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1 PROCESSO ARTÍSTICO DA OBRA SALUBÁ NANÃ DO ARTISTA JEAN RIBEIRO 1 . Glauce Patrícia da Silva Santos (PPGARTES-UFPA/Brasil) Resumo O trabalho de um gravador é na maioria das vezes, ou quase sempre solitário, silencioso, recolhido em um ateliê ou em um canto de gravura. No caso do artista Jean Ribeiro, é um processo intenso que só acaba com a impressão da imagem gravada, algo totalmente de entrega, do artista com a matriz. A busca por técnica e precisão com as ferramentas é antiga, é algo que move o artista-gravador desde os tempos pré-históricos, pois o surgimento das primeiras gravuras e pinturas foi nas rochas, onde o homo faber desenvolve sua maneira própria de gravar. Surgindo também as primeiras ferramentas de gravura, como a pedra apontada, a machadinha feita de pedra, ou pedaços de madeira bem dura, os precursores dos buris (ferramentas de gravar atuais), sendo através dos golpes e incisões feitos nas rochas, que entendemos o quanto esse homem buscava precisão técnica, construindo ferramentas para obter gravuras melhores. E assim como no início do aparecimento do homem e sua produção artística, a qual vai muito além de utensílios cotidianos, Jean Ribeiro também faz gravuras profundamente entalhadas, buriladas, e relacionadas a religiosidade, falando de orixás, de mulheres, e de mães. Das grandes mães, de amor, de zelo, de cuidado, de carinho, da mãe-terra, provedora de tudo que sustenta a existência humana, de energia vital, para que todos nós seres humanos, possamos nos sobrepor as dificuldades. A pesquisa do artista, faz uma homenagem ao orixá africano Nanã, através de Mametu Nangetu, mãe de santo de Belém do Pará, do candomblé da nação Angola. O trabalho trata-se de uma xilogravura em tamanho natural e um vídeo do processo de gravação da matriz de madeira. Palavras-chave: Gravura, processo, Salubá-Nanã, mãe. 1 Trabalho apresentado no III Encontro de Antropologia Visual da América Amazônica, realizado entre os dias 19 e 21 de setembro de 2018, Belém/PA, no GT 11 Antropologia Gráfica e Visual na Percepção do Ambiente.

PROCESSO ARTÍSTICO DA OBRA SALUBÁ NANÃ DO ...Artistas de Terreiro, na galeria Theodoro Braga-Centur. Ano: 2016. Foto: Glauce Santos. A imagem da senhora imponente, impressa e colocada

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Page 1: PROCESSO ARTÍSTICO DA OBRA SALUBÁ NANÃ DO ...Artistas de Terreiro, na galeria Theodoro Braga-Centur. Ano: 2016. Foto: Glauce Santos. A imagem da senhora imponente, impressa e colocada

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PROCESSO ARTÍSTICO DA OBRA SALUBÁ NANÃ DO ARTISTA JEAN

RIBEIRO1.

Glauce Patrícia da Silva Santos (PPGARTES-UFPA/Brasil)

Resumo

O trabalho de um gravador é na maioria das vezes, ou quase sempre solitário, silencioso,

recolhido em um ateliê ou em um canto de gravura. No caso do artista Jean Ribeiro, é um

processo intenso que só acaba com a impressão da imagem gravada, algo totalmente de

entrega, do artista com a matriz. A busca por técnica e precisão com as ferramentas é

antiga, é algo que move o artista-gravador desde os tempos pré-históricos, pois o

surgimento das primeiras gravuras e pinturas foi nas rochas, onde o homo faber

desenvolve sua maneira própria de gravar. Surgindo também as primeiras ferramentas de

gravura, como a pedra apontada, a machadinha feita de pedra, ou pedaços de madeira bem

dura, os precursores dos buris (ferramentas de gravar atuais), sendo através dos golpes e

incisões feitos nas rochas, que entendemos o quanto esse homem buscava precisão

técnica, construindo ferramentas para obter gravuras melhores. E assim como no início

do aparecimento do homem e sua produção artística, a qual vai muito além de utensílios

cotidianos, Jean Ribeiro também faz gravuras profundamente entalhadas, buriladas, e

relacionadas a religiosidade, falando de orixás, de mulheres, e de mães. Das grandes

mães, de amor, de zelo, de cuidado, de carinho, da mãe-terra, provedora de tudo que

sustenta a existência humana, de energia vital, para que todos nós seres humanos,

possamos nos sobrepor as dificuldades. A pesquisa do artista, faz uma homenagem ao

orixá africano Nanã, através de Mametu Nangetu, mãe de santo de Belém do Pará, do

candomblé da nação Angola. O trabalho trata-se de uma xilogravura em tamanho natural

e um vídeo do processo de gravação da matriz de madeira.

Palavras-chave: Gravura, processo, Salubá-Nanã, mãe.

1 Trabalho apresentado no III Encontro de Antropologia Visual da América Amazônica, realizado entre os dias 19 e 21 de setembro de 2018, Belém/PA, no GT 11 Antropologia Gráfica e Visual na Percepção do Ambiente.

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Senhoras Salubá Nanã e Mametu Nangetu

Divindade africana, cultuada no Daomé, atual Benin, a sua saudação é Salubá

Nanã, e quer dizer “venerável mãe antiga”, das chuvas e da garoa, o banho de chuva é

uma lavagem do corpo, reina nos mangues, no pântano, na lama, senhora da morte, e

responsável pelos portais de entrada e saída, pelo elemento barro, que deu forma ao

primeiro homem e todos os seres viventes da terra, da continuação da existência humana

e também da morte.

Nanã faz o caminho inverso da mãe da água doce, é ela quem reconduz ao terreno

astral, as almas que Oxun colocou no mundo real. É a deusa do reino da morte, a senhora

do reino da morte é como elemento, a terra fofa, que recebe os cadáveres, os acalenta e

esquenta, numa repetição do ventre, da vida intrauterina, e por isso cercada de muitos

mistérios no culto.

Fig.01. Mametu Nangetu e seu retrato. Foto: Acervo pessoal de Mametu Nangetu.

Senhora Oneide Monteiro Rodrigues, mãe de santo, conhecida em Belém como

Mametu Nagetu, do Nkisi Zumbaranda, ao qual se dedica, e é zeladora do Mansu

Mansunbando Keke Neta, terreiro do candomblé da nação Angola, e de raiz bate folha,

de Salvador-BA, desenvolve trabalhos tradicionais de matriz africana. Mametu está

também à frente do Instituto Mansu Nangetu de tradições afro-religiosas e

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desenvolvimento social, realizando e agregando projetos sociais e educativos, que

envolvem a comunidade e pessoas carentes de Belém.

O Instituto Nangetu é uma associação sem fins lucrativos, atua valorizando as

culturas tradicionais negras, projetos sociais e artísticos com identidade cultural afro-

amazônica, sempre preservando suas tradições de origem Bantu, e com ampla atuação

religiosa, social e política na defesa dos direitos de negros e negras, e dos Povos

Tradicionais de Matriz Africana no estado do Pará.

O artista Jean Ribeiro

O artista-gravador Jean Ribeiro tem uma trajetória artística chegando aos 16 anos

de carreira, sempre dedicados a linguagem da gravura e suas diferentes técnicas de obter

estampas através de processos gráficos. É também curador-articulador de mostras de

artes, exposições coletivas e individuais, já ganhou prêmios em salões de arte, editais

culturais e bolsas de pesquisa em arte.

Além de artista, Jean é Kpejigan confirmado no Candomblé da nação Jeje Savalú,

da casa Hùnkpame Otolú Na Hen Xwe (casa de santo-terreiro na nação Jeje Savalu),

localizado no município de Ananindeua-PA, no Conjunto Cidade Nova VIII, rua WE 31,

bem na esquina, a casa tem como mãe de santo a senhora Odé Ibó, ou mãe Riso, como é

conhecida.

Jean e Mametu Nangetu se conheceram em 2015, durante as reuniões do projeto

Nós de Aruanda-Artistas de Terreiro2, do qual o artista foi curador por três anos

consecutivos, e desde então foram construindo uma amizade, sempre com muito respeito

de ambas partes, e de muito aprendizado.

2 O projeto foi ideia do professor da faculdade de Artes Visuais-FAV-UFPA, o Mestre Arthur Leandro ou Tàtá Kinamboji, também Ogan, da nação angola, e filho de santo de Mametu Nagetu. A partir da necessidade de inserção dos artistas de terreiro no circuito de artes visuais, surgiu no final de 2001 como um insight, durante as aulas da disciplina “Poéticas afro-amazônicas” no curso de especialização em “Saberes africanos e afro-brasileiros na Amazônia”, ofertado pelo Grupo de Estudos Afro-Amazônicos-GEAM/UFPA. Com o objetivo de subsidiar o ensino de arte e cultura afro-brasileiras e contribuir com a implementação da lei 10.639/03. A primeira versão da exposição aconteceu em 08 de março de 2013 na Galeria Theodoro Braga da Fundação Cultural do Pará. Essa percepção estimulou o Grupo de Estudos e Pesquisa RODA de Axé (CNPq), a iniciar o mapeamento da produção artística nas comunidades de terreiro, encontrando vários artistas que estão em processo de inserção e legitimação no circuito das artes visuais.

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Fig.02. Evento afro, ano: 2016. Foto: Glauce Santos. Fig.03. Candomblé, confirmação do Pejigan3, ano:

2017. Foto: Glauce Santos.

A xilogravura Salubá Nanã, foi feita a partir de uma fotografia de Mametu

Nangetu, “não foi nada planejado, tudo foi acontecendo de forma espontânea”, disse o

artista Jean Ribeiro, que desenvolvia um projeto de gravuras sobre o sagrado feminino,

“quando percebi estava desenhando a mãe Mametu Nangetu e depois eu resolvi gravar na

madeira”. A xilogravura é em grande escala, em tamanho natural.

3 A palavra Pejigan significa senhor que zela pelo altar sagrado. É o primeiro Ogan da casa, responsável pelos axés da casa, do terreiro, primeiro ogan na hierarquia. São os olhos do pai ou da mãe de santo quando não está presente, cuida da casa quando os irmãos estão em transe. Tão respeitado quanto um babalorixá.

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Fig.04. Título: Salubá Nanã. Técnica: Xilogravura. Medidas: 90cm x 190cm. Ano: 2016. Processo de

gravação na matriz de madeira com os buris (ferramentas de gravar). Foto: Jean Ribeiro.

Fig.05. Título: Salubá Nanã. Técnica: Xilogravura. Medidas: 90cm x 190cm. Matriz e impressão. Galeria

Theodoro Braga. Ano: 2016. Foto: Jean Ribeiro.

A pesquisadora Mírian Tesserolli, nos mostra o vodun nas diversas faces encontradas

durante a sua pesquisa: a Terra enquanto Mãe geratriz; as divindades que representam a

Terra; Nanã no Daomé, atual Benin, e no Brasil; as características da divindade, suas

histórias e interação com outras divindades; e a relação das afro-religiões com a morte.

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Não é somente a terra que está envolvida nesse ato simbólico que gera a vida, a água é

fundamental para conferir a possibilidade da existência. A água e a terra completam-se

na geração da vida, conferindo a esta, um sentido.

Processo artístico

O imaginário dos povos também é um elemento fundamental na formação e organização

das sociedades desde a pré-história. Assim como a busca por técnica e precisão com as

ferramentas também é antiga, é algo que move o artista-gravador desde os tempos pré-

históricos, pois o surgimento das primeiras gravuras e pinturas foi nas rochas, onde o

homo faber4 desenvolve sua maneira própria de gravar.

Surgindo também as primeiras ferramentas de gravura, como a pedra apontada, a

machadinha feita de pedra, ou pedaços de madeira bem dura, os precursores dos buris

(ferramentas de gravar atuais), sendo através dos golpes e incisões feitos nas rochas, que

entendemos o quanto esse homem buscava precisão técnica, construindo ferramentas para

obter gravuras melhores.

O artista Jean Ribeiro faz gravuras profundamente entalhadas, buriladas, falando de

imensidão feminina, das grandes mães, de amor, de zelo, de cuidado, de carinho, de

mulheres que permeiam a sua trajetória, fala de Nanã e sua ligação com os mangues, com

as águas de rios e de oceanos, de simbolismos, da mãe-terra provedora de tudo que

sustenta a existência humana, de energia vital, para que todos nós seres humanos,

possamos nos sobrepor as dificuldades.

4 Homo faber tem a capacidade de fabricar utensílios que transformam a natureza.

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Fig. 06 e 07. Título: Salubá Nanã. Técnica: Xilogravura. Ano: 2016. Processo de impressão da matriz no

papel oriental. Fotos: Glauce Santos.

Jean descreve através de xilogravuras a simbologia do vodun Nanã, que vem com

o imaginário popular da nossa região, trazendo o mistério que a cerca, o poder que a

envolve, a força feminina, senhora da morte, aquela que é responsável pelos portais de

entrada e saída, divindade, a grande mãe engloba a vida e a morte.

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Fig. 08 e 09. Título: Salubá Nanã. Técnica: Xilogravura. Medidas: 90cm x 190cm. Ano: 2016. Processo de

Impressão da matriz de madeira. Fotos: Glauce Santos.

Ao observar as fotos do processo, percebemos que o trabalho de um gravador é na maioria

das vezes, ou quase sempre, solitário, silencioso, recolhido em um ateliê ou em um canto

de gravura. No caso do artista Jean Ribeiro é um processo profundamente intenso, que só

acaba com a impressão da imagem gravada, é algo totalmente de entrega, do artista com

a matriz.

O sagrado feminino na xilogravura

A xilogravura revela a simbologia feminina do sagrado, o poder feminino, o respeito as

mulheres, a sabedoria das mulheres mais velhas do axé, o artista mergulha fundo neste

universo de busca da religiosidade, que desagua na sua produção visual. Ao analisar

tecnicamente o traço, percebemos que o gravador é certeiro ao criar as texturas, as

buriladas profundas e finas, os tons de claro e escuro, a luz e sombra da roupa, dando

movimento e criando volume, detalhes cuidadosos de quem domina a técnica da gravura.

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A figura da senhora xilogravada é imponente, forte, bonita, nos olhando de longe, e

sempre atenta a tudo.

Nanã é a chuva, a garoa, a tempestade. O banho de chuva é

uma lavagem do seu corpo no seu elemento. A chuva está

sob seus domínios e, dessa forma, é a purificadora da

atmosfera. A água que faz a vida desabrochar, ao ser

misturada com a terra, também tem a função de limpar,

purificar e fazer germinar (TESSEROLLI, 2013).

Fig.10. Título: Salubá Nanã. Técnica: Xilogravura. Medidas: 90cm x 190cm. Exposição Nós de Aruanda-

Artistas de Terreiro, na galeria Theodoro Braga-Centur. Ano: 2016. Foto: Glauce Santos.

A imagem da senhora imponente, impressa e colocada na parede, disposta dentro da

galeria de arte, está diretamente ligada ao sagrado, e também ao fazer artístico do artista-

gravador, nos remetendo aos saberes ancestrais, as memórias que contam a vida, e que

marcam uma identidade, as quais vão sendo reveladas de acordo com as relações de

pertencimento, laços afetivos entre pessoas, família, amigos, é preciso lembrar, vivenciar

para ter pertencimento.

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REFERÊNCIAS

-CABRERA, Lydia. Yemayá y Ochún. Tradução Carlos Eugênio Marcondes de Moura.

-São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2004.

-CAVALCANTI, R. Mitos da água. São Paulo: Editora Cultrix, 1997. 261 p.

KI- ZERBO, Joseph. História geral da África, I: Metodologia e pré-história da África –

2.ed. rev. – Brasília: UNESCO, 2010.

KOSSOVITCH, Leon; LAUDANNA, Mayra. Gravura-Arte brasileira do século XX,

apresentação Ricardo Ribenboim. São Paulo: Cosac e Naife/ Itaú Cultural, 2000.

SARRAF-PACHECO, Agenor; SILVA, Jerônimo da Silva. (Org.) Cartografias de

Memórias: Pesquisas em Estudos Culturais na Amazônia Paraense. Belém: IFPA, 2015.

TESSEROLLI, Míriam Aparecida. Saluba Nanã! A venerável mãe ancestral na

contemporaneidade brasileira. Tese de doutorado apresentada na Universidade Federal

do Pará, Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais com ênfase em Antropologia

Doutorado. Belém, 2013.

VERGER, Pierre Fatumbi. Orixás-Deuses Iorubás na África e no Novo Mundo. São

Paulo: Editora Corrupio, 1981.

VERGER-BASTIDE. Dimensões de uma amizade. Org. Angela Lühning; Rio de Janeiro:

BertrandBrasil, 2002.

VERGER, Pierre. Notas sobre o culto aos voduns na Bahia de todos os santos, no Brasil

e na antiga costa dos escravos, na África. São Paulo: Edusp, 1999.

WESTHEIM, Paul. El grabado en madeira. México: Fondo de cultura economica, 1992.