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UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA – UNAMA Prevenção de obesidade em escolares Projeto de Pesquisa apresentado para a disciplina Educação Nutricional, para efeito de avaliação da NI do curso de Nutrição da turma 3NUTV11. ORIENTADOR: Daniela Gomes. BELÉM 2010 1

Prevenção de obesidade em escolares - SLIDE

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UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA – UNAMA

Prevenção de obesidade em escolares

Projeto de Pesquisa apresentado para a disciplina Educação Nutricional, para efeito de avaliação da 2º NI do curso de Nutrição da turma 3NUTV11.

ORIENTADOR: Daniela Gomes.

BELÉM

2010

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EQUIPE

• Natália do Vale Moura• Nilda Fonseca Saldanha• Rafaella Lago Pompeu

1 INTRODUÇÃO

A alimentação e nutrição adequada são requisitos essenciais para o crescimento e

desenvolvimento da criança, mais do que isso, são direitos humanos fundamentais, pois representam

a base da própria vida (CARDOSO, 2006).

O problema nutricional de maior crescimento em todo o mundo é a obesidade, devido à

dimensão que vem adquirindo nas últimas décadas tem sido referendada como uma epidemia, no

mundo inteiro; visto que os hábitos alimentares modernos representados por fast food e pouca

atividade física tem contribuído diretamente para o aumento da população obesa. Segundo Melo

(2004), “A obesidade pode ser de origem exógena, abrangendo 95 % a 98 % dos casos, ou

endógena. A obesidade exógena origina-se do desequilíbrio entre a ingestão e o gasto calóricos.”.

A escola possui o importante papel no desenvolvimento da criança como um agente de

promoção de hábitos alimentares e estilos de vida saudáveis, pois é o local onde as crianças passam

a maior parte do tempo. Em geral as crianças ganham peso com facilidade devido a vários fatores,

tais como:

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Obesidade infantil

Ansiedade E

depressão

Ingestão de alimentos

gordurosos

Obesidade infantil

Pouca atividade

física

Fatores hormonais e

genéticos Introdução 4

2 JUSTIFICATIVA

A estimativa mundial é de que 10% das crianças em idade escolar tenham excesso de peso.

Prevenir a obesidade infantil significa diminuir, de uma forma racional e menos onerosa, a

incidência de doenças crônico-degenerativas. A escola é um local importante onde esse trabalho

de prevenção pode ser realizado, pois nela as crianças fazem pelo menos uma refeição diária,

além de adquirirem novos hábitos e comportamentos. Neste contexto, o trabalho de educação

nutricional, aliado à promoção da atividade física, pode produzir hábitos mais saudáveis na

população escolar, reduzindo o risco para a obesidade (SAHOTA et al., 2001).

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3 OBJETIVOS3.1 Objetivo geral:

• Prevenir a obesidade infantil, promovendo a educação nutricional em escolares de 1ª a 4ª série

em uma escola no município de Belém.

3.2 Objetivo específico:

• Fazer o levantamento do total de crianças de 1ª a 4ª;

• Verificar a quantidade de crianças em processo de sobrepeso ou com obesidade;

• Analisar o consumo alimentar em relação às necessidades nutricionais;

• Informar os riscos de saúde decorrente as alimentação inadequada para os pais;

• Estimular práticas alimentares saudáveis;

• Observar qual o tipo de lanche que os alunos levam para a escola;

• Verificar como é feito o incentivo na escola para o consumo de alimentos saudáveis;

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4 REFERENCIAL TEÓRICO A obesidade infantil é caracterizada pelo excesso de gordura acumulada nos tecidos adiposos.

Está diretamente ligada a infância, pois é nessa fase, que se adquire a maior parte das células adiposas. Sendo

assim, pessoas que apresentam excesso de peso na infância tendem a ser mais obesas na vida adulta em

relação aquelas que se tornaram obesa posteriormente, por fazer da obesidade infantil uma via para a obesidade

na vida adulta. (SALIM & BICALHO, 2004).

Entre os fatores que tem sido associado ao aumento de sobrepeso/obesidade é a ampla

disponibilidade e variedade de produtos gostoso, baratos, porem ricos em energia e servida em largas porções;

baixo gasto energético ocasionado pelo baixo encorajamento para a realização de atividade física na sociedade

moderna. (NUNES et al., 2006)

“Intervenções em crianças, principalmente antes dos 10 anos de idade ou na adolescência,

reduzem mais a severidade da doença do que quando as mesmas intervenções são realizadas na idade adulta,

visto que mudanças na dieta e na atividade física podem ser influenciadas pelos pais e educadores e poucas

modificações no balanço calórico são necessárias para causar alterações substanciais no grau de obesidade.”

(CHAVES et al., 2008)

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O objetivo desse processo é, a longo prazo estimulando a mudança de hábitos.

Dentro de um plano de alimentação saudável para crianças, o nutricionista prescreve uma dieta

para adequação da quantidade de energia a ser ingerida e da proporção dos macronutrientes,

alem de adequar também os micronutrientes, especialmente ferro e cálcio, para auxiliar no

melhor desenvolvimento da criança.

A alimentação tem função direta no rendimento escolar, crianças que não se

alimentam adequadamente ficam indispostas, desatentas e agressivas, com isso aprendem mal

refletindo nas suas notas e até na repetência de série, essas são algumas das causas mais

freqüentes em crianças que apresentam obesidade;

Referencial teórico 8

Alimentação saudável

Escola

Pais

Equipe multidisc

iplinar

5 HIPÓTESE

Entre vários e acentuados problemas encontrados na alimentação do escolar, a falta

de incentivo para o consumo de alimentos frescos e naturais que nesse caso deveria ser

proposto pelos seus próprios pais, para suprir as necessidades nutricionais dos seus filhos. A

escola também deveria contratar um nutricionista para ajudar nesse problema da alimentação

escolar assegurando uma alimentação de qualidade começando pelos lanches vendidos nas

cantinas, isso ainda é muito difícil de ser implantado, porém basta o primeiro passo para

começar e paulatinamente os hábitos alimentares dos alunos passarão a se tornar a cada dia

melhores.

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6 METODOLOGIA10

• Primeiramente será objetivada uma pesquisa bibliográfica, onde se procurará, através das leituras, auxílio para a análise dos dados obtidos. E, em seguida, a pesquisa de campo, que será realizada nas dependências de uma determinada escola de Belém, terá a duração de 6 (seis) meses (agosto/janeiro), tendo como método de abordagem uma entrevista informal e aplicação de questionário.

Coleta de dados

• Educação dietética através de palestras uma vez por semana com duração de 40 minutos e filmes educativos para esclarecimento sobre o teor dos alimentos, alimentação saudável e conseqüências da alimentação incorreta dos filhos; informações sobre o programa e quais os objetivos. Deverão ao final de cada mês retornar para compor uma mesa redonda.

Pais e professores

• Com o auxilio de uma equipe multidisciplinar, será feita duas intervenções, uma nutricional e outra na atividade física.

Escolares

Metodologia 11

Professor

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Nutrici

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• . Aos alunos será proposto um mini curso denominado “O jovem mestre cuca”, onde aprenderam receitas nutritivas de como elaborar um prato saudável e divertido.

• No ambiente escolar próximo a cantina será elaborado o cardápio do dia (ex.: Suco de laranja, pão com queijo e presunto, uma maçã) com uma pontuação para cada alimento do dia que for comprado ou que a criança trouxer de casa, esses pontos somados ao final de cada 2 meses dá o direito a 10 crianças de ter um passeio recreativo com um acompanhante. Em sala de aula terão 5 árvores feita de e.v.a desde a semente até a arvore grande formando uma escala e ao lado o nome de cada aluno por serie acompanhando os alimentos “bons” e “ruins” que consumiram. Para cada alimento bom que for consumido o nome sobe até chegar na arvore grande, e para cada alimento ruim que for consumido o nome desce. O 1º aluno que chegar no final da semana a arvore grande ganha o premio de poder escolher que semente plantar na horta que será desenvolvida na escola.

Profissional

de Educação física

• Os alunos participarão de atividades físicas extra-classe,

após o horário escolar, três vezes por semana por 60 minutos com a orientação de 2 professores de educação física. O projeto de intervenção será dividido em módulos de 2 meses cada, incluindo atividades que podem ser feitas não só em grupo, como também individualmente, de modo que possam ser estendidas para a vida. O programa consta de atividades para desenvolvimento de habilidades motoras e musculares, tais como corrida, ciclismo, natação.

Psicól

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Equipe multidisciplinar

Materiais e equipamentos:

o Balança;

o Fita métrica;

o Tesoura;

o Pistola de cola quente;

o Bastões para a pistola;

o Eva;

o Filmes sobre alimentação;

o Papel A-4;

o Lápis e canetas.

Metodologia 12

7 CRONOGRAMA13

ATIVIDADES PERÍODO / MESESAgo./2010 Set./2010 Out. /2010 Nov./2010 Dez./2010 Jan./2011

Elaboração do projeto

Elaboração do instrumento de pesquisa

Início da coleta dos dados

Prática do projeto

Análise e interpretação dos dados de campo

Construção do Relatório da Pesquisa por etapa

Entrega do Relatório Final da pesquisa

APÊNDICEQuestionário I 

1- Qual o tipo de alimentação seu filho consome no dia-a-dia?

2- Qual o lanche que seu filho costuma comer ou levar para a escola?

3- Quantas vezes por semana você oferece doces (bombons,

sorvetes, cremes, etc) para seu filho?

4- O seu filho em algum momento do dia reserva um tempo para o

lazer ou realizar atividades físicas?

5- Você estipula um horário para seu filho assistir televisão ou acessar

o computador?

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Questionário II 

1- Os seus pais acompanham diariamente as suas refeições?

Sim ( ) Não ( )

2- O que você come quando está na escola no intervalo das aulas?

3- Quantas vezes você come ao dia?

1 a 2 ( ) 2 a 3 ( ) 3 a 4 ( ) 4 a 5 ( ) 5 a 6 ( )

4- O que você costuma comer com mais freqüência? E o que gosta

mais? 

4.1 Verduras, saladas verdes, frutas e grãos? ( )

4.2 Hambúrguer, pizza, chocolate e salgados? ( )

4.3 Suco de frutas naturais? ( )

4.4 Refrigerantes e sucos artificiais? ( ) 

Apêndice 15

Receita 1: Docinho de cenoura

Ingredientes:

• 1 lata de leite condensado

• ½ de (chá) de açúcar

• 2 colheres de (sobremesa) de manteiga

• 100g de coco ralado fresco

• 200g de cenoura picada

• 2 colheres de açúcar cristal para confeitar

• Calorias: 258 kcal

  Modo de fazer: Bata a cenoura no liquidificador com o leite condensado até ficar

homogêneo. Passe para uma panela, junte com a manteiga, o coco e a açúcar, e

leve ao fogo baixo mexendo sempre, até soltar do fundo. Despeje a massa em um

prato untado com manteiga e espere esfriar. Modele bolinhas com as mãos untadas

passe-as no açúcar cristal e coloque em forminhas.

Apêndice 16

Receita 2: Brigadeiro de soja

Ingredientes:

• 1 ½ de xícara (chá) de massa de soja

• 2 colheres (sopa) de margarina

• 10 colheres (sopa) de açúcar

• 1 xícara (chá) de leite em pó

• 3 colheres (sopa) de chocolate em pó

• Chocolates granulados ou confeitos coloridos

Modo de fazer: Em uma panela grande coloque todos os ingredientes e cozinhe

mexendo em fogo baixo, até aparecer o fundo da panela, quando o brigadeiro estiver

no ponto. Em seguida enrole os brigadeiros, envolva em chocolate granulado ou

confeito colorido e coloque-os nas forminhas.

• Calorias: 188,01

Essas receitas a nutricionista Regina M. Barriga (CRN 317), utiliza em uma determinada escola de Belém.

Apêndice 17

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

• CARDOSO, L.D.; QUEIROZ, I.C de. Programa de vigilância alimentar e nutricional infantil (PVANI). 2006. 12f. Projeto de extensão.

Belo Horizonte, 2006.

• CHAVES, M. das G. A.M.; MARQUES, M.H.; DALPRA, J. O.; RODRIGUES,P.A.; CARVALHO, M. F. de; CARVALHO, R.F. de. Estudo da

relação entre a alimentação escolar e a obesidade. HU Revista, Juiz de Fora, v. 34, n. 3, p. 191-197, jul./set. 2008.

• GALISA, M. S.; ESPERANÇA, L. M. B.; SÁ, de N. G. Nutrição Conceitos e Aplicações: alimentação do escolar. São Paulo: M.

Books,2008. 149-152p.

• MELLO, E. D. et al. Obesidade infantil: como podemos ser eficazes? Jornal de Pediatria, Rio Janeiro, Porto Alegre Maio/Junho de 2004.

Vol.80, p. 3.

• MELLO, Elza D. de. Obesidade infantil. In: DUNCAN, Bruce D. Medicina ambulatorial: condutas em atenção primária baseadas em

evidências. Porto Alegre: Artes Médicas, 2004. p.283-287

• NUNES, M. A. Transtornos alimentares e obesidade. In: SICHIERI, R.; SOUZA, de R. A. G. Epidemiologia da obesidade. Porto Alegre:

Artmed, 2006. p. 251-264.

• -------------------, Transtornos alimentares e obesidade. In: COUTINHO, W.; DUALIB, P. Etiologia da obesidade. Porto Alegre: Artmed,

2006. p. 265-272.

• ------------------, Transtornos alimentares e obesidade. In: HALPERN, Z.; RODRIGUES, M. D.B. Obesidade infantil. Porto Alegre: Artmed,

2006. p. 283-288.

• -----------------, Transtornos alimentares e obesidade. In: BRESSAN, J.; COSTA. A. G. V. Tratamento nutricional da obesidade. Porto

Alegre: Artmed, 2006. p. 315-326.

• SAHOTA, P.; RUDOLF, M. C. J.; DIXEY R.; HILL, A. J.; BARTH, J. H.; CADE, J. Evaluation of implementation and effect of primary school

based intervention to reduce risk factors for obesity. British Journal of Medicine, London, 2001a. Disponível em:

http://bmj.com/cgi/content/full/323/7320/1027 . Acesso em: 28 abr. 2010

• SANNER, S. Obesidade infantil: O que deve e o que não deve ser feito?. 2009. Disponível em: <http:// www.metodomaisvida.com.br

>. Acesso em: 23 abril de 2010.

• SILVA, I. ; NUNES, C. Obesidade Infantil e na Adolescência. Disponível em: <http:// www.fiocruz.br/obesidade infantil>. Acesso em: 23

abril de 2010.

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