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PROCESSO CIVIL COLETIVO SIMPLIFICADO

Processo civil coletivo simPlificado - Arraes Editores...Além disso, o processo coletivo, ao contrário do processo individual, não está sistematizado apropriadamente. Não existe,

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Processo civil coletivo simPlificado

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Processo civil coletivo simPlificado

HEBERT ALVES COELHOMestrando em Direito Ambiental e Desenvolvimento Sustentável

na Escola Superior Dom Helder Câmara Graduado em Direito pela Universidade Federal do Estado de Minas Gerais

Procurador do Estado de Minas Gerais Ex-membro da Defensoria Pública do Estado de Minas Gerais

Belo Horizonte2016

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347.8105 Coelho, Hebert Alves C672p Processo civil coletivo simplificado / Hebert Alves Coelho2016 Belo Horizonte: Arraes Editores, 2016. p.202

ISBN: 978-858238-231-8

1. Direito processual civil. 2. Processo civil. 3. Direitos coletivos. 4. Ações coletivas. 5. Tutela coletiva. 6. Brasil – Sistema processual. I. Título.

CDD(23.ed.)–347.8105 CDDir–341.46

Belo Horizonte2016

CONSELHO EDITORIAL

Elaborada por: Fátima Falci CRB/6-nº 700

É proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio eletrônico,inclusive por processos reprográficos, sem autorização expressa da editora.

Impresso no Brasil | Printed in Brazil

Arraes Editores Ltda., 2016.

Coordenação Editorial: Produção Editorial e Capa:

Revisão:

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Álvaro Ricardo de Souza CruzAndré Cordeiro Leal

André Lipp Pinto Basto LupiAntônio Márcio da Cunha Guimarães

Bernardo G. B. NogueiraCarlos Augusto Canedo G. da Silva

Carlos Bruno Ferreira da SilvaCarlos Henrique SoaresClaudia Rosane Roesler

Clèmerson Merlin ClèveDavid França Ribeiro de Carvalho

Dhenis Cruz MadeiraDircêo Torrecillas Ramos

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Florisbal de Souza Del’OlmoFrederico Barbosa Gomes

Gilberto BercoviciGregório Assagra de Almeida

Gustavo CorgosinhoJamile Bergamaschine Mata Diz

Janaína Rigo SantinJean Carlos Fernandes

Jorge Bacelar Gouveia – PortugalJorge M. LasmarJose Antonio Moreno Molina – EspanhaJosé Luiz Quadros de MagalhãesKiwonghi BizawuLeandro Eustáquio de Matos MonteiroLuciano Stoller de FariaLuiz Manoel Gomes JúniorLuiz MoreiraMárcio Luís de OliveiraMaria de Fátima Freire SáMário Lúcio Quintão SoaresMartonio Mont’Alverne Barreto LimaNelson RosenvaldRenato CaramRoberto Correia da Silva Gomes CaldasRodolfo Viana PereiraRodrigo Almeida MagalhãesRogério Filippetto de OliveiraRubens BeçakVladmir Oliveira da SilveiraWagner MenezesWilliam Eduardo Freire

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Dedico este trabalho aos meus pais, Josafá e Wilma, aos meus filhos, Nina e Lucas e minha

esposa Solange, que me inspiram e incentivam em meus estudos, com muito amor.

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Esta obra é o resultado da constatação da importância de disseminar o conhecimento sobre o processo coletivo entre os operadores e estudantes do direito. Atualmente, o processo civil individual prevalece amplamente na praxe forense e no ordenamento jurídico brasileiro.

A tutela dos direitos coletivos não deve ser tratada e pensada com as regras que foram criadas para tutelar os direitos individuais. O enfoque é substancialmente diverso. Esta inexistência de cultura do processo coletivo acaba por tolher, muitas vezes, iniciativas necessárias e úteis para a tutela dos direitos coletivos.

Além disso, o processo coletivo, ao contrário do processo individual, não está sistematizado apropriadamente. Não existe, por enquanto, um Código de Processo Civil Coletivo que atribua ao tema uma adequada estruturação.

O processo coletivo vai além de servir de instrumento para a tutela dos direitos materiais desta ou daquela pessoa. As lesões ou o risco de lesões que afetem simultaneamente diversas pessoas são situações cada vez mais comuns na sociedade contemporânea, caracterizada pela produção e consu-mo de massa e, via de consequência, pela ocorrência de conflitos de massa.

Atualmente, há um grande número de ações repetitivas nos Tribunais brasileiros, o que, certamente, acaba por contribuir com uma indesejada morosidade judicial, além de propiciar julgamentos conflitantes.

Além disso, com frequência é necessário tutelar a coletividade ou um grupo de pessoas como um todo. Não raro, é necessário abstrair as individua-lidades envolvidas e considerar o caráter transindividual de certos direitos. Um sistema jurídico próprio que vise tutelar esses direitos transindividuais ou individuais de massa certamente contribuirá para uma maior eficácia na tutela dos mesmos.

O livro foi concebido, desde o início, com o intuito de contribuir com a disseminação da cultura do Processo Civil Coletivo, através de um trata-

Nota do autor

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mento completo sobre o tema, mas de forma bastante simples e objetiva. A ideia não é aprofundar excessivamente em pontos específicos, mas, por ou-tro lado, não tratar de forma superficial os temas abordados. Esta obra trata dos principais pontos relativos à tutela coletiva, com frequentes citações de renomados doutrinadores e de decisões judiciais.

Procurou-se utilizar de uma linguagem clara, objetiva e direta, com re-ferências a exemplos de situações de plausível ocorrência prática, destacando as principais correntes doutrinárias, os dispositivos legais, que facilitem a visualização dos temas que estão sendo tratados, além de jurisprudência e legislação atualizadas.

Essa forma de abordagem do processo coletivo, de forma leve, mas completa, é destinada aos estudantes, aos concursandos e aos operadores do direito, procurando, assim, contribuir para disseminação da cultura e da importância do Processo Civil Coletivo no ordenamento jurídico brasileiro.

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sumário

PREFÁCIO ................................................................................................................. XII

CaPítulO 1DIREITOS COLETIVOS ......................................................................................... 11. DOS PRECEDENTES HISTÓRICOS DAS AÇÕES COLETIVAS NO MUNDO 12. DO SURGIMENTO DOS DIREITOS COLETIVOS NO MUNDO ...................... 2

2.1 Da origem histórica dos Direitos Coletivos no Brasil .......................................... 5

CaPítulO 2ACESSO À JUSTIÇA EM UM ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO .. 111. ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO E DIREITOS COLETIVOS ............... 112. DA EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO ACESSO À JUSTIÇA ....................................... 123. DAS ONDAS RENOVATÓRIAS DE ACESSO À JUSTIÇA .................................... 13

CaPítulO 3DO MICROSSISTEMA DA TUTELA COLETIVA ........................................... 171. DA INTEGRAÇÃO DAS LEIS QUE COMPÕEM O MICROSSISTEMA DA TUTELA COLETIVA ......................................................................................................... 172. DA INTEGRAÇÃO ENTRE AS LEIS DO MICROSSISTEMA E O CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL ...................................................................................................... 20

CaPítulO 4DA DEFINIÇÃO DOS DIREITOS COLETIVOS LATO SENSU.................. 211. DA TERMINOLOGIA “AÇÃO COLETIVA” e “DIREITOS COLETIVOS EM SENTIDO LATO” ...................................................................................................... 212. DOS DIREITOS COLETIVOS EM SENTIDO LATO ............................................... 22

2.1. Dos Direitos Difusos .................................................................................................. 232.2. Dos Direitos Coletivos em Sentido Estrito ............................................................ 282.3. Direitos Individuais Homogêneos ........................................................................... 292.3.1. Da sistemática adotada pelo Novo Código de Processo Civil diante das demandas individuais repetitivas ..................................................................................... 33

CaPítulO 5PRINCÍPIOS DA TUTELA COLETIVA .............................................................. 37

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1. NOÇÃO DE PRINCÍPIO ................................................................................................. 372. PRINCÍPIOS ESPECÍFICOS DO DIREITO PROCESSUAL COLETIVO ............ 38

2.1. Princípio da Máxima Efetividade do Processo Coletivo ..................................... 382.2. Princípio do Ativismo Judicial ................................................................................. 382.3. Princípio da Integração (ou do Microssistema) ..................................................... 392.4. Princípio da Máxima Amplitude das Ações Coletivas ......................................... 402.5. Princípio da não Taxatividade .................................................................................. 412.6. Princípio da Primazia do Conhecimento do Mérito das Ações Coletivas ....... 422.6.1. Da desistência da ação coletiva .............................................................................. 432.6.2. Assunção do polo ativo por outro legitimado quando a ação coletiva for ajuizada por parte ilegítima ........................................................................................ 442.7. Princípio da Disponibilidade Motivada da Ação Coletiva ................................. 452.7.1. Da discordância do juiz diante da postura do Ministério Público ................ 472.8. Princípio da Obrigatoriedade da Execução pelo Ministério Público ................ 492.9. Princípio do Máximo Benefício da Tutela Jurisdicional Coletiva..................... 51

CaPítulO 6COMPETÊNCIA ....................................................................................................... 531. CONSIDERAÇÕES INICIAIS ........................................................................................ 532. COMPETÊNCIA TERRITORIAL ABSOLUTA DAS AÇÕES COLETIVAS ........ 543. DA COMPETÊNCIA EM RAZÃO DO DANO LOCAL, REGIONAL OU NACIONAL ................................................................................................................ 574. DAS REGRAS ESPECÍFICAS DE COMPETÊNCIA NO MICROSSISTEMA DA TUTELA COLETIVA ................................................................................................. 60

CaPítulO 7DA CONEXÃO E DA PREVENÇÃO .................................................................. 631. DA CONEXÃO ENTRE AÇÕES COLETIVAS ........................................................... 632. DA CONEXÃO ENTRE AÇÃO INDIVIDUAL E AÇÃO COLETIVA ................. 68

CaPítulO 8DA LITISPENDÊNCIA ........................................................................................... 701. LITISPENDÊNCIA ENTRE AS AÇÕES COLETIVAS .............................................. 702. DA LITISPENDÊNCIA ENTRE AÇÃO COLETIVA QUE VERSA SOBRE DIREITOS DIFUSOS E COLETIVOS EM SENTIDO ESTRITO (DIREITOS TRANSINDIVIDUAIS) E AÇÃO INDIVIDUAL ........................................................ 733. DA LITISPENDÊNCIA ENTRE AÇÃO COLETIVA QUE VERSA SOBRE DIREITOS DIFUSOS E COLETIVOS EM SENTIDO ESTRITO (DIREITOS TRANINDIVIDUAIS) E AÇÃO COLETIVA QUE VERSE SOBRE DIREITOS INDIVIDUAIS HOMOGÊNEOS ................................................................................... 744. LITISPENDÊNCIA ENTRE AÇÃO COLETIVA QUE VERSA SOBRE DIREITO INDIVIDUAL HOMOGÊNEO E A AÇÃO INDIVIDUAL ................. 755. DA TRAMITAÇÃO SIMULTÂNEA ENTRE AÇÃO COLETIVA E AÇÃO INDIVIDUAL ...................................................................................................................... 766. TRANFERÊNCIA ‘IN UTILIBUS’ DA COISA JULGADA ...................................... 79

6.1. Da regra específica no caso de Mandado de Segurança ....................................... 81

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7. DO CONTROLE INCIDENTAL DE CONSTITUCIONALIDADE ..................... 82

CaPítulO 9LEGITIMIDADE ....................................................................................................... 841. LEGITIMADOS ATIVOS PARA A PROPOSITURA DA AÇÃO COLETIVA ..... 842. DA CLASSIFICAÇÃO DA LEGITIMAÇÃO NA TUTELA COLETIVA ............... 853. DA NATUREZA JURÍDICA DA LEGITIMAÇÃO NAS AÇÕES COLETIVAS .. 864. DA REPRESENTATIVIDADE ADEQUADA .............................................................. 905. DOS LEGITIMADOS ATIVOS PREVISTOS NO MICROSSISTEMA DE TUTELA COLETIVA ......................................................................................................... 95

5.1. Do Ministério Público................................................................................................ 955.1.1. Da Atuação do Ministério Público na Tutela dos Direitos Difusos e Coletivos ............................................................................................................................ 965.1.2. Da atuação do Ministério Público na Tutela dos Direitos Individuais Homogêneos ........................................................................................................................ 975.1.3. Da atuação do Ministério Público na Tutela de Direitos Individuais não Homogêneos, mas com repercussão social ............................................................ 1035.1.4. Da atuação do Ministério Público na Tutela do Erário Público .................... 1045.1.5. Da atuação do Ministério Público como Fiscal da Lei ..................................... 1055.1.6. Possibilidade do Ministério Público transigir em Ações Coletivas ................ 106

6. DA UNIÃO, ESTADOS, MUNICÍPIOS E DO DISTRITO FEDERAL ................. 1076.1. Limites da Atuação dos entes Político ..................................................................... 1096.1.1. Pertinência Temática ou Interesse de Agir? ......................................................... 1096.1.2. Defesa do Patrimônio Público pelas Pessoas Jurídicas de Direito Público ... 1136.1.3. Defesa dos Direitos Individuais Homogêneos pelas Pessoas Jurídicas de Direito Público ............................................................................................................... 113

7. DAS AUTARQUIAS, EMPRESAS PÚBLICAS, FUNDAÇÕES OU SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA ..................................................................... 1158. DAS ENTIDADES E ÓRGÃOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA SEM PERSONALIDADE JURÍDICA ...................................................................................... 1189. ASSOCIAÇÕES .................................................................................................................. 120

9.1. Pré-requisito da constituição a pelo menos um ano ............................................. 1209.2. Da necessidade da observância da pertinência temática ...................................... 1229.3. Da autorização para a propositura das ações coletivas pelas associações ......... 1229.4. Da atuação das associações em face da Fazenda Pública ..................................... 1249.5. Da legitimação ativa dos partidos políticos, sindicatos e entidades de classe para a propositura de ações coletivas .............................................................................. 1289.5.1. Dos Partidos Políticos com Representação no Congresso Nacional ............. 1299.5.2. Dos Sindicatos e entidades de Classe ................................................................... 1309.5.3. Das Fundações Privadas .......................................................................................... 132

10. DEFENSORIA PÚBLICA ............................................................................................... 13411. DA LEGITIMAÇÃO ATIVA EM LEIS ESPECÍFICAS............................................. 13712. CIDADÃO ......................................................................................................................... 13813. DOS LEGITIMADOS PASSIVOS ................................................................................. 13913.1. Da possibilidade dos réus assumirem o polo ativo da demanda.......................... 14014. AÇÃO COLETIVA PASSIVA ......................................................................................... 141

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CaPítulO 10COISA JULGADA NA TUTELA COLETIVA .................................................... 1451. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 1452. DAS PECULIARIDADES DA COISA JULGADA NA TUTELA COLETIVA ...... 1463. DOS LIMITES SUBJETIVOS DA COISA JULGADA NAS AÇÕES COLETIVAS QUE VISAM A TUTELA DOS DIREITOS DIFUSOS E COLETIVOS EM SENTIDO ESTRITO ............................................................................. 1474. DA COISA JULGADA NA TUTELA COLETIVA VISANDO A TUTELA DOS DIREITOS INDIVIDUAIS HOMOGÊNEOS ................................................... 1495. O TRANSPORTE ‘IN UTILIBUS’ DA COISA JULGADA ....................................... 1516. DA TRAMITAÇÃO SIMULTÂNEA DE AÇÕES COLETIVAS E INDIVIDUAIS 1527. LIMITAÇÕES TERRITORIAIS DA COISA JULGADA MATERIAL .................... 154

CaPítulO 11A EXECUÇÃO DAS DECISÕES DE PROCEDÊNCIA NAS AÇÕES COLETIVAS NO SISTEMA PROCESSUAL BRASILEIRO ............................ 1591. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 1592. FUNDO DE DEFESA DOS DIREITOS DIFUSOS .................................................... 1593. EXECUÇÃO DAS OBRIGAÇÕES DE FAZER OU NÃO FAZER......................... 1604. EXECUÇÃO DAS INDENIZAÇÕES ............................................................................ 161

4.1. Execução das sentenças de procedência nas ações coletivas que visem a tutela dos direitos difusos e coletivos ............................................................................. 1624.2. Execução das sentenças de procedência nas ações coletivas que visem a tutela dos direitos individuais homogêneos .................................................................. 163

CaPítulO 12AÇÕES COLETIVAS E POLÍTICAS PÚBLICAS .............................................. 169

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 176

QUESTÕES DE CONCURSO .............................................................................. 179

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Prefácio

Recebi, com grande satisfação, o convite do Professor Hebert Alves Coelho para prefaciar este livro. Em meados de 1998, fui contemplado com o prazer de conhecer o Hebert quando tomamos posse, após concur-so público de provas e títulos, no cargo de Defensor Público do Estado de Minas Gerais.

Naquela época, e lá se vai quase vinte anos, éramos “ainda mais” jovens e egressos da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais, onde fomos contemporâneos e, como é típico dos profissionais que não vieram ao mundo “a passeio”, tentávamos, embora os enormes óbices que o exercício do cargo nos trazia, contribuir para uma sociedade mais justa, como advogados dos economicamente hipossuficientes.

Após mais de cinco anos na Defensoria Pública, eu e o amigo Hebert, novamente fomos aprovados para o exercício de outro cargo, também após concurso público, a minha pessoa para Procurador da Fazenda Nacional e o autor deste livro para Procurador do Estado de Minas Gerais.

Muitos anos se passaram sem nos encontramos, quando, em 2015 no-vamente na Academia, desta vez no Programa de Pós-graduação em Direi-to da Escola Superior Dom Helder Câmara, com grande júbilo, o Hebert matriculou-se na disciplina que leciono e, para a minha felicidade, decidiu por mim ser orientado em seu Mestrado.

Com a franqueza que me é peculiar, reitero neste parágrafo o agradeci-mento ao Hebert pelo convite desta obra que passo a prefaciar.

Trata-se, em verdade, de um estudo de Processo Civil, em que o autor trata do Processo Coletivo de forma didática, acessível, racional, descompli-cada e, ao mesmo tempo, com a profundidade necessária para uma com-preensão pelo leitor dos institutos que se propõe a explanar.

Para melhor compreensão do processo coletivo, faz uma interessante contextualização histórica do surgimento do mesmo no Brasil e no mundo. A partir dessa contextualização, percebe-se a inadequação do sistema proces-

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sual individual na tutela dos direitos coletivos em sentido lato, assim como a relevância do sistema processual coletivo na atualidade.

Nas palavras do autor: “Uma lesão ao meio ambiente, a venda de algum produto defeituoso, um aumento abusivo de uma mensalidade es-colar, uma propaganda enganosa são apenas alguns exemplos de situações que podem prejudicar um grande número de pessoas. Nestes casos, a ação coletiva desponta como um importante instrumento na tutela eficaz dos direitos violados”. (...)

“Houve a necessidade, pois, de se remodelar o sistema jurídico, eminen-temente individualista, para tutelar de forma efetiva esses novos direitos: os direitos coletivos em sentido amplo (direitos difusos, coletivos em sentido estrito ou individuais homogêneos, inseridos na categoria dos denominados direitos fundamentais de terceira geração ou terceira dimensão).”

Destaca, ainda: “O acesso à justiça não deve ser apenas o formal. Deve ir além de simplesmente possibilitar aos indivíduos, em tese, ajuizar ações judiciais. Deve ser aquele que procure efetivamente superar os obstáculos que dificultem ou impeçam que as pessoas tenham efetivamente seus direi-tos tutelados em juízo”.

O trecho da obra trasladado do parágrafo anterior bem demonstra a experiência que o autor possui quer como Defensor Público, Procurador do Estado de Minas Gerais ou Advogado Privado, onde observa-se que a falta de efetividade na prestação jurisdicional é, sem dúvida, uma das grandes tristezas para os que necessitam da intervenção do Estado-Juiz em suas vidas.

Uma vez esclarecido o processo de surgimento do Processo Coletivo, o autor passa a tecer relevantes considerações sobre seus principais institutos.

Com efeito, a possibilidade de se reunir em uma mesma demanda vá-rios autores com mesma causa de pedir e mesmo pedido possibilitará que a efetividade tão almejada seja mais facilmente obtida. Afinal, a redução numérica de feitos tramitando perante o Poder Judiciário reduzirá enorme-mente o ônus que milhares de ações idênticas provocam na administração do Poder Judiciário.

Nesse sentido, o Processo Coletivo é uma das grandes soluções.Não obstante à redução quantitativa, a concentração em único pro-

cesso de demandas de várias pessoas em situação idêntica e com o mesmo pedido de tutela propiciará outras vantagens, tais como a redução da inse-gurança jurídica causada pelo exagerado número de decisões contraditórias.

A linguagem clara, evitando-se prolixidades, muitas vezes desnecessá-rias, incute no leitor um real interesse pelo tema de processo coletivo, ainda, em geral, pouco difundido entre os estudantes e operadores do direito. Por

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outro lado, a exposição das divergências entre as correntes doutrinárias e a posição dos Tribunais sobre os temas abordados enriquece o tratamento atribuído aos diversos institutos abordados e é uma constante da obra.

A obra é estruturada em doze capítulos, onde se pode aprender desde os precedentes históricos das Ações Coletivas no Brasil e no Direito Compa-rado, perpassando pela natureza jurídica, objeto das demandas, princípios jurídicos, aspectos processuais (competência, conexão, prevenção, litispen-dência, legitimidade, coisa julgada e execução) para encerrar o texto onde o autor faz uma demonstração da correlação entre as Ações Coletivas e as Políticas Públicas.

Concluo, pois, que esta obra, que com enorme prazer prefacio, é um li-vro essencial a todos que pretendem conhecer as Ações Coletivas, sobretudo aqueles que, assim como eu e o autor, se disponibilizam a contribuir para a construção de uma prestação jurisdicional com maior qualidade, atividade pública que o povo brasileiro tanto merece.

Capital das Gerais, janeiro de 2016.

ELCIO NACUR REZENDEMestre e Doutor em Direito

Professor da Escola Superior Dom Helder CâmaraProcurador da Fazenda Nacional