Preliminar Material Didatico Otimizado Travado

A coleo Produo de material didtico para diversidade resultado de um curso ofertado distncia pela UNESP, pelo sistema da Universidade Aber-ta do Brasil, aos professores e s professoras da rede pblica de ensino. A conjuntura histrica de mudanas e transformaes sociais est presente em todos os setores da vida social, exigindo das experincias individuais e coleti-vas um reinventar de nossas prticas pedaggicas. Dentro dessa perspectiva, a coleo, em todos os seus volumes, delineou alguns propsitos, a destacar trs deles: (1) procurou estimular um debate reflexivo sobre temas contempo-rneos da diversidade; (2) procurou estimular a avaliao de materiais didticos existentes; (3) fomentou um debate sobre a realizao de projetos de produo de recursos didticos em diferentes linguagens em temas da diversidade.

Tendo em vista o carter didtico dessa coleo, todos os textos dos volu-mes foram pensados sob uma mesma estrutura: Primeiras palavras uma introduo ao tema abordado; Problematizando o tema aqui se adota uma postura bastante crtica e os conceitos e os fundamentos tericos pertinentes a cada uma das abordagens so expostos e debatidos; Instrumentalizando o tema trata-se do espao privilegiado para a reflexo sobre possveis apli-caes em sala de aula do que foi antes, em termos tericos, exposto; Saiba mais... momento dos textos em que se expem indicaes para um maior aprofundamento crtico do debate realizado; completam a obra as referncias bibliogrficas sugeridas e trabalhadas pelos autores e autoras.

Mara Sueli Simo MoraesArlindo Rebechi Junior(orgs.)

Educao a distncia para a diversidade

Coleo Produo de Material Didtico para Diversidade

Realizao:

Apoio:

9 788579 836305

ISBN 978-85-7983-630-5

9 788579 836350

ISBN 978-85-7983-635-0

Mdulo Preliminar

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ReitorJulio Cezar Durigan

Vice-reitoraMarilza Vieira Cunha Rudge

Diretora da Faculdade de CinciasDagmar Ap. Cynthia Frana Hunger

Vice-diretorPaulo Noronha Lisboa Filho

Coordenao UNESP - UAB - CAPESKlaus Schlnzen Junior

Coordenao do Curso Produo de Material Didtico para Diversidade

Mara Sueli Simo Moraes

OrganizadoresMara Sueli Simo Moraes

Arlindo Rebechi Junior




1 edio - 2015

Mdulo Preliminar

Copyright Cultura Acadmica, 2015

Educao a distncia para a diversidade / Mara Sueli Simo Moraes e Arlindo Rebechi Junior (orgs). - - So Paulo: Cultura Acadmica, 2015.

52 p. ; 23 cm. (Coleo Produo de Material Didtico para Diversidade)

ISBN 978-85-7983-635-0 (Mdulo Preliminar)

ISBN 978-85-7983-630-5 (Coleo)

1. Educao a distncia. 2. Diversidade. I. Moraes, Mara Sueli Simo. II. Rebechi Junior, Arlindo. III. Ttulo.

CDD: 317.3

E2446

Todos os direitos reservados. Nenhuma parte dessa obra pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma e/ou quaisquer meios (eletrnicos ou mecnicos, incluindo fotocpia e gravao) ou arquivado em qualquer sistema de banco de dados sem permisso escrita do titular do direito autoral.

Livro destinado ao Curso de Aperfeioamento em Produo de Material Didtico para Diversidade, na modalidade EAD (Educao a Distncia), oferecido pela Unesp-Bauru, em parceria com a Secretaria de Educao Continuada, Alfabetizao, Diversidade e Incluso (SECADI-MEC), e a Universidade Aberta do Brasil (UAB-CAPES).

Editora Unesp - Praa da S, 108CEP 01001-900 So Paulo, SP

www.culturaacademica.com.brwww.editoraunesp.com.br

[email protected]

Conselho EditorialAntonio Roberto Balbo

Arlindo Rebechi Junior

Emlia de Mendona Rosa Marques

Fbio Negro Figueira Pinto

Mara Sueli Simo Moraes

RevisorFbio Negro Figueira Pinto

Projeto grfico e diagramaoCanal 6 Editora - www.canal6.com.br

A coleo Produo de material didtico para a diversidade resultado de um curso ofertado distncia pela UNESP, pelo sistema da Universidade Aberta do Brasil, aos professores e s professoras da rede pblica de ensino. A conjuntura histrica de mudanas e transformaes sociais est presente em todos os setores da vida social, exigindo das experincias individuais e coletivas um reinventar de nossas prticas pedaggicas. Trata-se de um mo-mento singular e complexo para aqueles que profissionalmente se inserem nas instituies educacionais. Em um lado, esto os professores e profes-soras de nossa rede pblica de ensino, em nvel fundamental e mdio, cuja misso, em meios s mudanas tecnolgicas e diante dos processos de co-municao contemporneo que atingem sobremaneira uma contingncia significativa de nossos alunos, criar um ambiente pedaggico e didtico vibrante, reflexivo e cidado. A tarefa na universidade, com seus professores e pesquisadores, no menor. Deste lado, preciso criar um intercmbio efetivo com os demais nveis de ensino e os seus agentes precisam ser pro-positivos neste dilogo: o conhecimento formulado, debatido e sistemati-zado nas nossas instituies precisam chegar s escolas e as melhores ex-perincias devem ser democratizadas, no sentido de ganharem visibilidade at, quem sabe, contriburem para uma poltica pblica educacional.

So nessas circunstncias que se nota a necessidade de investimen-tos de grande monta para a formao continuada dos nossos professores e professoras inseridos em escolas pblicas por todo o Brasil. Este tipo de ao pode induzir processos de mudanas significativas para as institui-es educacionais envolvidas, fomentando para os professores e profes-soras participantes o acesso a novas competncias, habilidades, prticas pedaggicas e tcnicas. Mas no s isso. Os cursos de formao con-tinuada, quando bem realizados em sua proposta, conseguem formar novas concepes didtico-pedaggicas e novas vises mais crticas de mundo, a partir das quais pode-se construir um olhar em direo a uma sociedade mais justa e, portanto, com menos assimetrias sociais.

ApresentAo

Dentro dessa perspectiva, a coleo, em todos os seus volumes, deli-neou alguns propsitos, a destacar trs deles: (1) os textos procuram, pela linha terica de cada autor, estimular um debate reflexivo sobre temas contemporneos da diversidade; (2) o conjunto de textos, cada um a seu modo, procuram estimular a avaliao de materiais didticos existentes e de fcil acesso dos professores e professoras participantes, exigindo que cada um destes profissionais seja tambm um pesquisador em seu prprio mtier; (3) ainda papel destes textos fomentar um debate sobre a reali-zao de projetos de produo de recursos didticos, que, ao final, possa resultar em elaboraes de estratgias metodolgicas em relao ao uso de materiais didticos em diferentes linguagens em temas da diversidade.

De modo geral, a partir de um contexto educacional, o tema da diver-sidade o centro das discusses presentes na coleo. Para tal intento, os organizadores e autores dos materiais aqui enfeixados buscaram lanar um olhar sobre a diversidade a partir de uma ampla e slida reflexo sobre as va-riedades dos temas, dos conceitos e do uso crtico na sala de aula das lingua-gens miditicas, artsticas e dos problemas ampliados, em seus em diferentes suportes e gneros textuais. Sob uma perspectiva transdisciplinar, a coleo compreende que todas essas novas formas de linguagem devem ser debati-das por todos nas salas de aula e o professor precisa estar muito bem forma-do e atento para as mudanas e os eventuais efeitos de crise advindos com essas novas formas de comunicao e tecnologia. Estruturalmente, a coleo dividiu-se em 5 volumes: (1) Educao a distncia para a diversidade; (2) Concepes e anlise do material didtico na perspectiva da diversidade; (3) O uso de linguagens no ensino de temas da diversidade; (4) Produo did-tica sobre o tema diversidade; (5) O uso de material didtico voltado a temas da diversidade: avaliando o processo de ensino aprendizagem.

Tendo em vista o carter didtico do uso que essa coleo pode assumir, todos os textos dos volumes foram pensados sob uma mesma estrutura. Em todos os volumes, os textos foram divididos em: Primeiras palavras uma introduo ao tema abordado; Problematizando o tema aqui se adota uma postura bastante crtica e os conceitos e os fundamentos tericos pertinentes a cada uma das abordagens so expostos e debatidos; Instrumentalizando o tema trata-se do espao privilegiado para a reflexo sobre possveis aplica-es em sala de aula do que foi antes, em termos tericos, exposto; no toa,

sempre que pertinente, os autores sugeriram o planejamento de atividades e a escolha de instrumentos a serem adotados no trabalho realizado em sala de aula; Saiba mais... momento dos textos em que se expem indicaes para um maior aprofundamento crtico do debate realizado; completam a obra as referncias bibliogrficas sugeridas e trabalhadas pelos autores.

Duas coisas ainda precisam ser colocadas quanto ao trabalho rea-lizado pelos autores.

A primeira delas se refere ao aspecto vrio e mltiplo da escrita de cada um dos autores. A heterogeneidade dessas escritas, respeitadas em toda sua dimenso linguageira, tornou-se uma marca profunda da diversidade concentrada em nosso curso. A equipe formada por pesqui-sadores de vrios campos do saber demonstrou que possvel haver um deslocamento de supostas reas de conforto e criar uma efetiva contri-buio social que se comprometa s diversas realidades, sejam locais, regionais ou nacionais, de nossas instituies educacionais e de nossos professores e de nossas professoras. Tudo isso vem refletir de modo posi-tivo nos diferentes tons adotados na escrita dessa obra.

Em segundo lugar, preciso ressaltar que a coleo, do incio ao fim, levou em conta o estabelecimento de um franco dilogo que efeti-vamente aproximasse o professor e a professora a uma prtica didtica mais emancipadora, estimulando, entre outras coisas, o uso crtico de materiais e suportes disponveis em bibliotecas (online e fsicas), o uso de repositrios eletrnicos do conhecimento (com revistas, jornais e outros tipos de materiais), o uso da internet em suas potencialidades positivas.

Todos aqueles que participaram da organizao e da produo desta coleo e do curso ofertado esperam, sinceramente, que essa obra represente para algum professor ou alguma professora uma contribuio significativa em suas prticas. Mais que isso, represente um desafio a ser enfrentado, levando os nossos alunos e alunas a uma duradoura emancipao social e cultural.

Alm de todos os textos produzidos, aqui tambm se inclui um CD com as respectivas atividades apresentadas ao longo do curso. Nele, o leitor ter acesso irrestrito s informaes, podendo compreender a di-nmica desenvolvida nessa aplicao.

O volume preliminar, denominado Educao a distncia para a di-versidade, ressalta o papel da educao a distncia no mundo contempo-rneo, examinando-a na dinmica da diversidade. A perspectiva adota-da est sujeita a trs dimenses: (1) a abordagem temtica inicial tratada no curso, com seus aspectos metodolgicos, estruturais e avaliativos; (2) uma reflexo inicial sobre os rumos da educao no contexto de EAD; (3) o acesso, as ferramentas e o uso do ambiente virtual a ser utilizado.

importante notar que, longe de uma abordagem tecnicista, a pro-posta aqui demonstrar que o ambiente virtual de aprendizagem pode se tornar um importante instrumento de transformao. Enfim, um lugar privilegiado para a formao continuada de professores e professoras.

Boa leitura!

Mara Sueli Simo MoraesArlindo Rebechi Junior

Unidade 1 - Conhecendo o cursoMara Sueli Simo Moraes e Mabi Katien Batista de Paula

1. Primeiras palavras ......................................................................11

2. Problematizando o tema ............................................................12

3. Instrumentalizando o tema .........................................................14

3.1 Estrutura do curso ....................................................................15

3.2 Currculo do curso ....................................................................17

3.3 Avaliao do curso ...................................................................19

Unidade 2 - A educao a distncia aproximando os alunosEmlia de Mendona Rosa Marques e Euro Marques Jr.


1.1 Como usar o Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) para

uma aprendizagem colaborativa ..............................................27


2.1 A Presena Social na Educao a distncia .............................28


3.1 Algumas regras importantes na comunicao virtual ................32

Unidade 3 - Introduo ao MoodleEmlia de Mendona Rosa Marques e Euro Marques Jr.


1.1 O Moodle ..................................................................................38

1.2 Metodologia .............................................................................38


2.1 Aulas online ..............................................................................39

2.2 A avaliao ...............................................................................40

2.3 O perfil do aluno online .............................................................40

2.4 Requisitos tecnolgicos ............................................................43


3.1 Primeiro acesso ao Moodle ......................................................44

3.2 Material de apoio ......................................................................47

sUMrIo

Unidade 1

Mara Sueli Simo Moraes Mabi Katien Batista de Paula

11Unidade 1 | Conhecendo o curso

1. prIMeIrAs pAlAvrAs

O Curso de Produo de Material Didtico para Diversidade (PMDD), oferecido por meio da Universidade Aberta do Brasil (UAB), visa oferecer formao continuada para profissionais da Educao Bsica que atuam na rede pblica de ensino com vistas avaliao, produo de materiais didticos, realizao de projetos e elaborao de estratgias metodolgicas para o trabalho com os temas da diversidade: cidadania, direitos humanos, gnero e relaes tnico-raciais.

Voc est convidado a participar e espera-se, com este curso, con-tribuir para o seu trabalho pedaggico com os temas da diversidade, es-pecialmente considerando as caractersticas locais e regionais da escola onde atua e a singularidade de cada aluno.

Ao longo do estudo dos mdulos voc ter a oportunidade de refletir sobre os temas trabalhados, estudando os conceitos e conhecendo a viso de autores, debatendo posturas crticas e ideolgicas e planejando estrat-gias de trabalho com o uso das linguagens miditicas, artsticas e outras

Conhecendo o curso

Mara Sueli Simo Moraes Mabi Katien Batista de Paula

12 Coleo Produo de Material Didtico para Diversidade | Mdulo Preliminar

em diferentes suportes e gneros na coletividade com seu tutor e colegas da turma. Alm dos contedos apresentados nos mdulos, sero sugeri-dos outros materiais de estudo, disponveis em bibliotecas on-line e fsicas, como textos e vdeos. Utilize-os para aprofundar seus conhecimentos.

Todas as estratgias, a metodologia do curso, a estrutura, a descri-o dos mdulos e demais informaes voc encontrar a seguir. Para qualquer dvida, entre em contato com o seu tutor ou por meio dos ca-nais de comunicao disponveis.

2. probleMAtIzAndo o teMA

O curso PMDD parte das especificidades da realidade brasileira, para oferecer formao continuada aos professores, com o intuito de atender ao preceito constitucional da educao de qualidade como um direito de todo cidado brasileiro e dever do Estado. Considera, ainda, que a educao direito de todos, como tambm direito de cada um nas diferenas e singularidades que caracterizam o respeito diversidade.

Os materiais didticos se constituem em um ambiente ou obra or-ganizada, que possui finalidade especfica para o uso em uma situao didtica. Dessa forma, quando bem escolhidos e usados, se de quali-dade e adequados ao planejamento do professor, so grandes instru-mentos de apoio no processo de ensino-aprendizagem (ROJO, 2005, p. 3). Vale lembrar que, historicamente, nosso pas conta com grande escassez de material didtico e formao de professores para o trabalho com os temas da diversidade: cidadania, direitos humanos, gnero, e relaes tnico-raciais.

Historicamente, registra-se dificuldade para se lidar com a temtica do preconceito e da discriminao racial/tnica. Na escola, muitas vezes, h manifestaes de racismo, discriminao social e tnica, por parte de professores, de alunos, da equipe escolar, ainda que de maneira involun-tria ou inconsciente. Essas atitudes representam violao dos direitos dos alunos, professores e funcionrios discriminados, trazendo consigo obstculos ao processo educacional pelo sofrimento e constrangimento a que essas pessoas se veem expostas.


Movimentos sociais vinculados a diferentes comunidades tnicas desenvolveram uma histria de resistncia a padres culturais que es-tabeleciam e sedimentavam injustias. Gradativamente, conquistou-se uma legislao antidiscriminatria, culminando com o estabelecimento, na Constituio Federal de 1988, da discriminao racial como crime. Mais ainda, h mecanismos de proteo e de promoo de identidades tnicas, como a garantia, a todos, do pleno exerccio dos direitos cultu-rais assim como apoio e incentivo valorizao e difuso das manifesta-es culturais (BRASIL, 1997, p. 122).

O estabelecimento de uma poltica pblica para o atendimento diversidade, incorporando s polticas educacionais, como o curso de PMDD, pode colaborar para o desenvolvimento sustentvel apoiado na igualdade.

sAIbA MAIs

O livro Incluso: um guia para educadores, de Stainbak & Stainback (1999) traz no captulo 17 discusses sobre o cur-rculo escolar pautado na diversidade. Para ler uma resenha sobre esse livro, acesse o link: http://revistaescola.abril.com.br/biblioteca-virtual/inclusao-guia-educadores-622013.shtml.

Alguns materiais j esto sendo utilizados para o trabalho com a diversidade em sala de aula na Educao Bsica e ao longo do curso voc ter contato com muitos deles. Para esse trabalho, podem-se citar as pu-blicaes da Secretaria de Educao Continuada, Alfabetizao, Diversi-dade e Incluso (SECADI), cujo objetivo contribuir para a valorizao das diferenas e da diversidade e promover a educao inclusiva, dispo-nibiliza em seu site diversas publicaes que podem ser utilizadas para o trabalho com os temas da diversidade. Para conhecer as publicaes, acesse o endereo eletrnico: http://portal.mec.gov.br/index.php?op-tion=com_content&view=article&id=13165&Itemid=913.


Outro exemplo h na Educao Matemtica, onde o tema diver-sidade pode ser trabalhado na resoluo de Problemas Ampliados com questionamentos a respeito do tema estruturador, de modo a possibili-tar o exerccio da anlise crtica do mesmo. Dessa forma, a resoluo de Problemas Ampliados com questes sobre a diversidade no se esgota na soluo numrica encontrada, mas utiliza esse instrumento didtico-pe-daggico (o questionamento) para possibilitar reflexes e propostas de ao para a sala de aula [...]. (MORAES, 2013).

sAIbA MAIs

Para conhecer mais sobre o uso dos Problemas Ampliados, leia o livro Educao matemtica e temas poltico-sociais, de MORAES et all. (2008).

3. InstrUMentAlIzAndo o teMA

Este curso objetiva oferecer orientao e instrumentalizao para que voc possa selecionar e analisar criticamente os materiais didticos para o trabalho com diversidade, bem como produzir os seus prprios materiais. Assim, busca oferecer condies para que o professor possa:

analisar criticamente diferentes recursos didticos quanto aos temas da diversidade;

valorizar as diferentes funes dos recursos didticos; identificar as potencialidades didticas das linguagens e recur-

sos para contextos especficos abordando temas da diversidade; dominar metodologia de coleta, seleo, organizao e anlise

de materiais visando a produo de materiais didticos para te-mas da diversidade;

valorizar o trabalho com as temticas da diversidade; organizar projeto pedaggico com tema da diversidade; produzir recursos didticos sobre temas da diversidade;


avaliar a recepo e/ou participao dos educandos em pro-cesso de produo de materiais didticos sobre os temas da diversidade.

A organizao do curso visa oferecer a voc, profissional da Educa-o Bsica, um espao para troca de experincias e ampla e slida refle-xo sobre os temas, conceitos e uso na sala de aula das linguagens midi-ticas e artsticas em diferentes suportes e gneros, bem como reflexes sobre o tema proposto. Para isso, o contedo do curso foi distribudo em mdulos de estudo, sendo um mdulo inicial, que denominado m-dulo 0 (zero), e quatro mdulos que contemplam o contedo do curso, formando uma coleo de livros.

O curso conta com a carga horria de 180 horas e a metodologia do curso ser realizada na forma semipresencial, com 40 horas de encontros presenciais e 140 horas de interao distncia, via internet, por meio da plataforma colaborativa Moodle. Est fundamentada na proposta de desenvolvimento de um percurso de aprendizagem, que finalizada com a entrega de um projeto de interveno para o trabalho com os temas da diversidade, construdo ao longo do curso.

O curso conta com o acompanhamento de um tutor on-line no Am-biente Virtual de Aprendizagem (AVA), que far a mediao da apren-dizagem da turma e lhe auxiliar na compreenso dos contedos. Nos polos presenciais, um tutor ficar disponvel em horrios estabelecidos para auxiliar na realizao das atividades, sanar possveis dvidas e me-diar os encontros presenciais.

Acompanhe, a seguir, como est estruturado o curso.

3.1 estrutura do curso

O curso PMDD est sendo desenvolvido com o apoio de trs Polos de Formao (Blsamo, Franca e Itapevi) e oferecido por meio do con-vnio entre a CAPES/SECADI/UAB/MEC e a UNESP.

E como funciona esse convnio?As instituies que integram a Universidade Aberta do Brasil (UAB)

ofertam os cursos, emitem certificao, realizam processos de seleo e


visitam os Polos de Formao, que oferecem o espao fsico de apoio presencial e a infraestrutura tecnolgica. Para este curso, a instituio integrante da UAB o Departamento de Matemtica da Faculdade de Cincias da Universidade Estadual Paulista Jlio de Mesquita Filho UNESP, Campus de Bauru.

A figura 1 mostra como essa rede est regulamentada:

MECSECADI/CAPES

UnespFaculdade de

Cincias/ Bauru

Municpios Plos: Blsamo, Franca

e Itapevi

Figura 1: Estrutura da UAB para o desenvolvimento do curso

Alm da infraestrutura fsica e tecnolgica que compe o conv-nio para a oferta dos cursos, uma equipe tcnico-pedaggica acompanha todo o desenvolvimento do curso, desde o planejamento da concepo pedaggica at a execuo das aes previstas.

Na UNESP, h a presena do Coordenador da UAB, professor indi-cado pela instituio para atuar na coordenao e apoio aos cursos ofe-recidos pelo convnio com a CAPES/SECADI/UAB/MEC.

A equipe do curso PMDD composta pelos seguintes profissionais: CoordenadordoCurso: professor da UNESP responsvel pela

elaborao e desenvolvimento do curso. Coordena o curso no mbito da UAB e no desenvolvimento de projetos de pesquisa relacionados aos cursos.

Coordenador de Tutoria: professor da UNESP vinculado UAB, que atua nas atividades de coordenao das atividades de tutoria.

ProfessorConteudista: professor que atua nas atividades de elaborao de material didtico do curso, vinculado UAB.


ProfessorRevisor: profissional da UNESP vinculado UAB para atuar na reviso do material didtico da coleo de livros utilizada neste curso.

ProfessorFormador: professor da UNESP vinculado UAB, que atua nas atividades de ensino, de desenvolvimento de pro-jetos e de pesquisa, relacionadas aos cursos e programas im-plantados no mbito da UAB.

TutorVirtual: profissional selecionado pela UNESP vinculado UAB para o exerccio das atividades tpicas de tutoria no Am-biente Virtual de Aprendizagem.

Tutor Presencial: profissional selecionado pela UNESP em conjunto com o Polo de Formao, vinculado UAB, que es-tabelece o contato com os cursistas para apoio nesses Polos de Formao.

CoordenadordePolo:professor responsvel pela coordenao do Polo de Formao de apoio presencial.

3.2 Currculo do curso

O currculo do curso PMDD tem como eixo estruturante a concep-o Direito de Aprender de todos e de cada um, originria da discusso do campo da Educao para os Direitos Humanos, sem perder a pers-pectiva do desenvolvimento humano desse campo. So trabalhados os conceitos de dignidade humana, respeito s diferenas, reconhecimento dos saberes distintos, tendo como base os temas da diversidade: cidada-nia, direitos humanos, gnero e relaes tnico-raciais, tendo em vista a formao do aluno cidado e o seu desenvolvimento cientfico e cultural.

Conhea, a seguir, os contedos abordados em cada mdulo: Mdulo0:Material Didtico para a Diversidade e Educao a

Distncia. Esse mdulo tem o objetivo de oferecer trs dimen-ses sobre:

a) A abordagem temtica inicial do curso, com seus aspectos meto-dolgicos, estruturais e avaliativos;


b) A reflexo inicial sobre os rumos da educao no contexto de Educao a Distncia;

c) O acesso, as ferramentas e o uso do ambiente virtual a ser utilizado.

Mdulo1: Concepes e anlise do material didtico na pers-pectiva da diversidade. o mdulo de apresentao e discusso dos fundamentos tericos do curso. A abordagem d especial destaque para:

a) O conceito de diversidade e de diferena;b) A reflexo em torno da diferena nas escolas;c) Os conceitos de identidade e diferena;d) O debate do gnero na escola;e) O material didtico na perspectiva da diversidade e da diferena.

Mdulo2: O uso de linguagens no ensino de temas da diversi-dade. Este mdulo prepara os professores para a reflexo em temas especficos e transversais ao tema da diversidade. Esto previstos os seguintes binmios reflexivos:

a) Diversidade e mdia educao;b) Diversidade e cinema;c) Diversidade e literatura;d) Diversidade e linguagem jornalstica;e) Diversidade e fotografia;f) Diversidade e problemas ampliados.

Mdulo3: Produo didtica sobre o tema diversidade. Neste mdulo sero debatidos, especificamente, os meios e os instru-mentos disponveis ao professor para a produo didtica sobre o tema diversidade. Na abordagem prevista sero tratados sob dois aspectos principais:

a) A linguagem e os suportes dos materiais didticos; o plano de um curso; as atividades interdisciplinares; a pesquisa em dife-rentes linguagens; formas de apresentao e difuso do material didtico;


b) O uso crtico do filme, da fotografia, do jornal e da publicidade na sala de aula.

Mdulo 4: Utilizao e avaliao da recepo dos materiais didticos sobre temas da diversidade. Para o mdulo final do curso, haver a proposio de atividades ligadas produo de material didtico baseado nas linguagens trabalhadas. Ainda, nos encontros presenciais realizados nos Polos de Formao, os cursistas apresentaro os projetos que desenvolveram nas esco-las, no formato de planos de curso, atividades interdisciplina-res, planos de unidades temticas etc.

3.3 Avaliao do curso

A avaliao do curso ser realizada mediante a frequncia e o con-ceito obtido por meio da realizao das diversas atividades. So elas:

Frequncia

Por ser um curso oferecido na modalidade semipresencial, a fre-quncia registrada por meio do acesso ao Ambiente Virtual de Apren-dizagem (AVA) Moodle e dos encontros presenciais. A carga do curso de 180 horas, sendo 40 horas realizadas presencialmente nos polos de formao e 140 horas on-line, no ambiente Moodle.

Voc precisa ter frequncia mnima de 75% nos encontros presen-ciais e no AVA. importante lembrar que a frequncia no AVA no registrada pelo tempo que voc fica conectado, mas por meio da sua in-terao e participao nas atividades propostas.

A fim de propiciar a interao, troca de experincias e de conheci-mentos, a sua participao em fruns e outras atividades colaborativas deve contribuir com contedo que ajude a propiciar reflexo da turma e atenda proposta. A realizao de atividades individuais, como produ-es textuais, por exemplo, tambm ser contabilizada como frequncia.


Conceito

O conceito mnimo para aprovao nos mdulos do curso de 7pontos. Por isso, acompanhe todas as propostas de atividades e verifique com ateno o critrio de avaliao delas. No deixe de realizar as ativi-dades dentro do prazo.

Caso voc no tenha entregado alguma atividade dentro do prazo estabelecido, utilize o perodo de recuperaode atividades que ser oferecido imediatamente aps a finalizao do perodo de entrega.

A entrega das atividades apsafinalizaodosprazos contabiliza frequncia no curso, porm, o conceito mximo atribudo de 8 pontos.

Ateno

As atividades j entregues dentro do prazo estabelecidos no po-dem ser recuperadas e entregues novamente aps a finalizao do prazo. A entrega das atividades s ser aceita se for realizada at o prazo de recuperao da unidade. Aps esse perodo, no ser con-tabilizada a frequncia e no ser atribudo conceito.

Tipos de atividades propostas

Sero propostos, no curso, dois tipos de atividades: interao e pro-duo dentro do AVA (fruns, wiki, produo de texto, enquetes etc.) e projeto a ser desenvolvido em sala de aula, ou outro espao da escola, utilizando as experincias adquiridas no curso.


IMportAnte

Nem todas as atividades ou ferramentas disponibilizadas no am-biente so avaliativas. Os fruns de dvida ou o caf social devem ser utilizados para interao com o tutor, demais cursistas da turma. No contabilizada a frequncia nestes espaos e no atribudo conceito. Voc pode participar quantas vezes quiser e sentir necessi-dade. As atividades avaliativas so identificadas por um cdigo que indica o mdulo, a unidade (se houver) e a atividade. Por exemplo, a Atividade 2/Unidade 1/Mdulo 3 nomeada da seguinte forma: M3-UN1-AT2 (M Mdulo, UN Unidade, AT Atividade).

Cada mdulo traz a proposta de realizao de duas atividades obri-gatrias, para serem realizadas dentro do ambiente virtual Moodle.

Organizao dos encontros presenciais

Ao iniciar o curso, os cursistas participaro de um encontro pre-sencial para conhecer a organizao, metodologia do curso, formas de avaliao e o ambiente Moodle. Esse encontro tem a durao de 8 horas e ocorrer nos Polos de Formao.

O final do Mdulo 4 contar com a apresentao e entrega de proje-tos desenvolvidos nas escolas, que devem ser em forma de planos de curso, atividades interdisciplinares, os planos de unidades temticas. Esse semi-nrio deve possibilitar a troca de informaes entre os projetos desenvolvi-dos. A carga horria para este encontro presencial de 12 horas (1 dia).

Alm do encontro de apresentao dos seminrios, ocorrer um encontro para que os cursistas avaliem o curso, em que ser aplicado um questionrio para verificar o grau de satisfao e aceitabilidade do cursista em relao ao curso, cuja carga horria ser de 4 horas ( dia).

Os demais encontros presenciais, cuja carga horria total de 16 ho-ras, sero distribudos ao longo do curso a critrio do professor-tutor pre-sencial e do professor cursista. Sugerimos a distribuio de 4 encontros presenciais de 4 horas, um encontro para o estudo cada mdulo do curso.


Sugestes para organizar os seus estudos

Agora que voc conheceu a estrutura, organizao e metodologia do curso, bem como o seu currculo, organize as suas atividades de estu-do. Em um curso a distncia importante estabelecer uma frequncia de acesso no ambiente virtual de aprendizagem no somente para estudar e realizar atividades avaliativas, mas tambm participar das atividades colaborativas e colaborar com a turma. desejvel que voc acesse a pla-taforma todos os dias, pois algumas atividades exigem maior frequncia e participao pela caracterstica dinmica, como o caso do frum.

Distribua ao longo da sua semana os momentos para leitura dos tex-tos, realizao das atividades de produo, participao no Moodle, no esquecendo de coletar subsdios para a realizao de seu projeto final.

sAIbA MAIs

Videoteca com a temtica diversidade cultural da TV Es-cola/Programa Salto Para o Futuro. Acesse: http://tvescola.mec.gov.br/tve/videoteca-classifications?type=thematicA-rea&thematicArea=576


BRASIL. Ministrio da Educao e do Desporto, Secretaria de Educao Fun-damental. Parmetroscurricularesnacionais:Ensino de primeira quarta s-rie- Apresentao dos Temas Transversais, pluralidade cultural. Braslia: MEC/SEF, 1997. Disponvel em: . Acesso em: 14 jul. 2014.

MORAES, M. S. S. ContribuiesdasPesquisasnaPerspectivadaPedagogiaHistrico-CrticanaEducaoMatemtica. 2013, 222f. Tese (Livre-docncia) Faculdade de Cincias, UNESP, Bauru, 2013.

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refernCIAs bIblIogrfICAs

Unidade 2

Emlia de Mendona Rosa MarquesEuro Marques Jr.

25Unidade 2 | A educao a distncia aproximando os alunos


A sociedade brasileira tem se beneficiado dos avanos das tecno-logias de informao e comunicao, e os ambientes de redes de com-putadores vm se difundindo como uma alternativa vivel em situaes de trabalho em grupo ou de aprendizado a distancia. A um custo rela-tivamente baixo, uma escolha adequada de equipamentos e programas pode produzir timos resultados, permitindo o compartilhamento de recursos de informtica, como bancos de dados e impressoras, alm do uso de som e vdeo, de maneira segura e rpida. Portanto, a educao a distncia (EAD) pode ser uma opo valiosa para o treinamento de fun-cionrios nas organizaes e a formao de mo de obra qualificada nas instituies de ensino, tirando proveito da infraestrutura de tecnologia da informao (TI) j instalada nessas organizaes.

A sociedade contempornea est vivenciando a internacionaliza-o dos mercados em um formato de globalizao que desafia as pessoas e organizaes a romperem com prticas ultrapassadas, estimulando o

A educao a distncia aproximando os alunos



exerccio de desaprender e (re)aprender continuamente. Nesse contexto, se passa a buscar o conhecimento de uma forma mais sistemtica e eficaz, resultando em melhorias na produtividade, inovao, competitividade e um melhor relacionamento entre as pessoas. As escolas e universidades tem se ajustado e desenvolvido estratgias para responder rapidamente s mudanas nas tecnologias e na crescente demanda de interessados.

Diante deste cenrio, a educao a distncia atravs da Internet (EAD ou E-learning) um novo paradigma que abre muitas possibili-dades para o uso das novas tecnologias de informao e comunicao serem utilizadas para o ensino e treinamento de pessoas que teriam di-ficuldade em acessar esse contedo de forma exclusivamente presencial, seja pela distncia escola ou pela dificuldade de conciliar os horrios de estudo e trabalho. A educao a distncia est crescendo em importncia no Brasil e no mundo, e juntamente com o crescimento do nmero de instituies e estudantes envolvidos cresce tambm a necessidade de se desenvolver a qualidade dos cursos dados nesta modalidade.

No Brasil, o sistema de EAD atende estudantes nos ensinos tcnico, profissionalizante e superior. De acordo com dados do Censo da Educa-o Superior de 2010, a EAD, que praticamente inexistia dez anos atrs, j responde pelo percentual de 14,6% do total das matrculas na gradua-o. Entre 2009 e 2010 o crescimento de estudantes de cursos de gradua-o a distncia foi de 10,9%, sendo que das aulas presenciais foi de 6,45% no mesmo perodo, de acordo com o MEC.

As novas tecnologias de informao e comunicao (TIC) podem ser uteis para aprofundar os conhecimentos dos estudantes de diversas maneiras, seja atravs de material didtico multimdia on-line, sejam atravs de debates on-line com seus colegas, professores e outros profis-sionais da rea, de maneira sncrona (ao mesmo tempo, como no telefo-ne) ou assncrona (a comunicao ocorre em momentos diferentes, como numa carta enviada pelo correio).


1.1 Como usar o Ambiente virtual de Aprendizagem (AvA) para uma aprendizagem colaborativa

De acordo com Kreijns, Kirschneret et al. (2003) a chave para a efi-ccia da aprendizagem colaborativa a interao social, e a falta dela um fator que causa o enfraquecimento da aprendizagem colaborativa.

Rice (1993) considera a presena social como o grau de percepo da presena do outro em uma interao e a apreciao de um relacio-namento interpessoal, enquanto que Garrison (1999) complementa di-zendo que a presena social a capacidade que os participantes de uma comunidade virtual possuem de se projetarem, social e emocionalmente, como pessoas reais atravs do meio de comunicao usado.

Os fruns de discusso so ferramentas importantes para intera-o no ambiente de aprendizagem virtual (AVA). Uma das metodolo-gias utilizadas por pesquisadores para avaliar a qualidade da aprendi-zagem tem sido fazer anlise do contedo das mensagens escritas pelos participantes dos fruns dos cursos.

Existem muitos fatores que influenciam a aprendizagem distncia, especialmente no ensino superior, e na ps-graduao, onde a comunicao e a colaborao so necessrias para buscar o conhecimento. A presena so-cial, entre outros fatores, um conceito importante a ser facilitado, desen-volvido e sustentado na educao a distncia, uma vez que promove e apoia a aprendizagem baseada na comunicao e interao entre os estudantes.

Considerando suas caractersticas inovadoras e a grande importn-cia como mecanismo de democratizao do conhecimento, a educao a distncia se constitui em uma modalidade de ao educativa de qualida-de, capaz de desenvolver projetos pedaggicos com grande abrangncia, flexibilidade e agilidade, especialmente atravs do uso das novas tecnolo-gias da informao e da comunicao.

Na atual sociedade da informao e do conhecimento, o aprendizado e a interao entre indivduos so um fator de grande importncia para o sucesso de empresas, instituies de ensino e outros setores do mercado de trabalho (SCHUELTER, MENDONA et al., 2005). A educao a distn-cia vem ao encontro de tais necessidades e uma maneira importante de atender grande nmero de estudantes de forma efetiva, com a vantagem de


no reduzir a qualidade dos servios oferecidos em decorrncia da amplia-o da clientela atendida. Segundo Nunes (1994), a escolha da educao a distncia, como meio de dotar as instituies educacionais com condies para atender s novas demandas por ensino, treinamento gil e de qualida-de superior, tem por base o fato de ela ser capaz de atender com grande pers-pectiva de eficincia, eficcia e qualidade aos anseios de universalizao.

A modalidade de ensino a distncia utilizando um ambiente de aprendizagem virtual um novo paradigma abrindo muitas possibili-dades para o uso das novas tecnologias de informao e comunicao, sendo tambm, ampliada pelo uso adequado delas.

O Design Instrucional o campo do conhecimento que busca aprimorar o planejamento e a aplicao dos mtodos visando facilitar os processos de en-sino-aprendizagem, tendo grande importncia para a EAD. J o Design de In-terao uma rea do design especializada no projeto de artefatos interativos, como websites, jogos eletrnicos e softwares. O foco do Design de Interao so as relaes humanas tecidas atravs dos artefatos interativos, que funcionam tambm como meios de comunicao interpessoal. O Design Instrucional e o Design de Interao podem ajudar a desenvolver as caractersticas do ambiente virtual de aprendizagem para facilitar a aprendizagem colaborativa baseada em computadores (Computer Supported Collaborative Learning - CSCL).

Nos ltimos anos os estudiosos do campo de EAD tm dado des-taque s interaes sociais no ambiente de aprendizagem. Procurou-se abordar o impacto destes fatores sociais sobre a EAD, com foco principal nos processos de aprendizagem e de interao social. Esperamos que es-tas reflexes conduzam a novos entendimentos e teis sugestes sobre a criao e gesto de cursos de EAD e configuraes de fruns.


2.1 A presena social na educao a distncia

O conceito de presena social tem evoludo a partir da contribuio de diversos pesquisadores, seu aparecimento data de 1976, quando a de-finiram como o grau de importncia entre dois comunicadores usando


um determinado meio de comunicao. Eles propuseram que os meios de comunicao diferem em seu grau de presena social e que essas di-ferenas tm um papel importante na forma como as pessoas interagem.

A proposta de Garrison define a presena social como a capacida-de dos participantes em se identificar com o grupo ou curso de estudo, se comunicar com propsito em um ambiente de confiana, e desen-volver de modo progressivo os relacionamentos pessoais e afetivos por meio da projeo de suas personalidades individuais. Essa definio a que adotamos.

Apesar de ainda ser necessrio muito trabalho no refino e com-preenso da presena social no mbito da aprendizagem virtual, Gar-rison defende que esta uma concepo essencial em uma abordagem colaborativa para a aprendizagem construtivista. Segundo ele, a litera-tura em torno do pensamento crtico fornece evidncia de que muito difcil se alcanar uma compreenso profunda sobre um tema sem a co-municao e interao entre as pessoas. Desconsiderar a Presena Social desconsiderar a importncia da comunicao e da reflexo crtica em uma sociedade conectada, baseada no conhecimento.

Na ltima dcada, vimos o surgimento dos ambientes virtuais de aprendizagem. Inicialmente, esses ambientes eram um pouco mais do que repositrios de documentos que os tutores enviavam para os estu-dantes. Nesta mesma poca chegava ao auge o Construtivismo, que uma das correntes tericas da pedagogia empenhadas em explicar como a inteligncia humana se desenvolve partindo do princpio de que o de-senvolvimento da inteligncia determinado pelas aes mtuas entre o indivduo e o meio. Enriquecidos em parte por teorias construtivistas sociais de educao, os ambientes virtuais posteriores incluram recur-sos para a comunicao sncrona e assncrona entre tutor-estudante e es-tudante-estudante. Os estudos de Lambropoulos, Faulkner et al. (2012), indicam a importncia da conscientizao social para um aprendizado online efetivo, mostrando que a qualidade da participao ativa pode ser aumentada com o uso de ferramentas. O papel do professor/tutor no ambiente virtual ainda fundamental para facilitar e apoiar tal engaja-mento para a aprendizagem colaborativa.


Existem ainda muitos outros fatores que influenciam a aprendizagem distncia, especialmente no ensino superior onde a comunicao e a co-laborao so necessrias para buscar o conhecimento. Entretanto perce-be-se que a presena social, entre outros, um conceito importante de ser facilitado, desenvolvido e sustentado na educao superior distncia, uma vez que promove e apoia a aprendizagem baseada na comunicao e intera-o entre os estudantes. Interessante observar que variveis demogrficas, como gnero, experincia de aprendizagem online e situao de trabalho no so apontados como fatores significativos em termos de influenciar na presena social ou satisfao de aprendizagem. Enquanto a integrao da mdia e qualidade de ensino do instrutor/tutor foram variveis significati-vas da presena social e da satisfao do aprendizado. A interatividade entre os participantes foi uma das principais variveis associadas positivamente presena social, mas no da satisfao da aprendizagem (KIM et al., 2011).

A presena social um fator importante para a compreenso das relaes psicolgicas e emocionais entre os estudantes em cursos dis-tncia, especialmente quando o construtivismo e a aprendizagem basea-da na comunicao e interao entre os estudantes so enfatizados. At o momento, estudos sobre a presena social tm revelado quatro itens em sua constituio, a saber: a ateno e apoio mtuos, a ligao afetiva, o senso de comunidade e a comunicao aberta. Observa-se ainda que tais estudos resultaram na criao e verificao cientfica de um instrumento de mensurao da presena social.

Sabe-se tambm que a aprendizagem est fortemente relacionada percepo do usurio de pertencer a uma comunidade de aprendizagem, bem como percepo da presena virtual, da conscincia e da comuni-cao (DE LUCIA, et al., 2009).

Outras pesquisas sugerem que as trocas de conhecimento e infor-mao realizadas por computador (email ou fruns) podem facilitar a aprendizagem em grupo e a construo de conhecimento entre os estu-dantes que esto em diferentes localizaes geogrficas. Um fato menos conhecido, porm, que tais trocas bem sucedidas dependem da intera-o social que ocorre entre os participantes. Essa interao social cru-cial, uma vez que afeta os processos cognitivos e scios emocionais que ocorrem durante a aprendizagem (VINAGRE, 2008).


Examinando-se as relaes entre os nveis de aprendizagem colabo-rativa, presena social e satisfao geral em um ambiente de aprendizagem mista (presencial e online), percebidos pelos estudantes de um curso a dis-tancia, pode-se obter dados indicando que suas percepes da aprendizagem colaborativa tm relao estatisticamente positiva com a percepo da pre-sena social e com a satisfao com o curso. Isto significa que os estudantes que percebem altos nveis de aprendizagem colaborativa tendem a ser mais satisfeitos com o seu curso a distncia, do que aqueles que percebem baixos nveis de aprendizagem colaborativa. Da mesma forma, estudantes com alta percepo de aprendizagem colaborativa tambm percebem altos nveis de presena social (SO e BRUSH, 2008). Alm disso, a interao no curso tam-bm pode ser relacionada ao desempenho do curso e satisfao dos estu-dantes. Finalmente, a presena social pode ser relacionada com a satisfao do curso e utilidade do mesmo (JOHNSON, HORNIK et al., 2008).

Alguns estudos mostram as diferenas existentes entre os estudan-tes, dependendo de sua formao e experincia anterior. Os estudantes de graduao, por exemplo, salientaram os aspectos sociais e prticos, enquanto os estudantes de mestrado em maior medida enfatizaram os aspectos cognitivos. A quantidade de interaes espontneas tambm foi maior no grupo de graduao. Estes estudantes precisaram de mais apoio dos outros, a fim de gerir os seus estudos em comparao com os estudantes de mestrado (OSTLUND, 2008).

O nvel de interao entre os estudantes e o professor/tutor e entre os estudantes foi constatado como um fator significativo na determinao da eficcia do mtodo de ensino. A interao professor-estudante, que perpassa o processo de aprendizagem, muito importante para todos os estudantes.

Assim a formao dos tutores direcionada aos objetivos do curso determina a adoo dos tipos esperados de tutoria. A este respeito, pro-veitoso para a obteno de um comportamento adequado dos tutores (presenciais e online) proporcionar-lhes uma formao especfica.

A satisfao dos estudantes e a persistncia so consideradas fatores crticos de sucesso em cursos EAD, nos quais as atividades de ensino e aprendizagem so realizadas online.

Visando uma comunicao virtual eficiente e eficaz, e ainda, que proporcione altos nveis de presena social passamos a apresentar algu-


mas regrasde comunicao importantes nos ambientes virtuais de apren-dizagem (AVA). As regras aqui apresentadas integram um rol maior, que hoje conhecido como Netiqueta.


3.1 Algumas regras importantes na comunicao virtual

Evitar escrever mensagens exclusivamente com letras mais-culas e grifos exagerados, pois esse formato significa voz alta ou grito.

O uso de recursos de formatao de texto, como cores, tama-nho da fonte, tags especiais etc., em excesso pode desviar a ateno dos leitores do objetivo do texto, assim deve ser utili-zado com muito cuidado e sem exageros.

fundamental respeitar todos os participantes do curso, o que certamente trar como consequncia natural o respeito dos co-legas. Gentilezas sinceras so igualmente importantes.

Lembrar-se de que dialogar com algum atravs do compu-tador no isenta das regras comuns da sociedade, por exem-plo, o respeito ao prximo.

Usar sempre a fora das ideias e dos argumentos nas conver-saes. Apesar de compartilhar apenas virtualmente um am-biente, ningum obrigado a suportar ofensas e m educao.

Fazer sempre bom uso da lngua portuguesa, ou seja, ortogra-fia,pontuao e concordncia verbal corretas num texto. Ler um texto sem pontuao, principalmente quando grande, gera desconforto, e, alm disso, as chances dele sermal inter-pretadoso muitas.

Evitar escrever em outra lngua quando no solicitado. Evitar serarroganteou inconveniente.


Num frum importante no interromper um assunto que est sendo tratado pelos colegas. Inicie novo assunto apenas se o an-terior j estiver encerrado.

Usar de modo cuidadoso os emoticons de letras, palavras e coisas do gnero, pois pode desviar a ateno dos leitores, en-tretanto em muitas situaes so teis para demonstrao a inteno do autor, transmitindo aos leitores suas emoes ao pronunciar aquelas palavras ou ideias.

Procurar ser o mais claro possvel para no gerarconfuso. Emfrunselistas de discusso, deixar o papel de moderador

para o prprio moderador. Em textos muito longos, utilize pargrafos para facilitar a leitura. Evitar o uso demasiado dointernets. No copiar textos de sites ou qualquer outra fonte que possua

contedo protegido por registro e que no permita cpias, e sempre, mesmo com autorizao de cpia,cite as fontesquan-do utiliz-las.

IMportAnte

Sendo a Netiqueta o conjunto das boas maneiras e normas gerais de bom senso, que proporcionam o uso da internet de forma mais educada, amigvel, eficiente e agradvel, fundamental ressaltar que em alguns casos, o descumprimento dessas regras pode representar a perda de grandes oportunidades.

sAIbA MAIs

Netiqueta - regras de etiqueta na Internet. Acesse http://www.dicasdeetiqueta.com.br/netiqueta/


DE LUCIA, A. et al. Developmentandevaluationof a virtual campusonSecondLife: The case of SecondDMI.Computers & Education,v. 52, n. 1, p. 220-233, Jan 2009. ISSN 0360-1315.

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Unidade 3


37Unidade 3 | Introduo ao Moodle


Este texto tem o propsito de apresentar uma viso geral do am-biente virtual de aprendizagem Moodle, que ser utilizado durante este curso como uma ferramenta de apoio pedaggico, complementando as atividades presenciais e implementando as atividades distncia.

Por ser uma experincia nova, muitos participantes de cursos on-line desconhecem os benefcios, os recursos e as exigncias que advm desta modalidade de ensino. Por isso, pode existir uma discrepncia en-tre as expectativas do aluno e a realidade. Espera-se reduzir essa ansie-dade atravs das informaes e exemplos descritos aqui.

Este material fornece informaes importantes relativas ao am-biente de aprendizagem Moodle, bem como seu sistema de gesto de aprendizagem (LMS Learning Management System).

Introduo ao Moodle



1.1 o Moodle

Moodle um sistema de administrao de atividades educacionais atravs da criao de comunidades on-line em ambientes virtuais de aprendizagem. Criada em 2001, pelo educador e cientista computacional Martin Dougiamas, a plataforma est em desenvolvimento constante, tendo como filosofia uma abordagem social construtivista da educao.

O Moodle Open Source, ou seja, aberto, livre e gratuito. Isso sig-nifica que ele pode ser carregado, utilizado, modificado e at distribudo. Apesar de possuir um copyright, pode ter o seu cdigo fonte alterado ou desenvolvido para satisfazer necessidades especficas.

A palavra Moodle referia-se originalmente ao acrstico Modular Object-Oriented Dynamic Learning Environment, (Ambiente de Apren-dizagem Dinmico e Modular Orientado a Objetos) que especialmen-te significativo para os programadores e acadmicos da educao. tambm um verbo que descreve o processo de navegar despretensiosa-mente por algo, enquanto se faz outras coisas ao mesmo tempo, num desenvolvimento agradvel e conduzido, freqentemente, pela perspi-ccia e pela criatividade.

Assim, o nome Moodle aplica-se tanto forma como foi feito, como uma sugestiva maneira pela qual um estudante ou um professor pode-ria integrar-se estudando ou ensinando num curso online.

Muitas universidades e escolas j utilizam o Moodle, no s para cursos totalmente virtuais, mas tambm como apoio aos cursos presen-ciais. Tambm indicado para outros tipos de atividades que envolvem formao de grupos de estudo, treinamento de professores e at desen-volvimento de projetos. Existem outros setores, no ligados diretamente educao, que utilizam o Moodle como, por exemplo, empresas priva-das, ONGs e grupos independentes que interagem na Internet.

1.2 Metodologia

A transmisso de conceitos tericos num curso fundamental, en-tretanto igualmente importante que os alunos saibam contextualizar tais conceitos em sua rea de atuao profissional.


Os cursos online que se utilizam da plataforma virtual Moodle so concebidos num modelo pedaggico centrado no aluno, procurando que este aprenda ensinando, compartilhando informaes com os colegas de curso e construindo o conhecimento pessoal e coletivo.

A construo social do conhecimento apoiada em ferramentas dis-ponibilizadas pelo prprio Moodle, como: fruns de discusso, wikis e mesmo o chat como forma de comunicao sncrona (ao mesmo tempo).

De forma a atender os diferentes estilos cognitivos de aprendizagem, os contedos dos cursos so concebidos em sua maioria por uma equipe multidisciplinar e disponibilizados em suporte digital contemplando do-cumentos em formato texto (pdf e html) e/ou formato audiovisual.

Em todos os cursos so previstas atividades de autoestudo, indi-viduais ou em grupo, sendo esperada uma participao ativa por parte dos alunos.

Apoiando os cursos esto previstos dois tipos de tutoria: Tutoriaativa: que pressupe um acompanhar de todo o pro-

cesso de aprendizagem do aluno e do grupo por parte do tutor, garantindo um feedback construtivo e imediato, e

Tutoriapassiva: nos cursos ou nos mdulos que apresentam uma vertente de autoestudo mais acentuada, tendo o tutor, nes-se caso, a funo de assistir pontualmente s necessidades, d-vidas e problemas do aluno.

Independentemente da tutoria inerente ao respectivo curso, o par-ticipante poder recorrer ao apoio tcnico de suporte que se encontra sempre disponvel para resolver questes de foro tcnico e operacional da plataforma.


2.1 Aulas online

Uma sala de aula real no existe em cursos 100% online. Isso no significa que o aluno se encontre isolado. Muito pelo contrrio. Os cur-


sos foram criados de forma a propiciar a maior interao possvel entre os colegas de curso e entre estes e o tutor.

O aluno tem flexibilidade na escolha do horrio e local de acesso ao curso. O seu ritmo de estudo respeitado, entretanto o ritmo de estudo do grupo, ditado pelas atividades propostas e pela interao gerada entre colegas de curso, no deve ser desconsiderado.

Uma sala de aula online delimitada no apenas pelos participan-tes do curso, o tutor e os materiais de apoio, mas, tambm, pelas ativida-des individuais e de grupo.

A construo do conhecimento de cada participante acontece, em grande parte dos cursos, nos fruns de discusso, pois se pode colocar temas especficos para discusso e reflexo, os chamados Fruns Tem-ticos. Neles colocam-se perguntas e respostas, sugere-se material suple-mentar pesquisado e encontrado na Internet.

A participao ativa (no somente reativa) nos fruns e atividades fundamental para o sucesso da aprendizagem de cada um e de todos.

2.2 A avaliao

Nos cursos online, em geral, privilegiada uma avaliao contnua que preconiza a participao nos fruns temticos do curso e a realiza-o das atividades propostas que podem ser, por exemplo, a entrega de um trabalho escrito, a realizao de uma autoavaliao ou a colaborao na redao de um texto de grupo no Wiki.

Em cursos distncia a avaliao pode acontecer exclusivamente online, considerando o percurso do aluno e o seu desempenho e engaja-mento ao longo do curso. Em alguns casos as avaliaes so presenciais, principalmente quando o curso tem carter profissionalizante.

2.3 o perfil do aluno online

O aluno que pretende aprender online deve apresentar um perfil com as seguintes caractersticas:


2.3.1 Motivao

Apresenta automotivao. Tem capacidade de se automotivar.

2.3.2 Responsabilidade

Assume responsabilidade pelo seu percurso de aprendizagem. Dita o seu ritmo de aprendizagem, mas tem em conta o ritmo

da aprendizagem do grupo. Cumpre prazos.

2.3.3 Organizao

Gerencia de forma eficaz o seu tempo.

2.3.4 Autodidata

Tem capacidade de construir de forma autnoma o seu conhecimento. Tem capacidade de identificar dentre os temas propostos aque-

les que ele domina, os que necessitam ser aprofundados e aque-les para os quais necessita de apoio.

2.3.5 Ser social

Valoriza a interao com os colegas de curso e as relaes in-terpessoais.

Transmite as suas dificuldades e ansiedades aos colegas e tuto-res de curso.

Importante: Algumas dicas para ser um aluno online de sucesso.a) Motivao Descreva quais as suas motivaes para o curso. Descreva as suas expectativas realistas para o curso.


b) Gerenciamento do tempo Estabelea planos de acesso ao curso, experimentao, apren-

dizagem e de lazer. Crie uma rotina adequada aprendizagem e ao curso. Reserve tempo para acessar o curso. Reserve tempo de leitura do material de apoio. Reserve tempo (por dia ou semana) para realizar as atividades

declaradas obrigatrias como a entrega de um trabalho escrito ou a realizao de uma avaliao.

Reserve tempo para ler e responder aos comentrios, pergun-tas, debates que estejam se desenvolvendo nos fruns temticos.

Interao No deixe que os e-mails se amontoem. Verifique diariamen-

te novas mensagens. Ao ler os e-mails tente tomar de imediato uma deciso iden-

tificando aqueles que so para conhecimento, os que podem ser respondidos imediatamente e aqueles que precisam de um tempo maior para que a resposta seja adequada. Coloque-se um prazo de resposta e cumpra-o.

Seja ativo e no sempre reativo. Coloque perguntas e tente responder aos colegas. Considere ainda as seguintes observaes: Sempre que surgir uma dvida, coloque-a no frum. No he-

site, no tenha vergonha, no acumule dvidas. Todas as per-guntas pertinentes ao curso so vlidas e, com certeza, estaro ajudando outros colegas que, ou no a fizeram, mas gostariam ou nem mesmo sabiam que deveriam t-la feito. Utilize tam-bm perguntas como Voc pode explicar isso de outra forma? ou Ser possvel dar um exemplo?.

Partilhe nos fruns as suas experincias sobre educao a distncia. O curso pretende ser o incio de uma comunidade de aprendiza-

gem e assim sendo depende da participao de todos. Uma per-gunta colocada no frum, espera pela SUA resposta, assim como, um comentrio colocado no frum, espera pelo SEU retorno.


Prepare-se para aceitar desafios. As suas respostas no sero sem-pre as certas. da discusso que surge a construo de novos conheci-mentos, pessoais e do grupo.

2.4 requisitos tecnolgicos

2.4.1 Hardware e Software

Computador com conexo Internet. Navegador, aceitando cookies (Firefox, Chrome, Internet Ex-

plorer etc.). Conta de e-mail. Ferramentas do tipo Office (OpenOffice ou Office da Microsoft). Ferramenta para abrir arquivos com a extenso pdf (Acrobat

Reader). Ferramenta para descompactar arquivos com a extenso zip e/

ou rar (WinRar). Programa para executar arquivos de vdeo, udio ou flash.

2.4.2 Conhecimentos bsicos das tecnologias de informao e comunicao

Utilizao de um navegador. Realizao de pesquisa e obteno de informao na Internet. Envio e recepo de e-mails. Formatao de texto. Criao e gerenciamento de pastas no disco rgido para arma-

zenamento do material do curso.



3.1 primeiro acesso ao Moodle

Cada participante ser cadastrado na plataforma Edutec pela equi-pe do projeto, de acordo com o polo, recebendo por e-mail um Nome de Usurio (login) e uma senha provisria. O primeiro passo acessar o site http://edutec.unesp.br e digitar o login e a senha.

Este o site que voc dever acessar sempre que desejar participar do curso. Aps acessar a plataforma EDUTEC, acesse o Ambiente Vir-tual de Aprendizagem (AVA - Plataforma Moodle). Clique em AVA.


Acesse agora o curso de produo de material didtico para diver-sidade. Clique no link indicado.

Esta ser a sala de aula virtual onde estaro disponveis os mate-riais didticos, as atividades a serem realizadas e os fruns de discusso com seus colegas.


Voc pode editar seu perfil, completando as suas informaes pessoais, inserindo sua foto e criando uma senha pessoal definitiva. Para isso, clique em Minhas configuraes de perfil e depois em Modificar perfil.

Aps fazer as alteraes, clique em Atualizar perfil.


Se houver dificuldade no uso da plataforma recomendado que voc navegue no tpico 1 Introduo ao Moodle.

Caso ainda surja qualquer dvida quanto ao uso do Moodle, escre-va no Frum de Discusso de Educao a Distncia, que destinado ao auxlio com questes relacionadas ao uso do Moodle. Voc pode tam-bm entrar em contato com o Apoio Tcnico de seu Polo.

Aproveite o Curso! Use a plataforma Moodle para interagir com seus colegas e com a equipe do curso de Produo de Material Did-tico para Diversidade!

3.2 Material de apoio

Como o material do curso e de apoio poder ser disponibilizado em vrios formatos (texto, som, figuras ou vdeos), esta etapa objetiva conduzir voc a uma maior familiaridade com estes formatos.

Cada um dos materiais disponibilizados ou produzidos pode se utilizar de diversos programas diferentes, sendo que cada programa designa ao material um tipo especfico de arquivo. A caracterizao de cada arquivo dada pela sua terminao (extenso). Por exemplo, os textos escritos em verses mais antigas do Microsoft Word tero a extenso .doc. Se o mesmo texto for escrito na verso mais nova do Word, sua extenso ser .docx. Neste caso necessrio ter a verso mais nova do Word para abrir o arquivo e poder acessar seu contedo.


Isso vale para todos os arquivos. Voc sempre precisa ter o programa adequado para abrir um arquivo.

O texto pode estar tambm em uma pgina na internet. Neste caso, geralmente, estar com a extenso .htm ou .html. O seu navegador da internet o programa que abre esses arquivos.

Pode-se tambm ter o contedo no formato de udio. As extenses podem ser .mp3, .midi ou .wav, entre outras. O Media Player um dos programas que executam esses arquivos.

As figuras geralmente esto no formato jpeg, com a extenso .jpg, que adequado para o uso na internet pois proporciona uma compacta-o no tamanho do arquivo. As figuras podem ter sido criadas em m-quinas fotogrficas digitais e scanners, ou em programas como o Pho-toshop. O tamanho do arquivo influencia no tempo que seu navegador utilizar para abri-lo. Quanto menor o arquivo mais rapidamente ele estar em condies de ser lido, visto ou editado.

Os vdeos podem estar no formato mp4, avi ou mov, entre outros. s vezes o vdeo estar colocado em um site na internet como o YouTube.

Os programas executveis geralmente possuem a extenso .exe, e os arquivos que foram compactados, para diminuir de tamanho, pos-suem a extenso .zip ou .rar.

possvel ter uma pgina na internet que tenha texto, figuras, sons e vdeos, funcionando simultaneamente. Isso enriquece o aprendizado, pois se pode utilizar diversos recursos para compartilhar o conhecimen-to. Isso chamado de multimdia.

IMportAnte

Neste curso o Moodle ser utilizado como repositrio de arqui-vos contendo materiais didticos adicionais, evitando desta forma o gasto com impressos e acelerando a distribuio deste material. Se-ro disponibilizados na plataforma Moodle os textos, vdeos e apre-sentaes de PowerPoint, ou quais ficaro disposio dos cursistas durante todo o curso.


Os cursistas tambm podero usar o Moodle para enviar os ar-quivos com seus relatrios e outras atividades para serem avaliados pelos formadores, que tambm utilizaro o Moodle para fornecer feedback sobre cada trabalho.

O Moodle ser utilizado para gerenciar os fruns de discusso, que so uma forma de comunicao onde todos os participantes do curso, sejam os cursistas ou os tutores, podem se comunicar com to-dos. Sero criados fruns para questes gerais, de interesse de todos, e outros fruns especficos para cada turma e cidade.

Por centralizar as informaes sobre o curso, o Moodle tambm ser til para divulgar avisos gerais e convites para pesquisas. Alm disso, o Moodle permitir a comunicao privada entre duas pes-soas, facilitando a comunicao e deixando registradas as interaes dentro do ambiente.

Espera-se que todos possam aprofundar a experincia de uso do Moodle com as ferramentas de cooperao, como a Wiki e o Frum. importante investir uma carga horria maior no treinamento do uso do Moodle, para aqueles que esto tendo acesso pela primeira vez a uma plataforma de Educao a Distncia. Este um investimento interessante, pois cada vez mais os cursos de educao continuada de professores estaro disponveis em sistemas de educao a distncia.

Acredita-se que os cursistas tero uma experincia com o Mood-le muito positiva, ressaltando que tero uma equipe disponvel para treinar os usurios e resolver problemas tcnicos e operacionais de forma rpida e eficiente.

sAIbA MAIs

CEAD/UFJF. Conhea o Moodle. 2012. Acesse: http://www.cead.ufjf.br/index.php?option=com_

content&view= article&id=238&Itemid=65


moodlebrasil.net (2008). GuiadoAlunoOnline. Disponvel em: http://www.moodlemais.com.br/file.php/1/Biblioteca/Guia_do_Aluno_de_EAD.pdf. Acesso em: 16 de julho de 2012.

PALLOFF, R. M. e PRATT, K. OAlunoVirtual: um guia para trabalhar com estudantes online, Porto Alegre/Brasil, Artmed, 2004.



emilia de Mendona rosa Marques

Ps-Doutorado na Universidade de Aveiro, Portugal, na rea de Ensino de Matemtica com Tecnologias. Doutora em Engenharia Eltrica pela FEEC/Unicamp (1999). Mes-tre em lgebra pelo IMEEC/Unicamp (1990). Graduada

em Licenciatura em Matemtica pela UNESP (1986). Professora do De-partamento de Matemtica da Faculdade de Cincias/UNESP/Bauru. Membro do Centro de Educao Continuada em Educao Matemtica, Cientfica e Ambiental(Cecemca)/UNESP. Integrante da Coordenadoria de Tutoria do Projeto Produo de Material Didtico para a Diversidade/MEC/CAPES/UNESP/Bauru. Membro do Grupo de Pesquisa Pedagogia Histrico-Crtica e o Ensino e Aprendizagem em Matemtica/CNPq. Atua na rea de Ensino de Matemtica com Tecnologias Digitais, com nfase na Formao de Professores, Ensino e Aprendizagem e Avaliao em Mate-mtica. Membro do Grupo de Pesquisa Ensino de Cincias e Tecnologia Educacional, cadastrado no CNPq e certificado pela UNESP, o qual lide-rado pelo prof. Dr. Aguinaldo Robinson de Souza. A partir dos referenciais tericos da rea de Tecnologia Educacional o grupo tem como objetivo o planejamento e pesquisa de currculos, programas e atividades que envol-vam o uso da informtica no ensino. E-mail: [email protected]

euro Marques Jnior

Doutorando em Engenharia de Produo pela USP. Mestrado em Engenharia de Produo pela UNESP. MBA em Marketing pela FGV e especializao em Gesto P-blica pela UNESP. Graduado em Administrao pela

UFV. Professor Universitrio com experincia profissional na rea de Administrao, com nfase em Marketing, atuando principalmente nos seguintes temas: Educao a Distncia, Gesto do Conhecimento, Ges-

AUtores ColAborAdores


to da Qualidade, Clima Organizacional, Organizaes Pblicas, Infor-mtica e Estatstica. E-mail:[email protected]

Mabi Katien batista de paula

Mestre em Educao para a Cincia pelo Programa de Ps-graduao em Ensino de Cincias e Matemtica na Universi-dade Estadual Paulista UNESP/Bauru. Graduada em Licen-ciatura em Matemtica pela Universidade Estadual Paulista

UNESP. Cursou Normal em Nvel Mdio no Centro Especfico de Forma-o e Aperfeioamento do Magistrio (CEFAM). Especialista em Orienta-o Educacional na empresa MSTECH Educao e Tecnologia. Docente na Unio das Instituies Educacionais do Estado de So Paulo UNIESP. Possui experincia docente nos anos iniciais da Educao Bsica na Secretaria de Educao do Estado de So Paulo. Membro do grupo de pesquisa Pedagogia Histrico-Crtica e o Ensino-Aprendizagem de Matemtica CNPq. Atua na rea de Formao de Professores, Letramento em Matemtica, Tecnolo-gia na Educao, Produo de Contedos Digitais de Matemtica e Temas Transversais e Matemtica. E-mail: [email protected]

Mara sueli simo Moraes

Livre-docente em Educao Matemtica pela UNESP. Ps-Doutorado no Instituto Politcnico Setbal/Portugal em Educao Matemtica. Doutorado e mestrado em Ma-temtica pelo ICMC/USP/So Carlos. Especializao em

Ensino de Cincias e Matemtica. Graduada em Matemtica, Cincias e Pedagogia. Professora da ps-graduao em Educao para Cincia e do Departamento de Matemtica da Faculdade de Cincias/UNESP/Bauru. Coordenadora do Centro de Educao Continuada em Educao Matemtica, Cientfica e Ambiental(Cecemca)/UNESP. Coordenadora Geral do Projeto Produo de Material Didtico para Diversidade/MEC/CAPES/UNESP/Bauru. Lder do Grupo de Pesquisa Pedagogia Histri-co-Crtica e o Ensino e Aprendizagem em Matemtica/CNPq. Atua na

A coleo Produo de material didtico para diversidade resultado de um curso ofertado distncia pela UNESP, pelo sistema da Universidade Aber-ta do Brasil, aos professores e s professoras da rede pblica de ensino. A conjuntura histrica de mudanas e transformaes sociais est presente em todos os setores da vida social, exigindo das experincias individuais e coleti-vas um reinventar de nossas prticas pedaggicas. Dentro dessa perspectiva, a coleo, em todos os seus volumes, delineou alguns propsitos, a destacar trs deles: (1) procurou estimular um debate reflexivo sobre temas contempo-rneos da diversidade; (2) procurou estimular a avaliao de materiais didticos existentes; (3) fomentou um debate sobre a realizao de projetos de produo de recursos didticos em diferentes linguagens em temas da diversidade.

Tendo em vista o carter didtico dessa coleo, todos os textos dos volu-mes foram pensados sob uma mesma estrutura: Primeiras palavras uma introduo ao tema abordado; Problematizando o tema aqui se adota uma postura bastante crtica e os conceitos e os fundamentos tericos pertinentes a cada uma das abordagens so expostos e debatidos; Instrumentalizando o tema trata-se do espao privilegiado para a reflexo sobre possveis apli-caes em sala de aula do que foi antes, em termos tericos, exposto; Saiba mais... momento dos textos em que se expem indicaes para um maior aprofundamento crtico do debate realizado; completam a obra as referncias bibliogrficas sugeridas e trabalhadas pelos autores e autoras.




Realizao:

Apoio:

9 788579 836305

ISBN 978-85-7983-630-5

9 788579 836350

ISBN 978-85-7983-635-0

Mdulo Preliminar

M

dul

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relim

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Ed

uca

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dis

tnc

ia p

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iver

sid

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Documents

Preliminar Material Didatico Otimizado Travado