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16/03/2017 Número: 5000704-57.2017.8.13.0433 Classe: PROCEDIMENTO COMUM Órgão julgador: 1ª Vara Cível da Comarca de Montes Claros Última distribuição : 31/01/2017 Valor da causa: R$ 20110.0 Assuntos: Indenização por Dano Moral, Empréstimo consignado Segredo de justiça? NÃO Justiça gratuita? SIM Pedido de liminar ou antecipação de tutela? NÃO Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais PJe - Processo Judicial Eletrônico Consulta Processual Partes Tipo Nome ADVOGADO HIGOR BEZERRA COSTA MOREIRA AUTOR MARIA DO CARMO DO NASCIMENTO OLIVEIRA RÉU SUL FINANCEIRA S/A - CREDITO FINANCIAMENTOS E INVESTIMENTOS Documentos Id. Data da Assinatura Documento Tipo 17837 609 31/01/2017 11:21 Petição Inicial Petição Inicial 17841 807 31/01/2017 11:21 01 - MARIA DO CARMO DO NAS. OLI. x SUL FIN. Petição 18037 645 31/01/2017 11:21 02 - Procuração Procuração 17841 888 31/01/2017 11:21 03 - RG e CPF - Maria do Carmo Documento de Identificação 17841 934 31/01/2017 11:21 04 - Extrato INSS Documento de Comprovação 17841 978 31/01/2017 11:21 05 - Extrato INSS Documento de Comprovação 17842 016 31/01/2017 11:21 06 - Extrato INSS descontos Documento de Comprovação 17842 049 31/01/2017 11:21 07 - Bloqueio Emprestimos INSS Documento de Comprovação 17842 796 31/01/2017 11:21 08 - Extrato Banco Valor Creditado Documento de Comprovação 17842 886 31/01/2017 11:21 09 - Extrato Banco valor Disponivel Documento de Comprovação 18037 736 31/01/2017 11:21 10 - Declaração de Hipossuficiência Declaração de Hipossuficiência 18064 430 31/01/2017 17:50 Petição Petição 18064 506 31/01/2017 17:50 11 - COMPROVANTE DEP. JUDICIAL Petição 18064 576 31/01/2017 17:50 12 - Comp. Dep. Judicial Documento de Comprovação 18064 625 31/01/2017 17:50 13 - Comp. do valor Cred. na Conta. Documento de Comprovação 18384 606 07/02/2017 17:36 Certidão de Triagem Certidão 18723 804 20/02/2017 17:03 Decisão Decisão 19264 723 24/02/2017 10:43 Intimação Intimação

PROCEDIMENTO COMUM - app.cobrar.com.brapp.cobrar.com.br/judicial/arquivos-scanner/MG/1203702... · AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE RELAÇÃO JURÍDICA C/C INDENIZAÇÃO POR

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16/03/2017

Número: 5000704-57.2017.8.13.0433

Classe: PROCEDIMENTO COMUM

Órgão julgador: 1ª Vara Cível da Comarca de Montes Claros

Última distribuição : 31/01/2017

Valor da causa: R$ 20110.0

Assuntos: Indenização por Dano Moral, Empréstimo consignado

Segredo de justiça? NÃO

Justiça gratuita? SIM

Pedido de liminar ou antecipação de tutela? NÃO

Tribunal de Justiça do Estado de Minas GeraisPJe - Processo Judicial EletrônicoConsulta Processual

Partes

Tipo Nome

ADVOGADO HIGOR BEZERRA COSTA MOREIRA

AUTOR MARIA DO CARMO DO NASCIMENTO OLIVEIRA

RÉU SUL FINANCEIRA S/A - CREDITO FINANCIAMENTOS E INVESTIMENTOS

Documentos

Id. Data daAssinatura

Documento Tipo

17837609

31/01/2017 11:21 Petição Inicial Petição Inicial

17841807

31/01/2017 11:21 01 - MARIA DO CARMO DO NAS. OLI. x SUL FIN. Petição

18037645

31/01/2017 11:21 02 - Procuração Procuração

17841888

31/01/2017 11:21 03 - RG e CPF - Maria do Carmo Documento de Identificação

17841934

31/01/2017 11:21 04 - Extrato INSS Documento de Comprovação

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31/01/2017 11:21 05 - Extrato INSS Documento de Comprovação

17842016

31/01/2017 11:21 06 - Extrato INSS descontos Documento de Comprovação

17842049

31/01/2017 11:21 07 - Bloqueio Emprestimos INSS Documento de Comprovação

17842796

31/01/2017 11:21 08 - Extrato Banco Valor Creditado Documento de Comprovação

17842886

31/01/2017 11:21 09 - Extrato Banco valor Disponivel Documento de Comprovação

18037736

31/01/2017 11:21 10 - Declaração de Hipossuficiência Declaração de Hipossuficiência

18064430

31/01/2017 17:50 Petição Petição

18064506

31/01/2017 17:50 11 - COMPROVANTE DEP. JUDICIAL Petição

18064576

31/01/2017 17:50 12 - Comp. Dep. Judicial Documento de Comprovação

18064625

31/01/2017 17:50 13 - Comp. do valor Cred. na Conta. Documento de Comprovação

18384606

07/02/2017 17:36 Certidão de Triagem Certidão

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20/02/2017 17:03 Decisão Decisão

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24/02/2017 10:43 Intimação Intimação

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24/02/2017 12:41 Certidão Expedição Carta Citação/Intimação Certidão

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24/02/2017 12:41 5000704-57.2017 CERTA DE CITAÇÃO - SULFINANCEIRA SA

Carta(Citação/Intimação)

19473639

06/03/2017 11:03 Petição Petição

Petição inicial em PDF anexa.

Num. 17837609 - Pág. 1Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: HIGOR BEZERRA COSTA MOREIRAhttp://pje.tjmg.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=17013111163980500000017159899Número do documento: 17013111163980500000017159899

1

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ª. VARA CÍVEL

DA COMARCA DE MONTES CLAROS – MINAS GERAIS.

MARIA DO CARMO DO NASCIMENTO OLIVEIRA, brasileira, viúva, pensionista,

inscrita no CPF sob o nº 031.141.936-41 e CI nº M-9.019.569 – SSP/MG, endereço

eletrônico: não possui, filha de d. Beatriz Fonseca Ruas, residente e domiciliada na

Rua Malaquias Gomes de Oliveira, nº 722, bairro Eldorado, CEP 39.401-274,

Montes Claros – MG, por meio de seu procurador infra firmado, outorga inclusa,

vem à presença de Vossa Excelência, com acatamento e respeito, propor a presente,

AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE RELAÇÃO JURÍDICA C/C

INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS COM PEDIDO DE TUTELA

ANTECIPADA.

Com fundamento na legislação processual em vigor, em face da SUL FINANCEIRA

S/A, pessoa jurídica de direito privado, devidamente inscrita no CNPJ\MF, sob o

número 92.764.489/0001-96, com sua sede no Estado de São Paulo, na Av.

Paulista, nº 1048 – 5º Andar, Bairro Bela Vista, em São Paulo, CEP nº 01.310-100,

na pessoa de seu representante legal consoante seu contrato social, pelos motivos

de fato e de direito a seguir explicitados:

DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA:

A Parte requere, desde já, com base no artigo 5º, LXXIV, da Constituição Federal, e

pela Lei 13.105/2015, artigo 98 e seguintes do Código de Processo Civil, a

concessão do benefício da assistência judiciária gratuita, pois não possui condições

de arcar com as custas do presente processo, sem prejuízo próprio ou de sua

família.

DOS FATOS:

A Autora é pensionista, conforme NB 0294744550, percebendo uma

pensão correspondente a R$ 887,10 (oitocentos e oitenta e sete reais e dez

centavos), estranhando os valores que vinha recebendo de sua pensão, buscou a

agência da previdência social para esclarecimento dos descontos que vem sendo

realizados, pois o valor que esta recebendo não corresponde ao que é de costume.

Num. 17841807 - Pág. 1Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: HIGOR BEZERRA COSTA MOREIRAhttp://pje.tjmg.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=17012516522058700000017163890Número do documento: 17012516522058700000017163890

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A Autora foi informada que os valores estavam corretos, pois havia

contraído alguns empréstimos, desta forma, foi solicitado que retirasse o extrato

para melhor visualização dos descontos relacionados aos empréstimos. Ao deparar

com o extrato fornecido pela previdência social, ficou clara que estava sendo vítima

de uma fraude de empréstimo consignado, pois a mesma não contraiu empréstimo

com o BANCO SUL FINANCEIRA S/A, ora Réu, como vinha relatando na relação

detalhada de créditos, sendo que o suposto empréstimo consignado

nº 20-96339/16002, com início em 19/02/2016, no valor de R$ 912,53

(novecentos e doze reais e cinquenta e três centavos), com valor da parcela

correspondente a R$ 27,50 (vinte e sete reais e cinquenta centavos) por um prazo

de 72 meses. (doc. anexo). A Autora solicitou o bloqueio do empréstimo no seu

beneficio na previdência social, conforme documento anexo.

Inconformada e desorientada e sem entender o que está acontecendo,

que repentinamente viu se violentada, tendo o seu poder de compra, de crédito

suprimido, sendo humilhada perante a sociedade pelo Banco Réu que ao realizar tal

pratica abusiva, vem se locupletando dos juros abusivos de um empréstimo

totalmente indevido, ilegal.

A Autora não contratou com o Banco Réu o serviço de empréstimo

consignado, ou autorizou que terceiro firmasse contrato em seu nome, nesta

cidade ou até mesmo em outra praça.

Foi creditado na conta da Autora R$ 912,53 (novecentos e doze reais e

cinquenta e três centavos), valor este que a mesma coloca a disposição para

devolução, vez que não foi contratado os serviços do Banco Réu, e não tem

interesse. Desta forma, o valor não pertence à mesma e encontra se na conta

conforme extrato bancário anexo, a disposição para devolução.

E desde já fica requerido à juntada do Suposto Contrato Original e

sem rasuras que firma o vinculo entre as partes, a Autora contesta

veementemente, porque nunca assinou tal Contrato com o Banco Réu.

O Banco Réu é inoperante e totalmente irresponsável e com isto assume

toda a responsabilidade com o ato ilícito praticado pelos seus prepostos. A Autora

é uma pessoa simples e acima de tudo honesta, gozando de bom conceito junto à

comunidade, sempre honrou com todas as suas obrigações de forma pontual,

nunca tendo havido em sua vida, não só financeira como também social, moral,

sócio-psicológica e profissional, fato ou ocorrência que abalasse o seu maior bem e

seu mais nobre patrimônio, em melhores palavras, sua integridade, mantendo seu

nome, sua honra e boa fama intactos, fato este que não é comum nos dias de hoje.

O fato ocorrido vem causando inconformismo, por ter sido impedida de cumprir

com sua obrigação financeira familiar e pessoal, devido ao desfalque do empréstimo

que foi realizado sem seu consentimento.

Há de convir que é inadmissível, que o Banco Réu, no exercício dos seus

serviços, com setor específico e pessoas em tese bem treinadas para abertura

de crédito, não cumpriu com seu mister de maneira eficiente, e principalmente,

com o devido zelo, conforme reza a resolução 2.025 de 24.11.1993, do BACEN,

causando a Autora, prejuízos de ordem material e porque não dizer também de

ordem moral, transtornos a uma pessoa de bem, tendo a mesma

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repentinamente, de passar por diversas situações humilhantes e vexatórias, e

ver seu crédito, poder de compra, suprimido.

Por toda a situação supra descrita conclui-se que o dano, o sofrimento

injusto, o constrangimento, estão consumados sendo que tal dor não pode ser

reparada, senão pela presente ação, devendo o Réu ser condenado a restituir em

dobro todos os valores relacionados aos descontos no beneficio da Autora,

correspondendo até a presente data a R$ 55,00 (cinquenta e cinco reais), sendo o

dobro igual a R$ 110,00 (cento e dez reais) pelos danos materiais, bem como

indenizar a mesma pelos danos morais sofridos, principalmente por ter agido de

má fé fraudando empréstimo consignado e descontando indevidamente valores em

seu beneficio de um serviço que não foi contratado, o Banco Réu atua no

mercado financeiro com abuso de direito, uma vez que prerrogativas e direito do

consumidor são completamente desrespeitadas. Sendo assim, nada mais justo do

que indenizar a Autora, para tentar repará-la pela violação à sua dignidade.

DO DIREITO (DANO MORAL E MATERIAL):

Inicialmente, cumpre destacar que a relação jurídica havida entre as

partes é nitidamente de consumo, o Código de Defesa do Consumidor, Lei Federal

nº. 8.078/90, norma especial e geral de consumo, deve ser obrigatoriamente

aplicada à presente demanda, tendo em vista que é de consumo a relação existente

entre o Banco Réu e a Autora, que esta submetida a prática comercial abusiva do

Réu, conforme previsto nos pressupostos dos artigos 2º, 3º e 29 do CDC.

O Banco Réu, ao realizar Empréstimo Consignado, através de terceira

pessoa (estelionatário) em nome da Autora, atingiu a mesma, seu patrimônio sua

moral, a dor, o sofrimento, as angústias por está convivendo com os descontos

ilícitos, indevidos, ilegal e imoral, sem poder fazer qualquer compromisso com o

valor que lhes é apropriado indevidamente. Foi imenso, sem falar, na sensação de

perda do seu bem e do seu bom nome e sua integridade pessoal, o medo da rejeição

perante os que em sua volta circundam e o transtorno causado na vida, devido ao

ato ilícito praticado pelo Réu, onde só mesma pode avaliar, o que foi sentido dento

da sua alma.

Não bastasse a esfera patrimonial plenamente atingida, os efeitos do ato

ilícito praticado pelo Réu, alcançaram a vida íntima da Autora, que repentinamente

viu-se violentada no seu conceito perante o sistema financeiro, o comércio em geral

e a sociedade, quebrando a paz, a tranquilidade, a harmonia, deixando sequelas e

trazendo profundos dissabores, abatendo a mesma, que não teve e não tem

nenhuma resposta para o mesmo quanto ao desconto em sua aposentadoria,

tornou inerte, apático, com sentimento de indiferença a si e ao mundo, causando-

lhe sérios danos morais, o que será provado em audiência, principalmente com

testemunhas.

O Código Civil é claro neste aspecto, quando preleciona em seu art. 186,

que:

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“Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência,

violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito”.

Assegura ainda o art. 932, do mesmo Código:

“São também responsáveis pela reparação civil”: [...] III – “O empregador ou comitente por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do trabalho que lhes competir, ou por ocasião dele”.

O código de defesa do consumidor consagra em seu art. 14 - "caput', que:

“O fornecedor de serviço responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos”.

É notória a responsabilidade objetiva do Banco, pois independe do seu

grau de culpabilidade, uma vez que ocorreu uma enorme falha uma extorsão, ou

melhor, estelionato, gerando o dever de indenizar, pois houve defeito relativo à

prestação de serviços, bem como, por informações insuficientes e inadequadas,

advindas do acidente por fato do serviço.

Na melhor doutrina, temos Arnold Wald, in Da Responsabilidade Civil

do Banco pelo Mau Funcionamento de seus Serviços - RT 497, p. 37/38, que

afirma: "se houve negócio jurídico com assunção de dever pelo banco, a violação a esse dever jurídico preexistente caracteriza mesma pressuposto à

responsabilidade civil".

Já, com relação ao dano moral puro, ficou igualmente comprovado pelos

documentos anexo, que o banco Réu com sua conduta negligente violou

diretamente direito sagrado da Autora, qual seja, de ter sua paz interior e

exterior inabalada por situações com ao qual não concorreu - direito da

inviolabilidade a intimidade e a vida privada.

Os romanos, diziam que a honesta fama é outro patrimônio

(honesta fama est alteriumpatrimonium). Realmente, a boa reputação não deixa de

ser um patrimônio.

"A honra é uma prerrogativa motivada pela probidade da vida e dos bons costumes. (est praerogativaquaedamex vitae morunqueprobitare causada)".

Já, a nossa Carta Magna, garante a indenização quando a intimidade e a

vida privada das pessoas forem violadas, sobretudo por ato ilícito, sendo oportuno

memorar em nossa Lei Maior, o seu art. 5º, que nos ensina que o dano moral deve

ser ressarcido, senão vejamos:

"Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no país a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: [...] V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem; [...] X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurando o direito à indenização pelo dano material ou moral, decorrentes de sua violação;".

Num. 17841807 - Pág. 4Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: HIGOR BEZERRA COSTA MOREIRAhttp://pje.tjmg.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=17012516522058700000017163890Número do documento: 17012516522058700000017163890

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Esta é a etapa da evolução a que chegou o direito em nosso País, a

começar pela Constituição Federal, que bem protege o dano moral de forma

cristalina e indubitável. A indenização dos danos puramente morais representa

punição forte e efetiva, bem como, remédio para o desestímulo à prática de atos

ilícitos, determinando, não só ao Réu, mas principalmente a outras instituições

financeiras e outras pessoas, físicas ou jurídicas, a refletirem bem antes de

causarem prejuízo há alguém.

"Havendo dano, produzido injustamente na esfera alheia, surge à necessidade de reparação, como imposição natural da vida em sociedade e, exatamente, para a sua própria existência e o desenvolvimento normal das potencialidades de cada ente personalizado. É que investidas ilícitas ou antijurídicas ou circuito de bens ou de valores alheios perturbam o fluxo tranquilo das relações sociais, exigindo, em contraponto, as reações que o Direito engendra e formula para a restauração do equilíbrio rompido.” (Carlos Alberto Bittar).

“o homem tanto pode ser lesado no que é como no que tem”.

Lesado no que é - diz respeito aos bens intangíveis, aos bens morais (nome, fama, dignidade, honradez).

Lesado no que tem - relacionam-se aos bens tangíveis, materiais.

Com efeito, já prelecionava a Lei das XII Tábuas –

– “se alguém causa um dano premeditadamente, que o repare”.

A doutrina e a jurisprudência vêm juntas, abrindo caminho dia a dia no

tema, para fortalecer a indenizabilidade do dano moral e assim, não permitir que

seja letra morta o princípio consagrado honeste vivere, neminemlaedere (viver

honestamente e não lesar a ninguém).

Sobre a matéria, encontramos:

EMENTA: AÇÃO INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C DANO MORAL, EMPRÉSTIMO CONSIGNADO PENSIONISTA DO INSS, CONSUMIDOR QUE NUNCA CONTRATOU EMPRÉSTIMO COM A INSTITUIÇÃO FINANCEIRA, AUSÊNCIA DE PROVA FIDEDIGNA, FRAUDE GROSSEIRA, RESPONSABILIDADE OBJETIVA -

RISCO DO NEGÓCIO - DANO MORAL CARACTERIZADO, QUANTUM FIXADO EM R$ 10.000,00, SENTENÇA MANTIDA. Recurso conhecido e desprovido. , resolve esta Turma Recursal, por unanimidade de votos, conhecer do recurso e, no mérito, negar provimento, nos exatos termos do vot (TJPR - 2ª Turma Recursal - 0006259-04.2013.8.16.0044/0 - Apucarana - Rel.: Marco ViníciusSchiebel - - J. 24.10.2014).(grifo nosso).

Segundo a trilha da jurisprudência pede-se vênia, para trazer a lume a

decisão proferida pela Décima Câmara Cível, nos autos da Apelação Cível Nº

70050854413, do Tribunal de Justiça do RS, da lavre do Eminente Juiz Relator

Túlio de Oliveira Martins, Julgado em 29/11/2012:

“RESPONSABILIDADE CIVIL. INSTITUIÇÃO BANCÁRIA. EMPRÉSTIMO CONSIGNADO OBTIDO MEDIANTE FRAUDE. DESCONTO EM FOLHA DE PAGAMENTO. DEVER DE INDENIZAR. DANO MORAL CONFIGURADO.

I - A obtenção de empréstimo consignado em nome do autor, mediante fraude, acarretando descontos indevidos em sua folha de pagamento acarreta dano moral indenizável. As adversidades sofridas pelo autor, a aflição e o desequilíbrio em seu bem-estar, fugiram à normalidade e se

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constituíram em agressão à sua dignidade.II - A indenização visa à reparação do dano sofrido sem acarretar, por outro lado, a possibilidade de enriquecimento sem causa. Fixação do montante indenizatório considerando-se o grave equívoco do réu, o aborrecimento e o transtorno sofridos pelo demandante, além do caráter punitivo-compensatório da reparação. APELAÇÃO PROVIDA. (“Apelação Cível Nº 70050854413, Décima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Túlio de Oliveira Martins, Julgado em 29/11/2012)”. (grifo nosso).

Em relação aos descontos indevidos no benefício, o Réu deve restituir

todos os valores a ser pago em dobro, correspondendo até a presente data a

R$ 55,00 (cinquenta e cinco reais), sendo o dobro igual a R$ 110,00 (cento e dez

reais), não restando dúvidas dos danos que a fraude do empréstimo consignado

causou, considerando os danos materiais sofridos, de acordo como estabelecido na

legislação vigente.

Desta forma, fica mais que comprovado que o Banco Réu deve ser

condenado a indenizar a Autora pelos danos morais e materiais que vem

sofrendo, devido ao empréstimo fraudulento realizado sem seu consentimento.

DA RESPONSABILIDADE DO BANCO:

Aqui, pouco importa o elemento anímico do Banco, o que nos interessa é

a relação de causalidade entre a conduta e o dano. A atividade das instituições

financeiras de um modo geral é notadamente de risco, porque respondem pelas

inadimplências aqui e ali, que seus clientes lhe causam. Certo é que os Bancos

correm riscos. Bem por isso, que seus lucros são monstruosos.

Mas, se dessa atividade tem resultados rendosos, há também de se

responsabilizar pelos prejuízos que provocam na sociedade. Comercialistas

italianos nesse tema foram pioneiros na elaboração da teoria, denominada a

TEORIA DO RISCO, que direciona tais prejuízos à conta dos banqueiros.

Ouçamos Vivante:

"ele (o banqueiro) assumiu o serviço de caixa pelo seu cliente, e disso aufere lucro, é justo que suporte os riscos inerentes a esse serviço. Exercendo tal serviço profissionalmente, os lucros que dele retira podem compensá-lo de um prejuízo que ao cliente seria muitas vezes irreparável".

De fato o é, mas os doutrinadores brasileiros estão num só passo,

convergindo para o perfeito enquadramento da atividade bancária na teoria do

risco. Basta lembrarmo-nos do magistério do respeitado Professor Arnold Wald,

explanando em pareceres diversos:

"O banqueiro, como todo empresário, responde pelos danos causados, no exercício da profissão, aos seus clientes e a terceiros".

No direito brasileiro a tendência doutrinária e jurisprudencial, inspirada

na legislação específica, é no sentido de admitir a responsabilidade civil do

banqueiro com base no risco profissional, embora a posição tradicional do nosso

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direito fundamentasse a responsabilidade na culpa, a atual jurisprudência,

inclusive do STF, reconhece que o banqueiro deve responder pelos danos que

causa em virtude do risco que assumiu profissionalmente.

Dessa linha, não diverge Carlos Alberto Bittar:

"(...) aquele que exerce atividade de que retira resultado econômico deve suportar os respectivos riscos que insere na sociedade. Fundada nas idéias de justiça distributiva e de completa proteção da vítima - como centro de preocupação do direito, no respeito à pessoa humana - essa diretriz tem imposto o sancionamento civil às empresas nos danos decorrentes de suas atividades apenas em função do risco...". E, aduz mais: "no concernente aos bancos, verifica-se que é tranqüila a aplicação da teoria da causa".

Em obediência a inúmeras instruções e recomendações do Banco

Central do Brasil, as instituições financeiras são obrigadas a precatarem-se

quando da abertura de contas correntes, ou qualquer outro tipo de contrato que

vincule o mesmo com terceiro. Afinal, os órgãos de crédito não podem buscar

seu lucro à custa de prejuízos a terceiros, que descansam no lastro do respaldo

da confiança que as casas bancárias emprestam aos que, voluntariamente aceitam

como clientes.

Conforme as normas vigentes, as instituições financeiras, ao abrirem contas-correntes, devem além de conferir os dados todos declinadas pelo cliente quando do preenchimento da ficha cadastral, confrontando-os com os

documentos de identificação originais, devem arquivar "cópias legíveis e em bom estado a documentação". (grifo nosso).

Nem se alegue a impossibilidade da comprovação dos informes prestados

pelo cliente, já que a consulta confirmatória é autorizada por lei: "É facultado às

instituições financeiras e às assemelhadas solicitar ao departamento da receita

federal a confirmação do número de inscrição no cadastro de pessoas físicas ou no

cadastro geral de contribuintes”. (Lei Nº. 8.383/91 - art. 64 - § único).

Se as instituições financeiras de um modo geral ou o próprio Banco ora

Réu, por afoiteza ou usura ou por qualquer outro motivo, não fazem uso da

faculdade legal, e se, em virtude dessas sucessivas negligências transformam

estelionatários em clientes, hão de responder pelas repercussões danosas de sua

conduta omissiva.

A matéria, aliás, não é nova em nossas Cortes. Hipótese análoga,

havida na cidade de Franca - Estado de São Paulo (Autos nº. 2004/89 - 2ª. Vara

Cível), redundou na responsabilização do BANCO DO BRASIL, instituição

financeira que naquele caso, não utilizou-se dos cuidados mínimos na abertura

da conta corrente bancária. Aquele estabelecimento ainda tentou cassar a r.

decisão da Colenda 5ª. Câmara Civil do E. Tribunal de Justiça de São Paulo,

que assim decidiu:

"(...) Devolvidos sem fundos os cheques, nem por isso haveria de ser responsável o Banco, se fossem efetivamente regulares as contas relativas aos talonários, fato aliás corriqueiro no cotidiano. Mas no caso dos autos, além da insuficiência de fundos, à abertura das contas se procedeu mediante documentos falsos impossibilitando os beneficiários sequer de localizar o emitente. Via de regra, atendendo instruções antiqüíssimas das autoridades financeiras do país, as contas são abertas nos

estabelecimentos bancários diante de abonações, no mínimo, das

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assinaturas dos novos correntistas, o que, é bem de ver, não foi observado pelo apelante".(grifo nosso).

Menos sorte teve o banco vencido que ao levar o caso ao Colendo

Superior Tribunal de Justiça, que, derradeiramente arrematou:

"A culpa atribuída ao banco decorre do fato de não ter diligenciado, como deveria, quando da abertura de Crédito (contrato em Consignação com desconto em folha de pagamento), FALSO". (grifo nosso).

O banco é uma empresa fornecedora de produtos. O crédito é um gênero

de produto colocado no mercado, sendo fornecido através dos mais diversos tipos

contratuais. O crédito é bem juridicamente consumível caracterizando, sem

vacilação, as casas bancárias como fornecedoras e os creditados como

consumidores. O preço do produto bancário é justamente o juro cobrado nas

operações ajustados e muitas vezes abusivos, chegando há afrontar a Lei, ou

seja, o Código de Defesa do Consumidor.

A presença de elementos subjetivos para a configuração da

responsabilidade civil, quais seja a negligência ou imprudência do agente, assim,

no que tange ao crédito, ainda devem ser levados em consideração, para a

caracterização do defeito, aqueles elementos que o próprio BACEN enumera

(seletividade, garantia, liquidez, diversificação de riscos) etc.

Assim sendo, Emérito Julgador, não resta qualquer dúvida acerca do ato

Ilícito praticado pelo Réu, e de total responsabilidade neste caso.

DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA:

Incumbe ao Réu à prova sobre a existência de contrato original que

solicitou a prestação do serviço - empréstimo consignado -, independentemente

do polo processual em que se encontre, até porque na Ação em que se pleiteia a

declaração negativa de dívida, o devedor nada deve provar. O fato constitutivo é a

inexistência de contrato relacionado à solicitação de cartão de crédito, bem como do

seu desbloqueio e uso e o ônus da prova, nesse caso, é do Réu (Cf. SANTOS,

Ernane Fidélis dos. Manual de direito processual civil. 13. ed. São Paulo: Saraiva,

2009. v. 1. p. 510).

Ademais, se o credor contesta o direito, afirmando que a relação jurídica

existe, compete-lhe demonstrar o fato jurídico que embasa o seu direito. Não tem

procedência supor que o credor, que no caso afirma um direito, não tem o ônus de

comprovar o fato constitutivo (Cf. MARINONI, Luiz Guilherme; ARENHART, Sérgio

Cruz. Comentários ao código de processo civil: do processo de conhecimento, arts.

332 a 363. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2000. v. 5. p. 200).

Além disso, por se tratar de ação de cunho consumerista, impõe-se

reconhecer a facilitação da defesa dos direitos da Autora, por encontrar-se em

situação de hipossuficiência, impondo-se ao Réu o ônus da prova, na forma do

art. 6º, VIII, do CDC.

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DA ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA:

Da leitura do artigo 300 do CPC, este orienta que:

“A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil ao processo.

Quanto à verossimilhança das alegações, tem-se que a negativa na

contratação do serviço pela Autora é suficiente para o preenchimento do requisito,

tendo em vista que o ônus da prova, nesse caso, é do Réu, em comprovar a

contratação do serviço. Ademais, não se pode exigir da Autora a produção de prova

em seu favor, por se tratar de alegação negativa.

Nesse sentido:

Em ações com caráter negativo à parte demandada compete demonstrar

a ocorrência da situação refutada na peça preambular. A restrição creditícia, como é

de conhecimento e notório, abala a imagem da pessoa e impossibilita a realização de

negócios jurídicos (v.g. compra parcelado, financiamento etc.). Além disso, a Autora

preza pela lisura de comportamento social, preenchendo o requisito do fundado

receio de dano irreparável.

Por fim, o provimento postulado não é irreversível, haja vista que, caso

improcedente o pedido, é possível ocorrer novas fraudes de empréstimo consignado

utilizando o nome da Autora.

A Autora coloca a disposição para devolução, o valor creditado em

sua conta, fruto do empréstimo fraudulento no valor de R$ 912,53

(novecentos e doze reais e cinquenta e três centavos), vez que não foi

contratado os serviços do Banco Réu, e não tem interesse. Desta forma, o

valor não pertence à mesma e encontra se na conta conforme

extrato bancário anexo, a disposição para devolução.

Destarte, verificados os pressupostos de concessão da antecipação da

tutela, a Autora requer a Vossa Excelência, com fundamento no artigo 461 e

parágrafos do Código de Processo Civil, a suspensão dos descontos que vem

sendo realizados indevidamente no benefício da Autora, devido a uma fraude

de empréstimo consignado.

DA CITAÇÃO E DEMAIS REQUERIMENTOS:

Ante ao exposto, vem, mui respeitosamente, a presença de V.Exa.,

requerer:

Seja concedida a antecipação de tutela, cominado ao Banco Réu, uma

multa cominatória de R$ 1.000,00 (mil reais) ao dia, em caso de retardamento ou

desobediência da determinação desses r. juízo em suspender os descontos que

estão sendo realizados indevidamente no benefício da Autora, até a decisão

final do presente feito;

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Requer um prazo de 2 (dois) dias úteis a partir da distribuição do feito,

para que a Parte Autora, realize o depósito judicial no valor de R$ 912,53

(novecentos e doze reais e cinquenta e três centavos), que deverá ficar à disposição

do juízo até o julgamento final da demanda, valor que não pertence a mesma e

encontra se na conta conforme extrato bancário anexo, a disposição para

devolução;

A procedência do pedido, para declarar nulo ou inexistente o suposto

contrato de empréstimo consignado nº 20-96339/16002 no valor de R$ 912,53

(novecentos e doze reais e cinquenta e três centavos) realizado no dia 19/01/2016;

a Restituição em dobro acrescido de juros legais e correção monetária a partir da

data da pratica abusiva praticado pelo Banco Réu até a data o efetivo pagamento,

dos valores descontados indevidamente, hoje correspondendo a R$ 55,00

(cinquenta e cinco reais), sendo o dobro igual a R$ 110,00 (cento e dez reais),

pelos Danos Materiais sofridos, e Danos Morais no valor não inferior a

R$ 20.000,00 (vinte mil reais), por toda a situação supramencionada, acrescido

ainda as custas do processo e honorários advocatícios equivalentes a 20% sobre o

valor atualizado da causa;

Tratando-se a Ré de pessoa jurídica, requer-se que a citação seja

efetuada por intermédio do sistema de cadastro de processos em autos eletrônicos

nos termos do art. 246, § 1º do Código de Processo Civil ou, caso a Ré não conte

com o cadastro obrigatório, que seja citada na pessoa de seu representante legal no

endereço indicado no preâmbulo desta - por carta - com Aviso de Recebimento

para, querendo contestar a presente ação no prazo legal e comparecer na audiência

a ser designadas por esse r. juízo, sob pena de revelia e confissão quanto à matéria

de fato;

Requer a inversão do ônus da prova nos termos do artigo 6º. Do CDC,

que seja intimado o Réu, para que apresente o suposto Contrato Original que

solicitou a prestação de serviço do cartão de crédito e empréstimo consignado, bem

como todos os documentos relacionados a supostas contratação, e ainda qual o

nome do preposto do Réu que formalizou o famigerado contrato, e em qual de seus

correspondentes, informando ainda onde está estabelecido, sob pena de ser

considerado não solicitado ou autorizado, fixando multa diária a ser fixada por

Vossa Excelência;

Para o aqui alegado, requer pela produção de todos os meios de prova em

direito permitido, tais como, juntada de novos documentos, oitiva de testemunhas,

cujo rol será apresentado oportunamente, depoimento pessoal do Representante

Legal do BANCO, sob pena de confissão, Principalmente do preposto que

efetivou o suposto contrato com a Autora, e ainda a juntada do Contrato

Original e documentos, se é que existem para realização de perícia

grafotécnica se for o caso, a fim de comprovar que a Autora não realizou

empréstimo algum junto ao Banco Réu, ofícios e demais provas em direito

permitido para o deslinde da presente ação.

Tendo em vista a natureza do direito e demonstrando espírito conciliador,

a par das inúmeras tentativas de resolver amigavelmente a questão, a Autora desde

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já, nos termos do art. 334 do Código de Processo Civil, manifesta interesse em auto

composição, aguardando a designação de audiência de conciliação no CEJUS.

O deferimento da justiça e assistência judiciária gratuita, conforme

acima, eis que, à Parte, não possui condições e não se encontra em Situação

Econômica e Financeira de arcar com as despesas processuais;

Dá-se à causa, o valor de R$ 20.110,00 (vinte mil cento e dez reais).

Termos em que, pede deferimento.

Montes Claros, 30 de Janeiro de 2017.

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Num. 17842796 - Pág. 1Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: HIGOR BEZERRA COSTA MOREIRAhttp://pje.tjmg.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=17012517000941200000017164835Número do documento: 17012517000941200000017164835

Num. 17842886 - Pág. 1Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: HIGOR BEZERRA COSTA MOREIRAhttp://pje.tjmg.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=17012517004749700000017164919Número do documento: 17012517004749700000017164919

Num. 18037736 - Pág. 1Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: HIGOR BEZERRA COSTA MOREIRAhttp://pje.tjmg.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=17013111152403500000017352349Número do documento: 17013111152403500000017352349

Petição em PDF anexa.

Num. 18064430 - Pág. 1Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: HIGOR BEZERRA COSTA MOREIRAhttp://pje.tjmg.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=17013117502561000000017378156Número do documento: 17013117502561000000017378156

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EXCELENTÍSSIMA SENHORA DOUTORA JUÍZA DE DIREITO DA 1ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE MONTES CLAROS – MINAS GERAIS.

MARIA DO CARMO DO NASCIMENTO OLIVEIRA, devidamente qualificada nos

autos em epígrafe da Ação declaratória de inexistência de relação jurídica c/c

indenização por danos morais e materiais com pedido de tutela antecipada,

processo nº 5000704-57.2017.8.13.0433, em que consta como parte contrária

SUL FINANCEIRA S/A, também já qualificado nos mesmos autos supra

mencionado em tramite neste Juízo e Secretaria, vem perante Vossa Excelência, por

seu advogado que este subscreve, informar que a Autora efetuou o depósito

judicial do valor que foi creditado na conta da mesma pelo Banco Réu, valor

este correspondente a R$ 912,53 (novecentos e doze reais e cinquenta e três

centavos), documento anexo, vez que não foi contratado os serviços do Banco

Réu, não pertencendo a mesma o valor creditado.

Desta forma requer o prosseguimento do feito, nos termos da inicial.

Montes Claros, 31 de Janeiro de 2017.

Higor Bezerra Costa Moreira Advogado / OAB-MG 156.312

Num. 18064506 - Pág. 1Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: HIGOR BEZERRA COSTA MOREIRAhttp://pje.tjmg.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=17013117475889000000017378232Número do documento: 17013117475889000000017378232

Num. 18064576 - Pág. 1Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: HIGOR BEZERRA COSTA MOREIRAhttp://pje.tjmg.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=17013117483815100000017378299Número do documento: 17013117483815100000017378299

Num. 18064576 - Pág. 2Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: HIGOR BEZERRA COSTA MOREIRAhttp://pje.tjmg.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=17013117483815100000017378299Número do documento: 17013117483815100000017378299

Num. 18064625 - Pág. 1Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: HIGOR BEZERRA COSTA MOREIRAhttp://pje.tjmg.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=17013117490743700000017378347Número do documento: 17013117490743700000017378347

Num. 18064625 - Pág. 2Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: HIGOR BEZERRA COSTA MOREIRAhttp://pje.tjmg.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=17013117490743700000017378347Número do documento: 17013117490743700000017378347

 

 

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

COMARCA DE MONTES CLAROS

1ª Vara Cível da Comarca de Montes Claros

Rua Raimundo Penalva, 70, Vila Guilhermina, MONTES CLAROS - MG - CEP: 39401-010

 

 

CERTIDÃO DE TRIAGEM

                      

Certifico que:

 

( X ) possui pedido de Justiça Gratuita

(  ) há nos autos comprovante de pagamento das custas processuais

( X  ) a parte autora está regularmente representada

 

( X  ) o(s) documento(s) que instruem a inicial, foram apresentado(s).

( X ) não há outro(s) processo(s) envolvendo a(s) mesma(s) parte(s) e/ou mesmo(s) pedido(s) desta ação, nesta comarca, conformepesquisa no SISCOM/TJMG e PJE.

 

 

 

Num. 18384606 - Pág. 1Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: KLEBER TEIXEIRA MARTINShttp://pje.tjmg.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=17020717364077000000017686870Número do documento: 17020717364077000000017686870

 

 

 

MONTES CLAROS, 7 de fevereiro de 2017

 

Num. 18384606 - Pág. 2Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: KLEBER TEIXEIRA MARTINShttp://pje.tjmg.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=17020717364077000000017686870Número do documento: 17020717364077000000017686870

 

 

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

COMARCA DE MONTES CLAROS

1ª Vara Cível da Comarca de Montes Claros

Rua Raimundo Penalva, 70, Vila Guilhermina, MONTES CLAROS - MG - CEP: 39401-010

 

PROCESSO Nº 5000704-57.2017.8.13.0433

CLASSE: PROCEDIMENTO COMUM (7)

ASSUNTO: [Indenização por Dano Moral, Empréstimo consignado]

AUTOR: MARIA DO CARMO DO NASCIMENTO OLIVEIRA

RÉU: SUL FINANCEIRA S/A - CREDITO FINANCIAMENTOS E INVESTIMENTOS

Defiro o pedido de justiça gratuita.

 

Trata-se de AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE RELAÇÃO JURÍDICA C/C INDENIZAÇÃO POR, com pedido de tutela provisória, para que o réu suspenda o desconto mensal que tem feitoDANOS MORAIS E MATERIAIS

na conta bancária da autora, em virtude de empréstimos que a mesma sustenta desconhecer.

 

Sucintamente relatado, decido.

 

São requisitos da tutela de urgência cautelar, previstos no art. 300, do CPC/15: a probabilidade do direito e o perigo de dano ourisco ao resultado útil do processo.

 

Analisando os autos, verifico que os documentos que acompanham a inicial indicam a probabilidade do direito da autora, poisevidenciam os descontos realizados em sua conta bancária, bem como demonstram o perigo de dano, pois tais descontos podemcomprometer o seu sustento e de sua família.

 

Diante do exposto, defiro a tutela provisória para determinar que o réu suspenda os descontos realizados em conta bancária daautora, sob pena de multa diária, que fixo em R$ 500,00 (quinhentos reais), limitada em R$ 20.000,00 (vinte mil reais), a contardo descumprimento.

Num. 18723804 - Pág. 1Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: CIBELE MARIA LOPES MACEDOhttp://pje.tjmg.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=17022017033397200000018010720Número do documento: 17022017033397200000018010720

 

Defiro, ainda, o depósito judicial da quantia disponibilizada em conta da autora.

 

Designo audiência para tentativa de conciliação para o dia 02 de Maio de 2017 às 15:15 horas, citando-se o réu, com observânciado disposto no art. 334, do CPC/15.

MONTES CLAROS, 20 de fevereiro de 2017.

 

Cibele Maria Lopes Macedo

         Juíza de Direito

Num. 18723804 - Pág. 2Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: CIBELE MARIA LOPES MACEDOhttp://pje.tjmg.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=17022017033397200000018010720Número do documento: 17022017033397200000018010720

 

Fica(m) V. Sa(s). INTIMADO(A)(S) do inteiro teor do r. despacho/decisão de ID nº 18723804;especialmente da audiência de tentativa de conciliação designada para o dia 02/05/17, às 15:15 horas.

Num. 19264723 - Pág. 1Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: KLEBER TEIXEIRA MARTINShttp://pje.tjmg.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=17022410435531400000018528458Número do documento: 17022410435531400000018528458

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

COMARCA DE MONTES CLAROS

1ª Vara Cível da Comarca de Montes Claros

    Rua Raimundo Penalva, 70, Vila Guilhermina, MONTES CLAROS - MG - CEP: 39401-010

CERTIDÃO

PROCESSO Nº 5000704-57.2017.8.13.0433

CLASSE: PROCEDIMENTO COMUM (7)

AUTOR: MARIA DO CARMO DO NASCIMENTO OLIVEIRA

RÉU: SUL FINANCEIRA S/A - CREDITO FINANCIAMENTOS E INVESTIMENTOS

 

Certifico que expedi a(s) Carta(s) de Citação/Intimação em anexo e a(s) encaminhei para ser(em)

postada(s).

 

 

MONTES CLAROS,  24 de fevereiro de 2017.

Num. 19275108 - Pág. 1Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: KLEBER TEIXEIRA MARTINShttp://pje.tjmg.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=17022412411205500000018538505Número do documento: 17022412411205500000018538505

Num. 19275129 - Pág. 1Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: KLEBER TEIXEIRA MARTINShttp://pje.tjmg.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=17022412410139100000018538523Número do documento: 17022412410139100000018538523

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA 1ª VARA CÍVEL

DA COMARCA DE MONTES CLAROS – MG.

 

 

 

, devidamente qualificada nosMARIA DO CARMO DO NASCIMENTO OLIVEIRAautos em epígrafe da Ação declaratória de inexistência de relação jurídica c/c indenização por danos

, em quemorais e materiais com pedido de tutela antecipada, processo nº 5000704-57.2017.8.13.0433consta como parte contrária SUL FINANCEIRA S/A, também já qualificado nos mesmos autos supramencionado em tramite neste Juízo e Secretaria, vem respeitosamente perante Vossa Excelência, por seuadvogado que este subscreve, dar ciência da designação da audiência de conciliação no dia 02/05/17, às15:15 horas, no fórum da Comarca de Montes Claros- MG, bem como do inteiro teor do r.despacho/decisão de ID nº 18723804.

Desta forma requer o prosseguimento do feito, nos termos da inicial.

Montes Claros, 06 de Março de 2017.

 

Higor Bezerra Costa Moreira

Advogado / OAB-MG 156.312

Num. 19473639 - Pág. 1Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: HIGOR BEZERRA COSTA MOREIRAhttp://pje.tjmg.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=17030611030137500000018730110Número do documento: 17030611030137500000018730110