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PRESIDENTE DA REPÚBLICA - CEAD - Centro de Educação Aberta e … · de pesquisa 3 - Delineando a revisão de literatura 4 - Descrevendo a trajetória metodológica da pesquisa

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PRESIDENTE DA REPÚBLICA Luiz Inácio Lula da Silva MINISTRO DA EDUCAÇÃO Fernando Haddad GOVERNADOR DO ESTADO Wellington Dias REITOR DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ Luiz de Sousa Santos Júnior SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA DO MEC Carlos Eduardo Bielschowsky COORDENADORIA GERAL DA UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASI L Celso Costa SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃO DO ESTADO DO PIAUÍ Antonio José Medeiros COORDENADOR GERAL DO CENTRO DE EDUCAÇÃO ABERTA A DI STÂNCIA DA UFPI Gildásio Guedes Fernandes SUPERITENDÊNTE DE EDUCAÇÃO SUPERIOR NO ESTADO Eliane Mendonça DIRETOR DO CENTRO DE CIENCIAS DA EDUCAÇÃO José Augusto de Carvalho Mendes Sobrinho COORDENADOR DE ADMINISTRAÇÃO – PROJETO PILOTO Raimundo José Cunha Araújo COODENADORA DE MATERIAL DIDÁTICO DO CEAD/UFPI Cleidinalva Maria Barbosa Oliveira DIAGRAMAÇÃO Diego Albert

Copyright © 2007. Todos os direitos desta edição estão reservados à Universidade Federal do Piauí (UFPI). Nenhuma parte deste material poderá ser reproduzida, transmitida e gravada, por qualquer meio eletrônico, por fotocópia e outros, sem a prévia autorização, por escrito, do autor.

BRITO, Antonia Edna Fundamentos Teóricos-Metodológico da Pesquisa II/ Antonia Edna Brito - UFPI/UAPI 2009. 91p. Inclui bibliografia 1 - A Estrutura do Projeto de Pesquisa 2 - Construindo a introdução do projeto de pesquisa 3 - Delineando a revisão de literatura 4 - Descrevendo a trajetória metodológica da pesquisa 5 - Esquematizando o projeto de pesquisa 6 - Deflexões sobre o trabalho de conclusão de curso – TCC CDU:

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O presente texto destina-se aos estudantes vinculados ao

Programa de Educação a Distância da Universidade Aberta do

Piauí (UAPI), vinculada ao consórcio formado pela

Universidade Federal do Piauí (UFPI), Universidade Estadual

do Piauí (UESPI), com o apoio do governo do Estado do Piauí,

através da Secretaria de Educação.

Dentro deste contexto, o material Fundamentos Teórico-

Metodológicos da Pesquisa II, integrante de um projeto

formativo de administradores, tem como propósito central

contribuir com a formação de um profissional crítico,

competente e autônomo, capaz de produzir conhecimentos a

partir da vivência da investigação científica no cotidiano de

suas práticas. Mais ainda, o material em referência postula a

formação de um profissional com competências para planejar e

desenvolver pesquisas na área de administração, observando

as peculiaridades da pesquisa científica. Isso implica

compreender a natureza do conhecimento científico,

reconsiderando os processos formais de sua produção. A

pesquisa científica, nesta acepção, é concebida como prática

que oportuniza desvendar as múltiplas realidades através dos

processos de apreensão, transmissão e produção de

conhecimentos.

Este texto, portanto, proporciona ao leitor o acesso a reflexões

sobre a formalização do projeto de pesquisa, como “[...]

instrumento flexível, pronto a ser ele mesmo reconstituído ao

longo do próprio caminho a ser percorrido pelo pesquisador

[...]” (BARROS, 2007 p.10).

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O planejamento da pesquisa, a partir do exposto, especifica o

caminho a ser percorrido no desenvolvimento da investigação.

É o processo de sistematização da pesquisa, perspectivando

garantir a eficiência da investigação no alcance dos objetivos

estabelecidos.

A partir do exposto, ratificamos que o desenvolvimento deste

estudo fundamenta-se em reflexões que situam a pesquisa

científica como processo de desvelamento da realidade na

perspectiva da produção do conhecimento e,

consequentemente, do desenvolvimento da ciência. Assim, o

material de estudo é composto por diferentes textos,

focalizando temáticas pertinentes à pesquisa científica, bem

como atividades e sites para que você invista no

aprofundamento do estudo. É importante a leitura dos textos

propostos, buscando a bibliografia indicada para ampliar seus

conhecimentos. É importante, também, que você realize as

atividades propostas, que partilhe suas experiências e

conhecimentos com os parceiros do curso, participando

ativamente dos fóruns e dos chats.

Objetivando subsidiar o processo de formalização do projeto de

pesquisa, o material Fundamentos Teóricos Metodológicos

da Pesquisa II apresenta os conteúdos de estudo organizados

em quatro unidades, conforme descrição a seguir:

UNIDADE I – A Estrutura do Projeto de Pesquisa Apresenta

de forma detalhada a elaboração do projeto de pesquisa,

explorando as diferentes fases do processo de formalização do

referido projeto.

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UNIDADE II – Construindo a Introdução do Projeto de

Pesquisa Analisa a construção da introdução do projeto de

pesquisa, demarcando os elementos da parte introdutória do

projeto em referência.

UNIDADE III – Delineando a Revisão da Literatura

Nesta parte do estudo, caracterizamos o processo de

construção do referencial teórico da pesquisa, destacando a

especificidade dos atos de estudar, ler e escrever textos.

Destacamos, ainda, aspectos relativos à normalização

bibliográfica, notadamente no que concerne às citações.

UNIDADE IV – Descrevendo a Trajetória Metodológica da

Pesquisa

Esta parte do texto traz orientações referentes à construção da

metodologia da pesquisa, focalizando a definição do tipo de

pesquisa, o contexto da investigação, sujeitos do estudo, entre

outros.

UNIDADE V – Reflexões sobre o Trabalho de Conclusão de

Curso

As reflexões empreendidas nesta parte do estudo contemplam

a especificidade do trabalho de Conclusão de Curso,

apresentando tanto a caracterização da Monografia, quanto os

diferentes elementos de sua estrutura e apresentação gráfica.

A partir das orientações contidas nesta unidade você terá

elementos para construir o seu TCC (Monografia), tomando

como roteiro orientador o projeto de pesquisa construído na

vivência desta disciplina.

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No desenvolvimento das diferentes unidades do conteúdo

procuramos articular teoria e prática, através das proposições

de atividades de estudo. Essas atividades estão descritas em

cada unidade, objetivando o aprofundamento das leituras e

aprendizagem efetiva na vivência desse estudo..

Finalmente, esperamos que você tenha sucesso nesta

empreitada, lembrando-se de que a leitura é muito importante

em sua formação.

BOM PROVEITO!

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UNIDADE 1: A Estrutura do Projeto de Pesquisa 1.1 Objetivos do Projeto de Pesquisa 9 1.2 Atividade

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UNIDADE 2 – CONSTRUINDO A INTRODUÇÃO DO PROJETO DE PESQUISA

2.1. Como Delimitar o Tema da Pesquisa 17 2.2. Elementos da Introdução 21 2.2.1. Justificativa 24 2.2.2. Delimitação do Problema 26 2.2.3. Objetivos da Pesquisa 28 2.2.4. Aportes Teórico-metodológicos da Pesquisa 28 UNIDADE 3: DELINEANDO A REVISÃO DE LITERATURA

3.1 A Organização da Revisão de Literatura 31 3.2 Aspectos Essenciais na Constituição do Referencial Teórico da Pesquisa

33

3.2.1. Sobre Estudar 34 3.2.2. Sobre Ler 35 3.2.3 Sobre Escrever 36 UNIDADE 4 – DESCREVENDO A TRAJETÓRIA METODOLÓGICA DA PESQUISA

4.1. Abordagem da Pesquisa 40 4.2. O Contexto da Pesquisa 41 4.3. Interlocutores da Pesquisa 41 4.4. A Produção dos Dados da Pesquisa 43 4.5. Análise dos Dados 45 4.6. Cronograma 46 UNIDADE 5: ESQUEMATIZANDO O PROJETO DE

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PESQUISA 5.1 Esquema para Apresentação do Projeto de Pesquisa

50

5.2 Formatação do Projeto 53 Atividade 59 5.3 Referências e Citações 67 UNIDADE 6: REFLEXÕES SOBRE O TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO - TCC

6.1 Monografia: Caracterização 70 6.2 Estrutura da Monografia 73 6.3 Apresentação Gráfica da Monografia 77 Atividade 86 Referencias 87

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Unidade 1

REVISITANDO A ESTRUTURA DO PROJETO DE PESQUISA

Nas leituras realizadas na disciplina Fundamentos Teóricos Metodológicos da Pesquisa I

você percebeu que existem diferentes formas de conhecimento,

cada uma com sua validade e especialidade. Recorrendo a

Moreira (2008), podemos ressaltar que o conhecimento da

realidade pode ocorrer de forma especulativa ou científica. O

conhecimento especulativo prescinde da sistematização, sendo

decorrente das experiências cotidianas que o homem vivencia no

mundo “[...] É um conhecimento subjetivo e não-sistemático

(MOREIRA, 2008, p.189).

O conhecimento científico, entretanto, requer uma sistematização através do

planejamento da pesquisa. Esse planejamento, conforme discussões anteriores,

caracteriza-se como a definição dos caminhos da serem trilhados para conhecer uma

dada realidade. O pesquisador, para ser bem sucedido na atividade científica, necessita

de um bom planejamento, de um projeto de pesquisa bem elaborado, explicitando as

ações e a trajetória das pesquisas. Em seu caso específico, para a elaboração do TCC, é

necessário, como ponto de partida, desenvolver um projeto de pesquisa, focalizando um

tema de seu interesse. A escolha do tema é muito importante na construção do projeto de

pesquisa e, de modo especial, na elaboração do TCC (Monografia).

O tema deve ser selecionado dentro de uma área de seu interesse, ou seja, ele deve

mobilizar sua curiosidade.

Tendo estas reflexões sobre o processo de produção do conhecimento científico,

apresentamos, nesta parte do estudo, os objetivos e as diferentes partes do projeto de

pesquisa

O projeto de

pesquisa....

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UNIDADE 1: A Estrutura do Projeto de Pesquisa 1.1 Objetivos do Projeto de Pesquisa 9 1.2 Atividade

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UNIDADE 1: A ESTRUTURA DO PROJETO DE PESQUISA

1.1 Objetivos do Projeto de Pesquisa

O processo de produção do conhecimento científico

apresenta exigências relativas ao delineamento dos

procedimentos que serão desenvolvidos no transcurso da

investigação, sistematizando de forma objetiva e racional as

diferentes fases da pesquisa. O projeto de pesquisa, de acordo

com essa análise, evita a improvisação, assegurando definir

com segurança os rumos da pesquisa. Sem um projeto bem

elaborado, o objeto de estudo parece fluído, sem objetividade.

Podemos dizer, portanto, que a elaboração do projeto de

pesquisa contribui para:

Para ler sobre a estrutura do projeto de pesquisa,

acesse:

http://www.pedagogiaemfoco.pro.br/met05.htm

A definição de um objeto de pesquisa requer muita leitura de livros, revistas

especializadas, entre outras.

• Revelar as intenções do pesquisador;

• Esclarecer ao pesquisador;

• Sistematizar o desenvolvimento da pesquisa, delineando

claramente as diferentes fases do processo de produção

do conhecimento;

• Estabelecer o diálogo científico entre os pesquisadores, uma vez que fazer a pesquisa implica também na socialização do conhecimento;

• Aperfeiçoar a utilização de recursos e o alcance dos objetivos propostos;

• Prever o caminho a ser trilhado na investigação.

A leitura contribui

para que o

pesquisador

construa um

relevante problema de pesquisa.

Você Sabia? Toda pesquisa começa com uma dúvida, uma inquietação ou um problema [...] (CALEFFE; MOREIRA, 2006, p. 21).

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SINTETIZANDO:

Leia: BARROS, J. D’ Assunção. O projeto de pesquisa

em História : da escolha do tema ao quadro teórico.

Petrópolis/RJ: Vozes, 2007.

Fazer pesquisa é tarefa que reclama pensar no avanço da

ciência e isso exige do pesquisador conhecimento acerca do

tema a ser investigado, considerando como fases importantes

neste processo:

Fases da pesquisa

Preparação da pesquisa

Elaboração do projeto de investigação.

Desenvolvimento da investigação

Processo de produção dos

dados.

Elaboração do relatório de pesquisa

Produção do TCC (Trabalho de Conclusão de Curso)

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Para Reflexão

[...] No mundo acadêmico da construção do

conhecimento, da pesquisa, da elaboração de

um TCC, uma monografia [...], podemos

perceber que o resultado final só poderá ser

bem-sucedido se na sua origem contou com

um planejamento bem elaborado

(MEDEIROS, 2008, p.190).

Além das fases mencionadas a respeito da elaboração do

projeto de pesquisa, segundo Minayo (1999), é importante

considerar aspectos de natureza:

O projeto de pesquisa, de acordo com o exposto,

representa uma previsão racional do que vai ser

desenvolvido no processo de investigação. A previsão das

trajetórias da pesquisa, contudo, deve levar em conta as

complexas situações que são peculiares às ciências

humanas e, por isso, é importante um planejamento

cuidadoso, indicando claramente o problema, o eixo teórico

metodológico, entre outros aspectos.

“[...] O projeto é um guia, uma orientação que

indica aonde o pesquisador quer chegar e os

caminhos que pretende tomar”. (ALVES-

MAZZOTTI; GEWANDSNAJDER, 1998, p.

149).

Para saber mais sobre a importância do projeto de

pesquisa, acesse o site:

http://www.uniritter.edu.br/w2/editora/downloads/Cadern

o_Academico-vol_4.pdf

A partir da leitura, responda:

O que significa o projeto na pesquisa científica?

Em que aspectos o conhecimento científico difere do conhecimento especulativo? Deposite suas respostas no fórum para partilhar suas idéias com outros cursistas.

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Para Recordar...

O projeto de pesquisa deve conter as seguintes partes:

� Tema da pesquisa

� Introdução: deve conter a delimitação do tema, os objetivos

e a justificativa.

� Revisão Bibliográfica

� Metodologia: descreve como os dados serão produzidos

� Cronograma

� Referências

Atividade

A definição do tema de pesquisa implica na delimitação do

objeto de estudo. Para tanto, é necessário que você pense na

área de estudo de seu interesse.

Pense e responda:

• Qual o tema de seu interesse para desenvolver seu

projeto de pesquisa?

• Que leituras você tem sobre o tema de seu interesse?

• Registre no fórum as suas respostas para analisá-la s

de forma coletiva e compartilhada.

Sobre delimitação do tema de pesquisa, leia:

SANTOS, A. R. Metodologia científica : a construção do

conhecimento. Rio de Janeiro: DP8A, 1999.

GONSALVES, E. P. Iniciação à pesquisa científica .

Campinas/SP: Alínea, 2003.

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UNIDADE 2 – CONSTRUINDO A INTRODUÇÃO DO PROJETO DE PESQUISA

2.1. Como Delimitar o Tema da Pesquisa 17 2.2. Elementos da Introdução 21 2.2.1. Justificativa 24 2.2.2. Delimitação do Problema 26 2.2.3. Objetivos da Pesquisa 28 2.2.4. Aportes Teórico-metodológicos da Pesquisa 28

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UNIDADE 2 – CONSTRUINDO A INTRODUÇÃO DO

PROJETO DE PESQUISA

2.1 COMO DELIMITAR O TEMA DA PESQUISA

As reflexões que desenvolvemos neste estudo realçam que

pensar um tema de pesquisa é indicar um assunto de nosso

interesse. A seleção do tema de pesquisa, segundo Gonçalves

(2003), pode ser decorrente de várias situações, tais como:

• Observação do cotidiano : neste caso, a reflexão

sobre/no cotidiano pode indicar interessantes problemas

de pesquisa.

• Vida profissional : a vivência da prática profissional

apresenta situações problemáticas que podem ser

objeto da pesquisa científica.

• Contato com especialistas : as trocas de experiências,

a participação em eventos científicos, entre outros,

revelam questões atuais que interessam à comunidade

científica.

• Estudo da literatura especializada : a leitura de

determinado tema nos revela as peculiaridades do

estudo na área, explicitando “[...]controvérsias e lacunas

que precisam ser preenchidas (GONSALVES, 2003, p.

26-27).

• Da criatividade : muitos elementos nos possibilitam uma

leitura crítica da realidade. A partir dessa leitura

podemos descobrir questões que merecem um

tratamento científico.

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Vale lembrar que ao definirmos o tema da pesquisa,

focalizamos, inicialmente, uma temática ampla. Por essa razão,

chamamos sua atenção para a necessidade de delimitar o

tema da pesquisa, pois muitas vezes o pesquisador iniciante,

ao pensar o tema da pesquisa, não apresenta o “recorte” do

objeto de estudo.

Por falar em tema de pesquisa, apresentamos alguns exemplos

para ilustrar nossas reflexões. Podem ser apresentados como

temas de pesquisa:

-Marketing

-Empreendedorismo

-Tecnologia

-Gestão ambiental

Considerando os exemplos apresentados, observamos que

focalizam temáticas amplas e, por isso, precisam de um

recorte. Por exemplo, ao apontarmos como tema de estudo

Gestão ambiental, indicamos um assunto abrangente. É

necessário pensar nos limites da temática estudada, pois a

gestão ambiental pode ser compreendida como a grande

área de interesse do pesquisador. Neste caso, compete

indagar:

Que aspecto/recorte dentro da área de gestão ambien tal

interessa ao pesquisador?Desenvolvimento sustentáve l

?Responsabilidade social ?

Para delimitar o tema da

pesquisa é necessário

focalizar apenas um aspecto da

realidade

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Para saber mais

Tema:Gestão ambiental

Delimitação do tema : As práticas de desenvolvimento sustentável

desenvolvidas no processo de formação dos administradores e suas

contribuições para aprendizagem desses profissionais.

Na delimitação do tema de seu interesse, considerando que

seu projeto de pesquisa dará origem ao Trabalho de Conclusão

de Curso – TCC (Monografia), é importante que você leve em

conta, entre outros, os seguintes aspectos: o que mobiliza seu

interesse para estudar a temática; as áreas de estudo dos

prováveis orientadores; a produção teórica na área; e a

familiaridade com o tema. Ademais, é imprescindível que, ao

pensar em um tema de pesquisa, observemos as proposições

de Minayo (1999), ao recomendar que o pesquisador se

questione acerca da relevância do tema e de sua

exequibilidade.

Na escolha de um tema de pesquisa, a opção ideal é unir uma

grande motivação com certa familiaridade (GONSALVES, 2003

p.28).

CHAT 01

Você sabe que o chat constitui espaço interativo que possibilita trocas de

conhecimento, partilhamento de idéias, entre outras coisas. Nesta perspectiva,

propomos o chat 01, para que você socialize com os outros cursistas e com

seu tutor suas reflexões sobre:

• O que é um tema de pesquisa?

• Como delimitar o tema da pesquisa?

• O que pode ocorrer se o pesquisador não delimitar

bem o tema de seu estudo?

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Fórum

A partir das discussões vivenciadas no chat, registre no

fórum:

Tema de estudo: _______________________________

Delimitação do

tema:___________________________________________

________________________________________________

________________________________________________

Esperamos que, ao pensar no tema de pesquisa e delimitá-

lo, você esteja apresentando um objeto de estudo de seu

real interesse, pois, como já afirmamos anteriormente, o seu

projeto de pesquisa originará seu TCC (Monografia). Desse

modo, é recomendável que, ao responder às questões de

estudo, focalize um tema que desperte a sua curiosidade.

LEMBRETE

É importante destacar também que você deve considerar

para a seleção de um tema a sua área de especialidade. O

que isso significa? Significa que aconselho você a não

escolher um tema sobre o qual não tenha nenhuma

aproximação ou referência, pois isso poderá dificultar ou

mesmo impedir a execução do seu trabalho. O pesquisador

deve ter certa familiaridade com o tema escolhido, pois isso

tende a facilitar a busca pela bibliografia disponível

(GONSALVES, 2003 p. 28).

Como fazer a

introdução?

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2.2. Partes da Introdução

A introdução, conforme Gil (2007), constitui a primeira parte

do projeto de pesquisa e deve descrever com clareza e

objetividade os propósitos do estudo, a justificativa para seu

desenvolvimento, e o enfoque teórico-metodológico que o

orienta. Nesta parte do projeto, procedemos à

contextualização da temática da pesquisa, estabelecendo

relações com o conhecimento produzido na área. Uma

introdução elaborada de forma adequada propicia ao leitor a

compreensão da proposta do estudo. Dessa forma, é

necessário observar que a introdução, como primeira seção

do projeto, deverá ser estruturada de modo que revele a

especificidade da proposta, o público ao qual se destina, na

perspectiva de despertar o interesse do leitor.

Barros (2007), ao caracterizar a introdução, acentua que no

projeto de pesquisa frequentemente encontramos dois tipos

de introdução. Assim, se o projeto não tiver uma seção para

delimitação do tema, a introdução apresentará e discutirá,

de forma profunda, o tema proposto para a pesquisa. Numa

outra configuração, caso o projeto tenha um item específico

para a delimitação do tema, a introdução consistirá em um

resumo, através do qual, com objetividade, o pesquisador

revelará o conteúdo do projeto.

LEMBRETE

A elaboração da introdução do projeto de pesquisa

deve tomar referência, além das contribuições dos

diferentes autores que discutem a temática, as

orientações propostas pela ABNT.

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PARTES DE UMA INTRODUÇÃO → Fonte: GIL (2007)

JUSTIFICATIVA (POR QUE FAZER?) → Apresentação da

proposta da pesquisa, revelando a relação do estudo com

as experiências vivenciadas. Nesta parte, o autor realça a

relevância da pesquisa nos âmbitos social, científico e

profissional.

DELIMITAÇÃO DO PROBLEMA (O QUE FAZER?) → O

pesquisador deve explicitar o problema da pesquisa,

indicando a questão a ser respondida no desenvolvimento

do estudo. Ao delimitar o problema, é importante deixar

claro os termos centrais do problema.

[...] tenho observado, de uns anos para cá, que há

certa predisposição dos alunos em não elaborar o

projeto de pesquisa. Alguns consideram até perda

de tempo debruçar-se sobre ele. O que

evidentemente está correto. Um projeto de

pesquisa bem elaborado significa meio caminho

andado na consecução do trabalho de pesquisa

(PEREIRA, 2005 p. 44).

OBJETIVOS (QUAL O PROPÓSITO DA PESQUISA?) → A

introdução, como primeira seção do projeto, deve apresentar

os objetivos da pesquisa.

REVISÃO DA LITERATURA (QUAIS OS FUNDAMENTOS DO

ESTUDO?) → De forma sucinta, o pesquisador esclarece

acerca da vinculação teórica da pesquisa, ou seja, indica os

pressupostos teóricos do estudo a ser desenvolvido.

METODOLOGIA (COMO FAZER?) → Informar, de forma

sucinta, a natureza do estudo.

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DICA IMPORTANTE

Na elaboração da parte introdutória do projeto, é relevante considerar o que

apresentamos no esquema, mas ressaltamos que essa construção é

flexível, podendo ser alterada, desde que atenda à lógica do trabalho

científico a ser realizado.

Fórum

Tema: Discutindo a introdução do projeto de pesquisa.

Questões orientadoras:

→ Quando elaborar a introdução?

→ O que deve conter uma boa introdução?

[...] a introdução identifica a questão da

preocupação que gera a pesquisa, ao transmitir

informações sobre um problema de pesquisa.

Como essa é a passagem inicial em um estudo ou em

uma proposta, deve-se tomar muito cuidado ao redigi-la.

Infelizmente, muitos autores não identificam claramente o

problema de pesquisa, deixando o leitor decidir por si

mesmo a importância da questão que motiva o estudo

(CRESWELL, 2007, p. 89).

Pesquisar implica penetrar no mundo das palavras e se

deixar impregnar por elas, compreendendo que cada

uma tem, dependendo do contexto, múltiplos

significados.

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Partes da introdução (de acordo com CRESWELL, 2007,

p.90):

* O problema da pesquisa

* Estudos que abordam o tema

* Deficiências nos estudos

* A importância do estudo para um público

* A declaração do objetivo

2.2.1 Justificativa

Por que realizar a pesquisa? Qual sua contribuição no âmbito

da temática proposta? Ao propor um estudo, o pesquisador tem

um público-alvo e, por isso, deve ter o cuidado de justificar a

pesquisa, informando acerca de sua relevância e das

contribuições que poderá trazer na produção do conhecimento.

A justificativa do projeto, portanto, consiste em “[...] convencer

os seus leitores da sua importância, da sua relevância

acadêmica e social, da viabilidade da sua realização, da

pertinência do tema proposto (BARROS, 2007 p.68). Nesta

acepção, a justificativa apresenta razões convincentes para o

desenvolvimento da pesquisa. Segundo Santos (1999, p.70), o

conteúdo da justificativa deve focalizar a:

[...] importância ou relevância do tema; abrangência do assunto, isto é, o relato do interesse da comunidade humana, especialmente no presente, em relação ao tema que se quer pesquisar.

Lembrete: ao escrever a justificativa do projeto, lembre-se de

focalizar, entre outros, os seguintes aspectos:

A justificativa

deve

convencer o

leitor da

relevância e

necessidade

de realização

da pesquisa.

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Relevância social : enfatizar a importância do estudo no

contexto social;

Relevância científica : contribuições que podem trazer em

determinada área de conhecimento;

Pertinência do tema : realçar a convergência do estudo com a

produção na área.

Para evidenciar a relevância do estudo, compete ao

pesquisador realçar suas contribuições no âmbito da produção

do conhecimento científico (1999), compreendendo que a

justificativa deve explicitar a motivação de ordem teórico-

prática que justifica o desenvolvimento da pesquisa. Na

elaboração da justificativa não há um modelo a ser seguido;

contudo, ao escrever a justificativa, o pesquisador deve

focalizar os seguintes pontos:

�Experiências vivenciadas em relação ao objeto de estudo

�Elaboração do problema a ser estudado

�Contribuições da pesquisa

� Produção existente na área

Para saber mais sobre a justificativa acesse:

http://www.pedagogiaemfoco.pro.br/met05.htm

http://www.scielo.br/cgi-bin/wxis.exe/iah/

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FÓRUM

Tomando como referência o tema que você elegeu para sua

pesquisa, escreva, em três parágrafos, a justificativa de seu

interesse pela temática.

Registre seu texto no fórum.

2.2.2 Definindo o problema

O tema da pesquisa deve ser abordado pelo pesquisador na

perspectiva de situá-lo diante do conhecimento científico

produzido na área. A contextualização do tema permite a

compreensão do que tem sido produzido, bem como indica

prováveis lacunas na abordagem teórica do objeto de estudo. A

partir dessa contextualização e problematização, o pesquisador

tem clareza quanto ao que pretende investigar. É preciso

deixar claro que o tema é diferente do problema, porém, a

discussão do tema possibilita a especificação do problema.

Com base nessas considerações, compreendemos ser

relevante que o pesquisador procure conhecer de forma

aprofundada o objeto que pretende investigar para definir com

segurança o problema de pesquisa. Sobre essa questão,

Alves-Mazzotti (2001, p. 150) faz a seguinte análise:

O conhecimento da literatura pertinente ao problema que nos

interessa (relatos de pesquisa, teorias utilizadas para explicá-

lo) é indispensável para identificar ou definir com mais precisão

os problemas que precisam ser investigados em uma dada

área.

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Parada Obrigatória

Para saber mais sobre tema e problema de pesquisa, leia:

Richardson (1999).

Após a leitura, estabeleça a diferença entre os dois termos.

Registre no fórum a sua resposta.

Falar de problema de pesquisa não é novidade para você, pois

já teve oportunidade de estudar sobre o assunto. Por exemplo,

entende que nem todo problema constitui problema científico. É

bom lembrar que neste estudo o foco de interesse é o

problema de pesquisa. Embora o termo seja polissêmico,

podemos dizer que o problema de pesquisa dá norte à

pesquisa e, mais especificamente, podemos dizer que o

problema de pesquisa é: “[...] qualquer questão não resolvida e

que é objeto de discussão, em qualquer domínio do

conhecimento (GIL, 2006, p.49).

DICAS PARA ELABORAR O PROBLEMA DE PESQUISA

(GIL, 2006)

� O problema deve ser formulado em forma de

questionamento

� O problema deve ser bem definido, apresentando um recorte

do tema de estudo

� O problema deve se elaborado de forma clara

� O problema deve explicitar os pressupostos teóricos de sua

orientação

Como

elaborar o projeto de pesquisa?

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2.2.3 Objetivos da pesquisa

Com qual propósito a pesquisa será realizada? A introdução,

como seção inicial do projeto de pesquisa, deve esclarecer o

leitor em relação aos objetivos da pesquisa, contextualizando o

estudo a ser desenvolvido.

2.2.4 Aportes Teórico-Metodológicos da Pesquisa

Na introdução do projeto de pesquisa comporta informar acerca

da orientação teórico-metodológico da pesquisa, justificando a

opção, tanto no âmbito da metodologia, quanto em relação à

base teórica da pesquisa.

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30

UNIDADE 3: DELINEANDO A REVISÃO DE LITERATURA

3.1 A Organização da Revisão de Literatura 31 3.2 Aspectos Essenciais na Constituição do Referencial Teórico da Pesquisa

33

3.2.1. Sobre Estudar 34 3.2.2. Sobre Ler 35 3.2.3 Sobre Escrever 36

31

UNIDADE 3: DELINEANDO A REVISÃO DE LITERATURA

3.1 A Organização da Revisão de Literatura

Ao pensarmos na organização do quadro teórico da pesquisa,

nos inspiramos em Teixeira (2007), quando se refere ao ofício

do pesquisador e do aluno. Neste entorno, a autora demarca

os papéis desses atores no processo de produção do

conhecimento. Em relação ao pesquisador, compreende que

seu ofício é contribuir para que os alunos desenvolvam

competências nos atos de estudar, ler e escrever. No tocante

ao aluno, registra que seu ofício:

[...] É aprendido no dia a dia, ao longo dos meses

e anos em que estamos dentro e fora da escola,

na infância e na adolescência, bem como por toda

vida (TEIXEIRA, 2007, p. 22).

Partindo dessa compreensão, consideramos a complexidade

inerente à produção do quadro teórico da pesquisa, lembrando

que, na maioria dos casos, o estudante de graduação não tem

muita intimidade com a pesquisa e seus meandros. Aliado a

isso, a experiência docente tem mostrado que o ato de

escrever constitui tarefa complicada para o estudante na

elaboração do projeto de pesquisa e, de modo particular, na

elaboração do TCC. Por essa razão, recorremos a Teixeira

(2007) na análise do que denomina “três atos acadêmicos”:

estudar, ler e escrever.

A produção do conhecimento, na vivência da pesquisa,

articula-se, em nossas análises, aos atos de estudos, ler e

escrever. Notadamente, no processo de elaboração do quadro

teórico da pesquisa, é necessário que o pesquisador, iniciante

ou não, tenha sólido conhecimento da temática do estudo para

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justificar sua relevância e pertinência na pesquisa. Razão por

que inserimos nesta parte do estudo a discussão do tema em

referência. A perspectiva é de que você, ao organizar o

referencial teórico de sua pesquisa, dinamize seu processo de

estudo, tornando proveitosas as leituras feitas para o

desenvolvimento de seu projeto de pesquisa.

Para saber mais acesse:

http://www.ess.ips.pt/_downloads/trab_cientificos.pdf

http://www.pedagogiaemfoco.pro.br/met01.htm

Para produzir a revisão de literatura em seu projeto, é

necessário que você tenha conhecimento do que foi produzido

acerca do tema de estudo. Significa que você irá dialogar com

vários autores que escreveram/escrevem sobre seu objeto de

estudo. Neste processo é importante buscar fontes

diversificadas (livros, periódicos, sites, entre outros) que

focalizem seu problema de pesquisa. Significa, também, que a

sua leitura deverá ser crítico-analítica, de modo que possa

acrescentar suas reflexões, contribuindo com a produção do

conhecimento.

A revisão de literatura consiste no levantamento e na análise

do que foi publicado acerca do problema de pesquisa.

“[...] a revisão tem papel essencial no

trabalho científico, pois através dela seu

trabalho se insere nas discussões sobre a

temática. A revisão de literatura mostra

sua familiaridade com o tema de estudo”.

33

Ao produzir a revisão de literatura o pesquisador [...] deverá

realizar uma interpretação do fenômeno, analisando

criticamente as diversas concepções e perspectivas

apresentadas, mediante referência a tudo o que se escreve

sobre ele (RICHARDSON, 1999, p.60). Nesta parte do trabalho

é indispensável que o pesquisador explicite o seu pensamento,

suas idéias e conhecimentos acerca do objeto de estudo, tendo

como referências o que foi produzido na área. A tarefa de

produzir o referencial teórico da pesquisa carece de

aprofundamento de estudos para que o pesquisador defina de

forma precisa seu objeto de estudo.

Atenção!

A má qualidade da revisão de literatura

compromete todo o estudo, uma vez que esta não

se constitui uma seção isolada, mas, ao contrário,

tem por objetivo iluminar o caminho a ser seguido

pelo pesquisador, desde a definição do problema

até a interpretação dos resultados (ALVES

MAZZOTTI, 2006, p.26).

3.2. Aspectos Essenciais na Construção do Referenci al

Teórico da Pesquisa: Estudar, Ler e Escrever

Ao longo do estudo desenvolvido nesta seção, evidenciamos

que a revisão de literatura resulta do estudo aprofundado do

tema pesquisado. Neste processo, o pesquisador, para

construir uma revisão de literatura de qualidade, envolve-se

numa contínua busca do conhecimento através do estudo e da

leitura. No caso específico do pesquisador iniciante, construir o

referencial teórico da pesquisa parece uma tarefa bastante

árdua. Cabe assinalar que o estudo aprofundado do tema,

alicerçado em fontes diversas pode, progressivamente,

assegurar ao pesquisador o desenvolvimento de suas

34

capacidades de análise e de teorização sobre o seu problema

de pesquisa.

Para refletir

Acreditamos, portanto, que os atos de estudar, ler e escrever

merecem atenção especial na formação de profissionais da

administraçaõ. Por isso, permitimo-nos recorrer às reflexões de

Teixeira (2007), no que concerne aos atos de estudar, ler e

escrever. A intenção é oferecer ao leitor/cursista subsídios para

selecionar de modo competente a literatura relevante para sua

pesquisa.

3.2.1. Sobre estudar

É comum os estudantes afirmarem que estudam bastante e

não conseguem aprender. Essa situação parece revelar que o

ato de estudar requer do sujeito que estuda habilidades de

organização e de disciplina, uma vez que o sujeito estuda

para aprender. Implica, pois, pensar as situações de estudo

de modo que sejam proveitosas e representem espaços para

compreender e refletir sobre o conhecimento. Teixeira (2007,

p.25) analisa três aspectos importantes para disseminar o

estudar e o aprender:

ESTUDAR E APRENDER

Atenção : refere-se à capacidade de concentração.

Memória : a memorização constitui processo que possibilita a

reorganização do conhecimento.

Associação de idéias :

“[...] capacidade que possibilita ao

estudante relacionar e evocar fatos e

idéias [...].”

35

Na vivência acadêmica, particularmente através da pesquisa, o

ato de estudar proporciona familiaridade com os temas

investigados, assim como o desenvolvimento da maturidade na

relação com o conhecimento. Para tanto, é preciso construir o

hábito do estudo como estratégia para fortalecer sua relação

com a pesquisa e com a produção do conhecimento. Nesta

direção, Teixeira (2007) sugere que o estudante planeje o

tempo e o local de estudo, criando rotinas organizadas que

resultarão no aprofundamento do conhecimento.

Na elaboração de seu projeto de pesquisa, organize suas

rotinas de estudo, estabelecendo diariamente o tempo de

estudo, organizando o local e o material necessário.

Construir o referencial teórico da pesquisa é produzir

conhecimentos.

3.2.2. Sobre ler

A leitura constitui atividade essencial na produção do

conhecimento. Escrever um texto, freqentemente, tem sido

apontado no meio acadêmico como uma tarefa bastante difícil.

De fato, escrever pode tornar-se tarefa penosa e complicada se

você dispensar a produzir um texto sem fazer/ter leitura

aprofundada do tema.

ATENÇÃO

Necessitamos, para produzir qualquer

trabalho, desenvolver a técnica de leitura

[...]. A leitura envolve a prática de dar

significado ao mundo que nos cerca [...].

(TEIXEIRA, 2007, p.27)

Sua leitura deve

ser crítica para

compreender o

pensamento do

autor, a validade

ou equívocos no

conteúdo

abordado.

36

Para saber mais

Procure informações na ABNT em relação a:

- citação;

- referências bibliográficas;

- digitação de textos científicos.

A leitura, como prática social, tem diferentes finalidades. Por

exemplo, lemos para nos divertir, para entreter, para nos

informar, para aprender, entre outros. A leitura, segundo os

propósitos deste texto, deve configurar-se como atividade

intencional e planejada de busca do conhecimento. Desse

modo, requer o desenvolvimento do ato de ler de forma crítico-

analítica. Azevedo (2001) afirma que ler para entender supõe:

• Conhecer o texto (pré-leitura);

• Perceber o sentido do texto;

• Identificar através da leitura aspectos importantes ao tema

estudado;

• Analisar o conteúdo.

Para saber mais leia:

AZEVEDO, I. B. de. O prazer da produção científica para

trabalhos acadêmicos . São Paulo: Agnos, 2001.

3.2.3 Sobre Escrever

A redação do texto científico deve ocorrer observando as

normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

Escrever um texto é uma aprendizagem, e consolida-se através

do estudo, da leitura. O texto científico, a exemplo dos demais,

requer clareza, embasamento teórico e foco na questão

37

estudada. Azevedo (2001, p. 21), ao discutir a redação de

textos científicos, analisa dez princípios que asseguram a boa

comunicação. À guisa de ilustração, analisaremos apenas

cinco, deixando o convite para que você busque a leitura da

obra referenciada.

Clareza : Devemos lembrar que escrevemos para ser lido e,

por isso, a nossa escrita deve ser inteligível para facilitar a

interpretação. Dessa forma, o texto torna-se agradável,

mobilizando o leitor.

Correção : Ao escrever um texto é importante observar os

aspectos gramaticais para produzir uma linguagem correta.

Encadeamento : O texto não é feito de frases soltas. Deve

haver uma ligação dinâmica entre frases, parágrafos.

Precisão: É recomendável evitar frases e palavras ambíguas

para evitar não comprometer a comunicação.

Originalidade : Original é um texto criativo que envolve o leitor,

evitando frases feitas.

Para saber mais acesse:

http://www.dqi.ufms.br/~mestrado/guia2.html

http://www2.unemat.br/rhycardo/download/redacao_cientifica.p

df

Inteligível �

Claro �

Transparente

38

39

UNIDADE 4 – DESCREVENDO A TRAJETÓRIA METODOLÓGICA DA PESQUISA

4.1. Abordagem da Pesquisa 40 4.2. O Contexto da Pesquisa 41 4.3. Interlocutores da Pesquisa 41 4.4. A Produção dos Dados da Pesquisa 43 4.5. Análise dos Dados 45 4.6. Cronograma 46

40

4.1. ABORDAGEM DA PESQUISA

Ao caracterizar o percurso metodológico da pesquisa é

necessário esclarecer acerca do tipo de estudo que se

pretende desenvolver, informando se realizar-se-á um estudo

qualitativo, quantitativo ou quali-quantitativo. É importante,

ainda, esclarecer quanto ao delineamento da investigação,

classificando a pesquisa quanto aos objetivos do estudo (A

pesquisa é descritiva? Explicativa? Exploratória?).

Para ilustrar, apresentamos o recorte de uma metodo logia de pesquisa

O CAMINHO METODOLÓGICO

A pesquisa

Descrever o caminho metodológico de uma pesquisa significa revelar a relação entre o objeto de investigação e a natureza da pesquisa a ser desenvolvida. Por isso, nossa proposta de pesquisa, considerando as peculiaridades do objeto de estudo, insere-se no paradigma qualitativo. Assim, optamos, dentro dessa modalidade de investigação, pelo estudo de caso.

A respeito da pesquisa qualitativa, Lüdke e André (1986) pontuam que esta deverá ter como fonte de dados o ambiente natural, requerendo que o pesquisador mantenha, através de trabalho de campo, contato direto e intensivo com o ambiente e a situação investigada.

Corroborando essa análise, Triviños (1992) reconhece a adequação da pesquisa qualitativa às investigações cujos dados não podem ser quantificados. Considera que neste tipo de pesquisa o pesquisador tem um importante papel, e situa o estudo de caso como um dos tipos mais relevantes, no âmbito da pesquisa qualitativa.

Entendemos que o estudo de caso se adequa à nossa proposta de estudo por possibilitar (segundo Lüdke e André, 1986):

• A apreensão do objeto de estudo de forma contextualizada: o problema é estudado no ambiente natural onde se situa.

41

• A revelação da multidimensionalidade do problema: o problema não é visto de forma isolada, mas sim, a partir de suas várias dimensões.

• A utilização de fontes variadas de informação: o pesquisador poderá fazer a coleta de dados utilizando técnicas variadas, coletando as informações em momentos e situações diferentes.

4.2. O Contexto da Pesquisa

Nesta parte você irá descrever o contexto institucional da

pesquisa. Trata-se de informar onde a pesquisa será realizada,

justificando sua decisão em relação a este aspecto. A esse

respeito, recomendamos apresentar os critérios para escolha

do lócus da pesquisa. O acesso ao contexto da pesquisa deve

ser negociado através da apresentação dos objetivos de

estudo.

Dica importante

Acesse, para ler mais sobre pesquisa:

http://www.scielo.br/pdf/cp/n115/a05n115.pdf

4.3. Interlocutores da Pesquisa

Nesta seção informamos sobre a população-alvo da pesquisa,

discriminando os critérios utilizados para selecioná-la. Na

pesquisa qualitativa pesquisador e pesquisados mantém uma

relação interativa e, por essa razão, o contato inicial com os

interlocutores da pesquisa constitui espaço-tempo para

apresentar o objeto de estudo, solicitando a adesão à pesquisa

(ver termo de consentimento).

42

TERMO DE CONSENTIMENTO

Eu,...........................................................................................,

Identidade RG n. .................................. SSP/....., e CPF n.

................................................, concordo em participar,

voluntariamente, da pesquisa: ................., tendo pleno

conhecimento das informações que li ou que foram lidas para

mim, pertinentes ao trabalho de pesquisa citado. Também

ficaram devidamente claros para mim quais são os propósitos

do trabalho de pesquisa, os procedimentos a serem realizados,

bem como as garantias referentes ao caráter confidencial de

minha identidade. Ficou claro também que minha participação

é isenta de despesas. Por fim, estou ciente de que a utilização

das informações por mim prestadas ficará restrita à

mencionada pesquisa.

Teresina – PI, .......... de ..................................... de 2009

Assinatura : .............................................................................

Pense... Invente...

Você pode criar um modelo de termo de consentimento

adequado à sua pesquisa. Use a criatividade.

Como é possível perceber, pensar a definição/seleção dos

interlocutores do estudo exige considerar os objetivos da

pesquisa. Neste sentido, é válido questionar:

43

Com quem dialogar no estudo, considerando a natureza do

problema da pesquisa?

Que critérios utilizar para selecionar os sujeitos do estudo?

Vamos desenvolver pesquisa com ou sobre os sujeitos?

4.4. A Produção dos Dados da Pesquisa

Nesta parte do estudo informamos sobre as técnicas e

instrumentos a serem utilizados na pesquisa, descrevendo

como serão empregados e com qual finalidade. É interessante

fazer uma descrição pormenorizada do processo de produção

dos dados. Por exemplo, se você utilizar a entrevista, deverá

explicar o tipo de entrevistas que fará e com qual objetivo será

utilizada na pesquisa.

[...] É importante deixar claro os critérios de

escolha dos instrumentos, assim como que

informações você pretende obter a partir da

utilização deles. É interessante destacar também

como será aplicado o instrumento escolhido

(GONSALVES, 2003, p. 71-72).

PARA EXEMPLIFICAR

Coleta de dados

Os dados desta investigação serão coletados a partir da conjugação de técnicas de observação e de entrevista, buscando a apreensão dos fatos, contemplando as diferentes situações em que ele poderá ocorrer

Sites importantes:

http://www.periodicos.capes.gov.br/portugues/index.jsp

http://www.prossiga.br/

44

Observação

A opção pela técnica de observação tem como suporte a idéia de que ao realizar a observação, o observador partilha de diferentes situações vivenciadas no locus da pesquisa, acompanhando as experiências dos sujeitos envolvidos no estudo. Essa técnica representa um espaço em que se efetiva o contato direto do pesquisador com a situação investigada e com o ambiente da pesquisa. Daí entendermos ser importante o desenvolvimento de observação na escola e, particularmente, dentro da sala de aula, destacando-se os aspectos relevantes e pertinentes ao objeto de estudo.

Entrevista

A entrevista constitui-se importante meio de coleta de dados, permitindo que, de forma objetiva, haja a captação dos dados pertinentes ao estudo. Para o desenvolvimento desta pesquisa, pretendemos empregar a entrevista semi-estruturada.

DICA

Ao definir técnicas e instrumento da pesquisa, explicite os

critérios que utilizar ao selecioná-los.

Chat

Para participar do chat, analise os seguintes aspectos

referentes à elaboração do projeto de pesquisa:

• Importância da elaboração do projeto na pesquisa científica;

• Elementos constitutivos da introdução do projeto de

pesquisa;

• Aspectos a serem considerados na elaboração da revisão

de literatura.

Sugestão

A pesquisa e o diário de bordo

O diário de bordo pode ser utilizado como um recurso para

coletar dados na pesquisa, mas, também, pode servir para o

pesquisador registrar suas observações. Neste caso,

45

sugerimos que no desenvolvimento da pesquisa, utilize o diário

de bordo para registro das situações observadas, das leituras

feitas e do desenrolar da pesquisa. A partir de suas anotações

no diário de bordo será mais fácil e mais proveitoso escrever o

relatório de pesquisa (TCC).

ATIVIDADE 2

Para a realização da atividade 2, sugerimos a seguinte leitura:

SANTOS, A. R. Metodologia científica : a construção do

conhecimento, Rio de Janeiro: DP8A, 1999.

Questões propostas:

→Tomando como referência seu item de pesquisa, elabore um

texto, explicitando:

→Tipo de estudo que pretende desenvolver;

→O contexto de desenvolvimento da pesquisa (onde pretende

realizar a pesquisa);

→Sujeitos da pesquisa (com quem pretende dialogar);

→Como os dados da pesquisa serão produzidas (que métodos,

técnicas e instrumentos irá utilizar).

Deposite a atividade na base de dados.

4.5. Análise dos dados

Nas reflexões empreendidas neste estudo realçamos a

pesquisa como um processo racional e sistemático que requer

planejamento cuidadoso em suas diferentes etapas. Na etapa

de análise de dados, por exemplo, o pesquisador vivencia

diferentes momentos que envolvem:

46

� Organização dos dados produzidos na pesquisa: esta etapa

exige leituras e releituras dos dados.

� Definição do tipo de tratamento que terão os dados.

O processo de análise dos dados, segundo Pádua (1996, p.

74), deve considerar os seguintes aspectos:

� Pertinência: verificar se os dados produzidos correspondem

aos objetivos da pesquisa;

� Relevância: observar se os dados produzidos são, de fato,

relevantes para o estudo;

� Autenticidade: autores e obras consultadas devem ter relação

com o tema. A pesquisa deve buscar informações originais e

atualizadas.

Na literatura sobre pesquisa científica (RICHARDSON, 1999)

você encontra vasta discussão referente ao processo de

análise dos dados. Trata-se de um importante momento da

pesquisa, que pode ocorrer de forma paralela à produção dos

dados.

http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S010015742002000100005

&script=sci_arttext

4.6. Cronograma

O processo de planejamento da pesquisa exige a delimitação

do tempo de desenvolvimento do estudo. Para tanto, é

necessário elaborar um cronograma, sequenciando as

diferentes atividades a serem vivenciadas no transcurso da

pesquisa.

47

Aspectos a serem contemplados no cronograma:

• Revisão do projeto;

• Revisão da literatura;

• Elaboração de instrumentos da pesquisa;

• Testagem dos instrumentos;

• Produção dos dados;

• Análise dos dados;

• Elaboração do relatório da pesquisa.

48

49

UNIDADE 5: ESQUEMATIZANDO O PROJETO DE PESQUISA

5.1 Esquema para Apresentação do Projeto de Pesquisa

50

5.2 Formatação do Projeto 53 Atividade 59 5.3 Referências e Citações 67

50

UNIDADE 5: DESCREVENDO A TRAJETÓRIA

METODOLÓGICA DA PESQUISA

5.1 Esquema para Apresentação do Projeto de Pesquis a

O projeto deve conter: a) Título; b) Introdução, constando

problemática do estudo, justificativa e objetivos; c) Referencial

teórico; d) Metodologia; e) Cronograma; e f) Referências. A

forma gráfica de apresentação do projeto não se orienta por

modelo padrão. Desse modo, é provável que você se defronte

com modelos diversificados. No contexto deste estudo,

sugerimos uma forma de organização do projeto, conforme

descrição a seguir:

Instituição

Título/subtítulo

Nome

Local Ano

CAPA

A capa de conter informações referentes a: → Instituição;

→ Título e subtítulo do

trabalho (se houver);

→ Nome do Autor;

→Local e ano.

51

AUTOR

TÍTULO

Projeto de pesquisa junto a como requisito para...

Orientador

Folha de rosto

Contém informações

relativas ao projeto e as

suas finalidades.

SUMÁRIO

TEMA ______________________________ 01 INTRODUÇÃO _______________________ 02 OBJETIVOS _________________________ 08 REVISÃO DE LITERATURA______________10 METODOLOGIA_______________________ 10 CRONOGRAMA_______________________11 REFERÊNCIAS_______________________ 13

INTRODUÇÃO

Apresentação do problema

investigado e seu relacionamento

com outros trabalhos; explicita os

aspectos que justificam a pesquisa.

Nesta parte encontramos a

formulação do problema (dúvida ou

informação) e a delimitação dos

objetivos.

Indica a estrutura do

trabalho, informando a

sequenciação das

diferentes seções que o

compõem.

Uma introdução

bem escrita é um

convite à leitura

do trabalho.

52

OBJETIVOS

Referem-se aos resultados que se

espera conseguir com a

investigação.

REVISÃO DE LITERATURA

- Visa a subsidiar a interpretação dos dados e informações a serem apresentados no decorrer do trabalho; A revisão da literatura deve contemplar a literatura produzida na área, indicando o estado da arte.

METODOLOGIA

Refere-se às atividades necessárias

para a produção dos dados da

pesquisa. Cabe ao pesquisador

realizar uma descrição completa da

metodologia utilizada.

O problema

vincula-se ao

objetivo geral da

pesquisa.

No projeto a

metodologia

indica o caminho

a ser trilhado.

53

5.2 Formatação do Projeto

IMPRESSÃO E DIGITAÇÃO DO PROJETO

O projeto deve ser impresso em folha A4, de dimensões 21,0 x

29,7 cm. É aconselhável o uso do papel branco, devendo

utilizar-se apenas um dos seus lados e tinta de cor preta. A

fonte utilizada pode ser escolhida entre Times New Roman e

Arial, com tamanhos 12.

CRONOGRAMA

Estabelece relação entre as

atividades do projeto e o tempo de

sua realização.

REFERÊNCIAS

Relação de referências

bibliográficas das publicações

citadas no texto. Devem ser

ordenadas em ordem alfabética,

observando a Norma NBR 6023

(2000).

Quanto tempo

para realizar a

pesquisa?

Seguir as

orientações da

ABNT.

54

Sobre o espacejamento:

- Entre as linhas do texto: espaço 1,5 cm;

- Entre as linhas das referências bibliográficas, notas de rodapé

e citações textuais longas: espaço simples.

Sobre as margens:

- Superior: 3,0 cm;

- Esquerda: 3,0 cm;

- Direita: 2,5 cm;

- Inferior: 2,5 cm;

- De parágrafos: 2,0 cm, a partir da margem esquerda;

- De citação longa: 4,0 cm, a partir da margem esquerda; e 1,0

cm de parágrafo.

5.3 Referências e citações

O que são Referências?

Conjunto padronizado de elementos descritivos retirados de um

documento que permitem a sua identificação individual (NBR

6023, 2002, p.2).

O trabalho científico, de acordo com as reflexões

desenvolvidas neste estudo, fundamenta-se em estudos

desenvolvidos acerca do problema da pesquisa, visando a

conhecer o que tem sido produzido na área ou revelando as

prováveis lacunas do conhecimento construído sobre a

temática. A partir dessa lógica, ao redigir um trabalho

acadêmico-científico, o autor deve referenciar as obras citadas

no texto, observando o disposto na NBR 6023, 2002.

55

No que concerne à organização das referências, sugerimos

organizá-las em ordem alfabética. Para que você compreenda

a elaboração de referências, apresentamos alguns exemplos

ilustrativos, organizando-os de acordo com o tipo de referência

pertinente às citações existentes no texto científico.

Formatos das Referências:

→→→→ Monografia no todo (livros, dissertações, teses, e ntre

outros)

Autor. Título : Subtítulo. Ano e número de folhas ou volumes.

(Grau e área de concentração). Edição. Local: editora e data.

Exemplo:

COLLIS, Jill: HUSSEY,Roger.Pesquisa em administração : um

guia prático para alunos de graduação e pós-graduação. 2 ed.

Porto Alegre: Bookman,2005.

→→→→ Publicações em Periódicos

Autor do artigo. Título do artigo. Título da revista . Local de

publicação. Número do volume, número do fascículo, páginas

inicial-final, mês e ano.

Exemplo:

GODOY, Arida Schmidt. Pesquisa qualitativa: tipos

fundamentais. Revista de Administração de Empresas . São

Paulo, v.35, n.3, p.20-29, mai/jun,1995.

56

→→→→ Livro no todo com um autor

Autor. Título . Edição. Local de publicação: editora, ano.

Paginação ou volume.

Exemplo:

ROESCH, Sylvia Azevedo. Projetos de estágio e de pesquisa

em administração : guia para estágios, trabalhos de

conclusão, dissertações e estudo de caso. 3. Ed., São Paulo:

Atlas. 2 ed. Porto Alegre: Bookman, 2005

Observação importante:

Para autoria de até três autores, todos devem ser colocados,

seguindo as mesmas orientações indicadas no exemplo

anterior e separados por ponto e vírgula. No caso de mais de

três autores, colocar o nome do primeiro seguido de et. al.

Exemplos:

BIANCHETTI, Lucídio; MACHADO, Ana Maria Netto (orgs).

Bússola de escrever: desafios e estratégias na orientação

de teses e dissertaçõess. Florianóppolis: UFSC; São Paulo:

Coortez, 2002

HAIR JR., Joseph F. et al. Fundamentos de métodos de pesquisa emm administração. Porto Alegre: Bookman, 2005.

Referência com dois autores

Referência com mais de três autores

57

→→→→ Capítulo de livro

Autor. Título/do capítulo. In: referência da obra no todo.

Paginação.

Exemplo

BRITO, Antonia Edna. Formar Professores: rediscutindo o

trabalho e os saberes docentes. In: MENDES SOBRINHO,

José Augusto de Carvalho; CARVALHO, Marlene Araújo de

(Org). Formação de professor e práticas docentes : olhares

contemporâneos. São Paulo: Autêntica, 2006. p. 40-53.

→→→→ Documentos Eletrônicos

Autor. Título EXEMPLO ou descrição genérica do conteúdo.

Endereço eletrônico. Data de acesso.

LAMPERT, Magdalene. How do teachers manage to teach? :

Perspectives on problems in practice. Harvard Educational

Review, v 55 (2), may 1985, p. 178-194. Disponível em: <http: //

www.personal.umich.edi/~mlampert/lampert/publications.htm.>

Acesso em: 04 jun. 2005: 15:30:10

CONSELHO ÚTIL

Procure ampliar seus conhecimentos sobre como fazer

citações e referências, acessando:

http://www.bu.ufsc.br/home982.PDF

http://www.prto.mpf.gov.br/pub/geral/normas_cit.pdf

http://biblioteca.escolarosaviterbo.pt/normas.pdf

58

O que são citações?

A citação é “[...] menção, no texto, de uma informação extraída

de outra fonte (NBR 10520: 2002), podendo aparecer no corpo

do texto ou em nota de rodapé. A citação apresenta-se em três

formatos:

→ Citação direta : apresenta o conteúdo original do texto, ou

seja, é uma transcrição literal das idéias do autor. Em seu

formato, a citação direta pode ser longa ou curta. A citação

curta (até três linhas) permanece incorporada ao parágrafo,

sendo destacada por aspas. A citação longa deve ser posta em

novo parágrafo, começando a 4 cm da margem esquerda, em

letra menor que a do texto, sem aspas.

Exemplo de citação curta:

Na acepção de Imbernón (2000), o conhecimento profissional

docente é de natureza polivalente, dinâmico, construído e

reconstruído de forma permanente no percurso profissional dos

professores, na relação teoria/prática. Situa o conhecimento

profissional docente como vital no processo de profissionalização

docente e afirma: “Existe, é claro, um conhecimento pedagógico

especializado unido à ação e, portanto, é um conhecimento

prático [...]”.

Exemplo de citação longa:

Dessa forma, resgata a importância de se considerar o professor em sua própria formação, num processo de autoformação, de reelaboração dos saberes iniciais em confronto com a prática vivenciada. Assim, seus saberes vão se constituindo a partir de uma reflexão na e sobre a prática. Essa tendência reflexiva vem-se apresentando como um novo paradigma na formação de professores [...] (NUNES, 2001, p. 30).

Como fazer uma

citação?

59

→ Citação indireta: corresponde à paráfrase; contém a idéia

do autor traduzida nas palavras de quem escreve o texto, por

exemplo:

A educação para a cabeça bem-feita transcende a

acumulação de conhecimentos, é um processo longo que

responde aos desafios da sociedade complexa e

globalizada (MORIN, 2004).

→ Citação da citação: corresponde a citação da obra cujo

acesso foi impossível. Emprega-se, neste caso, a expressão

apud, que significa “citado por”.

Exemplo:

O professor é a pessoa. E uma parte da pessoa é o

professor (NIAS apud NÓVOA, 1992, p. 25).

http://www.ufrgs.br/faced/setores/biblioteca/citacoes.html

http://www.unifev.edu.br/canais/alunos/abnt/ABNT%20-

%20CITACAO.pdf

Atividade prática (Fórum)

(A atividade deve ser realizada com a orientação do tutor)

Leia o texto complementar, apresentado a seguir, analisando-o

a partir dos seguintes aspectos:

- Objetivo do estudo;

- Relevância do estudo;

60

- Adequação à ABNT no que refere a Referências e citações;

- Partes que compõem o texto;

- Origem do estudo;

- Contribuições nas análises sobre a temática abordada.

Registre suas análises no Fórum.

61

PENSAR A FORMAÇÃO DOCENTE CONSIDERANDO A

COMPLEXIDADE DA PRÁTICA DE ENSINAR

Antonia Edna Brito – UFPI

Maria da Glória Soares Barbosa Lima – UFPI

A sociedade contemporânea está envolta em

diversificados e complexos processos de transformações. A

rigor, essas transformações afetam a maneira como nos

organizamos, como trabalhamos, como nos relacionamos

social e profissionalmente e, por que não, até mesmo a forma

como aprendemos e como ensinamos. Implica, dessa forma,

assimilar que essas transformações afetam a educação dos

seus homens, requerendo, nessa perspectiva, uma

ressignificação da formação de docente.

Consequentemente, essas mudanças refletem mais

intensamente sobre duas importantes vertentes: no ambiente

educacional escolar, que formalmente é encarregado de formar

nossos cidadãos e cidadãs para conviverem e atuarem no

contexto dessa nova ordem social que está posta; e, por

decorrência natural, em direção às agências formadoras de

professores, alertando-as acerca da responsabilidade que lhes

compete de tomarem a si, diante das atuais circunstâncias, a

complexa tarefa de redefinição da docência enquanto

profissão, o que segundo Imbernón (2000, p. 9), requer outros

pontos fundamentais:

[...] uma nova forma de ver a instituição educativa, as novas funções do professor, uma nova cultura profissional e uma mudança nos posicionamentos de todos os que trabalham na educação e, é claro, uma maior participação social do docente.

62

É necessário, pois, considerar essa problemática e

os fatores que a envolvem, partindo do exercício da reflexão

crítica do próprio professor sobre si mesmo e sobre o papel

dessa formação como algo que transcende apenas a idéia de

mera preparação formal para assumir a docência, encarando-a

na perspectiva de desenvolvimento profissional, ou seja, numa

dimensão mais abrangente. Segundo Simões e Ralha Simões,

conceber a formação nessa dimensão:

[...] implica, dentre outros fatores, uma reformulação da própria identidade psicossocial e inclui, além dos elementos de ordem individual, as circunstâncias contextuais decorrentes de um determinado quadro formativo (1997, pág. 48).

A concepção de formação assim perspectivada, a

partir de referencial de complexidade, traduz-se como um

processo de produção do desenvolvimento de habilidades,

atitudes pessoais e profissionais, bem como de um campo de

conhecimentos próprios à tarefa de ensinar. Ademais,

configura o docente como profissional cuja tarefa vai além da

mera transmissão de conteúdos produzidos por outrem. No

caso, referimo-nos às competências e aos saberes inerentes

(necessários) ao ofício docente.

Percebemos, nesse contexto, que a formação de

professores tem sido alvo de muitos estudos, de muitas

pesquisas e de muitos debates, tendo como um dos

importantes objetos de reflexão a racionalidade dos saberes

docentes, as competências e as habilidades requeridas ao

educador para vivenciar de modo competente o exercício da

docência.

Dessa forma, pensar a formação docente exige

investir na construção de propostas formativas que extrapolem

63

a racionalidade instrumental e tecnocrática. O exercício da

docência, nessa análise, requer muito mais que domínio de

saberes cristalizados na tradição pedagógica. Constitui-se

numa atividade que requer profissionais como sujeitos políticos

e, portanto, capazes de construir uma prática reflexiva e

politizada.

Assim, falar sobre formação docente demanda

considerar que a realidade social acentua os desafios quanto à

identidade profissional do(a) professor(a), relevando a

necessidade de que esta se efetive numa perspectiva

multirreferencial para “dar conta” da complexidade e da

especificidade do trabalho docente. Portanto, a formação

profissional do professor deve ter como referência tanto as

condições sociais e históricas da profissão quanto a

natureza/especificidade do ato de ensinar.

É nessa perspectiva que as análises/reflexões aqui

empreendidas, resultantes de nossos estudos empíricos,

voltam-se para realçar que a formação profissional do

professor deve ser tecida articulando, numa mediação

reflexiva, os processos formativos às peculiaridades do

trabalho docente, potencializando que nesses processos ocorra

a construção de saberes significativos para o desenvolvimento

das práticas de ensinar.

Assim ocorrendo, a referida formação poderá ampliar

a capacidade criativa do professor, possibilitando a construção

de habilidades para pensar soluções criativas e eficientes no

enfrentamento da problemática inerente ao seu exercício

profissional.

64

Nessa compreensão, o professor está no patamar de

sujeito de interações que concretiza, no diálogo, nas relações

com a prática, a construção de saberes que podem subsidiar

sua ação no âmbito da sala de aula. Compreendemos, pois,

que a formação docente, articulada à realidade da prática de

ensinar, demarca que a docência constitui-se numa atividade

que envolve uma gama de diversificados objetivos, requerendo

do professor a posse de saberes plurais e contextualizados.

Além dessa compreensão, realçamos, por um lado, o

entendimento de que a formação inicial do professor não se

encerra com a conclusão de um curso, mas essa formação é

percebida como processo dinâmico e contínuo que se amplia e

se ressignifica na vivência da profissão, espaço em que/onde

os saberes da formação são retraduzidos.

Por outro lado, entendemos que discutir sobre

formação de professores implica revisar e ampliar a

compreensão de prática pedagógica. Significa refletir sobre a

necessidade de articulação entre teoria e prática,

compreendendo a trajetória profissional, vivenciada no contexto

da sala de aula, como uma via possibilitadora de

aprendizagens significativas sobre a profissão. Representa,

ainda, entender que a experiência docente configura-se como

importante elemento no processo de desenvolvimento pessoal

e profissional do professor. No entanto, a esse respeito,

Guarnieri (2000) alerta que esses pressupostos não são

suficientes para se evitar a unilateralidade e os reducionismos

sempre presentes quando se trata a questão da formação do

professor, ora dando-se excessivo peso ao conhecimento

teórico-acadêmico, ora às questões postas pela prática

pedagógica.

65

Na acepção de Imbernón (2000), o conhecimento

profissional docente está relacionado à especificidade da

profissão docente. Em sua análise, esse conhecimento é de

natureza polivalente, dinâmica, construída e reconstruída de

forma permanente no percurso profissional dos professores, na

relação teoria/prática. Situa o conhecimento profissional

docente como vital no processo de profissionalização docente

e afirma:

Existe, é claro, um conhecimento pedagógico especializado unido à ação e, portanto, é um conhecimento prático, que é o que diferencia e estabelece a profissão e que precisa de um processo concreto de profissionalização.

Acreditamos que a formação de professores, nesse e

em outros momentos da educação brasileira, representa um

grande desafio. Em razão desse fato, os estudos sobre

formação docente têm avançado e apontam novas questões

para investigação, sugerindo, inclusive, que os processos

formativos devem incorporar o diálogo com as práticas

docentes desenvolvidas nas escolas. Assim, atualmente as

pesquisas sobre formação docente estão marcadas por

enfoques que privilegiam a prática docente e os saberes dos

professores, despontando na literatura estudos que valorizam

os saberes da experiência, apresentando como novo

paradigma formativo a perspectiva reflexiva.

Nunes (2001, p. 30), ao discutir sobre os saberes

docentes e a formação de professores, reconhece que pensar

num modelo de professor demanda realçar a contextualização

dos saberes docentes, bem como demanda observar as

condições históricas e sociais de exercício profissional,

considerando que

66

Dessa forma, resgata a importância de se considerar o professor em sua própria formação, num processo de autoformação, de reelaboração dos saberes iniciais em confronto com a prática vivenciada. Assim, seus saberes vão se constituindo a partir de uma reflexão na e sobre a prática. Essa tendência reflexiva vem-se apresentando como um novo paradigma na formação de professores, sedimentando uma política de desenvolvimento pessoal e profissional dos professores e das instituições escolares.

É certo, enfim, que se manifesta a necessidade de

pensarmos a formação docente como um desafio possível.

Trata-se de pensar o professor como sujeito de um fazer, de

um pensar, e de um saber. Trata-se, também, de entender

como eixo principal na formação docente a articulação

teoria/prática, reconhecendo que os professores aprimoram

suas práticas através das experiências cotidianas.

Pressupomos, conforme argumenta (DIAS-da-SILVA, 1998),

que há necessidade de formar professores(as) preparados

para construção da cidadania no âmbito da sala de aula,

abertos às transformações da sociedade e da escola, sendo,

portanto, intelectuais críticos e reflexivos.

Certamente o momento é para realçarmos que a

formação docente não se concretiza no vazio. Toda formação

possui uma intencionalidade política ou epistemológica. Diante

do exposto, entendemos que tal formação necessita extrapolar

a simples preparação técnica para o exercício da docência. Em

nosso entendimento, ela deverá formar um profissional tendo

como referência o caráter multirreferencial do fenômeno

educativo e das práticas de ensinar. É preciso, portanto,

aprofundar e reconstruir a formação profissional docente.

67

REFERÊNCIAS

DIAS-DA-SILVA, M. H. G. F. O professor e seu desenvolvimento profissional: superando a concepção do algoz incompetente. Cadernos CEDES , nº. 44, abril, 1998.

GUARNIERI, Regina (Org.). Aprendendo a ensinar : o caminho nada suave da docência. Campinas, SP: Autores Associados, 2000.

IMBERNÓN, Francisco. Formação docente profissional: formar-se para a mudança e a incerteza. São Paulo: Cortez, 2000.

NUNES, Célia Maria Fernandes. Saberes docentes e formação de professores: um breve panorama da pesquisa brasileira. Educação & Sociedade , nº. 74, Campinas: Cedes, 2001.

SIMÕES, Carlos M. e RALHA SIMÕES, Helena. Maturidade pessoal, dimensões da competência e desenvolvimento profissional. In: SÁ-CHAVES, Idália (org.). Percursos de formação e desenvolvimento profissional. Porto: Porto Editora, 1997.

68

69

UNIDADE 6: REFLEXÕES SOBRE O TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO - TCC

6.1 Monografia: Caracterização 70 6.2 Estrutura da Monografia 73 6.3 Apresentação Gráfica da Monografia 77 Atividade 86 Referencias 87

70

UNIDADE 6: REFLEXÕES SOBRE O TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – TCC 6.1 MONOGRAFIA: caracterização

Este capítulo, como anunciado, apresenta um estudo

sobre Monografia. Descreve, por conseguinte, sobre o que é,

em que consiste, como se estrutura e se desenvolve um texto

monográfico dentro da pesquisa científica.

A monografia inclui-se em um grupo de textos escritos

denominados “textos acadêmicos e científicos”. São formatos

textuais que primam pelo rigor no que concerne ao emprego de

métodos e técnicas de pesquisa, assim como são

extremamente cuidadosos e exigentes no que se refere à sua

produção e apresentação gráfica (SANTOS, 2004).

Podemos dizer, portanto, que Monografia designa um

tipo particular de trabalho científico, correlativo à dissertação de

mestrado ou à tese de doutorado (que também são textos

monográficos), diferenciando-se destes pelo alcance e

profundidade da discussão e, obviamente, pela dimensão do

texto escrito. Na verdade, é como expressa Hübner (1998, p.

19): “[...] de praxe, é esperado que as monografias sejam mais

simples, mais genéricas e menos profundas e especializadas

do que as dissertações de mestrado e teses de doutorado”.

Mas por que a denominação monografia? Porque sua

abordagem concentra-se em um assunto específico. Porque se

trata de um “[...] estudo por escrito de um só tema

exaustivamente estudado e bem delimitado” (HÜBNER, 1990,

p. 249), configurando-se, desse modo, como diz esse autor, a

sua origem etimológica do grego monos (que quer dizer um só)

+ graphein (que quer dizer escrever) = monografia. Ou seja,

71

compreende-se o termo monografia “como o estudo por escrito

de um só tema cientificamente trabalhado e bem delimitado”

(COSTA et al, 2006, p. 32).

O que é e em que consiste elaborar uma monografia?

Para responder a esta indagação, buscou-se apoio teórico em

Costa et al (2005, p.32), que traça a seguinte explicitação:

Escrever uma monografia é elaborar um texto científico (uma redação) baseada numa pesquisa, seja de campo, seja bibliográfica. Significa que a investigação é uma atividade paralela à elaboração da monografia.

A esse respeito, é como refere Salomon (1994, p. 212):

tanto a investigação quanto a elaboração do texto monográfico

revelam-se “[...] partes integrantes de um mesmo trabalho [...].

São dois processos intercambiáveis”.

Segundo Salomon (1977), a literatura traz em seus

registros que historicamente, o termo monografia origina-se em

Le Play (1806-1882), um engenheiro de minas que

desenvolveu estudos sobre fenômenos mineralógicos,

aplicando, para tanto, processos metodológicos, como requer

um verdadeiro método científico. Nesse sentido, acrescenta o

autor:

Localizamos na origem histórica da monografia aquilo que até hoje caracteriza essencialmente esse tipo de trabalho científico: a especificação, ou seja, a redução da abordagem a um só assunto, a um só problema. Mantém-se, assim, o sentido etimológico: monos (um só) e graphein (escrever): dissertação a respeito de um assunto único (SALOMON, 1977, p. 219).

Hübner (1990) concebe a monografia como um

eficiente meio de pesquisa que inicia o aluno na reflexão

acerca do conhecimento científico, cuja essência é a “posse”

72

do saber. Nessa perspectiva, depreende-se que o

conhecimento apresenta-se além dos fatos, o que implica dizer

que há momentos em que deixa de lado os fatos, em outros

momentos cria fatos novos, explicando-os, como assim o

concebe Bunge (2001).

A propósito, cita-se Demo ao referir-se a questões

relativas à produção do conhecimento científico. Para esse

autor “[...] o conhecimento é a habilidade de desvendar

desafios e realidades, de questionar o que se sabe para refazer

o saber, de criar horizontes próprios da informação, de reciclar-

se continuamente” (1993, p. 216).

A monografia é o relatório de pesquisa que se

apresenta, geralmente, de forma escrita, como exigência final

de uma disciplina ou mesmo de um curso. A finalidade desse

relatório, segundo Goldenberg (2005), é publicizar a pesquisa,

isto é, comunicá-la a um público mais amplo. Nesse sentido,

pode-se definir a monografia como um trabalho científico,

sistemático e completo, cuja finalidade precípua é apresentar

resultados de pesquisa desenvolvida.

Sintetizando e reforçando o exposto, acrescentamos

que a monografia representa um trabalho escrito, sistemático e

completo com tema específico de uma área do conhecimento.

No cursos de pós-graduação lato sensu, a monografia é a

etapa final para obtenção do título de especialista e nos cursos

de graduação (o curso de Pedagogia, por exemplo) recebe a

denominação de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC),

caracterizando-se como uma atividade curricular obrigatória,

portanto, um pré-requisito para a conclusão do curso e,

conseqüentemente, para a obtenção do título de Licenciado em

Pedagogia.

73

6.2 ESTRUTURA DA MONOGRAFIA

Do ponto de vista estrutural e organizacional, o

desenvolvimento de uma monografia segue todas as normas

exigidas na elaboração de trabalhos acadêmicos, com

destaque para o aspecto redacional, pois como explica

Boaventura (1993, p. 7), saber expressar o pensamento é uma

arte. A arte de bem ordenar as idéias é que confere clareza à

comunicação. Com base nesse entendimento, cita Jean

Guitton e seu segredo acerca da arte de bem exprimir as

idéias, associada a três momentos:

Partindo daí, eu ensinava aos meus alunos que o segredo de toda a arte de se expressar consiste em dizer a mesma coisa três vezes. Anuncia-se; desenvolve-se; finalmente, resume-se em poucas palavras. Em seguida, passa-se a outra idéia [...].

As monografias, a exemplo dos demais textos científicos

da mesma natureza, seguem num formato estrutural que deve

seguir determinadas regras para sua construção. Na verdade,

essas regras objetivam, mais concretamente, apoiar e orientar

a produção textual perspectivando a escrita de um texto

coerente e relevante cientificamente. Uma monografia

Para discutir no chat

No início desta unidade procuramos explicar em que consiste a monografia. Para tanto, recorremos a vários autores. Partindo das reflexões suscitadas através das leituras feitas, comente a seguinte pensamento: Escrever uma monografia é elaborar um texto científico (uma redação) baseada numa pesquisa, seja de campo, seja bibliográfica. Significa que a investigação é uma atividade paralela à elaboração da monografia.

74

acadêmica apresenta-se num modelo organizacional formal

para atender aos requisitos do gênero.

Assim, o desenvolvimento de uma monografia segue a

clássica estrutura tripartida de estudos acadêmico-científicos:

a) introdução; b) desenvolvimento; c) conclusão.

a) A introdução, compreendida como a primeira parte

da monografia, deve conter em seu teor redacional os

seguintes requisitos: justificativa, ou seja, explicação da

importância do alcance social do tema, isto é, sua importância

para a sociedade da investigação; apresentação sintética da

questão de pesquisa; indicação do quadro teórico-

metodológico utilizado na pesquisa, realçando sua pertinência

com o objeto de estudo; indicação dos materiais empregados;

alusão aos principais resultados da pesquisa; registro sucinto

das principais conclusões do estudo (AZEVEDO, 2001).

Na verdade, para bem redigir este item, vale seguir as

indagações de Boaventura (1993, p.16): “Como se faz, então,

uma boa introdução? Quais os requisitos? São os elementos

de uma futura teoria do anúncio.

Resumindo...

b) O desenvolvimento de uma monografia (ou TCC)

compreende a segunda parte da monografia e refere-se aos

tópicos e subtópicos que abordam o tema em discussão.

Na introdução , devem constar:

•Delimitação do assunto; •Justificativa da escolha do tema;

•Referencial teórico-metodológico subjacente à pesquisa; •Procedimentos adotados (fontes, problemas, hipóteses,

técnica de coleta e análise dos lados); •Limitações à realização do trabalho;

•Forma como o texto (desenvolvimento) está organizado.

75

Portanto, não tem um título específico, porém, um título

relacionado ao desenvolvimento dos tópicos a serem

abordados, discutidos ao longo da seção referente ao

desenvolvimento. Esta, inclusive, é uma das razões pelas quais

se recomenda não empregar como título da segunda parte da

monografia o termo “desenvolvimento”. Bezzon (2004, p.15)

assim discorre sobre o item desenvolvimento:

Trata-se do corpo do trabalho. É a parte em que serão

realizadas todas as discussões e reflexões referentes ao tema

proposto para estudo. Deverá sempre ser dividida em partes ou

capítulos para melhor organização geral do trabalho. O

conjunto dos capítulos forma o que estamos chamando de

desenvolvimento. Para melhor estruturação dessa parte,

podemos considerar três fases necessárias: explicação,

discussão e demonstração.

Resumindo...

c) A conclusão, configurada como a terceira parte da

monografia, correlativamente à introdução e ao

desenvolvimento, mostra-se em termos estruturais/reducionais

com características peculiares a esse item. Assim, na

conclusão “[...] são retomadas, de forma sintética, as principais

argumentações apresentadas nas primeiras partes do trabalho,

estabelecendo correlações entre as idéias até o resultado final”

(BEZZON, 2004, p.15).

No desenvolvimento devem constar: •Título do capítulo;

•Epígrafe do capítulo; •Preâmbulo do capítulo;

•Subdivisões.

76

Implica dizer que uma boa conclusão, como recomenda

Hübner (1998), deve configurar, interrelacionadamente, todos

os principais pontos discutidos no trabalho, contemplando,

inclusive, resposta à questão central do estudo. Nessa

perspectiva, acrescenta o autor em referência:

[...] é necessário retomar os aspectos da

Introdução e Desenvolvimento, apontando em

quais pontos houve respostas positivas, negativas

ou dúvidas ainda em relação à questão inicial, se

novas relações entre os assuntos podem ser

estabelecidas etc. (HÜBNER, 1998, p.24).

Como informação final, reiteramos: dois elementos são

essenciais para a conclusão; síntese das principais idéias e

parágrafo conclusivo (ou conclusão propriamente dita).

Resumindo...

Na conclusão , devem constar:

•Recapitulação em que os capítulos são sintetizados; •Autocrítica, em que o autor faz um balanço crítico do seu

próprio trabalho; •Sugestões, em que o autor elenca temas e aspectos que

podem ser explorados em relação ao objeto estudado.

Atividade do Fórum

A partir da leitura do tópico: ESTRUTURA DA MONOGRAFIA,

elabore um mapa textual, caracterizando as diferentes partes

da monografia. Para ampliar seus conhecimentos, procure

informações em fontes diversificadas sobre o papel do

orientador.

Não deixe de registrar suas respostas no fórumNão deixe de registrar suas respostas no fórumNão deixe de registrar suas respostas no fórumNão deixe de registrar suas respostas no fórum.

77

6.3 APRESENTAÇÃO GRÁFICA DA MONOGRAFIA

A elaboração de um trabalho acadêmico demanda

cuidados especiais, notadamente no que se refere à questão

redacional. A propósito, é como nos diz Costa et al (2001, p.

39), ao citar Azevedo (1992), registra que, conforme seja a

natureza do trabalho realizado, é fundamental, quando da sua

escritura, atentar para os seguintes objetivos:

• discutir idéias e fatos relevantes relacionados a um

determinado assunto, a partir de um marco teórico

bem fundamentado;

• seguir orientações técnicas e metodológicas

necessárias à elaboração de um trabalho científico,

adotando um estilo claro, evitando o verbalismo

desnecessário e o sentimentalismo;

• abordar o assunto de forma reconhecível e clara, com

correção gramatical e ortográfica, utilizando uma

linguagem científica e logicidade na expressão do

raciocínio;

• indicar com clareza os procedimentos utilizados,

especialmente os objetivos pretendidos e as

hipóteses com que se trabalhou a pesquisa;

• demonstrar o domínio do assunto escolhido e a

capacidade de sistematização, de recriação e de

crítica do material coletado;

• documentar com rigor os dados fornecidos, de modo

a permitir a clara identificação das fontes utilizadas;

• considerar a utilidade, seja para a ciência, seja para a

comunidade.

Sintetizando e reforçando o exposto, acrescenta-se que

a monografia representa um trabalho escrito, sistemático e

78

completo com tema específico de uma área do conhecimento.

Nos cursos de pós-graduação lato sensu, a monografia é a

etapa final para obtenção do título de especialista e nos cursos

de graduação (o curso de Pedagogia, por exemplo) recebe a

denominação de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC),

caracterizando-se como uma atividade curricular obrigatória,

pré-requisito para conclusão do curso e, consequentemente,

para obtenção do título de Licenciado em Pedagogia.

Conforme Pereira (2005), ao produzir um texto científico, no

caso uma monografia, faz-se necessário seguir algumas

recomendações:

• seu texto deve ser claro e de fácil compreensão,

exigindo, portanto, linguagem clara e precisa;

• lembre-se de que você está produzindo um texto para

um virtual leitor e não para você, logo, não comporta

suas suposições, seus pensamentos, seus pontos de

vista;

• evite o emprego de gírias, assim como não exagere

no emprego de citações, tabelas e gráficos;

• procure elaborar parágrafos curtos, visto que um

parágrafo mais alongado pode confundir o leitor;

• proceda a uma revisão gramatical, antes de dar por

concluída a sua monografia (se necessário, recorra

aos serviços de um bom professor de Língua

Portuguesa).

Monografia / Trabalho de Conclusão de Curso (TCC)

A escrita e a apresentação de textos acadêmicos e científicos

exigem cuidados especiais, por conseguinte, exigem rigor no

emprego de técnicas, de métodos de pesquisa e uma produção

e apresentação gráfica do texto, pautada em normas

79

científicas. Desse modo, a título de ilustração, elencamos, a

seguir, os elementos principais que estruturam a monografia.

A) Elementos Pré-Textuais

Capa Folha de rosto

(Elemento Obrigatório) (Elemento

Obrigatório)

Elementos estruturais A) Elementos Pré-

Textuais B) Elementos

textuais C) Elementos Pós-textuais

Capa

Folha de rosto Folha de

aprovação Epígrafe

Dedicatória Agradecimentos

Resumo Lista de figuras Lista de tabelas Lista de siglas

Lista de anexos Lista de

abreviaturas Sumário

Introdução

Desenvolvimento Conclusão

Referências Anexo (s) Apêndices

Nome da Instituição (opcional)

Nome do Autor

Título Subtítulo (se houver)

Local Ano

Nome do Autor

Título Subtítulo (se houver)

Natureza do

trabalho; objetivo pelo qual o trabalho foi feito, nome da

Instituição, área de concentração.

Nome do professor -orientador

Local Ano

80

Nome do autor

Título Subtítulo (se houver)

Natureza do trabalho;

objetivo pelo qual o trabalho foi feito, nome da Instituição,

área de concentração

Apresentada em ___ de _____- de ______.

BANCA EXAMINADORA

_____________________ Nome do(a) Orientador (a) _____________________ Nome do(a) Examinador(a) _____________________

DEDICATÓRIA (Elemento opcional)

Texto, geralmente curto, no qual o autor presta uma

homenagem ou dedica seu trabalho a alguém. (FRANÇA, 2007, p. 41)

AGRADECIMENTO(S) (Elemento opcional)

Manifestação de agradecimento a pessoas

e Instituições que, de alguma forma,

colaboraram para a execução do trabalho. (FRANÇA, 2007, p. 41)

EPÍGRAFE (Elemento opcional)

Citação de um pensamento que, de certa forma, embasou a gênese da obra. (FRANÇA, 2007,

p. 41)

Leia mais sobre a estrutura da monografia em:

BEZZON, Lara C. Guia prático de monografias, dissertações e teses: elaboração e apresentação. Campinas, SP: 2004. CERVO, Amado L. Metodologia científica : para uso dos estudantes universitários. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1978. FRANÇA, Júnia L. Manual para normalização de publicações técnico-científicas. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2007.

81

RESUMO (Elemento obrigatório)

O título RESUMO vem escrito em maiúscula, negrito e centralizado. Segue-se o

texto (parágrafos devem ser evitados) em fonte tamanho 12, alinhamento justificado e espaço entrelinhas simples. Ao final do resumo, vêm as palavras-chave do trabalho,

precedidas da expressão Palavras-chave: em negrito.

(BEZZON, 2004, p. 33)

ABSTRACT/RESUMEN/RÉSUMÉ

LISTA DE ILUSTRAÇÕES (Elemento opcional)

São desenhos, gravuras, fotografias, quadros, plantas, organogramas, esquemas,

gráficos, entre outros. A lista de ilustrações é feita de

acordo com a ordem apresentada no trabalho, com a indicação da página onde se encontra cada uma das

ilustrações. (BEZZON, 2004, p. 33)

LISTA DE ABREVIATURAS (Elemento opcional)

Relação alfabética das abreviaturas e siglas utilizadas na publicação, seguidas das

palavras ou expressões a que correspondem, escritas por extenso (FRANÇA, 2007, p.

41)

Para saber mais, acesse:

http://w3.ufsm.br/eco/mdt.pdf http://www.inf.ufrgs.br/gpesquisa/bdi/links/misc/Monografia1.

pdf

82

B) Elementos textuais

SUMÁRIO (Elemento obrigatório)

Contém a enumeração das principais divisões ou partes

da tese, isto é, a enumeração dos capítulos e suas divisões, com a respectiva paginação.

INTRODUÇÃO

DESENVOLVIMENTO

83

A “Introdução” deve dar ao leitor a informação

necessária para entender de que assunto trata a sua tese, sem

precisar recorrer a outras fontes. Para ajudar você a escrever a

“Introdução” , aqui estão algumas perguntas que, se bem

respondidas, darão forma a esse capítulo (VIEIRA, 1998, p. 12)

a) De que assunto trata a sua monografia?

b) Por que é importante tratar esse assunto?

c) Como você tratou o assunto?

d) Qual é o seu objetivo?

Em resumo, na “Introdução” devem constar os seguintes

aspectos, segundo Azevedo (2001, p. 57):

Delimitação do assunto;

CONCLUSÃO

84

Justificativa da escolha do tema;

Referencial teórico-metodológico subjacente à pesquisa;

Procedimentos adotados (fontes, problemas, hipóteses, técnica

de coleta e análise dos dados);

Limitações à realização do trabalho;

Forma como o texto (desenvolvimento) está organizado.

O “Desenvolvimento” corresponde à

parte mais extensa do trabalho, chamada também

corpo do assunto. Visa a comunicar os resultados

da pesquisa. (CERVO, 1978, p. 64)

Compreende a demonstração lógica de todo o trabalho

de pesquisa, podendo ser dividido, se necessário, nas

seguintes partes: capítulos, seções, subseções, cuidando, no

entanto, de não perder de vista a unidade, isto é, a exposição

objetiva da fundamentação teórica (KÖCHE, 1997).

A “Conclusão” retoma “[...] o problema

inicial lançado na Introdução, revendo as

principais contribuições que trouxe à pesquisa. [...]

Apresenta o resultado final, global da investigação,

avaliando-se os pontos fracos ou positivos através

da reunião sintética das principais idéias

desenvolvidas (KÖCHE, 1997, p. 146-147).

C) Elementos pós-textuais

REFERÊNCIAS (Elemento obrigatório)

Organizada em ordem alfabética do(s)

sobrenomes do(s) autor(es).

APÊNDICE(S) (Elemento opcional)

São elaborações autônomas do autor com a função de

acrescentar, complementar, ilustrar o próprio raciocínio,

sem prejuízo para a unidade do corpo do trabalho

(LUCKESI, 1989, p. 198)

85

Ao elencarmos algumas dicas e recomendações sobre

a escrita de textos científicos, sentimos a necessidade de

registrar, por meio de ilustrações, a estrutura e as partes da

monografia, a exemplo do que fizemos em relação ao projeto.

O que apresentamos constitui apenas uma amostra. Cabe a

você a tarefa de ampliar o que começamos.

ANEXO(S) (Elemento opcional)

São, geralmente, documentos, não

necessariamente do próprio autor, cuja função é

complementar o trabalho enquanto fundamentação

para a eventual pesquisa que se faz. (LUCKESI, 1989, p.

198)

Anexos

Referências

Conclusão

Resultados

Metodologia

Rev. de Literatura

Introdução

Sumário

Folha de rosto

Capa

86

Para saber mais, acesse:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Monografia

http://www.abnt.org.br/default.asp?resolucao=1024X768

ATIVIDADE 3 – Trabalho Final

Para nortear a realização da atividade 3, fundamente-se nas

leituras desenvolvidas na disciplina, tendo em vista que ao

longo do estudo você foi pensando em seu projeto de

pesquisa:

Questão Proposta

Organize seu projeto de pesquisa, observando as discussões

empreendidas na disciplina, assim com o esquema sugerido

em nosso estudo.

Ler é fundamental para

a ampliação do

conhecimento e para

adquirir desenvoltura

na escrita.

87

→ Para elaboração final de seu projeto não se esqueça de

recorrer à ABNT.

Para encerrar a conversa....

Ao planejarmos a disciplina, refletimos sobre a natureza de um

curso a distância e, por esse motivo, procuramos produzir um

material que convidasse à leitura. Não sei se conseguimos.

Acreditamos que você aprende com prazer os conteúdos de

seu interesse e que a disciplina e a autonomia são

fundamentais em um curso a distância. Acreditamos, também,

na importância da interação, através de fóruns, chats e nos

encontros com os tutores, para consolidar as aprendizagens. A

partir dessa compreensão, recomendamos que as atividades

propostas se revelem ferramentas desafiadoras de sua

curiosidade.

REFERÊNCIAS

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SOBRE A AUTORA

ANTONIA EDNA BRITO

Possui graduação em

Licenciatura Plena em

Pedagogia, pela Universidade

Federal do Piauí (1983);

Mestrado em Educação, pela

Universidade Federal do Piauí

(1997); e Doutorado em

Educação, pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte

(2003). Atualmente, é professora adjunta da Universidade

Federal do Piauí, ministrando aulas nas áreas de Didática,

Prática de Ensino, Alfabetização e Prática de Pesquisa. Tem

experiência na área de Educação, atuando principalmente nos

seguintes temas: alfabetização, formação de professores,

prática pedagógica, saberes docentes e prática pedagógica.