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1 PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO NO ESTADO DO PARÁ PRESTAÇÃO DE CONTAS ANUAL TIPO DE AUDITORIA : AVALIAÇÃO DE GESTÃO EXERCÍCIO : 2003 PROCESSO Nº : 23073.005172/2004-53 UNIDADE AUDITADA : UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CÓDIGO : : 153063 CIDADE : : BELÉM RELATÓRIO Nº : 140063 UCI 170023 : CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO NO PARÁ RELATÓRIO DE AUDITORIA Senhor Chefe, Em atendimento à determinação contida na Ordem de Serviço nº 140063, e consoante o estabelecido nas Instruções Normativas nº 12/96-TCU e nº 02/2000-SFC/MF, apresentamos o Relatório de Auditoria que trata dos exames realizados sobre os atos e conseqüentes fatos de gestão, praticados no período de 01/Jan/2003 a 31/Dez/2003, sob responsabilidade dos dirigentes da Entidade em referência, arrolados no processo supracitado. I - ESCOPO DO TRABALHO 2. Os trabalhos foram realizados na Sede da Entidade em Belém - Pará, no período de 10/Mar/2004 a 27/abr/2004, em estrita observância às normas de auditoria aplicáveis ao serviço público federal, com o objetivo de emitir opinião avaliando a gestão dos responsáveis tratados neste processo, do exercício anteriormente aludido. Ressaltamos que durante os trabalhos houve restrição aos nossos exames, materializados pela falta de atendimento e/ou atendimento parcial às solicitações de auditoria, além da demora na entrega de materiais e informações solicitados, detalhados ao longo do Relatório. Os exames foram realizados por amostragem, sobre as áreas da Entidade auditada, quais sejam: - CONTROLES DA GESTÃO - GESTÃO ORÇAMENTÁRIA - GESTÃO FINANCEIRA - GESTÃO PATRIMONIAL - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS - GESTÃO DO SUPRIMENTO DE BENS/SERVIÇOS - GESTÃO OPERACIONAL

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PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA

CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO

CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO NO ESTADO DO PARÁ

PRESTAÇÃO DE CONTAS ANUAL

TIPO DE AUDITORIA : AVALIAÇÃO DE GESTÃO EXERCÍCIO : 2003 PROCESSO Nº : 23073.005172/2004-53 UNIDADE AUDITADA : UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CÓDIGO : : 153063 CIDADE : : BELÉM RELATÓRIO Nº : 140063 UCI 170023 : CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO NO PARÁ

RELATÓRIO DE AUDITORIA

Senhor Chefe,

Em atendimento à determinação contida na Ordem de Serviço nº 140063, e consoante o estabelecido nas Instruções Normativas nº 12/96-TCU e nº 02/2000-SFC/MF, apresentamos o Relatório de Auditoria que trata dos exames realizados sobre os atos e conseqüentes fatos de gestão, praticados no período de 01/Jan/2003 a 31/Dez/2003, sob responsabilidade dos dirigentes da Entidade em referência, arrolados no processo supracitado. I - ESCOPO DO TRABALHO 2. Os trabalhos foram realizados na Sede da Entidade em Belém - Pará, no período de 10/Mar/2004 a 27/abr/2004, em estrita observância às normas de auditoria aplicáveis ao serviço público federal, com o objetivo de emitir opinião avaliando a gestão dos responsáveis tratados neste processo, do exercício anteriormente aludido. Ressaltamos que durante os trabalhos houve restrição aos nossos exames, materializados pela falta de atendimento e/ou atendimento parcial às solicitações de auditoria, além da demora na entrega de materiais e informações solicitados, detalhados ao longo do Relatório. Os exames foram realizados por amostragem, sobre as áreas da Entidade auditada, quais sejam: - CONTROLES DA GESTÃO - GESTÃO ORÇAMENTÁRIA - GESTÃO FINANCEIRA - GESTÃO PATRIMONIAL - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS - GESTÃO DO SUPRIMENTO DE BENS/SERVIÇOS - GESTÃO OPERACIONAL

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3. Os trabalhos de auditoria foram realizados por amostragem, sendo que a seleção de itens auditados observou os seguintes critérios relevantes, em cada área de atuação: 1) Pontos de ressalva constantes do Relatório de Auditoria nº 116400/2003 e; 2) Programa de Auditoria encaminhado pela Coordenação-Geral de Auditoria dos Programas da Área de Ensino Superior. II - RESULTADO DOS EXAMES 4 CONTROLES DA GESTÃO 4.1 SUBÁREA - CONTROLES EXTERNOS 4.1.1 ASSUNTO - ATUAÇÃO DO TCU/SECEX 4.1.1.1 COMENTÁRIO:

Conforme consulta ao site do Tribunal de Contas da União na Internet verificamos que as contas da Entidade referentes aos exercícios de 2000, 2001 e 2002 ainda não foram julgadas por aquela Corte de Contas, encontrando-se nas seguintes situações: Exercício Processo Situação 2000 009.308/2001-4 Sobrestado 2001 011.614/2002-3 Aberto 2002 012.314/2003-0 Aberto 4.1.1.2 INFORMAÇÃO: O Tribunal de Contas da União, após auditoria realizada na UFPA, em cumprimento à Decisão Nº 152/2002, expediu, nos termos do Acórdão Nº 1348/2003, de 17/09/2003, as seguintes determinações: 1. Determinar à Universidade que: 1.1. observe com rigor o disposto no art. 202, alínea “c”, do Regimento Geral da entidade, bem

como o art. 64, alínea “f”, de seu Estatuto, de modo a impedir que seus servidores firmem contratos, acordos ou convênios em nome da instituição, sem que tenham delegação de competência para tanto, de forma a não deixar a universidade vulnerável a demandas judiciais, evitando, por conseguinte, prejuízos a seus cofres;

1.2. Cumpra, na condução de processos administrativos disciplinares, os prazos e formalidades indicados nas Leis nºs 8.112/90 e 9.784/99;

2. Solicitar à Advocacia-Geral da União que informe ao Tribunal as providências adotadas em relação à representação formulada pelo Juiz Federal Substituto da 7ª Vara da Justiça Federal do Pará contra a Universidade Federal do Pará, objeto do processo TC 000.703/2001-9, cuja Decisão adotada, de nº 152/2002 - Plenário - TCU, foi remetida por cópia a esse órgão, por meio do Aviso nº 366-SGS-TCU, de 06/03/2002;

3. Determinar à Gerência Regional do Controle Interno que informe, nas próximas contas da Universidade Federal do Pará, o resultado das providências adotadas pela entidade em cumprimento a esta deliberação;

4. Determinar o apensamento deste Relatório às contas da Universidade Federal do Pará, relativas ao exercício de 2003, para exame em confronto, a teor do disposto no art. 250, inciso II, do Regimento Interno.

Em cumprimento às determinações do referido Acórdão a UFPA adotou as seguintes providências: 1- O Reitor da Universidade Federal do Pará expediu a Portaria Nº 02675/03, de 14/10/03, do seguinte teor:

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Port. nº 02675/03, de 24/10/2003 – O REITOR DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ, no uso de suas atribuições legais, estatutárias e regimentais, e considerando determinação do TCU, constante do Acórdão nº 1.348/2003-TCU-Plenário – Art. 1º - Determinar à Comissão Permanente de Processo Administrativo Disciplinar, bem como às Comissões de Sindicâncias instauradas no âmbito da Universidade Federal do Pará, que tomem as necessárias providências para que seja observado o cumprimento dos prazos e formalidades previstos nas Leis nºs. 8.112/1990 e 9.784/1999; Art. 2º - Compete à Coordenadoria de Auditoria Interna – AUDIN/UFPA, o controle e acompanhamento dos Processos Administrativos Disciplinares e Sindicâncias, observando o cumprimento da determinação de que trata o Art. 1º, desta Portaria. 2- Em atendimento ao pedido de informações formulado pelo Procurador Chefe da União no Estado do Pará, por meio no Ofício Nº 1050/GAB/AGU/PU/PA, de 17/03/2004, sobre as providências adotadas em relação à representação proposta pelo Juiz Federal Substituto da 7ª Vara da Seção Judiciária do Pará, quanto a Ação de Execução interposta pelo Banco da Amazônia S/A, a Procuradora Geral da UFPA encaminhou à Procuradoria da União, em 11/05/2004, o Ofício Nº PG-UFPA/116/2004, informando sobre a extinção do Processo Nº 2000.3047-1, sem julgamento do mérito, em razão da desistência da mencionada Ação apresentada pelo BASA, face ao cumprimento da obrigação pela UFPA.

Registramos, entretanto, que apesar das providências formais adotadas pelo Reitor foi constatado na presente auditoria que não existe um acompanhamento efetivo dos processos disciplinares e de sindicâncias instaurados na Entidade, havendo um total descontrole sobre o andamento dos mesmos, e que a Comissão Permanente de Processo Administrativo Disciplinar não está instalada, permanecendo inalterada a situação objeto de diversas determinações do TCU, conforme será abordado em ponto específico deste relatório. 4.1.1.3 INFORMAÇÃO:

Em nossos exames verificamos que os servidores ocupantes de cargos de direção e funções gratificadas, bem como os integrantes do rol de responsáveis, abrangidos pela Lei nº 8.730/93, apresentaram cópias de suas declarações de bens e rendas, estando as mesmas arquivadas no Setor de Pessoal da Entidade, conforme prescreve o § 1º do Art. 2º da Instrução Normativa/TCU nº 05/1994, de 10/03/1994. 4.1.2 ASSUNTO - ATUAÇÃO DAS UNIDADES DA SFC 4.1.2.1 CONSTATAÇÃO: Falta de atendimento das recomendações constantes no Relatório de Auditoria nº 116400/2003, referente à Prestação de Contas Anual do exercício de 2002.

O Relatório de Auditoria nº 116400/2003, referente a Prestação de Contas Anual da UFPA, exercício de 2002, foi encaminhado ao Magnífico Reitor para manifestação.

A Entidade manifestou-se sobre os pontos do relatório, encaminhando informações dos diversos setores envolvidos. Sobre as justificativas a CGU/PA expediu a Nota Técnica Nº 23/2003 contendo análise das razões apresentadas pela UFPA, ratificando, em sua maioria, os pontos ressalvados e as recomendações propostas no relatório.

Por meio de Solicitação Prévia, antes do início dos trabalhos da presente auditoria, foi solicitada novamente a manifestação da direção da UFPA sobre as providências adotadas em relação as ressalvas consignadas no citado relatório.

Em atendimento a Entidade encaminhou o Ofício Nº 037/2004-PROAD/UFPA, de 16/03/2004, o Ofício Nº 292/2004-DERCA, sem data, e o Ofício CRH Nº 317/04, 15/03/2004, contendo informações e documentos relativos aos pontos ressalvados, que passamos a comentar detalhadamente a seguir. Ressaltamos, contudo, que a UFPA não se manifestou sobre algumas ressalvas, conforme identificado nos respectivos itens, mantendo-se, para fins de apreciação, o posicionamento do citado relatório de auditoria e nota técnica.

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4.1.2.3 - Falta de tempestividade no atendimento da Decisão/TCU nº 152/2002 - Plenário. MANIFESTAÇÃO: A Entidade não se manifestou sobre o ponto. APRECIAÇÃO: Na referida decisão, prolatada em 06/03/2002, o TCU determinou que a UFPA instaurasse o devido processo administrativo disciplinar para apurar a responsabilidade dos envolvidos na celebração de um contrato com o Banco da Amazônia, objeto da Ação de Execução proposta pelo BASA contra a UFPA – Processo 2000.3047-1, que tramitou na 7ª Vara Federal da Seção Judiciária do Pará. Nos trabalhos de auditoria de avaliação da gestão do exercício de 2002 foi verificado que a UFPA somente instaurou o PAD em 09/07/2002 e que até o encerramento da auditoria, em maio de 2003, a Comissão ainda não havia concluído o relatório. Por ocasião da manifestação sobre os pontos consignados no Relatório de Auditoria o reitor informou que a Comissão havia concluído pelo arquivamento do processo. Analisando os autos a equipe constatou que o objeto do processo foi apurar a responsabilidade da docente Maria Lúcia da Silva Uchôa, então diretora do Núcleo de Artes da UFPA, nada apurando com a relação à servidora Ana Maria Souza dos Santos que assinou o contrato com o Banco da Amazônia e que teria sido a responsável pelo ato irregular. Dessa forma a equipe concluiu pelo não acatamento das justificativas apresentadas e pela manutenção da ressalva por considerar não atendida as recomendações do TCU, tendo em vista que não havia sido apurada a responsabilidade da servidora que firmou contrato com o BASA em nome da UFPA sem delegação de competência. Contudo, auditoria realizada pelo Egrégio Tribunal de Contas da União em cumprimento à mencionada Decisão 152/2002 – Plenário, analisou os processos disciplinares levados a efeito pela UFPA, tendo a equipe verificado a conclusão do processo 06375/02 e o encaminhamento do processo 015286/01 à Corregedoria-Geral da União. Reunidos em sessão plenária os Ministros do TCU expediram o Acórdão 1348/2003, determinando, entre outras providências, mais rigor por parte da Universidade de forma a não deixar a Entidade vulnerável a demandas judiciais, sem fazer restrições ao mérito das apurações. 4.1.3.1 - Falta de atendimento às recomendações constantes no Relatório de Auditoria nº 087941/2002, referente à Prestação de Contas Anual do exercício de 2001. 5.1.2.1 - Avaliação das atividades do POEMA – Sonegação de informações e documentos. MANIFESTAÇÃO: Em primeiro lugar, rejeitamos que da parte do POEMA e de seus parceiros, tenha havido “Sonegação de informações de documentos”. Como indica a palavra, SONEGAR significa ocultar, esconder com fraude, escamotear, sempre evidenciando o interesse de não agir com lisura. Em nenhum momento escondemos ou tentamos fraudar o trabalho dos Auditores. Ao contrário, tiveram os mesmos distintos encontros com representantes do POEMA, POEMAR, POEMACOOP e POEMATEC. . . . APRECIAÇÃO: O Coordenador do POEMA apresentou extensa manifestação, a qual não transcrevemos na íntegra em virtude da mesma já ter sido analisada na Nota Técnica Nº 23/2003. Em síntese, consigna, reiteradamente, que não houve em nenhum momento sonegação de informações. As justificativas apresentadas não foram acatadas em decorrência de ter sido comprovada a sonegação de informações relativas a execução de contratos e convênios. Na ocasião foi recomendado, no relatório, que a direção da Universidade determinasse ao coordenador do POEMA, Professor Thomas Mitschein que apresentasse cópias dos termos de

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contratos e convênios e demais acordos firmados pelo sistema POEMA, além de relatórios demonstrando o resultado alcançado nos últimos cinco anos. Em atendimento a recomendação o POEMA colocou à disposição da auditoria a documentação solicitada. 5.1.2.2 -- Irregularidades na execução de convênios pelo POEMA. MANIFESTAÇÃO: A manifestação do POEMA encontra-se registrada na Nota Técnica Nº 23/2003, motivo pelo qual deixamos de transcrevê-la. APRECIAÇÃO: Neste ponto foram relacionadas irregularidades verificadas na execução de dois convênios celebrados com a FINEP e dois convênios firmados diretamente POEMAR/UFPA. A equipe identificou indícios de montagem de processos, falta de acompanhamento e fiscalização por parte da UFPA e realização de despesas estranhas aos convênios. No relatório de auditoria foi recomendado que a direção da UFPA corrigisse as irregularidades detectadas e exercesse supervisão sobre os atos praticados pelo POEMA. Manifestando-se sobre o assunto o POEMA apresentou justificativas sobre cada item, tentando descaracterizar os aspectos levantados pela equipe de auditoria. As justificativas não foram acatadas tendo em vista que restou caracterizada a falta de acompanhamento dos convênios, restando evidenciada a falta de delimitação das ações de responsabilidade da Universidade Federal do Pará a cargo do Programa POEMA e as de responsabilidade da ONG POEMAR. Diante do exposto foi recomendado à UFPA, na Nota Técnica Nº 23/2003, a criação de mecanismos de supervisão e controle de forma a delimitar o campo de atuação da Universidade no desenvolvimento de projetos em parcerias com a ONG POEMAR. Na presente auditoria as ações do POEMA/POEMAR foram novamente objeto de exame, ficando evidenciado que a UFPA não adotou mecanismos de acompanhamento das ações da ONG, conforme relatado em itens deste relatório, que demonstram a participação da UFPA como co-executora em convênios firmados entre o POEMAR e o INCRA, nos quais foram identificados graves irregularidades. Recomendações mantidas. 5.1.2.3 - Contratação irregular de pessoal, sem assinatura de carteira e recolhimento de encargos sociais. MANIFESTAÇÃO: “ Cumpre-me informar que os funcionários das Unidades de Beneficiamento de produtos naturais da Escola Agrotécnica Federal de Castanhal foram contratados pela POEMACOOP (ver doc. Anexo), considerando que a cooperativa da EAFC ainda não assumiu o compromisso de gestão dessas duas Unidades.” APRECIAÇÃO: O coordenador do POEMA encaminhou cópia do livro registro de empregados comprovando a regularização da situação trabalhista dos empregados da POEMACOOP. Recomendações atendidas. 5.1.2.4 - Falta de recolhimentos de impostos e encargos sociais pelo POEMA. MANIFESTAÇÃO: “Estamos encaminhando os comprovantes de recolhimento de encargos sociais, conforme orientação da CGU-PA expressa na NT 23/2003, item 5.1.2.4. (ver doc. Anexo).”

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APRECIAÇÃO: O Coordenador do POEMA comprovou o recolhimento dos tributos. Recomendações atendidas. 6.1.1.1 - Falta de registro contábil das receitas próprias no SIAFI. MANIFESTAÇÃO: “Essa ocorrência deve-se ao fato que solicitamos à SPO/MEC crédito adicional (controle SIDOR nº 000733) no valor de R$ 1.242.295,00 em março de 2003 para possibilitar que fosse feita arrecadação de Receita Própria, através da Conta Única do Tesouro, entretanto fomos informados pelo Ofício nº 298/2003-SPO/GAB/MEC, de 05/05/03 (anexo), da impossibilidade do atendimento, motivo pelo qual alguns projetos foram executados com interveniência da Fundação de Amparo ao Desenvolvimento da Pesquisa (FADESP). Quanto à falta de registro no SIAFI da arrecadação no valor de R$ 734.803,87(23,17%) pertinente ao Limite Orçamentário de R$ 3.170.806,00 estabelecido para depósito na Conta Única do Tesouro, no exercício de 2003, o motivo foi a inadimplência por parte de alguns órgãos e entidades Contratantes. Para os Contratos de Receita Própria – Fonte 250, componentes do Plano de gestão Orçamentária (PGO) da Instituição para 2004, que excedem o valor do limite orçamentário de R$ 4.783.139,00 solicitaremos crédito suplementar, assim como para os Convênios assinados com a Eletronorte – Fonte 281, visto que não foi concedido limite orçamentário nessa fonte.” APRECIAÇÃO: Apesar das justificativas apresentadas pela UFPA a situação agravou-se no exercício de 2003, sendo tratada em ponto específico deste relatório. Recomendação não atendida. 6.1.1.2 - Sonegação de informações referentes à geração de receitas próprias da UFPA por meio da FADESP. MANIFESTAÇÃO: “A Pró-Reitoria de Administração, após ser cientificada pelos auditores da Controladoria Geral da União de que a Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa não lhes apresentara a relação completa de todas as contas, contratos e convênios, gerenciados por aquela Fundação, requisitou a esta última a apresentação aos auditores de toda documentação, bem como dos instrumentos, relativos a contas, contratos, convênios e outros acordos celebrados entre a FADESP e a Universidade, no que foi atendido, conforme consignado às fls. 14 do relatório de n° 116400, da Controladoria Geral da União no Pará.” APRECIAÇÃO: Não houve reincidência do fato, posto que, na presente auditoria, foram apresentadas todas as informações solicitadas pela CGU/PA relativas a geração de receita pela FADESP. Recomendação atendida. 6.1.2.2 - Descumprimento do Plano de Contas Único da União e da Lei Orçamentária Anual. MANIFESTAÇÃO: “Em que pese termos buscado implementar uma sistemática de alteração da modalidade de 90 para 50, no momento da transferência de recursos para a Fundação de Amparo ao Desenvolvimento da Pesquisa – FADESP, não logramos êxito devido a problemas operacionais os quais passamos a relatar. No exercício de 2003, tivemos dificuldades de honrar compromissos assumidos em 2002, inscritos em Restos a Pagar, em função da indisponibilidade de caixa do Tesouro Nacional que liberou apenas 50% dos recursos financeiros necessários para o pagamento total do RAP/2002. Dentre esses compromissos sem cobertura financeira, tínhamos como os mais importantes a reforma das salas de aula do Campus Básico e a readaptação dos pórticos das entradas que dão acesso ao Campus da UFPA para implantação de sistema de segurança. Essas obras estavam à época com o

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cronograma de execução bastante atrasado, em função da falta de pagamento, o que ocasionava sérios transtornos aos alunos que freqüentavam as aludidas salas de aula e à comunidade universitária em geral. Em função do encerramento do exercício de 2002, a fim de evitar a perda dos imprescindíveis recursos, foi empenhado em favor da FADESP, com crédito do orçamento de 2002, um montante a ser utilizado no custeio das referidas obras. Ocorre que, obtivemos a informação de que a Subsecretaria de Planejamento e Orçamento – SPO/MEC não mais disponibilizaria recursos financeiros para restos a pagar de 2002, levando a Administração Superior a autorizar o cancelamento do valor de R$200.000,00 (duzentos mil reais) de um dos empenhos emitidos em favor da FADESP, inscrito em restos a pagar, e reempenhá-lo com recursos do orçamento de 2003, na dotação de crédito de capital. Mas, como se tratava de uma transferência de recursos a uma instituição privada sem fins lucrativos, buscando atender a recomendação da CGU, solicitamos à SPO/MEC a mudança de modalidade de 90 para 50, conforme mensagem nº 2003/529018-SIAFI (UG:153063/GESTÃO:15230). Tal solicitação foi acatada por aquela secretaria, conforme Portaria nº 12-SPO/MEC de 09/09/2003. Utilizando-se da modalidade 50, recomendada pela CGU, procedemos e emissão do empenho e tentamos efetuar a apropriação da despesa no SIAFI, despesa essa que não foi processada devido ao fato do instrumento legal celebrado entre a UFPA e a Fundação ter sido um contrato, posto que a referida modalidade se presta apenas para transferências de recursos via convênio. Tendo em vista o impasse criado, por força das circunstâncias, solicitamos à SPO/MEC o retorno da modalidade para 90, conforme Ofício nº 241/2003, no que fomos atendidos através da Portaria nº 24-SPO/MEC de 01/12/2003, que nos permitiu repassar o recurso financeiro para a FADESP, e assim dar continuidade na execução dos nossos projetos. Cumpre, ainda, ressaltar que por força da Lei nº 8.958/94, o instrumento adequado para firmar um acordo de vontades com a Fundação de Apoio é o contrato, e não o convênio, impossibilitando-nos de utilizar a modalidade 50, que é a recomendada pela CGU/PA, conforme ANEXO 1.” APRECIAÇÃO: Houve reincidência da Entidade, conforme abordado em item específico deste relatório. Recomendações mantidas. 6.2.1.2 - Pagamento irregular a servidores públicos com recursos do Convênio nº 11/2001 - PROINFO. MANIFESTAÇÃO: A Entidade não apresentou informações sobre as providências adotadas para o atendimento das recomendações. APRECIAÇÃO: A irregularidade decorreu da constatação de pagamentos a servidores da Universidade com recursos do Convênio PROINFO, em afronta a vedação contida na IN/STN Nº 01/1997. Foi recomendado que a Auditoria Interna da UFPA procedesse o levantamento de todos os valores pagos indevidamente para devolução, mas a Entidade não se pronunciou sobre o cumprimento das recomendações. Recomendações mantidas. 7.1.2.1 - Movimentação irregular de recursos em contas correntes mantidas pela FADESP com o objetivo de atender aos setores internos da UFPA. MANIFESTAÇÃO: “Tendo em vista a necessidade de normalizar as atividades de prestação de serviços na Universidade Federal do Pará, realizadas em conjunto com a Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa - FADESP, e levando em conta a inexistência de crédito orçamentário para recolher à Conta Única do Tesouro Nacional os recursos financeiros gerados pelos serviços prestados, o Conselho Superior de Administração da Universidade, após ampla discussão com a comunidade acadêmica, editou a Resolução n° 1.132/2003, que dispõe sobre as atividades de prestação de serviços no âmbito desta IFES, e exige que tais atividades estejam

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pautadas num projeto a ser apoiado pela FADESP, a ser contratada na forma prevista nas Leis n° 8.666/93 e n° 8.958/94. Outrossim, informamos que foi solicitado aos responsáveis pelas antigas contas correntes o seu encerramento, para atendimento das disposições da Resolução acima mencionada, conforme ANEXO 2. Cumpre-nos, ainda, esclarecer que a liberação do crédito orçamentário para receitas próprias, somente é disponibilizado pela Secretaria de Orçamento e Finanças - SOF/MP, baseado em um histórico de arrecadação de anos anteriores. Ocorre que, no ano de 2003 houve um crescimento de apenas 11,24% em relação ao ano anterior, o qual aponta para uma média muita baixa, consubstanciando assim um indicador que impede a SOF de liberar, de imediato, o montante de crédito necessário para receber o volume de arrecadação movimentado pela FADESP, e que deveria entrar na Conta Única do Tesouro Nacional. Pelo exposto, fica claro que essa transição para a movimentação dos recursos, ora gerenciados pela FADESP, através da Conta Única do Tesouro Nacional, não poderá ocorrer a curto ou médio prazo.” APRECIAÇÃO: Em que pese às providências adotadas pela direção da Entidade no sentido de normatizar as atividades de prestação de serviços pela FADESP, foi constatado que durante todo o exercício de 2003 as 530 contas correntes permaneceram ativas, contrariando o disposto na Instrução Normativa/STN Nº 04/98. Recomendações mantidas. 7.1.3.1 - Falta de controle dos recursos financeiros da UFPA pela Administração Superior. MANIFESTAÇÃO: “Considerando a necessidade de haver um maior controle dos recursos oriundos da prestação de serviços na UFPA por parte da Administração Superior da UFPA e a temporária impossibilidade operacional de movimentar os recursos financeiros oriundos da prestação de serviços na Conta Única do Tesouro Nacional, devido a falta de crédito orçamentário para receber tais recursos, a Pró-Reitoria de Administração tomou as seguintes medidas”: I) Inicialmente investiu na conscientização dos Diretores e Coordenadores das Unidades Acadêmicas da Universidade acerca da necessidade de dar transparência às atividades de prestação de serviços no âmbito da UFPA, nos moldes preconizados pela Resolução 1.132 de 02 de Julho de 2003, acima mencionada. Em seguida, expediu o ofício circular n° 10/2003, estabelecendo um prazo para o encerramento das contas correntes mantidas pela FADESP, que não estivessem amparadas em um projeto a ser apoiado pela Fundação, cuja contratação dar-se-ia nos termos artigo 1° da Lei n° 8.958/1994 (VER ANEXO II). II) Mais adiante, a Pró-Reitoria de Administração, conjuntamente com a Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa desenvolveram um roteiro de elaboração de projetos a serem apoiados pela FADESP, para a utilização de recursos financeiros captados pela UFPA e aplicados pela Fundação de Apoio da UFPA nos novos projetos, conforme ANEXO 3. III) Em dezembro de 2003, o Magnífico Reitor baixou a Portaria nº 3.006/2003, determinando que os projetos a serem apoiados pela FADESP deverão apresentar as informações que amparem a contratação daquela pela UFPA e contemplar plano de trabalho e orçamento detalhado, por elemento de despesa, evidenciando os itens apoiados, além de estabelecer normas sobre as prestações de contas dos recursos utilizados nos projetos/contratos, conforme ANEXO 4. IV) As contas antigas de colegiados, departamentos e laboratórios foram encerradas, em cumprimento ao ofício circular 10/2003, acima mencionado e estão em fase de encaminhamento por parte de FADESP à Divisão de Prestação de Contas de Contratos e Convênios do Departamento Financeiro, Unidade criada no final de 2003, para análise das prestações de contas dos acordos firmados pela Universidade Federal do Pará. V) Os novos contratos, celebrados no início do corrente ano e apoiados pela FADESP, com abrigo nas Leis n° 8.666/93 e 8.958/94, na resolução 1132/2003 e na Portaria n° 3.006/2003, por abarcarem uma maior parcela da comunidade universitária, posto que as Unidades tiveram que consolidar num único projeto as necessidades e ações de suas várias subunidades, propiciou uma considerável redução das contas correntes e um maior controle pela Administração Superior, estando a Pró-Reitoria de Administração, atualmente, responsável pela fiscalização dos novos contratos, já dispondo, inclusive, de um controle “on line” da execução dos projetos apoiados pela FADESP.”

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APRECIAÇÃO: Observa-se que as medidas adotadas pela direção da UFPA somente terão reflexo no exercício de 2004, portanto para o exercício sob exame, 2003, consideramos que a administração dos recursos financeiros da UFPA permaneceu descentralizada, sem ingerência da Administração Superior no controle execução financeira feita pela FADESP. Ademais, a efetiva implementação das providências somente poderá ser confirmada por ocasião de nova auditoria. Recomendações mantidas. 8.1.1.1 - Discordância entre o Inventário de Bens Imóveis e os valores registrados no SIAFI na conta 1.4.2.1.1.00.00 (Bens Imóveis). MANIFESTAÇÃO: “De modo a sanar o problema apontado, foi realizada a reavaliação dos imóveis. Posteriormente, após solicitar e receber instruções da Secretaria de Patrimônio da União quanto aos procedimentos a serem utilizados para regularização da discordância existente, o Departamento de Recursos Materiais da Universidade está fazendo o devido registro no Sistema de Gerenciamento dos Imóveis de Uso Especial da União – SPIUNET, cujos trabalhos se encontram em fase de conclusão, devendo em breve ser apresentados aos membros da Controladoria-Geral da União no Pará o resultado final desses trabalhos.” APRECIAÇÃO: O resultado do trabalho de reavaliação dos imóveis e o respectivo registro no Sistema de Gerenciamento dos Imóveis de Uso Especial da União – SPIUNET foi apresentado à equipe de auditoria, sendo confirmado que os registros do SIAFI estão compatíveis com os valores do inventário de bens imóveis. Recomendações atendidas. 8.1.2.1 - Discordância entre o Inventário de Bens Móveis e os valores registrados no SIAFI na conta 1.4.2.1.2.00.00 (Bens Móveis). MANIFESTAÇÃO: “Em ação conjunta do Departamento Financeiro da Universidade e Departamento de Recursos Materiais, foram identificadas as divergências entre o Sistema de Controle de Material da UFPA e o SIAFI, as quais foram corrigidas, estando ambos os sistemas desde 28/02/04, devidamente em conformidade, conforme ANEXO 5.” APRECIAÇÃO: Confrontando os registros do SIAFI com os dados do inventário de bens móveis referentes a 31/12/2003, verificamos que não foram adotadas providências para regularização da conta durante todo o exercício de 2004, fato consumado somente em fevereiro de 2004, configurando demora no atendimento da recomendação. Recomendações atendidas. 8.1.2.2 - Providências intempestivas na apuração do desaparecimento de bens. MANIFESTAÇÃO: A Entidade não se manifestou sobre o ponto. APRECIAÇÃO: Há informação no relatório da auditoria de gestão de 2002 de que foi solicitada a instauração de sindicância para apuração do fato, contudo não nos foi fornecida a fase atual do processo. Aliás, as informações referentes aos processos administrativos/sindicâncias são deficitárias em virtude da falta de controle por parte da UFPA.

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Recomendações mantidas. 8.2.1.1 - Falta de pagamento de aluguel do imóvel ocupado pela FADESP. MANIFESTAÇÃO: “As providências adotadas para atendimento das recomendações constantes do relatório de auditoria n° 116400 e Nota Técnica n° 23/2003, recebida em 22 de janeiro de 2004, por esta Pro-Reitoria de Administração, por intermédio da Auditoria Interna da Universidade, foram as seguintes: I) Solicitação, em 10/02/2004, do processo n° 022540/2002, que trata dos pagamentos em atraso dos aluguéis do prédio utilizado pela FADESP, o qual se encontrava na Prefeitura do Campus da Universidade, para classificação do tipo de benfeitoria efetuada no imóvel, em diligência solicitada no parecer n° 605/2003-CO/PG da Procuradoria Geral. II) Encaminhamento do memorando n° 033/2004-PROAD/UFPA à Coordenação de Auditoria Interna da Universidade, datado de 12/02/2004, solicitando, com a máxima brevidade possível, a revisão da planilha contendo o débito da FADESP, para efetuarmos a cobrança dos valores em atraso junto àquela fundação, conforme ANEXO 6. No ensejo, acostamos planilha demonstrativa da regularidade dos pagamentos relativos ao exercício de 2003, e o contrato ora em vigência com aquela fundação, cuja execução vem sendo fiscalizada pela Coordenadoria de Contratos e Convênios da UFPA, conforme ANEXO 7.” APRECIAÇÃO: No relatório de auditoria do exercício de 2002 a equipe foi contundente quanto a falta de efetividade na cobrança, por parte da UFPA, dos aluguéis em atraso da FADESP, registrando a morosidade das ações tendo em vista que a mora remonta a março de 2001. Mais uma vez está demonstrada a demora excessiva na cobrança da dívida, tendo em vista que desde a recomendação do citado relatório de auditoria ainda não houve o pagamento por parte da FADESP. Recomendações mantidas. 8.3.1.1 - Recebimento de veículos com características originais alteradas. MANIFESTAÇÃO: “O caráter motivacional da prorrogação do prazo de entrega dos veículos pela empresa vencedora do certame licitatório na modalidade Pregão, sob nº 007/2002 – cujo menor preço apresentado foi pela firma Nossaterra Ltda, deveu-se ao fato dos veículos faturados por essa firma, não estarem em conformidade com as especificações contidas no instrumento convocatório do referido certame, ensejando a recusa do bem por parte da UFPA. O licitante justificou-se perante esta Instituição, esclarecendo que, equivocadamente, o veículo foi faturado na cor preta, sendo solicitado dilação de prazo de entrega para sua devida regularização. Sendo a empresa representante autorizada da Volkswagen no Estado do Pará, estava a mesma habilitada para proceder à descaracterização, em conformidade com as normas vigentes. Nesse sentido, a UFPA considerou os danos que poderiam advir do não recebimento do bem, levando em conta que o momento era de encerramento do exercício financeiro. Pelo que, avaliou a relação custo / benefício na recusa do bem e na conseqüente revogação do certame, dentro das prerrogativas relativas ao poder discricionário de Administração (oportunidade e conveniência). Avocando, assim, tais prerrogativas e os princípios administrativos, em especial o da economicidade, posto que se recusasse o bem deveria a Instituição iniciar um novo procedimento licitatório, com grande possibilidade de perda do recurso destinado aquela despesa e, valendo-se de juízo de razoabilidade, houve o equacionamento do problema, assegurando a não ocorrência de danos ao erário público, sem ferir o interesse coletivo. Com efeito, a Universidade notificou a empresa para que providenciasse a descaracterização do veículo em conformidade com a lei, dilatando o prazo original de entrega, desde que a licitante disponibilizasse o mesmo número de veículos para a Instituição, a fim de que não houvesse solução de continuidade de seus serviços de transporte.

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A recomendação foi, de pronto, atendida pela licitante, que, obedecido o prazo estabelecido, efetivou a entrega dos bens, cuja a documentação do veículo fazemos anexar, sendo o mesmo identificado pela cor: branca, conforme ANEXO 8. Por oportuno informamos que os veículos encontram-se hoje em pleno funcionamento e atendem eficazmente as necessidades desta Instituição.” APRECIAÇÃO: No relatório de auditoria do exercício de 2002, foi recomendada a instauração de procedimento administrativo para aplicação de sanção ao fornecedor, nos termos do Art. 87 da Lei Nº 8.666/93, em virtude do descumprimento de obrigação estabelecida no contrato entre as partes. A UFPA na manifestação supra não há informações sobre a abertura do aludido procedimento. Recomendações mantidas. 8.3.2.1 - Utilização de posto de combustível em estado precário oferecendo riscos aos usuários. MANIFESTAÇÃO: A Instituição não se manifestou sobre a ressalva. APRECIAÇÃO: O fato foi objeto de ressalva nos relatórios de auditoria dos exercícios de 2001 e 2002, em virtude de dos riscos decorrentes do estado precário do posto de combustível localizado no setor de transporte e utilizado para abastecimento dos veículos da Entidade. Em 21/02/2002, a Secretaria Executiva de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente-SECTAM emitiu Parecer Técnico concluindo pelo risco de acidentes ambientais e até humanos, e por considerar tecnicamente desaconselhável o funcionamento do posto na situação em que se encontrava. A Prefeitura do Campus, setor responsável pelo funcionamento do posto de combustível, manifestou-se contrária ao laudo expedido pela SECTAM, afirmando que o posto de gasolina não oferecia riscos aos usuários e ao meio ambiente. Posteriormente o Prefeito do Campus apresentou cópia de ofício com data de 16/07/2003, no qual solicita à SECTAM, com urgência, vistoria e expedição de laudo técnico conclusivo sobre o posto. Na presente auditoria, instada a manifestar-se sobre o fato, por meio da Solicitação Prévia de Auditoria, A UFPA omitiu-se sobre o assunto, ficando a equipe impossibilitada de informar sobre o andamento das providências. Sabe-se, contudo, que o posto continua em funcionamento e sendo utilizado para abastecimento dos veículos da Instituição, mantendo-se inalterada a situação. Recomendações mantidas. 9.1.3.1 - Afastamento irregular de professores. MANIFESTAÇÃO: • André Luiz Amarante Mesquita

O professor retornou às suas atividades docentes junto ao Departamento de Engenharia Mecânica após o término de sua licença para capacitação, ocorrida no período de 01.04 a 01.07.2003.

• Davi Monteiro Diniz O docente encontra-se atualmente prestando colaboração técnica na Faculdade de Direito da Universidade de Brasília, nos termos do artigo 47, item II do Decreto 94.664/87, conforme portaria n° 273/04. As informações sobre aos afastamentos dos demais professores constantes do item 9.1.3.1 encontram-se em lista anexa.

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APRECIAÇÃO: As informações prestadas pela Entidade, por meio da Coordenação de Recursos Humanos, não trazem justificativas para os diversos casos elencados no Relatório de Auditoria de 2002, não demonstrando o atendimento das recomendações propostas no citado Relatório e na Nota Técnica Nº 23/2003. Além da situação irregular dos servidores André Luiz Amarante Mesquita e David Monteiro Diniz, foram listados mais 49 casos de afastamentos considerados irregulares, que foram levantados junto aos departamentos dos cursos, tendo em vista que não havia registro dos afastamentos no SIAPE e em Portarias, embora os servidores estivessem efetivamente afastados de suas atividades, somente com o aval dos chefes de departamento. Desses, alguns casos de aposentadoria, licença-médica, licença-prêmio, licença para tratar de interesses particulares, mas a grande maioria referia-se a afastamentos para pós-graduação. Todos sem prévia Portaria de autorização. Naquela ocasião a Coordenação de Recursos Humanos apresentou dados sobre o afastamento de 15 servidores, informando as respectivas Portarias autorizativas, sem tecer comentários sobre a irregularidade dos afastamentos, tendo em vista que as situações foram regularizadas após o questionamento da equipe de auditoria. Agora, novamente não são apresentadas justificativas, havendo somente informações sobre o afastamento dos dois professores suso mencionados e uma planilha demonstrando a situação atual de outros 35 docentes, conforme abaixo:

CENTRO NOME PROCESSO PERÍODO DE

AFASTAMENTO PORTARIA DE AUTORIZAÇÃO

Armando Zurita Leão Regular 01.03.2002 a 20.08.2003

Port. 2334/2003

Calilo Jorge Kzan Neto 02335/99 (falta a assinatura do Termo de Compromisso para emissão de portaria de afastamento)

- -

Carlos Alberto Guedes Ferro e Silva

Aposentado - -

David Monteiro Diniz Regular 18.08.2003 a 17.08.2004

Port. 0273/2004

Gisele Santos Fernandes Góes 008553/2003 (pedido de afastamento tramitando – CCJ)

- -

Maria da Graça Bittencourt Campagnolo

Regular 19.12.2002 a 18.11.2003

Port. 1966/2002

Maria do Socorro Almeida Flores

011386/2003 (pedido de afastamento tramitando – ccj)

Mounsif Said Regular Nunca esteve afastado

CCJ

Paulo Sérgio Weyl Albuquerque Costa

Regular (cedido)

- Port. 3150/2003

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Denise Lobato Gentil Regular Lotação provisória na UFRJ

- Port. 798/1996

José Raimundo Barreto Trindade

Regular 01.05.2002 a 30.04.2005

Port. 0771/2002

José Roberto da Silva Fonseca (afastamento p/ função legislativa)

Maria Amélia Rodrigues da Silva

Regular 01.04.2003 a 30.03.2006

Port. 1846/2003

CSE

Sandra Maria Fonseca Silva Regular 20.05..2002 a 20.05.2004

Port. 1566/2003

Ana Lúcia Carlos Reis da Silva

Regular 01.02.2003 a 31.01.2006

Port. 2855/2003

Cristiane Maria Leal Costa Regular 01.03.2000 a 28.02.2003

Port. 0953/2000

Geraldo Mendes de Araújo Regular 01.03.2003 e 28.02.2004

Port. 2672/2003

Marinalva Cardoso Maciel Regular 01.03.2003 e 28.02.2006

Port. 2775/2003

CCEN

Rubens Silva Regular 02.03.2003 a 01.03.2004

Port. 1997/2003

Adalberto da Cruz Lima Regular 01.04.2003 a 30.03.2006

Port. 2027/2003

Ana Lea Nassar Matos Nada Consta - - Elna Maria Andersen Trindade

Nada Consta - -

Eurípedes Pinheiro dos Santos

Regular 01.04.2003 a 30.03.2004

Port. 1527/2003

CT

Otávio Augusto Chaves Aposentado - -

Carlos Alexandre Leão Bordalo

Regular 20.02.2002 a 31.012005

Port. 0633/2004

Deborah de Magalhães Lima Regular - Port. 3457/2002 Edila Arnaud Ferreira Moura Regular 01.03.2003 a

28.02.2006 Port. 2307/2003

Hecilda Mary Ferreira Veiga 018299/2003 (processo de afastamento tramitando – CPPD)

01.02.2003 a 31.12.2003

Port. 2933/2003

Hilma Tereza Torres Koury Carvalho

Regular 01.03.2003 a 01.09.2003

Port. 2336/2003

Maria Angélica Alberto do Espírito Santos

Regular 01.03.2003 a 20.08.2004

Port. 2644/2003

Maria Luzia Miranda Alves Regular 01.02.2003 a 31.12.2003

Port. 2790/2003

Nirvia Ravena Regular 01.02.2003 a 31.12.2003

Port. 3041/2003

Osvaldo Rosa Valente 018297/2003 (processo de afastamento tramitando – CPPD)

- -

Sandra Bernadete da Silva Moreira

Regular 02.11.2002 a 01.11.2005

Port. 3087/2002

CFCH

Zuleide Pamplona Ximenes Ponte

018298/2003 (processo de afastamento tramitando – CFCH)

- -

O quadro acima demonstra que os afastamentos ocorrem antes da regular autorização por parte da autoridade competente, permitindo assim que o docente fique afastado de suas atividades além do limite permitido na legislação, pois a Instituição começa a contar o prazo a partir da publicação da Portaria, quando na realidade o professor já está afastado há longo período. Destacamos que não foram prestadas informações sobre o afastamento irregular dos seguintes professores: Larissa Steiner Chermont e Odete Cardoso de Oliveira Santos.

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Conforme ficou fartamente demonstrado na auditoria do exercício de 2002 e confirmado no presente trabalho, o problema reside na total falta de controle sobre os afastamentos dos docentes, situação que ainda permanece, pois a UFPA não apresentou solução para as ocorrências, ainda existindo casos de servidores afastados sem a existência de um processo regular. Diante do exposto, consideramos não atendidas as recomendações da CGU/PA, reiterando a necessidade de apuração e correção das irregularidades constatadas nos afastamentos de professores. Recomendações mantidas. 9.1.4.1 - Cessão irregular de servidores. MANIFESTAÇÃO: • Alberto Cardoso Arruda

O servidor encontra-se cedido ao Centro Federal da Educação Tecnológica do Pará, para exercer o cargo de Diretor Geral Pró-Tempore (CD-2)

• Egydio Machado Sales Filho • Izabela Jatene de Souza • João Luiz Lima de Freitas • Jorge koury Bechara O processo n° 24167/03, referente à cessão do servidor ao Governo do Estado do Pará foi encaminhado à Coordenação Geral de Gestão de Pessoas do MEC, para análise e efetivação. • Luiz Paulo Leal da Gama Malcher • Marcelo Lima Barreto O processo n° 24167/03, referente à cessão do servidor ao Governo do Estado do Pará foi encaminhado à Coordenação Geral de Gestão de Pessoas do MEC, para análise e efetivação. • Maurício César Bezerra • Paulo Fernando Machado • Tadeu Oliver Gonçalves O professor retornou à suas atividades docentes na UFPA em 01.08.2003, conforme processo n° 16090/03.

Esclarecemos que esta Universidade tem reiterado ofícios ao Governo do Estado e à Prefeitura Municipal de Belém no sentido de regularizar a cessão de servidores, objetivando o cumprimento do disposto no Ofício circular n° 32/SRH/MP, de 29.12.2000, que regulamenta os processos de cessão de servidores dos órgãos e entidades da Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional para exercício de cargo em comissão ou função de confiança em outro poder da União, de Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, nos termos do inciso II do artigo 3° do Decreto n° 4050, de 12.12.2001. Anexamos ao presente cópias dos referidos ofícios, bem como os processos dos servidores cedidos a outros órgãos. Com relação aos demais servidores relacionados, encaminhamos os processos de cessão à análise dessa Auditoria. APRECIAÇÃO: A irregularidade tratada neste ponto refere-se às cessões formalizadas em desacordo com a legislação em vigor, tanto com relação a autoridade competente para autorizar a cessão quanto com relação ao prazo permitido. As informações foram prestadas pela Coordenação de Recursos Humanos da UFPA, que não forneceu informações a respeito de todos os casos indicados no Relatório de Auditoria do Exercício de 2002, demonstrando que as cessões dos servidores Egydio

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Machado Sales Filho, Izabela Jatene de Souza, João Luiz Lima de Freitas, Luiz Paulo Leal da Gama Malcher, Maurício César Bezerra e Paulo Fernando Machado não foram regularizadas. Os ofícios encaminhados aos órgãos cessionários não são suficientes para solucionar o problema. A UFPA na condição de órgão cedente deve determinar o retorno dos servidores em situação irregular, em virtude da ilegalidade das referidas cessões, sob pena do gestor vir a ser responsabilizado pela manutenção das cessões autorizadas por autoridade incompetente, contrariando o inciso II do art. 3º da Lei Nº 8.112/90 e com prazo expirado, em desacordo com o art. 2º do Decreto Nº 4.050/2001. Recomendações mantidas. 9.1.4.2 - Falta de reembolso referente aos servidores cedidos à Prefeitura Municipal de Belém. MANIFESTAÇÃO: A UFPA não se manifestou sobre o ponto de auditoria. APRECIAÇÃO: De acordo com os registros do Relatório de Auditoria referente ao exercício de 2002 a Prefeitura Municipal de Belém não estava cumprindo o Termo de Compromisso no qual comprometia-se em ressarcir a UFPA através da prestação de serviços. Na ocasião foi recomendada a adoção de providências por parte da Entidade objetivando garantir o pagamento por parte da PMB ou o retorno dos servidores à Universidade. Em que pese a UFPA não ter apresentado informações sobre as providências adotadas, durante os trabalhos de campo a equipe verificou que a Prefeitura de Belém estava executando o asfaltamento das vias do campus básico, mas não foi possível obter informações a respeito do valor dos serviços para fins de abatimento da dívida relativa a falta de reembolso. Examinando os registros no SIAFI constatamos que o saldo da conta “CRÉDITOS A RECEBER POR CESSÃO DE PESSOAL” –11219.07.00- em 31/12/2003 foi de R$ 3.030.314,45, sendo feitos lançamentos a crédito no valor de R$ 1.164.586,84 referente a baixa e débitos de R$ 298.651,16 referente ao valor dos salários dos servidores cedidos contabilizados em 2003. Contudo, verificamos que a dívida permanece bastante elevada e que o ritmo dos pagamentos efetuados pela PMB não tem sido adequados para a regularização da pendência. Recomendações mantidas. 9.1.5.1 - Contratação indireta de pessoal por meio da Fundação de Apoio. MANIFESTAÇÃO: A Entidade não se manifestou sobre a constatação. APRECIAÇÃO: Por ocasião da auditoria de gestão do exercício de 2002, foi constatada que a UFPA estava realizando contratação indireta de pessoal por intermédio de sua Fundação de Apoio – FADESP. A ocorrência foi observada especialmente nas contratações de funcionários para os hospitais universitários João de Barros Barreto e Betina Ferro de Souza. A prática foi considerada irregular por afrontar o princípio do concurso público contido no inciso II do artigo 37 da Constituição Federal. Em sua justificativa o reitor informou que os hospitais passavam por uma grave crise e que para garantir as atividades de ensino e extensão a Universidade se viu obrigada a contratar profissionais para o exercício de atividades nos dois hospitais. Informou, ainda, que estava promovendo gestões junto aos Ministérios da Educação e do Planejamento para obter autorização para a realizar concursos públicos, fato que se concretizou com a realização do concurso público para a contratação de pessoal técnico administrativo para os hospitais universitários. As providências adotadas pelo gestor foram acatadas pela equipe de auditoria.

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Contudo, conforme relatado em ponto específico deste relatório, a prática de contratação indireta permanece, visto que a Entidade manteve a contratação indireta de pessoal através da FADESP, contratando pessoal para o desempenho de atividades que não podem ser consideradas essenciais, como é o caso do pessoal contratado para a assessoria de impressa. Recomendações mantidas. 9.2.1.1 - Manutenção do pagamento de professor substituto por 3 (três) meses após seu afastamento, sem ressarcimento posterior. MANIFESTAÇÃO: • Priscila Neiva Noleto Nobre

Em processo n° 007840/2002-26 a interessada ressarciu a UFPA o valor de R$1.647,17. APRECIAÇÃO: Recomendação atendida. 9.2.1.2 - Pagamento indevido das vantagens do Art. 184, Inciso II da Lei nº 1.711/52 e do Art. 192, Inciso I da Lei nº 8.112/90 a servidores aposentados com proventos proporcionais. MANIFESTAÇÃO: • Antonio Euclides de Carvalho

Aposentado compulsoriamente com 27/30 avos e percebendo indevidamente a vantagem do artigo 184. Esclarecemos que detectado o erro, houve a supressão da referida vantagem de seus proventos em agosto de 2003 e não em abril de 2003 como fora anteriormente informado.

• Luiz Carlos Nogueira de Freitas O servidor foi aposentado com tempo de serviço integral, porém, em sua portaria de aposentadoria, assim como no registro da informação no SIAPE, constou, por lapso, como proporcional a 33/35 avos. Em abril de 2001, depois de percebido o erro, houve a retificação da citada portaria, embora não tenha havido a conseqüente alteração da fundamentação legal no SIAPE. Esclarecemos que, embora tenha sido confirmado por esta CRH na resposta ao Relatório de Auditoria n° 116400 a retificação da ocorrência, verificamos, em consulta ao SIAPE que tal não aconteceu. Dessa forma, estamos alterando, neste mês, o registro no Sistema.

• José Ângelo Filho Servidor aposentado com proventos proporcionais. As vantagens do artigo 192 foram suprimidas de seus proventos no mês de agosto de 2003 e não em abril de 2003 como fora anteriormente informado. Quanto à recomendação de apuração em sindicância dos lançamentos efetuados pelo servidor Eudes

Jaques Rodrigues, deixamos de fazê-lo por considerarmos que não houve má fé do servidor, e sim, um erro por ocasião do cadastramento das aposentadorias. APRECIAÇÃO: Constatamos que a Entidade adotou as providências necessárias para regularizar a situação dos três servidores em foco. Contudo, não acatamos a decisão de não apurar os atos relacionados com a ocorrência, conforme recomendado no relatório de auditoria, e o julgamento antecipado de que não houve má fé e sim erro do servidor, visto que o administrador está vinculado à obrigação prevista no Art. 143, da Lei Nº 8.112/90, in verbis: “Art. 143 . A autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço público é obrigada a promover a sua apuração imediata, mediante sindicância ou processo administrativo disciplinar, assegurada ao acusado ampla defesa.”

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Assim, considerando a irregularidade apontada e os indícios de participação de servidor Eudes Jaques Rodrigues, tendo em vista que as foram incluídas em datas posteriores à concessão da aposentadoria, mantemos as recomendações propostas. Recomendações mantidas. 9.2.2.1 - Concessão indevida da vantagem do Art. 184, Inciso II, da Lei nº 1.711/52 a servidores posicionados em classe intermediária. MANIFESTAÇÃO: • As informações encontram-se em lista anexa. Entretanto, esclarecemos que a partir de 01.04.87, em

função do novo Plano de Classificação e Retribuição de Cargos e Empregos das Instituições Federais de Ensino, a classificação das categorias funcionais passou a ser feita em Grupos, Subgrupos e níveis, desaparecendo, assim o sistema de classes, daí porque no enquadramento no artigo 184, II levou-se em consideração o tempo de serviço conforme previa a Lei 1.711/52 e Lei n° 6.701 de 24.10.79. Esse entendimento foi inclusive corroborado pela Procuradoria Geral da UFPA em parecer n° 149/I/90-PG em processo n° 6.313/90-80. Com relação aos demais servidores, aposentados por invalidez, que não integralizaram o tempo de serviço, informamos que embora tenha havido erro por ocasião do registro dos dados, as vantagens não foram retiradas tendo em virtude da existência de mandados de segurança interpostos pelos interessados.

APRECIAÇÃO: A lista mencionada na informação supra contém a relação de todos os servidores que incorporaram a vantagem do Art. 184, II e os respectivos valores, sem alusão a alterações por parte da Coordenação de Recursos Humanos. No relatório de auditoria do exercício de 2002 foi recomendado que a UFPA revisasse os processos de aposentadoria e pensão dos beneficiários da referida vantagem e fizesse a classificação correta, retirando a rubrica indevida e classificando os servidores nas classes corretas, entretanto, nada foi feito nesse sentido e tampouco foram apresentadas justificativas para a falta de atendimento da recomendação da CGU/PA. A UFPA, por intermédio da Coordenação de Recursos Humanos, deve adotar providências imediatas para revisão da referida vantagem em cumprimento à recomendação da Controladoria e visando resgatar a legalidade da concessão de vantagens a servidores públicos. Recomendações mantidas. 9.2.2.2 - Pagamento da GED indevido a docentes que não foram avaliados pela Comissão Institucional de Avaliação Docente - CIAD/UFPA em 2002. MANIFESTAÇÃO: Comissão Institucional de Avaliação Docente – CIAD/UFPA em 2002.

• Com a finalidade dar cumprimento às recomendações de Auditoria, e para não prejudicar servidores em decorrência de possíveis erros cometidos por ocasião do registro das informações relativas à pontuação Gratificação de Estímulo à Docência, esta CRH encaminhou ofícios à CIAD solicitando informações sobre a pontuação da GED de todos os professores relacionados no Relatório de Auditoria, vez que tal informação é de responsabilidade da referida Comissão, bem como encaminhou notificação aos docentes quanto a recomendação da suspensão e devolução de valores recebidos a título de Gratificação de Estímulo à Docência – GED. Dessa forma, a situação dos docentes ficou assim constituída:

• Hector Saul Morel Puerto De acordo com informações prestadas em processo n° 22246/2003, a CIAD não dispõe de informações sobre as atividades e carga horária do professor, pelo que não pode atribuir pontuação nos períodos letivos referidos. Assim, o processo foi encaminhado, em 12 de março de 2004 à Divisão de Pagamento desta CRH para levantar os valores percebidos indevidamente e proceder ao respectivo ressarcimento, os quais já foram registrados no SIAPE.

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• Olímpio Ribeiro de Andrade Filho Em processo n° 22952/03 esta CRH solicitou informações sobre a pontuação do docente durante os anos 2000, 2001 e 2002, tendo recebido como resposta, pelo memorando n° 015/04 de 26.03.04 que o mesmo não obteve pontuação nos anos referidos. Esclarecemos que o professor faleceu em 14.03.04. • José Maria Barreto de Jesus O professor não obteve pontuação nos anos de 2001 e 2002 e encontra-se devolvendo os valores percebidos indevidamente a título de Gratificação de Estímulo à Docência, conforme consta em processo n° 22252/03.

• Flávio Augusto Sidrim Nassar Esta CRH notificou o docente através do processo n° 22251/2003, o qual foi posteriormente encaminhado à manifestação da CIAD, que, em memorando n° 015/04 de 26.03.04, informou que o mesmo obteve 84 pontos nos anos de 2000, 2001 e 2002. • Maria Cecília Filgueiras Lima Gabriele Em processo n° 22254/03 a CIAD avaliou os relatórios apresentados pela docente atribuindo-lhe as seguintes pontuações: ano de 2001: 35 pontos, ano de 2002: 98 pontos, ano de 2003: 140 pontos. A mesma estará devolvendo o percebido indevidamente a partir do mês de março/2004. • Laura Maria Silva Araújo Alves De acordo com informações da CIAD em processo n° 22412/2003, a docente faz jus a 140 pontos de GED durante os períodos de 2000, 2001 e 2002. • Maria Ludetana Araújo Conforme informações prestadas pela CIAD a professora faz jus a 140 pontos de GED durante os períodos de 2001 e 2002. • Manoel Pedro Oeiras Diniz O servidor foi notificado em processo 22248/03. Além disso, esta CRH solicitou à CIAD em processo n° 165245/03 , informações sobre a pontuação da GED atribuída ao servidor nos anos de 2000, 2001 e 2002. O processo retornou no dia 22.03.04 a esta CRH, com a ciência do servidor, que estará devolvendo, no próximo mês, os valores percebidos indevidamente. • Franklin Augusto R de Albuquerque O docente foi notificado em processo n° 22354/03. Posteriormente o processo foi encaminhado à CIAD, que, em memorando n° 015/04 de 26.03.04, informou que o mesmo não obteve pontuação de GED nos anos de 2000, 2001 e 2002. • Antônio Sérgio Braga da Silva A situação do docente encontra-se regularizada, de acordo com informações prestadas pela CIAD, que atribuiu ao servidor 124 pontos no ano de 2000, 121 em 2001 e 70 pontos no ano de 2002. • Maria da Conceição Nascimento Pinheiro De acordo com relatório encaminhado pela CIAD, a situação da docente encontra-se regularizada, tendo obtido 140 pontos de GED nos anos 2000, 138 pontos em 2001, e 140 no ano de 2002.

• Aloísio Augusto Lopes Chaves O processo n° 22249/03 solicitando informações sobre a pontuação atribuída ao docente nos anos de 2001 e 2002 foi encaminhado à CIAD, que, em memorando n° 015/04, esclareceu que o mesmo não obteve pontuação nos anos referidos. • Lídia Alves de Oliveira Em processo n° 785/2004, anexo ao 22247/203, foi atribuído pela CIAD o total de 120 pontos à interessada. A mesma estará devolvendo, a partir de março de 2004, o que percebeu indevidamente durante o exercício de 2001. • Wilson Araújo da Silva Júnior Em processo n° 22260/03 encaminhado à CIAD foram solicitadas informações sobre a pontuação da GED atribuída ao docente. De acordo com informações prestadas por aquela Comissão em memorando n° 015/04 o interessado não possui pontuação nos anos de 2001 e 2002. Assim, estaremos efetuando os ajustes para o próximo mês.

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APRECIAÇÃO: A situação em foco não ficou totalmente esclarecida, visto que o pagamento indevido da GED no exercício de 2002 a professores que não haviam sido avaliados foi registrada no próprio relatório da GED 2001, fato que se repetiu no Relatório de Pontuação da GED 2002, para pagamento em 2003. Assim, algumas situações foram consideradas regulares, mas não houve apresentação de justificativas para a mudança das informações constantes nos aludidos relatórios de GED, como é o caso dos professores Laura Maria Silva Araújo Alves, Maria Ludetana Araújo, Antônio Sérgio Braga da Silva e Maria da Conceição Nascimento Pinheiro, cuja atribuição de pontuação precisa ser justificada. Com relação aos casos onde foi comprovada a irregularidade no pagamento, a CRH adotou providências para devolução dos valores recebidos indevidamente. Contudo, é flagrante a morosidade com que a UFPA atende às diligências e recomendações da Controladoria da União, uma vez que as constatações foram levadas ao conhecimento da Entidade em junho de 2003, entretanto, somente a partir de janeiro de 2004 é que começaram a ser implementadas as recomendações propostas. Registramos que em consulta a ficha financeira não confirmamos o desconto dos valores do servidor Manoel Pedro Oeiras Diniz. Nos casos dos professores Olímpio Ribeiro de Andrade Filho, Flávio Augusto Sidrim Nassar, Franklin Augusto R de Albuquerque, Aluísio Augusto Lopes Chaves e Laura Maria Silva Araújo Alves, não há informação sobre o ressarcimento dos valores recebidos indevidamente, providência que deve ser adotada pela Entidade imediatamente. Recomendações mantidas. 9.2.3.1 - Concessão de adicional de insalubridade sem atualização do laudo. MANIFESTAÇÃO: • A Comissão de Higiene e Segurança do Trabalho, criada pela portaria n° 500/04 que revogou a de n°

2527/03 sobre o mesmo assunto, está vistoriando as unidades da UFPA a fim de verificar se houve alteração nos ambientes de trabalho após a emissão do último laudo de insalubridade e de emitir novos laudos para o ano de 2004.

APRECIAÇÃO: A irregularidade ainda não foi corrigida, mesmo tendo sido detectada desde a auditoria de acompanhamento realizada no exercício de 2002, demonstrando mais uma vez negligência da Entidade no atendimento das recomendações da Controladoria e morosidade na implementação das ações que visam corrigir irregularidades. Recomendações mantidas. 9.2.3.2 - Pagamento dos adicionais de insalubridade e periculosidade aos servidores afastados para curso de formação. MANIFESTAÇÃO: A Entidade não se manifestou sobre o atendimento da recomendação. APRECIAÇÃO: Atendendo à solicitação de auditoria expedida à época dos trabalhos, a Coordenação de Recursos Humanos informou que os adicionais eram excluídos no momento do afastamento, mas eram reimplantados por solicitação dos coordenadores dos cursos mediante declaração informando que o servidor, mesmo afastado, estava desenvolvendo atividades insalubres na realização de seu curso. A equipe acatou os esclarecimentos prestados, porém consignou não haver amparo legal para a manutenção dos adicionais, cuja concessão está diretamente relacionada ao efetivo desempenho de trabalho insalubre/perigoso, o que não pode ser estendido às condições das atividades acadêmicas desenvolvidas pelo servidor.

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Recomendou a revisão das concessões aos servidores afastados, para regularização. Em sua manifestação a Entidade informou que as situações seriam revistas pela Comissão de Insalubridade e Periculosidade e corrigidas imediatamente. Em exame ao sistema SIAPE constatamos que alguns servidores incluídos na situação em tela tiverem suspenso o pagamento dos adicionais de insalubridade e periculosidade a partir de JULHO/2003, permanecendo, entretanto, a manutenção do pagamento de outros. As alterações demonstram que a IFE adotou providências, contudo, tendo em vista que foi mantido o pagamento de alguns servidores afastados, é necessário que a CRH informe a base legal para a concessão dos adicionais ou se houve retorno dos mesmos. Recomendações mantidas. 9.3.1.1 - Falta de eficácia na condução de sindicâncias e processos administrativos disciplinares. MANIFESTAÇÃO: A Universidade não se manifestou sobre a ocorrência. APRECIAÇÃO: Exames realizados durante os trabalhos da auditoria de gestão do exercício de 2002 evidenciaram a ineficácia da UFPA na condução de sindicâncias e processos administrativos disciplinares. Foi enfatizada a intempestividade na apuração, a extrapolação de prazos, a prática de arquivamentos de processos, especialmente com relação ao desaparecimento de bens objeto de furtos dentro das instalações da Entidade e que estão sob a responsabilidade de um servidor, sem que haja o efetivo ressarcimento ao erário, enfim, foram relatadas uma série de situações que estavam comprometendo a governabilidade da Universidade em virtude da falta de punição. Na ocasião a Auditoria Interna da UFPA informou que estava sendo criada uma Comissão Permanente de Processo Administrativo Disciplinar, para acompanhar todos os processos e solucionar os problemas. Na presente auditoria constatamos que de fato a Comissão foi instituída por meio da Portaria Nº 1461/2003, de 09/06/2003, contudo até maio de 2004, quase um ano depois de sua constituição a Comissão ainda não estava instalada, evidenciando que o controle dos processos disciplinares não é prioridade na Instituição. Aliás, o descontrole na condução dos processos administrativos disciplinares e de sindicância ficou ainda mais evidente na presente auditoria, conforme abordado em ponto específico deste relatório. Recomendações mantidas. 9.3.2.1 - Professores em regime de Dedicação Exclusiva acumulando outros cargos. MANIFESTAÇÃO: Os professores Cantídio Rodrigues Gomes, Regina Célia Guerreiro do Amaral e Lindalva Ferreira da Silva sempre exerceram suas funções na UFPA em regime de tempo integral (40 horas semanais). Todos tiverem sua carga horária alterada para dedicação exclusiva após a efetivação de aposentadoria no cargo ocupado na UEPA, o que de acordo com decisão 322/2002, do TCU – Segunda Câmara, cópia anexa, é considerado legal. Discriminamos a situação de todos os professores, inclusive os referidos no item 9.3.2.4 em planilha anexa, esclarecendo que, de acordo com recomendação de Auditoria, os docentes estão devolvendo os valores referentes ao acréscimo pelo exercício de DE percebidos indevidamente. APRECIAÇÃO: No relatório de auditoria da gestão de 2002 foram elencados sete professores em regime de dedicação exclusiva acumulando outros cargos, além de mais cinqüenta docentes enquadrados no regime de dedicação exclusiva, porém exercendo outra atividade remunerada, em afronta ao estabelecido no inciso I, do artigo 14, do Decreto Nº 94.664/87, entre eles seis dos que acumulavam cargos públicos.

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Diante da ocorrência, a equipe expediu a Nota de Auditoria Nº 02/2003, propondo a adoção de providências para a regularização imediata da ocorrência. Os casos foram acompanhados lentamente pela CRH, por meio de notificações pessoais aos interessados, cujas situações atuais estão consolidadas na planilha a seguir:

NOME U F P A OUTRA INSTITUIÇÃO Acumulação Observação SITUAÇÃO ATUAL

Ingresso Ufpa

Opção em DE

Entidade Admissão

AFONSO MATA VIDINHA

02/01/1998

02/01/1998

IDEAL (SEI) 01/09/2001 01.09.01 a 30.06.03 Apresentou Declaração de que não possui outro vínculo.

regular

ALCEBIADES NEGRAO MACEDO

04/06/2002

04/02/2002

IESAM 11/09/2000 04.02.02 a 01.04.03 Anexou comprovante de exoneração em processo nº 008217/2003

regular

ANA ELIZABETH NEIRAO REIMAO

03/08/1994

03/08/1994

CESUPA 01/01/2002 01.01.02 a 30.06.03 Solicitou redução de carga horária

regular

ANA JULIA DE AQUINO SILVEIRA

16/08/2002

01/09/2000

CESUPA 02/08/1999 Anexou comprovante de exoneração em processo nº 008041/2003

regular

ANA KLAUDIA DE ALMEIDA VIANA PERDIGAO

06/12/1996

06/12/1996

UNAMA 20/02/1995 06.12.96 a 19.02.97 Anexou comprovante de exoneração em processo nº 010837/2003

regular

ANA ROSA BAGANHA BARP

01/08/2002

01/08/2002

UNAMA 20/02/1989 01.08.02 a 19.02.03 Anexou cópia da CTPS, comprovando rescisão contratual

regular

ANTONIO GOMES MOREIRA MAUES

13/04/1994

13/04/1994

UNAMA 01/04/1993 Anexou comprovante de exoneração em processo nº 008221/2003

regular

ARMIN MATHIS 06/01/1998

06/01/1998

UNAMA 11/06/2001 11.06.01 a 30.06.03 Esclarecimentos em processo 07400/2003. Permaneceu em DE

regular

ARNALDO JOSE DE MIRANDA

19/08/1974

30/11/1989

UNAMA 12/03/2001 12.03.01 a 31.05.03 Em processo nº 016503/2003, apresentou cópia do Termo de Rescisão do Contrato de Trabalho com a UNAMA.

regular

BENILTON LOBATO CRUZ

14/08/2002

14/08/2002

UNAMA 01/12/1998 14.08.02 a 06.05.03 Anexou cópia do Termo de Rescisão Contratual

regular

CANTIDIO RODRIGUES GOMES

15/03/1971

27/08/1998

UEPA 01/08/1976 27/08/98 a 30.06.03

aposentadoria pela UEPA, em 11/02/1998, conforme processo nº007399/03

Aguardando resposta da consulta encaminhada ao MEC/situação regular de acordo com decisão 322/02 do TCU

CARLOS RENATO LISBOA FRANCES

25/06/2002

25/06/2002

UNAMA 19/08/1997 25.06.02 a 30.06.03 Solicitou rescisão da UNAMA antes do ingresso na UFPA, cuja homologação não foi efetivada pela existência de débitos com o órgão.

Aguardando resultado da ação

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CESUPA 01/09/2001 25.06.02 a 30.06.03

CICERO ALMEIDA ANDRADE

11/05/1994

11/05/1994

CESUPA 01/02/2001 01.02.01 a 30.06.03 esclarecimentos através do processo nº 007401/2003. Solicitou red. p/ 40h

regular

DAVID FERREIRA CARVALHO

01/07/1983

04/01/1995

UNAMA 02/04/1988 04.01.95 a 30.06.03 Solicitou red. p/ 20h regular

DENILSON JOSE RIBEIRO SODRE

31/01/1997

31/01/1997

UNAMA 12/02/1996 Anexou comprovante de exoneração em processo nº 007843/2003

regular

EDGAR DE LIMA SILVA

30/12/1997

01/03/1999

UNAMA 17/02/1997 01.03.99 a 30.06.03 Prestou esclarecimentos verbalmente. Há pendências relativas a pós-graduação

irregular

IDEAL (SEI) 01/03/2002 01.03.02 a 30.06.03 Processo Administrativo Disciplinar

ELEANOR GOMES DA SILVA PALHANO

24/07/2002

24/07/2002

UNAMA 11/07/2001 24.07.02 a 06.05.03 Anexou comprovante de exoneração em processo nº 008646/2003

UEPA 01/03/1987 24.07.02 a 30.06.03 lic. s/vencimentos da UEPA de 01/01/03 a 31/12/04 - informações em proc. nº 008646/03

irregular

FIBIA BRITO GUIMARAES

01/11/1993

01/11/1993

IDEAL (SEI) 01/09/2001 01.11.93 a 30.06.03 Solicitou redução de carga horária p/ 20h

regular

GUTEMBERG ARMANDO DINIZ GUERRA

14/06/2002

14/06/2002

UNAMA 23/08/2000 14.06.02 a 27.03.03 Comprovou rescisão contratual. regular (permaneceu em DE)

HELDER BOSKA DE MORAES SARMENTO

11/07/2002

11/07/2002

UNAMA 01/03/1988 11.07.02 a 30.06.03 Mudou de Regime através do proc. nº 008436/2003 p/ 40h

regular

JOAO GUILHERME VIANA CORREA

22/10/1993

22/10/1993

CESUPA 01/03/1999 22.10.02 a 06.04.03 Anexou comprovante de exoneração em processo nº 008696/2003

regular

JORGE AUGUSTO DE MEDEIROS PINHEIRO

01/03/1980

01/08/1982

UNAMA 01/06/2000 01.06.00 a 01.05.03 Anexou cópia do Termo de Rescisão contratual

regular

JORGE LEAL EIRO DA SILVA

14/11/1995

14/11/1995

UNAMA 13/03/1990 14.11.95 a 30.06.03 Solicitou redução p/ 20h regular

JOSE GUILHERME DOS SANTOS FERNANDES

08/01/1997

08/01/1997

UNAMA 15/08/1994 Anexou comprovante de exoneração em processo nº 007378/2003

regular

JOSE JULIO FERREIRA LIMA

01/01/1994

22/05/1997

UNAMA 01/06/1991 Anexou comprovante de exoneração em processo nº 007828/2003

regular

JOSE RAIMUNDO SERRA PACHA

04/05/1994

04/05/1994

IDEAL (SEI) 01/04/2002 01.04.02 a 28.04.03 Anexou comprovante de exoneração em processo nº 008265/2003

regular

JOSE THADEU PAULO HENRIQUES

27/12/1996

27/12/1996

IDEAL (SEI) 01/10/2001 01.10.01 29.04.03 Anexou comprovante de exoneração em processo nº 008248/2003

regular

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JOSE WILSON NUNES FERNANDES

21/01/1998

01/04/1999

IDEAL (SEI) 01/03/2002 01.03.02 a 30.06.03 Em proc. 8401/83 afirmou não possuir outro vínculo, ratificando sua intenção em permanecer em DE

JULIO CESAR MASCARENHAS AGUIAR

15/06/1992

15/06/2002

UNAMA 01/03/1988 Exonerado em 29.12.95, antes do ingresso na UFPA. Comprovação em proc. nº010664/2003

regular

LINDALVA FERREIRA DA SILVA

13/04/1987

30/10/1997

UEPA 01/04/1977 30.10.97 a 30.06.03 esclarecimentos através do proc. nº 008122/2003 (aposentadoria UEPA em 20.11.2001)

Aguardando resposta da consulta encaminhada ao MEC

LUCIANO SILVA GOMES

23/04/1997

23/04/1997

UNAMA 12/03/1990 23.04.97 a 30.06.03 Mudou de Regime através do proc. nº 008435/2003 p/ 20h

regular

MARCELO DE OLIVEIRA BAHIA

21/01/1998

21/01/1998

UNAMA 17/02/1997 Exoneração antes do ingresso na UFPA. Comprovação proc. 008333/2003

regular

MARIA DA GRACA DE MORAES B CAMPAGNOLO

31/07/1998

31/07/1998

UNAMA 11/02/1998 Exonerada na mesma data de seu ingresso na UFPA. Comprovação em processo nº 008325/2003

regular

MARIA DE NAZARE ANGELO MENEZES

15/03/2002

15/03/2002

UNAMA 01/12/2000 15.03.02 a 26.03.02 esclarecimentos através do processo nº007646/2003

regular

MARIA JOSE DA SILVA AQUINO

26/09/1996

26/09/1996

UNAMA 12/02/1996 26.09.96 a 30.06.2003

esclarecimentos através do proc. nº 007383/2003.

regular

MAX TONNY LOPES ANDRADE

13/08/1996

13/08/1996

UNAMA 11/02/1998 11.02.98 a 30.06.03 Solicitou redução p/ 20h regular

IDEAL (SEI) 01/08/2002 01.08.02 a 30.06.03

NERUCIA ANDREZA RESENDE FERREIRA

02/01/1997

02/01/1997

UNAMA 01/04/1996 Exonerada antes do ingresso na UFPA. Comprovação em proc. 009072/2003

regular

ORLANDO NOBRE BEZERRA DE SOUZA

02/07/2002

27/06/2002

UEPA 13/11/1989 27.06.02 a 30.06.03 esclarecimentos através do proc. nº 007403/2003 (mandado de segurança)

Admitido na UFPA sob o regime de DE, por meio de mandado de segurança

PAULO MARCIO DA SILVA ARANHA

14/05/1996

14/05/1996

UNAMA 02/05/1987 14.05.96 a 30.06.03 Solicitou redução p/ 20 h regular

REGINA CELIA GUERREIRO DO AMARAL

13/04/1987

07/02/2002

UEPA 01/05/1977 17.01.02 a 30.06.03 Aposent. UEPA em 17/01/2002. Comprovação em proc. 007842/2003

Aguardando resposta da consulta encaminhada ao MEC/situação regular de acordo com decisão 322/02 do TCU

REGINA FATIMA FEIO BARROSO

01/01/1989

01/04/2002

CESUPA 01/02/1999 01.04.02 a 26.05.02 Anexou comprovante de exoneração em processo 11657/2003

regular

REGINA LUCIA ALVES DE LIMA

09/02/2001

09/02/2001

UNAMA 05/03/1992 09.02.01 a 27.04.03 Anexou comprovante de exoneração em processo nº 008170/2003

*regular

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REINALDO JANSEN SILVA

01/03/1974

01/02/1990

UNAMA 09/08/1982 01.02.90 a 04.05.03 Licenciado s/ vencimentos da UNAMA desde abril/1990- Anexou comprovante de exoneração proc. 008644/2003

regular

ROBERTO SERRA PACHA

01/08/1978

01/01/1982 Port. 286/82

UNAMA 20/05/1997 20.05.97 a 24.04.03 Anexou comprovante de exoneração em processo nº 007391/2003

regular

IDEAL (SEI) 01/08/2002

ROMARIZ DA SILVA BARROS

02/01/1997

02/06/1997

UNAMA 12/02/1996 Passou para DE após exoneração da UNAMA. Comprovação em processo nº 007385/2003

regular

ROSELY CABRAL GIORDANO

17/07/1992

17/07/1992

UNAMA 29/05/2000 Anexou comprovante de exoneração em processo nº 007404/2003

regular

SHEILA MARIA ALMEIDA GOMES FERREIRA

19/03/1993

19/03/1993

UEPA 01/03/1987 19.03.93 a 30.06.03 Aposentadoria na UEPA em 04/02/2003 . Comprovação em proc. 7393/2003

Aguardando resposta da consulta encaminhada ao MEC

TADEU MANOEL RODRIGUES ARAUJO

06/07/1983

01/09/1999

UNAMA 02/04/1988 01.09.99 a 06.05.03 Anexou comprovante de exoneração em processo nº 008371/2003

regular

WALDIR FERREIRA DE ABREU

06/01/2000

06/01/2000

UNAMA 16/02/1998 06.01.00 a 30.06.03 Solicitou redução p/ 20h regular

WALKYRIA ALYDIA GRAHL PASSOS M E SILVA

01/12/1992

01/12/1992

UNAMA 01/08/1988 Passou p/ regime de DE após exoneração na UNAMA. Comprovação em processo nº 007377/2003

regular

As informações constantes da planilha demonstram que a UFPA, embora intempestivamente, já que o relatório de auditoria fixou o prazo de dez dias para atendimento das recomendações, adotou providências para o saneamento das irregularidades. Contudo, existem casos pendentes, considerados irregulares, ou mesmo situações que embora identificadas como regulares não foram fartamente justificadas pela Coordenação de Recursos Humanos, como é o caso daquelas cuja observação é: “esclarecimento através do processo ...”, que necessitam ser acompanhados pela Instituição para que as situações não se perpetuem. Registramos que não foi apresentada nenhuma informação a respeito da acumulação ilegal do professor Habib Frahia Neto. Ressaltamos que apesar da implementação dos procedimentos relativos a notificação dos servidores para apresentação de opção, a Entidade não atendeu a recomendação de instauração de procedimento administrativo para apurar o prejuízo financeiro sofrido pela UFPA em face da remuneração paga aos professores em regime de dedicação exclusiva, ficando prejudicado o atendimento integral das recomendações. Recomendação mantida. 9.3.2.2 - Falta de adoção de providências em relação à acumulação irregular do regime de Dedicação exclusiva da professora Sheila Maria Almeida Gomes Ferreira. MANIFESTAÇÃO: • A professora Sheila Gomes Ferreira compareceu a esta CRH e encontra-se devolvendo os valores

percebidos indevidamente durante o período de 24.04.98 a 23.04.2003, em que acumulou, na ativa, dois cargos de professor.

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Não foi efetivada nenhuma outra alteração em sua situação funcional em virtude da existência do Parecer n° 914/2003-COM/PG (cópia anexa), da Procuradoria Geral desta Universidade, que vem de encontro ao entendimento de que docente detentor de aposentadoria não pode ocupar cargo sob o regime de dedicação exclusiva. Esclarecemos que o referido parecer foi submetido à análise de manifestação do Ministério de Educação, conforme sugestão da própria Procuradoria, não tendo ainda retornado a esta UFPA.

• Com relação à apuração de responsabilidade pelo arquivamento do processo n° 033973/95 informamos que foi instaurada, pela Portaria n° 563/2004 (cópia anexa), Comissão de Sindicância, para apurar os fatos.

APRECIAÇÃO: Mais uma vez ratifica-se a constatação de falta de eficiência na apuração de irregularidades na Entidade. A recomendação para apuração de responsabilidades pelo arquivamento do processo que apurava a acumulação irregular da professora Sheila Gomes Ferreira, sem correção da irregularidade e com indícios de má fé tendo em vista a mudança da jornada de trabalho em novembro/1995 para 20 horas e o retorno para DE um mês depois (dezembro/1995), foi proposta no relatório de auditoria de gestão do exercício de 2002, encaminhado à UFPA em junho de 2003 e somente em 27/02/2004 foi nomeada comissão de sindicância para apurar o fato. Recomendação mantida. 9.3.2.3 - Exercício irregular de atividade pela professora Marilena Loureiro da Silva enquadrada no regime de Dedicação Exclusiva. MANIFESTAÇÃO: • De acordo com recomendação de Auditoria foi encaminhado ofício à SEMEC e SECTAM solicitando

informações sobre a situação da servidora nesses órgãos. Embora os ofícios tenham sido reiterados, até o presente não houve manifestação de quaisquer unidades.

APRECIAÇÃO: As informações prestadas não esclarecem sobre as providências adotadas para cumprimento das demais recomendações propostas na Nota de Auditoria Nº 01/2003, de 17/03/2003 e reiteradas no Relatório de Auditoria Nº 116400 (gestão 2002). A Entidade limitou-se a enviar ofícios aos Órgãos envolvidos como se exclusivamente deles dependesse a apuração da irregularidade. Os demais itens de recomendações não foram atendidos pela UFPA e não há informação da situação atual da docente. Recomendações mantidas. 9.3.2.4 - Enquadramento irregular no regime de Dedicação Exclusiva de 50 (cinqüenta) professores. MANIFESTAÇÃO:

• Anexamos planilha contendo informações sobre os procedimentos adotados.

APRECIAÇÃO: As providências adotadas pela Entidade foram apreciadas no item 9.3.2.1. 9.3.2.5 - Acumulação irregular do regime de Dedicação Exclusiva com outros cargos públicos. MANIFESTAÇÃO:

Em relação à acumulação de cargos dos servidores relacionados abaixo, esclarecemos que por se tratarem de situações constituídas antes de entrar em vigor o Decreto 94.664/87 e a Emenda Constitucional n° 19, de 15.12.98, e ainda de acordo com parecer n° 914/2003-COM/PG (cópia anexa), da Procuradoria Geral desta Universidade, que vem de encontro ao entendimento de que docente detentor de aposentadoria

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não pode ocupar cargo sob o regime de dedicação exclusiva, as situações ora apresentadas não foram alteradas. Esclarecemos que o referido parecer foi submetido à análise e manifestação do Ministério de Educação, conforme sugestão da própria Procuradoria, não tendo ainda retornado a esta UFPA.

Ainda sobre o assunto, anexamos cópia da Decisão do TCU 322/2001 – Segunda Câmara, que ao analisar a situação de um professor aposentado em 06/07/89 pela UFRS, sob o regime de 40 horas semanais que passou a exercer cargo de Professor na Universidade de Brasília, sob o regime de dedicação exclusiva, no qual se aposentou em 05/0/91, assim proferiu:

4. Em estando aposentado no primeiro cargo de professor, o interessado pôde exercer o segundo cargo de professor sob qualquer regime previsto no Decreto 94.664/87 (do ou 40 horas semanais ou dedicação exclusiva), sem que com isso tenha incorrido em qualquer incompatibilidade de horários, sendo portanto, lícita a opção do interessado pelo regime de dedicação exclusiva. 5. Mesmo no plano infraconstitucional o exercício em regime de dedicação exclusiva do segundo cargo de professor, após a primeira aposentação, não se configura irregular, pois o impeditivo para esse regime é o exercício de qualquer outra atividade remunerada (inciso I do artigo 14 do Decreto 94.664/87), não se enquadrando nessa vedação o fato de o interessado ser aposentado em outro cargo público. Assim, todos os casos similares apontados pela Auditoria estão aguardando manifestação do MEC sobre o assunto, vez que, como se pode observar, há entendimentos discordantes, o que inviabiliza a tomada de decisão, sob pena de causar prejuízos irreversíveis aos detentores de aposentadoria ou beneficiários de pensão. • Alfredo Bonef O docente era vinculado ao regime de dedicação exclusiva desde 01.03.74 até a data de sua aposentadoria, em 06.02.77 • Ataualpa Rodrigues Leão

Vinculado ao regime de dedicação exclusiva desde 16.06.78 até a data de seu falecimento em 25.12.89.

O docente foi vinculado ao regime de dedicação exclusiva desde 01.03.79 até a data de seu falecimento em 25.12.89. • Daniel Queima Coelho de Souza

O professor ocupava 2 (dois) cargos de Professor Titular na UFPA, desempenhando suas atividades em regime de 20 e 40 horas, junto ao Centro de Filosofia e Ciências Humanas e ao Centro de Ciências Jurídicas, respectivamente. Após sua aposentadoria, em 22.02.80 como Professor Titular do Curso de Filosofia que exercia em regime de 20 horas semanais, solicitou e teve alterada sua carga horária para Dedicação Exclusiva, a partir de 03.07.81, como Professor Titular do Centro de Ciências Jurídicas.

Falecido em 09.06.98 • João Fecury Vinculado ao regime de Dedicação Exclusiva desde 01.01.83, até a data de seu falecimento em 04.09.87.

• Maria da Conceição Magno Bentes A docente, falecida em 10.07.98, ocupava na UFPA 02 (dois) cargos: Professor de Ensino de 1° e 2° Graus, em regime de 40 horas semanais e Professor de Ensino Superior, em regime de 20 horas semanais. Ao se aposentar no cargo de Professor de 1° e 2° graus, em 01.09.89, a interessada solicitou a alteração de sua carga horária relativa ao cargo de Professor de Ensino Superior, passando a ser vinculada desde 01.10.89 até sua aposentadoria em 23.05.95, ao regime de Dedicação Exclusiva. • Mário Nazareno Machado Sampaio O professor foi vinculado ao regime de dedicação exclusiva desde 07.09.70, tendo se aposentado no cargo de Professor Titular em regime de DE, em 11.08.78. • Roberto de La Roque Soares Vinculado ao regime de dedicação exclusiva desde 01.01.83 até a data de seu falecimento em 20.05.2001.

Quanto aos beneficiários de pensão dos ex-servidores abaixo relacionados, esta CRH, embora tenha informado que procederia a alteração a partir de julho de 2003, não o fez com base na Decisão do TCU 322/2001 – Segunda Câmara, anexada ao presente.

• Amélia Denise Cavaleiro de Macedo Vinculada ao regime de dedicação exclusiva de 10.09.91 até a data de sua aposentadoria em 04.05.92. Falecida em 10.12.94.

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• Carlos Alberto Losada Pereira de Albuquerque Vinculado ao regime de dedicação exclusiva desde 20.01.92 até a data de sua aposentadoria em 19.07.93. Falecido em 20.01.92. • Antonio Juracy de Brito Vinculado ao regime de dedicação exclusiva desde 03.08.88 até a data de seu falecimento em 19.10.97. • Joaquim Borges de Carvalho Vinculado ao regime de DE desde 01.07.88 até a data de sua aposentadoria, em 19.11.91. Falecido em 05.06.2002 • Joel Azevedo Srur Vinculado ao regime de dedicação exclusiva desde 12.08.94 até data de seu falecimento em 04.05.95 • Renato Veloso de Castro Menezes Vinculado ao regime de DE a partir de 09.12.92, até a data de sua aposentadoria em 04.01.94. Falecido em 01.10.2000.

APRECIAÇÃO: Acatamos as providências adotadas, sem prejuízo da obrigatoriedade da UFPA encaminhar à CGU/PA a atitude a ser adotada em cada caso, após o pronunciamento do Ministério da Educação sobre o assunto.

9.3.2.6 - Manutenção de pagamento a professor afastado irregularmente desde o ano de 2000. MANIFESTAÇÃO: • Após recomendação de Auditoria esta CRH suspendeu de imediato o pagamento do professor Gottfried

Stokinger, tendo este solicitado, em processo n° 11360/2003 (cópia anexa), o retorno de seus vencimentos e a regularização de sua situação. Submetido a manifestação da Procuradoria Geral, esta considerou, de acordo com entendimento da AGU, consubstanciado no Parecer GQ-142, datado e aprovado em 18.03.1998, que “o docente, embora licenciado, não se desligou do serviço público, já que não deixou de exercer suas atividades acadêmicas, conforme consta no relatório da UFBA”, razão pela qual foi regularizado seu pagamento e sua situação funcional perante esta Universidade.

APRECIAÇÃO: No relatório de auditoria de gestão do exercício de 2002 foram registradas diversas irregularidades com relação ao afastamento do Prof. Gottfried Stokinger, com manutenção do pagamento de sua remuneração. Foi recomendada a instauração de Processo Administrativo Disciplinar, rito sumaríssimo, para apuração do prejuízo da UFPA, visando a devolução dos pagamentos recebidos indevidamente pelo docente e a responsabilização pelas irregularidades cometidas. Constatamos que o procedimento administrativo foi instaurado, por meio da Portaria Nº, 1465/2003, de 09/ 06/2003, mas, segundo informações da Coordenadora de Recursos Humanos, em atendimento à Solicitação de Auditoria Nº 61/2004, o mesmo foi arquivado, por recomendação da Procuradoria-Geral da UFPA no Parecer Nº 648/03-CO/PG. Analisando o citado Parecer, verificamos que a Procuradoria considera regular o afastamento do professor e determina o retorno de seu pagamento, porém consigna que deve ser instaurado o PAD para apuração da falta. Dessa forma, deve ser instaurado novo Processo Disciplinar para apurar a falta funcional do docente, obedecendo aos ritos processuais ditados no art. 133 e §§ da Lei Nº 8.112/90. Recomendação mantida. 10.1.2.1 - Fracionamento de despesas por meio de Dispensa de Licitação. MANIFESTAÇÃO: Para evitar a ocorrência do que a Controladoria Geral da União no Pará interpreta como fracionamento de despesa por meio de dispensa de licitação, a Universidade Federal do Pará, implantou no

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presente exercício o Sistema de Registro de Preços, que obriga que todas as Unidades, ainda que, com dotação orçamentária descentralizada, processem suas aquisições através dessa técnica, que centraliza as compras em um único Setor. (Comissão Permanente de Licitações). Para tanto, foi designado uma Comissão de técnicos, que providenciaram a elaboração do projeto correspondente à supressão do fracionamento de despesa a nível Institucional, o qual encontra-se em fase final de implementação. Outras medidas adotadas, correspondem ao monitoramento eletrônico das compras, viabilizado através do Sistema de Informações de Materiais – SIMA, o qual vem sendo continuamente aperfeiçoado, já configurando um importante instrumento no processamento e consolidação das compras da Instituição, o que ensejou no exercício de 2003 um aumento significativo no número de licitações realizadas nas modalidades: Convite, Tomadas de Preços, Concorrência e Pregão. APRECIAÇÃO: Apesar das medidas adotadas pela UFPA constatamos que houve reincidência do fato no exercício de 2003, objeto de ponto específico no presente relatório. Recomendações mantidas. 10.2.5.3 - Falta de prestação de contas dos adiantamentos ou adiantamentos comprovados de forma irregular. MANIFESTAÇÃO: Considerando a recomendação da Controladoria Geral da União no Pará, constante da Nota Técnica n° 23/2003/CGUPA, recebida pela Pró-Reitoria de Administração por intermédio dessa Coordenação de Auditoria, em 22 de janeiro de 2004, esta Pró-Reitoria expediu à Pró-Reitoria de Ensino e Graduação/DAVES o ofício n° 014/2004-PROAD, solicitando restituição à Conta Única do Tesouro Nacional do valor de R$ 41.622,51 (quarenta e um mil, seiscentos e vinte e dois reais e cinqüenta e um centavos), providência essa que foi reiterada por meio do memorando n° 037/2004-PROAD, conforme ANEXO 9. APRECIAÇÃO: De acordo com as informações prestadas, os recursos não foram devolvidos e tampouco foram apresentadas justificativas para o descumprimento da recomendação da CGU/PA. A situação merece a intervenção da autoridade máxima da UFPA, tendo em vista a Pró-Reitoria de Ensino e Graduação não está atendendo à solicitação da PROAD. Registramos que a FADESP efetuou a devolução de R$ 716,71, referentes a despesas efetuadas no concurso da Prefeitura Municipal de Belém, restando, portanto, o montante de R$ 40.905,80 a serem devolvidos à Conta Única do Tesouro Nacional. Recomendação mantida. 10.2.5.6 - Pagamentos a servidores por atividades inerentes aos seus cargos na UFPA. MANIFESTAÇÃO: Atendendo requisição da Pró-Reitoria de Administração, por meio do memorando n° 083/2003, a Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa, informou-nos, através do of. 084/2003, que promoveu o recolhimento dos valores recomendados pela Controladoria Geral da União no Pará, conforme ANEXO 10. APRECIAÇÃO: Acatamos as providências adotadas pela Universidade. Recomendação atendida. 10.2.5.7 - Remuneração Adicional a professores sem amparo legal. MANIFESTAÇÃO: A mencionada Constatação parte de um pressuposto equivocado, qual seja, o de considerar que a Interiorização da UFPA caracteriza-se como um mero projeto, aí entendido no seu sentido técnico, transcrito

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da Lei n. 10.524/2002. Nesse equívoco os Relatores fundamentaram o seu juízo e as razões que concluíram pelo indevido pagamento aos professores que trabalham temporariamente no interior, no ministério de cursos e outras ações acadêmicas. A UFPA expandiu-se para mais nove (09) municípios do Estado, desde o ano de 1986, instalando em cada qual um lócus Universitário, ou seja, um Campus Universitário, com edificações prediais próprias, contendo salas de aulas, laboratórios, bibliotecas, gabinetes, auditórios e toda a estrutura mínima necessária e indispensável à realização de ações acadêmicas permanentes referentes a cursos, de graduação e pós-graduação, pesquisa e extensão, provendo-se ainda, das instalações administrativas para o apoio e suporte à execução daquelas. Essas realizações estão à vista de todo o Estado do Pará. Portanto, diga-se desde logo, que a Interiorização da UFPA não é mais considerada um projeto, como o era, no período anterior ao ano de 1986, quando suas ações no interior do Estado, eram exclusivamente de natureza eventual e provisória. Os Campi Universitários existem, de fato e de direito, na estrutura da Instituição, participando atualmente, como Unidades Autônomas, da gestão acadêmica e administrativa, para cujo desempenho vêm partilhando dos já escassos recursos orçamentários institucionais.

Importante destacar que, à época em que a UFPA iniciou o seu programa no interior do Estado, a maioria dos municípios paraenses não contava com o ensino de nível médio (à época denominado de 2º grau), exatamente porque não dispunham de docentes qualificados para ministrá-lo. Quando muito, os professores que se encontravam na rede de ensino, então chamado de 1º grau, possuíam escolaridade de 2º grau e, em muitos casos, eles detinham escolaridade igual ou pouco superior ao das séries que ministravam. Hoje, dezessete anos depois da interiorização da UFPA, milhares de professores foram qualificados no nível da graduação, isto é, formação de nível superior, o que permitiu, dentre outras tantos benefícios às populações locais, a instalação, na maioria dos municípios, de escolas de nível médio (antigo 2ºgrau). É possível também observar os reflexos positivos na melhoria da qualidade do ensino ministrado nas escolas desses municípios, além da visível qualificação da gestão escolar, agora a cargo de professores portadores de escolaridade superior. A isso deve-se acrescer a informação de que a UFPA também realiza cursos de pós-graduação,nos níveis de especialização e de mestrado, no interior do Estado, capacitando pessoas para atividades de investigação científica e produção de conhecimento novo, na perspectiva de contribuição com o desenvolvimento local, particularmente em áreas de específico interesse regional. Inobstante esse fato e, ainda, apesar do reconhecimento, por parte do MEC, do mérito e da grandeza desse empreendimento, os vários Campi Universitários da UFPA estão excluídos de dotações orçamentárias próprias no orçamento federal destinado à Instituição e tampouco têm obtido autorização para a nomeação efetiva de professores e de técnicos. Daí porquê, sem o quantitativo de professores efetivos que possam garantir a formação de profissionais em diversas áreas, no interior do Estado, a UFPA programa grande parte das suas ações acadêmicas, especialmente a realização de Cursos de Graduação para a formação de professores, para serem realizadas nos chamados períodos letivos intervalares, ou seja, aqueles que medeiam os períodos letivos convencionais e vão, anualmente, de 02 de janeiro a 10 de março e de 01 de julho a 15 de agosto, invariavelmente. Para tanto, os Colegiados dos vários cursos de graduação do Campus da Capital (Belém) e os daqueles de caráter regular dos Campi Universitários do interior que contam com corpo docente próprio, elaboram os seus próprios projetos para a realização desses Cursos nos muitos municípios do interior do Estado, objetivando o atendimento, ainda que parcial, das demandas oriundas das prefeituras e de outras entidades, públicas e privadas. Aqui sim, observa-se a existência de projetos. São projetos para a realização de Cursos de Graduação, com os quais não contam os muitos municípios demandantes. Esses projetos para o ministério de Cursos são temporários, porque tem a exata duração do tempo regular do Curso específico. Esses Cursos, repetimos, somente são ofertados/realizados nos períodos letivos intervalares e nos locais onde não existe oferta regular dos mesmos e, por isso, são ministrados pelo corpo docente dos Cursos de outros Campi. Fica portanto comprovado, perante a CGU/PA, que o que é permanente é a ação acadêmica da UFPA, não um Curso determinado. Por conseguinte, comprovado está que os Cursos têm limitação temporal para a sua execução e projetam a obtenção de um “produto” específico, in casu, a concessão do grau de licenciados ou de bacharéis a turmas de alunos, via de regra, com número superior a 40. Fica finalmente

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comprovada a adequação da natureza desses Cursos Intervalares ministrados no interior do Estado com o conceito legal de projeto, extraído da Lei n. 10.524/2002, e no qual se sustenta o Relatório. Configurada, portanto, a natureza da ação realizada com o seu suporte normativo, conforme antes demonstrado, deduz-se, com insofismável clareza, que a ação da UFPA ao contratar a FADESP, com dispensa de licitação, para apoiar projetos de ensino, pesquisa e extensão, conforme mandamento contido no artigo 1° da lei n° 8.958/94, é plenamente legal . Nada há, portanto, de censurável, até aqui . Assim, deriva desse fato, que o pagamento efetuado aos professores que ministram as disciplinas do Curso, objeto de projeto específico, no interior do Estado, não pode sofrer qualquer impedimento jurídico, vez que, essas atividades não importam em qualquer prejuízo às suas atribuições funcionais, posto que, elas se realizam para além da sua jornada normal de trabalho, compondo um tempo laboral superior àquele do seu Plano Individual de Trabalho (PIT), e, via de regra, coincidindo com o seu período de férias regulares, que correspondem a 45 dias anuais. Portanto, insistimos, o pagamento dos professores que atuam nesses projetos no interior do Estado, nos períodos letivos intervalares, está perfeitamente enquadrado no permissivo legal da Lei n° 8.958/1994, art. 4°, § 1°, que autoriza a concessão de bolsas de ensino, pesquisa e extensão. APRECIAÇÃO: A Entidade retoma a tese defendida por ocasião de sua manifestação sobre os fatos do relatório de auditoria de gestão do exercício de 2002, insistindo que o pagamento dos professores que atuam nos campi do interior do Estado, nos períodos letivos intervalares, enquadrado no permissivo legal da Lei n° 8.958/1994, art. 4°, § 1°, que autoriza a concessão de bolsas de ensino, pesquisa e extensão. A equipe de auditoria, em exaustiva apreciação, refutou os argumentos apresentados e recomendou que a UFPA se abstivesse conceder remuneração adicional aos professores que executam atividades no interior, por falta de amparo legal, orientando que, nos termos da legislação vigente, fossem concedidas diárias, para cobrir as despesas decorrentes dos deslocamentos dos servidores. A UFPA não atendeu às recomendações da Controladoria da União e manteve, no exercício de 2003, e continua mantendo o pagamento da remuneração adicional aos professores que trabalham no interior do Estado, por intermédio da Fundação de Apoio, em total afronta ao princípio da legalidade. Recomendações mantidas. 10.2.5.8 - Execução irregular dos contratos sob a coordenação do Departamento de Apoio ao Vestibular - DAVES. MANIFESTAÇÃO: A UFPA não se manifestou sobre a irregularidade. APRECIAÇÃO: Houve reincidência da IFE, conforme constatação específica deste relatório. Recomendações mantidas. 10.2.5.9 - Realização de despesas incompatíveis com o serviço público pelo DERCA. MANIFESTAÇÃO: Atendendo a solicitação feita a esta direção com referência aos destaques do relatório da Auditoria n.º 116400/03, emitido pela Controladoria-Geral da União no Estado do Para CGU-PA sobre os itens n.º 10.2.5.6 e 10.2.5.9, temos a prestar os seguintes esclarecimentos ocorridos no ano de 2002, quanto ao gerenciamento dos departamentos DERCA e DAVES, ambos vinculados à Pró-Reitoria de Ensino de Graduação e Administração Acadêmica da UFPA.

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1. Primeiramente esclarecemos as ações do DERCA definidas nos artigos 28 e 29 da Resolução N.º 549/85 - CONSUN, contendo o Regimento da Reitoria da Universidade Federal do Pará (anexo 1), destacando: O Departamento de Registro e Controle Acadêmico (DERCA), órgão central de controle acadêmico da Universidade Federal do Pará detém o gerenciamento do calendário acadêmico, execução, registros, informação de todas as atividades acadêmicas dos alunos da UFPA. Hoje, março de 2004, totalizando 36.925 discentes, em todo o Estado.

a) presta informações técnicas e estatísticas quanto ao alunado da UFPA à Administração Superior e instituições externas;

b) realiza as habilitações dos candidatos que ingressam na UFPA, em 2004, totalizou 5209 novos alunos classificados no PSS;

c) promove a articulação com centros através de Colegiados para o controle das matriculas, de Departamentos para a oferta de disciplinas e lançamento de conceitos;

d) gerência o Sistema de Controle Acadêmico, mecanismo informatizado para as ações de todas as secretarias acadêmicas;

e) responsabilizar-se pelo registro de Históricos Acadêmicos; f) promove também a analise das Integralizações dos graduandos, conferindo as contabilidades

acadêmicas das grades curriculares de cada curso; g) emite diplomas de Graduação, atingindo em 2003 a marca superior a 4500; h) emite também os diplomas de Pós-Graduação e os certificados de Especialização; i) emite atestados relativos à vida acadêmica do alunado; j) registra os diplomas dos alunos da UFPA, e de outras instituições de ensino superior; k) emite pareceres sobre pedido de transferências, de matrículas especiais, situações disciplinares de

discentes e docentes; l) realiza estudos em processo de reabertura de matrícula; m) exerce o controle do recolhimento das taxas referentes a documentos emitidos pelo DERCA; n) realiza o cálculo de evasão e retenção da UFPA; o) efetua análise de documentação nos processo de revalidação de diplomas de graduação realizados

no exterior; p) procede os registros de aproveitamento de estudos, o ajustes de matrícula, as transferências,

adaptações, cancelamento e trancamento de matrícula, zelando pelo compromisso de todas as unidades quanto ao calendário acadêmico;

q) também analisa a documentação dos candidatos a ingresso na UFPA; r) efetua o controle de alunos matriculados em dois cursos; s) divulga as Legislações do Ensino Superior, atualizadas, aos setores da UFPA; t) realiza treinamento de controle acadêmico com aos coordenadores de curso, chefes de

departamento, secretários acadêmicos, realizando eventos em Belém e no Interior do Estado. Em relação aos servidores listados no item, passaremos a informar as ações administrativas de cada um e as realizadas no Vestibulinho 2002. • MAURO ALVES MAGALHÃES SOBRINHO, Diretor do DERCA desde agosto de 1999. Atribuições funcionais: Gerência todos os procedimentos do DERCA desde a habilitação dos classificados nos processos do Vestibular e Vestibulinho, dos transferidos ex officio, administra o Sistema de Controle Acadêmico – SISCA, no âmbito de todas as 51 cidades que a UFPA atua no Estado do Pará. Acompanha e assina os registros de todos os alunos que graduam na UFPA, bem como os da Pós-Graduação e de outras Faculdades do Estado. Emite parecer sobre processos acadêmicos vinculados a Estudantes ou Professores. Coordena o processo de revalidação de diplomas de graduação de estudos no exterior. Exerce o controle e o recolhimento Ações Extras: Simultaneamente dirigiu também o DAVES no período de outubro de 2001 a junho de 2002, coordenou os Concursos Públicos desde as negociações com as Instituições incluindo o Vestibular 2002 e o Vestibulinho 2002, representava a UFPA diante das Comissões Gerais de Concursos, participou na elaborou os Editais, convocou e orientou as Bancas onde no período mais de 300 provas foram confeccionadas, diagramou as provas, e se registre que os concursos aconteceram no período de dezembro de 2001 a abril de

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2002, cinco meses em que coincidiu com término de semestre (2001/2), início de novo semestre (2002/1), habilitação e matrícula dos calouros do Vestibular 2002, habilitação e análise dos documentos dos calouros classificados no Vestibulinho 2002.

• CARLOS BARBOSA PENA, Assessor Técnico da Direção do DERCA. Atribuições funcionais: Na ausência do diretor do DERCA, substitui o mesmo aplicando os procedimentos habituais desde a habilitação dos classificados nos processos do Vestibular e Vestibulinho, dos transferidos ex officio, divide a administra o Sistema de Controle Acadêmico – SISCA, no âmbito da UFPA. Acompanha e assina, na ausência do diretor, os registros de todos os alunos que graduam na UFPA, bem como os da Pós-Graduação e de outras Faculdades do Estado. Emite parecer sobre processos acadêmicos vinculados a Estudantes. Ações Extras: Conferência das Fichas de Inscrição, Processamento , Seleção e Entrega dos Cartões de Inscrição, Arranjo de Entrega do Cartão de Inscrição, Correção de Dados, Entrega de Cartões Corrigidos, Empacotamento dos Cartões Respostas, Embalagem das Provas e Cartões Respostas, Reunião com Coordenadores, Assessores com os Fiscais, Conferência dos Faltosos, Conferência das marcações múltiplas ou em branco, Conferência do Gabarito. • ANGELA MARIA MIRANDA SILVA, Diretora da Divisão de Certificação do DERCA. Atribuições funcionais: Diretora da Divisão de Certificação, acompanha a integralização curricular, responsabiliza-se pela documentação relativa a vida acadêmica do alunado, assume a responsabilidade pela prestação de qualquer informação contida nos arquivos acadêmicos do DERCA, prepara a lauda e adota providências quanto a confecção de diplomas de alunos concluintes, procede o registro de diplomas expedidos por outras IES, efetua análise prévia da documentação nos processos de integralização. Ações Extras: Conferência das Fichas de Inscrição, Processamento , Seleção e Entrega de Cartão de Inscrição, Arranjo de Entrega do Cartão de Inscrição, Correção de Dados, Entrega de Cartões Corrigidos, Empacotamento dos Cartões Respostas, Embalagem das Provas e Cartões Respostas, Reunião com Coordenadores, Assessores com os Fiscais, Conferência dos Faltosos, Conferência das marcações múltiplas ou em branco, Conferência do Gabarito . • MARIA LIVRAMENTO CARDELLY DINELLY Atribuições funcionais: Servidora lotada na Divisão de Certificação, efetua análise prévia da documentação nos processos de integralização, prepara a lauda e adota providências quanto a confecção de diplomas de alunos concluintes, procede o registro de diplomas expedidos por outras IES. Ações Extras: Inscrição, Conferência da Ficha de Inscrição, Conferência das Fichas de Inscrição, Processamento , Seleção e Entrega de Cartão de Inscrição, Arranjo de Entrega do Cartão de Inscrição, Correção de Dados, Entrega de Cartões Corrigidos, Empacotamento dos Cartões Respostas, Embalagem das Provas e Cartões Respostas, Conferência dos Faltosos, Conferência das marcações múltiplas ou em branco, Conferência do Gabarito. • CLAUDIO AUGUSTO BARATA LOPES Atribuições funcionais: Servidor lotado na Divisão de Certificação, é responsável pela confecção de diplomas e certificados de conclusão de curso, auxilia na análise prévia da documentação nos processos de integralização, prepara a lauda, procede o registro de diplomas expedidos por outras IES. Ações Extras: Conferência da Ficha de Inscrição, Conferência das Fichas de Inscrição, Processamento , Seleção e Entrega de Cartão de Inscrição, Arranjo de Entrega do Cartão de Inscrição, Correção de Dados, Entrega de Cartões Corrigidos, Empacotamento dos Cartões Respostas, Embalagem das Provas e Cartões Respostas, Reunião com Coordenadores, Assessores com os Fiscais, Conferência dos Faltosos, Conferência das marcações múltiplas ou em branco. CONCLUSÃO Em conformidade com o Art. 3º da Resolução N.º 1115/2000, que rege a prestação de serviço na UFPA, as atividades dos servidores registrados no item de participação no Vestibulinho 2002 não

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interferiram nas atribuições funcionais dos serviços fixados nas ações de cada servidor, considerando também que o Processo Seletivo às Matrículas Especiais da UFPA não ser uma atividade do DERCA. Quanto ao Plano Individual de Trabalho (PIT) mencionado na Resolução são para docentes lotados nos Departamentos Acadêmicos dos Centros. Quanto aos servidores do DERCA não existe o PIT, uma vez que as ações são articuladas com os demais departamentos da Pró-Reitoria de Ensino e vinculadas à Resolução N.º 549/85 - CONSUN, já relatadas anteriormente. Às Matrículas Especiais, amparada na Subseção C-3 do Regimento Geral da UFPA, relativas ao ingresso de alunos transferidos de outras IES, alunos da UFPA que desejam mudar de curso ou sede, e de diplomados. Trata-se de um evento que anualmente a UFPA promove, e que no passado era realizado pêlos Colegiados de Cursos. Hoje, o DAVES, órgão competente para a seleção, é o responsável pelo processo, cabendo ao DERCA as fases preliminares como cálculo de evasão, definição da afinidade entre os cursos e encaminhamento da minuta de Resolução ao Conselho Superior de Ensino e Pesquisa - CONSEP. Entendemos que do mesmo modo que docentes são envolvidos nos Concursos, para elaboração de provas ou correção das mesmas, o servidor pode realizar a prestação de serviço, desde que tenha um planejamento de suas ações fora do horário de expediente, ou que sejam contratados mais servidores para tal, ou ainda que se contrate pessoas de fora haja visto que o volume de trabalho no concurso desta natureza requer um grande número de pessoas envolvidas. 2. Em relação às despesas relacionadas no item 10.2.5.9 quanto as despesas com gêneros alimentícios para atender aos 16 professores da banca corretora que realizaram suas atividades no auditório do Centro de Letras e Artes, em aproximadamente duas semanas onde os docentes envolvidos, além de ministrarem suas aulas, realizaram a correção das redações dos candidatos com a metodologia de duas correções por redação, tarefa esta que se estendia por todo o dia, atingindo até as 24 horas de alguns dias. Destacamos a Apreciação da Auditoria Interna emitida à Universidade no início do ano quanto ao item 10.2.5.9.

As justificativas apresentadas não afastam as impropriedades apontadas, tendo em vista que a prestação de serviço para o público externo deve ser uma atividade planejada com os custos definidos de modo a contemplar não só o pagamento do pessoal, como também a compra de material de expediente, de gêneros alimentícios para os casos em que há necessidade de trabalho fora do horário de expediente e outros gastos relacionados ao objeto do contrato. Grifo meu

O próprio parecer da Comissão de Auditoria esclarece que, para os casos em que há necessidade de trabalho fora do horário de expediente existe a excepcionalidade, isto é, despesas com alimentação, desde que o Plano de Trabalho do evento esteja estabelecido no planejamento. Nesses termos, anexamos o Plano der Trabalho (anexo 2) e a distribuição do recurso detalhado por item de despesas (anexo 3) do Vestibulinho 2002, onde a planilha previa a despesas de gêneros alimentícios até R$23.000,00 e os gastos com biscoito, leite, café, água, refrigerante, material para sanduíche e outros constantes no demonstrativo do relatório (pag. 124) efetuou um total de R$ 2.299,47, o que corresponde a um percentual inferior a 10% do orçamento. Em conversa mantida com a Comissão de Auditoria, mencionamos a necessidade de termos estas despesas para agilizar, em tempo hábil, os processos que um concurso requer, isto é, dentro de um prazo pré-estabelecido, entregarmos o resultado da seleção, isso se faz necessário para que não haja interrupção ou baixa na qualidade das tarefas rotineiras, assim como seja garantido o êxito do Concurso, e resguardado a imagem de honestidade e confiabilidade da Universidade Federal do Pará. Como servidor público e gerente de administração acadêmica, temos a compreensão de que tudo requer planejamento, controle mas também, a valorização do servidor atuante, pois pessoas que trabalharam nesse tipo de atividade abdicam da vida social e do convívio familiar nos meses em que ocorreram os concursos e se apresentam dispostos ao engrandecimento da Instituição, do Estado e da Amazônia. APRECIAÇÃO:

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As extensas justificativas apresentadas já foram objeto de análise na Nota Técnica Nº 23/2003, não havendo fatos novos a serem apreciados. Os gastos com alimentação no montante de R$ 2.299,47 foram considerados incompatíveis com o serviço público e sem relação com o objeto do contrato para execução do processo seletivo de matrícula especial e devem se devolvidos à Conta Única do Tesouro. Recomendação mantida. 4.1.2.2 CONSTATAÇÃO: Falta de atendimento de diligência sobre acumulação de cargos requerida pela CGU/PA. A Controladoria-Geral da União no Pará, por meio do Ofício Nº 000342/CGUPA, de 09/01/2004, encaminhou à UFPA planilha resultante do cruzamento de dados extraídos do sistema SIAPE e da Relação Anual de Informações Sociais –RAIS, onde estão relacionados os servidores da Instituição que se enquadram em situações de acumulação ilegal, solicitando que a Entidade adotasse as medidas necessárias para a correção dos casos considerados irregulares. Foi fixado o prazo de 60 dias para apresentação de um Relatório de Progresso discriminando a situação de cada servidor. A diligência da CGU/PA decorreu de ações implementadas pela Controladoria-Geral da União com a finalidade de identificar a compatibilidade na acumulação de cargos com os normativos vigentes. O Ofício foi recebido na UFPA em 13/01/2004, entretanto a Entidade não encaminhou o aludido Relatório e tampouco apresentou justificativas sobre a falta de atendimento. Durante os trabalhos de auditoria, foi solicitado, por meio da SA Nº 58/2004, que a IFE justificasse a falta de atendimento do citado Ofício e que apresentasse o Relatório de Progresso indicando a situação de cada servidor e as providências adotadas para regularização das impropriedades/irregularidades. JUSTIFICATIVA: A UFPA não encaminhou justificativas e não apresentou a Relatório de Progresso. RECOMENDAÇÃO: Recomendamos à Universidade: 1- Atentar para o disposto no Art. 26, § 1º da Lei 10.180/2001, tendo em vista a sonegação de informações ao Órgão de Controle Interno:

Art. 26. Nenhum processo, documento ou informação poderá ser sonegado aos servidores dos Sistemas de Contabilidade Federal e de Controle Interno do Poder Executivo Federal, no exercício das atribuições inerentes às atividades de registros contábeis, de auditoria, fiscalização e avaliação de gestão.

§ 1o O agente público que, por ação ou omissão, causar embaraço, constrangimento ou obstáculo à atuação dos Sistemas de Contabilidade Federal e de Controle Interno, no desempenho de suas funções institucionais, ficará sujeito à pena de responsabilidade administrativa, civil e penal.

2- Encaminhar, no prazo de 10 dias, contados a partir do recebimento do presente relatório, as informações solicitadas por meio do citado Ofício Nº 000342/CGUPA.

4.2 SUBÁREA – CONTROLES INTERNOS 4.2.1 ASSUNTO – ATUAÇÃO DAS UNIDADES CENTRAIS DA ENTIDADE

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4.2.1.1 CONSTATAÇÃO: Falta de apuração de denúncia apresentada à Reitoria em agosto de 2002. O fato foi objeto de ressalva no Relatório de Auditoria do exercício de 2002, realizada no período de março a maio de 2003, em virtude da demora na apuração das denúncias por parte da UFPA. Para melhor elucidação da questão faremos um novo relato da situação, transcrevendo parte do ponto de autoria incluído no citado relatório.

Em 26 de agosto de 2002 foi apresentada à Reitoria da UFPA o documento chamado "Relatório Preliminar sobre a situação do Campus Universitário de Santarém/UFPA", pela Coordenadora Pro Tempore do Campus/UFPA/STM, Professora Raimunda Lucineide Gonçalves Pinheiro, protocolizado na UFPA sob o nº 017609/2002 em 29/08/2002, no qual são apresentadas diversas irregularidades constatadas pela referida servidora ao assumir a Coordenação, entre as quais destacam-se: - Contratação irregular de pessoal; - Pagamento indevido de servidores; - Indícios de falsificação de assinaturas em termos de recebimento de material; - Indícios de desvio de material de pesquisa; - Utilização indevida de prédios públicos; - Ordenação de despesas por servidor não autorizado.

Sobre o assunto foi elaborado o Parecer nº 641/02-MCO/PG, de 18/10/2002, que sugere abertura de sindicância e outros procedimentos necessários à apuração das irregularidades.

A então Corregedora-Geral da União, pelo Ofício Nº 3176/2002, de 21/10/2002, informou ao Reitor sobre a autuação de procedimento administrativo naquela Corregedoria, sob o Nº 00190.003483/2002-84, referente às denúncias de supostas irregularidades administrativas no campus de Santarém e solicitou, o encaminhamento, no prazo de 15 dias, de documentos e informações, especialmente quanto a instauração do competente processo apuratório.

A solicitação da Corregedoria-Geral da União foi autuada na UFPA gerando o processo Nº 23073.021195/2002-36. Nos referidos autos não consta informação sobre o atendimento da demanda daquele Órgão.

A Auditoria Interna manifestou-se em 04/04/2003, informando que dada a extensão da denúncia e a proximidade do encerramento do exercício de 2002, foi deliberado que seria realizada Auditoria Especial no Campus de Santarém somente em 2003.

O Procurador da República, Dr. Felício Pontes Jr., por meio do OF.PRM/STM/PA001/2003, de 13/01/2003, informou ao Magnífico Reitor a instauração do Procedimento Administrativo nº 1.23.002.000087/200-15, com o objetivo de apurar possíveis irregularidades ocorridas no Campus de Santarém, e requisitou informações acerca das medidas adotadas para apuração da denúncia.

O Magnífico Reitor informou, por meio do Ofício MCO/PG/050/2003, de 14/04/2003, que as providências encontravam-se em andamento e anexou os pareceres da Auditoria Interna e da Procuradoria Jurídica, supracitados.

Diante da flagrante demora na apuração, uma vez que a denúncia datava de agosto de 2002, a equipe de auditoria, por meio as SA Nº 50/2003, de 06/05/2003, solicitou informações sobre o estágio dos procedimentos instaurados para apurar os fatos denunciados.

Em atendimento a Coordenadora da Auditoria Interna informou que: "Esclarecemos que a Administração desta IFES, ao tomar conhecimento da denúncia, adotou as

seguintes providências: 1) Constituição de Comissão de Sindicância, através da Portaria nº 037/2003-CSa; 2) Trabalho "in loco" da Auditoria Interna, no período de 22 a 30 de abril, objetivando levantamento de dados concretos a respeito das supostas irregularidades apontadas, estando em fase de diligências para emissão de Relatório, o que ocorrerá até o dia 30/05/2003."

Os esclarecimentos foram acatados pela equipe, mas foi registrada a demora excessiva na adoção de providências, tendo em vista que naquela ocasião computava-se 8 (oito) meses desde o recebimento da denúncia até a formalização de procedimento apuratório, fatos que evidenciavam

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a existência de uma imagem negativa da Instituição perante a comunidade que tomou conhecimento das possíveis irregularidades.

Foi recomendado à direção da UFPA que efetuasse o encaminhamento do Relatório da Auditoria Interna à CGU/PA e que, nas próximas ocorrências, procedesse com maior tempestividade na apuração das denúncias que tiver conhecimento, com o objetivo de zelar pelo Princípio da Moralidade Pública.

Na presente auditoria, constatamos que a IFE não encaminhou o Relatório da Auditoria Interna para análise da CGU/PA e que as denúncias continuavam sem apuração.

Examinando o aludido Relatório da Auditoria Especial realizada no Campus de Santarém, concluído em 23/06/2003, verificamos que os fatos denunciados foram confirmados pela Auditoria Interna, que concluiu pela existência de fragilidades dos procedimentos nas áreas de pessoal, patrimônio, transportes, entre outros, ocasionando o descumprimento da legislação, com indícios de danos ao erário.

Sobre o relatório da auditoria especial a Procuradoria da Universidade, no Parecer nº 787/2003, de 30/07/2003, concluiu pela obrigatoriedade de instauração de Tomadas de Contas Especial para fins de imputação do possível dano provocado aos cofres públicos da UFPA.

Com relação à Sindicância instituída pela Portaria Nº 037/2003, de 16/04/2003, verificamos que a após duas revogações, vigorou a Portaria Nº 042/2003-CSa, de 30/04/2003, do Coordenador do Campus de Santarém, constituindo Comissão para apurar, no prazo de 30 dias, os fatos relacionados à denuncia em questão.

Compulsando diversos processos relacionados ao fato, localizamos no Processo Nº 23073.021310/2003-53 um Relatório da Comissão de Sindicância, de 17/09/2003, no qual a Comissão conclui pela desnecessidade de prosseguimento de seus trabalhos, alegando já ter sido objeto de apuração, aduzindo o seguinte: “ . . . Durante os trabalhos da Comissão a Reitoria da UFPA instituiu Auditoria Interna Especial, código UGR 153549, com o objetivo de apurar as denúncias existentes nos processos transditos. Compulsando os trabalhos da Auditoria Interna Especial, o relatório aponta para dois nortes: a) a existência de dano ao erário e a necessidade de seu ressarcimento; b) indícios da ocorrência de delitos de improbidade administrativa. Encaminhado à Procuradoria da Universidade Federal do Pará, esta, acolhendo a manifestação quanto ao desaparecimento de bens, sugere a instauração de tomada de contas especial, com fulcro no art. 8º, da Lei Nº 8.432/92. Percebe-se, no entanto, que inexiste qualquer manifestação quanto às providências a serem tomadas, aos servidores públicos que supostamente cometeram delitos, dentre os quais: a) simulação de licitação; b) admissão de pessoal; c) além de outros delitos praticados por servidores em face da Administração Pública, com previsão no CPB. Como podemos perceber na documentação constante do Relatório da Auditoria Interna Especial, servidores que foram ouvidos, confessam o cometimento das irregularidades penais acima mencionadas, que, por si só, fornece fortes indícios que os fatos aconteceram. Desta forma, a Comissão conclui pela desnecessidade do prosseguimento de seus trabalhos, dando por concluído, posto que já foi objeto de apuração. A Comissão reitera o pedido de Tomada de Contas com a finalidade de ser, o mais breve possível, o ressarcimento ao erário. Entende ainda, que a Procuradoria não foi o suficiente clara, portanto, com omissão quanto a falta funcional dos servidores que, em tese, se caracterizam crimes, recomendando por derradeiro que: 1) seja remetido a douta Procuradoria da UFPA, para que realize os procedimentos necessários para apurar os atos que atentam contra o bem jurídico tutelado, ou seja, os delitos praticados com a Administração Pública, com brevidade, tendo em vista o prazo prescricional; 2) que seja remetida cópia do Relatório da Comissão de Auditoria Interna Especial e do Relatório desta Comissão, ao Ministério Público Federal, tendo em vista

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aquele Órgão ter conhecimento dos procedimentos que o Campus da UFPA em Santarém, estava realizando; 3) seja dado ciência à comunidade universitária deste Campus. Da leitura supra, depreende-se que a Comissão concluiu o processo, sem apurar os fatos, por entender que o Relatório da Auditoria Interna já continha elementos suficientes, inclusive com depoimentos e confissões, para confirmar os indícios denunciados. Assim, propôs que a Procuradoria adotasse providências para apuração dos atos praticados contra a Administração Pública. Nos diversos processos examinados não localizamos parecer da Procuradoria-Geral da UFPA sobre o relatório da Comissão ou despacho da autoridade competente arquivando a sindicância. Considerando que o aludido relatório foi expedido em 17/09/2003, evidenciamos a omissão da Administração da IFE na apuração de responsabilidades pela prática de atos irregulares denunciados e confirmados pela auditoria interna da própria Universidade. De todo esse imbróglio de informações, tem-se que, em síntese, decorridos 1 ano e 9 meses, não foram apuradas as responsabilidades pelas irregularidades praticadas no Campus Universitário de Santarém, apesar das demandas externas do Ministério Público Federal e Controladoria-Geral da União. Sobre a ocorrência, solicitamos ao gestor, por meio da SA Nº 44/2004, o seguinte: 1-Informar quais as providências adotadas para apuração de responsabilidades pela prática das infrações relatadas no Relatório de Auditoria Especial em Santarém, com indícios de danos aos erário; 1- Disponibilizar os processos Nºs 019338/2002, 021195/2002 e 001366/2003, para exame; 2- Informar a fase atual do Processo de Sindicância instaurado pelo Coordenador do Campus de Santarém por meio da Portaria Nº 042/2003, apresentando-o para análise, caso esteja disponível; 3- Informar se foi instaurada tomada de contas especial, conforme recomendado pela Procuradoria dessa Entidade no Parecer Nº 787/2003-MCO/PG; 4- Apresentar cópias dos processos Nºs 23073.019490/2003-02 e 23073.021310/2003-53 e do citado Relatório de Auditoria. JUSTIFICATIVA: Não houve manifestação da Entidade sobre os pedidos de justificativas, sendo somente encaminhados, pela Auditoria Interna, os processos solicitados. RECOMENDAÇÃO: Recomendamos ao gestor: 1- Determinar a reunião de todos os processos relacionados com a denúncia e encaminhá-los à Procuradoria-Geral da Entidade, para emissão de parecer conclusivo sobre os atos necessários para a efetiva apuração das irregularidades e punição dos responsáveis, especialmente com relação ao Relatório da Comissão de Sindicância instituída pela Portaria Nº 042/2003-Csa;

2- Apresentar à CGU/PA, no prazo de 15 dias, contados a partir do recebimento deste relatório, as providências que serão realmente adotadas para apurar responsabilidades pela prática das irregularidades no Campus Universitário de Santarém, sob pena de infringência ao disposto no Art. 143, da Lei Nº 8.112/90.

4.2.2 ASSUNTO - ATUAÇÃO DA AUDITORIA INTERNA 4.2.2.1 CONSTATAÇÃO:Deficiências na elaboração do Plano Anual de Atividades de Auditoria Interna – PAAAI / 2004.

Com o objetivo de avaliar as atividades desenvolvidas pela Auditoria Interna da UFPA examinamos o Plano Anual de Atividades de Auditoria Interna - PAAAI / 2004. O referido documento foi encaminhado à CGUPA, por meio, do Ofício nº044/2003-AUDIN em 20/11/2003.

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Da análise do PAAAI / 2004, constatamos que o mesmo está formalizado de acordo com as normas que regem a matéria, todavia foram sugeridos alguns ajustes, através do Ofício nº1.180/CGUPA, de 03 dezembro de 2003, conforme a seguir: 1 – Inclusão de exames da execução dos convênios e contratos realizados com a participação da FADESP e do POEMA; 2 – Inclusão de exame e avaliação dos mecanismos de controle da freqüência dos professores em sala de aula existentes nos diversos Centros; 3 – Fixação de datas mais precisas de cada atividade a ser realizada, evitando a apresentação de períodos longos, concorrentes com outras atividades, o que causa indefinição sobre o início e término de cada atividade e apresentação dos relatórios de auditoria.

Não obtivemos resposta da Entidade sobre os ajustes sugeridos pela CGUPA. Salientamos que o atingimento dos objetivos pretendidos podem ficar prejudicados, no

tocante as atividades que serão desenvolvidas ao longo do exercício de 2004, caso não se estabeleça as respectivas datas de início e término para cada atividade a ser realizada.

Ressaltamos, ainda, que a referida impropriedade foi objeto de recomendação do item 4.2.2.1 do relatório de auditoria nº116400 da CGUPA, relativo a avaliação de gestão do exercício de 2002. JUSTIFICATIVA:

Por meio da Solicitação de Auditoria nº13/2004, de 26/03/04, solicitamos a IFE informações sobre os ajustes sugeridos pela CGUPA para o PAAAI / 2004, em atendimento ao Ofício nº1.180/CGUPA(03/12/03), entretanto até o encerramento deste relatório não obtivemos resposta. RECOMENDAÇÃO:

Recomendamos à direção da UFPA que determine o aprimoramento na elaboração PAAAI visando refletir o planejamento efetivo, detalhando as datas de início e término para cada atividade a ser realizada. Ressaltamos que o referido fato será objeto de verificação por ocasião da próxima auditoria, visto que há reincidência da referida impropriedade. 4.2.2.2 INFORMAÇÃO: Avaliação das atividades realizadas pela Auditoria Interna.

Para analisar as atividades da Auditoria Interna da UFPA solicitamos a apresentação do Relatório Anual das Atividades de Auditoria Interna – RAAAI / 2003, já que não ocorreu o encaminhamento deste à CGUPA no prazo legal.

Por meio da Solicitação de Auditoria Prévia, de 05/03/04 solicitamos a apresentação do RAAAI / 2003, contudo não obtivemos resposta da IFE. Posteriormente emitimos a Solicitação de Auditoria nº13/2004, de 26/03/04, onde reiteramos a solicitação de apresentação do aludido relatório, tendo a Coordenadora da AUDIN nos apresentado o referido relatório, com data de 31/12/03. Do relatório retiramos as seguintes informações: 1) A efetiva força de trabalho da AUDIN em 2003 era a seguinte: Coordenadora: Vera de Nazaré Motta Conceição – Contadora (até agosto) Angela Maria Rodrigues Santos – Contadora (a partir de 1º de setembro) Assistente:

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Sônia Maria Pereira Rabelo – Administradora Corpo Técnico: Apolinário Alves Filho – Contador Elinete de Lima Pinheiro - Técnico em Assuntos Educacionais Ester Helena Brabo Arero - Contadora Idemar Rodrigues Ferreira – Contador (até outubro) Mildéa Maria Carvalho Coutinho – Contadora Secretária: Hirna Ivaneide Marechal Saunders (a partir de dezembro) 2) Foram realizadas 02 (duas) auditorias: a) Auditoria Especial e de Gestão no Campus Universitário de Santarém (Período de 22 a 30/04/03); b) Auditoria na Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa – FADESP no termo de convênio firmado com a Mineração Rio do Norte e nos termos de contrato nº573, 576, 579 e 642 firmados com a PROEX. 3) Outros trabalhos realizados pela AUDIN foram: a) Monitoramento das recomendações apresentadas no relatório de auditoria nº100056 da CGUPA, referente a verificação do fluxo operacional do sistema de avaliação e pagamento, da gratificação de estímulo à docência – GED; b) Monitoramento das recomendações apresentadas no relatório de auditoria nº116400 da CGUPA, referente a prestação da UFPA, exercício de 2002; c) Monitoramento das recomendações decorrentes da auditoria realizada no Centro Sócio-Econômico; d) Monitoramento das recomendações decorrentes da auditoria realizada no Centro de Ciências da Saúde; e) Análise de processos de suprimento de fundos dos Centros de Ciências da Saúde e Sócio-Econômico, referente ao período de janeiro a setembro; f) Emissão de 160 pareceres sobre: aposentadoria, averbação de tempo de serviço, comissão de sindicância, convênios, contratos, acordos, denúncia, processo administrativo disciplinar, reajuste de preço, revisão contratual, tomada de contas do almoxarifado central e patrimônio e suprimento de fundos; g) Atualização pelo sistema PTA dos processos de sindicância e administrativo disciplinar, no período de 1995 a 2003; h) Elaboração do orçamento 03/04 - AUDIN / lançamento no sistema de planejamento e orçamento – SISPLO / UFPA; i) Elaboração do PAAAI – 2004; j) Participação em eventos e cursos: atualização gramatical (05 a 09/05/03), curso de auditoria pública (19 a 30/05/03), sistema de planejamento e orçamento – SISPLO (10/06/03), XVIII Fórum Nacional de Auditores Internos – FONAI/MEC (10 a 13/06/03), curso de auditoria governamental nas organizações públicas (16 a 18/06/03), XIX Fórum Nacional de Auditores Internos – FONAI/MEC (01 a 04/12/03).

Destacamos que na relação de atividades não há registro do período de realização, prejudicando a aferição das ações executadas pela AUDIN no exercício de 2003, excetuando destes a Auditoria Especial e de Gestão no Campus Universitário de Santarém e os eventos e cursos.

Quanto a dedicação da AUDIN a sua atividade principal, que é a realização de atividades de auditoria, verificamos que pouco tempo foi utilizado para este fim, pois foram realizadas

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apenas 02 (duas) auditorias no ano, correspondendo à 09 (nove) dias de campo, com dedicação de parte de sua força de trabalho. Salientamos que esta impropriedade foi objeto de recomendação do item 4.2.2.2 do relatório de auditoria nº116400 da CGUPA, relativo a avaliação de gestão do exercício de 2002. RECOMENDAÇÃO:

Recomendamos à direção da Universidade que determine à Auditoria Interna que direcione suas atividades à realização de auditoria, de maneira a efetivar sua missão principal de forma adequada, e utilizar a força de trabalho disponível de forma mais eficiente. 4.2.3 ASSUNTO – SISTEMA DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS 4.2.3.1 INFORMAÇÃO: Em consulta ao Sistema Integrado de Administração Financeira – SIAFI, constatamos que a Entidade teve sua conformidade contábil registrada com restrição nos meses de fevereiro e dezembro de 2003 em função de “saldos alongados em contas transitórias do passivo circulante” e “falta de recolhimento de obrigações”, respectivamente. Recomendamos ao setor de finanças maior empenho na execução financeira visando evitar a ocorrência das falhas relatadas neste item, com reflexos na contabilidade da Instituição. 4.2.4 ASSUNTO – FORMALIZAÇÃO DA PRESTAÇÃO DE CONTAS 4.2.4.1 INFORMAÇÃO: A Prestação de Contas está instruída de acordo com as determinações da Instrução Normativa/SFC Nº 02/2000 e da Instrução Normativa/TCU Nº 12/1996, sendo apresentada de forma completa em virtude do montante das despesas executadas no exercício de 2003 ter sido superior ao limite estabelecido pela Decisão Normativa/TCU Nº 53, de 10/12/2003, conforme abaixo demonstrado. TOTAL DA DESPESA REALIZADA R$ 284.320.731,82 LIMITE ESTABELECIDO PELO TCU R$ 100.000.000,00 REPRESENTATIVIDADE 258,32% 5 GESTÃO OPERACIONAL 5.1 SUBÁREA – AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS 5.1.1 ASSUNTO – EFICÁCIA DOS RESULTADOS OPERACIONAIS 5.1.1.1 INFORMAÇÃO: ELEVADO Nº DE CURSOS COM CONCEITOS “D” E “E” NO PROVÃO. A UFPA teve 74 cursos submetidos ao “PROVÃO” em 2003, sendo que 25, ou cerca de 34 % do total avaliado, receberam conceitos D ou E, e apenas 04 ( quatro ) receberam conceito A, sendo que 09 ( nove ) ficaram com conceito B. A análise histórica revela que, de 2000 a 2003, os cursos com conceito D passaram de 4 para 15 e com conceito E de 6 para 10. Os cursos com conceito A caíram de 6, em 2002, para apenas 4 em 2003 e com conceito B de 10 para 9 no mesmo período.

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Os cursos com conceito C subiram de 25 em 2002 para 33 em 2003, no entanto a evolução relativamente ao total de cursos avaliados, que passou de 57 em 2002 para 74 em 2003, foi pequena, passando de 44 % para 45 %. O quadro a seguir ilustra a evolução dos conceitos recebidos pelos cursos da UFPA de 2000 a 2003.

Conceito 2000 % 2001 % 2002 % 2003 % A 0 - 3 7% 6 11% 4 5% B 9 36% 7 17% 10 18% 9 12% C 6 24% 22 54% 25 44% 33 45% D 4 16% 8 20% 8 14% 15 20% E 6 24% 1 2% 8 14% 10 14%

S / C 0 - 0 - 0 - 3 4% TOTAL 25 100% 41 100% 57 100% 74 100%

JUSTIFICATIVA:

Diante desse quadro, solicitamos, por meio da S/A nº 62/2004, de 27/04/2004, que a Universidade informasse os motivos que levaram a essa situação, bem como informar as medidas que estavam sendo tomadas para a melhoria dos cursos que estão com baixo conceito.

Relativamente aos motivos que levaram a atual situação dos cursos que obtiveram

conceitos “D” e “E” no provão, não obtivemos resposta da UFPA. Quanto as medidas que estão sendo adotadas pela Instituição para a melhoria desses

cursos, a Universidade informou: 1. Programa de Avaliação Processual do Ensino de Graduação. Refere-se a um conjunto de ações que visa à implementação sistemática da avaliação nos cursos de

graduação, no sentido de consolidar, tornar permanente esse processo. Objetivam levantar dificuldades e oportunidades para subsidiar a tomada de decisão referente à criação ou extensão de cursos, reformulação de projetos pedagógicos, formas de acesso aos cursos de graduação, gerência acadêmica, atuação docente e discente, dentre outras. As ações desse projetos são concomitantes e complementares às demais ações referidas nos outros programas.

2. Implementação do Projeto Político Pedagógico da UFPA.

Destacam-se os seguintes projetos: Políticas educacionais para os cursos de graduação da UFPA; Regulamentação da oferta de cursos de nível superior, de extensão e de pós graduação a distância; Criação de cursos.

Trata-se de ações agrupadas em três projetos a fim de construir o projeto pedagógico institucional. Para tal, busca-se propor, discutir, sistematizar e regulamentar diretrizes curriculares para os cursos de graduação, em conformidade com as normas nacionais e as exigências dos avanços do conhecimento universal; procedimentos institucionais para o oferta de cursos, aumento e flexibilização de vagas. Objetivam-se, também, subsidiar a reformulação do estatuto e regimento da UFPA sobre assuntos referentes ao ensino da graduação. A partir dessas ações, a identidade institucional será desenhada. 3. Investimento na qualificação do corpo docente. A UFPA vem investindo na qualificação de seu corpo docente, elevando significativamente o número de mestres e doutores nos últimos cinco anos, contando com 484 doutores e 676 mestres em seu quadro.

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Atualmente 465 professores encontram-se cursando pós-graduação em nível de mestrado e doutorado.

4. Investimentos em infra-estrutura. Estão sendo feitos investimentos em infra-estrutura como a melhoria das instalações físicas ( salas de

aulas, laboratórios, bibliotecas, etc. ), aquisição de equipamentos e acervo bibliográfico para a biblioteca central e setoriais.

As medidas supracitadas, demonstram o esforço que a Universidade Federal do Pará vem empreendendo, no sentido de neutralizar as disfunções identificadas e buscar soluções que resultem na oferta de um ensino de qualidade.

RECOMENDAÇÃO: Acatamos as justificativas apresentadas, porém lembramos o grande número de professores temporários em atividade na Universidade, bem como o elevado número de profissionais cedidos, o que contribui sobremaneira para a queda da qualidade no nível dos cursos. 6 GESTÃO ORÇAMENTÁRIA 6.1 SUBÁREA – ANÁLISE DA PROGRAMAÇÃO 6.1.1 ASSUNTO – ESTIMATIVA DAS RECEITAS 6.1.1.1 CONSTATAÇÃO: Falta de Registro Contábil das Receitas Próprias no SIAFI.

Segundo o Balanço Orçamentário de 2003, a Universidade Federal do Pará apresentou a seguinte distribuição orçamentária por fonte de recursos:

Origem da Receita Autorizada – R$ Arrecadada – R$ Recursos do Tesouro Nacional

265.616.703,01 254.762.656,00

Recursos de Convênio 26.483.047,01 26.483.047,01 Recursos Próprios 3.984.078,00 3.970.048,06

A Rubrica Recursos Próprios apresentou em relação a 2002, um aumento de 11,24%, bem abaixo do incremento verificado no biênio 2001/2002, sendo que a Receita de Serviços prevista para 2003 foi menor do que a Receita arrecadada em 2002. Com o objetivo de quantificar a receita de serviços que não transita pela Conta Única do Tesouro pois os créditos são efetuados em nome da Fundação de Apoio, que intermedia os contratos assinados pela UFPA, solicitamos informações a respeito da receita total realizada em 2003, proveniente da celebração de contratos e convênios via FADESP. De acordo com as informações da Fundação de Apoio, as receitas recebidas em 2003 totalizaram R$ 20.533.627,81 (Vinte milhões, quinhentos e trinta e três mil, seiscentos e vinte e sete reais e oitenta e um centavos). JUSTIFICATIVA Na justificativa apresentada a respeito da previsão de Receitas de Serviços de 2000 ter sido menor do que a receita arrecada em 2002, o Reitor apresentou cópia do Ofício 298/2003-SPO/GAB/MEC de 05/05/2003 onde é informado que não foi possível atender à solicitação de crédito adicional no valor de R$ 1.242.295,00 tendo em vista a insuficiência de recursos excedentes oriundos de superávites financeiros, fruto da não suplementação orçamentária no exercício corrente.

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APRECIAÇÃO: No Relatório de Auditoria de Gestão de 2002 ficou registrado que a Universidade Federal

do Pará vem ao longo dos anos mantendo uma movimentação financeira paralela à Conta Única do Tesouro, por meio de contas correntes abertas em instituições financeiras em nome da FADESP, onde são recebidos e movimentados os recursos provenientes dos contratos de serviços celebrados.

O pequeno aumento verificado na rubrica Receita Própria em 2003 contrasta com o incremento observado em 2002, que foi de 221,5%.

Esse fato aliado ao total da receita de serviços arrecadada via FADESP, que corresponde a mais de 5 vezes ao valor registrado como Receita Própria no Balanço da UFPA, evidenciam que essa prática está sendo fortalecida, apesar das recomendações deste órgão de Controle e da Jurisprudência do Tribunal de Contas da União, que tem reiteradamente se posicionado contra essa movimentação de recursos públicos fora do SIAFI.

A justificativa apresentada trata de solicitação de crédito adicional, porém a falta de registro das receitas próprias da UFPA não tem origem na negativa de concessão de complementação orçamentária e sim na inadequada programação do orçamento.

A Universidade não apresentou à Equipe de Auditoria documentos que comprovassem que, em algum momento, foi feita gestão junto a SPO/MEC para incluir essas receitas no orçamento da Universidade com base nos contratos assinados e nas metas programadas.

RECOMENDAÇÃO:

Recomendamos à Universidade Federal do Pará que atente ao disposto no Decreto Nº 4.950, DE 9 DE JANEIRO DE 2004, “in verbis”: Art. 1º A arrecadação de todas as receitas realizadas pelos órgãos, fundos, autarquias, fundações e demais entidades integrantes dos orçamentos fiscal e da seguridade social, far-se-á por intermédio dos mecanismos da conta única do Tesouro Nacional, na forma regulada por este Decreto. 1º O produto da arrecadação de que trata o caput será recolhido à conta do órgão central do Sistema de Programação Financeira do Governo Federal, por meio do Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal - SIAFI. 2º Serão objeto de programação financeira todas as receitas com trânsito pelo órgão central do Sistema de Programação Financeira do Governo Federal. 3º A implementação do regime de arrecadação previsto no caput deste artigo poderá ser feita de forma progressiva, observado o prazo máximo de seis meses, segundo critérios estabelecidos pela Secretaria do Tesouro Nacional. Art. 2º Nos casos de receitas que têm origem no esforço próprio de órgãos e entidades da administração pública nas atividades de fornecimento de bens ou serviços facultativos e na exploração econômica do patrimônio próprio, remunerados por preço, bem como o produto da aplicação financeira, o Ministro de Estado da Fazenda poderá autorizar que a apropriação contábil da receita e o recolhimento do produto da arrecadação sejam realizados no SIAFI nos respectivos órgãos e entidades. 6.2 SUBÁREA – ANÁLISE DA EXECUÇÃO 6.2.1 ASSUNTO – EXECUÇÃO DAS DESPESAS CORRENTES 10.1.1.2 INFORMAÇÃO: Em análise aos processos licitatórios da Entidade, verificamos que nos processos de Tomada de Preços abaixo listados não constavam os comprovantes de publicação dos editais de licitação no Diário Oficial da União e em jornal de grande circulação, contrariando o estabelecido no artigo 38, II, da Lei 8.666/93.

Processo Modalidade/Número

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23073-021448/2003-71 Tomada de preços n° 12/2003 23073-006503/2003-10 Tomada de preços n° 13/2003 23073-022016/2003-31 Tomada de preços n° 14/2003 23073-022015/2003-79 Tomada de preços n° 16/2003 23073-023326/2003-64 Tomada de preços n° 17/2003

Por meio da Solicitação de Auditoria n° 37 questionamos a Entidade sobre a ocorrência. Em

resposta, o Departamento de Administração de Material apresentou os comprovantes de publicação dos referidos editais, informando que a Assessoria de Imprensa, passará a remeter, regularmente, os comprovantes à Comissão de Licitações para imediata juntada aos processos correspondentes. É importante lembrar à Entidade que a falta de publicação dos editais fere frontalmente o princípio da publicidade e da isonomia que devem permear os processos licitatórios. Assim, cabe a recomendação de que a Entidade faça constar em todos os seus processos licitatórios os comprovantes da publicação do edital resumido conforme dispõe o inciso II do artigo 38 da Lei 8.666/93. 6.2.1.2 CONSTATAÇÃO: Afronta ao Princípio da Moralidade.

Constatamos a compra de gêneros alimentícios (refeições, doces, refrigerantes, tortas doces, biscoitos, lanches diversos) com recursos do Processo Seletivo de Matrículas Especiais, conforme tabela anexa:

FAVORECIDO VALOR –R$

Supermercado Formosa 1.039,78 Supermercado Formosa 511,27 Afonso Marçal e Cia Ltda. 4.232,80 Afonso Marçal e Cia. Ltda 6.038,.40 Tia Maria Doceria 124,00 Supermercados Nazaré Ltda 13,50 Supermercado líder 25,30 Panificadora Sarges 188,46 Restaurante Avenida 62,60 TOTAL 12.275,71

Ante a falta de amparo legal para esse tipo de despesa, solicitamos justificativas a Diretora do DAVES.

JUSTIFICATIVA: “Os pagamentos se referem à compra de refeições e lanches aos professores que corrigiram as provas

do vestibulinho (cerca de 40 professores, 14 servidores do DAVES, vigilantes, motoristas e aos professores e alunos que participaram da seleção de isentos da taxa de PSS). Deve ser considerado o lapso de tempo em que as atividades foram desenvolvidas, referentes às duas ações, tanto ao vestibulinho quanto ao processo de seleção da isenções à taxa do PSS. A direção do DAVES procurou na medida do possível variar o tipo de lanche oferecido, considerando o tempo das atividades, a importância do trabalho desenvolvido, assim como o universo dos participantes nestas atividades, sempre objetivando fornecer condições qualitativas compatíveis à importância do trabalho desenvolvido.” APRECIAÇÃO: A justificativa da Diretora do DAVES é descabida e inaceitável pelas seguintes razões:

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1. Todos os envolvidos na execução do “Vestibulinho” foram remunerados, recebendo um adicional ao salário;

2. Todos os servidores públicos recebem auxílio alimentação que , embora de valor abaixo do ideal, tem o objetivo de cobrir os gastos com alimentação;

3. Algumas Notas Fiscais são referentes a compra de tortas, doces finos e croissants refletindo o caráter supérfluo dos gastos realizados com dinheiro público, num desrespeito ao princípio da moralidade;

4. Os restaurantes que foram chamados a apresentar propostas para fornecimento de refeições estão entre os melhores de Belém na especialidade e o preço contratado está acima da média praticada dentre os restaurantes que trabalham no sistema por quilo e operam no Campus da UFPA, evidenciando afronta ao princípio da economicidade;

5. O trabalho desenvolvido no âmbito do DAVES não é melhor nem mais importante do que os outros praticados pelos demais servidores públicos de modo a merecer tratamento privilegiado.

Esse procedimento foi objeto de ressalva no Relatório de Auditoria de Gestão de 2002, quando foi recomendado a devolução dos valores gastos com a compra de refeições. A reincidência da UFPA demonstra desrespeito às recomendações deste Órgão de Controle e à jurisprudência do Tribunal de Contas da União.

RECOMENDAÇÃO: Recomendamos à Universidade Federal do Pará que devolva à Conta Única do Tesouro o valor de R$ 12.275,71 referente às despesas feitas sem amparo legal. 6.2.1.3 CONSTATAÇÃO: Despesas em afronta ao Princípio da Economicidade - Convênio UFPA/FUNDACENTRO. Constatamos na execução do Convênio UFPA/FUNDACENTRO intitulado Melhoria da Qualidade Vida do Trabalhador: Pesquisa e Informação a realização de despesas por preços acima da média do mercado, conforme evidenciamos a seguir: Despesas com a realização de Coffe-Break:

Local Favorecido Valor- R$ Nº Participantes Valor Médio Bragança Íbis Pousada 984,23 Não informado -------------- Marabá Calixto José Yagihi 557,90 180 3.09 Redenção Célia Queiroz Silva Gomes 368,43 106 3,47 C.do Araguaia José Carlos Souza Santos 594,72 118 5,04 Xinguara Lucilene Gomes Pereira 526,31 103 5,10 Marituba Maria Vanda Correa Torres 473,68 83 5,70 Ananindeua Maria Vanda Correa Torres 533,68 83 6,42 Vitória do Xingu

Nara Rejane de C T. Noronha 3.957,34 201 19,68

Castanhal Paulo Roberto Belleza do Valle

1.103,57 106 10,45

Altamira Manoel Fernando T. Rodrigues

4.794,67 224 21,40

JUSTIFICATIVA: Não foram solicitadas justificativas a respeito, durante o trabalho de campo.

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APRECIAÇÃO: Os preços praticados em Vitória do Xingu e Altamira excedem em mais de três vezes a média do preço praticado nas outras cidades, calculada em R$ 5,61 por pessoa.

Excluindo as duas cidades com preços mais elevados, o desvio-padrão da amostra é de R$ 2,43. Desse modo, pode-se fixar o valor máximo aceitável como sendo R$ 8,00 por pessoa (Média + Desvio-padrão).

Assim, o maior valor total tolerável pelos dois eventos nas cidades de Altamira e Vitória do Xingu, com a participação de 425 pessoas, seria de R$ 3.400,00.

Considerando que foi pago nos dois eventos o total de R$ 8.752,01, restou evidenciado um superfaturamento de R$ 5.352,01.

RECOMENDAÇÃO: Recomendamos ao Coordenador do Projeto- Mário Nazareno Noronha Faria e Souza- que devolva à Conta do Convênio o valor de R$ 5.352,01 6.3 SUBÁREA – CONVÊNIOS/SUBVENÇÕES 6.3.1 ASSUNTO – FORMALIZAÇÃO LEGAL 6.3.1.1 CONSTATAÇÃO: Celebração de Convênio com o INCRA/PRONERA via FADESP sem a interveniência formal da UFPA. O Convênio celebrado em 29/12/2000- INCRA/ PRONERA/FADESP é executado pelo Centro de Pedagogia da UFPA, porém não há registro da participação da Universidade no Termo do Convênio.

No Plano de Trabalho, a entidade proponente é a FADESP, entretanto na justificativa da proposição consta que o projeto é fruto de parceria entre o Curso de Pedagogia da UFPA e o Setor de Educação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra- MST .

De acordo com a Cláusula Primeira do Termo de Convênio, o objetivo do Convênio é “qualificar e capacitar professores que atuam em projetos de assentamento, de modo a contribuir para o aumento da escolaridade e da consciência da cidadania.

Na cláusula Segunda que trata das obrigações da parte , não há referência à UFPA. A Cláusula Décima Quarta- dos Executores reza: Ficam designados como executores do presente

convênio, o Diretor Executivo da FADESP como seu representante e a Coordenação Regional do PRONERA, na Superintendência Regional do INCRA no Estado do Pará, como representante do INCRA.

JUSTIFICATIVA: Questionada sobre o fato, a FADESP informou: “- Em 1988, foi assinado um Convênio de cooperação que instrumentalizava a relação desenvolvida entre as unidades desta IFES e a sua Fundação de Apoio. A partir de setembro de 2001, quando se iniciou a nova gestão tanto da UFPA quanto da FADESP, passou-se (Universidade e Fadesp) a construir outro tipo de relação onde a UFPA obrigatoriamente participa de todos os ajustes onde o pessoal vinculado a esta IFES atua na execução. Atualmente já não se considera mais que um Convênio assinado com um objeto tão amplo e genérico possa servir de respaldo a uma relaçao tão dinâmica e atual, e que a cada ano se formaliza albergando as mais diversas relações. Presentemente, a UFPA está envolvida em todas as ações apoiadas pela FADESP cujos instrumentos tem por base a Lei 8.958/94.” APRECIAÇÃO: A resposta apresentada remete a gestões passadas a prática da FADESP de celebrar contratos e convênios para execução pela UFPA, sem que esta figure como partícipe nos termos da avença.

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Esse procedimento leva a situações como a tratada neste ponto, onde a FADESP celebrou Convênio para a implementação de um Curso de Licenciatura Plena em Pedagogia nos assentamentos do MST sem incluir, nos Termos do Convênio, participação da Instituição legalmente apta para ministrar o curso, o que, com certeza, vai dificultar a certificação dos concluintes. RECOMENDAÇÃO: Recomendamos a UFPA que providencie a assinatura de termo aditivo para regularizar a situação do convênio INCRA/FADESP. 7 GESTÃO FINANCEIRA 7.1 SUBÁREA ´- RECURSOS DISPONÍVEIS 7.1.1 ASSUNTO – SUPRIMENTO DE FUNDOS ROTATIVOS 7.1.1.1 CONSTATAÇÃO: Falta de instauração de Tomada de Contas Especial pela não comprovação de suprimento de fundos. Verificamos que se encontra registrado na conta 112290800 o valor de R$-1.900,00 (Hm mil e novecentos reais) desde 06/08/1997, referente a concessão de Suprimento de Fundos à servidora Sônia Maria Baldez, sem a devida prestação de contas. JUSTIFICATIVA Em atendimento a Solicitação de Auditoria nº 039/2004 de 15/04/2004 a Entidade informou o seguinte:

“O Suprimento de fundos em tela foi concedido à servidora Sônia Maria Baldes Viana em 06/08/97. Decorrido o prazo para prestação de contas das despesas efetuadas, a mesma foi notificada a prestar conta do recurso aplicado. Ocorre que, devido a divergências entre o proponente e a suprida, no tocante a certificação dos documentos, a mesma apresentou somente em 1999, a documentação referente as despesas contendo impropriedades, que foram rejeitadas pelo setor responsável pela análise de contas no Departamento de Finanças.” Em que pese notificada a promover a regularização da documentação apresentada, a servidora em questão alegou que a responsabilidade pelas impropriedades era do proponente, e não sua. Ocorre que, ao se iniciar os procedimentos para intimar a servidora a apresentar prévia defesa, tomamos conhecimento que a mesma encontrava-se em exercício provisório na Universidade Federal da Paraíba, desde 08/11/2001, conforme Portaria nº 1445/2001, o que dificultou o andamento dos procedimentos administrativos. Considerando, contudo, que a servidora já tinha tido a oportunidade de apresentar a defesa, e não o fez, posto que transferiu a responsabilidade a sua Chefia imediata pelas impropriedades apontadas pela DEFIN, foi solicitado pela diretoria da Divisão de Contabilidade desse departamento abertura de processo de Tomada de Contas Especial, porém as providências não foram tomadas, tempestivamente em face do desconhecimento procedimental para a instauração da Tomada de Contas Especial. Conforme orientação da Equipe de Auditoria, fornecendo as informações pertinentes quanto ao rito da Tomada de Contas Especial, estaremos tomando as providências legais que se fizerem à regularização da questão. Em, 31/12/2003, através do MEMO 419/2003 – DICON/DEFIM, a Divisão de Contabilidade – DICON, solicitou ao Diretor do DEFIN a abertura de Tomada de Contas Especial – Da Responsabilidade, diante da omissão da suprida em comprovar a aplicação do recurso de R$-1.900,00 concedido em 1997 para Sônia Maria Baldes Viana, lotada na época na Casa de Estudos Germânicos. Considerando o prazo decorrido para comprovação da aplicação de recursos, entendemos que a suprida deverá devolver ao erário público o valor de R$-1.900,00 (Hm mil novecentos reais).”

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APRECIAÇÃO: Não acatamos a justificativa apresentada pela Entidade, considerando que desde 31/12/2003 já havia sido solicitada pela Divisão de Contabilidade da Entidade a abertura de Tomada Contas Especial ao Diretor do DEFIN e que, desde então, nenhuma providência foi tomada. RECOMENDAÇÃO: Recomendamos que seja observado o disposto no Decreto nº 93.872/86, em seu artigo 45, pelo qual todo servidor que receber suprimento de fundos, é obrigado prestar contas de sua aplicação, procedendo-se automaticamente à tomada de contas se não se fizer no prazo assinalado pelo Ordenador de Despesa, sem prejuízo das providências administrativas para apuração das responsabilidade e imposição das penalidade cabíveis. 7.2.1.1 INFORMAÇÃO: No exame efetuado no Balancete Contábil do exercício de 2003, verificamos o registro de juros na conta 3.33.90.47.16, referente ao pagamento com atraso da Duplicata nº 00306/2003 vencida em 29/01/2003 da Pontual Comércio e Assistência Técnica no valor de R$ 331,30, cujo pagamento realizou-se em 22/10/2003. JUSTIFICATIVA: Por meio da SA nº 039/2004 de 29/04/2004, solicitamos justificativa desta ocorrência. Através do Of. Nº 093/2004-PROAD/UFA, A Entidade informou o seguinte: “Que o atraso no pagamento da Nota Fiscal 00306, em favor da Firma Pontual Comércio e Assistência Técnica, efetuada em 13/03/2003, ocasionou o registro da inadimplência da Universidade Federal do Pará no Cartório de Protesto de Título, tudo por conta da demora no repasse do crédito financeiro, haja vista que o saldo existente à época, na Conta de limite de saque com vinculação de pagamento, era para atender despesas de convênio. Quando a Universidade tomou as providências para a retirada da inadimplência, o cartório exigiu a Declaração de Anuência fornecida pela firma para poder emitir a Certidão Negativa para a UFPA. Solicitamos o referido documento à firma mediante apresentação 2003OB900470, como comprovação de pagamento da Nota Fiscal nº 00306/2003, mas o encaminhamento da Declaração de Anuência a firma apresentou a cobrança do valor de R$-331,30, referente aos juros pelo atraso de 44 dias no valor de R$-228,80 e as despesas com o cartório no valor de R$-102,50. De modo a regularizar a situação da Universidade, que estava com dificuldade para receber recursos de alguns convênio por conta do protesto, fomos obrigados, por força das circunstâncias a acatar a cobrança apresentada pela Firma Pontual Comércio e Assistência Técnica”. APRECIAÇÃO:

Acatamos a justificativa apresentada pelo Gestor. RECOMENDAÇÃO:

Recomendamos que seja realizado um controle mais eficaz nos pagamentos efetuados pela Entidade, a fim de evitar pagamentos de juros e mora. 7.2.1.2 CONSTATAÇÃO: Pagamento de multas registrado na Conta Contábil 333.90.39.36-multas indedutíveis. Examinando o Balancete Contábil da Entidade do exercício de 2003, verificamos o registro na Conta Contábil 333903936 – Multas Indedutíveis do valor de R$-32.871,60, referente ao pagamento do Contrato de Vigilância da UFPA, parcela de Nov/2003.

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JUSTIFICATIVA: Por meio da SA nº 39/2004 de 15/04/2004, solicitamos justificativa para referida impropriedade. Através do OF.nº 093/2004-PROAD/UFPA o Gestor justificou o seguinte: “Que o pagamento em questão, houve um equívoco, acreditamos que por erro de digitação ou classificação indevida, pois foi digitada a conta 3.33.90.39.36, quando o correto seria a conta 3.33.90.39.16 – Manutenção e Conserv. De Bens Móveis, e também não foi detectado na conferência de todos os pagamentos feito no dia, efetuada no final do expediente. Infelizmente não há possibilidade de regularização, porém, aos responsáveis pela falta foi cobrada mais atenção, a fim de evitar a repetição de problemas dessa natureza”. APRECIAÇÃO: Não acatamos a justificativa apresentada, tendo em vista que mensalmente a Entidade procede a Conformidade Contábil e é nessa ocasião que deve ser verificado se os registros contábeis estão todos corretos, evitando assim, tais impropriedades. RECOMENDAÇÃO: Recomendamos à Entidade que mensalmente, ao proceder a Conformidade Contábil, seja realizada verificação em todos os registros para assegurar a sua confiabilidade e consistência. 7.2.1.3 CONSTATAÇÃO: Pagamento de multas ao INSS no valor de R$-502,89. Analisando o Balancete Contábil da Entidade, referente ao exercício de 2003, verificamos registros na Conta Contábil 3.33.90.47.15 – MULTAS, referente a recolhimento do INSS em atraso. JUSTIFICATIVA: Por meio da SA nº 039/2004 de 15/04/2004, solicitamos esclarecimento sobre o fato. Através do Of. nº 093/2004-PROAD/UFPA. A Entidade justificou o seguinte: “O recolhimento do INSS obedece ao regime de competência. A competência é o mês em que foi prestado o serviço e o recolhimento é efetuado até o dia 02 do mês subsequente ao mês de competência. Para cumprir as regras acima esta Instituição, em determinadas situações, tem dificuldade em efetuar o recolhimento dentro do prazo estabelecido pelo INSS. De modo a esclarecer tais situações, elaboramos uma planilha, abaixo, tomando como exemplo os processos que compõem o valor questionado acima, conforme documentação inclusa (ANEXO 4).

NOTA FISCAL PROCESSO

NÚMERO DATA COMPETÊNCIA

VALOR JUROS

DATA DE ENTRADA NO DEFIN

DATA DO RECOLHIMENTO

001886/2003-95 010209 06/02/2003

JAN/2003 148,71 12/02/2003 19/03/2003

021379/2003-50 010557 03/11/2003

OUT/2003 176,28 20/11/2003 26/12/2003

023932/2003-34 010589 01/12/2003

NOV/2003 176,28 10/12/2003 29/12/2003

025945/2003-57 INSS FOL.PAGTº 3,17%

DEZ/2003 1,62 29/12/2003 06/01/2004

TOTAL . . . . . 502,89 Com exceção do processo nº 025945/2003-37 – INSS Folha de Pagamento do 3,17% (penúltima linha), Pode-se observar que as notas fiscais são emitidas sempre no mês subsequente ao mês de competência, e devido a tramitação procedimental o processo chega ao Departamento de Finanças - DEFIN depois do prazo

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de recolhimento. Com efeito, o intervalo de tempo para a emissão da nota fiscal, formalização do processo, certificação da execução dos serviços e o encaminhamento do processo no DEFIN, para que seja efetuada a retenção e recolhimento do encargo é muito pequeno, pois, situa-se entre o último dia do mês de competência até o dia 02 do mês subsequente. De todo modo, o DEFIN está articulando com a Unidade responsável pela fiscalização e certificação das faturas referentes aos contratos (Departamento de Meio Físico da Universidade) a maneira mais adequada para sanar o problema. Quanto ao processo nº 025945/2003-37, refere-se ao recolhimento fora do prazo do INSS da Folha de Pagamento da 3ª parcela do passivo administrativo dos 3,17% dos servidores, relativo ao mês de dezembro/2003. Neste caso, o problema ocorreu em virtude do atraso no repasse financeiro, que aconteceu no dia 05/01/2004 já fora do prazo de recolhimento do encargo, ocasionando a cobrança de juros, tudo em conformidade com o ANEXO 5.” APRECIAÇÃO:

A justificativa apresentada não procede, pois é de conhecimento que o recolhimento do INSS é efetuado até o dia 02 (dois) do mês subsequente ao mês de competência. RECOMENDAÇÃO: Recomendamos que a Entidade solicite a Empresa que emita Faturas dos Serviços Prestados em data que possibilite o recolhimento da retenção para a Seguridade Social sem o pagamento de multas. 8 GESTÃO PATRIMONIAL 8.1 SUBÁREA – INVENTÁRIO FÍSICO E FINANCEIRO 8.1.1 ASSUNTO – REGISTROS OFICIAIS E FINANCEIROS 8.1.1.1 CONSTATAÇÃO: Discordância entre o valor registrado no SIAFI e o apurado na Tomada de Contas do Almoxarifado e Patrimônio para a conta 1.4.2.1.2.00.00 (bens móveis).

Da análise procedida no relatório da Comissão de Tomadas de Contas do Almoxarifado Central e Patrimônio, responsável pelo levantamento dos bens móveis e imóveis da Entidade, verificamos que houve divergência entre o valor apurado pela Comissão para os bens móveis da Entidade, no total de R$ 30.835.756,74, e o valor registrado no SIAFI para os referidos bens, no total de R$ 44.582.829,01. JUSTIFICATIVA:

Por meio da Solicitação de Auditoria n° 28 questionamos a Entidade sobre a ocorrência. Em resposta, o Departamento de Administração de Material informou:

“Em ação conjunta do departamento financeiro da UFPA e departamento de recursos materiais foram identificadas as divergências entre o sistema de controle de material da UFPA e o SIAFI, as quais foram corrigidas, estando ambos os sistemas desde de 28/02/2004, devidamente em conformidade.”

APRECIAÇÃO:

Acatamos a justificativa apresentada pela Entidade, entretanto, cabe ressaltar que a impropriedade já havia sido objeto de ressalva no relatório de auditoria referente ao exercício de 2002, não tendo a Entidade, ao término do exercício de 2003, cumprido a recomendação.

RECOMENDAÇÃO:

Recomendamos que o Departamento de Administração de Material aperfeiçoe os controles internos a fim de garantir que os registros constantes do SIAFI reflitam a realidade patrimonial da Entidade. 8.1.2 ASSUNTO – EXISTÊNCIAS FÍSICAS

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8.1.2.1 CONSTATAÇÃO: Falta de localização de bens da Entidade.

Em análise efetuada no Inventário Patrimonial da Entidade, constatamos uma quantidade significativa de bens móveis cujo estado foi especificado pelo agente responsável como “não localizado”. Diante da constatação procedemos à inspeção física dos bens dados como não localizados, sendo que na ocasião da inspeção os agentes responsáveis, ou seus substitutos, confirmaram as informações prestadas no inventário patrimonial, não tendo sido localizados os bens.

JUSTIFICATIVA:

Por meio da Solicitação de Auditoria n° 18 questionamos a Entidade sobre a ocorrência. Em resposta, o Departamento de Administração de Material informou:

“Após visita desta Direção, as Unidades, cujos inventários não estavam em conformidade com a legislação vigente (Dec. Lei 200/67; Lei 4320/64; IN 205 e Resolução n° 450/87 -CONSAD), foi feita a reconferência dos bens, sendo os mesmos localizados, encontrando-se a disposição dessa equipe para conferência física.”

Quanto ao Centro de Ciências da Saúde, local onde teve o maior número de bens não localizados, o Diretor do referido Centro nomeou uma comissão para localização dos bens, tendo a comissão localizado a destinação de todos os bens.

APRECIAÇÃO: Acatamos a justificativa apresentada pela Entidade, entretanto, ressaltamos que o fato de em uma única pasta do inventário patrimonial constarem 201 (duzentos e um) bens não localizados, torna evidente a fragilidade nos controles patrimoniais da Entidade, tendo em vista que o setor de patrimônio ao receber o inventário não tomou qualquer providência para regularizar a situação descrita ou para apurar a responsabilidade pelo desaparecimento dos bens. RECOMENDAÇÃO: Recomendamos que o Departamento de Administração de Material aprimore o controle efetuado sobre os bens móveis da Entidade a fim de que a responsabilidade pelo desaparecimento dos bens seja devidamente apurada, nos termos da IN SEDAP n° 205/88. 8.1.2.2 CONSTATAÇÃO: Existência de bens sem registro patrimonial. Tendo como base o inventário físico e financeiro da Entidade, referente ao exercício de 2003, realizamos inspeção física, por amostragem, em alguns bens da Entidade constatando a existência de bens sem registro patrimonial, os quais listamos abaixo: Hospital Universitário João de Barros Barreto Bem Quantidade Termo de incorporação Aparelho pressão arterial 2 142/2003 Estetoscópio 2 142/2003 Laringoscópio 2 142/2003 Departamento de recursos financeiros - Informática Bem Quantidade Termo de incorporação Ferramenta 2 144/2003 Prefeitura do Campus Bem Quantidade Termo de incorporação Alicate rebitador 2 449/2003 Jogo de chave de fenda 5 449/2003

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Martelo de dente 5 450/2003 Tesoura 2 486/2003 Pistola automotiva 2 486/2003 Centro de Ciência Biológicas - Lab. de Biologia Pesqueira Bem Quantidade Termo de incorporação Fluxômetro 2 476/2003 Centro de Ciências Exatas e Naturais - Departamento de Física Bem Quantidade Termo de incorporação Paquímetro 4 485/2003 JUSTIFICATIVA:

Por meio da Solicitação de Auditoria n° 20 questionamos a Entidade sobre a ocorrência. Em resposta, o Departamento de Administração de Material informou:

“A existência de bens sem registro patrimonial, ocorre, quando o bem é adquirido com recursos de Convênios, sendo a compra processada através da Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa – FADESP, cuja incorporação ao patrimônio Institucional, se dá apenas, ao término de cada Convênio, com a identificação do bem, por este Departamento de Administração de Materiais.” APRECIAÇÃO: Não procede a alegação da Entidade de que os bens não foram registrados por ainda não terem sido incorporados ao patrimônio, pois como se pode observar pelos Termos de Incorporação acima listados todos os bens sem registro patrimonial já haviam sido incorporados ao patrimônio da Entidade. Dessa forma, não acatamos a justificativa apresentada pela Entidade. RECOMENDAÇÃO: Recomendamos que o setor de patrimônio da Entidade proceda ao devido registro patrimonial de todos os bens que já foram incorporados à Entidade, de forma a cumprir as disposições da IN SEDAP n° 205/88. 8.1.2.3 CONSTATAÇÃO: Ausência de inventário físico e financeiro nos temos da IN SEDAP/PR n° 205/88. Requisitamos, por meio da Solicitação de Auditoria Prévia, o inventário físico e financeiro da Entidade, entretanto, nos foram apresentadas várias pastas contendo documentos assinados por cada agente responsável onde estavam relacionados todos os bens sob sua guarda e responsabilidade, os quais foram denominados pela Entidade de inventário patrimonial. JUSTIFICATIVA:

Por meio da Solicitação de Auditoria n° 28/2004 questionamos a Entidade sobre a ausência de inventário patrimonial nos termos da IN SEDAP/PR n° 205/88. Em resposta, o Departamento de Administração de Material informou:

“Em visita a este Departamento de Administração, foi apresentado à Auditoria, os arquivos contendo os Inventários de bens móveis da Instituição, sendo escolhido pela equipe de Auditores, uma única pasta para análise da conformidade, estando os demais volumes à disposição dessa auditoria.

Quanto à forma de apresentação dos relatórios dos bens móveis da Instituição, os mesmos estão valorados de forma agregada, determinando um valor total, por evento, sem que haja o detalhamento, individual do bem. Tal fato, ocorre em função do Sistema de Controle de Materiais – SIMA, utilizado pela Instituição, não permitir a individualização de cada bem, porém, a nova versão do Sistema de Materiais, já em fase de implantação, permitirá a emissão de relatórios, individualizados, dos bens, bem como a composição valorativa total do evento. Por oportuno, informamos, que a equipe técnica responsável pelos trabalhos, já se encontra, em plena atividade neste Departamento.”

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APRECIAÇÃO: Os documentos apresentados pela Entidade como inventário patrimonial caracterizam tão somente termos de responsabilidade, além disso, são os próprios agentes responsáveis que declaram a situação dos bens sob sua responsabilidade, não havendo qualquer confirmação da comissão responsável pelo inventário patrimonial sobre as informações prestadas pelos agentes responsáveis, razão pela qual não podemos aceitar tais documentos como sendo o inventário da Entidade. No que tange à apresentação do inventário, a IN SEDAP/PR n.º 205/88, ao tratar da elaboração do inventário de bens móveis e imóveis, deixa claro que os bens devem ser agrupados por categorias patrimoniais, conforme transcrito abaixo:

“8.1.1. Nos inventários destinados a atender às exigências do órgão fiscalizador (SISTEMA

DE CONTROLE INTERNO), os bens móveis (material de consumo, equipamento, material permanente e semoventes) serão agrupados segundo as categorias patrimoniais constantes do Plano de Contas Único”.

RECOMENDAÇÃO:

Recomendamos que a Entidade ao elaborar o inventário anual o faça agrupando os bens por elemento de despesa, especificando para cada bem sua descrição padronizada, o número de registro patrimonial, valor, estado e outros elementos julgados necessários, devendo o levantamento dos bens da Entidade ser efetuado pela comissão regularmente constituída para elaborar o inventário, e não pelos próprios agentes responsáveis como vem ocorrendo na Entidade.

8.1.2.4 CONSTATAÇÃO: Falta de conferência física dos bens da Entidade pela Comissão responsável pela elaboração do inventário. Verificamos que quando da elaboração do inventário patrimonial da Entidade, referente ao exercício de 2003, os levantamentos físicos dos bens não foram efetuados pela Comissão de Tomada de Contas do Almoxarifado Central e Patrimônio, responsável pela elaboração do inventário, mas sim pelos próprios agentes responsáveis, por meio de documento contendo todos os bens sob sua guarda e responsabilidade. Cabe ainda salientar que no relatório da referida Comissão não foi feita qualquer referência aos bens não localizados pelos agentes responsáveis. JUSTIFICATIVA:

Por meio da Solicitação de Auditoria n° 28 questionamos a Entidade sobre a ocorrência. Em resposta, o Departamento de Administração de Material informou:

“A Comissão de Tomada de Contas do Almoxarifado Central e do Patrimônio, composta por três servidores desta Universidade, efetivou a conferência do patrimônio Institucional, por amostragem, apenas no DEPAD.” APRECIAÇÃO:

Não acatamos a justificativa apresentada pela Entidade. A função da comissão de inventário é justamente de conferir todos os bens da Entidade averiguando sua localização e solicitando as providências necessárias quando o bem não for localizado. Ademais, tendo em vista a necessidade de segregação de funções, não há como aceitar que a conferência dos bens da Entidade fique a cargo dos próprios agentes responsáveis.

É importante ressaltar que a existência de um grande número de bens do inventário patrimonial da Entidade registrados pelos agentes responsáveis como “não localizado”, evidencia que o procedimento adotado pela comissão de inventário, teve como conseqüência a total falta de controle e zelo com o patrimônio da Entidade.

RECOMENDAÇÃO:

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Recomendamos que a comissão de inventário da Entidade seja estruturada de forma a possibilitar a conferência dos bens móveis de todos os setores da Entidade, a fim de garantir que o inventário patrimonial seja elaborado de forma adequada e reflita a real situação dos bens da Entidade.

8.1.2.5 CONSTATAÇÃO: Falta de atualização dos Termos de Responsabilidade. Em nossos exames constatamos que os termos de responsabilidade da Entidade não estavam atualizados, visto que vários bens não foram localizados no local especificado nos termos de responsabilidade ou foram transferidos para outros setores sem a respectiva troca de responsabilidade entre os agentes. JUSTIFICATIVA:

Embora instada pela Solicitação de Auditoria n.º 28/2004, a Entidade não se manifestou sobre a ocorrência.

APRECIAÇÃO:

A ocorrência assinalada revela falta de controle do setor de patrimônio sobre as movimentações de equipamentos ocorridas entre os setores da Entidade, o que contraria as disposições da IN SEDAP n° 205/88, transcritas abaixo:

“7.12. Cumpre ao Departamento de Administração ou unidade equivalente no que concerne

ao material distribuído, cuidar da sua localização, recolhimento, manutenção e redistribuição, assim como da emissão dos competentes Termos de Responsabilidade que deverão conter os elementos necessários à perfeita caracterização do mesmo.

... 7.13.4. Nenhum equipamento ou material permanente poderá ser movimentado, ainda que

sob a responsabilidade do mesmo consignatário, sem prévia ciência da Seção de Patrimônio da unidade.”

RECOMENDAÇÃO:

Recomendamos que o setor de patrimônio da Entidade proceda junto aos agentes responsáveis o ajuste dos termos de responsabilidade de forma que estes reflitam a realidade patrimonial da Entidade, conforme dispõe a IN SEDAP n° 205/88. 8.1.2.6 CONSTATAÇÃO: Ausência de apuração de responsabilidade para possível irregularidade administrativa.

O Parecer da Procuradoria Geral n° 181/2003/MCO/PG que tratou da apuração de responsabilidade pelo desaparecimento de um Notebook, referente ao processo n° 23073-005977/2001-29 recomendou a instauração de sindicância para apurar responsabilidade sobre a possível irregularidade administrativa cometida em decorrência da delegação de responsabilidade pela chefia do Setor de Informática do Núcleo de Altos Estudos da Amazônia – NAEA a alunos bolsistas no período de março/2000 a abril/2001, período este em que ocorreu o desaparecimento do bem. Entretanto, em análise efetuada no processo, verificamos que não foi instaurada a sindicância solicitada. JUSTIFICATIVA:

Por meio da Solicitação de Auditoria n° 52/2004 questionamos a Entidade sobre a ocorrência. Em resposta, o Núcleo de Altos Estudos da Amazônia informou:

“Com referência ao Ponto 1, entendo que o processo está em andamento, pois ainda não retornou a esta Coordenação com a conclusão final do mesmo.” APRECIAÇÃO:

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Pela análise dos autos do processo em questão, vemos que o mesmo não se encontra em andamento como aduz o Coordenador do NAEA. Conforme verificado às folhas 79 do processo, o próprio Coordenador do NAEA, ao se manifestar sobre a abertura de processo de sindicância para apuração dos fatos relacionados com a delegação de responsabilidade da chefia do Setor de Informática do NAEA, encerra a questão informando ser desnecessária uma nova sindicância tendo em vista que a servidora arrolada já havia sido substituída na chefia do referido Setor de Informática. Assim, vemos que o processo foi encerrado sem que tivessem sido apuradas as possíveis irregularidades relacionadas com a delegação de responsabilidade pela chefia do Setor de Informática do NAEA. RECOMENDAÇÃO: Recomendamos que a Entidade proceda à devida instauração de processo administrativo disciplinar a fim de apurar as possíveis irregularidades cometidas no processo de delegação de responsabilidade pela chefia do Setor de Informática do NAEA no período de março/2000 a abril/2001. 8.1.2.7 CONSTATAÇÃO: Efetuação da baixa de bem desaparecido sem a devida apuração de responsabilidade. Conforme análise procedida no processo 23073-005977/2001-29, que tratou da apuração de responsabilidade pelo desaparecimento de um Notebook e Tilamook Intel Logger 266Mhz, verificamos que foi procedida a baixa do equipamento, conforme Termo de Baixa n° 02/2003, sem a devida apuração dos atos e fatos relacionados com a delegação de responsabilidade da chefia do Setor de Informática do Núcleo de Altos Estudos da Amazônia – NAEA. JUSTIFICATIVA:

Embora questionada por meio da Solicitação de Auditoria n° 52/2004, a Entidade não se manifestou sobre a ocorrência. APRECIAÇÃO:

A baixa de qualquer bem desaparecido não se deve dar antes da devida apuração de responsabilidade, visto que ainda não foram identificados a existência, ou não, de possíveis responsáveis pelo desaparecimento do bem da Entidade.

RECOMENDAÇÃO: Recomendamos à Entidade que quando do desaparecimento de bens, abstenha-se de efetuar a baixa patrimonial antes da devida apuração de responsabilidade pela impropriedade. 8.2 SUBÁREA – BENS IMOBILIÁRIOS 8.2.1 ASSUNTO – UTILIZAÇÃO DE IMOBILIÁRIOS 8.2.1.1 CONSTATAÇÃO: Pagamento efetuado a pessoa física, pela locação de imóvel, sem comprovação da regularidade fiscal. Verificamos que nos processos de locação de imóveis onde a Entidade figurava como locatária foram efetuados pagamentos sem a devida comprovação da regularidade fiscal dos locadores, conforme especificado a seguir:

Locador Situação do locador Cezarina Câmara Rebordão Locador com cadastro vencido no SICAF e sem constar no

processo os comprovantes da sua regularidade fiscal Jorge Alves Casseb Locador sem cadastro no SICAF e sem constar no processo

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os comprovantes da sua regularidade fiscal JUSTIFICATIVA:

Por meio da Solicitação de Auditoria n° 45/2004 questionamos a Entidade sobre a impropriedade. Em resposta, a Pró-Reitoria de Administração informou que efetua a consulta da regularidade fiscal na Internet, entretanto, não a anexa aos processos, o que irá doravante fazer. Informa, ainda, que Jorge Alves Casseb já providenciou o seu cadastramento no SICAF. APRECIAÇÃO:

Nos pagamentos efetuados pela Entidade em decorrência da locação de imóveis, assim como nos decorrentes de outras obrigações contratuais, é imprescindível que sejam mantidas as mesmas condições de habilitação exigidas na assinatura do contrato. Dessa forma, se faz necessário que a Entidade anexe aos respectivos processos de locação os comprovantes da regularidade fiscal do locador. RECOMENDAÇÃO:

Recomendamos que a Entidade faça constar nos processos de locação de imóveis os comprovantes da regularidade fiscal dos locadores.

8.2.1.2 CONSTATAÇÃO: Permanência de ocupação de espaço público da Entidade depois de desfeito o vínculo jurídico entre as partes.

A Universidade Federal do Pará possui contrato de concessão de espaço físico com quatro bancos (BB, CEF, HSBC e Real), três cantinas (Cantina da Reitoria, Cantina do Vadião e Cantina do NAEA) e com uma franquia dos correios. Em análise a esses oito contratos de concessão de espaço, constatamos que seis estavam com a vigência expirada. Entretanto, verificamos que os locatários permaneceram ocupando o espaço público para exploração comercial, mesmo tendo sido desfeito o vínculo jurídico que amparava a ocupação do espaço, com o término da vigência contratual.

A seguir listamos os locatários que estão ocupando espaço físico da Entidade sem respaldo contratual:

Locatário Término da

vigência Lourenço Sarmanho Figueredo (Cantina da Reitoria) 31/12/1998 Luiz Carlos Borges Figueiredo (Cantina do Vadião) 03/04/2000 Guimarães e Titam (franquia dos correios) 31/05/1998 Banco HSBC 30/06/2001 CEF 30/06/2001 Banco Real 30/06/2001

JUSTIFICATIVA:

Solicitamos esclarecimentos à Entidade sobre as medidas adotadas para regularizar a ocupação do espaço público. Em reposta à nossa solicitação, a Pró-Reitoria de Administração, por meio do Of. n° 078/2004, informou:

“As medidas adotadas em relação aos permissionários em referência, após o vencimento do prazo dos contratos mantidos com os mesmos, foram abertura de processo licitatório, com amparo no artigo 2° da Lei n° 8.666/93, que, em seu caput, estabelece verbis: Art. 2° As obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações, concessões, permissões e locações da Administração Pública, quando contratadas com terceiros, serão necessariamente precedidas de licitação, ressalvadas as hipóteses previstas nesta Lei (grifo nosso)

De efeito, iniciaram-se os procedimentos licitatórios, em conformidade com o artigo 38 da Lei indicada ao norte, já tendo sido concluído o da cantina do Núcleo de Altos Estudos Amazônicos, bem assim efetivado o procedimento de concessão de direito de uso do espaço ocupado pelo Banco do Brasil, consoante documentação já encaminhada a essa conceituada Unidade de controle.

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Medidas mais drásticas em relação aos outros permissionários, cujos procedimentos licitatórios ainda estão em andamento, tais quais suspensão da prestação do serviço e respectiva reintegração de posse do espaço público, a Administração julgou conveniente não implementá-las, posto que os serviços prestados pelos mesmos são de grande valia para a comunidade universitária, notadamente em face da distância do campus universitário em relação ao centro da cidade, onde existe maior concentração de serviços bancários e de alimentação, ora prestados pelos atuais permissionários

Em relação ao pedido de justificativa para demora no desfecho dos outros procedimentos licitatórios, ainda não concluídos, releva esclarecer que sua efetivação estava programada para ocorrer no segundo semestre de 2003, tendo os procedimentos correspondentes iniciados naquele exercício. Ocorre que, num primeiro momento, os processos licitatórios foram instruídos, separadamente, por espaço físico e encaminhados à análise jurídica da Procuradoria da UFPA, a qual orientou a Comissão de Licitação a agrupar os processos de natureza correlata (exploração de serviços bancários/lanchonetes), sendo que no momento em que os processos foram diligenciados à Comissão Permanente de Licitações, estavam em fase de processamento muitas outras licitações, ante a edição do Decreto nº 4900/2003, que estabelecia prazos fatais para licitar e contratar serviços, obras e compras, fato este que retardou a abertura das licitações de concessão de uso em questão.”

APRECIAÇÃO: Não acatamos a justificativa apresentada pela Entidade. A Administração, tendo assumido as suas funções em 2001, só tomou providências para regularizar a situação em 2003, conforme evidencia os processos para abertura de licitação, detalhados a seguir:

Processo Tramitação 23073-021171/2003-59 29/out/03: A Pró-Reitoria de Administração solicita abertura

de licitação para o espaço ocupado pela Cantina da Reitoria. 23073-013480/2003-66 17/fev/03: A Pró-Reitoria autoriza a abertura de licitação para

o espaço ocupado pelo banco HSBC. 17/nov/03: A Procuradoria aprova as minutas da licitação.

Considerando a situação crítica em que se encontravam os contratos de concessão de uso da Entidade, onde em sua maioria estavam com a vigência expirada, não há como aceitar que a Entidade tenha demorado dois anos para apenas iniciar os procedimentos para abertura de processos licitatórios. Além disso, fica difícil entender por que a Entidade não tratou a ocupação desses estabelecimentos com a celeridade que demonstrou na hora legalizar a situação de ocupação do Banco do Brasil e da Cantina do NAEA. É claro que o problema vem também de administrações anteriores, mas não justifica a negligência demonstrada pela Administração da Entidade e pela Procuradoria Geral em resolver de forma tempestiva a situação irregular de ocupação dos espaços físicos da Entidade com a realização do devido processo licitatório para legalizar a ocupação desses espaços.

RECOMENDAÇÃO: Recomendamos que a Administração da Entidade conclua, com a maior brevidade possível, os processos licitatórios para concessão de espaço físico da Entidade de forma a legalizar a ocupação desses espaços.

8.2.1.3 CONSTATAÇÃO: Prejuízo à Entidade em face da ausência de efetiva cobrança pela ocupação do espaço público. Dos oito locatários que possuíam contrato com a Entidade para ocupação de espaço físico, constatamos que quatro estão inadimplentes, acarretando um prejuízo à Entidade de pelo menos R$ 36.076,66, correspondente ao total de parcelas não pagas, não computados juros e multas. Entretanto, constatamos que não foi aplicada qualquer penalidade aos locatários em decorrência da sua inadimplência.

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Locatários em débito com a Entidade Locatário: Guimarães e Titam (correios)* Ano Valor devido (R$) Valor pago (R$)

2003 6.744,24 2.248,08 Locatário: cantina da reitoria* Ano Valor devido (R$) Valor pago (R$)

2000 4.296,18 0,00 2001 4.296,18 0,00 2002 4.296,18 8.804,00 2003 4.296,18 0,00 Total 17.184,72 8.804,00 Locatário: cantina do vadião* Ano Valor devido (R$) Valor pago (R$)

2000 7.350,00 3.500,00 2001 7.350,00 350,00 2002 7.350,00 4.067,00 2003 7.350,00 2.450,00 Total 29.400,00 10.367,00 Locatário: cantina do NAEA Ano Valor devido (R$) Valor pago (R$)

2002 7.200,00 5.400,00 2003 10.650,51 8.283,73 Total 17.850,51 13.683,73 * locatário com contrato expirado JUSTIFICATIVA: Por meio da Solicitação de Auditoria n° 45/2004 questionamos a Entidade sobre a impropriedade. Em resposta, a Pró-Reitoria de Administração informou que não podia aplicar penalidades em virtude dos contratos já estarem com a vigência expirada, entretanto, afirma que vem constantemente enviado notificações aos inadimplentes. Quanto ao contrato referente à Cantina do NAEA, informa que houve aplicação de penalidade com o registro da inadimplência no SICAF, além de aplicação de multa de mora de 10% do valor do contrato. APRECIAÇÃO: O fato da Entidade alegar falta de contrato para efetuar as devidas cobranças e aplicar as penalidade devidas evidencia que a inércia da Administração em legalizar a situação de ocupação dos espaços físicos resultou em prejuízo à Entidade, tendo em vista a impossibilidade legal de se aplicar as penalidades aos inadimplentes. Cabe lembrar, ainda, que esses ocupantes utilizam a infra-estrutura da Universidade, consumindo água e energia, o que acarreta mais prejuízos à Entidade. Além disso, em que pese as alegações da Entidade, vemos que no contrato em vigor a Entidade poderia aplicar as penalidades cabíveis, evidenciando que as medidas adotadas para a cobrança pela ocupação do espaço público foram pouco eficientes e intempestivas visto que, conforme observado no processo 23073-011882/2003-61, que trata das cobranças efetuadas ao proprietário da Cantina do NAEA, as mesmas só começaram a ser efetuadas em junho de 2003, enquanto que o proprietário da referida cantina já estava em inadimplência com a Entidade desde

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2002. Além disso, a multa exigida foi apenas referente ao atraso nos meses de abril a outubro de 2003, não havendo qualquer referência ao débito do exercício de 2002. Esse fato evidencia que a ineficácia na cobrança dos contratos de cessão da Entidade não decorre apenas do impedimento jurídico. RECOMENDAÇÃO: Recomendamos à Administração da Entidade:

1) Que legalize a situação da ocupação dos espaços da Entidade com vista a evitar mais prejuízos à Entidade. 2) Que nos estabelecimentos cujos contratos se encontram em vigor, as cobranças sejam efetuadas de forma tempestiva, evitando que ocorra o acúmulo de prestações em atraso. 8.2.1.4 CONSTATAÇÃO: Utilização de espaço público por entidades sindicais sem formalização de contrato administrativo. Constatamos que a Associação dos Docentes da UFPA – ADUFPA e o Sindicato dos Trabalhadores da UFPA – SINTUFPA ocupam as instalações físicas da Universidade para a consecução de suas atividades sem, no entanto, constar a existência de qualquer contrato com a Universidade legalizando a ocupação do espaço público. JUSTIFICATIVA: Por meio da Solicitação de Auditoria n° 51/2004 requisitamos que a Entidade apresentasse os contratos de cessão de espaço físico firmados com as referidas entidades sindicais. Em resposta, a Prefeitura do Campus, em seu ofício n° 39/2004 informou não possuir tais contratos. APRECIAÇÃO: Esclarecemos à Entidade que, conforme disposto no Decreto n° 99.509/90, é vedado a cessão, a título gratuito, de bens móveis e imóveis a sociedades civis. Assim, a cessão de espaço à ADUFPA e ao SINTUFPA deveria se dar mediante instrumento público com a devida cobrança pela ocupação dos imóveis da Entidade. RECOMENDAÇÃO: Recomendamos que a Entidade regularize a cessão de espaço à ADUFPA e ao SINTUFPA formalizando o devido contrato administrativo tendo em vista a vedação constante no Decreto n° 99.509/90. 8.2.1.5 CONSTATAÇÃO: Utilização de espaço público por sociedade civil sem formalização de contrato administrativo. Em inspeção física realizada, constatamos que a Sociedade Civil Mamirauá ocupa um prédio no interior da Universidade, para a realização de suas atividades, sem que no entanto houvesse qualquer formalização de contrato com a Universidade. JUSTIFICATIVA:

Por meio da Solicitação de Auditoria n° 51/2004 instamos a Entidade a apresentar o processo de formalização da cessão de espaço físico para a referida sociedade civil. Em resposta, foi apresentado um documento da presidente da Sociedade Civil Mamirauá, datado de 22/04/2004, o qual informa: “...o então Reitor da UFPA Prof. Dr. Cristovam Picanço Diniz em 01/12/99 autorizou a construção de um pequeno prédio em madeira no terreno da UFPA para abrigar a Sociedade Civil Mamirauá/Projeto Mamirauá.

O prédio foi construído com verba da Sociedade Civil Mamirauá e a construção foi acompanhada pelo Departamento de Meio Físico – DEMEF da UFPA. Aproveito para informar que esse prédio abriga a

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Sociedade Civil Mamirauá que é uma organização não-governamental sem fins lucrativos, com o objetivo de gerenciar atividades de conservação dos ecossistemas especialmente das florestas alagadas da Amazônia Brasileira.” APRECIAÇÃO: Das informações prestadas verifica-se que houve investimento de particular em um bem público, exclusivamente com a autorização do Reitor, sem amparo contratual onde constasse as obrigações e direitos dos partícipes e sem parecer da Procuradoria sobre a legalidade do ato. A situação é especial, raramente verificada na Administração Pública, necessitando de análise jurídica para regularização, visto que o relacionamento entre a UFPA e a Sociedade Civil deve ser formalizado por meio de um instrumento adequado. RECOMENDAÇÃO: Recomendamos ao Gestor que encaminhe o caso para análise e parecer da Procuradoria da Entidade, a fim de regularizar a situação. 8.2.1.6 CONSTATAÇÃO: Utilização de espaço público da Entidade por particulares, para exploração comercial, sem licitação e sem formalização de contrato administrativo. Em inspeção física realizada por esta equipe de auditoria, e conforme levantamento efetuado pela Divisão de Controle do Departamento de Segurança Experimental, constatamos uma quantidade significativa de particulares ocupando espaço físico da Entidade para exploração comercial de cantina, restaurante e copiadoras, sem, entretanto, existir qualquer contrato administrativo legalizando a situação de ocupação. Verificamos um total de 94 espaços físicos da Entidade sendo ocupados por terceiros, sem qualquer tipo de contrato ou normatização. JUSTIFICATIVA:

Por meio da Solicitação de Auditoria n° 45/2004 questionamos a Entidade sobre a impropriedade. Em resposta, a Prefeitura do Campus, em seu ofício n° 036/2004, informou que desde o início da gestão 2001 procedeu ao levantamento cadastral dos envolvidos com a questão, dentro dos espaços de sua competência, quais sejam, aqueles externos e de seus prédios.

Dá conhecimento que a estrutura da Prefeitura era insuficiente para controlar essas atividades e, portanto, foi criado o Departamento de Segurança Patrimonial e Comunitária, dotado de uma Divisão de Controle que, sendo autorizado em julho de 2003, iniciou seus trabalhos a partir de janeiro de 2004, procedendo a um novo levantamento cadastral.

Informa que dentre as soluções projetadas estão a elaboração de termo de permissão de uso, contendo regras normativas para os pontos comerciais de menor porte e encaminhamento à competente licitação de pontos comerciais de maior porte, informando ainda que antes da instrução formal dos processos procurou a Procuradoria Geral que sugeriu a apresentação de um projeto que deveria ser encaminhado ao Conselho Superior de Administração para a definição de Resolução que regulamentasse a matéria.

Por fim esclarece que os espaços no interior dos Centros e Núcleos, não são de sua responsabilidade, e sim de seus respectivos Diretores.

APRECIAÇÃO:

Inicialmente importa lembrar à Entidade sobre o disposto no art. 2º da Lei nº 8.666/93; “Art. 2o As obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações, concessões, permissões e locações da Administração Pública, quando contratadas com terceiros, serão necessariamente precedidas de licitação, ressalvadas as hipóteses previstas nesta Lei.” Portanto, não encontra respaldo legal a concessão de uso de imóveis da Entidade a terceiros sem prévia licitação, inclusive tendo em vista o entendimento firmado pelo Tribunal de Contas da União de que as concessões de uso de espaço público para exploração comercial devem ser precedidas da devida licitação.

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Além disso, conforme resposta apresentada pela Entidade, a Prefeitura já tinha conhecimento, desde 2001, da situação irregular que se encontravam os ocupantes dos espaços físicos da Universidade, procedendo inclusive ao cadastramento dos mesmos. Entretanto, embora tendo conhecimento da impropriedade, só em 2004 começou a cogitar alternativas para regularizar a situação, revelando ineficiência administrativa para a solução da impropriedade.

É importante ressaltar, ainda, que não há como aceitar que os espaços utilizados para exploração comercial dentro dos Centros e Núcleos sejam gerenciados pelos próprios dirigentes, tendo em vista que não se trata de questão afeta às atividades dos Centros, devendo o controle de tais espaços ser centralizado pela Prefeitura do Campus a quem compete esse tipo atividade.

RECOMENDAÇÃO: Recomendamos que a Entidade regularize a situação dos particulares que ocupam espaço físico da Universidade, procedendo, conforme o caso, ao devido processo licitatório ou a normatização do uso dos espaços de menor porte, de acordo com orientação da Procuradoria Geral da Entidade. 8.2.1.7 CONSTATAÇÃO: Cobrança efetuada pelos Centros Acadêmicos a terceiros pela utilização de espaço físico da Entidade. Em inspeção “in loco” realizada nos espaços físicos da Entidade localizados no interior dos Centros Acadêmicos, fomos informados sobre a existência de cobrança efetuada pelos Centros Acadêmicos diretamente aos ocupantes desses espaços, em decorrência da sua exploração comercial, conforme abaixo:

CAMPUS BÁSICO Nome Tipo de

Serviço Local/Beneficiário Forma de

Pagamento Valor por cópia

Tempo de

permanência no local

Elionai Lima Negidio

Xerox Pavilhão F / (Centro Acadêmico de Comunicação Social)

R$ 150,00 mensais + cópias

R$ 0,07 2 anos

CAMPUS PROFISSIONAL

Nome Tipo de Serviço

Local/Beneficiário Forma de Pagamento

Valor por cópia

Tempo de permanência no local

Márcio José Sousa Araújo

Xerox Pavilhão I / Centro Acadêmico Admin.

R$ 100,00 mensais

R$ 0,08 7 anos

Maria de Jesus S. Bandeira

Lanchonete

Centro de Odontologia (Centro Acadêmico)

R$ 60,00 mensais

--- 15 anos

Vânia Sueli Penichi Tuma

Xerox Centro de Odontologia (Centro Acadêmico)

R$ 100,00 mensais + R$ 50,00 em cópias

R$ 0,08 2 anos

Verificamos que os pagamentos são feitos diretamente aos alunos representantes dos referidos centros acadêmicos.

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JUSTIFICATIVA: Por meio da Solicitação de Auditoria n° 24/2004 questionamos a Entidade sobre a

impropriedade. Em resposta,a Prefeitura do Campus informou:

“Acreditamos que a escamoteada utilização concomitante desses espaços para o comércio de lanches e fotocópias constitui um desvio a ser imediatamente sanado. Tão logo detectou o problema esta Prefeitura solicitou, em reunião, a esta AUDIN, que fizesse gestão junto aos responsáveis pelas unidades gestoras para solução do problema. A solicitação de justificativa para a questão deve ser encaminhada aos gestores dessas unidades. Quanto ao pagamento e ao tempo de permanência no local, não há qualquer documento, do conhecimento desta prefeitura que indique a veracidade de tais afirmações.”

APRECIAÇÃO: As referidas cobranças não possuem respaldo legal e são resultado da falta de efetivo controle sobre a ocupação dos espaços físicos da Entidade, além da falta de contrato ou mesmo normatização entre as partes, permitindo que muitos espaços fossem utilizados em finalidade diversa da inicialmente proposta.

Cabe novamente esclarecer à Entidade que os espaços públicos destinados à exploração comercial devem ser previamente licitados, não sendo permitindo cobranças indevidas por pessoas que não possuem competência para tal.

Ademais, considerando que a situação já se encontrava desde o início da sua gestão, em 2001, a prefeitura do campus, responsável pela ocupação dos espaços físicos da Entidade, em percebendo a situação, já deveria ter tomado as providências pra regularizar essas ocupações.

Por fim, a despeito da afirmação apresentada pela Prefeitura de que não existe documento que comprove as referidas cobranças, esclarecemos que tais documentos existem e que estão em poder desta equipe de auditoria, conforme listado abaixo: Vânia Tuma: recibo datado de 10/01/04, na importância de R$ 100,00 referente ao aluguel da xerox do mês de janeiro, assinado pela representante da tesouraria do Centro Acadêmico Livre de Odontologia. Elionai Lima Negidio: recibo s/data, na importância de R$ 150,00 referente ao pagamento do mês de setembro de 2003 pela locação de uma sala no Centro Acadêmico de Comunicação Social, assinado por Cirlene Oliveira – Secretária de Finanças. RECOMENDAÇÃO: Recomendamos que a Administração exerça efetivo o controle sobre a utilização dos espaços físicos da Entidade de forma a evitar deturpações de sua utilização original e cobranças indevidas por pessoas que não detêm dessa competência. 8.2.1.8 CONSTATAÇÃO: Cobrança efetuada pelos Centros a terceiros pela utilização de espaço físico da Entidade. Em inspeção “in loco” realizada nos espaços físicos da Entidade localizados no interior dos Centros, fomos informados sobre a existência de cobrança efetuada pelos Centros diretamente aos ocupantes desses espaços, em decorrência da sua exploração comercial, sendo os pagamentos efetuados por meio de serviços, dinheiro ou cópias, conforme abaixo: CAMPUS BÁSICO

Nome Tipo de Serviço

Local Forma de Pagamento

Valor por cópia

Tempo de permanência no local

Adenor Santos Souza Lanchonete Centro Tecnológico, R$ 250,00 6 meses

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conta da FADESP – Projeto e Cursos, Conta 98/95, conforme contrato de locação (10/09/03)

mensais ---

Jacineia A. Mafra Lanch./Rest.

Centro de Ciências Exatas e Naturais - CCEN (interna)

7 garrafas de café c/leite e água mineral (diárias)

---

10 anos

José Augusto Lima Furtado

Xerox Centro de Letras e Artes – CLA

3.000 cópias mensais

R$ 0,08 4 meses

Manuel do E. Santo O. Cordeiro

Cantina Ginásio de Esportes - Centro de Educação, conta da FADESP – Convênio 033-00/00, conforme contrato de locação (01/09/03)

R$ 280,00 mensais

---

7 meses

Raimundo O. da Silva

Lanchonete Centro de Artes e Letras, para a conta da FADESP – Convênio 040-00/2000, pagos ao CLA

R$ 50,00 mensais

---

20 anos

Renan Rodrigues Santos

Xerox Centro de Química - CCEN – Lab. de Química

3.500 cópias mensais

R$ 0,07 4 anos

Sergio B. Figueiredo Lanchonete/ Restaurante

Interna do Centro de Geociências

R$ 300,00 mensais

---

5 anos

Valmir Tadeu Silveira

Lanchonete Centro de Lingüística - para conta FADESP, pagos ao CLA

R$ 60,00 mensais

--- 2 anos

CAMPUS PROFISSIONAL

Nome Tipo de Serviço

Local Forma de Pagamento

Valor por cópia

Tempo de permanência no local

Ailton Martins Gonçalves

Copia Lab. Engenharia 800 cópias R$ 0,08 2 meses

César Freitas Siqueira

Copia Pavilhão KP 1.800 cópias R$ 0,08 1 ano e 6 meses

Fatna Terezinha A. Silveira

Lanchonete Atelier de Letras e Artes - para conta FADESP, pagos ao CLA

R$ 100,00 mensais ---

3 anos

Kleber L. da Silva Copia Arquitetura e Urbanismo

800 cópias mensais

R$ 0,08 9 meses

Lucivaldo Ferreira Copia C.A. de Direito – 7.000 cópias R$ 0,08 8 anos

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de Freitas CCJ mensais Maria N. S. Azevedo Lanchonete

/ Restaurante

Eng. Química Café, leite, água mineral (reuniões)

--- 3 meses

Mariana Nascimento Pinto

Lanchonete/Restaurante

Centro de Farmácia

1 garrafa de café – diário

--- 6 meses

Rodolfo Maciel Xerox Centro de Farmácia

1.500 cópias mensais

R$ 0,08 1 ano

Rubens Maia Furtado

Cópia Centro Tecnológico conforme termo de contrato (25/03/03)

4.000 cópias mensais

R$ 0,07 1 ano

JUSTIFICATIVA:

Por meio da Solicitação de Auditoria n° 24/2004 questionamos a Entidade sobre a impropriedade. Em resposta,a Prefeitura do Campus informou:

“Compete aos dirigentes de cada unidade a administração dos espaços sob sua responsabilidade, assim, o questionamento deve ser encaminhado a cada qual. À Prefeitura compete coordenar as atividades ligadas ao planejamento físico do Campus, assim como a execução e controle das atividades ligadas à estrutura física, ou seja, planejamento, conservação, manutenção e construção. A utilização dos espaços é determinada pelas demandas internas às unidades, sob a responsabilidade de suas respectivas direções.” APRECIAÇÃO: A ocupação de espaço físico no interior dos Centros e Núcleos para exploração comercial não deve ser descentralizada aos Diretores dessas unidades, visto que não cabe a estes a administração de tais atividades que devem ser exploradas mediante prévio processo licitatório.

A exploração comercial de espaço físico da Entidade é uma questão patrimonial e o seu controle deve ser centralizado pela Prefeitura do Campus de forma a evitar a ausência de licitação para sua ocupação e cobranças irregulares, sem qualquer critério, por unidades que não possuem competência para tal. Vemos, por fim, que a permissão dada aos Centros e Núcleos para controlar a exploração comercial dos espaços dentro dessas unidades levou a assinaturas de contratos sem prévia licitação, conforme especificado abaixo, contrariando o art 2º da Lei 8.666/93: Termo de Contrato n° 0002/2003: firmado pelo Centro Tecnológico da UFPA, por intermédio do Prof. Sinfrônio Brito Moraes-Diretor, para administração, operação e exploração com assistência técnica e manutenção de uma máquina xerox do contratante, assinado em 25/03/03. Contrato de Locação: firmado pela FADESP, por intermédio do Prof. Sinfrônio Brito Moraes, para locação de cantina interna de responsabilidade do Centro Tecnológico, assinado em 10/09/03. Contrato de locação: firmado pelo Centro de Educação, por intermédio da Diretora do Centro Ney Cristina Monteiro de Oliveira, para locação de cantina de responsabilidade do Centro de Educação, assinado em 1/09/03. RECOMENDAÇÃO:

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Recomendamos à Administração da Entidade que o controle dos espaços públicos utilizados comercialmente por terceiros, no interior dos Centros e Núcleos, seja centralizado pela Prefeitura do Campus, de forma a se proceder a devida licitação desses espaços e o devido controle de sua utilização.

8.2.1.9 CONSTATAÇÃO: Cobrança efetuada pelo POEMAR a particular pela utilização de espaço físico da Entidade. Em inspeção “in loco” realizada nas instalações da Universidade, fomos informados pela ocupante do restaurante localizado no interior do Poemar, que a mesma paga ao Poemar a importância de R$ 150,00 pela utilização do espaço físico para exploração comercial.

JUSTIFICATIVA:

Por meio da Solicitação de Auditoria n° 24/2004 questionamos a Entidade sobre a impropriedade. Em resposta,a Prefeitura do Campus informou:

“Compete aos dirigentes de cada unidade a administração dos espaços sob sua responsabilidade, assim, o questionamento deve ser encaminhado a cada qual. À Prefeitura compete coordenar as atividades ligadas ao planejamento físico do Campus, assim como a execução e controle das atividades ligadas à estrutura física, ou seja, planejamento, conservação, manutenção e construção. A utilização dos espaços é determinada pelas demandas internas às unidades, sob a responsabilidade de suas respectivas direções.”

APRECIAÇÃO:

À semelhança dos Centros e Núcleos, a ocupação de espaço da Entidade no interior do Poemar deve ser de responsabilidade da Prefeitura do Campus e não repassada ao Poemar, com vista a garantir a devida licitação do espaço público e o devido controle da sua utilização, evitando cobranças indevidas de quem não detém essa competência.

Como agravante tem-se o fato de que o Poemar é uma Organização não governamental que desenvolve suas atividades nas dependências da UFPA e cobra de terceiros como se proprietária fosse.

RECOMENDAÇÃO: Recomendamos à Administração da Entidade que o controle dos espaços públicos utilizado comercialmente por terceiros no interior do Poemar, seja centralizado pela Prefeitura do Campus, de forma a se proceder a devida licitação desses espaços e o devido controle de sua utilização. 8.2.1.10 CONSTATAÇÃO: Falta de infra-estrutura e higiene dos boxes (lanchonetes) em funcionamento na Entidade.

Em inspeção física realizada nos boxes (lanchonetes) que se encontram no interior da Entidade, constatamos a falta de infra-estrutura desses estabelecimentos, os quais possuem instalações elétricas inadequadas, com reais possibilidades de acidentes; alimentos e bens móveis (fogão, geladeira, chapas, utensílios de cozinha, etc) armazenados e manipulados de forma imprópria, além da ausência de condições básicas de higiene nos mesmos.

JUSTIFICATIVA:

Por meio da Solicitação de Auditoria n° 24/2004 questionamos a Entidade sobre a impropriedade. Em resposta,a Prefeitura do Campus informou:

“A Prefeitura do Campus através do Departamento de Segurança Experimental – Divisão de Controle, preocupada com a infra-estrutura inadequada dos boxes (lanchonetes) reuniu uma comissão de técnicos e professores da UFPA (formada por representantes dos Departamentos de

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Engenharia de Alimentos, Nutrição, Arquitetura, da Prefeitura e do Programa Compromisso com a Universidade) para discutir o assunto e propor providências àquele respeito.

Com base na decisão do referido grupo, e do processo de legalização dos espaços, em andamento, foi encaminhado documento aos vendedores dando prazo até o dia 31 de março de 2004 para solucionar alguns problemas mais urgentes (documento anexo), prazo este estendido em virtude de solicitação dos vendedores para poderem se adequar às novas regras.

Sendo assim, informamos que esta administração ao assumir a Prefeitura já encontrou essa situação, não podendo justificar os motivos pelo qual a mesma se instalou, mas está procurando resolvê-la.

Supomos que o modelo adotado em administrações pretéritas (FOTOS ANEXAS) foi deturpado pelos próprios ocupantes o que teria contribuído para o cenário atual.

A falta de controle que permitiu esse desvio foi ensejada por uma estrutura organizacional insuficiente para fazer frente aos desafios. Assim a atual administração propôs a reorganização funcional e administrativa desta Prefeitura, conforme relatado no Of. n° 034/2004 desta PMC;” APRECIAÇÃO: ão há como aceitar que uma Instituição que busca a excelência acadêmica sujeite sua comunidade a condições completamente inadequadas de alimentação e de instalações físicas. A total falta de controle desses estabelecimentos resultou na realização de todo tipo de impropriedade pelos ocupantes, inclusive ligações irregulares de energia elétrica, que além de causar prejuízo financeiro à Entidade, põem em risco o patrimônio da Instituição. Além disso, a quantidade significativa de botijões de gás existentes nesses estabelecimentos, sem que sua estrutura comporte tais recipientes, torna ainda mais propícia a possibilidade de acidentes.

A ausência de um controle adequado e de normatização da ocupação desses espaços é sem dúvida a causa principal da ocorrência das impropriedades aqui relatadas, ainda mais quando vemos que, embora a Prefeitura do Campus tenha estipulado prazo aos ocupantes para regularizar a situação, até meados de maio do ano em curso a situação precária desses boxes continuava inalterada, conforme inspeção física realizada. RECOMENDAÇÃO: Recomendamos que a Entidade regularize o uso destes estabelecimentos, normatizando a manipulação e armazenamento dos alimentos e eliminando as instalações elétricas irregulares, a fim de evitar possíveis acidentes e prejuízos ao patrimônio da Universidade. 8.2.1.11 CONSTATAÇÃO: Utilização por particular de espaço físico da Entidade como oficina mecânica. Constatamos a existência de particular, Sr. Raimundo Silva Pinheiro, utilizando a estrutura e o espaço físico da Entidade como oficina mecânica. O referido senhor, ao ser questionado sobre a natureza do seu trabalho, informou que a oficina realizava serviços para atender ao Laboratório de Física. JUSTIFICATIVA:

Por meio da Solicitação de Auditoria n° 24/2004 questionamos a Entidade sobre a permanência do Sr. Raimundo no local. Em resposta, a Prefeitura do Campus informou:

“A resposta do Departamento de Física se encontra no memorando n° 02.22/2004 – DEFI. A Direção do Centro de Geociências, interessado em ocupar o local com o Curso de Meteorologia, já acertou com o Sr. Raimundo Silva Pinheiro que após a conclusão de serviços de pavimentação em sua residência, referido senhor deixará o local.”

O referido memorando informa que já estão sendo tomadas providências para a retirada Sr. Raimundo, tendo em vista a negociação do local com o Centro de Geociências.

APRECIAÇÃO:

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A utilização de espaço da Entidade por particular para realização de serviços de oficina mecânica, em proveito próprio, revela a falta de controle dos Administradores sobre a ocupação do espaço físico da Entidade, ainda mais considerando a afirmação do Diretor do Centro de Geociências, constante do memorando 010/2004, de que não havia espaço para as atividades regulares do Centro e nem para o devido armazenamento dos bens de sua responsabilidade. Fica difícil entender, então, como pode haver espaço para particular desenvolver atividades de interesse próprio em detrimento da necessidade acadêmica. Resta claro a necessidade de racionalização do espaço físico da Entidade visando evitar distorções dessa natureza.

RECOMENDAÇÃO:

Recomendamos que a Administração regularize a ocupação dos espaços físicos a fim de evitar que terceiros venham ocupar espaço da Entidade para proveito próprio em detrimento das atividades acadêmicas. 8.2.2 ASSUNTO – AVALIAÇÃO DE IMOBILIÁRIOS 8.2.2.1 CONSTATAÇÃO: Ausência de laudo de avaliação de imóvel locado pela Entidade. Em análise efetuada no processo n° 23073.013116/2002-12, que trata da locação de duas salas para abrigar a oficina de restauração de instrumentos de cordas da Universidade, constatamos a ausência do laudo de avaliação prévia das citadas salas, o qual evidenciaria a compatibilidade do valor contratado com o valor de mercado. JUSTIFICATIVA:

Questionamos a Entidade sobre a existência do laudo de avaliação das salas. Em resposta, a Prefeitura do Campus, por meio do ofício 036/2004, informou não constar dos seus arquivos qualquer laudo de avaliação do endereço referenciado. APRECIAÇÃO: Esclarecemos à Entidade que a compra ou locação de imóvel deve ser sempre precedida da devida avaliação a fim de garantir a compatibilidade do valor a ser contratado pela Administração com o valor de mercado do imóvel, conforme dispõe o inciso X do artigo 24 da Lei 8.666/93, o qual transcrevemos abaixo:

“X - para a compra ou locação de imóvel destinado ao atendimento das finalidades precípuas da administração, cujas necessidades de instalação e localização condicionem a sua escolha, desde que o preço seja compatível com o valor de mercado, segundo avaliação prévia;”

RECOMENDAÇÃO: Recomendamos que a Entidade efetue a avaliação das duas salas, anexando o laudo de avaliação ao respectivo processo, procedimento este que deve ser seguido em todo processo locação de imóveis efetuado pela Entidade. 8.3 SUBÁREA – MEIOS DE TRANSPORTE 8.3.1 ASSUNTO – BAIXA DE MEIOS DE TRANSPORTE 8.3.1.1 CONSTATAÇÃO: Efetuação da baixa de veículo da Entidade sem o devido cancelamento do registro junto ao DETRAN-PA e antes da sua inutilização. Analisando o processo n° 23073-003311/2001-72, referente à apuração de responsabilidade pela destruição de veículo de propriedade da Entidade, verificamos que foi dado a baixa no referido veículo de placa JTQ 8518, conforme NL004692 de 09/12/2003, sem que antes fosse

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efetuada a baixa junto ao Departamento de Trânsito do Estado do Pará – DETRAN e sem que fosse efetuada a sua inutilização conforme verificado em inspeção física procedida no veículo. JUSTIFICATIVA:

Embora questionada por meio da Solicitação de Auditoria n°52/2004, a Entidade não se manifestou sobre a ocorrência. APRECIAÇÃO:

Pela análise efetuada no processo em questão, verificamos que em 20/11/02 a Comissão de Avaliação de Bens Inservíveis classificou o bem como irrecuperável e sugeriu a sua baixa patrimonial, entretanto, somente em 28/08/03 o processo foi encaminhado ao Setor de Transporte para providenciar a baixa do veículo junto ao DETRAN (fls. 48 do processo), o que até agora não ocorreu. Tal demora na baixa do veículo revela deficiência nos controles da Entidade, resultando na baixa indevida do bem sem o prévio cancelamento no Departamento de Trânsito do Estado do Pará – DETRAN. RECOMENDAÇÃO: Recomendamos à Entidade que efetue com a maior brevidade a baixa do automóvel de placa JTQ 8518 junto ao DETRAN e a sua conseqüente inutilização, após inspeção e autorização do órgão competente. 8.3.2 ASSUNTO – UTILIZAÇÃO DE MEIOS DE TRANSPORTES 8.3.2.1 CONSTATAÇÃO: Atraso no licenciamento anual de veículos da Entidade. Conforme análise efetuada no licenciamento anual dos veículos da Entidade, verificamos que alguns veículos foram licenciados com atraso, conforme discriminado abaixo:

Placa Licenciamento JTI8022 2003 09/SET/2003 JUE7742 2003 20/MAR/2003 JTF8961 2003 05/SET/2003 JTL9215 2002 26/JUL/2002 JTG4012 2002 07/JUN/2002

JUSTIFICATIVA:

Por meio da Solicitação de Auditoria n° 23 questionamos a Entidade sobre a ocorrência. Em resposta, a Seção de Transporte informou: “Foi encaminhado solicitação de suprimento de fundos ao DEFIN, no dia 16/01/04 cópia em anexo, para custear as despesas do licenciamento referente ao exercício de 2004 dos veículos de placas JTI-8022, JUE-7742 e JTF-8961, pertencente a esta IFES, ao qual estamos aguardando definição do referido departamento.

O veículo JTL-9215, encontra-se realizando trabalhos somente dentro do Campus da UFPA, estando o mesmo incluído na lista de licenciamento de 2004.

O veículo JTG-4012, Ambulância, que serve ao Hospital Betina Ferro, encontra-se em fase de recuperação de lanternagem, pintura e mecânica, pois o mesmo será submetido a vistoria junto ao DETRAN, no licenciamento do corrente ano.”

APRECIAÇÃO:

Inicialmente cabe esclarecer que foi questionado o atraso no licenciamento dos exercícios de 2002 e 2003, entretanto, a Entidade está justificando o atraso no licenciamento do exercício de 2004. De qualquer forma, fica claro que o atraso no licenciamento de veículos oficiais é prática freqüente

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na Entidade, revelando deficiência nos controles internos, razão pela qual não podemos acatar a justificativa apresentada.

Convém lembrar à Entidade que o Código de Trânsito Brasileiro classifica a infração como gravíssima e prevê aplicação de multa, apreensão e remoção do veículo quando o mesmo não estiver devidamente licenciado e for flagrado em fiscalizações.

Ademais, a IN/MARE n° 9/94 deixa claro que o licenciamento deve ser feito em seu período regular, conforme transcrito abaixo:

“13. DO LICENCIAMENTO Os órgãos e entidades integrantes do SISG devem providenciar a renovação do licenciamento anual de veículos automotores em tempo hábil, obedecido o calendário estabelecido pelo Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, bem como a quitação do Seguro Obrigatório de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres.”

RECOMENDAÇÃO:

Recomendamos que a Entidade aperfeiçoe os procedimentos internos para a liberação tempestiva de recurso à Seção de Transporte, de forma que o licenciamento dos veículos oficiais seja efetuado em seu período regular, evitando possíveis penalidades à Entidade.

8.3.2.2 CONSTATAÇÃO: Falhas nos controles de utilização dos veículos.

Em análise aos documentos da Entidade referentes à utilização de veículos oficiais, verificamos:

a) ausência de preenchimento, por veículo, dos controles diários de utilização e de abastecimento;

b) ausência de preenchimento dos controles mensais de manutenção; e ainda c) ausência de preenchimento do mapa de controle anual de veículo oficial. Ressaltamos que o controle diário de utilização de veículo, apresentado a esta equipe de

auditoria, não era individualizado por veículo e não possuía elementos como a assinatura do usuário e a quilometragem percorrida.

JUSTIFICATIVA:

Por meio da Solicitação de Auditoria n° 17 questionamos a Entidade sobre a ocorrência. Em resposta, a Seção de Transporte informou:

a) “Em função do baixo nível de participação dos usuários no retorno dos mapas de acompanhamento diário (por evento), esta Gerência adotou uma nova metodologia de trabalho, com a indicação de um chefe de serviço que faz o controle diário de utilização das viaturas e estabelece via telefônica, por amostragem, a relação de feed-back com os usuários.”

“Informamos que os controles diários de abastecimento vem sendo preenchidos, conforme demonstração feita a essa equipe de Auditoria.”

b) “O mapa de controle mensal de veículo oficial está à disposição da equipe de auditores.” c) “O preenchimento do mapa de controle anual de veículos oficial, está sendo executado, só sendo

possível a finalização dos mesmos no prazo de cinco dias úteis.”

APRECIAÇÃO: Os controles apresentados pela Seção de Transporte não estão condizentes com a

IN/MARE n° 9/94, visto que tais controles são globais e não individualizados por veículo, não permitindo, portanto, verificar a quilometragem percorrida por cada veículo e quanto foi utilizado com manutenção e gasolina. É importante ressaltar que sem o preenchimento por veículo de cada um desses controles, não há como preencher o Mapa de Controle Anual de Veículo Oficial, visto que este requer aquelas informações de forma individualizada, e não de forma global como as que a Seção de Transporte possui.

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RECOMENDAÇÃO: Recomendamos que a Entidade adote controles individualizados de veículos a fim de manter os dados constantes do Mapa de Controle Anual de Veículo Oficial devidamente atualizados conforme dispõe o item 5.2 da IN/MARE n° 9/94.

8.3.2.3 INFORMAÇÃO:

Conforme consulta efetuada no site do Departamento de Trânsito do Estado do Pará verificamos que alguns veículos da Entidade apresentaram multas por cometimento de infrações, as quais listamos abaixo:

Placa Veículo Descrição da multa Valor (R$)

JTA0364 Mercedez Bens/caminhão

Tras. c/ lotação excedente 85,12

JTA0364 Mercedez Bens/caminhão

Desob ordens do ag. de trânsito

127,69

JTI8022 Chevrolet A10/camioneta Avançar sinal verm./parada ob

153,22

JUE7742 Gol 1.6 city Parar em cruzamento de vias 85,12 Por meio da Solicitação de Auditoria n° 23/2004 questionamos a Entidade sobre a

impropriedade. Em resposta, a Seção de Transporte informou que as multas ainda não haviam sido pagas e que a chefia da Seção não possuía mecanismo para fazer as devidas cobranças.

Importa lembrar à Entidade que gastos com multas não guardam relação com o fim público, não devendo, portanto, a Entidade arcar com tais gastos. Assim, cabe a recomendação de que a Administração da Entidade implemente mecanismos eficientes para efetuar a cobrança das multas aos motoristas responsáveis pelas infrações. 8.4 SUBÁREA – BENS MÓVEIS E EQUIPAMENTOS 8.4.1 ASSUNTO – CONSERVAÇÃO DE BENS MÓVEIS E EQUIPAMENTOS 8.4.1.1 CONSTATAÇÃO: Armazenamento de bens móveis da Entidade em desacordo com a IN SEDAP/PR N°205/88. Em inspeção física realizada nas instalações da Entidade, constatamos a existência de um número considerável de bens móveis armazenados de forma inadequada, externamente às dependências da Universidade. JUSTIFICATIVA: Por meio da Solicitação de Auditoria n° 25/2004 questionamos a Entidade sobre a ocorrência. Em resposta a Prefeitura do Campus apresentou o memorando n° 02.21/2004-DEFI, de 18/04/2004, no qual o Departamento de Física solicita ao DEPAD a remoção dos bens armazenados no lado externo do Laboratório de Física. Foi apresentado, ainda, o memorando 010/2004, no qual Diretor do Centro de Geociências afirma que referidos equipamentos eram móveis que estavam aguardando reparos na ocasião da nossa visita, além de móveis inservíveis aguardando baixa patrimonial, observando, ainda, que “não há espaços para as atividades regulares, quanto mais para guardar algo inservível em salas fechadas”. APRECIAÇÃO:

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Considerando que o Departamento de Física apenas solicitou a remoção dos bens armazenados de forma inadequada e em situação de deterioração, após a constatação da situação por esta Controladoria, ficou evidenciada a desídia dos agentes responsáveis para com os bens da Entidade, contrariando o disposto na IN SEDAP 205/88 : “DA CONSERVAÇÃO E RECUPERAÇÃO

9. É obrigação de todos a quem tenha sido confiado material para guarda ou uso, zelar pela sua boa conservação e diligenciar no sentido da recuperação daquele que se avariar.” Ademais, cabe esclarecer ao Diretor do Centro de Geociências que se existem bens inservíveis no Centro como ele mesmo afirma, tal fato deve ser comunicado ao Setor de Patrimônio para que seja dado o devido fim aos bens, não sendo justificado deixar os bens indevidamente armazenados em situação de abandono e deterioração. RECOMENDAÇÃO: Recomendamos que a Entidade oriente os agentes responsáveis para que armazenem de forma adequada os bens sob sua responsabilidade, comunicando imediatamente ao Setor de Patrimônio quando tais bens forem inservíveis, de forma a evitar a deterioração dos bens da Entidade por negligência do agente responsável. 9 GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS 9.1 SUBÁREA - MOVIMENTAÇÃO 9.1.1 ASSUNTO – QUANTITATIVO DE PESSOAL 9.1.1.1 CONSTATAÇÃO: Fichas cadastrais sem atualização Constatamos a falta de atualização dos dados cadastrais dos servidores da Universidade Federal do Pará, evidenciada nos seguintes fatos: - Inexistência de pasta funcional individualizada para cada servidor; - Falta de um local específico e adequado para arquivamento das fichas funcionais (hoje, existe uma sala de microfilmagem onde estão “arquivados” de forma aleatória documentos dos servidores)

- Falta de um Sistema de Informações que centralize os dados cadastrais atualizados dos servidores- (atualmente as informações estão disponíveis por Processo, portanto cada servidor possui tantas informações quantos forem os processos em seu nome)

- Tramitação de processos afeitos à área de pessoal (cessão, licenças, afastamentos, etc) pelos diversos setores da Universidade, sem que o CRH tome conhecimento;

JUSTIFICATIVA: Não solicitamos justificativas formais ao Reitor pois na Reunião de Abertura dos trabalhos de Auditoria o Pró-Reitor de Planejamento discorreu a respeito do assunto, especialmente quanto às constatações elencadas no Relatório de Auditoria de Gestão de 2003 , onde ficou evidenciada a necessidade de readequação da área de Recursos Humanos da Universidade, notadamente no que se refere aos registros cadastrais. APRECIAÇÃO:

A falta de adequados registros cadastrais fragiliza a área de Recursos Humanos da Entidade, posto que não provê a Administração de informações fidedignas e atualizadas a respeito do corpo funcional. .Desse modo , qualquer política de recursos humanos implementada corre o risco de fracassar pois estará construída com base em dados incorretos

Além disso, os gastos com pessoal não refletem a realidade da Instituição e os indicadores de desempenho do Tribunal de Contas da União também ficam comprometidos pois são feitos a partir de dados inconsistentes.

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RECOMENDAÇÃO: Recomendamos à Universidade Federal do Pará que : 1) Implemente medidas com vistas a compor um registo cadastral fidedigno de seus servidores;

2) Promova mudanças no fluxo de tramitação dos processos de modo que a Coordenação de Recursos Humanos centralize as informações cadastrais dos servidores da Instituição;

3) Mantenha atualizado os registros funcionais. 9.1.2 ASSUNTO – MOVIMENTAÇÃO ENTRE ÓRGÃOS/ENTIDADES 9.1.2.1 CONSTATAÇÃO: Servidores de outras instituições em exercício irregular na UFPA. Nas folhas 139 a 147 do Relatório de Gestão de 2003 consta relação contendo 262 servidores de outros órgãos que estariam em exercício na UFPA, sem ônus para o cessionário. Por meio da Solicitação de Auditoria Nº008/2004 solicitamos informações a respeito do processo cessão desses servidores à UFPA . JUSTIFICATIVA: A Coordenadora de Recursos Humanos da UFPA assim se manifestou:

“- Em resposta ao item 3 da S.A nº 08/2004, informamos que esta CRH solicitou a todas as unidades da UFPA que desenvolvem atividades com a colaboração de servidores de outros órgãos, informações sobre a cessão desses servidores. Esclarecemos que os processos de cessão são arquivados no órgão de origem do servidor, sendo encaminhado a esta UFPA, após a anuência dos gestores, apenas o ofício de apresentação dos mesmos. Anexamos ao presente as respostas encaminhadas a esta CRH.” No anexo constam informações de alguns setores da Universidade especificando o nome do Servidor, sua origem e atual lotação. Não foi apresentado nenhum processo de cessão. APRECIAÇÃO: As respostas encaminhadas não abrangem a totalidade de servidores listados no Relatório de Gestão portanto não atendem ao solicitado, apenas ratificam a constatação de que a Universidade não tem controle sobre essas pessoas que supostamente estão cedidas por outros órgãos Verificamos que as pessoas listadas a seguir não estão efetivamente prestando serviço na Universidade e sim na ONG POEMAR:

NOME CARGO ORGÃO DE ORIGEM Carlos Edílson Santana Santos Extensionista

Rural EMATER

Célia Maria Oliveira de Souza Não informado EMATER José Sinval Vilhena Paiva Não informado EMATER Pedro Saviano da Costa Miranda

Não informado EMATER

Maria de Nazaré Oliveira Imbiriba

Técnico D IDESP

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A servidora da Secretaria Municipal de Educação (SEMEC), Graciete da Silva Farias é responsável pelo Restaurante Universitário, porém também presta serviços ao POEMAR, conforme ficou evidenciado na prestação de Contas do Convênio firmado com a UFPA para apoio ao Projeto Curauá, relatado em item específico deste Relatório.

Laura Letícia Cardoso e Leonice Cardoso, também constantes na lista de “cedidos” figuram na prestação de contas do Convênio UFPA/POEMAR/PRONERA como coordenadoras, conforme também relatado em item específico deste Relatório.

Constam ainda da Relação diversos servidores cujo órgão de origem é a FADESP, que estaria cedendo esses funcionários sem ônus para a UFPA.

Colocamos em dúvida a veracidade dessa informação posto que, nos exames realizados nos convênios e contratos celebrados pela UFPA via FADESP, foi constatado que os salários do pessoal contratado pela Fundação de Apoio são pagos com recursos dos convênios/contratos, a exemplo do pessoal dos hospitais universitários pagos com verba do SUS . Além disso, a FADESP não possui em seus quadros pessoal da área de saúde.

A falta de informação a respeito desse efetivo, por parte da Coordenação de Recursos Humanos, demonstra mais uma vez o descontrole existente na área de Pessoal da Instituição e enfatiza a necessidade de rever os procedimentos administrativos e o Sistema de Informações Gerenciais da UFPA de modo a prover o Órgão de Pessoal de meios para centralizar todas as informações a respeito o corpo funcional. RECOMENDAÇÃO: Recomendamos à Universidade Federal do Pará que faça o levantamento do pessoal de outros órgãos que se encontra em exercício na Instituição, notificando os órgãos cedentes com o objetivo de aferir a regularidade do processo de cessão e apresentando a este Órgão de Controle, até 30 de agosto de 2004, relatório consubstanciado sobre a questão. 9.1.3 ASSUNTO – RECRUTAMENTO, SELEÇÃO E ADMISSÃO 9.1.3.1 CONSTATAÇÃO: Contratação irregular de professores.

Analisando por amostragem os pagamentos efetuados à conta da rubrica “Diárias a Colaboradores Eventuais” verificamos a prática de contratação de professores não pertencentes ao quadro da Universidade para ministrar regularmente aula nos diversos “campi “ do interior sem que tenham sido selecionados por meio de Processo Seletivo Simplificado e, consequentemente, sem terem sido contratados ao amparo da Lei Nº 8.745/93.

Registramos mais de 20 professores nessa situação, sendo que alguns deles são aposentados da UFPA e outros são professores que já prestaram serviço à Universidade como substitutos. JUSTIFICATIVA Solicitamos ao Gestor que justificasse essas contratações irregulares.

Em resposta, a Chefe da Coordenadoria de Recursos Humanos apresentou informações a respeito de 16 dos contratados, ratificando a constatação de que se tratava de professores aposentados ou de ex-professores substitutos da Instituição, porém não esclareceu quem os contratou para ministrar aula nos campi do interior

Quanto aos demais nomes elencados na Solicitação de Auditoria, informou que não há registro dos mesmos nos Sistemas de Informação da UFPA. APRECIAÇÃO: A contratação de professores para os quadros das Universidades Públicas Brasileiras se dá ou por meio de Concurso Público com o objetivo de preencher vagas no quadro permanente, ou por meio de Processo Seletivo Simplificado para contratação de professores substitutos exclusivamente para suprir a falta de docente da carreira, decorrente de exoneração ou demissão, falecimento, aposentadoria, afastamento para capacitação e afastamento ou licença de concessão

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obrigatória, sendo que as contratações para substituir professores afastados para capacitação ficam limitadas a dez por cento do total de cargos de docentes da carreira constante do quadro de lotação da Instituição.

Por conseguinte, a utilização de professores sem vínculo com a UFPA para ministrar cursos regulares de graduação configura um ato ilegal, posto que fere o prescrito no Artigo 5º do Decreto 94.664/87, que regulamenta a implantação e administração do Plano Único de Classificação e Retribuição de Cargos e Empregos nas Instituições Federais de Ensino, in verbis: Art. 5º O corpo docente será constituído pelos integrantes das carreiras de Magistério Superior e de Magistério de 1º e 2º Graus, pelos Professores Visitantes e pelos Professores Substitutos. Infringe ainda o artigo 117 da Lei 8.112/90, abaixo transcrito:

Art. 117. Ao servidor é proibido: ...................................................................................................................................................

VI - cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, o desempenho de atribuição que seja de sua responsabilidade ou de seu subordinado;

Essas contratações afrontam o princípio da Isonomia e da Impessoalidade, pois a seleção é feita sem critério, por meio de indicação, privilegiando aqueles que, de alguma forma, possuem algum relacionamento com a Universidade.

Há, ainda, o agravante de que alguns desses professores participaram de Processos Seletivos Simplificados para a contratação temporária de professor substituto para a UFPA tendo sido aprovados e contratados em 2003. O fato de já estarem prestando serviços em nome da Instituição pode levar à argüição de vício nos processos de seleção acarretando danos financeiros e morais à Universidade. RECOMENDAÇÃO: Recomendamos à Universidade Federal do Pará que , em atendimento ao princípio da Legalidade, não contrate professores para ministrar cursos regulares da Instituição sem a realização de Concurso Público ou de Processo Seletivo Simplificado. 9.1.3.2 CONSTATAÇÃO: Atribuição irregular de função a professor visitante. O professor Thomas Adalbert Mitschein é professor Visitante da UFPA. Segundo seus assentamentos funcionais, desde 1991 exerce atividades na UFPA, sendo que a partir de 1992 passou a ser Coordenador do Programa Pobreza e Meio Ambiente da Amazônia. A partir de 1999 assumiu a presidência da Organização Não Governamental POEMAR, que funciona no mesmo local do Programa POEMA e com ele se confunde.

Tendo em vista que o Professor Thomas A Mitschein há mais de 10 anos desenvolve atividades como professor visitante na UFPA, no regime de Dedicação Exclusiva, e que , como coordenador do Programa POEMA ou, mais freqüentemente, como presidente da ONG POEMAR tem assinado contratos e convênios que são executados pela UFPA, solicitamos à Universidade que justificasse as funções exercidas pelo professor, que contrariam o artigo 9º Inciso II da Lei 8.745/93. JUSTIFICATIVA: A UFPA em sua manifestação informa que o Professor Thomas Adalbert Mitschein foi, inicialmente, Coordenador da Casa de Estudos Germânicos da Universidade, no período de 1980 a 1987.

Foi contratado como Professor Visitante a partir de 1º de setembro de 1991, pelo prazo de 04 anos, nos termos do artigo 1216, do Código Civil brasileiro combinado com os artigos 232 e 233, da lei 8.112/90. A partir de 21 de outubro de 1995, aprovado em processo seletivo, foi contratado como Professor Visitante, a nível de Titular, em regime de DE, junto ao Núcleo de Meio Ambiente, pelo prazo de 12 meses, prazo esse prorrogado até 31 de dezembro de 1998.

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Desde o ano de 1999, assumiu a presidência da Organização Não Governamental POEMAR. Firmou novo contrato de prestação de serviços em 02 de janeiro de 2002, que foi prorrogado até 02 de janeiro de 2005, por meio da Portaria 2901/2003.

Finaliza argumentando que o POEMA é um Programa coordenado pelo Dr. Thomas Mitschein, sem qualquer remuneração adicional ao pagamento correspondente ao Contrato de Prestação de Serviços e que sendo um programa, não existe nenhum cargo ou função integrante do quadro de funções comissionadas ou gratificadas da UFPA e, em conseqüência, se não é efetuado nenhum pagamento correspondente a essa atividade a situação não se encontra em desacordo com o que prevê o artigo 9º, Inciso II, da Lei Nº 8.745/93. APRECIAÇÃO: O Art. 9º da lei 8.745/93 dispõe:

O pessoal contratado nos termos dessa Lei não poderá: I - receber atribuições, funções ou encargos não previstos no respectivo contrato; II - ser nomeado ou designado, ainda que a título precário (g/n) ou em substituição, para o exercício de cargo em comissão ou função de confiança; ............................................................................................................................................... O Professor Thomas Mitschein apesar de contratado como Professor Visitante, no regime de Dedicação Exclusiva, não ministra aulas na UFPA e sempre desempenhou atividades no PROGRAMA POEMA, como Coordenador.

O Programa POEMA, na realidade se confunde com o POEMAR, posto que todas suas ações são implementadas por meio dessa ONG, criada, de acordo com manifestação da UFPA ao Relatório de Auditoria de Gestão de 2002, para dar mais agilidade ao Programa e ajudar na captação e movimentação de recursos. Entretanto, constatamos que não há separação entre o POEMA e a ONG POEMAR haja vista que a ONG ocupa as instalações da Casa do POEMA, os servidores da Universidade que estariam trabalhando no POEMA, na realidade desempenham atividades para a ONG POEMAR, sendo inclusive remunerados adicionalmente, conforme consignado em outro ponto deste Relatório. E, por fim, todas as ações imputadas ao POEMA são também imputadas ao POEMAR.

Portanto, ao assinar convênios e contratos com órgãos públicos, instituições privadas e organismos internacionais, em nome do POEMAR, o Professor Thomas Mischein está direta ou indiretamente representando o Sistema POEMA, do qual faz parte o PROGRAMA POEMA e, consequentemente, a UFPA. RECOMENDAÇÃO: Recomendamos à Universidade Federal do Pará que deixe de cometer ao professor Thomas Adalbert Mitschein funções vedadas na Lei Nº 8.745/93. 9.1.3.3 CONSTATAÇÃO: Falta de atendimento às especificações do edital de processo seletivo e nomeação de candidato fora da ordem de classificação. Em 07 de março de 2003 a UFPA publicou Edital para realização de seleção para professor substituto no regime de 40 horas, nível Assistente I, na matéria Antropologia Cultural I e II para o Campus de Belém, condicionando a contratação à liberação de vaga. Com a abertura de vaga para o Campus de Altamira, a UFPA convocou o 2º e, depois, o 3º colocados para assumirem a vaga. Os candidatos não aceitaram, argumentando que aguardariam vaga para atuar na capital. O professor César Augusto Martins de Souza, quarto colocado, aceitou e foi contratado em 10/07/2003. JUSTIFICATIVA:

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A UFPA argumentou que devido a grande demanda do curso de Ciências Sociais necessitou com urgência de um professor para o Campus de Altamira, que não dispõe de docentes na área para formar a banca examinadora e, em virtude de recente concurso realizado para Belém a Pró-Reitoria de Planejamento, o Departamento de Antropologia e a Coordenadora de Letras do Campus de Altamira, mediante contato com os interessados, aproveitaram o concurso já existente com os candidatos aprovados, que concordaram em aguardar vaga para Belém. APRECIAÇÃO O edital do processo seletivo previa a contratação para o Campus de Belém, desse modo a contratação para o Campus de Altamira contrariou as especificações do Edital.

A despeito de ter havido concordância formal dos candidatos em abrir mão da vaga, a falta de atendimento às especificações do Edital de Seleção é ato que pode sujeitar a Universidade a querelas judiciais. RECOMENDAÇÃO: Recomendamos à Universidade Federal do Pará que na contratação de professores substitutos obedeça o prescrito no Edital do Processo Seletivo 9.1.3.4 CONSTATAÇÃO: Realização de processo seletivo simplificado sem atendimento ao prescrito na Lei Nº 8.745/93.

Em 04/11/2002, a UFPA publicou Edital para contratação de professor substituto para a disciplina Direito Processual Penal para o Campus de Marabá. Rosana Lúcia Canellas foi classificada em 1º lugar sendo contratada para a vaga a ser preenchida, entretanto em fevereiro de 2003 pediu demissão.

Outra vaga foi aberta devido ao afastamento de uma professora para cursar Mestrado. A UFPA, então, chamou os dois candidatos classificados em 2º e 3º lugar, respectivamente,

para assumirem as vagas abertas. Em 07 de março de 2003 a UFPA publicou Edital para realização de seleção para professor

substituto no regime de 40 horas, nível Assistente I, na matéria Antropologia Cultural I e II para o Campus de Belém, condicionando a contratação à liberação de vaga.

Desse modo, ficou evidenciado que a UFPA tem adotado o sistema de “cadastro-reserva” para nomeação de professores substitutos.

A Lei Nº 8.745/93 prescreve, “in verbis”: §1o A contratação de professor substituto a que se refere o inciso IV far-se-á

exclusivamente para suprir a falta de docente da carreira, decorrente de exoneração ou demissão, falecimento, aposentadoria, afastamento para capacitação e afastamento ou licença de concessão obrigatória.

§ 2o As contratações para substituir professores afastados para capacitação ficam limitadas a dez por cento do total de cargos de docentes da carreira constante do quadro de lotação da instituição. ................................................................................................................................................... Art. 5o As contratações somente poderão ser feitas com observância da dotação orçamentária específica e mediante prévia autorização do Ministro de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão e do Ministro de Estado sob cuja supervisão se encontrar o órgão ou entidade contratante, conforme estabelecido em regulamento.

Assim, a contratação de professor substituto tem o objetivo de preencher vagas pré-determinadas, decorrentes das situações previstas na Lei. Não, há, portanto, brecha legal para realização de processo seletivo com o objetivo de manter cadastro reserva.

Pela mesma razão, se a lei não prevê prazo de validade para o processo não há como aproveitar os candidatos aprovados e não contratados . JUSTIFICATIVA:

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Não solicitamos justificativas ao fato, durante o trabalho de campo. RECOMENDAÇÃO: Recomendamos a Universidade Federal do Pará que nos processos seletivos simplificados para contratação de professor substituto obedeça o prescrito na lei 8.745/93. 9.1.3.5 CONSTATAÇÃO: Contratação indireta de pessoal por meio da FADESP e do POEMAR.

A UFPA, contrariando a legislação, tem se utilizado da FADESP e do POEMAR para contratação indireta de pessoal. Constatamos essa prática na Assessoria de Imprensa, que possui 03 funcionários contratados pela Fundação de Apoio. O seu titular, jornalista Gilson Farias foi designado formalmente para o cargo de Assessor em janeiro de 2004, porém anteriormente já estava no exercício da função, contratado via FADESP, fato evidenciado pelo pagamento de diárias e passagens para participação no Encontro Nacional de Coordenadores de Comunicação e de Rádios e Televisões Universitárias das IFES, em outubro de 2003. A contratação de Pessoal para trabalhar nos Hospitais Universitários João de Barros Barreto e Betina Ferro de Souza tem sido feita por meio da Fundação de Apoio e foi objeto de ressalva nos Relatório de Auditoria das gestões de 2001 e 2002. Encontramos, também em outros Setores da Universidade pessoal da área administrativa contratados via FADESP, a exemplo do DAVES, INCUBADORA e NUMA. É importante ressaltar que essas pessoas têm um contrato de trabalho celebrado com a FADESP, porém os recursos utilizados para o pagamento de seus salários e dos encargos sociais são da UFPA, provenientes dos contratos de prestação de serviços. Situação semelhante ocorre na Assessoria de Relações Internacionais, onde sob o nome de “Projeto SERNI” a Universidade repassa mensalmente recursos para o POEMAR para pagamento das Senhoras Heloísa Bellini e Luiza Jucá , que exercem atividades na referida Assessoria. JUSTIFICATIVA: Solicitamos justificativas formais apenas a respeito do “PROJETO SERNI”por se tratar de fato novo e evidenciar o uso da Organização Não Governamental POEMAR para contratação indireta de pessoal. Em sua justificativa, o Reitor informou que não se trata se contratação indireta e sim contratação pelo POEMAR de pessoal especializado com fundamento no Artigo 24, XIII da Lei 8.666/93 nos termos do Parecer Jurídico Nº 170/03/COM-PG . APRECIAÇÃO: Não há como negar a contratação indireta de pessoal, disfarçada sob a justificativa de contratação para atendimento de determinado “PROJETO”. A Assessoria de Relações Internacionais, vinculada à Reitoria, é responsável pelas relações nacionais e internacionais da UFPA e já existia há tempos, estando sendo transformada em Secretaria com “status semelhante a uma pró-reitoria e orçamento próprio. Não se trata, portanto, de um projeto, cuja definição pressupõe a existência de objetivo específico a ser alcançado num tempo pré-determinado.

Essas contratações afrontam o Princípio da Isonomia, que requer a realização de Concurso para ingresso no Serviço Público; afrontam o Princípio da Impessoalidade, já que, se não há processo seletivo, a contratação é feita por indicação, bem como a própria Lei nº 8.958/94, que estabelece no § 3º do Art. 4º a seguinte vedação, “in verbis”: "§ 3º É vedada a utilização dos contratados referidos no caput para a contratação de pessoal administrativo, de manutenção, docentes ou pesquisadores para prestarem serviços ou atender necessidades de caráter permanente das instituições federais contratantes.".

RECOMENDAÇÃO:

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Recomendamos à Universidade Federal do Pará que atente às normas que regem a contratação de pessoal para a Administração Pública Federal, especialmente o Artigo 37 da Constituição Federal de 1988. 9.2 SUBÁREA – REMUNERAÇÃO, BENEFÍCIOS E VANTAGENS 9.2.1 ASSUNTO – CONSISTÊNCIA DOS REGISTROS 9.2.1.1 CONSTATAÇÃO: Pagamento indevido do Artº 192 inc. II da Lei Nº 8.112/90 a servidores inativos.

Em análise efetuada, por amostragem, nas fichas funcionais dos servidores inativos, verificamos o recebimento a maior da vantagem do Artº 192 Inc. II da Lei 8.112/90, nos seguintes casos:

Mat. Servidor Valor recebido Valor correto Diferença 0324621 Aida Oliveira Alves R$-313,32 R$237,38 R$75,94 0236089 Maria da C Cardoso da Cunha R$-314,40 R$237,38 R$77,02 0235972 Cremildo Simão Maciel R$-493,84 R$237,37 R$256,47 0324753 Aloysio Newton de Carvalho R$-495,09 R$121,87 R$373,22 0324456 Alirio César de Oliveira R$-445,13 R$108,81 R$336,32 0236198 Alvina Mota Pedrosa R$-545,91 R$369,73 R$176,18 0325096 Alzira Monteiro de Oliveira R$-497,11 R$369,73 R$127,38 0325752 América de N S Magalhães R$-549,81 R$369,73 R$180,08 0324845 Amparo Costa Tavares R$-561,56 R$369,73 R$191,83 0325002 Ana Maria ribeiro cordeiro R$-312,24 R$237,73 R$74,51 0325567 Antônia de Jesus dos s Dias R$-547,86 R$369,73 R$178,13 0324458 Antônio Cantão de A Filho R$-759,50 R$188,88 R$570,62 0235925 Arlete Ribeiro Melo R$-305,74 R$237,38 R$68,36 0236164 Cândida Rodrigues da Cunha R$-547,86 R$369,73 R$178,11 0327554 Carlos Alberto Dias R$1.024,31 R$252,98 R$771,33 0324645 Cecília Therezinha R Luz R$-565,49 R$369,73 R$195,76 0235992 Edgar Catarino Ribeiro R$-310,08 R$237,37 R$72,71 0324425 Francisco de Assis s Santos R$-315,50 R$237,88 R$77,62 0324389 Henrique Osaqui R$-498,52 R$121,87 R$376,65 0324468 Homero Cabral R$-767,45 R$188,86 R$578,59 0324541 Iraides de Souza M Lima R$-770,09 R$188,86 R$581,23 0328063 Jose Jouecy b Lobão R$-579,17 R$369,73 R$209,44 0324477 Jurandyr da Silva Garcez R$1.017,22 R$252,98 R$764,24 0324233 Lea Soares Machado R$-577,22 R$369,73 R$207,49 0324545 Lila de Araujo Rayol R$-838,83 R$210,81 R$628,02 1180564 Manoel Viegas C Moutinho R$-847,68 R$210,81 R$636,87 0328116 Sérgio Cavalcante de Oliveira R$-422,84 R$296,78 R$126,06 0324284 Sergio Figueiredo de Lima R$-567,43 R$369,73 R$197,70 0324407 Wilton Santos Brito R$-510,46 R$121,87 R$388,59 0324295 Waldemir Medeiros Jennings R$-310,08 R$121,87 R$188,21 0324770 Joao Evandro C Martins R$-685,97 R$163,22 R$522,75 0041352 Francisco Nunes Salgado R$-422,90 R$108,81 R$314,09

TOTAL R$ 9.681,72 JUSTIFICATIVA:

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Por meio da SA nº 38/2004, de 15/04/2004, solicitamos justificativas para o pagamento indevido dessa vantagem. A Entidade, através do MEMO 290/2004 de 20/04/2004 da Coordenadora de Recursos Humanos/UFPA, o seguinte: “Que estão sendo adotadas e providências, que as alterações serão efetivadas, após abertura do sistema, uma vez que a folha de pagamento se encontrava em processamento, não sendo possível qualquer transação e que a previsão para abertura do sistema é no dia 26/04/2004, como também, serão revistas todas a situações”. APRECIAÇÃO: Acatamos as providências adotadas RECOMENDAÇÃO:

Recomendamos à Entidade que proceda o levantamento de todos os servidores que se encontram na mesma situação e que as diferenças encontradas sejam ressarcidas ao Erário de acordo com a Legislação vigente. 9.2.2 ASSUNTO – VENCIMENTO E REMUNERAÇÃO 9.2.2.1 CONSTATAÇÃO: Ausência de formalização de processo para concessão de quintos/décimos. Verificamos, por meio de amostragem, que na concessão de Quintos/Décimos a servidores não existe formalização de Processos para a concessão de tal vantagem. JUSTIFICATIVA: Por meio da Solicitação de Auditoria nº 38/2004, solicitamos justificativa, tendo o Gestor informado o seguinte: “Que a concessão de Quintos/Décimos incorporados, foi efetuada com base no Parecer nº 196/SAF, que respaldou o pagamento de quintos a todos os servidores celetista desta IFES, bem como, a Lei 8.911/94. Assim, após a extensão desse direito aos servidores celetista, esta CRH, numa tentativa de imprimir agilidade na concessão de um direito ao servidor e baseada no princípio de economicidade, uma vez que o quantitativo de servidores era considerável, o que demandaria uma quantidade enorme de documentos a serem xerocados e anexados, efetuou o levantamento de todos os servidores que exerceram ou estavam no exercício de funções de confiança, tomando por base as respectivas designações, a existência de pagamento efetuado a título de função de confiança e a ficha controle de função, que identifica os ocupantes de função ao longo do tempo. Essas incorporações foram posteriormente atualizadas, ano a ano, com base nas fichas de controle de função, então existente nesta CRH”. APRECIAÇÃO:

Não acatamos a justificativa apresentada, uma vez que há obrigatoriedade da formalização processual. RECOMENDAÇÃO:

Recomendamos à Entidade que sejam constituídos os processos de Quintos/Décimos, já que as portarias de designações e exonerações encontram-se nas pastas funcionais dos servidores. 9.2.3 ASSUNTO – GRATIFICAÇÕES 9.2.3.1 CONSTATAÇÃO: Pagamento adicional a servidores por atividades inerentes aos cargos que ocupam- DAVES.

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Constatamos a reincidência de pagamento a servidores do DAVES na execução do Processo Seletivo Especial - Vestibulinho, conforme abaixo: NOME CARGO VALOR Arquimimo Barroso de Almeida Filho Professor c/ FG 1.500,00 Constância da Silva Santos Analista de Sistema 2.100,00 Ivanilson da Costa Araújo Assistente de Administ. 500,00 Luciléia Rosa da Silva Digitador 2.000,00 Maria da Conceição G Ferreira Analista de Sistema 2.100,00 Nelma Conceição das Dores Almeida Sec. Executiva 1.570,00 Otavio Roberto Ferreira Mendes Analista de Sistema 2.100,00 Paulo César Costa Martins Analista de Sistema 900,00 Sebastião de Lima Cerdeira Quínico/FG 1.200,00 Vanner Fernandes Vasconcellos Operador de Computador 1.700,00 Apesar de constarem no SIAPE como lotados em outros setores, todos os servidores acima listados trabalham no DAVES . Solicitamos ao Reitor que justificasse os pagamentos aos servidores. JUSTIFICATIVA: A Diretora do DAVES argumentou: “...Quando surge um evento que foge à rotina habitual , as atividades do dia-a-dia continuam a ser desenvolvidas à noite, muitas vezes estendendo-se ao sábado e domingo, haja vista os servidores serem os mesmos funcionários a darem conta daqueles eventos. As tarefas desenvolvidas foram necessárias ao perfeito desenvolvimento de um processo como o Vestibulinho e o PSS-isenção- que demandaram múltiplas atividades, exigindo uma força-tarefa maior para que fossem cumpridos nos prazos estabelecidos os compromissos assumidos pelo DAVES”. APRECIAÇÃO: O processo seletivo de matrículas especiais não é um evento extraordinário no DAVES, conforme atestado no site www.ufpa.br/daves, onde está informado: “O Departamento de Apoio ao Vestibular (DAVES) é a unidade da Pró-Reitoria de Ensino de Graduação e Administração Acadêmica, da Universidade Federal do Pará, responsável pela coordenação e execução de Processos Seletivos de ingresso a essa Instituição bem como de outros Concursos Públicos. Para realizar esse empreendimento, o DAVES, ao longo de vários anos, adquiriu um parque gráfico expressivo, com técnicas e equipamentos de última geração, e conta com pessoal especializado que conferem a competência, a confiabilidade e o sigilo necessários às suas ações e fazem daquele departamento a melhor alternativa para a realização das atividades que desenvolve na região Norte.” Portanto, as atividades desenvolvidas pelos servidores que ali trabalham estão relacionadas diretamente à execução de concursos, não cabendo, assim, pagamento de adicionais, com exceção daqueles previstos na Lei Nº 8.112/90.

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RECOMENDAÇÃO: Recomendamos à Universidade Federal do Pará que obedeça as normas legais, a jurisprudência do Tribunal de Contas da União e as determinações deste Órgão de Controle e não remunere seus servidores por atividades inerentes ao cargo que ocupam. 9.2.3.2 CONSTATAÇÃO: Remuneração adicional a servidores e professores, sob a forma de “Bolsas de Extensão” A despeito das recomendações emitidas nos Relatório de Auditoria de Gestão de 2001 e 2002, a UFPA continua a efetuar pagamento a título de “bolsa de extensão” ou de “prestação de serviços” a servidores e professores do seu quadro, mesmo àqueles que possuem Dedicação exclusiva ou são detentores de Função Comissionada-FG ou CD. Esse fato foi constatado nos convênios e contratos objeto da amostra selecionada para exame. Os pagamentos referem- se a :

1) aulas ministradas nos diversos contratos celebrados pela UFPA com terceiros, na área de Ensino e Extensão, principalmente com prefeituras do Interior e com grandes empresas da região;

2) aulas ministradas no Projeto de Interiorização da UFPA; 3) coordenação de Projetos de Pesquisa e Extensão; 4) elaboração de projetos de cursos de especialização; 5) elaboração e correção de provas em concursos Públicos realizados pela UFPA. Nos Contratos executados em 2003, esse procedimento continua a ocorrer a despeito das

recomendações emitidas nos Relatórios de Auditoria de Gestão de 2001 e 2002. O contrato firmado com a Companhia Vale do rio Doce para elaboração e implantação do

Curso de Especialização em Tecnologia Mineral e Metalurgia (CETMM) no Campus Sul e Sudeste do estado do Pará demonstra bem essa prática:

Na execução do Contrato, constatamos o pagamento, a título de serviços prestados por consultoria, aos professores José Antônio da Silva Souza, Emanuel Negrão Macedo, NazarenoNonato Quaresma, José Maria do Vale Quaresma, João Nazareno Nonato Quaresma, Evaldo Raimundo Pinto da Silva, Erivan Souza Cruz, Fernando Antônio de Sá e Fernando Michelotti, sendo que os quatro primeiros fazem parte de Comissão nomeada pela portaria 806/2003, do Reitor da UFPA, para acompanhar o Projeto, com o aporte de carga horária de 10h/semana.

Solicitamos justificativas a respeito desses pagamentos sem amparo legal. JUSTIFICATIVA: O Coordenador do Projeto assim se manifestou: “-O pagamento de consultoria contemplou:

a) A elaboração do projeto técnico detalhado; b) A prestação de serviços, por parte dos professores envolvidos: -Na elaboração do projetos de infra-estrutura; -Nos contatos com outras instituições e professores para a formação do quadro docente; -Na elaboração do projeto pedagógico do CETMM; -Na participação de várias reuniões nos municípios de Parauapebas, Canaã dos Carajás e Marabá; -Para visitas técnicas.

É importante ressaltar que o pagamento em forma de consultoria, para os membros da comissão, está previsto no acordo pré-convênio e consta no projeto final aprovado pela CVRD. Por outro lado a carga horária de 10 horas concedida pela Portaria 806/2003 não foi suficiente para a quantidade de atividades desenvolvidas pela comissão de elaboração do projeto, uma vez que cada professor da comissão participa de inúmeros projetos de pesquisa em seus departamentos e ainda estão envolvidos diretamente em atividades de ensino e pesquisa na graduação e pós graduação.” APRECIAÇÃO:

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Em 02 de julho de 2003, o Conselho Superior da UFPA emitiu a Resolução nº1132, que revoga a de nº 1115 e normatiza a prestação de serviços no âmbito da Universidade Federal do Pará.

Não houve mudanças nos dispositivos que regulamentam a autorização para prestação de serviços pelos servidores, a despeito das recomendações emitidas no Relatório de Auditoria de Gestão de 2002. O pagamento de consultoria aos professores que foram nomeados pela mencionada Portaria para executar o Contrato com Companhia Vale do Rio Doce é apenas um dentre tantos pagamentos irregulares que ocorrem amparados pelas normas internas da Universidade.

Portanto, a responsabilidade pelo recebimento irregular é da UFPA. RECOMENDAÇÃO Recomendamos à Universidade Federal do Pará que atente para a jurisprudência do Tribunal de Contas da União e não emita normativos autorizando atos não amparados em lei. 9.2.4 ASSUNTO – ADICIONAIS 9.2.4.1 INFORMAÇÃO: Analisamos, por amostragem, as fichas funcionais dos servidores da UFPA a fim de comprovar a legalidade no pagamento do Adicional por Tempo de Serviço e não encontramos nenhuma irregularidade na concessão da vantagem. Amostragem: MatrÍculas: 0324476 – 0324563 – 0325790 – 0325711 – 2178427 – 0324178 – 0325502 0325380 – 0158241 – 0677620 – 0324359 – 0327986 – 03252010 – 0324570. 9.3 SUBÁREA – SEGURIDADE SOCIAL 9.3.1 ASSUNTO – AUXÍLIOS E LICENÇAS SECURITÁRIOS 9.3.1.1 CONSTATAÇÃO: Pagamento em duplicidade de auxílio funeral. Examinando os processos de concessão de Auxilio Funeral, verificamos pagamento em duplicidade, à ex-servidora Maria das Graças de Almeida Portilho, falecida em 30/12/1999, conforme abaixo descriminado: 1) Pagamento realizado em 18/01/2000, no valor R$ 1.037,35, processo nº 23073.000370/2000-

44 interessado Maria Zolima Portilho da Silva, conforme recibo de 03/01/2000 da Assistência Póstuma Mourão.

2) Pagamento realizado em 27/11/2003, valor R$1.037,35, processo nº 23070.021249/03-2004 interessado Erick Calixto, conforme Nota Fiscal de Serviço nº 076 de 30/12/1999,da Assistência Póstuma Mourão.

Analisando o ocorrido, concluímos que houve falta de controle na execuçao do pagamento do auxílio funeral, tendo em vista a intempestividade na solicitação feita após quase quatro (04) anos de falecimento da ex-servidora. JUSTIFICATIVA: Por meio da SA nº 49/2004, de 20/04/2004, solicitamos justificativas `a Entidade. O Chefe da Div. de Aposentadoria e Pensionistas/CRH/UFPA, informou o seguinte: “A Divisão de Aposentadoria e Pensionista não tem como certificar se houve pagamento de Auxilio Funeral, entende-se que o Departamento de Finanças é que deve manter este controle. Antes do procedimento estivemos no departamento de finanças e fomos informados de que não havia pagamento deste beneficio.

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Considerando o fato consumado em pagamento do benefício em duplicidade e que o segundo requerente figurava como beneficiário de pensão e atualmente foi excluída por atingir a maior idade.” APRECIAÇÃO: Analisando a justificativa, concluímos que a justificativa não exime a responsabilidade de quem autorizou o pagamento por não ter verificado a existência de outro interessado já beneficiado com o recebimento do Auxilio Funeral. RECOMENDAÇÃO: Recomendamos que seja providenciado o ressarcimento ao erário do montante de R$ R$1.037,35, pagos em duplicidade pela IFE. 9.3.1.2 CONSTATAÇÃO: Pagamento de auxílio funeral sem comprovação das despesas por parte do interessado. Analisando o processo nº 23073.021495/2003-51, observamos que no mesmo não consta o comprovante de despesas do funeral em nome da interessada Marina do Faro Lopes de Souza. JUSTIFICATIVA: Em resposta a nossa Solicitação de Auditoria nº 049/2004 de 20/04/2004, a Entidade informou o seguinte:

“Que Marina do Faro Lopes de Souza é mãe da ex-servidora falecido, portanto não vimos à necessidade do documento fiscal, aplicamos o artigo 226 da Lei 8.112/90”. APRECIAÇÃO: O entendimento apresentado pela Entidade carece de fundamentação legal, visto que o pagamento do benefício deve ser feito à pessoa da família do servidor que custear o funeral, conforme determina o $ 3º do artigo 226 da Lei nº 8.112/90, fato que só pode ser comprovado mediante a apresentação do competente documento fiscal, sob pena de haver pagamento em duplicidade, já que outra pessoa da família pode requerer o pagamento do citado beneficio juntando o devido comprovante de despesa. RECOMENDAÇÃO: Recomendamos à Entidade que, ao proceder o processo de pagamento de Auxílio Funeral, junte a documentação que comprove a despesa com o funeral, conforme determina o $ 3º do Art. 226, da Lei 8.112/90 e que seja anexado ao processo de Marina Faro Lopes os comprovantes de pagamento do funeral do ex-servidor. 9.4 SUBÁREA – REGIME DISCIPLINAR 9.4.1 ASSUNTO – PROCESSOS DISCIPLINARES 9.4.1.1 CONSTATAÇÃO: Falta de controle e acompanhamento dos processos de sindicância e processos administrativos disciplinares instaurados na Entidade. Nos exames de auditoria foi constatado que a Administração da Universidade não possui controle sobre os processos de sindicância e administrativos instaurados na Instituição. Não existe um setor que realize o efetivo acompanhamento dos processos, embora tal tarefa esteja formalmente designada à Auditoria Interna, nos termos da Portaria Nº 02675/03. Não é feito o controle dos prazos das comissões, aliás nem mesmo é possível conhecer o estoque de processos em andamento, demonstrando um total descontrole na condução dos procedimentos.

Além disso, existe uma descentralização na qual os diretores dos Centros também são competentes para instaurar procedimentos de sindicância e aplicar a penalidade. Nesses casos, a

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Coordenação de Recursos Humanos não toma conhecimento da penalidade aplicada, deixando de registrar a ocorrência nos assentamentos dos servidor. A situação de descontrole ficou evidenciada quando, em resposta à SA Nº 04/2004, a Auditoria Interna da IFE encaminhou para exame da equipe de auditoria nove processos concluídos no exercício de 2003. Entre estes não estava relacionado o Processo CCJ/1645/03, também concluído em 2003, no qual o sindicado foi punido com a pena de advertência. Outra evidência está na relação encaminhada pela Auditoria Interna, também em atendimento à citada SA Nº 04/2004, onde constam 18 (dezoito) processos iniciados em 2003. A partir das portarias publicadas nos boletins de pessoal a equipe de auditoria levantou uma amostra de 55 (cinqüenta e cinco) processos instaurados no exercício de 2003, demonstrando que a Administração da UFPA desconhece o quantitativo de processos em andamento na Instituição. Diante das contradições, solicitamos à Entidade, por intermédio da SA Nº 48/2004, que informasse a fase em que se encontravam os 55 processos elencados pela equipe. JUSTIFICATIVA: A UFPA não apresentou informações sobre o questionamento da equipe de auditoria, limitando-se a encaminhar cópias de 8 (oito) processos, embora não tivessem sido solicitadas tais cópias. RECOMENDAÇÃO: Recomendamos à UFPA proceder o levantamento de todos os processos em andamento e a implementação de um acompanhamento efetivo, com informações precisas sobre quantitativos, fase processual, prazos e outros dados necessários ao gerenciamento por parte da Administração da IFE. 9.4.1.2 CONSTATAÇÃO: Falta de Instalação da Comissão Permanente de Processo Administrativo Disciplinar. Em decorrência das constantes ressalvas quanto à ineficácia na condução das sindicâncias e processos administrativos disciplinares e das determinações do TCU para que fossem observados os dispositivos legais referentes aos prazos e formalidades na condução dos procedimentos disciplinares, o Reitor da UFPA designou, por meio da Portaria Nº 1461/2003, de 09/06/2003, Comissão Permanente de Processos Administrativos-disciplinares, para apurar os fatos relatados nos respectivos processos. Durante os trabalhos de campo, fomos informados que a referida Comissão ainda não estava instalada, embora já tivessem decorridos 11 meses desde a sua constituição. Constatamos que a falta de instalação da Comissão tem agravado ainda mais a situação de descontrole das sindicâncias e processos administrativos disciplinares. Por meio da SA Nº 48/2003, solicitamos justificativas formais ao gestor. JUSTIFICATIVA: Em atendimento a Presidente da Comissão Permanente de Processos-administrativos Disciplinares – CPPAD informou que as atividades da Comissão ainda não estão em pleno funcionamento em razão de problemas materiais e burocráticos da UFPA, além da falta de sintonia com alguns setores da Administração. Frisou que a CPPAD não tem conhecimento de todos os processos que tramitam na UFPA, fato comunicado ao Reitor em reunião ocorrida em dezembro próximo passado e será comunicado por escrito, para que seja adotadas as providências cabíveis, sob pena de ter sido inócua a criação da Comissão. APRECIAÇÃO:

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É inaceitável que uma Comissão formalmente designada não execute suas atividades, sem qualquer cobrança por parte da Administração da IFE. As justificativas apresentadas reforçam a falta de prioridade na apuração de irregularidades por parte da UFPA. RECOMENDAÇÃO: Recomendamos ao Gestor que determine a instalação da referida Comissão para que a mesma possa desenvolver as atividades para as quais foi designada. 9.4.2 ASSUNTO – INFRINGÊNCIAS AO REGIME DISCIPLINAR 9.4.2.1 CONSTATAÇÃO: Ausência de apuração da falta funcional do Prof. Gottfried Stokinger No Relatório de Auditoria de Gestão de 2002 foi recomendada a instauração de Processo Administrativo Disciplinar sumário para apurar possível abandono de cargo pelo Prof. Gottfried Stokinger que manteve-se afastado de suas atividades acadêmicas sem autorização dos setores competentes, apesar das reiteradas notificações da Entidade para que o mesmo se apresentasse. O docente foi liberado para prestar serviço na Universidade Federal da Bahia pelo período de um ano. Esgotado o prazo, sua solicitação de prorrogação foi indeferida, mas o mesmo não retornou às suas atividades na UFPA. Nos exames da presente auditoria, constatamos que o Processo Disciplinar foi aberto, em 09/06/2003, por meio da Portaria Nº 1465/03, do Reitor da Universidade, com procedimento sumário. Solicitamos, então, por intermédio da Solicitação de Auditoria Nº 61/2004, que fosse informada a fase na qual se encontrava o aludido Processo. JUSTIFICATIVA: Em resposta a Coordenadora de Recursos Humanos apresentou informou o seguinte: “Informamos que o processo administrativo disciplinar instaurado para apurar possível abandono de cargo pelo prof. Gotrtfried Stockinger foi arquivado, tendo em vista que a Procuradoria Geral desta Universidade considerou, de acordo com entendimento da AGU, consubstanciado no Parecer GQ-142, datado e aprovado em 18.03.1998, que “o docente, embora licenciado, não se desligou do serviço público, já que não deixou de exercer suas atividades, conforme consta no relatório da UFBA. Anexamos ao presente, cópia dos processos Nº 180057, 2852/02 e 6440/02, referentes ao assunto em tela. Esclarecemos que esta CRH, após recomendação de auditoria nº 116400, suspendeu de imediato o pagamento do professor Gottfried Stokinger, tendo este solicitado, em processo nº 11360/2003 (cópia anexa) o retorno de seus vencimentos e a regularização de sua situação. Após a manifestação da Procuradoria Geral, acima citada, for regularizado seu pagamento. Ressaltamos que no processo Nº 7341/2004, o Departamento de Sociologia aponta a ausência do Professor desde 02.03.2004, razão pela qual o mesmo encontra-se com seu pagamento suspenso. Além disso, estamos indicando a abertura de sindicância para apurar os indícios de abandono de cargo por parte do docente.” APRECIAÇÃO: Analisando o mencionado Parecer da Procuradoria da UFPA, datado de 23/06/2003, verificamos que o entendimento da AGU foi utilizado para fundamentar o retorno do pagamento do professor, mas não há recomendação para arquivamento do processo disciplinar, ao contrário, consta recomendação para que seja apurada a falta funcional do docente, nos seguintes termos: “ . . . Com efeito, a instauração do PAD sumaríssimo para a apuração da falta, obedece aos ritos processuais, ditados na Lei (art. 133 e seus §§ do RJU), que inclui indiciação, defesa e relatório, dentro do prazo de 30 dias, podendo ser prorrogado pelo prazo de mais quinze (art. 133 § 7º do RJU). Acreditamos que a Comissão Processante ainda não foi instalada, (embora a Portaria seja

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de 09.06.2003), cabendo ser feita de pronto, haja vista a peculiaridade que o caso requer, ocasião em que haverá chance do professor apresentar a sua defesa argüindo fatos que entender necessário para elucidação da matéria.” (g/n) Assim, verificamos que o arquivamento do processo ocorreu indevidamente, embora não tenha sido informado quem determinou o ato, culminando, mais uma vez, na falta de apuração de irregularidades praticadas na Universidade. A informação aponta ainda para a reincidência do servidor na infringência ao regime disciplinar, visto que novamente recusa-se a retornar às suas atividades acadêmicas na UFPA, fato registrado desde 02/03/2004. A atitude do servidor demonstra claramente que a ineficácia da IFE na apuração de situações irregulares tem levado à sensação de impunidade, comprometendo a governabilidade. Salientamos que em consulta ao Sistema SIAPE, constatamos que o pagamento do professor Gottfried Stockinger não está suspenso. RECOMENDAÇÃO: Recomendamos ao Reitor: 1- Suspender o pagamento do professor Gottfried Stockinger; 2- Instaurar Processo Administrativo Disciplinar para apurar as faltas praticadas pelo professor Gottfried Stockinger, sob pena de responsabilização por descumprimento ao disposto no art. 143, da Lei Nº 8.112/90.

9.4.2.2 CONSTATAÇÃO: Falta de controle de freqüência dos servidores. Em verificação “in loco” nos diversos Centros e Departamentos da UFPA e na Prefeitura do Campus constatamos que na maior parte dos locais visitados não há controle de freqüência dos servidores, contrariando o disposto na norma legal. Solicitamos ao Reitor que justificasse o fato constatado. JUSTIFICATIVA A Coordenadora de Recursos Humanos da UFPA informou:

“ Em resposta à Solicitação de Auditoria Nº 41/21004, informamos que o controle de freqüência dos servidores da UFPA é descentralizado e de responsabilidade dos dirigentes das diversas unidades que compõem a instituição. Ressaltamos que esta CRH, ao receber o Relatório de Auditoria Nº 116400/2003, encaminhou Ofício Circular nº 010/2003 (cópia anexa) a todos os dirigentes, orientando sobre os procedimentos a serem adotados sobre o assunto.” APRECIAÇÃO: O registro da freqüência pode ser descentralizado, mas a responsabilidade pelo controle compete a Coordenadoria de Recursos Humanos da UFPA. A jornada de trabalho bem como o controle de freqüência dos servidores públicos federais são regulamentados pelo Decreto Nº 1.590, DE 10 DE AGOSTO DE 1995, in verbis: Art. 1º A jornada de trabalho dos servidores da Administração Pública Federal direta, das autarquias e das fundações públicas federais, será de oito horas diárias e: I - carga horária de quarenta horas semanais, exceto nos casos previstos em lei específica, para os ocupantes de cargos de provimento efetivo; II - regime de dedicação integral, quando se tratar de servidores ocupantes de cargos em comissão ou função de direção, chefia e assessoramento superiores, cargos de direção, função gratificada e gratificação de representação. Parágrafo único. Sem prejuízo da jornada a que se encontram sujeitos, os servidores referidos no inciso II poderão, ainda, ser convocados sempre que presente interesse ou necessidade de serviço. ..........................................................................................................................................................................

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Art. 6º O controle de assiduidade e pontualidade poderá ser exercido mediante: I - controle mecânicos; II - controle eletrônico; III - folha de ponto. § 1º Nos casos em que o controle seja feito por intermédio de assinatura em folha de ponto, esta deverá ser distribuída e recolhida diariamente pelo chefe imediato, após confirmados os registros de presença, horários de entrada e saída, bem como as ocorrências de que trata o art. 7º. § 2º Na folha de ponto de cada servidor, deverá constar a jornada de trabalho a que o mesmo estiver sujeito. § 3º As chefias imediatas dos servidores beneficiados pelo art. 98 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, deverão compatibilizar o disposto naquele artigo com as normas relativas às jornadas de trabalho regulamentadas por este Decreto. RECOMENDAÇÃO: Tendo em vista a gravidade da situação encontrada na Universidade Federal do Pará, onde ficou comprovada a deficiência/inexistência de controle de freqüência dos servidores em alguns Centros/Departamentos, recomendamos a adoção de controle de ponto do tipo eletrônico conforme disposto no artigo 6º do Decreto 1590/95. 9.4.2.3 CONSTATAÇÃO: Horário de trabalho incompatível com a previsão normativa.

Foi constatado que, em alguns Setores da UFPA, os servidores técnico-administrativos adotam horário de trabalho de 06 horas diárias, no sistema de rodízio, fato esse evidenciado na inspeção “in loco” e ratificado pela informação de alguns servidores entrevistados.

No Centro Sócio-Econômico, foi possível constatar que a adoção desse sistema prejudica e mesmo inviabiliza o atendimento ao público estudantil.

JUSTIFICATIVA: A Coordenadora de Recursos Humanos da UFPA apresentou a seguinte justificativa: “Com relação a existência de jornada inferior a 08 horas diárias, informamos que desconhecemos tal fato, razão pela qual encaminhamos ofício circular Nº 004/2004 (cópia anexa) à manifestação de todos os gestores da UFPA. Anexamos aos presentes as respostas até então recebidas.” A maior parte dos dirigentes de vários Centros e Campi da UFPA se manifestaram discordando da constatação da Equipe.”

APRECIAÇÃO: Apesar da negativa da Administração da UFPA, a jornada de 06 horas foi constatada pela equipe. O Decreto Nº 1590/95 dispõe que a jornada de trabalho do servidor da Administração Pública Federal é de oito horas diárias com carga horária de quarenta horas semanais, exceto nos casos previstos em lei específica, portanto a adoção de outra jornada fere não só o Decreto acima referenciado como também vai de encontro ao disposto nos incisos III e X da Lei 8.112/90. RECOMENDAÇÃO: Recomendamos à Administração Superior da Universidade Federal do Pará que adote medidas para regularizar a situação, providenciando a adoção de controle de ponto eletrônico em todos os setores da UFPA. 10 GESTÃO DO SUPRIMENTO DE BENS/SERVIÇOS 10.1 SUBÁREA – PROCESSOS LICITATÓRIOS

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10.1.1 ASSUNTO – FORMALIZAÇÃO LEGAL 10.1.1.1 CONSTATAÇÃO: Ausência de comprovação da regularidade fiscal das empresas participantes dos processos de dispensa de licitação. Constatamos que os processos de dispensa de licitação da Entidade estavam instruídos sem os documentos comprobatórios da regularidade fiscal de todas as empresas que apresentaram proposta, constando apenas os documentos da empresa vencedora. Abaixo exemplificamos os processos em que foi verificada a impropriedade:

Processo 23073-03000/2003-84 23073-23842/2002-62 23073-23840/2002-37 23073-25136/2002-19 23073-08363/2003-15 23073-07635/2003-88 23073-05573/2003-51 23073-05572/2003-99 23073-03268/2003-15 23073-03267/2003-44

JUSTIFICATIVA:

Por meio da Solicitação de Auditoria n° 50 questionamos a Entidade sobre a ocorrência. Em resposta, a Pró-Reitoria de Administração informou:

“O questionamento acima refere-se a processos com, no mínimo, três propostas, onde a proposta vencedora estava regular com os encargos fiscais, e as demais poderiam estar ou não regulares, posto que a preocupação maior se dava com a firma que apresentasse a melhor proposta. A justificativa para esta situação foi apresentada à auditoria da CGU levada a efeito no período de 10/03/2003 a 15/06/2003, e a partir de junho/2003 foi adotado o procedimento de só dar andamento aos processos que estivessem com todas as propostas regulares com os encargos fiscais. A presente SA relaciona processos que foram executados no primeiro semestre de 2003, período anterior as providências adotadas pela Administração, razão pela qual a impropriedade apontada já foi sanada.” APRECIAÇÃO:

Acatamos a justificativa apresentada, entretanto, cabe lembrar à Entidade que não ficando comprovada a regularidade fiscal das demais empresas participantes dos processos de dispensa de licitação, não se pode afirmar que as propostas eram válidas e que as empresas estavam realmente concorrendo, e conforme entendimento firmado pelo Tribunal de Contas da União é necessário que os processos de dispensa de licitação sejam instruídos com propostas válidas para a devida cotação de preços. RECOMENDAÇÃO: Recomendamos que a Entidade instrua seus processos de dispensa de licitação com documentos comprobatórios da regularidade fiscal de todas as empresas participantes, em conformidade com o entendimento firmado pelo Tribunal de Contas da União. 10.1.1.2 INFORMAÇÃO: Em análise aos processos licitatórios da Entidade, verificamos que nos processos de Tomada de Preços abaixo listados não constavam os comprovantes de publicação dos editais de

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licitação no Diário Oficial da União e em jornal de grande circulação, contrariando o estabelecido no artigo 38, II, da Lei 8.666/93.

Processo Modalidade/Número 23073-021448/2003-71 Tomada de preços n° 12/2003 23073-006503/2003-10 Tomada de preços n° 13/2003 23073-022016/2003-31 Tomada de preços n° 14/2003 23073-022015/2003-79 Tomada de preços n° 16/2003 23073-023326/2003-64 Tomada de preços n° 17/2003

Por meio da Solicitação de Auditoria n° 37 questionamos a Entidade sobre a ocorrência. Em

resposta, o Departamento de Administração de Material apresentou os comprovantes de publicação dos referidos editais, informando que a Assessoria de Imprensa, passará a remeter, regularmente, os comprovantes à Comissão de Licitações para imediata juntada aos processos correspondentes. É importante lembrar à Entidade que a falta de publicação dos editais fere frontalmente o princípio da publicidade e da isonomia que devem permear os processos licitatórios. Assim, cabe a recomendação de que a Entidade faça constar em todos os seus processos licitatórios os comprovantes da publicação do edital resumido conforme dispõe o inciso II do artigo 38 da Lei 8.666/93. 10.1.1.3 CONSTATAÇÃO: Ausência de adjudicação dos itens licitados e de homologação do resultado da licitação pelo ordenador de despesa. Pela análise procedida no Convite n.° 15/2003 (Processo 23073-004265/2003-54) verificamos a ausência de adjudicação dos itens licitados para a firma J. L. R. Araújo Com. Rep. Serviços, assim como a ausência de homologação do resultado da licitação pelo ordenador de despesa, contrariando a exigência prescrita no artigo 38, VII, da Lei 8.666/93, que determina que os referidos atos constem dos processos licitatórios. JUSTIFICATIVA:

Embora instada pela Solicitação de Auditoria n.º 28/2004, a Entidade não se manifestou sobre a ocorrência.

APRECIAÇÃO:

Inicialmente importa lembrar à Entidade que a homologação é o ato que dá eficácia ao procedimento licitatório, na devendo a Administração prescindir de tal ato. Além disso, tanto a homologação quanto a adjudicação são procedimentos que devem ser observados em qualquer processo licitatório conforme disposto no artigo 43, VI, da Lei 8.666/93: “Art. 43. A licitação será processada e julgada com observância dos seguintes procedimentos:

... VI - deliberação da autoridade competente quanto à homologação e adjudicação do objeto da licitação.”

Ademais, conforme anteriormente dito, a própria Lei 8.666/93, em seu artigo 38, deixa claro que os processos licitatórios devem ser instruídos com os atos de homologação e adjudicação. RECOMENDAÇÃO:

Recomendamos que a Entidade faça constar nos processos licitatórios os atos de homologação e adjudicação do objeto licitado, nos termos do art. 38, VII e do art. 43, VI, ambos da Lei nº 8.666/93. 10.1.2 ASSUNTO – PARCELAMENTO DO OBJETO

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10.1.2.1 CONSTATAÇÃO: Fracionamento de despesa por meio de processos de dispensa de licitação. Em nossos exames verificamos que a Entidade efetuou a compra de material de informática, material

elétrico e material de laboratório por meio de sucessivos processos de dispensa de licitação, sendo que o somatório das despesas de cada um dos referidos materiais ultrapassou o limite previsto no artigo 24, II, da Lei 8.666/93 para dispensa de licitação, evidenciando assim fracionamento de despesa em detrimento do devido processo licitatório, conforme abaixo se verifica:

Material de informática

NE Data Processo Valor (R$) 900132 11/02/03 23073-00001/2003 1.850,00 900147 11/02/03 23073-00989/2003 1.433,00 900148 14/02/03 23073-00989/2003 5.007,70 900149 14/02/03 23073-00989/2003 1.483,00 900322 19/03/03 23073-03000/2003 4.057,00 900340 20/03/03 23073-20095/2002 3.490,00 900400 27/03/03 23073-05573/2003 3.330,50 900401 27/03/03 23073-05572/2003 7.333,27 900416 28/03/03 23073-25133/2002 1.468,10 900417 28/03/03 23073-23840/2002 7.791,20 900423 28/03/03 23073-25136/2002 2.540,00 900415 28/03/03 23073-23842/2002 6.700,00 900511 03/04/03 23073-00955/2003 3.117,00 900545 07/04/03 23073-03813/2003 1.029,00 900659 18/04/03 23073-05958/2003 3.783,00 900848 08/05/03 23073-07993/2003 4.095,00

Total 58.507,77 Material Elétrico/hidráulico

NE Data Processo Valor (R$) 900259 13/03/03 23073-3266/2003 2.679,00 900255 13/03/03 23073-2643/2003 2.015,80 900258 13/03/03 23073-3264/2003 3.204,05 900321 19/03/03 23073-3267/2003 3.254,81 900339 20/03/03 23073-3268/2003 5.229,68 900530 03/04/03 23073-5663/2003 7.770,00 900542 07/04/03 23073-4753/2003 2.399,50 900560 11/04/03 23073-6557/2003 7.896,00 900669 24/04/03 23073-6442/2003 7.022,09 900849 08/05/03 23073-8363/2003 7.993,50 900858 09/05/03 23073-7635/2003 4.688,97

Total 54.153,4 Material de laboratório

NE Data Processo Valor (R$) 900440 28/03/03 23073-23035/2002 3.088,00 900435 28/03/03 23073-22853/2002 6.167,55 900442 28/03/03 23073-23170/2002 1.997,08 900443 28/03/03 23073-23170/2002 3.198,14 900564 11/04/03 23073-03913/2003 1.814,98 900794 29/04/03 23073-03816/2003 3.252,80 900795 29/04/03 23073-03816/2003 1.797,70

Total 21.316,25 JUSTIFICATIVA:

Por meio da Solicitação de Auditoria n° 37 questionamos a Entidade sobre a impropriedade. Em resposta, o Departamento de Administração de Material informou: “A ocorrência do fracionamento de despesas, se dá, em razão da descentralização de compras na Instituição, cujo modelo permite que as diversas Unidades da UFPA processem suas compras. Entretanto, para corrigir tal fato, foi instituído na Universidade Federal do Pará, o Sistema de Registro de Preços, que

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obrigará que todas as Unidades da Instituição processem de forma centralizada sua compra, através da Comissão Geral de Licitações.” APRECIAÇÃO: Não acatamos a justificativa apresentada pela Entidade tendo em vista que a impropriedade já havia sido objeto de ressalva nas auditorias referentes aos exercícios de 2001, 2002 e 2003, o que revela falta de controle e de planejamento adequado das compras da Entidade. RECOMENDAÇÃO:

Recomendamos à Entidade que efetue suas compras por meio do competente procedimento licitatório, na modalidade devida, ou as processe pelo sistema de registro de preços recém implantado na Entidade, com vista a evitar a ocorrência de fracionamento de despesa e a obter a proposta mais vantajosa para a Administração. 10.2 SUBÁREA – CONTRATOS DE OBRAS, COMPRAS E SERVIÇOS 10.2.1 ASSUNTO – CONTRATOS SEM LICITAÇÃO 10.2.1.1 CONSTATAÇÃO: Despesas que ferem o princípio da economicidade.

A UFPA firmou com a FADESP o Contrato de nº 643, em 23/08/2002, cujo objeto é o "Apoio a UFPA na execução do Programa Especial de Acompanhamento ao Processo Seletivo Unificado da UFPA", com prazo de vigência até 30/07/2003, ficando estipulada a data de 30/09/2003 para a apresentação da prestação de contas. Ao analisarmos a prestação de contas do Contrato, verificamos a existência de despesas de valor elevado, relativamente ao objeto, a saber:

Data Favorecido Descrição Valor –R$ 20/01/2003 Ativa serviços Ltda Manutenção corretiva e instalação de 06 ar condicionado 5.500,00 S/data Rest. La pomme D’or Fornecimento de 1920 refeições ao preço de R$ 14,00 cada 26.880,00 S/data Rest. La pomme D’or Fornecimento de 2003 refeições ao preço de R$ 14,00 cada 28.098,00

JUSTIFICATIVA Diante desta constatação, enviamos a SA FADESP nº 04/2004, de 02/04/2004, ao Diretor da FADESP, solicitando justificativas. Em resposta, informou o seguinte, em 06/04/2004: “ Despesa efetuada em 20/01/2003 – ATIVA SERVIÇOS LTDA – R$ 5.500,00 – NF Nº 127. Despesa relativa à instalação, reparação e manutenção de aparelhos de ar condicionado já existentes no espaço físico do Núcleo Pedagógico Integrado – NPI, pertencente a UFPA, que disponibiliza ensino gratuito a filhos de seus servidores e professores. O objetivo das despesas era dotar o prédio de condições climáticas adequadas à equipe de correção das provas discursivas do Processo Seletivo 2003 e posteriormente repassar estas condições ao próprio NPI.” “ Despesas pagas em 11/03/2004 e 21/03/2004 – RESTAURANTE LA POMME D’OR – R$ 28.098,00 e 26.880,00 – NF Nºs 0830 e 837 - respectivamente. As despesas acima destacadas estão atreladas ao Processo de Dispensa de Licitação 03/2078 já citado na justificativa de pagamento da empresa Produtos e Serviços da Amazônia. Estes pagamentos dizem respeito ao fornecimento de refeições à equipe corretora das provas discursivas da segunda etapa do vestibular 2003, conforme notas fiscais anexas e datas que estão no processo de pagamento das mesmas. Seguiu-se às primeiras refeições servidas, que não tinham uma alimentação que atendessem às necessidades da equipe corretora e foram pagas em duas etapas. A importância do certame para a Academia leva os seus coordenadores e equipe responsável a primar pela excelência das refeições fornecidas, uma vez que qualquer indisposição causada pelo fornecimento inadequado de alimentação além de responsabilizar a UFPA principal interessada no concurso, refletiria diretamente no prazo de divulgação do resultado, já programado para ser divulgado em época previamente determinada.”

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APRECIAÇÃO: Com relação aos serviços de instalação de condicionadores de ar, deixamos de acatar as justificativas apresentadas, uma vez que não foram especificados os serviços realizados nos aparelhos e não consta no processo planilha orçamentária detalhando os serviços que seriam realizados, prejudicando a análise da eficácia e da economicidade.

Da forma genérica como está descrito na nota fiscal Nº 127, da firma Ativa Serviços Ltda. - “serviço de manutenção corretiva, instalação elétrica e fixação (com bases de madeira) em 06 (seis) ar-condicionados” - o preço está excessivo. Quanto aos gastos com alimentação, a justificativa apresentada não elide a impropriedade, uma vez que o valor gasto em refeições somente no restaurante La Pomme D’or, de R$ 54.978,00, exige realização de licitação na modalidade convite. Considerando, também, que os professores são remunerados para realizar as correções das provas, entendemos que tais despesas não se justificam, principalmente considerando a grave situação de escassez de recursos nas universidades públicas.

Finalmente, tais despesas ferem os princípios da moralidade e da economicidade, enunciados respectivamente, nos artigos 37 e 70 da CF/88, que norteiam a Administração Pública, conforme abaixo:

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:(...)”

Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder.”( Grifos nossos ). RECOMENDAÇÃO. Recomendamos à FADESP que: 1- Nas contratações de serviços, mesmo aqueles realizados sob dispensa de licitação, seja realizado projeto básico e/ou orçamento detalhando os serviços que serão realizados; 2- Observe a legislação Federal quanto a realização de licitações, como expresso na CLÁUSULA QUINTA do contrato, que trata das obrigações da contratada; 3- Providencie a devolução à Universidade do valor de R$ R$ 54.978,00, gastos com refeições no restaurante La Pomme D’or.

Recomendamos à UFPA que: 1- Abstenha-se de aceitar as prestações de contas de contratos/convênios em contrariedade as obrigações da contratada, sob pena de determinar a apuração de responsabilidades funcionais, no caso de reincidência. 10.2.1.2 CONSTATAÇÃO: Compra de passagens aéreas sem licitação. Na amostragem feita nos Contratos e Convênios executados por meio da FADESP, verificamos a compra de passagens aéreas sem realização de pesquisa de preços, com a utilização de apenas três empresas de turismo- DINASTUR, SOURETUR e BOEING VIAGENS E TURISMO.

Verificamos, ainda, que na execução do contrato firmado com as Prefeituras de Óbidos, Alenquer, Oriximiná, Almeirim e Itaituba houve a aquisição de bilhetes de passagens por preços não promocionais e sem desconto, fato também verificado na execução do Contrato nº 748, para realização do “Curso de Especialização em Gerenciamento e Gestão de Qualidade na Indústria da Construção Civil”, onde foi adquirido bilhete de passagem aérea com “tarifa cheia”, trecho Belém-Porto Alegre-Belém, pelo valor de R$ 3.542,30, mais do que o dobro do valor previsto no projeto, que era de R$ 1.193,64.

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Solicitamos á FADESP que justificasse esses fatos. JUSTIFICATIVA: A FADESP informou que só é feito processo de licitação quando as despesas com passagem aérea previstas nos Contratos/ Convênios ultrapassam o valor permitido na Lei 8.666/93 para compra por dispensa de licitação.

Quanto ao fato de não obter preços promocionais, a FADESP aduziu: -“...deve-se levar em consideração que o período de utilização das passagens coincidem com o período

de férias, uma vez que as aulas ocorrem no período intervalar, como já fora explicado anteriormente, período onde as demandas de passagem aumentam consideravelmente e as promoções ficam suspensas.” Quanto à compra do bilhete com “tarifa “cheia”, a FADESP, apesar de gerenciadora financeira do Contrato, repassou a responsabilidade pela justificativa ao Coordenador do curso, que não soube informar o motivo da ocorrência. APRECIAÇÃO A FADESP administra mais de 500 Projetos da UFPA, formalizados por meio de Contratos ou Convênios. A grande maioria desses projetos prevê gastos com passagens aéreas, portanto o total despendido mensalmente com passagens ultrapassa em muito o limite permitido para compras sem licitação. As aquisições de bens e serviços por Contrato/Convênio leva a Fundação a fracionar as despesas, desatendendo a Lei 8.666/93 . Além disso, a aquisição de passagens aéreas sem desconto e sem preços promocionais fere o princípio da economicidade e os normativos que regulamentam a aquisição de bilhetes aéreos pela Administração Pública, além de demonstrar ineficiência do Setor de Compras da Fundação de Apoio. RECOMENDAÇÃO: Recomendamos à FADESP que realize processo de licitação para selecionar fornecedor de bilhetes aéreos, conforme prescreve a Lei 8.666/93. Recomendamos, também, que a aquisição de passagens aéreas seja feita de acordo com o estabelecido na PORTARIA Nº 47, DE 29 de abril de 2003, do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. 10.2.2 ASSUNTO – EXTRAPOLAÇÃO DE PRAZOS LEGAIS 10.2.2.1 CONSTATAÇÃO: Contrato com prazo indeterminado.

O Contrato emergencial de nº 035/2003, firmado com a empresa Service Brasil em 18/09/2003, para execução de serviços de limpeza, conservação e higienização das áreas abertas e prédios da UFPA, não fixa prazo para a sua vigência, estabelecendo na Cláusula Sexta de seu Primeiro Termo Aditivo, que o mesmo vigorará até a conclusão do processo licitatório que está em curso para a contratação dos serviços, contrariando o disposto no § 3º, inciso IV, do Art. 57 da Lei Nº 8.666/93, o qual veda contrato com prazo de vigência indeterminado. JUSTIFICATIVA: Tendo em vista a constatação supramencionada, enviamos a SA de nº 30/2004 de 13/04/2004, à Reitoria da UFPA, solicitando justificativas. A UFPA, em 28/04/2004, enviou o Ofício nº 081/2004, informando o seguinte: “Reconhecemos a impropriedade apontada pela Controladoria-Geral da União no item em referência, motivo pelo qual requisitamos ao Diretor do Departamento de meio Físico, Unidade gerenciadora do contrato, a fixar um prazo limite de vigência, em reunião realizada, no dia 19/04/2004, nesta Pró-Reitoria, posto que a Cláusula Sexta do citado termo aditivo estabelece a conclusão do processo licitatório como termo final do contrato emergencial nº 035/2003, o que é indevido.”

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APRECIAÇÃO. A justificativa não elide a impropriedade observada, considerando que o contrato atual já está em vigor por mais de 240 dias, contrariando o artigo 24, inciso IV da Lei nº 8.666/93, que estabelece o prazo máximo de 180 dias para os contratos emergenciais

Ademais, este já é o segundo contrato emergencial para o mesmo objeto, sendo que o primeiro, de nº 003/2003, vigeu pelo prazo de 255 dias, configurando-se duas irregularidades para a mesma situação.

Entendemos que a situação de emergência que embasa o contrato emergencial foi criada pela ausência de um planejamento adequado por parte do setor de administração de contratos da Entidade e persiste há mais de um ano pela morosidade com que o processo está tramitando, configurando uma situação de negligência por parte da UFPA. RECOMENDAÇÃO: Recomendamos à Entidade que abstenha-se de celebrar contratos com prazo de vigência indeterminado, mesmo aqueles de caráter emergencial, tendo em vista o disposto no artigo 57, parágrafo 3º , da Lei nº 8.666/93. 10.2.2.2 CONSTATAÇÃO: Contrato emergencial com prazo superior a 180 dias.

Constatamos que o contrato emergencial de nº 003/2003, para execução de serviços de limpeza, conservação e higienização das áreas abertas e prédios da UFPA, firmado com a empresa Service Brasil em 02/01/2003, sofreu sucessivas prorrogações, cuja vigência durou 255 dias, contrariando o disposto no Art. 24, IV da Lei Nº 8.666/93; JUSTIFICATIVA:

Tendo em vista a constatação supramencionada, enviamos a SA de nº 30/2004 de 13/04/2004, à Reitoria da UFPA, solicitando justificativas. A UFPA, em 28/04/2004, enviou o Ofício nº 081/2004, informando o seguinte:

“Findo o contrato de prestação de serviços de limpeza e conservação com a firma Brasil Service, em 31/12/02, por falta de acordo entre as partes quanto aos termos de sua prorrogação, imperioso se fez, com abrigo no artigo 24, IV, da Lei 8.666/93, a contratação em caráter Emergencial, em janeiro de 2003, da firma Service Brasil, após criteriosa pesquisa de preço, ante a natureza contínua e imprescindível dos serviços em tela, com instrução paralela do processo Licitatório nº 003389/2003-PROAD/UFPA, cujo pedido de abertura partiu desta Pró-reitoria. Ocorre que o certame Licitatório para contratação de serviços de limpeza e conservação consubstancia um procedimento de rito demorado, posto que de grande vulto e que demanda um uma rigorosa instrução processual, em face da extensão e complexidade da área a ser coberta pelo contrato de limpeza e conservação. E isso tudo pôde-se observar e assimilar, como experiência administrativa, diante do ocorrido com processo Licitatório retrocitado.

Feitas essas considerações, a título de esclarecimentos preliminares, importa dizer que as sucessivas prorrogações do contrato emergencial n.º 003/2003, celebrado com a firma Service Brasil, ocorreram em razão de fatos desconformes com a vontade e motivação da Administração, pois que ao seu devido tempo foi autorizada a abertura de processo Licitatório, como acima informado . Dentre esses fatos, citamos os seguintes:

I) Na fase de divulgação do certame Licitatório (processo 003389/2003-PROAD/UFPA), o Edital respectivo foi impugnado por uma das firmas licitantes, em decorrência de convenção trabalhista que determinou o reajuste da categoria empregada pela firma impugnante. Após a análise da motivação da impugnação, constatou-se, de fato, a procedência das alegações, o que ensejou a retificação dos valores do projeto básico, com a correspondente publicação da alteração correspondente em 17/09/2003.

II) Na segunda publicação, o certame foi novamente objeto de impugnação, desta feita pela Firma Clássica Terceirização LTDA, cujo pleito, desta feita, foi considerado improcedente, conforme motivação constante às fls. 226 a 229 do supracitado processo, mantendo-se a abertura da sessão para o dia 21/10/03.

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III) No dia 21/10/03, a Comissão de Licitação, procedeu aos trabalhos de análise das documentações, que determinou a inabilitação de algumas firmas licitantes, as quais demonstraram interesse em recorrer da decisão. Tendo sido, portanto, suspensos os trabalhos da CPL, para que transcorresse o prazo recursal, com posterior ciência as demais licitantes, dos recursos, porventura, apresentados, conforme melhor noticiam os autos processuais, já entregues a essa Coordenação de Auditoria.

Além do mais, as firmas recorrentes valiam-se da totalidade do prazo recursal, para impetrarem seus recursos, que, somados às contra-razões, parecer da Comissão, análise jurídica da Procuradoria, homologação da autoridade superior, justificam a demora na conclusão do processo Licitatório, e, conseqüente necessidade de prorrogação do contrato emergencial nº 003/2003, para não haver solução de continuidade na prestação do serviço, essencial para esta Instituição.

Diante de tantos contratempos e questionamentos ocorridos com o Processo Licitatório n.º 03389/03, a Administração Superior decidiu revogá-lo em 05/03/2004, sendo, em seguida, aberto o processo Licitatório n.º 00838/2004, para efetivação de um novo certame, estando esse último processo no Departamento de Meio Físico da Prefeitura do Campus, em fase de conclusão de novo projeto básico, com suas correspondentes planilhas orçamentárias e especificações técnicas, já agora sem as imperfeições que levaram a revogação do processo nº 03389/03.

Foram essas as razões fáticas, que ensejaram as sucessivas prorrogações do contrato emergencial nº 003/2003, ou seja, por questões de ordem concreta, alheios a vontade da Administração, dentro de um contexto em que não poderia esta última permitir solução de continuidade na prestação dos serviços em questão, posto que imprescindíveis para esta Instituição.

Destarte, embora a Lei nº 8.666/93 (art. 24,IV) vede a prorrogação do prazo contratual por mais de 180 (cento e oitenta dias), no caso de emergência ou de calamidade pública, a mesma não impede, nem estanca, pois que ilógico, a continuidade da situação emergencial, a qual será, sim, eliminado com a conclusão, que se avizinha, do procedimento Licitatório, em andamento, e que tem por objeto a contratação de serviços de limpeza e conservação.”

APRECIAÇÃO A justificativa apresentada pela IFE carece de embasamento real, posto que o trâmite do processo licitatório, que correu paralelo ao contrato emergencial, demonstra, na verdade, a morosidade com que as decisões são tomadas na Entidade, se não vejamos: 1 – Em 06/02/2003, o Pró-Reitor de Administração encaminhou o Memo 09/2003 a CPL, solicitando a abertura de Processo licitatório para a contratação de serviços de limpeza e conservação; 2 – O processo foi autuado em 17/02/2003, recebendo o nº 003389/2003-21; 3 – Depois de tramitar por diversos setores, somente em 26/05/2003, o Processo foi enviado à Procuradoria Geral para exame das minutas do edital e do contrato, onde permaneceu por quase um mês, até ser concluída a análise em 24/06/2003; 4 – Somente, em 03/07/2003, o Edital de licitação foi publicado no Diário Oficial da União, ou seja, 05 ( cinco ) meses após a autorização para a abertura do processo. Além disso, esta situação não possui base legal, posto que a Lei de licitações, em seu artigo 24, IV, estabelece o prazo máximo de 180 dias para os contratos emergenciais. RECOMENDAÇÃO Recomendamos à Entidade que: Adote procedimentos administrativos com vistas a abertura e tramitação de processo licitatórios em tempo hábil, evitando dispensas indevidas de licitação e/ou prorrogações irregulares de contratos emergenciais.

Observe rigorosamente os limites e vedações estabelecidos no inciso IV do artigo 24 da Lei nº 8.666/93, decorrentes de situações de emergência. 10.2..3 ASSUNTO – PAGAMENTOS CONTRATUAIS CONSTATAÇÃO: Pagamento a maior por serviços prestados.

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Verificamos o pagamento a maior, no valor de R$ 12.380,00 à empresa Service Brasil, referente aos serviços prestados no período de 18/09/2003 a 30/09/2003, conforme NF Nº 2576, efetuado pela 2004OB900114, decorrentes do Contrato Nº 035/2003, tendo em vista que foram prestados treze dias de serviço e não quinze dias, conforme faturado pela empresa e atestado por essa Entidade.

JUSTIFICATIVA Tendo em vista a constatação supramencionada, enviamos a SA de nº 30/2004 de 13/04/2004, à Reitoria da UFPA, solicitando justificativas. A UFPA, em 28/04/2004, enviou o Ofício nº 081/2004, informando o seguinte: “Revisando os pagamentos efetuados à firma Service Brasil, a Divisão de Contratos e Convênios do Departamento Financeiro constatou, de fato, o pagamento a maior, no valor de R$ 12.380,00, efetuado àquela empresa. Pagamento esse que será descontado na próxima fatura a ser apresentada pela firma em questão, a qual já foi intimado dessa decisão. Tendo a mesma reconhecido seu débito com o erário público. De modo a que fatos dessa natureza não mais ocorram, notificamos o Departamento de Meio Físico da Prefeitura do Campus Universitário e o Departamento Financeiro da Universidade a promoverem um maior controle na certificação e pagamento, respectivamente, das faturas emitidas por firmas contratadas, conforme memorando nº 085/2004, incluso.” APRECIAÇÃO. Acatamos as justificativas, porém alertamos para a falta de controle na liquidação dos pagamentos efetuados pela UFPA, gerando erros que podem causar prejuízo ao erário. RECOMENDAÇÃO. Recomendamos a Entidade que providencie a correção do valor pago a maior e o envio a esta CGU/PA da comprovação do ajuste no pagamento. 10.2.3.2 CONSTATAÇÃO: Pagamentos à FADESP de percentual sobre os contratos de prestação de serviços, a título de custo operacional.

Constatamos a reincidência da prática de repassar para a FADESP, a título de “custos operacionais”, um percentual, que varia de 5 a 10 por cento sobre o valor do contrato celebrado.

Evidenciamos essa cobrança em todos os contratos examinados, que é efetivada automaticamente, via SISTEMA, tão logo os recursos são depositados na conta do contrato/convênio.

Considerando a informação de que as receitas de serviços recebidas em 2003,via FADESP, totalizaram R$ 20.533.627,81, pode-se concluir que a Fundação arrecadou entre R$ 1.026.681,00 a R$ 2.053.362,78 a título de custos operacionais.

JUSTIFICATIVA: Não solicitamos justificativas formais ao Reitor já que a UFPA tem reiteradamente se

posicionado a respeito da legitimidade do pagamento dessas taxas para FADESP. A FADESP, por meio do Ofício 190/04-SPC/FADESP, informa que a taxa seria devida

para cobrir os gastos de operacionalização dos Contratos, ressalvando, no entanto, que na execução de Convênios não procede a cobrança, que seria legal quando se trata de recursos advindos de captação própria da IFES oriundos da prestação de serviços, devidamente aprovados pelo Conselho de Administração da Universidade-CONSAD.

APRECIAÇÃO:

No Relatório de Auditoria de Gestão de 2003 esta Controladoria recomendou à Universidade Federal do Pará que se abstivesse de inserir nos Planos de Trabalho dos contratos firmados com a FADESP rubrica de custos operacionais definidos por percentuais incidentes sobre

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o total do contrato, repassando à Fundação apenas os custos operacionais efetivamente despendidos na operacionalização dos serviços. Custos operacionais devem ser previamente definidos com base em planilhas de custo. Neste caso, tem-se cobrança de taxa administrativa na forma de percentual sobre o valor do contrato.

O Tribunal de Contas da União tem se manifestado contrário a cobrança de taxas administrativas, a exemplo do entendimento exarado no Acórdão nº 244/97 - Plenário (Ata nº 44), Decisão nº 293/95 - Plenário (Ata nº 28), Decisão Sigilosa nº 432/95 - Plenário (Ata nº 38) e Acórdão 226/2001. RECOMENDAÇÃO: Recomendamos à Universidade Federal do Pará que pague à Fundação apenas os custos despendidos na operacionalização dos contratos. 10.2.3.3 CONSTATAÇÃO: Repasse de recursos a integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra-MST, sem respaldo contratual. Na execução do convênio celebrado entre a FADESP e o INCRA/PRONERA com o objetivo ministrar o curso de Pedagogia da Terra a professores do ensino fundamental que atuam nas escolas dos assentamentos do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra-MST verificamos o repasse de recursos na forma de adiantamentos a integrantes do MST para execução de despesas com auxílio financeiro a estudantes, deslocamento, hospedagem e alimentação.

Pelos Termos do Convênio, os executores do Convênio são o Diretor Executivo da FADESP, como seu representante, e a Coordenação Regional do PRONERA, na Superintendência Regional do INCRA no Estado do Pará, como representante do INCRA. Relacionamos a seguir, os adiantamentos registrados com os recursos liberados em 2003:

DATA FAVORECIDO VALOR – R$ 07/01/2003 Maria Raimunda César de Souza 5.000,00 17/01/2003 Maria Raimunda César de Souza 3.000,00 23/01/2003 Maria Raimunda César de Souza 5.000,00 30/01/2003 Maria Raimunda César de Souza 5.000,00 07/02/2003 Maria Raimunda César de Souza 5.000,00 12/02/2003 Teófila da Silva Nunes 5.000,00 26/06/2003 Deusamar Sales Matos 5.000,00 10/07/2003 Deusamar Sales Matos 5.000,00 22/07/2003 Deusamar Sales Matos 5.000,00 25/07/2003 Deusamar Sales Matos 5.000,00 08/07/2003 Deusamar Sales Matos 5.000,00 05/08/2003 Deusamar Sales Matos 5.000,00

As prestações de contas desses adiantamentos contemplam despesas com táxi, compra de passagens interestaduais e intermunicipais, gastos com restaurantes, aluguel de espaço, contratação de ônibus.

Todas as aquisições de bens e serviços foram feitas sem pesquisa de preço. Dentre os gastos, destacamos os pagamentos efetuados, nos dias 01/07/03 e 05/08/03 à Churrascaria “O Gauchão” no valor total de R$ 1.699,00. JUSTIFICATIVA: A FADESP assim se manifestou:

-“...O convênio trata de um curso intervalar ministrado em etapas durante as férias escolares, tendo que haver deslocamento dos alunos de sua terra natal para assistir o curso em Belém. Levando ainda seus

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filhos ao Outeiro para ficarem hospedados na Escola Bosque. Resumindo, todas estas despesas estão previstas no Plano de Trabalho e devidamente autorizadas pelo responsável do Centro de Educação

Quanto as despesas com o Restaurante Gaúcho, ocorreram num período em que o Restaurante Universitário que atende a comunidade Universitária estava fechado e os alunos do curso de licenciatura Plena de Pedagogia vinculado ao contrato em tela, recebia, autorização para fazer suas refeições(almoço e jantar) neste restaurante que fez um preço diferenciado. Normalmente quando o R.U está funcionando as refeições dos alunos deste curso são realizadas neste restaurante da UFPA.

A justificativa apresentada não atendeu ao questionado visto que não esclareceu a razão de ter sido repassado ao MST, entidade não partícipe do Convênio, o gerenciamento financeiro de parte dos recursos do Convênio. RECOMENDAÇÃO: Recomendamos à Universidade Federal do Pará que apure os fatos relatados, de forma a imputar responsabilidade a quem atribuiu indevidamente atribuições não previstas no Plano de Trabalho ao Movimento dos Trabalhadores Sem Terra-MST. Recomendamos ainda que a Universidade Federal do Pará, por meio de sua Auditoria Interna, analise a Prestação de Contas do Convênio em tela, procedendo a quantificação dos gastos sem cobertura no Plano de Trabalho ou que tenham sido executados fora das normas legais, especialmente da IN/STN 01/97 e da Lei 8.666/93, de modo a proceder a devolução ao erário e, se for o caso, instaurar Tomada de Contas Especial. 10.2..4 ASSUNTO – INSPEÇÃO FÍSICA DA EXECUÇÃO 10.2.4.1 CONSTATAÇÃO: Falhas na elaboração e execução do projeto de contenção da orla da UFPA, culminando com o desabamento de um trecho muro.

Durante os trabalhos de campo, parte do trecho B do muro de contenção construído na orla da UFPA ruiu afundando nas águas do Rio Guamá, arrastando consigo um trecho de mais de 50,0m de extensão. O fato foi objeto de reportagem publicada nos jornais da cidade.

A obra está sendo executada pela empresa Paulo Brígido Engenharia, contratada pela Fundação de Amparo ao Desenvolvimento da Pesquisa – FADESP, fundação de apoio da UFPA, após processo licitatório.

Os processos de licitação e contratação podem ser assim resumidos: Tomada de Preços Nº 001/03.

A Tomada de Preços Nº 01/03, tendo por objeto a contenção de margem nos trechos denominados por "A" e "B", de acordo como definição de projeto, a fim de atender ao Contrato Nº 480/01 – FADESP/UFPA/PREFEITURA DO CAMPUS, transcorreu normalmente em seus trâmites de acordo com a Lei 8.666/93.

No dia 28 de fevereiro de 2003, às 09:00h, a Comissão de Licitação, designada pela Portaria Nº 0001/02 reuniu-se para promover a abertura dos envelopes Nº 01, contendo os documentos de habilitação, conforme exigência contida no instrumento convocatório. Participaram do certame 10(dez) empresas do ramo da Construção Civil, tendo sido inabilitadas três delas. Houve a impetração de recursos por parte das empresas inabilitadas, mas, após julgamento, foi mantida a decisão de inabilitação das mesmas, sem mais reclamos.

No dia 01 de abril de 2003, foi realizada a abertura dos envelopes Nº 02 contendo as propostas dos licitantes. Após análise, foi proclamada a empresa Paulo Brígido Engenharia Ltda. como a empresa vencedora do certame. Contrato No dia 15 de abril de 2003, foi assinado contrato s/n entre a Fundação de Amparo e desenvolvimento da Pesquisa – FADESP - e a construtora Paulo Brígido Engenharia Ltda. para a realização do Contrato 480/01-FADESP/UFPA/PREFEITURA DO CAMPUS.

O objeto é a obra de Contenção de Margem dos Trechos A e B do Setor Profissional, definidos em projeto, do Campus da Universidade Federal do Pará, em um trecho descontínuo de

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190,0m, no total. O preço contratado é de R$1.467.755,60, com prazo de vigência inicial de 28/04/2003 a 24/10/2003.

O contrato obedece aos requisitos da Lei 8.666/93, contendo todas as cláusulas essenciais inerentes ao contrato.

Segundo informações colhidas, houve a quebra do muro de contenção da orla da UFPA, fazendo com que um trecho com cerca de 50,0m se soltasse e parte dele afundasse nas águas do Rio Guamá, desaparecendo completamente.

Para o entendimento da descrição, a seguir, o leitor deve se considerar na posição de quem está na margem, olhando na direção do rio.

A inspeção do local da ocorrência suscita a dedução de que o trecho em que se deu à quebra, situado mais próxima à parte esquerda do muro que permaneceu intacto, simplesmente afundou, num movimento de trajetória praticamente perpendicular à superfície do rio.

As evidências dessa afirmação são as pontas de ferro da amarração da estrutura, situadas nessa extremidade da estrutura intacta, à esquerda, estarem retilíneas, em orientação longitudinal, idêntica ao alinhamento original do muro. A parte que se soltou do lado esquerdo, e que ainda aflora à superfície, está mergulhando gradativamente, com inclinação praticamente perpendicular, em relação à superfície da água, e direcionada no alinhamento longitudinal, original do muro.

Entretanto, a parte do muro à direita, a partir do trecho que afundou, emerge apresentando uma inclinação da estrutura do muro direcionada para dentro do rio, além da curvatura da estrutura, denotando ter havido o caminhamento de todo esse trecho no sentido da margem para o interior do rio. As evidências desse fato são as pontas dos ferros de amarração da estrutura, situadas na extremidade do trecho intacto à direita, estarem curvados para baixo, mas também torcidos, direcionados para o interior do rio e o abaulamento maior na parte mais central e menor na extremidade à direita que aflora à superfície, em virtude da resistência ao deslocamento oferecido pela extremidade direita do restante do muro.

A execução das obras foi realizada pela empresa contratada, de acordo com o projeto definido durante o trâmite do processo de licitação. Não houve informação oficial se o Projeto Básico, fornecido durante a licitação, também se consumava em ser o projeto executivo a ser seguido. Essa indagação foi feita a Administração por meio da Solicitação de Auditoria Nº 64/2004, não tendo havido resposta por parte da mesma.

Não é possível para a Equipe de Auditoria precisar com segurança a causa do desabamento do muro construído, pois necessitaria a realização de uma perícia técnica de mais acuidade, com a necessidade até do apoio de equipe de mergulho para constatar o estado da estrutura do muro e do subsolo no local em que se deu o desabamento.

Entretanto, por informações obtidas junto ao Centro de Geociências e pela análise do resultado do teste de sondagem, fornecido À Equipe de Auditoria pela Prefeitura do Campus da UFPA, é possível inferir a causa da ocorrência, de acordo com os seguintes dados:

a) O substrato do solo, junto às margens do rio, é composto de uma profunda camada de material argiloso, depositado pelas águas do rio, apresentando-se em formação de blocos, não consolidados entre si, mas com linhas preferenciais de fratura direcionados para o interior do rio. Esse material, não consolidado, sofre um processo constante de deposição, retirada, revolvimento e nova deposição, provocado pelo movimento das águas do rio em um processo dinâmico que sofre a influência, inclusive, de maré, além de ondas formadas pela movimentação de embarcações a motor, próximo das margens.

b) A análise do Laudo de Sondagem fornecido a Equipe de Auditoria pela Prefeitura do Campus da UFPA corrobora com essa informação. Foram feitos dois furos na área do setor profissional, até a profundidade de 39,45m, próximo à Casa de Canoagem, que fica nas imediações da localização da obra. O material descrito no Laudo de Sondagem revela que o subsolo, nesse local, é composto, em sua maior parte, de material classificado como "argila orgânica", cuja "consistência" ou "compacidade" está classificada como sendo "muito mole". Esse material é predominante nos dois furos executados para sondagem até a profundidade de 39,45m, no furo SP01, e até a

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profundidade de 30,0m, seguido de uma camada argila arenosa até a profundidade de 39,45m no furo SP02. É conveniente ressaltar que os furos de sondagem foram feitos em local situado cerca de 20,0m distante da margem. Não foi exatamente na margem, no local em que se assentaria a obra de contenção, e que a sondagem não foi especifica para a realização do projeto da estrutura do muro de contenção, mas genérica realizada em 19/06/2000, bem anterior à elaboração do projeto.

c) Outra peculiaridade do local é que, na margem em que foi construído o muro, há um canal com grande profundidade, provocado pelo trabalho dinâmico das correntes que existem nas águas do rio. Segundo informações, há alguns anos atrás, esse canal estava situado mais longe dessa margem, na parte mais próxima da margem oposta, mas que, no decorrer dos últimos anos, houve a migração do mesmo para as proximidades da orla da UFPA.

Portanto, pelas evidências verificadas, quando da inspeção da obra, no local do desabamento, e por essas informações das condições do local, é possível inferir que: a) Houve a ocorrência de desmoronamento de uma grande massa de substrato onde estava assente o trecho da estrutura que mergulhou na parte mais profunda do canal, submergindo completamente nas águas, com o conseqüente arrastamento de parte da estrutura;

b) De acordo com os resultados do Laudo de Sondagem apresentado à Equipe de Auditoria pela Prefeitura do Campus da UFPA, corroborando com o conhecimento do substrato do solo, este não teria condições de suportar uma obra de tal envergadura, pois o subsolo não teria condições de suportar a carga decorrente da estrutura do muro de contenção;

c) O Laudo de Sondagem apresentada à Equipe de Auditoria da CGU não é específico para subsidiar o projeto, pois nele não constam definições importantes, tais como: • A profundidade que a fundação deveria ser assente; • A taxa de trabalho do subsolo, no nível de assentamento das fundações; • O tipo de fundação recomendada para a execução da estrutura.

JUSTIFICATIVA: Indagada nesse sentido por meio da Solicitação de Auditoria Nº 642004, a Administração não deu resposta. Registramos contudo, que a Prefeitura do Campus atendeu às SA’s Nº 53 e 54/2004, que serviram de base para as análises acima. APRECIAÇÃO:

Em face dessas considerações, a conclusão sobre as causas que redundaram nos fatos descritos é de que não houve o devido cuidado para se certificar das reais condições do subsolo do local de realização da obra, faltou estudo apropriado para subsidiar a definição de soluções possível de serem adotadas para situação vigente, redundando na conseqüente elaboração e execução de um projeto inadequado para solucionar o problema de erosão da orla da UFPA.

Diante do ocorrido, houve a sustação dos serviços de acabamento final da obra. Para constatar as causas do desabamento do muro foi elaborada uma comissão composta por especialistas da UFPA, a fim de estudar os fatos ocorridos, apurar as causas e apontar uma solução, ou soluções para o caso.

Foi analisada a documentação comprobatória dos pagamentos efetuados. Constam do processo sete faturas de serviços, com os respectivos atestos, notas fiscais e recibos comprovando pagamentos à empresa Paulo Brígido Engenharia Ltda., CNPJ:01.497.021/0001-27, discriminados abaixo:

a) Nota fiscal Nº 871, Série A, de 14/05/2003: R$318.621,30; b) Nota fiscal Nº 877, Série A, de 16/06/2003: R$307.996,60; c) Nota fiscal Nº 899, Série A, de 21/08/2003: R$159.831,80; d) Nota fiscal Nº 910, Série A, de 25/09/2003: R$118.037,90;

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e) Nota fiscal Nº 924, Série A, de 04/11/2003: R$114.677,34; f) Nota fiscal Nº 935, Série A, de 01/12/2003: R$129.647,40; g) Nota fiscal Nº 947, Série A, de 22/12/2003: R$147.729,20.

Portanto, do total de R$1.467.755,60, já foram pagos R$1.296.541,54(88,33%), restando

somente o saldo de R$171.214,06(11,67%). RECOMENDAÇÃO: Recomendamos à Entidade: 1- Apresentar a CGU/PA, no prazo de 30 dias, contados a partir do recebimento deste relatório, o resultado da Comissão de Especialistas designada para apurar as causas do fato;

2- Informar que providências serão para reparação dos danos decorrentes do colapso da estrutura do muro de contenção.

10.3 SUBÁREA – CONVÊNIOS DE OBRAS E SERVIÇOS 10.3.1 ASSUNTO – PRESTAÇÃO DE CONTAS 10.3.1.1 CONSTATAÇÃO: Irregularidades na execução do Convênio PRONERA - INCRA/POEMAR/UFPA – Santarém - nº 34.000/2001. O Núcleo de Ação para o Desenvolvimento Sustentável - POEMAR firmou Convênio com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA, tendo a UFPA como Interveniente, cujo objetivo é a “Formação de 70 turmas de alfabetização de jovens e adultos trabalhadores rurais, totalizando 1409 alfabetizandos, em projetos de assentamento do INCRA no Estado do Pará”, localizados no Oeste do Estado, na região de influência de Santarém, conforme consta do Projeto de Alfabetização com Base Lingüística, aprovado pela Diretoria Executiva do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária – PRONERA. Participam como co-executores do Convênio, o Dr. Thomas Mitschein, como representante do Convenente, o Dr. Alex Bolonha Fiúza de Mello como representante da Interveniente e o Dr. Alécio Pereira Rosa, representando o INCRA.

Os valores firmados no Convênio foram R$ 563.600,00 (concedente) e R$ 28.100,00 (convenente), totalizando R$ 591.780,00 e previa inicialmente um prazo de vigência de 12 meses a partir de 29/12/2001, data da publicação no DOU, sendo prorrogado pelo exato período do atraso no repasse dos recursos, realizados da seguinte forma:

Liberações Data Valor – R$ N º 0B

1ª 14/05/2002 385.573,00 976 2ª 16/09/2002 21.427,00 2213 e 2214

3ª 20/11/2002 156.600,00 2895 O Gerenciamento do Convênio por parte do INCRA ficou a cargo do Servidor Donato Alves da Cunha Filho e a Coordenação do projeto sob a responsabilidade da professora Guilhermina Pereira Corrêa, professora aposentada do Centro de Letras e Artes da UFPA. Por ocasião da análise da prestação de contas final do Convênio, a Superintendência Regional do INCRA do Pará observou várias irregularidades na sua execução, ratificadas por esta equipe de auditoria, acrescentando outras, as quais passamos a relatar a seguir: 1. PAGAMENTO DE DIÁRIAS EM PERÍODOS SUPERPOSTOS

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Por meio do cruzamento dos dados informados nas PCD’S, constantes da prestação de contas do Convênio, constatamos o pagamento de diárias superpostas a algumas pessoas, conforme quadro a seguir:

Favorecido Saída Chegada Valor –R$ Valor a maior – R$ 22/05/2002 02/06/2002 264,00

Ivanita Monteiro Bentes 30/05/2002 31/05/2002 72,00

72,00 01/08/2002 09/08/2002 599,70

Yuri Santiago de Mendonça 05/08/2002 08/08/2002 206,16

206,16

22/05/2002 02/06/2002 368,00 Vera Lúcia de A. Braga 30/05/2002 31/05/2002 448,00

448,00

26/08/2002 15/09/2002 1.244,16 Laura Letícia de O Cardoso 06/09/2002 30/09/2002 687,20

687,20

2. COMPROVAÇÃO DE GASTOS COM RECIBOS EMITIDOS PELO RESPONSÁVEL PELA ELABORAÇÃO DA PRESTAÇÃO DE CONTAS DO CONVÊNIO A análise da prestação de contas apresentada revelou a utilização de 03 recibos, no valor total de R$ 1.185,95, a título de serviços prestados pelo Sr. Newton Cardoso Filho, Tesoureiro do POEMAR e responsável pela prestação de contas do Convênio.

3. PAGAMENTO DE DIÁRIAS A SERVIDORES PÚBLICOS A análise da prestação de contas revelou o pagamento de diárias aos servidores do INCRA Donato Alves da Cunha e Manoel de Mendonça Maroja, conforme quadro a seguir:

Favorecido Saída Chegada Valor –R$ 27/05/2002 06/06/2002 755,92 01/07/2002 03/07/2002 180,00 04/07/2002 07/07/2002 240,00 13/07/2002 13/07/2002 60,00 20/08/2002 31/08/2002 695,00 02/12/2002 07/12/2002 343,60

Donato Alves da Cunha

TOTAL 2.274,52 Manoel de Mendonça Maroja 25/04/2002 30/04/2002 309,24 TOTAL 390,24

Tal procedimento contraria o Inciso II do artigo 8º da IN/STN/01/97, que preceitua: Art. 8° É vedada a inclusão, tolerância ou admissão, nos convênios, sob pena de nulidade do ato e responsabilidade do agente, de cláusulas ou condições que prevejam ou permitam: (....) II - pagamento, a qualquer título, a servidor ou empregado público, integrante de quadro de pessoal de órgão ou entidade pública da administração direta ou indireta, por serviços de consultoria ou assistência técnica;. Por meio de consulta ao SIAFI, transação CONOB, verificamos que o servidor Donato Alves também recebeu diárias do INCRA para realizar os serviços de fiscalização ao Convênio, em períodos coincidentes, conforme a seguir: SIAFI2002-DOCUMENTO-CONSULTA-CONOB (CONSULTA ORDEM BANCARIA) FAVORECIDO : 338108426-72 - DONATO ALVES DA CUNHA FILHO UG GESTAO NUMERO TIPO DATA V A L O R LISTA 373030 37201 000009 12 10Jan02 132,10

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373030 37201 000297 12 05Mar02 376,44 373030 37201 000717 12 24Abr02 78,28 373030 37201 000838 12 03Mai02 788,54 373030 37201 001067 12 22Mai02 546,06 373030 37201 001348 12 20Jun02 295,94 373030 37201 001896 12 21Ago02 139,38 373030 37201 002535 12 16Out02 567,06 373030 37201 002910 12 20Nov02 788,54 373030 37201 002922 15 22Nov02 500,00 373030 37201 002923 12 22Nov02 136,74 373030 37201 003114 12 04Dez02 189,02 373030 37201 003311 12 10Dez02 300,91 TOTAL FAVORECIDO ===> 4.839,01 4. FRAUDE E INDÍCIOS DE FAVORECIMENTO EM PROCESSOS DE COMPRAS Da análise da prestação de contas do Convênio, constatamos diversas irregularidades em processos de compras, com evidências de fraudes em documentos e indícios de favorecimento a pessoas que trabalharam na execução do Convênio, como segue: 4.1 Aquisição de Material Escolar:

No processo, constam duas aquisições de material escolar com a empresa NORTE SUTURE COMÉRCIO E REPRESENTAÇÕES LTDA, assim discriminadas:

Data Objeto Quant Valor total –R$ NF Cheque

28/02/2002 Conf. Cadernos capa flexível 6.650 24.937,50 002 850.040 19/09/2002 Conf. Pastas especiais 1.000 3.540,00 008 850.045 Na prestação de contas, não consta processo licitatório, mas apenas três propostas de

orçamento para aquisição dos objetos, das empresas ARQUITÉCNICA, E.P ARTES GRÁFICAS e GRAPHITTE EDITORES, além da própria empresa contratada. Ressaltamos a ausência de comprovantes de solicitação de preços junto às empresas ofertantes.

Em consulta ao Cadastro Nacional de Atividade Econômica - CNAE, constatamos que a empresa NORTE SUTURE não está habilitada para a execução desses serviços, sendo cadastrada para o fornecimento de materiais hospitalares.

A empresa, constituída em junho de 2000, efetuou entre os anos de 2001 e 2002, vendas somente para o Centro de Letras da UFPA, considerando toda a Administração Pública Federal, conforme consulta realizada no SIAFI, na transação CONOB, a seguir:

SIAFI2001-DOCUMENTO-CONSULTA-CONOB(CONSULTAORDEM BANCARIA) FAVORECIDO : 03846742/0001-20 - NORTE SUTURE COMRCIO E REPRESENTAES LTDA. UG GESTAO NUMERO TIPO DATA V A L O R 153063 15230 001485 12 06Fev01 660,00 153063 15230 001531 12 07Fev01 3.127,66 153063 15230 901325 12 14Ago01 2.066,00 153063 15230 901686 12 14Nov01 1.595,00 TOTAL FAVORECIDO ===> 7.448,66

SIAFI2002-DOCUMENTO-CONSULTA-CONOB (CONSULTA ORDEM BANCARIA)

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FAVORECIDO : 03846742/0001-20 - NORTE SUTURE COMRCIO E REPRESENTAES LTDA.

UG GESTAO NUMERO TIPO DATA V A L O R 153063 15230 000360 12 29Jan02 1.321,00 153063 15230 001787 12 22Mar02 2.677,10 153063 15230 001791 12 22Mar02 6.890,40 153063 15230 001795 12 22Mar02 2.209,45 153063 15230 006228 12 11Out02 368,00 153063 15230 902699 12 10Dez02 7.473,44 153063 15230 007570 12 12Dez02 464,36 TOTAL FAVORECIDO ===> 21.403,75

A consulta ao cadastro CNPJ, revelou que as Sras Maria de Nazaré da Silva e Karina Araújo do Rosário são as proprietárias da empresa NORTE SUTURE e trabalharam na execução do Convênio PRONERA. Esta última é filha da Servidora do Centro de Letras e Artes da UFPA, Maria do Perpétuo Socorro Araújo do Rosário, que ocupa o Cargo de Chefe do Setor de Compras daquele Centro e foi membro da Comissão de Licitação de 2000 a 2002, período em que foram efetuadas as aquisições da referida empresa.

Também prestaram serviços ao Convênio as seguintes pessoas, parentes da Sra Maria do Perpétuo Socorro Araújo do Rosário:

1. Kamila Araújo do Rosário e Luciana Araújo do Rosário – Filhas 2. Manoel Augusto Pereira Bailosa – Marido;

Esta prática contraria o artigo 9º da lei de licitações, assim enunciado:

Art. 9º Não poderá participar, direta ou indiretamente, da licitação ou da execução de obra ou serviço e do fornecimento de bens a eles necessários: (....) III - servidor ou dirigente de órgão ou entidade contratante ou responsável pela licitação. Diante de tais indícios de favorecimento, realizamos diligências às empresas ARQUITÉCNICA, E.P ARTES GRÁFICAS e GRAPHITTE EDITORES, a fim de confirmar ou não a autenticidade das propostas de preços constantes da prestação de contas do Convênio. Nas três empresas diligenciadas, os proprietários não reconheceram como suas as propostas apresentadas, mostrando-se, inclusive, surpresos com a falsificação de suas assinaturas. Dessa forma, evidenciou-se a falsificação dos orçamentos constantes da prestação de contas do Convênio, confirmando-se a montagem do processo em tela, bem como há fortes indícios de que houve o favorecimento da família Araújo do Rosário na aquisição dos bens em questão. Nosso entendimento é de que o caso pode configurar o crime previsto no Artigo 90 da Lei nº 8.666/93, “in verbis”:

SEÇÃO III - Dos Crimes e das Penas: (....) Art. 90 Frustrar ou fraudar, mediante ajuste, combinação ou qualquer outro expediente, o caráter competitivo do procedimento licitatório com intuito de obter, para si ou para outrem, vantagem decorrente da adjudicação do objeto da licitação: Pena - detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. 4.2 Aquisição de óculos:

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Verificamos, também, a aquisição de 821 óculos, que deveriam ser distribuídos entre os assentados com problemas visuais, no valor total de R$ 18.883,00, da ÓTICA CRISTAL LTDA, assim discriminados:

Data Objeto Quant Valor total –R$ NF Cheque 30/07/2002 Montagem de óculos de grau 472 10.856,00 453 850.011 13/09/2002 Montagem de óculos de grau 349 8.027,00 002 850.044

Na prestação de contas, novamente não constava processo licitatório. Na primeira compra, realizada em 30/07/2002, a aquisição foi realizada diretamente com a referida ótica.

Na segunda, realizada em 13/09/2002, constavam três propostas de orçamento para realização dos serviços, das empresas M. M BRITO LTDA, M E C DE BRITO E CIA LTDA e da empresa contratada.

A consulta ao cadastro CNPJ revelou, no entanto, que as três empresas fazem parte do mesmo grupo, funcionando como matriz e filiais. 5. FALTA DE REALIZAÇÃO DE PROCESSO LICITATÓRIO

Analisando a prestação de contas, verificamos que não foram realizados processos licitatórios em 04 aquisições que ultrapassaram o limite de dispensa de licitação, estabelecido no artigo 24 da Lei 8.666/93, conforme tabela seguinte:

Data Favorecido Objeto Valor

27/05/2002 CJ Souza Serviços gráficos ltda Aquisição de livros 37.454,00 28/02/2002 NORTE SUTURE Conf. Cadernos capa flexível 24.937,50 31/07/2002 Ótica Cristal Aquisição de óculos 10.856,00 13/09/2002 M M Brito ltda Aquisição de óculos 8.027,00

Tal prática contraria o artigo 27 da IN STN 01/97, que preceitua: Art. 27. O convenente, ainda que entidade privada, sujeita-se, quando da execução de despesas com os recursos transferidos, às disposições da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, especialmente em relação a licitação e contrato, admitida a modalidade de licitação prevista na Lei nº 10.520, de 17 de junho de 2002, nos casos em que especifica. ( Grifo nosso ). 6. FALTA DE COMPROVAÇÃO DA CONTRAPARTIDA DO CONVENENTE (POEMAR): Os recursos referentes à contrapartida do convenente, no valor de R$ 28.100,00, não foram depositados na conta corrente específica do convênio. 7. CONTRATAÇÃO DE PARENTES DE SERVIDORES

Verificamos a concessão de diárias para “ trabalhos na identificação de demandas para o novo projeto a ser apresentado pelo INCRA “ a quatro irmãs e um sobrinho da Coordenadora do projeto, professora Guilhermina Pereira Corrêa, da seguinte forma:

Favorecido Saída Chegada Valor –R$ Grau de parentesco

15/11/2002 09/12/2002 1718,00 05/05/2002 03/05/2002 1718,00

Ângela Maria de O Pereira

05/06/2002 30/05/2002 1718,00

Irmã

05/05/2002 03/05/2002 1718,00 Eunice de Oliveira Pereira 05/06/2002 30/05/2002 1718,00

Irmã

05/10/2002 10/10/2002 652,84 05/05/2002 03/05/2002 1718,00

Elisabete de Oliveira Pereira

05/06/2002 30/05/2002 1718,00

Irmã

05/05/2002 03/05/2002 1718,00 Gregória de Oliveira Pereira 05/06/2002 30/05/2002 1718,00

Irmã

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05/05/2002 03/05/2002 1718,00 Erick Augusto Pereira 05/06/2002 30/05/2002 1718,00

Sobrinho

As senhoras Ângela Maria de Oliveira Pereira, Elisabete de Oliveira Pereira e Eunice de Oliveira Pereira também receberam R$ 3.000,00 cada, em 05 de maio de 2003, pelo pagamento de “ 60 horas-aula”, conforme recibos constantes da prestação de contas do Convênio. Verificamos, também, que a senhora Maria do Perpétuo Socorro Araújo do Rosário, que é servidora do Centro de Letras e Artes da UFPA, teve diversos parentes que receberam diárias do Convênio, conforme quadro a seguir:

Favorecido Saída Chegada Valor –R$ Grau de Parentesco 02/05/2003 27/05/2003 1.718,00 Kamila Araújo do Rosário 02/06/2003 27/06/2003 1.718,00

Filha

Karina Araújo do Rosário 02/05/2003 27/05/2003 1.718,00 Filha 02/05/2003 27/05/2003 1.718,00 Luciana Araújo do Rosário 02/06/2003 27/06/2003 1.718,00

Filha

05/05/2003 30/05/2003 1.718,00 Manoel Augusto Pereira Bailosa 05/06/2003 30/06/2003 1.718,00

Marido

A senhora Kamila Araújo do Rosário recebeu, ainda, R$ 1.000,00, em 12 de junho de 2003, pelo pagamento de “20 horas-aula”, conforme recibo constante da prestação de contas do Convênio. 8. UTILIZAÇÃO DE RECIBOS DE OUTRO CONVÊNIO. Ao analisar a prestação de contas do Convênio, verificamos que os pagamentos efetuados com o cheque de nº 850.005, em 28/06/2003, no valor de R$ 7.550,00, por serviços prestados, apresentavam recibos do convênio INCRA/POEMAR/TOMÉ AÇÚ, de nº 31.000/2001. 9. DESPESAS EM DESACORDO COM O PLANO DE TRABALHO A análise da prestação de contas revelou diversos pagamentos em localidades diversas daquelas constantes do Convênio em tela, infringindo o artigo 8º , IV, da IN STN 01/97, que Disciplina a celebração de convênios, “ in verbis”: INSTRUÇÃO NORMATIVA N° 1, DE 15 DE JANEIRO DE 1997 (....) Art. 8° É vedada a inclusão, tolerância ou admissão, nos convênios, sob pena de nulidade do ato e responsabilidade do agente, de cláusulas ou condições que prevejam ou permitam: (....) IV - utilização dos recursos em finalidade diversa da estabelecida no respectivo instrumento, ainda que em caráter de emergência; A seguir, listamos resumidamente tais despesas, as quais seguem em planilhas detalhadas, anexas a este Relatório.

Item Valor- R$ Obs.

Diárias

132.538,80

Visitas às salas de aula, acompanhamento dos assentados, identificação de demandas para novo projeto, etc. em locais diversos daqueles previstos no Convênio.

Bolsas

80.620,00

Pagamentos a bolsistas, coordenadores e alunos em municípios diversos daqueles

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previstos no Convênio. JUSTIFICATIVA: Tendo em vista as irregularidades supramencionadas, enviamos as SA de nºs 46/2004 e 55/2004, respectivamente de 20/04/2004 e 23/04/2004, à Reitoria da UFPA, solicitando justificativas. A UFPA, em 28/04/2004, enviou o Memorando nº 185/2004, eximindo-se de responsabilidades, alegando ser “apenas” INTERVENIENTE do Convênio. Considerada não atendida nossa Solicitação, enviamos a SA de nº 65/2004, de 28/04/2004, reiterada pela SA de nº 66/2004, de 06/05/2004, solicitando o encaminhamento ao setor competente para respondê-las. A UFPA não atendeu a Solicitação de Auditoria. APRECIAÇÃO:

Discordamos quanto a alegação da UFPA de que não possuía elementos suficientes para informar sobre a execução do Convênio, acreditando ser exclusivamente do CONVENENTE o ônus de justificar nossas solicitações, uma vez que o Convênio estabelece expressamente, em sua cláusula Décima Quarta, como EXECUTORES, as seguintes pessoas:

O Dr. THOMAS ADALBERT MITSCHEIN, Presidente do POEMAR, Como representante do CONVENENTE;

O Dr. ALEX BOLONHA FIUZA MELLO, Reitor da UFPA, Como representante do INTERVENIENTE;

O Dr. ALÉCIO PEREIRA ROSA, Superintendente Regional do INCRA no Estado do Pará, como representante do CONCEDENTE; Ademais, a execução do Convênio ficou a cargo da Professora Guilhermina Pereira Corrêa, do Centro de Letras e Artes da UFPA. RECOMENDAMOS:

Recomendamos ao Gestor: 1. Determinar a Coordenadora Geral do Projeto que providencie: - O recolhimento à conta do Convênio dos valores pagos em desacordo com o plano de trabalho; - O recolhimento à conta do Convênio dos valores pagos indevidamente ao senhor Newton Cardoso Filho; - O recolhimento à conta do Convênio dos valores pagos indevidamente aos servidores do INCRA Donato Alves da Cunha e Manoel de Mendonça Maroja; 2. Instaurar procedimento a fim de apurar a responsabilidade na contratação de parentes da Professora Gulhermina Pereira Corrêa e da servidora Maria do Perpétuo Socorro Araújo do Rosário para trabalharem na execução do Convênio; 3. Instaurar procedimento a fim de apurar a responsabilidade pelas irregularidades apontadas nos processos de compras;

Por fim, recomendamos o encaminhamento das presentes constatações ao INCRA, para

instauração de Tomada de Contas Especial e a adoção das demais providências cabíveis com relação a não aprovação da prestação de contas e as inúmeras irregularidades apontadas neste Relatório.

10.3.1.2 CONSTATAÇÃO: Irregularidades na prestação de contas do Convênio INCRA/UFPA/POEMAR/EJA

O INCRA, em 2001, firmou convênio com o Núcleo de Ação para o Desenvolvimento Sustentável -POEMAR com a interveniência da Universidade federal do Pará -Campus de Marabá- para formação de 60 (sessenta) turmas de alfabetização de jovens e adultos trabalhadores rurais,

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totalizando 1.200 alfabetizados, em projetos de assentamento do INCRA no sudeste do Estado do Pará. Analisamos a execução do Convênio em 2003, referente a duas parcelas de R$ 83.655,00 repassadas pelo INCRA em 05/08/03 e em 28/03/03. Na prestação de contas disponibilizada à equipe constavam a cópia do Convênio original, com Termos Aditivos, extrato da conta bancária recebedora dos recursos e copias dos documentos de crédito e débito correspondentes à movimentação financeira. Constatamos as seguintes impropriedades/irregularidades na execução do Convênio:

1. Falta da Relação contendo nome dos professores, coordenadores e bolsistas envolvidos no Projeto;

2. Falta de Apresentação de Plano de Trabalho detalhado contendo as metas e ações previstas, de modo a aferir a pertinência dos gastos com diárias e passagens;

3. Pagamento de Diárias e Passagens sem informação de destino, período de deslocamento e sem comprovação do deslocamento;

4. Pagamento de Diárias para deslocamento a Marabá a professoras lotadas no Campus de Marabá,

5. Pagamento de Tarifas Bancárias com recursos do Convênio; 6. Pagamento de horas aulas em valor diverso do previsto no Plano de Trabalho; 7. Aquisição de material escolar no valor de R$ 37.177,40 sem realização de processo de Licitação, nos termos da IN/STN 01/97

JUSTIFICATIVA:

Solicitamos informações a respeito dos fatos acima apontados, porém não obtivemos resposta. APRECIAÇÃO: A análise da Prestação ficou prejudicada tendo em vista que não houve resposta à Solicitação de Auditoria onde foram requeridas justificativas às irregularidades acima elencadas.

Não foi disponibilizada a relação de pessoas envolvidas na execução do Convênio (Coordenadores, Bolsitas e Monitores) com informações a respeito dos critérios de seleção desse pessoal, nem foi informado o nome do Coordenador do Projeto, tendo em vista que apesar de constar no SIAFI o nome do Professor Erivan Souza Cruz como responsável , nos documentos da prestação de contas, a Coordenação Pedagógica foi da Professora Sanatha Cristina Nunes da Silva, professora substituta da UFPA lotada no campus de Marabá e da Professora Cleide Pereira dos Anjos, professora do quadro efetivo da UFPA em Marabá. Também não foram apresentados Relatórios Físico/Financeiros, nem Relatórios parciais e finais das atividades do Projeto. Portanto, consideramos irregular a prestação de contas apresentada visto que não há na prestação de contas elementos para aferir a pertinência dos gastos com o Orçamento do Projeto. RECOMENDAÇÃO: Recomendamos à Universidade Federal do Pará que, por meio de sua Auditoria Interna, analise a Prestação de Contas do Convênio em tela, procedendo a quantificação dos gastos sem cobertura no Plano de Trabalho ou que tenham sido executados fora das normas legais, especialmente da IN/STN 01/97 e da Lei 8.666/93, de modo a proceder a devolução ao erário e, se for o caso, instaurar Tomada de Contas Especial. 10.3.1.3 CONSTATAÇÃO: Irregularidades na execução do Contrato UFPA/POEMAR /FIBRA DE CURAUÁ.

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A UFPA firmou, em 30/12/2002, contrato de prestação de serviços com o NÚCLEO DE ACÃO PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTAVEL-POEMAR para execução do projeto "Aproveitamento da fibra de curauá (ananas erectifolius), para a indústria automobilística”. O objeto do contrato seria a prestação de serviços pelo POEMAR em apoio ao Projeto. O período de execução do contrato seria de 31/12/2002 a 31/12/2003, sendo que os recursos foram repassados em 24/02/2003- R$ 133.355,97 e em 27/03/2003- $ 66.644,03.

Foi assinado Termo Aditivo, sem data, prorrogando a vigência do Contrato até 31/03/2004, as demais cláusulas permaneceram inalteradas, entretanto a Universidade repassou para o Contrato mais R$ 50.000,00 em 28/01/04 -R$ 7.291,00 e em 29/01/2004 R$ - 42.709,00. Não foi apresentado à Termo Aditivo que embase esses repasses. O Plano de Trabalho previa o desenvolvimento das seguintes ações: 1)Levantamento e elaboração de um Plano de negócios para plantio e beneficiamento do Curauá em três municípios estratégicos do Pólo de Produção de Fibras do Pará. 2)Transferência de tecnologias de produção e processamento. Objetivos específicos previstos eram: 1)Verificar a viabilidade de incluir o Curauá como uma das espécies fornecedoras de fibra para o Pólo de produção de fibras do Pará; 2)Contribuir para a expansão do cultivo de curauá no Estado do Pará; 3)Melhorar as condições de vida das populações rurais nas áreas de influência do Pólo de Produção de Fibras do Pará, gerando renda e valor agregado; 4)Contribuir para difundir tecnologias de produção e beneficiamento de fibras no Estado. Caberia a UFPA coordenar, supervisionar e avaliar a execução dos serviços, orientar os procedimentos técnicos operacionais e controlar e fiscalizar as atividades a cargo da contratada. Entretanto, a fiscalização do contrato coube ao professor Thomas Mitschein, dirigente da entidade contratada. A prestação de Contas apresentada consiste de extratos bancários da conta recebedora dos recursos e cópias de recibos e/ou depósitos bancários dos beneficiários dos cheques emitidos.

Cem por cento dos recursos foram gastos no pagamento de Pessoas Físicas. A relação de pagamentos contempla dirigentes e funcionários da ONG POEMAR,

servidores da UFPA, servidores cedidos para a UFPA e parentes de servidores da IFE, além de pessoas aparentadas entre si caracterizando a prática de favorecimento e nepotismo e evidenciando que na execução do Convênio não foram obedecidos os princípios da Isonomia, da Moralidade e da Impessoalidade. Irregularidades Detectadas: I. Pagamentos a servidores e a parentes de servidores da UFPA : Nome Função UFPA/POEMAR VALOR RECEBIDO Célio Otávio Pereira da Silva desenhista projetista 500,00 André Luiz Bitar de Lima Garcia Parente de servidor 850,00 Sibele Maria Bitar de Lima Caetano Professora 850,00 José Edson Ferreira Professor 1.000,00 Rodrigo Galende Marques de Carvalho Parente de Servidor 1.250,00 Ana Beatriz Fernandes Galende desenhista projetista 500,00 Luciana de Almeida Leal Parente de Ana Lúcia Leal 4.000,00 Ana Lúcia de Almeida Leal Assistente de Administração 500,00 Graciete da Silva Farias Cedida a UFPA 8.500,00 Fábio Dias Leite Filho Servidor UFPA 850,00 Natália Valim Oliveira Gonçalves Filha Servidor UFPA 3.400,00 André Silva Paiva Dirigente POEMACCOP 1.000,00 Helinaldo Dias Pinheiro Funcionário POEMAR 1.650,00 Márcia Cristina Quaresma Sacramento Parente Servidor UFPA 1.700,00

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Carlos Edilson Santana dos Santos Cedido EMATER 600,00 Ailton Pires de lima Dirigente POEMAR 2.400,00 Newton Cardoso Filho Contador POEMAR 2.950,00 José Sinval Vilhena Paiva Dirigente POEMAR 2.700,00 II- Recibos sem especificação do serviço prestado:

Cheque Data Favorecido Valor –R$ 850001 24/02/2003 Wellington de Melo e Silva Junior 500,00 850005 25/02/2003 Eliana Pires de Alemida 250,00 850011 25/02/2003 Paula de Almeida Neves Pires 850,00 850016 25/02/2003 Wagner dos Santos Pinto 250,00 850039 12/03/2003 José Sinval Vilhena Paiva 850,00 850142 14/03/2003 Maiara Crhistina Mendes da Silva 400,00 850145 03/042003 Ana Dulcinéia da Silva Maia 850,00 850171 16/04/2003 Carlos Edilson Santana dos Santos 600,00 850175 06/05/2003 Arnaldo Brasil Monteiro 250,00 850177 06/05/2003 Eliana Pires de Almeida 250,00

III- Pagamento irregular de serviços prestados na parte administrativa do convênio, supervisão do convênio e em Apoio técnico ao contrato; IV- Falta de indicação do responsável pelo Projeto na UFPA; V- No Plano de Trabalho não constam as metas físicas a serem alcançadas, com o plano de desembolso; VI- Não foram apresentados relatórios de Execução Físico-Financeira do Convênio; VII- Não foi apresentado o resultado do Projeto. JUSTIFICATIVA: Aguardamos o pronunciamento da UFPA a respeito das irregularidades acima elencadas na Manifestação ao Relatório de Auditoria. RECOMENDAÇÃO: Recomendamos à Universidade Federal do Pará que, por meio de sua Auditoria Interna, analise a Prestação de Contas do Convênio em tela, de modo a apurar as irregularidades apontadas, enviando a esta Controladoria, no prazo de 60 dias, Relatório consubstanciado sobre o assunto. 10.3.1.4 CONSTATAÇÃO: Execução irregular do Convênio PRONERA - INCRA/POEMAR/UFPA – Tomé-açu – Nº 31.000/2001. O INCRA celebrou em, outubro de 2001, no âmbito do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária-PRONERA- convênio com o Núcleo de Ação para o desenvolvimento Sustentável-POEMAR- com interveniência da Universidade Federal do Pará, irregularmente representada pela Diretora do Centro de Letras e Artes, Guilhermina Pereira Corrêa. O objeto do convênio foi a formação de 112 turmas de alfabetização de jovens e adultos trabalhadores rurais, totalizando 2.586 alfabetizandos, em projetos de assentamento do INCRA no Estado do Pará. O prazo de vigência do Convênio era de 14 meses, com início em outubro de 2001 e término em dezembro de 2002.

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O Convênio está na situação “A APROVAR” no SIAFI em virtude de problemas detectados pelo INCRA na prestação de contas. Em vista disso, solicitamos a UFPA que disponibilizasse o processo para análise. O POEMAR, convenente no Projeto, inicialmente argüiu que a Equipe de Auditoria não tinha competência para analisar a prestação de contas, o que seria privativo da Auditoria Interna do INCRA, porém terminou por disponibilizar os documentos para análise. Irregularidades detectadas: 1. Cheques sacados da Conta do Convênio e que não constam da prestação de contas:

Cheque Valor (R$) 850002 8.346,00 850003 8.346,00 850004 8.346,00 850005 8.346,00 850006 8.346,00 850031 180,00 850032 180,00 850042 20.000,00 850050 36.659,70 850056 10.000,00 850057 10.000,00 850058 9.000,00 850059 10.000,00 850060 10.000,00

1. Depósitos efetuados na conta do Convênio, sem justificativa e sem constar na prestação de contas:

Data Valor – R$ 25/02/2002 36.759,70 27/03/2002 8.346,00 27/03/2002 8.346,00 27/03/2002 8.346,00 27/03/2002 8.346,00 27/03/2002 8.346,00 19/04/2002 10.000,00 19/04/2002 10.000,00 19/04/2002 10.000,00 19/04/2002 10.000,00 19/04/2002 9.000,00 10/05/2002 657,50 11/07/2002 20.000,00

2. Adiantamentos de R$ 9.000,00 para Leonice da Rocha Cardoso e de R$ 6.800,00 para Laura

Letícia de Oliveira Cardoso comprovados por meio de recibos de valores diversos referentes a “diárias” pagas a beneficiários, sem justificativa, sem identificação da papel do beneficiário no Projeto e sem um valor para o pagamento de diárias fixado no Plano de Trabalho.;

3. Pagamentos efetuados a Guilhermina Pereira Corrêa, Laura Letícia de Oliveira Cardoso,

Leonice da Rocha Cardoso, Liane do Socorro Bastos Brito e Yuri Vidal Santiago de Mendonça a título de “serviços prestados” ao convênio, sem especificação do tipo de serviço prestado de modo a possibilitar a verificação da pertinência do pagamento com o prescrito no Manual Operacional do PRONERA;

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4. Contratação de serviços sem a realização de licitação, contrariando a IN 01/97 :

Favorecido Serviço Valor –R$ C.C.J Serviços Gráficos- GrafiCerta Gráfico 66.526,00 ANANI- Serviços e Comércio Gráfico 50.455,52 ANANI- Serviços e Comércio Gráfico 4.997,50 ESTE VEÍCULO Ltda Locação de carro 46.945,00 ANANI – Serviços e Comércio Ltda Gráfico 7.870,00 ANANI – Serviços e Comércio Ltda Gráfico 350,00 ANANI – Serviços e Comércio Ltda Gráfico 7.800,00 G.M da Rocha Ótica 32.345,00 Azevedo e Cunha S/C Ltda Clinica oftalmol´. 11.960,00 ANANI – Serviços e Comércio Ltda Gráfico 920,00 M. Neri Gonçalves Ótica 3.000,00 Azevedo e Cunha S/C Ltda Ótica 5.955,00 J.L. de Miranda Souza Oficina Mecânica 2.348,00 M.E.C. de Brito e Cia Ltda Ótica 4.858,00 ANANI – Serviços e Comércio Ltda Ótica 7.721,00 Norte Suture Com.Representações gráfico 7.225,00 ANANI – Serviços e Comércio Ltda Gráfico 1.392,00

5. Na locação de Veículo Mitsubih L-200 , foi anexada proposta da empresa F.B.Miranda Com e Serviços que não atua no ramo de locação de veículos;

6. Pagamento antecipado da locação do Veículo 7. Pagamento de despesas bancárias com recursos do convênio; 8. Aluguel de Veículo da empresa Real Locadora pago com o cartão de crédito da Coordenadora do Projeto

9. Pagamento a empresa J.B.L. de Miranda Souza referente a serviços de mecânica no veículo alugado que possuia cobertura total pela seguradora.

10. Falta de aplicação dos recursos no mercado financeiro no período de 14/12/001 a 28/03/2003; 11. Comprovação de despesas com recibos de bolsistas e monitores vinculados a outro projeto que atende o município de Santarém.

12. Pagamentos ao servidor do INCRA Donato Alves Cunha, assegurador do Convênio 13. Pagamentos a servidores e dirigentes da ONG POEMAR (Convenente) 14. Pagamentos referentes a serviços de supervisão na organização de demandas em municípios do nordeste do Pará, sem previsão no Plano de Trabalho

15. Falta de comprovação da contrapartida 16. Falta de prestação de contas dos recursos provenientes da aplicação financeira. Tendo em vista a gravidade das irregularidades praticadas (com fortes indícios de fraude e favorecimento de empresas, conforme relatado em outro ponto deste Relatório,) e o exíguo tempo disponível para uma análise mais aprofundada dos documentos apresentados e para realização de circularizações junto aos órgãos competentes, a equipe decidiu redigir Nota Técnica ao INCRA recomendando a instauração imediata de Tomada de Contas Especial a fim de quantificar o dano causado ao erário e identificar os responsáveis para ressarcimento. JUSTIFICATIVA: As Solicitações de Auditoria não foram atendidas. RECOMENDAÇÃO: Recomendamos o encaminhamento das presentes constatações ao INCRA, para instauração de Tomada de Contas Especial e a adoção das demais providências cabíveis com relação a não aprovação da prestação de contas e as inúmeras irregularidades apontadas neste Relatório.

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10.3.1.5 CONSTATAÇÃO: Apresentação de documentos falsos na prestação de contas do Convênio UFPA/POEMAR – SIAFI 429183. Na auditoria de gestão do exercício de 2002, foi analisada a prestação de contas do Convênio firmado entre a UFPA e o POEMAR, no valor de R$ 27.870,00 disponibilizada pela UFPA. Na documentação apresentada foram identificados indícios de que houve montagem dos documentos de comprovação conforme detalhamos. O fato foi objeto de ponto no relatório daquele exercício. A constatação consignava os seguintes indícios de montagem: Os recursos foram liberados em 30/01/2002, e os saques da conta corrente foram efetuados no período de 04/02 a 27/02/2002, tendo como comprovação apenas recibos em nome de Carlos Plínio da Silva, vencedor da licitação, e formulários de cópias dos respectivos cheques supostamente passados em seu nome. A conta corrente ficou com saldo zero em 27/02/2002. O Ofício de encaminhamento da prestação de contas estava com data de 30/12/2002, mas o recebimento na DEFIN/UFPA foi no dia 13/03/2003, após a emisão da SA nº 04/2003, de 12/03/2003. A carta convite apresentada continha as seguintes incoerências: • A Carta Convite nº 006/2001, datada de 27.12.2001, previa abertura para o dia 04/01/2002; • O anexo à Carta Convite estava datado de 10.04.2002; • Os comprovantes de entrega datados de 27/12/2001 continham a referência: Convite Nº

006/2002; • A proposta de Benedito Miranda estava datada de janeiro de 2001; • A proposta de Carlos Plínio da Silva (vencedor) estava datada de 07/01/2002; • A proposta de Rodrigo Octavio Oliveira Dourado estava datada de 07/01/2002; • A ata de abertura e resumo da licitação estava com data de 04/01/2002; Além dos itens destacados foi ressaltado que o POEMAR não havia efetuado a retenção do Imposto de Renda e o pagamento dos encargos sociais devidos à Previdência Social. Pelo exposto, ficaram configuradas diversas incoerências que indicam a possibilidade de que a prestação de contas tenha sido montada com o objetivo de ser apresentada à equipe de auditoria, já que a Universidade somente recebeu a prestação de contas aproximadamente 01 (um) ano após o prazo estabelecido, que era 30/04/2002, e após a equipe ter solicitado. Além desse fato ficou evidenciado a falta de análise prévia e de acompanhamento e fiscalização por parte da Universidade. Na presente auditoria, diante dos indícios de fraudes em outras prestações de contas de convênios executaodos pelo POEMAR, a CGU/PA solicitou ao Banco do Brasil que fornecesse cópias dos cheques que supostamente teriam sido utilizados para pagamento do Sr. Carlos Plínio da Silva. Atendendo à solicitação, o Banco do Brasil encaminhou as cópias, ficando comprovado que o POEMAR prestou informações inidôneas e apresentou documentos falsos, tendo em vista que os saques efetuados por meio dos cheques tiveram a seguinte destinação:

CHEQUE FAVORECIDO VALOR (R$) 850021 POEMAR 10.000,00 850022 Carlos Plínio da Silva 1.550,00 850023 POEMAR 1.000,00 850024 Carlos Plínio da Silva 2.000,00 850025 York Refrigeração Ltda. 1.638,75 850026 York Refrigeração Ltda. 10.836,00

Portanto, restaram confirmadas as evidências levantadas na auditoria de gestão do exercício de 2002. JUSTIFICATIVA:

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Por se tratar de uma comprovação documental, não foram solicitadas justificativas. RECOMENDAÇÃO: Diante da gravidade do fato, recomendamos ao Reitor: 1- Instaurar Tomada de Contas Especial para reposição dos valores ao erário; 2- Abster-se de firmar convênios e contratos com o POEMAR, tendo em vista que ficou comprovada a inidoneidade da Instituição III – CONCLUSÃO: Em face dos exames realizados, bem como da avaliação da gestão efetuada, no período a que se refere o presente processo, constatamos atos e fatos da referida gestão irregulares, os quais comprometeram e causaram prejuízo à Fazenda Nacional, conforme apontados nos itens: 4.1.2.1, 4.1.2.2, 4.2.1.1, 8.1.2.6, 9.4.1.1, 9.4.1.2, 9.4.2.1, 10.2.1.1, 10.3.1.1, 10.3.1.4, 10.3.1.5, 10.2.2.1, 10.2.2.2, 10.2.3.2, 10.2.3.3, 10.2.4.1, 10.3.1.2, 10.3.1.3. Ressalvamos, ainda, as constatações aduzidas nos itens: 4.2.2.1, 6.1.1.1, 6.2.1.1, 6.2.1.2, 6.2.1.3, 6.3.1.1, 7.1.1.1, 7.2.1.2, 7.2.1.3, 8.1.1.1, 8.1.2.1, 8.1.2.2, 8.1.2.3, 8.1.2.4, 8.1.2.5, 8.1.2.7, 8.2.1.1, 8.2.1.2, 8.2.1.3, 8.2.1.4, 8.2.1.5, 8.2.1.6, 8.2.1.7, 8.2.1.8, 8.2.1.9, 8.2.1.10, 8.2.1.11, 8.2.2.1, 8.3.1.1, 8.3.2.1, 8.3.2.2, 8.4.1.1, 9.1.1.1, 9.1.2.1, 9.1.3.1, 9.1.3.2, 9.1.3.3, 9.1.3.4, 9.1.3.5, 9.2.3.1, 9.2.3.2, 9.3.1.1, 9.3.1.2, 9.4.2.2, 9.4.2.3, 10.1.1.1, 10.1.1.3, 10.1.2.1, 10.2.1.3. Desta forma, possibilita-se a emissão do competente Certificado de Auditoria anexo a este Relatório.

Belém, 25 de maio de 2004.

NOME CARGO ASSINATURA Estevam Henriques Silveira Barbosa TFC Marcelo Solon Xavier dos Santos AFC Mary Joyce White Rocha AFC Mônica Fernandes da Silva TFC Tereza Regina Cordovil Correa dos Santos AFC

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PRESIDÊNPRESIDÊNPRESIDÊNPRESIDÊNCIA DA REPÚBLICACIA DA REPÚBLICACIA DA REPÚBLICACIA DA REPÚBLICA

CONTROLADORIACONTROLADORIACONTROLADORIACONTROLADORIA----GERAL DA UNIÃOGERAL DA UNIÃOGERAL DA UNIÃOGERAL DA UNIÃO SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNOSECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNOSECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNOSECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO

CONTROLADORIACONTROLADORIACONTROLADORIACONTROLADORIA----GERAL DA UNIÃO NO ESTADO DO PARÁGERAL DA UNIÃO NO ESTADO DO PARÁGERAL DA UNIÃO NO ESTADO DO PARÁGERAL DA UNIÃO NO ESTADO DO PARÁ

PRESTAÇÃO DE CONTAS ANUAL TIPO DE AUDITORIATIPO DE AUDITORIATIPO DE AUDITORIATIPO DE AUDITORIA :::: AVALIAÇÃO DE GESTÃO EXERCÍCIO EXERCÍCIO EXERCÍCIO EXERCÍCIO :::: 2003 PROCESSO N° PROCESSO N° PROCESSO N° PROCESSO N° :::: 23073.005172/2004-53 UNIDADE AUDITADA UNIDADE AUDITADA UNIDADE AUDITADA UNIDADE AUDITADA :::: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CÓDIGO CÓDIGO CÓDIGO CÓDIGO :::: 153063 CIDADE CIDADE CIDADE CIDADE :::: BELÉM RELATÓRIO N.º RELATÓRIO N.º RELATÓRIO N.º RELATÓRIO N.º :::: 140063 TIPO DE CERTIFICADO TIPO DE CERTIFICADO TIPO DE CERTIFICADO TIPO DE CERTIFICADO :::: IRREGULAR UCI 170023 UCI 170023 UCI 170023 UCI 170023 :::: CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO NO ESTADO DO PARÁ CERTIFICADO DE AUDITORIA

Examinamos os atos de gestão dos responsáveis relacionados às fls. 04 a 35 deste Processo, da Entidade supra-referenciada, praticados no período de 01Jan2003 a 31Dez2003, refletidos nas peças que o integram. Os exames foram efetuados por seleção de itens, de acordo e em atendimento à legislação federal aplicável às diversas áreas e atividades examinadas e, consequentemente, incluíram provas nos registros mantidos pela Entidade, verificação quanto à legitimidade e legalidade dos atos de gestão praticados, análise quanto aos aspectos de economicidade, eficiência e eficácia da gestão orçamentária, financeira e patrimonial, e a aplicação de outros procedimentos julgados necessários no decorrer da auditoria. 2. Dos exames realizados foram constatadas as impropriedades e irregularidades abaixo elencadas: 2.1.2.1.2.1.2.1. IRREGULARIDADES:IRREGULARIDADES:IRREGULARIDADES:IRREGULARIDADES:

4.1.2.1 FALTA DE ATENDIMENTO DAS RECOMENDAÇÕES CONSTANTES NO RELATÓRIO DE AUDITORIA Nº 116400/2003, REFERENTE À PRESTAÇÃO DE CONTAS ANUAL DO EXERCÍCIO DE 2002.

4.1.2.2 FALTA DE ATENDIMENTO DE DILIGÊNCIA SOBRE ACUMULAÇÃO DE CARGOS REQUERIDA PELA CGU/PA.

4.2.1.1 FALTA DE APURAÇÃO DE DENÚNCIA APRESENTADA À REITORIA EM AGOSTO DE 2002.

8.1.2.6 AUSÊNCIA DE APURAÇÃO DE RESPONSABILIDADE PARA POSSÍVEL IRREGULARIDADE ADMINISTRATIVA.

9.4.1.1 FALTA DE CONTROLE E ACOMPANHAMENTO DOS PROCESSOS DE SINDICÂNCIA E DISCIPLINARES INSTAURADOS NA ENTIDADE.

9.4.1.2 FALTA DE INSTALAÇÃO DA COMISSÃO PERMANENTE DE PROCESSO ADMINISTRATIVO.

9.4.2.1 AUSÊNCIA DE APURAÇÃO DA FALTA FUNCIONAL DO PROF. GOTTFRIED STOKINGER.

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10.2.1.1 DESPESAS QUE FEREM O PRINCÍPIO DA ECONOMICIDADE.

10.3.1.1 IRREGULARIDADES NA EXECUÇÃO DO CONVÊNIO PRONERA - INCRA/POEMAR/UFPA - SANTARÉM - Nº 34.000/2001.

10.3.1.4 EXECUÇÃO IRREGULAR DO CONVÊNIO PRONERA INCRA/POEMAR/UFPA – TOMÉ-AÇU – Nº 31.000/2001.

10.3.1.5 APRESENTAÇÃO DE DOCUMENTOS FALSOS NA PRESTAÇÃO DE CONTAS DO CONVÊNIO UFPA/POEMAR - SIAFI 429183.

10.2.2.1 CONTRATO COM PRAZO INDETERMINADO.

10.2.2.2 CONTRATO EMERGENCIAL COM PRAZO SUPERIOR A 180 DIAS.

10.2.3.2 PAGAMENTOS À FADESP DE PERCENTUAL SOBRE OS CONTRATOS DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS, A TÍTULO DE CUSTO OPERACIONAL.

10.2.3.3 REPASSE DE RECURSOS A INTEGRANTES DO MOVIMENTOS DOS TRABALHADORES SEM TERRA-MST, SEM RESPALDO CONTRATUAL.

10.2.4.1 FALHAS NA ELABORAÇÃO E EXECUÇÃO DO PROJETO DE CONTENÇÃO DA ORLA DA UFPA, CULMINANDO COM O DESABAMENTO DE UM TRECHO DO MURO.

10.3.1.2 IRREGULARIDADES NA PRESTAÇÃO DE CONTAS DO CONVÊNIO INCRA/UFPA/POEMAR/EJA.

10.3.1.3 IRREGULARIDADES NA EXECUÇÃO DO CONTRATO UFPA/POEMAR /FIBRA DE CURAUÁ.

2.2.2.2.2.2.2.2. IMPROPRIEDADES:IMPROPRIEDADES:IMPROPRIEDADES:IMPROPRIEDADES:

4.2.2.1 DEFICIÊNCIAS NA ELABORAÇÃO DO PLANO ANUAL DE ATIVIDADES DE AUDITORIA INTERNA - PAAAI / 2004.

6.1.1.1 FALTA DE REGISTRO CONTÁBIL DAS RECEITAS PRÓPRIAS NO SIAFI.

6.2.1.1 EXECUÇÃO DE 38% DAS DESPESAS CORRENTES DA UFPA FORA DA CONTA ÚNICA DO TESOURO.

6.2.1.2 AFRONTA AO PRINCÍPIO DA MORALIDADE.

6.2.1.3 DESPESAS EM AFRONTA AO PRINCÍPIO DA ECONOMICIDADE- CONVÊNIO UFPA/FUNDACENTRO.

6.3.1.1 CELEBRAÇÃO DE CONVÊNIO COM O INCRA/PRONERA VIA FADESP SEM A INTERVENIÊNCIA FORMAL DA UFPA.

7.1.1.1 FALTA DE COMPROVAÇÃO DE TOMADA DE CONTAS ESPECIAL PELA NÃO COMPROVAÇÃO DE SUPRIMENTO DE FUNDOS.

7.2.1.2 PAGAMENTO DE MULTAS REGISTRADO NA CONTA CONTÁBIL 333.90.39.36-MULTAS INDEDUTÍVEIS.

7.2.1.3 PAGAMENTO DE MULTAS AO INSS NO VALOR DE R$-502,89.

8.1.1.1 DISCORDÂNCIA ENTRE O VALOR REGISTRADO NO SIAFI E O APURADO NA TOMADA DE CONTAS DO ALMOXARIFADO E PATRIMÔNIO PARA A CONTA 1.4.2.1.2.00.00 (BENS MÓVEIS).

8.1.2.1 FALTA DE LOCALIZAÇÃO DE BENS DA ENTIDADE.

8.1.2.2 EXISTÊNCIA DE BENS SEM REGISTRO PATRIMONIAL.

8.1.2.3 AUSÊNCIA DE INVENTÁRIO FÍSICO E FINANCEIRO NOS TERMOS DA IN SEDAP/PR N° 205/88.

8.1.2.4 FALTA DE CONFERÊNCIA FÍSICA DOS BENS DA ENTIDADE PELA COMISSÃO RESPONSÁVEL PELA ELABORAÇÃO DO INVENTÁRIO.

8.1.2.5 FALTA DE ATUALIZAÇÃO DOS TERMOS DE RESPONSABILIDADE.

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8.1.2.7 EFETUAÇÃO DA BAIXA DE BEM DESAPARECIDO SEM A DEVIDA APURAÇÃO DE RESPONSABILIDADE.

8.2.1.1 PAGAMENTO EFETUADO A PESSOA FÍSICA, PELA LOCAÇÃO DE IMÓVEL, SEM COMPROVAÇÃO DA REGULARIDADE FISCAL.

8.2.1.2 PERMANÊNCIA DE OCUPAÇÃO DE ESPAÇO PÚBLICO DA ENTIDADE DEPOIS DE DESFEITO O VÍNCULO JURÍDICO ENTRE AS PARTES.

8.2.1.3 PREJUÍZO À ENTIDADE EM FACE DA AUSÊNCIA DE EFETIVA COBRANÇA PELA OCUPAÇÃO DE ESPAÇO PÚBLICO.

8.2.1.4 UTILIZAÇÃO DE ESPAÇO PÚBLICO POR ENTIDADES SINDICAIS SEM FORMALIZAÇÃO DE CONTRATO ADMINISTRATIVO.

8.2.1.5 UTILIZAÇÃO DE ESPAÇO PÚBLICO POR SOCIEDADE CIVIL SEM FORMALIZAÇÃO DE CONTRATO ADMINISTRATIVO.

8.2.1.6 UTILIZAÇÃO DE ESPAÇO PÚBLICO DA ENTIDADE POR PARTICULARES, PARA EXPLORAÇÃO COMERCIAL, SEM LICITAÇÃO E SEM A FORMALIZAÇÃO DE CONTRATO ADMINISTRATIVO.

8.2.1.7 COBRANÇA EFETUADA PELOS CENTROS ACADÊMICOS A TERCEIROS PELA UTILIZAÇÃO DE ESPAÇO FÍSICO DA ENTIDADE.

8.2.1.8 COBRANÇA EFETUADA PELOS CENTROS A TERCEIROS PELA UTILIZAÇÃO DE ESPAÇO FÍSICO DA ENTIDADE.

8.2.1.9 COBRANÇA EFETUADA PELO POEMAR A PARTICULAR PELA UTILIZAÇÃO DE ESPAÇO FÍSICO DA ENTIDADE.

8.2.1.10 FALTA DE INFRA-ESTRUTURA E HIGIENE DOS BOXES (LANCHONETES) EM FUNCIONAMENTO NA ENTIDADE.

8.2.1.11 UTILIZAÇÃO POR PARTICULAR DE ESPAÇO FÍSICO DA ENTIDADE COMO OFICINA MECÂNICA.

8.2.2.1 AUSÊNCIA DE LAUDO DE AVALIAÇÃO DE IMÓVEL LOCADO PELA ENTIDADE.

8.3.1.1 EFETUAÇÃO DA BAIXA DE VEÍCULO DA ENTIDADE SEM O DEVIDO CANCELAMENTO DO REGISTRO JUNTO AO DETRAN-PA E ANTES DA SUA INUTILIZAÇÃO.

8.3.2.1 ATRASO NO LICENCIAMENTO ANUAL DE VEÍCULOS DA ENTIDADE.

8.3.2.2 FALHAS NOS CONTROLES DE UTILIZAÇÃO DOS VEÍCULOS.

8.4.1.1 ARMAZENAMENTO DE BENS MÓVEIS DA ENTIDADE EM DESACORDO COM A IN SEDAP/PR N°205/88.

9.1.1.1 FICHAS CADASTRAIS SEM ATUALIZAÇÃO.

9.1.2.1 SERVIDORES DE OUTRAS INSTITUIÇÕES EM EXERCÍCIO IRREGULAR NA UFPA.

9.1.3.1 CONTRATAÇÃO IRREGULAR DE PROFESSORES.

9.1.3.2 ATRIBUIÇÃO IRREGULAR DE FUNÇÃO A PROFESSOR VISITANTE.

9.1.3.3 FALTA DE ATENDIMENTO ÀS ESPECIFICAÇÕES DO EDITAL DE PROCESSO SELETIVO E NOMEAÇÃO DE CANDIDATO FORA DA ORDEM DE CLASSIFICAÇÃO.

9.1.3.4 REALIZAÇÃO DE PROCESSO SELETIVO SIMPLIFICADO SEM ATENDIMENTO AO PRESCRITO NA LEI Nº 8.745/93.

9.1.3.5 CONTRATAÇÃO INDIRETA DE PESSOAL POR MEIO DA FADESP E DO POEMAR.

9.2.3.1 PAGAMENTO ADICIONAL A SERVIDORES POR ATIVIDADES INERENTES AOS CARGOS QUE OCUPAM – DAVES.

9.2.3.2 REMUNDERAÇÃO ADICIONAL A SERVIDORES E PROFESSORES, SOB A FORMA DE "BOLSA DE EXTENSÃO”.

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9.3.1.1 PAGAMENTO EM DUPLICIDADE DE AUXILIO FUNERAL.

9.3.1.2 PAGAMENTO DE AUXÍLIO FUNERAL SEM COMPROVAÇÃO DAS DESPESAS POR PARTE DO INTERESSADO.

9.4.2.2 FALTA DE CONTROLE DE FREQUÊNCIA DOS SERVIDORES.

9.4.2.3 HORÁRIO DE TRABALHO INCOMPATÍVEL COM A PREVISÃO NORMATIVA.

10.1.1.1 AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DA REGULARIDADE FISCAL DAS EMPRESAS PARTICIPANTES DOS PROCESSOS DE DISPENSA DE LICITAÇÃO.

10.1.1.3 AUSÊNCIA DE ADJUDICAÇÃO DOS ITENS LICITADOS E DE HOMOLOGAÇÃO DO RESULTADO DA LICITAÇÃO PELO ORDENADOR DE DESPESA.

10.1.2.1 FRACIONAMENTO DE DESPESA POR MEIO DE PROCESSOS DE DISPENSA DE LICITAÇÃO.

10.2.1.3 COMPRA DE PASSAGENS AÉREAS SEM LICITAÇÃO.

3. Em nossa opinião, diante dos exames aplicados, de acordo com o escopo definido no parágrafo primeiro, consubstanciados no Relatório de Auditoria de Avaliação n.º 140063, consideramos IRREGULAR IRREGULAR IRREGULAR IRREGULAR a gestão dos responsáveis tratados neste processo.

Belém, 25 de maio de 2004.

CLÁUDIO PACHECO VILHENA CHEFE DA CGU NO ESTADO DO PARÁCHEFE DA CGU NO ESTADO DO PARÁCHEFE DA CGU NO ESTADO DO PARÁCHEFE DA CGU NO ESTADO DO PARÁ