspectiva do cuidado anterior ao nascimento da criança,

preparando a família para seu acolhimento. Em Linhares este serviço está se

estruturando visto que nem todos os CRAS estão desenvolvendo as atividades.

Na maioria não há espaço para instalação das Brinquedotecas.

II. Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos para Crianças e Adolescentes de 06 a 15 anos

Tem por foco a constituição de espaço de convivência, formação para a

participação e cidadania, desenvolvimento do protagonismo e da autonomia

das crianças e adolescentes, a partir dos interesses, demandas e

potencialidades dessa faixa etária. As intervenções são pautadas em

experiências lúdicas, culturais e esportivas como formas de expressão,

interação, aprendizagem, sociabilidade e proteção social. Inclui crianças e

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adolescentes prioritariamente retirados do trabalho infantil ou submetidos a

outras violações, cujas atividades contribuem para resignificar vivências de

isolamento e de violação de direitos, bem como propiciar experiências

favorecedoras do desenvolvimento de sociabilidades e na prevenção de

situações de risco social.

Os CRAS oferecem o serviço voltado a este público alvo, alguns em

parceria com entidades e organizações que também realizam ações nesta

área, no mesmo território.

III. Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos para Adolescentes e

Jovens de 15 a 17 anos

As ações voltadas a este segmento têm por finalidade o fortalecimento do

convívio familiar e comunitário, por meio de atividades que estimulem o

interesse escolar, a participação cidadã e a preparação para o mundo do

trabalho.

O foco do diálogo é a juventude e todas as transformações que esta faixa

etária vivencia, de forma a contribuir para a construção de novos

conhecimentos e formação de atitudes e valores que reflitam positivamente em

sua formação.

A preparação para o mundo do trabalho também é um foco importante, visto

que, através da inclusão digital e do estímulo à capacidade comunicativa, o

jovem é levado a pensar sobre suas escolhas profissionais e construção de

projetos de vida.

A arte, a cultura, o esporte e o lazer são ferramentas utilizadas que possibilitam

valorizar a pluralidade e singularidade da condição juvenil.

Este público é atendido nos CRAS e também em parceria com entidades e

organizações que também realizam ações nesta área, no mesmo território,

através da oferta de oficinas específicas de acordo com o perfil do mesmo.

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IV. Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos para Idosos com idade igual ou maior que 60 anos

Tem por foco a realização de atividades que contribuam no processo de

envelhecimento saudável, no desenvolvimento da autonomia e de

sociabilidades, no fortalecimento dos vínculos familiares e do convívio

comunitário e na prevenção de situações de risco social. A intervenção social

deve estar pautada nas características, interesses e demandas dessa faixa

etária e considerar que a vivência em grupo, as experimentações artísticas,

culturais, esportivas e de lazer e a valorização das experiências vividas

constituem formas privilegiadas de expressão, interação e proteção social.

Devem incluir vivências que valorizem suas experiências e que estimulem e

potencializem as condições de escolher e decidir.

Os CRAS oferecem o serviço voltado a este público alvo, alguns em parceria

com entidades e organizações que também realizam ações nesta área, no

mesmo território.

c) Serviço de Proteção Social Básica no domicílio para pessoas com deficiência e idosas

O serviço tem por finalidade a prevenção de agravos que possam provocar o

rompimento de vínculos familiares e sociais dos usuários. Visa a garantia de

direitos, o desenvolvimento de mecanismos para a inclusão social, a

equiparação de oportunidades e a participação e desenvolvimento da

autonomia das pessoas com deficiência e pessoas idosas, a partir de suas

necessidades e potencialidades individuais e sociais, prevenindo situações de

risco, a exclusão e o isolamento.

Contribui com a promoção do acesso de pessoas com deficiência e pessoas

idosas aos serviços de convivência e fortalecimento de vínculos e a toda a rede

socioassistencial, aos serviços de outras políticas públicas, entre elas

educação, trabalho, saúde, transporte especial e programas de

desenvolvimento de acessibilidade, serviços setoriais e de defesa de direitos e

programas especializados de habilitação e reabilitação.

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Desenvolve ações extensivas aos familiares, de apoio, informação, orientação

e encaminhamento, com foco na qualidade de vida, exercício da cidadania e

inclusão na vida social, sempre ressaltando o caráter preventivo do serviço.

Em Linhares este serviço está se organizando. O público beneficiário está

sendo atendido pela equipe do CRAS nas demandas que são apresentadas.

5.1.2. Proteção Social Especial

A Proteção Social Especial (PSE) destina-se à famílias e indivíduos em

situação de risco pessoal ou social, cujos direitos tenham sido violados ou

ameaçados. Para integrar as ações da Proteção Especial, é necessário que o

cidadão esteja enfrentando situações de violações de direitos por ocorrência de

violência física ou psicológica, abuso ou exploração sexual; abandono,

rompimento ou fragilização de vínculos ou afastamento do convívio familiar

devido à aplicação de medidas. Tem dois níveis de complexidades, sendo eles

média e alta complexidade, conforme descritos a seguir:

5.1.2.1. Média Complexidade

Oferta atendimento especializado a famílias e indivíduos que vivenciam

situações de vulnerabilidade, com direitos violados, geralmente inseridos no

núcleo familiar. A convivência familiar está mantida, embora os vínculos

possam estar fragilizados ou até mesmo ameaçados. No município são

ofertados os seguintes serviços:

a) Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e

Indivíduos – PAEFI;

b) Serviço Especializado em Abordagem Social;

c) Serviço de Proteção Social a Adolescentes em Cumprimento de

Medida Socioeducativa de Liberdade Assistida – LA, e de Prestação de

Serviços à Comunidade –PSC;

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a) Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos – PAEFI

Este é um serviço de apoio, orientação e acompanhamento a famílias com um

ou mais de seus membros em situação de ameaça ou violação de direitos.

Compreende atenções e orientações direcionadas para a promoção de direitos,

a preservação e o fortalecimento de vínculos familiares, comunitários e sociais

e para o fortalecimento da função protetiva das famílias diante do conjunto de

condições que as vulnerabilizam e/ou as submetem a situações de risco

pessoal e social.

O atendimento fundamenta-se no respeito à heterogeneidade, potencialidades,

valores, crenças e identidades das famílias. O serviço articula-se com as

atividades e atenções prestadas às famílias nos demais serviços

socioassistenciais, nas diversas políticas públicas e com os demais órgãos do

Sistema de Garantia de Direitos.

O PAEFI está preparado para os atendimentos de famílias e indivíduos que

vivenciam violações de direitos por ocorrência de:

• Violência física, psicológica enegligência;

• Violência sexual: abuso e/ou exploração sexual;

• Afastamento do convívio familiar devido à aplicação de medida

socioeducativa ou medida deproteção;

• Tráfico de pessoas;

• Situação de rua e mendicância;

• Abandono;

• Vivência de trabalho infantil;

• Discriminação em decorrência da orientação sexual e/ou raça/etnia;

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• Outras formas de violação de direitos decorrentes de

discriminações/submissões a situações que provocam danos e agravos a

sua condição de vida e os impedem de usufruir autonomia e bem estar;

• Descumprimento de condicionalidades do PBF e do PETI em decorrência

de violação de direitos.

Este serviço é oferecido no CREAS hoje localizado no Bairro Interlagos, com

equipe conforme NOB/RH-SUAS. Esta equipe articula todos os outros serviços

relativos ao nível da Proteção Social de Média Complexidade.

b) Serviço Especializado em Abordagem Social

Este serviço visa à realização de trabalho social de abordagem e busca ativa

nos territórios, no sentido de identificar indivíduos em situação de

vulnerabilidade pessoal e social tais como: trabalho infantil, exploração sexual

de crianças e adolescentes, pessoas em situação de rua, entre outros.

c) Serviço de Proteção Social a Adolescentes em Cumprimento de Medida Socioeducativa de Liberdade Assistida – LA, e de Prestação de Serviços à Comunidade – PSC.

O serviço tem por finalidade prover atenção socioassistencial e

acompanhamento a adolescentes e jovens em cumprimento de medidas

socioeducativas em meio aberto, determinadas judicialmente. Deve contribuir

para o acesso aos direitos e para a resignificação de valores na vida pessoal e

social dos adolescentes e jovens. Para a oferta do serviço faz-se necessária a

observância da responsabilização face ao ato infracional praticado, cujos

direitos e obrigações devem ser assegurados de acordo com as legislações e

normativas específicas para o cumprimento da medida.

No acompanhamento da medida de Prestação de Serviços à Comunidade, o

serviço deverá identificar no município os locais para a prestação de serviços, a

exemplo de: entidades sociais, programas comunitários, hospitais, escolas e

outros serviços governamentais. A prestação dos serviços deverá se configurar

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em tarefas gratuitas e de interesse geral, com jornada máxima de oito horas

semanais, sem prejuízo da escola ou do trabalho, no caso de adolescentes

maiores de 16 anos ou na condição de aprendiz a partir dos 14 anos. A

inserção do adolescente em qualquer dessas alternativas deve ser compatível

com suas aptidões e favorecedora de seu desenvolvimento pessoal e social.

No município de Linhares foi criado o NASE – Núcleo de Atendimento

Socioeducativo. Este espaço abriga o serviço de LA e PSC e funciona em

espaço específico, com equipe técnica que atende o que determina a NOB-

RH/SUAS.

5.1.2.2. Alta Complexidade

Este nível de complexidade oferta atendimento às famílias e indivíduos que se

encontram em situação de abandono, ameaça ou violação de direitos,

necessitando de acolhimento provisório, fora de seu núcleo familiar de origem.

Linhares possui 04 (quatro) unidades de atendimento integral, com atividades

desenvolvidas diretamente pela Administração Pública e também em parceria

com Instituições socioassistenciais, oferecendo os seguintes serviços:

a) Serviço de Acolhimento Institucional para Crianças eAdolescentes.

b) Serviço de Acolhimento Institucional para Adultos e suas famílias.

c) Serviço de Proteção em Situações de Calamidades Públicas e

de Emergência.

a) Serviço de Acolhimento Institucional para Crianças e Adolescentes

O Acolhimento provisório e excepcional é disponibilizado para crianças e

adolescentes de ambos os sexos, sob medida de proteção (Art. 98 do Estatuto

da Criança e do Adolescente) e em situação de risco pessoal e social, cujas

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famílias ou responsáveis encontrem-se temporariamente impossibilitados de

cumprir sua função de cuidado e proteção.

O município de Linhares oferece o serviço em três unidades, com

administração direta do município, com equipe profissional conforme NOB/RH

– SUAS e ações integradas a outros serviços da rede municipal de assistência

social.

O Lar das Crianças atende crianças de 0 a 7 anos de ambos os sexos. No Lar

das Meninas, são acolhidas crianças e adolescentes de 8 a 18 anos

incompletos do sexo feminino enquanto o Lar dos Meninos atende crianças e

adolescentes de 8 a 18 anos incompletos do sexo masculino.

b) Serviço de Acolhimento Institucional para adultos e famílias

O município oferece um espaço específico para acolhimento deste público,

denominado “Casa de Acolhida”, que funciona com equipe de profissionais

para acompanhamento e encaminhamento dos usuários. Os usuários são

acolhidos por demanda espontânea ou por encaminhamento da equipe do

CREAS, durante tempo necessário para a realização de encaminhamentos.

c) Serviço de Proteção em Situações de Calamidades Públicas e de Emergência

Este serviço promove o apoio à população atingida por situações de

emergência e calamidade pública, com oferta de alojamentos provisórios,

alimentação e demais provimentos no sentido de minimizar os danos

ocasionados. Além disso, prevê o apoio de profissionais para o

acompanhamento das famílias atendidas.

O município tem a Defesa Civil, vinculada à Secretaria Municipal de Cidadania,

que gerencia estas ações. A Secretaria Municipal de Assistência Social

trabalha como parceira, conforme estabelecido no Plano Municipal de

Contingência da Defesa Civil de Linhares.

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5.2. BENEFÍCIOS ASSISTENCIAIS

Os Benefícios Assistenciais no âmbito do Sistema Único de Assistência Social

(SUAS) são prestados de forma articulada às demais garantias, o que significa

um trabalho continuado com as famílias atendidas, com objetivo de incluí-las

nos serviços previstos, além de promover a superação das situações de

vulnerabilidade.

Os Benefícios Assistenciais se dividem em duas modalidades direcionadas a

públicos específicos: o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e os

Benefícios Eventuais.

O BPC garante a transferência mensal de um salário mínimo ao idoso, com

idade de 65 anos ou mais, e à pessoa com deficiência, de qualquer idade,

incapacitada para a vida independente e para o trabalho, que comprove não

possuir meios de prover a própria manutenção, nem tê-la provida por sua

família.

Já os Benefícios Eventuais caracterizam-se por seu caráter provisório e pelo

objetivo de dar suporte aos cidadãos e suas famílias em momentos de

fragilidade advindos de nascimento, morte, situações de vulnerabilidade

temporária e de calamidade pública. Em Linhares são oferecidos Auxílio

Funeral, Auxilio Natalidade e atendimentos em situações de calamidade ou

emergenciais (passagens rodoviárias intermunicipais e interestaduais,

suprimentos alimentares, segunda via de documentos pessoais, vale social e

aluguel social).

Em ambos os casos, a renda mensal familiar per capita deve ser inferior a um

quarto do salário mínimo vigente.

O acesso aos Benefícios é um direito do cidadão. Deve ser concedido

primando-se pelo respeito à dignidade dos indivíduos que deles necessitem.

Todo o recurso financeiro do BPC provém do orçamento da Seguridade Social,

sendo administrado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à

Fome (MDS) e repassado ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A

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prestação e o financiamento dos Benefícios Eventuais estão na esfera de

competência dos municípios, com responsabilidade de cofinanciamento pelos

estados.

No caso do BPC, os usuários do município de Linhares são acolhidos nos

CRAS e CREAS, que prestam as devidas orientações e realizam o

encaminhamento à Agência do INSS de Linhares. Estes usuários são

acompanhados pela equipe do CRAS, conforme tipificação nacional de

serviços socioassistenciais.

A porta de entrada dos Benefícios eventuais são os CRAS, CREAS e o

Atendimento Social disponível na sede da SEMAS.

Os benefícios eventuais precedem de avaliação e encaminhamento do

assistente social do Atendimento Social, CRAS ou CREAS. O BPC não

necessita de avaliação e encaminhamento da equipe técnica dos CRAS e

CREAS, podendo ser requerido diretamente no INSS.

5.3. GESTÃO DE PROGRAMAS DE TRANSFERÊNCIA DE RENDA

O processo de implantação dos Programas de Transferência de Renda no

Brasil iniciou-se em 1995. Em 2004, a criação do Ministério do

Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) determinou o aumento

significativo dos investimentos em políticas de proteção, assistência e

desenvolvimento social, que se traduz em programas de transferência de

renda, segurança alimentar e nutricional, assistência social e inclusão

produtiva.

Os programas de transferência de renda orientam-se pela perspectiva de

contribuir para a inclusão social das famílias em situação de extrema pobreza.

Considera-se aqui, como política estruturante, que inclusive demanda a

expansão e a democratização de serviços sociais.

Em outubro de 2017, segundo o Relatório de Informações do Programa Bolsa

Família e Cadastro Único do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate

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à Fome – MDS, o município de Linhares tinha 4.515 pessoas em situação de

extrema pobreza, ou seja, com renda per capita de até R$85,00.

Com o intuito de atender esta parcela da população o município executa sua

parte de gestão municipal dos programas Bolsa Família, do governo federal e

INCLUIR do governo estadual. Cabe a ele identificar, cadastrar e acompanhar

as famílias elegíveis aos critérios dos mesmos.

5.3.1. Programa Bolsa Família

O Programa Bolsa Família (PBF) é um programa de transferência direta de

renda com condicionalidades, que beneficia famílias em situação de pobreza

(com renda mensal de oitenta e cinco a cento e setenta reais por pessoa) e

extrema pobreza (com renda mensal de até oitenta reais por pessoa). O PBF

integra a estratégia FOME ZERO, que tem o objetivo de assegurar o direito

humano à alimentação adequada, promovendo a segurança alimentar e

nutricional e contribuindo para a erradicação da extrema pobreza e para a

conquista da cidadania pela parcela da população mais vulnerável à fome.

Dispõe de benefícios financeiros, definidos pela Lei nº. 10.836/04, que são

transferidos mensalmente às famílias beneficiárias. As informações cadastrais

das famílias são mantidas no Cadastro Único para Programas Sociais, e para

receber o benefício é levada em consideração a renda mensal per capita da

família e também o número de crianças e adolescentes até 17 anos e

11meses.

O meio de identificação do beneficiário é o Cartão Social Bolsa Família. O

cartão é magnético e personalizado, emitido para o responsável familiar. É

utilizado para o saque integral dos benefícios em toda a rede da Caixa

Econômica Federal.

Em Linhares, de acordo com o censo de 2010 existe uma estimativa de 8.000

(oito mil) famílias com o perfil Bolsa Família e 12.984 com perfil CadÚnico. O

atendimento das famílias é realizado nos CRAS ou na central do Cadastro

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Único que funciona em local independente para atendimento da população da

zona rural.

A SEMAS objetiva manter a boa cobertura no município, através de busca ativa

de novos beneficiários. Cabe também a ela o recadastramento dos mesmos e

acompanhamento das condicionalidades da Educação e da Saúde, através de

ações articuladas entre as secretarias envolvidas.

5.3.2. Programa INCLUIR

O governo estadual lançou no ano de 2010 o INCLUIR – Programa Capixaba

de Redução da Pobreza. Ele tem como meta erradicar a extrema pobreza do

Estado do Espírito Santo, através de um conjunto de ações executadas em

parceria com os municípios.

O programa prevê o atendimento de famílias que, mesmo com o benefício do

Programa Bolsa Família não conseguiram superar a situação de extrema

pobreza, ou seja, apresentam renda familiar per capita inferior à R$ 85,00

(oitenta e cinco reais). Estas famílias passam a receber então o Bolsa

Capixaba, no valor de R$ 50,00 (cinquenta reais), e a serem acompanhadas

sistematicamente por uma equipe de profissionais com psicólogo e assistente

social, que tem a função de identificar junto às mesmas, suas fragilidades e

potencialidades e a partir daí traçar um plano de emancipação familiar, visando

acesso a serviços e inclusão produtiva.

Estas equipes são cofinanciadas pelo governo estadual e atuam como apoio

junto aos CRAS. Em Linhares existem 05 (cinco) equipes que estão sendo

readequadas conforme normatização, e estão vinculadas a todos os CRAS do

município.

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5.4. REDE PRIVADA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL

A Rede Privada de Assistência Social é composta por entidades e

organizações não governamentais estabelecidas no município, devidamente

inscritas no Conselho Municipal de Assistência Social. Para o SUAS, tais

instituições são parceiras imprescindíveis para a execução da Política de

Assistência Social.

Linhares tem hoje 13 (treze) instituições nesta condição. Destas, 09 prestam

serviços voltados à Proteção Social Básica e 04 à Proteção Social Especial.

São 06 (seis) instituições voltadas para o público de crianças e adolescentes,

02 (duas) para idosos, 03 (três) para pessoas com deficiência, 01 (uma) para

dependentes químicos e 01 (uma) que atende a todos os públicos, com foco na

geração de renda.

Cabe ao Conselho Municipal de Assistência Social acompanhar, avaliar e

fiscalizar as mesmas.

Diante das alterações legais e instituição do Marco Regulatório das

Organizações da Sociedade Civil, através da Lei Federal nº 13.019/2014, o

repasse de recursos públicos municipais, a partir de janeiro de 2017 acontece

somente por meio de chamamento público, com o lançamento de editais.

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ENTIDADES E ORGANIZAÇÕES QUE DESENVOLVEM AÇÕES DE

PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA

Nº ENTIDADE ANO DE

CRIAÇÃO PÚBLICO ALVO

NÍVEL DE PROTEÇÃO

1. Associação Feminina do SINDIMOL – AFEMOL

2006 Crianças e

Adolescentes Básica

2. Associação de Moradores do Bairro José Rodrigues Maciel - AMBJRM

2009 Idosos Básica

3. Associação dos deficientes de Linhares – ADEFIL

1998 Pessoas com Deficiência

Básica

4. Centro de Integração Empresa Escola – CIEE – ES

1996 Adolescentes Básica

5. Centro Salesiano do Menor – CESAM ES

1948

Adolescentes Básica

6. Fundação Centro Brasileiro de Proteção e Pesquisa das Tartarugas Marinhas – Fundação Pro – Tamar

1988

Crianças, Adolescentes,

adultos e idosos Básica

7. Inspetoria Nossa Senhora da Penha – Centro Juvenil Salesiano Santa Maria Mazzarello

1984 Crianças e

Adolescentes Básica

8. Centro Linharense de Amigos do Menor – CLAM

1985 Crianças e

Adolescentes Básica

9. Cáritas Diocesana de Colatina 1997 Crianças e

Adolescentes Especial

ENTIDADES E ORGANIZAÇÕES QUE DESENVOLVEM AÇÕES DE PROTEÇÃO

SOCIAL ESPECIAL

ENTIDADE

ANO DE CRIAÇÃO

PÚBLICO ALVO

NÍVEL DE PROTEÇÃO

1. Associação Pestalozzi de Linhares 1984 Pessoas

com Deficiência

Básica

2. Grupo de Resgate São Francisco de Assis

2004

Acompanhamento dos usuários e famílias dos dependentes

químicos

Especial

3. Lar dos Idosos Abrigo de Luz 1978

Idosos Especi

al

4. Lar da Fraternidade 2006

Pessoas com deficiência

Especial

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6. OBJETIVOS

6.1. GERAL

Aprimorar o Sistema Único de Assistência Social no município de Linhares,

de forma a garantir a universalidade de direitos aos usuários da assistência

social nos diferentes níveis de proteção, tendo como referência as

legislações vigentes em âmbito nacional, estadual e municipal de

assistência social.

6.2. ESPECÍFICOS

APRIMORAR as ações, programas, benefícios e serviços da Política de

Assistência Social do município de Linhares, tendo como base a Tipificação

Nacional de Serviços Socioassistenciais do SUAS.

IMPLANTAR novas ações e serviços de acordo com a tipificação e

demandas do município conforme legislação nacional, estadual e municipal.

APRIMORAR as estratégias de gestão para garantir a execução das ações

previstas na Política Municipal de Assistência Social, em todos os níveis de

Proteção.

FOMENTAR o controle social, por meio dos conselhos enquanto instâncias

deliberativas, de caráter permanente e composição entre governo e

sociedade civil conforme legislação nacional, estadual e municipal, como

forma de democratizar a gestão.

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7. DIRETRIZES

EFETIVAÇÃO E FORTALECIMENTO das proteções Sociais Básica e Especial como

espaços de proteção, reconhecendo as vivencias de diversidades culturais, étnicas,

raciais, socioeconômicas, políticas e territoriais;

GARANTIA do respeito às diversidades de arranjos familiares e a garantia de não

discriminação no atendimento, em razão de questões relacionadas à raça, cor,

origem, religião, cultura e orientação sexual, dentre outros, garantindo a proteção

social às famílias e pessoas em situação de vulnerabilidade e risco social, que

demandem atenções no campo da Assistência Social;

FORTALECIMENTO E AMPLIAÇÃO dos espaços de participação, pactuação,

negociação e deliberação para assegurar o caráter democrático e participativo do

SUAS e implementar política de comunicação que assegure ampla divulgação das

provisões socioassistenciais, reafirmando-as como direitos e enfrentando

preconceitos.

FORTALECIMENTO da rede de serviços do SUAS e intersetorialidade com

demais políticas.

FORTALECIMENTO da gestão do SUAS a nível municipal.

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8. DETALHAMENTO DAS AÇÕES ESTRATÉGICAS E METAS PARA O PERÍODO 2014 –2017

8.1. EIXO 1 – PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA

8.1.1. SERVIÇO DE PROTEÇÃO E ATENDIMENTO INTEGRAL À FAMÍLIA - PAIF

AÇÃO ESTRATÉGICA META PERÍODO FONTE DE FINANCIAMENTO

2018 2019 2020 2021 MUNICIPAL ESTADUAL FEDERAL

Adequação e manutenção das Unidades de CRAS já

existentes obedecendo às legislaçõespertinentes,

garantindo espaço compatível com o

desenvolvimento das atividades e demandas do

território.

70% X X X X X X X

Construção de Unidades próprias de CRAS,

transferindo os serviços já existentes nos CRAS com

estrutura inadequada.

03 Unidades X X X X X X

Equipar adequadamente e garantir a manutenção

dos bens permanentes dos CRAS.

07 cras

equipados X X X X X X X

Implantar e manter equipe volante para atendimento

das comunidades fora dos territórios de abrangência

dos CRAS.

02 Equipes

implantadas X X X X X X

Garantir a continuidade do acompanhamento aos beneficiários que apresentam descumprimento às

condicionalidades. 70% X X X X X X

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8.1.2. SERVIÇOS DE CONVIVÊNCIA E FORTALECIMENTO DE VÍNCULOS - SCFV

AÇÃO ESTRATÉGICA META PERÍODO FONTE DE FINANCIAMENTO

2018 2019 2020 2021 MUNICIPAL ESTADUAL FEDERAL

Implantar o serviço de 0 a 06 anos de acordo com

as demandas do território. 100% X X X X X X X

Estruturar os CRAS com Brinquedotecas de acordo

com a demanda existente.

07 CRAS com

brinquedoteca X X X X

Adequar os espaços em que são desenvolvidos os

SCFV, de forma que sejam compatíveis com as

demandas do território e as atividades

desenvolvidas.

50% X X X X X

Ampliar o SCFV para adolescentes e jovens de 15 a

17 anos para todos os territórios do CRAS

considerando suas particularidades.

07 CRAS X X X X X X X

Ampliação da oferta de atividades/ trabalhos

desenvolvidos por meio dos SCFV para idosos,

aprimorando o serviço já ofertado, a partir da

tipificação e demais orientações técnicas.

Serviço

ampliado com

ofertas

diversificadas

X X X X X

Implantação e manutenção do Centro de

Convivência do idoso.

01 Centro

implantado X X X X X X X

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8.1.3. SERVIÇO DE PSB NO DOMICÍLIO PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA E IDOSOS

AÇÃO ESTRATÉGICA META PERÍODO FONTE DE FINANCIAMENTO

2018 2019 2020 2021 MUNICIPAL ESTADUAL FEDERAL

Implantação e manutenção do serviço conforme

orientações da política.

Serviço

Implantado

em 4 CRAS

X X X X X X X

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8.2. EIXO 2 - PROGRAMAS E BENEFÍCIOS

8.2.1. CADASTRO ÚNICO

AÇÃO ESTRATÉGICA META PERÍODO FONTE DE FINANCIAMENTO

2018 2019 2020 2021 MUNICIPAL ESTADUAL FEDERAL

Equipar adequadamente os postos de atendimento

do CADÚNICO com mobiliário, telefone, internet,

dentre outros.

100% X X X X X X

Garantia de espaço compatível com o

desenvolvimento de atividades da equipe.

Espaço físico

disponibilizado X X X X X X

Implementar uma equipe itinerante para executar

cadastramento e atualização cadastral na zona rural

do município.

100% X X X X X X

8.2.2. PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA

AÇÃO ESTRATÉGICA META PERÍODO FONTE DE FINANCIAMENTO

2018 2019 2020 2021 MUNICIPAL ESTADUAL FEDERAL

Elaborar e implantar o plano do IGD. Plano

Implantado x X X X X X

Reestruturar o Comitê gestor do Programa Bolsa Família.

Comitê reestruturado

X X

Garantir os fluxos de informação entre o Programa Bolsa Família e demais níveis de atenção.

Informações socializadas

X X X X X X

Descentralizar a alimentação do SICON para registro de acompanhamento.

Alimentação descentralizada

X X X X X X

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8.2.3. BENEFÍCIOS EVENTUAIS

AÇÃO ESTRATÉGICA

META PERÍODO FONTE DE FINANCIAMENTO

2018 2019 2020 2021 MUNICIPAL ESTADUAL FEDERAL

Reformulação da lei que regulamenta a concessão de

benefícios eventuais para a população com

estabelecimento de critérios.

Lei revisada

e aprovada. X X X X X

Formalização de protocolo de atendimento para os

benefícios concedidos.

Protocolo

formalizado X X X X X

Garantia da oferta de todos os benefícios eventuais

previstos pela legislação.

Benefícios

garantidos

à população

X X X X X X X

8.2.5. AÇÕES ESTRATÉGICAS DO PETI - AEPETI

AÇÃO ESTRATÉGICA

META PERÍODO FONTE DE FINANCIAMENTO

2018 2019 2020 2021 MUNICIPAL ESTADUAL FEDERAL

Implementação e Manutenção dos Planos de Ação do

AEPETI

Plano

executado X X X X X X

8.2.4. ACESSUAS TRABALHO

AÇÃO ESTRATÉGICA

META PERÍODO FONTE DE FINANCIAMENTO

2018 2019 2020 2021 MUNICIPAL ESTADUAL FEDERAL

Implementação e manutenção do Programa

3900

pessoas

atendidas

X X

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8.2.6. BPC NA ESCOLA

AÇÃO ESTRATÉGICA

META PERÍODO FONTE DE FINANCIAMENTO

2018 2019 2020 2021 MUNICIPAL ESTADUAL FEDERAL

Construção do Plano de Ação do BPC na Escola Plano

construído X X X X X

Execução do Plano de Ação do BPC na Escola Plano

Executado X X X X X X

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8.3. EIXO 3 – PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL DE MÉDIA COMPLEXIDADE

8.3.1. SERVIÇO DE PROTEÇÃO E ATENDIMENTO ESPECIALIZADO ÀS FAMÍLIAS E INDIVÍDUOS - PAEFI

AÇÃO ESTRATÉGICA META PERÍODO FONTE DE FINANCIAMENTO

2018 2019 2020 2021 MUNICIPAL ESTADUAL FEDERAL

Implantação e manutenção de mais 01 CREAS com

capacidade de agregar serviços em área central do

município.

CREAS

implantado X X X X X

Manutenção e adequação de espaço físico existente

conforme normatização específica. 100% X X X X X X

8.3.2. SERVIÇO DE PROTEÇÃO SOCIAL A ADOLESCENTES EM CUMPRIMENTO DE MEDIDA

SÓCIOEDUCATIVA DE LIBERDADE ASSISTIDA (LA) E DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS À

COMUNIDADE (PSC)

AÇÃO ESTRATÉGICA META

PERÍODO FONTE DE FINANCIAMENTO

2018 2019 2020 2021 MUNICIPAL ESTADUAL FEDERAL

Manter o Serviço em espaço físico exclusivo para o

Núcleo Socioeducativo.

Serviço

Mantido

Permanente

X X X X X X X

Revisão do plano político pedagógico a partir da

normatização nacional – SINASE.

Revisão

realizada. X X

Ampliação e fortalecimento da rede de parcerias. 100% X X X X X X

Garantir Registro de Funcionamento no Conselho da

Criança e do Adolescente

Registro

Pleiteado X X X X

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8.3.3. SERVIÇO DE PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA, IDOSOS E SUAS FAMÍLIAS

AÇÃO ESTRATÉGICA META PERÍODO FONTE DE FINANCIAMENTO

2018 2019 2020 2021 MUNICIPA

L ESTADUAL FEDERAL

Implantar e manter o serviço, garantindo Equipe

Técnica especifica para atender as demandas,

conforme Tipificação Nacional e NOB RH (SUAS)

100% X X X X X X X

8.3.4. SERVIÇO ESPECIALIZADO EM ABORDAGEM SOCIAL

AÇÃO ESTRATÉGICA META PERÍODO FONTE DE FINANCIAMENTO

2018 2019 2020 2021 MUNICIPAL ESTADUAL FEDERAL

Reestruturar e manter o serviço no âmbito da SEMAS Serviço

Reestruturado X X X X X X X

Ampliar e garantir equipe técnica permanente e equipe

de apoio de abordagem social.

Equipe

ampliada X X X X X X X

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8.4. EIXO 4 – PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL DE ALTA COMPLEXIDADE

8.4.1. SERVIÇOS DE ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES

AÇÃO ESTRATÉGICA META PERÍODO FONTE DE FINANCIAMENTO

2018 2019 2020 2021 MUNICIPAL ESTADUAL FEDERAL

Garantir a permanência e manutenção dos serviços de

acolhimento institucional de crianças e adolescentes

do município.

Serviços

Garantidos X X X X X X X

Garantir espaço físico adequado para o

funcionamento com acessibilidade de acordo com as

normas da ABNT e Legislação Especifica para melhor

funcionamento do serviço.

Espaço físico

adequado X X X X X X X

Construir ou Revisar o Plano político pedagógico e

regimento interno.

Plano e

regimento

revisados.

X X

Garantir Registro de Funcionamento no Conselho da

Criança e do Adolescente

Registro

Pleiteado X X X X

8.4.2. SERVIÇO DE ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL PARA ADULTOS E PESSOAS EM SITUAÇÃO DE RUA

AÇÃO ESTRATÉGICA META PERÍODO FONTE DE FINANCIAMENTO

2018 2019 2020 2021 MUNICIPAL ESTADUAL FEDERAL

Garantir Espaço físico adequado para o melhor funcionamento do serviço.

Espaço físico implantado

X X X X X X X

Reordenar o serviço, conforme a normativa do suas Serviço

Reordenado X X X

Construir o regimento interno. Regimento revisado.

X X

Elaborar o Protocolo de atendimento. Protocolo elaborado

X X

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8.4.3. SERVIÇO DE ACOLHIMENTO A JOVEM E ADULTO DEFICIENTE DEPENDENTE NA MODALIDADE DE RESIDÊNCIA INCLUSIVA

AÇÃO ESTRATÉGICA META PERÍODO FONTE DE FINANCIAMENTO

2018 2019 2020 2021 MUNICIPAL ESTADUAL FEDERAL

Expansão do serviço. Serviço

implantado X X X X X X

Garantir espaço físico adequado. Espaço físico

adequado X X X X X X X

Elaborar o regimento interno. Regimento revisado.

X X

Elaborar o Protocolo de atendimento. Protocolo elaborado

X X

8.4.4. SERVIÇO DE PROTEÇÃO EM SITUAÇÕES DE CALAMIDADES PÚBLICAS E DE EMERGÊNCIAS

AÇÃO ESTRATÉGICA META PERÍODO FONTE DE FINANCIAMENTO

2018 2019 2020 2021 MUNICIPAL ESTADUAL FEDERAL

Implantar o Serviço Serviço

Implantado X

Fortalecer a parceria com a Defesa Civil. Parceria

fortalecida X X X X X X

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8.5. EIXO 5 - GESTÃO

8.5.1. GESTÃO

AÇÃO ESTRATÉGICA META PERÍODO FONTE DE FINANCIAMENTO

2018 2019 2020 2021 MUNICIPAL ESTADUAL FEDERAL

Garantir estrutura física adequada para

funcionamento da SEMAS em equipamento próprio

Estrutura

própria X X X X

Garantir despesas com bens permanentos e

equipamentos

Despesas

realizadas X X X X X X X

Revisar e implantar o organograma da SEMAS,

estabelecendo as gerências, coordenações e

referências técnicas para os serviços da rede

Organograma

implantado X X

Garantir Recursos Humanos para todos os níveis de proteção e para gestão da SEMAS e do FMAS

100% X X X X X X X

Implantar e manter a política municipal de educação permanente

Política implantada

X X X X X X X

Revisar a Lei municipal do SUAS e demais normativas municipais de Assistência Social

Lei revisada X X X

Elaborar instruções normativas para regulamentar e implantar os fluxos entre os níveis de proteção e

gestão

Instrumentos

regulamentados X X X X X

Implantar o Sistema de Informação Integrado da SEMAS

Sistema Implantado

X X X X X

Aprimorar a Vigilância Socioassistencial Vigilância

aprimorada X X X X X X X

Promover maior articulação com a Secretaria de Comunicação

Articulação feita

X X X X X

Organizar a Concessão de Benefícios Eventuais e carteirinha do idoso (interestadual)

Setor Organizado

X X X X X

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8.5.1. GESTÃO

AÇÃO ESTRATÉGICA META PERÍODO FONTE DE FINANCIAMENTO

2018 2019 2020 2021 MUNICIPAL ESTADUAL FEDERAL

Realização de diagnostico socioassistencial e

territorial do município.

Diagnóstico

realizado X X X

Redefinição dos territórios a partir do diagnóstico

socioassistencial e territorial.

Territórios

redefinidos X X

Criar comissão de acompanhamento e monitoramento permanente do Plano Municipal de

Assistência Social.

Comissão criada

X

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8.6. EIXO 6 – CONTROLE SOCIAL

8.6.1. CONTROLE SOCIAL

AÇÃO ESTRATÉGICA META PERÍODO FONTE DE FINANCIAMENTO

2018 2019 2020 2021 MUNICIPAL ESTADUAL FEDERAL

Implantar e manter espaço exclusivo para os

Conselhos na estrutura da SEMAS

sala exclusiva

e mantida X X X X X X

Garantir secretária Executiva para os conselhos 100% X X X X X

Garantir a Capacitação Permanente para os

Conselheiros

Conselheiros

capacitados X X X X X X

Implantar página eletrônica com informações dos Conselhos

Página implantada

X X X X X

Aprimorar as estratégias de mobilização para participação dos diversos atores nos espaços de

debate

Aumento do nº de

participantes ativos nos conselhos

X X X X X

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9. FINANCIAMENTO

As ações de Assistência Social podem ser classificadas, em termos de fontes de

financiamento, em três grupos.

No primeiro grupo estão as ações dos órgãos governamentais – Federais,

Estaduais ou Municipais, que são financiadas por recursos públicos.

No segundo grupo estão as ações de organizações não-governamentais também

financiadas por recursos públicos.

No terceiro grupo estão as ações de organizações não-governamentais ou de

instituições que são financiadas através de pessoas jurídicas ou físicas.

No que diz respeito ao financiamento com recursos públicos, o artigo 30 da Lei

Orgânica da Assistência Social determina:

“É condição para os repasses, aos Municípios, aos Estados e ao Distrito Federal,

dos recursos de que trata esta Lei, a efetiva instituição e funcionamento de:

I – Conselhos de Assistência Social, de composição paritária entre governo e

sociedade civil;

II - Fundo de Assistência Social, com orientação e controle dos respectivos

conselhos de AssistênciaSocial;

III – Plano de Assistência Social.” – grifo nosso.

A exigência para existência de um Fundo Municipal de Assistência Social está de

acordo como que diz a LOAS em seu artigo 6º: “As ações na área de assistência

social são organizadas em sistema descentralizado e participativo.” A

“descentralização” implica em que as decisões sejam tomadas em nível estadual

e, principalmente, municipal. Daí a necessidade de decisão sobre os recursos

em nível municipal. O “participativo” implica em que tais decisões sejam tomadas

com participação de vários segmentos da sociedade, o que se dá por meio do

Conselho Municipal de Assistência Social.

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Em outras palavras, o objetivo do Fundo Municipal de Assistência Social é que

os recursos federais e estaduais sejam geridos em nível municipal e de forma

participativa.

O Fundo Municipal de Assistência Social tem PREVISÃO ORÇAMENTÁRIA para

o exercício de 2018, de acordo com a proposta da LDO – Lei de Diretrizes

Orçamentárias enviada à Câmara de Vereadores em Novembro de 2017, de R$

6.499.109,00 (seis milhões, quatrocentos e noventa e nove mil e cento e nove

reais).

A alocação de recursos orçamentários que viabilizam a implementação da

Política de Assistência Social na cidade de Linhares – ES é assunto de extrema

relevância e vem merecendo atenção por parte dos gestores municipais.

Os recursos destinados pelos governos federal e estadual para pagamento dos

benefícios decorrentes dos programas PBF – Programa Bolsa Família, BPC –

Benefício de Prestação Continuada e INCLUIR – Programa Capixaba de

Redução da Pobreza não transitam pelo orçamento municipal, pois são

repassados diretamente aos beneficiários.

A significativa evolução do orçamento da SEMAS reflete ações que reconhecem

e valorizam o papel que a Secretaria desempenha na condução de política

pública social.

Nesse contexto, a gestão dos recursos, também se reveste de grande

importância, exigindo dos gestores da política de Assistência Social o

monitoramento rigoroso da aplicação dos recursos orçamentários, pois se torna

explícito a necessidade de revisão minuciosa dos valores do orçamento, uma

vez que a execução vem sendo maior que o orçado.

A estrutura do Orçamento da SEMAS segrega as ações de custeio das ações de

investimento o que, além de possibilitar maior transparência na aplicação dos

recursos públicos, evidencia o comprometimento da Secretaria em implementar

a Política de Assistência Social no município.

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10. MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO

Este Plano de Assistência será avaliado e aperfeiçoado ao longo do

desenvolvimento das atividades, com o objetivo de registrar alterações

necessárias e aprimorar suas ações. Trata-se de um instrumento de

planejamento, logo, se adequará conforme as condições que se estabelecerem

no âmbito das oportunidades da assistência social nas três esferas de governo,

com a criação de novos programas e extinção de outros, de acordo com o que

for preconizado pela Política de Assistência Social.

Cada programa, projeto ou serviço aqui descrito tem previsto seu sistema de

monitoramento e avaliação, de forma qualitativa e quantitativa, cujo resultado

deverá embasar anualmente a atualização do Plano Municipal.

Caberá à Secretaria Municipal de Assistência Social, por intermédio da

Comissão Permanente de Monitoramento e Avaliação do PMAS, e ao Conselho

Municipal de Assistência Social, o acompanhamento das metas e ações

previstas neste documento, assim como a avaliação anual dos objetivos

atingidos e metas a serem repactuadas.