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SUSPrincípios
Doutrinários
Belo Horizonte - 2012
Grupo: Ana Flávia Almeida, Camila Martins, Paulo, Juan Brunow,
Letícia Pires.
Disciplina: Políticas de Saúde PúblicaProfessor: Ana Cecília
4º Período - Medicina/Unincor
Introdução
• O Sistema Único de Saúde (SUS) foi criado pela Constituição Federal de 1988 para que toda a população brasileira pudesse ter acesso ao atendimento público de saúde.
Símbolo do SUS
Introdução
• Como já estudado anteriormente, no inicio da República Brasileira, a assistência médica estava a cargo do Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS), ficando restrita aos empregados que contribuíssem com a previdência social; os demais eram atendidos apenas em serviços filantrópicos.
• Ao longo da década de 1980 o INAMPS passou por sucessivas mudanças com universalização progressiva do atendimento, já numa transição com o SUS.
Introdução
• Com a realização da 8ª Conferência Nacional de Saúde, foi criado o Sistema Unificado e Descentralizado de Saúde (SUDS), um convênio entre o INAMPS e os governos estaduais, formando a base necessária para existência de uma seção de saúde na Constituição de 1988.
• A implantação do SUS foi realizada de forma gradual: primeiro veio o SUDS; depois, a incorporação do INAMPS ao Ministério da Saúde (Decreto nº 99.060, de 7 de março de 1990); e por fim a Lei Orgânica da Saúde (Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990), que fundou o SUS.
Definição
•O SUS é formado pelo conjunto de todas as ações e serviços de saúde prestados por órgãos e instituições públicas federais, estaduais e municipais, da administração direta e indireta e das fundações mantidas pelo poder público.
•Pode ser considerado uma das maiores conquistas sociais consagradas na Constituição de 1988, representando, na verdade, a materialização de uma nova concepção acerca da saúde em nosso país.
Definição
• Seus princípios apontam para democratização nas ações e serviços de saúde, que deixam de ser restritos e passam a ser universais, passando também de centralizados para descentralizados.
• É denominado Sistema Único de Saúde porque segue a mesma doutrina e os mesmos princípios organizativos em todo o território nacional.
Funcionamento
• O SUS é um sistema de saúde de abrangência nacional, porém, coexistindo em seu âmbito de subsistemas em cada Estado (SUS estadual) e em cada município (SUS municipal).
• A ênfase está nos municípios: a totalidade de ações e de serviços de atenção à saúde deve ser desenvolvida em um conjunto de estabelecimentos, organizados em rede regionalizada e hierarquizada, e disciplinados segundo os subsistemas municipais (SUS municipal).
Funcionamento
• Os gestores do SUS são representantes dos três níveis do governo: a responsabilidade para com a gestão do sistema é dos municípios, dos estados, do Distrito Federal e da União, por meio de, respectivamente, Secretarias Municipais de Saúde (SMS), Secretarias Estaduais de Saúde (SES) e o Ministério da Saúde.
• A rede do SUS é organizada de forma regionalizada e com nível de complexidade crescente.
Conselhos de Saúde
• Os conselhos de saúde se encontram estruturados nos três níveis do governo.
• Há um conselho de saúde em cada município, que são os Conselhos Municipais de Saúde; um em cada estado, que é o Conselho Estadual de Saúde; e outro no plano federal, que é o Conselho Nacional de Saúde.
Conselhos de Saúde
• Os conselhos são definidos como órgãos ou instancias colegiadas de caráter permanente e deliberativo, em cada esfera do governo.
• São integrantes da estrutura básica da secretaria ou do departamento de saúde dos estados e municípios, com composição, organização e competência fixados em lei.
Cartão do SUS
Doutrina
• O Sistema Único de Saúde teve seus princípios estabelecidos na Lei Orgânica de Saúde, em 1990, com base no artigo 198 da Constituição Federal de 1988.
- A Lei Orgânica da Saúde, sancionada em 1990, regula as ações e serviços de saúde em todo o território nacional e estabelece, entre outras coisas, os princípios, as diretrizes e os objetivos do Sistema Único de Saúde (SUS).
Doutrina
• Os princípios da universalidade, integralidade e da equidade são às vezes chamados de princípios ideológicos ou doutrinários, e os princípios da descentralização, da regionalização e da hierarquização de princípios organizacionais.
• Baseado nos preceitos constitucionais, a construção do SUS se norteia pelos seguintes princípios doutrinários:
Doutrina
Universalidade
-A Saúde é reconhecida como um direito fundamental do ser humano, cabendo ao Estado garantir as condições indispensáveis ao seu pleno exercício e o acesso a atenção e assistência à saúde em todos os níveis de complexidade.
-É, em suma, a garantia da atenção à saúde, por parte do sistema, a qualquer cidadão.
Doutrina
Universalidade
-A universalidade não quer dizer somente a garantia imediata de acesso às ações e aos serviços de saúde.
-Ela coloca o desafio de oferta desses serviços e ações de saúde a todos que deles necessitem, enfatizando, todavia, a ações preventivas e reduzindo o tratamento de agravos.
Doutrina
Integralidade
-Significa a garantia do fornecimento de um conjunto articulado e contínuo de ações e serviços preventivos, curativos e coletivos, exigidos em cada caso para todos os níveis de complexidade de assistência.
-Engloba ações de promoção, proteção e recuperação da saúde.
Doutrina
Integralidade
-É um dos princípios mais preciosos em termos de demonstrar que a atenção à saúde deve levar em conta as necessidades especificas de pessoas ou grupo de pessoas ainda que minoritários em relação ao total da população.
-Uma das preocupações centrais para a consecução do principio da integralidade está na necessidade da humanização dos serviços prestados e das ações realizadas no âmbito do SUS
Doutrina
Equidade
-É um princípio de justiça social porque busca diminuir desigualdades. Isto significa tratar desigualmente os desiguais, investindo mais onde a carência é maior.
-Tem como objetivo reduzir as disparidades sociais e regionais existentes em nosso país.
Doutrina
Equidade
-Este princípio reafirma que a redução das disparidades deve-se dar também por meio das ações e serviços de saúde. Reduzi-las significa a busca de um maior equilíbrio.
-É necessária incorporação tecnológica e investimento estratégico e prioritário no combate de situações agudas ou extremas, de modo a elevar todos a um patamar mínimo a partir do qual seja possível caminhar com mais precisão.
Princípios Organizativos
• Para organizar o SUS, a partir dos princípios doutrinários apresentados e levando-se em consideração a idéia de seguridade social e relevância pública, existem algumas diretrizes que orientam o processo. Na verdade, tratam-se de formas de concretizar o SUS na prática.
Regionalização e Hierarquização
• A regionalização e a hierarquização de serviços significa que os serviços devem ser organizados em níveis crescentes de complexidade, circunscritos a uma determinada área geográfica, planejados a partir de critérios epidemiológicos, e com definição e conhecimento da clientela a ser atendida. Como se trata aqui de “princípios”, de indicativos, este conhecimento é muito mais uma perspectiva de atuação do que uma delimitação rígida de regiões, clientelas e serviços.
• A regionalização é, na maioria das vezes, um processo de articulação entre os serviços já existentes, buscando o comando unificado dos mesmos. A hierarquização deve, além de proceder a divisão de níveis de atenção, garantir formas de acesso a serviços que componham toda a complexidade requerida para o caso, no limite dos recursos disponíveis numa dada região. Deve ainda incorporar-se à rotina do acompanhamento dos serviços, com fluxos de encaminhamento (referência) e de retorno de informações do nível básico do serviço (contra-referência). Estes caminhos somam a integralidade da atenção com o controle e a racionalidade dos gastos no sistema.
Descentralização e Comando Único
• Descentralizar é redistribuir poder e responsabilidades entre os três níveis de governo. Na saúde, a descentralização tem como objetivo prestar serviços com maior qualidade e garantir o controle e a fiscalização pelos cidadãos. Quanto mais perto estiver a decisão, maior a chance de acerto. No SUS a responsabilidade pela saúde deve ser descentralizada até o município. Isto significa dotar o município de condições gerenciais, técnicas, administrativas e financeiras para exercer esta função. A decisão deve ser de quem executa, que deve ser o que está mais perto do problema.
• A descentralização, ou municipalização, é uma forma de aproximar o cidadão das decisões do setor e significa a responsabilização do município pela saúde de seus cidadãos.
É também uma forma de intervir na qualidade dos serviços prestados. Para fazer valer o princípio da descentralização, existe a concepção constitucional do mando único. Cada esfera de governo é autônoma e soberana nas suas decisões e atividades, respeitando os princípios gerais e a participação da sociedade. Assim, a autoridade sanitária do SUS é exercida na União pelo ministro da saúde, nos estados pelos secretários estaduais de saúde e nos municípios pelos secretários ou chefes de departamentos de saúde. Eles são também conhecidos como “gestores” do sistema de saúde.
Participação Popular
• O SUS foi fruto de um amplo debate democrático. Mas a participação da sociedade não se esgotou nas discussões que deram origem ao SUS. Esta democratização também deve estar presente no dia- a- dia do sistema. Para isto, devem ser criados os Conselhos e as Conferências de Saúde, que têm como função formular estratégias, controlar e avaliar a execução da política de saúde.
• Os Conselhos de Saúde, que devem existir nos três níveis de governo, são órgãos deliberativos, de caráter permanente, compostos com a representatividade de toda a sociedade. Sua composição deve ser paritária, com metade de seus membros representando os usuários e a outra metade, o conjunto composto por governo, trabalhadores da saúde e prestadores privados. Os conselhos devem ser criados por lei do respectivo âmbito de governo, onde serão definidas a composição do colegiado e outras normas de seu funcionamento.
• Sistema Único de Saúde. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_%C3%9Anico_de_Sa%C3%BAde. Acesso em 10 de setembro de 2012.
• Princípios Doutrinários do SUS. Disponível em: http://tgssaude.blogspot.com.br/2007/10/os-princpios-doutrinrios-do-sus.html . Acesso em 10 de setembro de 2012.
• Portal Sisreg. Disponível em: http://www.portalsisreg.epm.br/conteudo/principios.htm. Acesso em 10 de setembro de 2012.
Referências
• Ministério da Saúde/Secretária Executiva : SUS Princípios e Conquistas. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/sus_principios.pdf. Acesso em 10 de setembro de 2012.
Referências