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PROBLEMAS AMBIENTAIS RELEVANTES: QUAL A SITUAÇÃO DO PLANETA NESSE COMEÇO DE MILÊNIO? (Francisco Antonio Romanelli) Nós iniciamos o terceiro milênio enfrentando um vasto número de problemas ambientais, que ameaçam não só o equilíbrio ecológico do planeta, como a vida de sua biodiversidade, inclusive a vida humana. Isso nos impõe uma reflexão mais cuidadosa sobre algumas questões existenciais de crucial importância: - Qual a situação atual do meio ambiente planetário? - O planeta tem condições de superar e sobreviver a esses problemas? - Qual será a qualidade de vida que o futuro reserva aos habitantes do planeta? Para que se possa refletir sobre tais indagações é importante fazer uma avaliação sintética dos principais problemas ambientais que ameaçam a vida nesse começo de milênio. Impõe-se a preocupação imediata, pela relevância e urgência de seu enfoque, uma vez que representam perigo iminente ao planeta, a despeito da existência de inúmeros outros, com os seguintes fatores de risco à vida:

Problemas ambientais relevantes: qual a situação do planeta neste começo de milênio?

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Uma passada rápida sobre os problemas ambientais que ameaçam a qualidade de vida do futuro do planeta neste começo de milênio.

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Page 1: Problemas ambientais relevantes: qual a situação do planeta neste começo de milênio?

PROBLEMAS AMBIENTAIS RELEVANTES: QUAL A SITUAÇÃO DO PLANETA NESSE COMEÇO DE MILÊNIO?

(Francisco Antonio Romanelli)

Nós iniciamos o terceiro milênio enfrentando um vasto número de problemas

ambientais, que ameaçam não só o equilíbrio ecológico do planeta, como a vida

de sua biodiversidade, inclusive a vida humana. Isso nos impõe uma reflexão mais

cuidadosa sobre algumas questões existenciais de crucial importância:

- Qual a situação atual do meio ambiente planetário?

- O planeta tem condições de superar e sobreviver a esses problemas?

- Qual será a qualidade de vida que o futuro reserva aos habitantes do

planeta?

Para que se possa refletir sobre tais indagações é importante fazer uma

avaliação sintética dos principais problemas ambientais que ameaçam a vida

nesse começo de milênio. Impõe-se a preocupação imediata, pela relevância e

urgência de seu enfoque, uma vez que representam perigo iminente ao planeta, a

despeito da existência de inúmeros outros, com os seguintes fatores de risco à

vida:

- Falta de água;

- Desmatamento;

- Aquecimento global;

- Buraco na camada de ozônio;

- Chuva ácida;

- Excesso de resíduos;

- Perda da biodiversidade;

- Poluição em geral;

- Queimadas;

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- Superpopulação.

Inicia-se a avaliação pelos problemas relacionados à carência ou má qualidade

da água. Ninguém desconhece a gravidade de tal situação hoje em dia. A princípio

observamos que, apesar de a Terra ser um planeta coberto por mais de dois

terços de água, quase toda ela é composta por água salgada, de difícil utilização.

Sobram apenas 2,5% (dois e meio por cento) de toda a água do planeta sob a

forma de água doce, mas considerando-se que a maior parte dessa água se

encontra sob a forma de gelo nos pólos, outra grande parte em reservatórios

subterrâneos inacessíveis, apenas 0,75% (setenta e cinco centésimos por cento),

menos de um por cento, de toda a água pode ser disponibilizada ao uso humano,

seja para sua alimentação, para asseio e higiene, para lazer, para a produção

rural e para o sustento de rebanhos. E desse volume, 0,70% (setenta centésimos

por cento) também se encontram em reservatórios subterrâneos, restando, como

águas de superfície, apenas 0,05% (cinco centésimos por cento), a vigésima parte

de um por cento de toda a água do planeta.

Segundo relatórios da ONU, datados de 2000,

No ritmo atual de poluição e explosão demográfica, as perspectivas são sombrias. Em 25 anos um terço da humanidade estará morrendo por sede ou contaminação de água. As primeiras vítimas serão moradores de metrópoles e regiões desérticas.

Naturalmente, como vinte e cinco anos representam menos que uma geração,

essa perspectiva é aterradora. Em média, por cada três pessoas, uma morrerá por

problemas de falta de água, em razão de sua contaminação ou pela má qualidade

hídrica.

A água não só nutre toda forma de vida que se conhece no planeta, como é

essencial a todos os processos de existência do homem. Privado de água o ser

humano, em poucos dias, perece de sede, inanição e desidratação, ou de outras

doenças relacionadas à sua carência.

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O homem necessita de água:

- como alimento;

- na ingestão direta de líquidos;

- nas atividades agrícolas;

- na elaboração de alimentos;

- em necessidades domésticas;

- e nos processos industriais.

O corpo humano é composto de cerca de 70% (setenta por cento) de água e

para manter-se funcionando normal e sadiamente necessita que sejam ingeridos,

por dia, de dois a três litros de água limpa, saudável e potável, mesmo porque, em

período idêntico, pode chegar a perder mais de quatro litros de água, pela

transpiração, pela urina, pela respiração e pelas fezes.

Uma das grandes preocupações, em todo o mundo, é o desperdício de água.

No Brasil, por exemplo, enquanto a média ideal de gasto de água por dia por

pessoa é de quarenta litros, a média de utilização ultrapassa aos duzentos litros.

Além do mais, estima-se que 70% (setenta por cento) de toda a água tratada no

país são desperdiçados em vazamentos. Não bastasse isso, o consumo sobe em

média 5% (cinco por cento) ao ano – tendendo a aumentar proporcionalmente ao

aumento da população, o que equivale ao volume de água de um lago da Usina

de Itaipu a cada quatro anos. Em alguns outros países, como nos Estados Unidos,

o volume do gasto individual é ainda maior, chegando à marca recorde de mil e

duzentos litros em média de consumo por habitante/dia em Los Angeles.

O Brasil possui o maior volume de água doce disponível dentre os demais

países do planeta, com cerca de 13% (treze por cento) do volume total. Apesar

disso, a quase totalidade dessa água se encontra na Região Norte, existindo

áreas carentes como o nordeste. Há alguns anos atrás, o brasileiro conviveu com

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o risco de “apagões” e com racionamento de luz. Em futuro bastante próximo,

provavelmente se sujeitará a racionamento não só de luz, como da própria água.

Os problemas da carência de água, em nível global, ocorrem, principalmente,

em razão de distribuição irregular dos reservatórios, de contaminação, da

poluição, do desperdício e da maior demanda ocasionada pelo crescimento

demográfico e pela ampliação dos rebanhos.

Mais de um bilhão da população mundial, ou seja, mais de um sexto dessa

população, não tem acesso à água potável ou tratada, enquanto mais de vinte e

cinco mil pessoas morrem por dia por carência de água.

No Brasil, mais da metade dos municípios não possuem água tratada e a água

existente é permanentemente contaminada por sujeiras e detritos que a tornam

imprestável e até estéril. A poluição dos mananciais, aqui, se dá, principalmente,

na região sul, por pesticidas, agrotóxicos e outros produtos químicos; na região

sudeste, além dessas causas, as maiores fontes de poluição são dos esgotos

industriais e residenciais; no centro, grande problema é causado por metais

tóxicos, como o mercúrio usado nos garimpos.

A distribuição irregular de reservatórios e a falta de saneamento básico fazem

com que a água chegue a ter um custo bastante elevado em certas regiões do

país.

Em nível mundial, a questão se agrava, sendo que hoje uma em cada três

pessoas padece de escassez, de doenças ou perecem pela falta ou má qualidade

da água e essa proporção em cerca de vinte e cinco anos se inverterá, sendo que

em cada três, duas pessoas estarão sofrendo desses males pela mesma causa,

falta ou má qualidade da água, segundo dados da Organização das Nações

Unidas. Provavelmente, a necessidade de água será, nos próximos anos, a maior

causa de guerras e litígios internacionais. Hoje em dia já existem mais de setenta

conflitos declarados por causa de água.

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No ritmo atual em poucos anos, mais da metade da população mundial não

disporá de água doce potável adequada ao consumo humano.

O problema ambiental seguinte de nossa lista, a ser apontado como alarmante,

é o desmatamento. Provavelmente, a maior riqueza de cobertura vegetal do

mundo se encontra em nosso País, o que impõe que tomemos medidas

preservacionistas imediatas e eficazes, sob pena de amargarmos déficits

perigosos de áreas de vegetação, como ocorre com as Filipinas, e outros países

do mundo, despidos de quase toda sua cobertura vegetal original.

A maior floresta tropical do mundo, a Amazônica já sofreu, desde 1500, em

território brasileiro, onde se encontra mais de sua metade, um desmatamento

equivalente a 15% (quinze por cento) da área brasileira original. Pior situação se

encontra a Mata Atlântica que hoje possui apenas 7,5% (sete e meio por cento) da

área existente na época do descobrimento. Os cerrados brasileiros, responsáveis

pela maior variedade de vida no país, se resumem, hoje, a apenas 20% (vinte por

cento), tendo, no mesmo período, sofrido uma devastação de 80% (oitenta por

cento) de sua área.

A Amazônia brasileira é de tal proporção que nela cabe meio continente

europeu, mas, nos últimos trinta anos, já foi devastada em cerca de seiscentos mil

quilômetros quadrados, área maior que a do território da França. Enquanto isso,

por outro lado, a despeito da luta de ambientalistas e órgãos governamentais

envolvidos, foram criados apenas cento e vinte e quatro parques na Amazônia

brasileira, com áreas de preservação de cerca de minguados sessenta e quatro

mil quilômetros quadrados.

Estudos recentes levados a efeito pelo Instituto Nacional de Pesquisas da

Amazônia e pelo Smithsonian Institution prevêem em uma visão mais otimista uma

degradação, de pelo menos 28% (vinte e oito por cento), ou, em uma mais

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pessimista, de até 42% (quarenta e dois por cento) da Amazônia original nos

próximos vinte anos. Hoje, o desmatamento da Amazônia brasileira – responsável

por 20% (vinte por cento) de toda a biodiversidade mundial – chega a dezoito mil

quilômetros quadrados por ano, o equivalente a um milhão e oitocentos mil

Maracanãs, ou quase cinqüenta quilômetros por dia, equivalentes a quase cinco

mil Maracanãs, ou mais de dois quilômetros quadrados por hora – o tamanho de

uma cidade de porte médio.

Assim como a própria água, e porque há uma interdependência inseparável

entre elas, a cobertura vegetal é indispensável à vida do planeta e à vida humana,

sendo absolutamente necessária, entre outras coisas:

-como ambiente aos ecossistemas;

-para liberar oxigênio, necessário à respiração da maioria dos seres vivos;

-para absorver dióxido de carbono;

-para sombrear e refrescar;

-para reter água na terra e umidade no ar;

-para produzir frutos, alimentos e abrigo;

-e para proteger o solo da desertificação.

As principais causas da destruição da cobertura vegetal no planeta são as

queimadas, a extração comercial desordenada e a ocupação humana, com suas

peculiares derrubadas de árvores e limpezas de terrenos para construir, utilizar

madeiras em suas habitações e lenha como combustível residencial e industrial, e

ampliar áreas pastoris e agrícolas.

A ocupação humana ocorre, em sua maioria, nas beiras de estradas, chegando

a atingir até cem quilômetros de suas margens. Além disso, o consumo de

madeira cresceu em mais de 60% (sessenta por cento) em apenas quarenta anos,

principalmente como lenha nas regiões mais pobres. Com o aumento da pobreza,

aumenta o desmatamento para a utilização de madeira.

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Outro problema preocupante é o aquecimento global. Aumentos periódicos de

temperatura são comuns (em períodos de cerca de cento e vinte mil anos), mas o

aquecimento hoje é causado em grande parte pelo modo de vida e ocupação

ambiental do ser humano e vai afetar sua existência, de maneira drástica, em

curto prazo.

O “efeito estufa” é causado principalmente pelo acúmulo de gás carbônico na

biosfera, o que impede a fuga de parte do calor para o espaço. É imprescindível à

vida no planeta por manter um aquecimento equilibrado. Sem os gases “efeito

estufa” a temperatura média seria em torno de -18º C (dezoito graus Celsius

negativos), com dias absurdamente quentes, pela incidência direta do sol, e noites

extremamente geladas, pela falta de retenção do calor solar. A intervenção

humana nos processos naturais está acelerando esse aquecimento. Desde 1860,

época em que se iniciaram medições a respeito, pouco depois do início da era

industrial, até o ano de 2000, a temperatura média do globo subiu cerca de um

grau.

A concentração desses gases está crescendo de forma e velocidade

preocupantes em função da intervenção humana nos processos naturais,

principalmente por causa de:

-queima de combustíveis fósseis, na sua maioria petróleo, em carros e

indústrias;

-incêndios e queimadas;

-aumento das plantações de arroz e da criação de gado, atividades que

depositam metano, óxido nitroso e outros gases na atmosfera.

A emissão de gases dessa natureza deve dobrar neste século XXI, chegando a

aumentar a temperatura em até 6.º C (seis graus Celsius), elevando os níveis dos

oceanos em proporções gigantescas e causando uma série enorme de

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catástrofes e prejuízos naturais. Dentre tais prejuízos estarão a morte dos recifes

de corais, responsáveis por abrigar e alimentar a maior parte da vida marinha

animal, o alagamento de áreas urbanizadas, o aumento no número de furacões,

tempestades e outras catástrofes, a morte prematura de seres da biodiversidade

mundial pelo excesso de calor ou por afogamento, o aumento das doenças e

maiores dificuldades em trata-las, o desmatamento causado pela inundação de

áreas verdes, e pela migração de seres humanos e animais para áreas mais

elevadas e secas. Como um perverso ciclo vicioso, o aquecimento agravará e será

agravado pelas queimadas, pela desertificação, pelo desmatamento, pela

diminuição de áreas verdes, com a conseqüente ocupação desordenada,

provocando em retorno o aumento da miséria, da fome, e uma inevitável

aceleração nos processos de degradação...

É triste e doloroso saber que o ser humano é o principal gerador desses

perniciosos acontecimentos e a maior influência em seu descontrole

. Pior: age em amparado em valores artificiais, como poderes político, social e

econômico, dinheiro e progresso, aos quais atribui cega e desmesurada

importância... Apenas por interesses econômicos os países ricos do mundo não

chegam a uma conclusão quanto à contenção da emissão de gases prejudiciais

ao efeito estufa. O exemplo mais marcante vem dos Estados Unidos, país que,

enquanto é responsável pela emissão de 25% (vinte e cinco por cento) dos gases

depositados na atmosfera concorre com apenas 4% (quatro por cento) da

população mundial. Mesmo assim, seus dirigentes se negam a assinar acordos

para redução das emissões de gases efeito estufa, inclusive do Protocolo de

Kioto, que prevê prazos para a redução dessas emissões.

A seguir, vêm os problemas relativos ao desgaste na camada de ozônio que

protege a atmosfera terrestre e os fenômenos das chamadas chuvas ácidas. A

camada de ozônio, na estratosfera, retém parte dos raios ultravioletas vindos do

sol. Os buracos são assim chamados em razão da existência de áreas onde a

camada de ozônio é mais rarefeita. Em 1987 foram captadas, por satélites,

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enormes áreas sobre os pólos onde a camada de ozônio estaria excessivamente

rarefeita. Estudos realizados em anos seguintes, principalmente em 1991,

descobriram aumentos consideráveis nesses “buracos”, com carência de ozônio

sobre a Antártida, em área maior que a do continente europeu. Foi também

detectada uma elevação substancial na concentração de gases cloro-

fluorcarbonados, de larga utilização humana.

Os prejuízos causados pelo excesso de raios ultravioletas nos sistemas vivos

do planeta são imensuráveis e desconhecidos. No ser humano, atribuem-se-lhes

doenças como câncer e envelhecimento precoce da pele, manchas solares,

queimaduras e prejuízos ao sistema imunológico. São temidas, ainda, doenças

desconhecidas provocadas por alterações genéticas e pela infiltração de um

volume excessivo de raios ultravioletas em níveis mais profundos da pele.

Nos ecossistemas marinhos, há prejuízos aos fitoplânctos, algas unicelulares

responsáveis não só pela cadeia alimentar dos oceanos, como por grande

emissão de oxigênio. Em todo o mundo vegetal, a incidência excessiva de raios

ultravioletas prejudica a fotossíntese e provoca mutações genéticas, alterando

estruturas de DNA.

Chuvas ácidas são provocadas por gases provenientes de combustíveis

fósseis que se convertem, através de reações químicas na atmosfera, em ácidos

nítrico e sulfúrico, aumentando a acidez de cursos de água e das fontes, inclusive

dos lençóis freáticos. Esses ácidos, depostos pela chuva ou neve, causam

desequilíbrio ao meio ambiente e provocam morte de peixes, da cobertura vegetal,

tornam a água imprópria ao consumo, acidificam terras prejudicando o plantio, a

germinação e até a evolução de muitas culturas agrícolas. Em um mundo onde a

fome aumenta a cada dia, constituem outro fator de redução das reservas

alimentícias.

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O problema ambiental, dentre aqueles mais graves, que talvez mais se

evidencie, é o problema do lixo. Cada brasileiro produz, em média, quatrocentos e

quarenta mil quilos de lixo por ano, sendo que o Brasil é responsável pela

produção de oitenta e oito milhões de toneladas por ano, ou duzentos e quarenta

mil toneladas por dia. Habitualmente, na grande maioria, o lixo recolhido pelos

serviços públicos de limpeza, vai para os chamados lixões e para os aterros

sanitários. Muitos detritos, por outro lado, acabam sendo jogados a esmo, pela

própria população, diretamente no ambiente. Os materiais que compõem o lixo

envenenam e poluem terra, água e ar. Vários, mesmo aterrados, chegam a

demorar anos, ou até séculos para se decompor...

Em São Paulo, a cidade mais rica do país, existe uma produção diária de mais

de treze mil e oitocentas toneladas de lixo por dia, das quais apenas 1% (um por

cento) é reciclado; cerca de 92% (noventa e dois por cento) vão para grandes

aterros sanitários e 7% (sete por cento) para incineradores e usinas de

compostagem. Isso, segundo dados da própria Limpurb. O lixo aterrado é uma

bomba de efeito retardado que, em médio prazo, transformar-se-á em sério

problema de degradação ambiental. O lixo incinerado, ao contrário, é bomba de

efeito imediato, já que os incineradores depositam diretamente na atmosfera

vários poluentes e materiais de alta toxidade.

Estima-se que 25% (vinte por cento) da população brasileira depositem o lixo

diretamente no ambiente, em terrenos baldios, encostas, cursos de água, estradas

de áreas rurais, ruas, etc. Esse lixo, muitas vezes carregado pelas águas de

chuvas torrenciais, acaba poluindo e degradando os cursos de água, entupindo

esgotos e canalizações e, com isso, provocando enchentes, assoreamento, desvio

de cursos, erosão, e muitos outros inumeráveis prejuízos. Mesmo o lixo recolhido,

a maioria é depositada a céu aberto, nos chamados lixões, sujeitando-se a

queimadas, a ser carregado pelas chuvas, a se espalhar nos ventos, distribuindo

não só um fétido mal cheiro na atmosfera, como gases venenosos e fumaça,

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muitas vezes de alto poder de toxidade, com um evidente e incalculável prejuízo

ambiental.

O lixo industrial, habitualmente composto de resíduos extremamente tóxicos,

principalmente quando queimados é também causa de grandes problemas

ecológicos e é extremamente prejudicial à saúde humana.

Em médio prazo grande risco vem do chamado lixo atômico. O lixo atômico é

composto principalmente de plutônio, que leva cerca de meio milhão de anos para

perder seu potencial agressivo. A produção anual de plutônio é de cerca de

duzentos a duzentos e cinqüenta quilos, sendo que bastariam quinhentos gramas

para causar câncer de pulmão em todos os habitantes do planeta. Hoje, os países

mais ricos, que são os maiores produtores de energia atômica e seus resíduos,

procuram fazer convênios com os países pobres, sujeitando-os a receber lixo

atômico ou perigoso. Por causa de riscos dessa natureza, muitos países já

possuem leis proibindo o recebimento de lixo perigoso.

Na seqüência dos grandes e catastróficos riscos ambientais em análise, está a

perda da biodiversidade, ou seja, a perda dos elementos vivos que o planeta

Terra, durante quatro bilhões de ano, cultivou e evoluiu. A biodiversidade estimada

no planeta é de cinco a cinqüenta milhões de espécies.

Dessas, apenas cerca de um milhão e quatrocentos mil foram identificadas e

catalogadas. Ou seja, há a possibilidade de que existam entre três milhões e

seiscentas mil a quarenta e oito milhões e seiscentas mil espécies desconhecidas.

Das espécies conhecidas,

-800 mil são de insetos;

-250 mil de vegetais;

- 40 mil de vertebrados;

-e as restantes são de invertebrados, algas, fungos e microorganismos.

No Brasil, grande paraíso da biodiversidade mundial, encontram-se dez a 20%

(vinte por cento) de todas as espécies existentes no planeta. No entanto, esse

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imenso tesouro de vida, essa imensa riqueza de material genético e orgânico,

essa fonte abundante de elementos medicamentosos e alimentícios, está sendo

destruída em larga escala, dentre alguns outros fatores, principalmente por

queimadas, desmatamentos, extração mineral e comércio ilegal de espécies.

A velocidade da destruição é tamanha que entre 1500 e 1850 estima-se que

uma espécie foi eliminada em cada dez anos;

entre 1850 e 1950, esse número saltou para uma espécie por ano.

Em 1990 estima-se que foram eliminadas dez espécies por dia;

em 2000, uma espécie por hora ou vinte e quatro por dia. Quantas espécies

são eliminadas hoje? Quantas

desaparecerão nos próximos anos? Uma por segundo, talvez.

A gravidade da situação é tamanha que, de 1975 a 2000, ou seja, em apenas

vinte e cinco anos, foram extintas 20% (vinte por cento) das espécies vivas do

planeta.

De 1950 a 2000, em cinqüenta anos, foi eliminado 1/5 (um quinto) das florestas

tropicais. Hoje,

mais de 14% (quatorze por cento) das espécies vegetais estão em extinção.

2/3 (dois terços)

das nove mil e seiscentas espécies de aves, 11% (onze por cento) das quatro

mil e quatrocentas espécies de mamíferos encontram-se em perigo iminente de

desaparecimento; 1/3 (

um terço) de todas as espécies de peixes estão sob ameaça e 11% (onze por

cento) correm risco de extinção.

Outro fantasma que paira sobre o planeta, ameaçando-o, é a poluição em suas

múltiplas facetas: poluição atmosférica, das águas, sonora, visual.

Quanto à poluição atmosférica, desde o início da revolução industrial – por

volta de meados do século dezoito – duzentos e setenta e um bilhões de

toneladas de carbono foram depositadas na atmosfera. No curto período dos

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últimos cinqüenta anos, apenas os Estados Unidos lançaram cento e oitenta e seis

bilhões de toneladas.

Todo esse excessivo volume de carbono lançado na atmosfera tem causado

sérios problemas, como o acréscimo excessivo dos gases “efeito estufa”, a

deposição de resíduos tóxicos nas bacias hidrográficas e o venenoso e altamente

tóxico “smog” - uma massa de ar estagnado composto por uma mistura de

diversos gases, vapores de ar e fumaça. Hoje em dia são corriqueiros os casos de

internações hospitalares e até mesmo de óbitos de crianças, de animais

domésticos, de pessoas idosas ou com doenças cardiorrespiratórias, intoxicados

pelo ar poluído.

Nos grandes centros urbanos 80% (oitenta por cento) da poluição atmosférica

vêm dos escapamentos de veículos com motores de combustão, sendo que os

outros 20% (vinte por cento) se originam de fábricas, de incineradores de lixo, de

incêndios, etc. A queima de combustível fóssil é, portanto, o maior poluidor da

atmosfera dos centros urbanos. Essa aterradora realidade permanece oculta, de

forma premeditada, por interesses econômicos escorados na riqueza

movimentada pelo comércio do petróleo.

A poluição das águas é causada principalmente por lixo urbano e industrial,

esgotos urbanos e industriais, deposição de detritos e diversas formas de sujeiras,

mercúrio dos garimpos, resíduos de baterias e pilhas e agrotóxicos, pesticidas e

outros produtos químicos aplicados desordenadamente em lavouras, na pecuária

e no combate a pragas e parasitas.

Grande fator de poluição das águas marinhas e dos litorais, desequilibrando a

vida que ali existe e a dos demais seres que dela se servem como alimento, são

os vazamentos de petróleo, de plataformas de extração, de canalizações ou de

navios transportadores.

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A seu turno, a poluição sonora, com níveis de pressão acima daqueles

indicados para o nosso organismo, comum em quase todos os cantos das cidades

de grande e médio portes, provoca estresse, distúrbios físicos, mentais,

psicológicos, insônia, deficiência auditiva, altera a pressão arterial, causa

problemas digestivos, provoca má irrigação sangüínea da pele e até impotência e

frigidez sexual

.

A poluição do solo vem principalmente da deposição de lixos e resíduos e da

excessiva e má utilização de agrotóxicos e algumas formas de adubo. Afeta ao

mesmo tempo a água, o solo e a atmosfera.

A poluição visual prejudica a qualidade de vida das pessoas, ofende sua

integridade psíquica, causando nervosismo, cansaço e mal estar e confunde

alguns animais, prejudicando profundamente seus hábitos, interferindo em seus

processos de acasalamento, de procriação e de sobrevivência.

As queimadas são outra fonte de degradação ambiental preocupante. As

queimadas, principalmente as rurais, mas também as urbanas, são responsáveis

em grande parte pela perda da biodiversidade, destruindo animais, seus habitats e

grande variedade de plantas. Grandes riquezas naturais são permanentemente

perdidas no meio das cinzas das queimadas. A prática de limpar campos e áreas

urbanas com fogo provoca prejuízos incalculáveis e devastações irrecuperáveis.

As queimadas causam uma vasta gama de prejuízos ambientais e à saúde do

ser humano. Nesse último aspecto, em razão dos gases depositados no ar e

aspirados, causam doenças respiratórias, asfixias, doenças alérgicas, irritação e

outras doenças oculares, doenças de pele, doenças cardiovasculares e uma

enormidade de outros incômodos, como mal estar, enjôos, falta de ar, inquietação,

irritabilidade, dores de cabeça, fadiga visual, etc.

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As queimadas provocam o ressecamento da atmosfera, seja pela deposição

direta de gases, seja pelo calor produzido. Dificultam as chuvas; aumentam a

poluição do ar, do solo e das águas; acrescem à atmosfera quantidades

impróprias de gases efeito estufa, colaborando no excessivo aquecimento global.

Deixam na atmosfera resíduos tóxicos provenientes da queima de lixo, de

materiais químicos e industriais, tais como borrachas, tintas, plásticos e materiais

de construção. Aceleram ou iniciam um processo de desertificação, provocando

desmatamentos e deixando áreas enfraquecidas e propícias a erosões. E, além de

tudo isso, depois de algum tempo esterilizam o solo, tornando-o impróprio ao

cultivo.

O ponto de partida desses grandes problemas ambientais é o aumento

irregular e desmedido da população humana no planeta. Atualmente, mais de seis

bilhões de habitantes ocupam o planeta. Em 2010, segundo dados do IPV - Índice

Planeta Vivo - do Fundo Mundial da Natureza, o planeta será ocupado por mais de

sete bilhões de habitantes, em 2021, por mais de oito bilhões.

Nos últimos vinte e cinco anos do século XX, a população cresceu em dois

bilhões de pessoas; no mesmo período, a cobertura florestal planetária diminuiu

10% (dez por cento); as cem principais espécies que vivem em água doce

reduziram-se em 45% (quarenta e cinco por cento); desapareceram 50%

(cinqüenta por cento) de todos os mangues e várzeas e houve uma queda de 30%

(trinta por cento) nos ecossistemas, em uma proporção de 1,5% (um e meio por

cento) ao ano.

Como é fácil de verificar, o aumento da população é causa de desmatamento

para ocupação da área, para utilização de madeira nas construções e como

combustível doméstico. Provoca uma maior produção de lixo, o que causa e a

consequente maior deposição de lixo e resíduos no solo, nos rios e oceanos,

eliminando formas de vida. É necessário o aumento das atividades produtivas

agrícolas, pecuárias e industriais, para satisfazer o acréscimo populacional. Em

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um círculo vicioso, há o aumento da emissão de gás carbônico, de incêndios e

queimadas, uma maior demanda por habitação e alimentos.

O aumento populacional é mais acelerado nos países e nas regiões mais

pobres. Enquanto países desenvolvidos, ou pessoas de médio poder aquisitivo,

preocupam-se com o controle e a redução da natalidade, nas faixas de maior

pobreza, inclusive pela falta de orientação e educação sexual, há um crescimento

desordenado. Por essa razão

, os países mais pobres responderão por 90% (noventa por cento) do

crescimento populacional nos próximos anos.

Segundo o relatório “State of the World”, do Worldwatch Institute, “dentro de no

máximo uma geração países como Mauritânia, Etiópia e Haiti estarão

praticamente sem vegetação por causa da busca de lenha para cozinhar”.

Nos últimos quarenta anos, pelo acréscimo da demanda por alimentos, a

pesca oceânica saltou de dezoito milhões de toneladas anuais para noventa e

cinco milhões. As espécies mais importantes em todas as regiões do globo estão

praticamente esgotadas e sem possibilidades de se recuperar, já que a pesca não

só persiste, como tem aumentado, paralelamente ao aumento da população.

Estima-se o nascimento de noventa milhões de novos habitantes por ano, o

que vai exigir pelo menos vinte e seis milhões de toneladas de alimentos a mais

em cada ano, volume que cresce proporcionalmente ao crescimento demográfico.

E todo esse alimento tem que ser extraído de um único lugar: nosso planeta. Um

planeta devastado, enfraquecido, esgotado, e que aparentemente não tem uma

única chance, sequer, de usufruir um descanso, um pausa, para que possa se

recuperar e, como vem fazendo há quatro bilhões de anos, persistir na sagrada

missão de manter a vida e permitir que ela evolua.

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Confrontada com esse quadro perturbador de degradação, que ameaça a

existência de todos os seres do planeta e da qual é a principal causadora, a

humanidade se atrasa em refletir e buscar uma solução adequada e eficaz.

Uma observação mais cuidadosa faz com que se tornem óbvias aos olhos do

observador as seguintes conclusões:

1. Se persistir o modelo de civilização hoje adotado, baseado na

submissão, no exercício de poder pela força, no extrativismo ilimitado, no

imperialismo e na falta de harmonia e comunhão entre os seres humanos que

dominam o planeta, a humanidade está velozmente caminhando em direção a

iminentes catástrofes ambientais que poderão comprometer toda a forma de vida

que o habita.

2. Há uma urgente necessidade de mudança de paradigmas. O ser

humano precisa se deslocar do foco da individualização cega para o da

humanização; precisa saber e sentir que é apenas uma parte de um todo maior e

infinito e que tudo o que lhe diz respeito afeta o todo e a todos os demais, assim

como é afetado por qualquer alteração do todo.

3. O futuro do planeta depende de como cada um dos seus habitantes

passe a se relacionar e a interagir com o todo. Cada um tem que se conscientizar

da existência dos problemas ambientais e perceber que é um dos responsáveis

pelo estado geral do meio ambiente; reconhecer que é causa de sua degradação,

mas que também o pode ser de sua recuperação.

4. Cada um tem que adotar seriamente posição definida e eficaz no

sentido de direcionar suas ações para uma melhora do mundo como um todo. Há

de se acatar como lema a filosofia do grande pacifista Gandhi de que “Nós

precisamos ser a mudança que queremos ver no mundo” e se libertar

urgentemente do paradigma atual, que hoje, mais que nunca, pode ser identificado

Page 18: Problemas ambientais relevantes: qual a situação do planeta neste começo de milênio?

pela desolação íntima e pessoal muito bem retratada pela frase “Erguemos muros

que nos dão a garantia que morreremos cheios de uma vida tão vazia” (trecho de

letra de música da banda Engenheiros do Hawaii).

5. Cabe, portanto, a cada um de nós, como parte integrante e

indivisível do todo, consciente da participação efetiva nos processos de

coexistência com os demais seres e elementos do planeta e de ocupação e

utilização ambiental, responder se a Terra tem futuro, e qual a qualidade do futuro

que terá.

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