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PRODUTO 10 - aparecida.sp.gov.br · ACAS - Anti-Ciclone do Atlântico Sul AIU - Área de Intervenção Urbana ANA ... FIGURA 277 – MAPA DE ABRANGÊNCIA DA OFICINA NA EMEF HELOISA

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PRODUTO 10 – RELATÓRIO FINAL

REALIZAÇÃO

Prefeitura de Municipal Aparecida

Rua Professor José Borges Ribeiro, 167, Centro

Aparecida/SP – CEP: 12.570-000

Tel.: +55 12 3104-4000

www.aparecida.sp.gov.br

LISTA DE SIGLAS

ACAS - Anti-Ciclone do Atlântico Sul

AIU - Área de Intervenção Urbana

ANA - Agência Nacional de Águas

APA - Áreas de Proteção Ambiental

APP - Área de Preservação Permanente

BHRPS - Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul

CA – Coeficiente de Aproveitamento

CAPS - Centro de Atendimento Psicossocial

CAT – Centro de Atendimento ao Turista

CBH PS (São Paulo) - Comitê de Bacia Hidrográfica Paraíba do Sul

CECON – Centro de Conveniência da Melhor Idade

CETESB - Companhia Ambiental do Estado de São Paulo

CIRETRAN - Circunscrição Regional de Trânsito

CONAMA - Conselho Nacional de Meio Ambiente

CPRM - Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais

CRAS – Centro de Referência de Assistência Social

CREAS - Centro de Referência Especializada de Assistência Social

DAEE - Departamento de Água e Energia Elétrica

DATASUS - Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde

DETRAN - Departamento Estadual de Trânsito

EE – Escola Estadual

EEAT - Estação Elevatória de Água Tratada

EEEs - Estações Elevatórias de Esgoto

EMEF – Escola Municipal de Ensino Fundamental

EMEI – Escola Municipal de Educação Infantil

ESF - Unidade Básica de Saúde da Família

FEAM - Fundação Estadual do Meio Ambiente

FEEMA - Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

ICMBio - Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

IDEB – Índice de Desenvolvimento da Educação Básica

IDH – Índice de Desenvolvimento Humano

IDHM - Índice de Desenvolvimento Humano Municipal

IDSUS - Índice de Desempenho do Sistema Único de Saúde

INEP - Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais

INMET - Instituto Nacional de Meteorologia

INSS - Instituto Nacional do Seguro Social

IPTU – Imposto Predial Territorial Urbano Progressivo no Tempo

IQR - Índice de Qualidade de Aterro de Resíduos

MEC – Ministério da Educação

MMA – Ministério do Meio Ambiente

MZCTU - Macrozona de Contenção Urbana

MZEITE - Macrozona Especial de Interesse Turístico

MZEU - Macrozona de Expansão Urbana

MZEUD - Macrozona de Expansão Urbana Diferenciada

MZPAM - Macrozona de Proteção Ambiental

MZRR - Macrozona Rural de Requalificação

MZUC - Macrozonas Urbanas Consolidadas

ONU – Organização das Nações Unidas

PCMS – Plano de Comunicação e Mobilização Social

PEUC – Parcelamento, Edificação ou Utilização Compulsórios

PNUD – Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento

PRH - Plano de Recursos Hídricos

PRHBRPS - Plano de Recursos Hídricos da Bacia do Rio Paraíba do Sul

PSF - Posto de Saúde da Família

RCD - Resíduos de Construção e Demolição

RPPN - Reservas Particulares de Patrimônio Natural

RSU - Resíduos Sólidos Urbano

SAAE - Serviço Autônomo de Água e Esgoto

SINHORES – Sindicato dos Hotéis e Restaurantes

SNIS - Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento

SNUC - Sistema Nacional das Unidades de Conservação da Natureza

SP – São Paulo

SUS - Sistema Único de Saúde

TO – Taxa de Ocupação

UBS - Unidade Básica de Saúde

UC - Unidades de Conservação

UTC - Tempo Universal Coordenado

ZDI - Zona de Desenvolvimento Industrial

ZEIS - Zonas Especiais de Interesse Social

ZUDD - Zona Urbana de Desenvolvimento Diferenciado

LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 – LOCAL DE ENCONTRO DA IMAGEM NA MARGEM DO RIO PARAÍBA DO SUL, VISTA 01 ....... 26

FIGURA 2 - LOCAL DE ENCONTRO DA IMAGEM NA MARGEM DO RIO PARAÍBA DO SUL, VISTA 02 ...... 26

FIGURA 3 - IGREJA DE MONTE ...................................................................................................................................................... 27

FIGURA 4 - SANTUÁRIO NACIONAL DE NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO APARECIDA .......................... 27

FIGURA 5 - LOCALIZAÇÃO DO MUNICÍPIO DE APARECIDA .......................................................................................... 29

FIGURA 6 - ACESSO AO MUNICÍPIO DE APARECIDA ....................................................................................................... 30

FIGURA 7 – CARACTERIZAÇÃO DAS ÁREAS URBANAS E RURAIS ............................................................................... 31

FIGURA 8 – EVOLUÇÃO DA MANCHA URBANA ................................................................................................................ 32

FIGURA 9 – VETOR DE EXPANSÃO ........................................................................................................................................... 33

FIGURA 10 – DIVISÃO DOS BAIRROS NO MUNICÍPIO DE APARECIDA..................................................................... 34

FIGURA 11 – TRÁFEGO DE TERÇA A QUINTA-FEIRA ............................................................................................................ 35

FIGURA 12 – TRÁFEGO DE SEXTA A SEGUNDA-FEIRA ..................................................................................................... 36

FIGURA 13 – TRÁFEGO NOS FERIADOS NACIONAIS ......................................................................................................... 37

FIGURA 14 – DENSIDADE POPULACIONAL .......................................................................................................................... 40

FIGURA 15 - DEMOGRAFIA RURAL E URBANA POR FAIXA ETÁRIA CONFORME CENSO DE 2000 ........... 42

FIGURA 16 - DEMOGRAFIA RURAL E URBANA POR FAIXA ETÁRIA CONFORME CENSO DE 2010 ............. 42

FIGURA 17 - CARACTERÍSTICAS CLIMÁTICAS DO MUNICÍPIO DE APARECIDA ..................................................... 52

FIGURA 18 - ÍNDICES PLUVIOMÉTRICOS DO MUNICÍPIO DE APARECIDA ............................................................... 53

FIGURA 19 – PRECIPITAÇÃO ACUMULADA MENSAL E ANUAL ....................................................................................54

FIGURA 20 - CARACTERIZAÇÃO GEOLÓGICA DE APARECIDA ................................................................................... 56

FIGURA 21 - SISTEMAS DE AQUÍFEROS DO MUNICÍPIO DE APARECIDA ............................................................. 57

FIGURA 22 - DOMÍNIOS HIDROGEOLÓGICOS DO MUNICÍPIO DE APARECIDA ................................................... 58

FIGURA 23 - PRINCIPAIS CURSOS D`ÁGUA EM APARECIDA ........................................................................................ 60

FIGURA 24 – SUB-BACIA HIDROGRÁFICAS NO MUNICÍPIO............................................................................................ 61

FIGURA 25 - LOCALIZAÇÃO DO LIMITE MUNICIPAL DE APARECIDA NA CBH PS ........................................... 62

FIGURA 26 – CURVAS DE NÍVEL NO MUNICÍPIO ............................................................................................................... 64

FIGURA 27 – ÁREAS COM DECLIVIDADE ACIMA DE 30% NO MUNICÍPIO ............................................................ 64

FIGURA 28 – ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE DO RIO PARAÍBA DO SUL ........................................... 65

FIGURA 29 – ÁREAS DE RISCO NO MUNICÍPIO .................................................................................................................. 66

FIGURA 30 – ÁREAS COM RESTRIÇÃO DE OCUPAÇÃO NO MUNICÍPIO .................................................................. 67

FIGURA 31 - COMPARTIMENTOS DE RELEVO DO MUNICÍPIO DE APARECIDA ..................................................... 67

FIGURA 32 - VEGETAÇÃO REMANESCENTE DE MATA ATLÂNTICA NO MUNICÍPIO DE APARECIDA ...... 70

FIGURA 33 - UNIDADES DE CONSERVAÇÃO SITUADAS PRÓXIMO AO LIMITE MUNICIPAL DE APARECIDA

...................................................................................................................................................................................................................... 72

FIGURA 34 - ÁREAS PRIORITÁRIAS PARA CONSERVAÇÃO............................................................................................ 74

FIGURA 35 – VISTA DO BAIRRO ITAGUAÇU DA RUA ITAPETININGA (SENTIDO SANTUÁRIO) ..................... 75

FIGURA 36 – VISTA DO BAIRRO ITAGUAÇU DA RUA ITAPETININGA (SENTIDO PARAÍBA DO SUL) ......... 75

FIGURA 37 – COMUNIDADE DE SÃO PEDRO APÓSTOLO ............................................................................................. 76

FIGURA 38 – FEIRA LIVRE NA RUA ITABAIANA .................................................................................................................. 76

FIGURA 39 – RUA ITABAIANA EM DIA LIVRE ........................................................................................................................ 76

FIGURA 40 – ESCOLA ESTADUAL DR. EDGAR DE SOUZA ........................................................................................... 77

FIGURA 41 – EMEI CRECHE VERA LUCIA CHAGAS BOURABEBI ............................................................................... 77

FIGURA 42 – PAVIMENTAÇÃO DA AVENIDA ITAÚ ............................................................................................................ 77

FIGURA 43 – CANALIZAÇÃO DO CÓRREGO ITAÚ.............................................................................................................. 77

FIGURA 44 – ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DE ESGOTO ITAIGUARA .................................................................................. 78

FIGURA 45 – ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DE ESGOTO ITAPITANGA ................................................................................ 78

FIGURA 46 – IMPLANTAÇÃO DE ESTRUTURAS DE SANEAMENTO, VISTA 01 ...................................................... 78

FIGURA 47 – IMPLANTAÇÃO DE ESTRUTURAS DE SANEAMENTO, VISTA 02 ..................................................... 78

FIGURA 48 – PONTO DE TRANSBORDO, VISTA 01 ........................................................................................................... 79

FIGURA 49 – PONTO DE TRANSBORDO, VISTA 02 ......................................................................................................... 79

FIGURA 50 – LOTES VAGOS, VISTA 01 ................................................................................................................................. 80

FIGURA 51 – LOTES VAGOS, VISTA 02 .................................................................................................................................. 80

FIGURA 52 – PORTO ITAGUAÇU, VISTA 01 .......................................................................................................................... 80

FIGURA 53 – PORTO ITAGUAÇU, VISTA 02 ......................................................................................................................... 80

FIGURA 54 – RUA ANTÔNIO ARNEIRO, VISTA 01 .............................................................................................................. 81

FIGURA 55 – RUA ANTÔNIO ARNEIRO, VISTA 02 ............................................................................................................ 81

FIGURA 56 – CAPELA DE SÃO GERALDO ............................................................................................................................... 81

FIGURA 57 – PLACA DE REFORMA DA CAPELA DE SÃO GERALDO .......................................................................... 81

FIGURA 58 – ÁREA DE LAZER ......................................................................................................................................................82

FIGURA 59 – ÁREA DE LAZER ......................................................................................................................................................82

FIGURA 60 –LOTE VAGO SEM MANUTENÇÃO ...................................................................................................................82

FIGURA 61 – LOTE VAGO SE MANUTENÇÃO ........................................................................................................................82

FIGURA 62 – LANÇAMENTO CLANDESTINO DE RCD, VISTA 01 ...............................................................................83

FIGURA 63 – LANÇAMENTO CLANDESTINO DE RCD, VISTA 02 ..............................................................................83

FIGURA 64 – LINHA FÉRREA ........................................................................................................................................................83

FIGURA 65 – CASAS IRREGULARES NO DOMÍNIO DA LINHA FÉRREA .....................................................................83

FIGURA 66 – PSF SÃO SEBASTIÃO ........................................................................................................................................ 84

FIGURA 67 – ÁREA DE LAZER ..................................................................................................................................................... 84

FIGURA 68 – PONTO DE ÔNIBUS NA AVENIDA ITAGUAÇU ........................................................................................ 85

FIGURA 69 – VISTA DA RUA MAJ. MANOEL MARTINS DE CASTILHO .................................................................. 85

FIGURA 70 – TRAVESSA SEM DENOMINAÇÃO .................................................................................................................. 85

FIGURA 71 – AUSÊNCIA DE CALÇADAS, GUIAS E SARJETAS ....................................................................................... 86

FIGURA 72 – VISTA DA TRAVESSA DR. CÉSAR G. SIGAUD ......................................................................................... 86

FIGURA 73 – LOTE VAZIO .............................................................................................................................................................. 87

FIGURA 74 – ACÚMULO DE RESÍDUOS NAS CALÇADAS ............................................................................................... 87

FIGURA 75 – ACÚMULO DE RESÍDUOS NAS CALÇADAS ............................................................................................... 87

FIGURA 76 – CORPO DE BOMBEIROS ..................................................................................................................................... 88

FIGURA 77 – POLÍCIA MILITAR DE APARECIDA ................................................................................................................. 88

FIGURA 78 – EMEF PROF. MARIETA V. DA C. BRAGA .................................................................................................. 88

FIGURA 79 – ESCOLA PARTICULAR ......................................................................................................................................... 88

FIGURA 80 – PRAÇA NA RUA TENENTE A. JOÃO P. BARBOSA JR. ......................................................................... 89

FIGURA 81 – PRAÇA JOSÉ MESALINO DE CAMPOS ......................................................................................................... 89

FIGURA 82 – ACÚMULO DE RESÍDUOS NA CALÇADA .................................................................................................... 89

FIGURA 83 – ACÚMULO DE RESÍDUOS EM TERRENOS VAZIOS ................................................................................ 89

FIGURA 84 – VISTA DA RUA NAGIBE CHADAD ................................................................................................................. 90

FIGURA 85 – LOTES VAGOS ........................................................................................................................................................ 90

FIGURA 86 – VISTA DA RUA SÃO PEDRO .............................................................................................................................. 91

FIGURA 87 – VISTA DA RUA SANTO ANTÔNIO .................................................................................................................. 91

FIGURA 88 – AUSÊNCIA DE SISTEMA DE DRENAGEM NA RUA SÃO PEDRO ........................................................ 91

FIGURA 89 – ACÚMULO DE RESÍDUOS NAS CALÇADAS DA RUA SÃO PEDRO .................................................. 91

FIGURA 90 – VEÍCULOS PARA MANUTENÇÃO ESTACIONADOS EM VIA PÚBLICA ......................................... 92

FIGURA 91 – AVENIDA SÓLON PEREIRA – VIA DE ACESSO A POTIM ................................................................... 92

FIGURA 92 – TERRENO VAZIO NA RUA SANTO ANTÔNIO .......................................................................................... 93

FIGURA 93 – TERRENO VAZIO NA RUA SANTO ANTÔNIO .......................................................................................... 93

FIGURA 94 – ESTÁDIO PENIDÃO .............................................................................................................................................. 94

FIGURA 95 – CAMPO DE FUTEBOL NA RUA ROSA MARIA PAES ............................................................................. 94

FIGURA 96 – CENTRO DE ATENDIMENTO AO TURISTA NA AVENIDA PAPA JOÃO PAULO II ................... 94

FIGURA 97 – CONSELHO TUTELAR NA RUA CAP. E. MOREIRA ................................................................................. 94

FIGURA 98 – E.M.E.I DOM CARLINHOS NA RUA LAURINO DE CASTRO.............................................................. 95

FIGURA 99 – E.M.E.F. MARIA APARECIDA DA ENCARNAÇÃO - MAE NA RUA NENZINHO MACEDO 95

FIGURA 100 – SAAE - APARECIDA NA RUA JOSÉ MACEDO COSTA..................................................................... 95

FIGURA 101 – COMUNIDADE DO DIVINO ESPÍRITO SANTO NA RUA JOSÉ ELACHE ....................................... 95

FIGURA 102 – AVENIDA MONUMENTAL, VISTA 01 ........................................................................................................ 96

FIGURA 103 – AVENIDA MONUMENTAL, VISTA 02 ....................................................................................................... 96

FIGURA 104 – FEIRA DOS COMERCIANTES, VISTA 01 ................................................................................................... 96

FIGURA 105 – FEIRA DOS COMERCIANTES, VISTA 02 .................................................................................................. 96

FIGURA 106 –RSD EM CALÇADA .............................................................................................................................................. 97

FIGURA 107 – AVENIDA PRESIDENTE JUSCELINO KUBITSCHECK ............................................................................ 97

FIGURA 108 – VISTA DA RUA LUÍS CHAD ............................................................................................................................ 98

FIGURA 109 – VISTA DA RUA JOSÉ L. DA SILVA .............................................................................................................. 98

FIGURA 110 – TERRENO EM CONCORDÂNCIA COM O CÓDIGO DE POSTURAS ................................................. 98

FIGURA 111 – AUSÊNCIA DE MANUTENÇÃO EM TERRENO VAZIO NA RUA ISACK JÚLIO BARRETO .......... 99

FIGURA 112 – ACÚMULO DE RESÍDUOS EM TERRENO VAZIO NA RUA HIGINO MACEDO ............................. 99

FIGURA 113 – CRECHE SANTA TEREZINHA NA RUA JOSÉ LEITE ................................................................................ 99

FIGURA 114 – E.M.E.F. ANÍSIO NOVAES NA RUA ANDRÉ TOZZETO ...................................................................... 99

FIGURA 115 – UBS NA RUA ALEXANDRO CÉSAR DOS SANTOS GREGÓRIO.....................................................100

FIGURA 116 – UBS NA RUA ALEXANDRO CÉSAR DOS SANTOS GREGÓRIO ....................................................100

FIGURA 117 – PRAÇA NA RUA MARIA A. BARREIRO ......................................................................................................100

FIGURA 118 – PRAÇA NA RUA MORENTINA MARIA DA CONCEIÇÃO TEIXEIRA ..............................................100

FIGURA 119 – CREAS NA RUA FRANCISCO PALMA ......................................................................................................100

FIGURA 120 – RUA AMÉRICO ALVES PEREIRA FILHO ................................................................................................... 101

FIGURA 121 – RUA MORENTINA MARIA DA CONCEIÇÃO TEIXEIRA ........................................................................ 101

FIGURA 122 – LANÇAMENTO CLANDESTINO DE RCD .................................................................................................. 101

FIGURA 123 –PANORÂMICA DO BAIRRO EM EXPANSÃO, VISTA 01..................................................................... 102

FIGURA 124 – PANORÂMICA DO BAIRRO EM EXPANSÃO, VISTA 02 .................................................................. 102

FIGURA 125 – AUSÊNCIA DE PAVIMENTAÇÃO ................................................................................................................. 102

FIGURA 126 – DESTINAÇÃO INADEQUADA DE RSU .................................................................................................... 103

FIGURA 127 – DESTINAÇÃO INADEQUADA DE RCD ..................................................................................................... 103

FIGURA 128 – LOTES VAGOS .................................................................................................................................................... 103

FIGURA 129 – PANORÂMICA DA PRAÇA NA RUA FILIPO ............................................................................................ 104

FIGURA 130 – QUADRA DA ESCOLA MANOEL IGNÁCIO DE MORAES NA RUA PEDRO MARIA PILLIPPO

................................................................................................................................................................................................................... 104

FIGURA 131 – IGREJA DE SANTO ANTÔNIO NA RUA JOSÉ MURAD ........................................................................ 104

FIGURA 132 – IGREJA DE SANTA TEREZINHA .................................................................................................................... 104

FIGURA 133 – CENTRO DE NUTRIÇÃO ESCOLAR MERCEDES ROSA RODRIGUES NA RUA PEDRO MARIA

PILLIPPO ............................................................................................................................................................................................... 104

FIGURA 134 – CRECHE MARISTELA JACOB DE SOUZA NA RUA VICENTE DE ALMEIDA ............................. 104

FIGURA 135 – RUA VICENTE DE ALMEIDA.......................................................................................................................... 105

FIGURA 136 – RUA VICENTE DE ALMEIDA EM DIA DE FEIRA .................................................................................... 105

FIGURA 137 – LOTES SEM EDIFICAÇÕES, VISTA 01 ...................................................................................................... 105

FIGURA 138 – LOTES SEM EDIFICAÇÕES, VISTA 02 .................................................................................................... 105

FIGURA 139 – RESÍDUOS RECICLÁVEIS RUA ALEXANDRE CÉSAR DOS SANTOS GREGÓRIO ................. 106

FIGURA 140 – DESTINAÇÃO INADEQUADA DE RCD NA RUA ANTENOR CAETANO ................................... 106

FIGURA 141 – TRAVESSIA SOB A RODOVIA PRESIDENTE DUTRA PRÓXIMO À AVENIDA ZEZÉ VALADÃO

................................................................................................................................................................................................................... 107

FIGURA 142 – DAEE NA AVENIDA PADROEIRA DO BRASIL..................................................................................... 107

FIGURA 143 – DETRAN NA AVENIDA PADROEIRA DO BRASIL ............................................................................. 107

FIGURA 144 – E.E. PROFESSOR MURILLO DO AMARAL NA AVENIDA PADROEIRA DO BRASIL, VISTA 01

................................................................................................................................................................................................................... 108

FIGURA 145 – E.E. PROFESSOR MURILLO DO AMARAL NA AVENIDA PADROEIRA DO BRASIL, VISTA 02

................................................................................................................................................................................................................... 108

FIGURA 146 – PODER JUDICIÁRIO, JUSTIÇA DO TRABALHO E VARA DO TRABALHO DE APARECIDA NA

AVENIDA PADROEIRA DO BRASIL .......................................................................................................................................... 108

FIGURA 147 – COMPLEXO ADMINISTRATIVO E OPERACIONAL NA AVENIDA PADROEIRA DO BRASIL

................................................................................................................................................................................................................... 108

FIGURA 148 – PONTO DE ÔNIBUS, VISTA 01 ................................................................................................................... 109

FIGURA 149 – PONTO DE ÔNIBUS, VISTA 02 .................................................................................................................. 109

FIGURA 150 – MURO DE CONTENÇÃO DE ENCOSTA NA RUA ZEQUINHA LENES .......................................... 110

FIGURA 151 – PANORÂMICA DA RUA IRMÃ VILMA .......................................................................................................... 110

FIGURA 152 – PRAÇA NA RUA AGENOR GUARANI .......................................................................................................... 110

FIGURA 153 – PRAÇA DE SÃO ROQUE NA AVENIDA ZEZÉ VALADÃO ................................................................... 111

FIGURA 154 – CLUBE UMUARAMA NA AVENIDA PADROEIRA DO BRASIL ........................................................... 111

FIGURA 155 – E.M.E.F. PROFESSORA VIRGULINA M. M. FÁZZERI NA AVENIDA PADROEIRA DO BRASIL

....................................................................................................................................................................................................................... 111

FIGURA 156 – CENTRO DE ATENDIMENTO PSICOSSOCIAL DE APARECIDA NA AVENIDA PADROEIRA DO

BRASIL ....................................................................................................................................................................................................... 111

FIGURA 157 – E. E. AMÉRICO ALVES NA PRAÇA PADRE VITOR COELHO DE ALMEIDA .............................. 112

FIGURA 158 – IGREJA E PARÓQUIA DE SÃO ROQUE NA AVENIDA ZEZÉ VALADÃO ..................................... 112

FIGURA 159 – VIGILÂNCIA EM SAÚDE NA AVENIDA PADROEIRA DO BRASIL .................................................. 112

FIGURA 160 – FÓRUM NA AVENIDA PADROEIRA DO BRASIL ................................................................................... 112

FIGURA 161 – DELEGACIA DE POLÍCIA NA PRAÇA PADRE VITOR COELHO DE ALMEIDA ............................ 112

FIGURA 162 – AGÊNCIA DA PREVIDÊNCIA SOCIAL/INSS NA AVENIDA PADROEIRA DO BRASIL ......... 112

FIGURA 163 – PANORÂMICA DA RUA SALVIANO DE SOUZA .................................................................................... 113

FIGURA 164 – PANORÂMICA DA RUA ARISTEU VENERANDO ................................................................................... 113

FIGURA 165 – PRAÇA DA FONTE ............................................................................................................................................... 114

FIGURA 166 – PRAÇA KENNEDY ................................................................................................................................................ 114

FIGURA 167 – PRAÇA DO RELÓGIO .......................................................................................................................................... 114

FIGURA 168 – PANORÂMICA DA AVENIDA PADROEIRA DO BRASIL ...................................................................... 114

FIGURA 169 – COLÉGIO MILLENNIUN NA RUA BARÃO DO RIO BRANCO ........................................................... 115

FIGURA 170 – COMUNIDADE SÃO PAULO NA ALAMEDA CHADAD GEBRAN ................................................... 115

FIGURA 171 – PÁTIO DA PRAÇA KENNEDY ........................................................................................................................... 115

FIGURA 172 – PÁTIO DA PRAÇA KENNEDY EM DIA DE FEIRA .................................................................................... 115

FIGURA 173 – DISPOSIÇÃO DE RSU NOS MUROS............................................................................................................ 116

FIGURA 174 – DISPOSIÇÃO DE RSU NAS CALÇADAS .................................................................................................... 116

FIGURA 175 – IGREJA PERPÉTUO SOCORRO NA RUA CLEMENTINA CASTRO .................................................... 116

FIGURA 176 – ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL E INTEGRAL PROFESSOR AURELIANO

PAIXÃO NA RUA PADRE NOÉ SOTILHO ................................................................................................................................. 116

FIGURA 177 – PANORÂMICA DA RUA PADRE NOÉ SOTILHO, VISTA 01 ................................................................117

FIGURA 178 – PANORÂMICA DA RUA PADRE NOÉ SOTILHO, VISTA 02 ..............................................................117

FIGURA 179 – DESTINAÇÃO INDEVIDA DE RCD NA RUA JOSÉ DOS SANTOS ....................................................117

FIGURA 180 – –PANORÂMICA DA PRAÇA PERPÉTUO SOCORRO ............................................................................117

FIGURA 181 – IGREJA DE SÃO FRANCISCO NA RUA TERESA MARIA FERREIRA ................................................. 118

FIGURA 182 – E.M.E.I CRECHE INTEGRAL PROFESSORA MARIA DA GLÓRIA FREITAS NA RUA BENEDITO

GARCIA DOS REIS .............................................................................................................................................................................. 118

FIGURA 183 – CENTRO DE REFERÊNCIA E ASSISTÊNCIA SOCIAL NA RUA TERESA MARIA FERREIRA . 118

FIGURA 184 – PONTO DE ÔNIBUS NA RUA BENEDITO GARCIA DOS REIS .......................................................... 118

FIGURA 185 – SISTEMA DE DRENAGEM NA RUA TERESA MARIA FERREIRA ...................................................... 119

FIGURA 186 – PANORAMA DA RUA TEREZA MARIA DE FERREIRA ......................................................................... 119

FIGURA 187 – PONTO DE TRANSBORDO NA RUA TERESA MARIA FERREIRA .................................................... 119

FIGURA 188 – LOTES SEM EDIFICAÇÕES NA RUA TERESA MARIA FERREIRA ................................................. 120

FIGURA 189 – CIRETRAN NA RUA VICENTE PASIN ...................................................................................................... 121

FIGURA 190 – E.M.E.F. PROFESSORA MARIA CONCEIÇÃO PIRES NA RUA PÉ JOÃO BATISTA ............... 121

FIGURA 191 – PRAÇA PÚBLICA NA ALAMEDA SILVIO DE ALMEIDA ........................................................................ 121

FIGURA 192 – IGREJA DE SANTA RITA NA RUA PAULO CHADAD ............................................................................. 121

FIGURA 193 – PONTO DE ÔNIBUS NA AVENIDA GETÚLIO VARGAS ....................................................................... 121

FIGURA 194 – PANORÂMICA DA RUA PEDRO L. FIGUEIRA ........................................................................................ 122

FIGURA 195 – DESTINAÇÃO CLANDESTINA DE RESÍDUOS NA RUA BENEDITA JANUÁRIO DE LIMA ... 123

FIGURA 196 – DESTINAÇÃO CLANDESTINA DE RESÍDUOS NA RUA FLORIANO PEIXOTO ........................ 123

FIGURA 197 – LOTE SEM EDIFICAÇÃO NA RUA BENEDITA JANUÁRIO DE LIMA .............................................. 123

FIGURA 198 – IGREJA SAGRADA FACE NA RUA PEDRO ALVES DA SILVA .......................................................... 124

FIGURA 199 – PRAÇA NA RUA PEDRO ALVES DA SILVA ............................................................................................. 124

FIGURA 200 – BICA D'ÁGUA NA PRAÇA .............................................................................................................................. 124

FIGURA 201 – RUA AFONSO MARIA G. DOS RÉIS .......................................................................................................... 125

FIGURA 202 – RUA BENEDITO GARCIA DOS REIS .......................................................................................................... 125

FIGURA 203 – EEAT ...................................................................................................................................................................... 125

FIGURA 204 – DESTINAÇÃO INADEQUADA DE RCD NA RUA PADRE GEBARDO .......................................... 126

FIGURA 205 – LOTE SEM CERCAMENTO NA RUA PADRE GEBARDO .................................................................... 126

FIGURA 206 – ACADEMIA AO AR LIVRE............................................................................................................................... 126

FIGURA 207 – UBS NA RUA PRIMEIRO DE MAIO ........................................................................................................... 126

FIGURA 208 – ACESSO AO MIRANTE DA SANTA ............................................................................................................ 127

FIGURA 209 – PANORÂMICA DA RUA ANTÔNIO BITENCOURT DA COSTA ...................................................... 127

FIGURA 210 – PANORÂMICA DA RUA EXPEDICIONÁRIO MÔNEGO ....................................................................... 127

FIGURA 211 – VEÍCULOS PARA CONSERTO OCUPANDO VAGAS EM VIAS PÚBLICAS, VISTA 01 ............... 128

FIGURA 212 – VEÍCULOS PARA CONSERTO OCUPANDO VAGAS EM VIAS PÚBLICAS, VISTA 02 ............ 128

FIGURA 213 – DISPOSIÇÃO INADEQUADA DE RESÍDUOS EM LOTE NA RUA JOAQUIM ISRAEL ................ 128

FIGURA 214 – DISPOSIÇÃO INADEQUADA DE RESÍDUOS EM LOTE NA RUA JOAQUIM ISRAEL................ 128

FIGURA 215 – PREFEITURA MUNICIPAL NA RUA PROFESSOR JOSÉ BORGES RIBEIRO ................................. 129

FIGURA 216 – AGENCIA DO MTE NA RUA MAESTRO B BARRETO ......................................................................... 129

FIGURA 217 – CONVENTO NOVIÇO SÃO JOSÉ NA RUA BARÃO DO RIO BRANCO ....................................... 130

FIGURA 218 – CLUBE DOS SÓCIOS NA RUA MAESTRO B BARRETO .................................................................... 130

FIGURA 219 – SANTA CASA NA RUA BARÃO DO RIO BRANCO .............................................................................. 130

FIGURA 220 – CENTRO DE SAÚDE DR. JOSÉ MONTEIRO DO AMARAL NA RUA PADRE CLARO

MONTEIRO........................................................................................................................................................................................... 130

FIGURA 221 – CAS NA RUA ANA ROSA SOARES PENIDO ........................................................................................ 130

FIGURA 222 – SEMINÁRIO REDENTORISTA SANTO AFONSO NA RUA PADRE CLARO MONTEIRO .... 130

FIGURA 223 – IGREJA DE SÃO BENEDITO ............................................................................................................................. 131

FIGURA 224 – BASÍLICA DE NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO APARECIDA .................................................. 131

FIGURA 225 – PRAÇA NOSSA SENHORA APARECIDA .................................................................................................. 131

FIGURA 226 – PRAÇA DR. BENEDITO MEREILLES ........................................................................................................... 131

FIGURA 227 – PONTO DE ÔNIBUS, VISTA 01 .................................................................................................................... 132

FIGURA 228 – PONTO DE ÔNIBUS, VISTA 02 .................................................................................................................. 132

FIGURA 229 – PANORÂMICA DA RUA MONTE CASTELO ........................................................................................... 132

FIGURA 230 – PANORÂMICA DA RUA OLIVEIRA BRAGA ........................................................................................... 132

FIGURA 231 – DEFICIÊNCIA DE DRENAGEM ........................................................................................................................ 133

FIGURA 232 – AUSÊNCIA DE MANUTENÇÃO DAS CALÇADAS ................................................................................. 133

FIGURA 233 – LOTES SEM EDIFICAÇÕES NA RUA PROFESSOR ANA ROSA S. PENIDO ............................ 133

FIGURA 234 – LOTES SEM EDIFICAÇÕES NA RUA PROFESSOR ANA ROSA S. PENIDO ............................ 133

FIGURA 235 – PROCESSOS JUDICIAIS DE USO DO SOLO ............................................................................................ 134

FIGURA 236 – MAPA GERAL DAS MACROZONAS ......................................................................................................... 140

FIGURA 237 – MAPA DA MACROZONA DE EXPANSÃO URBANA- MZEU ........................................................ 141

FIGURA 238 - MAPA DA MACROZONA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL- MZPAM ............................................. 142

FIGURA 239 - MAPA DA MACROZONA ESPECIAL DE INTERESSE TURÍSTICO E ECOLÓGICO - MZEITE

.................................................................................................................................................................................................................... 143

FIGURA 240 - MAPA DA MACROZONA RURAL DE REQUALIFICAÇÃO - MZRR ............................................. 144

FIGURA 241 - MAPA DA MACROZONA URBANA CONSOLIDADA - MZUC ....................................................... 146

FIGURA 242 - MAPA DA MACROZONA DE CONTENÇÃO URBANA - MZCTU ................................................ 147

FIGURA 243 - MAPA DA MACROZONA DE EXPANSÃO URBANA DIFERENCIADA - MZEUD ................. 148

FIGURA 244 - MAPA GERAL DO ZONEAMENTO .............................................................................................................. 149

FIGURA 245 – ZONA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL – ZDI ........................................................................ 151

FIGURA 246 – ZONA URBANA DE DESENVOLVIMENTO DIFERENCIADO– ZUDD ...................................... 152

FIGURA 247 – ZONA ESPECIAL DE IMPACTO TURÍSTICO – ZEIT .......................................................................... 153

FIGURA 248 – ÁREA DE INTERVENÇÃO URBANA – AIU ............................................................................................ 154

FIGURA 249 – ZONA MISTA – ZM ......................................................................................................................................... 155

FIGURA 250 – ESCOPO DO PLANO DE COMUNICAÇÃO E MOBILIZAÇÃO SOCIAL ...................................... 156

FIGURA 251 - FLUXO DE AÇÕES DO PLANO DE COMUNICAÇÃO E MOBILIZAÇÃO SOCIAL ........................ 163

FIGURA 252 - PÁGINA INICIAL DO SITE DA REVISÃO DO PLANO DIRETOR ...................................................... 166

FIGURA 253 - PÁGINA INICIAL DO SITE DA REVISÃO DO PLANO DIRETOR ...................................................... 166

FIGURA 254 – ABERTURA DOS TRABALHOS – VISTA 01 ........................................................................................... 176

FIGURA 255 –ABERTURA DOS TRABALHOS– VISTA 02 ............................................................................................ 176

FIGURA 256 – SITE DA REVISÃO DO PLANO DIRETOR ................................................................................................ 176

FIGURA 257 –AGENDA DA REVISÃO DO PLANO DIRETOR......................................................................................... 176

FIGURA 258 – MANIFESTAÇÃO DOS PARTICIPANTES – VISTA 01 ........................................................................ 177

FIGURA 259 – MANIFESTAÇÃO DOS PARTICIPANTES – VISTA 02 ....................................................................... 177

FIGURA 260 – PREPARAÇÃO DO EVENTO DA COMISSÃO GESTORA – VISTA 01 ........................................ 178

FIGURA 261 – PREPARAÇÃO DO EVENTO DA COMISSÃO GESTORA – VISTA 02 ......................................... 178

FIGURA 262 –APRESENTAÇÃO DO EVENTO DA COMISSÃO GESTORA – VISTA 01 .................................... 179

FIGURA 263 –APRESENTAÇÃO DO EVENTO DA COMISSÃO GESTORA – VISTA 02 ................................... 179

FIGURA 264 –APRESENTAÇÃO DO EVENTO DA COMISSÃO GESTORA – VISTA 01 ................................... 180

FIGURA 265 –APRESENTAÇÃO DO EVENTO DA COMISSÃO GESTORA – VISTA 02 .................................. 180

FIGURA 266 –PREPARAÇÃO DA REUNIÃO ........................................................................................................................... 181

FIGURA 267 – ABERTURA DOS TRABALHOS ....................................................................................................................... 181

FIGURA 268 – APRESENTAÇÃO ............................................................................................................................................... 182

FIGURA 269 – MANIFESTAÇÃO DOS PARTICIPANTES .................................................................................................. 183

FIGURA 270–APRESENTAÇÃO DA CARTILHA – ETAPA I ......................................................................................... 185

FIGURA 271 – APRESENTAÇÃO DOS INSTRUMENTOS URBANÍSTICOS - ETAPA I ........................................ 185

FIGURA 272–APRESENTAÇÃO DOS INSTRUMENTOS OBRIGATÓRIOS NO PLANO DIRETOR – ETAPA II

....................................................................................................................................................................................................................186

FIGURA 273 – PARTICIPANTES - ETAPA II ...........................................................................................................................186

FIGURA 274 – REUNIÃO DEVOLUTIVA – VISÃO 01 ....................................................................................................... 187

FIGURA 275 – REUNIÃO DEVOLUTIVA – VISÃO 02 ..................................................................................................... 187

FIGURA 276 – MAPA DE LOCALIZAÇÃO DOS SETORES ............................................................................................... 188

FIGURA 277 – MAPA DE ABRANGÊNCIA DA OFICINA NA EMEF HELOISA .......................................................189

FIGURA 278 – PREPARAÇÃO DA OFICINA 1 ...................................................................................................................... 190

FIGURA 279 – LISTA DE PRESENÇA – SETOR 1 ............................................................................................................... 190

FIGURA 280 – PERCENTUAL DE PESSOAS POR GÊNERO PRESENTES NA OFICINA 1 DO SETOR 1 .......... 191

FIGURA 281 – MAPA DE ABRANGÊNCIA DA OFICINA NO CECON ......................................................................... 191

FIGURA 282 – PREPARAÇÃO DA OFICINA 1 ....................................................................................................................... 192

FIGURA 283 – PERCENTUAL DE PESSOAS POR GÊNERO PRESENTES NA OFICINA 1 DO SETOR 2 ........ 193

FIGURA 284 – MAPA DE ABRANGÊNCIA DA OFICINA NA EMEF COMENDADOR SALGADO .................. 194

FIGURA 285 – PREPARAÇÃO DA OFICINA 1 ....................................................................................................................... 195

FIGURA 286 – PERCENTUAL DE PESSOAS POR GÊNERO PRESENTES NA OFICINA 1 DO SETOR 3 ........ 195

FIGURA 287 – MAPA DE ABRANGÊNCIA DA OFICINA NA CRECHE MARIA DA GLÓRIA ............................. 196

FIGURA 288 –LISTA DE PRESENÇA - SETOR 4 ................................................................................................................. 197

FIGURA 289 – PERCENTUAL DE PESSOAS POR GÊNERO PRESENTES NA OFICINA 1 DO SETOR 4 ........ 197

FIGURA 290– ABERTURA DOS TRABALHOS-SETOR 1 – VISTA 1.............................................................................198

FIGURA 291 –ABERTURA DOS TRABALHOS- SETOR 1 – VISTA 2 .............................................................................198

FIGURA 292 – ABERTURA DOS TRABALHOS-SETOR 2 ................................................................................................198

FIGURA 293 – ABERTURA DOS TRABALHOS-SETOR 3 ............................................................................................... 199

FIGURA 294 – ABERTURA DOS TRABALHOS-SETOR 4 ............................................................................................... 199

FIGURA 295 – FORMAÇÃO DOS GRUPOS - SETOR 1 ................................................................................................... 200

FIGURA 296 – PAINEL DE RESULTADOS- SETOR 2 .................................................................................................... 200

FIGURA 297 – FORMAÇÃO DOS GRUPOS- SETOR 3 ..................................................................................................... 201

FIGURA 298 – PAINEL DE RESULTADOS- SETOR 4 ...................................................................................................... 201

FIGURA 299 – PAINEL DE RESULTADOS - SETOR 1 ....................................................................................................... 201

FIGURA 300 – PAINEL DE RESULTADOS - SETOR 2 .................................................................................................... 201

FIGURA 301 – PAINEL DE RESULTADOS - SETOR 3 ..................................................................................................... 202

FIGURA 302 – PAINEL DE RESULTADOS - SETOR 4 .................................................................................................... 202

FIGURA 303 – MAPA DE LOCALIZAÇÃO DOS SETORES ............................................................................................ 203

FIGURA 304 – MAPA DE ABRANGÊNCIA DA OFICINA NO SINDICATO DOS HOTÉIS E RESTAURANTES

.................................................................................................................................................................................................................. 205

FIGURA 305 – PARTICIPANTES DO SETOR 1 .................................................................................................................... 206

FIGURA 306 – PERCENTUAL DE PESSOAS POR GÊNERO PRESENTES NA OFICINA 2 DO SETOR 1 ..... 206

FIGURA 307 – MAPA DE ABRANGÊNCIA DA OFICINA NA EMEF PROFª MARIA CONCEIÇÃO PIRES DO

RIO .......................................................................................................................................................................................................... 207

FIGURA 308 – PREPARAÇÃO DA OFICINA 2 ................................................................................................................... 208

FIGURA 309 – PERCENTUAL DE PESSOAS POR GÊNERO PRESENTES NA OFICINA 2 DO SETOR 2 .... 208

FIGURA 310 – MAPA DE ABRANGÊNCIA DA OFICINA NA CRECHE DONA CHIQUINHA ............................ 209

FIGURA 311 – MAPAS TEMÁTICOS – OFICINA 2 .............................................................................................................. 210

FIGURA 312 – PERCENTUAL DE PESSOAS POR GÊNERO PRESENTES NA OFICINA 2 DO SETOR 3........ 210

FIGURA 313 – ABERTURA DOS TRABALHOS – SETOR 1 ................................................................................................. 211

FIGURA 314 – ABERTURA DOS TRABALHOS – SETOR 2 ............................................................................................... 211

FIGURA 315 – ABERTURA DOS TRABALHOS – SETOR 3............................................................................................... 212

FIGURA 316 – FORMAÇÃO DOS GRUPOS - SETOR 1 ....................................................................................................... 213

FIGURA 317 – DISCUSSÃO ENTRE OS INTEGRANTES DO GRUPO - SETOR 1 ....................................................... 213

FIGURA 318 – FORMAÇÃO DOS GRUPOS- SETOR 2 ...................................................................................................... 214

FIGURA 319 – FORMAÇÃO DOS GRUPOS- SETOR 3 ...................................................................................................... 214

FIGURA 320 – PAINEL DE RESULTADOS – OFICINA 2 ................................................................................................. 215

FIGURA 321 – PREPARAÇÃO DA AUDIÊNCIA – VISTA 01 ............................................................................................ 218

FIGURA 322 – PREPARAÇÃO DA OFICINA – VISTA 02................................................................................................ 218

FIGURA 323– ABERTURA DOS TRABALHOS – VISTA 1 ................................................................................................. 219

FIGURA 324 –ABERTURA DOS TRABALHOS – VISTA 2 ................................................................................................ 219

FIGURA 325 – PARTICIPAÇÃO DOS MUNÍCIPES – VISTA 01 ................................................................................... 220

FIGURA 326 – PARTICIPAÇÃO DOS MUNÍCIPES - VISTA 02................................................................................... 220

FIGURA 327 – MANIFESTAÇÃO DOS PARTICIPANTES – VISTA 01 ........................................................................ 221

FIGURA 328 – MANIFESTAÇÃO DOS PARTICIPANTES –VISTA 02 ........................................................................ 221

FIGURA 329 – PREPARAÇÃO AUDIÊNCIA PÚBLICA ...................................................................................................... 222

FIGURA 330 – ABERTURA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA .................................................................................................... 222

FIGURA 331 – PRESIDENTE DA AUDIÊNCIA PÚBLICA ................................................................................................... 223

FIGURA 332 – APRESENTAÇÃO DA REVISÃO DO PLANO DIRETOR – VISÃO 01 ........................................... 223

FIGURA 333 – APRESENTAÇÃO DA REVISÃO DO PLANO DIRETOR – VISÃO 02 ......................................... 224

FIGURA 334 – APRESENTAÇÃO DA REVISÃO DO PLANO DIRETOR – VISÃO 03 ......................................... 224

FIGURA 335 – PARTICIPAÇÃO SOCIAL NA AUDIÊNCIA PÚBLICA ......................................................................... 226

FIGURA 336 – LISTA DE PRESENÇA ..................................................................................................................................... 226

FIGURA 337 – RESULTADO DAS CONTRIBUIÇÕES DA POPULAÇÃO PELAS MÍDIAS SOCIAIS .................. 227

FIGURA 338 – RESULTADO DAS CONTRIBUIÇÕES DA POPULAÇÃO PELAS MÍDIAS SOCIAIS POR

TEMÁTICA .............................................................................................................................................................................................228

FIGURA 339 – RESULTADO DAS CONTRIBUIÇÕES DA POPULAÇÃO PELAS MÍDIAS SOCIAIS ................. 229

FIGURA 340 – RESULTADO DAS CONTRIBUIÇÕES DA POPULAÇÃO PELAS MÍDIAS SOCIAIS POR

PERGUNTA ........................................................................................................................................................................................... 230

FIGURA 341 – RESULTADO DAS COLABORAÇÕES DA POPULAÇÃO NA PERGUNTA 1 ................................... 231

FIGURA 342 – RESULTADO DAS COLABORAÇÕES DA POPULAÇÃO NA PERGUNTA 2 ............................... 232

FIGURA 343 – RESULTADO DAS COLABORAÇÕES DA POPULAÇÃO NA PERGUNTA 3 ............................... 233

FIGURA 344 – RESULTADO DAS COLABORAÇÕES DA POPULAÇÃO NA PERGUNTA 4 ............................... 234

FIGURA 345 – RESULTADO DAS COLABORAÇÕES DA POPULAÇÃO NA PERGUNTA 1................................ 236

FIGURA 346 – RESULTADO DAS COLABORAÇÕES DA POPULAÇÃO NA PERGUNTA 2 ............................... 237

FIGURA 347 – RESULTADO DAS COLABORAÇÕES DA POPULAÇÃO NA PERGUNTA 3 ...............................238

FIGURA 348 – RESULTADO DAS COLABORAÇÕES DA POPULAÇÃO NA PERGUNTA 4 .............................. 239

FIGURA 349 – RESULTADO DAS COLABORAÇÕES DA POPULAÇÃO NA PERGUNTA 5 .............................. 240

FIGURA 350 – DIFERENTES TAXAS DE OCUPAÇÃO DE UM TERRENO ................................................................. 242

FIGURA 351 – POSSIBILIDADES DE EDIFICAÇÕES EM UM LOTE .............................................................................. 243

FIGURA 352 – EXEMPLO DE AFASTAMENTOS E RECUOS ......................................................................................... 244

FIGURA 353 – IMÓVEIS NÃO EDIFICADOS .........................................................................................................................245

FIGURA 354 – IMÓVEIS SUBUTILIZADOS ........................................................................................................................... 246

FIGURA 355 – IMÓVEIS NÃO UTILIZADOS ........................................................................................................................ 246

FIGURA 356 – ILUSTRAÇÃO DO DIREITO DE PREEMPÇÃO ......................................................................................... 247

FIGURA 357 – ILUSTRAÇÃO DA TRANSFERÊNCIA DO DIREITO DE CONSTRUIR.............................................. 248

FIGURA 358 – ILUSTRAÇÃO DO IPTU PROGRESSIVO ................................................................................................ 249

FIGURA 359 – ILUSTRAÇÃO DA DESAPROPRIAÇÃO MEDIANTE PAGAMENTO EM TÍTULOS DA DÍVIDA

PÚBLICA ............................................................................................................................................................................................... 249

FIGURA 360 – ILUSTRAÇÃO DE USUCAPIÃO ESPECIAL DE IMÓVEL URBANO................................................ 250

FIGURA 361 – ILUSTRAÇÃO ZONAS ESPECIAIS DE INTERESSE SOCIAL (ZEIS) .............................................. 251

FIGURA 362 – PROPOSTA MACROVIÁRIA. ....................................................................................................................... 258

FIGURA 363 – PROPOSTA DE BOLSÕES DE ESTACIONAMENTO. .......................................................................... 259

FIGURA 364 – DIVISÃO DAS MACROZONAS .................................................................................................................. 262

FIGURA 365 – MACROZONA URBANA ................................................................................................................................ 263

FIGURA 366 – MACROZONA DA TRANSIÇÃO ................................................................................................................. 265

FIGURA 367 – MACROZONA RURAL .................................................................................................................................... 266

FIGURA 368 – DIVISÃO DOS ZONEAMENTOS ................................................................................................................ 268

LISTA DE QUADROS

QUADRO 1 – EVOLUÇÃO DA MANCHA URBANA ............................................................................................................... 31

QUADRO 2 - CONDIÇÕES DE ENERGIA ELÉTRICA POR DOMICÍLIOS ........................................................................ 37

QUADRO 3 - CARACTERÍSTICAS URBANÍSTICAS POR DOMICÍLIO .............................................................................38

QUADRO 4 - RELIGIÃO POR PESSOA RESIDENTE ...............................................................................................................38

QUADRO 5 - EVOLUÇÃO POPULACIONAL ........................................................................................................................... 40

QUADRO 6 - RENDIMENTO NOMINAL MÉDIO MENSAL PER CAPITA DOS DOMICÍLIOS ................................. 43

QUADRO 7 - INDICADORES DE POBREZA ............................................................................................................................. 44

QUADRO 8 - INDICADORES DE DESIGUALDADE ................................................................................................................ 44

QUADRO 9 – NÍVEL EDUCACIONAL DA POPULAÇÃO POR FAIXA ETÁRIA ............................................................45

QUADRO 10 – VALORES DE IDEB ............................................................................................................................................45

QUADRO 11 - INDICADORES DE SAÚDE ................................................................................................................................... 46

QUADRO 12 - NÚMERO DE DOENÇAS INFECCIOSAS POR FAIXA ETÁRIA ............................................................. 46

QUADRO 13 - NÚMERO DE PESSOAS COM A INFECÇÕES RELACIONADAS COM A ÁGUA NO MUNICÍPIO

...................................................................................................................................................................................................................... 47

QUADRO 14 - ANÁLISES DE POTABILIDADE DA ÁGUA DE ABASTECIMENTO PÚBLICO .................................. 47

QUADRO 15 - ABASTECIMENTO DE ÁGUA POR DOMICÍLIOS ...................................................................................... 48

QUADRO 16 - ESGOTAMENTO SANITÁRIO POR DOMICÍLIOS...................................................................................... 48

QUADRO 17 - DESTINAÇÃO DE RESÍDUOS POR DOMICÍLIOS ...................................................................................... 48

QUADRO 18 – ÍNDICE DE QUALIDADE DE ATERRO DE RESÍDUOS DO MUNICÍPIO ........................................... 50

QUADRO 19 - PERÍODOS SEM PRECIPITAÇÃO E DE MÁXIMA PRECIPITAÇÃO ACUMULADA ........................54

QUADRO 20 - MONITORAMENTO DA QUALIDADE DO RIO PARAÍBA DO SUL ................................................. 63

QUADRO 21 - USOS DA TERRA DO MUNICÍPIO DE APARECIDA ................................................................................. 69

QUADRO 22 - CLASSES FITO-FISIONÔMICAS DO MUNICÍPIO DE APARECIDA.................................................. 69

QUADRO 23 - UNIDADES DE CONSERVAÇÃO PRÓXIMAS AO MUNICÍPIO DE APARECIDA POR TIPO E

USO ............................................................................................................................................................................................................. 72

QUADRO 24 – RESULTADO DA PESQUISA DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO ..................................................... 162

QUADRO 25 - NOMENCLATURA DAS AÇÕES DO PLANO DE MOBILIZAÇÃO SOCIAL ................................... 164

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................................................................................... 24

2 CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO ................................................................................................................. 26

2.1 HISTÓRICO E FORMAÇÃO ADMINISTRATIVA ........................................................................ 26

2.1.1 Organização Territorial e Político Administrativa ......................................................................28

2.2 LOCALIZAÇÃO E CARACTERÍSTICA URBANA .........................................................................28

2.2.1 Localização e Acessos................................................................................................................................... 29

2.2.2 Infraestrutura Local ..................................................................................................................................... 30

2.2.3 Infraestrutura Social ....................................................................................................................................38

2.3 ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS ...................................................................................................... 39

2.3.1 População e Índices de Crescimento ................................................................................................. 39

2.3.2 Características Demográficas ............................................................................................................... 41

2.3.3 Índice de Desenvolvimento Humano e Taxa de Pobreza .............................................. 43

2.3.4 Educação ............................................................................................................................................................. 44

2.3.5 Saúde e Saneamento .................................................................................................................................45

2.3.6 Resíduos Sólidos Urbanos e Limpeza Pública ...................................................................... 49

2.4 ASPECTOS FÍSICOS E AMBIENTAIS ................................................................................................... 51

2.4.1 Clima .............................................................................................................................................................................. 51

2.4.2 Geologia ................................................................................................................................................................ 55

2.4.3 Hidrogeologia .................................................................................................................................................. 56

2.4.4 Recursos Hídricos ........................................................................................................................................ 59

2.4.5 Topografia .......................................................................................................................................................... 63

2.4.6 Vegetação .......................................................................................................................................................... 68

2.4.7 Unidades de Conservação e Áreas de Proteção Ambiental ....................................... 70

3 DIAGNÓSTICO TÉCNICO ............................................................................................................................................. 75

3.1 O TERRITÓRIO DE APARECIDA ............................................................................................................. 75

3.1.1 Bairro Itaguaçu ...................................................................................................................................................... 75

3.1.2 Bairro São Geraldo............................................................................................................................................. 80

3.1.3 Bairro São Sebastião ....................................................................................................................................... 84

3.1.4 Bairro Jardim Paraíba ....................................................................................................................................... 88

3.1.5 Bairro Jardim Santo Afonso.......................................................................................................................... 91

3.1.6 Bairro Ponte Alta ................................................................................................................................................. 93

3.1.7 Bairro Santa Terezinha .................................................................................................................................. 99

3.1.8 Bairro Santa Edwirges .................................................................................................................................. 102

3.1.9 Bairro Vila Mariana ......................................................................................................................................... 103

3.1.10 Bairro Aroeira ................................................................................................................................................. 106

3.1.11 Bairro São Roque ................................................................................................................................................ 110

3.1.12 Bairro Jardim São Paulo ........................................................................................................................... 113

3.1.13 Bairro Perpétuo Socorro .......................................................................................................................... 116

3.1.14 Bairro São Francisco .................................................................................................................................. 118

3.1.15 Bairro Santa Rita .......................................................................................................................................... 120

3.1.16 Bairro Sagrada Face ................................................................................................................................... 123

3.1.17 Bairro Santa Luzia ....................................................................................................................................... 126

3.1.18 Bairro Centro ................................................................................................................................................... 129

3.2 DEMANDAS JUDICIAIS DE USO DO SOLO ................................................................................ 133

3.2.1 Regularização de Loteamento do Bairro Jardim Santo Afonso .................................... 134

3.2.2 Assoreamento do Rio Paraíba Do Sul ......................................................................................... 134

3.2.3 Desmembramento Irregular ................................................................................................................ 135

3.2.4 Edificações em Área de Risco............................................................................................................ 135

3.2.5 Loteamento Clandestino ....................................................................................................................... 135

3.2.6 Plano de Prevenção, Redução e Eliminação de Riscos, bem como de Áreas

Sujeitas a Inundações e Deslizamentos ......................................................................................................... 136

3.2.7 Aterramento Clandestino ...................................................................................................................... 136

3.2.8 Feira de Ambulantes ................................................................................................................................. 136

3.3 LEGISLAÇÕES E ESTUDOS EXISTENTES .................................................................................... 137

3.3.1 Lei Orgânica .......................................................................................................................................................... 137

3.3.2 Código de Obras .......................................................................................................................................... 137

3.3.3 Código de Posturas .................................................................................................................................... 137

3.3.4 Código Administrativo ............................................................................................................................. 137

3.3.5 Plano Plurianual (PPA) ............................................................................................................................. 138

3.3.6 Plano Diretor de Macrodrenagem e Manejo de Águas Pluviais de Aparecida

138

3.3.7 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico de Aparecida ........................ 138

3.3.8 Relatório Técnico de Mapeamento de Riscos Associados a Escorregamentos,

Inundações, Erosão, Solapamento, Colapso e Subsidência do Instituto Geológico .... 138

3.3.9 Plano Diretor de Turismo do Município de Aparecida .................................................... 139

4 LEITURA DO PLANO DIRETOR VIGENTE .................................................................................................... 140

4.1 MACROZONAS ................................................................................................................................................. 140

4.1.1 Macrozona de Expansão Urbana (MZEU)..................................................................................... 140

4.1.2 Macrozona de Proteção Ambiental (MZPAM) ............................................................................. 141

4.1.3 Macrozona Especial de Interesse Turístico e Ecológico (MZEITE) ............................ 143

4.1.4 Macrozona Rural de Requalificação (MZRR) ............................................................................... 144

4.1.5 Macrozona Urbana Consolidada (MZUC) ...................................................................................... 145

4.1.6 Macrozona de Contenção Urbana (MZCTU) ............................................................................... 146

4.1.7 Macrozona de Expansão Urbana Diferenciada (MZEUD) ................................................. 147

4.2 ZONEAMENTO .................................................................................................................................................. 149

4.2.1 Zona de Desenvolvimento Industrial (ZDI) .................................................................................. 150

4.2.2 Zona Urbana de Desenvolvimento Diferenciado (ZUDD) ............................................. 151

4.2.3 Zona Especial de Impacto Turístico (ZEIT) .............................................................................. 152

4.2.4 Área de Intervenção Urbana (AIU).................................................................................................. 153

4.2.5 Zona Mista (ZM) ........................................................................................................................................... 154

5 PLANO DE COMUNICAÇÃO E MOBILIZAÇÃO SOCIAL .................................................................. 156

5.1 PÚBLICO ALVO ................................................................................................................................................. 156

5.2 PESQUISA DE MEIOS DE COMUNICAÇÃO ............................................................................... 157

5.2.1 Metodologia da Pesquisa ........................................................................................................................... 157

5.2.2 Diagnóstico Conclusivo da Pesquisa de Meios de Comunicação ........................ 157

5.2.3 Questionário .................................................................................................................................................... 158

5.3 PLANEJAMENTO DAS AÇÕES .............................................................................................................. 163

5.3.1 Ação 1: Relacionamento com a Prefeitura ...................................................................................... 164

5.3.2 Ação 2: Divulgação da Revisão do Plano Diretor ................................................................ 164

5.3.3 Ação 3: Oficina 1 – A Cidade que Temos ................................................................................... 167

5.3.4 Ação 4: Oficina 2 – A Cidade que Queremos ........................................................................ 167

5.3.5 Ação 5: Audiência Pública ....................................................................................................................168

5.4 MATERIAIS DE DIVULGAÇÃO .............................................................................................................. 169

6 CONTROLE SOCIAL ....................................................................................................................................................... 174

6.1 COMISSÃO GESTORA ................................................................................................................................. 174

6.1.1 Evento de Lançamento do Plano Diretor ........................................................................................ 174

6.1.2 Evento da Comissão Gestora................................................................................................................... 177

6.1.3 Reunião Técnica com a Comissão Gestora ................................................................................. 180

6.1.4 Reunião de Capacitação da Comissão Gestora – ETAPA I e II ..................................... 183

6.1.5 Reunião Devolutiva da Oficina 2 para a Comissão Gestora ............................................186

6.2 PARTICIPAÇÃO SOCIAL ............................................................................................................................ 187

6.2.1 Oficina 1 – A Cidade que Temos ............................................................................................................ 188

6.2.2 Oficina 2 – A Cidade que Queremos .......................................................................................... 203

6.3 REUNIÕES COM A EQUIPE TÉCNICA DA PREFEITURA MUNICIPAL ................... 215

6.4 AUDIÊNCIAS PÚBLICAS ............................................................................................................................ 217

6.4.1 Audiência Jardim Paraíba ........................................................................................................................... 218

6.4.2 Audiência de Consolidação da Proposta de Revisão do Plano ............................... 221

7 CONTRIBUIÇÕES/RESULTADOS ...................................................................................................................... 227

7.1 CONTRIBUIÇÕES POR MEIO DAS MÍDIAS SOCIAIS ........................................................ 227

7.1.1 Oficina 1.................................................................................................................................................................... 227

7.1.2 Oficina 2 ..................................................................................................................................................................228

7.2 RESULTADOS DAS OFICINAS .............................................................................................................. 231

7.2.1 Oficina 1..................................................................................................................................................................... 231

7.2.2 Oficina 2 ............................................................................................................................................................. 235

8 DEFINIÇÃO DE DIRETRIZES .................................................................................................................................... 241

8.1 PARÂMETROS DE PARCELAMENTO, USO E OCUPAÇÃO DO SOLO ................ 242

8.1.1 Taxa de Ocupação (TO) ............................................................................................................................... 242

8.1.2 Coeficiente de Aproveitamento (CA) ................................................................................................ 243

8.1.3 Afastamentos e Recuos ............................................................................................................................. 244

8.1.4 Gabarito ou Número Máximo de Pavimento Permitido .................................................... 244

8.2 INSTRUMENTOS DA POLÍTICA URBANA ................................................................................. 244

8.2.1 Parcelamento, Edificação ou Utilização Compulsórios (PEUC) .................................. 244

8.2.2 Operações Urbanas Consorciadas .............................................................................................. 246

8.2.3 Direito de Preempção .............................................................................................................................. 247

8.2.4 Outorga Onerosa do Direito de Construir ............................................................................... 247

8.2.5 Transferência do Direito de Construir ........................................................................................ 248

8.2.6 Imposto Predial Territorial Urbano Progressivo no Tempo (IPTU)....................... 248

8.2.7 Desapropriação Mediante Pagamento em Títulos da Dívida Pública .............. 249

8.2.8 Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV) .................................................................................. 250

8.2.9 Direito de Superfície ................................................................................................................................ 250

8.2.10 Usucapião Especial de Imóvel Urbano ..................................................................................... 250

8.2.11 Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS) ............................................................................ 251

9 ANÁLISE TÉCNICA-PARTICIPATIVA ............................................................................................................... 252

9.1 TURISMO ................................................................................................................................................................ 252

9.2 COMÉRCIO E SERVIÇOS .......................................................................................................................... 253

9.3 EDUCAÇÃO ..........................................................................................................................................................254

9.4 CULTURA, ESPORTE E LAZER ..............................................................................................................254

9.5 SEGURANÇA PÚBLICA ............................................................................................................................... 255

9.6 SANEAMENTO AMBIENTAL................................................................................................................. 256

9.7 SISTEMA VIÁRIO E MOBILIDADE URBANA ............................................................................. 257

9.8 IMÓVEIS PÚBLICOS .................................................................................................................................... 259

9.9 USO E DA OCUPAÇÃO DO SOLO NAS MACROZONAS E ZONAS..................... 260

10 APRESENTAÇÃO DA REVISÃO PROPOSTA ....................................................................................... 262

10.1 MACROZONAS ................................................................................................................................................ 262

10.1.1 Macrozona Urbana ................................................................................................................................... 263

10.1.2 Macrozona de Transição...................................................................................................................... 264

10.1.3 Macrozona Rural ........................................................................................................................................ 266

10.2 ZONEAMENTO ................................................................................................................................................. 267

10.2.1 Macrozona Urbana ................................................................................................................................... 268

10.2.2 Macrozona de Transição....................................................................................................................... 273

10.2.3 Macrozona Rural ......................................................................................................................................... 274

11 ANEXO ..................................................................................................................................................................................... 276

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

24

1 INTRODUÇÃO

O Plano Diretor é o instrumento básico da política de desenvolvimento do município. Sua

principal finalidade é orientar a atuação do poder público e da iniciativa privada na

construção dos espaços urbano e rural na oferta dos serviços públicos essenciais, visando

assegurar melhores condições de vida para a população.

A Lei Federal n. 10.257 de 10 de julho de 2001, conhecida como Estatuto da Cidade, definiu

a obrigatoriedade de os municípios com mais de 20.000 habitantes elaborarem seus

respectivos planos diretores, incluindo sua contínua atualização e revisão pelo menos a

cada 10 anos (art. 40, § 3º da Lei Federal n. 10.257/2001).

A Prefeitura Municipal da Estância Turístico-Religiosa de Aparecida instituiu seu Plano

Diretor em 20 de dezembro de 2006, por meio da Lei Municipal 3.401. Portanto, atualmente,

encontra-se diante da necessidade de revisar seu atual instrumento básico da política de

desenvolvimento.

A Lei Federal n. 10.257/2001 também prevê em seu art. 4º, parágrafo 3º, que o controle social

deve ser adotado como ferramenta no processo de construção e implementação das

políticas públicas do município.

Nesse contexto, o presente relatório refere-se ao Produto 10 da revisão do Plano Diretor do

Município de Aparecida. Aqui será retratado todo processo realizado durante a revisão do

Plano Diretor.

O Produto 10 “Relatório Final” é dividido nas seguintes seções: (2) Caracterização do

Município; (3) Diagnóstico Técnico do Território de Aparecida; (4) Leitura do Plano Diretor

Vigente; (5) Plano de Comunicação e Mobilização Social; (6) Controle Social; (7)

Contribuições/Resultados; (8) Definição de Diretrizes, (9) Análise Técnica-Participativa e

(10) Apresentação da Revisão Proposta.

Na Seção 2 “Caracterização do Município” serão retratados: (1) o histórico e a formação

administrativa; (2) a localização e as características urbanas; (3) os aspectos

socioeconômicos, físicos e ambientais do município. Nessa seção, além de ser apresentada

a situação físico-territorial, socioeconômica e cultural de Aparecida, será analisada também

sua inserção regional, seja em relação aos municípios vizinhos, ao estado ou até mesmo às

bacias hidrográficas em que está inserido.

A Seção 3 “Diagnóstico Técnico do Território de Aparecida” apresentará as condições da

infraestrutura urbana observada em levantamentos de campo que aconteceram entre os

dias 21 de janeiro de 2007 e 09 de março de 2017.

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

25

Já na Seção 4 “Leitura do Plano Diretor Vigente”, serão apresentadas as características do

macrozoneamento e do zoneamento em vigência no município por meio da Lei Municipal

3.401/2006.

A Seção 5 “Plano de Comunicação e Mobilização Social” apresentará todo planejamento,

procedimentos, estratégias, mecanismos e metodologias que foram aplicados ao longo de

todo o período de revisão do Plano Diretor visando garantir a efetiva participação social.

Na Seção 6 “Controle Social” serão detalhadas todas reuniões realizadas durante a

execução da revisão do Plano Diretor que contribuíram de alguma forma com seu processo

de desenvolvimento, onde serão descritas as ações de preparação, abertura dos trabalhos,

apresentação dos temas e regras, manifestação dos participantes e o encerramento.

A Seção 7 “Contribuições/Resultado” apresentará as sugestões enviadas pelos munícipes

por meio das ferramentas da internet, como o site da revisão plano diretor e a página do

plano diretor em uma rede social (Facebook), além de todo conteúdo consolidado das

contribuições dos participantes das oficinas, sendo todos os dados organizados por temas

e exibidos por meio de gráficos.

Na Seção 8, denominada “Definição de Diretrizes”, serão apresentados os instrumentos da

política urbana e os parâmetros de parcelamento, de uso e ocupação do solo estabelecidos

pela Lei 10.257/2001.

Na Seção 9 “Análise Técnica-Participativa”, serão apresentadas todas as contribuições

feitas pela população de Aparecida por meio de atividades dinâmicas e participativas

contempladas na Oficina 2 “A Cidade que Queremos” e das mídias sociais, comparadas

com o olhar técnico das propostas estabelecidas na revisão do Plano Diretor.

Finalmente na Seção 10 “Apresentação da Revisão Proposta”, serão apresentadas as novas

divisões e regras para o macrozoneamento e o zoneamento do município por meio de uma

leitura da Minuta de Lei do Plano Diretor.

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

26

2 CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO

Entre os aspectos considerados nesta seção, estão o histórico, a localização, as

características socioeconômicas e os aspectos físicos e ambientais.

2.1 HISTÓRICO E FORMAÇÃO ADMINISTRATIVA

O município de Aparecida tem sua origem diretamente correlatada à fé, que fora

consolidada ao redor do encontro da imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida.

A história da imagem inicia-se com três pescadores: João Alves, Felipe Pedroso e Domingos

Garcia, encarregados de conseguir peixe para o banquete que a Vila de Santo Antônio de

Guaratinguetá iria oferecer ao Conde de Assumar, que estava de passagem a caminho de

Vila Rica (atual Ouro Preto), para assumir o cargo de Governador da Capitania das Minas

Gerais. Após várias tentativas de pesca sem êxito e quase desistindo da missão, os

pescadores fizeram uma oração pedindo ajuda da mãe de Deus. Assim, na altura do Porto

Itaguaçu, os pescadores lançaram a rede novamente não obtendo os peixes, mas retirando

das águas do Rio Paraíba do Sul a imagem de Nossa Senhora, porém faltando a cabeça.

Logo em seguida jogaram a rede e resgataram a cabeça, que se encaixava perfeitamente

na imagem encontrada. Após o achado os pescadores arremessaram novamente a rede e

apanharam uma quantidade generosa de peixes, assim ficando conhecido como o primeiro

milagre realizado por Nossa Senhora Aparecida.

Figura 1 – Local de encontro da imagem na

margem do Rio Paraíba do Sul, Vista 01 (Fonte: Centro de Documentação e Memória do

Santuário Nacional, 2016)

Figura 2 - Local de encontro da imagem na

margem do Rio Paraíba do Sul, Vista 02 (Fonte: Acervo do Santuário Nacional de Nossa

Senhora da Conceição Aparecida, 2016)

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

27

A imagem ficou abrigada durante anos na casa de um dos pescadores, onde as pessoas

próximas da região se reuniam e rezavam junto a Santa. Até que, em 1745, foi construída

uma capela no Morro dos Coqueiros, em pouco tempo já não comportava o grande número

de fiéis que para lá acorria. Devido à intensa peregrinação dos devotos, a capela foi

ampliada e, em 24 de junho de 1888 Dom Lino D. R. de Carvalho, bispo de São Paulo

inaugurou a igreja conhecida como “Igreja de Monte Carmelo” (Basílica Velha).

Figura 3 - Igreja de Monte

(Fonte: Centro de Documentação e Memória do Santuário Nacional, 2016)

Os relatos de milagres atribuídos à Santa fizeram com que fosse criada uma freguesia de

Guaratinguetá, batizada de Aparecida. Em 1928, a Terra da Padroeira finalmente conseguiu

sua emancipação de Guaratinguetá e sua história de fé prosseguiu com a construção, em

1955, do Santuário Nacional, segunda maior basílica e maior santuário mariano do mundo.

Figura 4 - Santuário Nacional de Nossa Senhora da

Conceição Aparecida (Fonte: Centro de Documentação e Memória do

Santuário Nacional, 2016)

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

28

2.1.1 Organização Territorial e Político Administrativa

De acordo com o artigo 30, inciso IV da Constituição Federal, compete ao município criar,

organizar e suprimir distritos, observada as condições estabelecias pela lei estadual, como

nome, população, eleitorado, renda, fixação de limites, indicação da sede, processo de

votação, consulta plebiscitária, entre outras especificações.

A divisão territorial do Município de Aparecida após a emancipação ocorreu no ano de 1959,

pelo Decreto-Lei nº. 5.285, no qual consta de um só distrito, e de igual nome (IBGE, 2016).

O município integra a federação brasileira e tem autonomia político-administrativa e

financeira. É uma entidade com personalidade jurídica de direito público interno que está

dividida em dois poderes: o legislativo e o executivo, que têm sede na câmara municipal e

na prefeitura municipal, respectivamente.

O poder executivo municipal desempenha suas funções por meio de um aparelho

administrativo constituído por órgãos (secretarias, departamentos, serviços, etc.) e

entidades (autarquias, fundações e empresas estatais), cuja configuração se orienta

segundo as especificidades locais em termos de necessidades de oferta de bens e serviços

públicos (KLERING et al., 2011).

É estabelecido na Lei Orgânica do município de Aparecida que compete aos secretários

municipais, auxiliares diretos e de confiança do Prefeito, assessorar o Prefeito a exercer o

Poder Executivo e a direção superior da administração pública. São nomeados e

exonerados pelo Prefeito, sendo seus subsídios fixados por Lei de iniciativa da Câmara

Municipal. Deverão fazer declaração de bens, ao se empossarem e ao serem exonerados,

sob pena de nulidade, de pleno direito, do ato de posse e terão os mesmos impedimentos

estabelecidos para os vereadores, enquanto permanecerem em suas funções.

Sob a perspectiva estrutural, o município de Aparecida apresenta-se dividido nas seguintes

unidades: Secretária de Administração; Secretaria da Educação, Esportes e Cultura;

Comércio e Ambulante; Secretaria de Meio Ambiente e Agricultura; Secretaria da Mulher;

Secretaria de Obras e Viação; Secretaria de Planejamento; Secretaria de Saúde; Secretaria

de Segurança Pública e Trânsito e Secretaria do Turismo.

2.2 LOCALIZAÇÃO E CARACTERÍSTICA URBANA

Aqui serão apresentados o conjunto de serviços e instalações necessários ao bom

funcionamento e desenvolvimento da comunidade, além da orientação no espaço urbano.

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

29

2.2.1 Localização e Acessos

O município de Aparecida apresenta uma área da unidade territorial equivalente a 121.076

km² (IBGE, 2010), estando inserido na mesorregião Vale Paraíba Paulista e microrregião de

Guaratinguetá, estado de São Paulo que por sua vez pertence à região sudeste brasileira.

Localiza-se nas coordenadas Latitude 22°48’45” S e Longitude 45°11’15” W e sua altitude em

relação ao nível do mar é de 550 metros no ponto central da cidade. As maiores altitudes

ocorrem ao sul do município e chegam aos 1.000 m. Seu fuso horário é UTC-3.

Os municípios limítrofes são: Potim a norte, Lagoinha a Sul, Guaratinguetá a leste e Roseira

a Oeste (Figura 5).

Figura 5 - Localização do município de Aparecida

(Fonte: Elaborado pelo autor, 2017)

As principais rodovias estaduais que dão acesso ao município são a SP-062, conhecida

como Rodovia Presidente Washington Luís, e a BR-116, nomeada como Rodovia Presidente

Dutra (Figura 6).

Em relação à distância entre os grandes centros, considerando o menor trajeto em rodovias

federais ou estaduais, Aparecida encontra-se a 170 km de São Paulo e a 265 km do Rio de

Janeiro.

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

30

Figura 6 - Acesso ao município de Aparecida

(Fonte: Elaborado pelo autor, 2017)

2.2.2 Infraestrutura Local

A divisão territorial do Município de Aparecida ocorreu no ano de 1959, pelo Decreto-Lei n.

5.285, no qual consta de um só distrito, e de igual nome. Em relação a ocupação, o perímetro

urbano do município encontra-se dividido em área urbana e rural (Figura 7).

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

31

Figura 7 – Caracterização das áreas urbanas e rurais

(Fonte: Elaborado pelo autor, 2017)

Por meio da sobreposição de camadas de informações geográficas obtidas a partir do

banco de dados do IBGE (2010), pode-se analisar a evolução da mancha urbana do

município, conforme Quadro 1 e Figura 8.

Ano Área (km²) Acréscimo

1984 3,18 -

2004 4,80 1,62

2015 5,54 0,74

Quadro 1 – Evolução da Mancha Urbana (Fonte: IBGE, 2010)

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

32

Figura 8 – Evolução da Mancha Urbana

(Fonte: Elaborado pelo autor, 2017)

Ainda se tratando da área urbana, na Figura 9 é possível identificar a relação de vazios

urbanos e o vetor de expansão no sentido sudeste do município.

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

33

Figura 9 – Vetor de Expansão

(Fonte: Elaborado pelo autor, 2017)

Atualmente o município encontra-se dividido em 19 bairros (Figura 10), sendo eles:

1. Aroeira; 2. Centro; 3. Itaguaçu; 4. Jardim Paraíba; 5. Jardim Santo Afonso; 6. Jardim São Paulo; 7. Perpétuo Socorro; 8. Ponte Alta; 9. Sagrada Face 10. Santa Edwirges; 11. Santa Luzia; 12. Santa Rita; 13. Santa Terezinha; 14. Santuário Nacional; 15. São Francisco; 16. São Geraldo; 17. São Roque; 18. São Sebastião; 19. Vila Mariana.

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

34

Figura 10 – Divisão dos bairros no município de Aparecida (Fonte: Elaborado pelo autor, 2017)

Com relação a frota de veículos, os dados oficiais do IBGE indicam que Aparecida possui

uma frota total de 20.551 veículos, com 11.686 automóveis, 847 caminhões, 3.794

motocicletas e 518 ônibus (IBGE, 2010).

De acordo com informações disponibilizadas pela Secretaria de Transito – Guarda

Municipal, o tráfego no município apresenta variações durante a semana devido ao fluxo

de turistas e visitantes do Santuário Nacional. A sequência de mapas a seguir evidencia

esse acontecimento.

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

35

Figura 11 – Tráfego de terça a quinta-feira (Fonte: Elaborado pelo autor, 2017)

Nota-se que de terça a quinta-feira o tráfego na maior parte das ruas da cidade é normal,

sendo intenso ou comprometido apenas as vias da região central da cidade, ou seja, de

maior movimentação dos moradores.

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

36

Figura 12 – Tráfego de sexta a segunda-feira (Fonte: Elaborado pelo autor, 2017)

De sexta a segunda-feira já é possível perceber um transito comprometido nas vias de

acesso ao Santuário Nacional e aos outros pontos turísticos e comerciais da cidade, isso

complementarmente a movimentação natural dos moradores.

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

37

Figura 13 – Tráfego nos feriados nacionais (Fonte: Elaborado pelo autor, 2017)

Ao observar a situação do tráfego nos dias em que são comemorados os feriados nacionais,

percebe-se que poucas ruas do município sofrem algum tipo de interferência, ficando o

trafego comprometido em grande parte da cidade.

No que se refere as condições de energia elétrica, a Prefeitura Municipal de Aparecida

informou que a EDP Energias do Brasil S.A. é responsável por fornecer e distribuir energia

elétrica para os domicílios da cidade. Segundo o Censo de 2010, 10.303 residências

recebem os serviços prestados pela concessionária, sendo que 9 desses domicílios não

recebem o mesmo atendimento. A distribuição de energia elétrica por domicílios será

apresentada no Quadro 2.

Com medidor Sem medidor De outra fonte

Comum a mais de um domicílio De uso exclusivo

894 10.154 149 9

Quadro 2 - Condições de energia elétrica por domicílios (Fonte: IBGE, 2010)

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

38

No que se refere à habitação, considerando tanto a zona urbana quanto a rural, Aparecida

tem 11.543 domicílios, sendo 11.332 particulares e 211 coletivos. Os domicílios coletivos são

instituições ou estabelecimentos onde há relação entre as pessoas que neles se

encontravam, moradoras ou não, na data de referência, restritos às normas de subordinação

administrativa e classificados em duas espécies: domicílio coletivo com moradores e

domicilio coletivo sem moradores como, por exemplo, hotéis, quartéis, asilos, etc. (IBGE,

2010).

É necessário que o conceito de habitação não se restrinja apenas à unidade habitacional,

mas que seja considerado também o seu entorno, aumentando, assim, a qualidade de vida

no espaço urbano. No município de Aparecida, durante o Censo Demográfico de 2010,

foram coletadas informações referentes às características urbanísticas do entorno dos

domicílios particulares permanentes em áreas urbanas com ordenamento regular. Os

dados serão apresentados no quadro a seguir.

Arborização Calçada Identificação

do logradouro

Bueiro/ boca

de lobo

Meio-fio/ guia

Rampa para

cadeirante

Iluminação pública

Existe 6.462 9.008 5.946 3.695 9.281 326 9.860

Não existe

3.625 1.078 4.141 6.392 806 9.761 227

Quadro 3 - Características urbanísticas por domicílio (Fonte: IBGE, 2010)

2.2.3 Infraestrutura Social

O Santuário Nacional de Nossa Senhora da Conceição Aparecida é um marco na história

da cidade, demonstrando a forte influência da religião entre os moradores de Aparecida. No

Quadro 4 verificar-se os resultados da pesquisa sobre religião obtidos por meio do IBGE.

Religião Católica

apostólica romana

Evangélicas Espírita Umbanda

e Candomblé

Outras Sem

religião

População (Habitantes) 29.876 4.114 158 51 1.403 548

Quadro 4 - Religião por pessoa residente (Fonte: IBGE, 2010)

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

39

2.3 ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS

A partir das características regionais, como a dinâmica populacional, a forma como os

setores da economia comportam-se, além de aspectos como saúde, educação e

saneamento, será apresentada aqui como tipicidades locais.

2.3.1 População e Índices de Crescimento

Entre as décadas de 1940 e 1970, a expansão urbana no Brasil foi muito intensa, conhecida

como a época em que muitas regiões do país deixaram de ser rural para se tornarem

urbanas. As áreas urbanas não se prepararam para receber esse enorme contingente

populacional. A política de incentivo do Governo Federal à organização do espaço urbano,

e fundamentalmente à alteração da dinâmica de organização do espaço rural com o

desenvolvimento industrial, resultaram na alteração significativa e ocupação da terra

(MARDERGAN, 2013).

No período entre 1970 e 1980, cerca de 20% da população brasileira migrou de seus

municípios de origem. Um contingente bastante significativo passou a morar em áreas

urbanas, principalmente depois dos anos 60, estimando-se que cerca de 30 milhões de

pessoas deixaram a área rural em direção às áreas urbanas entre 1960 e 1980 (ANTICO,

1997).

Em função dessa nova fórmula de mobilidade espacial do desenvolvimento urbano e

industrial, as ocupações foram acontecendo desprovidas de planejamento setorial e zonas

de expansão, ganhando um padrão de urbanização disperso e fragmentado (OJIMA, 2007),

ocupações que ocorreram, muitas vezes, em áreas impróprias. Conforme informado pelo

município, essas ocupações aconteceram nas proximidades de rodovias, cursos d’água,

áreas sujeitas a deslizamentos, devido a região ser montanhosa. Esses fatores caracterizam

Aparecida como um município com urbanização concentrada. Houve uma falta de

planejamento quanto à forma de ocupação urbana, mesmo já existindo a Lei Federal n.

6.766/79 que dispõe sobre o parcelamento do solo urbano e dá outras providências. Pouco

se fiscalizou para evitar a ocupação irregular de áreas institucionais ou de preservação, de

forma que margens de rios, entre outros locais, foram ocupadas totalmente desprovidas de

infraestrutura, o que, consequentemente, se refletiu em toda a infraestrutura urbana.

De acordo com dados do Censo de 2010, o total de habitantes residentes em domicílios

particulares permanentes de Aparecida é de 35.007 habitantes, sendo 34.498 habitantes

residentes na área urbana (98,5%) e 2.726 habitantes na área rural (1,5%). O Quadro 5 e a

Figura 14, apresentará a evolução populacional do município e a respectiva taxa geométrica

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

40

de crescimento anual da população, tomando-se como base os censos e a contagem do

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) entre os anos de 1970 e 2010.

Ano População total

(habitantes)

População

urbana

(habitantes)

População rural

(habitantes)

Taxa média

geométrica de

crescimento

anual da

População Total

(%)

1970 29.275 27.538 1.737 -

1980 32.907 32.561 688 1,75

1991 32.907 32.561 688 1,14

2000 34.888 34.366 522 0,54

2010 35.007 34.498 509 0,03

Quadro 5 - Evolução populacional (Fonte: IBGE, 2010)

Figura 14 – Densidade Populacional (Fonte: Elaborado pelo autor, 2017)

Entre os anos de 1970 a 2010 observa-se um crescimento da população urbana enquanto

a população rural apresenta variação com tendência de estabilização em função da

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

41

exiguidade de rendimento ou oportunidade de emprego, levando ao aumento mais

significativo da população urbana.

O fluxo migratório corresponde à mobilidade espacial da população, que pode ocorrer

através da saída ou entrada de um indivíduo em um país, estado, região ou até domicílio.

Esse fluxo pode ser desencadeado por diversos fatores, dentre eles econômico, político e

cultural.

Segundo a pesquisa amostral sobre migração do Censo Demográfico de 2010, no município

de Aparecida a população de brasileiros natos é 34.920, estrangeiros é 45 e naturalizado

brasileiro 42. Com relação aos dados de migração interna entre regiões, o maior número de

pessoas que residem atualmente em Aparecida é nascido na própria região Sudeste

(33.806 pessoas).

2.3.2 Características Demográficas

Segundo dados do censo do IBGE (2010), o município de Aparecida apresenta densidade

demográfica total igual à 289,13 hab/km². Em relação às características demográficas de

Aparecida, os homens representam 51,7% dos moradores e o número de mulheres é de

aproximadamente 16.901. A maior parte da população, de ambos os sexos, é composta por

pessoas na faixa etária entre 30 e 39 anos, o que representa 15% da população (IBGE, 2010).

As pirâmides etárias dos respectivos censos 2000 e 2010, mostram que no município de

Aparecida ocorreu um estreitamento da base (de 0 a 24 anos) e alargamento na parte

central (de 49 a 64 anos), conforme apresentado nas figuras a seguir:

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

42

Figura 15 - Demografia rural e urbana por faixa etária conforme Censo de 2000

(Fonte: IBGE, 2000. Elaborado pelo autor, 2017)

Figura 16 - Demografia rural e urbana por faixa etária conforme Censo de 2010

(Fonte: IBGE, 2010. Elaborado pelo autor, 2017)

6% 4% 2% 0% 2% 4% 6%

0 a 4 anos5 a 9 anos

10 a 14 anos15 a 19 anos20 a 24 anos25 a 29 anos30 a 34 anos35 a 39 anos40 a 44 anos45 a 49 anos50 a 54 anos55 a 59 anos60 a 64 anos65 a 69 anos70 a 74 anos

75 anos ou mais

Censo 2000

Homens Mulheres

6% 4% 2% 0% 2% 4% 6%

0 a 4 anos5 a 9 anos

10 a 14 anos15 a 19 anos20 a 24 anos25 a 29 anos30 a 34 anos35 a 39 anos40 a 44 anos45 a 49 anos50 a 54 anos55 a 59 anos60 a 64 anos65 a 69 anos70 a 74 anos

75 anos ou mais

Censo 2010

Homens Mulheres

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

43

O valor do rendimento nominal médio mensal per capita dos domicílios será apresentado

no Quadro 6, demonstrando a capacidade de aquisição de bens e serviços dos moradores

do domicílio. Esse valor é importante como referência para verificar se a população tem

capacidade de arcar com os custos dos serviços de saneamento.

Área urbana Área rural Total

Valor médio mensal (R$)

860,42 386,40 852,15

Quadro 6 - Rendimento nominal médio mensal per capita dos domicílios (Fonte: IBGE, 2010)

Conforme consta no quadro, o rendimento médio mensal dos domicílios da área urbana é

maior em relação ao rendimento médio mensal dos domicílios da área rural. Dessa forma,

fica evidente que os segmentos sociais da área urbana contam com melhores condições

monetárias.

2.3.3 Índice de Desenvolvimento Humano e Taxa de Pobreza

O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), órgão da Organização

das Nações Unidas (ONU) que tem por mandato promover o desenvolvimento, define

Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) como Índice de Desenvolvimento

Humano (IDH). Esse índice varia de 0 (nenhum desenvolvimento humano) a 1

(desenvolvimento humano total), classificado nas seguintes faixas de desenvolvimento:

0,000 a 0,4999 para IDH muito baixo; de 0,500 a 0,599 para IDH baixo; de 0,600 a 0,699

para IDH médio; de 0,700 a 0,799 para IDH alto e de 0,800 a 1,000 para IDH muito alto.

Para a obtenção desses valores, é levado em consideração a educação (IDH-E), longevidade

(IDH-L) e o produto interno bruto per capita (IDH-R). O IDH do município de Aparecida no

ano de 2010 foi de 0,755, ou seja, de desenvolvimento humano alto, conforme a

classificação mencionada. A Longevidade é o que mais contribui para o IDHM do município,

com IDH-L de 0,873, seguido de Renda com IDH-R de 0,769 e Educação com IDH-E de

0,720. Em termos comparativos, destaca-se que o IDH de Aparecida é inferior à média do

IDH dos municípios do estado de São Paulo, 0,783 (ATLAS BRASIL, 2013).

Os indicadores de pobreza representam o percentual de habitantes que estão abaixo da

linha da pobreza, ou seja, os que têm renda domiciliar per capita igual ou inferior a R$ 140,00

mensais (valores referência de agosto de 2010) e os considerados extremamente pobres

com renda domiciliar per capita igual ou inferior a R$ 70,00 mensais. Do ponto de vista dos

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

44

indicadores de pobreza e desigualdade, o município apresenta os valores que serão

demonstrados no Quadro 7.

Pobres (%) Extremamente pobres (%)

4,54 0,49

Quadro 7 - Indicadores de pobreza (Fonte: ATLAS BRASIL, 2013)

Observando-se os dados do Quadro 7, a incidência da pobreza de Aparecida atinge

aproximadamente 1.590 habitantes, sendo que 171 foram considerados extremamente

pobres, de um total de 35.007 habitantes.

Para verificar se a distribuição de rendimentos foi uniforme ou desigual entre os domicílios,

recorre-se ao uso de indicadores sintéticos. O PNUD utiliza o Índice de Gini que varia entre

zero e um, sendo 0 (zero) o caso de uma sociedade perfeitamente igualitária e 1 (um) o caso

no qual apenas um indivíduo recebe toda a renda da sociedade. Com isso, pode-se observar

no Quadro 8, que no intervalo de tempo entre 2000 e 2010, em conformidade ao aumento

da renda per capita domiciliar, houve uma melhora na distribuição da renda do município

(ATLAS BRASIL, 2013).

Anos 2000 2010

Índice de Gini 0,53 0,46

Quadro 8 - Indicadores de desigualdade (Fonte: ATLAS BRASIL, 2013)

2.3.4 Educação

Segundo informações do Censo de 2010 (IBGE), a parcela da população alfabetizada

corresponde a 31.480 habitantes, o que representa 90% do total e o restante, 3.527

habitantes, não são alfabetizados.

Em Aparecida, existem 34 centros educacionais, sendo 13 escolas de nível pré-escolar, 16

escolas de nível fundamental e 5 escolas de nível médio (IBGE, 2015).

No Quadro 9, será possível observar o número de indivíduos por faixa etária que frequenta

um curso conforme o nível educacional no ano de 2015.

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

45

Faixa etária (anos)

0 a 3 4 5 a 9 10 a 14 15 a 19 20 a 24 25 a 29 30 a 39 40 a 49 50 ou mais TOTAL

652 374 2.245 2.661 2.014 679 453 599 383 433 10.493

Quadro 9 – Nível educacional da população por faixa etária (Fonte: IBGE, 2015)

A educação no município de Aparecida é avaliada através do Índice de Desenvolvimento

da Educação Básica (IDEB), implementado pelo Ministério da Educação (MEC). O IDEB

representa o valor obtido na Prova Brasil, uma prova padrão aplicada em todo o país, e o

tempo médio para formação na série correspondente. O quadro a seguir apresenta os

valores observados e as metas projetadas do IDEB para o ano de 2015:

Nível escolar Rede de ensino IDEB observado IDEB projetado

4ª série / 5º ano Estadual ** 5,7

Municipal 6,2 5,8

8ª série / 9º ano Estadual ** 5,2

Municipal 4,7 5,5

** Não participou ou não atendeu os requisitos necessários para ter o desempenho calculado.

Quadro 10 – Valores de IDEB (Fonte: INEP, 2015)

No ano de 2015, os valores registrados do IDEB do município de Aparecida superaram as

metas propostas para os anos iniciais da rede de ensino municipal. Ressalta-se que as

metas projetadas para o ano de 2021 são de 6,5 (rede de ensino estadual) e 6,6 (rede de

ensino municipal) para os anos iniciais do ensino fundamental e de 5,9 (rede de ensino

estadual) e 6,2 (rede de ensino municipal) para os anos finais do ensino fundamental (INEP,

2013).

2.3.5 Saúde e Saneamento

Aparecida conta com 2 Unidades Básica de saúde (UBS), 2 Clínicas especializada, 2

Farmácias, 6 Postos de Saúde (UBS), 1 Hospital Geral e 1 Unidade de Apoio Diagnose e

Terapia.

Para avaliação da saúde no município é calculado o Índice de Desempenho do Sistema

Único de Saúde (IDSUS), pelo Ministério da Saúde, que analisa a universalidade do acesso

e a efetividade do atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS). Esse indicador varia de

0 a 10, sendo que o valor máximo (10) indica ótima prestação do serviço e 7 é a média

aceitável pelo Ministério da Saúde. Em 2011, o município de Aparecida apresentou o IDSUS

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

46

na faixa de 4 a 4,9; valor menor que a média do Estado de São Paulo (na faixa de 5 a 5,9) e

a média da região Vale do Paraíba/ Região Serrana (na faixa de 5 a 5,9). Além disso, o índice

obtido por Aparecida não atendeu à média recomendada pelo Ministério da Saúde.

No Quadro 11, será possível observar alguns indicadores de saúde do município de

Aparecida no ano de 2013 referentes às condições básicas de vida e, indiretamente, ao

desenvolvimento da cidade em si.

Estatísticas vitais e saúde População (habitantes)

Número de nascidos vivos 516

Mortalidade infantil – menores de 28 dias 2

Quadro 11 - Indicadores de saúde (Fonte: Ministério da Saúde - DATASUS, 2013)

Como observa-se no quadro apresentado, o número de mortalidade infantil em 2013 foi

mínimo em relação ao número de nascidos vivos, representando menos de 1%.

De maneira geral, boa parte das doenças que afetam a população está intrinsicamente

relacionada aos problemas sanitários, como o consumo de água de má qualidade, a falta

de coleta e a disposição inadequada dos esgotos.

Segundo levantamento realizado pelo Ministério da Saúde no período de janeiro de 2008

a dezembro de 2015, a incidência de internações vinculadas às doenças infecciosas e

parasitárias foi baixa, representando aproximadamente 2% das internações totais, apesar

da falta de infraestrutura de saneamento no município (Quadro 12).

Faixa etária Total de

internações Internações por

doenças infecciosas

Menor que 5 anos

154

-

5 a 19 anos -

20 a 49 anos -

50 a 69 anos 3

Maior que 69 anos 3

Quadro 12 - Número de doenças infecciosas por faixa etária (Fonte: DATASUS, 2015)

Dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) mostram

os números de pessoas internadas devido a um conjunto de infecções relacionadas com a

água, conforme apresentados no quadro a seguir.

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

47

Doenças Faixa etária Jan/2008 a Dez/2015

Cólera, Febres Tifoide e Paratifoide, Shiguelose, Amebíase, Diarreia Gastroenterite, leptospirose, tracoma, esquistossomose, dengue, hepatites virais e outras doenças infecionas e bacterianas

Menor que 20 anos -

20 a 49 anos -

50 a 79 anos 4

80 anos e mais 1

Total 5

Quadro 13 - Número de pessoas com a infecções relacionadas com a água no município (Fonte: DATASUS, 2015)

Observa-se que no período de 7 anos não foi constatado um elevado número de infecções

relacionado com a má qualidade da água de distribuição.

É importante salientar que para as águas de abastecimento público são determinados

diversos parâmetros que indicam as condições de qualidade e potabilidade por meio de

suas características físicas, químicas e biológicas. Esse controle é realizado seguindo os

critérios estabelecidos pelo Ministério da Saúde.

A seguir, o Quadro 14 exporá as informações sobre as análises realizadas pela Prefeitura

Municipal no ano base de 2014. Dessa forma, os padrões de potabilidade seguiram os

limites estabelecidos pela Portaria n. 2.914/11.

Mínimo exigido pela Portaria n. 2914/2011

(amostras/ano)

Quantidade analisada (amostras/ano)

Fora do padrão

Total

Cloro residual 4.380 0 4.380

Turbidez 4.380 0 4.380

Coliformes totais 1.460 0 1.460

Quadro 14 - Análises de potabilidade da água de abastecimento público (Fonte: SNIS, 2014)

Conforme demonstrado no quadro acima, a quantidade de amostras analisadas durante o

ano atendeu o número mínimo exigido para os parâmetros. Além disso, nota-se que o

resultado das análises de coliformes totais indicou ausência de microrganismos

patogênicos em 100% das amostras e que as análises de cloro residual e de turbidez

atendiam aos padrões exigidos.

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

48

O IBGE, por meio do Censo Demográfico de 2010, realizou uma pesquisa sobre as

características dos domicílios dos municípios brasileiros, na qual foram abordadas

questões relativas ao saneamento básico.

Com relação ao abastecimento de água, verifica-se que a maior parte dos domicílios do

município é abastecida com água proveniente da rede geral de distribuição do SAAE

(Quadro 15).

Município

Abastecimento de Água por Domicílios

Rede geral de distribuição

Poço ou nascente na propriedade

Outra

Aparecida 10.154 98,2% 140 1,3% 49 0,5%

Quadro 15 - Abastecimento de água por domicílios (Fonte: IBGE, 2010)

O esgotamento sanitário do município ocorre por meio da rede geral de coleta do SAAE, ou

seja, os efluentes líquidos provenientes dos domicílios são interligados a sistemas de

coleta que conduzem o volume bruto coletado diretamente ao corpo receptor. Destaca-se

que a maioria dos domicílios estão conectados à rede geral de coleta ou sequer tem solução

particular dos esgotos produzidos (Quadro 16).

Município

Esgotamento sanitário por domicílios Não tinham

banheiro Rede geral de

esgoto Fossa séptica Outro

Aparecida 9.880 95,6% 131 1,3% 320 3,1% 12

Quadro 16 - Esgotamento sanitário por domicílios (Fonte: IBGE, 2010)

Segundo as informações do Censo de 2010, a maior parcela dos domicílios do município

tem coleta de resíduos realizada pelo serviço de limpeza pública do SAAE. Destaca-se que

a destinação de resíduos em caçamba de serviço de limpeza representa apenas 1,3%

(Quadro 17).

Município Total coletado

Destinação de resíduos por domicílios Não especificad

o Diretamente por

serviço de limpeza Em caçamba de

serviço de limpeza

Aparecida 10.151 98,1% 10.017 98,7% 134 1,3% 192

Quadro 17 - Destinação de resíduos por domicílios (Fonte: IBGE, 2010)

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

49

É possível notar que os órgãos provedores de dados e informações do país não dispõem de

informações sobre drenagem urbana, mostrando que para esse município, assim como

para a maior parte do país, a situação da infraestrutura é pouco desenvolvida e gerida.

Conforme dados fornecidos pelo Plano Municipal de Saneamento Básico de Aparecida

(2013), a macrodrenagem é descrita como sendo composta pela malha natural formada

pelos cursos d’água que se localizam nos talvegues e fundos de vale.

Com a expansão populacional da área urbana, as águas anteriormente absorvidas pelo solo

são conduzidas para a malha de macrodrenagem, por meio das estruturas de

microdrenagem do município, tornando mais rápido e elevado o escoamento superficial, e

incrementando a vazão dos corpos d´água.

Essas estruturas de coleta e transporte das águas pluviais inexistem em locais distantes da

área urbana central de Aparecida, sendo que os equipamentos existentes não possuem

cadastro, o que impossibilita uma avaliação crítica de suas condições.

2.3.6 Resíduos Sólidos Urbanos e Limpeza Pública

Os resíduos sólidos urbanos caracterizam-se pelos materiais, substâncias, objetos ou bens

originários de serviços de limpeza urbana e de atividades domésticas em residências

urbanas. Esses resíduos têm como composição principal os recicláveis, orgânicos e rejeitos,

sendo estes últimos os resíduos que não apresentam outra possibilidade que não a

disposição final em aterros como, por exemplo, os guardanapos usados, papeis higiênicos

e filtros de cigarro.

Uma das ferramentas utilizadas para diagnóstico é o Índice de Qualidade de Aterro de

Resíduos (IQR), elaborado pela CETESB, que tem por objetivo avaliar as características

locacionais, estruturais e operacionais dos locais de tratamento e disposição de resíduos.

Os resultados são avaliados e divididos em 2 categorias: Inadequado (0 até 7) e Adequado

(7,1 até 10). O resultado desta avaliação no município de Aparecida pode ser observado no

Quadro 18.

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

50

Ano IQR

2011 8,40

2012 9,40

2013 10,00

2014 9,60

2015 9,50

Quadro 18 – Índice de Qualidade de aterro de resíduos do município (Fonte: CETESB, 2015)

Ao analisar os dados do quadro acima, verifica-se que no período de 5 anos Aparecida

manteve-se na categoria adequada na disposição dos resíduos sólidos.

A. Geração

O município de Aparecida gera, em média, 28,55 toneladas de resíduos sólidos domiciliares

por dia (CETESB, 2015). Segundo o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento

(SNIS, 2011) a massa coletada de resíduos sólidos coletada per capita em relação à

população urbana é de 0,73 (Kg/hab/dia).

B. Coleta

Os serviços de coleta e transporte dos resíduos sólidos urbanos são de responsabilidade

municipal e podem ser efetuados pelo órgão municipal encarregado da limpeza urbana,

com infraestrutura e recursos próprios para essa finalidade ou por serviço terceirizado.

A coleta dos resíduos sólidos domiciliares no município de Aparecida e o transporte destes

até a estação de transbordo do município de Guaratinguetá é realizada pelo SAAE. A

disposição final ocorre no Aterro Sanitário de Cachoeira Paulista, e é feita pela empresa

Vale Soluções Ambientais Ltda, que administra o próprio aterro sanitário.

Apenas 20% da população do município de Aparecida dispõe de coleta diária de resíduos

sólidos, já para o restante da população a coleta é realizada de 2 a 3 vezes por semana

(SNIS, 2011).

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

51

2.4 ASPECTOS FÍSICOS E AMBIENTAIS

Os aspectos físicos e ambientais definem o elemento suporte por meio do qual o território

do município desenvolve-se, ou seja, clima, geologia, hidrogeologia, geomorfologia,

topografia, hidrografia e meio biótico.

2.4.1 Clima

Clima é o resultado de uma série de fenômenos que ocorrem na crosta terrestre ou próximo

a ela, sendo eles, a insolação, a precipitação, a temperatura, os ventos, a umidade, a pressão

atmosférica, a evaporação e o balanço hídrico. Esses fenômenos variam de lugar para lugar

conforme a latitude, a altitude, o índice de cobertura vegetal, a ação antrópica, entre outros

fatores que exercem influência direta sobre o clima.

A classificação climática de Thornthwaite descreve o clima zonal da área geográfica na qual

está localizado o município de Aparecida como Zona Tropical Brasil Central – Mesotérmico

Brando e Subquente. O clima mesotérmico brando em quase todas as áreas tem como

características o verão é brando com o mês mais quente com média inferior a 22°C,

predominando entre 20 e 18°C, entretanto, o Inverno é bastante sensível e possui pelo

menos um mês com temperatura média inferior a 15°C. Já o clima subquente é do tipo úmido

com uma curta e pouco sensível estação seca no inverno que totaliza um período de 3

meses e apresenta temperatura média anual abaixo dos 22°C (Figura 17).

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

52

Figura 17 - Características climáticas do município de Aparecida

(Fonte: Elaborado pelo autor, 2017)

Seguindo o sistema de classificação tradicional de Köppen (1931), Aparecida apresenta o

tipo climático Cwa, ou tropical de altitude, um clima temperado com inverno seco e verões

quentes e chuvosos.

De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET, 2001), em Aparecida a

temperatura média anual é de 21,8°C, a máxima anual é equivalente a 28,2°C e a mínima

anual de 15,4°C, com índice pluviométrico de 1.300 a 1.400 mm (Figura 18).

A umidade relativa do ar varia no decorrer do ano, sendo um dos principais fatores de

diferenciação das estações do ano, como é normal nos climas de ritmo tropical, período

chuvoso nos meses de primavera-verão e períodos secos nos de outo-inverno. Em

Aparecida, a umidade relativa do ar é superior a 77,2% na maior parte do ano (INMET,2001).

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

53

Figura 18 - Índices pluviométricos do município de Aparecida

(Fonte: Elaborado pelo autor, 2017)

A precipitação é toda forma de umidade oriunda da atmosfera que se deposita sob a

superfície terrestre na forma de chuva, granizo, neblina, neve, orvalho ou geada. A seguir

será apresentada a curva de intensidade da precipitação acumulada pelo período de

recorrência dos meses de janeiro a dezembro entre os anos de 1961 e 1990, realizada na

estação meteorológica do município de Tremembé, estação essa mais próxima ao

município de Aparecida.

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

54

Figura 19 – Precipitação acumulada mensal e anual

(Fonte: INMET, 2001)

Como pode ser observado, o período de abril a setembro é o de menor ocorrência de

precipitação, evento esse característico dos municípios da região Sudeste, devido a

influência do Anti-Ciclone do Atlântico Sul (ACAS), o qual atua durante o período de

outono/inverno, consistindo de um fenômeno que impede a aproximação de frentes frias

bem como a organização de nuvens, sendo o responsável pelo período seco característico

da região.

Outra maneira de observar esse fenômeno é por meio da frequência em que ocorre os

eventos de precipitação intensa, indicado em milímetros, e estiagem prolongada,

demonstrado por meio do número de dias consecutivos sem precipitação (Quadro 19).

Meses (1961-1990)

Dias consecutivos sem precipitação (número de eventos) Máxima precipitação

acumulada (mm) 3 dias 5 dias 10 dias

Janeiro 2,0 0,6 0,1 225,0

Fevereiro 2,0 0,8 0,1 165,4

Março 2,1 1,1 0,3 187,5

Abril 3,1 1,8 0,5 78,6

Maio 2,5 2,1 1,1 49,4

Junho 2,3 1,7 0,9 41,9

Julho 2,3 1,9 1,2 19,7

Agosto 2,2 2,0 1,5 31,1

Setembro 2,2 1,7 0,8 78,3

Outubro 2,8 1,3 0,4 144,5

Novembro 2,5 1,0 0,1 149,2

Dezembro 2,1 1,0 0,0 214,9

Quadro 19 - Períodos sem precipitação e de máxima precipitação acumulada (Fonte: INMET, 2001)

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

55

O mês de abril é o que apresentou maior número de eventos em que não choveu por 3 dias

seguidos, sendo que maio foi o mês que ocorreu o maior número de eventos em que não

choveu por 5 dias seguidos, e o mês de agosto foi o de maior número de eventos sem

chuvas por um período de 10 dias seguidos.

Já os meses com maior precipitação acumulada foram janeiro e dezembro, que apontaram

valores de 255,0 mm e 214,9 mm, respectivamente.

2.4.2 Geologia

O município de Aparecida está situado sobre Latossolo Vermelho-Amarelo e Argissolo

Vermelho-Amarelo. Em termos geológicos caracteriza-se por sedimentos arenosos e

argilosos.

Segundo banco de dados da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM, 2009),

verificou-se que a origem dos solos presentes no município de Aparecida são os complexos

granito-gnaisse-migmatitos, depósito pouco a moderadamente consolidados e depósito

inconsolidado, contendo os seguintes domínios: rochas gnáissicas de origem magmática

e/ou sedimentar de médio grau metamórfico e rochas graníticas desenvolvidas durante o

tectonismo ao norte, e sobre rochas magmáticas de composição félsica e máfica, ao sul

(Figura 20).

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

56

Figura 20 - Caracterização geológica de Aparecida

(Fonte: Elaborado pelo autor, 2017)

Os Latossolos Vermelho-Amarelos são formados de rochas sedimentares e tem sua

ocorrência mais extensa nas depressões e nos planaltos. São encontrados em altitudes

variadas, geralmente nas posições mais suavizadas de relevo, em declividades de 0 a 20%.

Tem propriedades físicas de boa a moderada permeabilidade, friabilidade e moderada

retenção de água.

Já os Argissolos Vermelho-Amarelos são formados de rochas cristalinas ou sob influência

destas e ocorrem em locais de relevos mais acidentados e dissecados. Ocupam áreas onde

o relevo apresenta-se ondulado (8 a 20% de declive) ou forte-ondulado (20 a 45% de

declive). As principais restrições são relacionadas à fertilidade, em alguns casos, e

susceptibilidade à erosão.

2.4.3 Hidrogeologia

Conforme banco de dados do Sistema Nacional de Informações sobre Recursos Hídricos

da Agência Nacional de Águas (ANA, 2013), verificou-se que os sistemas de aquíferos

presentes no município de Aparecida são aquífero Fraturado Centro-Sul e aquífero Taubaté

(Figura 21).

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

57

Figura 21 - Sistemas De Aquíferos Do Município De Aparecida

(Fonte: Elaborado pelo autor, 2017)

O aquífero Fraturado Centro-Sul associa-se as rochas gnáissicas, granulíticas e graníticas.

É aquele em que a água subterrânea é armazenada e circula em descontinuidade rúpteis

das rochas – denominada porosidade secundária, sendo a reserva potencial explotável de

134 m3/s. Esse aquífero tem coeficiente de infiltração de 4%, recarga potencial direta de 286

m3/s e coeficiente de sustentabilidade de 0,4. Em termos gerais os poços perfurados

nessas áreas fornecem poucos metros cúbicos de água por hora e desta forma a

possibilidade de se ter um poço produtivo dependerá da interceptação de fraturas capazes

de armazenamento da água.

Já o aquífero Taubaté é sedimentar de extensão limitada. É composto por sedimentos

arenosos e argilosos, apresentando espessura de 200 a 300 metros. A produtividade do

aquífero Taubaté é bastante variável, apresentando valores de capacidade específica entre

0,2 e 14 m3/h/m, sendo clara uma menor permeabilidade dos sedimentos na porção central

da bacia sedimentar, e maior nas porções a oeste e leste que refletem na produtividade dos

poços com vazões que podem ser superiores a 100 m3/h.

As principais unidades hidrogeológicas brasileiras são descritas pelo CPRM (2009), que

aglutina unidades geológicas diversas em domínios hidrogeológicos principais. O

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

58

município de Aparecida é constituído dos domínios Bacias sedimentares, Cristalino,

Formações Cenozóicas e Metassedimentos-Metavulcânicas (Figura 22).

Figura 22 - Domínios hidrogeológicos do município de Aparecida

(Fonte: Elaborado pelo autor, 2017)

As Bacias Sedimentares são constituídas por rochas sedimentares bem diversificadas,

formando o aquífero do tipo granular. Tem alta permeabilidade e porosidade, tornando-se

áreas potenciais ao acúmulo de água subterrânea em níveis relativamente pouco

profundos.

No domínio hidrogeológico Cristalino são reunidos basicamente, granitóides, gnaisses,

migmatitos, básicas e ultrabásicas, que constituem o denominado aquífero fissural. Como

quase não existe uma porosidade primária nesses tipos de rochas, a ocorrência de água

subterrânea está condicionada a uma porosidade secundária representada por fraturas e

fendas, o que se traduz por reservatórios aleatórios, descontínuos e de pequena extensão.

Dentro desse contexto, em geral, as vazões produzidas por poços são pequenas e a água

em função da falta de circulação e do tipo de rocha (entre outras razões), na maior parte das

vezes, é salinizada. Como a maioria desses litotipos ocorre geralmente sob a forma de

grandes e extensos corpos maciços, existe uma tendência de que esse domínio seja o que

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

59

apresenta menor possibilidade ao acúmulo de água subterrânea dentre todos aqueles

relacionados aos aquíferos fissurais, sendo considerado de baixa a muito baixa

favorabilidade hidrogeológica.

O domínio hidrogeológico constituído por Formações Cenozóicas corresponde às aluviões

recentes e antigas, no geral estreitas ou de pequena espessura. Litologicamente são

representadas por areias, cascalhos e argilas com matéria orgânica. No geral, é prevista

uma favorabilidade hidrogeológica baixa. Ao longo de rios de primeira ordem, existem

locais onde podem adquirir grande dimensão, onde se espera uma favorabilidade

hidrogeológica media a alta. As águas são predominantemente de boa qualidade química.

Os litotipos que compõem o domínio dos Metassedimentos/Metavulcânicos estão

relacionados ao aquífero fissural, ou seja, quase não existe uma porosidade nestes tipos de

rocha, estando a ocorrência de água subterrânea condicionada a porosidade de fraturas e

fendas. Desta maneira, as vazões produzidas por poços são pequenas e a água na maior

parte das vezes salinizada.

Na prática, para se conhecer as variações litológico-estruturais e hidrogeológicas locais

entre as unidades e os domínios observados anteriormente, bem como os eventuais

zoneamentos hidrogeológico-hidrogeoquímicos, seria necessário efetuar estudos de

detalhamento.

2.4.4 Recursos Hídricos

Nesta subseção, são apresentados os recursos hídricos do município de Aparecida

subdivididos em dois aspectos - qualitativo e quantitativo.

A. Fisiografia

A área urbana do município de Aparecida é cortada pelo Rio Paraíba do Sul, além de 5

afluentes: Ribeirão Itaguaçu, Ribeirão dos Forros, Ribeirão da Chácara, Ribeirão dos Moraes,

Ribeirão do Sá (Figura 23).

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

60

Figura 23 - Principais cursos d`água em Aparecida (Fonte: Elaborado pelo autor, 2017)

A partir dos cursos d’água foram delimitadas as sub-bacias presentes no município de

Aparecida, conforme Figura 24.

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

61

Figura 24 – Sub-bacia hidrográficas no município (Fonte: Elaborado pelo autor, 2017)

B. Aspectos Quantitativos

A Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul (BHRPS), à qual se insere o município de

Aparecida, tem uma área de drenagem equivalente a 55.500 km2, dos quais 20.700 km²

encontram-se dentro do Estado de Minas Gerais, 20.900 km² no Estado do Rio de Janeiro

e 13.900 km² no Estado de São Paulo. Abrange, total ou parcialmente, as áreas de 180

municípios e atingindo uma população da ordem de 5.258.068 habitantes (PRHBRPS,

2006).

Para efeito de análise e gerenciamento, foram criados 8 Unidades de Planejamento ou sub-

regiões hidrográficas, estando o município de Aparecida inserido no chamado CBH PS (São

Paulo) – Comitê de Bacia Hidrográfica Paraíba do Sul (Figura 25).

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

62

Figura 25 - Localização do limite municipal de Aparecida na CBH PS

(Fonte: Elaborado pelo autor, 2017)

A CBH Paraíba do Sul tem uma área de drenagem equivalente a 13.934 km², o que

representa 22,7% da área de drenagem total da BHRPS. Localiza-se integralmente no estado

de São Paulo, abrangendo 36 municípios e uma população de aproximadamente 1.966.728

habitantes.

C. Aspectos Qualitativos

As análises da água bruta, publicadas no PRH da Bacia do Rio Paraíba do Sul (PRHBRPS,

2006), evidenciam que a degradação da qualidade da água na região ocorre por

lançamentos de esgotos domésticos brutos, a avicultura e pelas indústrias, tendo em vista

o percentual dos resultados fora dos parâmetros aceitáveis de coliformes termotolerantes,

alumínio dissolvido e cádmio.

O Quadro 20 mostra os dados da série histórica de monitoramento de alguns parâmetros

segundo a média das violações de classe em toda a bacia fornecido pelas instituições

ambientais de cada estado: CETESB (São Paulo), FEEMA (Rio de Janeiro) e FEAM (Minas

Gerais) referente ao período de 1990 a 2000.

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

63

Parâmetros Violações Médias (%) Desvio Padrão

Alumínio 98,9 2,8

Sulfetos 83,1 7,9

Chumbo 78,0 35,3

Coliforme Fecal 77,8 27,2

Cádmio 66,7 43,8

Coliforme Total 58,7 29,6

Ferro Solúvel 33,7 17,7

Quadro 20 - Monitoramento da qualidade do Rio Paraíba do Sul (Fonte: PRHBRPS, 2006)

Além desses parâmetros, verificou-se que a maior parte das águas do rio Paraíba do Sul e

de seus afluentes estudados apresentou alta disponibilidade de oxigênio dissolvido

durante todo o período de estudo, em função de suas características físicas, favoráveis aos

processos de oxigenação. As exceções ocorreram, no rio Paraíba do Sul, em seu trecho

paulista, a jusante da cidade de São José dos Campos, trecho esse onde localiza-se o

município de Aparecida.

2.4.5 Topografia

A geomorfologia verifica a gênese e a evolução das formas de relevo sobre a superfície da

Terra, resultantes dos processos atuais e pretéritos ocorridos a partir de agentes

formadores endógenos (litológicas ou tectônicas) e exógenos (climáticos).

A bacia hidrográfica do rio Paraíba do Sul situa-se dentro do chamado Planalto Atlântico

com diversas feições morfológicas distintas. Conforme o Plano Integrado de Recursos

Hídricos da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul (2014), a região do Comitê de São Paulo

é a que representa maior diversidade de relevos: planícies aluvionares, relevos de morros e

serras, colinas e morrotes. Esta região, portanto, possui elevada vulnerabilidade para

desastres naturais de origem geológica e hidroclimatológica como escorregamentos e

inundações.

A Figura 26 a seguir mostra as curvas de nível presente no município de Aparecida, afim de

observar as superfícies planas, os desníveis e as declividades topográficas.

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

64

Figura 26 – Curvas de nível no município

(Fonte: Elaborado pelo autor, 2017)

Com base nas curvas de nível, foi possível identificar as áreas com declividades acima de

30%. Nessas áreas não é permitido o parcelamento do solo para fins urbanos, salvo se

forem atendidas as exigências especificas das autoridades competentes.

Figura 27 – Áreas com declividade acima de 30% no município (Fonte: Elaborado pelo autor, 2017)

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

65

Outra área que deve ser respeitada é a de preservação permanente do rio Paraíba do Sul e

dos demais cursos d’água do município. Legalmente, essas áreas tem a função ambiental

de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade.

Figura 28 – Área de Preservação Permanente do rio Paraíba do Sul (Fonte: Elaborado pelo autor, 2017)

Terrenos com características impróprias, tais como planícies de inundação, encostas com

declividade acentuada e terrenos com suscetibilidade a processos erosivos e colapso de

solo, ocasionam um grande número de situações de risco a moradias e infraestrutura, a

Figura 29 evidencia as áreas de risco no município, devido a ocupação urbana desordenada.

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

66

Figura 29 – Áreas de risco no município

(Fonte: Elaborado pelo autor, 2017)

Ao unir todas as restrições de ocupação no município em um único mapa, é fácil observar

as possíveis áreas onde poderão ocorrer a expansão urbana sem riscos para a população e

assegurando o uso sustentável dos recursos naturais.

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

67

Figura 30 – Áreas com restrição de ocupação no município (Fonte: Elaborado pelo autor, 2017)

A Figura 31 apresentará o estudo da unidade geomorfológica presente em Aparecida.

Figura 31 - Compartimentos de relevo do município de Aparecida

(Fonte: Elaborado pelo autor, 2017)

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

68

A Depressão do Rio Paraíba do Sul consiste em um relevo colinoso com morros cristalinos,

de rochas metamórficas pré-cambrianas (mares de morros) e colinas sedimentares de

topos planos, de sedimentos terciários. As colinas ou mares de morro são constituídas de

encostas com formato convexo-côncavas (CPRM, 2007).

Já a Serra do Mar é um dos maciços mais altos do Brasil. A proximidade da estrutura

cristalina da Serra do Mar com a linha de costa origina a feição dos costões rochosos na

região sudeste do país. Estes podem ser constituídos por matacões de diferentes tamanhos

(costão fragmentado) ou por paredões contínuos, dependendo da susceptibilidade dos

materiais que os formam em relação à ação do intemperismo (químico, físico ou biológico)

que sofrem (CPRM, 2007).

2.4.6 Vegetação

A vegetação se apoia e desenvolve a partir do meio físico já apresentado. Aqui, a vegetação

será retratada nos seus principais aspectos, salvaguarda alguma relação com o

saneamento ambiental.

Conforme apresentado pelo IBGE (2010), a área territorial do município de Aparecida

apresenta-se dividida em diferentes tipos de utilização da terra, conforme apresentado

abaixo (Quadro 21).

Utilização das terras Área (Km²) Porcentagem do território

do município (%)

Construções, benfeitorias ou caminhos - Área dos estabelecimentos agropecuários

0,99 0,82

Lavouras - área plantada com forrageiras para corte 0,25 1,77

Lavouras - Permanente 4,61 4,62

Lavouras - temporárias 1,65 1,32

Matas e/ou florestas - florestas plantadas com essências florestais

2,41 6,03

Matas e/ou florestas - naturais (exclusive área de preservação permanente e as em sistemas agroflorestais)

2,37 1,45

Matas e/ou florestas - naturais destinadas à preservação permanente ou reserva legal

2,01 4,91

Pastagens - naturais 26,32 9,91

Pastagens - plantadas degradadas 0,61 3,45

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

69

Pastagens - plantadas em boas condições 2,68 5,27

Sistemas agroflorestais - área cultivada com espécies florestais também usada para lavouras e pastejo por animais

1,28 0,19

Tanques, lagos, açudes e/ou área de águas públicas para exploração da aquicultura

0,15 0,83

Terras inaproveitáveis para agricultura ou pecuária (pântanos, areais, pedreiras, etc.)

- -

Total 49,27 40,69

Quadro 21 - Usos da terra do município de Aparecida (Fonte: IBGE, 2010)

O município insere-se no bioma Mata Atlântica, cujas condições físicas variam de um lugar

para outro. Segundo o Atlas Municipal de Vegetação do SOS Mata Atlântica (2014), ano

base 2013, 15,5% da área territorial do município de Aparecida apresenta vegetação natural

remanescente, constituída por 18,77km².

O Inventário Florestal de São Paulo (SISFESP, 2009) publica os valores de cobertura de

flora nativa para os municípios do estado. Em Aparecida são constatadas três classes fito-

fisionômicas distintas, sendo: Vegetação Secundária da Floresta Estacional Semidecidual,

Vegetação Secundaria da Floresta Ombrófila Densa e Floresta Ombrófila Densa (Quadro

22).

Tipo de vegetação Área (km²) Porcentagem do território do município

(%)

Vegetação Secundária da Floresta Estacional Semidecidual

767,92 0,6

Vegetação Secundaria da Floresta Ombrófila Densa

4.172,95 3,4

Floresta Ombrófila Densa 262,95 0,3

Total 5.203,82 4,3

Quadro 22 - Classes fito-fisionômicas do município de Aparecida (Fonte: Inventário Florestal de São Paulo, 2015)

As informações obtidas pelo inventário possibilitam visualizar a cobertura vegetal do

Município de Aparecida (Figura 32). A sua mancha urbana demonstra pouca existência de

área arborizada e de vegetação remanescente de Mata Atlântica. Considerando a

importância para a saúde ambiental e harmonia paisagística dos espaços urbanos, a

arborização contribui, entre outras coisas, para a purificação do ar e a proteção de

nascentes e áreas de recarga, melhorando o microclima da cidade por meio da umidade do

solo e do ar, da geração de sombra, da redução na velocidade do vento, o que influencia o

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

70

balanço hídrico, favorece a infiltração da água no solo, contribui com a evapotranspiração,

tornando-a mais lenta. Além disso, abriga a fauna, assegurando maior variedade de

espécies, e, como consequência, auxilia o equilíbrio das cadeias alimentares, diminuindo

pragas e agentes vetores de doenças e amenizando a propagação de ruídos.

Na zona rural, é fundamental a sua presença, sobretudo, a vegetação ciliar para proteger os

mananciais superficiais e, ainda, contribuir para a perenização dos cursos d’água.

Figura 32 - Vegetação remanescente de Mata Atlântica no município de Aparecida

(Fonte: Elaborado pelo autor, 2017)

2.4.7 Unidades de Conservação e Áreas de Proteção Ambiental

As Unidades de Conservação (UC) constituem espaços territoriais e marinhos detentores

de atributos naturais ou culturais de especial relevância para a conservação, a preservação

e o uso sustentável de seus recursos, desempenhando um papel altamente significativo

para a manutenção da diversidade biológica.

A criação está prevista na Constituição Federal de 1988 (Capítulo VI, Artigo 225, parágrafo

1º, inciso III) que determina ao Poder Público a incumbência de “definir, em todas as

unidades da Federação, espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

71

protegidos, sendo a alteração e supressão permitidas somente através de Lei, vedada

qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua

proteção”.

Em 18 de julho de 2000, foi instituído o Sistema Nacional das Unidades de Conservação da

Natureza (SNUC) por meio da Lei Federal n. 9.985, regulamentada pelo Decreto Federal n.

4.340/02. Essa Lei estabelece os princípios básicos para a estruturação do sistema

brasileiro de áreas protegidas e apresenta os critérios e as normas para a criação,

implantação e gestão das Unidades de Conservação da Natureza, compreendidas como “o

espaço territorial e seus recursos ambientais, incluindo as águas jurisdicionais, com

características naturais relevantes, legalmente instituídas pelo Poder Público com objetivo

de conservação e limites definidos, sob regime especial de administração, ao qual se

aplicam garantias adequadas de proteção”.

As Unidades de Conservação da Natureza, de acordo com o SNUC, dividem-se em dois

grandes grupos com características especificas e graus diferenciados de restrição:

I - Unidades de Proteção Integral: voltadas à preservação da natureza, admitem apenas o

uso indireto dos seus recursos naturais, com exceção dos casos previstos nessa Lei.

Compreendem as seguintes categorias: Estação Ecológica, Reserva Biológica, Parque

Nacional, Monumento Natural e Refúgio de Vida Silvestre;

II - Unidades de Uso Sustentável: objetivam compatibilizar a conservação da natureza com

o uso sustentável de parcela dos seus recursos naturais. São compostas pelas seguintes

categorias: Área de Proteção Ambiental, Área de Relevante Interesse Ecológico, Floresta

Nacional, Reserva Extrativista, Reserva de Fauna, Reserva de Desenvolvimento Sustentável

e Reserva Particular do Patrimônio Natural.

Conforme verificado no sistema de informações geográficas disponibilizado pelo Instituto

Chico Mendes (ICMBio) do Ministério do Meio Ambiente (2015), as Unidades de

Conservação situadas próximo ao limite municipal de Aparecida são de Proteção de Uso

Sustentável a nível federal (Quadro 23 e Figura 33).

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

72

Nível Nome Tipo Uso

Federal Área de Proteção Ambiental Serra da Mantiqueira APA

Uso sustentável Área de Proteção Ambiental Bacia do Paraíba do Sul

APA

Quadro 23 - Unidades de Conservação próximas ao Município de Aparecida por tipo e uso (Fonte: MMA, 2015)

Figura 33 - Unidades de Conservação situadas próximo ao limite municipal de Aparecida

(Fonte: Elaborado pelo autor, 2017)

A Lei 9.985/00 também determina que as UC, com exceção das Áreas de Proteção

Ambiental (APA) e das Reservas Particulares de Patrimônio Natural (RPPN), devem ter uma

zona de amortecimento, isto é, uma área no entorno onde as atividades humanas estão

sujeitas a normas e restrições específicas editadas pelo Conselho Nacional de Meio

Ambiente (CONAMA) e licenciadas pelo órgão ambiental competente, com o propósito de

minimizar os impactos negativos sobre a unidade.

Na ausência de legislação específica que determine essa zona de amortecimento, faz-se

necessário atender a Resolução CONAMA n. 13 de 06 de dezembro de 1990, que determina

no Art. 2º uma zona de amortecimento no raio de 10 km, sendo necessário o licenciamento

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

73

por órgão competente de qualquer atividade inserida nesse raio e que possa comprometer

a biota.

As APA’s, segundo a Lei do SNUC, são definidas por áreas públicas ou privadas, em geral

de grande extensão, com certo grau de ocupação humana e dotadas de atributos abióticos,

bióticos, estéticos ou culturais, especialmente importantes para a qualidade de vida e o

bem-estar das populações humanas. Têm como objetivos básicos proteger a diversidade

biológica, disciplinar o processo de ocupação e assegurar a sustentabilidade do uso dos

recursos naturais.

As áreas prioritárias para conservação foram criadas a partir de registros das espécies de

fauna e flora nativas, além de dados de paisagem e do meio físico. Essas áreas são um

instrumento de ação de criação, ampliação, restauração e conservação da biodiversidade,

principalmente de unidades de conservação.

Os dados de áreas prioritárias também contribuirão com os estudos de impacto ambiental

e em processos de licenciamento de novos empreendimentos industriais, reorganizando e

definindo procedimentos de manejo florestal mais adequados.

A implementação de políticas públicas, programas e projetos relacionados com as ações

elencadas acima serão de responsabilidade do Governo Estadual e deverão considerar o

seguinte grau de indicação por fitofisionomia: 15 a 25%, 25 a 50%, 50 a 80% e de 80 a 100%.

Essas áreas foram identificadas pelos pesquisadores do Programa Biota-FAPESP em 2008

e publicadas pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente de São Paulo em 2010. O

Município de Aparecida não contém áreas de prioridade, conforme apresentado na Figura

34.

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

74

Figura 34 - Áreas prioritárias para conservação

(Fonte: Elaborado pelo autor, 2017)

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

75

3 DIAGNÓSTICO TÉCNICO

A seguir, serão apresentadas as informações da infraestrutura urbana observadas in loco

dos bairros do Município de Aparecida/SP.

3.1 O TERRITÓRIO DE APARECIDA

3.1.1 Bairro Itaguaçu

O bairro Itaguaçu é o maior bairro do município de Aparecida, sendo sua área de

aproximadamente 1,38 km2, limitada a norte pela linha férrea e a sul pela Rodovia Presidente

Dutra. Segundo informações de moradores, a urbanização do bairro Itaguaçu teve início por

volta do ano de 1986 e, atualmente, é habitado por 4.600 pessoas, que ocupam

aproximadamente 1.288 domicílios (IBGE, 2010).

As figuras a seguir apresentam as vistas panorâmicas do bairro Itaguaçu, assim como a

igreja da comunidade São Pedro.

Figura 35 – Vista do Bairro Itaguaçu da rua

Itapetininga (sentido santuário) (Fonte: Acervo do autor, 2017)

Figura 36 – Vista do Bairro Itaguaçu da rua

Itapetininga (sentido Paraíba do Sul) (Fonte: Acervo do autor, 2017)

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

76

Figura 37 – Comunidade de São Pedro Apóstolo

(Fonte: Acervo do autor, 2017)

Durante o levantamento de campo, constatou-se a realização de feiras livres em algumas

ruas dos bairros do município de Aparecida (Figuras 38 e 39). No Bairro Itaguaçu, a feira

livre acontece às sextas-feiras na Rua Itabaiana, ao lado da Escola Estadual Dr. Edgard de

Souza (Figura 40) e nas proximidades da EMEI Creche Vera Lucia Chagas Bourabebi (Figura

41). Em análise do local, verificou-se a ausência de placas de sinalização de trânsito

indicando a interdição da rua, o que garantiria a segurança dos feirantes e dos munícipes.

Figura 38 – Feira Livre na Rua Itabaiana

(Fonte: Acervo do autor, 2017)

Figura 39 – Rua Itabaiana em dia livre

(Fonte: Acervo do autor, 2017)

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

77

Figura 40 – Escola Estadual Dr. Edgar de Souza

(Fonte: Acervo do autor, 2017)

Figura 41 – EMEI Creche Vera Lucia Chagas

Bourabebi (Fonte: Acervo do autor, 2017)

Com relação as obras de infraestrutura urbana existente no bairro, foram constatadas obras

municipais de pavimentação da Avenida Itaú (Figura 42) e de canalização do Córrego Itaú

(Figura 43).

Figura 42 – Pavimentação da Avenida Itaú

(Fonte: Acervo do autor, 2017)

Figura 43 – Canalização do Córrego Itaú

(Fonte: Acervo do autor, 2017)

As Estações Elevatórias de Esgoto (EEEs) instaladas no bairro Itaguaçu (Figuras 44 e 45),

mais especificamente nas ruas Itaiguara e Itapitanga, encontram-se inoperantes e, segundo

relato dos moradores do bairro, exalam fortes odores. Verificou-se também a necessidade

de reparo das gramíneas que se alastraram dentro das áreas das EEEs, tornando-se um

ambiente favorável a proliferação de vetores de doenças, como ratos, baratas e escorpiões.

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

78

Figura 44 – Estação Elevatória de Esgoto

Itaiguara (Fonte: Acervo do autor, 2017)

Figura 45 – Estação Elevatória de Esgoto

Itapitanga (Fonte: Acervo do autor, 2017)

No período em que estava sendo realizado o levantamento de campo, observou-se que a

autarquia municipal prestadora dos serviços de saneamento básico de Aparecida, Serviço

Autônomo de Água e Esgoto (SAAE), estava instalando novas estruturas de saneamento

nas áreas de expansão do bairro (Figuras 46 e 47).

Figura 46 – Implantação de estruturas de

saneamento, Vista 01 (Fonte: Acervo do autor, 2017)

Figura 47 – Implantação de estruturas de

saneamento, Vista 02 (Fonte: Acervo do autor, 2017)

Com relação ao manejo de resíduos sólidos, identificou-se uma área situada às margens

da Rodovia Presidente Washignton Luís que, segundo informações da Prefeitura Municipal,

desempenha a função de ponto de acondicionamento temporário dos resíduos sólidos

gerados no município (Figuras 48 e 49).

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

79

Figura 48 – Ponto de Transbordo, Vista 01

(Fonte: Acervo do autor, 2017)

Figura 49 – Ponto de Transbordo, Vista 02

(Fonte: Acervo do autor, 2017)

Como o bairro Itaguaçu está em fase de crescimento habitacional, verificou-se a existência

de várias áreas desocupadas e ociosas, como as apresentadas nas Figuras 50 e 51. Esses

espaços vazios na malha urbana apresentam irregularidades ou algum tipo de problema

para a vizinhança, causadas pela altura da vegetação e, em alguns lotes, pelo acúmulo de

Resíduos de Construção e Demolição (RCD). Segundo o código de postura, Lei nº 2.067 de

29 de dezembro de 1983 - Capítulo VIII e seus artigos, os terrenos, edificados ou não, devem

estar limpos e murados, com portões vazados para facilitar a fiscalização, sendo que os

fechamentos dos lotes podem ser dispensados desde que os interessados se

comprometam a gramar ou jardinar seus respectivos imóveis. Essa lei também estabelece

que a construção ou reconstrução deve manter os padrões quanto a execução dos

passeios, além de mantê-los em perfeito estado de conservação, fator que também

encontra-se em desacordo no bairro.

No que se refere as áreas de risco, mapeadas pelo Instituto Geológico (IG, 2011), o bairro

Itaguaçu apresenta ocorrência dos seguintes eventos:

Inundações e enchentes em uma área no porto de areia, próximo a margem direita

do Rio Paraíba do Sul, e nas ruas Itapitanga, Itaguara, Itacolomi, Itabaiana e Itaporã,

que apresentam vulnerabilidade de risco baixo, médio e alto.

Escorregamento em encosta nas ruas Itapemirim e Itamaracá, que apresentam grau

de probabilidade de risco baixo e médio.

Solapamento na avenida Itaú de médio grau de risco.

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

80

Figura 50 – Lotes Vagos, Vista 01

(Fonte: Acervo do autor, 2017)

Figura 51 – Lotes Vagos, Vista 02

(Fonte: Acervo do autor, 2017)

Em se tratando de transporte público, os moradores do bairro informaram que consideram

muito longo o intervalo de horário entre um ônibus e outro. Dessa maneira, eles utilizam de

forma alternativa os taxis que não possuem licença estadual, que cobram o mesmo valor

da tarifa dos transportes urbanos e fazem o percurso com maior rapidez.

3.1.2 Bairro São Geraldo

O bairro São Geraldo tem um dos pontos turísticos de maior peregrinação dos romeiros: o

Porto Itaguaçu (Figuras 52 e 53), local onde foi encontrada a imagem de Nossa Senhora da

Conceição Aparecida, como mencionado nas seções anteriores.

Figura 52 – Porto Itaguaçu, Vista 01

(Fonte: Acervo do autor, 2017)

Figura 53 – Porto Itaguaçu, Vista 02

(Fonte: Acervo do autor, 2017)

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

81

Segundo informações dos moradores locais, o bairro surgiu por volta de 1945 com as

primeiras residências em torno da Capela de São Geraldo (Figuras 54 e 55) e foi se

ampliando no sentido do Santuário Nacional de Aparecida (Figuras 56 e 57).

Outra obra que está sendo executada no bairro pelo Santuário Nacional de Aparecida e que

será de grande importância turística é o “Caminho do Rosário”, que ligará o Santuário ao

Porto Itaguaçu por meio de jardins temáticos com esculturas que contemplarão os quatro

mistérios do Santo Terço.

Figura 54 – Rua Antônio Arneiro, Vista 01

(Fonte: Acervo do autor, 2017)

Figura 55 – Rua Antônio Arneiro, Vista 02

(Fonte: Acervo do autor, 2017)

Figura 56 – Capela de São Geraldo

(Fonte: Acervo do autor, 2017)

Figura 57 – Placa de reforma da Capela de São

Geraldo (Fonte: Acervo do autor, 2017)

Em visita a campo constatou-se também a falta de manutenção das áreas de lazer situadas

no bairro, como os campos de futebol localizados nas ruas Pref. Aristeu Vieira Vilela e

Antônio Arneiro apresentados nas Figuras 58 e 59 a seguir.

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

82

Em geral, as características anteriormente citadas referentes ao bairro Itaguaçu se repetem

no bairro São Geraldo, sendo observada a falta de manutenção dos terrenos sem

edificações, como demonstrado nas Figuras 60 e 61 (ruas Antônio Arneiro e Mario Arneiro,

respectivamente), estando em desacordo com o Código de Posturas municipal.

Figura 58 – Área de Lazer

(Fonte: Acervo do autor, 2017)

Figura 59 – Área de Lazer

(Fonte: Acervo do autor, 2017)

Figura 60 –Lote Vago sem manutenção

(Fonte: Acervo do autor, 2017)

Figura 61 – Lote Vago se manutenção

(Fonte: Acervo do autor, 2017)

Além da falta de manutenção dos terrenos, identificou-se também a disposição indevida de

RCD nessas áreas, como nos lotes da rua Pref. Aristeu Vieira Vilela, o que possibilita a

proliferação de animais vetores causadores de doenças, como o mosquito transmissor da

dengue, cobras, escorpiões, baratas, ratos, dentre outros (Figuras 62 e 63).

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

83

Figura 62 – Lançamento Clandestino de RCD,

vista 01 (Fonte: Acervo do autor, 2017)

Figura 63 – Lançamento Clandestino de RCD,

vista 02 (Fonte: Acervo do autor, 2017)

Outro item observado no levantamento de campo foi a ocupação irregular das áreas Non

Aedificandi da linha férrea que atravessa o bairro de ponta a ponta. A proximidade dessas

residências oferece risco aos moradores invasores e interfere negativamente no

desempenho do serviço a ser executado pela concessionária da ferrovia (Figuras 64 e 65).

Além desses fatores, verificou-se também a ausência de manutenção e poda da vegetação

existente na área, que vem crescendo sem controle.

Figura 64 – Linha Férrea

(Fonte: Acervo do autor, 2017)

Figura 65 – Casas irregulares no domínio da

linha férrea (Fonte: Acervo do autor, 2017)

Segundo informações locais, os moradores do bairro São Geraldo não têm acesso ao

transporte público municipal, sendo utilizado como meio alternativo os taxis clandestinos.

No que se refere as áreas de risco, mapeadas pelo Instituto Geológico (IG, 2011), o bairro São

Geraldo apresenta ocorrência dos seguintes eventos:

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

84

Inundações e enchentes em trechos de ocupações em área de preservação

permanente do Rio Paraíba do Sul e em área próxima à linha férrea, que apresentam

vulnerabilidade de risco baixo e médio.

Escorregamento em encosta na região central do bairro, que apresentam grau de

probabilidade de risco baixo.

3.1.3 Bairro São Sebastião

O bairro São Sebastião tem 0,19 km2 de área e, segundo informações de munícipes, os

primeiros moradores começaram a se instalar nessas terras por volta do ano de 1962.

Em se tratando de infraestrutura pública, na área da saúde, o bairro conta com o Posto de

Saúde da Família São Sebastião (Figura 66), situado na avenida Itaguaçu.

Quanto as infraestruturas de lazer (Figura 67), verificou-se a existência de uma área

localizada na rua Major Manoel Martins de Castilho constituída por uma quadra

poliesportiva, bancos em meio as árvores e equipamentos de ginástica (academia ao ar

livre). Ao avaliar qualitativamente a situação da área de lazer, percebeu-se que o único

ponto negativo é a precariedade da iluminação pública.

Figura 66 – PSF São Sebastião (Fonte: Acervo do autor, 2017)

Figura 67 – Área de Lazer

(Fonte: Acervo do autor, 2017)

Quanto ao transporte público, no bairro São Sebastião há apenas um ponto de ônibus

estando este localizado na avenida Itaguaçu (Figura 68), circunstância que obriga os

moradores a utilizarem recursos alternativos, como os taxis clandestinos.

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

85

Figura 68 – Ponto de Ônibus na Avenida

Itaguaçu (Fonte: Acervo do autor, 2017)

A ausência de calçadas, guias, sarjetas e outros dispositivos que compõem o sistema de

drenagem de águas pluviais e a mobilidade urbana também foi identificada em algumas

ruas do bairro, fato que pode ser observado nas Figuras 69 a 71. Como medidas individuais

de solução a esses problemas, alguns moradores das casas localizadas próximas a divisa

com a linha férrea fazem furos nos muros e valas para o livre escoamento das águas

pluviais.

Porém, apesar da deficiência identificada, segundo informações dos moradores locais, não

há ocorrências de enchentes e inundações.

Figura 69 – Vista da Rua Maj. Manoel Martins

de Castilho (Fonte: Acervo do autor, 2017)

Figura 70 – Travessa sem denominação

(Fonte: Acervo do autor, 2017)

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

86

Figura 71 – Ausência de Calçadas, Guias e

Sarjetas (Fonte: Acervo do autor, 2017)

Outros fatores relevantes identificados são a ligação clandestina de esgoto nas poucas

redes de drenagem existentes no bairro, situação confirmada devido ao forte odor que pode

ser sentido nas proximidades das bocas de lobo, e a falta de manutenção do sistema

público de iluminação constatada em todo o bairro (Figura 72).

Figura 72 – Vista da Travessa Dr. César G.

Sigaud (Fonte: Acervo do autor, 2017)

De acordo com o levantamento de campo, há alguns lotes vazios no bairro São Sebastião,

os quais, devido à falta de manutenção evidenciada pela condição da vegetação e pela

existência de RCD, oferecem riscos a população local, mediante a possibilidade de

proliferação de animais vetores de doenças, como o localizado na Travessa José Palma

(Figura 73).

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

87

Figura 73 – Lote vazio

(Fonte: Acervo do autor, 2017)

Observou-se que o acúmulo indevido de resíduos inertes também é frequente nas calçadas

de algumas ruas do bairro, como na rua Manoel Leite Sobrinho, sendo essa ação realizada

por parte dos próprios moradores (Figuras 74 e 75), impedindo a livre passagem dos

pedestres e descumprindo o código de postura do município.

Figura 74 – Acúmulo de resíduos nas Calçadas

(Fonte: Acervo do autor, 2017)

Figura 75 – Acúmulo de resíduos nas Calçadas

(Fonte: Acervo do autor, 2017)

No que se refere as áreas de risco (IG, 2011), o bairro São Sebastião apresenta o risco de

ocorrência de inundação e enchentes na travessa José Palma e nas ruas Manoel Leite

Sobrinho e Major Manoel Martins de Castilho, que apresentam vulnerabilidade de risco que

varia entre baixo e médio.

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

88

3.1.4 Bairro Jardim Paraíba

O bairro Jardim Paraíba tem aproximadamente 1km2 de área ocupada tanto por residências

quanto por estabelecimentos comerciais.

Quanto a infraestrutura pública, no bairro Jardim Paraíba estão instaladas a 3º Companhia

Polícia Militar de Aparecida e a Base do Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo

(Figuras 76 e 77), além de praças, escolas municipais e particulares, promovendo a

proximidade e facilidade dos moradores a esses estabelecimentos (Figuras 78 e 79).

Apesar de haver policiamento situado no perímetro urbano do bairro, os moradores

informaram que há ocorrência frequente de assaltos e furtos, dessa forma, por iniciativa dos

próprios moradores, juntamente com a polícia militar de Aparecida, criaram um grupo

solidário de vigilância, o qual consiste na comunicação entre os moradores, por intermédio

de aplicativos eletrônicos, sobre qualquer movimentação suspeita, bem como pela

necessidade de alerta às autoridades policiais.

Figura 76 – Corpo de Bombeiros

(Fonte: Acervo do autor, 2017)

Figura 77 – Polícia Militar de Aparecida

(Fonte: Acervo do autor, 2017)

Figura 78 – EMEF Prof. Marieta V. da C. Braga

(Fonte: Acervo do autor, 2017)

Figura 79 – Escola Particular

(Fonte: Acervo do autor, 2017)

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

89

Quanto ao estado de conservação das praças públicas, pode-se observar a realização de

poda e conservação da vegetação pela equipe de jardinagem da prefeitura municipal,

realizada justamente em um dos dias do levantamento de campo (Figuras 80 e 81).

Figura 80 – Praça na Rua Tenente A. João P.

Barbosa Jr. (Fonte: Acervo do autor, 2017)

Figura 81 – Praça José Mesalino de Campos

(Fonte: Acervo do autor, 2017)

Ao se referir a disposição dos RCD, observou-se o acúmulo de resíduos em terrenos baldios

ou em calçadas, impedindo assim a livre circulação dos pedestres, conforme apresentado

nas Figuras 82 e 83, referente as ruas Camilo Lélis e José Rossi, respectivamente. A Figura

84 apresenta a deficiência do sistema de drenagem no bairro, sendo possível observar a

existência de poucas bocas de lobo e o crescimento de vegetações junto às guias, fator que

propicia o acúmulo de areia e demais dejetos, dificultando assim a passagem das águas

pluviais.

Figura 82 – Acúmulo de resíduos na Calçada

(Fonte: Acervo do autor, 2017)

Figura 83 – Acúmulo de resíduos em terrenos

vazios (Fonte: Acervo do autor, 2017)

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

90

Figura 84 – Vista da Rua Nagibe Chadad

(Fonte: Acervo do autor, 2017)

Apesar dos problemas relacionados a drenagem urbana, verificou-se, de maneira geral, que

o bairro Jardim Paraíba se localiza em uma área plana, apresenta vias largas e asfaltadas e

calçadas largas.

De maneira semelhante aos bairros anteriormente citados, os lotes ainda vagos

demonstram a ausência de manutenção e controle da vegetação, possibilitando a

proliferação de animais vetores de doenças, como pode ser observado na Figura 85 da rua

Nagib Chadad.

Figura 85 – Lotes Vagos

(Fonte: Acervo do autor, 2017)

No que se refere as áreas de risco (IG, 2011), o bairro Jardim Paraíba apresenta ocorrência de

risco de inundação e enchentes nas seguintes áreas: ponte Aparecida-Potim, avenida Sólon

Pereira, rua Joaquim Prado e rua Rachid Azen. O grau de vulnerabilidade dessas áreas varia

de baixo a muito alto.

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

91

3.1.5 Bairro Jardim Santo Afonso

O bairro Jardim Santo Afonso tem 0,59 km2 de área e localiza-se no extremo norte de

Aparecida, fazendo divisa com o município de Potim, ou seja, um grande trecho de seu

território é área de preservação permanente do Rio Paraíba do Sul.

Assim, no que se refere as áreas de risco mapeadas pelo IG (2011), o bairro apresenta perigo

analisado de inundação e enchentes, sendo o grau de probabilidade de risco de baixo a

muito alto.

Em levantamento de campo realizado nas ruas do bairro, verificou-se a ausência de

pavimentação, esc, padronização das calçadas e redes de drenagens, como guias e sarjetas,

em algumas ruas do bairro (Figuras 86 a 89).

Figura 86 – Vista da Rua São Pedro

(Fonte: Acervo do autor, 2017)

Figura 87 – Vista da Rua Santo Antônio

(Fonte: Acervo do autor, 2017)

Figura 88 – Ausência de sistema de drenagem

na Rua São Pedro (Fonte: Acervo do autor, 2017)

Figura 89 – Acúmulo de resíduos nas calçadas

da Rua São Pedro (Fonte: Acervo do autor, 2017)

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

92

Uma situação constatada na rua São Benedito foi a ocorrência de veículos particulares,

pertencentes a um estabelecimento comercial do ramo de manutenção automotiva,

estacionados em vias públicas, como pode ser observado na Figura 90. Essa ação

encontra-se em desacordo com o Código de Postura (Capítulo IV, Artigo 250, §2°), que

determina a proibição de veículos para consertos ou reparos estacionarem e permanecerem

à frente de oficinas ocupando vagas em vias públicas.

Figura 90 – Veículos para Manutenção

estacionados em via pública (Fonte: Acervo do autor, 2017)

Como anteriormente citado, o limite administrativo do bairro faz divisa com o município de

Potim e, por esse motivo, a avenida de acesso ao município corta o bairro, o que, segundo

relato, tem ocasionado problemas e situação de risco aos moradores, devido ao intenso

tráfego em horários de pico e da imprudência de alguns motoristas que percorrem esse

trecho com seus veículos em alta velocidade (Figura 91).

Figura 91 – Avenida Sólon Pereira – Via de

Acesso a Potim (Fonte: Acervo do autor, 2017)

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

93

Assim como em outros bairros, o Jardim Santo Afonso apresenta problemas com os lotes

vazios, tais como: falta de manutenção e proteção e disposição indevida de RCD (Figuras

92 e 93), o que pode ocasionar a proliferação de vetores transmissores de doenças.

Figura 92 – Terreno vazio na rua Santo Antônio

(Fonte: Acervo do autor, 2017)

Figura 93 – Terreno vazio na rua Santo Antônio

(Fonte: Acervo do autor, 2017)

3.1.6 Bairro Ponte Alta

O bairro Ponte Alta tem 0,47 km2 de área, apresenta uma população de aproximadamente

3.965 habitantes e abriga o único estádio de futebol da cidade, denominado Estádio

Municipal Comendador Vicente de Paula Penido (Penidão), localizado na rua Antônio

Geraldo Ribeiro. Atualmente, o estádio encontra-se interditado devido à falta de

manutenção das arquibancadas (Figura 94).

Além do estádio, o bairro Ponte Alta também dispõe de outro campo de futebol, utilizado

pela população como área de lazer, o qual a prefeitura municipal realiza a manutenção

periódica (Figura 95).

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

94

Figura 94 – Estádio Penidão

(Fonte: Acervo do autor, 2017)

Figura 95 – Campo de Futebol na rua Rosa

Maria Paes (Fonte: Acervo do autor, 2017)

O bairro Ponte Alta também conta com instituições de atendimento ao público, tais como

o Conselho Tutelar, o Centro de Atendimento ao Turista, as escolas municipais, as igrejas e

comunidades, a Central de Atendimento do SAAE – Aparecida, dentre outros (Figuras 96 a

101).

Figura 96 – Centro de Atendimento ao Turista

na avenida Papa João Paulo II (Fonte: Acervo do autor, 2017)

Figura 97 – Conselho Tutelar na rua Cap. e.

Moreira (Fonte: Acervo do autor, 2017)

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

95

Figura 98 – E.M.E.I Dom Carlinhos na rua

Laurino de Castro (Fonte: Acervo do autor, 2017)

Figura 99 – E.M.E.F. Maria Aparecida da

Encarnação - MAE na rua Nenzinho Macedo (Fonte: Acervo do autor, 2017)

Figura 100 – SAAE - Aparecida na rua José

Macedo Costa (Fonte: Acervo do autor, 2017)

Figura 101 – Comunidade do Divino Espírito

Santo na rua José Elache (Fonte: Acervo do autor, 2017)

Uma importante particularidade desse bairro é a realização de duas feiras: a freira livre e a

feira dos comerciantes.

A feira livre acontece todos os domingos na rua Joaquim Alves Pereira, próximo ao túnel

sob a linha férrea. Em análise do local, verificou-se a ausência de placas de trânsito

sinalizando a interdição da rua, o que garantiria a segurança dos feirantes e dos munícipes.

A feira dos comerciantes, acontece na avenida Monumental, de quinta a domingo, sendo

que em dias de feriados e festas religiosas o cronograma se estende para a semana toda.

Essa feira é formada por aproximadamente 2.300 barracas onde são vendidas diversas

mercadorias e, por esse motivo, torna-se um dos pontos mais movimentados da cidade

(Figuras 102 a 105).

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

96

Figura 102 – Avenida Monumental, Vista 01

(Fonte: Acervo do autor, 2017)

Figura 103 – Avenida Monumental, Vista 02

(Fonte: Acervo do autor, 2017)

Figura 104 – Feira dos Comerciantes, Vista 01

(Fonte: Acervo do autor, 2017)

Figura 105 – Feira dos Comerciantes, Vista 02

(Fonte: Acervo do autor, 2017)

Com relação ao saneamento básico, verificou-se a ocorrência de acondicionamento

inadequado dos resíduos sólidos domiciliares por parte dos moradores, sendo encontrada

uma grande quantidade de resíduos sobre as calçadas, como pode ser observado na Figura

106.

Além desses fatores, observou-se a ausência de guias, sarjetas e bocas de lobo em

algumas ruas do bairro. Ressalta-se que a inexistência desses dispositivos de drenagem

pode ocasionar inundações, trazendo risco a qualidade de vida da população local.

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

97

Figura 106 –RSD em Calçada (Fonte: Acervo do autor, 2017)

Em vistoria a campo constatou-se que algumas ruas do bairro ainda se encontram sem

pavimentação e iluminação (Figura 107), sendo que grande parte das ruas são

pavimentadas com paralelepípedos (Figuras 108 e 109).

Figura 107 – Avenida Presidente Juscelino

Kubitscheck (Fonte: Acervo do autor, 2017)

Além disso, o bairro Ponte Alta é limitado de um lado pela região central do município e de

outro pelo Rio Paraíba do Sul, dessa maneira encontram-se consolidado, estando boa parte

das construções em área de preservação permanente, ou seja, tem um uso intenso do solo,

que ocorreu de forma desordenada.

Essa ocupação irregular traz risco de inundação para os domicílios dessa área, sendo este

avaliado pelo IG (2011) como de baixo a muito alto.

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

98

Figura 108 – Vista da Rua Luís Chad

(Fonte: Acervo do autor, 2017)

Figura 109 – Vista da Rua José L. da Silva

(Fonte: Acervo do autor, 2017)

Com relação aos terrenos vazios, foram identificadas duas situações: alguns em

concordância com o Código de Postura do Município, ou seja, murados, com portões

vazados e com a manutenção da vegetação em dia (Figura 110), e outros com ausência total

de manutenção e grande acúmulo de RCD (Figuras 111 e 112).

Figura 110 – Terreno em concordância com o

Código de Posturas (Fonte: Acervo do autor, 2017)

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

99

Figura 111 – ausência de manutenção em terreno

vazio na rua Isack Júlio Barreto (Fonte: Acervo do autor, 2017)

Figura 112 – Acúmulo de resíduos em terreno

vazio na rua Higino Macedo (Fonte: Acervo do autor, 2017)

3.1.7 Bairro Santa Terezinha

O bairro Santa Terezinha tem 0,45 km2 de área e encontra-se em um período de acelerada

expansão urbana.

As instituições públicas instaladas no bairro são: creches, escolas, praças, Unidade Básica

de Saúde (UBS) e o Centro de Referência Especializada de Assistência Social (CREAS)

(Figuras 113 a 119).

Figura 113 – Creche Santa Terezinha na rua José

Leite (Fonte: Acervo do autor, 2017)

Figura 114 – E.M.E.F. Anísio Novaes na rua André

Tozzeto (Fonte: Acervo do autor, 2017)

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

100

Figura 115 – UBS na rua Alexandro César dos

Santos Gregório (Fonte: Acervo do autor, 2017)

Figura 116 – UBS na rua Alexandro César dos

Santos Gregório (Fonte: Acervo do autor, 2017)

Figura 117 – Praça na Rua Maria A. Barreiro

(Fonte: Acervo do autor, 2017)

Figura 118 – Praça na Rua Morentina Maria da

Conceição Teixeira (Fonte: Acervo do autor, 2017)

Figura 119 – CREAS na rua Francisco Palma

(Fonte: Acervo do autor, 2017)

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

101

No tocante as condições das ruas, observou-se a ausência de pavimentação, iluminação e

sistema de drenagem urbana em algumas vias do bairro (Figuras 120 e 121).

Figura 120 – Rua Américo Alves Pereira Filho

(Fonte: Acervo do autor, 2017)

Figura 121 – Rua Morentina Maria da Conceição

Teixeira (Fonte: Acervo do autor, 2017)

Ao avaliar o acondicionamento dos RCD, identificou-se a disposição clandestina em beiras

de estradas e lotes sem edificações, favorecendo a proliferação de insetos e roedores

(Figura 122).

Figura 122 – Lançamento Clandestino de RCD

(Fonte: Acervo do autor, 2017)

No que se refere as áreas de risco (IG, 2011), o bairro Santa Terezinha apresenta o risco de

ocorrência de inundação e enchentes na avenida Alexandre César dos Santos Gregório, que

apresenta vulnerabilidade de risco baixo.

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

102

3.1.8 Bairro Santa Edwirges

O bairro denominado Santa Edwirges surgiu por volta de 2005 e encontra-se em

regularização (Figuras 123 e 124). Há um processo do Ministério Público do Estado de São

Paulo (Protocolo PJ 233/2015) que trata da ocorrência do aterramento clandestino realizado

no bairro.

Figura 123 –Panorâmica do Bairro em Expansão,

Vista 01 (Fonte: Acervo do autor, 2017)

Figura 124 – Panorâmica do Bairro em

Expansão, Vista 02 (Fonte: Acervo do autor, 2017)

A prefeitura municipal executou a ampliação da rede de abastecimento de água para essas

áreas, porém o atendimento ainda não envolveu a totalidade das residências. Além desse

aspecto, verificou-se também a ausência de pavimentação, de sistemas de drenagem, de

rede coletora de efluentes e de iluminação pública (Figura 125).

Figura 125 – Ausência de pavimentação

(Fonte: Acervo do autor, 2017)

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

103

Em vistoria a campo, constatou-se o lançamento de esgoto a céu aberto e a disposição de

grande parte dos RCD e dos Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) em beiras de estradas e em

terrenos vazios (Figuras 126 a 128).

Figura 126 – Destinação Inadequada de RSU

(Fonte: Acervo do autor, 2017)

Figura 127 – Destinação Inadequada de RCD

(Fonte: Acervo do autor, 2017)

Figura 128 – Lotes Vagos

(Fonte: Acervo do autor, 2017)

No que se refere as áreas de risco mapeadas pelo IG (2011), o Santa Edwirges apresenta

risco de ocorrência de inundação com vulnerabilidade entre baixo e muito alto, estando

todas as residências já construídas no bairro localizadas nessas áreas.

3.1.9 Bairro Vila Mariana

O bairro Vila Mariana tem 0,72 km2 de área e apresenta a seguinte infraestrutura aos

munícipes: praças, campo de areia, escolas municipais, igrejas e academia ao ar livre

(Figuras 129 a 134).

Em visita a campo, observou-se a correta manutenção e conservação da vegetação e dos

equipamentos das praças, assim como das demais infraestruturas existentes.

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

104

Figura 129 – Panorâmica da Praça na rua Filipo

(Fonte: Acervo do autor, 2017)

Figura 130 – Quadra da Escola Manoel Ignácio

de Moraes na rua Pedro Maria Pillippo (Fonte: Acervo do autor, 2017)

Figura 131 – Igreja de Santo Antônio na rua José

Murad (Fonte: Acervo do autor, 2017)

Figura 132 – Igreja de Santa Terezinha

(Fonte: Acervo do autor, 2017)

Figura 133 – Centro de Nutrição Escolar

Mercedes Rosa Rodrigues na rua Pedro Maria Pillippo

(Fonte: Acervo do autor, 2017)

Figura 134 – Creche Maristela Jacob de Souza

na rua Vicente de Almeida (Fonte: Acervo do autor, 2017)

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

105

No bairro também acontecem as populares feiras livres, em que os feirantes instalam suas

barracas todas as terças-feiras na rua Vicente de Almeida, para a comercialização de frutas

e verduras. Assim como em outros bairros, verificou-se a ausência de placas de trânsito

sinalizando a interdição da rua, o que garantiria a segurança dos feirantes e dos munícipes

(Figuras 135 e 136).

Figura 135 – Rua Vicente de Almeida

(Fonte: Acervo do autor, 2017)

Figura 136 – Rua Vicente de Almeida em dia de

Feira (Fonte: Acervo do autor, 2017)

Com relação aos lotes não edificados, verificou-se que a maioria encontra-se em desacordo

com o Código de Posturas do município: sem manutenção e proteção e servindo de

depósito de RCD (Figuras 137 e 138).

Figura 137 – Lotes Sem Edificações, Vista 01

(Fonte: Acervo do autor, 2017)

Figura 138 – Lotes Sem Edificações, Vista 02

(Fonte: Acervo do autor, 2017)

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

106

Outro fator encontrado foi o armazenamento de resíduos recicláveis e de RCD nas calçadas,

obstruindo a livre passagem dos pedestres, como pode ser observado nas Figuras 139 e

140.

Verificou-se também a existência de poucas bocas de lobo e sarjetas, o que pode ocasionar

inundações ou enchentes devido a deficiência do sistema de escoamento das águas

pluviais, além de oferecer riscos a população local.

Figura 139 – Resíduos Recicláveis Rua Alexandre César dos Santos Gregório

(Fonte: Acervo do autor, 2017)

Figura 140 – Destinação Inadequada de RCD na

rua Antenor Caetano (Fonte: Acervo do autor, 2017)

No que se refere as áreas de risco, mapeadas pelo Instituto Geológico (IG, 2011), o bairro Vila

Mariana apresenta ocorrência do evento de inundação e enchentes na praça João Vieira

dos Santos e na rua João Maria Guimarães Filippo, que apresentam vulnerabilidade de risco

baixo.

3.1.10 Bairro Aroeira

O bairro Aroeiras tem 0,38 km2 de área e é dividido de uma ponta a outra pela Rodovia

Presidente Dutra, o que tornou sua ocupação diferente em cada um dos lados.

Considerando o sentido SP-RJ da rodovia, observou-se que o lado esquerdo do bairro é

totalmente consolidado, próximo a região central do município e com toda infraestrutura

necessária à população; já o lado direito está em expansão, com pouca infraestrutura e

muitos lotes ainda sem edificações.

O acesso de um lado do bairro a outro pode ser realizado de três maneiras: pela Rodovia

Presidente Dutra ou por dois túneis sob a mesma. O primeiro túnel, situado próximo à

Avenida Zezé Valadão, onde transitam pedestres, carros e motos, é uma passagem estreita,

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

107

sem iluminação e desprovida de placas de sinalização (Figura 141). Os demais acessos,

tanto a rodovia, quanto o túnel próximo à rua Agenor Guarani, não apresentam nenhum

problema.

Figura 141 – Travessia Sob a Rodovia Presidente

Dutra próximo à Avenida Zezé Valadão (Fonte: Acervo do autor, 2017)

Na parte consolidada do bairro, é possível observar a existência de instituições de

atendimento ao público, tais com o Departamento Estadual de Trânsito (DETRAN), escolas

municipais, o poder judiciário do município e um complexo administrativo/operacional, o

qual situam o Departamento de Água e Energia Elétrica (DAEE), a Secretaria Municipal de

Meio Ambiente, a Secretaria Municipal de Segurança Pública e Trânsito e a Unidade de

Fiscalização Ambiental do Estado de São Paulo (Figuras 142 a 147).

Figura 142 – DAEE na Avenida Padroeira do

Brasil (Fonte: Acervo do autor, 2017)

Figura 143 – DETRAN na Avenida Padroeira do

Brasil (Fonte: Acervo do autor, 2017)

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

108

Figura 144 – E.E. Professor Murillo do Amaral na

Avenida Padroeira do Brasil, Vista 01 (Fonte: Acervo do autor, 2017)

Figura 145 – E.E. Professor Murillo do Amaral na

Avenida Padroeira do Brasil, Vista 02 (Fonte: Acervo do autor, 2017)

Figura 146 – Poder Judiciário, justiça do

Trabalho e Vara do trabalho de Aparecida na Avenida Padroeira do Brasil

(Fonte: Acervo do autor, 2017)

Figura 147 – Complexo Administrativo e

operacional na Avenida Padroeira do Brasil (Fonte: Acervo do autor, 2017)

Outro aspecto observado no bairro foi a existência de apenas dois pontos de ônibus

cobertos, estando ambos na avenida Padroeira do Brasil (Figuras 148 e 149), as demais ruas

do bairro são desprovidas dessas instalações.

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

109

Figura 148 – Ponto de Ônibus, Vista 01

(Fonte: Acervo do autor, 2017)

Figura 149 – Ponto de Ônibus, Vista 02

(Fonte: Acervo do autor, 2017)

Na região em expansão, constatou-se algumas áreas de risco, nas quais a prefeitura

municipal executou obras de contenção das erosões (Figura 150). Segundo o mapeamento

do IG (2011), o bairro Aroeira apresenta ocorrência dos seguintes eventos:

Escorregamento em encosta nas ruas Benedito Rocha Reis, José Crispim Filho,

Zequinha Lemes, Irmã Vilma e Afonso Chiesa, que apresentam grau de

probabilidade de risco de médio a muito alto.

Erosão na rua Afonso Chiesa de médio grau de risco.

Outro ponto observado foi a falta de manutenção e conservação dos terrenos baldios,

estando propícios a proliferação de animais transmissores de doenças.

Como nos demais bairros, em Aroeiras também há problemas como vias inadequadas e

ausência de um sistema de microdrenagem, tais como poucas bocas de lobo, ausência de

manutenção das ruas pavimentadas com paralelepípedos e ausência de sarjetas (Figura

151).

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

110

Figura 150 – Muro de Contenção de Encosta na

rua Zequinha Lenes (Fonte: Acervo do autor, 2017)

Figura 151 – Panorâmica da Rua Irmã Vilma

(Fonte: Acervo do autor, 2017)

Segundo informações dos moradores locais, a infraestrutura local também é falha nos

seguintes aspectos: inexistência de manutenção da pavimentação, iluminação precária,

ausência de lombadas e sinalização viária, a limpeza das ruas não abrange toda a área de

expansão e a capina e poda das árvores é realiza pelos próprios moradores (Figura 152).

Figura 152 – Praça na Rua Agenor Guarani

(Fonte: Acervo do autor, 2017)

3.1.11 Bairro São Roque

O bairro São Roque tem 0,33 km2 de área e suas características são bem semelhantes às

do bairro Aroeiras, ou seja, por ser cortado de ponta a ponta pela Rodovia Presidente Dutra,

a região situada próximo ao núcleo urbano é consolidada, sendo a outra, uma área em

expansão.

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

111

O único acesso a São Roque é pelo bairro Aroeiras, que possui as passagens sob a Rodovia

Presidente Dutra, como mencionado anteriormente.

Em visita a campo constatou-se que na região consolidada do bairro há instituições de

atendimento ao público e áreas de lazer, tais como praças, academias ao ar livre, escolas

municipais, igrejas, o Centro de Atendimento Psicossocial (CAPS), o Centro de Vigilância

em Saúde, o Fórum, a Agência da Previdência Social/INSS, o clube Umuarama e a

Delegacia de Polícia (Figuras 153 a 162). Outro aspecto observado é a existência de pontos

de ônibus cobertos localizados na avenida Padroeira do Brasil. Salienta-se que apesar de

possuir pontos de ônibus cobertos nessa avenida, as demais ruas do bairro são desprovidas

dessas instalações.

Figura 153 – Praça de São Roque na Avenida

Zezé Valadão (Fonte: Acervo do autor, 2017)

Figura 154 – Clube Umuarama na Avenida

Padroeira do Brasil (Fonte: Acervo do autor, 2017)

Figura 155 – E.M.E.F. Professora Virgulina M. M.

Fázzeri na Avenida Padroeira do Brasil (Fonte: Acervo do autor, 2017)

Figura 156 – Centro de Atendimento

Psicossocial de Aparecida na Avenida Padroeira do Brasil

(Fonte: Acervo do autor, 2017)

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

112

Figura 157 – E. E. Américo Alves na Praça Padre

Vitor Coelho de Almeida (Fonte: Acervo do autor, 2017)

Figura 158 – Igreja e Paróquia de São Roque na

Avenida Zezé Valadão (Fonte: Acervo do autor, 2017)

Figura 159 – Vigilância em Saúde na Avenida

Padroeira do Brasil (Fonte: Acervo do autor, 2017)

Figura 160 – Fórum na Avenida Padroeira do

Brasil (Fonte: Acervo do autor, 2017)

Figura 161 – Delegacia de Polícia na Praça Padre

Vitor Coelho de Almeida (Fonte: Acervo do autor, 2017)

Figura 162 – Agência da Previdência

Social/INSS na Avenida Padroeira do Brasil (Fonte: Acervo do autor, 2017)

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

113

Na região em expansão, constatou-se algumas áreas de risco que, segundo o mapeamento

do IG (2011), apresenta ocorrência dos seguintes eventos:

Escorregamento em encosta nas ruas Zequinha Lemes, Salviana Souza, Aristeu

Venerando, Horácio de Moraes e Luís Siqueira, que apresentam grau de

probabilidade de risco de médio a muito alto.

Erosão na rua Salviana Souza e Aristeu Venerando, além de uma área atrás do Posto

Tigrão, de baixo e alto grau de risco.

Verificou-se também problemas com o adensamento absurdo e com o sistema de

drenagem, tais como a existência de poucas bocas de lobo, falta de manutenção das ruas

pavimentadas com paralelepípedos e ausência de sarjetas (Figuras 163 e 164).

Figura 163 – Panorâmica da Rua Salviano de

Souza (Fonte: Acervo do autor, 2017)

Figura 164 – Panorâmica da Rua Aristeu

Venerando (Fonte: Acervo do autor, 2017)

Outro ponto observado foi a falta de manutenção nos terrenos baldios, bem como a

destinação indevida de RCD em beiras de estradas, ações que estão em desacordo com a

Seção II, Artigo 193 e 196 do Código de Posturas.

3.1.12 Bairro Jardim São Paulo

O bairro Jardim São Paulo tem 0,13 km2 de área totalmente consolidada, com várias praças

constituídas por playground e academias ao ar livre, devidamente conservadas pela

prefeitura municipal (Figuras 165 a 168).

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

114

No aspecto urbanístico, verificou-se que as vias do bairro são largas e as calçadas são

adequadas.

Figura 165 – Praça da Fonte

(Fonte: Acervo do autor, 2017)

Figura 166 – Praça Kennedy

(Fonte: Acervo do autor, 2017)

Figura 167 – Praça do Relógio (Fonte: Acervo do autor, 2017)

Figura 168 – Panorâmica da Avenida Padroeira

do Brasil (Fonte: Acervo do autor, 2017)

Além das áreas de lazer, o bairro também possui instituições públicas, como escolas e

igrejas, conforme apresentado nas Figuras a seguir.

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

115

Figura 169 – Colégio Millenniun na rua Barão do

Rio Branco (Fonte: Acervo do autor, 2017)

Figura 170 – Comunidade São Paulo na

Alameda Chadad Gebran (Fonte: Acervo do autor, 2017)

No bairro Jardim São Paulo também acontece uma feira livre, a qual, diferentemente das

demais, ocorre fora da via pública, no pátio da Praça Kennedy, ao lado da Praça do Relógio,

mantendo assim a segurança dos feirantes e dos munícipes (Figuras 171 e 172).

Figura 171 – Pátio da Praça Kennedy

(Fonte: Acervo do autor, 2017)

Figura 172 – Pátio da Praça Kennedy em Dia de

Feira (Fonte: Acervo do autor, 2017)

Apesar de ser considerado um bairro consolidado, observou-se a deficiência do sistema de

drenagem de águas pluviais, ou seja, as vias são constituídas por poucas bocas de lobo.

Outro ponto verificado foi a destinação inadequada dos RSU, sendo os mesmos

depositados de forma inadequada sobre muros e calçadas, estando assim sujeitos a ação

de animais e de intempéries (Figura 173 e 174).

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

116

Figura 173 – Disposição de RSU nos muros

(Fonte: Acervo do autor, 2017)

Figura 174 – Disposição de RSU nas calçadas

(Fonte: Acervo do autor, 2017)

3.1.13 Bairro Perpétuo Socorro

O bairro Perpétuo Socorro tem 0,33 km2 e é um dos bairros mais novos de Aparecida.

Em levantamento de campo identificou-se áreas de lazer e instituições públicas, tais como

praças, igrejas e escolas municipais (Figuras 175 e 176). Além disso, verificou-se a existência

de muitos lotes ainda vagos, o que demonstra área em expansão no seu perímetro territorial

urbano.

Figura 175 – Igreja Perpétuo Socorro na rua

Clementina Castro (Fonte: Acervo do autor, 2017)

Figura 176 – Escola Municipal de Ensino

Fundamental e Integral Professor Aureliano Paixão na rua Padre Noé Sotilho

(Fonte: Acervo do autor, 2017)

Quanto as áreas de risco, o IG (2011) identificou um trecho com perigo baixo de erosão.

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

117

Nas ruas do bairro, apesar de serem largas, observou-se a ausência de sistemas de

drenagem, como sarjetas e bocas de lobo (Figuras 177 e 178), assim como a ausência de

padronização das calçadas, estando em desacordo com o Código de Posturas do Município.

Figura 177 – Panorâmica da rua Padre Noé

Sotilho, Vista 01 (Fonte: Acervo do autor, 2017)

Figura 178 – Panorâmica da rua Padre Noé

Sotilho, Vista 02 (Fonte: Acervo do autor, 2017)

Outro problema identificado foi a destinação clandestina de RCD em beiras de estradas e

em terrenos baldios, bem como a ocorrência de veículos particulares, pertencentes a um

estabelecimento comercial do ramo de manutenção automotiva, estacionados em vias

públicas (Figuras 179 e 180).

Figura 179 – Destinação Indevida de RCD na rua

José dos Santos (Fonte: Acervo do autor, 2017)

Figura 180 – –Panorâmica da Praça Perpétuo

Socorro (Fonte: Acervo do autor, 2017)

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

118

3.1.14 Bairro São Francisco

O bairro São Francisco tem 0,31 km2 de área e, segundo informações locais, era

popularmente conhecido como Bairro do Machado, sendo criado por volta de 1958.

No bairro podem ser encontradas algumas instituições públicas, como a creche municipal,

o CRAS São Francisco e a igreja de São Francisco (Figuras 181 a 184).

Em se tratando de transporte público, verificou-se a existência de apenas um ponto de

ônibus para atendimento a toda população, além disso os moradores do bairro informaram

que consideram muito longo o intervalo de horário entre um ônibus e outro (Figura 178).

Figura 181 – Igreja de São Francisco na rua Teresa Maria Ferreira

(Fonte: Acervo do autor, 2017)

Figura 182 – E.M.E.I Creche Integral Professora Maria da Glória Freitas na rua Benedito Garcia

dos Reis (Fonte: Acervo do autor, 2017)

Figura 183 – Centro de Referência e Assistência

Social na rua Teresa Maria Ferreira (Fonte: Acervo do autor, 2017)

Figura 184 – Ponto de Ônibus na rua Benedito

Garcia dos Reis (Fonte: Acervo do autor, 2017)

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

119

Em visita a campo pode ser constatada a ausência de sistema de drenagem adequado, ou

seja, há apenas uma galeria de drenagem no bairro, a qual são lançados clandestinamente

os efluentes líquidos gerados nas residências próximas. Segundo informações dos

moradores locais, essa galeria exala fortes odores, além de propiciar a proliferação de

animais vetores, tais como escorpiões, baratas e ratos (Figuras 185 e 186).

Verificou-se também que os RSU gerados no bairro são destinados a um ponto de

transbordo devidamente cercado, entretanto, sem cobertura, placas de identificação e

iluminação (Figura 187).

Figura 185 – Sistema de Drenagem na rua

Teresa Maria Ferreira (Fonte: Acervo do autor, 2017)

Figura 186 – Panorama da Rua Tereza Maria de

Ferreira (Fonte: Acervo do autor, 2017)

Figura 187 – Ponto de transbordo na rua Teresa

Maria Ferreira (Fonte: Acervo do autor, 2017)

Ao avaliar os aspectos urbanísticos, notou-se o crescimento sem regramento, evidenciado

pela inadequação das vias e a precariedade das calçadas.

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

120

Apesar de ser antigo, o bairro São Francisco ainda é constituído por muitos lotes vazios, os

quais mantêm as mesmas características dos demais bairros de Aparecida, ou seja, não

possuem manutenção, proteção e portões vazados para facilitar a fiscalização (Figura 188).

Figura 188 – Lotes Sem Edificações na rua

Teresa Maria Ferreira (Fonte: Acervo do autor, 2017)

No que se refere as áreas de risco, mapeadas pelo Instituto Geológico (IG, 2011), o bairro São

Francisco apresenta ocorrência dos seguintes eventos:

Inundações na rua Padre Gebardo, que apresenta vulnerabilidade de risco baixo.

Escorregamento em encosta nas ruas Abrão Kalil Michica, Tereza Maria Ferreira,

Benedito Garcia dos Reis, Joaquim Garcia dos Reis, Pedro Alves Silva e Padre

Gebando, que apresentam grau de probabilidade de risco que varia entre baixo e

alto.

Erosão na rua Benedito Garcia dos Reis com vulnerabilidade de risco médio e alto.

3.1.15 Bairro Santa Rita

O bairro Santa Rita tem 0,35 km2 de área e situa-se próximo a região central do município.

Em visita a campo, verificou-se a existência de instituições de atendimento ao público,

como a Circunscrição Regional de Trânsito (CIRETRAN), escolas municipais, praças

públicas, igrejas (Figuras 189 a 192), além de vários pontos de ônibus em algumas vias

(Figura 193).

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

121

Figura 189 – CIRETRAN na rua Vicente Pasin

(Fonte: Acervo do autor, 2017)

Figura 190 – E.M.E.F. Professora Maria Conceição Pires na rua Pé João Batista

(Fonte: Acervo do autor, 2017)

Figura 191 – Praça Pública na Alameda Silvio de

Almeida (Fonte: Acervo do autor, 2017)

Figura 192 – Igreja de Santa Rita na rua Paulo

Chadad (Fonte: Acervo do autor, 2017)

Figura 193 – Ponto de ônibus na Avenida

Getúlio Vargas (Fonte: Acervo do autor, 2017)

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

122

Semelhante ao que acontece em outros bairros do município, verificou-se a deficiência do

sistema de drenagem (Figura 194), ausência de manutenção nas ruas constituídas em

paralelepípedos, ausência de calçamento em algumas ruas e muitas ruas estreitas,

salientando-se que as calçadas são de responsabilidade dos moradores locais, com

exceção das vias que não possuem lotes, sendo a responsabilidade da própria prefeitura.

Esses aspectos demonstram o crescimento das construções e o adensamento das

residências sem regramento.

Figura 194 – Panorâmica da Rua Pedro L.

Figueira (Fonte: Acervo do autor, 2017)

Outro problema identificado foi a disposição inadequada de resíduos domiciliares e de

podas sobre as calçadas, impedindo assim a passagem dos pedestres que por ali transitam

(Figuras 195 e 196).

Quanto aos lotes não edificados, verificou-se em campo a falta de manutenção, bem como

as destinações clandestinas de resíduos provenientes da construção civil em terrenos não

edificados, fatores que vem se repetindo em todo o município (Figura 197).

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

123

Figura 195 – Destinação Clandestina de

Resíduos na rua Benedita Januário de Lima (Fonte: Acervo do autor, 2017)

Figura 196 – Destinação Clandestina de

Resíduos na rua Floriano Peixoto (Fonte: Acervo do autor, 2017)

Figura 197 – Lote sem Edificação na rua

Benedita Januário de Lima (Fonte: Acervo do autor, 2017)

No que se refere as áreas de risco, mapeadas pelo Instituto Geológico (IG, 2011), o bairro

Santa Rita apresenta ocorrência de inundações e enchentes na rua Santa Rita, que

apresenta vulnerabilidade de risco baixo, médio e alto.

3.1.16 Bairro Sagrada Face

O bairro Sagrada Face tem 0,96 km2 de área e encontra-se em notável expansão.

Em levantamento de campo, foi possível observar que dentre as infraestruturas publicas

existentes no bairro, encontram-se uma praça com academia ao ar livre, uma bica d’água e

uma igreja (Figuras 198 a 200). Segundo relatos, tanto a praça quanto a bica necessitam de

manutenção, sendo esta realizada periodicamente pelos próprios moradores.

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

124

Figura 198 – Igreja Sagrada Face na rua Pedro

Alves da Silva (Fonte: Acervo do autor, 2017)

Figura 199 – Praça na rua Pedro Alves da Silva

(Fonte: Acervo do autor, 2017)

Figura 200 – Bica d'água na Praça

(Fonte: Acervo do autor, 2017)

Quanto ao serviço de coleta de resíduos domiciliares, o bairro Sagrada Face não é 100%

atendido, dessa maneira, os moradores têm que transportar seus resíduos até as

proximidades da igreja Sagrada Face, onde será coletado pelo caminhão da Prefeitura

Municipal. Conforme informações dos moradores, há muito não são realizadas

manutenções no sistema de iluminação pública e de pavimentação das vias (Figuras 201 e

202).

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

125

Figura 201 – Rua Afonso Maria G. dos Réis

(Fonte: Acervo do autor, 2017)

Figura 202 – Rua Benedito Garcia dos Reis

(Fonte: Acervo do autor, 2017)

Visando o melhor atendimento à população, o SAAE-Aparecida implementou uma Estação

Elevatória de Água Tratada (EEAT) no bairro, localizada na rua Padre Gebardo. Em visita a

campo pode-se observar que a área da EEAT é protegida e identificada, estando assim em

concordância com as legislações vigentes (Figura 203).

Figura 203 – EEAT

(Fonte: Acervo do autor, 2017)

Assim como em outros bairros, verificou-se a ocorrência da disposição indevida de RCD em

beiras de estradas e em terrenos baldios (Figuras 204 e 205), bem como o descumprimento

às exigências do Código de Postura por parte dos donos dos lotes vagos, sendo observada

a ausência de cercamento e de manutenção da vegetação.

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

126

Figura 204 – Destinação inadequada de RCD na

rua Padre Gebardo (Fonte: Acervo do autor, 2017)

Figura 205 – Lote sem cercamento na rua Padre

Gebardo (Fonte: Acervo do autor, 2017)

No que se refere as áreas de risco, mapeadas pelo Instituto Geológico (IG, 2011), o bairro

Sagrada Face apresenta ocorrência de inundações e enchentes com vulnerabilidade de

risco baixo, erosão com alto grau de risco e escorregamento em encosta com grau de

probabilidade de risco baixo e médio.

3.1.17 Bairro Santa Luzia

O bairro Santa Luzia tem 0,82 km2 de área e apresenta uma infraestrutura de lazer e de

instituições de atendimento público constituída por: praças, quadra poliesportiva, academia

ao ar livre e uma Unidade Básica de Saúde da Família (ESF) (Figuras 206 e 207). Um

diferencial do bairro Santa Clara é o acesso ao mirante da Santa, na rua Antônio Bitencourt

da Costa, que atualmente encontra-se embargado por ordem judicial, impossibilitando

assim, o acesso de visitantes (Figura 208).

Figura 206 – Academia ao ar livre

(Fonte: Acervo do autor, 2017)

Figura 207 – UBS na rua Primeiro de Maio

(Fonte: Acervo do autor, 2017)

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

127

Figura 208 – Acesso ao mirante da Santa

(Fonte: Acervo do autor, 2017)

Conforme verificado em campo, a maioria das vias do bairro são pavimentadas com

paralelepípedos, estando todas desprovidas de manutenção, situação facilmente notada

pelo desnível do terreno, bem como pelas vegetações rasteiras que crescem entre as pedras

(Figuras 209 e 210). Além disso, observou-se a alta declividade dos terrenos, a largura bem

estreita das ruas e a ausência de calçadas adequadas a correta acessibilidade de todos os

moradores.

Figura 209 – Panorâmica da rua Antônio

Bitencourt da Costa (Fonte: Acervo do autor, 2017)

Figura 210 – Panorâmica da rua Expedicionário

Mônego (Fonte: Acervo do autor, 2017)

Outra situação constatada na rua Benedito J. Dias foi a ocorrência de veículos particulares,

pertencentes a um estabelecimento comercial do ramo de manutenção automotiva,

estacionados em vias públicas, como pode ser observado nas Figuras 211 e 212. Essa ação

encontra-se em desacordo com o Código de Postura (Capítulo IV, Artigo 250, §2°), que

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

128

determina a proibição de veículos para consertos ou reparos estacionarem e permanecerem

à frente de oficinas ocupando vagas em vias públicas.

Figura 211 – Veículos para conserto ocupando vagas em vias públicas, vista 01 (Fonte: Acervo do autor, 2017)

Figura 212 – Veículos para conserto ocupando vagas em vias públicas, vista 02

(Fonte: Acervo do autor, 2017)

Observou-se também os problemas ocasionados pelos lotes vazios desprovidos de

cercamento e manutenção, resultando na disposição inadequada de RCD (Figuras 213 e

214).

Figura 213 – Disposição inadequada de resíduos

em lote na rua Joaquim Israel (Fonte: Acervo do autor, 2017)

Figura 214 – Disposição inadequada de resíduos

em lote na rua Joaquim Israel (Fonte: Acervo do autor, 2017)

No que se refere as áreas de risco, mapeadas pelo Instituto Geológico (IG, 2011), o bairro

Santa Luzia apresenta ocorrência dos seguintes eventos:

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

129

Inundações nas travessas Faustino Teixeira Pinto e José Amador com a rua

Benedito Jesus Dias Filho, área em frente ao cemitério Pio XII e rua Antônio

Bittencourt da Costa, que apresentam vulnerabilidade de risco baixo e médio.

Escorregamento em encosta nas ruas Antônio Bitencourt da Costa, Benedito J. Dias

e Expedicionário Monegro, na viela Joaquim Israel e na travessa José Carlos de

Oliveira, que apresentam grau de probabilidade de risco entre baixo a muito alto.

Erosão na rua Antônio Bittencourt da Costa com grau de risco médio.

3.1.18 Bairro Centro

A região central de Aparecida tem 0,59 km2 de área e localiza-se no entorno da Basílica de

Nossa Senhora da Conceição Aparecida. Atualmente, o centro de Aparecida é considerado

uma área consolidada, com poucas áreas sem edificações e adensamento elevado.

No bairro centro é onde se localizam as principais instituições públicas, tais como a

Prefeitura Municipal, a Agência Regional do Ministério do Trabalho e do Emprego, a Santa

Casa de Misericórdia, o Centro de Saúde e Maternidade, o Centro de Assistência Social

(CAS), bem como os principais Conventos e Seminários do município (Figuras 215 a 222).

Figura 215 – Prefeitura municipal na rua

Professor José Borges Ribeiro (Fonte: Acervo do autor, 2017)

Figura 216 – Agencia do MTE na rua Maestro B

Barreto (Fonte: Acervo do autor, 2017)

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

130

Figura 217 – Convento Noviço São José na rua

Barão do Rio Branco (Fonte: Acervo do autor, 2017)

Figura 218 – Clube dos Sócios na rua Maestro B

Barreto (Fonte: Acervo do autor, 2017)

Figura 219 – Santa Casa na rua Barão do Rio

Branco (Fonte: Acervo do autor, 2017)

Figura 220 – Centro de Saúde Dr. José Monteiro

do Amaral na rua Padre Claro Monteiro (Fonte: Acervo do autor, 2017)

Figura 221 – CAS na rua Ana Rosa Soares

Penido (Fonte: Acervo do autor, 2017)

Figura 222 – Seminário Redentorista Santo

Afonso na rua Padre Claro Monteiro (Fonte: Acervo do autor, 2017)

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

131

Além da Basílica de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, é possível encontrar várias

igrejas e comunidades religiosas dentro do perímetro urbano central (Figuras 223 e 224).

Figura 223 – Igreja de São benedito

(Fonte: Acervo do autor, 2017)

Figura 224 – Basílica de Nossa Senhora da

Conceição Aparecida (Fonte: Acervo do autor, 2017)

O núcleo urbano oferece também áreas de lazer, como praças, playgrounds e academias

ao ar livre. Além disso, verificou-se a existência de vários pontos de ônibus, atendendo a

necessidade por transporte público de toda população (Figuras 225 a 228).

Figura 225 – Praça Nossa Senhora Aparecida

(Fonte: Acervo do autor, 2017)

Figura 226 – Praça Dr. Benedito Mereilles

(Fonte: Acervo do autor, 2017)

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

132

Figura 227 – Ponto de Ônibus, Vista 01

(Fonte: Acervo do autor, 2017)

Figura 228 – Ponto de Ônibus, Vista 02

(Fonte: Acervo do autor, 2017)

Dentre os problemas identificados, constatou-se a ausência de um sistema adequado de

drenagem de águas pluviais, a falta de manutenção das calçadas e a existência de vias

estreitas e insuficientes para a demanda do tráfego da região central (Figuras 229 a 232).

Além disso, verificou-se a nítida falta de regramento do uso e ocupação do solo.

Figura 229 – Panorâmica da Rua Monte Castelo

(Fonte: Acervo do autor, 2017)

Figura 230 – Panorâmica da Rua Oliveira Braga

(Fonte: Acervo do autor, 2017)

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

133

Figura 231 – Deficiência de Drenagem

(Fonte: Acervo do autor, 2017)

Figura 232 – Ausência de manutenção das

Calçadas (Fonte: Acervo do autor, 2017)

Por ser uma região já consolidada, há poucos lotes não edificados, porém, em vistoria a

campo, pode-se observar que os que existem encontram-se em discordância ao Código de

Posturas, devido à ausência de manutenção e cercamento e a disposição irregular de RCD

(Figuras 233 e 234).

Figura 233 – Lotes Sem Edificações na rua

Professor Ana Rosa S. Penido (Fonte: Acervo do autor, 2017)

Figura 234 – Lotes Sem Edificações na rua

Professor Ana Rosa S. Penido (Fonte: Acervo do autor, 2017)

3.2 DEMANDAS JUDICIAIS DE USO DO SOLO

Com o intuito de avaliar a situação do município perante o Poder Judiciário, foram

levantados, junto a Prefeitura Municipal, todos os processos e documentos que envolvem

questões referentes ao tema de uso e ocupação do solo.

Os documentos inventariados são apresentados no mapa e elencados a seguir.

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

134

Figura 235 – Processos judiciais de uso do solo (Fonte: Elaborado pelo autor, 2017)

3.2.1 Regularização de Loteamento do Bairro Jardim Santo Afonso

Esse processo refere-se à regularização de loteamento localizado no bairro Jardim Afonso,

mais precisamente nas Ruas Salon Pereira, José Lucas da Silva com Avenida Marginal

Paraíba (atual Luiz Chad), São Pedro, São Clemente e São Benedito, e Avenidas Marginal

Paraíba (atual Luiz Chad) e Juscelino Kubitscheck ;e envolve os seguintes aspectos:

deficiência no sistema de drenagem superficial, lotes oriundos de desdobros e

remembramentos, dimensão de gleba superior à prevista em projeto, registros imobiliários

divergentes e lotes em APP.

A numeração dos documentos judiciais são as seguintes:

Processo 0003215-12.2014.8.26.0028 – Ministério Público do Estado de São Paulo

Inquérito Civil Público – 1.34.014.000454/2002-68 – Ministério Público Federal

3.2.2 Assoreamento do Rio Paraíba Do Sul

Esse processo refere-se ao risco de ocorrência de enchentes e inundações em áreas

situadas no centro do município no período de chuvas.

A numeração dos documentos judiciais são as seguintes:

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

135

Inquérito Civil Público – 14.0700.0000059/2011-3 – Ministério Público do Estado

de São Paulo – GAEMA

TAC 37/11 – Ministério Público do Estado de São Paulo - GAEMA

3.2.3 Desmembramento Irregular

Esse processo refere-se ao desmembramento irregular localizado na Rua Benedito Garcia

dos Reis, bairro São Francisco, envolvendo os seguintes aspectos: - inexistência de projeto

de desmembramento de solo, ausência de sistema de disposição final de efluentes

domésticos, edificações em APP e construções em áreas de risco.

A numeração dos documentos judiciais são as seguintes:

Processo 0002531-872014.8.26.0028 – Ministério Público do Estado de São Paulo

Inquérito Civil 13/03 – Ministério Público do Estado de São Paulo – CAEX

3.2.4 Edificações em Área de Risco

Esse processo trata da edificação em áreas de risco localizada na Rua Benedito Garcia dos

Reis, no bairro São Francisco, e na Rua Zequinha Lemes, no bairro Aroeira; e sobre a retirada

de vegetação de áreas de encosta, execução de movimentação de terra inadequada para

cortes e aterros e construção de residências em áreas de risco, localizada na Rua Zequinha

Lemes, entre os números 924 e 960, bairro Aroeira.

A numeração dos documentos judiciais são as seguintes:

Inquérito Civil 237/13 – Ministério Público do Estado de São Paulo – Promotoria de

Justiça de Habitação, Urbanismo e Meio Ambiente

Laudo Pericial referente ao Processo 0004944-73.2014.8.26.0028 – 2º Vara Civil do

Fórum da Comarca de Aparecida

3.2.5 Loteamento Clandestino

Esse processo se refere a construção irregular do Loteamento Jardim Beira Rio, área situada

abaixo da Avenida Marginal Beira Rio, e trata sobre a ausência de aprovação de projeto de

desmembramento de solo, inexistência de áreas de uso institucional e de lazer, lotes com

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

136

área inferior ao tamanho mínimo exigido pela lei, ausência de sistema adequado de

disposição de efluentes domésticos, lotes em APP e área de várzea.

A numeração dos documentos judiciais são as seguintes:

Processo 0001409-39.2014.8.26.0028 – Ministério Público do Estado de São Paulo

Inquérito Civil 12/03 – Ministério Público do Estado de São Paulo – Promotoria de

Justiça de Habitação, Urbanismo e Meio Ambiente

3.2.6 Plano de Prevenção, Redução e Eliminação de Riscos, bem como de

Áreas Sujeitas a Inundações e Deslizamentos

Esse processo refere-se ao Plano de prevenção, redução e eliminação de riscos, bem como

de áreas sujeitas a inundações e deslizamentos, sendo relacionado as áreas especificadas

no mapeamento do Instituto Geológico – GEDEC.

A numeração dos documentos judiciais são as seguintes:

Processo 0001224-64.2015.8.26.0028 – Ministério Público do Estado de São Paulo

Inquérito Civil 14.0192.0000475/2014-7 – Ministério Público do Estado de São Paulo

3.2.7 Aterramento Clandestino

Esse processo trata da ocorrência de aterramento clandestino realizado no bairro Jardim

Santa Edwirges.

A numeração dos documentos judiciais são as seguintes:

Protocolo PJ 233/2015 – Ministério Público do Estado de São Paulo – Promotoria de

Justiça de Aparecida.

3.2.8 Feira de Ambulantes

Esse processo trata do comércio ambulante localizado na Avenida Monumental, um dos

acessos ao Santuário Nacional. Nesse local, são montadas barracas de comerciantes em

dias determinados da semana, impedindo completamente o trânsito local.

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

137

3.3 LEGISLAÇÕES E ESTUDOS EXISTENTES

Objetivando organizar as informações já disponíveis na prefeitura, realizou-se a análise

técnica da legislação vigente, sendo esta uma das atividades primordiais para a eficaz

construção da revisão do Plano Diretor.

As normatizações inventariadas são elencadas a seguir.

3.3.1 Lei Orgânica

A Lei Orgânica do Município da Estância Turístico-Religiosa de Aparecida foi promulgada

em 05 de abril de 1990 e estrutura o exercício do poder local, dispondo sobre a organização

municipal, a organização dos poderes, a organização administrativa municipal e a ordem

econômica e social.

3.3.2 Código de Obras

O Código de Obras do Município de Aparecida é o instrumento que permite à administração

municipal exercer o controle e a fiscalização do espaço edificado e seu entorno, garantindo

a segurança e a salubridade das edificações, dispondo sobre as obras de construção,

reconstrução, reforma, aumento, demolição e abertura de ruas no município, sendo criado

pela Lei nº 1.445, de 28 de janeiro de 1971.

3.3.3 Código de Posturas

O Código de Posturas do Município de Aparecida é um instrumento que define os direitos

e deveres dos cidadãos na utilização do espaço urbano, sendo constituído por assuntos

como penalidades, o processo de execução das penalidades, a higiene pública, a política de

costumes, segurança e ordem pública, a utilização das vias públicas e o funcionamento do

comércio e da indústria. Esse código foi criado pela Lei nº 1.913, de 25 de março de 1980.

3.3.4 Código Administrativo

O Código Administrativo é a lei que regula a atuação dos órgãos da administração pública,

assim como as medidas de política administrativa entre o poder público e os munícipes em

matéria de infrações e penalidades, higiene pública, policia de costumes, segurança e

ordem pública, utilização das vias públicas, funcionamento do comércio e da indústria. Esse

código foi criado pela Lei nº 2.067, de 29 de dezembro de 1983.

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

138

3.3.5 Plano Plurianual (PPA)

O Plano Plurianual é um instrumento previsto no art. 165 da Constituição Federal de 1.988

destinado a organizar e viabilizar a ação pública, declarando o conjunto das políticas do

governo para um período de 4 anos. O PPA considerado neste processo de revisão do Plano

Diretor foi o criado pela Lei nº 3.884, de 20 de dezembro de 2013, e dispõe sobre o período

de 2014 a 2017.

3.3.6 Plano Diretor de Macrodrenagem e Manejo de Águas Pluviais de

Aparecida

O Plano Diretor de Drenagem tem como objetivo orientar as principais ações voltadas para

a redução dos problemas de inundações, melhoria da qualidade da água, promoção de

saúde e bem-estar da população. Esse Plano foi finalizado em outubro de 2015.

3.3.7 Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico de Aparecida

O Plano de Saneamento foi instituído pela Lei nº 3.800/2012, sendo elaborado visando

articular, integrar e coordenar recursos tecnológicos, humanos, econômicos e financeiros

para execução dos serviços públicos municipais urbanos de abastecimento de água

potável, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos, drenagem

e manejo de águas pluviais em conformidade com o estabelecido na Lei Federal nº

11.445/2007, e do Decreto nº 7.217/2010.

De acordo com o § 4º do art. 19 da Lei Federal nº 11.445/2007, os planos de saneamento

básico serão revistos periodicamente, em prazo não superior a 4 (quatro) anos, assim, o

plano de Aparecida precisa ser revisto.

3.3.8 Relatório Técnico de Mapeamento de Riscos Associados a

Escorregamentos, Inundações, Erosão, Solapamento, Colapso e

Subsidência do Instituto Geológico

Este relatório apresenta análises qualitativas e qualitativas de superfície do município,

sendo realizado um zoneamento (setorização), classificando o risco em Baixo, Médio, Alto

e Muito Alto. Posteriormente são indicadas as medidas mitigadoras do risco através de

medidas estruturais (obras) e não estruturais (planos preventivos, remoções definitivas ou

temporárias).

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

139

O resultado deste relatório no município apresentou: 116 setores de risco (1.776 moradias

em risco); 12 setores em Risco Muito Alto (286 moradias em risco); 21 setores em Risco Alto

(202 moradias em risco); 34 setores em Risco Médio (365 moradias em risco); 49 setores

em Risco Baixo (1.106 moradias em risco), sendo o total moradias indicadas para remoção:

49.

3.3.9 Plano Diretor de Turismo do Município de Aparecida

O Plano Diretor de Turismo foi desenvolvido com base em pesquisas de demanda,

inventário da oferta turística, estudos técnicos do ambiente atual e previsões futuras, sendo

criada a Política Municipal de Turismo. Com a grade de programas e projetos em mãos o

município de Aparecida tem um norte para o desenvolvimento e muitos projetos para

pleitear recursos junto aos órgãos federais e estudais.

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

140

4 LEITURA DO PLANO DIRETOR VIGENTE

Nessa seção serão apresentadas as diretrizes expressas no Plano Diretor vigente quanto

ao ordenamento territorial do município, mais especificamente o Macrozoneamento e o

Zoneamento.

4.1 MACROZONAS

As delimitações dos macrozoneamentos bem como as descrições de cada um desses

limites conforme a Lei vigente do Plano Diretor, em seu Título III - do Ordenamento

Territorial, Capítulo II, Artigo 30, serão apresentadas a seguir.

Figura 236 – Mapa Geral das Macrozonas

(Fonte: Elaborado pelo Autor, 2017)

4.1.1 Macrozona de Expansão Urbana (MZEU)

A Macrozona de Expansão Urbana (MZEU) corresponde a duas áreas distintas: uma no

Bairro do Itaguaçu e outra no Bairro de Vila Mariana. A área do Bairro do Itaguaçu apresenta

os seguintes limites: ao norte com o rio Paraíba do Sul, ao sul e leste com os trilhos da Rede

Ferroviária Federal e à oeste com o Município de Roseira. A área localizada no Bairro de Vila

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

141

Mariana tem os seguintes limites: ao norte e oeste o rio Paraíba do Sul, ao sul o atual bairro

de Vila Mariana e à leste o Município de Guaratinguetá.

Os principais objetivos da MZEU são:

A implantação de novos sistemas viários;

A priorização de construções próximas à Macrozonas Urbanas Consolidadas

(MZUC);

As restrições de construções em áreas de riscos;

O recebimento de incômodo nos níveis 0, 1 e 2; e

Os imóveis não edificados, subutilizados ou não utilizados, serão passíveis de

parcelamentos, edificações ou utilização compulsórios.

Figura 237 – Mapa da Macrozona de Expansão Urbana- MZEU

(Fonte: Elaborado pelo Autor, 2017)

4.1.2 Macrozona de Proteção Ambiental (MZPAM)

A Macrozona de Proteção Ambiental (MZPAM) corresponde a área de proteção do

ambiente natural, iniciando-se no limite com o município de Roseira, seguindo na direção

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

142

oeste, numa extensão aproximada de 9,50 Km até a divisa com o município de

Guaratinguetá, com largura, no sentido norte sul, de aproximadamente, 1,80 km.

Os principais objetivos da MZPAM são:

As restrições do uso do solo;

A garantia de renovação dos recursos naturais;

A classificação do solo como não residencial;

Far-se-á admitir uso não residencial referentes as prestações de serviços de

turismo, lazer, ensino e pesquisas;

Far-se-á admitir em caráter excepcional a existência de aterro sanitário;

Far-se-á a proibição de parcelamento de glebas abaixo de 20.000 m²; e

Limitará a declividade das vias de acesso a 13%.

Figura 238 - Mapa da Macrozona de Proteção Ambiental- MZPAM

(Fonte: Elaborado pelo Autor, 2017)

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

143

4.1.3 Macrozona Especial de Interesse Turístico e Ecológico (MZEITE)

A Macrozona Especial de Interesse Turístico (MZEITE) corresponde à área no sopé da linha

de cumeeira dos contrafortes da Serra de Quebra-Cangalha, limite da macrozona definida

como Macrozona de Proteção Ambiental (MZPAM), em faixa de aproximadamente 10 km,

do limite do município de Aparecida, a oeste com o município de Roseira até o limite a leste

com o município de Guaratinguetá, envolvendo a represa dos Motas.

Essa Macrozona tem como objetivo:

Garantir a renovação dos recursos ambientais;

O uso do solo fica classificado como não-residencial;

Garantir a diversificação de atividades econômicas baseadas na vocação

turística do município;

Admitir usos não-residenciais referente prestação de serviços turismo, lazer,

ensino e pesquisa.

Nesse contexto será apresentado a seguir o mapa da Macrozona Especial de Interesse

Turístico e Ecológico.

Figura 239 - Mapa da Macrozona Especial de Interesse Turístico e Ecológico - MZEITE

(Fonte: Elaborado pelo Autor, 2017)

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

144

4.1.4 Macrozona Rural de Requalificação (MZRR)

A Macrozona Rural de Requalificação (MZRR) corresponde às áreas rurais, sem urbanização

e povoados identificados, situada ao sul da Macrozona de Proteção Ambiental (MZPAM)

delimitada por esta e pelas divisas dos municípios de Guaratinguetá, Lagoinha e Roseira.

Os principais objetivos dessa Macrozona são:

Sem urbanização e povoados identificados;

Identificar potencial turismo ecológico;

Estabelecer elementos de infraestrutura para desenvolvimento de atividades rurais;

Impedir expansão de processos erosivos.

O mapa de delimitação da Macrozona Rural de Requalificação (MZRR) será apresentado a

seguir.

Figura 240 - Mapa da Macrozona Rural de Requalificação - MZRR

(Fonte: Elaborado pelo Autor, 2017)

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

145

4.1.5 Macrozona Urbana Consolidada (MZUC)

A Macrozona Urbana Consolidada (MZUC) corresponde à área urbanizada ao longo da

margem direita do Rio Paraíba do Sul, ao norte e delimitada ao sul pela Rodovia Presidente

Dutra BR-116, e a leste com a divisa do município de Guaratinguetá onde há conurbação e a

oeste a 3 km do trevo do Itaguaçu da Rodovia Presidente Dutra no sentido Rio-São Paulo.

A Macrozona Urbana Consolidada tem como objetivo:

Uso do solo classificado em residencial, não-residencial e misto;

Garantir a utilização de imóveis não edificados, subutilizados e não utilizados;

Direcionar o adensamento urbano;

Imóveis não edificados, subutilizados ou não utilizados são passíveis de

parcelamento, edificação ou utilização compulsórios;

Receber incômodo nível 0, 1 e 2;

Transferência do direito de construir: proprietários de imóveis poderão exercer o

potencial construtivo não utilizado no próprio lote (art. 130).

A Figura 241 apresenta o limite da Macrozona Urbana Consolidada.

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

146

Figura 241 - Mapa da Macrozona Urbana Consolidada - MZUC

(Fonte: Elaborado pelo Autor, 2017)

4.1.6 Macrozona de Contenção Urbana (MZCTU)

A Macrozona de Contenção Urbana (MZCTU) corresponde à área entre os limites da

Macrozona Urbana Consolidada (MZUC), junto à margem da Rodovia Presidente Dutra,

desde a divisa com o município de Guaratinguetá até o Ribeirão das Chácaras, em área de

alta declividade da Serra de Quebra-Cangalha.

Os principais objetivos da MZCTU são:

Restringir ocupação, principalmente áreas de risco;

Garantir sustentabilidade das ocupações existentes;

Garantir preservação das áreas de declividade elevada;

Estabelecer traçado de estrada municipal à região sul do município.

A delimitação da Macrozona de Contenção Urbana será apresentada na Figura 242.

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

147

Figura 242 - Mapa da Macrozona de Contenção Urbana - MZCTU

(Fonte: Elaborado pelo Autor, 2017)

4.1.7 Macrozona de Expansão Urbana Diferenciada (MZEUD)

A Macrozona de Expansão Urbana Diferenciada (MZEUD) corresponde a duas áreas

distintas, a primeira, limitando-se ao leste com o Loteamento Parque Residencial Itaguaçu,

à oeste com o Município de Roseira, ao Sul com a Macrozona de Expansão Urbana

Diferenciada (MZEUD)e ao norte com a Macrozona de Expansão Urbana (MZEU); a

segunda, limita-se ao leste com a Macrozona de Contenção Urbana (MZCTU), à oeste com

o Município de Roseira, ao norte com a Rodovia Presidente Dutra e ao sul com a Macrozona

de Proteção Ambiental (MZPAM).

A Macrozona de Expansão Urbana Diferenciada tem como objetivo:

Definir uso e ocupação do solo compatível à BR-116;

Incentivar geração de emprego e renda;

Direcionar uso e ocupação do solo industrial;

Garantir proteção ambiental das áreas com declividades elevadas.

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

148

A seguir será apresentada a delimitação da Macrozona de Expansão Urbana Diferenciada.

Figura 243 - Mapa da Macrozona de Expansão Urbana Diferenciada - MZEUD

(Fonte: Elaborado pelo Autor, 2017)

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

149

4.2 ZONEAMENTO

O zoneamento é um instrumento amplamente utilizado nos planos diretores, através do

qual a cidade é dividida em áreas sobre as quais incidem diretrizes diferenciadas para o uso

e a ocupação do solo, especialmente os índices urbanísticos. Os principais objetivos do

zoneamento estão:

Controle do crescimento urbano;

Proteção de áreas inadequadas à ocupação urbana;

Minimização dos conflitos entre usos e atividades;

Controle do tráfego;

Manutenção dos valores das propriedades.

Nesse contexto, serão apresentados a seguir os zoneamentos definidos pelo Plano Diretor

vigente de Aparecida e seus objetivos, assim como o mapa geral do zoneamento urbano

municipal.

Figura 244 - Mapa Geral do Zoneamento

(Fonte: Elaborado pelo Autor, 2017)

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

150

4.2.1 Zona de Desenvolvimento Industrial (ZDI)

De acordo com a Lei do Plano Diretor, em seu Título III - do Ordenamento Territorial,

Capítulo III, na Seção III - da Zona de Desenvolvimento Industrial (ZDI), nos Artigos 61 e 62,

a ZDI localiza-se às margens da Rodovia Presidente Dutra BR-116, oposta à Zona Urbana

Consolidada e Zona de Expansão Urbana em relação à BR-116.

Essa zona tem como principal objetivo:

Ampliar e diversificar as atividades de geração de emprego e renda do município;

Incentivar e permitir a implantação de indústrias no município;

Regulamentar o uso e ocupação do solo por atividade industrial no município;

Permitir o monitoramento e o controle ambiental;

Estruturar e ampliar as condições de acesso e tráfego de cargas de insumo e

distribuição da produção;

Estruturar sistema viário e obras de transposição da Rodovia Presidente Dutra,

especialmente de ligação com a Zona de Expansão Urbana, em ações consorciadas

entre indústrias, órgãos estaduais, federais e município.

A seguir será apresentado o mapa de delimitação da Zona de Desenvolvimento Industrial.

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

151

Figura 245 – Zona de Desenvolvimento Industrial – ZDI

(Fonte: Elaborado pelo Autor, 2017)

4.2.2 Zona Urbana de Desenvolvimento Diferenciado (ZUDD)

De acordo com a Lei do Plano Diretor, em seu Título III - do Ordenamento Territorial,

Capítulo III, na Seção IV - da Zona Urbana de Desenvolvimento Diferenciado (ZUDD), nos

Artigos 64 e 65, a ZUDD situa-se às margens da Rodovia Presidente Dutra BR-116 no sentido

SP-RJ, desde o trevo do Itaguaçu até o limite dos bairros de São Francisco em largura

aproximada de 2 km.

Essa zona tem como principal objetivo:

Ampliar as atividades de geração de emprego e renda do município;

Regulamentar o uso e ocupação do solo compatibilizando as atividades com a

proteção da estabilidade do solo e vegetação de suporte;

Permitir a manutenção de vegetação natural, seu monitoramento e o controle

ambiental;

Estruturar e ampliar as condições de acesso às regiões com de expansão de

atividades turísticas geradoras de emprego e renda;

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

152

Estruturar sistema viário e obras de transposição da Rodovia Presidente Dutra, em

ações consorciadas entre órgãos estaduais, federais, municipais e iniciativa privada.

A Figura a seguir apresenta o limite da Zona Urbana de Desenvolvimento Diferenciado.

Figura 246 – Zona Urbana de Desenvolvimento Diferenciado– ZUDD

(Fonte: Elaborado pelo Autor, 2017)

4.2.3 Zona Especial de Impacto Turístico (ZEIT)

De acordo com a Lei do Plano Diretor, em seu Título III - do Ordenamento Territorial,

Capítulo III, na Seção I - das zonas de especiais, subseção IV, nos Artigos 55 a 57, a ZEIT é

a porção do território do município, em macrozona urbana consolidada, que tem como

centro a Basílica Nacional de Nossa Senhora Aparecida, e como pólos, ainda que fora desse

perímetro, o Porto Itaguaçu e o Morro do Cruzeiro, todos com relevância de âmbito nacional

e geradores de impacto na cidade pelo afluxo de visitantes com influências sobre o

dimensionamento de redes urbanas de infraestrutura, resíduos sólidos, mobilidade, trânsito

e transporte, assistência em saúde e atividades de comércio e serviços.

Essa zona tem como principal objetivo:

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

153

Adequação das redes de infraestrutura urbana;

Receber nível 3 de incômodo mediante estudo de impacto;

Santuário Nacional, Porto Itaguaçu e Morro do Cruzeiro.

A delimitação da Zona Especial de Impacto Turístico é apresentada na Figura a seguir.

Figura 247 – Zona Especial de Impacto Turístico – ZEIT

(Fonte: Elaborado pelo Autor, 2017)

4.2.4 Área de Intervenção Urbana (AIU)

De acordo com a Lei do Plano Diretor, em seu Título III - do Ordenamento Territorial,

Capítulo III, na Seção VI - da Área de Intervenção Urbana, nos Artigos 68 a 70, AIU deixa de

ser caracterizada como Macrozona de Contenção Urbana e passa a ser Área de Intervenção

Urbana (AIU) no Zoneamento, tendo como principal objetivo:

Restrição de ocupação, salvo quando tecnicamente viável;

Execução de obras de contenção de deslizamentos e de drenagem das áreas

ocupadas;

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

154

Restrição para novas ocupações e parcelamento geradores de alta densidades

populacionais, salvo quando tecnicamente justificáveis;

Após as intervenções de contenção de risco e regularização fundiária das áreas

ocupadas e declaradas ZEIS, será regulamentada pela MZPAM para os novos usos

e ocupações.

A delimitação da Área de intervenção Urbana será apresentada na Figura 248.

Figura 248 – Área de Intervenção Urbana – AIU

(Fonte: Elaborado pelo Autor, 2017)

4.2.5 Zona Mista (ZM)

De acordo com a Lei do Plano Diretor, em seu Título III - do Ornamento Territorial, Capítulo

III, na Seção II - da Ocupação do Solo, a Zona Mista é definida em duas categorias:

Zonas Mistas 1 - corresponde a áreas urbanizadas entre os eixos do Rio Paraíba do

Sul e as margens da Rodovia Presidente Dutra, desde o Viaduto sobre a linha férrea

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

155

junto a divisa do município de Guaratinguetá até o final do bairro de Itaguaçu, com

uso e ocupação do solo predominantemente residencial1.

Zonas Mistas 2 - corresponde às áreas definidas pelo sistema viário de ligação entre

os bairros e as vias com uso e ocupação do solo predominantemente comercial2 e

de serviços.

A Figura a seguir demonstra as áreas classificadas como Zona Mista 1 e Zona Mista 2,

definidas pelo Plano Diretor Vigente.

Figura 249 – Zona Mista – ZM

(Fonte: Elaborado pelo Autor, 2017)

1 (Predominantemente Residencial): Zona de uso e ocupação por habitações, com edificações uni ou multifamiliares, tendo

atividades de comércio, serviços privados e públicos permitidos conforme os níveis de incômodo destas atividades e a

hierarquia do sistema viário, podendo ser:

- Ocupação predominantemente residencial;

- Permitidas atividades de comércio e serviços privados.

2 (Predominantemente Comercial): É uma zona de uso e ocupação por atividades de comércio e serviços tanto privados quanto

públicos, com edificações de 1 ou mais pavimentos conforme os parâmetros de uso referidos no Art. 79 e a hierarquia do

sistema viário. Tendo:

- Ocupação predominantemente comercial.

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

156

5 PLANO DE COMUNICAÇÃO E MOBILIZAÇÃO SOCIAL

O Plano de Comunicação e Mobilização Social foi estruturado para atender as etapas

propostas abaixo, detalhadas no decorrer do plano.

Figura 250 – Escopo do Plano de Comunicação e Mobilização Social

(Fonte: Elaborado pelo autor, 2017)

Desta forma, o Plano de Comunicação e Mobilização Social foi planejado de forma

integrada, para atingir os objetivos propostos, para o público alvo do Plano Diretor, por meio

da percepção de pesquisas e diagnósticos que subsidiarão o planejamento das ações,

garantindo a participação efetiva da sociedade.

5.1 PÚBLICO ALVO

O público alvo do Plano de Comunicação e Mobilização Social é a população local, ou seja,

toda a população residente em toda extensão territorial do município, contemplando a zona

urbana e a zona rural. Além disso, é importante considerar como público alvo deste Plano

de Comunicação e Mobilização Social e respectivamente do Plano Diretor, o poder público

local, regional e estadual, os prestadores de serviços e as organizações sociais,

econômicas, profissionais, políticas, culturais, entre outras.

Objetivos

Público Alvo

Pesquisa e Diagnósticos

Planejamento de Ações

Divulgação

Cronograma

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

157

5.2 PESQUISA DE MEIOS DE COMUNICAÇÃO

Visando construir um Plano de Comunicação e Mobilização Social que reflita as aspirações,

as experiências e as características locais do município quanto à participação social, nesta

seção é apresentada pesquisa utilizada para orientar a etapa de planejamento das ações, a

qual foi preenchida pela Prefeitura Municipal de Aparecida.

Os meios de comunicação são canais de interação social e compartilhamento de

informações. Portanto, foi necessário identificar os meios de comunicação existentes e os

mais utilizados no município, que orientaram todo o fluxo de informações sobre o Plano

Diretor.

5.2.1 Metodologia da Pesquisa

Método quantitativo é a técnica de coleta de dados por meio de um questionário

estruturado, com perguntas claras e objetivas, garantindo a uniformidade de entendimento

do entrevistado.

A pesquisa foi realizada via internet, com o envio do link de acesso. O profissional com

conhecimentos sobre Comunicação e Mobilização Social da Prefeitura Municipal de

Aparecida foi entrevistado por meio do preenchimento da pesquisa por completo clicando

no botão “enviar”. Os dados foram apresentados e analisados posteriormente em forma de

diagnóstico orientando a etapa de planejamento das ações.

5.2.2 Diagnóstico Conclusivo da Pesquisa de Meios de Comunicação

A pesquisa para identificação dos meios de comunicação existentes no município foi

realizada no dia 24 de janeiro de 2017 via internet, pelo Secretário de Comunicação Sr.

Ederson Francisco dos Santos. As ferramentas analisadas pela pesquisa foram rádios,

materiais impressos, alto falante, internet, televisão, entre outros. Os resultados detalhados

da pesquisa de meios de comunicação encontram-se a seguir.

Ao responder o questionário, Ederson apontou a existência de rádios operantes no

município, dentre as estações apresentadas, a Rádio Aparecida é citada como um dos

meios usados no segmento. A prefeitura possui espaços abertos para a divulgação nas

rádios locais, porém as estações comunitárias não possuem presença na cidade, já as

rádios das igrejas são presentes no dia a dia da população.

Quando questionado sobre os materiais impressos que auxiliam na propagação de

eventos, Ederson respondeu que os panfletos geralmente são distribuídos nas praças, na

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

158

própria prefeitura, no centro comercial, nas avenidas principais e a através de panfletagens

residenciais. As faixas também fazem parte dos meios de divulgação, os pontos

estratégicos de fixação citados por Ederson são as praças, os centros comerciais, em frente

as escolas, nas avenidas principais e na entrada da cidade. A prefeitura municipal também

faz uso de cartazes que por sua vez são dispostos em estabelecimentos comerciais, nos

murais de escolas, em prédios públicos, nas avenidas e na entrada da cidade.

Quanto aos jornais impressos que são veiculados em Aparecida, foi descrito na pesquisa o

total de 5 jornais: Notícias, Dinoite, Atos, Tranca e Gamela. A prefeitura não faz nenhum tipo

de publicação nesses meios.

Em pequenas cidades, são geralmente utilizadas propagandas volantes, em sua maioria

através de carros com som. Os trajetos feitos por esses automóveis em Aparecida são: as

praças, as ruas do centro, os bairros, na entrada da cidade e por fim nas proximidades das

escolas locais. Os autos falantes fixos não estão presentes no município.

Com a acessibilidade cada vez mais avançada, a Internet é uma das grandes ferramentas

utilizadas como mobilização. O secretário informou que a prefeitura possui um endereço

oficial onde o órgão realiza suas próprias publicações, como exemplo foram citados os

seguintes endereços eletrônicos: aparecida.sp.gov.br e facebook.com/aparecidasp.

Já os meios televisivos apontados por Ederson foram as emissoras TV Vanguarda e TV

Aparecida, mesmo com os programas regionais, a prefeitura municipal não possui nenhum

espaço na televisão.

Ao perguntarmos sobre outros meios de divulgação não citado pela consultora, o secretário

apresentou os convites impressos como uma das formas a serem utilizadas na mobilização

social.

5.2.3 Questionário

Segue abaixo o questionário respondido.

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

159

R

ád

io

1. Quantas estações de rádio existem

em sua cidade? 2

2. Em sua opinião, quais são as

estações de rádio mais ouvidas em

sua cidade

Rádio Aparecida

3. A prefeitura tem espaço em

alguma rádio? Sim

Se sua resposta anterior foi sim, nos

informe o(s) número(s) da(s)

estação(ões) que a prefeitura possui

1

4. Em Aparecida, há rádio

comunitária? Não

Se sua resposta foi "SIM" indique

a(s) estação(ões) comunitária(s)

5. Há estações religiosas em

Aparecida? Sim

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

160

Im

pre

ss

os

1. Em Aparecida, costuma-se utilizar

a distribuição de panfletos para a

divulgação de eventos?

SIM

Se sua resposta anterior foi "SIM",

em quais locais acontece a

distribuição?

NA PRAÇA, EM BAIRROS (PORTA A

PORTA), NA PREFEITURA, NO CENTRO

COMERCIAL E NA AVENIDA PRINCIPAL

3. Em Aparecida, costuma-se utilizar

faixas como um meio de divulgação? SIM

Se sua resposta foi "SIM", em quais

locais as faixas são dispostas?

NA PRAÇA, EM FRENTE AS ESCOLAS, NA

ENTRADA DA CIDADE, NA AVENIDA

PRINCIPAL E NO CENTRO COMERCIAL

5. Em Aparecida, costuma-se utilizar

cartazes para divulgação de

eventos?

SIM

Se sua resposta foi "SIM", em quais

locais os cartazes são dispostos?

NA PRAÇA, NAS ESCOLAS, NA AV.

PRINCIPAL E NA PREFEITURA

7. Em Aparecida existe algum jornal

impresso local? SIM

8.Quantos jornais/boletins

impressos existem em Aparecida? MAIS DE 5

9. A Prefeitura Municipal de

Aparecida, publica notícias em

algum jornal?

SIM

Se sim, em qual(is) jornal(is) a

Prefeitura Municipal faz essas

publicações?

Notícias, Dinoite, Atos, Tranca e Gamela

10. A Prefeitura de Aparecida, publica

em algum ou boleto impresso NÃO

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

161

Alt

o F

ala

nte

1. Em Aparecida, costuma-se

utilizar o alto falante em

automóveis como meio de

divulgação?

SIM

- Se sua resposta anterior foi

"SIM", em quais meios usa-se o

alto falante?

CARRO

O Alto Falante móvel, geralmente,

passa por quais locais?

EM TORNO DA PRAÇA, NO CENTRO DA

CIDADE, NOS BAIRROS, EM FRENTE AS

ESCOLAS E NA ENRADA DA CIDADE

Em Aparecida, costuma utilizar

alto falante fixo em praças ou

igrejas?

NÃO

Inte

rne

t

1. Aparecida utiliza a internet como

um meio de divulgação? SIM

- Se sua resposta anterior foi

"SIM", marque quais veículos

acontecem essas divulgações?

SITE DA PREFEITURA, FACEBOOK E E-

MAIL

3. Quais os nomes/endereços das

páginas mais acessadas pela

população de Aparecida

Aparecida.sp.gov.br e

facebook.com/aparecidasp

4. A prefeitura municipal possuiu

uma página institucional (site,blog

ou facebook) para divulgação de

matérias e notícias?

SIM

Se sim, qual (is) o(s) nome(s)/

endereço (s) para acesso

Aparecida.sp.gov.br e

facebook.com/aparecidasp

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

162

Te

levis

ão

1. Em Aparecida existe alguma

programação local? SIM

2. Se sua resposta anterior foi

"SIM", quanto(s) programa(s)

regional(is) possuí(em)?

1

3. Em sua opinião, quais canais

são mais vistos pelos munícipes

de Aparecida?

TV VANGUARDA E TV APARECIDA

4. A prefeitura Municipal de

Aparecida possui algum espaço

na tv local?

NÃO

OUTROS

MEIOS

Existe algum outro meio de

comunicação, no qual a prefeitura

municipal efetua divulgações

E-MAILS E CONVITES IMPRESSOS

Quadro 24 – Resultado da pesquisa dos meios de comunicação

(Fonte: Elaborado pelo autor, 2017)

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

163

5.3 PLANEJAMENTO DAS AÇÕES

Segundo Kunsch (2003) o planejamento constitui um processo complexo e abrangente,

pois deve-se analisar todos os pontos positivos e negativos da instituição, a fim de realizar

ações viáveis e conforme o cenário identificado. O planejamento pode ter vários enfoques,

tentando sempre atingir seu objetivo inicial de realizar uma ação, esses enfoques podem

ser de várias dimensões, utilizando planejamento econômico e social, de relações públicas,

de marketing, de comunicação e etc. Kunsch (2003) aponta ainda que o “[...] planejamento

acontece em nível macro, quando é orientado para países e regiões e em nível micro,

quando se destina às organizações individualizadas. ”

Desta forma, as pesquisas e análises apresentadas nortearam o planejamento de

comunicação e mobilização social que, elaborado de maneira estratégica e respeitando as

peculiaridades do município, estabelece relações mais éticas e democráticas dentro da

sociedade, contribuindo de maneira significativa na revisão do Plano Diretor.

Portanto, para que o objetivo do Plano de Comunicação e Mobilização Social fosse atingido,

foram elaboradas 5 ações, conforme as apresentadas e descritas abaixo.

Figura 251 - Fluxo de ações do plano de comunicação e mobilização social

(Fonte: Elaborado pelo autor, 2017)

REVISÃO DO PLANO DIRETOR

PLANO DE COMUNICAÇÃO E MOBILIZAÇÃO SOCIAL

AÇÃO 1 AÇÃO 2

AÇÃO 3 AÇÃO 4

AÇÃO 5

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

164

Ação Nomenclatura

Ação 1 Relacionamento com a Prefeitura

Ação 2 Divulgação da Revisão do Plano Diretor

Ação 3 Oficina 1 – A cidade que temos

Ação 4 Oficina 2- A cidade que queremos

Ação 5 Audiência Pública

Quadro 25 - Nomenclatura das ações do plano de mobilização social (Fonte: Elaborado pelo autor, 2017)

As ações são detalhadas individualmente nas subseções abaixo.

5.3.1 Ação 1: Relacionamento com a Prefeitura

A Prefeitura Municipal, como responsável pela revisão do Plano Diretor conforme

estabelecido pela Lei n. 10.257/01, possui responsabilidades diretas nas ações de

divulgação dos processos de desenvolvimento dos trabalhos.

A Prefeitura Municipal de Aparecida é a principal agente multiplicadora da revisão do Plano

Diretor, onde são centralizadas as ações e seu processo de difusão. Por isso, há a

necessidade de se estabelecer um relacionamento sólido, claro e de confiança, para que

revisão do Plano Diretor seja realizada de maneira correta.

5.3.2 Ação 2: Divulgação da Revisão do Plano Diretor

A Lei n. 10.257/01 garante que no processo de elaboração do Plano Diretor, os Poderes

Legislativos e Executivo municipais garantirão a publicidade aos documentos e

informações produzidos e o acesso de qualquer interessado aos documentos e

informações produzidos. Desta forma, é necessário utilizar de ferramentas de comunicação

que assegurem o cumprimento deste artigo.

As estratégias de divulgação utilizadas foram separadas por atividades, conforme segue:

Atividade 1 - Divulgação da Lei n. 10.257/01 e da revisão do Plano Diretor.

Foram utilizadas ferramentas que atinjam facilmente a comunidade, como:

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

165

PÁGINAS DE INTERNET: matérias, convites e informações publicadas no site oficial da

Revisão do Plano Diretor, que abordam temas como informações sobre o município,

administração pública e interesse público.

REUNIÕES LOCAIS: realização de reuniões junto à Comissão Gestora do Plano Diretor, com

o objetivo de formular ações de mobilização e participação social, a fim de realizar a revisão

do Plano Diretor com precisão e eficiência.

Atividade 2 – Divulgação das fases da revisão do Plano Diretor e dos produtos realizados

para esta atividade e publicação de matérias jornalísticas sobre a revisão do Plano Diretor

nas páginas do Facebook e no site oficial da Revisão do Plano Diretor. Essas ações são

importantes por prezarem pela transparência das ações que envolvem o plano, fomentando

a troca de informações e a participação da sociedade nos espaços de diálogos.

O site da revisão do Plano Diretor é uma ferramenta multicanal que agrega vários tipos de

mídia em um só ambiente, pois permite a coexistência de textos, imagens, sons e vídeos,

facilitando a ocorrência de interações e de entendimento, de forma muito mais rápida e

atingindo um público cada vez maior de pessoas.

Neste espaço, as informações circulam de forma multilateral, em que qualquer pessoa

pode, a qualquer tempo e de qualquer lugar, desde que com acesso à rede, exprimir suas

opiniões sobre o município, as quais serão imediatamente processadas e consideradas

durante todo o processo de elaboração do plano.

A página inicial do site apresenta como opções as seguintes abas:

- Sobre o Plano;

- Agenda;

- Download;

- Comissão;

- Fotos;

- Participe!;

- Blog.

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

166

Ao percorrer essas abas, o munícipe tem acesso a todo o conteúdo que já foi gerado

(cadernos, oficinas, fotos) e as próximas etapas do processo de elaboração do plano, como

datas, temas e locais dos próximos instrumentos de gestão participativa.

Figura 252 - Página inicial do site da Revisão do Plano Diretor

(Fonte: Prefeitura Municipal de Aparecida, 2017)

Quanto ao uso de redes sociais, a revisão do plano diretor está inserida neste mecanismo

de grande presença na vida dos cibernautas por meio de uma página no Facebook.

Essa ferramenta constitui-se basicamente de um local de divulgação sobre a temática e

sobre o que está sendo realizado, havendo muita interação com os usuários. Constata-se

que a estratégia de inserção nas redes sociais advém da promoção de debates com a

população que pode acontecer tanto por mensagens inbox quanto por comentários nas

publicações.

Figura 253 - Página inicial do site da Revisão do Plano Diretor (Fonte: Prefeitura Municipal de Aparecida, 2017)

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

167

5.3.3 Ação 3: Oficina 1 – A Cidade que Temos

De acordo com a cartilha denominada Manual de Metodologias Participativas para o

Desenvolvimento Comunitário (2008), as oficinas são o conjunto do conhecimento,

baseando-se que os indivíduos têm a autonomia de ensinar e ensinar simultaneamente,

porém de formas distintas. Ainda sob consulta da cartilha, pode-se dizer que a oficina é

dividida em 3 momentos: (1) um trabalho de preparação partindo da prática social dos

participantes; (2) a realização de um evento específico para o trabalho coletivo e (3) a volta

à prática social com os novos dados recolhidos.

A Oficina 1 “A cidade que temos” aconteceu paralelamente ao diagnóstico técnico, com o

levantamento das percepções sociais sobre a cidade em que se vive.

A estratégia de divulgação procedeu-se convocando a comunidade local a fim de

estabelecer contato e conhecimento da realidade sobre os as demandas de infraestrutura

urbana oferecidas à população. Nesta ação, a prefeitura pode utilizar ferramentas para

divulgação da oficina, sendo eles:

CARTAZ: mídia frequentemente utilizada para a divulgação de eventos no município,

dispostas conforme indicado na pesquisa de meios de comunicação, com a finalidade de

promover a participação popular, informando a data, hora e local da oficina.

ALTO FALANTE MÓVEL: mídia habitualmente utilizada para veicular informação à

comunidade. É uma divulgação em serviço de alto falante móvel, que ocorreu em toda área

urbana e rural de Aparecida – SP.

5.3.4 Ação 4: Oficina 2 – A Cidade que Queremos

Esta reunião acontece para pactuar as propostas de desenvolvimento urbano do município

de Aparecida.

A estratégia de divulgação procedeu-se convocando a comunidade local a fim de

estabelecer contato e conhecimento da realidade sobre os as demandas de infraestrutura

urbana oferecidas à população. Nesta ação, a prefeitura utilizou das seguintes ferramentas

para a divulgação da oficina:

CARTAZ: mídia frequentemente utilizada para a divulgação de eventos no município,

dispostas conforme indicado na pesquisa de meios de comunicação, com a finalidade de

promover a participação popular, informando a data, hora e local da oficina.

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

168

ALTO FALANTE MÓVEL: mídia habitualmente utilizada para veicular informação à

comunidade. É uma divulgação em serviço de alto falante móvel, que ocorreu em toda área

urbana e rural de Aparecida – SP.

5.3.5 Ação 5: Audiência Pública

A Audiência Pública acontece para apresentação, consolidação e aprovação final da revisão

do Plano Diretor, pelo município.

Para divulgação da Audiência Pública, a população foi informada sobre a possibilidade de

consultar a minuta de Lei do Plano Diretor, sendo convidada para acessar o documento

eletronicamente ou nos pontos de consulta.

Já a divulgação sobre o momento da Audiência Pública, procedeu-se convocando a

comunidade local, para discussão e aprovação final da revisão do Plano Diretor.

Nesta ação, a prefeitura utilizou as seguintes ferramentas para divulgação da Consulta e

Audiência Pública:

CARTAZ: mídia frequentemente utilizada para divulgação de eventos no município,

dispostas conforme indicado na pesquisa de meios de comunicação, com a finalidade de

promover a participação popular, informando a data, hora e local da Audiência Pública.

ALTO FALANTE MÓVEL: mídia habitualmente utilizada para veicular informação à

comunidade. É uma divulgação em serviço de alto falante móvel, que ocorreu em toda área

urbana e rural de Aparecida – SP. Este veículo foi utilizado no momento de Consulta e

Audiência Pública.

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

169

5.4 MATERIAIS DE DIVULGAÇÃO

PANFLETOS

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

170

FOLDER

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

171

FAIXAS

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

172

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

173

CARTAZES

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

174

6 CONTROLE SOCIAL

Nessa seção serão descritas todas as atividades realizadas nas reuniões para

levantamento de dados e apresentação, discussão, comunicação e mobilização da Revisão

Plano Diretor de Aparecida. Ao longo do processo de desenvolvimento de revisão do Plano

Diretor, além do levantamento de dados secundários, entrevistas com agentes públicos e

privados e pesquisas de campo, diversas atividades foram realizadas para que o a revisão

pudesse obter maior participação da população de Aparecida na discussão dos problemas

e soluções para a cidade.

6.1 COMISSÃO GESTORA

Conforme estabelecido no Decreto Municipal n. 4.444/17, a Comissão gestora foi instituída

visando o acompanhamento das distintas fases da revisão do Plano Diretor de Aparecida,

tais como as Oficinas, Audiências Públicas e reuniões coordenadas pelo poder público

municipal, além de promover e garantir a efetiva participação da sociedade no processo de

revisão, cumprindo tudo aquilo que for disposto na Lei Federal n. 10.257/2011 – Estatuto da

Cidade.

Ressalta-se que os membros da Comissão Gestora do Plano Diretor foram designados por

meio do Decreto Municipal n. 4.453/17, sendo composto por representantes do poder

público, da Câmara Municipal de Vereadores, de entidades comerciais e turísticas, de

entidades profissionais, acadêmicas de pesquisa, de conselhos profissionais, de entidades

religiosas, de movimentos populares, de conselho do idoso, de igrejas evangélicas, do

conselho do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE), do Conselho da Saúde, da

Arquidiocese de Aparecida, do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA) e da

Associação dos Ambulantes.

Nesta seção, serão relatados o evento de nomeação da Comissão Gestora, bem como as

reuniões de capacitação, que abordaram o processo de elaboração do Plano Diretor, as

inovações do Estatuto da Cidade, os dados sobre a realidade do Município, a apresentação

do Plano de Trabalho com as etapas do processo de elaboração do Plano Diretor, a

metodologia de participação e o cronograma de atividades.

6.1.1 Evento de Lançamento do Plano Diretor

O evento de lançamento do Plano Diretor teve como intuito dar início a revisão do Plano

Diretor de Aparecida, relatando aos participantes a sua importância, assim como a

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

175

importância da participação e comprometimento dos presentes no evento para as etapas

posteriores de elaboração dos trabalhos.

O evento foi realizado na sede do Centro de Atendimento ao Turista (CAT), localizada na

Avenida Papa João Paulo II, bairro Centro no município de Aparecida, com início às

09h00min, do dia 09 de maio de 2017. Contou com a presença de 45 participantes, dentre

eles, os representantes da Prefeitura Municipal, os representantes da Câmara Municipal, os

representantes do Corpo de Bombeiro, os representantes do Serviço Autônomo de Água e

Esgoto (SAAE), os representantes da Empresa Vallenge Engenharia e os representantes de

Associações, Grupos, Hotéis, Rádios e Ambulantes, conforme lista de presença anexa.

Antes do início da Audiência, a equipe da Vallenge preparou o espaço escolhido para o

evento, sendo colocadas cadeiras organizadas em fila (formato de auditório), permitindo a

acomodação de um maior número de pessoas no ambiente, mesas de apoio e

equipamentos audiovisuais, como projetor, tela de projeção, notebook, caixa de som e

microfone.

Na abertura do Evento, o senhor Chefe de Gabinete Ederson Francisco dos Santos

apresentou a programação da reunião e em seguida passou a palavra ao Prefeito Ernaldo

Cesar Marcondes, que discorreu sobre a importância da revisão do Plano Diretor do

município de Aparecida. Em seguida, a palavra foi passada para o senhor Gabriel Pinelli que

iniciou sua fala mencionando que o Plano Diretor é um processo de planejar a cidade para

o futuro, além de ser uma ferramenta exigida na Lei Federal 10.257/2001, conhecida como

Estatuto da Cidade. Dando continuidade à sua apresentação, o senhor Gabriel Pinelli

comentou que faz parte da elaboração da revisão do Plano Diretor, a realização de

diagnóstico e prognóstico não somente sob o olhar técnico, mas principalmente sob o olhar

social, os quais serão obtidos por meio da participação da população do município de

Aparecida.

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

176

Figura 254 – Abertura dos Trabalhos – Vista 01 (Fonte: Vallenge, 2017).

Figura 255 –Abertura dos Trabalhos– Vista 02 (Fonte: Vallenge, 2017).

Logo em seguida foi apresentado aos participantes o site de internet

www.revisaopdaparecida.com, que consiste em canal de participação social onde os

munícipes puderam emitir suas contribuições para a revisão do Plano Diretor 24 horas por

dia. Além da agenda de eventos prevista da revisão do Plano Diretor, contendo os dias das

oficinas e audiência.

Figura 256 – Site da revisão do Plano Diretor (Fonte: Vallenge, 2017).

Figura 257 –Agenda da revisão do Plano Diretor (Fonte: Vallenge, 2017).

Após a apresentação do Site e da Agenda de Eventos, o evento foi aberto para que os

participantes pudessem manifestar sua opinião, assim o senhor José Renato Coelho

Ribeiro, representante da Associação de Engenheiro e Arquitetos de Aparecida perguntou

se a revisão do atual Plano Diretor contempla a elaboração de lei de uso e ocupação do

solo. Em resposta, o senhor Gabriel Pinelli disse que faz parte do escopo do trabalho a

elaboração de lei de uso e ocupação do solo. Em seguida o vereador senhor Luiz Marcelo

ressaltou o valor histórico que o município de Aparecida possui no cenário regional, assim

como a destacou a importância de serem preservados os recursos naturais da região.

Posteriormente, fez o uso da palavra a vereadora senhora Ana Alice Braga Vieira, que

ressaltou a importância da ferramenta de participação social que é o site, e complementou

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

177

reforçando que a participação social é o pilar fundamental para a construção do plano.

Depois disso, a Secretária de Turismo senhora Márcia Maria Filippo assumiu a palavra e

ressaltou a importância do município de Aparecida no cenário turístico-religioso, e concluiu

que a participação social legitimará as diretrizes que serão consolidadas no Plano Diretor.

Figura 258 – Manifestação dos Participantes – Vista 01

(Fonte: Vallenge, 2017).

Figura 259 – Manifestação dos Participantes – Vista 02

(Fonte: Vallenge, 2017).

O Evento de Lançamento do Plano Diretor foi encerrado as 10h45min pelo Chefe de

Gabinete senhor Ederson.

6.1.2 Evento da Comissão Gestora

O Evento da Comissão Gestora foi realizado para designação dos membros da Comissão

Gestora que contribuíram para elaboração da revisão do Plano Diretor de Aparecida,

conforme descrito nas seções seguintes.

O Evento foi realizado no salão de eventos do Hotel Rainha do Brasil, situado na Rua Isaac

Ferreira da Encarnação, n. 501, bairro Jardim Paraíba no município de Aparecida, com inícios

às 09h00min, do dia 18 de maio de 2017. Contou com a presença de 42 participantes, dentre

eles, os representantes da Prefeitura Municipal, os representantes da Vallenge Engenharia,

o representante do Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Aparecida (SAAE), o

representante do Conselho de Pastores, os representantes do Santuário Nacional/Lotus, o

representante do Rotary Club de Aparecida, os representantes da Arquidiocese de

Aparecida, o representante da Associação Cultural Afro-Brasileira Raizes Nagô, o

representante da Associação dos Engenheiros e Arquitetos, o representante do Conselho

Municipal de Turismo, o representante do Jornal Tranca e Gamela, o representante do Jornal

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

178

Comunicação Regional, os representantes do Conselho Municipal de Saúde e o

representante do Conselho Municipal do Idoso.

Antes do início da Audiência, a equipe da Vallenge preparou o espaço escolhido para o

evento, sendo colocadas cadeiras organizadas em fila (formato de auditório), permitindo a

acomodação de um maior número de pessoas no ambiente, mesas de apoio e

equipamentos audiovisuais, como projetor, tela de projeção, notebook, caixa de som e

microfone.

Figura 260 – Preparação do Evento da Comissão Gestora – Vista 01

(Fonte: Vallenge, 2017).

Figura 261 – Preparação do Evento da Comissão Gestora – Vista 02

(Fonte: Vallenge, 2017).

Na abertura do evento, o Chefe de Gabinete, senhor Ederson Francisco dos Santos, iniciou

apresentando a programação do evento e em seguida passou a palavra ao Prefeito Ernaldo

Cesar Marcondes, que agradeceu a presença de todos, ressaltou a importância da opinião

de todos na revisão do Plano Diretor e assinou o Decreto Municipal n. 4.453/17 que designa

os membros da Comissão Gestora.

Durante a realização do Evento, o senhor Gabriel Pinelli, representante da Vallenge

Engenharia, relatou sobre a participação social no processo de elaboração do Plano Diretor

de Aparecida, iniciando com a explicação sobre o estabelecimento da participação da

sociedade na Constituição de 1988 nas etapas de formulação, implementação e avaliação

das políticas públicas, sendo que na revisão do Plano Diretor de Aparecida o olhar social

será considerado por meio de oficinas e audiência pública, além da possibilidade de envio

de sugestões por meio do site www.revisopdaparecida.com.

Logo após, o senhor Pedro Ribeiro Moreira explanou sobre a importância do Plano Diretor

para o município, mencionando as intervenções urbanas na antiguidade de algumas

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

179

cidades como Roma e Paris, posteriormente voltando seu foco para o Brasil e

principalmente para a evolução urbanística da cidade de Aparecida, salientando a

necessidade do Plano Diretor ser um processo de planejamento da cidade para o futuro, em

que a população seja ouvida e os patrimônios culturais e religiosos sejam considerados.

Figura 262 –Apresentação do Evento da Comissão Gestora – Vista 01

(Fonte: Vallenge, 2017).

Figura 263 –Apresentação do Evento da Comissão Gestora – Vista 02

(Fonte: Vallenge, 2017).

Com o término da apresentação do senhor Pedro Ribeiro Moreira, o senhor Gabriel retomou

a palavra e a deixou aberta para que os presentes no evento pudessem fazer o seu uso. O

senhor Carlos Alexandre Rodrigues da Conceição representante da Associação Cultural

Afro-Brasileira Raízes Nagô pediu o uso da palavra e apontou o descaso que vem ocorrendo

ao longo dos anos no município de Aparecida, tanto com a população quanto com os

patrimônios da cidade e perguntou ao senhor Pedro Ribeiro Moreira qual seria o caminho

para que esses problemas fossem solucionados. Em resposta ao senhor Carlos, o senhor

Pedro retomou a palavra e disse que a decisão está nas mãos da população, que deverá

opinar e auxiliar o poder público a planejar os próximos passos. Em seguida a vereadora

senhora Ana Alice pediu o uso da palavra e ressaltou o valor religioso que o município de

Aparecida possui no cenário nacional, destacando a importância desse valor ser

considerado na revisão do Plano Diretor, assim como questionou sobre a remoção da

população do bairro Ponte Alta onde há problemas de inundação das casas

periodicamente. Em resposta à senhora Ana Alice, o senhor Pedro retomou a palavra e

ressaltou a relevância do valor religioso para o município de Aparecida assim como para a

região em que está inserida. O senhor José Augusto pediu o uso da palavra para concluir a

resposta da senhora Ana Alice e destacou que a discussão sobre o bairro Ponte Alta ainda

não foi encerrada e será analisada a melhor situação tanto para a população quanto para o

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

180

meio ambiente. Posteriormente, o senhor Reinaldo Cabral, representante do Jornal

Comunicação Regional pediu o uso da palavra e comentou sobre a evolução das cidades

em volta de Igrejas e como a verticalização afeta na visualização de grandes centros

religiosos assim como Aparecida. Em resposta ao senhor Reinaldo Cabral, o senhor Pedro

retomou a palavra e concordou com a colocação e ressaltou a importância a revisão do

Plano Diretor para que o assunto seja analisado mais detalhadamente.

O evento foi encerrado às 12h00min, pelo senhor Domingos Léo Monteiro da Prefeitura

Municipal de Aparecida – Administração.

Figura 264 –Apresentação do Evento da Comissão Gestora – Vista 01

(Fonte: Vallenge, 2017).

Figura 265 –Apresentação do Evento da Comissão Gestora – Vista 02

(Fonte: Vallenge, 2017).

6.1.3 Reunião Técnica com a Comissão Gestora

A reunião técnica de capacitação da comissão gestora foi uma etapa importante no

processo de revisão do Plano Diretor, onde seu intuito foi apresentar todo processo já

realizado, meios de comunicação, agenda e as etapas que ocorreriam nas próximas

reuniões, visando garantir a efetiva participação da sociedade no processo de revisão.

Portanto, foi realizada uma leitura técnica do Município, seguida de uma análise do Plano

Diretor e vigente e por fim apresentando os resultados obtidos na Oficina 1 e as propostas

previstas para a nova revisão do Plano Diretor, conforme descrito nas seções seguintes.

A reunião foi realizada na sede do Centro de Atendimento ao Turista (CAT), localizada na

Avenida Papa João Paulo II, bairro Centro no município de Aparecida, com início às

14h30min, do dia 13 de junho de 2017. Contou com a presença de 24 participantes, dentre

eles, os representantes da Prefeitura Municipal, os membros da Comissão Gestora e os

representantes da Empresa Vallenge Engenharia, conforme lista de presença anexa.

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

181

Antes do início da reunião, a equipe da Vallenge preparou o espaço escolhido para o evento,

sendo colocadas cadeiras organizadas em fila (formato de auditório), permitindo a

acomodação de um maior número de pessoas no ambiente, mesas de apoio e

equipamentos audiovisuais, como projetor, tela de projeção, notebook, caixa de som e

microfone.

Figura 266 –Preparação da reunião (Fonte: Vallenge, 2017).

Na abertura do Evento o Chefe de Gabinete, senhor Ederson Francisco dos Santos, iniciou

apresentando a programação do evento e em seguida passou a palavra ao senhor Nicolas

Ferreira, que agradeceu a presença de todos e, deu início a apresentação para a comissão

gestora.

Figura 267 – Abertura dos trabalhos (Fonte: Vallenge, 2017).

Durante a realização da reunião, o senhor Nicolas Ferreira juntamente com a senhora

Soraya Rosário, representantes da Vallenge Engenharia, fizeram uma breve introdução

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

182

sobre o que é o plano Diretor e sua importância no processo de planejamento de uma

cidade. Em seguida realizaram uma análise técnica do município, demostrando por meio de

mapas a porcentagem do território utilizado, bem como a evolução da mancha urbana de

Aparecida. Posteriormente o senhor Nicolas iniciou a análise do Plano Diretor vigente e, em

seguida mostrou as principais leis e planos que complementam o Plano Diretor. Logo após

foi apresentado o diagnóstico do município adquirido a partir do levantamento de campo,

juntamente com os resultados obtidos por meio Oficina 1 – diagnóstico social.

Por fim foram apresentadas as novas propostas para revisão do Plano Diretor como o

melhoramento macroviário, bolsões de estacionamentos, macrozoneamento e

zoneamento. Logo após, foi mostrado as mídias sociais existentes para participação e

acompanhamento dos munícipes, seguido da Agenda com as informações (local e data)

das próximas reuniões.

Figura 268 – Apresentação (Fonte: Vallenge, 2017).

Com o término da apresentação do senhor Nicolas Ferreira, a senhora Soraya Rosario

retomou a palavra e a deixou aberta para que os presentes no evento pudessem fazer o seu

uso. A vereadora Ana Alice pediu o uso da palavra e apontou sobre a necessidade da

revisão do Plano de Saneamento existente e uma avaliação de tudo o que foi executado ou

não, conforme proposto no plano. Em seguida a senhora Soraya Rosária retomou a palavra

e comentou que segundo a Constituição Federal o Plano Diretor é o maior instrumento que

orienta o município, entretanto dentro dele existe alguns assuntos como habitação,

saneamento, resíduos e mobilidade, que precisam ter seu próprio plano. Novamente com a

Palavra a vereadora Ana Alice ressaltou que no Plano Diretor vigente não foram executados

os planos de habitação e mobilidade para o município e mencionou sobre a importância do

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

183

Plano Municipal de Cultural, que também foi previsto no Plano Diretor anterior, mas não foi

realizado.

O senhor Nicolas Ferreira agradeceu a presença de todos e encerrou a reunião as 16h30min.

Figura 269 – Manifestação dos participantes (Fonte: Vallenge, 2017).

6.1.4 Reunião de Capacitação da Comissão Gestora – ETAPA I e II

As reuniões da capacitação da Comissão Gestora ocorreram de modo a realizar a leitura do

Estatuto da Cidade (Lei n. 10.257/2001), o qual tem como finalidade: formular diretrizes

gerais de administração do ambiente urbano, regulamentando os artigos 182 e 183 da

Constituição Federal frente aos reclames de ordem pública, interesse social, bem-estar dos

cidadãos e equilíbrio ambiental, estabelecendo normas gerais para a política de

desenvolvimento urbano.

Essas reuniões tiveram como objetivo capacitar os membros que compõem a Comissão

Gestora com o intuito de promover a reflexão sobre o tema e fomentar as discussões e

sugestões que auxiliassem na revisão do Plano Diretor.

Nas reuniões foram apresentados os instrumentos da política urbana para o planejamento

municipal, conforme as disposições requeridas na Seção III, art. 4° da Lei n. 10.257/2001,

além de ser disponibilizada uma visão geral sobre os parâmetros de parcelamento, uso e

ocupação do solo, conforme descrito nos itens seguintes.

As reuniões foram realizadas no Centro de Atendimento ao Turista (CAT), localizado na

Avenida Papa João Paulo II (Avenida Monumental), bairro Centro no município de

Aparecida, ambas com início às 14h00min. A primeira reunião foi realizada no dia 16 de

agosto e contou com a presença e 14 participantes, já a segunda ocorreu no dia 24 de

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

184

agosto e contou com a presença de 13 participantes, dentre eles, os representantes da

Prefeitura Municipal e os representantes da Empresa Vallenge Engenharia.

Antes de iniciar as reuniões, a equipe da Vallenge preparou o espaço escolhido para o

evento, sendo colocadas cadeiras organizadas em fila (formato de auditório), permitindo a

acomodação de um maior número de pessoas no ambiente e a facilidade na formação de

grupos, mesas de apoio e equipamentos audiovisuais, como projetor, tela de projeção,

notebook, caixa de som e microfone.

Na abertura de ambas as reuniões o senhor, Nicolas Ferreira, representando da Vallenge

Engenharia, iniciou agradecendo a presença de todos os participantes e explicou sobre a

programação.

Na etapa I, a senhora Hellen Souza, representante da Vallenge Engenharia, deu

continuidade aos trabalhos apresentando a comissão uma cartilha, criada com o objetivo

de complementar o conhecimento que foi passado durante a capacitação, informando e

facilitando o acesso dos integrantes ao conteúdo que compõe a revisão da lei que institui

o plano diretor de Aparecida. A cartilha apresentou os instrumentos básicos constantes do

conteúdo mínimo do plano diretor, conforme as disposições requeridas pela Lei nº 10.257,

de 10 de julho de 2011, que institui o Estatuto da Cidade, além de expor uma visão geral

sobre o zoneamento atual e alguns parâmetros de parcelamento, uso e ocupação do solo.

Logo em seguida a senhora Soraya Rosário deu início a apresentação sobre os

Instrumentos Urbanísticos, sendo os meios dos quais o Estatuto da Cidade propicia que o

município tenha condições de promover sobretudo o direito à cidade, a defesa da função

social da cidade e da propriedade e da democratização da gestão urbana. Por fim o senhor

Nicolas Ferreira recomendou que a comissão realizasse as seguintes leituras: a cartilha

entregue, a Lei do Estatuto da Cidade (nº10.257/2001), o manual denominado Estatuto da

Cidade: Guia para implementação pelos Municípios e Cidadãos e o Plano diretor vigente,

para que pudessem ser discutidos na próxima reunião.

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

185

Figura 270–Apresentação da Cartilha – ETAPA I (Fonte: Vallenge, 2017).

Figura 271 – Apresentação dos Instrumentos Urbanísticos - ETAPA I (Fonte: Vallenge, 2017).

Já na etapa II a senhora, Soraya Rosário, continuou a apresentação dos trabalhos,

realizando uma avaliação dos instrumentos previsto no Estatuto da Cidade tais como:

Direito de Preempção;

Outorga Onerosa do Direito de Construir;

Parcelamento, Edificação ou Utilização Compulsórios (PEUC);

Operações Urbanas Consorciadas;

Transferência do Direito de Construir.

Logo em seguida, foram apresentados os instrumentos da política urbana para o

planejamento municipal, dos quais o Estatuto da Cidade propicia ao município para que ele

tenha condições de promover sobretudo o direito à cidade, a defesa da função social da

cidade e da propriedade e da democratização da gestão urbana.

Além disso foi apresentada uma visão geral sobre os parâmetros de parcelamento, uso e

ocupação do solo que tratam da forma como os edifícios e instalações serão implantados

no lote, ou mesmo da restrição à ocupação por construções. São estabelecidas regras, por

exemplo, relativas à forma como os edifícios podem se espalhar ou se concentrar no lote

(taxa de ocupação); à quantidade de área construída permitida (coeficiente de

aproveitamento); a altura que os edifícios devem ter (número de pavimentos ou gabarito de

altura); à posição que os edifícios podem ter no lote (recuos frontais, laterais e de fundo);

dentre outras regras.

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

186

Figura 272–Apresentação dos Instrumentos Obrigatórios no Plano Diretor – Etapa II

(Fonte: Vallenge, 2017).

Figura 273 – Participantes - Etapa II (Fonte: Vallenge, 2017).

Em ambas as etapas de capacitação da Comissão Gestora, o senhor Nicolas Ferreira,

agradeceu a presença de todos e encerrou a reunião 16h30min.

6.1.5 Reunião Devolutiva da Oficina 2 para a Comissão Gestora

A Reunião Devolutiva da Oficina 2 para a Comissão Gestora foi realizada com o intuito de

relatar aos membros da Comissão Gestora os resultados conclusivos obtidos na realização

da Oficina 2, tendo como base as propostas e ações expostas pelos participantes.

A reunião ocorreu na sede do Centro de Atendimento ao Turista (CAT), localizada na

Avenida Papa João Paulo II, bairro Centro no município de Aparecida, com início às

14h00min, do dia 14 de setembro de 2017. Contou com a presença de 17 participantes, dentre

eles, os representantes da Prefeitura Municipal, os membros da Comissão Gestora e os

representantes da Empresa Vallenge Engenharia, conforme lista de presença anexa

Antes do início da reunião, a equipe da Vallenge preparou o espaço escolhido para o evento,

sendo colocadas cadeiras organizadas em formato U, permitindo que os participantes

fizessem discussões em grupo, mesas de apoio e equipamentos audiovisuais, como

projetor e notebook.

Na abertura do Evento o representante da Vallenge Engenharia, senhor Nicolas Ferreira,

iniciou apresentando a programação da reunião e em seguida passou a palavra a senhora

Hellen Souza, que agradeceu a presença de todos e relatou sobre a realização da Oficina 2

“A cidade que queremos”. Em seguida, o senhor Nicolas Ferreira, falou sobre os resultados

obtidos por meio da Oficina 2, onde para cada tema apresentado foram relatadas as

diretrizes propostas pelos participantes. Posteriormente, o senhor Nicolas Ferreira,

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

187

questionou os participantes sobre a cidade que eles desejam, apresentando propostas para

o sistema viário e para as macrozonas no município de Aparecida.

Figura 274 – Reunião Devolutiva – Visão 01 (Fonte: Vallenge, 2017).

Figura 275 – Reunião Devolutiva – Visão 02 (Fonte: Vallenge, 2017).

A reunião Devolutiva da Oficina 2 foi encerrada as 16h00min pelo representante da

Vallenge Engenharia, senhor Nicolas.

6.2 PARTICIPAÇÃO SOCIAL

O Estatuto da Cidade juntamente com a Lei n. 10.257/2001 consagra a participação popular

e de outros segmentos no processo de planejamento urbano conjuntamente com a ação

do poder público visando ao desenvolvimento urbano municipal.

Nessa seção, serão relatadas a primeira audiência realizada no desenvolvimento da revisão

do Plano Direto, seguido das Oficinas 1 e 2, onde ambas contaram com a participação social

da população de Aparecida, que foram necessários para a gestão e o planejamento

municipal. Para tanto, foram examinados documentos (atas) das audiências públicas

setoriais e comunitárias, além da observação direta em reuniões públicas para revisão do

Plano Diretor.

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

188

6.2.1 Oficina 1 – A Cidade que Temos

A Oficina 1 visou identificar as demandas e os problemas específicos do município em

relação ao desenvolvimento e a infraestrutura urbana, com base nas percepções sociais da

população local.

As Oficinas foram divididas em quatro setores identificando as questões de localização

geográfica, socioeconômicas e identidade cultural levantadas, buscando incentivar e

mobilizar o maior número participantes de diferentes localidades, conforme segue:

Setor 1 – Escola Municipal Heloisa Encarnação de Castro Pinto Barboza;

Setor 2 – Centro de Convivência da Melhor Idade;

Setor 3 – Escola Municipal Comendador Salgado;

Setor 4 - Creche Maria Glória de Freitas;

O mapa da Figura 276 ilustra a situação descrita, bem como retrata os bairros e

comunidades de abrangência dos setores.

Figura 276 – Mapa de localização dos setores (Fonte: Vallenge, 2017).

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

189

As oficinas em geral relataram para a população as informações preliminares acerca do

Plano Diretor e possibilitou que os participantes traçassem um retrato do município

identificando “A cidade que temos”, direcionando as ações necessárias para a sua

transformação. Além disso, essas informações contribuirão, juntamente com outras

atividades de debate, para as ações de transformação do município a serem previstas no

Plano Diretor.

Desta forma nas seções seguintes serão apresentados os registros fotográficos e as

informações obtidas em todos os setores da Oficina 1.

A. Preparação

A primeira Oficina foi realizada na Escola Municipal Heloisa Encarnação de Castro Pinto

Barboza, localizada na rua Itabaiana, nº 100, bairro Itaguaçu no município de Aparecida,

com inícios às 19h00min, do dia 30 de maio de 2017. Contou com a presença de 33

participantes, dentre eles, os representantes da Prefeitura Municipal e os representantes da

Empresa Vallenge Engenharia.

Figura 277 – Mapa de abrangência da Oficina na EMEF Heloisa

(Fonte: Vallenge, 2017).

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

190

Pode-se observar que, além dos moradores do bairro Itaguaçu, participaram da Oficina os

residentes dos bairros Centro, São Roque, Jardim Paraíba, Ponte Alta, São Geraldo e Vila

Mariana.

Antes de iniciar a Oficina, a equipe da Vallenge preparou o espaço escolhido para o evento,

sendo colocadas cadeiras organizadas em fila (formato de auditório), permitindo a

acomodação de um maior número de pessoas no ambiente e a facilidade na formação de

grupos, mesas de apoio e equipamentos audiovisuais, como projetor, tela de projeção,

notebook, caixa de som e microfone.

Além dos recursos materiais de infraestrutura, também foram preparadas as ferramentas

de coleta das diversas opiniões provenientes da sociedade, sendo estas: folhas de papel,

pranchetas, canetas e painel expositor das informações geradas.

Figura 278 – Preparação da Oficina 1 (Fonte: Vallenge, 2017).

Figura 279 – Lista de Presença – Setor 1 (Fonte: Vallenge, 2017).

Na oficina realizada no setor 1, observou-se que o número de homens (21) foi superior em

relação ao número de mulheres (12). A contagem dessa distribuição de gênero foi realizada

por meio de uma lista de presença. Na Figura 280, pode-se observar o percentual de

presença por gênero.

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

191

Figura 280 – Percentual de pessoas por gênero presentes na Oficina 1 do Setor 1 (Fonte: Vallenge, 2017).

Já no setor 2, a Oficina 1 aconteceu no dia 31 de maio de 2017 no Centro de Convivência da

Melhor Idade, na rua Valério Francisco, s/n, bairro Centro no município de Aparecida,

iniciando às 19h00min. Contou com a presença de 34 participantes, dentre eles, os

representantes da comunidade, da Prefeitura Municipal e da Empresa Vallenge Engenharia.

Figura 281 – Mapa de abrangência da Oficina no CECON (Fonte: Vallenge, 2017).

64%

36%

Masculino Feminino

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

192

É possível verificar que, além dos moradores do bairro Centro, participaram da Oficina os

residentes dos bairros Itaguaçu, Jardim Paraíba, Jardim São Paulo, Vila Mariana, Ponte Alta,

santa Luzia, Santa Terezinha, São Geraldo e São Roque.

Novamente, a sala do evento foi preparada pela equipe da Vallenge, sendo organizadas

cadeiras em formato de auditório, mesas de apoio e equipamentos audiovisuais, como

projetor, tela de projeção, notebook, caixa de som e microfone.

Além dos recursos de infraestrutura, também foram preparados os materiais das atividades

realizadas com a sociedade, sendo estes: folhas de papel, pranchetas, canetas e painel

expositor das informações geradas.

Figura 282 – Preparação da Oficina 1 (Fonte: Vallenge, 2017).

Na oficina realizada no setor 2, observou-se que o número de homens (17) foi igual ao

número de mulheres (17). A contagem dessa distribuição de gênero foi realizada por meio

de uma lista de presenças. Na Figura 283, pode-se observar o percentual de presença por

gênero.

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

193

Figura 283 – Percentual de pessoas por gênero presentes na Oficina 1 do Setor 2 (Fonte: Vallenge, 2017).

No setor 3, a Oficina 1 foi realizada na Escola Municipal Comendador Salgado, localizada na

rua Pedro Maria Filippo, nº 219, bairro Vila Mariana em Aparecida, iniciando às 19h00min,

do dia 1 de Junho de 2017, e contou com a presença de 17 participantes, dentre eles, os

representantes da Prefeitura Municipal e os representantes da Empresa Vallenge

Engenharia.

50%50%

Masculino Feminino

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

194

Figura 284 – Mapa de abrangência da Oficina na EMEF Comendador Salgado (Fonte: Vallenge, 2017).

Conforme apresentado na figura anterior, além dos moradores do bairro Vila Mariana,

participaram da Oficina os residentes dos bairros Aroeira, Centro, Itaguaçu, Jardim Paraíba,

Ponte Alta e São Roque.

Posteriormente a preparação pela equipe da Vallenge, a sala do evento passou a conter os

seguintes recursos materiais: cadeiras em formato de auditório, mesas de apoio,

equipamentos audiovisuais (projetor, tela de projeção, notebook, caixa de som e microfone),

folhas de papel, pranchetas, canetas e painel expositor das informações geradas.

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

195

Figura 285 – Preparação da Oficina 1 (Fonte: Vallenge, 2017).

Na oficina realizada no setor 3, observou-se que o número de homens (12) foi superior em

relação ao número de mulheres (5). A contagem dessa distribuição de gênero foi realizada

por meio de uma lista de presenças. Na Figura 286, pode-se observar o percentual de

presença por gênero.

Figura 286 – Percentual de pessoas por gênero presentes na Oficina 1 do Setor 3 (Fonte: Vallenge, 2017).

Já no setor 4, a Oficina 1 aconteceu no dia 8 de Junho de 2017, às 19h00min, sendo realizada

na Creche Maria Glória de Freitas, situada na rua Benedito Garcia dos Reis, s/n, bairro São

Francisco em Aparecida. Contou com a presença de 33 participantes, dentre eles, os

representantes da Prefeitura Municipal e os representantes da Empresa Vallenge

Engenharia.

71%

29%

Masculino Feminino

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

196

FIGURA 287 – MAPA DE ABRANGÊNCIA DA OFICINA NA CRECHE MARIA DA GLÓRIA (FONTE: VALLENGE, 2017).

Além dos moradores do bairro São Francisco, participaram da Oficina os residentes dos

bairros Centro, Jardim Paraíba, Sagrada Face, Santa Rita, São Roque e Vila Mariana.

Anteriormente ao início da Oficina, a equipe da Vallenge preparou o espaço escolhido para

o evento, organizando as cadeiras em fila (formato de auditório), mesas de apoio e

equipamentos audiovisuais, como projetor, tela de projeção, notebook, caixa de som e

microfone.

Além dos recursos materiais de infraestrutura, também foram preparadas as ferramentas

de coleta das diversas opiniões provenientes da sociedade, sendo estas: folhas de papel,

pranchetas, canetas e painel expositor das informações geradas.

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

197

Figura 288 –Lista de Presença - Setor 4 (Fonte: Vallenge, 2017).

Na oficina realizada no setor 4, observou-se que o número de mulheres (12) foi superior em

relação ao número de homens (21). A contagem dessa distribuição de gênero foi realizada

por meio de uma lista de presenças. Na Figura 289, pode-se observar o percentual de

presença por gênero.

Figura 289 – Percentual de pessoas por gênero presentes na Oficina 1 do Setor 4 (Fonte: Vallenge, 2017).

B. Abertura dos Trabalhos

Na abertura do setor 1 o senhor Prefeito Ernaldo Cesar Marcondes iniciou a oficina

agradecendo a presença de todos os participantes. Em seguida o orador e representante da

Vallenge Engenharia senhor Gabriel Pinelli explicou sobre a programação da oficina I.

36%

64%

Masculino Feminino

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

198

Figura 290– Abertura dos Trabalhos-Setor 1 – vista 1

(Fonte: Vallenge, 2017).

Figura 291 –Abertura dos trabalhos- Setor 1 – vista 2

(Fonte: Vallenge, 2017).

Já no setor 2 o senhor Secretário Municipal de Planejamento e Gestão Estratégica de

Governo – Interino, Domingos Léo Monteiro, iniciou a Oficina agradecendo presença de

todos os participantes e ressaltou a importância da Revisão do Plano Diretor. Em seguida,

o orador e representante da empresa Vallenge Engenhara senhor Gabriel Pinelli, deu início

a programação da oficina I.

Figura 292 – Abertura dos Trabalhos-Setor 2 (Fonte: Vallenge, 2017).

O senhor Chefe de Gabinete, Ederson Francisco dos Santos, realizou a abertura da Oficina

do Setor 3 agradecendo a presença de todos e ressaltando a importância da participação

da população na Revisão do Plano Diretor. Em seguida o orador e representante da Empresa

Vallenge Engenharia senhor Nicolas Ferreira, explicou sobre a programação da oficina 1.

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

199

Figura 293 – Abertura dos Trabalhos-Setor 3

(Fonte: Vallenge, 2017).

Por fim, no setor 4 o senhor Ederson Francisco dos Santos, chefe de Gabinete, deu início a

Oficina 1 agradecendo a presença de todos e ressaltando a importância da participação

popular na Revisão do Plano Diretor. Em seguida o orador e representante da Empresa

Vallenge Engenharia senhor Nicolas Ferreira, explicou sobre a programação da oficina 1

Figura 294 – Abertura dos Trabalhos-Setor 4 (Fonte: Vallenge, 2017).

C. Apresentação dos Temas e Regras da Oficina

Na terceira etapa da Oficina a população presente recebeu orientações, por meio de

explanação oral com o auxílio de apresentação de slides, sobre o tema: “ o que é o Plano

Diretor? ”. Logo após os participantes puderam refletir sobre a proposição da Oficina 1 “A

cidade que Temos” e tiveram como orientação as seguintes perguntas para a elaboração

do diagnóstico participativo.

O que sua cidade tem de bom?

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

200

Quais são os pontos de encontro da sua cidade?

Você encontra tudo o que precisa na sua cidade? O que você não encontra? Por

que?

Quais são os principais problemas da sua cidade?

Para dar início ao diagnóstico comunitário, os participantes foram orientados a formar

grupos, que variavam em número de acordo com a quantidade de pessoas presentes em

cada setor. Cada grupo recebeu um conjunto de quatros folhas com as respectivas

perguntas a serem tratadas, onde tiveram um período de tempo para opinar e responder

cada uma delas, através de suas percepções e vivências.

Figura 295 – Formação dos Grupos - setor 1 (Fonte: Vallenge, 2017).

Figura 296 – Painel de Resultados- Setor 2 (Fonte: Vallenge, 2017).

Os grupos foram orientados a indicarem um relator responsável pelos registros das

anotações e informações conclusivas nas folhas, de acordo com a pergunta em pauta.

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

201

Figura 297 – Formação dos Grupos- setor 3 (Fonte: Vallenge, 2017).

Figura 298 – Painel de Resultados- Setor 4 (Fonte: Vallenge, 2017).

O objetivo da metodologia utilizada é promover a efetiva participação da comunidade por

meio da identificação em grupo das demandas relacionadas à infraestrutura urbana do

município e do incentivo/motivação a participação das próximas fases da revisão do Plano

Diretor.

D. Manifestação dos Participantes

Os participantes manifestaram suas opiniões, sendo todas anotadas pelo relator. Ao final

do registro, as folhas foram entregues e afixada a um painel, onde passaram a compor o

mapa de resultados.

Figura 299 – Painel de Resultados - Setor 1 (Fonte: Vallenge, 2017).

Figura 300 – Painel de Resultados - Setor 2 (Fonte: Vallenge, 2017).

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

202

Figura 301 – Painel de Resultados - Setor 3 (Fonte: Vallenge, 2017).

Figura 302 – Painel de Resultados - Setor 4 (Fonte: Vallenge, 2017).

E. Encerramento

As Oficinas foram encerradas pelo orador e todo material foi recolhido, identificado

e catalogado a fim de se proceder com a conclusão do diagnóstico participativo,

gerando o presente documento.

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

203

6.2.2 Oficina 2 – A Cidade que Queremos

A Oficina 2 visou apresentar os resultados identificados na Oficina 1 “A cidade que temos”

e discutir com a população as alternativas para o desenvolvimento urbano do município de

Aparecida.

As Oficinas 2 foram divididas em três setores identificando as questões de localização

geográfica, socioeconômicas e identidade cultural levantadas, buscando incentivar e

mobilizar o maior número participantes de diferentes localidades, conforme segue:

Setor 1 – Sindicato dos Hotéis e Restaurantes (SINHORES);

Setor 2 – E.M.E.F. Profª Maria Conceição Pires do Rio;

Setor 3 – Creche Municipal Dona Chiquinha.

O mapa da Figura 303 ilustra a situação descrita, bem como retrata os bairros e

comunidades de abrangência dos setores.

Figura 303 – Mapa de localização dos setores (Fonte: Vallenge, 2017).

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

204

Em geral, as oficinas apresentaram para a população as informações obtidas na Oficina 1,

possibilitando que os participantes pactuassem as demandas identificadas com as

melhores estratégias e alternativas de desenvolvimento urbano de Aparecida a serem

previstas no Plano Diretor.

As metodologias adotadas para a execução da Oficina 2 nos três setores tiveram o mesmo

procedimento, sendo estruturadas em seis etapas, conforme segue:

1. Preparação da Oficina;

2. Abertura dos Trabalhos;

3. Apresentação dos Resultados da Oficina 1;

4. Apresentação e Regras da Oficina 2 “A Cidade que Queremos”;

5. Manifestação dos Participantes;

6. Encerramento.

Desta forma nas seções seguintes serão apresentados os registros fotográficos e as

informações obtidas em todos os setores da Oficina 2.

A. Preparação

A segunda oficina foi realizada no Sindicato dos Hotéis e Restaurantes (SINHORES),

localizado na rua Orlando Macedo, nº 6, bairro Ponte Alta no município de Aparecida, com

inícios às 19h00min, do dia 25 de julho de 2017. Contou com a presença de 14 participantes,

dentre eles, os representantes da Prefeitura Municipal e os representantes da Empresa

Vallenge Engenharia.

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

205

Figura 304 – Mapa de abrangência da Oficina no Sindicato dos Hotéis e Restaurantes (Fonte: Vallenge, 2017).

Pode-se observar que, além dos moradores do bairro Ponte Alta, participaram da oficina os

residentes dos bairros Centro e Aroeira.

Antes de iniciar a oficina, a equipe da Vallenge preparou o espaço escolhido para o evento,

sendo colocadas cadeiras organizadas em fila (formato de auditório), permitindo a

acomodação de um maior número de pessoas no ambiente, mesas de apoio e

equipamentos audiovisuais, como projetor, tela de projeção, notebook, caixa de som e

microfone.

Além dos recursos materiais de infraestrutura, também foram preparados mapas temáticos

de Aparecida como a evolução da mancha urbana, divisão dos bairros, áreas de riscos, entre

outros, afim de mostrar para os participantes, em uma melhor perspectiva, o território do

município. Também foram dispostas as ferramentas de coleta das diversas opiniões

provenientes da sociedade, sendo estas: folhas de papel, pranchetas, canetas e painel

expositor das informações geradas.

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

206

Figura 305 – Participantes do Setor 1 (Fonte: Vallenge, 2017).

Na oficina realizada no setor 1, observou-se que o número de homens (9) foi superior em

relação ao número de mulheres (5). A contagem dessa distribuição de gênero foi realizada

por meio de uma lista de presenças. Na Figura 306, pode-se observar o percentual de

presença por gênero.

Figura 306 – Percentual de pessoas por gênero presentes na Oficina 2 do Setor 1 (Fonte: Vallenge, 2017).

Já no setor 2, a Oficina 2 aconteceu no dia 26 de julho de 2017 na Escola Municipal Profª

Maria Conceição Pires do Rio, na rua Padre João Batista, s/n, bairro Santa Rita no município

de Aparecida, iniciando às 19h00min. Contou com a presença de 14 participantes, dentre

64%

36%

Masculino Feminino

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

207

eles, os representantes da comunidade, da Prefeitura Municipal e da Empresa Vallenge

Engenharia.

Figura 307 – Mapa de abrangência da Oficina na EMEF Profª Maria Conceição Pires do Rio (Fonte: Vallenge, 2017).

É possível verificar que, além dos moradores do bairro Santa Rita, participaram da oficina

os residentes dos bairros Centro, Ponte Alta, Sagrada Face e Jardim Paraíba.

Novamente, a sala do evento foi preparada pela equipe da Vallenge, sendo organizadas

cadeiras em formato de auditório, mesas de apoio e equipamentos audiovisuais, como

projetor, tela de projeção, notebook, caixa de som e microfone.

Além dos recursos materiais de infraestrutura, também foram preparados mapas temáticos

como a evolução da mancha urbana, divisão dos bairros, áreas de riscos, entre outros, afim

de mostrar para os participantes em uma melhor perspectiva o município de Aparecida.

Também foram dispostas as ferramentas de coleta das diversas opiniões provenientes da

sociedade, sendo estas: folhas de papel, pranchetas, canetas e painel expositor das

informações geradas.

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

208

Figura 308 – Preparação da Oficina 2 (Fonte: Vallenge, 2017).

Na oficina realizada no setor 2, observou-se que o número de homens (8) foi superior em

relação ao número de mulheres (6). A contagem dessa distribuição de gênero foi realizada

por meio de uma lista de presenças. Na Figura 309, pode-se observar o percentual de

presença por gênero.

Figura 309 – Percentual de pessoas por gênero presentes na Oficina 2 do Setor 2 (Fonte: Vallenge, 2017).

No setor 3, a Oficina 2 foi realizada na Creche Municipal Dona Chiquinha, localizada na

avenida Zezé Valadão, s/n, bairro São Roque em Aparecida, iniciando às 19h00min, do dia

28 de Julho de 2017, e contou com a presença de 14 participantes, dentre eles, os

57%

43%

Masculino Feminino

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

209

representantes da Prefeitura Municipal e os representantes da Empresa Vallenge

Engenharia.

Figura 310 – Mapa de abrangência da Oficina na Creche Dona Chiquinha (Fonte: Vallenge, 2017).

Conforme apresentado na figura anterior, além dos moradores do bairro São Roque,

participaram da oficina os residentes dos bairros Jardim São Paulo, Centro, Itaguaçu, Jardim

Paraíba e Aroeira.

Posteriormente a preparação pela equipe da Vallenge, a sala do evento passou a conter os

seguintes recursos materiais: mapas temáticos, cadeiras em formato de auditório, mesas

de apoio, equipamentos audiovisuais (projetor, tela de projeção, notebook, caixa de som e

microfone), folhas de papel, pranchetas, canetas e painel expositor das informações

geradas.

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

210

Figura 311 – Mapas Temáticos – Oficina 2 (Fonte: Vallenge, 2017).

Na oficina realizada no setor 3, observou-se que o número de homens (8) foi superior em

relação ao número de mulheres (6). A contagem dessa distribuição de gênero foi realizada

por meio de uma lista de presenças. Na figura 312, pode-se observar o percentual de

presença por gênero.

Figura 312 – Percentual de pessoas por gênero presentes na Oficina 2 do Setor 3 (Fonte: Vallenge, 2017).

57%

43%

Masculino Feminino

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

211

B. Abertura dos Trabalhos

Na abertura da oficina do setor 1 o orador e representante da Vallenge Engenharia, senhor

Gabriel Pinelli, iniciou a oficina agradecendo a presença de todos os participantes e em

seguida explicou sobre a programação da Oficina 2.

Figura 313 – Abertura dos trabalhos – Setor 1 (Fonte: Vallenge, 2017).

Já no setor 2, novamente o senhor Gabriel Pinelli iniciou a oficina agradecendo a presença

de todos os participantes e em seguida explicou sobre a programação da Oficina 2.

Figura 314 – Abertura dos trabalhos – Setor 2 (Fonte: Vallenge, 2017).

O senhor Gabriel Pinelli, orador e representante da Vallenge Engenharia, também realizou

a abertura da oficina do Setor 3, agradecendo a presença de todos e ressaltando a

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

212

importância da participação da população na Revisão do Plano Diretor, em seguida explicou

sobre a programação da Oficina 2.

Figura 315 – Abertura dos trabalhos – Setor 3 (Fonte: Vallenge, 2017).

C. Apresentação dos Resultados da Oficina 1

Na terceira etapa da Oficina 2, o orador apresentou aos participantes, por meio de

explanação oral com o auxílio de apresentação de slides, os resultados obtidos na Oficina

1, relatando as principais demandas e problemas específicos do município em relação ao

desenvolvimento e a infraestrutura urbana.

Para cada pergunta feita na Oficina 1: O que sua cidade tem de bom? Quais são os pontos

de encontro da sua cidade? Você encontra tudo o que precisa na sua cidade? O que você

não encontra? Por que? Quais são os principais problemas da sua cidade?, foram

elencadas diretrizes para que os participantes pudessem refletir sobre os temas, com a

finalidade de apresentar as propostas e ações necessárias para as demandas identificadas

na Oficina 1, visando a transformação do município de Aparecida.

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

213

D. Apresentação e Regras da Oficina

A quarta etapa da oficina teve como finalidade apresentar, também por meio de explanação

oral com o auxílio de apresentação de slides, o tema da Oficina 2 “A cidade que queremos”,

onde os participantes puderam refletir sobre a proposição da oficina, através das seguintes

perguntas:

Como deverá ser o turismo de Aparecida no futuro?

O que deve ser feito para que a população de Aparecida tenha mais lazer no futuro?

Quais ações precisam ser tomadas para reduzir os problemas de trânsito em

Aparecida?

Quais ações deverão ser realizadas para que Aparecida cresça de forma planejada?

Quais regras deverão orientar as novas construções e os novos loteamentos em

Aparecida?

Para dar início ao diagnóstico comunitário, os participantes foram orientados a formar

grupos, que variavam em número de acordo com a quantidade de pessoas presentes em

cada setor. Cada grupo recebeu um conjunto de cinco folhas com as respectivas perguntas

a serem tratadas, onde tiveram um período de tempo para opinar e responder cada uma

delas, através de suas percepções e vivências.

Figura 316 – Formação dos grupos - Setor 1 (Fonte: Vallenge, 2017).

Figura 317 – Discussão entre os integrantes do grupo - Setor 1

(Fonte: Vallenge, 2017).

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

214

Os grupos foram orientados a indicarem um relator responsável pelos registros das

anotações e informações conclusivas nas folhas, de acordo com a pergunta em pauta.

Figura 318 – Formação dos Grupos- Setor 2 (Fonte: Vallenge, 2017).

Figura 319 – Formação dos Grupos- Setor 3 (Fonte: Vallenge, 2017).

O objetivo da metodologia utilizada é promover a efetiva participação da comunidade por

meio da identificação em grupo das alternativas para o desenvolvimento urbano do

município e do incentivo/motivação a participação das próximas fases da revisão do Plano

Diretor.

E. Manifestação dos Participantes

Os participantes manifestaram suas opiniões, sendo todas anotadas pelo relator. Ao final

do registro, as folhas foram entregues e afixada a um painel, onde passaram a compor o

mapa de resultados.

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

215

Figura 320 – Painel de Resultados – Oficina 2 (Fonte: Vallenge, 2017).

F. Encerramento

As oficinas foram encerradas pelo orador e todo material foi recolhido, identificado e

catalogado a fim de se proceder com a conclusão do diagnóstico participativo, gerando o

presente documento.

6.3 REUNIÕES COM A EQUIPE TÉCNICA DA PREFEITURA MUNICIPAL

Durante a revisão do Plano Diretor de Aparecida foram realizadas diversas reuniões com as

equipes de funcionários da Prefeitura Municipal de Aparecida, conforme segue:

Reunião com a Secretaria de Obras: Ocorreu no dia 08/03/2017 na sala de reuniões

do Departamento de Obras Viárias, tendo como participantes a equipe de

funcionários da secretaria de obras. A reunião iniciou-se com a apresentação dos

mapas de zoneamento, de vias e de macrozoneamento, para identificação das áreas

de impacto no município, bem como a identificação das áreas em expansão e obras

em andamento. Todos os temas abordados foram discutidos entre os presentes.

Reunião de entrega do Plano Diretor de Turismo: A reunião de entrega do Plano

Diretor de Turismo aconteceu no dia 29/09/2017 na sede do Centro de Atendimento

ao Turista (CAT), tendo como participantes os representantes da secretaria de obras

e da secretaria de turismo. A reunião teve como objetivo a entrega dos produtos

finais do Plano de Turismo, instrumento este que serviu como base para toda a

revisão do Plano Diretor.

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

216

Reunião técnica com o Departamento de Obras Viárias – ETAPA 1: Ocorreu no dia

26/10/2017 no prédio da Prefeitura Municipal, tendo como participantes a equipe do

Departamento de Obras Viárias de da Prefeitura Municipal de Aparecida e do

Professor Ubiratã, que dispõe de conhecimento na área e fez a leitura de toda a

minuta do Plano Diretor. Portanto a reunião visou a troca de informações,

conhecimentos e ideias, que contribuíram para a revisão do Plano Diretor de

Aparecida.

Reunião com o Prefeito – Ocorreu no dia 30/10/2017 no prédio da Prefeitura

Municipal, tendo como participante o Prefeito de Aparecida, senhor Ernaldo Cesar

Marcondes, visando discutir as propostas de revisão do Plano Diretor, como o

macrozoneamento, o zoneamento e os parâmetros de uso do solo.

Reunião técnica com o Departamento de Obras Viárias – ETAPA 2: Ocorreu no dia

01/11/2017 no prédio da Prefeitura Municipal, tendo como participantes a equipe do

Departamento de Obras Viárias e o Professor Ubiratã, sendo a reunião coordenada

pela equipe técnica da Vallenge, a fim de apresentar e discutir as complementações

realizadas na revisão do Plano Diretor conforme sugeridas na etapa anterior.

Reunião com a Secretaria de Obras: Ocorreu no dia 08/11/2017 no prédio da

Prefeitura Municipal, tendo como participante funcionários do Departamento de

Obras, sendo a reunião coordenada pela equipe técnica da Vallenge. Essa reunião

foi realizada com o intuito de discutir o ordenamento territorial proposto

Macrozoneamento e Zoneamento, além de demonstrar as regras de ocupação dos

hotéis e de detenção de água da chuva.

Reunião com a Associação dos Engenheiros: Ocorreu no dia 16/11/2017 também no

prédio da Prefeitura Municipal, tendo como participantes a equipe do Departamento

de Obras e os membros da Associação de Engenheiros de Aparecida, sendo a

reunião coordenada pela equipe técnica da Vallenge. A reunião foi realizada com o

intuito de debater as regras de ocupação e a altura dos gabaritos propostos na

minuta de Lei do Plano Diretor.

Reunião com o Sindicato dos Hotéis: A reunião com o Sindicato dos Hotéis foi

realizada no salão nobre da Prefeitura Municipal e contou com a presença de

representantes da Prefeitura Municipal, da Vallenge Engenharia, do Sindicato dos

Hotéis, da Associação de Engenheiros e da Comissão Gestora. A reunião foi

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

217

realizada com o objetivo de apresentar os estudos e a participação social realizada

em todo processo de revisão do Plano Diretor e de debater as regras de ocupação e

a altura dos gabaritos propostos na minuta de Lei.

6.4 AUDIÊNCIAS PÚBLICAS

Além das oficinas comunitárias de participação social, foram realizadas duas audiências

públicas com os objetivos de: (1) ouvir a maior quantidade de pessoas possível, (2) dar a

oportunidade de a população expor suas opiniões sobre os temas abordados, (3) ouvir e

discutir os aspectos pertinentes à revisão do plano diretor.

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

218

6.4.1 Audiência Jardim Paraíba

A audiência pública realizada no bairro Jardim Paraíba, teve como intuito ouvir a população

sobre o uso e ocupação do solo do bairro, autorizando ou não, por meio da manifestação

dos participantes interessados a instalação de hotéis e pousadas e a construção do 3º

pavimento nos imóveis.

No geral os participantes apresentaram os prós e contras da autorização quanto a

instalação de hotéis e pousadas e a construção do 3º pavimento nos imóveis, traçando

assim um retrato do bairro e direcionando as ações necessárias para a sua transformação.

Além disso, essas informações contribuíram, juntamente com outras atividades de debate,

para as ações de transformação do município a serem previstas no Plano Diretor.

A Audiência no Jardim Paraíba foi realizada na Casa da Amizade, localizada na rua Rua

Capitão Emídio Moreira, bairro Ponte Alta no município de Aparecida, com inícios às

19h00min, do dia 23 de maio de 2017. Contou com a presença de 184 participantes, dentre

eles, os representantes da Prefeitura Municipal e os representantes da Empresa Vallenge

Engenharia.

Antes do início da Audiência, a equipe da Vallenge preparou o espaço escolhido para o

evento, sendo colocadas cadeiras organizadas em fila (formato de auditório), permitindo a

acomodação de um maior número de pessoas no ambiente, mesas de apoio e

equipamentos audiovisuais, como projetor, tela de projeção, notebook, caixa de som e

microfone.

Figura 321 – Preparação da Audiência – Vista 01 (Fonte: Vallenge, 2017).

Figura 322 – Preparação da Oficina – Vista 02 (Fonte: Vallenge, 2017).

Na abertura da Audiência Jardim Paraíba, o senhor Chefe de Gabinete Ederson Francisco

dos Santos agradeceu a presença de todos. Logo após, passou a palavra para o senhor

Prefeito Ernaldo Cesar Marcondes, que agradeceu a presença de todos e ressaltou a

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

219

importância da opinião da população juntamente a do poder público, fazendo um governo

participativo. Posteriormente, o senhor Ederson passou a palavra para senhor Doutor Marco

Aurélio de Toledo Piza que fez a leitura do Decreto no 4.448/2017, que estabelece em seus

artigos as orientações dos temas e regras da audiência pública, assim como os direitos e

deveres da manifestação dos participantes previamente inscritos, da obrigatoriedade da

lista de presença, o tempo de apresentação e a permissão de filmagens. O senhor Marco

Aurélio também fez a leitura da Portaria que delega ao senhor Gabriel Pinelli Ferraz a

condição de presidente da audiência. Em seguida, a palavra foi passada para o senhor

prefeito Sargento Ernaldo, que atribuiu a condução da sessão ao senhor Gabriel Pinelli

Ferraz e colocou a prefeitura à disposição de todos. O presidente iniciou a apresentação,

que consta anexa, dando boa noite a todos os presentes e explicando toda a programação

da audiência.

Figura 323– Abertura dos Trabalhos – vista 1 (Fonte: Vallenge, 2017).

Figura 324 –Abertura dos trabalhos – vista 2 (Fonte: Vallenge, 2017).

Logo em seguida, os participantes presentes receberam orientações, por meio de

explanação oral com o auxílio de apresentação de slides, sobre a manifestação das

seguintes propostas:

1. Poderão ser instalados hotéis e pousadas no Bairro;

2. Poderá ser construído o 3° pavimento nos imóveis no Bairro.

Ressalta-se que todas as decisões tomadas na audiência caberão apenas às novas

edificações, excluindo do gabarito a Avenida Solon Pereira, a Rua Joaquina Prado, a Avenida

Isaac Ferreira Encarnação e os imóveis construídos no perímetro das praças do bairro

Jardim Paraíba.

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

220

Com o término da apresentação, iniciou-se a participação dos munícipes inscritos

previamente, onde cada um obteve o tempo exato de 1 minuto para manifestar sua opinião

sobre as propostas. As colocações dos participantes foram importantes para que fossem

decididas as melhores condições para o bairro, ressalta-se ainda, que a audiência pública é

necessária e importante para legitimar o Plano Diretor e o direito de voz da população.

Figura 325 – Participação dos Munícipes – Vista 01

(Fonte: Vallenge, 2017).

Figura 326 – Participação dos Munícipes - Vista 02

(Fonte: Vallenge, 2017).

Por fim, a manifestação dos participantes foi realizada por meio de votação, sendo o espaço

dividido em dois lados: sim e não, para que fosse registrado e a decisão integrada à revisão

do Plano Diretor. O presidente da sessão fez a leitura da primeira questão: Poderão ser

instalados hotéis e pousadas no Jardim Paraíba? Por aclamação, os participantes optaram

em maioria pela resposta não. Em seguida, o presidente fez a leitura da segunda questão:

Poderá ser construído o terceiro pavimento nos imóveis do Jardim Paraíba? Por aclamação,

os participantes optaram em maioria pela resposta não.

A audiência foi encerrada as 21h00min pelo presidente e as propostas foram incluídas na

revisão do Plano Diretor de Aparecida.

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

221

Figura 327 – Manifestação dos Participantes – Vista 01

(Fonte: Vallenge, 2017).

Figura 328 – Manifestação dos Participantes –Vista 02

(Fonte: Vallenge, 2017).

6.4.2 Audiência de Consolidação da Proposta de Revisão do Plano

A audiência pública de consolidação da proposta de revisão do plano foi realizada com o

intuito de apresentar à população a revisão final do Plano Diretor de Aparecida, visando

nortear as ações de desenvolvimento urbano e planejamento do município. Durante a

realização da audiência foi possibilitado um espaço em aberto para os participantes expor,

debater, opinar e tirar dúvidas sobre todo conteúdo apresentando, sendo respondidas pela

equipe técnica da revisão do Plano Diretor.

A audiência ocorreu no salão nobre da Prefeitura Municipal, situado na rua Professor José

Borges Ribeiro, n. 167, bairro Centro no município de Aparecida, com início às 19h30min, do

dia 12 de dezembro de 2017. Contou com a presença de 54 participantes, dentre eles, os

representantes da Prefeitura Municipal, os representantes da Vallenge Engenharia, o

representante do Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Aparecida (SAAE),

representantes do Santuário Nacional/Lotus, o representante do Rotary Club de Aparecida,

os representantes da Associação dos Engenheiros e Arquitetos, o representante do Jornal

Comunicação Regional e os representantes da Defesa Civil.

Antes do início da Audiência, a equipe da Vallenge preparou o espaço escolhido para o

evento, sendo colocadas cadeiras organizadas em fila (formato de auditório), permitindo a

acomodação de um maior número de pessoas no ambiente, mesas de apoio e

equipamentos audiovisuais, como projetor, tela de projeção, notebook, caixa de som e

microfone.

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

222

Figura 329 – Preparação Audiência Pública (Fonte: Vallenge, 2017).

Figura 330 – Abertura da Audiência Pública (Fonte: Vallenge, 2017).

Na abertura do Evento, o senhor Ederson Francisco dos Santos, iniciou a Audiência Pública

saudando a todos presentes e anunciou a composição da mesa, sendo formada por:

Domingos Léo Monteiro (Secretário Administração), José Benedito Angelieri (Secretário de

Obras), Gabriel Pinelli (Presidente da Seção), Nicolas Ferreira (Representante Técnico da

Vallenge Engenharia) e Adilson José Lima (Presidente da Câmara Municipal).

Em seguida, o senhor Adilson José Lima, discorreu sobre a importância da colaboração por

parte dos munícipes e das entidades para divulgar a realização da revisão do Plano Diretor

e, mencionou sobre existência de um carro de som que percorreu as ruas do município

divulgando a data da Audiência Pública e convocando os moradores para participar.

Representando o senhor Ernaldo Cesar Marcondes, prefeito de Aparecida, o senhor

Domingos toma a palavra saudando todos os presentes, ressaltando que a gestão do

município apoia a participação da população em todas as ações previstas na revisão do

Plano Diretor. Ainda com a palavra, o senhor Domingos, justificou a ausência do prefeito

que estava comparecendo a alguns compromissos em nome do município, visando trazer

novos recursos.

Posteriormente, o senhor Ederson, tomou a palavra e citou todos os nomes dos vereadores

presentes, que participaram dos processos de elaboração da revisão do plano diretor. Em

seguida, fez a leitura da Portaria que delega ao senhor Gabriel Pinelli a Presidência da

sessão da audiência pública.

Passando a palavra ao presidente da audiência pública, o senhor Gabriel Pinelli, agradeceu

a presença de todos, ressaltando a satisfação em estar presente durante todo o ano de

trabalho na revisão do Plano de Trabalho. Logos após, abordou brevemente todo conteúdo

a ser apresentado durante a realização da audiência e, falou que a lista para os participantes

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

223

que quisessem fazer o uso da fala durante a realização da audiência, ainda estaria aberta

pelo período de 10min. Seguidamente, o senhor Gabriel Pinelli Iniciou a apresentação do

plano, fazendo a leitura do roteiro da audiência e mencionou que o Plano Diretor é a

principal ferramenta do município para ordenar as funções sociais da cidade.

Figura 331 – Presidente da Audiência Pública (Fonte: Vallenge, 2017).

Figura 332 – Apresentação da revisão do Plano Diretor – Visão 01

(Fonte: Vallenge, 2017).

Ainda com a palavra, o senhor Gabriel Pineli, explicou que os trabalhos foram realizados no

decorrer do ano de 2017, sendo composto por uma comissão gestora e ocorrendo

juntamente com a participação social dos munícipes, conforme preconizado pelo Estatuto

da Cidade. O Senhor Gabriel Pinelli, relatou que o plano foi construído pela somatória das

proposições de todos que participaram e, falou sobre a primeira Oficina “A cidade que

queremos” e a importância da manifestação da população nessa etapa, sendo esta também

realizada por meio do site. Além disso, mencionou que a revisão do Plano Diretor de

Aparecida foi notícia em outras cidades, retratando que foram utilizados todos os meios de

comunicação atuais e usuais na divulgação do plano, estando todo conteúdo das reuniões

registrado por meio de atas, fotos, áudios, entre outros. Também relatou que todos os

produtos estão dispostos no site da revisão do Plano Diretor para livre acesso do Ministério

Público. Logos após, iniciou um detalhamento do ordenamento territorial, explicando que

as macrozonas são divididas em macrozona urbana, a qual tem como objetivo ordenar o

adensamento urbano, cumprindo a função social da cidade; a macrozona de transição tem

como objetivo preservar o verde e o meio ambiente, sendo possível construções de baixo

impacto; a macrozona rural tem como objetivo regularizar as propriedades irregulares e

preservar os recursos naturais, conforme encontra-se disponível no site por meio da minuta

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

224

de lei. Em seguida, realizou a leitura das zonas existentes em cada uma das macrozonas,

sendo todas detalhadas também na minuta disponível no site.

Figura 333 – Apresentação da revisão do Plano Diretor – Visão 02

(Fonte: Vallenge, 2017).

Figura 334 – Apresentação da revisão do Plano Diretor – Visão 03

(Fonte: Vallenge, 2017).

Posteriormente a palavra foi passada para o senhor Ederson, que realizou a leitura do

decreto da audiência. Novamente com a palavra foi passada ao senhor Gabriel Pinelli, que

relembrou a ordem das perguntas por meio das inscrições e, relatou que todos os inscritos

terão o direito para se manifestar, convidando todos os membros da mesa para voltarem

aos seus lugares. Com o término da apresentação, o senhor Gabriel Pinelli, deixou a palavra

aberta aos inscritos para que pudessem fazer seu uso.

O senhor Alberto iniciou saudando a todos os presentes e questionou se a opinião dos

moradores do bairro Santa Rita foi ouvida no que se refere ao limite de altura estabelecido

para as construções, também perguntou porque a Zona Especial de Preservação

Permanente não é continua em toda margem do rio Paraíba do Sul, desviando das áreas

que pertencem ao Santuário Nacional. O senhor Alberto questionou também sobre a área

do bairro São Roque a qual foi desmatada para a ocupação do shopping e, por fim

comunicou que a população irá cobrar tudo o que foi previsto na revisão do plano.

Em seguida, o senhor Paulo, comentou que foram estabelecidos recuos e afastamentos

para a cidade, porém com base nos lotes existentes, ainda relatou que gostaria de saber

sobre a existência de informações atuais sobre quantos lotes estão acima do padrão,

quantos estão abaixo e qual a largura das ruas. Também mencionou sobre a inexistência

das áreas de preservação ambiental em determinados trechos do município.

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

225

Posteriormente, o senhor Valter Garcia, realizou algumas observações sobre a existência

de diretrizes pertinentes, discordando sobre a altura dos gabaritos e espaçamento dos

recuos. Também relatou que a maior parte do plano dispõe de um memorial descritivo,

porém o que falta é a existência de um memorial justificativo. Ainda mencionou que as

expansões devem ter qualidade de vida e, relatou que não observou no plano as questões

de acessibilidade ao cadeirante pela largura das calçadas estabelecidas. Por fim, discorreu

que o plano estabelece infraestrutura urbana com uso de sistema de distribuição elétrica

aéreo, o qual seria melhor se fosse subterrâneo.

Logo após, o senhor Júlio e o senhor Paulo Sousa, abriram mão da palavra.

O senhor José Renato retomou saudando a todos os presentes, relatou que estava

descontente por não ser apresentado na audiência a tabela de parâmetros de uso do solo

e, citou que o coeficiente do bairro Santa Edwirges é muito baixo, inviabilizando as

construções. Também falou que foram feitas reuniões entre os engenheiros e que foi

disponibilizada a opinião de todos, as quais deverão ser levadas em consideração.

Mencionou que foram dadas três sugestões de altura de gabarito e que gostaria de saber

se elas foram acatadas ou não na revisão do Plano Diretor.

Em seguida, a senhora Ana Alice, saudou a todos retratando que gostaria de deixar uma

mensagem de esperança, pensando que a cidade está sendo construída de uma maneira

melhor. Logo após, relatou que a revisão do plano deverá ser encaminhada para a câmara,

onde cada uma das considerações feitas, a partir daquela data será levada em conta e

pensada minuciosamente. Ressaltou ainda que mesmo depois de aprovada a lei ainda pode

ser discutida e, que ainda serão debatidos outros assuntos como por exemplo a mobilidade

urbana. A senhora Ana Alice ainda mencionou que muitas das opiniões que foram dadas

por ela não estão presentes na lei, contudo ainda verá o que está sendo disposto para cada

bairro. Relatou ainda que gostaria de um tempo maior para discussão da revisão do plano

diretor, sendo importante pensar no futuro, nas diretrizes para um terreno pequeno no

centro da cidade e nas regras que serão estabelecidas para as novas construções ou para

aqueles que já estão construindo.

Posteriormente, o senhor Cabral, relatou que vivemos em um paradoxo, onde há dois

poderes: o religioso e a prefeitura. Ainda mencionou que ambos os poderes devem

caminhar em comum acordo, visando que a cada quatro anos a cidade obtenha um

planejamento mais satisfatório. Ainda citou, que durante a realização das reuniões e

oficinas a participação da população foi insuficiente. Por fim, mencionou que o mais correto

a se fazer no momento é questionar e acompanhar a câmara e que é necessária uma maior

participação dos munícipes.

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

226

Por fim, o senhor Fábio saudou a todos e relatou que antigamente não havia taxas de recuos

no município e que gostaria de saber quais serão os parâmetros a serem seguidos na

revisão do Plano Diretor. Ainda mencionou que a cidade já está consolidada e existem

muitos turistas. Por fim, questionou se a cidade não vai passar a ser dormitório.

Após a manifestação dos participantes, o senhor Domingos tomou a palavra mencionando

que a minuta encontra-se disponível no site da revisão do Plano Diretor, não sendo ainda

considerada a lei final, assim estando disponível para consulta pública e aberta para o envio

de sugestões por parte da população. Ainda relatou que tudo o que foi construído ocorreu

mediante a participação e contribuição da população. Logo após, agradeceu a presença de

todos. Novamente com a palavra, o senhor Gabriel encerrou a sessão às 20h58min.

Figura 335 – Participação Social na Audiência Pública

(Fonte: Vallenge, 2017).

Figura 336 – Lista de Presença (Fonte: Vallenge, 2017).

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

227

7 CONTRIBUIÇÕES/RESULTADOS

7.1 CONTRIBUIÇÕES POR MEIO DAS MÍDIAS SOCIAIS

Além da realização das Oficinas, a mobilização social no processo de revisão do Plano

Diretor de Aparecida ocorreu por meio das mídias sociais.

Conforme anteriormente mencionado, a internet tem sido uma das grandes ferramentas

utilizadas como mobilização, revigorando a cidadania da população na facilidade da troca

de informações, de modo que os indivíduos, conectados em rede, possam discutir e

apresentar soluções para os problemas cotidianamente vividos.

No caso da revisão do Plano Diretor, as participações foram possíveis por meio dos

seguintes endereços:

Site - www.revisaopdaparecida.com;

Rede Social - página no Facebook - facebook.com/revisaopdaparecida.

7.1.1 Oficina 1

As contribuições e sugestões enviadas pelos munícipes de Aparecida por meio das mídias

sociais foram analisadas e classificadas, sendo os resultados conclusivos divididos em

duas categorias: ausências identificadas e solicitações de melhorias.

Figura 337 – Resultado das contribuições da população pelas mídias sociais (Fonte: Vallenge, 2017).

35,00%

65,00%

Ausência Solicitação

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

228

Pode-se observar que o número de solicitações foi duas vezes maior ao número de

ausências. De maneira complementar, a figura a seguir apresenta cada um dos temas

abordados nas contribuições.

Figura 338 – Resultado das contribuições da população pelas mídias sociais por temática (Fonte: Vallenge, 2017).

Verifica-se que, dentre as ausências identificadas, o tema mais citado foi “Ausência de

Parques Públicos”, e dentre as solicitações foi “Solicitação de Implantação de

Equipamentos de Trânsito”. Quanto aos temas menos mencionados, aponta-se “Ausência

de Indústrias” e “Solicitação de Recuperação de Praças”, que abrangem elementos como

falta de indústrias e a revitalização das praças Nossa Senhora de Aparecida e São Benedito.

7.1.2 Oficina 2

As contribuições e sugestões enviadas pelos munícipes de Aparecida por meio das mídias

sociais, em sua maior parte foram recebidas pela rede social Facebook, ao contrário da

Oficina 1, onde a maior parte das colaborações foram recebidas via Site. Assim como nas

reuniões das Oficinas 2, as perguntas: “Como deverá ser o turismo de Aparecida no futuro?;

O que deve ser feito para que a população de Aparecida tenha mais lazer no futuro?; Quais

ações precisam ser tomadas para reduzir os problemas de trânsito em Aparecida?; Quais

ações deverão ser realizadas para que Aparecida cresça de forma planejada?; Quais regras

deverão orientar as novas construções e os novos loteamentos em Aparecida?”, foram

35,00%

18,00%15,00%

14,00%

6,00%6,00%

6,00%

Solicitação

Ausência de Parques Públicos

Ausência de Controle sobre o Turismo Religioso

Ausência de Equipamentos Urbanos de Segurança Pública

Ausência de Infraestrutura Pública de Saúde e Educação

Ausência de Saneamento Básico

Ausência de Indústrias

14,00%

9,00%

9,00%

3,00%65,00%

Solicitação de Implantação de Equipamentos de Trânsito

Solicitação de Aprimoramento de Eventos Turisticos

Solicitação de Equipamentos Urbanos de Acessibilidade

Solicitação de Recuperação de Praças

Ausência

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

229

divulgadas, e as respostas analisadas e classificadas, sendo os resultados conclusivos

apresentados a seguir.

Figura 339 – Resultado das contribuições da população pelas mídias sociais (Fonte: Vallenge, 2017).

Pode-se observar que não houve manifestação quanto à pergunta “O que deve ser feito

para que a população de Aparecida tenha mais lazer no futuro”, sendo a questão mais

respondida a que se refere ao futuro do turismo em Aparecida (40%). De maneira

complementar, a figura a seguir apresenta cada um dos temas abordados nas

contribuições.

40%

27%

27%

6%

Como deverá ser o turismo de Aparecida no futuro?

Quais ações precisam ser tomadas para reduzir os problemas de transito em Aparecida?

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

230

Como deverá ser o turismo de Aparecida no futuro?

Quais ações precisam ser tomadas para reduzir os problemas de trânsito de Aparecida?

Quais ações deverão ser realizadas para que Aparecida cresça de forma planejada?

Quais regras deverão orientar as novas construções e os novos loteamentos em

Aparecida?

Figura 340 – Resultado das contribuições da população pelas mídias sociais por pergunta (Fonte: Vallenge, 2017).

Verifica-se que, quanto ao futuro do turismo em Aparecida, 66% daqueles que

manifestaram sua opinião querem que seja mais organizado e profissional e que os hotéis

e pousadas sejam regularizados. No que se refere aos problemas de trânsito, a criação de

bolsões de estacionamento é a principal ação a ser tomada. Com relação ao crescimento

planejado, os participantes citaram a implementação do Plano Diretor e a preservação da

visibilidade do Santuário Nacional. Por fim, ao serem questionados sobre quais regras

deverão orientar as novas construções e os novos loteamentos em Aparecida, a criação de

uma lei de uso e ocupação foi a única resposta mencionada.

33%

33%

17%

17%

Mais organizado e profissionalRegularizar hotéis e pousadasMelhorias no sistema viárioSegurança

50%

25%

25%

Criar bolsões de estacionamento

Fiscalizar o trânsito

Melhorias de mobilidade urbana

75%

25%

Implementar o Plano Diretor

Preservar a visibilidade do SantuárioNacional

100%

Criar lei de uso e ocupação do solo

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

231

7.2 RESULTADOS DAS OFICINAS

7.2.1 Oficina 1

Os resultados conclusivos da Oficina 1 serão apresentados nesta seção, tendo como base

as opiniões e colaborações obtidas por meio dos participantes nas Oficinas.

Todos os materiais recolhidos foram analisados e para cada contribuição foi feita uma

primeira classificação de acordo com o tema abordado pelo participante. Cada contribuição

relacionada ao tema da atividade foi classificada por subtemas para auxiliar a

sistematização.

A. O QUE SUA CIDADE TEM DE BOM?

Para a elaboração do diagnóstico participativo foi realizada a seguinte pergunta: O que sua

cidade tem de bom? O resultado da opinião dos munícipes está representado na Figura 341.

(Outros: 8% Escolas e Creches, 8% Atividades de Esporte e Lazer, 7% Assistência Social, 7% Convívio Social, 7% Paisagens

Naturais, 6% Saneamento Básico, 2% Emprego, 2% Planejamento Urbano).

Figura 341 – Resultado das colaborações da população na pergunta 1 (Fonte: Vallenge, 2017).

Por meio da Figura 341, é possível observar que o tema mais citado foi “Turismo, Cultura e

Religião”. Dentro desse tema, foram abordadas questões como igrejas, turismo religioso,

cultura religiosa e o Santuário Nacional.

Avaliando a resposta dos munícipes, percebe-se o reconhecimento da população quanto a

importância do turismo religioso na cidade e o comércio proveniente dele.

20,00%

12,00%

11,00%

10,00%

47,00%

Turismo, Cultura e ReligiãoAtividade ComercialPostos de SaúdeSistema ViárioOutros

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

232

O atendimento médico por meio dos postos de saúde, bem como o programa de saúde da

família, são considerados serviços satisfatórios pela população da cidade. O diagnóstico

técnico confirmou que todos os postos de saúde do município interseccionam-se em um

raio de 1,5 km, o que comprova a percepção social satisfatória quanto a distribuição dos

postos de saúde.

Negativamente verificou-se a insatisfação da população quanto as questões de

Planejamento Urbano e Saneamento Básico.

B. QUAIS SÃO OS PONTOS DE ENCONTRO DA SUA CIDADE?

Visando fundamentar o processo de elaboração do diagnostico participativo, foi realizada

a seguinte pergunta aos participantes: Quais são os pontos de encontro da sua cidade?

O resultado da opinião dos munícipes está representado na Figura 342.

(Outros: 6% Programas Públicos de Assistência e Desenvolvimento Social, 5% Escolas, 3% Rodoviária).

Figura 342 – Resultado das colaborações da população na pergunta 2 (Fonte: Vallenge, 2017).

27,00%

25,00%20,00%

14,00%

14,00%

Bares, Restaurantes e Outros Estabelecimentos Comerciais

Praças e Unidades de Esporte e Lazer

Igrejas e Festas Religiosas

Programas e Atrações Turísticas do Santuário Nacional

Outros

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

233

Com base na Figura 342, observa-se que os locais mais citados pelos munícipes foram os

bares e restaurantes. Essas notificações revelam a ausência de equipamentos públicos

como praças e parques para o lazer da população.

Em seguida são citadas as praças, que embora sejam poucas no território urbano do

município, demonstram a importância e o reconhecimento da população sobre esse

equipamento público. As igrejas, festas religiosas e programas e atrações turísticas do

Santuário Nacional são o próximo ponto mais mencionado, reforçando a identidade

religiosa do município.

C. VOCÊ ENCONTRA TUDO O QUE PRECISA NA SUA CIDADE? O QUE

VOCÊ NÃO ENCONTRA? POR QUE?

Durante a elaboração do diagnostico participativo realizou-se, também, a seguinte pergunta

aos participantes: Você encontra tudo o que precisa na sua cidade? O que você não

encontra? Por quê?

O resultado da opinião dos munícipes está representado na Figura 343.

(Outros: 6% Hospitais, 6% Segurança Pública, 5% Subprefeituras, 3% Projetos Sociais, 3% Pontos de Ônibus, 2% Guias

Turísticos).

Figura 343 – Resultado das colaborações da população na pergunta 3 (Fonte: Vallenge, 2017).

29,00%

26,00%12,00%

8,00%

25,00%

Praças, Parques, Quadras Poliesportivas e Entretenimento

Estabelecimentos Comerciais Não-Religiosos

Unidades de Educação Básica, Superior e Profissionalizante

Iluminação e Telefonia Pública

Outros

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

234

Ao observar a Figura 343, verifica-se que com relação ao que falta na cidade de Aparecida,

foi unanime entre os munícipes presentes nas oficinas a ausência de equipamentos

urbanos, como praças, parques, quadras poliesportivas e atividades de entretenimento não

vinculadas ao cunho religioso. Essas notificações evidenciam a necessidade de

equipamentos de lazer alternativo para a população do município.

Além disso, também foi citada a ausência de supermercados e estabelecimentos

comerciais não religiosos, ou seja, aqueles que atenderiam as necessidades dos munícipes

e não somente dos turistas.

Embora a obrigatoriedade para o município seja atender a educação básica, a população

presente nas oficinas “A Cidade que Temos” apontou a ausência de unidades de ensino

profissionalizante.

D. QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS PROBLEMAS DA SUA CIDADE?

Na elaboração do diagnostico participativo, a seguinte pergunta foi feita aos participantes

das Oficinas: Quais são os principais problemas da sua cidade?

O resultado da opinião dos munícipes está representado na Figura 344.

(Outros: 8% Unidades de Esporte, Cultura e Lazer, 5% Educação, 4% Saúde, 2% Arborização Urbana, 1% Acolhimento ao Turista).

Figura 344 – Resultado das colaborações da população na pergunta 4 (Fonte: Vallenge, 2017).

21,00%

20,00%

18,00%

11,00%

10,00%

20,00%

Saneamento Básico

Serviços Públicos

Mobilidade Urbana

Ocupações Irregulares e Ausência de Planejamento Urbano

Drogas, Criminalidade e Ausência de Segurança Pública

Outros

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

235

Com relação aos problemas do município, ficou evidente que, segundo os munícipes, é a

ausência de saneamento básico, ou seja, a deficiência das estruturas de abastecimento de

água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e drenagem de águas pluviais urbanas.

Em seguida, os problemas do município são notificações por meio da fragilidade dos

serviços públicos, principalmente no que se refere a ausência de fiscalização por parte da

prefeitura municipal e a falta de iluminação pública.

A mobilidade urbana foi o terceiro maior problema relatado pela população, representado

principalmente pelo comprometimento do sistema viário e a ausência de acessibilidade.

Outra questão notificada nas oficinas comunitárias é a ausência de planejamento urbano,

representada principalmente pela ocupação irregular que, conforme identificado no

diagnostico técnico, acompanhou a evolução da mancha urbana.

Também foram notificadas pela população a ocorrência d drogas e criminalidade no âmbito

municipal, resultado principalmente da ausência de equipamentos públicos voltados para

o lazer e para a cultura.

7.2.2 Oficina 2

Os resultados conclusivos da Oficina 2 serão apresentados nesta seção, tendo como base

as propostas e ações obtidas por meio dos participantes nos setores 1, 2 e 3.

Todos os materiais recolhidos foram analisados e para cada contribuição foi feita uma

classificação de acordo com o tema abordado pelo participante, visando auxiliar a

sistematização.

A. COMO DEVERÁ SER O TURISMO DE APARECIDA NO FUTURO?

O resultado da opinião dos participantes para a pergunta encontra-se apresentado na

Figura 345.

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

236

(Outros: 9% Ter sistema de comunicação eficiente, 8% Organizar a feira, 6% Não aceitar comerciantes de outras cidades, 6%

Descentralizar os pontos turísticos, 3% Ter equipamentos públicos para turistas, 1% Segurança, 1% Ter Eventos no centro velho,

1% Criar parques e centro de lazer).

Figura 345 – Resultado das colaborações da população na pergunta 1 (Fonte: Vallenge, 2017).

Por meio da Figura 345, é possível observar que a resposta mais citada pelos participantes

para a pergunta 1 foi “Mais organizada e profissional”. Os participantes abordaram dentro

dessa pergunta ações necessárias para o desenvolvimento do munícipio como

investimento em cultura e turismo religioso, a preservação da visibilidade do Santuário

Nacional, do patrimônio histórico e turístico do município, entre outros.

Avaliando as respostas dos munícipes, nota-se a importância de ações voltadas ao turismo

religioso, que busque ressaltar a importância do Santuário Nacional, um bem histórico,

arquitetônico, religioso e cultural, não só para o município, mas para todo país.

B. O QUE DEVE SER FEITO PARA QUE A POPULAÇÃO DE APARECIDA

TENHA MAIS LAZER NO FUTURO?

Visando fundamentar o processo de elaboração do diagnostico participativo, foi realizada

a seguinte pergunta aos participantes: O que deve ser feito para que a população de

Aparecida tenha mais lazer no futuro?

O resultado da opinião dos munícipes está representado na Figura 346.

30%

19%16%

35%

Mais organizado e profissional

Melhorias no sistema viário

Regularizar hotéis e pousadas

Outros

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

237

(Outros: 13% Criar programas de lazer comunitário, 7% Zeladoria de patrimônio público, 2% Criar um shopping).

Figura 346 – Resultado das colaborações da população na pergunta 2 (Fonte: Vallenge, 2017).

Com base na Figura 346, observa-se que a ação mais citada pelos munícipes para essa

pergunta foi “Criar parques e espaços públicos de lazer”, ausência esta anteriormente

identificada na Oficina 1.

Dentre as respostas abordadas pela população estão a criação de um parque municipal,

jardins e praças e a realização de trilhas e passeios monitorados. Essa visão de lazer no

futuro demonstra a importância e o reconhecimento da população na preservação e no

contato com a natureza, que deverá ser melhor com o estabelecimento desses espaços

públicos.

C. QUAIS AÇÕES PRECISAM SER TOMADAS PARA REDUZIR OS

PROBLEMAS DE TRÂNSITO EM APARECIDA?

Durante a elaboração do diagnóstico participativo realizou-se, também, a seguinte pergunta

aos participantes: Quais ações precisam ser tomadas para reduzir os problemas de trânsito

em Aparecida?

O resultado da opinião dos munícipes está representado na Figura 347.

36%

21%

19%

23%

Criar parques e espaços públicos de lazer

Criar espaços para a cultura

Criar espaços para esporte

Outros

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

238

(Outros: 6% Interligar sistema viário do município, 5% Melhorar sinalização de trânsito, 5% Criar transporte complementares,

5% Criar zona azul, 2% Organizar estacionamento do Santuário, 2% Restringir circulação de carros).

Figura 347 – Resultado das colaborações da população na pergunta 3 (Fonte: Vallenge, 2017).

Ao observar a Figura 347, verifica-se que com relação ao trânsito na cidade de Aparecida,

os munícipes presentes nas oficinas solicitam a criação de bolsões de estacionamentos

juntamente com melhorias na mobilidade urbana, representando um total de 48%, ou seja,

quase a metade das inciativas propostas para reduzir os problemas no trânsito.

Essas respostas demonstram a expectativa pelo estabelecimento de regramentos e de

ações que melhorem as condições de deslocamento da população, tanto para os

moradores quanto para os visitantes.

D. QUAIS AÇÕES DEVERÃO SER REALIZADAS PARA QUE

APARECIDA CRESÇA DE FORMA PLANEJADA?

Na elaboração do diagnostico participativo da Oficina 2, a seguinte pergunta foi feita aos

participantes das oficinas: Quais ações deverão ser realizadas para que Aparecida cresça

de forma planejada?

O resultado da opinião dos munícipes está representado na Figura 348.

24%

24%

16%

11%

25%

Criar bolsões de estacionamento

Melhorias de Mobilidade Urbana

Fiscalizar o trânsito

Desenvolver educação para o trânsito

Outros

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

239

(Outros: 8% Construir Anel Viário, 8% Criar Canal de Denúncias, 4% Criar Estacionamento Apropriados, 4% Melhorar a

Infraestrutura de Saneamento Básico, 4% Criar Novas Agências Bancárias, 4% Fomentar a Criação de Organizações de Bairros,

4% Educação, 4% Criar Espaços Culturais e Esportivos).

Figura 348 – Resultado das colaborações da população na pergunta 4 (Fonte: Vallenge, 2017).

Com relação a essa pergunta, ficou evidente que, segundo os munícipes, a implantação e o

cumprimento do Plano Diretor é mais do que necessário para que Aparecida cresça de

forma planejada. Preservar a visibilidade do Santuário Nacional segue como a segunda

proposta para melhoria do planejamento da cidade, evidenciando novamente a importância

desse monumento arquitetônico para o município, sendo essa ação possível por meio da

especificação de parâmetros urbanísticos que estabeleçam o número máximo de

pavimentos permitido em determinada área.

E. QUAIS REGRAS DEVERÃO ORIENTAR AS NOVAS CONSTRUÇÕES

E OS NOVOS LOTEAMENTOS EM APARECIDA?

Na leitura comunitária, visando obter propostas e ações para o município de Aparecida, foi

realizada a seguinte pergunta aos participantes: Quais regras deverão orientar as novas

construções e os novos loteamentos em Aparecida?

O resultado da opinião dos munícipes está representado na Figura 349.

40%

20%

40%

Implementar o Plano Diretor

Preservar a Visibilidade doSantuário Nacional

Outros

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

240

(Outros: 6% Exigir Garagens, 5% Criar Novo Cemitério, 5% Conter a Especulação Imobiliária, 5% Empregar Dispositivos Estatuto

das Cidades, 5% Respeitar as Áreas de Risco, 2% Garantir a Visibilidade do Santuário, 2% Ouvir Opinião dos Moradores para

Novas Construções)

Figura 349 – Resultado das colaborações da população na pergunta 5 (Fonte: Vallenge, 2017).

Com base na Figura 349, observa-se que a criação de uma Lei de Uso e Ocupação do Solo

é a principal ação citada pelos participantes visando estabelecer um conjunto de regras de

como os lotes devem ser ocupados, orientando as novas construções em Aparecida.

Dentre as respostas, verifica-se os parâmetros de parcelamento como: afastamentos e

recuos, coeficiente de aproveitamento e taxa de ocupação.

28%

16%

7%7%

7%

7%

28%

Criar Lei de Uso e Ocupação do Solo

Ruas Largas, Calçadas Largas e Dispositivos de Acessibilidade

Construir Sistema de Esgotamento Sanitário

Limitar a altura de Hotéis

Elevar a Eficiência da Fiscalização da Prefeitura Municipal

Preservação Ambiental e Criação de Áreas de Lazer

Outros

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

241

8 DEFINIÇÃO DE DIRETRIZES

O Plano Diretor é o instrumento básico para orientar a política de desenvolvimento e de

ordenamento da expansão urbana do município, ou seja, tem a função de definir as

condições a que a propriedade deve conformar-se, para que cumpra sua função social, de

forma a garantir o acesso à terra urbanizada e regularizada e reconhecer a todos os

cidadãos o direito à moradia e aos serviços urbanos.

Para isso, é necessário realizar a Leitura do Estatuto da Cidade (Lei n. 10.257/2001), de

modo a formular diretrizes gerais de administração do ambiente urbano, regulamentando

os artigos 182 e 183 da Constituição Federal frente aos reclames de ordem pública, interesse

social, bem estar dos cidadãos e equilíbrio ambiental, estabelecendo normas gerais para a

política de desenvolvimento urbano.

A Leitura do Estatuto da Cidade no município de Aparecida foi realizada nas reuniões da

Capacitação da Comissão Gestora, ocorridas no Centro de Atendimento ao Turista (CAT),

situado na Avenida Papa João Paulo II (Avenida Monumental), nos dias 16 e 24 de agosto

de 2017.

Essas reuniões tiveram o objetivo de capacitar os membros que compõem a Comissão

Gestora com o intuito de promover a reflexão sobre o tema e fomentar as discussões e

sugestões que auxiliassem na revisão do Plano Diretor.

Ressalta-se que os membros da Comissão Gestora do Plano Diretor foram designados por

meio do Decreto Municipal n. 4.453/17, sendo composto por representantes do poder

público, da Câmara Municipal de Vereadores, de entidades comerciais e turísticas, de

entidades profissionais, acadêmicas de pesquisa, de conselhos profissionais, de entidades

religiosas, de movimentos populares, de conselho do idoso, de igrejas evangélicas, do

conselho do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE), do Conselho da Saúde, da

Arquidiocese de Aparecida, do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA) e da

Associação dos Ambulantes.

Nas reuniões foram apresentados os instrumentos da política urbana para o planejamento

municipal, conforme as disposições requeridas na Seção III, art. 4° da Lei n. 10.257/2001,

além disso foi apresentada uma visão geral sobre os parâmetros de parcelamento, uso e

ocupação do solo, conforme descrito nos itens seguintes.

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

242

8.1 PARÂMETROS DE PARCELAMENTO, USO E OCUPAÇÃO DO SOLO

Os parâmetros de ocupação do solo são aqueles que tratam da forma como os edifícios e

instalações serão implantados no lote, ou mesmo da restrição à ocupação por construções.

São estabelecidas regras, por exemplo, relativas à forma como os edifícios podem se

espalhar ou se concentrar no lote (taxa de ocupação); à quantidade de área construída

permitida (coeficiente de aproveitamento); a altura que os edifícios devem ter (número de

pavimentos ou gabarito de altura); à posição que os edifícios podem ter no lote (recuos

frontais, laterais e de fundo); dentre outras regras.

Assim, durante a leitura do Estatuto da Cidade foram apresentados os seguintes

parâmetros de parcelamento, uso e ocupação do solo:

8.1.1 Taxa de Ocupação (TO)

A Taxa de Ocupação (TO) é a relação percentual entre a projeção da edificação e a área do

terreno. Ou seja, ela representa a porcentagem do terreno sobre o qual há edificação,

conforme a equação a seguir:

TO=Área total construída do pav. térreo + Área total do pav. superior excedente horizontalmente ao térreo

Área total do lote

Por isso, a TO não está diretamente ligada ao número de pavimentos da edificação, ou seja,

se os pavimentos superiores estiverem contidos dentro dos limites do pavimento térreo, o

número de pavimentos não fará diferença na TO. Se, ao contrário, um ou mais pavimentos

tiverem elementos que se projetam para fora, então a TO será alterada. As imagens a seguir

apresentam as diferentes taxas de ocupação de um terreno.

Figura 350 – Diferentes taxas de ocupação de um terreno

Fonte: Vallenge, 2017

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

243

8.1.2 Coeficiente de Aproveitamento (CA)

O Coeficiente de Aproveitamento (CA) é um número que, multiplicado pela área do lote,

indica a quantidade máxima de metros quadrados que podem ser construídos, somando-

se as áreas de todos os pavimentos, conforme a equação a seguir:

CA = Área útil total construída

Área total do lote

A Figura 351, retrata os exemplos de duas possibilidades de edificação em um lote de 24 x

30m, com CA=2. A primeira distribui a área edificada em 8 pavimentos, cada um com

TO=25% (24x30=720 m² área; 720x2=1.440; 25% de 720=180; 1.440/180=8). A segunda, que

utiliza TO=50%, permite apenas 4 pavimentos (24x30=720 m² área; 720x2=1.440; 50% de

720=360; 1.440/360=4).

De acordo com o Estatuto da Cidade, o Plano Diretor poderá fixar coeficiente de

aproveitamento básico único para toda a zona urbana ou diferenciado para áreas

específicas dentro da zona urbana (Art. 28, §2º).

Figura 351 – Possibilidades de edificações em um lote (Fonte: Vallenge, 2017).

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

244

8.1.3 Afastamentos e Recuos

Refere-se às distâncias entre as faces da construção e os limites do terreno, conforme

Figura 352.

Figura 352 – Exemplo de afastamentos e recuos (Fonte: Vallenge, 2017).

8.1.4 Gabarito ou Número Máximo de Pavimento Permitido

O gabarito pode ser expresso em número de pavimentos ou em altura total máxima da

edificação definida em metros. Esse parâmetro de controle da verticalização tem como

objetivo garantir o adensamento ordenado e planejado da cidade, além de preservar as

características culturais do município e os bens imóveis representativos com valor histórico,

arquitetônico, paisagístico, artístico, arqueológico e cultural, que tenham valor referencial

para a comunidade.

8.2 INSTRUMENTOS DA POLÍTICA URBANA

Os instrumentos da política urbana são os meios dos quais o Estatuto da Cidade propicia

ao município para que ele tenha condições de promover sobretudo o direito à cidade, a

defesa da função social da cidade e da propriedade e da democratização da gestão urbana.

Durante a leitura do Estatuto da Cidade foram apresentados os seguintes Instrumentos da

Política Urbana Obrigatórios no Plano Diretor:

8.2.1 Parcelamento, Edificação ou Utilização Compulsórios (PEUC)

O PEUC é um instrumento que visa fazer cumprir a função social da propriedade urbana, ou

seja, é o poder-dever da administração pública municipal em exigir do proprietário de imóvel

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

245

urbano que edifique, quando se tratar de área não edificada ou subutilizada, ou dê um uso,

quando houver edificação vazia no imóvel. A Prefeitura notificará os proprietários de

imóveis ociosos, que terão prazos para cumprir suas obrigações.

Imóveis não edificados

Imóvel com área determinada no plano (exemplo: 500m²) cujo coeficiente de

aproveitamento é igual a zero, devendo ser necessário edificar e/ou parcelar, conforme

exemplo da Figura 353.

Figura 353 – Imóveis não edificados (Fonte: Vallenge, 2017).

Imóveis subutilizados

Imóvel com área determinada no plano (exemplo: 500m²) cujo coeficiente de

aproveitamento utilizado é inferior ao mínimo definido (Figura 354). Conforme o Estatuto

da Cidade, a partir da notificação feita pela prefeitura, o prazo para que seja protocolado o

projeto não poderá ser inferior a um ano e, a partir da aprovação do projeto, o prazo para

iniciar as obras do empreendimento não poderá ser inferior a dois anos, havendo exceção

aos empreendimentos de grande porte.

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

246

Figura 354 – Imóveis subutilizados (Fonte: Vallenge, 2017).

Imóveis não utilizados

São os edifícios e outros imóveis que tenham um valor mínimo (exemplo: 60%) de sua área

construída desocupada há mais de um ano, conforme exemplo da Figura 355.

Figura 355 – Imóveis não utilizados (Fonte: Vallenge, 2017).

8.2.2 Operações Urbanas Consorciadas

Instrumento para viabilizar projetos elaborados pelo poder público com a participação dos

proprietários, moradores, usuários permanentes e investidores privados, com o objetivo de

promover transformações urbanísticas estruturais, melhorias sociais e valorização

ambiental.

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

247

8.2.3 Direito de Preempção

Confere ao Poder Público municipal preferência para aquisição de imóvel urbano objeto de

alienação onerosa entre particulares. As áreas em que incidirá o direito de preempção serão

delimitadas no plano diretor, podendo ser exercido sempre que o Poder Público necessitar

de áreas para: regularização fundiária; execução de programas e projetos habitacionais de

interesse social; constituição de reserva fundiária; ordenamento e direcionamento da

expansão urbana; implantação de equipamentos urbanos e comunitários; criação de

espaços públicos de lazer e áreas verdes; criação de unidades de conservação ou proteção

de outras áreas de interesse ambiental; e proteção de áreas de interesse histórico, cultural

ou paisagístico

Figura 356 – Ilustração do direito de preempção (Fonte: Vallenge, 2017).

8.2.4 Outorga Onerosa do Direito de Construir

Áreas nas quais o direito de construir poderá ser exercido acima do coeficiente de

aproveitamento básico adotado e/ou poderá ser permitida alteração de uso do solo,

mediante contrapartida a ser prestada pelo beneficiário. Os recursos alcançados serão

aplicados com as seguintes finalidades: regularização fundiária; execução de programas e

projetos habitacionais de interesse social; constituição de reserva fundiária; ordenamento

e direcionamento da expansão urbana; implantação de equipamentos urbanos e

comunitários; criação de espaços públicos de lazer e áreas verdes; criação de unidades de

conservação ou proteção de outras áreas de interesse ambiental; e proteção de áreas de

interesse histórico, cultural ou paisagístico.

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

248

8.2.5 Transferência do Direito de Construir

Correspondente a autorização dada ao proprietário de imóvel urbano, privado ou público, a

exercer em outro local o potencial construtivo, ou vendê-lo a outro proprietário ou doa-lo ao

Poder Público. Esse instrumento pode ser utilizado quando o referido imóvel for

considerado necessário para fins de:

Implantação de equipamentos urbanos e comunitários;

Preservação, quando o imóvel for considerado de interesse histórico, ambiental,

paisagístico, social ou cultural;

Servir a programas de regularização fundiária, urbanização de áreas ocupadas por

população de baixa renda e habitação de interesse social.

Figura 357 – Ilustração da transferência do direito de construir (Fonte: Vallenge, 2017).

8.2.6 Imposto Predial Territorial Urbano Progressivo no Tempo (IPTU)

O Imposto Predial Territorial Urbano Progressivo no Tempo (IPTU) é um instrumento

aplicado aos proprietários de imóveis ociosos que não se adequaram às obrigações de

fazer com que o imóvel cumpra a função social da propriedade assim, o seu IPTU irá

aumentar anualmente pelo prazo de cinco anos consecutivos, não excedendo a duas vezes

o valor referente ao ano anterior e respeitada a alíquota máxima de quinze por cento.

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

249

Figura 358 – Ilustração do IPTU progressivo

(Fonte: Vallenge, 2017).

8.2.7 Desapropriação Mediante Pagamento em Títulos da Dívida Pública

Decorrido o prazo de 5 anos de cobrança do IPTU Progressivo no Tempo sem que os

proprietários dos imóveis tenham cumprido a obrigação de parcelar, edificar ou utilizar, a

Prefeitura poderá proceder à desapropriação desses imóveis com pagamento em títulos da

dívida pública.

Os títulos da dívida pública serão resgatados em um prazo de até 10 anos, em prestações

anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais de 6%

ao ano. Findo o prazo, a Prefeitura deverá publicar o respectivo decreto de desapropriação

do imóvel, salvo em caso de ausência de interesse público na aquisição, que deverá ser

devidamente justificada.

Figura 359 – Ilustração da desapropriação mediante pagamento em títulos da dívida pública (Fonte: Vallenge, 2017).

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

250

8.2.8 Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV)

A construção, ampliação, instalação, modificação e operação de empreendimentos,

atividades e intervenções urbanísticas causadoras de impactos ambientais, culturais,

urbanos e socioeconômicos de vizinhança estarão sujeitos à avaliação do Estudo de

Impacto de Vizinhança.

O EIV deverá ser elaborado de forma a contemplar os efeitos positivos e negativos do

empreendimento ou atividade quanto à qualidade de vida da população residente na área

e suas proximidades.

8.2.9 Direito de Superfície

O direito de superfície abrange o direito de utilizar o solo o subsolo ou o espaço aéreo

relativo ao terreno, concedido de um proprietário urbano a outrem, por tempo determinado

ou indeterminado, mediante escritura pública, podendo ser gratuita ou onerosa.

8.2.10 Usucapião Especial de Imóvel Urbano

A usucapião especial de imóvel urbano é um instrumento que confere o direito do título de

domínio de um imóvel ao proprietário que utilizar para sua moradia ou de sua família área

ou edificação urbana de até 250 m², durante um período de 5 anos, ininterruptamente e sem

oposição, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.

Figura 360 – Ilustração de usucapião especial de imóvel urbano Fonte: Vallenge, 2017

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

251

8.2.11 Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS)

As ZEIS são parcelas de área urbana destinadas predominantemente à moradia de

população de baixa renda e sujeita a regras específicas de parcelamento, uso e ocupação

do solo, a serem dotadas de equipamentos sociais e infraestruturas.

Figura 361 – Ilustração Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS) Fonte: Vallenge, 2017

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

252

9 ANÁLISE TÉCNICA-PARTICIPATIVA

As informações que subsidiaram a elaboração da análise técnica-participativa baseiam-se

na participação dos munícipes por meio da Oficina 2 “A cidade que Queremos”, nas

contribuições da população obtidas por intermédio das mídias sociais e no conhecimento

da equipe técnica de elaboração do plano diretor.

A Oficina 2 apresentou para a população as informações obtidas na Oficina 1, possibilitando

que os participantes pactuassem as demandas identificadas com as melhores estratégias

e alternativas de desenvolvimento urbano de Aparecida a serem previstas no Plano Diretor,

conforme verificado no PRODUTO 5 – Relatório da Oficina 2.

Já as contribuições por meio das mídias sociais foram obtidas a partir da participação da

população pelos seguintes endereços:

Site - www.revisaopdaparecida.com;

Rede Social - página no Facebook - facebook.com/revisaopdaparecida.

Os dados coletados da Oficina 2 e das mídias sociais foram sintetizados e analisados com

base no Estatuto da Cidade, identificando as propostas e ações necessárias para a

transformação do município de Aparecida.

A somatória destas informações resultou na elaboração da análise técnica-participativa,

com o objetivo de comparar as ações propostas pelos participantes, com as propostas

estabelecidas na Revisão do Plano Diretor, visando o desenvolvimento municipal de

Aparecida.

Dentre as propostas, destacam-se os temas abordados a seguir:

9.1 TURISMO

Fundamentando-se nas respostas obtidas pela população, foram recomendadas as

seguintes propostas em relação ao turismo em Aparecida.

Descentralizar os pontos turísticos;

Ter equipamentos públicos para turistas.

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

253

Com base no quadro acima e seguindo a vocação natural do município, a revisão do Plano

Diretor de Aparecida propõe o fortalecimento do turismo, explorando economicamente o

potencial do território para esse fim, requalificando os equipamentos públicos existentes e

ordenando e qualificando áreas para atrair novos investimentos privados. Além disso, o

plano diretor também propõe a elaboração e implantação de projetos específicos de

identificação, formação e divulgação de roteiros históricos cultural urbano e rural.

Também foi proposto promover o Plano Diretor de Turismo de Aparecida e assegurar a

continuidade e atuação do Conselho Municipal de Turismo (COMTUR), reestruturado pela

Lei n°4030/2016, que tem como objetivo assessorar a municipalidade em questões

referentes ao desenvolvimento turístico de Aparecida.

Na Macrozona Urbana, foi proposto a criação de zonas que envolvam as principais

edificações e atividades voltadas ao turismo do município, com destaque para o Santuário

Nacional, e que controlem a construção de elementos que se constituírem em barreira

visual ou paisagística aos patrimônios culturais, históricos e arquitetônicos do município.

Na Macrozona de Transição, foi previsto incentivar o turismo ecológico controlado e de

baixo impacto com a implantação de infraestrutura e o desenvolvimento de atividades

recreativas e de educação em contato com a natureza existente no entorno da Represa dos

Motas e, na Macrozona Rural foi planejado o incentivo ao turismo rural.

9.2 COMÉRCIO E SERVIÇOS

Em relação aos comércios e serviços, os participantes da Oficina 2 e das mídias sociais

fizeram as seguintes sugestões:

Mais organizado e profissional;

Regularizar hotéis e pousadas;

Ter sistema de comunicação eficiente;

Organizar a feira;

Não aceitar comerciantes de outras cidades;

Criar novas agências bancárias;

Criar novo cemitério.

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

254

Com relação ao tema comércios e serviços, a equipe técnica de revisão do plano diretor

propõe a criação de um sistema de acompanhamento e avaliação das atividades

comerciais, regulamentando o uso do espaço público e mobilidade no território urbano,

visando a organização do município de Aparecida.

Além disso, o Plano Diretor também propõe adicionar novas áreas para implantação de

estabelecimentos comerciais e de serviços que atendam, tanto a demanda dos turistas

quanto as necessidades da população local, assegurando a adequada contribuição de tais

atividades no território urbanizado.

No que se refere aos hotéis, são propostos o incentivo a qualificação das atividades

hoteleiras na cidade e o estabelecimento de diretrizes que minimizem os impactos

derivados dessa atividade na vida da população fixa, incluindo questões como nível de

incômodo, parâmetros de uso do solo e número de vagas de estacionamento (carro, ônibus

e carga e descarga).

9.3 EDUCAÇÃO

Dentro desse tema, o plano diretor propõe manter a distribuição dos equipamentos de

educação, considerando as áreas de expansão urbana e as áreas a serem loteadas, por

meio da obrigatoriedade de reservar uma porção do total da área para a instalação de

edificações e/ou equipamentos públicos comunitários, como as escolas.

Além disso, o plano diretor propõe o incentivo à realização de programas de educação

ambiental, por meio da criação de zonas que adotem condutas e práticas de mínimo

impacto compatíveis com a conservação do meio ambiente natural nas áreas da Serra de

Quebra-Cangalha e no entorno da Represa dos Motas.

9.4 CULTURA, ESPORTE E LAZER

A população apresentou as seguintes sugestões com relação ao tema cultura, esporte e

lazer:

Criação de parques e espaços públicos de lazer;

Criar espaços para esporte;

Criar espaços para cultura;

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

255

Criar programas de lazer comunitário;

Criar um shopping;

Ter eventos no centro velho;

Criar parques e centro de lazer;

Criar espaços culturais e esportivos;

Preservação ambiental e criar de áreas de lazer.

Avaliando as respostas dos munícipes, com relação a cultura, a revisão do plano Diretor

propõe a criação de um Conselho Municipal de Patrimônio Arquitetônico e Cultural e de

uma zona formada por edificações destinadas a atividades de turismo e comerciais de

interesse turístico, adequando os espaços públicos já utilizados e promovendo a utilização

de equipamentos de cultura pouco ou não utilizados atualmente.

Já em relação ao esporte e lazer, o Plano Diretor visa garantir que as áreas de expansão do

município disponham de espaços de lazer e convivência, além de promover a realização de

atividades de esportes, cultura e lazer nos espaços públicos já existentes.

Serão previstas áreas de parques ecológicos e unidades de conservação de uso sustentável

próximos ao Paraíba do Sul e as áreas no entorno da Represa dos Motas, focando na

utilização para o turismo ambiental das áreas naturais do Município, além da promoção da

arborização das vias e a criação de praças e parques municipais como um instrumento de

desenvolvimento urbano e equilíbrio ambiental.

9.5 SEGURANÇA PÚBLICA

Com relação à segurança pública os participantes da Oficina 2 e das mídias sociais

apresentaram as seguintes observações.

Segurança;

Criar canal de denúncias;

Fomentar a criação de organizações de bairros;

Respeitar as áreas de risco.

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

256

A revisão do Plano Diretor propõe que seja responsabilidade dos novos loteadores a

previsão de projeto e instalação de iluminação pública no sistema viário que deverá ser

aprovado pela prefeitura municipal, além de estimular a criação de uma política municipal

de desenvolvimento social relacionado a segurança pública.

Já para as áreas de risco de ocupação, o Plano Diretor visa intensificar as atividades de

fiscalização para inibição de novas ocupações irregulares em áreas de risco e de perigo,

restringir o parcelamento do solo e urbanização indiscriminada, principalmente em áreas

de encosta com declividade igual ou superior a 30%, principalmente nas Zonas de

Expansão e Zona de Ocupação Controlada e prevenir novas ocupações em áreas de riscos

e deslizamentos, desmoronamento e inundações no território com o uso do Relatório

Técnico de Mapeamento de Riscos Associados a Escorregamentos, Inundações, Erosão,

Solapamento, Colapso e Subsidência do Instituto Geológico.

9.6 SANEAMENTO AMBIENTAL

Os itens a seguir apresentam as principais sugestões em relação ao saneamento

ambiental, conforme estabelecido pelos participantes da Oficina 2 e das Mídias Sociais.

Melhorar a infraestrutura de saneamento básico;

Construir sistemas de esgotamento sanitário.

Com base nas respostas obtidas, a revisão do Plano Diretor propõe que deverão ser

observadas, em consonância com esta lei, o Plano Municipal de Saneamento Básico e o

Plano Diretor de Macrodrenagem e Manejo de Águas Pluviais de Aparecida, além de propor

o estabelecimento de uma política de saneamento ambiental que deverá respeitar diversas

diretrizes que visem garantir os serviços de saneamento ambiental em todo território

municipal e promover a proteção e a recuperação de nascentes e corpos d'água.

O Plano Diretor também propõe, dentre os parâmetros de uso do solo, uma taxa de

permeabilidade de acordo com cada atividade permitida nas zonas, além da condição de

aprovação de empreendimentos nas zonas de expansão e nas áreas a serem loteadas à

apresentação de declaração de viabilidade de fornecimento por parte de concessionárias

de água e esgotamento sanitário, assim como projeto de captação, distribuição e

disposição final de águas pluviais.

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

257

9.7 SISTEMA VIÁRIO E MOBILIDADE URBANA

As recomendações em relação ao sistema viário e mobilidade urbana, obtidas junto a

população na Oficina 2 e por meio das mídias sociais, são listadas a seguir.

Melhorias no sistema viário;

Criação de bolsões de estacionamento;

Melhorias na mobilidade urbana;

Fiscalizar o trânsito;

Desenvolver educação para o trânsito;

Interligar o sistema viário do município;

Melhorar sinalização de trânsito;

Criar transportes complementares;

Criar zona azul;

Organizar estacionamento do Santuário;

Restringir circulação de carros;

Construir anel viário;

Criar estacionamento apropriado;

Ruas largas, calçadas largas e dispositivos de acessibilidade.

Com base nessas recomendações, a revisão do Plano Diretor prevê as diretrizes de

implantação de vias marginais a Rodovia Presidente Dutra e de anel viário interligando as

cidades de Potim, Guará, Aparecida e Roseira, com o objetivo de diminuir o tráfego intenso

das vias do município, aos finais de semana e feriado, possibilitando um melhor acesso

entre as cidades. Além disso, a revisão do Plano Diretor também propõe a conexão de vias

que possibilitem fácil acesso entre a área urbana e a área rural, visando promover o turismo

na zona rural, conforme apresentado na figura a seguir.

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

258

Figura 362 – Proposta Macroviária.

Fonte: Vallenge, 2017

Para reduzir os problemas de trânsito em Aparecida a maioria dos participantes sugeriram

a criação de bolsões de estacionamento juntamente com melhorias na mobilidade urbana,

portanto a revisão do plano diretor analisou as áreas do território de Aparecida e sugeriu

alguns espaços para a implantação dos bolsões integrando com a rota ao Santuário

Nacional, visando pleno acesso de turistas aos pontos turísticos e a região central da

cidade.

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

259

Figura 363 – Proposta de bolsões de estacionamento.

Fonte: Vallenge, 2017

Já para melhorar as questões de mobilidade urbana a revisão do plano diretor propõe a

ampliação de calçadas, passeios e espaços de convivência, apresentando as seções

transversais de vias, o qual emite diretrizes para as áreas a serem parceladas e para a

melhoria das vias existentes.

A revisão do Plano Diretor ainda visa os sistemas alternativos de transporte como o

hidroviário e o ferroviário, além de sugerir a elaboração do Plano Diretor de Mobilidade

Urbana.

Essas soluções propostas na revisão do plano diretor, tem em vista estabelecer os

regramentos e ações que melhorem as condições de deslocamento da população, tanto

para os moradores quanto para os visitantes.

9.8 IMÓVEIS PÚBLICOS

Dentre as ações sugeridas pela população nas mídias sociais e na Oficina 2, destaca-se a

Zeladoria de patrimônio público.

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

260

Com base nessa ação sugerida pelos munícipes, a revisão do plano diretor propõe implantar

equipamentos públicos e comunitários, por meio do estabelecimento de índices

urbanísticos nos quais os novos loteamentos deverão reservar 24% (vinte e quatro por

cento) do total da área a ser loteada para doação ao município, sendo desse total, 20% para

área verde e 4% para área institucional.

9.9 USO E DA OCUPAÇÃO DO SOLO NAS MACROZONAS E ZONAS

A população por meio da Oficina 2 e das mídias sociais, sugeriram as seguintes ações que

deverão ser realizadas para que Aparecida cresça de forma planejada.

Implementar o Plano Diretor;

Criar a lei de uso e ocupação do solo;

Limitar a altura de hotéis;

Conter a especulação imobiliária;

Empregar dispositivos do Estatuto das Cidades;

Garantir a visibilidade do Santuário;

Ouvir opinião dos moradores para novas construções.

Para que Aparecida cresça de forma planejada foi realizado a revisão do plano diretor, este

que por sua vez tem a função de estabelecer, diretrizes e objetivos que irão orientar os

investimentos e ações que refletem no crescimento, planejamento e desenvolvimento do

município.

Além disso, o plano diretor visa cumprir as funções sociais da cidade e da propriedade,

possibilitando acesso e garantindo o direito, a todos que nela vivem, à moradia, aos serviços

e equipamentos urbanos, ao transporte público, ao saneamento básico, à saúde, à

educação, à cultura e ao lazer, todos eles direitos fundamentais dos que vivem na cidade.

Em relação as respostas obtidas, a revisão do Plano Diretor propõe a criação da Lei de uso

e ocupação do solo, contemplando parâmetros de edificação e os usos permitidos para os

terrenos, direcionando as novas construções e os novos loteamentos, a fim de ordenar o

crescimento da cidade

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

261

Com relação a preservação do Santuário Nacional os parâmetros de parcelamento, uso e

ocupação do solo tem como um dos seus dispositivos o gabarito ou número máximo de

pavimentos permitido, que estabelece o número de pavimentos ou a altura total máxima da

edificação. Esse parâmetro que tem como objetivo o controle da verticalização

principalmente em áreas ao entorno do Santuário Nacional, garantindo o adensamento

ordenado, a visibilidade ao Santuário e planejado da cidade.

Avaliando as respostas dos munícipes, observou-se que a maioria dos participantes sugere

uma Aparecida melhor planejada, onde é solicitado mais organização, regularização dos

hotéis e descentralização dos pontos turístico. Assim, a Revisão do plano Diretor propõe

diretrizes que definem as políticas de ordenamento territorial e habitacional de Aparecida,

visando uma nova concepção do Macrozoneamento e Zoneamento, respectivamente, que

definem parâmetros para o uso e ocupação do solo, na forma de critérios para

adensamento, tipo de atividades, dispositivos de controle das edificações e parcelamento

do solo, conforme disposto em seções anteriores.

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

262

10 APRESENTAÇÃO DA REVISÃO PROPOSTA

Nessa seção serão apresentadas as diretrizes propostas na revisão do Plano Diretor vigente

quanto ao ordenamento territorial do município, mais especificamente o Macrozoneamento

e o Zoneamento.

10.1 MACROZONAS

O Macrozoneamento delimita as áreas conforme os condicionantes topológicos,

hidrológicos, de cobertura vegetal, de atividades produtivas de exploração do solo, da

urbanização e seus vetores de expansão, referentes a ambientes natural e construído.

O território do Município fica dividido em 3 (três) Macrozonas: Macrozona Urbana,

Macrozona de Transição e Macrozona Rural, delimitadas conforme a Figura 364.

Figura 364 – Divisão das Macrozonas Fonte: Vallenge, 2017

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

263

10.1.1 Macrozona Urbana

A Macrozona Urbana é delimitada pelo perímetro urbano e corresponde a porção do

Município com predominância de funções urbanas, ou seja, habitação, comércio e indústria,

sendo definida a partir de áreas já urbanizadas providas de alguma infraestrutura, e das

áreas de expansão urbana, iniciando-se no limite com o Município de Roseira, seguindo na

direção oeste, numa extensão aproximada de 9,50 km, até a divisa com o Município de

Guaratinguetá, tendo largura, no sentido norte sul, de aproximadamente, 4,30 km.

Figura 365 – Macrozona urbana Fonte: Vallenge, 2017

Os principais objetivos da Macrozona Urbana são:

Controlar e direcionar o adensamento urbano, ampliando a capacidade da

infraestrutura urbana, dos equipamentos e serviços públicos, considerando a

sustentação ambiental e dos patrimônios arquitetônico, cultural, religioso e

paisagístico;

Garantir a utilização dos imóveis não edificados, subutilizados e não utilizados;

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

264

Ordenar a ocupação do território compatibilizando a diversidade de usos urbanos

e o planejamento futuro;

Garantir a existência de porções do território destinadas prioritariamente à

regularização fundiária;

Estabelecer diretrizes para organização de sistema viário interligando toda a área

urbana e facilitando a mobilidade de moradores e turistas;

Garantir tratamento adequado às áreas de preservação ambiental e orientar os

investimentos na criação de espaços de uso público que conciliem a proteção dos

bens naturais e as atividades de lazer;

Restringir parcelamentos do solo de adensamento urbano em áreas de risco por

declividades elevadas ou sujeitas a enchentes e inundações;

Preservar e recompor a zona de mata ciliar do Rio Paraíba do Sul, controlando e

fiscalizando as futuras cavas de extração, aquelas em operação e as desativadas;

Incentivar a diversificação de atividades geradoras de emprego e renda no

Município;

Direcionar usos e ocupação compatíveis com o ordenamento e com a vocação

turística do Município, evitando polos geradores de conflito;

Orientar os investimentos para estimular o desenvolvimento da atividade

industrial, de forma harmônica com as outras atividades exercidas no Município;

Estabelecer diretrizes para minimizar os impactos derivados da atividade

industrial, hoteleira e comercial;

Definir estratégias de recuperação dos espaços públicos existentes e de inserção

de novos equipamentos urbanos e sociais na área urbana consolidada;

Estruturar o sistema de fiscalização de implantação de novos empreendimentos

na cidade;

Colaborar com a política habitacional, quanto à identificação de áreas passíveis de

regularização urbanística e fundiária;

Transformar a Avenida Itaguaçu (BR – 488) em corredor comercial e de serviços,

respeitadas as disposições da legislação federal sobre a reserva de faixa não-

edificável.

10.1.2 Macrozona de Transição

A Macrozona de Transição corresponde a porção do Município com predominância de usos

rurais, caracterizada pela existência de áreas de proteção do ambiente natural utilizadas na

promoção do turismo ecológico, além da existência de áreas de uso restrito. Situada ao

norte do limite da Macrozona Rural (MR), em faixa de aproximadamente 10,00 km, se

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

265

estende do limite a oeste com o Município de Roseira até o limite a leste com o município

de Guaratinguetá, envolvendo a Represa dos Motas.

Figura 366 – Macrozona da transição Fonte: Vallenge, 2017

Os principais objetivos da Macrozona de Transição são:

Estabelecer restrições ao uso e ocupação do solo a atividades que causem degradação

e desequilíbrio ambiental, em especial as minerações, devendo estas estarem em

consonância com as exigências dos órgãos federais e estaduais competentes;

Estabelecer restrições ao uso e ocupação do solo para manutenção de áreas de

encostas e declividades elevadas e preservação da estabilidade do solo e da cobertura

vegetal existentes;

Incentivar o turismo ecológico controlado com a implantação de infraestrutura e o

desenvolvimento de atividades recreativas e de educação em contato com a natureza;

Identificar áreas de interesse ambiental que possam receber além de atividades

cientificas, visitação pública;

Identificar aspectos culturais da ocupação que possam ser protegidos e incentivados;

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

266

Adequar a rede de mobilidade ao deslocamento seguro e orientado necessário para o

acesso aos pontos turísticos;

Promover o potencial econômico e paisagístico a partir dos atributos da região;

Valorizar e preservar o patrimônio arquitetônico, histórico e natural;

Proibir o parcelamento do solo em áreas de preservação ecológica ou preservação

ambiental, definidas em legislação;

Preservar e recuperar o entorno da Represa dos Motas considerando seu potencial

como futuro manancial de captação para fornecimento de água para abastecimento

público do município.

10.1.3 Macrozona Rural

A Macrozona Rural corresponde a porção territorial rural do Município, com baixa densidade

demográfica e ocupações dispersas destinadas à agricultura, pecuária, reflorestamento e

preservação, situada ao sul da Macrozona de Transição delimitada por esta e pelas divisas

com os Municípios de Guaratinguetá, Lagoinha e Roseira.

Figura 367 – Macrozona rural Fonte: Vallenge, 2017

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

267

Os principais objetivos da Macrozona Rural são:

Promover a proteção e a recuperação de nascentes, corpos d'água, áreas de vegetação

nativa e de valor paisagístico relevante, considerando que todos contribuem para a

preservação da qualidade da água da bacia do Ribeirão dos Motas;

Promover a regularização das propriedades rurais que se encontram em situação

irregular;

Adequar a rede de mobilidade ao deslocamento seguro e orientado necessário para o

escoamento da produção agrícola;

Valorizar a atividade agropecuária e a agricultura familiar enquanto elemento essencial

para o desenvolvimento socioeconômico e colaborar para a fixação da população rural;

Estabelecer diretrizes de política rural e promover orientação técnica aos agricultores

tradicionais, compatibilizando produtividade e preservação ambiental;

Recuperar áreas deterioradas e impedir a expansão de processo erosivo;

Coibir e fiscalizar o parcelamento do solo com características urbanas, na forma da

legislação federal pertinente;

Estimular as práticas sustentáveis de manejo do solo e de atividade agropecuária;

Implantar melhorias e promover soluções nos serviços municipais de educação, saúde,

lazer, abastecimento de água, esgotamento sanitário, coleta de resíduos, transporte

coletivo, conforme o aumento da demanda;

Conservação e recuperação dos remanescentes de vegetação natural e das áreas de

preservação permanente, viabilizando a formação de corredores ecológicos;

Incentivar atividades de educação ambiental na Serra de Quebra-Cangalha com a

adoção de condutas e práticas de mínimo impacto compatíveis com a conservação do

meio ambiente natural;

Observar os termos da legislação federal pertinente quanto ao uso de solo rural;

Incentivar o turismo rural.

10.2 ZONEAMENTO

O zoneamento institui as regras gerais de uso e ocupação do solo estabelecendo a

subdivisão das Macrozonas em Zonas especificadas. Assim, considerando as

condicionantes legais, socioambientais e territoriais, nos itens a seguir são apresentadas

as zonas para o Município de Aparecida, de acordo com sua a inserção nas Macrozonas.

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

268

Figura 368 – Divisão dos zoneamentos

Fonte: Vallenge, 2017

10.2.1 Macrozona Urbana

Inserida na Macrozona Urbana, têm-se as seguintes zonas:

Zona de Expansão Urbana 1 (ZEU 1);

Zona de Expansão Urbana 2 (ZEU 2);

Zona de Expansão Urbana 3 (ZEU 3);

Zona de Ocupação Controlada (ZOC);

Zona Urbana Consolidada (ZUC);

Zona Predominantemente Residencial (ZPR);

Zona de Preservação da Paisagem Arquitetônica (ZPPA);

Zona de Desenvolvimento Diferenciado (ZDD); e

Zona Especial de Interesse Turístico (ZEIT).

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

269

A. Zona de Expansão Urbana 1, 2 e 3 (ZEU)

As Zonas de Expansão Urbana localizam-se dentro do perímetro urbano, consistem em

regiões em estruturação de infraestrutura urbana ou regiões que apresentam ausência de

infraestrutura urbana e são divididas em 3 áreas:

Zona de Expansão Urbana 1 (ZEU 1) – abrange todo bairro Itaguaçu e grandes áreas

com predomínio de pastagem e cultivo agrícola, constituindo área total de 5,02 km²;

Zona de Expansão Urbana 2 (ZEU 2) - abrange os bairros Santa Terezinha, Vila

Mariana, parte do Ponte Alta e de parcelamentos de solo irregulares, constituindo

área total de 4,87 km²;

Zona de Expansão Urbana 3 (ZEU 3) - apresenta pontos de urbanização e tem área

total de 2,10 km².

A Zona de Expansão Urbana 1 e a Zona de Expansão Urbana 2 são destinadas as atividades

de uso residencial unifamiliar e multifamiliar, com lotes mínimos de 125 m² e 250 m²

respectivamente, e não residencial, mais especificamente comércio e serviços, com lotes

mínimos de 250 m², estes em áreas previamente especificadas.

Já a Zona de Expansão Urbana 3 é destinada as atividades de uso residencial unifamiliar e

multifamiliar, com lotes mínimos de 175 m² e 300 m² respectivamente, e não residencial,

mais especificamente comércio e serviços, com lotes mínimos de 300 m², estes em áreas

previamente especificadas, devendo-se restringir o parcelamento do solo em áreas

reflorestadas e em áreas de encosta com declividade igual ou superior a 30% (trinta por

cento), salvo se atendidas exigências específicas das autoridades competentes.

Os objetivos da Zona de Expansão Urbana são:

Estabelecer diretrizes para a adequada ocupação urbana e implantação de redes de

equipamentos de infraestrutura e de atendimento à população, reduzindo os

deslocamentos para a região central;

Permitir o monitoramento e o controle de parcelamento do solo e as devidas

destinações de áreas para preservação ambiental e de equipamentos públicos

especialmente destinados à educação e a saúde pública;

Estabelecer prioridade de ocupação de áreas urbanizadas próximas das áreas

consolidadas;

Estabelecer diretrizes para implantação de sistema viário ampliando e interligando

as áreas lindeiras ao perímetro urbano;

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

270

Restringir parcelamentos do solo de adensamento urbano em áreas de risco por

declividades elevadas ou sujeitas a enchentes e inundações;

Condicionar a aprovação de empreendimentos nesta zona à apresentação de

declaração de viabilidade de fornecimento por parte de concessionárias de gás,

energia elétrica, água e esgotamento sanitário.

B. Zona Especial de Interesse Turístico (ZEIT)

A Zona Especial de Interesse Turístico é a porção do território do Município formada por

edificações destinadas a atividades de turismo e comerciais de interesse turístico, tais

como os de expressões religiosas e conjuntos de relevante expressão arquitetônica,

histórica e paisagística, cuja manutenção seja necessária à preservação do patrimônio

cultural do Município.

Os objetivos da Zona Especial de Interesse Turístico são:

A adequação das redes de infra e superestrutura urbanas da área de afluxo de

população flutuante compatibilizando-as e equilibrando-as com as demandas da

população fixa;

Planejar a paisagem de forma a manter as características históricas, religiosas e

culturais da região;

Estabelecer legislação especifica sobre estacionamentos na área central;

Elaborar o cadastro das áreas não utilizadas ou subutilizadas;

Adotar parâmetros de uso e ocupação do solo diferenciados para a região;

Permitir as fachadas ativas nos empreendimentos com testada maior que 20 m com

área do térreo destinada a usos comercial.

C. Zona de Ocupação Controlada 1 e 2 (ZOC)

As Zonas de Ocupação Controlada são divididas em 2 áreas:

Zona de Ocupação Controlada 1 (ZOC 1) – abrange todo bairro Jardim Santo Afonso,

onde foram identificadas áreas de risco de inundação, de acordo com o

Mapeamento de Riscos de Aparecida, elaborado pelo Instituto Geológico de São

Paulo em 2009, e constitui área total de 0,37 km2;

Zona de Ocupação Controlada 2 (ZOC 2) - abrange as áreas de risco de

escorregamento localizadas na região leste do município, identificadas no

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

271

Mapeamento de Riscos de Aparecida, elaborado pelo Instituto Geológico de São

Paulo em 2009, e constitui área total de 5,70 km2.

A Zona de Ocupação Controlada 1 é destinada as atividades de uso residencial unifamiliar

e multifamiliar, com lotes mínimos de 250 m² e 500 m² respectivamente, e não residencial,

mais especificamente comércio e serviços, com lotes mínimos de 250 m², estes em áreas

previamente especificadas.

Já a Zona de Ocupação Controlada 2 é destinada as atividades de uso residencial

unifamiliar e não residencial, mais especificamente comércio e serviços, com lotes mínimos

de 250 m², estes últimos em áreas previamente.

São objetivos da Zona de Ocupação Controlada:

Restringir o parcelamento do solo e urbanização indiscriminada, principalmente em

áreas de encosta com declividade igual ou superior a 30% (trinta por cento), salvo se

atendidas exigências específicas das autoridades competentes e ao que define a

Lei Federal nº 6.766/1979, e suas alterações;

Estabelecer normas e critérios para a sustentabilidade da ocupação existente;

Garantir a preservação da área de alta declividade impedindo processos erosivos e

riscos de desmoronamentos;

Cooperar tecnicamente para execução de obras de contenção de deslizamentos e

de drenagem das áreas ocupadas e consolidadas.

D. Zona Predominantemente Residencial (ZPR)

A Zona Predominantemente Residencial constitui-se de uma porção do território urbano

destinada ao uso predominantemente residencial unifamiliar, estando restrito o uso não

residencial, mais especificamente comércio e serviços, àqueles que não venham prejudicar

a finalidade do loteamento residencial.

Os objetivos da Zona Predominantemente Residencial são:

Compatibilizar a ocupação e o adensamento com a capacidade de suporte do

ambiente e da infraestrutura, especialmente o sistema de água e esgoto, bem como

a oferta de equipamentos sociais;

Compatibilizar os níveis de ruído com o uso predominantemente residencial; e

Limitar as edificações em no máximo dois pavimentos, contando-se térreo e 1º andar.

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

272

E. Zona Urbana Consolidada (ZUC)

A Zona Urbana Consolidada é uma área que apresenta diferentes graus de consolidação e

infraestrutura básica instalada, com um sistema viário de ligação entre bairros e vias com

uso e ocupação do solo residencial, comercial e de serviços e destina-se a concentrar o

adensamento urbano.

São objetivos da Zona Urbana Consolidada:

Adequar às estruturas viárias à expansão territorial e ao fluxo da população

flutuante;

Melhorar utilização da malha urbana e a infraestrutura instalada como forma de

evitar a rarefação do processo de urbanização;

Regulamentar o uso e ocupação do solo levando em consideração os aspectos de

ocupação futura do território da zona.

F. Zona de Desenvolvimento Diferenciado (ZDD)

A Zona de Desenvolvimento Diferenciado localiza-se às margens da Rodovia Presidente

Dutra BR-116 e apresenta potencial para atração e instalação de atividades de uso não

residencial de médio e grande porte e industriais correlatas as já existentes nos Municípios

vizinhos do Vale do Paraíba.

Os objetivos da Zona de Desenvolvimento Diferenciado são:

Ampliar e diversificar as atividades de geração de emprego e renda do Município;

Incentivar e permitir a implantação de indústrias no Município;

Regulamentar o uso e ocupação do solo por atividade industrial e de geradores de

incômodo ou de grande porte ano Município;

Permitir o monitoramento e o controle ambiental;

Estruturar e ampliar as condições de acesso e tráfego de cargas de insumo e

distribuição da produção;

Estimular a manutenção da estrutura urbana com a implantação de pistas marginais

da rodovia Presidente Dutra;

Fortalecer economicamente o Município através da infraestrutura adequada para

instalação de novas indústrias e estabelecimentos comerciais e de serviços;

Exigir o Estudo de Impacto de Vizinhança – EIV e Relatório de Impacto de Trânsito

– RIT, para a instalação de novos empreendimentos;

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

273

Fornecer a infraestrutura adequada e compatível para o uso industrial e econômico

na zona;

G. Zona de Preservação da Paisagem Arquitetônica (ZPPA)

A Zona de Preservação da Paisagem Arquitetônica é definida pela área do entorno do

Santuário Nacional de Aparecida, onde serão adotados parâmetros diferenciados, a qual

deve ser preservada e sua verticalização deve ser contida.

Os objetivos da Zona de Preservação da Paisagem Arquitetônica são:

Valorizar o patrimônio cultural, histórico e paisagístico do Município;

Manter a paisagem urbana e fomentar as atividades de turismo por razões

históricas, culturais, arquitetônicas e paisagísticas;

Preservar a visibilidade do Santuário Nacional de Aparecida, elemento marcante da

paisagem construída nacional;

Vedar a construção de elementos que se constituírem em barreira visual ou

paisagística;

Determinar a altura máxima das edificações de acordo com os seguintes casos,:

i. Zona de Preservação da Paisagem Arquitetônica 1 (ZPPA 1) com gabarito

de altura máximo de 30 m (trinta metros);

ii. Zona de Preservação da Paisagem Arquitetônica 2 (ZPPA 2) com

edificações limitadas à cota altimétrica 572 m (quinhentos e setenta e dois

metros) em relação ao marco de referência do Sistema Geodésico

Brasileiro.

10.2.2 Macrozona de Transição

Inserida na Macrozona de Transição, conforme figura 377, têm-se as seguintes zonas:

Zona de Controle Ambiental (ZCA);

Zona de Interesse Turístico Ambiental – (ZITA).

A. Zona de Controle Ambiental (ZCA)

A Zona de Controle Ambiental constitui-se de áreas que apresentam restrições urbano-

ambientais visando o controle da impermeabilização e a recarga dos aquíferos.

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

274

Os objetivos da Zona de Controle Ambiental são:

Reforçar a preservação ambiental;

Coibir usos impactantes e incompatíveis com as características ambientais

presentes na área;

Coibir a ocupação em áreas de risco e perigo;

Incentivar atividades de lazer e recreação, com baixa taxa de impermeabilização;

Permitir a instalação de empreendimentos vinculados a atividades de hospedagem,

desde que sejam compatíveis com o desenvolvimento sustentável, sejam

respeitadas as restrições das áreas de preservação permanente e obedecidos os

parâmetros de uso do solo apresentados no anexo;

Permitir usos agrícolas e florestais.

B. Zona de Interesse Turístico-Ambiental (ZITA)

A Zona de Interesse Turístico Ambiental compreende áreas definidas para a proteção e

recuperação ambiental por apresentar características de vegetação de relevante interesse

ambiental e por prestar serviços ambientais essenciais para a sustentação da vida urbana

das gerações presentes e futuras.

Os objetivos da Zona de Interesse Turístico Ambiental são:

Incentivar a recuperação de áreas degradadas, a preservação dos remanescentes

florestais e do solo no entorno da Represa dos Motas, considerando seu potencial

como futuro manancial de captação para fornecimento de água para abastecimento

público do município;

Incentivar a prática de turismo ecológico, promovendo a atividade como veículo de

sensibilização, educação e interpretação ambiental;

Preservar as áreas destinadas ao plantio de espécies nativas;

Incentivar usos turísticos ecológicos;

Permitir usos que promovam conhecimento, estudo e pesquisa.

10.2.3 Macrozona Rural

Inserida na Macrozona Rural, têm-se a Zona Especial de Interesse Turístico-Rural, conforme

verifica-se na Figura 380.

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

275

A. Zona Especial de Interesse Turístico-Rural (ZETR)

A Zona Especial de Interesse Turístico Rural é uma área identificada como uma centralidade

tradicional rural, formada por domicílios espaçados, onde:

Nas áreas de maior circulação, será mantida a qualidade das estradas rurais;

Serão garantidos o direito de acesso à moradia e acesso a infraestrutura e serviços

públicos, desde que não altere suas características tradicionais;

Poderá ser autorizada a instalação de atividades enquadradas no nível 0 de

incômodo e que favoreçam o turismo rural, desde que a atividade não degrade o

meio ambiente, não interfira na qualidade paisagística, preserve e recupere as matas

ciliares e garanta a prioridade para atividades agrícolas.

Na ZETR fica autorizado o parcelamento de imóveis rurais com características de sítios de

recreio nos termos das legislações estadual e federal pertinentes e nos termos previstos na

Lei revisada do Plano Diretor.

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

276

11 ANEXO

A. QUADRO DE ÍNDICES URBANÍSTICOS.

Macrozona Urbana

Zona Atividades Permitidas1 Nível de

Incomodidade Máximo

Lote Mínimo (m2)

Testada (m)

Coeficiente de Aproveitament

o Máximo

Taxa de Ocupaçã

o Máx. (%)

Taxa de Permeabilidad

e (%)

Pavimento

(unid)

Gabarito de

Altura (m)

Recuos (m)2

Frontal

Fundo

Lateral3

Zona de Expansão

Urbana (ZEU)

ZEU 1

Residencial

Unifamiliar N0 125 5 2 80 10 - - 4 1,5 1,5

Multifamiliar N0 250 10 4 80 10 - - 4 1,5 1,5

Comércio N2 250 10 4 80 10 - - 4 1,5 1,5

Serviço Institucional N2 250 10 2 80 10 - - 4 1,5 1,5

Misto N2 250 10 4 80 10 - - 4 1,5 1,5

ZEU 2

Residencial

Unifamiliar N0 125 5 2 80 10 - - 4 1,5 1,5

Multifamiliar N0 250 10 4 80 10 - - 4 1,5 1,5

Comércio N1 250 10 4 80 10 - - 4 1,5 1,5

Serviço Institucional N2 250 10 2 80 10 - - 4 1,5 1,5

Misto N2 250 10 4 80 10 - - 4 1,5 1,5

ZEU 3

Residencial

Unifamiliar N0 175 7 2 70 20 - - 4 1,5 1,5

Multifamiliar N0 300 10 4 70 20 6 - 4 1,5 1,5

Comércio N2 300 10 4 70 20 6 - 4 1,5 1,5

Serviço Institucional N2 300 10 2 70 20 - - 4 1,5 1,5

Misto N2 300 10 4 70 20 6 - 4 1,5 1,5

Zona Urbana Consolidada (ZUC)

Residencial

Unifamiliar N0 125 5 2 80 10 - - 4 1,5 1,5

Multifamiliar N0 250 10 4 80 10 - - 4 1,5 1,5

Comércio N2 250 10 4 80 10 - - 4 1,5 1,5

Serviço Institucional N2 250 10 2 80 10 - - 4 1,5 1,5

Misto N2 250 10 4 80 10 - - 4 1,5 1,5

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

277

Macrozona Urbana

Zona Atividades Permitidas1 Nível de

Incomodidade Máximo

Lote Mínimo (m2)

Testada (m)

Coeficiente de Aproveitament

o Máximo

Taxa de Ocupaçã

o Máx. (%)

Taxa de Permeabilidad

e (%)

Pavimento

(unid)

Gabarito de

Altura (m)

Recuos (m)2

Frontal

Fundo

Lateral3

Zona Especial de Interesse Turístico

(ZEIT)4

Residencial

Unifamiliar N0 125 5 2 80 10 - - 4 1,5 1,5

Multifamiliar N0 250 10 4 80 10 - - 4 1,5 1,5

Zona Especial de Interesse Turístico

(ZEIT)4

Comércio N2 250 10 4 80 10 - - 4 1,5 1,5

Serviço Institucional N2 250 10 2 80 10 - - 4 1,5 1,5

Misto N2 250 10 4 80 10 - - 4 1,5 1,5

Zona Predominantemente

Residencial (ZPR)

Residencial unifamiliar N0 250 10 1,6 80 10 2 - 4 1,5 1,5

Comércio N1 250 10 1,6 80 10 2 - 4 1,5 1,5

Serviço Institucional N2 250 10 1,6 80 10 2 - 4 1,5 1,5

Zona de Desenvolvimento

Diferenciado (ZDD)

Comércio N3 500 10 2 70 20 - - 5 3 1,5

Serviço Institucional N2 500 10 2 70 20 - - 5 3 1,5

Industrial N3 1000 20 1,5 70 20 - - 10 5 5

Zona de Preservação da Paisagem Arquitetônica

(ZPPA)

ZPPA 1

Residencial

Unifamiliar N0 125 5 2 90 10 - 30 4 1,5 1,5

Multifamiliar N0 250 10 4 90 10 - 30 4 1,5 1,5

Comércio N2 250 10 4 90 10 - 30 4 1,5 1,5

Serviço Institucional N2 250 10 4 90 10 - 30 4 1,5 1,5

Misto N2 250 10 4 90 10 - 30 4 1,5 1,5

ZPPA 25

Residencial

Unifamiliar N0 125 5 2 90 10 - art. 78 4 1,5 1,5

Multifamiliar N0 250 10 2 90 10 - art. 78 4 1,5 1,5

Comércio N2 250 10 2 90 10 - art. 78 4 1,5 1,5

Serviço Institucional N2 250 10 2 90 10 - art. 78 4 1,5 1,5

Misto N2 250 10 2 90 10 - art. 78 4 1,5 1,5

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

278

Macrozona Urbana

Zona Atividades Permitidas1 Nível de

Incomodidade Máximo

Lote Mínimo (m2)

Testada (m)

Coeficiente de Aproveitament

o Máximo

Taxa de Ocupaçã

o Máx. (%)

Taxa de Permeabilidad

e (%)

Pavimento

(unid)

Gabarito de

Altura (m)

Recuos (m)2

Frontal

Fundo

Lateral3

Zona de Ocupação Controlada (ZOC)

ZOC 1

Residencial

Unifamiliar N0 250 10 2 70 20 - - 4 1,5 1,5

Multifamiliar

N0 500 20 4 70 20 - - 4 1,5 1,5

Comércio N2 250 10 4 70 20 - - 4 1,5 1,5

Misto N2 250 10 4 70 20 - - 4 1,5 1,5

ZOC 2

Residencial

Unifamiliar N0 250 10 2 60 30 - - 4 1,5 1,5

Comércio N2 250 10 2 60 30 - - 4 1,5 1,5

Serviço Institucional N2 250 10 2 60 30 - - 4 1,5 1,5

Macrozona de Transição

Zona Atividades Permitidas1

Nível de Incomodidade

Máximo

Lote Mínimo

(m2)

Testada (m)

Coeficiente de Aproveitamento

Máximo

Taxa de Ocupação

Máx. (%)

Taxa de Permeabilidade

(%)

Pavimento (unid)

Gabarito de

Altura (m)

Recuos (m)2

Frontal Fundo Lateral

Zona de Controle

Ambiental (ZCA)

Agrícola, florestal, pesquisa, lazer e

recreação N0 3000 20 0,25 10 60 - - 10 5 5

Hospedagem N2 20000 20 0,20 10 60 3 10 5 5

Serviço Institucional

N2 20000 20 0,50 50 40 - - 10 5 5

Zona de Interesse Turístico

Ambiental (ZITA)

Florestal, pesquisa, lazer e recreação

N0 20000 20 0,20 10 60 - - 10 5 5

Parque ecológico N0 Parâmetros a serem definidos pelos órgãos competentes de planejamento urbano, de meio ambiente, de obras e

do sistema viário e de transportes públicos

1 –Os usos que não são citados na coluna “Atividades Permitidas” são proibidos nas respectivas zonas. 2 – Os valores apresentados para os recuos de fundo e lateral são valores mínimos, devendo-se observar caso a caso ao que estabelece o Código Sanitário Estadual nº 12.342/78. 3 – Os valores apresentados para os recuos lateral são admitidos para apenas um lado do lote, devendo-se observar caso a caso ao que estabelece o Código Sanitário Estadual nº 12.342/78. 4 – Devem ser admitidos valores de altura máximo das edificações dos bairros São Geraldo e São Sebastião localizados na Zona Especial de Interesse Turístico (ZEIT) observando-se ao que estabelece o artigo 82 desta Lei

Complementar. 5 – Devem ser admitidos valores de altura máximo das edificações localizadas na Zona de Preservação da Paisagem Arquitetônica 2 (ZPPA 2) observando-se ao que estabelece o artigo 78 desta Lei Complementar.

Aparecida/SP PRODUTO 10 – Relatório Final

279