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Número 2 - Ano 2 - junho de 2011Presidente Prudente

Faculdade de Comunicação Social de Presidente PrudenteFACOPP - UNOESTE

DIFERENCIALDomínio de um

terceiro idioma ajuda a conquistar emprego

ANABOLIZANTESFuja desse perigo

e preserve sua saúde

HIDROPONIA Prós e contras o uso

da técnica

A fantástica indústria da

beleza

A fantástica indústria da

beleza

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CART

A D

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até mandarim. Mas, cuidado, com tantas coisas para se fazer é preciso achar tempo para se dedicar à saúde. Por isso, elaboramos uma matéria sobre como ter um corpo saudável. Neste caso, a pressa pode ser inimiga da perfeição. Que mulher consegue sair sem um batom? É difícil, e é justamente essa mania feminina, alimentada por vários lançamentos, que ajuda a movimentar a indústria da beleza. A nossa repórter, Simone Cereja, mostra como um simples hidratante labial colabora com a movimentação econômica. Você está sofrendo para guardar dinheiro enquanto estuda? Saiba que não está só. Bom, vamos parar de adiantar o material para que você possa desfrutar do nosso conteúdo. Portanto, boa leitura.

Giselle Tomé

Feita para você

Seja bem-vindo a segunda edição da Contemporânea. Nossa equipe trabalhou

totalmente focada em trazer para você notícias sobre saúde, mercado de trabalho, vida de estudante e beleza. Está imperdível. Nesta edição, você perceberá que o mundo não para. Se você pensa em fazer inglês, corra, pois ter uma segunda língua não é mais uma opção no currículo e, sim, uma exigência. O diferencial para conquistar uma boa vaga de emprego é ter domínio de, no mínimo, três línguas, vale

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Diretor da FACOPP: Profº. Munir Jorge Felício Coordenação de Jornalismo: Profª. Carolina Costa Mancuzo

Edição: Profª. Giselle ToméProdução: Alunos do 7º A de Jornalismo

Projeto gráfico e diagramação: Profº. Marcelo Mota

Realização: FACOPP - Faculdade de Comunicação Social “Jornalista Roberto Marinho” de Presidente Prudente

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SUM

ÁRIO

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SAÚDE E ESTÉTICAComer e malhar é melhor caminho para se alcançar o corpo perfeito

INDÚSTRIAA fantástica fábrica da beleza

MERCADO DE TRABALHO Cresce a procura por língua estrangeira

HIDROPONIA Saiba como produzir alimentos hidropônicos

ECONOMIAPrimeira administração a gente nunca esquece

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ARTI

GO

O desenvolvimento tão esperado está aí. Carros de luxo desfilam por avenidas iluminadas, casas milionárias decoram condomínios, marcas internacionais compõem vitrines de shoppings centers e oportunidades de negócios brotam diariamente.

O país, antes coberto por matas deu lugar ao concreto, e o índio, antigo dono da Terra de Santa Cruz, saiu de cena para a chegada do homem civilizado. Civilizado? Será mesmo?

Dizem que o Brasil cresceu, que está crescendo. Só não se sabe em quais sentidos. Podemos aceitar como crescimento o lucro bilionário do Banco do Brasil, se só no Nordeste existem mais de nove milhões de pessoas com renda mensal menor que setenta reais, entrando assim para o índice de pobreza extrema?

Ou será crescimento o investimento de trinta bilhões, anunciado pelo governo, para reaparelhar as forças armadas, enquanto alguns usam essas mesmas armas para destruir sonhos de inocentes?

Eu duvido que no tempo dos índios, alguém dançasse perante alguma decisão importante do pajé ou do cacique, mas o homem, ou melhor, a mulher civilizada o fez.

A Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos podem significar crescimento. Mas será que estamos preparados para receber centenas de milhares de estrangeiros, se quarenta por cento da população brasileira ainda é formada por analfabetos e analfabetos funcionais? E quantos brasileiros falam inglês fluente para atender os visitantes?

Para medir o crescimento de um país não basta pegar calculadoras e adicionar ou subtrair importações e exportações para chegar ao PIB.

O tal crescimento deve vir junto com a evolução do pensamento. Para evoluir o pensamento é preciso espalhar valores morais que preguem o respeito ao próximo, o incentivo à educação e a honestidade, e não a malandragem, tão difundida, bem vista, e até cantada por aqui.

Layrton Gomes

O Brasil cresceu? Para onde?

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SAÚDE E ESTÉTICA

A busca pelo corpo perfeito leva atletas, amadores e profissionais, a fazerem uso de substâncias cuja venda sem prescrição médica é proibida, como os anabolizantes. Uníssonos,

os especialistas alertam para os riscos do uso indevido destes medicamentos.

Ter um corpo torneado, atrativo e bem valorizado. É esse o sonho de homens e mulheres que buscam a prática de atividade física. Em academias cada vez mais abarrotadas, o estalar das barras de ferro com o ruído dos pedais sem lubrificação das bicicletas ergométricas cria um

ritmo quase que dançante. Paula Attili de Abreu, médica recém

-formada e caloura no ambiente onde sarados e saradas divertem-se em meio a um “estica-e-puxa”, diz que incorporou a prática da atividade física em sua rotina visando, em primeiro plano, um melhor condicionamento físico, claro, aliado à estética. Loira e “poderosa”, Abreu, à primeira vista não teria muito o que melhorar, mas a sociedade imagética dita os padrões a serem seguidos.

Bons exemplos, quase extintos, dão vez a uma corrida armamentista pró-bíceps, tríceps e todos os demais “ceps” cabíveis na estrutura

José Thiago Zago

Olha a bomba!Sem acompanhamento médico,

anabolizantes podem prejudicar sua saúde

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muscular do ser humano. “Quero ter músculos!”. É o que um garoto de 16 anos, aqui chamado de Jonas, sonha em ter. Magro, saudavelmente magro. O que, para muitos, seria quase uma dádiva, para Jonas é um martírio. “Me acho muito magro e quero ter músculos para impressionar as meninas”.

Mais uma vez, a sociedade regrada no culto à beleza fez com que o jovem, apenas mais um num universo do tamanho do Brasil, buscasse a solução mais simples: os anabolizantes. “Usei o anabolizante o ano passado pra ganhar mais músculos”, alega Jonas que ainda assume conhecer os efeitos colaterais que poderiam ter lhe custado a saúde e, talvez, a vida.

O frenesi por músculos é um fetiche social que leva muitos homens a percorrem o mesmo caminho que Jonas. Formado em Educação Física e pós-graduado em Treinamento Físico, José Gustavo Morales Cazu, hoje personal trainer, diz que já foi questionado por seus alunos sobre o uso dos anabolizantes. “Eles querem saber o quanto usar, aonde comprar, com quem aplicar. Claro, eu busco alertá-los dos perigos”. E conforme Cazu estes efeitos colaterais

não são poucos. “Desde uma simples insônia ou irritabilidade podendo gerar cânceres, entre eles, o de próstata, disfunção erétil, hipertensão e problemas cardiovasculares mais graves que podem resultar na morte.”

Companheiro de profissão, Romeu (nome fictício já que ele não quis se identificar, por medo de sofrer preconceito) também formado em Educação Física e personal trainer, diz com naturalidade que já fez uso, mais de uma vez, de substâncias psicotrópicas para ganhar massa muscular mais rapidamente. “Usei por cerca de um ano. Os resultados foram excelentes, mas tive suspeita de câncer de próstata.” Hoje com 28 anos, diz que desistiu das substâncias depois do susto e diz ter aprendido que nem todo resultado positivo é realmente salutar. “Hoje, eu desaconselho qualquer um de fazer uso dos anabolizantes. Só eu sei o que eu passei e o que eu posso vir a sofrer”. Segundo o personal, os efeitos colaterais podem surgir no transcorrer de 10 anos. Logo, ele ainda pode ser alvo de algum malefício causado pela ingestão.

Profissional alerta para os efeitos colaterais dos

anabolizantes

José Thiago

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PerigoInformações por toda a rede não faltam

para alertar o futuro “rato-de-academia”, como alguns chamam os frequentadores mais assíduos. O Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid), em seu site, www.cebrid.epm.br, define os anabolizantes como “drogas fabricadas para substituírem o hormônio masculino Testosterona, fabricado pelos testículos”. E que o suposto efeito benéfico realmente é o de ajudar no crescimento acelerado dos músculos bem como no desenvolvimento das características sexuais masculinas como pelos, barba e voz. Ainda segundo o site, os homens são os maiores consumidores e esses produtos podem, sim, levar à dependência.

Dieta ou academia?Os dois. É o que recomenda a

nutricionista Patrícia Zacharias, no mercado há mais de 11 anos. Ela explica como se dar bem conciliando o exercício físico com uma dieta equilibrada.

“O regime é uma redução drástica de nutrientes e causa desconforto ao paciente. A dieta é uma reeducação alimentar”. Ela aconselha tanto a corredora de esteira quanto o levantador de pesos a buscar uma dieta equilibrada, evitando, assim, a falta de nutrientes, pois essa falta leva à perda de massa magra (músculos) e ao ganho de gordura.

Mulheres desvairadas, com regimes mirabolantes e atividade física muito puxada são

Patrícia Zacarias dá dicas sobre como potencializar resultados através de dieta equilibrada e exercícios

José Thiago

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vetadas pela nutricionista que alerta “pode haver desmaios, hipoglicemia, cãimbras, perda de massa magra e ainda vai ficar flácida”. Flacidez, um grande medo das mulheres em geral e que, supostamente, seria combatido por um belo regime, é o oposto na verdade. “O regime drástico ajuda na flacidez do corpo porque não há a ingestão na quantidade correta de carboidratos e proteínas” explica a nutricionista.

Mas, se você é do tipo que adora um suplemento alimentar e aquelas bebidas multicoloridas que repõem sais minerais rapidamente, Zacharias orienta. “O uso do suplemento deve ter um acompanhamento correto, pois o uso indiscriminado de carboidrato ou de proteína pode aumentar o peso em gordura fazendo diminuir o rendimento”. Ainda alerta para a hidratação à base de água. “Os isotônicos devem ser utilizados somente após uma hora de atividade física juntamente com água, pois como ele é muito rico em sódio e potássio pode vir a sobrecarregar a função renal”.

Finalizando, a nutricionista diz que comendo adequadamente em conjunto com exercícios físicos regulares é possível aumentar massa muscular, diminuir a porcentagem de gordura e ficar no seu peso ideal.

Exercício físico e boa alimentação são indispensáveis para manter o corpo

Uso de suplementos deve ser feito com orientação de

um profissional

José ThiagoJosé Thiago

José Thiago

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SETOR AQUECIDO

Vaidade movimenta indústria da beleza

Simone Cereja

Que atire o primeiro batom a mulher que viu um lançamento interessante no mercado de cosméticos e não sentiu vontade de possui-lo imediatamente. Receitas atraentes de modernidade e

beleza mexem com o coração e a mente do público feminino constantemente. Atentas a isso, as indústrias de cosméticos no país se “viram nos 30” para criar e recriar fórmulas certeiras de sucesso. Para se ter uma ideia de quanto o consumo de beleza no país está aquecido, segundo último balanço divulgado pela ABIHPEC (Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos), o mercado cresceu 12,6%. O setor teve faturamento Ex-Factory (saído de fábrica, sem adição de impostos sobre vendas) de R$27,5 bilhões nominais em 2010 e de R$24,4 bilhões em 2009. Segundo Carlos Basílio, presidente da associação, o crescimento de R$ 3,1 bilhões tem explicação. “Uma das razões deste crescimento do setor, além da modernização do parque industrial, do investimento em marketing e da inovação tecnológica das indústrias, é a democratização do consumo e do maior acesso a produtos pelas classes D e E”.

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E foi justamente pensando nisso que a rede de cosméticos O Boticário resolveu estrear este ano no maior evento de moda da América latina, a 30ª São Paulo Fashion Week. “A presença do Boticário na SPFW reforça a nossa preocupação em ter uma linha de maquiagem alinhada com as tendências e movimentos do mundo da moda”, explica a diretora de Marketing e Vendas da marca, Andrea Mota. Também em 2011, a marca lançou no mercado uma nova linha de maquiagens, a Make B, que traz a tecnologia de identidade olfativa, ou seja, os produtos possuem fragrância na composição. Mesmo não participando como patrocinador oficial da semana de moda mais badalada do país, Carmela Vecchione, assessora de comunicação e marketing da Avon, afirma que a marca também está presente nas maletas dos top maquiadores brasileiros devido à qualidade tecnológica dos produtos. Ela diz que a empresa tem investido em inovações no segmento de batons, com o lançamento de novas cores, embalagens e formulações. A empresa conta com um Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Suffern (EUA), onde mais de 300 cientistas atuam no desenvolvimento de cosméticos e possuem uma “biblioteca” com cerca de 7 mil tonalidades desenvolvidas pela equipe. Esses mimos hightech são minuciosamente estudados para além de tratar e cuidar, enfeitiçar o gigantesco público feminino.

A inovação tecnológica dos produtos tem grande peso no conceito das consumidoras. A blogueira prudentina Catarina Cunha é um grande exemplo; não resiste a um cosmético recém-lançado quando ele irá contribuir para sua satisfação diante do espelho. A cada seis meses procura atualizar seu kit básico de maquiagem e tem lá sua compulsão por alguns produtos em específico. “Corretivos devo ter uns oito pelo menos... é uma coisa de que não abro mão de forma alguma!”. Antenada aos maiores eventos de moda produzidos no país e no mundo, Catarina diz que se a marca de cosmético estiver ligada a grandes eventos isso contribuirá, sem dúvidas, para sua escolha. “Nesse mercado o marketing faz tudo isso! Pagamos caro pelo nome da marca.”

Simone C

ereja

Blogueira Catarina Cunha

adora novidades

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Mas atente-se. Não adianta sair correndo por aí comprando infinitos produtos embelezar sua cútis se não souber armazená-los corretamente, vigiar os prazos de validade e se preocupar com o manuseio. Esses cuidados geralmente não costumam preocupar, mas devem ser tomados como essenciais para uma boa saúde da pele. A dermatologista Hissae Takano Silveira tira dúvidas e dá algumas dicas importantes para o dia a dia para que o sonho não vire pesadelo:

CONSERVAÇÃO Devemos armazená-los em locais frescos e sem exposição solar, pois batons, bases e corretivos líquidos e outros cremes podem derreter e perderem suas consistências adequadas se caso não estiverem em locais corretos. O banheiro é o pior lugar para se guardar maquiagem devido à suscetibilidade do contagio por bactérias. Dentro da bolsa, devemos guardá-los dentro de necessaires ou de sacos plásticos para que não se misture com outros objetos.

MANUSEIO Alguns vícios na hora de manusear o produto podem acelerar o envelhecimento. Com o rímel, por exemplo, que não se deve fazer o movimento de tirar e colocar o pincel várias vezes no frasco, uma vez que esse bombeamento pode trazer muitas bactérias que podem vir a infectar os olhos.

HIGIENE É muito importante que se lave as esponjas sempre que utilizar a maquiagem. Os pincéis também devem ser lavados pelo menos uma vez por mês e higienizados a cada aplicação. Deve-se lembrar sempre de estar com as mãos e pele limpas antes de tocar em algum produto e utilizá-lo.

VALIDADE Não devemos insistir quando o produto perde sua data de validade ou mesmo quando ele perde sua consistência original. Além das doenças que você pode desenvolver com isso, o efeito estético pode não ser o mesmo e o cheiro também será bem desagradável. Nesse caso pode-se haver liberação de substâncias tóxicas podendo causar irritações alérgicas, principalmente nas áreas usadas próximas aos olhos.

Manual da Beleza

Indústria de Higiene pessoal, perfumaria e cosméticos cresceu 12,6%

Faturamento ex-factory foi de R$ 17,5 bi em 2010

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ECONOMIA

Camila Monteiro

Aprenda a administrar seu dinheiro

Equilibrar gastos é uma tarefa difícil, mas não impossível

Morar sozinho ou com os amigos, sem aquela observação familiar é o desejo de muitos jovens, e este, para muitos, se torna realidade ao ingressar em um curso superior localizado longe de casa. Mas aprender a lidar de forma rápida com todas as responsabilidades adquiridas com esse sonho é um verdadeiro desafio. Pagar aluguel, luz, água, fazer as compras do mês, arrumar a casa ou pagar alguém para arrumar, reservar dinheiro para a execução de algum trabalho e ainda ter dinheiro para festas e mais festas, tudo isso com o dinheiro enviado pelos pais, além, é claro, de estudar para não pegar nenhum exame ou dependência.

Cursando medicina e amigas desde o primeiro ano, Gabriela Junqueira, 21, e Joseana Imamura, 21, precisam administrar cada uma a sua casa. Frequentam as mesmas festas, têm os mesmos trabalhos e a quantidade de dinheiro

enviada pelos pais mensalmente é quase a mesma, mas as prioridades administrativas são diferentes.

Gabriela é de Campo Grande e mora em um apartamento que fica em frente à faculdade em que estuda. Quando o dinheiro chega, a primeira coisa que faz é pagar as contas, faculdade, aluguel, água e luz. O que sobra, explica, tem que ser dividido entre supermercado, festas e salão. “Primeiro, vejo se tenho trabalho, se não, pego uma parte do dinheiro e já deixo para as festas e salão, o que sobra faço compras para o mês. Se não for muito dinheiro, compro macarrão instantâneo, que é mais barato” diz a estudante.

Apesar do começo de mês de Joseana ser igual ao da amiga, depois de pagar as contas a estudante de Medicina prioriza o supermercado e, só depois, vê se irá sobrar dinheiro para todas as atividades de lazer. “Adoro festas, e se pudesse iria a todas, mas como tenho gastrite, tenho que me alimentar muito bem, por isso mercado é tão importante para mim” comenta Joseana.

Acredite se quiser, mas existem estudantes que conseguem guardar dinheiro todo o mês. Os irmãos, Vitor, 21, e Vitória, 19, cursam direito, moram sozinhos e dizem que o dinheiro que eles recebem dos pais sempre acaba sobrando, “Acho que é porque quase não saímos. No momento, estamos sem carro, e tudo é longe, então acabamos indo para faculdade e quando precisa muito saímos para comprar as coisas de comer. O máximo que fazemos é ir ao cinema” diz Vitor.

Para o economista José Carlos Portilho, 44, os pais não precisam super controlar os gastos de seus filhos, nem enviar mais dinheiro caso ele acabe. Essa fase é de extrema importância, é um período de transição, esses futuros adultos devem aprender o quanto antes o valor do dinheiro e o poder da administração. “Nem sempre os pais poderão sustentar seus filhos, e caso eles gastem mais do que ganham eles precisam perceber que isso terá consequências. Isso não quer dizer que eles devem deixar de terem seus momentos de lazer, eles devem optar” conclui o economista.

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MERCADO DE TRABALHO

Que o mercado de trabalho está demasiadamente concorrido, todos sabemos. É cada vez mais necessário buscar especializações nas mais diversas áreas para

conseguir se destacar dentre os demais. Uma das saídas para se sobressair em relação aos outros é fazer um curso de idiomas.

Mas, até neste contexto, as expectativas mudaram de alguns anos para cá. O tão falado e praticado idioma inglês – massivamente presente em filmes aos quais temos acesso mais corriqueiro, em músicas que ouvimos à exaustão em rádios comerciais, em publicidades que nos são enfiadas goela abaixo, no mundo do entretenimento em geral - já se tornou algo que se espera que todo bom profissional tenha conhecimento e saiba utilizá-lo fluentemente.

É aí que vem à tona o aprendizado de uma terceira língua. É frequente o surgimento de locais de ensino de idiomas que são mais incomuns de serem lecionados do que o inglês. E, concomitantemente, tem se mostrado ampla a procura dos indivíduos por tais cursos, seja pela preocupação com o aperfeiçoamento do currículo, seja pelo simples prazer de estudar um objeto desconhecido.

Roseane Tayama, 30 anos, diretora de um instituto de idiomas, em Presidente Prudente, que possui aulas de – além de inglês – espanhol, francês, italiano e alemão, destaca o perfil característico da pessoa que busca por estes cursos mais diferenciados. “São pessoas que têm um nível cultural mais elevado, gostam de países, gostam de aprender sobre novas sociedades”. Segundo Roseane, o idioma que mais atrai público é o francês e a procura por este

Gustavo Dalle Vedove

Terceiro idioma garante espaço no mercadoSaber inglês é necessário; já dominar outra língua é fundamental para uma chance profissional

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curso aumentou. “Atualmente, pessoas que falam uma outra língua, fora o inglês, estão em falta no mercado. Faltam professores capacitados para lecionar tais cursos e, consequentemente, faltam falantes destes idiomas.”

Para ela, empresas de grande porte, multinacionais e empresas de turismo são as áreas que mais valorizam os profissionais que se especializam em idiomas. Afirma que o mais rápido e fácil de aprender é o italiano, contrariando o que a maioria pensa de que o espanhol seria o de mais ágil assimilação. Fala, ainda, sobre a diferença de público para cada idioma. “O francês, antigamente, era mais procurado pelas mulheres, mas, nos dias de hoje, isso se inverteu. Os homens é que têm procurado mais. O alemão também tem um público, predominantemente, masculino. Ao passo que o espanhol é neutro.” Cada curso dura, em média, três anos.

Para a professora de francês, Lígia da Silva, 29 anos, formada em Letras com habilitação em português/francês pela Universidade de São Paulo (USP), o que mais motiva uma pessoa a procurar um curso desses é o diferencial. “A maioria vem pela questão da oportunidade de emprego, mas também existem aqueles que procuram por causa do mestrado ou doutorado e, ainda, outros que buscam o idioma pelo simples gosto pessoal”. Mas há também aqueles que possuem razões mais inusitadas para ir atrás de um curso de línguas. “Tive um aluno da terceira idade que veio para as aulas, porque o médico indicou, como uma forma de exercitar a memória”.

Renato da Silva, 27 anos, advogado, estudou francês durante quatro anos. Ele elenca o que o incitou a querer aprender francês. “Em primeiro lugar, foi alcançar um diferencial no meu currículo, pois já tinha o inglês e queria algo que me diferenciasse dos demais. Em segundo lugar, foi a vontade de aprender uma língua mais desafiadora, que tivesse o mesmo tronco (latino) que o português, pois o inglês é a língua mais fácil de se aprender (tronco anglo-saxão). E, em terceiro lugar, porque é um idioma que abre muitas portas, pois é falado em mais de cinquenta

Gustavo D

alle Vedove

Lígia destaca as diferentes razões que levam as pessoas a procurarem o curso de francês

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países.” Considera o inglês como requisito básico e ressalta que ter o francês no currículo é algo que, certamente, aumenta as suas chances em relação a outras pessoas na concorrência por uma vaga de emprego, por exemplo.

“A próxima língua que quero aprender é o italiano, para, futuramente, tentar pegar a minha descendência”, frisa Renato.

Existem, por sua vez, pessoas que vão mais longe ainda e resolvem tomar conhecimento de idiomas que, não só possuem uma fonética diferente, mas também um alfabeto divergente do nosso.

É o caso da estudante de Publicidade e Propaganda, Maria Clara Bertho, 21 anos, que há cinco meses iniciou seus estudos de mandarim,

Gus

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Roseane diz que existem características em comum nas pessoas que buscam estes cursos

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A dificuldade do mandarim não desanima a aluna Maria

Clara: “China é a grande potência do futuro”

na Unesp de Presidente Prudente, num curso com material enviado do Instituto Confúcio, em São Paulo. “É um idioma muito diferente, de um país com uma cultura bem diferente, e eu me interesso por isso”. Além do gosto, ela relata outra circunstância que a fez optar pelo mandarim. “É um idioma muito falado no mundo. A China está se desenvolvendo rapidamente e tomará um lugar de destaque na economia. Quem souber falar o mandarim, terá maiores chances empregatícias”. Mas, pondera que há grandes dificuldades para estudar este idioma. “É muito difícil, porque a estrutura gramatical deles é muito diferente da nossa. Além de ser uma língua composta por tons, o que faz uma mesma palavra ter significados diversos, dependendo da pronúncia”.

Gustavo D

alle Vedove

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HIDROPONIA

Alimentos que nascem da água

Bernardo Silva

Saiba utilizar a técnica que garante produtos sem o uso da terra

Solução nutritiva e cultivo de plantas sem solo são algumas das características do sistema chamado hidroponia. A técnica que já é bem conhecida em todo o mundo e utilizada por países

como Canadá, Estados Unidos, Holanda, Espanha e o Brasil, tem como um de seus objetivos melhorar a qualidade de produção do agricultor.

A palavra grega que vem dos radicais hidro (água) e ponos (trabalho) tem várias versões sobre sua origem. Luis Roberto Franco Rodrigues afirma, em seu livro Técnicas de Cultivo Hidropônico e de Controle Ambiental no Manejo de Pragas, Doenças e Nutrição Vegetal em Ambiente Protegido, que “esse sistema surgiu primeiramente na antiga Mesopotâmia, depois na época do povo sumério, posteriormente nos jardins flutuantes chineses, da dinastia Chou, e ainda nas chipampas astecas”. Já o desenvolvimento científico da técnica teria começado no século XVII. Apesar de ser uma

Técnica hidropônica exige um trabalho

detalhado e preciso

Ber

nard

o S

ilva

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técnica relativamente antiga, o termo hidroponia só foi utilizado pela primeira vez em 1935 pelo Doutor Gericke da Universidade da Califórnia.

Nesta técnica as raízes recebem uma solução nutritiva com água e nutrientes essenciais para o desenvolvimento da planta. O engenheiro agrônomo José Aparecido Nunes Sampaio, que toma conta da Horta Municipal de Presidente Prudente, explica como funciona esse sistema. “As plantas são colocadas em canais por onde circula a solução nutritiva, que é composta de água e nutrientes essenciais para fornecer doses individuais para cada tipo de planta”.

Um dos sistemas mais usados na hidroponia é o NFT. “O NFT é composto de um tanque com a solução, de um sistema de bombeamento e dos canais de cultivo. Acontece que a solução nutritiva é bombeada aos canais que forma uma fina lâmina de solução que irriga as plantas”, afirma Nunes que ainda ressalta que o NFT não é o único sistema. “Temos o DFT, o sistema com substratos e também os sistemas inorgânicos”.

Vantagens e DesvantagensO cultivo sem solo tem suas vantagens e suas

desvantagens. Sampaio enumera estas características. “Algumas das vantagens de se produzir pelo sistema hidropônico é que, o agricultor produz o ano inteiro independentemente de chuva e sol, a qualidade do produto é melhor, não perdendo em nada em relação ao convencional. O trabalho é mais leve e limpo, se trabalha sem agrotóxicos e se pode cultivar variedades de produtos”. As desvantagens da técnica, ainda de acordo com ele, referem-se aos custos que são altos, a solução feita sem cuidado pode prejudicar a planta, os equipamentos são mais precisos tendo de adquirir mais maquinários, que geram mais custos.

E esse investimento é repassado ao consumidor, pois, o preço do maço do alface hidropônico, se comparado com o cultivado de maneira convencional chega a dobrar. “Esse produto que no mercado custaria R$ 1,25, com a aplicação da técnica é repassado a R$ 3,00 ou mais”.

O engenheiro agrônomo enfatiza que o trabalho deve ser feito com cuidado. “É minucioso, tem que se atentar com os detalhes para que o produto não pegue doença ou receba mais solução que o devido. Olhar todos os dias as plantas, manter a higiene do lugar e dos canais, e medir sempre o ph da água são fatores importantes para a produção se desenvolver com qualidade”.

Para agricultores que querem investir no cultivo sem solo, o profissional diz que o mercado está aberto. “Primeiro, o empreendedor tem que saber que irá gastar mais do a cultura convencional. Depois, se ele trabalhar com cuidado, o lucro é garantido”.

Investimento é alto, mas traz resultados

satisfatórios Ber

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