Proc Penal e Inteligência

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  • 7/25/2019 Proc Penal e Inteligncia

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    1 A INTELIGNCIA CLSSICA OU DE ESTADO

    1.1 As atividades de inteligncia d !de" E#ec$tiv

    %ede"al

    Segundo o art. 1, 2, do Decreto 4.376/2002, que regulamentou a Lei

    9.3/1999, inteligncia! a ati"idade de o#ten$%o e an&li'e de dado' e in(orma$)e' e

    de *rodu$%o e di(u'%o de con+ecimento', dentro e (ora do territrio nacional, relati"o'

    a (ato' e 'itua$)e' de imediata ou *otencial in(lu-ncia 'o#re o *roce''o deci'rio, a

    a$%o go"ernamental, a 'al"aguarda e a 'eguran$a da 'ociedade e do 'tado.

    Contra-inteligncia! a ati"idade que o#eti"a *re"enir, detectar, o#'truir e

    neutraliar a intelig-ncia ad"er'a e a$)e' de qualquer naturea que con'tituam

    amea$a 'al"aguarda de dado', in(orma$)e' e con+ecimento' de intere''e da

    'eguran$a da 'ociedade e do 'tado, #em como da' &rea' e do' meio' que o'

    reten+am ou em que tran'item art. 3, do Decreto 4.376/2002.

    Lei 9.3/1999 in'tituiu o Si'tema 5ra'ileiro de ntelig-ncia SS5 e criou

    a g-ncia 5ra'ileira de ntelig-ncia 5, que 'ucedeu, numa "er'%o democr&tica, ao

    e8tinto Ser"i$o acional de n(orma$%o S1:. ; Decreto 4.376/2002 regulamentou

    a re(erida lei. 5 ! o rg%o central do SS5 e ! 'u#ordinada ao e*?#lica. o' termo' do art. 4@ de'te

    Decreto, al!m dela, "&rio' outro' rg%o' do =oder 8ecuti"o com*)em o SS5A aBa'a Bi"il da =re'id-ncia da >e*?#lica, *or meio do Bentro e*?#lica, rg%o de coordena$%o da' ati"idade' de intelig-ncia

    (ederalF o Eini't!rio da Gu'ti$a, *or meio da Secretaria acional de Seguran$a =?#lica,

    da Diretoria de ntelig-ncia =olicial do De*artamento de =olHcia Iederal, do

    De*artamento de =olHcia >odo"i&ria Iederal, do De*artamento =enitenci&rio acional e

    do De*artamento de >ecu*era$%o de ti"o' e Boo*era$%o GurHdica nternacional, da

    Secretaria acional de Gu'ti$aF o Eini't!rio da De(e'a, *or meio do De*artamento de

    ntelig-ncia 'trat!gica da Secretaria de =olHtica, 'trat!gia e ''unto' nternacionai',

    da Su#c+e(ia de ntelig-ncia do 'tadoJEaior de De(e'a, do Bentro de ntelig-ncia da

    Earin+a, do Bentro de ntelig-ncia do 8!rcito e do Bentro de ntelig-ncia da

    eron&uticaF o Eini't!rio da' >ela$)e' 8teriore', *or meio da Boordena$%oJ

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    ti"idade' Iinanceira', da Secretaria da >eceita Iederal e do 5anco Bentral do 5ra'ilF o

    Eini't!rio do Kra#al+o e m*rego, *or meio da SecretariaJ8ecuti"aF o Eini't!rio da

    Sa?de, *or meio do

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    'i'tema' de in(orma$)e' comunica$)e' e in(orm&ticaF c o*era$)e' de intelig-ncia

    #u'ca do dado e/ou da in(orma$%o negado' ou n%oJdi'*oni#iliado'.

    ' e'*!cie' de in(orma$%o lato sensu *odem 'er determinada' con(orme o grau

    cre'cente de 'ua utilidade *ara a tomada de deci'%oA a dadoin(orma$%o lato

    sensu, em Oe'tado #rutoP, ou 'ea, n%o 'u#metida an&li'e, 'Hnte'e e/ouinter*reta$%oF # informaoin(orma$%o stricto sensu,& 'u#metida a algum

    tra#al+o de an&li'e e inter*reta$%oF c conhecimentodado' e in(orma$)e' &

    'u#metido' an&li'e, 'Hnte'e e inter*reta$%o nece''&rio' *ara a tomada de deci')e'.

    ormalmente, rg%o' de intelig-ncia *o''uem regra' rHgida' quanto ao 'igilo

    do' documento' de intelig-ncia *roduido', #em como quanto ao intercMm#io de dado'

    e con+ecimento' entre' rg%o' de intelig-ncia ne''e 'entido, *or e8em*lo, =ortaria

    re'er"ada do e*?#lica que

    e'ta#elece norma' e *rocedimento' gerai' *ara o intercMm#io de dado' e

    con+ecimento' entre o' rg%o' do Si'tema 5ra'ileiro de ntelig-ncia.

    1./ !es0$isa cient,ica' atividades2*e"a3es de

    inteligncia' investiga) c"i-inal e *"cess *enal 4 -+td

    cient,ic

    *e'qui'a cientH(ica, a' ati"idade' e o*era$)e' de intelig-ncia, a in"e'tiga$%o

    criminal e o *roce''o *enal #u'cam a "erdade.

    e"olu$%o de 'eu' m!todo', t!cnica' e in'trumento' de #u'ca da "erdade,

    *ortanto, *odem 'er reconduido' a um modelo ?nico de com*ara$%o. =or e8em*lo, a

    t!cnica de *e'qui'a denominada observao*artici*ante ou n%o, utiliada na

    *e'qui'a cientH(ica, ! uma id!ia #&'ica que 'e denomina re'*ecti"amentevigilncia, na

    intelig-ncia, e campana3:, na in"e'tiga$%o criminal.

    ' di(eren$a' (undamentai' '%o o' crit!rio' de aceita#ilidade da "erdade,

    o#eti"o', marco' terico' e regra' (ormai' e'*ecH(ica' de *rodu$%o. =or e8em*lo, no

    *roce''o *enal, o#eti"aJ'e uma verdade processual, nece''&ria tomada de

    deci'%ojudicial, enquanto, numa ati"idade de intelig-ncia de'tinada a um O*roce''o

    *olHticoP, o grau de aceita#ilidade do car&ter de "erdade de um (ato ! o nece''&rio *ara

    uma deci'%opoltica.

    http://1.0.0.3/http://www.advogado.adv.br/direitomilitar/ano2005/denilsonfeitozapacheco/atividadedeinteligencia.htm#_edn3http://1.0.0.3/http://www.advogado.adv.br/direitomilitar/ano2005/denilsonfeitozapacheco/atividadedeinteligencia.htm#_edn3
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    ;' m!todo', t!cnica' e in'trumento' da' ati"idade' e o*era$)e' de intelig-ncia

    e da in"e'tiga$%o criminal *odem 'er reconduido' ao modelo geral do m!todo

    cientH(ico.

    Kodo' e'ta#elecem um *ro#lema4:, +i*te'eR:, o#eti"o6:,

    u'ti(icati"a/rele"Mncia7:, 'itua$%o do tema/*ro#lema:, marco terico9:,m!todo'/t!cnica'/in'trumento' de *e'qui'a10:, *o*ula$%o/amo'tra11:,

    cronograma12:, conclu'%o, *rodu$%o do relatrio de *e'qui'a13:etc. '

    terminologia' *odem 'er di(erente', ma' a id!ia #&'ica ! a me'ma.

    %o e8i'te um 'a#er con'olidado 'o#re a in"e'tiga$%o criminal, ao contr&rio do

    que ocorre, *or e8em*lo, na metodologia cientH(ica in"e'tiga$%o cientH(ica ou *e'qui'a

    cientH(ica e na' ati"idade' de intelig-ncia Oin"e'tiga$%oP de intelig-ncia, ou 'ea,

    o*era$)e' de intelig-ncia.

    1.5 O val" *"6at("i das atividades de inteligncia cl7ssica

    a' ati"idade' de intelig-ncia, a coleta ! a con'ulta a (onte' a#erta', como

    internet, li"ro' etc. #u'ca ! o le"antamento de dados negados, que 'e re(erem a

    (onte' no-abertas.

    id!ia de #u'ca, na ati"idade de intelig-ncia, antecedeu +i'toricamente

    *r*ria in"e'tiga$%o criminal. G& no' tem*o' antigo' eram en"iada' *e''oa' *ara (aer

    le"antamento da e'trutura do' e8!rcito', caracterH'tica' da economia, da *o*ula$%o e

    da tecnologia etc.

    ; *rocedimento de #u'ca o*era$%o de intelig-ncia *ode 'er utiliado na

    in"e'tiga$%o criminal, de'de que 'ueito ' limita$)e' de conte?do e de (orma

    e'ta#elecida' *ela lei *roce''ual *enal.

    uanto "alidade da' *ro"a' o#tida' na #u'ca o*era$%o de intelig-ncia,

    toda' a' O*ro"a'P o#tida' *ela' ati"idade' de intelig-ncia em geral e *ela' o*era$)e'

    de intelig-ncia *odem, em *rincH*io, 'er utiliada' na in"e'tiga$%o criminal, de'de que'ueita' ' limita$)e' de conte?do e de (orma e'ta#elecida' *ela lei *roce''ual *enal.

    ''a *o''i#ilidade de utilia$%o decorre do *rincH*io da li#erdade *ro#atria do

    *roce''o *enal. Kal a*lica#ilidade ocorre mai' inten'amente na (a'e de in"e'tiga$%o

    criminal, tendo em "i'ta 'ua (inalidade de 'er"ir de #a'e *ro*o'itura de a$)e' *enai'

    e ' medida' cautelare' *e''oai' *ri')e' *ro"i'ria', #u'caJa*reen'%o *e''oal e

    http://www.advogado.adv.br/direitomilitar/ano2005/denilsonfeitozapacheco/atividadedeinteligencia.htm#_edn4http://www.advogado.adv.br/direitomilitar/ano2005/denilsonfeitozapacheco/atividadedeinteligencia.htm#_edn5http://www.advogado.adv.br/direitomilitar/ano2005/denilsonfeitozapacheco/atividadedeinteligencia.htm#_edn6http://www.advogado.adv.br/direitomilitar/ano2005/denilsonfeitozapacheco/atividadedeinteligencia.htm#_edn7http://www.advogado.adv.br/direitomilitar/ano2005/denilsonfeitozapacheco/atividadedeinteligencia.htm#_edn8http://www.advogado.adv.br/direitomilitar/ano2005/denilsonfeitozapacheco/atividadedeinteligencia.htm#_edn9http://www.advogado.adv.br/direitomilitar/ano2005/denilsonfeitozapacheco/atividadedeinteligencia.htm#_edn10http://www.advogado.adv.br/direitomilitar/ano2005/denilsonfeitozapacheco/atividadedeinteligencia.htm#_edn11http://www.advogado.adv.br/direitomilitar/ano2005/denilsonfeitozapacheco/atividadedeinteligencia.htm#_edn12http://www.advogado.adv.br/direitomilitar/ano2005/denilsonfeitozapacheco/atividadedeinteligencia.htm#_edn13http://www.advogado.adv.br/direitomilitar/ano2005/denilsonfeitozapacheco/atividadedeinteligencia.htm#_edn4http://www.advogado.adv.br/direitomilitar/ano2005/denilsonfeitozapacheco/atividadedeinteligencia.htm#_edn5http://www.advogado.adv.br/direitomilitar/ano2005/denilsonfeitozapacheco/atividadedeinteligencia.htm#_edn6http://www.advogado.adv.br/direitomilitar/ano2005/denilsonfeitozapacheco/atividadedeinteligencia.htm#_edn7http://www.advogado.adv.br/direitomilitar/ano2005/denilsonfeitozapacheco/atividadedeinteligencia.htm#_edn8http://www.advogado.adv.br/direitomilitar/ano2005/denilsonfeitozapacheco/atividadedeinteligencia.htm#_edn9http://www.advogado.adv.br/direitomilitar/ano2005/denilsonfeitozapacheco/atividadedeinteligencia.htm#_edn10http://www.advogado.adv.br/direitomilitar/ano2005/denilsonfeitozapacheco/atividadedeinteligencia.htm#_edn11http://www.advogado.adv.br/direitomilitar/ano2005/denilsonfeitozapacheco/atividadedeinteligencia.htm#_edn12http://www.advogado.adv.br/direitomilitar/ano2005/denilsonfeitozapacheco/atividadedeinteligencia.htm#_edn13
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    reai' 'eqTe'tro, arre'to, #u'caJa*reen'%o de coi'a' etc.. ''im, uma (ilmagem com

    'om, (eita em *?#lico, em que o indiciado declara que ir& (ugir, inclu'i"e com o

    detal+amento da (uga, 'er"ir& *ara que um ui criminal decrete 'ua *ri'%o tem*or&ria

    ou *re"enti"a, con(orme o ca'o, n%o im*ortando 'e a (ilmagem (oi (eita *or uma

    o*era$%o de intelig-ncia ou *or uma in"e'tiga$%o criminal.o *roce''o *enal *ro*riamente dito, a a*lica#ilidade ! menor, tendo em "i'ta

    a' norma' *ro#atria' mai' limitati"a', como *rincH*io do contraditrio, *rincH*io da

    am*la de(e'a etc.

    demai', a #u'ca tem mai' limita$)e' !tica' que legai', enquanto ocorre o

    contr&rio na in"e'tiga$%o criminal, de"ido a' limita$)e' legai' (ormai' im*o'ta'

    ?ltima. ntretanto, +& um n?cleo e''encial, no' direito' (undamentai', que n%o *ode

    'er atingido *ela in"e'tiga$%o criminal e tam*ouco *ela' o*era$)e' de intelig-ncia.

    m certa' +i*te'e', de"e +a"er autoria$%o udicial ante' da o*era$%o de

    intelig-ncia. =or e8em*lo, 'e (or uma da' mat!ria' que a lei 'ueita autoria$%o

    udicial, como a interce*ta$%o tele(Cnica, o rg%o de intelig-ncia de"er&, do *onto de

    "i'ta legal, o#ter autoria$%o udicial, de'de que 'ati'(eito' o' requi'ito' legai'. %o 'e

    di'cute que, ilegalmente, ! *o''H"el 'e (aer uma interce*ta$%o tele(Cnica, ma' ela

    'eria im*re't&"el, *or 'ua ilicitude, no Mm#ito do direito *roce''ual *enal.

    !e lege ferenda, o' rg%o' de intelig-ncia teriam maior aceita#ilidade de, *or

    e8em*lo, in'erir na lei a *ermi''%o de interce*ta$%o tele(Cnica, 'e (o''em 'u#metido'

    autoria$%o udicial *r!"ia.

    uanto ao u'o do dado o#tido, numa o*era$%o de intelig-ncia, *ara(undamentar o *edido de autoria$%o udicial, i''o de*ender& da e'*!cie de

    autoria$%o. =or e8em*lo, (acilmente 'e *oderiam utiliar O*ro"a'P o#tida' *ela

    intelig-ncia em *edido' de *ri'%o tem*or&ria, mandado de #u'ca e a*reen'%o etc.

    n(im, um *rocedimento de #u'ca, como g-nero, *oder& 'er de uma o*era$%o

    de intelig-ncia ou uma in"e'tiga$%o criminal, con(orme o o#eti"o e a' regra' (ormai'

    do ca'o.

    ;' 'er"i$o' de intelig-ncia, toda"ia, n%o t-m como o#eti"o, geralmente, a

    coleta ou #u'ca de *ro"a'processuais, ma' a *rodu$%o de um con+ecimento que

    *ermita ao deci'or de uma in'titui$%o tomar 'ua' deci')e' e'trat!gica'. demai', em

    ra%o do 'egredo de certa' mat!ria' ou do' 'igilo' (uncionai' a que e't%o 'u#metido'

    agente' de intelig-ncia, geralmente n%o ! *o''H"el a utilia$%o do' elementos

    probat"rios col+ido' durante a' ati"idade' de intelig-ncia no Mm#ito do direito

    *roce''ual *enal, n%o *orque n%o 'eam recon+ecido' *elo direito *roce''ual como

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    elemento' *ro#atrio' ou in"e'tigati"o', ma' *or (or$a do' 'igilo' legalmente im*o'to'

    ao' agente' de intelig-ncia ou ' mat!ria' 'igilo'a'.

    & A INTELIGNCIA C8I9INAL OU DE SEGU8AN:A!;

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    *romotore' de Gu'ti$a, 'u#'tituH''em *arte con'ider&"el de 'ua' carga' +or&ria'

    de'tinada' dogm&tica urHdica *or di'ci*lina' como metodologia da *e'qui'a *ara

    ci-ncia' +umana'14:ou 'ociai', m!todo' quantitati"o' *ara ci-ncia' +umana'1R:,

    m!todo' de *e'qui'a *ara OGu'ti$a Briminal e BriminologiaP16:e ati"idade' de

    intelig-ncia an&li'e, contraJintelig-ncia e o*era$)e' de intelig-ncia.

    &.& O S$6siste-a de Inteligncia de Seg$"ana !>6lica

    ?SIS!@

    ; Decreto 3.69R/2000 criou o Su#'i'tema de ntelig-ncia de Seguran$a =?#licaSS=, e'ta#elecendo como 'eu rg%o central a Secretaria acional de Seguran$a

    =?#lica SS=. ; SS= ! um 'u#'i'tema *or 'er *arte do Si'tema 5ra'ileiro de

    ntelig-ncia SS5. Bom*)em o SS=, al!m da SS=, o' Eini't!rio' da Gu'ti$a, da

    Iaenda, da De(e'a e da ntegra$%o acional e o e*?#lica. Kam#!m *odem integrar o SS= o' rg%o' de intelig-ncia

    de Seguran$a =?#lica do' 'tado' e do Di'trito Iederal.

    SS= criou a >ede acional de ntelig-ncia de Seguran$a =?#lica

    >S=, que ! uma rede tecnolgica *ara a comunica$%o 'egura do' integrante' do

    SS=, #a'icamente com*o'ta *or um mdulo de cri*togra(ia de men'agen' EBVJ27,

    um a*arel+o de cri*togra(ia de fa$ ou (acJ'HmileNDJ7 e um tele(one que cri*togra(a

    a "o KSS

    e outra em atal/>, durante o' me'e' de no"em#ro e deem#ro de 2003, tendo,

    como um do' o#eti"o' gerai', colocar o' diretore' e gerente' do' rg%o' deintelig-ncia da' *olHcia' e da' admini'tra$)e' *enitenci&ria' em contato, *ara

    *romo"er 'eu' intercMm#ioF c tentou criar a doutrina nacional de intelig-ncia de

    'eguran$a *?#lica norma' gerai' nacionai' n%o im*o'iti"a', *ara uni(ormiar a

    mat!ria *ara a' R7 *olHcia' 27 ci"i', 27 militare', =I, =>I e =olHcia Ierro"i&ria Iederal

    http://www.advogado.adv.br/direitomilitar/ano2005/denilsonfeitozapacheco/atividadedeinteligencia.htm#_edn14http://www.advogado.adv.br/direitomilitar/ano2005/denilsonfeitozapacheco/atividadedeinteligencia.htm#_edn15http://www.advogado.adv.br/direitomilitar/ano2005/denilsonfeitozapacheco/atividadedeinteligencia.htm#_edn16http://www.advogado.adv.br/direitomilitar/ano2005/denilsonfeitozapacheco/atividadedeinteligencia.htm#_edn14http://www.advogado.adv.br/direitomilitar/ano2005/denilsonfeitozapacheco/atividadedeinteligencia.htm#_edn15http://www.advogado.adv.br/direitomilitar/ano2005/denilsonfeitozapacheco/atividadedeinteligencia.htm#_edn16
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    e a' 2 admini'tra$)e' *enitenci&ria' 26 e'taduai', uma di'trital e uma (ederalF d

    tentou ela#orar um *lano nacional de intelig-ncia de 'eguran$a *?#lica.

    Q&, *ortanto, um grande e'(or$o *ara 'e adequar mel+or 'e diriaA

    com*lementar a intelig-ncia dita de estadoou 'ea, relati"a

    'eguran$a nacional, i'to !, do 'tado e da 'ociedade como um todo &rea de'eguran$a *?#lica. intelig-ncia de segurana p#blica ou intelig-ncia criminal ! um

    conceito em con'tru$%o.

    e''a lin+a de adeti"a$%o do termo intelig-ncia, *oderHamo' ainda 'u#di"idir a

    intelig-ncia de 'eguran$a *?#lica ou intelig-ncia criminal em

    intelig-nciapolicial,*ara a intelig-ncia de'en"ol"ida no Mm#ito da' =olHcia', e

    intelig-nciaprisional ou, mai' re'triti"amente, intelig-nciapenitenciria, *ara a

    de'en"ol"ida no Mm#ito do' e'ta#elecimento' *ri'ionai'.

    Koda"ia, a rigor, a que't%o ! de a*lica#ilidade da intelig-ncia na &rea de

    'eguran$a *?#lica ou, mai' am*lamente, na &rea criminal, *oi' 'e trata 'em*re de

    intelig-ncia de estado e n%o de governo, uma "e que tai' 'er"i$o' n%o e't%o mel+or

    'e diriaA n%o de"em e'tar a 'er"i$o de um go"ernante ou gru*o *olHtico determinado,

    ma' da Sociedade e do 'tado no' 'eu' mai' rele"ante' intere''e' *?#lico'.

    G& +& uma doutrina #em con'olidada no Mm#ito da g-ncia 5ra'ileira de

    ntelig-ncia. ' Ior$a' rmada' e "&ria' *olHcia' militare' tam#!m *o''uem uma

    doutrina de intelig-ncia #em con'olidada. ntretanto trataJ'e, em regra, de material

    cla''i(icado como re'er"ado ou con(idencial. Koda"ia, n%o +& uma doutrina ?nica ou,

    *elo meno', um *adr%o nacional mHnimo quanto ' ati"idade' de intelig-ncia latosensu, nem 'ua adequa$%o e'*eci(icamente atua$%o da' *olHcia' na &rea criminal.

    =or outro lado, na &rea de 'eguran$a *?#lica, #u'caJ'e uma di'tin$%o nHtida entre

    ati"idade de intelig-ncia e ati"idade de in"e'tiga$%o criminal, o que ainda n%o ! claro

    *ara muito' dirigente', c+e(e' ou comandante' de 'ecretaria' de e'tado ou da'

    *olHcia' que ocu*am 'eu' cargo' 'em (orma$%o ou con+ecimento e'*ecH(ico a re'*eito.

    ntretanto, #oa *arte do' *ro(i''ionai' de intelig-ncia (a di'tin$%o entre ati"idade de

    intelig-ncia e in"e'tiga$%o criminal.

    &./ A inteligncia c"i-inal ns EUA

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    t! a Segunda ic+ard Xrig+t19:.

    ''a' o#ra' re*re'entam um im*ortante modelo de ada*ta$%o da ati"idade de

    intelig-ncia Ocl&''icaP ati"idade de intelig-ncia OcriminalP.

    ; modelo de intelig-ncia *olicial da =olHcia Iederal #ra'ileira a*ro8imaJ'e, em

    lin+a' gerai', de''e modelo de intelig-ncia criminal *raticado no' 'tado' Nnido' da

    m!rica.

    http://www.advogado.adv.br/direitomilitar/ano2005/denilsonfeitozapacheco/atividadedeinteligencia.htm#_edn17http://www.advogado.adv.br/direitomilitar/ano2005/denilsonfeitozapacheco/atividadedeinteligencia.htm#_edn18http://www.advogado.adv.br/direitomilitar/ano2005/denilsonfeitozapacheco/atividadedeinteligencia.htm#_edn19http://www.advogado.adv.br/direitomilitar/ano2005/denilsonfeitozapacheco/atividadedeinteligencia.htm#_edn17http://www.advogado.adv.br/direitomilitar/ano2005/denilsonfeitozapacheco/atividadedeinteligencia.htm#_edn18http://www.advogado.adv.br/direitomilitar/ano2005/denilsonfeitozapacheco/atividadedeinteligencia.htm#_edn19
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    Q& "&ria' a*lica$)e' rele"ante' da ati"idade de intelig-ncia criminal no'

    'tado' Nnido', como *oliciamento guiado *ela ati"idade de intelig-ncia, intelig-ncia

    'o#re crime organiado, intelig-ncia 'o#re controle de narctico', intelig-ncia 'o#re

    terrori'mo, intelig-ncia 'o#re ogo' de ca''ino e intelig-ncia (inanceira.

    &.5 A inteligncia *licial n

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    e'*ecH(ica' de in"e'tiga$%o de crime' militare' na' Ior$a' rmada', na' =olHcia'

    Eilitare' e no' Bor*o' de 5om#eiro' Eilitare'. De modo geral, um o(icial militar !

    de'ignado, *ontualmente, como encarregado do inqu!rito *olicial militar ou 'ea,

    como 'eu *re'idente, com (un$)e' 'emel+ante' ao de um delegado de *olHcia.

    Bontudo, como a (un$%o tH*ica da' cor*ora$)e' militare' n%o ! a de *olHciain"e'tigati"a, e''e o(icial militar encarregado, geralmente, n%o atua e'*eci(icamente

    com in"e'tiga$)e' criminai', ma' e'*oradicamente em um ou outro ca'o, e, *ortanto,

    co'tuma ter di(iculdade *ara conduir a' in"e'tiga$)e' e, com mai' ra%o, de'en"ol"er

    um Ocon+ecimento de intelig-nciaP 'o#re a que't%o criminal. ''im, o' 'er"i$o' de

    intelig-ncia militar t-m maior di(iculdade ainda de ada*tarem 'ua' ati"idade' de

    intelig-ncia *ara que *roduam *ro"a' "&lida' no' inqu!rito' *oliciai' militare' e no'

    *roce''o' *enai' militare', con(orme a' norma' *roce''uai' *enai'. De"emo' re''altar

    que o' documento' de intelig-ncia n%o *odem 'er, *ura e 'im*le'mente, untado' ao'

    auto' de um inqu!rito *olicial militar ou de um *roce''o *enal militar, ma'

    con"enientemente Otratado'P, o que tal"e n%o 'ea *o''H"el em ra%o de a ati"idade

    de intelig-ncia n%o ter 'e adequado ' norma' *roce''uai' *enai' no ca'o concreto.

    ' organia$)e' crimino'a' Ocrime organiadoP t-m coo*tado

    'i'tematicamente militare' na' "&ria' cor*ora$)e' militare', com o que armamento'

    militare' com alto *oder de de'trui$%o da *o*ula$%o ci"il t-m 'ido encontrado' na'

    m%o' de tra(icante', *oliciai' militare' t-m *artici*ado de 'eqTe'tro', rou#o' e tr&(ico

    de entor*ecente' etc., cau'ando uma cri'e de legitimidade da' organia$)e' militare'.

    De''e modo, o' 'er"i$o' de intelig-ncia militar e't%o diante do de'a(io de tam#!matuarem na re*re''%o de crime' militare', tendo que ada*tar 'ua' ati"idade'

    *rodu$%o *ro#atria.

    n(im, a cre'cente e'ca''e do' recur'o' +umano', materiai' e (inanceiro' no'

    'tado' e no =oder 8ecuti"o Iederal t-m com*elido o' 'er"i$o' de intelig-ncia *olicial,

    cada "e mai', *rodu$%o de *ro"a' em in"e'tiga$)e' criminai' e *roce''o' *enai'.

    =or con'eguinte, *en'amo' que a tend-ncia do' 'er"i$o' de intelig-ncia *olicial, no

    5ra'il, 'ea a du*la "ertente de *rodu$%o de *ro"a' *ara in"e'tiga$)e' e *roce''o'

    criminai' intelig-ncia t&tica e a *rodu$%o de con+ecimento de'tinado ao *roce''o

    deci'rio e'trat!gico intelig-ncia e'trat!gica.

    e''e 'entido, a =olHcia Iederal (e uma ada*ta$%o *ro"eito'a da intelig-ncia

    Ocl&''icaP ' nece''idade' e'*ecH(ica' de 'ua' ati"idade' *oliciai', e'*ecialmente *ela

    inclu'%o da *rodu$%o de *ro"a' *ara in"e'tiga$)e' criminai' e *roce''o' *enai'.

    Sua ati"idade de intelig-ncia *rodu um conhecimentoque, con(orme o ca'o,

    o#eti"a a *rodu$%o de *ro"a durante in"e'tiga$%o ou *roce''o criminai'

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    e'*ecialmente quanto a$%o crimino'a com*le8a, 'u#'idia o *laneamento e a

    e8ecu$%o de outra' a$)e', o*era$)e' e in"e'tiga$)e' *oliciai', e'tima a e"olu$%o da

    criminalidade ou 'er"e *ara a''e''orar autoridade' go"ernamentai' na (ormula$%o de

    *olHtica' de *re"en$%o e com#ate "iol-ncia.

    Kam#!m o*erou uma adequa$%o do conte?do do' con+ecimento' e daterminologia do' documento', o' quai' 'e denominam in(orma$%o *olicial, an&li'e de

    conuntura criminal e e'timati"a de e"olu$%o da criminalidade al!m do in(orme

    *olicial, que n%o cont!m Ocon+ecimento de intelig-nciaP *ro*riamente, no lugar do'

    Ocl&''ico'P in(orme, a*recia$%o, in(orma$%o e e'timati"a.

    =ortanto, a ati"idade de intelig-ncia *olicial da =olHcia Iederal ! "oltada

    e'*ecialmente *ara a *rodu$%o de *ro"a' da materialidade e da autoria de crime',

    e8ercendo ati"idade de naturea eminentemente e8ecuti"a intelig-ncia t&tica, ma'

    tam#!m *ode realiar ati"idade de naturea con'ulti"a, quando, *or meio do'

    con+ecimento' contido' em an&li'e' de conuntura criminal ou em e'timati"a' de

    e"olu$%o de criminalidade, a''e''ora autoridade' go"ernamentai' na (ormula$%o de

    *olHtica' de *re"en$%o e com#ate criminalidade intelig-ncia e'trat!gica. ati"idade

    de intelig-ncia Ocl&''icaP ou Ode e'tadoP, di"er'amente, ! "oltada e'*ecialmente *ara

    o a''e''oramento do *roce''o deci'rio.

    / A INTELIGNCIA INSTITUCIONAL/.1 Inteligncia competitiva e inteligncia institucional

    ;rgania$)e' *ri"ada', e'*ecialmente em*re'a', ada*taram a no$%o de

    intelig-ncia de estado de intelig-ncia competitiva, 'em*re no 'entido de dado' e

    in(orma$)e' que (oram adequada e 'u(icientemente tra#al+ado' *ara 'e tornarem

    intelig-ncia ou con+ecimento, ou 'ea, uma informao inter*retada e 'int!tica ca*a

    de *ro*iciar a tomada de deci'%o, e'*ecialmente a deci'%o e'trat!gica20:.=odemo', a''im, generaliar a no$%o de intelig-ncia de estado *ara a de

    intelig-ncia institucional mel+or 'e diriaA a*licarmo' a intelig-ncia no Mm#ito de outra'

    in'titui$)e' ou rg%o' *?#lico', a#rangendoJ'e, de''e modo, rg%o' *?#lico' em

    geral, inclu'i"e o' Eini't!rio' =?#lico', n%o 'omente quanto 'ua &rea criminal, ma'

    tam#!m quanto a toda' a' 'ua' &rea'.

    http://www.advogado.adv.br/direitomilitar/ano2005/denilsonfeitozapacheco/atividadedeinteligencia.htm#_edn20http://www.advogado.adv.br/direitomilitar/ano2005/denilsonfeitozapacheco/atividadedeinteligencia.htm#_edn20
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    ''im, ! ca#H"el dierJ'e intelig-ncia ministerial, *ara 'e re(erir ' ati"idade' de

    intelig-ncia institucionalrealiada' *elo Eini't!rio =?#lico.

    /.& Cnstit$cinalidade da atividade de inteligncia n9inist+"i !>6lic e ns !de"es Legislativ e $dici7"i

    o item 1.1, re(erimoJno' ' ati"idade' de intelig-ncia e'*eci(icamente Odo

    =oder 8ecuti"o IederalP. Bon(orme "imo', o OSi'tema 5ra'ileiro de ntelig-nciaP

    SS5 tem a (inalidade de (ornecer 'u#'Hdio' ao *re'idente da >e*?#lica no'

    a''unto' de intere''e nacional art. 1@ da Lei 9.3/1999.

    Kendo em "i'ta a inde*end-ncia do' =odere' da Nni%o art. 2@ da Bon'titui$%oda >e*?#lica J B>, o SS5, de'tinado a a''e''orar e'*eci(icamente o *re'idente da

    >e*?#lica, n%o *oderia 'u#ordinar o' =odere' Legi'lati"o e Gudici&rio, 'em e8*re''a

    *re"i'%o con'titucional.

    Kam*ouco o SS5 *oderia 'u#ordinar o Eini't!rio =?#lico, uma "e que a

    Bon'titui$%o da >e*?#lica e8*re''amente atri#ui o *rincH*io da inde*end-ncia (uncional

    ao Eini't!rio =?#lico e l+e a''egura autonomia (uncional e admini'trati"a art. 127,

    1@ e 2@, B>. inde*end-ncia e a autonomia quanto ' 'ua' (un$)e' '%o *re''u*o'to'

    do cum*rimento de 'ua' (inalidade' con'titucionai', a 'a#er a de(e'a da ordemurHdica, do regime democr&tico, do' intere''e' 'ociai' e indi"iduai' indi'*onH"ei',

    de(e'a e'ta que comumente ! (eita em (ace do' *r*rio' =odere' 8ecuti"o, Legi'lati"o

    e Gudici&rio.

    =ortanto, do *onto de "i'ta con'titucional, tanto o' =odere' Legi'lati"o e

    Gudici&rio quanto o Eini't!rio =?#lico *odem de'en"ol"er 'eu' *r*rio' O'i'tema' de

    intelig-nciaP.

    /./ 8elevBncia e a*lica6ilidade da atividade de inteligncia

    e- ("g)s *>6lics dive"ss e *"inc*i cnstit$cinal da

    e,icincia

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    ' e8*re'')e' O'i'tema de intelig-nciaP e Oati"idade de intelig-nciaP *o''uem

    uma aura mHtica, que, em ra%o da' e8*eri-ncia' re*re''i"a' e traumatiante' do'

    O'er"i$o' de in(orma$%oP durante a !*oca do Oregime militarP no 5ra'il, *a''aram a

    goar de grande *reconceito. Ioi *or i'to que, a*' o t!rmino do Oregime militarP, o'

    O'er"i$o' de in(orma$%oP mudaram 'ua terminologia *ara Ointelig-nciaP, a (im de terlegitimidade *erante a 'ociedade.

    ntretanto, con(orme "imo' no item 1.3, a' ati"idade' de intelig-ncia *odem

    'er reconduida' ao m!todo cientH(ico. De outro *onto de "i'ta, o' O'i'tema' de

    intelig-nciaP e a' Oati"idade' de intelig-nciaP nada mai' '%o do que 'i'tema' de ge't%o

    da in(orma$%o, ou, numa "i'%o mai' am*la e atual, 'i'tema' de ge't%o do

    con+ecimento.

    Q& uma imen'a Oma''a de in(orma$%oP com a qual, *or e8em*lo, o Eini't!rio

    =?#lico e a' >eceita' e'taduai' e (ederal t-m que lidar cotidianamente, 'ea quanto ao

    'eu' tra#al+o' (oren'e ou (i'cal, 'ea quanto ao e'ta#elecimento e e8ecu$%o de 'ua'

    *olHtica' e e'trat!gia' in'titucionai' e8ecu$%o or$ament&ria, ge't%o de 'eu' recur'o'

    +umano', (inanceiro' e materiai', *lano' gerai' de atua$%o, relacionamento com

    outra' in'titui$)e' etc..

    Bertamente "iola o *rincH*io con'titucional da e(ici-ncia art. 37, caput, B> que

    tai' rg%o' *?#lico' tra#al+em com e''a Oma''a de in(orma$)e'P de maneira

    meramente em*Hrica, acarretando grande de'*erdHcio de recur'o' +umano', materiai'

    e (inanceiro'. ;' rg%o' *?#lico', *ortanto, de"em utiliarJ'e de m!todo', t!cnica' e

    (erramenta' adequada' *ara lidar com a' in(orma$)e' nece''&ria' ao de'em*en+o de'ua' (inalidade'. %o im*orta 'e 'er%o utiliado' o' m!todo', a' t!cnica' e a'

    (erramenta' do que 'e con"encionou denominar de Oati"idade' de intelig-nciaP ou,

    numa "i'%o mai' OgerencialP, do' 'eu' equi"alente' do' 'i'tema' de ge't%o da

    in(orma$%o e da intelig-ncia com*etiti"a, *oi', diante da cre'cente com*le8idade do'

    (ato' com o' quai' o' rg%o' *?#lico' lidam e a nece''idade de 'ua atua$%o 'i't-mica,

    o certo ! que de"em utiliar alguma 'i'tema de ge't%o da in(orma$%o, 'u*erando a

    (a'e indi"iduali'ta e amadorH'tica de muito' 'er"idore' *?#lico' e alcan$ando a

    racionalidade gerencial e8igida *elo *rincH*io con'titucional da e(ici-ncia.

    ;' modelo' e'tatai' de Oati"idade de intelig-nciaP ou de O'i'tema de

    intelig-nciaP con'tituem uma certa ordena$%o, adequa$%o e organia$%o de m!todo',

    t!cnica' e (erramenta' de ge't%o da in(orma$%o, e'*ecialmente de'tinado' ao

    *roce''o deci'rio go"ernamental. imo', no' iten' 3.3 e 3.4, como e''e' modelo'

    (oram ada*tado' *ara tam#!m atender *rodu$%o *ro#atria nece''&ria, *or

    e8em*lo, atua$%o de rg%o' *oliciai' em in"e'tiga$)e' criminai'.

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    lgun' de''e' modelo' & e't%o 'u(icientemente con'olidado' e te'tado' em

    'itua$)e' 'emel+ante' ' da atua$%o, *or e8em*lo, do Eini't!rio =?#lico e da'

    >eceita' e'taduai' e (ederal. =ortanto, *oderiam 'er (acilmente ada*tado'.

    =o''i"elmente i''o 'eria mai' "antao'o e meno' di'*endio'o *ara tai' rg%o' *?#lico'

    do que a*licar ' 'ua' ati"idade' 'i'tema' gen!rico' de ge't%o da in(orma$%o,idealiado', normalmente, *ara organia$)e' muito di(erente' do' rg%o' *?#lico'.

    ''e' Omodelo'P de ati"idade de intelig-ncia tam#!m '%o rele"ante' *ara a

    no"a realidade do' rg%o' *?#lico', que l+e im*)e *reocu*a$)e' com 'ua O'eguran$a

    orgMnicaP, a qual ! um do' a'*ecto' da OcontraJintelig-nciaP.

    ;' agente' *?#lico' n%o *o''uem intangi#ilidade (H'ica no e8ercHcio de 'ua'

    gra"e' (un$)e'. demai', "&rio' rg%o' *?#lico' t-m ace''o a uma grande quantidade

    de in(orma$%o 'igilo'a em decorr-ncia de 'ua atua$%o, como in(orma$)e' 'ueita' a

    'igilo #anc&rio, 'igilo (i'cal, 'igilo indu'trial etc. Kai' rg%o' *?#lico' n%o *odem 'er

    negligente' em ace''ar e, ainda que *ro"i'oriamente, manter tai' in(orma$)e' de

    (orma de"a''&"el, em com*utadore' que *odem conter O"Hru' eletrCnico'P que

    e8*ortam ilicitamente a' in(orma$)e', em me'a' e arm&rio' ace''H"ei' *or qualquer

    um etc. l!m da' gra"e' "iola$)e' de direito' (undamentai' que i''o re*re'enta,

    *odemo' ainda imaginar o' *reuHo' *atrimoniai' "ulto'o' que, *or e8em*lo, a que#ra

    de um 'igilo indu'trial teria.

    contraJintelig-ncia, de''e modo, e'*ecialmente na 'ua "ertente de 'eguran$a

    orgMnica *rote$%o do' dado', in(orma$)e' e con+ecimento' de uma in'titui$%o, *or

    meio da 'eguran$a do *e''oal, 'eguran$a da documenta$%o e material, 'eguran$a da'&rea' e in'tala$)e', e 'eguran$a do' 'i'tema' de in(orma$)e' comunica$)e' e

    in(orm&tica, *oderia 'er adequada ao am#iente de "&rio' rg%o' *?#lico' de maneira

    muito *ro(Hcua.

    Diante de no"a' demanda' 'ociai' quanto e(iciente do' 'er"i$o' *?#lico' e de

    'itua$)e' cada "e mai' com*le8a', o' rg%o' *?#lico' de"em, *ortanto, "alerJ'e de

    no"o' m!todo', t!cnica' e (erramenta'.

    m "&rio' 'etore' do =oder 8ecuti"o Iederal, +& um *en'amento equi"ocado

    quanto im*o''i#ilidade de o Eini't!rio =?#lico e outro' rg%o' *?#lico' integrarem o

    Si'tema 5ra'ileiro de ntelig-ncia SS5 ou o Su#'i'tema de ntelig-ncia de

    Seguran$a =?#lica SS=. 'to (a com que tai' 'i'tema' 'eam incom*leto' quanto

    ao' 'eu' *roduto' intelig-ncia ou con+ecimento, *or e8em*lo quanto ao Eini't!rio

    =?#lico, o qual, atualmente, det!m um quantidade imen'a de in(orma$)e' e

    con+ecimento' rele"ante' *ara a' ati"idade' de intelig-ncia. Se, *or um lado, o

    Eini't!rio =?#lico, rg%o' e'taduai', o =oder Legi'lati"o e o =oder Gudici&rio n%o *odem

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    'er 'u#ordinado' ao =oder 8ecuti"o, ra%o *ela qual e'te n%o l+e' *oderia im*or a

    *artici*a$%o no SS5 ou no SS= e e'te ! o *rete8to geralmente utiliado *ara n%o

    incluir, *or e8em*lo, o Eini't!rio =?#lico, *or outro lado *oderia 'er Oa''eguradaP a

    *artici*a$%o do Eini't!rio =?#lico e de outro' rg%o' *?#lico', com o que o #ice legal

    e'taria contornado, uma "e que, Oa''egurandoP 'ua *artici*a$%o, n%o l+e' e'tariaim*ondo. e''e 'entido, tal"e *or um equH"oco e'trat!gico, o 8ecuti"o Iederal ten+a

    *erdido a o*ortunidade de coordenar a imen'a ati"idade de intelig-ncia que tem

    'urgido no Mm#ito do' Eini't!rio' =?#lico'.

    5 O!E8A:O DE INTELIGNCIA 4IN%ILT8A:O NO

    !8OCESSO !ENAL

    5.1 Int"d$)' i*(teses' li-ites e $sti,ica) legais

    ' o*era$)e' de intelig-ncia '%o a$)e' realiada' com a (inalidade de o#ter

    dado' n%oJdi'*onH"ei' em (onte' a#erta'. la' *odem ter *or al"o *e''oa', locai',

    o#eto' ou canai' de comunica$%o. ' o*era$)e' de intelig-ncia 'e utiliam de "&ria'

    t!cnica' o*eracionai', como comunica$)e' 'igilo'a', di'(arce, eletrCnica, entrada,

    entre"i'ta, e'triaJco#ertura, (otogra(ia, in(iltra$%o, ;ED, recon+ecimento,

    recrutamento o*eracional e "igilMncia.

    ; ne(ito 'e dei8a (a'cinar com (acilidade *elo glamour do' agente' de

    intelig-ncia cinematogr&(ico', #em como *elo' equi*amento' eletrCnico'

    e soft&ares que 'u*o'tamente *odem 'er utiliado' em o*era$)e' de intelig-ncia.

    (eito 'emel+ante t-m o' termo' ingle'e' e acrCnimo' que a literatura internacional

    utilia *ara cla''i(icar o' meio' de #u'ca e de coleta de in(orma$)e',

    como humint human intelligence, sigint signals intelligence, imint imager

    intelligence, masint measurement and signature intelligence ou osint open sources

    intelligence.

    ;#eti"ando a realia$%o de o*era$)e' de intelig-ncia, muita' organia$)e'

    ga'tam "ulto'o' recur'o' (inanceiro' adquirindo soft&ares e materiai', e'*ecialmente

    eletrCnico', 'em a"aliar criticamente a adequa$%o de'te' meio' ao' (in' e'*ecH(ico' do

    rg%o de intelig-ncia concretamente con'iderado.

    http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=8808378502330888987http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=8808378502330888987http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=8808378502330888987http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=8808378502330888987
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    ' o*era$)e' de intelig-ncia n%o '%o uma *anac!ia *ara O'ati'(aerP

    nece''idade' in(ormacionai', ra%o *ela qual de"em 'er cuidado'amente 'o*e'ada'

    'ua nece''idade, adequa$%o ao' (in', "ia#ilidade, cu'to' e ri'co'.

    eamo', adiante, e'*eci(icamente o tema da in(iltra$%o, con(orme o#ra que &

    *u#licamo' 'o#re o a''unto21:. Lei 9.034/199R art. 1@ de(ine e regula meio' de *ro"a e *rocedimento'

    in"e'tigatrio' que "er'em 'o#re ilHcito' decorrente' de a$)e' *raticada' *or quadril+a

    ou #ando ou organia$)e' ou a''ocia$)e' crimino'a' de qualquer ti*o.

    Lei 9.034/199R com a reda$%o da Lei 10.217/2001 e'ta#elece o 'eguinteA

    rt. 2@ m qualquer (a'e de *er'ecu$%o criminal '%o *ermitido', 'em *reuHo

    do' & *re"i'to' em lei, o' 'eguinte' *rocedimento' de in"e'tiga$%o e (orma$%o de

    *ro"a'A

    ...

    in(iltra$%o *or agente' de *olHcia ou de intelig-ncia, em tare(a' de

    in"e'tiga$%o, con'tituHda *elo' rg%o' e'*ecialiado' *ertinente', mediante

    circun'tanciada autoria$%o udicial.

    'u*racitada lei n%o de(ine in(iltra$%o, nem o conceito de organia$)e'

    crimino'a' *ara a' quai' (oi *re"i'ta a in(iltra$%o como meio de o#ten$%o de *ro"a.

    Bomo a lei 'e re(ere genericamente ao' ilHcito' decorrente' de a$)e' *raticada'

    *or quadril+a ou #ando ou organia$)e' ou a''ocia$)e' crimino'a' Ode qualquer ti*oP,

    a in(iltra$%o tam#!m 'e a*lica, al!m do' crime' comun', ao' crime' militare' e ao'

    crime' eleitorai'. t!cnica da in(iltra$%o de um agente em organia$)e' tida' como 'u#"er'i"a'

    ou com *otencial ad"er'o (oi #a'tante utiliada, numa (a'e de no''a +i'tria ano'

    1960 a 190, *elo' servios de informa2esatualmente 'er"i$o' de intelig-ncia, o'

    quai' atua"am *or meio de 'eu' setores de opera2es, na #u'ca de in(orma$)e' que

    *ude''em anteci*ar o' *rocedimento' de contra-informao ou contraJintelig-ncia

    nece''&rio' *ara o#'truHrem ou neutraliarem a' a$)e' ou ati"idade' da' organia$)e'

    in(iltrada'.

    in(iltra$%o, no *roce''o *enal, ! um meio de o#ten$%o de *ro"a', con'i'tente

    na introdu$%o de um agente *olicial ou agente de intelig-ncia numa quadril+a, #ando,

    organia$%o crimino'a ou a''ocia$%o crimino'a, a (im de o#ter *ro"a' que *o''i#ilitem

    de'"end&Jlo' ou de'truHJlo'.

    *e'ar de n%o +a"er regulamenta$%o legal, ma', tendo em "i'ta o *rincH*io da

    li#erdade *ro#atria, n%o 'e *ode, a priori, a(irmar a im*o''i#ilidade da in(iltra$%o no

    *roce''o *enal.

    http://www.advogado.adv.br/direitomilitar/ano2005/denilsonfeitozapacheco/atividadedeinteligencia.htm#_edn21http://www.advogado.adv.br/direitomilitar/ano2005/denilsonfeitozapacheco/atividadedeinteligencia.htm#_edn21
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    in(iltra$%o ! *o''H"el 'e ti"er como *arMmetro' legai' o' *rincH*io' da

    *ro*orcionalidade e do de"ido *roce''o legal.

    ; *rincH*io da *ro*orcionalidade e'ta#elece o' limite' materiai' da in(iltra$%o,

    e'*ecialmente no que tange ao 'u#*rincH*io da *ro*orcionalidade em 'entido e'trito,

    que no' remete a uma *ondera$%o do' intere''e'/direito'/"alore' em con(lito.; *rincH*io da *ro*orcionalidade em 'entido e'trito im*)e que a in(iltra$%o

    a*ena' *o''a 'er utiliada quando o' direito' a 'erem *rotegido' (orem 'u*eriore'

    quele' que 'er%o "iolado' com a in(iltra$%o *or e8em*lo, 'er%o "iolado' o' direito'

    (undamentai' de intimidade/*ri"acidade, imagem, +onra etc..

    ''im, quanto ao crime a in"e'tigar, na (alta de regulamenta$%o, o *rincH*io da

    *ro*orcionalidade em 'entido e'trito (a a limita$%o *elo m&8imo de gra"idade,

    'omente *ermitindo a in(iltra$%o quanto a crime' gra"e'.

    uanto ao' Ocrime'P que o agente in(iltrado *ode *raticar, tam#!m tendo em

    "i'ta a (alta de regulamenta$%o, o *rincH*io da *ro*orcionalidade em 'entido e'trito (a

    a limita$%o *elo mHnimo de gra"idade. =ortanto, o agente in(iltrado *ode *raticar

    aquela' conduta' tH*icoJ*enai' que 'eam inerente' ao conceito de in(iltra$%o e

    in'trumentalmente ligada' in(iltra$%o concretamente realiada, como (al'idade

    documental, (al'a identidade, (al'idade ideolgica etc. Se e8ecutar a in(iltra$%o

    con(orme oplano de opera2es de infiltrao, o agente in(iltrado e'tar& agindo

    no estrito cumprimento do dever legal de de'co#rir a' ati"idade' da organia$%o

    crimino'a in(iltrada, 'eu' integrante' e rede' de contato, 'eu modus operandi, 'ua

    &rea geogr&(ica de atua$%o, 'eu' o#eti"o' de curto, m!dio e longo *rao, aquantidade de recur'o' (inanceiro', materiai' e +umano' que *o''ui etc.

    n(im, o *rincH*io da *ro*orcionalidade acarreta a e$cluso da ilicitude,

    u'ti(icando legalmente a' conduta' tH*icoJ*enai' e"entualmente *raticada', de'de que

    'eam inerente' ao conceito de in(iltra$%o e in'trumentalmente ligada' in(iltra$%o

    concretamente realiada.

    IaendoJ'e a' limita$)e' materiai' *elo' 'eu' e8tremo', teremo' o Mm#ito

    mHnimo de utilia$%o da in(iltra$%o, que nece''ariamente e'tar& incluHdo em qualquer

    regulamenta$%o, alcan$ando a*ena' o' crime' mai' gra"e' quanto quele' a 'erem

    in"e'tigado' e 'omente o' meno' gra"e' quanto ao' que o agente in(iltrado *ode

    *raticar.

    Z im*ortante re''altar que i''o n%o in"ia#ilia a in(iltra$%o, uma "e que, 'e +&

    crime'perigosos *ara o agente in(iltrado como o tr&(ico de entor*ecente', que *odem

    demandar uma regulamenta$%o mai' detal+ada, tam#!m temo' crime' Ode colarin+o

    #rancoP, que e't%o *er(eitamente 'ueito' in(iltra$%o ne''a con(igura$%o mHnima.

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    uanto ao gru*o deliti"o a 'er in(iltrado, ainda na me'ma lin+a re'triti"a, a

    in(iltra$%o, em *rincH*io, ! ca#H"el *ara o com#ate a quadril+a' ou #ando'. ;#'er"e

    que, me'mo n%o +a"endo de(ini$%o de organia$)e' crimino'a', a lei 'e re(ere a

    quadril+a', #ando' ou a''ocia$)e' crimino'a' de qualquer ti*o.

    De*endendo do "alor do direito (undamental que *oderia 'er tutelado com ain(iltra$%o, *oderia 'er utiliada a de(ini$%o internacional de organia$)e' crimino'a'

    tran'nacionai', *re"i'ta na Bon"en$%o nternacional de Bom#ate ' ;rgania$)e'

    Brimino'a' Kran'nacionai', da qual o 5ra'il ! 'ignat&rio. *e'ar de n%o e'tar ainda em

    "igor, ela e'ta#elece uma con(igura$%o mHnima do que ! uma organia$%o crimino'a,

    que tende a 'er mai' am*la na' norma' legai' interna', a' quai' certamente incluir%o

    um rol maior de in(ra$)e' *enai' caracteriadora' da' organia$)e' crimino'a'.

    5.& Nat$"eFa d in,ilt"ad

    gente in(iltrado ! a *e''oa introduida numa quadril+a, #ando, organia$%o

    crimino'a ou a''ocia$%o crimino'a, a (im de o#ter *ro"a' que *o''i#ilitem de'"end&J

    lo' ou de'truHJlo'.

    Lei 9.034/199R e'ta#elece que a *e''oa in(iltrada de"e 'er agente de *olHcia

    ou agente de intelig-ncia.

    determina$%o do que ! agente de polcia n%o o(erece maiore' di(iculdade',

    *oi' *odemo' no' re(erir minimamente ' =olHcia' *re"i'ta' no art. 144 da Bon'titui$%o

    Iederal na condi$%o depolcias investigativasA =olHcia Iederal e =olHcia' Bi"i' em geral.

    Kam#!m a' =olHcia' Eilitare', o' Bor*o' de 5om#eiro' Eilitare', o 8!rcito, a Earin+a e

    a eron&utica, quando (uncionam comopolcias investigativas na a*ura$%o de crime'

    militare'.

    Bomo a Lei (ederal 9.3/1999 in'tituiu o Si'tema 5ra'ileiro de ntelig-ncia e o

    Decreto (ederal 3.69R/2000 criou o Su#'i'tema de ntelig-ncia de Seguran$a =?#lica,

    i''o im*lica que o agente de intelig-ncia de"e 'er de um rg%o *?#lico (ormalmente

    con'tituHdo como rg%o de intelig-ncia.''im, *odem 'er utiliado' o' agente' de intelig-ncia da g-ncia 5ra'ileira de

    ntelig-ncia 5, do 8!rcito, da Earin+a, da eron&utica, do Eini't!rio da De(e'a,

    da' dmini'tra$)e' =enitenci&ria', da' Secretaria' 'taduai' da Iaenda, Secretaria da

    >eceita Iederal e, en(im, de outro' rg%o' *?#lico' que ten+am (ormalmente

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    con'tituHdo 'ua unidade de intelig-ncia e "inculado 'eu 'er"idor a ela como agente de

    intelig-ncia.

    Do *onto de "i'ta con'titucional e legal, nada im*ede que o' agente' de

    intelig-ncia de rg%o' de intelig-ncia do Eini't!rio =?#lico tam#!m *o''am realiar a

    re(erida in(iltra$%o. ;#'er"e que a Lei 9.034/199R e'ta#elece que a *e''oa in(iltradade"e 'er agente de *olHcia OouP agente de intelig-ncia, 'em re'tringir a in'titui$%o

    qual *ertence o agente de intelig-ncia. Koda"ia, o' mem#ro' do Eini't!rio =?#lico

    de"em re'i'tir ao (a'cHnio que a' o*era$)e' de intelig-ncia e8ercem no imagin&rio

    'ocial, *oi' o' Eini't!rio' =?#lico' n%o '%o e'truturado' *ara arcar com o' alto' cu'to'

    +umano', materiai' e (inanceiro' que a realia$%o *ermanente de tai' o*era$)e'

    *odem en"ol"er, com *o''H"el com*rometimento de'*ro*orcional da' (un$)e'

    ti*icamente urHdica' como *re'id-ncia de inqu!rito' ci"i', *ro*o'itura de a$)e' ci"i' e

    *enai' etc..

    ''o n%o 'igni(ica que o Eini't!rio =?#lico n%o *o''a realiar, *or e8em*lo, uma

    in(iltra$%o, ma', em *rincH*io, 'omente de"eria (a-Jlo em 'itua$)e' e8ce*cionai'. Nm

    modelo de 'uce''o tem 'ido a integra$%o do Eini't!rio =?#lico com rg%o' de

    intelig-ncia *olicial, o' quai', normalmente, e't%o em mel+ore' condi$)e' *ara a

    realia$%o de "&ria' t!cnica' o*eracionai'.

    ntretanto, +& "&ria' t!cnica' o*eracionai' de intelig-ncia que *odem 'er

    a*licada' com grande *ro"eito *elo *r*rio mem#ro do Eini't!rio =?#lico, como ! o

    ca'o, *or e8em*lo, da entre"i'ta.

    5./ !"cedi-ent da in,ilt"a)

    ;' 'er"i$o' de intelig-ncia *o''uem 'lido' con+ecimento' 'o#re o*era$)e' de

    intelig-ncia, #a'eado' em regulamenta$%o interna con'olidada. generalidade da' lei'

    *roce''uai' *enai', a' quai' a*ena' e'ta#elecem algun' marco' legai', certamente

    n%o c+egar%o no nH"el de detal+amento e 'eguran$a e8igido' *ela' o*era$)e' deintelig-ncia.

    =ortanto, o con+ecimento e e8*eri-ncia do' 'er"i$o' de intelig-ncia *odem 'er

    a*ro"eitado' *ara a' ati"idade' de inteligncia criminal.

    ; *rincH*io do de"ido *roce''o legal 'igni(ica, dentre outra' coi'a', a

    controla#ilidade da *er'ecu$%o *enal. maioria do' meio' de *ro"a n%o *o''uem

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    *re"i'%o legal detal+ada de 'ua realia$%o e, no entanto, ele' '%o utiliado',

    e'*ecialmente *elo controle udicial a que '%o 'u#metido', *oi' o ui ! garante do'

    direito' (undamentai'.

    o#'er"Mncia do' rHgido' *rocedimento' de in(iltra$%o & utiliado' *elo'

    'er"i$o' de intelig-ncia 'ati'(a, em nH"ei' 'u*eriore' ao' *re"i'to' *ara o' meio' de*ro"a em geral, ' e8ig-ncia' de controle que '%o im*o'ta' *elo *rincH*io do de"ido

    *roce''o legal.

    De''e modo, o *laneamento da in(iltra$%o, #a'eado em *r!"io e'tudo da

    'itua$%o, de"e 'er 'u(icientemente rigoro'o *ara 'e *o''i#ilitar a e8ecu$%o e controle

    da in(iltra$%o, #em como 'ua a"alia$%o contHnua e (inal. ; *laneamento de"e,

    inclu'i"e, anteci*ar a' *o''H"ei' medida' *o'teriore' ao encerramento da in(iltra$%o.

    o e'tudo da 'itua$%o, de"em 'er (eita' an&li'e da organia$%o, an&li'e do

    am#iente o*eracional, an&li'e do agente *er(il adequado *ara o de'em*en+o da

    mi''%o, com*reen'%o da mi''%o e do' ri'co' dela decorrente', entendimento da'

    norma' e da' orden' a que e't& 'u#metido, *ro"a' de idoneidade, credi#ilidade e

    con(ian$a demon'trada' em mi'')e' ou o*era$)e' anteriore' etc., an&li'e de ri'co

    cu'to/#ene(Hcio da in(iltra$%o do agente, ri'co' quanto *e''oa do agente in(iltrado,

    ri'co' in'titucionai', medida' de 'eguran$a e'*ecH(ica' e alternati"a', medida' de

    controle e'*eciai', liga$)e'/comunica$)e' de in(orma$)e' com o*ortunidade e

    'eguran$a etc..

    Nm *roduto nece''&rio do *laneamento da in(iltra$%o ! o *lano de o*era$)e'

    de in(iltra$%o, que de"e conter 'itua$%o elemento' (&tico' di'*onH"ei', al"o e am#ienteo*eracional, mi''%o o#eti"o da in(iltra$%o, *ro"a' a 'erem o#tida', e'*eci(ica$%o

    do' recur'o' materiai', +umano' e (inanceiro' di'*onH"ei', treinamento' nece''&rio',

    medida' de 'eguran$a da in(iltra$%o a 'erem o#'er"ada', coordena$%o e controle

    *reci'amente de(inido' com *e''oa de liga$%o, *rao' a 'erem cum*rido', (orma'

    'egura' de comunica$%o, re'tri$)e' etc.

    ; *lano de in(iltra$%o, no *roce''o *enal, de"er& conter a' e'*!cie' de

    conduta' tH*icoJ*enai' que e"entualmente o agente in(iltrado *oder& *raticar,

    de*endendo da' circun'tMncia' concreta', dentro da lin+a re'triti"a acima e8*o'ta. m

    outra' *ala"ra', o *lano de"e de(inir o que o agente *ode ou n%o (aer.

    ; 'igilo do *lano de in(iltra$%o ! nece''&rio n%oJ'omente *ara o 'uce''o da

    o*era$%o, ma' tam#!m *ara a *rote$%o do agente in(iltrado, que *ode me'mo correr

    ri'co de "ida. ''im, *en'amo' que de"e 'er ela#orada uma "er'%o 'int!tica do *lano

    de o*era$)e' de'tinado 'ua +omologa$%o udicial.

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    ; *lano de in(iltra$%o 'int!tico de"e 'er 'u#metido +omologa$%o udicial, com

    *r!"io *arecer do Eini't!rio =?#lico.

    ; *lano de in(iltra$%o, de"idamente a*ro"ado udicialmente, ! a #a'e

    documental que o agente in(iltrado ter& *ara a e8ecu$%o da in(iltra$%o e, inclu'i"e,

    *ara 'ua *rote$%o, *or e8em*lo, *ara com*ro"a$%o, con(orme a teoria, da au'-ncia dedolo ou de ilicitude, na e"entualidade de 'er 'u#metido a uma in"e'tiga$%o criminal ou

    *roce''o *enal *ela' conduta' *raticada' durante e em ra%o da in(iltra$%o.

    m*ortante re''altar a im*ortMncia de o' rg%o' udiciai' e mini'teriai'

    adotarem medida' mHnima' de contraJintelig-ncia que *ermitam a 'eguran$a da

    o*era$%o de in(iltra$%o e, 'o#retudo, do agente in(iltrado, o qual *ode ter 'ua "ida ou

    integridade (H'ica em ri'co.

    5.5 An7lise *(s=in,ilt"a) e sit$a) d agente in,ilt"ad

    an&li'e *'Jin(iltra$%o ! crucial *ara 'e determinar a continua$%o da e8ecu$%o

    da in(iltra$%o an&li'e *'Jin(iltra$%o contnua e o de'tino do agente, da in'titui$%o

    in"e'tigadora e da' *ro"a' e"entualmente o#tida' an&li'e *'Jin(iltra$%o final.

    *' o t!rmino da in(iltra$%o, o agente e 'ua 'itua$%o de"em 'er

    meticulo'amente a"aliado', e'*ecialmente quanto ' con'eqT-ncia' da in(iltra$%o *ara

    o agente 'e +ou"e com*rometimento 'ocial, *ro(i''ional ou *'icolgico, *ara a

    (inalidade da in(iltra$%o 'e a' *ro"a' o#tida' com*rometem (uturo tra#al+o de maior

    "ulto em rela$%o me'ma organia$%o in(iltrada ou 'e a' medida' adotada' a*'

    t!rmino da in(ra$%o *o''i#ilitar%o a utilia$%o da' *ro"a' o#tida' e *ara a in'titui$%o

    in"e'tigadora 'e a re"ela$%o de certa' in(orma$)e', como a identidade do agente

    in(iltrado e 'eu modus operandi, colocam em ri'co a imagem do rg%o in"e'tigador e o

    (uturo de outra' in(iltra$)e'.

    De*endendo do ca'o concreto, *oder& +a"er uma grada$%o de medida', como

    a(a'tamento tem*or&rio da' (un$)e' com *rao "ari&"el de*endendo da 'itua$%o,mudan$a de local de tra#al+o ou at! mudan$a de identidade no' molde' do 'er"i$o de

    *rote$%o de te'temun+a', *oi' o agente tornouJ'e uma te'temun+a do ca'o.

    *artici*a$%o do agente em outra' in(iltra$)e' de"e de*ender de 'ua

    rea"alia$%o 'ocial, *ro(i''ional e *'icolgica.

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    I;>E D BK\];A

    =BQB;, Denil'on Ieitoa. ti"idade' de intelig-ncia e *roce''o *enal. nA

    G;>D GN>^DB D GNSK\ ELK> D N]; NDK;> D 4_ BGE, 30 'et.

    200R, Gui de Iora/E