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Produção Gráfica_Prensas para impressão de gravuras e relevos Trident

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Trident - Indústria de Precisão Ltda.Caixa postal 29 • 17230-000 • Itapuí - SP • Brasil

Fone: (14) 3664-8000 • Fax: (14) 3664-8001www.trident.com.br • [email protected]

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As prensas impressoras TRIDENT são de fácil operação e limpeza, possibilitando assim que tanto os iniciantes, quanto os profissionais tirem o maior proveito e satisfação ao verem as suas obras impressas rapidamente, de maneira agradável e gratificante. O sistema de impressão é similar ao do carimbo, funciona mediante a pressão uniforme de uma matriz sobre um papel, couro ou outrossubstratos finos e planos e vem sendo usado há séculos por artistas e outros interessados na impressão de pequenas tiragens. As matrizes de impressão podem ser feitas nos mais variados materiais, em linóleo, metálicas, plásticas, de madeira, peças coladas e outras tantas, possibilitando a criatividade de quem as faz, e obtendo como resultado a tiragem de cópias artísticas inusitadas e impossíveis de serem feitas por qualquer outro processo artesanal. De todas as matrizes citadas, a de chapas de Linóleo, é atualmente a mais usada por suas características mecânicas, pois tem uma superfície muito plana, é bem homogenia, possui boa maleabilidade e sobre tudo, por sua textura e facilidade de usinagem. Para a produção da matriz em linóleo será necessário um lápis, caneta, riscador e outros produtos para o desenho da matriz e também a aquisição de uma placa de corte e proteção de mesa. Está placa é simples e pode, eventualmente, ser construída pelo próprio usuário, pois consiste em uma placa de madeira, compensada, MDF, ou mesmo aglomerado, com um sarrafo preso em sua extremidade superior para que sirva de apoio e não deixe a matriz escorregar durante o corte e também para proteger a mesa das ferramentas cortantes. A chapa poderá ser de qualquer espessura, e o ideal é que tenha no mínimo as dimensões, comprimento e largura, da placa de apoio da prensa a ser usada, pois assim, ela possibilitará a confecção de matrizes até o tamanho da mesma. Ver as Figuras 2, 3 e 4. Concluído o desenho, o mesmo deverá ser cuidadosamente esculpido no linóleo para finalizar a matriz. Mostramos abaixo algumas ferramentas recomendadas para riscar e usinar o linóleo e faremos a seguir alguns breves comentários sobre a produção de matrizes e impressão em linóleo, além de outras técnicas muito usadas, ressaltando que o nosso intuito é apenas iniciar o artista abrangente técnica.

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Impressão com Matrizes em RelevoAs matrizes em relevo são muito usadas, pois possibilitam uma impressão mais detalhada e uma tiragem maior, mantendo-se a uniformidade do lote. Por este processo usam-se matrizes esculpidas, nos mais diversos materiais, como, madeira, plástico, borracha, linóleo ou outras superfícies planas de fácil usinagem. Pode-se usar também, clichês metálicos, gravados por corrosão ácida, obtidos facilmente nas empresas de clicherias gráficas.

O desbaste deve ser feito dos dois lados de todas as linhas do desenho e devem ter uma certa profundidade, para que quando se passe o rolo de tinta sobre a matriz este não toque na parte rebaixada. Ao terminar a escultura a matriz deverá estar com todas as partes que receberão a tinta mais alta que as restantes, tal qual um carimbo.

FIGURA 3

O desenho da matriz pode ser criado diretamente com lápis ou caneta sobre a placa de linóleo ou mesmo ser copiado por transferência com papel carbono, por pantógrafo ou por outro meio qualquer.

Com o auxílio de um pincel mantenha bem limpa a superfície trabalhada, para que assim possa executar o serviço com maior precisão. Todas as rebarbas e cavacos provenientes do desbaste devem ser retiradas, pois, caso contrário estes receberão tinta e a transferirão ao papel na hora da impressão. O linóleo deverá estar bem limpo na ocasião de receber a tinta.

FIGURA 4

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FIGURA 1

Desenhando no Linóleo

Coloca-se a matriz sobre a placa de corte, posicionando-se as mãos conforme indica a figura 2, de modo que a mão que apóia a placa fique sempre atrás da mão que manipula a ferramenta, para evitar acidentes, pois as ferramentas de corte e de desbaste costumam escorregar e escapar do linóleo sendo lançada para frente. A ferramenta deve ser sempre impulsionada para frente e nunca no sentido do corpo ou da mão do artista.

FIGURA 2

Esculpindo a Matriz de Linóleo

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Para o entintamento do rolo, deverá ser usada uma superfície bem lisa, como vidro, metal ou plástico, com pelo menos o dobro da largura do rolo. O vidro é mais indicado porque sua superfície e bem lisa e não sofre a agressividade dos solventes de limpeza.O rolo de pintura também não deve ser muito pequeno, para evitar muitos repasses sobre a matriz, pois onde os repasses se encontram, sempre ocorre uma pequena sobreposição de tinta. OBS: Terminadas as impressões, lave bem o rolo e a base com solvente adequado.

FIGURA 5

Prenda a placa à mesa com fita adesiva para que ela não escorregue durante o processo. Sobre a placa coloque um pouco de tinta e esparramando-a no sentido do comprimento do rolo. Não coloque muita tinta, só o bastante para que esta cubra uniformemente todo o rolo, no comprimento e na largura. O rolo não pode ser carregado com muita tinta, deve conter somente a tinta necessária, para que a cada volta sua sobre a matriz, esta fique uniformemente manchada de tinta.

FIGURA 6

Aplique a tinta em toda a matriz de Linóleo, entintado o rolo quantas vezes forem necessárias até completar a operação. É sempre melhor imprimir com pouca tinta do que com muita tinta. Caso a quantidade de tinta aplicada seja muito maior que a ideal a impressão poderá sair borrada e será necessário fazer algumas impressões em um papel comum até secar o excesso de tinta.

FIGURA 7

Quando tiver terminado a aplicação da tinta na matriz, coloque o rolo sobre a placa de tinta de modo que o seu cabo não toque na tinta, pois o usará novamente para as outras impressões, uma vez que a cada nova impressão será preciso uma nova cobertura de tinta na matriz. Durante todo o processo é importante manter as mãos limpas, sem tocar na tinta, para não manchar o papel.

FIGURA 8

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A tinta a ser usada não pode ser muito líquida e deve ter a densidade correta para este fim, pois a mesma não poderá escorrer para a parte rebaixada da matriz.

Aplicando a Tinta na Matriz de Linóleo

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Com um lápis ou palito de madeira, remova os cavacos existentes na tinta.Nesta operação é provável que ao se retirar os cavacos, saia também a tinta destas pequenas áreas, ficando pontos da matriz, sem cobertura de tinta no final desta operação. Retoque cuidadosamente estes pontos com tinta, usando-se novamente o rolo ou mesmo com um pequeno pincel. Lembrando que quanto mais perfeita a matriz e a aplicação da camada de tinta, melhor ficará o seu trabalho.

FIGURA 10

Prenda, com fita adesiva, uma folha limpa de papel branco, do tamanho que cubra quase toda a mesa da impressora, e que seja maior que a matriz a ser usada. Esta folha ajuda o localizar manchas de tinta nas laterais da mesa impressora, durante o processo de impressão, o que poderá manchar as bordas do novo substrato impresso. Se pequenas manchas forem notadas, cubra-as com fita adesiva e prossiga os trabalhos, caso apareçam manchas grandes ou o papel branco já esteja muito usado, troque-o por outro novo e limpo. Manter o leito da mesa impressora limpo, evitará manchas nas extremidades do substrato impresso.

FIGURA 11

Antes de colocar a matriz na prensa, observe o reflexo da luz na camada de tinta aplicada e se notar pequenas saliências como grãos de areia na mesma, é provável que haja cavacos de linóleo misturados à tinta. Para minimizar e prevenir este problema, pode se aplicar um forte jato de ar, em toda a matriz antes da aplicação da tinta, ou mesmo escová-la delicadamente.

FIGURA 9

Coloque a matriz de linóleo voltada para cima e centralizada sobre a folha de papel branco. Por cima da matriz, também centralizado o substrato a ser impresso. Coloque primeiro, uma de suas extremidades e vá deitando o mesmo sobre a matriz cuidadosamente sem movê-lo de posição, nem para frente, nem para trás e nem dos lados, pois os movimentos causarão borrões e sombras no impresso. O substrato precisa ser colocado da forma indicada na figura ao lado, lentamente para que não se formem bolhas e nem se arraste sobre a matriz. Para melhor esquadrejamento na colocação do substrato sobre a matriz, pode se usar, um encosto, preso na extremidade da mesa, atrás da matriz. Assim, antes de iniciar a colocação do substrato sobre a matriz, apóie sua extremidade no encosto e este alinhará o substrato, mantendo a posição correta de esquadro com a matriz.

FIGURA 12

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Imprimindo com Placa de Linóleo

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Finalmente coloque sobre o substrato a ser impresso, a placa de feltro cinza de 6 mm, que acompanha todos os modelos de prensa TRIDENT. A placa deve ficar sobre o substrato cobrindo-o totalmente, e assim teremos na mesa, nesta ordem: o papel branco, a matriz entintada (voltada para cima), o substrato a ser impresso e a placa de feltro, tudo bem centrado no tampo da mesa impressora. Eventualmente, para uma impressão de melhor qualidade, pode-se colocar outra placa de feltro de espessura mais fina e macia por cima.

FIGURA 13

A pressão ideal será aquela que permitirá, que ao se girar a manivela grande para avançar a mesa sob o rolo, este arranque suavemente, mas fazendo certa resistência. Com o cilindro regulado na pressão certa o bloco necessita passar somente uma vez pela prensa para que a impressão fique boa. Normalmente as duas primeiras impressões são perdidas para permitir este ajuste.

FIGURA 15

Enquanto ainda não se tiver prática para ajustar a pressão correta, pode se fazê-lo por tentativas e ir abaixando levemente o cilindro, imprimindo e conferindo o trabalho, sem tirar a folha e a matriz da posição original. Impressão muito clara é sinal de pouca pressão do cilindro sobre o bloco. Neste caso vá aumentando a pressão e repetindo o processo até conseguir o resultado desejado. As escalas existentes nos dois suportes do cilindro devem estar sempre marcando a mesma posição, para que este fique alinhado e exerça pressão por igual em toda a matriz.

FIGURA 16

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Levante o cilindro girando as borboletas de pressão no sentido anti-horário até que a mesa de impressão passe por baixo dele sem o bloco tocar no cilindro. Posicione a mesa de modo que o cilindro fique no início da área a ser impressa, e lentamente vá apertando as duas borboletas de pressão, girando as no sentido horário. Mantenha sempre as escalas dos dois lados na mesma posição para que o cilindro faça pressão por igual no bloco de impressão.

FIGURA 14Ajustando a Pressão do Rolo

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Na primeira peça impressa, o usuário poderá avaliar a qualidade da matriz, detalhes do desenho e também verificar se a matriz precisa de retoques ou se a aplicação da tinta foi correta. Geralmente a partir da terceira impressão, as tiragens já são de boa qualidade, e irão melhorando com a prática do usuário.

FIGURA 18

A figura mostra uma matriz de linóleo entintada. Esta matriz foi desenhada a partir de uma imagem projetada por transparência sobre o linóleo, e esboçada com lápis, pelo artista.

FIGURA 19 a

Após se certificar que o substrato está bem impresso, movimente a mesa de forma que o cilindro fique fora do bloco. Levante o feltro, iniciando o movimento pela extremidade frontal e deite-o sobre o cilindro, com cuidado para não arrastá-lo sobre o substrato, pois isso causará irreparáveis borrões na impressão. A retirada do substrato impresso deve ser feita iniciando-se pela frente, vagarosamente, de forma que o papel não volte a tocar na matriz e nem se arraste sobre ela, e no final, quando quase todo o substrato estiver levantado, puxe-o para cima, elevando-o para garantir que este não toque mais na matriz.

FIGURA 17

A figura mostra um papel branco, impresso pela matriz acima. Nota-se que a imagem é a mesma, porém, está espelhada. Portanto, se quiser imprimir palavras ou números, estes deverão estar invertidos na matriz para que fiquem corretos e dêem leitura no substrato impresso.

FIGURA 19 b

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O método de impressão com múltiplas cores em linóleo é praticamente simples e pode valorizar em muito o trabalho do artista. Em uma matriz normal de linóleo, recorte e retire da mesma as partes que deseja imprimir com outras cores, e para fazê-lo marque bem com uma ferramenta de corte, tipo talhadeira ou similar, a área a ser retirada, e com uma faca ou estilete de espessura mais fina, aprofunde o corte até varar a chapa.

FIGURA 20

As partes do desenho que foram retiradas da matriz devem ser um pouco desgastadas em todo o seu contorno para que entrem e saiam facilmente da matriz, pois elas precisarão ser re-entintadas a cada nova impressão.Serão necessários, um rolo diferente e uma nova placa de tinta, para cada cor a ser usada.Para aplicar a tinta nos pedaços menores, pode-se segurá-los á mesa com um ponteiro ou uma agulha, para que não se movimentem durante a operação.

FIGURA 21

Para a impressão, deve se seguir todos os passos da operação padrão. A matriz deve ser colocada na mesa de impressão, já entintada, e posteriormente se encaixam na mesma, em seus respectivos lugares, os pedaços menores também entintados.

FIGURA 22

Uma vez mais, ponteiros, agulhas, ou até mesmo uma pinça podem ser usados para auxiliar na operação e evitar que se sujem as mãos. Após os pedaços serem colocados na matriz, conclua normalmente as outras operações de impressão.

FIGURA 23

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Matriz de Linóleo para Impressão de Múltiplas cores

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Para prevenir este problema, use o ponteiro ou a agulha para mantê-lo na matriz enquanto se retira o substrato impresso.

Para prevenir este problema, use o ponteiro ou a agulha para mantê-lo na matriz enquanto se retira o substrato impresso. Estas ferramentas também deverão ser usadas para retirar as peças no re-entintar.

Ao se imprimir múltiplas cores, pode acontecer que os detalhes não fiquem muito bem impressos. Isso geralmente ocorre, quando tintas de diferentes marcas são usadas para entintar a matriz e os detalhes. É recomendável usar as tintas da mesma marca, ou atentar, para que as várias cores sejam diluídas e aplicadas nas mesmas proporções.

FIGURA 25

FIGURA 26

Algumas peças menores da matriz podem ficar presas ao substrato quando ele está sendo retirado da impressora. Isto acontece quando o detalhe recortado da matriz é muito pequeno e leve, não vencendo assim a atração por viscosidade da tinta.

FIGURA 24

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FIGURA 27

FIGURA 28

Por este processo de impressão consegue-se uma infinidade de combinações de cores, diferenciando-o de qualquer outro e enriquecendo o trabalho do artista. Muitas provas com combinações de cores diferentes podem ser feitas antes de se decidir pela tiragem de um lote.

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Esta técnica, também chamada de “COLAGRAVURA”, consiste na colagem de peças em uma base, de papelão, plástico ou outro material plano. Pode se colar peças de um mesmo material ou peças de materiais variados, para se obter efeitos diferentes na impressão, observando-se, que estes tenham a mesma espessura ou que estas sejam muito próximas, pois todas as peças devem tocar no substrato na hora da impressão. Podem ser usados recortes de materiais flexíveis como IVA, borracha e outros para minimizar o problema com as espessuras variáveis.

FIGURA 29

As matrizes produzidas por colagem possibilitam uma gama enorme de efeitos gráficos, levando o artista a experimentar resultados surpreendentes. Podem-se misturar materiais de texturas e de espessuras variáveis, na matriz, tomando-se o cuidado de não usar moedas, anéis metálicos e outros metais que possam danificar o rolo impressor da máquina.

FIGURA 30

As matrizes por colagem, não são tão resistentes e produzem menos impressos que as matrizes em relevos esculpidos. Para melhorar a sua durabilidade pode se passar uma demão de seladora sobre a mesma. Recomenda-se secar bem a cola e a seladora antes de usá-la.Para se entintar a matriz, usam-se uma boneca feita de retalhos de tecido aplicada nas partes altas e um pincel para se entintar as partes baixas da mesma. Pode se usar diferentes cores na impressão.

Pela própria natureza da matriz, haverá inconstâncias em cada impressão quando se usar objetos que não sejam resistentes à pressão da prensa.

FIGURA 31

FIGURA 33

Algumas peças da matriz podem ficar presas ao substrato quando ele está sendo retirado da impressora, por isso recomenda-se tirar o impresso com cuidado. Dependendo da matriz usada, pode-se imprimir com alto relevo, usando-se ou não tinta na matriz, para melhorar este efeito em papel cartão pode-se umedecê-lo levemente.

FIGURA 32

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Matriz de Mosaico ou de Colagens de Peças

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Matriz de Água Forte Por este processo o desenho é gravado na matriz por corrosão ácida, usando-se uma chapa de zinco como matriz e acido nítrico (per cloreto de ferro), como agente corrosivo.

Após a secagem do verniz desenha-se, com um riscador de metal a gravura a ser impressa de modo que o risco ultrapasse a camada de verniz e risque levemente a matriz. Para se desenhar diretamente na matriz, usa-se uma tinta ou verniz que contraste com a chapa de zinco usada. O desenho pode ser previamente esboçado na matriz, com lápis ou carbono, e neste caso, usa-se uma base clara que contraste com os riscos a serem feitos. Posteriormente, com um riscador deve-se passar o desenho para matriz ferindo a base em todos os traços do desenho.

FIGURA 35

O princípio da matriz de Água Forte, é que o ácido, corrói a placa de zinco, mas não ataca o verniz protetor, então ao se riscar a base protetora e se aplicar o ácido, este irá corroer somente onde a mesma foi riscada, ou seja, nas linhas do desenho.

FIGURA 36

Em uma placa de zinco, sem riscos, sem cantos vivos ou rebarbas, aplique uma demão de verniz protetor, betume ou de tinta esmalte em spray à prova de ferrugem, formando uma base protetora em toda a matriz. Para melhor aderência da base protetora, a placa deverá estar bem limpa e desengordurada. A aplicação deverá ser feita dos dois lados da chapa.

FIGURA 34

Após o desenho ter sido riscado na matriz, mergulhe a mesma em uma solução de ácido nítrico por alguns minutos. O tempo de banho é o que vai determinar a profundidade e a grossura do traço obtido na matriz. Quando se deseja traços finos deixa-se em banho por pouco tempo e vice-versa. Com o auxílio de um pincel macio, ou de uma pena, retire as bolhas de gás que porventura se formarem, pois estas impedirão a corrosão do acido e causarão defeitos na matriz. Para proteger as mãos do ácido nítrico, que é muito forte, cole uma fita adesiva por traz da matriz, para colocá-la e movimentá-la durante o banho, pois a cada pouco deve-se levantá-la um pouco e abaixá-la para movimentar o ácido e também para ver melhor o trabalho de corrosão. Aconselham-se o uso de óculos protetores nesta operação.

FIGURA 37

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Podem ser desenhados traços finos e grossos, simultaneamente, e para tanto, risque primeiro na matriz os traços grossos que deseja, e deixe a mesma em banho no ácido, por algum tempo. A seguir retire a matriz, lave-a com cuidado em água corrente, para a retirada do ácido, e risque os traços finos que deseja. Volte a matriz no banho por mais um período de tempo e terá como resultado a matriz que deseja, pois os traços que queria mais grossos, ficaram por mais tempo no banho de ácido. O tempo de banho da matriz vai depender da solução usada, ou da orientação do fabricante.

FIGURA 38

Depois de pronta a matriz e retirada a base protetora com solvente, a mesma deve ser entintada. Para este processo pode ser usada espátulas plásticas para massa corrida, encontradas facilmente no comércio.

FIGURA 39

A tinta deverá preencher completamente, todos os sulcos da matriz.

FIGURA 40

Com um chumaço de papel ou de tecido absorvente, sem fios soltos, retire os excessos de tinta da superfície da matriz tomando-se o cuidado de não retirar a tinta dos sulcos. Ao final do processo a placa deverá estar relativamente limpa com todos os sulcos que foram formados pela corrosão, cheios de tinta.

FIGURA 41

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Retire o papel e coloque-o em uma superficie plana, se pos-sível um pouco inclinada, e com o auxilio de um rodinho retire o excesso de água.

FIGURA 43

Coloque a matriz na impressora e sobre a mesma o papel ume-decido. Repita as operações normais de impressão já vistas anteriormente, ajustando a pressão do cilindro.Comece dando pouca pressão e se a impressão ficar muito fraca, aumente a pressão do cilindro. Por este processo o papel mol-hado é forçado para dentro dos sulcos da matriz, absorvendo a tinta existente nos mesmos.

FIGURA 44

Ao imprimir uma gravura com Matriz de Água Forte, deve se usar papel especial para esta finalidade e este deverá estar bem umedecido. Para tanto coloque o em um recipi-ente com água por alguns minutos de modo que o mesmo fique todo submerso.

FIGURA 42

Após a impressão, retire com cuidado o papel e coloque-o sobre uma superfície plana e absorvente para secagem mais rápida.

FIGURA 45

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Deixando-se toda matriz um pouco entintada, consegue-se inusitados efeitos de sombreamento e de textura, que poderão ser modificados a gosto do artista, a cada nova impressão.

FIGURA 46

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Outros Tipos de MatrizesEventualmente podem-se usar outros tipos de materiais para a confecção das matrizes e impressos, tais como: papéis de gramaturas diversas, madeira, couro, cobre, plásticos, ou mesmo mesclá-los para se obter diferentes e inusitados resultados, ficando a cargo do artista explorar as infinitas possibilidades de uso de sua prensa.

Papéis para ImpressãoOs papéis ideais para impressão na prensa são os de algodão com gramatura alta, de 190 a 300 g/m2. Para gravura em relevo eles poderão ser apenas umedecidos com uma esponja ou com spray cuidando para que não fiquem gotas de água no papel. Para a gravura em metal os papéis devem ser molhados em tanques ou bacias, lá permanecendo por minutos. Papéis de boa qualidade, mais pesados, de 300 Gr ou mais, como por exemplo, papéis para aquarela, poderão ficar algumas horas. Ao tirar os papéis do tanque, estes devem ser escorridos e colocados sobre folhas de papel mata-borrão ou sobre toalhas, de preferência brancas, separadamente. Para a gravura em metal os papéis devem estar úmidos, nem secos demais e nem molhados demais, não podem ter brilho de água ou gotas visíveis em nenhum dos lados.

Ao término dos trabalhos a prensa deve ser mantida limpa e protegida de sujeiras e poeiras. Para uma impressão de melhor qualidade, pode-se usar um feltro mais fino em contato com o papel e o feltro mais grosso(fornecido com a prensa), em contato com o cilindro. Antes da impressão ajusta-se a pressão do rolo de acordo com a matriz e o papel a serem usados. Coloca-se primeiramente um papel branco e limpo, sobre a mesa para marcar a posição da matriz e do papel.

O papel de impressão deve ser colocado com cuidado sobre a matriz para que não se mexa e nem se desloque sobre a matriz entintada, pois isso poderá causar borrões no impresso. O movimento da mesa, deve ser contínuo e sem interrupções. Se a pressão estiver correta a impressão sairá perfeita na primeira passagem. Depois que o bloco, papel, matriz e feltro, passou pela prensa pode-se checar partes da impressão, levantando-se as pontas do papel em diferentes posições, caso a impressão esteja apagada, aumente a pressão do cilindro, girando as duas manivelas no sentido horário, tomando-se o cuidado de manter as escalas na mesma posição, dos dois lados. Ao término da impressão deve-se tirar a matriz, limpar bem todas as peças e aliviar a pressão do rolo, para o descanso do feltro.

Breves Instruções de Uso

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Modelo econômico, sem estrutura de apoio, Ideal para estudantes e aprendizes. Com, tração direta, sem redução.Área de trabalho: 50x26,5 cm.Altura máxima entre os rolos com a placa de apoio: 2,8 cm.Peso bruto: 22 kgPressão entre os cilindros: 225 kg.Diâmetro cilindro inferior: 38 mm.Diâmetro cilindro superior: 75 mm.Placa de apoio em ferro esmaltado:500x300x3 mm.Acompanha um feltro grosso de: 500x265x6 mm.

Prensa mod. P-300

Prensas para Gravuras e RelevosConstruídas sobre estrutura tubular reforçada, com quatro niveladores de solo e bandeja auxiliar. Montantes super dimensionados em alumínio fundido apóiam os cilindros maciços em aço cromado e conferem muita robustez e durabilidade às prensas. Graduadores precisos nos dois montantes, permitem ajustes de até 0,025 mm da altura do cilindro, possibilitando impressões mais delicadas e de melhor qualidade. Acionamento suave, porém forte, graças a redução por engrenagens e aos mancais em Nylon especial com lubrificação permanente. Possuem manoplas anatômicas e toda a estrutura pintada a fogo.

Área de trabalho: 92x57 cm.Altura máxima entre os rolos com placa de apoio: 4,5 cm.Peso bruto: 150 kgRedução de 3,35 vezes.Pressão entre os cilindros 5.000 kg.Diâmetro cilindro inferior: 74,8 mm.Diâmetro cilindro superior: 110 mm.Placa de apoio em material fenólico não compressível: 920x600 mm.Acompanha um feltro grosso de: 920x570x6 mm.

Prensa mod. G-600

80 cm84 cm

Área de trabalho: 92x47 cm.Altura máxima entre os rolos com placa de apoio: 3,2 cm.Peso bruto: 80 kgRedução de 2,62 vezes.Pressão entre os cilindros: 2.000 kg.Diâmetro cilindro inferior: 50,8 mm.Diâmetro cilindro superior: 105 mm.Placa de apoio em material fenólico não compressível:920x500 mm.Acompanha um feltro grosso de: 920x500x6 mm.

Prensa mod. M-500

80 cm

75 cm

Área de trabalho: 66x32 cm.Altura máxima entre os rolos com a placa de apoio: 3,2 cm.Peso bruto: 59 kgRedução de 2,62 vezes.Pressão entre os cilindros: 2.000 kg.Diâmetro cilindro inferior: 50,8 mm.Diâmetro cilindro superior: 105 mm.Placa de apoio em material fenólico não compreenssível:660x250 mm.Acompanha um feltro grosso de: 660x320x6 mm.

Prensa mod. M-350

80 cm

72 cm