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PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO RELATÓRIO DE FISCALIZAÇÃO Ordem de Serviço: 201500109 Município/UF: Lagarto/SE Órgão: MINISTERIO DA EDUCACAO Instrumento de Transferência: Não se Aplica Unidade Examinada: PREFEITURA MUNICIPAL DE LAGARTO Montante de Recursos Financeiros: Não se aplica. Prejuízo: R$ 0,00 1. Introdução Os trabalhos de campo foram realizados no período de 26/05/2015 a 19/06/2015 sobre a aplicação dos recursos do programa 2030 - Educação Básica / 20RP - Infraestrutura para a Educação Básica no município de Lagarto/SE. A ação fiscalizada destina-se a Contribuir para o desenvolvimento e a universalização do Ensino Básico mediante aporte de recursos destinados à implementação de projetos caracterizados por ações que visem priorizar a ampliação do atendimento, bem como a melhoria e a qualidade da aprendizagem nas escolas públicas. Foram verificadas as atividades para construção da unidade de educação infantil, Creche/Pré-escola, padrão FNDE , tipo C, no município de Lagarto/SE, objeto do Termo de Compromisso PAC2 07358/2013. 2. Resultados dos Exames Os resultados da fiscalização serão apresentados de acordo com o âmbito de tomada de providências para saneamento das situações encontradas, bem como pela forma de monitoramento a ser realizada por esta Controladoria. 2.1 Parte 1 Nesta parte serão apresentadas as situações evidenciadas que demandarão a adoção de medidas preventivas e corretivas por parte dos gestores federais, visando à melhoria da

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PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA

CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO

SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO

RELATÓRIO DE FISCALIZAÇÃO

Ordem de Serviço: 201500109

Município/UF: Lagarto/SE

Órgão: MINISTERIO DA EDUCACAO

Instrumento de Transferência: Não se Aplica

Unidade Examinada: PREFEITURA MUNICIPAL DE LAGARTO

Montante de Recursos Financeiros: Não se aplica.

Prejuízo: R$ 0,00

1. Introdução

Os trabalhos de campo foram realizados no período de 26/05/2015 a 19/06/2015 sobre a

aplicação dos recursos do programa 2030 - Educação Básica / 20RP - Infraestrutura para a

Educação Básica no município de Lagarto/SE.

A ação fiscalizada destina-se a Contribuir para o desenvolvimento e a universalização do

Ensino Básico mediante aporte de recursos destinados à implementação de projetos

caracterizados por ações que visem priorizar a ampliação do atendimento, bem como a

melhoria e a qualidade da aprendizagem nas escolas públicas.

Foram verificadas as atividades para construção da unidade de educação infantil,

Creche/Pré-escola, padrão FNDE , tipo C, no município de Lagarto/SE, objeto do Termo de

Compromisso PAC2 07358/2013.

2. Resultados dos Exames

Os resultados da fiscalização serão apresentados de acordo com o âmbito de tomada de

providências para saneamento das situações encontradas, bem como pela forma de

monitoramento a ser realizada por esta Controladoria.

2.1 Parte 1

Nesta parte serão apresentadas as situações evidenciadas que demandarão a adoção de

medidas preventivas e corretivas por parte dos gestores federais, visando à melhoria da

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execução dos Programas de Governo ou à instauração da competente tomada de contas

especiais, as quais serão monitoradas pela Controladoria-Geral da União.

2.1.1. Execução da fundação típica, tipo "radier", em desacordo com o projeto de

transposição.

Fato

Durante inspeção in loco realizada, em 26 de maio de 2015, nas obras de construção

da creche/pré-escola, padrão FNDE, tipo C, com metodologia inovadora, no bairro Pratas,

cadastrada no Simec sob o número de identificação ID 1006885, objeto do Contrato nº

012/2014, celebrado entre a Prefeitura Municipal de Lagarto/SE e a empresa MVC

Componentes Plásticos Ltda., CNPJ 81.424.962/0001-70, referente ao Termo de

Compromisso PAC2 07358/2013, constatou-se que não foram obedecidos alguns parâmetros

preconizados no projeto de transposição da tecnologia convencional de construção para a

metodologia com Painel Wall System, em relação à execução da fundação típica, tipo radier,

conforme detalhado a seguir:

a) a armação da laje de fundação deveria ser executada em malhas de aço com barras

corridas no diâmetro de 4,2mm e espaçamento a cada 10cm, contudo a malha inferior

(armação positiva), única que se encontrava colocada sobre a superfície da fundação a ser

concretada, foi executada com espaçamento de 15cm;

b) as emendas das malhas foram executadas com o transpasse de apenas um quadro,

no caso desta obra, com largura de 15cm, contudo, de acordo com o projeto das fundações

está previsto o transpasse de dois quadros, no caso desta obra, como foram previstos quadros

de 10cm, o transpasse mínimo deveria ser de 20cm.

Frisa-se que a execução da malha da armadura das fundações, tipo radier, com

espaçamento maior que o previsto configura a desobediência aos projetos e coloca em risco

todo o empreendimento, pois a fundação não consegue cumprir sua função conforme

prevista no cálculo estrutural.

Ademais, devido ao longo período decorrido da execução da preparação do terreno

sem que tenha sido feita a concretagem da laje de fundação, verificou-se que a lona plástica

colocada sobre a camada de regularização do terreno ficou totalmente deteriorada, sendo

necessária sua completa substituição antes da concretagem da laje, para que a mesma cumpra

sua função (impermeabilização), bem como surgiu vegetação de gramíneas entre os quadros

da malha da armação da fundação.

A situação apontada está demonstrada no registro fotográfico, realizado durante a

inspeção in loco ocorrida em 26 de maio de 2015, a seguir apresentado:

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Foto 001 - Malha da armação da fundação com

15cm de espaçamento - Creche do Pratas,

Lagarto/SE, em 26 de maio de 2015.

Foto 002 - Transpasses de apenas um quadro nas

emendas da malha de armação da fundação -

Creche do Pratas, Lagarto/SE, em 26 de maio de

2015.

Foto 003 - Lona plástica sobre a camada de

regularização totalmente deteriorada - Creche do

Pratas, Lagarto/SE, em 26 de maio de 2015.

Foto 004 - Vegetação na camada de regularização

da fundação, cobrindo a malha de armação -

Creche do Pratas, Lagarto/SE, em 26 de maio de

2015.

Ressalta-se que não foi realizado nenhum pagamento pelos serviços executados, bem

como que o Contrato nº 012/2014 foi rescindido unilateralmente pela Prefeitura Municipal

de Lagarto/SE, segundo justificativa exposta no processo de rescisão, devido à falta de

cumprimento de obrigações contratuais pela empresa MVC, bem como a paralisação e

abandono da obra sem justa causa e prévia comunicação à Administração.

##/Fato##

Manifestação da Unidade Examinada

Por meio do Ofício PML/GAB Nº 16/2016, de 26 de janeiro de 2016, a Prefeitura

Municipal de Lagarto/SE apresentou a seguinte manifestação, editada apenas quanto ao

nome de pessoas físicas a fim de preservar sua identidade:

“Em atenção ao Ofício 470/2016 CGUSE/CGU/PR, de 12 de janeiro de 2016,

encaminhamos Parecer Técnico sobre os motivos da rescisão unilateral do Contrato nº

1/2014 (sic), firmado entre o Município de Lagarto e a empresa MVC Componentes

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Plásticos Ltda., para construção de uma creche no Bairro Pratas, Município de Lagarto,

objeto do Termo de Compromisso FNDE 07358/2013.”

Consta no Parecer Técnico de Fiscalização encaminhado pela Prefeitura, em anexo

ao Ofício PML/GAB Nº 16/2016, o seguinte:

“(...)

A fundação tipo radier não foi executada, apenas estava no andamento da execução

dos serviços de regularização, aplicação da lona plástica e distribuição das malhas de aço. A

fiscalização informou ao engenheiro da MVC inconformidade na regularização de base para

fundação, sendo executada com areia grossa e não com lastro de brita nº 2, além disso, a lona

plástica estava danificada, espalhada posteriormente à regularização de base. Com base

nestas informações, foi solicitada correção para continuidade dos serviços de fundação. A

malha de aço foi executada e em seguida a empresa abandonou a obra sem aviso prévio e

comunicação à CONTRATANTE. Quando a fiscalização foi realizar a próxima vistoria,

percebeu que a obra estava com indícios de paralisação e/ou abandono, sem evolução, com

serviços danificados, e canteiro de obra desorganizado. Também, percebeu-se, que a malha

inferior da laje tinha sido executada sem as devidas correções solicitadas e inseridas no

SIMEC. Porém, a fiscalização não registrou as inconformidades da malha de aço, pois, já

tinha solicitado as correções das etapas anteriores à armadura da laje, informando que a

concretagem do radier seria executada após superação da inconformidade.

Logo em seguida, a fiscalização comunicou a Secretaria de Desenvolvimento Urbano

e Obras Públicas do Município de Lagarto/SE, que a CONTRATADA abandonou a

obra sem aviso prévio E COMUNICAÇÃO À FISCALIZAÇÃO. Logo, o Secretário de

Desenvolvimento Urbano e Obras Públicas emitiu notificação à empresa MVC

Componentes Plásticos Ltda. para justificar a paralisação da obra sem justa causa e prévia

comunicação à Administração, bem como, apresentar, no prazo de até cinco dias, o plano de

correção e respectivo cronograma de execução. O prazo estipulado pela Prefeitura à MVC

foi extinto, e a CONTRATANTE rescindiu unilateralmente o referido contrato.

A fiscalização informa que tais serviços foram executados: sondagem; implantação;

instalação da placa da obra; muro de alvenaria de bloco cerâmico, com revestimento

argamassado; locação das tubulações (piso); regularização de base (inconformidade),

aplicação de lona plástica (inconformidade); armadura inferior da laje de fundação

(inconformidade); e apenas iniciou o barracão. Ressalta-se, que não houve medição para

pagamento dos serviços descritos.

A fiscalização frisa que solicitou a MVC e ao FNDE orientações e documentos

técnicos obrigatórios e necessários para obter desempenho satisfatório na realização dos

trabalhos, mas não teve atendimento satisfatório referente às solicitações já mencionadas.”

##/ManifestacaoUnidadeExaminada##

Análise do Controle Interno

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Em sua manifestação o gestor afirma que a fundação tipo radier não foi executada,

pois estava em andamento a execução dos serviços de regularização, aplicação da lona

plástica e distribuição das malhas de aço. De acordo com o registro fotográfico e em

consonância com as demais informações trazidas pelo gestor na sua manifestação fica

evidenciada a execução parcial de serviços que compõem a fundação tipo radier em

desconformidade com os projetos, pois, além da colocação da malha da armadura inferior

ter sido efetuada com divergência de espaçamento e transpasse das emendas inferior ao

especificado, o gestor afirma que a lona plástica já teria sido aplicada danificada,

evidentemente, com situação menos crítica, a qual foi agravada pelo tempo de exposição às

intempéries, bem como afirma que a camada de regularização (lastro drenante) foi executado

com material não especificado (areia grossa ao invés de brita nº2). Tais afirmativas não só

corroboram com o fato descrito, como agrava a situação da qualidade dos serviços

executados na fundação da obra.

Ademais, o gestor corrobora que não foi efetuado nenhum pagamento pelos serviços

executados e que a obra foi paralisada pela empresa MVC Componentes Plásticos Ltda. sem

justa causa e prévia comunicação à Administração.

##/AnaliseControleInterno##

2.2 Parte 2

Nesta parte serão apresentadas as situações detectadas cuja competência primária para

adoção de medidas corretivas pertence ao executor do recurso federal.

Dessa forma, compõem o relatório para conhecimento dos Ministérios repassadores de

recursos federais, bem como dos Órgãos de Defesa do Estado para providências no âmbito

de suas competências, embora não exijam providências corretivas isoladas por parte das

pastas ministeriais. Esta Controladoria não realizará o monitoramento isolado das

providências saneadoras relacionadas a estas constatações.

2.2.1. Ausência de alimentação de informações referentes ao Termo de Compromisso

PAC2 07358/2013 no Simec.

Fato

As consultas ao Sistema Integrado de Monitoramento Execução e Controle do

Ministério da Educação – Simec, realizadas em 07 de maio e 04 de dezembro de 2015,

demonstram a ausência de alimentação no mesmo de parte das informações do Termo de

Compromisso PAC2 07358/2013, em desacordo com o artigo 5º (“III-e” e “III-h”) da

Resolução CD/FNDE nº 25/2013 e do item X do próprio Termo de Compromisso.

A seguir, encontram-se discriminadas as falhas na alimentação do SIMEC pela

Prefeitura Municipal de Lagarto/SE, ente federado contratante:

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a) a planilha contratual e as ordens de serviço (de sondagem, do projeto de implantação e da

construção) não se encontram disponibilizadas no Sistema (Aba Contratação);

b) falta de preenchimento do “Questionário Fiscal” para as etapas concluídas em todas as

vistorias cadastradas no Sistema.

Ademais, a empresa executora da metodologia inovadora, a MVC Componentes

Plásticos Ltda., também não alimentou adequadamente o SIMEC, em desacordo com o

Parágrafo Quarto da Cláusula Quarta do Contrato nº 012/2014 celebrado entre a Prefeitura

Municipal de Lagarto/SE e a MVC Componentes Plásticos Ltda., visando ao atendimento

do contido no Termo de Compromisso (Encarte I) do Edital do RDC nº 93/2012 realizado

pelo Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação – FNDE. Na consulta ao Simec, não

foram localizadas as seguintes informações/documentações:

a) a solicitação com motivação para celebração do primeiro termo aditivo de prazo

firmado com a Prefeitura Municipal de Lagarto/SE, acompanhado do cronograma físico-

financeiro atualizado, adequado ao novo prazo contratual;

b) as ocorrências do Diário de Obras que possam implicar em questionamentos e

apresentação de justificativas com relação ao cumprimento de cronograma e qualidade da

obra;

c) consta, na Aba Vistorias, apenas o registro de uma ação com data de 18 de março

de 2015, inserida pela engenheira civil de CPF ***.148.144-**, preposta da empresa MVC.

##/Fato##

Manifestação da Unidade Examinada

Por meio do Ofício PML/GAB Nº 16/2016, de 26 de janeiro de 2016, a Prefeitura

Municipal de Lagarto/SE apresentou a seguinte manifestação, editada apenas quanto ao

nome de pessoas físicas a fim de preservar sua identidade:

“Em atenção ao Ofício 470/2016 CGUSE/CGU/PR, de 12 de janeiro de 2016,

encaminhamos Parecer Técnico sobre os motivos da rescisão unilateral do Contrato nº

1/2014 (sic), firmado entre o Município de Lagarto e a empresa MVC Componentes

Plásticos Ltda., para construção de uma creche no Bairro Pratas, Município de Lagarto,

objeto do Termo de Compromisso FNDE 07358/2013.”

Consta no Parecer Técnico de Fiscalização encaminhado pela Prefeitura, em anexo

ao Ofício PML/GAB Nº 16/2016, o seguinte:

“(...)

Na ‘Aba Contratação’ do Sistema Integrado de Monitoramento Execução e Controle

do Ministério da Educação – SIMEC, não possui a opção anexar documentos como planilha

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contratual e ordens de serviço. Mas, conforme solicitação, a fiscalização anexou na ‘aba

documentos’.

As ordens de serviço foram emitidas e aceitas conforme procedimento a seguir:

página inicial da obra (SIMEC), principal – metodologia inovadora – emitir OS (Prefeitura

Municipal de Lagarto/SE) e aceitar OS (MVC Componentes Plásticos Ltda.).

A fiscalização da obra, desde o início da execução, solicitou por e-mail, ao

Engenheiro Civil, responsável técnico pela execução da obra, Sr. *** (MVC Componentes

Plásticos Ltda.) os documentos técnicos (projetos de transposição; planilha orçamentária;

especificação dos materiais; caderno de serviços e encargos; diário de obra; plano de trabalho

contemplando o cronograma físico-financeiro; plano de controle referente a ensaios de

controle tecnológico ou verificações por inspeções visuais e/ou documentos; check-list do

plano de qualidade da obra; e check-list da execução da obra) necessários para realização da

fiscalização da obra. Contudo, o Sr. ***, respondeu e-mail, enviando apenas os projetos,

parcialmente, memorial descritivo (este não estava compatível com os projetos), amostras

das perfurações da sondagem, parecer geotécnico e ART do profissional responsável,

embora não havia compatibilidade entre os documentos. Sempre que a fiscalização

informava ao responsável técnico pela obra, que a execução não estava compatível com o

projeto recebido pelo próprio, ele comunicava que o projeto estava desatualizado e que todas

as creches estavam sendo construídas conforme procedimento executivo da referida obra.

Em seguida, após a última vistoria inserida no SIMEC, no período em que a obra ainda

estava em andamento, o engenheiro da MVC, enviou a planilha orçamentária e cronograma

físico-financeiro.

Desde o início da obra, a fiscalização atuou realizando acompanhamento técnico e

elaborando relatório de fiscalização baseado nas vistorias realizadas. Sempre solicitando

orientações e documentos técnicos ao FNDE a respeito dos novos procedimentos, por se

tratar de uma metodologia inovadora. Sobre os projetos de transposição e implantação,

segundo o FNDE, ficou sob a responsabilidade da MVC Componentes Plásticos Ltda.

A fiscalização não recebeu informações e orientações necessárias do FNDE,

referindo-se a metodologia inovadora e por se tratar de um Regime Diferenciado de

Contratações Públicas que foi considerado no contrato entre FNDE e MVC Componentes

Plásticos Ltda., com objeto da contratação descrito acima. Após esta contratação, o

município também firma contrato com a MVC para execução da obra.

O ‘Questionário Fiscal’ não foi preenchido devido à incompatibilidade dos

documentos técnicos apresentados a fiscalização.

A justificativa técnica para prorrogação do prazo contratual encontra-se na ‘aba

documentos’ do SIMEC.

A MVC não cumpriu o cronograma de execução da obra, da implantação até o

abandono da obra.

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O diário de obra foi solicitado desde o início da obra, mas, a CONTRATADA não

atendeu a solicitação.

A MVC Componentes Plásticos Ltda., não possuía equipe técnica na obra. O

engenheiro comparecia sempre de passagem, pois, ele era o engenheiro das demais obras

(CRECHE PADRÃO FNDE – MI) do Estado (informação passada pelo mesmo), assim, as

solicitações da fiscalização foram realizadas por telefone ou via e-mail.”

##/ManifestacaoUnidadeExaminada##

Análise do Controle Interno

Em sua manifestação o gestor corrobora com a ausência de alimentação de

informações referentes ao Termo de Compromisso PAC2 07358/2013 no Simec, pois restou

demonstrado que nem todos os documentos obrigatórios foram elaborados, tais como o

preenchimento do questionário fiscal e do diário de obra, bem como que parte da

documentação foi inserida no Simec após a solicitação da fiscalização, tais como a planilha

orçamentária e ordens de serviço.

Além da falta de alimentação do Simec, o gestor esclareceu uma série de ocorrências

na execução contratual que demonstra falhas no gerenciamento das informações nos

processos para construção da unidade escolar com a utilização da metodologia inovadora

por todos os entes envolvidos. Fica evidente a falta de orientações e busca de soluções

adequadas para os problemas de ordem administrativa para o êxito do programa Proinfância,

pois se por um lado a empresa MVC não apresentava os elementos necessários e suficientes

para a fiscalização da execução pela Prefeitura Municipal de Lagarto/SE, sendo apresentados

documentações com incompatibilidades, por sua vez o gestor municipal poderia ter sido mais

incisivo nos momentos iniciais da execução contratual, formalizando solicitações, para que

a contratada fosse cobrada e, se fosse o caso, até penalizada pelo não atendimento, conforme

previsão contratual. Também cabe ressalva à falta de orientação mais transparente ao gestor

municipal por parte do FNDE, pois este é o mentor da implantação da metodologia

inovadora.

##/AnaliseControleInterno##

2.2.2. Celebração do Contrato nº 012/2014 sem informação dos serviços

complementares contemplados para execução do objeto do Termo de Compromisso

PAC2 07358/2013.

Fato

A Prefeitura Municipal de Lagarto/SE aderiu ao Registro de Preços nº 49/2013 do

Regime Diferenciado de Contratações Públicas - RDC nº 93/2012 realizado pelo Fundo

Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE objetivando a prestação de serviços de

engenharia para construção de escolas do Programa Proinfância. Como consequência o

Município firmou o Termo de Compromisso PAC2 07358/2013 por meio do qual se

comprometeu a construir uma unidade de educação infantil, contratando a empresa MVC

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Componentes Plásticos Ltda. (CNPJ nº 81.424.962/0001-70), vencedora do RDC nº

93/2012, discriminada no quadro a seguir:

Quadro – Obras inclusas no Termo de Compromisso PAC2 07358/2013.

Código Obra

Simec

Escola Infantil – Tipo C Contrato nº Valor (R$)

ID 1006885

(Pré-ID 126905)

Bairro Pratas

(Rua Edivaldo Júnior de Farias)

012/2014 914.966,81

Fontes: Termo de Compromisso PAC2 07358/2013 e Contrato nº 012/2014.

A movimentação financeira para execução da obra é prevista para ser realizada pela

conta nº 38.113-6, agência nº 0336 do Banco do Brasil, específica do Termo de

Compromisso.

O Contrato nº 012/2014 foi celebrado em 28 de janeiro de 2014, entre a Prefeitura

Municipal de Lagarto/SE e a empresa MVC, com vigência de doze meses. O termo

contratual não contém a discriminação detalhada dos itens correspondentes aos serviços

complementares que compõem o objeto, contudo, analisando-se a planilha orçamentária de

serviços complementares proposta pela MVC no RDC nº 93/2012 e a planilha de cálculo do

Proinfância, obtida no Sistema Integrado de Monitoramento do Ministério da Educação –

SIMEC, constata-se que valor de R$ 914.966,81 inclui a edificação principal além dos

serviços complementares discriminados no quadro a seguir:

Quadro – Serviços inclusos no Contrato nº 012/2014.

Item Especificações Quant. Preço

Unitário (R$)

Total (R$)

1 EDIF. C – Edificação principal do

Proinfância C

1,00 870.000,00 870.000,00

2 PSG – Paisagismo 1.260,25 10,00 12.602,50

3 SDG – Sondagem do Terreno 4,00 380,00 1.520,00

4 PROJC – Elaboração do Projeto de

Implantação

1,00 2.905,58 2.905,58

5 ACS - Acessos 21,91 53,00 1.161,23

6 FOS – Fossa 1,00 4.000,00 4.000,00

7 MUR – Muro 151,85 150,00 22.777,50

914.966,81

Fonte: Contrato nº 012/2014 e Planilha de Cálculo do Proinfância.

Frisa-se que a Prefeitura Municipal de Lagarto/SE lavrou, em 21 de julho de 2015, a

rescisão unilateral do referido contrato, tendo como justificativa o não cumprimento

contratual por parte da empresa MVC, inclusive a paralisação e abandono da obra sem justa

causa e prévia comunicação à Administração.

##/Fato##

Manifestação da Unidade Examinada

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Por meio do Ofício PML/GAB Nº 16/2016, de 26 de janeiro de 2016, a Prefeitura

Municipal de Lagarto/SE apresentou a seguinte manifestação, editada apenas quanto ao

nome de pessoas físicas a fim de preservar sua identidade:

“Em atenção ao Ofício 470/2016 CGUSE/CGU/PR, de 12 de janeiro de 2016,

encaminhamos Parecer Técnico sobre os motivos da rescisão unilateral do Contrato nº

1/2014 (sic), firmado entre o Município de Lagarto e a empresa MVC Componentes

Plásticos Ltda., para construção de uma creche no Bairro Pratas, Município de Lagarto,

objeto do Termo de Compromisso FNDE 07358/2013.”

Consta no Parecer Técnico de Fiscalização encaminhado pela Prefeitura, em anexo

ao Ofício PML/GAB Nº 16/2016, a seguinte descrição:

“ ***, Engenheiro Civil, FISCAL DO CONTRATO Nº01/2014 (sic), em

atendimento à PREFEITURA MUNICIPAL DE LAGARTO, elaborou um parecer técnico

em resposta ao ofício nº 470/2016/CGUSE/CGU-PR mais adiante descrito.

OBJETO DO CONTRATO: Construção de escolas do Programa Proinfância,

obedecendo às tipologias dos Projetos Padrão do FNDE – Metodologia Inovadora Escola

Tipo C, utilizando-se de sistemas construtivos que permitam a otimização dos processos para

execução das obras, incluindo o fornecimento de projetos executivos das edificações,

denominados Projetos de Transposição e dos Projetos Executivos de Implantação para cada

uma das unidades a serem construídas nos Estados, Distrito Federal e Municípios, de acordo

com as especificações, quantidades estimadas e condições constantes do Projeto Básico e

seus anexos, que são partes integrantes do presente, independente de suas transcrições.”

##/ManifestacaoUnidadeExaminada##

Análise do Controle Interno

Em sua manifestação, por meio do Parecer Técnico de Fiscalização subscrito pelo

fiscal do contrato, o gestor municipal apresenta de forma geral diversos esclarecimentos e

descrição de fatos ocorridos na execução das obras, contudo, não foi apresentado

esclarecimento quanto à falta de informação dos serviços complementares contemplados no

Termo de Compromisso PAC2 07358/2013.

Em que pese constar no objeto do contrato que todas as suas partes integrantes,

incluindo-se neste caso o projeto executivo de implantação, compõem o objeto do contrato,

independente de sua transcrição, o valor discriminado na Cláusula Segunda encontra-se na

sua totalidade sem discriminar os seus itens, que variam a cada obra, sendo que o orçamento

dos serviços complementares integrante do projeto executivo é genérico, não contendo as

especificidades da obra. Portanto, para se determinar o que fora contratado a título de

serviços complementares, foi necessário recorrer à descrição dos serviços externos

apresentada ao final do cronograma físico-financeiro registrado no Sistema Integrado de

Monitoramento do Ministério da Educação – SIMEC, na aba “cronograma”.

Frisa-se que o número do contrato apresentado na manifestação está com incorreção,

pois se trata do Contrato nº 12/2014 e foi descrito no Ofício PML/GAB Nº 16/2016 e no

Parecer Técnico de Fiscalização como nº 1/2014.

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##/AnaliseControleInterno##

2.2.3. Paralisação sem justa causa e prévia comunicação à Administração, causando

atraso na obra do Termo de Compromisso PAC2 07358/2013.

Fato

O contrato nº 012/2014 firmado entre a Prefeitura Municipal de Lagarto/SE e a MVC

Componentes Plásticos Ltda. (CNPJ nº 81.424.962/0001-70) para construção da Escola

Infantil no Bairro Pratas (Creche/Pré-escola – Rua Edivaldo Júnior de Farias) foi assinado

em 28 de janeiro de 2014 com vigência de 12 meses (até janeiro de 2015). Após execução

dos serviços de sondagem e da elaboração do projeto executivo de implantação, foi emitida,

em 10 de maio de 2014, a Ordem de Início de Serviço de Construção, com prazo de execução

de 150 dias (até outubro de 2014). Este prazo foi prorrogado mediante a celebração, em 28

de janeiro de 2015, do Primeiro Termo Aditivo ao Contrato nº 012/2014, passando sua

vigência até 28 de janeiro de 2016. No entanto, durante visita realizada em 26 de maio de

2015, doze meses após a emissão da ordem de serviço, verificou-se que não haviam sido

concluídas sequer as fundações da obra, além de se encontrar paralisada a sua execução. A

análise da execução financeira, bem como informação da Secretaria Municipal de

Desenvolvimento Urbano e Obras Públicas, do município de Lagarto, indica que não foi

realizado nenhum pagamento referente ao Contrato nº 012/2014, demonstrando a falta de

execução do objeto pactuado.

Foto 005 - Placa da Obra (Creche Pratas - ID

1006885)

Lagarto/SE – 26 de maio de 2015

Foto 006 - Vista geral da obra – Serviços

paralisados

Lagarto/SE – 26 de maio de 2015

Frisa-se que, apesar de requerida por meio da Solicitação de Auditoria nº

201500109/01, de 18 de maio de 2015, não foi disponibilizada ordem de paralisação e

documentação justificativa do atraso na execução das obras e que embasou a celebração do

termo aditivo de prazo. Contudo, de acordo com informação do fiscal do contrato,

engenheiro civil da Prefeitura Municipal de Lagarto/SE, o atraso se deve a problemas de

gestão da empresa executora contratada, a MVC Componentes Plásticos Ltda.

Adicionalmente, cabe informar que, em complemento à resposta da Solicitação de

Fiscalização nº 201500109/01, sobre o assunto, o Secretário Municipal de Desenvolvimento

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Urbano e Obras Públicas emitiu em 20 de maio de 2015 uma Notificação à empresa MVC

Componentes Plásticos Ltda. para justificar a paralisação da obra sem justa causa e prévia

comunicação à Administração, bem como, apresentar, no prazo de até cinco dias, o Plano de

Correção e respectivo cronograma de execução. Frisa-se que o prazo estipulado pela

Prefeitura à MVC foi extinto, no entanto, a Prefeitura não informou se houve manifestação

da empresa MVC em relação à referida notificação.

Ademais, em consulta ao Sistema Integrado de Monitoramento Execução e Controle

do Ministério da Educação – Simec, realizada 04 de dezembro de 2015, constatou-se a

inserção do Termo de Rescisão Unilateral ao Contrato nº 012/2014, subscrita pelo Prefeito

Municipal em 21 de julho de 2015, dando como encerradas as obrigações assumidas pelas

partes, empresa MVC e município de Lagarto/SE.

Com isso, a construção da unidade de educação infantil, Creche/Pré-escola padrão

FNDE, tipo C, no bairro Pratas, objeto do Termo de Compromisso PAC2 07358/2013,

encontra-se paralisada e sem previsão de continuidade.

##/Fato##

Manifestação da Unidade Examinada

Por meio do Ofício PML/GAB Nº 16/2016, de 26 de janeiro de 2016, a Prefeitura

Municipal de Lagarto/SE apresentou a seguinte manifestação, editada apenas quanto ao

nome de pessoas físicas a fim de preservar sua identidade:

“Em atenção ao Ofício 470/2016 CGUSE/CGU/PR, de 12 de janeiro de 2016,

encaminhamos Parecer Técnico sobre os motivos da rescisão unilateral do Contrato nº

1/2014 (sic), firmado entre o Município de Lagarto e a empresa MVC Componentes

Plásticos Ltda., para construção de uma creche no Bairro Pratas, Município de Lagarto,

objeto do Termo de Compromisso FNDE 07358/2013.”

Consta no Parecer Técnico de Fiscalização encaminhado pela Prefeitura, em anexo

ao Ofício PML/GAB Nº 16/2016, o seguinte:

“(...)

A justificativa técnica para prorrogação do prazo contratual encontra-se na “aba

documentos” do SIMEC.

A MVC não cumpriu o cronograma de execução da obra, da implantação até o

abandono da obra.

(...)

Logo em seguida, a fiscalização comunicou a Secretaria de Desenvolvimento Urbano

e Obras Públicas do Município de Lagarto/SE, que a CONTRATADA abandonou a obra

sem aviso prévio e comunicação à fiscalização. Logo, o Secretário de Desenvolvimento

Urbano e Obras Públicas, ***, emitiu notificação à empresa MVC Componentes Plásticos

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Ltda. para justificar a paralisação da obra sem justa causa e prévia comunicação à

Administração, bem como, apresentar, no prazo de até cinco dias, o plano de correção e

respectivo cronograma de execução. O prazo estipulado pela Prefeitura à MVC foi extinto,

e a CONTRATANTE rescindiu o referido contrato.

(...)

A fiscalização frisa que solicitou a MVC e ao FNDE orientações e documentos

técnicos obrigatórios e necessários para obter desempenho satisfatório na realização dos

trabalhos, mas não teve atendimento satisfatório referente às solicitações já mencionadas.

A fiscalização informa que tinha posse dos manuais e documentos disponíveis no site

www.fnde.gov.br, porém, não eram suficientes.

Ressalta-se que na data da vistoria realizada pela fiscalização da Controladoria-Geral

da União, a obra já estava abandonada.

No momento, a Prefeitura Municipal de Lagarto/SE está aguardando análise do

FNDE em relação ao processo de reformulação da metodologia inovadora para metodologia

convencional.”

##/ManifestacaoUnidadeExaminada##

Análise do Controle Interno

As informações contidas na manifestação do gestor confirmam a paralisação pela

MVC Componentes Plásticos Ltda. da construção da Escola Infantil no Bairro Pratas

(Creche/Pré-escola – Rua Edivaldo Júnior de Farias) sem justa causa e prévia comunicação

à Administração, causando atraso no cumprimento do objeto do Termo de Compromisso

PAC2 07358/2013.

A justificativa técnica para prorrogação do prazo contratual cadastrada no SIMEC,

na aba “documentos”, refere-se a lapsos temporais mais elastecidos requeridos nos trâmites

dos procedimentos de emissão, autorização e aprovação de ordens de serviço para diversas

fases do empreendimento com a metodologia inovadora, diferentemente da metodologia

convencional, contudo, esses trâmites já eram previstos e não justificam, por si só, o atraso

ocorrido na execução da referida obra. Com isso, fica evidenciado que o atraso inicial que

culminou com a paralisação e abandono das obras foi o seu gerenciamento deficiente,

especialmente, por parte da empresa MVC Componentes Plásticos Ltda.

O gestor não apresentou nenhuma comprovação documental de que solicitou e

aguarda análise do FNDE com vistas à reformulação da metodologia inovadora para a

convencional, permanecendo, desta forma, a falta de previsão de continuidade da construção

da referida unidade escolar e a incerteza do atendimento à necessidade da comunidade do

Bairro Pratas, no município de Lagarto/SE.

##/AnaliseControleInterno##

3. Conclusão

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Com base nos exames realizados, conclui-se que a aplicação dos recursos federais não está

adequada e exige providências de regularização por parte dos gestores federais.

Apesar das irregularidades, especialmente, a execução de serviços das fundações em

desacordo com os projetos e a paralisação da obra sem previsão de continuidade, não foi

identificado prejuízo financeiro, haja vista que não foi realizado pagamento com recursos do

Termo de Compromisso PAC2 07358/2013.