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Procedimentos
da
Avaliação do Desempenho de Docentes
A avaliação de desempenho pressupõe a existência de um
QUADRO DE REFERÊNCIA:
• Externo, isto é, um conjunto de normas, objetivos e perfis de
desempenho que enformam o modelo;
• Interno, que tem em conta o contexto sócio-educativo em que o
docente desenvolve a sua atividade.
OBJETIVOS DA AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO
Os OBJETIVOS DA AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO decorrem do
prescrito no artigo 40.º, n.º 3, do Decreto-lei n.º 75/2010, de 23 de
Junho, a saber:
Contribuir para a melhoria da prática pedagógica do docente;
Contribuir para a valorização do trabalho e da profissão docente;
Identificar as necessidades de formação do pessoal docente;
Detetar os fatores que influenciam o rendimento profissional do
pessoal docente;
OBJETIVOS DA AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO
Diferenciar e premiar os melhores profissionais no âmbito do sistema
de progressão da carreira docente;
Facultar indicadores de gestão em matéria de pessoal docente;
Promover o trabalho de cooperação entre os docentes, tendo em
vista a melhoria do seu desempenho;
Promover um processo de acompanhamento e supervisão da prática
docente;
Promover a responsabilização do docente quanto ao exercício da sua
atividade profissional.
DIMENSÕES E DOMÍNIOS DA AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO
DIM
ENSÃ
OVERTENTE PROFISSIONAL,
SOCIAL E ÉTICA DESENVOLVIMENTO DO
ENSINO E DA APRENDIZAGEMPARTICIPAÇÃO NA ESCOLA E
RELAÇÃO COM A COMUNIDADE EDUCATIVA
DESENVOLVIMENTO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL AO
LONGO DA VIDA
DO
MÍN
IOS
Compromisso com a construção e o uso do conhecimento
profissional
Preparação e organização das atividades letivas
Contributo para a realização dos objeTivos e metas do Projecto Educativo e dos Planos Anual e
Plurianual de atividade
Formação contínua e desenvolvimento profissional
Compromisso com a promoção da aprendizagem e do
desenvolvimento pessoal e cívico dos alunos
Realização das atividadesletivas *
Participação nas estruturas de coordenação educativa e
supervisão pedagógica e nos órgãos de administração e
gestão
Compromisso com o grupo de pares e com a escola
Relação pedagógica com os alunos *
Dinamização de projetos de investigação, desenvolvimento e
inovação educativa e sua correspondente avaliação
Processo de avaliação das
aprendizagens dos alunos
* Apenas são avaliados no caso de ter havido observação de aulas
OBJETIVOS INDIVIDUAIS DA AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO
Os objetivos individuais (OI) são de formulação facultativa e
pretendem aferir o contributo do docente para a concretização
dos objetivos e metas fixados no projecto educativo e nos planos
anual e plurianual de actividades para a escola.
A formulação dos OI deve respeitar a especificidade funcional de
cada docente e identificar claramente o(s) Domínio(s) e a
Dimensão a que se refere cada OI.
OBJETIVOS INDIVIDUAIS DA AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO
Os deveres específicos da profissão docente [art.10º,10º-A,10º-
Be10º-C do Decreto-lein.º270/2009 e ainda os previstos na
Lein.º3/2008] são de cumprimento obrigatório, logo não são
passíveis de constituir OI.
Quando um domínio estiver associado a um OI previamente fixado
e acordado, a sua classificação resulta, exclusivamente, do grau de
cumprimento desse OI.
OBJETIVOS INDIVIDUAIS DA AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO
PRINCÍPIOS OPERACIONALIZAÇÃO
Os objetivos devem traduzir-se em resultados e não em
atividades.
Enunciar os principais resultados esperados e não
descrever integralmente as responsabilidades dos
indivíduos, isto é as atividades que caracterizam a sua
função.
Os objetivos devem ser simples. Ser em número restrito e de fácil comunicação.
Os objetivos devem estar definidos no tempo. Ser específicos para cada docente, durante o período de
avaliação e, sempre que possível, incluir os prazos
estimados para a respetiva realização
Os objetivos devem estar associados às metas definidas
pela escola.
Evidenciar o contributo do docente para a consecução
das metas da organização.
A definição de objetivos deve ser ambiciosa, mas realista. Garantir um equilíbrio entre ambição e possibilidade de
cumprimento dos mesmos.
OBJETIVOS INDIVIDUAIS DA AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO
Para conferir rigor e objetividade à avaliação do grau de
cumprimento dos OI parte-se da comparação entre o objetivo
predefinido e o desempenho evidenciado:
1- NÃO FOI CUMPRIDO
]1;7,8] - FOI PARCIALMENTE CUMPRIDO
7,9 - FOI CUMPRIDO DE ACORDO COM O PREVISTO
[8;9,9] - EXCEDEU O PREVISTO
10 - EXCEDEU LARGAMENTE ( ≥20%) O PREVISTO
EXEMPLO
EXEMPLO
RELATÓRIO INDIVIDUAL DE AUTO-AVALIAÇÃO DO DOCENTE
O relatório de auto-avaliação (Despacho n.º 14420/2010, de 15 de Setembro)
é um elemento essencial do procedimento de avaliação e a sua
apresentação é obrigatória, devendo abordar:
Autodiagnóstico realizado no início do procedimento de avaliação, tendo
em consideração os domínios de avaliação e ou as funções ou atividades
específicas não enquadráveis nos domínios, bem como a inserção na vida
da escola e, se for o caso, os objetivos individuais apresentados;
Breve descrição da actividade profissional desenvolvida no período em
avaliação, enunciando as acções exercidas no âmbito do serviço letivo e
não letivo atribuído e os respectivos períodos de concretização;
RELATÓRIO INDIVIDUAL DE AUTO-AVALIAÇÃO DO DOCENTE
Contributo individual para a prossecução dos objetivos e metas da escola no
âmbito das actividades exercidas, com apresentação de evidências sobre o seu
desempenho e respectiva apreciação, nos seguintes termos:
Para a avaliação de cada dimensão, e tendo por referência os respetivos domínios,
o docente avaliado deverá mobilizar o mínimo de duas e o máximo de quatro
evidências;
A evidência inclui a identificação da atividade ou tarefa, o seu enquadramento no
projecto educativo e planos anual e plurianual de escola, metodologias e estratégias,
resultados obtidos, referindo, em cada evidência apresentada, a sua apreciação e, se
for o caso, o respetivo grau de cumprimento face aos objetivos individuais
apresentados.
RELATÓRIO INDIVIDUAL DE AUTO-AVALIAÇÃO DO DOCENTE
Análise pessoal e balanço sobre a atividade letiva e não letiva
desenvolvida, tendo como elementos de referência os padrões de
desempenho docente, os objectivos e metas fixados no projecto
educativo e nos planos anual e plurianual de escola e, no caso de
existirem, os objectivos individuais;
Formação realizada e apreciação dos seus benefícios para a prática
letiva e não letiva, com identificação da designação, tipologia e
duração das atividades de formação e respectivas entidades
formadoras ou dinamizadoras: -Identificação fundamentada das
necessidades de formação para o desenvolvimento profissional.
RELATÓRIO INDIVIDUAL DE AUTO-AVALIAÇÃO DO DOCENTE
O relatório de auto-avaliação deve ser redigido de forma clara, sucinta e
objectiva, preferencialmente em formato digital ( em CD )ou em
alternativa em formato de papel, não podendo exceder seis páginas A4, a
entregar nos Serviços de Administração Escolar.
O avaliado só deve juntar ao relatório de auto-avaliação os documentos
relevantes para a avaliação do seu desempenho e que não constem do
seu processo individual.
O relatório de auto-avaliação deve ser enviado ao respetivo Relator e
coordenador de Departamento por correio eletrónico.
FICHA DE AVALIAÇÃO GLOBAL
A ficha de avaliação global inclui sempre os seguintes elementos:
Identificação do docente avaliado, do relator e da escola
Cumprimento do serviço letivo e do serviço não letivo distribuído
Existência ou não existência de observação de aulas
Proposta de classificação do relator para cada domínio de avaliação
Relação pedagógica com os alunos
Proposta de classificação e avaliação final, apresentada pelo relator
Avaliação final, quantitativa e qualitativa, atribuída pelo júri de avaliação
Fundamentação da avaliação final
Tomada de conhecimento pelo avaliado
PONTUAÇÃO FICHA DE AVALIAÇÃO GLOBAL
Cada um dos domínios da ficha de avaliação global é
pontuado numa escala de 1 a 10.
Quando o docente não puder ser avaliado em algum
dos domínios da ficha por não ter desempenhado as
funções ou atividades correspondentes, a escala deve
ser ajustada de modo a que esse domínio não seja
considerado e não conte para o resultado final.
RESULTADO DA AVALIAÇÃO
O resultado final da avaliação é expresso numa escala de 1 a 10,
correspondendo as classificações às seguintes menções qualitativas:
9 a 10 - Excelente
8 a 8,9 - Muito Bom
6,5 a 7,9 - Bom
5 a 6,4 - Regular
1 a 4,9 – Insuficiente
As menções qualitativas de Muito Bom e Excelente só podem ser
atribuídas aos docentes que tiveram observação de aulas.
RESULTADO DA AVALIAÇÃO
Para a classificação de cumprimento de serviço letivo considera-se:
a actividade letiva registada no horário de trabalho
a permuta de serviço com outro docente
as ausências equiparadas à prestação de serviço docente (nos
termos do artigo 103º do ECD)
A atribuição de menções qualitativas de Bom, Muito Bom e Excelente
depende do cumprimento mínimo, respectivamente de 95%, 97% e
100% de serviço letivo distribuído em cada um dos anos a que se
reporta o ciclo de avaliação.
ATRIBUÍÇÃO DA AVALIAÇÃO
A proposta de avaliação é feita pelo relator que a regista na ficha de avaliação
global e a apresenta ao avaliado por escrito
Nessa ficha, o relator inclui a pontuação atribuída a cada um dos domínios e a
proposta de classificação final
O avaliado, se não concordar com a avaliação, pode requerer no prazo de 5 dias
uma entrevista individual com o relator para apreciação dos elementos incluídos
na ficha e debate da sua avaliação
O relator entrega todos os elementos de avaliação (relatório de auto-avaliação,
ficha de avaliação global e, se existir, relatório de observação de aulas) ao júri, o
qual atribui a classificação final de 1 a 10 e a menção qualitativa correspondente
ATRIBUÍÇÃO DA AVALIAÇÃO
No caso de ter havido entrevista o júri deve ponderar as questões
suscitadas pelo avaliado
O júri, se entender necessário, pode emitir recomendações
destinadas à melhoria da prática pedagógica e do desempenho
profissional
A avaliação final (classificação e menção qualitativa) é comunicada
por escrito ao avaliado.
RECLAMAÇÃO E RECURSO
Reclamação
O avaliado pode apresentar reclamação escrita ao júri no prazo de 10 dias
a contar da data em que tem conhecimento da avaliação final.
O júri aprecia e decide sobre a reclamação no prazo de 15 dias.
Recurso
O avaliado pode recorrer no prazo de 10 dias a contar da data em que tem
conhecimento da decisão da reclamação ou da avaliação final, para um júri
especial de recurso, que incluirá:
Um elemento designado pela direcção regional de educação, que preside
O relator
Um docente indicado pelo recorrente do próprio agrupamento ou de
outra escola do mesmo concelho ou de um concelho limítrofe.
A decisão do júri especial de recurso deve ser proferida no prazo de 10 dias.
JÚRI DE AVALIAÇÃO
Composição
Os quatros membros da comissão de coordenação de avaliação de
desempenho
Um relator para cada docente em avaliação, designado pelo coordenador do
departamento curricular do docente
Funções
Atribui a classificação final a cada avaliado sob proposta do relator
Emite as recomendações que entender necessárias e oportunas para melhoria
da sua prática pedagógica e para a qualificação do desempenho profissional do
avaliado
Aprova um programa de formação destinado aos docentes classificados com
menção de Regular ou Insuficiente
Aprecia e toma decisões sobre eventuais reclamações