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PREPARATÓRIO PARA RESIDÊNCIA EM FARMÁCIA a EDIÇÃO 4

PREPARATÓRIO PARA RESIDÊNCIAEM FARMÁCIA

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AUTORES
Alexandre Silva Santiago | Ana Roseli Ribeiro | Anne Caroline Fonseca Caroline da Guarda | Cinara Vasconcelos da Silva Clarissa Fernandes Goulart | Dayse Batista Santos
Fabiana Martins Dias de Andrade | Flávia Leite | Haroldo Ramanzini Natália Cairo | Norma Vilany Carneiro | Pedro Modesto | Priscila Abreu
Ramon Sá | Ricardo Riccio | Thaiara Oliveira Thassila Nogueira Pitanga | Vinícius Rocha
REVISORES TÉCNICOS
Amanda Arruda | Andreza Martins | Arthur Igor Cruz Lima Bruna Dallaqua | Caio Niela | Felipe Rego | Flávia Leite
Igor Prado | João Victor Laureano | Kelly Barbosa Gama
PREPARATÓRIO PARA
Copidesque | Conselho Editorial |
Preparatório para Residência em Farmácia Karen Nina Nolasco Carolina do Prado Fatel Fabrício Sawczen FN Monografia Caio Vinicius Menezes Nunes Paulo Costa Lima Sandra de Quadros Uzêda Silvio José Albergaria da Silva
© Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos à Editora Sanar Ltda. pela Lei nº 9.610, de 19 de Fe- vereiro de 1998. É proibida a duplicação ou reprodução deste volume ou qualquer parte deste livro, no todo ou em parte, sob quaisquer formas ou por quaisquer meios (eletrônico, gravação, fotocópia ou outros), essas proibições aplicam-se também à editoração da obra, bem como às suas características gráficas, sem permissão expressa da Editora.
2021
Ficha catalográfica elaborada pelo bibliotecário Pedro Anizio Gomes CRB-8 8846
P681q Pitanga, Thassila Nogueira.
Preparatório para Residência em Farmácia / Thassila Nogueira Pitanga. – 4. ed. - Salvador, BA : Editora Sanar, 2021.
544 p.; il.; 16x23 cm.
Inclui bibliografia. ISBN 978-65-89822-20-2
1. Farmácia. 2. Hospitalar. 3. Questões. 4. Residência. I. Título. II. Assunto. III. Pitanga, Thassila Nogueira.
CDD 615 CDU 615
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA PITANGA, Thassila Nogueira. Preparatório para Residência em Farmácia. 4. ed. Salvador, BA: Editora Sanar, 2021.
Editora Sanar Ltda. Rua Alceu Amoroso Lima, 172 Caminho das Árvores, Edf. Salvador Office & Pool, 3º andar. CEP: 41820-770, Salvador - BA. Telefone: 71.3052-4831 www.sanarsaude.com.br [email protected]
Autores
Clarissa Fernandes Goulart
Enfermeira graduada pela Escola de Enfermagem da Univer- sidade Federal de Minas Gerais. Mestranda no Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da UFMG (CAPES 5), na linha de pesquisa “Gestão e Educação na Saúde e Enfermagem”. Áreas de interesse: Educação em Saúde, Promoção de Saúde, Prevenção de Agravos, Educação em Saúde e Enfermagem, Tecnologia Educacional, Saúde Pública e Saúde Coletiva.
Dayse Batista Santos
Mestranda em Ensino e Relações Étnico – Raciais pelo Programa de Pós - Graduação em Ensino e Relações Étnicas pela Univer- sidade Federal do Sul da Bahia. Especialista em Saúde Coletiva com Concentração em Gestão de Atenção Básica, pelo Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia. Especialista em Gestão Cultural pela Universidade Estadual de Santa Cruz. Educadora Popular em Saúde pela FIOCRUZ. Graduada em En- fermagem pela Universidade Estadual de Santa Cruz. Atualmen- te é apoiadora institucional, com ênfase nas ações de educação permanente em saúde no Departamento de atenção Básica da Secretaria Municipal de Saúde de ilhéus, Bahia.
Fabiana Martins Dias de Andrade
Mestranda em Epidemiologia Políticas e Práticas de Saúde das Populações pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e graduada em Enfermagem pela mesma institui- ção. Atualmente é pesquisadora do grupo «Observatório de Doenças e Agravos não Transmissíveis”.
Flávia Leite
Farmacêutica pela Universidade Federal da Bahia. Especia- lista em Oncologia Clínica e hospitalar. MBA em gestão de Qualidade. Presidente da Comissão de Oncologia do CRF/BA. Farmacêutica em Oncologia, Oncologia pediátrica, Onco-he- matologia e TCTH.
Haroldo Ramanzini
Doutor em Linguística, pela Universidade Estadual Paulista. Mestre em Teoria Literária, pela Universidade Estadual Paulis- ta. Bacharel e Licenciado em Letras, pela Universidade de São Paulo. Atualmente é professor, escritor e tradutor.
Natália Cairo
Farmacêutica pela Universidade Federal da Bahia. Especialis- ta em Farmácia Hospitalar com ênfase em Saúde Mental pela Universidade Federal da Bahia. Pós-graduação em Segurança do Paciente em Urgência e Emergência pela FIOCRUZ. Possui experiência como farmacêutica clínica e implantação de ser- viço de farmácia clínica em Hospitais de Alta Complexidade.
Alexandre Silva Santiago
Farmacêutico pela Universidade do Estado da Bahia. Pós- -graduado em Farmácia Clínica e Hospitalar pela UNYLEYA. Mestrando em Ciências Farmacêuticas pela Universidade do Estado da Bahia. Professor e autor pela Sanar Saúde.
Ana Roseli Ribeiro
Farmacêutica pela Universidade Tiradentes (2010). Mestre (2013) e Doutora (2017) em Ciências Fisiológicas pela Uni- versidade Federal de Sergipe. Docente com experiência nas áreas de legislação farmacêutica, farmacotécnica, farmacolo- gia e ciências fisiológicas. Professora e pesquisadora do Cen- tro Universitário Estácio da Bahia e do Centro Universitário Maurício de Nassau. Membro da equipe editorial da Revista Ciência (In)Cena. Membro do Comitê Interno de Pesquisa do Centro Universitário Estácio da Bahia. Anne Caroline Teixei- ra Farmacêutica pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) com Habilitação em Farmácia Industrial. Pós-graduada em Assistência Farmacêutica pela Universidade Federal da Bah- ia (UFBA). Atualmente é Farmacêutica da CLION - Clínica de Oncologia. Tem experiência com Controle de qualidade de produtos farmacêuticos e cosméticos, manipulação de qui- mioterápicos, nutrição parenteral e manipulação de produ- tos não estéreis.
Anne Caroline Fonseca
Farmacêutica pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) com Habilitação em Farmácia Industrial. Pós-graduada em Assistência Farmacêutica pela Universidade Federal da Bah- ia (UFBA). Atualmente é Farmacêutica da CLION - Clínica de Oncologia. Tem experiência com Controle de qualidade de produtos farmacêuticos e cosméticos, manipulação de qui- mioterápicos, nutrição parenteral e manipulação de produ- tos não estéreis.
Caroline da Guarda
Possui graduação em Biomedicina pela Universidade Es- tadual de Santa Cruz (2012), Mestrado (2015) eDoutorado (2019) em Patologia Humana pela Universidade Federal da Bahia (2015). Tem experiência na área de biologia molecular, hemoglobinopatias e imunologia.
Cinara Vasconcelos da Silva
Farmacêutica pela Universidade Federal da Bahia (2001). Mestre em Química pela Universidade Federal da Bahia (2006). Especialista em Manipulação Magistral pelo Instituto Racine (2007). Doutora em Engenharia Industrial pela Univer- sidade Federal da Bahia (2018).
Norma Vilany Carneiro
Farmacêutica graduada pela Universidade Federal da Bahia. Mestra e Doutora em Imunologia pelo Programa de Pós-Gra- duação em Imunologia, Instituto de Ciências da Saúde-UFBA. Especialista em Gestão em Saúde pela Universidade do Esta- do da Bahia. Experiência na área de ensino e pesquisa com ênfase em asma, imunofarmacologia e imunogenética.
Pedro Modesto
Farmacêutico pela Universidade Federal do Vale do São Fran- cisco (2014). Mestre pelo Programa de Pós-graduação em Recursos Naturais do Semiárido PPGRNSA-UNIVASF (2017), nas áreas de Farmacologia e Fisiologia. Foi professor substi- tuto das disciplinas de Morfologia I, Fisiologia e Farmacologia Básica (2016-2018). Doutorando pela Rede Nordeste em Bio- tecnologia (RENORBIO, 2017-2021), vinculado a Universida- de Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), na área de Biotec- nologia em Saúde. Compõe o quadro de pesquisadores da Central de Análise de Fármacos, Medicamentos e Alimentos (CAFMA-UNIVASF, 2017-2021) e Laboratório de Farmacologia Experimental (LAFEX-UNIVASF, 2009-2021).
Priscila Abreu
Farmacêutica pela União Metropolitana de Educação e Cultu- ra. Especialista em Atenção Hospitalar à Saúde pelo Progra- ma de Residência Integrada Multiprofissional em Saúde da Universidade Federal de Sergipe. Especialista em Farmácia Clínica e Atenção Farmacêutica pela Universidade Estácio de Sá.
Ramon Sá
Farmacêutico pela UNEB (2018). Mestre em Biotecnologia pela Universidade Federal da Bahia (2020). Doutorando em Ciências Farmacêuticas pela Universidade Federal da Bahia. Especialização em andamento em Microbiologia. Analista clínico no Hospital Ana Nery desde 2018.
Ricardo Riccio
Farmacêutico com habilitação em Análises Clínicas pela Uni- versidade Federal da Bahia (UFBA). Mestre e Doutor em Imu- nologia pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Mestre em Clinical Epidemiology and Health Services Research pela Weill Cornell Medical College - Nova York/EUA. Foi Professor Adjunto de Parasitologia da Faculdade de Farmácia da Uni- versidade Federal da Bahia (UFBA) entre 2011 e 2013. Pesqui- sador em Saúde Pública da FIOCRUZ-BA (2013-Atualmente) e professor permanente do programa de pós-graduação em Patologia (PGPAT) da UFBA/FIOCRUZ. Atualmente é Chefe do Laboratório de Patologia Experimental (LAPEX) da FIOCRU- Z-BA, Vice-coordenador Nacional do Programa de Pesquisa Translacional em Esquistossomose da FIOCRUZ (FIO-SCHIS- TO) e professor e autor da Sanar Saúde.
Thaiara Oliveira
Farmacêutica pela Universidade Federal da Bahia (2010). Es- pecialista em Saúde Mental pelo Programa de Residência In- tegrada Multiprofissional em Saúde do Complexo Hospitalar Universitário Professor Edgard Santos/UFBA (2013). Especia- lista em Gestão da Assistência Farmacêutica pela Universida- de Federal de Santa Catarina (2015). MBA em Gestão e Au- ditoria em Serviços de Saúde pelo IPOG (2017). Especialista em Farmácia Clínica e Hospitalar em Oncologia pelo Instituto Pessoa (2020). Atuou no Programa Genética em Articulação com a Comunidade, do Laboratório de Genética Humana e Mutagênese – Ibio/UFBA (2007-2010). Possui experiência como gestora no âmbito da Assistência Farmacêutica Muni- cipal (2013-2014) e na Farmácia Hospitalar (2017-2019), bem como na implementação e avaliação do Serviço de Farmácia Clínica em hospital de alta complexidade (2014-2017). Atual- mente atua como docente em pós-graduação e como farma- cêutica clínica em hospital de alta complexidade.
Thassila Nogueira Pitanga
Farmacêutica pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Mes- tre e Doutora em Patologia Humana pelo Instituto Gonçalo Moniz (IGM, Fiocruz-BA). Pós-doutora em Patologia Humana com ênfase em farmacodinâmica e biologia molecular pelo Instituto Gonçalo Moniz (IGM, Fiocruz-BA). Especialista em Toxicologia Clínica e Forense, pela Unyleya (2019). Atualmente é Professora e Pesquisadora da Universidade Católica do Sal- vador (UCSAL), fazendo parte do Grupo de Pesquisa “Atenção e Promoção da Saúde”. Presidente da Comissão de Ciência e Inovação do Conselho Regional de Farmácia (CCI -CRF/BA). Coordenadora do Núcleo de Farmácia na Sanar Saúde. De- senvolve atividades no IGM como Pesquisadora colaboradora no Laboratório de Investigação em Genética e Hematologia Translacional (LIGHT) e é integrante dos grupos de pesquisa do Laboratório de Pesquisas em Anemias (LPA/UFBA) e do La- boratório de Pesquisa Experimental (LAPEX/IGM).
Vinícius Rocha
Farmacêutico pela Universidade Federal da Bahia (2010). Mes- tre em Biotecnologia (2012) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fio- cruz). Doutor em Patologia Humana e Experimental pela Uni- versidade Federal da Bahia/Instituto Gonçalo Moniz, Fiocruz/ BA (2017), em colaboração com o Instituto Pasteur da Grécia, França e Uruguai. Pós-doutorado da Capes (2019). Experiência na área de quimioterapia anti-Leishmania atuando na avalia- ção da atividade antiparasitária de moléculas puras e deriva- dos de produtos naturais, e no estudo de alvos moleculares para o desenvolvimento de fármacos anti-Leishmania. Atua em projetos de avaliação do mecanismo de ação de fármacos (antiparasitários e imunomoduladores) e no desenvolvimento de novos tratamentos para a leishmaniose. Atualmente atua no Senai-Cimatec, no Instituto Senai de Inovação em Sistemas Avançados de Saúde, onde atua no diagnóstico da Covid-19 e em pesquisas sobre o novo coronavírus. É integrante da Comis- são de Inovação e Pesquisa do Conselho Regional de Farmácia.
Revisores Técnicos
Felipe Rego
Biomédico pela Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pú- blica (2006). Mestre (2010) e Doutor (2014) em Biotecno- logia em Saúde e Medicina Investigativa pela Fundação Oswaldo Cruz com um período sanduíche na África do Sul (2012). Atualmente é professor e coordenador do curso de Biomedicina da Universidade Católica do Salvador. Tem experiência na área de Biologia Geral e Epidemiologia, com ênfase em Biologia Molecular, Biotecnologia e Epide- miologia Molecular.
Flávia Leite
Farmacêutica pela Universidade Federal da Bahia. Especia- lista em Oncologia Clínica e hospitalar. MBA em gestão de Qualidade. Presidente da Comissão de Oncologia do CRF/BA. Farmacêutica em Oncologia, Oncologia pediátrica, Onco-he- matologia e TCTH.
Igor Prado
Farmacêutico pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Especialista em Tecnologia e Gestão Industrial pela RACINE. Residente em Vigilância Sanitária de Produtos e Serviços de Saúde pela INCQS/FIOCRUZ. Foi professor substituto na Fa- culdade de Farmácia da UFBA e tem experiência em Industria Farmacêutica e Controle de Qualidade.
João Victor Laureano
Possui graduação em Farmácia, Mestrado em Ciências Far- macêuticas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Doutorado em Ciências Farmacêuticas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Atualmente é professor titu- lar de Farmacologia, Psicofarmacologia, Farmácia Clínica e Hospitalar, Neurofisiologia e Bases Biológicas do Compor- tamento Humano na Universidade Luterana do Brasil (UL- BRA), e também Tenente Farmacêutico no Hospital Militar de Área de Porto Alegre, atuando como Chefe da Farmácia, Núcleo de Segurança do Paciente e membro do Controle de Infecção Hospitalar. Foi integrante da comissão de indústria do Conselho Regional de Farmácia do Rio Grande do Sul no período de 2014 a 2018. e Presidente da Associação dos Farmacêuticos do Rio Grande do Sul (AFARGS) no período de 2016 a 2018.
Kelly Barbosa Gama
Farmacêutica formada pela Universidade Federal da Bahia (2013). Mestre em Biotecnologia em Saúde e Medicina Inves- tigativa pelo Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz - Fiocruz/BA (2015). Possui experiência nas áreas de Atenção e Assistência Farmacêuticas, Farmacologia e na área de pesquisa de novas terapêuticas para tratamento da dor. Atualmente é professo- ra dos cursos de saúde da Faculdade Ruy Barbosa e atua na Assistência Farmacêutica no âmbito municipal.
Amanda Arruda
Farmacêutica da Marinha do Brasil, tenho experiência pro- fissional na saúde há 10 anos, atuei como servidora pública na Secretaria Municipal de Campinas/SP em Unidade de Alta Complexidade em Oncologia (UNACON) como farmacêutica responsável técnica. Atualmente Gestora da Assistência Far- macêutica e Medicamentos de Alta Complexidade em uni- dade hospitalar militar. Especialista em Farmácia Clínica em Oncologia e Mestranda em Tecnologias em Saúde. Possuo ex- periência na docência universitária como professora titular do curso de Farmácia e Enfermagem. Atualmente ministro temas relacionados à oncologia em institutos de pós-graduação.
Andreza Martins
Biomédica pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Mestre em Química Biológica pelo Instituto de Bioquímica Médica (IBQM)/ Universidade federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Atuou como pesquisadora na área de viro- logia e diagnóstico molecular na UFRJ e Instituto Fernandes figueira (IFF/FIOCRUZ). Atuou como pesquisadora e lecionou nos cursos de Farmácia, Medicina, Enfermagem, Biomedici- na, Nutrição, Educação Física, Fisioterapia, Psicologia e Esté- tica na Universidade Católica, UNIFTC, UNIFACS e Estácio/FIB. Ministra há 15 anos as disciplinas de Fisiologia, Bioquímica, Fisiopatologia, Patologia, Sistema nervoso, entre outras. Atualmente é colaboradora do grupo Quintanilha Educação, palestrante e gerente de projetos do grupo 4F life & business, escritora e professora da Sanar Saúde.
Arthur Igor Cruz Lima
Dentista. Especialista em Saúde da Família. Mestrando do programa de pós-graduação em Saúde, Ambiente e Trabalho pela UFBA. Professor de cursos de pós-graduação em Saúde Coletiva e Odontologia em Saúde Coletiva. Reconhecido pela Forbes em 2020 como "Under 30" e pelo MIPAD100 como Um dos 100 Afrodescendentes Mais Influentes do Mundo. Fellow do Yunus&Youth, formação global em empreendedorismo social. Possui Certificação em Inovação Política. CEO e Funda- dor da AfroSaúde, healhtech que cria tecnologias em saúde para a comunidade negra.
Bruna Dallaqua
Farmacêutica graduada pela Universidade do Sagrado Cora- ção–USC (2007). Mestre e Doutora em Ginecologia, Obstetrí- cia e Mastologia com ênfase em farmácia pela Faculdade de Medicina de Botucatu–FMB/Unesp. Atualmente é professora da Universidade Salvador (Unifacs) e do Centro Universitário UniRuy Barbosa, nesta última atua também como precepto- ra líder dos estágios curriculares do curso de farmácia. Tem experiência em pesquisa na área de Bioquímica, Fisiologia e Farmacologia com ênfase nas repercussões materno-fetais causadas pelo Diabete mellitus.
Caio Niela
Apresentação
O livro Preparatório para residência em Farmácia é o mais organizado e completo livro para os Farmacêuticos que desejam ser aprovados nos concursos do Brasil. Fruto de um rigoroso trabalho de seleção de questões de concursos e elaboração de novos conteúdos, atende às mais diversas áreas de conhecimento na Farmácia.
A presente obra foi redigida a partir do uso de 5 premissas didáticas que julgamos ser de fun- damental importância para todo estudante que deseja ser aprovado nos mais diversos exames na Farmácia:
1. Questões comentadas, alternativa por alternativa (incluindo as falsas), por autores especializados.
2. 100% das questões são de concursos passados.
3. Questões selecionadas com base nas disciplinas e assuntos mais recorrentes nos concursos.
4. Resumos práticos ao final de cada disciplina.
5. Questões categorizadas por assunto e grau de dificuldade sinalizadas de acordo com o seguin- te modelo:
O livro Preparatório para residência em Farmácia será um grande facilitador para seus estu- dos, sendo uma ferramenta diferencial para o aprendizado e, principalmente, ajudando você a conseguir os seus objetivos.
Bons Estudos!
1.18.1 Toxicologia dos Fármacos ............................................................................................................................................66 1.18.2 Toxicologia dos Organofosforados ...............................................................................................................................67
2.1 Absorção ..........................................................................................................................................................................69 2.2 Vias de Administração ......................................................................................................................................................69 2.3 Distribuição de Fármacos .................................................................................................................................................71 2.4 Metabolismo dos Fármacos .............................................................................................................................................71 2.5 Excreção dos Fármacos .....................................................................................................................................................72
4. Aines- Anti-Inflamatórios não Esteroidais e Glicocorticoides ........................................................................ 77 4.1 Glicocorticoides e Asma ...................................................................................................................................................80
5. Antibióticos ............................................................................................................................................. 80 5.1 Classificação Geral e Propriedades de Antibióticos ...........................................................................................................80
6. Neurofarmacologia .................................................................................................................................. 83 6.1 Agonistas e Antagonistas Adrenérgicos ...........................................................................................................................85 6.2 Doença de Alzheimer (DA) ...............................................................................................................................................87 6.3 Farmacologia para Tratamento da Depressão e Ansiedade ...............................................................................................88
6.3.1 Antidepressivos ...................................................................................................................................................88 6.3.2 Farmacoterapia das Epilepsias ............................................................................................................................93 6.3.3 Opioides ..............................................................................................................................................................93 6.3.4 Anestésicos Gerais e Locais ..................................................................................................................................95 6.3.5 Farmacoterapia Cardiovascular e Renal ...............................................................................................................97
8. Antiretrovirais........................................................................................................................................ 106 8.1 Causas da Falha Virológica .............................................................................................................................................107
13.1 Em Crianças .................................................................................................................................................................111
2. Legislação Farmacêutica ............................................................................................113 Ana Roseli Ribeiro, Ricardo Riccio, Thassila Nogueira Pitanga e Vinícius Rocha 2.1 Resolução N° 67/2007 – Dispõe sobre Boas Práticas de Manipulação de Preparações Magistrais e Oficinais
para Uso Humano em Farmácias ............................................................................................................ 113 2.2 Sistema Único de Saúde e Medicamentos ............................................................................................... 116 2.3 Legislação Farmacêutica ....................................................................................................................... 117 2.4 Legislações – Vide Matéria Legislação Federal e Legislação de Órgãos ...................................................... 144
RESUMO PRÁTICO.......................................................................................................................................... 154
1. Resolução nº 596, de 21 de fevereiro de 2014 – Código de Ética da Profissão Farmacêutica .......................... 154 2. Resolução nº 67/2007 – Boas Práticas de Manipulação .............................................................................. 157 3. Portaria Nº 344/1998 – Medicamentos de Controle Especial ...................................................................... 157 4. Resolução nº 44/2009 – Boas Práticas Farmacêuticas para o Controle Sanitário .......................................... 159 5. Lei 13.021/2014 – Ações e Serviços de Assistência Farmacêutica ................................................................ 160 6. Resolução nº 585/2013 – Atribuições Clínicas do Farmacêutico .................................................................. 161 7. Resolução nº 673/2019 – Atribuições do Farmacêutico nos Serviços de Hemoterapia ................................... 163 8. Resolução nº 11/2011 – Controle de Medicamentos à Base de Talidomida .................................................. 164 9. Resolução nº 360/2003 – Rotulagem de Alimentos ................................................................................... 166
3. Farmácia Hospitalar ...................................................................................................169 Thaiara Oliveira 3.1 Gestão Hospitalar: Logistica e Controle de Estoque ................................................................................. 169
RESUMO PRÁTICO.......................................................................................................................................... 212
4. Oncologia .................................................................................................................231 Cinara Vasconcelos da Silva, Caroline da Guarda, Flávia Leite e Thaiara Oliveira 4.1 Imunologia Tumoral e Imunoterapia ..................................................................................................... 231 4.2 Métodos Diagnósticos ........................................................................................................................... 232 4.3 Terapia Antineoplásica .......................................................................................................................... 237 4.4 Segurança do Paciente .......................................................................................................................... 243 4.5 Farmacotécnica .................................................................................................................................... 244 4.6 Cálculos Farmacêuticos ......................................................................................................................... 245
RESUMO PRÁTICO.......................................................................................................................................... 154
1. Introdução ............................................................................................................................................. 245 2. Formação do Câncer ................................................................................................................................ 247 3. Estatísticas do Câncer ............................................................................................................................. 248 4. Fatores de Risco ...................................................................................................................................... 248 5. Câncer de Mama ..................................................................................................................................... 249
6. Câncer de Ovário ..................................................................................................................................... 250 7. Câncer de Próstata .................................................................................................................................. 250 8. Câncer de Pulmão ................................................................................................................................... 251 9. Câncer Cólon e Reto ................................................................................................................................ 251 10. Detecção .............................................................................................................................................. 252 11. Diagnóstico .......................................................................................................................................... 253 12. Estadiamento ....................................................................................................................................... 254 13. Marcadores Tumorais ............................................................................................................................ 254 14. Tratamento .......................................................................................................................................... 255 15. Conclusão ............................................................................................................................................. 256
5. Bioquímica, Hematologia e Imunologia ......................................................................257 Caroline da Guarda, Cinara Vasconcelos da Silva, Ramon Sá e Ricardo Riccio 5.1 Bioquímica Clínica ................................................................................................................................ 257 5.2 Bioquímica dos Carboidratos ................................................................................................................. 263 5.3 Bioquímica: Biologia Molecular ............................................................................................................. 264 5.4 Preparação de Lâminas Hematológicas ................................................................................................. 265 5.5 Hematopoiese e Morfologia Eritrocitária ................................................................................................ 266 5.6 Hematócrito ......................................................................................................................................... 269 5.7 Morfopatologia .................................................................................................................................... 270 5.8 Imunologia Geral .................................................................................................................................. 271 5.9 Imunoensaios....................................................................................................................................... 272 5.10 Imunologia ........................................................................................................................................ 275
RESUMO PRÁTICO.......................................................................................................................................... 279
6.1.1 Microbiologia Geral.....................................................................................................................................................307 6.1.2 Métodos Diagnósticos .................................................................................................................................................311 6.1.3 Fase Pré-Analítica .......................................................................................................................................................312 6.1.4 Micologia ....................................................................................................................................................................313 6.1.5 Metodologia Aplicada .................................................................................................................................................314 6.1.6 Mecanismos de Resistência Bacteriana aos Antibióticos .............................................................................................314
1.12.1 Resistência Intrínseca ......................................................................................................................................333 1.12.2 Macrolídeos ....................................................................................................................................................333 1.12.3 Teste Rápido para Carbapenemase ..................................................................................................................333
2.1.1 Coleta de Urina .................................................................................................................................................334 2.2 Urinálise ........................................................................................................................................................................335
7.6.1 Semiologia e Anamnese Farmacêutica .......................................................................................................................365
RESUMO PRÁTICO.......................................................................................................................................... 368
2.1.1 Princípios e Estratégias da PNAF .......................................................................................................................374
2.1.2 Regramento Jurídico .........................................................................................................................................374 2.1.3 Rename ............................................................................................................................................................375
2.4.1 Uso Racional de Medicamentos .........................................................................................................................381 2.5 Licitação ........................................................................................................................................................................382
RESUMO PRÁTICO.......................................................................................................................................... 396
4. Classificação de Risco .............................................................................................................................. 400 5. Níveis de Biossegurança .......................................................................................................................... 401 6. Cabine de Segurança Biológica (CSB) ........................................................................................................ 402 7. Segurança do Paciente............................................................................................................................ 403 8. Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde..................................................................................... 403
9. SUS e Saúde Pública ...................................................................................................407 Clarissa Fernandes Goulart, Dayse Batista Santos e Fabiana Martins Dias de Andrade 9.1 Saúde Coletiva ..................................................................................................................................... 407
9.1.1 Vigilância Epidemiológica ...........................................................................................................................................442 9.1.2 Vigilância Sanitária .....................................................................................................................................................443 9.1.3 Sistema Único de Saúde ..............................................................................................................................................445
RESUMO PRÁTICO.......................................................................................................................................... 468
1. Saúde Pública ........................................................................................................................................ 468 1.1 Constituição da República Federativa do Brasil ..............................................................................................................468
1.2 Lei nº 8.080 ...................................................................................................................................................................469 1.3 Lei nº 8.142/1990 ..........................................................................................................................................................470 1.4 Decreto nº 7.508/2011 ..................................................................................................................................................471 1.5 Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora ........................................................................................471 1.6 Lei Complementar nº 141, de 13 de janeiro de 2012 ......................................................................................................473 1.7 Lei nº 13.427, de 30 de março de 2017 ..........................................................................................................................474 1.8 Política Nacional para a Integração da Pessoa com Deficiência ......................................................................................474 1.9 Política Nacional de Atenção Básica ..............................................................................................................................475 1.10 Política Nacional de Humanização ...............................................................................................................................476
2. Sistema Único de Saúde (SUS), Políticas e Programas ................................................................................ 477 2.1 Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990 .......................................................................................................................477 2.2 Decreto nº 7.508, de 28 de junho de 2011 .....................................................................................................................479 2.3 Política Nacional de Atenção Hospitalar ........................................................................................................................480 2.4 Política Nacional de Atenção Básica ..............................................................................................................................481 2.5 Programa Nacional de Avaliação de Serviços de Saúde (PNASS) ...................................................................................482 2.6 Política Nacional de Humanização (PNH) .......................................................................................................................483 2.7 Política Nacional de Educação Permanente em Saúde ...................................................................................................484 2.8 Política Nacional de Educação Popular em Saúde ..........................................................................................................485 2.9 Rede de Atenção à Saúde ...............................................................................................................................................487 2.10 Política Nacional de Promoção da Saúde .....................................................................................................................488 2.11 Política Nacional de Saúde Integral da População Negra..............................................................................................489 2.12 Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais ...........................................490 2.13 Política de Vigilância em Saúde ...................................................................................................................................491 2.14 Determinantes Sociais da Saúde ..................................................................................................................................492 2.15 Núcleo Ampliado de Saúde da Família .........................................................................................................................493 2.16 Plano Plurianual (PPA) 2012-2015 ...............................................................................................................................493 2.17 Carteira de Serviços da Atenção Primária à Saúde .......................................................................................................495
10. Como Resolver Questões Discursivas? ..........................................................................497 Haroldo Ramanzini Questões Discursivas .................................................................................................................................. 511 Dayse Batista Santos, Pedro Modesto e Ramon Sá
1Farmacologia
Autores: Norma Vilany Carneiro, Pedro Modesto, Ramon Sá e Thassila Nogueira Pitanga Revisão Técnica: Bruna Dellaqua
1.1 FARMACOCINÉTICA
01 (FUVEST – USP – 2021) Em relação à passa- gem de fármacos pela membrana celu-
lar, assinale a alternativa correta.
Os fármacos penetram a bicamada lipídica da membrana por meio de carregadores na di- fusão passiva.
No estado de equilíbrio, a concentração do fármaco livre nos compartimentos interno e externo à membrana é igual para fármacos não iônicos.
A distribuição de um fármaco transmem- brana não é afetada pelo gradiente de pH.
As membranas celulares são permeáveis à água e a fármacos maiores que 12.000 Da.
Fármacos não iônicos dependem exclusi- vamente do gradiente de pH para atravessar as membranas.
GRAU DE DIFICULDADE
Alternativa A: INCORRETA. O uso de carreadores po- de ser uma estratégia para atravessar a bicama- da lipídica, porém é denominada de difusão fa- cilitada1-2. Alternativa B: CORRETA. O estado de equilíbrio ocorre, quando não há diferença na concen- tração de uma substância entre o meio extra e o intracelular, mantendo uma taxa de difusão
constante. Além disso, a forma não iônica per- mite essa difusão entre a bicamada lipídica1-2. Alternativa C: INCORRETA. O gradiente de concen- tração é um dos principais fatores que afetam o transporte por meio da membrana plasmáti- ca, pois sua diferença favorece a difusão. Além disso, o pH pode alterar a ionização dos ácidos e bases fracas, e a perda ou ganho de prótons afeta diretamente a capacidade de uma molé- cula se difundir1-2. Alternativa D: INCORRETA. A água tem leve permea- bilidade pelas membranas plasmáticas, aumen- ta quando ocorre a translocação das aquapori- nas para a bicamada lipídica. Além disso, mo- léculas grandes têm maior dificuldade em atra- vessar as membranas1-2. Alternativa E: INCORRETA. Existem diversas variá- veis envolvidas no transporte dos fármacos além de atravessar a membrana plasmática, tais como: tamanho da molécula, polaridade (polar ou apolar), fatores fisiológicos (tempo de esva- ziamento gástrico, local de absorção (estôma- go, intestino delgado, etc), dentre outros1-2. Resposta:
02 (SESAB – UFBA – 2021) Para produzir seus efeitos característicos, um fármaco deve
estar presente em concentrações adequadas no local de ação. Sobre os processos farmaco- cinéticos, é correto afirmar que:
20 Norma Vilany Carneiro, Pedro Modesto, Ramon Sá e Thassila Nogueira Pitanga
O pH da urina não influencia na excreção de fármacos de caráter ácido ou básico.
Fármacos hidrossolúveis atravessam facil- mente as membranas através do transporte passivo.
Um dos fatores que alteram a distribuição dos fármacos é o débito cardíaco e o volume tecidual.
As doenças que afetam o fígado não cau- sam nenhuma alteração na biotransformação dos fármacos.
A absorção pela via oral é a que apresenta maior biodisponibilidade em comparação com as outras vias de administração.
GRAU DE DIFICULDADE
Alternativa A: INCORRETA. O pH da urina influencia na excreção, visto que a sua mudança pode io- nizar certas moléculas que poderiam ser reab- sorvidas e, quando carregadas, serão excreta- das, facilitando a sua remoção do organismo1-2. Alternativa B: INCORRETA. Os fármacos lipossolú- veis tendem a ter maior facilidade em atraves- sar a bicamada lipídica quando comparado aos hidrossolúveis. Os fármacos hidrossolúveis que interagem têm maior afinidade pelos meios ex- tra e intracelulares que são aquosos1-2. Alternativa C: CORRETA. O débito cardíaco tem re- lação direta com o volume sanguíneo, frequên- cia cardíaca, dentre outros fatores. Nesse sen- tido, um aumento na frequência cardíaca, por exemplo, pode afetar a distribuição, pois mais sangue, contendo o fármaco, pode ser levado aos locais de ação1-2. Alternativa D: INCORRETA. A grande maioria das biotransformações ocorre no fígado, sendo que as enzimas hepáticas pertencentes à família do citocromo P450 (CYP) são as responsáveis pelo metabolismo das substâncias endógenas e xe- nobióticos. Portanto, alterações no fígado mo- dificarão a capacidade do organismo de bio- transformar as moléculas1-2. Alternativa E: INCORRETA. A via de administração oral é a que apresenta biodisponibilidade mais variável, visto que por essa via os fármacos pas- sam pelo efeito de primeira passagem hepáti- ca, em que as enzimas hepáticas são responsá- veis pela biotransformação de fases I e II. Essas etapas são responsáveis por modificar as mo- léculas, transformando seus metabólitos em
agentes inativos, ativos (no caso dos pró-fár- macos), porém o objetivo primordial é promo- ver hidrossolubilidade para posterior excreção dessas moléculas biotransformadas1-2. Resposta:
03 (COMPERVE – UFRN – 2021) O metabolismo pré-sistêmico no fígado ou na parede in-
testinal reduz a biodisponibilidade de diver- sos fármacos quando são administrados por via oral. Assim, é necessária uma dose muito maior do fármaco quando administrado oralmente do que por via parental. Dessa forma, o meta- bolismo de primeira passagem é:
Intenso na administração sublingual de ce- torolaco.
Moderado na administração transdérmica de fentanil.
Nulo na administração retal de morfina. Pronunciado na administração oral de ve-
rapamil.
GRAU DE DIFICULDADE
Alternativa A: INCORRETA. A via sublingual permite um efeito rápido pelo fato da alta vascularização da região, permitindo que o fármaco se distribua, após absorção e passagem pela veia cava supe- rior, evitando o efeito de primeira passagem1-2. Alternativa B: INCORRETA. A via transdérmica per- mite a absorção do fármaco pela pele, sendo absorvida e chegando à circulação sistêmica de modo a promover seu efeito farmacológico1-2. Alternativa C: INCORRETA. A via retal é uma alternati- va para pacientes inconscientes, porém ocorre o metabolismo de primeira passagem, visto que a região é vascularizada e o fármaco, na corrente sanguínea, será direcionado para o sistema por- ta-hepático para passar pela biotransformação1-2. Alternativa D: CORRETA. A via oral é clássica em so- frer os efeitos da primeira passagem hepática. A grande maioria dos fármacos passa por es- se processo de biotransformação, alterando as suas concentrações plasmáticas1-2. Resposta:
04 (COMPERVE – UFRN – 2021) Um dos meca- nismos de interação medicamentosa far-
macocinética por modificação da excreção é a
21Farmacologia
alteração da reabsorção renal de eletrólitos fra- cos (ácidos e bases fracas). Esse mecanismo po- de ser utilizado no manejo de intoxicação por alguns medicamentos, por provocar aumen- to da excreção urinária e redução da substân- cia em excesso no organismo. A alcalinização da urina provocada pelo uso de medicamentos como bicarbonato de sódio pode aumentar a excreção urinária de fármacos, como:
A anfetamina. A morfina. O fenobarbital. O diazepam.
GRAU DE DIFICULDADE
Alternativa A: INCORRETA. A anfetamina tem sua ex- creção renal altamente dependente do pH uriná- rio, porém a sua taxa de eliminação aumenta em pH urinário ácido. No entanto outras formas são mais efetivas para a descontaminação como lava- gem gástrica e posterior administração de carvão ativado apenas em casos de ingestão recente3. Alternativa B: INCORRETA. No caso de intoxicação por uso de morfina, a descontaminação se dá por uma lavagem intestinal contínua com solu- ção de polietilenoglicol (manipulada) até a eli- minação total de cápsulas contendo a droga (Body Packer). Se houver rompimento das cáp- sulas e obstrução intestinal, pode haver cirur- gia. O antídoto utilizado também é a naloxona (antagonista dos receptores opioides)3. Alternativa C: CORRETA. A eliminação do fenobarbi- tal pode ser potencializada, a partir da alcalini- zação do pH urinário com bicarbonato, aprisio- nando o metabólito do fenobarbital na forma ionizada nas porções do néfron renal, não ha- vendo reabsorção pelo túbulo renal3. Alternativa D: INCORRETA. Observando que o diaze- pam pertence à classe dos benzodiazepínicos, no caso de intoxicação, deve ocorrer lavagem gástrica e uso de carvão ativado. Além disso, em casos graves, pode-se recorrer ao flumaze- nil (agonista inverso/antagonista dos receptores GABAA atuante no sítio dos benzodiazepínicos)3. Resposta:
05 (COREMU – UFPR – 2021) Sobre o processo farmacocinético de absorção, assinale a
alternativa correta.
A absorção de um fármaco não depende do fluxo sanguíneo no sítio absortivo, da exten- são e espessura da superfície de absorção, nem das formas farmacêuticas e vias de administra- ção escolhidas.
Fármacos são considerados equivalentes farmacêuticos quando apresentam as mesmas quantidades e concentrações de princípios ati- vos e idêntica via de administração, indepen- dentemente da forma farmacêutica.
A biodisponibilidade de um fármaco é afeta- da pelo grau de desintegração e dissolução das formas farmacêuticas nos fluidos orgânicos.
Absorção adequada garante biodisponibili- dade, já que alguns fármacos são biotransfor- mados no fígado antes de atingirem a circula- ção sistêmica.
Situações fisiológicas, como o puerpério, e situações patológicas, como edema e inflama- ção, não alteram a absorção de fármacos.
GRAU DE DIFICULDADE
Alternativa A: INCORRETA. As caraterísticas elenca- das na proposição (fluxo sanguíneo, extensão e espessura da superfície de contato, formas far- macêuticas e etc) são cruciais para a etapa de absorção de fármacos. Quanto maior a taxa e fluxo de irrigação sanguínea maior a capacida- de de absorção. A superfície também influencia nesse aspecto, por exemplo, o intestino delga- do, com suas vilosidades e área superficial, pro- move maior taxa de absorção. Além disso, as vias de administração influenciam diretamen- te na absorção com a intramuscular, tendo uma absorção mais rápida que a via oral, por exem- plo; e as formas farmacêuticas também auxi- liam nesse processo, com a absorção de uma forma líquida, sendo mais rápida que alguma forma farmacêutica sólida1-2. Alternativa B: INCORRETA. Para que haja equivalên- cia farmacêutica, deve-se considerar também formas farmacêuticas idênticas, haja vista que mudanças nesse aspecto podem afetar a far- macocinética e obtenção dos seus parâmetros de forma equivocada1,4. Alternativa C: CORRETA. Para que um fármaco se- ja absorvido, ele deve estar inserido ao meio aquoso, principalmente intestinal, onde esse processo ocorre em maior extensão. Portanto, alterações na desintegração ou dissolução do
22 Norma Vilany Carneiro, Pedro Modesto, Ramon Sá e Thassila Nogueira Pitanga
medicamento ou fármaco, afetam a biodispo- nibilidade, pois haverá uma redução de fárma- co no plasma1-2. Alternativa D: INCORRETA. O metabolismo que ocorre afeta a biodisponibilidade, por reduzir as concentrações plasmáticas do fármaco ati- vo, exceto se a substância administrada for um pró-fármaco1-2. Alternativa E: INCORRETA. Uma série de alterações fisiológicas modificam a absorção dos fárma- cos (envelhecimento; doenças intestinais que alterem o pH no decorrer do trato gastrintesti- nal, motilidade; doenças metabólicas que mo- difiquem a secreção hormonal como diabetes, etc). As elencadas na proposição fazem parte desse escopo1,5. Resposta:
06 (COREMU – UFPR – 2021) Sobre os processos farmacocinéticos de distribuição e elimi-
nação, assinale a alternativa INCORRETA.
A velocidade e a extensão da distribuição de um fármaco dependem do fluxo sanguíneo tecidual, das propriedades físico-químicas do fármaco, das características das membranas de transporte e da ligação às proteínas plasmáti- cas e teciduais.
O volume de distribuição é uma medida da extensão da distribuição do fármaco no or- ganismo.
A velocidade de excreção renal de um fár- maco depende da fração livre do fármaco, da taxa de filtração glomerular e do fluxo plasmá- tico renal.
Fármacos que no estado de equilíbrio se concentram nos tecidos têm volume de distri- buição similar ao volume plasmático.
Em idosos, a excreção renal de fármaco é reduzida em decorrência da diminuição de né- frons funcionantes, o que exige atenção sobre a necessidade de ajustes de dose.
GRAU DE DIFICULDADE
Alternativa A: INCORRETA. As características elen- cadas na proposição são essenciais para a dis- tribuição dos fármacos, pois são dependen- tes de interações químicas entre as moléculas com proteínas no organismo (principalmente
albumina e α1-glicoproteínas ácida) e do fluxo sanguíneo nos tecidos1-2. Alternativa B: INCORRETA. O volume de distribuição é uma relação entre o quanto de fármaco é ad- ministrado e quanto dele está em circulação (Vd = D/CP). Quanto maior a concentração do fárma- co no plasma, o valor do volume de distribuição é menor. Essa relação é inversamente proporcio- nal, pois o fármaco pode estar em outros com- partimentos (tecidos). Essa relação demonstra que, se o volume de distribuição for maior, a dis- tribuição do fármaco é menor, visto que ele está em maior concentração nos tecidos1-2. Alternativa C: INCORRETA. A taxa de filtração glo- merular é fator importante para a eliminação do fármaco, mas, para isso, deve ser considera- do o quanto de fármaco tem livre ou ligado às proteínas transportadoras no plasma, para que passe pelo glomérulo renal. Quanto aos fárma- cos livres, que são filtrados, uma boa parte ain- da estará em processo de distribuição, quando ligado às proteínas1-2. Alternativa D: CORRETA. Essa proposição é falsa, considerando que o volume de distribuição é uma relação entre a dose administrada e a con- centração plasmática do fármaco (Vd = D/CP). É observada uma relação inversamente propor- cional entre o volume de distribuição e concen- tração plasmática, ou seja, se houver maior vo- lume de distribuição significa que sua maior concentração está nos tecidos e não no plasma. Além disso, esses valores representam quanto de fármaco estaria dissolvido nos fluidos corpo- rais humanos, relação que não tem limite ao vo- lume corporal total1-2. Alternativa E: INCORRETA. Os idosos e crianças são públicos-alvo para o uso de substâncias que devem ser ingeridas com muitos cuidados. Nesse caso, deve-se observar a função renal, o volume corporal, função hepática, dentre ou- tras informações, para que o uso do fármaco se- ja adequado, bem como sua eliminação com- pleta sem prejuízo ao organismo1-2. Resposta:
07 (COREMU – UFPR – 2021) Uma terapia far- macológica bem-sucedida depende de
parâmetros farmacocinéticos e farmacodinâ- micos, os quais se traduzem na relação entre a exposição ao fármaco e o alcance dos efeitos
23Farmacologia
terapêuticos. Considerando o exposto, assinale a alternativa correta.
Pacientes em estado grave que apresentam hipoalbuminemia são mais suscetíveis a efei- tos tóxicos de determinadas drogas, em decor- rência do maior volume de distribuição dessas substâncias.
A concentração no estado de equilíbrio (Css) é atingida quando a taxa de absorção de uma droga é igual à sua taxa de eliminação, de modo que o acúmulo da droga até o ponto em que a Css é alcançada seja um processo cinéti- co de ordem zero.
Na prática clínica, pacientes com insuficiên- cia renal ou hepática geralmente requerem do- ses mais altas de determinadas drogas, uma vez que apresentam alterações na depuração das drogas excretadas por essas vias.
Há situações na prática clínica em que um efeito terapêutico mais rápido é desejável, por- tanto doses de ataque são utilizadas principal- mente para garantir o atingimento mais rápido do estado de equilíbrio (Css).
Um parâmetro farmacocinético de gran- de relevância é a meia-vida (t1/2), que consis- te no tempo que uma droga leva para reduzir a sua concentração plasmática à metade e deve ser considerado quando da individualização da farmacoterapia, uma vez que é altamente de- pendente da dose administrada.
GRAU DE DIFICULDADE
Alternativa A: CORRETA. Pacientes com hipoalbumi- nemia tendem a ter mais fármaco livre na cor- rente sanguínea e, nesse caso, ter maior possi- bilidade de permear as membranas, para pro- mover sua ação farmacológica ou, na maioria dos casos nessas condições, efeitos tóxicos1,6. Alternativa B: INCORRETA. A concentração no esta- do de equilíbrio tem relação direta com o clea- rance, frequência de administração e biodispo- nibilidade do fármaco. Assim sendo, há elimi- nação do fármaco, à medida que ocorre tam- bém a absorção e distribuição pelos tecidos, sendo essa taxa característica de cinética de or- dem 1. Caso houvesse saturação de proteínas transportadoras ou do metabolismo, poderiam ocorrer acúmulo, e processos envolvendo ciné- tica se aproximariam da ordem zero1.
Alternativa C: INCORRETA. Pacientes com disfun- ções hepáticas e renais tendem a ter problemas no metabolismo e excreção de fármacos, ocor- rendo o acúmulo do fármaco na sua forma ati- va e metabólitos. O ideal seria redução da do- se de acordo com as concentrações plasmáti- cas ótimas1. Alternativa D: INCORRETA. A proposição está corre- ta, pois a concentração, no estado de equilíbrio, é essencial para a manutenção de um efeito te- rapêutico duradouro, sem observância de efei- tos adversos ou subterapêuticos. A dose de ata- que considera fatores como concentração plas- mática alvo, volume de distribuição no equilí- brio e biodisponibilidade do fármaco1. Alternativa E: INCORRETA. O tempo de meia-vida (t1/2) tem relação direta com o volume de distri- buição no equilíbrio (Vss) e o clearance. A do- se em si não está envolvida na relação do t1/2
1. Resposta:
08 (COPEVE – UFAL – 2021) Dadas as afirmativas relativas ao intervalo terapêutico:
I. Manter o paciente com um medicamento na concentração dentro do intervalo tera- pêutico significa estar acima da concentra- ção eficaz mínima e abaixo da concentra- ção toxica mínima.
II. Quanto mais estreito for o intervalo tera- pêutico, mais cuidadosa deverá ser a admi- nistração do medicamento.
III. Intervalo terapêutico dá indicações de segurança para reações que são dose-de- pendentes.
Verifica-se que estão correta(s) apenas.
I, apenas. III, apenas. I e II, apenas. II e III, apenas. I, II e III.
GRAU DE DIFICULDADE
Assertiva I: VERDADEIRA. A manutenção da concen- tração de um fármaco, dentro desses limites, per- mite a observação do efeito farmacológico sem danos ao paciente, garantindo-lhe segurança1-2.
68 Norma Vilany Carneiro, Pedro Modesto, Ramon Sá e Thassila Nogueira Pitanga
1. FARMACOLOGIA GERAL
FARMACOCINÉTICA – Como o organismo age sobre os fármacos.
A compreensão dos princípios e processos farmacocinéticos contribuem para o sucesso do tratamento e consequente redução das reações
adversas aos fármacos.
Bioequivalência
Metabolismo dos fármacos: pró-fármacos.
Receptores; Ações variadas dos
– Influenciam nos esquemas posológicos.
fármacos com os componentes macromoleculares do
organismo; ou seja, há alguns efeitos farmacológicos que não ocorrem por ação de receptores
macromoleculares.
FARMACODINÂMICA – Como os fármacos agem sobre o organismo.
Estuda os mecanismos de ação dos fármacos e sua compreensão contribui à escolha de tratamento adequado e monitoramento
dos efeitos adversos.
RESUMO PRÁTICO
Alternativa E: CORRETA. A atropina é um antago- nista dos receptores colinérgicos muscaríni- cos, por isso, é o antídoto para os casos de
intoxicação por inibidores de colinesterases (ex: organofosforados). 81,83,85
Resposta:
Processos Passivos Processo Ativo
Difusão Simples ou Passiva: Segue gradiente de concen- tração; Características das moléculas: – Apolares (Lipossolubilidade); – Peso molecular compatível
com a bicamada lipídica; – Drogas hidrossolúveis atra-
vessam canais (aquaporinas).
Difusão Facilitada Segue gradiente de concentração; Necessita de transportador sem gasto de energia. Ex.: Transporta- dor de glicose (GLUT); – Saturação dos transportadores:
disponibilidade de transporta- dor (↑[substrato] não acelera a velocidade do transporte);
Transporte Ativo Contra gradiente de concentração; Proteína transportadora com gasto de energia; Necessidade de energia metabólica; Saturação dos transportadores: dis- ponibilidade de transportador (↑[substrato] não acelera a veloci- dade do transporte); – Seletividade – Endocitose (vesicular).
Fonte: Adaptado de Goodman A. (2019)86 e Silva P. (2010)87.
2.2 VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
VIA ORAL VIA SUBLINGUAL VIA RETAL
– Autoadministraçãov
– Convenientev
– Não adequada a emergênciasd
– Metabolizada por sucos gástricosd
– Rápida absorção; – Ação imediata; – Proteção do fármaco do:
metabolismo rápido no in- testino e na primeira pas- sagem do fígado;
– Via compatível para dro- gas inativas pelo suco gástrico;
– Adequado aos casos de urgência.
– Rápida absorção; – Alivia distensão abdominal; – Limita o efeito de primeira
passagem (50%); – Sem efeito das enzimas di-
gestivas; – Recomendável a opioides
– Desconforto na aplicaçãod; – Possível irritação da muco-
sa retald
v-Vantagem; d-desvantagem Fonte: Adaptado de Goodman A. (2019)86 e Silva P. (2010)87.
Quadro 3. Características das vias de administração parenteral
Características gerais
– Administração invasiva: uso de agulha no corpo; – Possível assepsia; – Usada para administração de fármacos de difícil absorção ou que são modificados no trato gastrointestinal; – Geralmente causa dor; – Essencial à liberação de um fármaco na sua forma ativa (ex. anticorpos monoclonais); – Biodisponibilidade mais rápida, ampla e previsível; – Mais precisão na dose eficaz; – Viabilidade em emergência ou paciente inconsciente.
70 Norma Vilany Carneiro, Pedro Modesto, Ramon Sá e Thassila Nogueira Pitanga
INTRAVENOSA SUBCUTANEA INTRAMUSCULAR INTRA-ARTERIAL INTRATECAL
– Absorção rápida; – Solução aquosa
maco é controlada, precisa e rápida;
– Administração de soluções irritantes.
– Impossibilidade de remoção da droga;
Essa via não deve ser usada para fármacos com veículos oleosos
que causam precipita- ção de elementos no sangue ou hemólise
das hemácias.
– Absorção constan- te e lenta para pro- duzir um efeito prolongado;
– Administração de anticoagulantes, vacinas e hipogli- cemiantes.
– Não indicada a fármacos que causam irritação nos tecidos;
– Podem levar à dor intensa, necrose e descamação.
Aplicação onde há maior acúmulo de gordura. Ex. coxas, nadegas, braços.
– Absorção cons- tante – fármaco injetado em so- lução oleosa ou suspenso em ou- tros veículos de depósitos.
– Taxa de absorção mais lenta nas mulheres depois de injeção no glúteo maior- gordura pouco irrigada.
Liberação mais lenta que a administração
intravenosa.
– Fármacos injeta- dos na artéria pa- ra localizar efei- tos em um tecido ou órgão específi- co- ex.tumores he- páticos;
– Alguns agentes diagnósticos.
complicações graves.
– Usada quando se desejam obter efeitos locais rápi- dos dos fármacos nas meninges ou no eixo cerebroes- pinal. Ex. anestesia espinal.
Fonte: Adaptado de Goodman A. (2019)86 e Silva P. (2010)87.
Quadro 4. Outras formas de administração e suas características
ABSORÇÃO PULMONAR TÓPICA HIPODERMÓCLISE88-91
Absorção praticamente instantâ- nea do fármaco para a corrente sanguínea. Fármacos gasosos vo- láteis.
– Mucosas- da conjuntiva, naso- faringe, orofaringe, vagina, co- lo, uretra e bexiga decorrentes de seus efeitos locais. Absorção excelente; Potencial vantagem na imuno- terapia;
– Olho- uso de lente impregnada com fármacos e em implantes oculares; Liberação direta; Efeitos locais.
– Pele: absorção transdérmica; Depende da área e sua liposso- lubilidade; Absorção sistêmica mais rápi- da quando há abrasões, quei- maduras ou pele desnuda; Adesivos transdérmicos-libe- ração controlada.
– Indicada principalmente para pacientes com impossibilidade de administração de medica- mentos por via oral, pacientes com náuseas e/ou vômitos por períodos prolongados, confu- são mental, etc;
– Utilizada para administração de medicamentos em pacien- tes que não apresentam con- dições para se puncionar um acesso venoso periférico;
– Contraindicado nos casos de anasarca;
– Menores riscos de complica- ções sistêmicas (ex.hiper-hidra- tação e a sobrecarga cardíaca)
– Baixo risco de hiponatremia e hipervolemia.
Fonte: Adaptado de Goodman A. (2019)86 e Silva P. (2010)87.
ATENÇÃO! Podem influenciar na escolha da via de administração: a natureza química do fármaco; o efeito local ou
sistêmico da droga; o metabolismo relacionando à idade; a comodidade/conveniência; o tempo de ação; a duração do tratamento; e a adesão do paciente ao regime terapêutico.
71Farmacologia
2.3 DISTRIBUIÇÃO DE FÁRMACOS
O fármaco, após ser absorvido e alcançar a corrente sanguínea, distribui-se aos líqui- dos intersticial e intracelular, em função de su- as propriedades físico-químicas, da taxa de li- beração do fármaco a cada um dos órgaos e compartimentos e das capacidades de intera- ção diferentes de cada região com o farmaco; continua até que seja estabelecido um equilí- brio entre o fármaco não ligado ao plasma e aos líquidos teciduais.
Figura 2. Fatores que afetam a taxa de liberação e a quantidade de fármaco distribuído
Débito cardíaco
Fonte: Adaptado de Goodman A. (2019)86 e Silva P. (2010)87.
Figura 3. Sobre ligação a proteínas plasmáticas
A albumina é o principal carreador dos fármacos ácidos;
A glicoproteína ácida α1 é o carreador dos fármacos básicos;
A ligação às proteínas, em geral, é reversível.
A ligação inespecífica a outras proteínas plasmáticas acontecem, geralmente, em uma fração menor;
Ligação de um fármaco às proteínas plasmáticas limita a filtração glomerular e pode reduzir seu transporte e metabolismo.
Fonte: Adaptado de Goodman A. (2019)86 e Silva P. (2010)87.
NÃO ESQUECER a ligação de um fármaco às proteínas plasmáticas limita sua concentração, nos tecidos e em seu local de ação, sendo que apenas a fração livre está em equilíbrio nos dois lados das membranas. Por isso, depois que se atingir o equilíbrio de distribuição, a concentração do fármaco livre (ativo) no líquido intracelular é igual à concentração plasmática, com exceção para quando há transporte mediado por carreadores.
1,2Redistribuição dos fármacos: a redistribui- ção é um fator importante, para a cessação do efeito farmacológico, principalmente, quando um composto altamente lipossolúvel, que atua no encéfalo ou sistema cardiovascular, é admi- nistrado rapidamente por injeção intravenosa ou inalação.
2.4 METABOLISMO DOS FÁRMACOS86-87
Consiste em um conjunto de reações bio- químicas que os fármacos sofrem no organis-