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PREVIDÊNCIA SOCIAL Por: Rodrigo Moreira de Souza Carvalho Em: Junho de 2008

PREVIDÊNCIA SOCIAL

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PREVIDÊNCIA SOCIAL. Por: Rodrigo Moreira de Souza Carvalho Em: Junho de 2008. AGENDA - Introdução / Evolução histórica - Organização da Seguridade Social - Segurados da Previdência Social - Prestações da Previdência Social - Contribuintes da Previdência Social - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: PREVIDÊNCIA SOCIAL

PREVIDÊNCIA SOCIAL

Por: Rodrigo Moreira de Souza CarvalhoEm: Junho de 2008

Page 2: PREVIDÊNCIA SOCIAL

AGENDA

- Introdução / Evolução histórica

- Organização da Seguridade Social

- Segurados da Previdência Social

- Prestações da Previdência Social

- Contribuintes da Previdência Social

- Risco previdenciário para as empresas

- Certidão Negativa de Débito

- Retenção Previdenciária

- Acidente de trabalho

- Verbas trabalhistas – Incidência de contribuição previdenciária

- Noções sobre Previdência Complementar

Page 3: PREVIDÊNCIA SOCIAL

• Para que serve a Seguridade Social?

- Proteção social para segurados e dependentes (Morte, Redução parcial ou total da capacidade laborativa, prisão etc.)

- Cobertura do risco social.

INTRODUÇÃO

Page 4: PREVIDÊNCIA SOCIAL

• Evolução histórica da Seguridade Social

- 1ª Fase – Otto Von Bismarck (Alemanha -1883) até o final da 1ª Guerra Mundial

- Plano de Proteção (Seguro-doença – 1883, Seguro contra acidente de trabalho – 1884; Seguro-invalidez e velhice – 1889) com filiação obrigatória e custeio pelo Estado, empregadores e empregados.

- Restou superado o regime de pura assistência social.

INTRODUÇÃO

Page 5: PREVIDÊNCIA SOCIAL

• Evolução histórica da Seguridade Social

- 2ª Fase – Tratado de Versailles até o final da 2ª Guerra Mundial

- Aperfeiçomento dos sistemas previdenciários na Europa e extensão da preocupação com a proteção social para fora da Europa.

- Constitucionalização dos direitos sociais como direitos fundamentais do homem.

- Social Security Act (EUA - 1939) - Primeira vez que se usa a expressão “seguridade social”.

- Cresce a importância da proteção de todos e não apenas dos trabalhadores.

- 3ª Fase – Dias de hoje

INTRODUÇÃO

Page 6: PREVIDÊNCIA SOCIAL

• Evolução histórica da Seguridade Social

- 3ª Fase – Do final da 2ª Guerra Mundial até os dias de hoje

- Consolidação do ideal de proteção de todos

- Declaração dos Direitos do Homem (1948)

Art. 25. Toda pessoa tem o direito a um padrão de vida capazde assegurar-lhe saúde, e o bem-estar próprio e da família,especialmente no tocante à alimentação, ao vestuário, àhabitação, à assistência médica e aos serviços sociaisnecessários; tem direito à segurança no caso dedesemprego, doença, invalidez, viuvez, velhice ou emqualquer outro caso de perda dos meios de subsistência, porforça de circunstâncias independentes de sua vontade.

INTRODUÇÃO

Page 7: PREVIDÊNCIA SOCIAL

• A Proteção social do Brasil

- Séc. XVI - Início como medida de caridade (Ex: Fundação das Santas Casas de Misericórida)

- Constituição Imperial de 1824 (Art. 179, inciso XXXI: “A Constituição garante também os socorros públicos.”)

- Constituição Republicana de 1891 (Art. 75. “A aposentadoria só poderá ser dada aos funcionários públicos em caso de invalidez no serviço da Nação.” – Benefício específico de uma categoria, com custeio integral pelo Estado)

- Decreto nº 3.724/19 (Acidente de trabalho). Lei nº 4682/23 (Criação das Caixas de Aposentadoria e Pensões)

INTRODUÇÃO

Page 8: PREVIDÊNCIA SOCIAL

• A Proteção social do Brasil (cont.)

- Das Caixas para os Institutos (desvinculação das empresas / regiões para cobertura nacional da categoria profissional, com custeio tripartite - Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Marítimos - 1933)

- Constituição de 1946 (Utilização da expressão “Previdência Social”; fomento de criação de leis previdenciárias)

- Lei nº 3807/60 – Lei Orgância da Previdência Social (Unificação das Caixas)

- Criação do Instituto Nacional da Previdência Social (1966)

INTRODUÇÃO

Page 9: PREVIDÊNCIA SOCIAL

• A Proteção social do Brasil (cont.)

- Constituição Federal de 1988

- Sistema Nacional de Seguridade Social (Saúde, Assistência Social e Previdência Social).

- Emenda nº 20/98 – Reforço do caráter contributivo do sistema, com cobertura limitada.

- Leis nº 8.212/91 e 8.213/91.

- Decreto nº 3048/99 --**--

INTRODUÇÃO

Page 10: PREVIDÊNCIA SOCIAL

ORGANIZAÇÃO DA SEGURIDADE SOCIAL

Page 11: PREVIDÊNCIA SOCIAL

• Conceito: “os direitos relativos à saúde, à assistência social e à previdência.”

Saúde: “(…) direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução dorisco de doença e de outros agravos ao acesso universal igualitário às ações e serviços para a sua promoção, proteção e recuperação”

Assistência Social: “(…) prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social (proteção à família, amparo as crianças carentes, promoção de integração ao mercado de trabalho, habilitação e reabilitação de pessoas protadoras de deficiência.”

ORGANIZAÇÃO DA SEGURIDADE SOCIAL

Page 12: PREVIDÊNCIA SOCIAL

Previdência:

- Pública (RPPS e RGPS) e Privada (entidades abertas e fechadas).

- RGPS: “seguro público, coletivo, compulsório, mediante contribuição, que visa cobrir riscos sociais como incapacidade, idade avançada, encargos de família, morte e reclusão”.

ORGANIZAÇÃO DA SEGURIDADE SOCIAL

Page 13: PREVIDÊNCIA SOCIAL

• Objetivos:

- universalidade da cobertura e do atendimento (discussão: previdência);

- uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais (problemas com custeio);

- irredutibilidade do valor dos benefícios (previdência e assistência X saúde);

- equidade na forma de participação no custeio (teto para empregado X empresa);

ORGANIZAÇÃO DA SEGURIDADE SOCIAL

Page 14: PREVIDÊNCIA SOCIAL

• Objetivos (cont.):

- diversidade da base de financiamento (trabalhadores, empregadores e Estado);

- caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite (trabalhadores, aposentados, empregadores e Estado – Conselho Nacional da Previdência Social); e

- preexistência de custeio em relação ao aumento, extensão e criação de benefícios se seguridade social

---**---

ORGANIZAÇÃO DA SEGURIDADE SOCIAL

Page 15: PREVIDÊNCIA SOCIAL

SEGURADOSDA PREVIDÊNCIA SOCIAL

Page 16: PREVIDÊNCIA SOCIAL

• BENEFICIÁRIOS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL: SEGURADOS E DEPENDENTES

- SEGURADOS: OBRIGATÓRIOS E FACULTATIVOS

- SEGURADOS OBRIGATÓRIOS:

- Empregado (v. art. 3º, CLT) - Empregado doméstico - Contribuinte individual - Trabalhador avulso - Segurado especial

SEGURADOS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL

Page 17: PREVIDÊNCIA SOCIAL

Exemplos de contribuintes individuais:

Diretor não empregado; membro de conselho de administração; sócios; pessoa física que presta serviço de natureza urbana ou rural, sem relação de emprego; pessoa física que exerce, por conta própria, atividade econômica de natureza urbana, com fins lucrativos ou não, etc.

SEGURADOS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL

Page 18: PREVIDÊNCIA SOCIAL

- Segurado facultativo: É o indivíduo “maior de dezesseis anos de idade que se filiar ao Regime Geral de Previdência Social, mediante contribuição (...) desde que não esteja exercendo atividade remunerada que o enquadre como segurado obrigatório da previdência social.”

Exemplos: Dona-de-casa; síndico de condomínio, quando não remunerado; estudante; o brasileiro que acompanha cônjuge que presta serviço no exterior; aquele que deixou de ser segurado obrigatório da previdência social; o bolsista e o estagiário que prestam serviços a empresa de acordo com a Lei nº 6494/77.

SEGURADOS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL

Page 19: PREVIDÊNCIA SOCIAL

- Segurado especial: “É o produtor, o meeiro ou arrendatário rural e seus assemelhados que exerçam as suas atividades individualmente ou em regime de economia familiar (…) bem como seus respectivos cônjuges ou companheiros e filhos maiores de dezesseis anos desde que comprovem que trabalham com o respectivo grupo familiar.”

SEGURADOS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL

Page 20: PREVIDÊNCIA SOCIAL

- STATUS DE SEGURADO:

- Segurado obrigatório: filiação ou exercício de atividade remunerada.

- Segurado facultativo: inscrição e pagamento da primeira contribuição.

Obs: Perda da condição de segurado. Art. 15 da Lei nº 8.213/91 (ex: segurado que deixa de exercer atividade remunerada, após 12 meses da cessação das contribuições)

SEGURADOS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL

Page 21: PREVIDÊNCIA SOCIAL

- DEPENDENTES DE SEGURADO (Art. 16 da Lei nº 8.213/91) - Definição:

- Cônjuge, companheiro e filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 anos ou inválido (primeira classe).

- Pais (segunda classe)

- Irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 anos ou inválido (terceira classe)

SEGURADOS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL

Page 22: PREVIDÊNCIA SOCIAL

- DEPENDENTES DE SEGURADO (Art. 16 da Lei nº 8.213/91) – Regras gerais:

- A dependência econômica dos dependentes de primeira classe é legalmente presumida. A dos demais precisa ser comprovada.

- Integrantes da mesma classe rateiam o benefício.

- A existência de dependentes de classe anterior exclui os da classe seguinte.

- A cota daquele que perdeu a condição de dependente passa reverte em favor daqueles que com ele dividiam o benefício. -- ** --

SEGURADOS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL

Page 23: PREVIDÊNCIA SOCIAL

PRESTAÇÕES DA PREVIDÊNCIA SOCIAL

Page 24: PREVIDÊNCIA SOCIAL

- Atuação da cobertura dos riscos sociais e da redistribuição de renda.

- Benfícios (prestações pecuniárias) e serviços.

- Necessidade de preenchimento de requsitos legais (Ex: carência – “número mínimo de contribuições mensais indispensáveis para que o beneficiário faça jus ao benefício”)

Obs: Algumas prestações previdenciárias não possuem carência. (Ex: Prestações não pecuniárias, como serviço de reabilitação profissional e pensão por morte).

PRESTAÇÕES PREVIDENCIÁRIAS

Page 25: PREVIDÊNCIA SOCIAL

- Benefícios previdenciários podem ser devidos a segurados (ex: aposentadoria, auxílio doença, auxílio acidente etc) ou a dependentes de segurados (ex: pensão, auxílio reclusão).

- Espécies de prestações previdenciárias: aposentadoria por invalidez, aposentadoria por idade, aposentadoria por tempo de contribuição, aposentadoria especial, auxílio-doença, salário-família, salário-maternidade, auxílio-acidente, pensão por morte, auxílio-reclusão, serviço social, reabiltação profissional.

PRESTAÇÕES PREVIDENCIÁRIAS

Page 26: PREVIDÊNCIA SOCIAL

CONTRIBUINTES DA PREVIDÊNCIA SOCIAL

Page 27: PREVIDÊNCIA SOCIAL

• CONTRIBUINTES DA PREVIDÊNCIA SOCIAL:

Contribuição dos Segurados (Empregado, EmpregadoDoméstico e Avulso):

CONTRIBUINTES DA PREVIDÊNCIA SOCIAL

Salário de contribuição Alíquota Teto

Até R$ 911,70 8% R$ 72,93

De R$ 911,71 a R$ 1.519,50 9% R$ 136,75

De R$ 1.519,51 a R$ 3.038,99 11% R$ 334,28

Page 28: PREVIDÊNCIA SOCIAL

• CONTRIBUINTES DA PREVIDÊNCIA SOCIAL:

Contribuição do Contribuinte Individual e do Contribuinte Facultativo:

- 20% sobre o salário de contribuição, observado os limites a que se referem os §§3º e 5º do art. 214 do Decreto nº 3.048/99.

Contribuição do Segurado Especial:

- 2% sobre a receita bruta da comercialização da produção rural.

CONTRIBUINTES DA PREVIDÊNCIA SOCIAL

Page 29: PREVIDÊNCIA SOCIAL

• CONTRIBUINTES DA PREVIDÊNCIA SOCIAL:

Contribuição da União:

Recursos do Orçamento. A União é responsável pela cobertura de eventuais insuficiências financeiras da Seguridade Social, quando decorrentes de pagamento de benefício de prestação continuada da Previdência Social, na forma da Lei Orçamentária Anual.

CONTRIBUINTES DA PREVIDÊNCIA SOCIAL

Page 30: PREVIDÊNCIA SOCIAL

• CONTRIBUINTES DA PREVIDÊNCIA SOCIAL:

Contribuição da Empresa:

- sobre a remuneração de empregados, trabalhadores avulsos e contribuintes individuais: 20% sobre o total da remuneração paga, devida ou creditada;

- sobre valor bruto de nota fiscal de cooperativas: 15%.

- SAT: 1%, 2% ou 3% (ver “SAT Especial”)

- COFINS / CSLL

CONTRIBUINTES DA PREVIDÊNCIA SOCIAL

Page 31: PREVIDÊNCIA SOCIAL

• CONTRIBUINTES DA PREVIDÊNCIA SOCIAL (cont.):

Contribuição do Empregador Doméstico:

- sobre a remuneração do respectivo empregado doméstico: 12% sobre o salário de contribuição.

• OUTRAS RECEITAS

- Exemplos: Concurso de prognósticos; multas; remuneração recebida pela prestação de serviços de arrecadação, fiscalização e cobrança prestados a terceiros; etc. ---**---

CONTRIBUINTES DA PREVIDÊNCIA SOCIAL

Page 32: PREVIDÊNCIA SOCIAL

“Risco previdenciário”

Page 33: PREVIDÊNCIA SOCIAL

• Passivo previdenciário

• Custeio (contribuições previdenciárias)

- Impacto em custo, capital de giro, investimentos etc.

• Benefício (afastamentos, complementação de benefícios previdenciários etc)

- Impacto em headcount e produção.

RISCO PREVIDENICIÁRIO

Page 34: PREVIDÊNCIA SOCIAL

• Passivo previdenciário

• Fiscalização. Reclamações trabalhistas.

- Impacto no resultado (“provisão para contingências”) e no relacionamento com stakeholders.

RISCO PREVIDENICIÁRIO

Page 35: PREVIDÊNCIA SOCIAL

• O passivo previdenciário pode ser muito relevante para a empresa:

500 empregadosMédia salarial de R$ 1.500,00Folha de pagamento: R$ 750.000,00

Remuneração variável média (PR): R$ 3.000,00Custo da RV por ano: R$ 1.500.000,00

Autuação previdenciária (28%): R$ 420.000,00 + juros e multa + honorários advocatícios + tempo de overhead

10 ANOS: R$ 4,2 milhões (5,6 vezes a folha mensal)

RISCO PREVIDENICIÁRIO

Page 36: PREVIDÊNCIA SOCIAL

RISCO PREVIDENICIÁRIO

Page 37: PREVIDÊNCIA SOCIAL

RISCO PREVIDENICIÁRIO

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CONJUNTURA ATUAL

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CERTIDÃO NEGATIVA DE DÉBITO

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RISCO PREVIDENICIÁRIO

Page 41: PREVIDÊNCIA SOCIAL

Conceitos:

Certidão Negativa de Débito: É o documento comprobatóriode regularidade do contribuinte na Previdência Social.

CERTIDÃO NEGATIVA DE DÉBITO

Certidão Positiva com Efeitos de Negativa: É a certidãoexpedida quando há créditos não vencidos, ou créditos emcurso de cobrança executiva para os quais tenha sidoefetivada a penhora regular e suficiente à sua cobertura, oucréditos cuja exigibilidade esteja suspensa.

Questão: Como se dá a suspensão da exigibilidade de umdébito previdenciário?

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- Art. 151 da Lei nº 5.172/66:

“Suspendem a exigibilidade do crédito tributário:

  I - moratória;

        II - o depósito do seu montante integral;

        III - as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário administrativo;

        IV - a concessão de medida liminar em mandado de segurança;”

    

CERTIDÃO NEGATIVA DE DÉBITO

Page 43: PREVIDÊNCIA SOCIAL

- Art. 151 da Lei nº 5.172/66:

“Suspendem a exigibilidade do crédito tributário (cont.):    

V – a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação judicial;

      VI – o parcelamento.

      Parágrafo único. O disposto neste artigo não dispensa o cumprimento das obrigações assessórios dependentes da obrigação principal cujo crédito seja suspenso, ou dela conseqüentes.”

CERTIDÃO NEGATIVA DE DÉBITO

Page 44: PREVIDÊNCIA SOCIAL

Questão: Para que serve a Certidão Negativa de Débito?

CERTIDÃO NEGATIVA DE DÉBITO

- Para a empresa:

(i) na licitação, na contratação com o poder públicoe no recebimento de benefícios ou incentivo fiscal oucreditício concedidos por ele;

(ii) na alienação ou oneração, a qualquer título, debem imóvel ou direito a ele relativo;

(iii) na alienação ou oneração, a qualquer título, debem móvel de valor superior ao estabelecido periodicamentemediante Portaria do MPS, incorporado ao ativo permanente daempresa;

Page 45: PREVIDÊNCIA SOCIAL

- Para a empresa:

(iv) no registro ou arquivamento, no órgão próprio,de ato relativo à baixa ou redução de capital de firmaIndividual ou de empresário individual (...);

(v) redução de capital social, cisão total ou parcial,transformação ou extinção de entidade ou sociedadeempresária ou simples e transferência de controle de cotasde sociedade limitada;

(vi) captação de recursos públicos.

CERTIDÃO NEGATIVA DE DÉBITO

Page 46: PREVIDÊNCIA SOCIAL

Do Pedido de Certidão Negativa de Débito

- É feito em qualquer na Agência ou pela internet.

- É checado: (i) se houve a entrega da GFIP; (ii) se há divergência entre os valores declarados na GFIP e os efetivamente recolhidos; e (iii) se há débitos que impeçam a emissão da CND ou da CPD-EN.

- Não havendo restrições, a Certidão é emitida pela internet.

- Havendo restrições, é emitido ao contribuinte o “Relatório de Restrições”, com validade de trinta dias.

CERTIDÃO NEGATIVA DE DÉBITO

Page 47: PREVIDÊNCIA SOCIAL

Do Pedido de Certidão Negativa de Débito

- Durante a vigência do Relatório de Restrições, o contribuinte deverá diligenciar junto à Agência e à Procuradoria com intuito de regularizar sua situação.

- Caso a situação seja regularizada, é expedida a certidão; Caso contrário, reinicia-se o processo.

- Prazo: 60/180 dias. ---**---

CERTIDÃO NEGATIVA DE DÉBITO

Page 48: PREVIDÊNCIA SOCIAL

RETENÇÃO PREVIDENCIÁRIA

Page 49: PREVIDÊNCIA SOCIAL

RETENÇÃO PREVIDENCIÁRIA

QUESTÕES:QUESTÕES:

1.1. O que é terceirização?O que é terceirização?

2.2. O que justifica a terceirização?O que justifica a terceirização?

3.3. Qual é o regramento legal que se aplica à Qual é o regramento legal que se aplica à terceirização em matéria trabalhista?terceirização em matéria trabalhista?

4.4. Quais são os principais riscos trabalhistas Quais são os principais riscos trabalhistas envolvidos na terceirização?envolvidos na terceirização?

5.5. Qual é o regramento legal que se aplica à Qual é o regramento legal que se aplica à terceirização em matéria previdenciária?terceirização em matéria previdenciária?

6.6. Quais são os principais riscos previdenciários Quais são os principais riscos previdenciários envolvidos?envolvidos?

Page 50: PREVIDÊNCIA SOCIAL

QUESTÕESQUESTÕES::

1.1. O que é terceirização?O que é terceirização?

- “É o ato pelo qual a empresa produtora, mediante- “É o ato pelo qual a empresa produtora, mediantecontrato, entrega a outra empresa certa tarefacontrato, entrega a outra empresa certa tarefa(atividades ou serviços não incluídos nos seus fins(atividades ou serviços não incluídos nos seus finssociais) para que esta a realize habitualmente comsociais) para que esta a realize habitualmente comempregados daquela.” - Valentim Carrionempregados daquela.” - Valentim Carrion

RETENÇÃO PREVIDENCIÁRIA

Page 51: PREVIDÊNCIA SOCIAL

QUESTÕESQUESTÕES::

2. O que justifica a terceirização?2. O que justifica a terceirização?

- - ESPECIALIZAÇÃO da empresa contratada na ESPECIALIZAÇÃO da empresa contratada na execução dos serviços terceirizados.execução dos serviços terceirizados.

- - EFICIÊNCIA, refletida nas vantagens técnicas ou EFICIÊNCIA, refletida nas vantagens técnicas ou econômicas decorrentes da terceirzação. econômicas decorrentes da terceirzação.

RETENÇÃO PREVIDENCIÁRIA

Page 52: PREVIDÊNCIA SOCIAL

QUESTÕESQUESTÕES::

3. Qual é o regramento legal que se aplica à3. Qual é o regramento legal que se aplica àterceirização em matéria trabalhista?terceirização em matéria trabalhista?

- Art. 455 da CLT: “Nos contratos de subempreitada,- Art. 455 da CLT: “Nos contratos de subempreitada,responderá o subempreiteiro pelas obrigaçõesresponderá o subempreiteiro pelas obrigaçõesderivadas do contrato de trabalho que celebrar,derivadas do contrato de trabalho que celebrar,cabendo, todavia, aos empregados, o direito decabendo, todavia, aos empregados, o direito dereclamação contra o empreiteiro principal peloreclamação contra o empreiteiro principal peloinadimplemento daquelas obrigações por parte doinadimplemento daquelas obrigações por parte doprimeiro.”primeiro.”

RETENÇÃO PREVIDENCIÁRIA

Page 53: PREVIDÊNCIA SOCIAL

QUESTÕES :QUESTÕES :

3. Qual é o regramento legal que se aplica à3. Qual é o regramento legal que se aplica àterceirização em matéria trabalhista?terceirização em matéria trabalhista?

- Lei nº 6.019/74: Trabalho temporário.- Lei nº 6.019/74: Trabalho temporário.

- Lei nº 7.102/83: Vigilância bancária. (“Terceirização- Lei nº 7.102/83: Vigilância bancária. (“Terceirizaçãopermanente”)permanente”) - Art. 442, parágrafo único, CLT: Inexistência de- Art. 442, parágrafo único, CLT: Inexistência devínculo entre os cooperados e a cooperativa e seusvínculo entre os cooperados e a cooperativa e seusclientes.clientes.

RETENÇÃO PREVIDENCIÁRIA

Page 54: PREVIDÊNCIA SOCIAL

OBS: OBS: ENUNCIADO Nº 331 DO TSTENUNCIADO Nº 331 DO TST::

I – A contratação de trabalhadores por empresaI – A contratação de trabalhadores por empresainterposta é ilegal, formando-se o vínculo diretamenteinterposta é ilegal, formando-se o vínculo diretamentecom o tomador de serviços, salvo no caso de trabalhocom o tomador de serviços, salvo no caso de trabalhotemporário (Lei nº 6.019/74).temporário (Lei nº 6.019/74).

II – (…)II – (…)

RETENÇÃO PREVIDENCIÁRIA

III – Não forma vínculo de emprego com o tomador aIII – Não forma vínculo de emprego com o tomador acontratação de serviços de vigilância (Lei nº 7.102/83)contratação de serviços de vigilância (Lei nº 7.102/83)e de conservação e limpeza, bem como de serviçose de conservação e limpeza, bem como de serviçosespecializados ligados à atividade-meio do tomador,especializados ligados à atividade-meio do tomador,desde que inexistente a pessoalidade e a subordinaçãodesde que inexistente a pessoalidade e a subordinaçãodireta.direta.

Page 55: PREVIDÊNCIA SOCIAL

OBS: OBS: ENUNCIADO Nº 331 DO TSTENUNCIADO Nº 331 DO TST::

IV – O inadimplemento das obrigações trabalhistas, porIV – O inadimplemento das obrigações trabalhistas, porparte do empregador, implica a responsabilidadeparte do empregador, implica a responsabilidadesubsidiária do tomador dos serviços, quanto àquelassubsidiária do tomador dos serviços, quanto àquelasobrigações, inclusive quanto aos órgãos daobrigações, inclusive quanto aos órgãos daadministração direta, das autarquias, das fundaçõesadministração direta, das autarquias, das fundaçõespúblicas, das empresas públicas e das sociedades depúblicas, das empresas públicas e das sociedades deeconomia mista, desde que hajam participado daeconomia mista, desde que hajam participado darelação processual e constem também do títulorelação processual e constem também do títuloexecutivo judicial.executivo judicial.

RETENÇÃO PREVIDENCIÁRIA

Page 56: PREVIDÊNCIA SOCIAL

QUESTÕES:QUESTÕES:

4.4. Quais são os principais riscos trabalhistas Quais são os principais riscos trabalhistas envolvidos na terceirização?envolvidos na terceirização?

Reclamações trabalhistas / Responsabilidade Reclamações trabalhistas / Responsabilidade subsidiária.subsidiária.

Autuações por parte do MTE/DRT.Autuações por parte do MTE/DRT.

Questionamentos por parte de sindicatos e do Questionamentos por parte de sindicatos e do Ministério Público do Trabalho.Ministério Público do Trabalho.

RETENÇÃO PREVIDENCIÁRIA

Page 57: PREVIDÊNCIA SOCIAL

QUESTÕESQUESTÕES::

5.5. Qual é o regramento legal que se aplica à Qual é o regramento legal que se aplica à terceirização em matéria previdenciária?terceirização em matéria previdenciária?

- Art. 31 da Lei nº 8.212/91 - Art. 31 da Lei nº 8.212/91

RedaRedaçção atual (apão atual (apóós Leis ns Leis nºº 9.711/98 e 11.488/07): 9.711/98 e 11.488/07): ““AAempresa contratante de serviempresa contratante de serviçços executados medianteos executados mediantecessão de mão-de-obra, inclusive em regime de trabalhocessão de mão-de-obra, inclusive em regime de trabalhotemportemporáário, rio, deverdeveráá reter 11% (onze por cento) do valor reter 11% (onze por cento) do valorbruto da nota fiscal ou fatura de prestabruto da nota fiscal ou fatura de prestaçção de servião de serviçços eos erecolher a importância retidarecolher a importância retida at atéé o dia 10 (dez) do mês o dia 10 (dez) do mêssubseqsubseqüüente ao da emissão da respectiva nota fiscal ouente ao da emissão da respectiva nota fiscal oufatura em nome da empresa cedente da mão-de-obra,fatura em nome da empresa cedente da mão-de-obra,observado o disposto no § 5observado o disposto no § 5oo do art. 33 desta Lei do art. 33 desta Lei((““presunpresunççãoão””).).””

RETENÇÃO PREVIDENCIÁRIA

Page 58: PREVIDÊNCIA SOCIAL

QUESTÕESQUESTÕES::

6.6. Quais são os principais riscos previdenciários Quais são os principais riscos previdenciários envolvidos?envolvidos?

Conversão da obrigação acessória (retenção) em Conversão da obrigação acessória (retenção) em principal (recolhimento) por conta da presunção principal (recolhimento) por conta da presunção de recolhimento prevista no § 5º do art. 33 da Lei de recolhimento prevista no § 5º do art. 33 da Lei nº 8.212/91.nº 8.212/91.

Solidariedade.Solidariedade.

Questões ligadas à Saúde e Segurança no Questões ligadas à Saúde e Segurança no TrabalhoTrabalho.---**---.---**---

RETENÇÃO PREVIDENCIÁRIA

Page 59: PREVIDÊNCIA SOCIAL

RETENÇÃO PREVIDENCIÁRIA

REGRAMENTO ESPECÍFICO

Page 60: PREVIDÊNCIA SOCIAL

Cessão de mão-de-obra X EmpreitadaCessão de mão-de-obra X Empreitada

Cessão de mão-de-obra:

É a colocação à disposição da empresa

contratante, em suas dependências ou nas de

terceiros, de trabalhadores que realizem serviços

contínuos, relacionados ou não com sua atividade

fim, quaisquer que sejam a natureza e a forma de

contratação, inclusive por meio de trabalho

temporário(...).

RETENÇÃO PREVIDENCIÁRIA

Page 61: PREVIDÊNCIA SOCIAL

Cessão de mão-de-obra X EmpreitadaCessão de mão-de-obra X Empreitada

Empreitada:

É a execução, contratualmente estabelecida, de tarefa, de obra ou de serviço, por preço ajustado, com ou sem fornecimento de material ou uso de equipamentos, que podem ou não ser utilizados, realizada nas dependências da empresa contratante, nas de terceiros ou nas da empresa contratada, tendo como objeto um resultado pretendido.

RETENÇÃO PREVIDENCIÁRIA

Page 62: PREVIDÊNCIA SOCIAL

Cessão de mão-de-obra X EmpreitadaCessão de mão-de-obra X Empreitada

Empreitada parcial: contrato celebrado com empresa

construtora ou prestadora de serviços na área de construção

civil, para execução de parte da obra, com ou sem

fornecimento de material.

Subempreitada: contrato celebrado entre a empreiteira

ou qualquer empresa subcontratada e outra empresa, para

executar obra ou serviço de construção civil, no todo ou em

parte, com ou sem fornecimento de material.

RETENÇÃO PREVIDENCIÁRIA

Page 63: PREVIDÊNCIA SOCIAL

Serviços sujeitos à retençãoServiços sujeitos à retenção

Se contratados mediante cessão de mão-deobra ou empreitada:

- Limpeza, conservação ou zeladoria

- Vigilância ou segurança não prestados por meio de monitoramento eletrônico.

- Construção Civil

- Natureza rural

- Digitação

- Preparação de dados para processamento.

RETENÇÃO PREVIDENCIÁRIA

Page 64: PREVIDÊNCIA SOCIAL

Serviços sujeitos à retençãoServiços sujeitos à retenção

Se contratados mediante cessão de mão-de-obra (exemplos):

- Embalagem

- Acondicionamento

- Cobrança

- Coleta ou reciclagem de lixo

- Copa

- Hotelaria

- Corte ou ligação de serviços públicos

- Distribuição de produtos

- Treinamento e ensino ---**---

RETENÇÃO PREVIDENCIÁRIA

Page 65: PREVIDÊNCIA SOCIAL

ACIDENTE DE TRABALHO

Aspectos trabalhistas e previdenciários

Page 66: PREVIDÊNCIA SOCIAL

a serviço da empresa

Acidente de Trabalho

Acidente Típico – art. 19 da Lei 8.213/91 – “caput”

provoca lesão corporal ou perturbação funcional

É o que ocorre pelo exercício de atividade

pode causar a morte, a perda ou redução permanente ou

temporária da capacidade para o trabalho.

Page 67: PREVIDÊNCIA SOCIAL

Acidente Típico – art. 19 da Lei 8.213/91 - §§ 1º, 2º, 3º e 4º.

A empresa é responsável pela adoção e uso das medidas coletivas e

individuais de proteção e segurança da saúde do trabalhador.

Deixar a empresa de cumprir com as normas de segurança e higiene

no trabalho constitui contravenção penal.

A empresa deve prestar informações pormenorizadas sobre os riscos

do trabalho.

MTE e Sindicatos – Fiscalização.

Acidente de Trabalho

Page 68: PREVIDÊNCIA SOCIAL

Doenças ocupacionais – art. 20 da Lei 8.213/91.

- Doença profissional Produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e constante do Anexo II do Decreto 3.048/1999.

- Doença do trabalhoAdquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente.

Acidente de Trabalho

Page 69: PREVIDÊNCIA SOCIAL

COMO DIFERENCIAR DOENÇA DO TRABALHO E DOENÇA COMUM

- Não são consideradas como doença do trabalho:

Acidente de Trabalho

B) A inerente ao grupo etário;

C) A que não produza incapacidade laborativa;

D) A doença endêmica adquirida por segurado habitante

de região em que ela se desenvolva, salvo comprovação de que é

resultante de exposição ou contato direto determinado pela

natureza do trabalho.

A) A doença degenerativa;

Page 70: PREVIDÊNCIA SOCIAL

Acidentes Atípicos – art. 21 da Lei 8.213/91. Inciso I - Embora não seja a causa única, haja contribuído diretamente para a morte, redução ou perda da capacidade para o trabalho, ou produzindo lesão que exija atenção médica para a recuperação.

Inciso III – Doença proveniente de contaminação acidental do empregado em exercício da atividade. (cont.)

Acidente de Trabalho

Page 71: PREVIDÊNCIA SOCIAL

- Acidentes Atípicos – art. 21 da Lei 8.213/91 (cont.) Causalidade indiretanão há vinculação direta com a atividade laboral;

local e horário de trabalho – ato de agressão, sabotagem, ofensa física, ato culposo (imprudência, negligência ou imperícia) de colega de trabalho, casos fortuitos (desabamento, inundação, incêndio) – Inciso II;

fora do local e horário de trabalho – realização de serviço externo sob autoridade da empresa, viagem a serviço, acidente de trajeto. – Inciso IV.

Acidente de Trabalho

Page 72: PREVIDÊNCIA SOCIAL

Caracterização do acidente de trabalho

O acidente de trabalho é caracterizado tecnicamente pela perícia médica do INSS, reconhecendo o nexo causal entre:

A) O acidente e a lesão;

B) A doença e o trabalho;

C) A causa mortis e o acidente.

OBS: NEXO TÉCNICO EPIDEMIOLÓGICO PREVIDENCIÁRIO

---**---

Acidente de Trabalho

Page 73: PREVIDÊNCIA SOCIAL

Caracterização do acidente de trabalho – Questões polêmicas

Acidente de Trabalho

- Empregado se acidenta atuando como vigia.

- Empregado se acidenta em evento esportivo patrocinado pela empresa. - Empregado se acidenta durante recreação em horário de refeição e descanso.

- Empregado se acidenta durante um desvio do seu caminho rotineiro de retorno para a sua residência.

- Empregado, em viagem, se acidenta durante o retorno para o hotel.

- Empregado, alérgico, é mordido por mosquito enquanto trabalha, sofre reações e fica internado.

Page 74: PREVIDÊNCIA SOCIAL

- Prestações previdenciárias

- Auxílio-doença acidentário (FGTS)

- Auxílio-acidente (caráter indenizatório)

- Reabilitação profissional (garantia de emprego)

- Pensão por morte acidentária

Acidente de Trabalho

Page 75: PREVIDÊNCIA SOCIAL

NATUREZA JURÍDICA DEVERBAS TRABALHISTAS/BENEFÍCIOSPARA FINS DE CONTRIBUIÇÃOPREVIDENCIÁRIA

Page 76: PREVIDÊNCIA SOCIAL

CONSTITUIÇÃO FEDERAL

Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:

I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre: a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício

REGRAS GERAIS

Page 77: PREVIDÊNCIA SOCIAL

LEI Nº 8.212/91 – Base de cálculo / Salário de Contribuição

Art. 22. A contribuição a cargo da empresa, destinada à Seguridade Social, além do disposto no art. 23, é de:

     I - vinte por cento sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas a qualquer título, durante o mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos que lhe prestem serviços, destinadas a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial (...).” ---**---

REGRAS GERAIS

Page 78: PREVIDÊNCIA SOCIAL

PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS OU RESULTADOS

CASOS ESPECÍFICOS

Page 79: PREVIDÊNCIA SOCIAL

CONSTITUIÇÃO FEDERAL - 1988

Art. 7º: São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria da sua condição social:

(…)

XI – participação nos lucros ou resultados desvinculada da remuneração,e, excepcionalmente, participação na gestão da empresa, conforme definido em lei.”

CASOS ESPECÍFICOS

PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS OU RESULTADOS

Page 80: PREVIDÊNCIA SOCIAL

MEDIDA PROVISÓRIA Nº 794/94 – Regulamentou a participação dos empregados nos lucros ou resultados da empresa.

Lei nº 10.101/00 – Art. 3º - “A participação de que trata o § 2º não substitui ou complementa a remuneração devida a qualquer empregado, nem constitui base de incidência de qualquer encargo trabalhista, não se lhe aplicando o princípio da habitualidade.”

Lei nº 8.212/91, Art. 28 § 9º, “j” – exclui a PLR da base de cálculo da contribuição previdenciária, quando paga ou creditada de acordo com lei específica.

CASOS ESPECÍFICOS

PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS OU RESULTADOS

Page 81: PREVIDÊNCIA SOCIAL

Participação nos lucros e resultados paga após 1994:

Atenção ao disposto na legislação específica, ou seja, na Lei nº 10.101/00.

Art. 2º Caput

- Negociação entre empresa e empregados. - Comissão, integrada por um representante sindical.

- Acordo Coletivo de Trabalho.

CASOS ESPECÍFICOS

PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS OU RESULTADOS

Page 82: PREVIDÊNCIA SOCIAL

Participação nos lucros e resultados paga após 1994:

Art. 2º § 1º

- Regras claras e objetivas quanto à fixação dos direitos substantivos da participação.

- Índices de produtividade/qualidade/lucratividade ou programas de metas/resultados.

Art. 2º § 2º

- Arquivamento do acordo na entidade sindical.

CASOS ESPECÍFICOS

PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS OU RESULTADOS

Page 83: PREVIDÊNCIA SOCIAL

Participação nos lucros e resultados paga após 1994:

Art. 3º § 2º

- Periodicidade mínima de um semestre civil para o pagamento.

Art. 4º

- Impasse na negociação: possibilidade de arbitragem de ofertas finais ou mediação.

CASOS ESPECÍFICOS

PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS OU RESULTADOS

Page 84: PREVIDÊNCIA SOCIAL

VERBAS EDUCACIONAIS

CASOS ESPECÍFICOS

Page 85: PREVIDÊNCIA SOCIAL

PONTOS CONTROVERTIDOS:

• Verbas destinadas à educação de empregados.

• Verbas destinadas à educação de dependentes empregados.

• Essas verbas devem integrar a base de cálculo da contribuição previdenciária?

• Correspondem à contraprestação patronal pelo trabalho?

CASOS ESPECÍFICOS

VERBAS EDUCACIONAIS

Page 86: PREVIDÊNCIA SOCIAL

VETORES ESPECÍFICOS E CONVERGENTES EMRELAÇÃO ÀS VERBAS EDUCACIONAIS:

Baixa qualificação da mão-de-obra como fator que contribui sensivelmente para o aumento do desemprego no país.

Governo: Busca a redução do desemprego.

Empresariado: Busca mão-obra qualificada.

Vetor convergente: Necessidade de investimento emeducação/qualificação profissional.

Pontanto, o empregador que busca participar desse investimento(art. 205, CF) deve ser incentivado.

CASOS ESPECÍFICOS

VERBAS EDUCACIONAIS

Page 87: PREVIDÊNCIA SOCIAL

VERBAS DESTINADAS À EDUCAÇÃO DEEMPREGADOS.

- Art. 458, § 2º, inciso II, da CLT:

Para os efeitos previstos neste artigo, não serãoconsideradas como salário as seguintes utilidadesconcedidas pelo empregador:

II – educação, em estabelecimento de ensinopróprio ou de terceiros, compreendendo os valoresrelativos a matrícula, mensalidade, anuidade, livros ematerial didático.

CASOS ESPECÍFICOS

VERBAS EDUCACIONAIS

Page 88: PREVIDÊNCIA SOCIAL

VERBAS DESTINADAS À EDUCAÇÃO DE EMPREGADOS.

- Art. 28, § 9º, “t” da Lei nº 8.212/91:

t) o valor relativo a plano educacional que vise à educação básica, nos termos do art. 21 da Lei nº 9.394/96, e a cursos de capacitação e qualificação profissionais vinculados às atividades desenvolvidas pela empresa, desde que não seja utilizado em substituição de parcela salarial e que todos os empregados e dirigentes tenham acesso ao mesmo.

CASOS ESPECÍFICOS

VERBAS EDUCACIONAIS

Page 89: PREVIDÊNCIA SOCIAL

Mas e as verbas educacionais destinadas a dependentes de empregados? Elas revertem para o empregador na qualificação do empregado ou correspondem a um mero benefício concedido como contraprestação do trabalho, com o intuito de atrair e reter a mão-de-obra?

A participação do empregador no custeio da educação do dependente do empregado não pode ser também considerada investimento?

O empregador que tem essa postura não deve ser estimulado?

CASOS ESPECÍFICOS

VERBAS EDUCACIONAIS

Page 90: PREVIDÊNCIA SOCIAL

VERBAS DESTINADAS À EDUCAÇÃO DEDEPENDENTES DE EMPREGADOS.

Art. 205 da Constituição Federal:

“A educação, direito de todos e dever do Estado eda família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.”

CASOS ESPECÍFICOS

VERBAS EDUCACIONAIS

Page 91: PREVIDÊNCIA SOCIAL

SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Os valores pagos pelo empregador com a finalidadede prestar auxílio escolar aos seus empregados ouaos filhos deles não integram o salário-decontribuição, portanto não compõem a base decálculo da contribuição previdenciária. Precedentescitados: REsp 727.212-RN, DJ 24/8/2006, e Resp365.398-RS, DJ 18/3/2002. REsp 921.851-SP, Rel.Min. João Otávio de Noronha, julgado em11/9/2007. (OBS: “Caráter assistencial”) ---**---

CASOS ESPECÍFICOS

VERBAS EDUCACIONAIS

Page 92: PREVIDÊNCIA SOCIAL

STOCK OPTION

CASOS ESPECÍFICOS

Page 93: PREVIDÊNCIA SOCIAL

Definição:

- Em geral, é um plano através do qual os empregadores oferecem aos seus empregados o direito de comprar ações do próprio empregador ou da sua matriz no exterior, a um preço preestabelecido, após um período de carência.

Características: Aspectos regulatórios, onerosidade e risco.

CASOS ESPECÍFICOS

STOCK OPTION

Page 94: PREVIDÊNCIA SOCIAL

PONTO CONTROVERTIDO:

Gratificação ajustada / Salário indireto / Remuneração

x

Remuneração de Risco em Mercado de Opções

As verbas auferidas por conta dos Stock Option Plans devem integrar a base de cálculo da contribuição previdenciária?

CASOS ESPECÍFICOS

STOCK OPTION

Page 95: PREVIDÊNCIA SOCIAL

TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO – 2ª REGIÃO

“STOCK OPTIONS. INCENTIVO AO EMPREGADO.CARÁTER NÃO SALARIAL. Tratando-se asdenominadas stock options de incentivo ao

empregadono desenvolvimento de seus misteres, condicionado,porém, a regras estabelecidas e não sendo gratuito,visto que sujeito a preço, embora com desconto, temse que não guardam tais opções de compra de açõesda empresa caráter salarial. Recurso Ordinário obreiroa que se nega provimento, no aspecto.” (TRT/2ªRegião, Proc. nº 42364.2002.902.02.00, 7ª Turma,Rel. Des. Anélia Chum, DO 05.12.2003)

CASOS ESPECÍFICOS

STOCK OPTION

Page 96: PREVIDÊNCIA SOCIAL

TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO – 2ª REGIÃO

“Stock option plan. Natureza comercial. O exercícioda opção de compra de ações pelo empregadoenvolve riscos, pois ele tanto poderá ganhar comoperder na operação. Trata-se, portanto, de operaçãofinanceira no mercado de ações e não de salário.Não há pagamento pelo empregador ao empregadoem decorrência da prestação de serviços, mas riscodo negócio. Logo, não pode ser considerada salariala prestação.” (TRT/2ª Região, Proc. nº20010255561 , 3ª Turma, Rel. Des. Sérgio PintoMartins, DO 08.04.2003) ---**---

CASOS ESPECÍFICOS

STOCK OPTION

Page 97: PREVIDÊNCIA SOCIAL

NOÇÕES DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR

Page 98: PREVIDÊNCIA SOCIAL

Previdência Complementar

Art. 202 da Constituição Federal:

“O regime de previdência privada, de caráter complementar e

organizado de forma autônoma em relação ao regime geral de

Previdência Social, será facultativo, baseado na constituição de

reservas que garantam o benefício contratado e regulado por Lei

Complementar.”

Lei Complementar aplicável: LC nº 109/2001.

Page 99: PREVIDÊNCIA SOCIAL

Previdência Complementar

Wladimir N. Martinez - “O sistema previdenciário complementar pode ser, muitas vezes, implementar ou suplementar.”

Complementar – Mantém o patamar remuneratório, complementando a prestação do RGPS.

Implementar – Desvinculado do RGPS.

Suplementar – Agrega à prestação do RGPS mas sem a obrigação de manter o patamar remuneratório.

Fabio Z. Ibrahim – Caráter implementar atual por conta da total autonomia ao sistema público.

Page 100: PREVIDÊNCIA SOCIAL

Previdência Complementar

Art. 202 § 2º da Constituição Federal:

“As contribuições do empregador, os benefícios e as condições contratuais previstas nos estatutos, regulamentos e planos de benefícios das entidades de previdência privada não integram o contrato de trabalho dos participantes, assim como, à exceção dos benefícios concedidos, não integram a remuneração dos participantes, nos termos da lei.”

Page 101: PREVIDÊNCIA SOCIAL

Previdência Complementar

Entidade Fechada de Previdência Complementar (art. 31 e seguintes da LC nº 109/2001)

Entidade Aberta de Previdência Complementar (art. 31 e seguintes da LC nº 109/2001)

Enquadrada no Ministério da Previdência Social (CGPC / SPC)

Enquadrada no Ministério da Fazenda (CNSP / SUSEP)

Abertas a qualquer pessoa física Acessível somente a empregados de uma determinada empresa ou grupo de empresas, servidores, membros de pessoas jurídicas de caráter profissional.

Constituída sob a forma de Fundação ou Sociedade Civil

Constituída sob a forma de Sociedade Anônima

Entidades sem fins lucrativos (patrimônio revertido para o fim previdenciário)

Entidades com fins lucrativos

Page 102: PREVIDÊNCIA SOCIAL

Previdência Complementar

Forte intervenção estatal buscando:

- Segurança econômico-financeira e atuarial, com fins específicos de preservar a liquidez, a solvência e o equilíbrio dos planos de benefícios;

- Transparência e acesso às informações sobre a gestão de planos

- Rígido regime disciplinar e fiscalização

- Proteção aos participantes e assistidos dos planos

Page 103: PREVIDÊNCIA SOCIAL

OBRIGADO.

Rodrigo Moreira de Souza CarvalhoE-mail: [email protected]