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arquivo:Princípios Específicos do Direito do Trabalho
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Princpios Especficos de Direito do Trabalho Esto diretamente ligados ao trabalhador dando especial ateno aos seus interesses, no eliminando outros que por ventura venham benefici-lo. Podemos assim enumer-los como: 1) Princpio da proteo do trabalhador o qual o Estado detentor da norma regulamentadora impe s partes contratantes regras formais que devero ser cumpridas em detrimento da autonomia das mesmas em contratar para assegurar a igualdade e evitar a opresso. a mo estatal intervindo em beneficio do trabalhador para evitar abuso por parte do empregador dando um mnimo de proteo a essas relaes, outros autores denominam de principio da irrenunciabilidade por tratar de direitos que no pode o trabalhador abrir mo deles. Este principio da origem a outros trs: 1.a) Prncipio "In Dbio pro Operrio" que quando estiver o aplicador diante de situaes em que h duas sadas distinta, dever este acolher aquela mais benfica ao trabalhador, mas no entanto nunca afrontando a vontade da lei; 1.b) Princpio da condio mais benfica este principio tem a ver com o direito adquirido resguardado na CR/88 Art.5, Inc.XXXVI, pois garante ao trabalhador que nenhuma norma superveniente que prejudique direito seu atingira o disposto no contrato de trabalho ou conveno de trabalho que seja mais benfica, sendo assim autorizado apena a alterao in mellius que tenha o objetivo de uma condio social melhor para o trabalhador; 1.c.) Principio da Aplicao da Norma mais Favorvel principio que se desdobra em outros como: 1.c.a) Principio da elaborao de normas mais favorveis - este principio busca orientar o legislador elaborao de normas mais pertinentes s condies sociais do trabalhador; 1.a.b) Principio da hierarquia das normas jurdicas vem este principio ditar ao aplicador da norma que independente de sua hierarquia, deve-se aplicar a norma que mais beneficia a real situao do trabalhador; 1.a.c) Principio da interpretao mais benfica havendo omisso ou uma situao dplice da norma uma norma com dois sentidos dever esta ser interpretada visando o interesse do trabalhador; 2) Principio da irrenunciabilidade dos direitos trabalhistas pois a lei veda qualquer acordo realizado entre as partes contratantes empregado e empregador que visa a renuncia de qualquer um dos direitos inerentes ao trabalhador. Bem reala contedo deste principio o Art. 9 da CLT e 7 da CR/88: "Art. 9 CLT - Sero nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de desvirtuar, impedir ou fraudar a aplicao dos preceitos contidos na presente Consolidao. Art. 7 So direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, alm de outros que visem melhoria de sua condio social: VI irredutibilidade do salrio, salvo o disposto em conveno ou acordo coletivo; "
3) Principio da primazia da realidade muito embora haja um contrato formal constitudo entre as partes na relao de trabalho, para os efeitos probatrios mais valer a verdade real dos fatos do que fora pactuados pelos contraentes, vale dizer que, o fato concreto ter mais relevncia do que fora formalmente escrito no contrato; 4) Principio da continuidade da relao de emprego a Constituio de 1988 no imps ao empregador a garantia eterna de emprego ao empregado, porm em caso de despedida sem justa causa dever ele, o empregador, indenizar o trabalhador pela resciso contratual a chamada verba indenizatria sem prejuzo do FGTS e do aviso prvio;5) Principio da integralidade e da intangibilidade do salrio principio que garante ao trabalhador a impenhorabilidade de seu salrio bem como a garantia do valor liquido sem descontos abusivos vedando a lei qualquer tipo de desconto em folha salvo naquelas hipteses de penso alimentcia. 6) Principio da no discriminao principio explicito pela CR/88 em seu art.7, incisos XXX, XXXI e XXXII, que veda qualquer processo de admisso ou remunerao que tenha por base a distino de sexo, cor, idade, estado civil, ou por deficincia fsica ou ainda por distino de trabalho tcnico, manual ou cientifico entre esses profissionais respeitando porm o princpio da isonomia entre estes ltimos;7) Principio da irredutibilidade do salrio os vencimentos dos trabalhadores no podem por parte do empregador serem objeto de deliberao de forma a reduzi-los ao seu alvitre, como bem observa o principio protetor, exceto porm nos casos de negociao coletiva em assemblias com ampla discusso pelas entidades de classe de acordo com o inc. VI, art. 7 da CR/88; 8) Principio da razoabilidade diz respeito ao aplicador da norma devendo este adotar critrios razoveis na aplicao da norma usando do bom senso; 9) Principio da boa-f que as partes pactuem de forma honesta visando o bem comum e que o trabalho realize sua funo social; 10) Principio da autonomia da vontade que as partes contraentes constituam uma relao trabalhista livre firmada pela livre manifestao da vontade e que no ofenda os ditames da norma. Concluso
Com a realizao deste trabalho pode-se concluir que na atual conjuntura do direito do trabalho h uma grande preocupao em resguardar e garantir ao trabalhador seus direitos em detrimento do empregador. E justificadamente explicada pelo fato de o trabalhador se encontrar em posio de desigualdade frente relao empregatcia j que, o empregado se submete a um salrio do qual ser pago pelo empregador, demonstrando um carter de submisso.Definitivamente, vem assim, o direito do trabalho, impor regras a estas relaes para garantir a isonomia das partes no pacto laboral no permitindo a constituio de uma relao desigual e injusta, que so, inclusive, preceitos fundamentais a liberdade, a igualdade e a dignidade da pessoa humana taxativos no artigo 5 da CR/88. Especficos