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PRODUTO 2 - PLANO, PROGRAMAS, PROJETOS ATUAIS - RSS ARM_TEC_01_02_RSS_003_20141020

PRODUTO 2 - agenciarmbh.mg.gov.br · caps centro de atenÇÃo psicossocial casf centro de apoio À saÚde da famÍlia clt ... pgrss plano de gerenciamento de resÍduos de serviÇo

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PRODUTO 2 - PLANO, PROGRAMAS, PROJETOS

ATUAIS - RSS

ARM_TEC_01_02_RSS_003_20141020

AGÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO DA REGIÃO

METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE

PLANO METROPOLITANO DE GESTÃO

INTEGRADA DE RESÍDUOS COM FOCO EM

RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE (RSS) E

RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL E

VOLUMOSOS (RCCV)

PRODUTO 02: PLANO, PROGRAMAS,

PROJETOS ATUAIS – RSS

ARM_TEC_01_02_RSS_003_20141020

Outubro de 2014

Consórcio:

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA.

Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

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PLANO METROPOLITANO DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS COM FOCO EM RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE

SAÚDE (RSS) E RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL E VOLUMOSOS (RCCV)

Agência de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Belo Horizonte

Consórcio: IDP FERREIRA ROCHA Status: Externo

Título do documento: PRODUTO 02: PLANO, PROGRAMAS, PROJETOS ATUAIS -

RSS

Nome/código: ARM_TEC_01_02_RSS_003_20141020 Versão: Final

Elaboração:

Ο Alex José de Almeida

Ο Alex Quiroga

Ο Ana Maria Castro da Silveira

Ο Cristiano Figueiredo Lima

Ο Cynthia Fantoni

Ο Delfim José Leite Rocha

Ο Eduard Millet

Ο Gonzalo Herranz

Ο Gustavo Tetzl Rocha

Ο Henrique Ferreira Ribeiro

Ο Henrique S L V Gomes

Ο Isadora Braga Camargos

Ο Jesús Blasco Gómez

Ο José Cláudio Junqueira Ribeiro

Ο Juan Carlos Rives López

Ο Juliana Felisberto

Ο Luciana de Nardi

Ο Marcos Antônio de Almeida Rodrigues

Ο Maria Antônia Vieira Martins Starling

Ο Murilo Zaparoli

Ο Renato Nogueira de Almeida

Ο Solange Vaz Coelho

Ο Thiago de Alencar Silva

Ο Vicente Jimenez de la Fuente

Data: 15/09/2014

Revisão: Jesus Blasco Goméz, Juan Carlos Rives Lopes, Thiago de

Alencar Silva, José Claudio Junqueira Ribeiro Data: 15/09/2014

Aprovação: Jesús Blasco Goméz Data: 20/10/2014

Observações:

Aprovação do Gestor:

Nome: Visto:

Data da Aprovação:

Consórcio:

CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA.

Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

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APRESENTAÇÃO

O Produto 02 “Plano, Programas, Projetos Atuais referentes aos Resíduos do Serviço de

Saúde (RSS)” é o terceiro produto elaborado pelo Consórcio formado pelas empresas IDP

Ingeniería y Arquitectura Iberia e Ferreira Rocha - Gestão de Projetos Sustentáveis

(Consórcio IDP Ferreira Rocha), e encaminhado à Agência de Desenvolvimento da Região

Metropolitana de Belo Horizonte (ARMBH) como parte da Fase 01 do Plano Metropolitano

de Gestão Integrada de Resíduos com Foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e

Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV), doravante denominado Plano.

A elaboração do Plano está estruturada em três fases:

Fase 01: Diagnóstico da situação atual dos RSS na RMBH e Colar Metropolitano;

Fase 02: Elaboração de proposta para gestão e gerenciamento dos RSS; e

Fase 03: Preparação para elaboração e implantação das alternativas para gestão

dos RSS.

O prazo previsto para a conclusão do projeto é de 22 (vinte e dois) meses, sendo que o

início foi em janeiro de 2014.

A Fase 01 tem a função de levantar dados e apresentar o Diagnóstico da Situação Atual

dos RSS na Região Metropolitana e Colar Metropolitano de Belo Horizonte. São três

produtos propostos para esta fase, além do relatório consolidado. Os conteúdos estão

distribuídos de acordo com o Quadro 1.

Quadro 1 - Etapas da Fase 01 - Diagnóstico da Situação Atual dos Resíduos

Fonte: Elaboração Própria. Consórcio IDP Ferreira Rocha, 2014

Este Produto 02, com foco na elaboração do Diagnóstico da Situação Atual dos RSS na

Região Metropolitana e Colar Metropolitano de Belo Horizonte, apoiará as demais fases de

elaboração do Plano, tendo caráter dinâmico e podendo ser complementado em função de

necessidades técnicas específicas.

Por fim, o Produto 02 é apresentado em relatórios específicos para cada um dos dois tipos

de resíduos contemplados pelo Plano, sendo que o presente relatório trata dos RSS. As

Fase 01: Diagnóstico da situação atual dos RSS na RMBH e Colar Metropolitano de BH

Produto 00: Balizamento técnico, legal e metodológico para elaboração do

Plano

Produto 01: Geração e fluxo de gestão e

gerenciamento dos RSS

Produto 02: Levantamento de planos e projetos, executados e em

execução, para gestão e gerenciamento dos

RSS

Resumo Executivo:Síntese analítica de

dados e informações

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informações constantes nos produtos previstos, assim como as que constam neste Produto

02, não serão necessariamente transpostas para a versão final do Plano, mas subsidiarão

o processo de sua elaboração.

Na Figura 1 estão explicitados os produtos previstos em cada Fase, com destaque para

este Produto 02, compondo a denominada Estrutura Analítica de Projeto (EAP) 1.

1 O Consórcio IDP Ferreira Rocha estabeleceu, como diretriz para o desenvolvimento dos trabalhos, a consideração do Plano como um projeto, a ser gerido e gerenciado em acordo com conceitos, diretrizes e ferramentas gerenciais consagradas internacionalmente pelo Gerenciamento de Projetos disciplinado pelo Project Management Institute (PMI) e consubstanciadas no Guia PMBOK 5ª edição. Segundo ao referido Guia a Estrutura Analítica do Projeto (EAP) é “O processo de subdivisão das entregas e do trabalho do projeto em componentes menores e mais facilmente gerenciáveis.” Já o principal benefício desse processo é o fornecimento de uma visão estruturada do que deve ser entregue. A EAP é uma decomposição hierárquica do escopo total do trabalho a ser executado pela equipe do projeto a fim de alcançar os objetivos do projeto e criar as entregas requeridas.

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Figura 1 - Estrutura Analítica de Projeto (EAP) Fonte: Elaboração Própria. Consórcio IDP Ferreira Rocha, 2014

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO .............................................................................................................3

LISTA DE FIGURAS ..........................................................................................................7

LISTA DE QUADROS ........................................................................................................8

ABREVIATURAS ...............................................................................................................9

INTRODUÇÃO ......................................................................................................12

METODOLOGIA ...................................................................................................16

2.1. METODOLOGIA PARA LEVANTAMENTO DE DADOS ....................................16

2.1.1. Estratégia de Comunicação e Engajamento de Stakeholders .....................17

2.1.2. Levantamento de Dados Secundários e Análise Bibliográfica ....................20

2.1.3. Levantamento de Dados Primários .............................................................20

LEVANTAMENTO DE DADOS..............................................................................23

3.1. Instrumentos Legais e Normativos .....................................................................23

3.1.1. Âmbito Federal ...........................................................................................31

3.1.2. Âmbito Estadual .........................................................................................35

3.1.3. Âmbito Municipal ........................................................................................36

3.2. PLANOS, PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES INDENTIFICADOS ...............37

3.2.1. Âmbito Federal ...........................................................................................48

3.2.2. Âmbito Estadual .........................................................................................53

3.2.3. Âmbito Regional e Municipal ......................................................................57

3.2.4. Planos, Programas, Projetos e Ações que envolvam logística reversa .......60

POSSIBILIDADES DE FINANCIAMENTOS PARA GESTÃO DE RSS ..................63

CONSIDERAÇÕES ...............................................................................................64

RECOMENDAÇÕES .............................................................................................65

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................66

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Estrutura Analítica de Projeto (EAP) ..................................................................5

Figura 1-1 - Fluxograma das etapas, atividades e resultados do Produto 02 ...................15

Figura 2-1 - Fluxograma metodológico para levantamento de dados secundários e

primários ..........................................................................................................................17

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Etapas da Fase 01 - Diagnóstico da Situação Atual dos Resíduos ..................3

Quadro 2-1- Municípios selecionados para a realização de visitas técnicas ....................22

Quadro 3-1 - Principais instrumentos legais e normativos (Leis e Decretos, Resoluções, Deliberações Normativas e Normas) para levantamento de informações sobre planos, programas, projetos e ações em Âmbito Federal. ............................................................25

Quadro 3-2 - Principais instrumentos legais e normativos (Leis e Decretos, Resoluções, Deliberações Normativas e Normas) para levantamento de informações sobre planos, programas, projetos e ações em Âmbito Estadual. ..........................................................28

Quadro 3-3 - Principais instrumentos legais e normativos (Leis e Decretos, Resoluções, Deliberações Normativas e Normas) para levantamento de informações sobre planos, programas, projetos e ações em Âmbito Municipal. .........................................................29

Quadro 3-4 - Planos, programas, projetos e ações para RSU e RSS em Âmbito Federal. ........................................................................................................................................39

Quadro 3-5 - Planos, programas, projetos e ações para RSU e RSS em Âmbito Estadual. ........................................................................................................................................44

Quadro 3-6 - Planos, programas, projetos e ações para RSU e RSS em Âmbito Regional e Municipal. ........................................................................................................................47

Quadro 3-7 - Diretrizes e Estratégias para RSS indicadas na versão preliminar do Plano Nacional de Resíduos Sólidos. ........................................................................................51

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ABREVIATURAS

AAF AUTORIZAÇÃO AMBIENTAL DE FUNCIONAMENTO

ABNT ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS

ABRELPE ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE EMPRESAS DE LIMPEZA PUBLICA E RESÍDUOS ESPECIAIS

ANTT AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTE TERRESTRE

ANVISA AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA

ARFU ASSOCIAÇÃO REGIONAL DOS FARMACÊUTICOS DE UBERLÂNDIA

ARMBH AGÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO DA REGIÃO METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE

AS ATERRO SANITÁRIO

BHB BRASIL HEALTH SAÚDE

CA CERTIFICADO DE APROVAÇÃO

CAPS CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL

CASF CENTRO DE APOIO À SAÚDE DA FAMÍLIA

CLT CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO

CM COLAR METROPOLITANO

CNES CADASTRO NACIONAL DE ESTABELECIMENTOS DE SAÚDE

CONAMA CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE

COPAGRESS COMISSÃO PERMANENTE DE APOIO AO GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE

COPAM CONSELHO ESTADUAL DE POLÍTICA AMBIENTAL

CORI COMITÊ ORIENTADOR PARA IMPLANTAÇÃO DOS SISTEMAS DE LOGÍSTICA REVERSA

CRF CONSELHO REGIONAL DE FARMÁCIA

EPI EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

ES ESTABELECIMENTO DE SAÚDE

FEAM FUNDAÇÃO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE

FIP FUNDAÇÃO ISRAEL PINHEIRO

FUNED FUNDAÇÃO EZEQUIEL DIAS

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GTT GRUPO DE TRABALHO TEMÁTICO

IBGE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA

INCA INCINERAÇÃO E CONTROLE AMBIENTAL

IPEA INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA

LO LICENÇA DE OPERAÇÃO

LOC LICENÇA DE OPERAÇÃO CORRETIVA

LP LICENÇA PRÉVIA

NBR NORMA BRASILEIRA

PCMSO PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE OCUPACIONAL

PDI PLANILHA DE DADOS INICIAIS

PGIRSU PLANOS DE GESTÃO INTEGRADOS DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

PGRSS PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇO DE SAÚDE

PNRS POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS

PNSB PESQUISA NACIONAL DE SANEAMENTO BÁSICO

RCCV RESÍDUOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL E VOLUMOSOS

RDC RESOLUÇÃO DA DIRETORIA COLEGIADA

RMBH REGIÃO METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE

RSS RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE

RSU RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

RVLO REVALIDAÇÃO DA LICENÇA DE OPERAÇÃO

SEIS SISTEMA ESTADUAL DE INFORMAÇÕES SOBRE SANEAMENTO

SIAM SISTEMA INTEGRADO DE INFORMAÇÃO AMBIENTAL

SIDRA SISTEMA IBGE DE RECUPERAÇÃO AUTOMÁTICA

SINIR SISTEMA NACIONAL DE INFORMAÇÕES SOBRE A GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

SLU SUPERINTENDÊNCIA DE LIMPEZA URBANA

SNIS SISTEMA NACIONAL DE INFORMAÇÃO DE SANEAMENTO

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SUPRAM SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL DE REGULARIZAÇÃO AMBIENTAL

TAP TERMO DE ABERTURA DE PROJETO

TEM MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO

UTC USINA DE TRIAGEM E COMPOSTAGEM

UTRSS UNIDADE DE TRANSFERÊNCIA DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE

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INTRODUÇÃO

O Produto 02 congrega informações, em termos de agentes públicos e privados, sobre

planos, programas, projetos, legislações e ações levantadas no âmbito federal, estadual,

regional e municipal para subsidiar as discussões sobre a elaboração do Plano

Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos do Serviço de Saúde (RSS) da Região

Metropolitana e Colar Metropolitano de Belo Horizonte.

No Produto 00 foram identificados os conceitos técnicos, as normas e leis relevantes para

a gestão e o gerenciamento dos resíduos, descritas as características socioeconômicas da

região, e feita uma primeira análise do cenário desses resíduos na região de estudo. O

Produto 01 tem o enfoque específico nas atividades e tipologias, a geração, as fontes

geradoras e as estimativas dos custos das etapas do gerenciamento dos RSS. O Produto

02 complementa o levantamento de informações apontando os atuais planos, programas

e projetos de governo ou outras instituições que incentivam, sustentam e/ou auxiliam na

gestão e gerenciamento desses resíduos. Este conjunto de informações está em linha com

as orientações do Ministério do Meio Ambiente, conforme descrito na publicação “Planos

de Gestão de Resíduos Sólidos: Manual de Orientação – Apoiando a implementação da

Política Nacional dos Resíduos Sólidos”.

O diagnóstico, no enfoque técnico, deverá ser estruturado com dados e informações sobre o perfil das localidades. É fundamental entender a situação dos resíduos sólidos gerados no respectivo território quanto à origem, volume, características, formas de destinação e disposição final adotadas. Informações sobre a economia, demografia, emprego e renda, educação, saúde, características territoriais e outros, auxiliam na compreensão das peculiaridades locais e regionais e tipo e quantidade de resíduos gerados. O acervo de informações sobre as condições do saneamento básico, bem como sobre a gestão dos resíduos sólidos, é muito importante para se construir um diagnóstico amplo, pois permite compreender os níveis de desenvolvimento social e ambiental da cidade, e as implicações na área da saúde. Construir informações e dados numa perspectiva histórica poderá auxiliar no enfrentamento de determinados gargalos ou dificuldades futuras.

É importante pesquisar o histórico de gastos com a limpeza urbana, gestão e manejo dos resíduos sólidos, mesmo que dois ou mais órgãos sejam os responsáveis pela gestão, na administração pública. Diferentes estudos mostram que no Brasil, com pequenas variações, cerca de 5% do orçamento municipal é consumido em limpeza urbana, gestão, manejo e disposição final de resíduos sólidos. Exige, portanto, esforço de racionalização para a sustentabilidade econômica do serviço público, como definida na nova legislação. É importante que os dados reflitam a diversidade e a especificidade local ou regional e as suas identidades econômicas, sociais e ambientais em relação a outras regiões do Estado. (BRASIL, 2012; p.37)

Para contextualização do tema cabe registrar que entre os anos 2000 e 2010, ocorreu um

crescimento de população de 21 milhões de habitantes, com uma taxa geométrica de

crescimento menor em relação ao censo anterior, passando de 1,63% em 2000 para 1,17%

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no censo de 2010. O grau de urbanização teve um incremento pouco significativo,

passando de 81,2% para 84,4%. (IPEA, 2012). Por outro lado, no período de 2011 a 2012

houve um acréscimo de 1,3% para a geração de resíduos sólidos urbanos no Brasil,

enquanto a taxa de crescimento populacional urbano no país foi de 0,9% (ABRELPE,

2012).

Além do aumento da quantidade de resíduos gerada também há uma maior diversidade

dos resíduos sólidos gerados pelas atividades domésticas, industriais, de construção civil

e de serviços de saúde (BRASIL, 2006). Os RSS se inserem neste contexto e vem

assumindo importância nos últimos anos, não em função da quantidade gerada, pois

representam em torno de 1 a 3% do total de resíduos gerados (AGUIAR, 2005), mas devido

ao risco apresentado por parte destes resíduos à saúde e ao meio ambiente. Os RSS

apresentam maior risco de contaminação que resíduos de outra natureza quando são

manuseados e descartados de forma inadequada no meio ambiente (CUSSIOL et al,

2003). O risco à saúde pela exposição aos RSS é maior durante a sua geração e para os

indivíduos ocupacionalmente expostos do que para população em geral (CUSSIOL, 2005).

O gerenciamento adequado dos RSS é fundamental para garantir a qualidade da saúde

coletiva e a preservação do meio ambiente. Entretanto, o gerenciamento correto destes

resíduos ainda é um desafio, tanto na sua implantação intra estabelecimento pelos

geradores, quanto extra estabelecimento relacionada à destinação e/ou disposição

ambientalmente adequada (MINAS GERAIS, 2008). A dificuldade no gerenciamento dos

resíduos sólidos não é exclusividade dos grandes centros urbanos, atingindo também

cidades de médio e pequeno porte.

Os RSS têm despertado o interesse e preocupação de autoridades mundiais, sendo objeto

de debates, estudos e pesquisas. No Brasil também há uma preocupação sobre o tema

com o desenvolvimento e atualização da legislação voltada para a questão dos RSS.

Entretanto, poucos municípios brasileiros gerenciam adequadamente os RSS e se

adequaram às novas exigências legais. Além disso, parte dos municípios que possuem um

sistema específico de gerenciamento para esses resíduos, enfrentam dificuldades e

deficiências na implementação para todos os setores e etapas envolvendo RSS, com foco

apenas nos hospitais e postos de saúde (BRASIL, 2006).

Outro problema que é verificado nos municípios é a dificuldade para a implantação do

Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde – PGRSS na fase intra

estabelecimento por parte dos estabelecimentos de saúde, por falta de capacitação dos

colaboradores, e na fase extra estabelecimento, por falta de opção de locais licenciados

para a disposição final adequada dos Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) e de RSS (MINAS

GERAIS, 2008).

De acordo com o Plano Metropolitano de Resíduos Sólidos da Região Metropolitana de

Belo Horizonte e Colar Metropolitano (ARMBH, 2013), há escassez de informações em

relação à gestão dos RSS. Desta forma, o diagnóstico dos resíduos de serviços de saúde

(RSS) visa subsidiar as discussões sobre a elaboração do Plano Metropolitano de Gestão

Integrada de Resíduos com foco em RSS, em um panorama estratégico e de longo prazo

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que considere fatores ambientais e socioeconômicos, e será incorporado ao PMRS

existente.

Deste modo se evidencia a importância deste levantamento dos planos, projetos e

programas, em todas as esferas públicas e privadas, que envolvam os RSS. Uma vez

levantados os planos, projetos e programas, esta base de conhecimento norteará a

identificação das lições aprendidas, evitando retrabalhos e contribuindo para a priorização

e fortalecimento de ações direcionadas para gestão e gerenciamento do RSS.

Para facilitar a compreensão dos trabalhos realizados, apresenta-se, a seguir, a Figura 1-1

referente ao fluxograma das etapas, atividades e resultados do Produto 02.

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Figura 1-1 - Fluxograma das etapas, atividades e resultados do Produto 02 Fonte: Elaboração Própria. Consórcio IDP Ferreira Rocha, 2014

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METODOLOGIA

2.1. METODOLOGIA PARA LEVANTAMENTO DE DADOS

O levantamento dos planos, projetos e programas para a elaboração da Fase 01:

Diagnóstico da Situação Atual dos Resíduos do Serviço de Saúde tem como principal

objetivo nortear a identificação das lições aprendidas, evitando retrabalhos e contribuindo

para a priorização e fortalecimento de ações direcionadas para gestão e gerenciamento do

RSS. Além disso, poderá ser suporte para orientar a criação de uma combinação de

instrumentos de inclusão social, econômicos e de preservação ambiental.

Contratualmente, este produto deveria ser elaborado a partir do levantamento de dados

secundários, podendo, a critério do Consórcio IDP Ferreira Rocha, realizar o levantamento

parcial de dados primários, a fim de complementar as informações secundárias. A

estratégia de levantamento dos planos, projetos e programas atuais foi definida entre o

Consórcio IDP Ferreira Rocha e a ARMBH, e mescla dados de natureza secundária e

primária atendendo os limites contratuais.

A construção participativa é uma premissa para a elaboração do Plano, inclusive para este

Produto 02. A participação de diversos grupos de stakeholders se deu de forma

diferenciada, em distintas instâncias e etapas. Numa ação institucional e técnica,

executada de forma integrada com a ARMBH, as partes interessadas foram contatadas e

sensibilizadas a fim de contribuir com pelo menos uma das três ações:

Engajar-se na construção participativa, tanto por meio de debates técnicos quanto

no compartilhamento de percepções e validação dos resultados parciais;

Identificar e disponibilizar dados secundários; e

Informar dados primários.

Para o desenvolvimento do Plano, a ARMBH/SEDRU formou um grupo gestor para

acompanhar os trabalhos. Esse grupo é composto por profissionais de governo e outras

instituições relacionadas ao tema, além de consultores especializados em gestão e

gerenciamento de resíduos. O objetivo, que vem se cumprindo, é manter um espaço de

diálogo técnico, a fim de possibilitar trocas de experiências e buscar consensos sobre as

melhores escolhas quanto a fontes de informações. É também este grupo o responsável

por comentar e contribuir para a aprovação de cada um dos produtos entregues pelo

Consórcio IDP Ferreira Rocha.

Para garantir a pluralidade necessária, outros agentes implicados no processo foram

sensibilizados, a fim de criar um espaço de interação para troca de informações,

experiências e expectativas. Essa ação fomenta o diálogo com agentes municipais,

representantes da sociedade civil, acadêmicos, associações de classe e empresas

prestadoras de serviços relacionadas à gestão de resíduos. Foram ainda desenvolvidas

linhas de ações e atividades a fim de potencializar a construção participativa.

Na sequência, serão descritas as metodologias para o desenvolvimento das três fases de

levantamento de dados que se complementam: estratégia de comunicação e engajamento

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de stakeholders, levantamento de dados secundários, e levantamento de dados e

primários.

A metodologia para a fase de levantamento de dados contemplando a estratégia de

comunicação e engajamento de stakeholders inclui o desenvolvimento e aplicação das

ferramentas definidas para os objetivos propostos.

A metodologia para as fases de levantamento de dados secundários e primários será

apresentada de acordo com o fluxo apresentado a seguir (Figura 2-1).

Figura 2-1 - Fluxograma metodológico para levantamento de dados secundários e primários Fonte: Elaboração Própria. Consórcio IDP Ferreira Rocha, 2014

2.1.1. Estratégia de Comunicação e Engajamento de Stakeholders

No escopo contratado para a elaboração do Plano não estão previstas ações de

Comunicação e Engajamento das diversas partes interessadas. Diante dessa restrição

contratual, o Consórcio IDP Ferreira Rocha, considerando a importância dessas ações,

desenvolveu algumas ferramentas para auxiliar a ARMBH no relacionamento com as

partes interessadas. Para o processo de elaboração desta Fase 01, há demandas claras

de Comunicação e Engajamento, tanto institucionais quanto técnicas. Para as demandas

institucionais, a ARMBH está conduzindo o processo com o apoio do Consórcio IDP

Ferreira Rocha. Na outra ponta, a ARMBH oferece o suporte institucional necessário para

facilitar os contatos técnicos entre os representantes do Consórcio e os agentes

relacionados.

A estratégia de Comunicação e Engajamento está, então, desenhada para facilitar tanto o

processo de levantamento de planos, projetos e programas quanto para estabelecer

espaços de diálogo para troca de experiências e expectativas, validação de resultados

parciais e identificação de fatores socioculturais que podem interferir na futura

implementação do Plano.

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A construção participativa é um processo crescente, pois, quanto mais o diálogo é

consolidado, maior é a complexidade da rede que envolve os agentes. Isso quer dizer que

a expectativa é que haja um aumento da demanda por ferramentas de Comunicação e

Engajamento. Para os próximos passos, o Consórcio IDP Ferreira Rocha seguirá agindo

de forma alinhada com a ARMBH, para que o Plano seja elaborado com a

representatividade necessária.

2.1.1.1 - Mapeamento das Partes Interessadas

À medida que foi sendo compreendida a complexidade da gestão e gerenciamento dos

RSS, desde o levantamento legal e normativo, passando pelas referências bibliográficas e

levantamentos técnicos e acadêmicos, foram sendo constantemente mapeados os

stakeholders envolvidos. Constam nessa listagem agentes vinculados a empresas

coletoras e transportadoras, de tratamento, destinação ou disposição final dos resíduos,

prefeituras, agências e órgãos governamentais, sindicatos, associações, universidades e

centros de pesquisa, entre outros.

O mapeamento gerou uma Matriz de Stakeholders, que é complementada e continuamente

aprimorada com o andamento dos trabalhos, desde o começo das atividades e continuará

durante a condução das fases subsequentes. Há que se ressaltar que a participação das

partes interessadas e a qualidade das informações por elas fornecidas é que contribuem

efetivamente para a consolidação do diagnóstico e as etapas subsequentes de elaboração

do Plano.

2.1.1.2 - Atividades de Interação e Engajamento

No período de fevereiro a julho de 2014, para fomentar a participação das partes

interessadas, foram criadas algumas oportunidades de diálogo com diferentes públicos. O

tipo de interação – workshop, reuniões de sensibilização e visitas técnicas - é definido de

acordo com as características de cada grupo de stakeholders, para que possa haver as

trocas de informação da maneira mais eficiente possível.

Workshops

Os workshops2 são momentos de interação abertos à participação de interessados, sejam

representantes dos municípios, estudiosos, empresários ou populares. Para essas

reuniões são enviados convites e feita uma sensibilização para a participação junto aos

interessados que constam no mailing da ARMBH e na matriz de stakeholders deste

trabalho. Foram realizados, até o momento, dois workshops, sendo o primeiro em abril,

com o objetivo de formalizar o início do trabalho, e o segundo em julho de 2014, para

apresentar os resultados preliminares do diagnóstico e coletar as percepções dos

participantes tanto sobre a validação das informações apresentadas quanto sobre as

expectativas que depositam sobre o Plano.

O primeiro workshop foi realizado na Cidade Administrativa do Estado de Minas Gerais.

Foi feita a contextualização do Plano com o objetivo de convidar os participantes – gestores

2 No Plano de Trabalho estão previstas três reuniões públicas, uma ao final de cada Fase, para apresentar os resultados. Foi definido junto à ARMBH que todos os encontros de participação aberta, sejam eles em qualquer momento, serão chamados workshops.

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públicos, agências, entidades, iniciativa privada, acadêmicos e representantes da

sociedade civil – a contribuir na elaboração do trabalho. O workshop contou com 125

participantes e, como resultado, ficou claro o interesse e a disponibilidade da maioria para

contribuir na busca de uma gestão regionalizada dos RSS e RCCV.

O segundo workshop, “Construindo o Diagnóstico dos Resíduos da Construção Civil e

Volumosos (RCCV) e dos Resíduos dos Serviços de Saúde (RSS) na RMBH e Colar

Metropolitano”, foi realizado no dia 01 de julho no auditório do BDMG, em Belo Horizonte.

Participaram do evento cerca de 120 pessoas. A estratégia de realizar este workshop para

apresentação dos dados preliminares antes do encerramento da Fase 01 (a data prevista

no Plano de Trabalho era após a conclusão do diagnóstico) foi de suma importância para

corroborar com a construção participativa e validação da metodologia de trabalho e dos

dados e informações até o momento levantados. Apresentar preliminarmente os resultados

contribuiu, inclusive, para o fortalecimento da credibilidade do processo participativo, e para

incentivar o comprometimento dos participantes e a disponibilidade em colaborar e

compartilhar informações. A realização deste workshop permitiu agilizar o agendamento

de visitas técnicas – já planejadas ou novas – para levantamento de dados primários, assim

como incentivou manifestações para compartilhamento de informações.

Foi possível perceber um maior envolvimento dos participantes numa comparação entre

os dois workshops. O trabalho para a elaboração do Plano se tornou mais conhecido, uma

vez que vários participantes receberam os questionários e/ou debateram sobre este

diagnóstico em outras oportunidades de interação. Esse maior conhecimento possibilitou

que fossem feitas perguntas objetivas, tanto sobre metodologia quanto sobre resultados

esperados. O segundo workshop foi, ainda, uma relevante oportunidade de identificação

de novos dados e informações fundamentais que foram considerados na elaboração deste

diagnóstico.

Reuniões de Sensibilização

As reuniões de sensibilização foram realizadas com grupos específicos que podem

contribuir tanto no levantamento de dados e informações, quanto na troca de experiências

e na validação dos resultados.

A ARMBH compõe o Sistema de Gestão Metropolitana do Estado de Minas Gerais,

formando uma tríade com a Assembleia Metropolitana e o Conselho Deliberativo de

Desenvolvimento Metropolitano. Sendo assim, a primeira reunião de sensibilização foi

realizada junto ao Conselho Deliberativo, que tem representantes da RMBH, em fevereiro,

a fim de apresentar formalmente o Plano e convidar os presentes à construção

participativa.

Visitas técnicas

As visitas técnicas são instrumentos para complementação de dados secundários e

levantamento de dados primários. Os representantes do Consórcio IDP Ferreira Rocha

foram a municípios, empresas e entidades a fim de cumprir essa proposição técnica, mas,

além do que estava proposto, essas visitas foram também um importante espaço de

engajamento, esclarecimento e sensibilização. Em síntese, as visitas técnicas, cuja

metodologia será detalhada na seção de levantamento de dados primários deste relatório,

se mostraram eficientes ferramentas de interação, tanto para os stakeholders, que

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puderam compreender melhor o Plano e seu processo de elaboração, quanto para os

representantes do Consórcio, que praticaram a observação analítica dos ambientes e

puderam perceber como se dá a organização efetiva da gestão e do gerenciamento dos

resíduos.

2.1.2. Levantamento de Dados Secundários e Análise Bibliográfica

Para a elaboração dos Produtos relacionados na Fase 01, bem como aqueles das demais

Fases, foram levantadas e analisadas referências bibliográficas com base em trabalhos já

realizados sobre RSS, com destaque para aquelas referências que levaram em

consideração a RMBH e o Colar Metropolitano de Belo Horizonte como área de estudo.

A expectativa é a utilização dessas informações (dados secundários), aproveitando os

investimentos já realizados, para compor a Fase 01 – Diagnóstico da Situação Atual,

podendo ocorrer verificações e complementações desse Diagnóstico com base em

informações primárias de planos, projetos e programas, a serem obtidos com a aplicação

de questionários estruturados e visitas técnicas, conforme metodologia detalhada na

sequência.

O trabalho iniciou-se com o levantamento de informações em fontes secundárias diversas, buscando identificar os planos, projetos e programas referentes aos RSS, mas também contemplando os Resíduos Sólidos Urbanos (RSU).

Nesta mesma linha, foram consultadas outras referências de trabalhos acadêmicos e estudos desenvolvidos junto ao Governo do Estado de Minas Gerais e também algumas iniciativas relevantes na esfera nacional.

A partir da obtenção dos dados secundários, estes foram organizados em formato de

Quadros com os tipos de planos, programas, projetos e ações relacionados a resíduos

sólidos e RSS desenvolvidos no âmbito do poder público e privado compondo os dados e

informações do Bando de Dados da Fase 01: Diagnóstico da Situação Atual dos RSS na

Região Metropolitana e Colar Metropolitano de Belo Horizonte.

Estes Quadros são estruturados e preenchidos com as seguintes colunas: (i) Planos,

programas, projetos e ações; (ii) Tema / Referências; (iii) Informações; e (iv) Avaliação de

aplicabilidade para o Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em

Resíduos do Serviço de Saúde (RSS).

2.1.3. Levantamento de Dados Primários

O levantamento primário dos planos, projetos e programas, a fim de complementar as

informações secundárias, seguiu as definições acordadas pelo Consórcio IDP Ferreira

Rocha e a ARMBH, respeitando as limitações contratuais, teve como finalidade buscar

aprimoramento do Diagnóstico. Este levantamento primário foi realizado seguindo

metodologia de elaboração e aplicação de questionários e realização de visitas técnicas

conforme detalhamento apresentado a seguir.

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2.1.1.3 - Elaboração e Aplicação dos Questionários

Os questionários encaminhados aos agentes implicados na gestão e no gerenciamento

dos RSS tiveram como objetivo trabalhar com informações individualizadas de municípios,

instituições, empresas, entidades e órgãos governamentais diretamente implicados nos

processos de gestão e gerenciamento destes resíduos que, além de dar subsídios ao

diagnóstico da situação atual, contribuirão para a elaboração tanto do Produto 01

(Geração, Fontes Geradoras e Custos) quanto do Produto 02 (Planos, Programas e

Projetos Atuais) integrantes do projeto.

Ressalta-se que os questionários foram estruturados de acordo com as etapas de

gerenciamento de resíduos para complementação dos dados e informações do Produto 01

e identificação dos planos, projetos e programas objeto do Produto 02. A elaboração dos

questionários foi feita com base nos dados da metodologia de trabalho da Proposta Técnica

- Cooperação Técnica: ATN/OC 13092-BR, do TR para o trabalho e do Plano de Trabalho

Atualizado.

Para envio dos questionários, os stakeholders foram individualizados em quatro grupos,

com questionários específicos, e ainda separados pelo tipo de resíduos.

A seguir são apresentados os 4 (quatro) grupos:

Grupo 1: Empresas coletoras e transportadoras de resíduos;

Grupo 2: Empresas de tratamento e destinação/disposição final de resíduos;

Grupo 3: Prefeituras; e

Grupo 4: Agências reguladoras, sindicatos e associações.

Em 12/05/2014, a ARMBH iniciou o processo de envio dos questionários para as partes

interessadas com expectativa de retorno até o dia 10/06/2014. Porém este prazo foi

prorrogado até 11/07/2014. A partir desta data, os dados e informações recebidos por meio

desses questionários foram consolidados. Ressalta-se que, apesar do vencimento do

prazo final estabelecido para recebimento dos questionários, o Consorcio IDP Ferreira

Rocha vem recebendo e compilando questionários enviados intempestivamente.

2.1.1.4 - Visitas Técnicas aos Municípios e Reuniões com as Partes Interessadas

Paralelamente à aplicação dos questionários, foram iniciados contatos telefônicos e

realização de reuniões de trabalho com as partes interessadas, buscando esclarecer e

dirimir dúvidas sobre o preenchimento do questionário aplicado, identificando planos,

projetos e programas complementares, possibilitando complementar as informações

registradas nos Quadros de planos, projetos e programas.

Em termos de operacionalização, foram contatados pelo Consorcio IDP Ferreira Rocha,

sequencialmente, os Grupos 4 (quatro), 2 (dois) e 1 (um), visando o agendamento de

reuniões com os grupos focais. A expectativa era a de que as agências e órgãos

governamentais, sindicatos, associações, universidades e centros de pesquisa, integrantes

do Grupo 4, possuíssem informações coletivas e organizadas capazes de serem incluídas

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no Produto 01, bem como neste Produto e, se pertinentes, utilizadas em outras etapas da

elaboração do Plano.

As visitas técnicas planejadas para as Prefeituras, Grupo 3 (Três), seguiram o critério de

amostragem baseado em faixas populacionais e adaptando metodologia adotada pelo

Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA - 2012). No presente caso, foram

consideradas subdivisões em faixas menores devido ao fato de 30 (trinta) municípios da

RMBH e Colar Metropolitano (60% dos municípios da área de estudo) possuírem

populações inferiores a 30.000 habitantes.

Em função das características populacionais dos municípios que compõem a RMBH e

Colar Metropolitano de Belo Horizonte foram selecionadas as faixas populacionais a serem

consideradas para o planejamento das visitas técnicas. O Quadro 2-1 a seguir apresenta

os municípios selecionados para realização de visitas técnicas em função da faixa

populacional.

Quadro 2-1- Municípios selecionados para a realização de visitas técnicas

Faixa Populacional Total de

municípios Municípios amostrados

Municípios selecionados

Até 5 mil habitantes 5 2 Funilândia

Moeda

De 5 mil a 10 mil habitantes 14 3 Belo Vale

Baldim Itatiaiuçu

De 10 mil a 30 mil habitantes 11 2 São Joaquim de Bicas

Jaboticatubas

De 30 mil a 100 mil habitantes

11 2 Itabirito Itaúna

De 100 mil a 500 mil habitantes

7 2 Santa Luzia Vespasiano

De 500 mil a 1milhão habitantes

1 1 Contagem

> 1milhão habitantes 1 1 Belo Horizonte Nota: Os municípios indicados acima poderiam ser outros de acordo com os dados disponibilizados nos questionários e

avaliação da necessidade de se visitar outros municípios. Porém, a opção pela visita foi feita a partir de definições com a

própria ARMBH.

Fonte: Elaboração Própria. Consórcio IDP Ferreira Rocha, 2014.

Em linhas gerais, a escolha aqui relatada foi pautada na abrangência das faixas

populacionais dos municípios presentes na RMBH e Colar Metropolitano de Belo Horizonte,

bem como a consideração da distribuição espacial dos mesmos. Cabe ressaltar que a

seleção dos municípios considerou, além dos critérios metodológicos definidos, a

manifestação de interesse dos mesmos em receber o Consórcio IDP Ferreira Rocha para

a realização da visita técnica. Estas manifestações ocorreram durante a realização do II

Workshop “Construindo o Diagnóstico dos RSS e RCCV na RMBH e Colar Metropolitano”,

realizado no dia 01/07/2014.

A partir da obtenção dos dados primários, as informações compuseram os Quadros que

sistematizam as informações secundarias dos planos, programas, projetos e ações

conforme metodologia já apresentada.

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LEVANTAMENTO DE DADOS

Este item trata da identificação dos atuais planos, programas, projetos e ações

desenvolvidos pelos agentes públicos e privados, com relação aos RSS nos municípios da

RMBH e Colar Metropolitano. Foram identificadas também as políticas e planos existentes

no âmbito federal, estadual, regional e municipal para Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) e

Resíduos de Serviços de Saúde (RSS).

Inicialmente é feita uma abordagem das principais informações encontradas na legislação

e normas aplicáveis que prevê a elaboração de planos, programas, projetos e ações seja

para o setor público ou privado. Em seguida, são apresentadas informações dos planos,

programas, projetos e ações identificados atualmente.

3.1. Instrumentos Legais e Normativos

Foram consultados instrumentos legais e normativos (Leis e Decretos, Resoluções,

Deliberações Normativas e Normas) para levantamento de informações sobre planos,

programas, projetos e ações.

Em relação à legislação atual foram avaliadas aquelas que indicam a obrigatoriedade de

elaboração de planos e programas sejam pela iniciativa pública ou privada. A partir da

avaliação da demanda da existência de planos e programas poderão avaliados quais

destes são existentes.

No Quadro 3-1 é apresentado um resumo com as principais leis e normas aplicáveis aos

RSU e RSS que demandam elaboração de planos e programas em âmbito federal.

No Brasil, a ANVISA e o CONAMA têm assumido o papel de orientar, definir regras e

regular a conduta dos diferentes geradores de resíduos de serviços de saúde, bem como

as etapas do correto gerenciamento dos RSS (MINAS GERAIS, 2008).

Em dezembro de 2004, a ANVISA publicou a RDC nº 306 (BRASIL, 2004), que dispõe

sobre o Regulamento Técnico para o gerenciamento dos resíduos de serviços de saúde e,

em abril de 2005, o CONAMA publicou a Resolução nº 358 (BRASIL, 2005a), que dispõe

sobre o tratamento e disposição final desses resíduos (MINAS GERAIS, 2008). A RDC

ANVISA no 306/04 e a Resolução CONAMA no 358/05 indicam as competências e

responsabilidades para o gerenciamento dos RSS, desde a geração até a disposição final.

Para a elaboração dessas normativas nacionais foram desenvolvidos trabalhos conjuntos

pelos agentes dos sistemas de saúde e de meio ambiente, que compatibilizaram

regulamentos intra e extraestabelecimentos que atendessem às necessidades da proteção

à saúde ocupacional, higiene e segurança dos estabelecimentos de atendimento à saúde

humana e animal e à preservação ambiental.

Em Minas Gerais, o COPAM publicou a Deliberação Normativa (DN) nº 97 de 2006,

modificada pela DN COPAM nº 171 de 2011 (MINAS GERAIS, 2011a), que estabelece as

diretrizes para sistemas de tratamento e disposição final adequada dos RSS. Em âmbito

estadual, cabe mencionar também a Lei Estadual nº 14.128/2001 sobre a Política Estadual

de Reciclagem de Materiais.

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No Quadro 3-2 é apresentado um resumo com as principais leis e normas aplicáveis aos

RSU e RSS que demandam elaboração de planos e programas em âmbito estadual.

A maioria dos municípios da RMBH e Colar Metropolitano de Belo Horizonte não possui

legislação específica sobre resíduos de serviços de saúde. Alguns municípios têm

legislação que inclui os resíduos sólidos urbanos quando abordam a limpeza urbana,

entretanto esta legislação sobre RSU nos municípios não será abordada neste contexto. O

município de Belo Horizonte possui legislação específica para RSS.

No Quadro 3-3 é apresentado um resumo com as principais leis e normas aplicáveis aos

RSU e RSS que demandam elaboração de planos, programas e projetos em âmbito

municipal.

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Quadro 3-1 - Principais instrumentos legais e normativos (Leis e Decretos, Resoluções, Deliberações Normativas e Normas) para levantamento de informações sobre planos, programas, projetos e ações em Âmbito Federal.

Legislação / Norma

Ementa / Tema / Fonte

Informações Avaliação de aplicabilidade para

o Plano Metropolitano

RS

U Lei Federal nº

11.445/2007 - Saneamento Básico

Estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico.

Fonte: Brasil, 2007

Visa cobrir o déficit urbano apresentado pelos quatro componentes do saneamento básico: abastecimento de água potável; esgotamento sanitário; limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos; drenagem e manejo das águas pluviais urbanas. Os titulares dos serviços deverão formular a política pública de saneamento básico, e elaborar os Planos de Saneamento Básico, nos termos desta Lei.

Apesar dos planos de saneamento serem aplicáveis aos Resíduos Sólidos Urbanos (RSU), alguns municípios podem indicar diretrizes ou informações sobre os RSS nestes planos, sendo recomendável a avaliação no contexto da elaboração do Plano Metropolitano.

RS

U e

RS

S

Lei Federal nº 12.305/2010 - Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS)

Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências.

Fonte: Brasil, 2010a

Define sobre os Planos de Resíduos Sólidos Nacional, Estaduais, Regionais, Intermunicipais, Municipais e de gerenciamento de resíduos sólidos. Também, prevê a elaboração de PGRS para geradores de resíduos perigosos, conforme Artigo 20.

O Plano Metropolitano deverá avaliar os PGIRSU e PGIRSS dos municípios. Deverá ser verificado como os municípios abordam a aprovação e fiscalização dos PGRSS para os estabelecimentos geradores de RSS.

RS

S

RDC ANVISA nº 306/2004

Dispõe sobre o Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde.

Fonte: Brasil, 2004

Estabelece que todo gerador deve elaborar um Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRSS), baseado nas características dos resíduos gerados e na classificação dos RSS, estabelecendo as diretrizes de manejo dos RSS.

Os geradores de RSS devem possuir o PGRSS. Desta forma, o Plano Metropolitano deve levar em consideração as determinações específicas desta resolução.

RS

S Resolução

CONAMA nº 358/2005

Dispõe sobre o tratamento e a disposição final dos resíduos dos serviços de saúde e dá outras providências.

Fonte: Brasil, 2005a

De acordo com o Artigo 4o desta resolução os geradores de RSS, em operação ou a serem implantados, devem elaborar e implantar o PGRSS, de acordo com a legislação vigente, especialmente as normas da vigilância sanitária.

A Resolução estabeleceu ainda a obrigatoriedade da segregação da fonte e definiu especificidades do tratamento.

Os geradores de RSS devem possuir o PGRSS. Desta forma, o Plano Metropolitano deve levar em consideração as determinações específicas desta resolução.

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Legislação / Norma

Ementa / Tema / Fonte

Informações Avaliação de aplicabilidade para

o Plano Metropolitano R

ES

ÍDU

OS

Decreto nº 5.940/2006

Institui a separação dos resíduos recicláveis descartados pelos órgãos e entidades da administração pública federal direta e indireta, na fonte geradora, e a sua destinação às associações e cooperativas dos catadores de materiais recicláveis, e dá outras providências.

A implementação do Decreto constitui uma importante contribuição social e ambiental, pois são mais de 600 mil servidores, funcionários e prestadores de serviço, distribuídos em diversos órgãos, que juntos somam forças, para combater o grande desafio da sociedade brasileira: diminuir as desigualdades sociais, contribuindo para o desenvolvimento sustentável, a geração de oportunidade de renda e criando as condições necessárias para a construção de um Brasil para todos.

Em Minas Gerais, com relação aos RSS destaca-se a implantação na UFMG – Hospital das Clinicas e na Escola de Enfermagem.

A implementação do Decreto contribui para fortalecer os princípios da PNRS direcionando esforços para a segregação na fonte, para a destinação dos resíduos recicláveis e dos passiveis da logística reversa, bem como a inclusão sócio produtiva dos catadores de materiais recicláveis.

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Legislação / Norma

Ementa / Tema / Fonte

Informações Avaliação de aplicabilidade para

o Plano Metropolitano R

SS

Norma Regulamentadora 32 - MTE (NR 32)

Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde

Esta Norma Regulamentadora - NR tem por finalidade estabelecer as diretrizes básicas para a implementação de medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores dos serviços de saúde, bem como daqueles que exercem atividades de promoção e assistência à saúde em geral.

É uma norma regulamentadora que estabelece as diretrizes básicas para a implementação de medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores em serviços de saúde. Ela recomenda para cada situação de risco a adoção de medidas preventivas e a capacitação dos trabalhadores para o trabalho seguro.

A NR-32 dispõe que a responsabilidade é solidária (ou seja, compartilhada) entre contratantes e contratados quanto ao cumprimento desta NR, o que significa que ela deve ser observada também para os trabalhadores das empresas contratadas inclusive cooperados. Importante para a sua efetiva aplicação, é a consciência e participação dos trabalhadores, através das Comissões Institucionais de caráter legal e técnico, entre as quais, a CIPA (instituições privadas); COMSAT’S (instituições públicas), SESMT (Serviço Especializado em Engenharia e Segurança do Trabalho) e a CCIH (Comissão de Controle e Infecção Hospitalar), além dos eventos específicos, como as Semanas Internas de Prevenção de Acidentes de Trabalho – SIPAT’s.

A NR-32 abrange as situações de exposição à riscos para a saúde do profissional, à saber: dos riscos biológicos; dos riscos químicos; da radiação ionizante.

A NR-32 abrange ainda a questão da obrigatoriedade da vacinação do profissional de enfermagem (tétano, hepatite e o que mais estiver contido no PCMSO, com reforços pertinentes, conforme recomendação do Ministério da Saúde, devidamente registrada em prontuário funcional com comprovante ao trabalhador.

O atendimento a esta norma permite o dimensionamento dos investimentos na implementação dos empreendimentos de saúde e as orientações para segurança no gerenciamento dos RSS dando suporte para diretrizes do Plano.

Fonte: Elaboração Própria. Consórcio IDP Ferreira Rocha, 2014

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Quadro 3-2 - Principais instrumentos legais e normativos (Leis e Decretos, Resoluções, Deliberações Normativas e Normas) para levantamento de informações sobre planos, programas, projetos e ações em Âmbito Estadual.

Legislação / Norma

Ementa / Tema Informações Avaliação de aplicabilidade para o

Plano Metropolitano

RS

S

DN COPAM nº 171 de 2011

Estabelece as diretrizes para sistemas de tratamento e disposição final adequada dos RSS. Fonte: Minas Gerais, 2011a

A DN COPAM no 171/2011 não aborda os planos e programas, entretanto de acordo com o Artigo 16 a unidade de tratamento e de disposição final que recebe RSS deve apresentar à FEAM, a Declaração da Gestão de Resíduos de Serviços de Saúde, sendo que a partir de 2013 ocorreu a obrigatoriedade de apresentação anual desta declaração. “As informações contidas nas declarações serão armazenadas em banco de dados e subsidiarão a elaboração e divulgação, pela FEAM, de relatórios consolidados contendo as estratégias adotadas para gestão de RSS”.

As informações futuras a serem publicadas pela FEAM nos relatórios consolidados contendo as estratégias adotadas para gestão de RSS, serão importantes para o Plano Metropolitano, para se ter um alinhamento com as diretrizes estaduais.

RS

U /

RS

S

A Lei Estadual no 14.128/2001

Dispõe sobre a Política Estadual de Reciclagem de Materiais. Fonte: Minas Gerais, 2001

Dispõe sobre a Política Estadual de Reciclagem de Materiais, e tem o objetivo de incentivar o uso, a comercialização e a industrialização de materiais recicláveis. Também visa incentivar o desenvolvimento ordenado de programas municipais de reciclagem de materiais.

O Plano poderá prever a reciclagem dos resíduos do Grupo D, quando possível, bem como daqueles do Grupo B que podem ser reaproveitados ou reciclados (óleos, lâmpadas fluorescentes, baterias, etc.), sendo necessário avaliar os programas municipais de reciclagem e ações previstas.

Fonte: Elaboração Própria. Consórcio IDP Ferreira Rocha, 2014

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Quadro 3-3 - Principais instrumentos legais e normativos (Leis e Decretos, Resoluções, Deliberações Normativas e Normas) para levantamento de informações

sobre planos, programas, projetos e ações em Âmbito Municipal. Legislação /

Norma Ementa / Tema Informações

Avaliação de aplicabilidade para o Plano Metropolitano

RS

S

Decreto Municipal nº 12.165/2005

Aprova as diretrizes básicas e o regulamento técnico para o plano de gerenciamento de resíduos de serviços de saúde no município e dá outras providências”. Este decreto revogou o Decreto 10296/2000. Fonte: Belo Horizonte, 2005.

Em Belo Horizonte, os estabelecimentos geradores de RSS, públicos ou privados, a serem implantados e em funcionamento, devem apresentar o Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS) às autoridades municipais de meio ambiente, de saúde e de limpeza urbana, para fins de aprovação. O PGRSS deve contemplar o Plano de Gerenciamento de Resíduos de cada Grupo (A, B, D, E) separadamente, quando houver geração de resíduos dos grupos. Além disso, deve existir um plano de minimização dos RSS do Grupo D.

Os geradores de RSS devem elaborar e implementar o PGRSS que será submetido a aprovação dos órgãos responsáveis indicados neste decreto. Desta forma, o Plano Metropolitano deve levar em consideração as determinações específicas em nível municipal.

RS

S

Portaria 127/2008 SLU/PBH

Norma Técnica que estabelece as características de localização, construtivas e os procedimentos para uso do sistema de armazenamento externo de resíduos sólidos em estabelecimentos geradores de resíduos de serviços de saúde.

Fixa critérios de localização, construtivos e procedimentos de uso para o sistema de armazenamento externo de resíduos sólidos, no município de Belo Horizonte, e se aplica aos estabelecimentos geradores de resíduos de serviços de saúde de quaisquer um dos grupos A, B, D e E, classificados conforme Resoluções ANVISA 306/04 e CONAMA 358/05.

A Portaria orientará as proposições a serem apresentadas pelo Plano de sistemas de armazenamento externo de RSS.

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Legislação / Norma

Ementa / Tema Informações Avaliação de aplicabilidade para o

Plano Metropolitano

RS

S

Decreto Municipal nº 13.892/2010

Aprova a Tabela de Preços Públicos de Serviços Extraordinários de Limpeza da Superintendência de Limpeza Urbana de Belo Horizonte - SLU.

Aprovada a Tabela de Preços Públicos de Serviços Extraordinários de Limpeza da Superintendência de Limpeza Urbana de Belo Horizonte – SLU e revoga o Decreto nº 12.066, de 09 de junho de 2005.

A tabela de preços inclui tarifas para analise de planos de gerenciamento de RSS, coleta de RSS de estabelecimentos de saúde, aterragem de RSS para subsidiar a implantação de cobrança de tarifas na gestão e gerenciamento de RSS nos demais municípios da RMBH.

Fonte: Elaboração Própria. Consórcio IDP Ferreira Rocha, 2014

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3.1.1. Âmbito Federal

Lei Federal nº 11.445/2007 - Saneamento Básico

A Lei 11.445 de 5 de Janeiro de 2007 estabelece diretrizes nacionais para o saneamento

básico; altera as Leis nº 6.766, de 19 de dezembro de 1979, 8.036, de 11 de maio de 1990,

8.666, de 21 de junho de 1993, 8.987, de 13 de fevereiro de 1995; revoga a Lei no 6.528,

de 11 de maio de 1978; e dá outras providências (BRASIL, 2007).

Visa cobrir o déficit urbano apresentado pelos quatro componentes do saneamento básico:

abastecimento de água potável; esgotamento sanitário; limpeza urbana e manejo de

resíduos sólidos; drenagem e manejo das águas pluviais urbanas.

Considera como limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos: “conjunto de atividades,

infraestruturas e instalações operacionais de coleta, transporte, transbordo, tratamento e

destino final do lixo doméstico e do lixo originário da varrição e limpeza de logradouros e

vias públicas”.

Esta Lei estabelece como diretrizes para a prestação dos serviços públicos de limpeza

urbana e manejo de resíduos sólidos: o planejamento, a regulação e fiscalização, a

prestação de serviços com regras, a exigência de contratos precedidos de estudo de

viabilidade técnica e financeira, definição de regulamento por lei, definição de entidade de

regulação, e controle social assegurado. São incluídos como princípios a universalidade e

integralidade na prestação dos serviços, e também a interação com outras áreas como

recursos hídricos, saúde, meio ambiente e desenvolvimento urbano.

Ressalta-se que os titulares dos serviços deverão formular a política pública de

saneamento básico, e elaborar os Planos de Saneamento Básico, nos termos desta Lei.

Lei Federal n° 12.305/2010 - Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS)

A Lei Federal nº 12.305 de 02 de agosto de 2010, Lei da Política Nacional de Resíduos

Sólidos (PNRS), foi um marco legal direcionador para todas as políticas de resíduos sólidos

no país, foi regulamentada pelo Decreto no 7404/2010, e inovou em vários aspectos

relativos à gestão de resíduos.

A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) indica como um de seus objetivos a “não

geração, redução, reutilização, reciclagem e tratamento dos resíduos sólidos, bem como

disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos – Art 7º” (BRASIL, 2010).

Em seu Capítulo II, a PNRS define sobre os Planos de Resíduos Sólidos abaixo

relacionados:

I – o Plano Nacional de Resíduos Sólidos;

II – os planos estaduais de resíduos sólidos;

III – os planos microrregionais de resíduos sólidos e os planos de resíduos sólidos de

regiões metropolitanas ou aglomerações urbanas;

IV – os planos intermunicipais de resíduos sólidos;

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V – os planos municipais de gestão integrada de resíduos sólidos; e

VI – os planos de gerenciamento de resíduos sólidos. (BRASIL, 2010a).

Os geradores de resíduos de serviços de saúde (RSS) estão sujeitos à elaboração de plano

de gerenciamento de resíduos sólidos, conforme definido no Art. 20º desta lei, sendo o

conteúdo mínimo deste plano apresentado no Art. 21º, conforme apresentado a seguir:

I - descrição do empreendimento ou atividade;

II - diagnóstico dos resíduos sólidos gerados ou administrados, contendo a origem, o

volume e a caracterização dos resíduos, incluindo os passivos ambientais a eles

relacionados;

III - observadas as normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama, do SNVS e do Suasa

e, se houver, o plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos:

a) explicitação dos responsáveis por cada etapa do gerenciamento de resíduos sólidos;

b) definição dos procedimentos operacionais relativos às etapas do gerenciamento de

resíduos sólidos sob responsabilidade do gerador;

IV - identificação das soluções consorciadas ou compartilhadas com outros geradores;

V - ações preventivas e corretivas a serem executadas em situações de gerenciamento

incorreto ou acidentes;

VI - metas e procedimentos relacionados à minimização da geração de resíduos sólidos e,

observadas as normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama, do SNVS e do Suasa, à

reutilização e reciclagem;

VII - se couber, ações relativas à responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos

produtos, na forma do art. 31;

VIII - medidas saneadoras dos passivos ambientais relacionados aos resíduos sólidos;

IX - periodicidade de sua revisão, observado, se couber, o prazo de vigência da respectiva

licença de operação a cargo dos órgãos do Sisnama.

§ 1o O plano de gerenciamento de resíduos sólidos atenderá ao disposto no plano

municipal de gestão integrada de resíduos sólidos do respectivo Município, sem prejuízo

das normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama, do SNVS e do Suasa.

§ 2o A inexistência do plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos não obsta

a elaboração, a implementação ou a operacionalização do plano de gerenciamento de

resíduos sólidos.

§ 3o Serão estabelecidos em regulamento:

I - normas sobre a exigibilidade e o conteúdo do plano de gerenciamento de resíduos

sólidos relativo à atuação de cooperativas ou de outras formas de associação de catadores

de materiais reutilizáveis e recicláveis;

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II - critérios e procedimentos simplificados para apresentação dos planos de gerenciamento

de resíduos sólidos para microempresas e empresas de pequeno porte, assim

consideradas as definidas nos incisos I e II do art. 3o da Lei Complementar nº 123, de 14

de dezembro de 2006, desde que as atividades por elas desenvolvidas não gerem resíduos

perigosos. (BRASIL, 2010a)

O Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos deve fornecer a identificação

dos resíduos sólidos e dos geradores sujeitos ao plano de gerenciamento específico nos

termos do art. 20, ou a sistema de logística reversa, na forma do art. 33. No artigo 20 são

considerados os estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços que geram

resíduos perigosos. Também são aí considerados resíduos que, mesmo caracterizados

como não perigosos, por sua natureza, composição ou volume, não sejam equiparados

aos resíduos domiciliares pelo poder público municipal. Ou seja, os RSS estão incluídos

(BRASIL, 2010a).

Os municípios são responsáveis pela gestão dos resíduos, incluindo os RSS; já o

gerenciamento dos resíduos é responsabilidade do gerador. Neste contexto, somente

quando possuem estabelecimentos de saúde sob sua responsabilidade e, portanto atuam

como geradores, devem elaborar, aprovar, implantar, monitorar e avaliar os PGRSS.

RDC ANVISA n° 306/2004

De acordo com a RDC ANVISA n° 306/2004, o Plano de Gerenciamento de Resíduos de

Serviços de Saúde (PGRSS) é “o documento que aponta e descreve as ações relativas ao

manejo dos resíduos sólidos, observadas suas características e riscos, no âmbito dos

estabelecimentos, contemplando os aspectos referentes à geração, segregação,

acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte, tratamento e disposição final, bem

como as ações de proteção à saúde pública e ao meio ambiente”.

Segundo a RDC ANVISA 306/2004, todo gerador deve elaborar um PGRSS, baseado nas

características dos resíduos gerados e na classificação dos RSS, estabelecendo as

diretrizes de manejo dos RSS. “O PGRSS elaborado deve ser compatível com as normas

locais relativas à coleta, transporte e disposição final dos resíduos gerados nos serviços

de saúde, estabelecidas pelos órgãos locais responsáveis por estas etapas” (BRASIL,

2004).

RDC ANVISA 306/2004 estabelece que compete aos serviços geradores de RSS (BRASIL,

2004):

A elaboração do PGRSS, obedecendo a critérios técnicos, legislação ambiental,

normas de coleta e transporte dos serviços locais de limpeza urbana e outras

orientações deste Regulamento.

Manter cópia do PGRSS disponível para consulta sob solicitação da autoridade

sanitária ou ambiental competente, dos funcionários, dos pacientes e do público em

geral.

A designação de profissional, com registro ativo junto ao seu Conselho de Classe,

com apresentação de Anotação de Responsabilidade Técnica-ART, ou Certificado

de Responsabilidade Técnica ou documento similar, quando couber, para exercer

a função de Responsável pela elaboração e implantação do PGRSS.

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A designação de responsável pela coordenação da execução do PGRSS de acordo

com os critérios estabelecidos nesta Resolução.

Prover a capacitação e o treinamento inicial e de forma continuada para o pessoal

envolvido no gerenciamento de RSS e exigir a comprovação de capacitação e

treinamento dos funcionários das empresas prestadoras de serviço terceirizadas

que atuem em quaisquer etapas do gerenciamento de RSS. O desenvolvimento e

a implantação de programas de capacitação devem abranger todos os profissionais

envolvidos com quaisquer fases do gerenciamento dos RSS (geradores de RSS,

setores de higienização e limpeza, a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar

- CCIH, Comissões Internas de Biossegurança, os Serviços de Engenharia de

Segurança e Medicina no Trabalho - SESMT, Comissão Interna de Prevenção de

Acidentes- CIPA).

Monitorar e avaliar seu PGRSS.

Resolução CONAMA n° 358/2005

A Resolução CONAMA n° 358/2005 dispõe sobre o tratamento e a disposição final dos

resíduos dos serviços de saúde e dá outras providências.

A Resolução CONAMA n° 358/2005 define o Plano de Gerenciamento de Resíduos de

Serviços de Saúde (PGRSS) como um “documento integrante do processo de

licenciamento ambiental, baseado nos princípios da não geração de resíduos e na

minimização da geração de resíduos, que aponta e descreve as ações relativas ao seu

manejo, no âmbito dos serviços mencionados no art. 1o desta Resolução, contemplando

os aspectos referentes à geração, segregação, acondicionamento, coleta,

armazenamento, transporte, reciclagem, tratamento e disposição final, bem como a

proteção à saúde pública e ao meio ambiente”.

De acordo com o Artigo 4o desta resolução os geradores de RSS, em operação ou a serem

implantados, devem elaborar e implantar o PGRSS, de acordo com a legislação vigente,

especialmente as normas da vigilância sanitária. Portanto, deve-se seguir além desta

resolução, a RDC ANVISA 306/2004 e legislação municipal aplicável.

Os órgãos ambientais competentes dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios são

responsáveis por determinar quais serviços são passíveis de licenciamento ambiental, o

qual deverá constar o PGRSS (Artigo 4o § 1o - BRASIL, 2005a)

De acordo com o Artigo 24, parágrafo 1º da PNRS (Lei 12305/2010), cabe à autoridade

municipal a aprovação dos planos de gerenciamento de resíduos sólidos para os

empreendimentos ou atividades não sujeitas ao licenciamento ambiental pelo órgão

competente do Sisnama (BRASIL, 2010a).

Assim como a RDC ANVISA 306/2004, a Resolução CONAMA n° 358/2005 também exige que PGRSS seja elaborado por profissional de nível superior, habilitado pelo seu conselho de classe, com apresentação de Anotação de Responsabilidade Técnica – ART ou documento similar.

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3.1.2. Âmbito Estadual

A DN COPAM n° 171/2011 estabelece as diretrizes para sistemas de tratamento e

disposição final adequada dos RSS, indicando os tipos de sistemas aceitos ou não em

Minas Gerais.

De acordo com a DN COPAM n° 171/2011 (Art. 4º) é proibida a disposição de RSS em

lixões, aterros controlados, fossos, valas, manilhas ou realizar queima a céu aberto, em

Minas Gerais.

De acordo com o Artigo 16 da DN COPAM nº 171/ 2011 a unidade de tratamento e de

disposição final que recebe RSS deve apresentar à FEAM, a Declaração da Gestão de

Resíduos de Serviços de Saúde, sendo que a partir de 2013 ocorreu a obrigatoriedade de

apresentação anual desta declaração. “As informações contidas nas declarações serão

armazenadas em banco de dados e subsidiarão a elaboração e divulgação, pela FEAM,

de relatórios consolidados contendo as estratégias adotadas para gestão de RSS” (MINAS

GERAIS, 2011a).

Lei Estadual nº 14.128/2001 - Política Estadual de Reciclagem de Materiais

A Lei Estadual no 14.128/2001 dispõe sobre a Política Estadual de Reciclagem de

Materiais, e tem o objetivo de incentivar o uso, a comercialização e a industrialização de

materiais recicláveis (MINAS GERAIS, 2001).

A RDC ANVISA n° 306/2004 permite, mas não exige, a segregação para reciclagem para

os RSS do Grupo D. Tais resíduos podem ser destinados à reciclagem ou reutilização e a

identificação deve ser feita nos recipientes e nos abrigos de guarda de recipientes. Podem

ser usadas as definições de cor, símbolos e nomenclaturas da Resolução CONAMA nº

275/2001 ou outras formas segregação, acondicionamento e identificação dos recipientes

destes resíduos para fins de reciclagem, devendo estar contempladas no PGRSS.

Conforme apresentado no Art. 2º da Lei Estadual nº 14.128/2001, compete ao Poder

Executivo, cabendo à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento

Sustentável (SEMAD) coordenar as ações previstas neste artigo:

I - apoiar a criação de centros de prestação de serviços e de comercialização, distribuição

e armazenagem de material reciclável;

II - incentivar a criação de distritos industriais voltados para a indústria de reciclagem de

materiais;

III - incentivar o desenvolvimento ordenado de programas municipais de reciclagem de

materiais;

IV - promover campanhas de educação ambiental voltadas para a divulgação e a

valorização do uso de material reciclável e seus benefícios;

V - incentivar o desenvolvimento de projetos de utilização de material descartável ou

reciclável;

VI - promover, em articulação com os municípios, campanhas de incentivo à realização de

coleta seletiva de lixo.

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“Art. 3º - Para o cumprimento do disposto nesta Lei, poderão ser adotadas as seguintes

medidas:

I - concessão de benefícios, incentivos e facilidades fiscais estaduais, tais como:

a) Deferimento e suspensão da incidência do Imposto sobre Operações Relativas à

Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte

Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - lCMS;

b) regime de substituição tributária;

c) transferência de créditos acumulados do ICMS;

d) regime especial facilitado para o cumprimento de obrigação tributária acessória;

e) prazo especial para pagamento de tributos estaduais;

f) crédito presumido;

II - inserção de empresa de reciclagem em programa de financiamento com recursos de

fundos estaduais;

III - criação de área de neutralidade fiscal, com o objetivo de desonerar de tributação

estadual as operações e prestações internas e de importação realizadas por empresa cuja

atividade se relacione com a política de que trata esta lei;

IV - celebração de convênio de mútua colaboração com órgão ou entidade das

administrações federal, estadual ou municipal.”

3.1.3. Âmbito Municipal

Decreto Municipal n° 12.165/2005 de Belo Horizonte

O Decreto Municipal nº 12.165, de 15 de setembro de 2005 “aprova as diretrizes básicas e

o regulamento técnico para o plano de gerenciamento de resíduos de serviços de saúde

no município e dá outras providências”. Este decreto revogou o Decreto 10296/2000 (BELO

HORIZONTE, 2005).

A obrigatoriedade de aprovação do PGRSS em Belo Horizonte é estabelecida no Decreto

nº 9.859/1999.

O Decreto 12.165/2005 informa que a aprovação do PGRSS deve ser feita pelos órgãos

de meio ambiente, de saúde e de limpeza urbana, para fins de licenciamento ou obtenção

do Alvará de Autorização Sanitária.

A Resolução ANVISA RDC nº 306/ 2004 e a Resolução CONAMA nº 358/2005,

estabeleceram que o gerador é responsável pelo gerenciamento dos RSS, desde a

geração até a disposição final.

De acordo com o Artigo 3º do Decreto 12.165/2005 os estabelecimentos prestadores de

serviços de saúde, cuja geração de resíduos não apresenta risco potencial à saúde pública

e ao meio ambiente, são dispensados da apresentação do PGRSS, mediante a Declaração

prevista no Anexo III deste Decreto.

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Para os demais estabelecimentos geradores de RSS este decreto previa a obrigatoriedade

de adequação até 31 de dezembro de 2006 (Art. 4o, § 1º).

O PGRSS deve ser obrigatoriamente considerado no licenciamento ambiental dos

estabelecimentos geradores de RSS (Art. 5o).

O PGRSS dos estabelecimentos geradores de RSS que não são passíveis de

licenciamento ambiental deve ter aprovação no órgão municipal de vigilância sanitária e de

limpeza urbana, para fins de obtenção do Alvará de Autorização Sanitária (Parágrafo

único).

Em Belo Horizonte, os estabelecimentos geradores de RSS, públicos ou privados, a serem

implantados e em funcionamento, devem apresentar o PGRSS às autoridades municipais

de meio ambiente, de saúde e de limpeza urbana, para fins de aprovação. O PGRSS deve

contemplar o Plano de Gerenciamento de Resíduos de cada Grupo (A, B, D, E)

separadamente, quando houver geração de resíduos dos grupos. Além disso, deve existir

um plano de minimização dos RSS do Grupo D.

Novamente, se estabelece: (i) a responsabilidade dos geradores de RSS pelo

gerenciamento correto desde a geração até a disposição final; (ii) a exigência de

responsável técnico para implantação e operação dos estabelecimentos geradores, sendo

o profissional de nível superior, habilitado pelo seu Conselho de classe, com apresentação

de Anotação de Responsabilidade Técnica – ART ou documento similar; (iii) a

obrigatoriedade da segregação dos resíduos na fonte e no momento da geração, de acordo

com suas características, para fins de redução do volume dos resíduos a serem tratados e

dispostos, garantindo a proteção da saúde e do meio ambiente

3.2. PLANOS, PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES INDENTIFICADOS

Os planos, programas, projetos e ações abordam de formas distintas as questões de

educação ambiental, inserção de agentes de coleta e destinação, logística reversa e

reutilização, reciclagem, tratamento e disposição final dos resíduos de serviços de saúde

(RSS), sendo que em alguns casos são abordadas em conjunto e em outros de forma

separada. Destarte, inicialmente serão apresentados os planos, programas, projetos e

ações em conjunto e algumas vezes separadamente por município. Em seguida serão

abordados os itens com especificações separadamente por temas.

Para levantamento de informações sobre os planos, programas, projetos e ações

relacionados à RSS desenvolvidos por agentes públicos foram analisados no âmbito do

poder público: (i) os instrumentos legais e normativos, supracitados; e (ii) os próprios

planos, programas, projetos e ações, sendo estes muitas das vezes criados ou respaldados

pela legislação.

Apresenta-se a seguir os Quadros que consolidam as informações em colunas, com a

seguinte estratificação:

Título dos planos, programas, projetos e ações.

Tema/Referência.

Informações Diversas incluindo: Origem, Descrição, Custos operacionais,

Resultados alcançados,; Custos evitados, Investimentos.

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Avaliação de aplicabilidade para o Plano Metropolitano.

No Quadro 3-4, Quadro 3-5 e Quadro 3-6 são apresentados os resumos das informações

mais relevantes que serão posteriormente apresentadas, tendo em vista a diversidade de

ações desenvolvidas por agentes públicos e privados, identificados neste diagnóstico. O

Quadro 3-4 apresenta as informações em âmbito nacional, Quadro 3-5 apresenta as

informações em âmbito estadual, e o Quadro 3-6 apresenta as informações em âmbito

regional e municipal.

A coluna referente às Informações Diversas, na grande maioria dos Planos Programas,

Projetos e Ações identificados, foi bastante incompleta em função da falta de dados.

Contudo, optou-se por manter a listagem das informações inicialmente especificadas,

mesmo que não preenchidas, com vistas a subsidiar análises e avaliações quanto á

divulgação e comunicação dos trabalhos desenvolvidos, principalmente nas esferas

governamentais.

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Quadro 3-4 - Planos, programas, projetos e ações para RSU e RSS em Âmbito Federal.

Planos, programas,

projetos e ações

Tema / Referências

Informações Avaliação de

aplicabilidade para o Plano Metropolitano

RS

U Programa 1:

Saneamento básico integrado

Gestão e Gerenciamento de RSU Fonte: PLANSAB, 2013

Origem: Plano Nacional de Saneamento Básico - PLANSAB Descrição: Investimento em ações estruturais, visando cobrir o déficit urbano apresentado pelos quatro componentes do saneamento básico. Custos operacionais: Recursos onerosos e não onerosos em valores estimados de R$ 212 bilhões, para investimentos nos próximos 20 anos. Resultados alcançados: N.A. Custos evitados: N.A Investimentos: valores estimados em R$ 212 bilhões, para investimentos nos próximos 20 anos.

Deve-se apenas avaliar se existem diretrizes para RSS, pois o PLANSAB contempla apenas RSU.

RS

U

Programa 2: Saneamento rural

Saneamento rural Fonte: PLANSAB, 2013

Origem: Plano Nacional de Saneamento Básico - PLANSAB Descrição: Atender, por ações de saneamento básico, a população rural e as comunidades tradicionais, como as indígenas e quilombolas e as reservas extrativistas. Custos operacionais: Principalmente com recursos não onerosos, não se descartando o aporte de recursos onerosos, em valores estimados de R$ 22,7 bilhões, para investimentos nos próximos 20 anos Resultados alcançados: N.A Custos evitados: N.A Investimentos: Valores estimados em R$ 22,7 bilhões, para investimentos nos próximos 20 anos.

Deve-se apenas avaliar se existem diretrizes para RSS, pois o PLANSAB contempla apenas RSU.

RS

U Programa 3:

Saneamento estruturante

Saneamento estruturante Fonte: PLANSAB, 2013

Origem: Plano Nacional de Saneamento Básico - PLANSAB Descrição: Apoio à gestão pública dos serviços, visando criar condições de sustentabilidade para o adequado atendimento populacional e financiar medidas estruturantes para o saneamento básico municipal. Custos operacionais: Principalmente com recursos não onerosos, não se descartando o aporte de recursos onerosos, em valores estimados de R$ 65 bilhões, para investimentos nos próximos 20 anos. Resultados alcançados: N.A Custos evitados: N.A Investimentos: Valores estimados em R$ 65 bilhões, para investimentos nos próximos 20 anos.

Deve-se apenas avaliar se existem diretrizes para RSS, pois o PLANSAB contempla apenas RSU.

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Planos,

programas, projetos e ações

Tema / Referências

Informações Avaliação de

aplicabilidade para o Plano Metropolitano

RS

U Programas

Resíduos Sólidos Urbanos

Gestão e Gerenciamento de RSU Fonte: PLANSAB, 2013

Origem: Plano Nacional de Saneamento Básico - PLANSAB Descrição: Objetivo de ampliar a área de cobertura e eficiência dos serviços públicos de manejo de resíduos sólidos, com ênfase no encerramento de lixões, na redução, no reaproveitamento e na reciclagem de materiais, por meio da inclusão socioeconômica de catadores. Custos operacionais: N.A. Resultados alcançados: N.A. Custos evitados: N.A. Investimentos: N.A.

Deve-se apenas avaliar se existem diretrizes para RSS, pois o PLANSAB contempla apenas RSU.

RE

SÍD

UO

S

Programa Nacional de Educação Ambiental (ProNEA)

Educação Ambiental Fonte: Brasil, 2005b.

Origem: Lei Federal no 9.795 de 27 de abril de 1999 que incentiva a elaboração de programas, projetos e planos, de forma participativa e dialógica, na busca da sensibilidade. Descrição: As ações do ProNEA destinam-se a assegurar, no âmbito educativo, a integração equilibrada das múltiplas dimensões da sustentabilidade - ambiental, social, ética, cultural, econômica, espacial e política - ao desenvolvimento do País, resultando em melhor qualidade de vida para toda a população brasileira, por intermédio do envolvimento e participação social na proteção e conservação ambiental e da manutenção dessas condições ao longo prazo (BRASIL, 2005b). Custos operacionais: N.A. Resultados alcançados: N.A. Custos evitados: N.A. Investimentos: N.A.

Avaliar as diretrizes para implantação de Programa de Educação Ambiental para o Plano Metropolitano.

RE

SÍD

UO

S

Sistema Integrado de Bolsas de Resíduos (SIBR)

Resíduos em geral Fonte: CNI, 2014

Origem: Bolsas de Resíduos da Confederação Nacional de Indústrias Descrição: Promover a livre negociação entre indústrias, conciliando ganhos econômicos com ganhos ambientais, através do anúncio de resíduos para compra, venda, troca ou doação. O SIBR reúne as diversas bolsas de resíduos existentes no país em um único sistema virtual, permitindo ao usuário um único cadastramento e a negociação de resíduos em nível nacional. O Estado de Minas Gerais está inscrito no sistema SIBR. Custos operacionais: N.A. Resultados alcançados: N.A. Custos evitados: N.A. Investimentos: N.A.

Aplicável aos RSS dos Grupos D e B passíveis de reciclagem, ou reprocessamento, conforme legislação vigente.

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Planos,

programas, projetos e ações

Tema / Referências

Informações Avaliação de

aplicabilidade para o Plano Metropolitano

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Curso de Especialização em Gestão de Resíduos de Serviços de Saúde – CEGERSS, organizado pela UFMG e Hospital das Clínicas.

Gestão e Gerenciamento de RSS Educação ambiental Fonte: Hospital das Clínicas – UFMG

Descrição: Instrumentalizar o aluno quanto ao manejo adequado dos resíduos produzidos em seus locais de trabalho em consonância com a legislação vigente. Curso de especialização Latosensu Custos operacionais: N.A. Resultados alcançados: N.A. Custos evitados: N.A. Investimentos: N.A.

O Curso promove capacitação para os agentes de saúde e público de interesse no tema gestão e gerenciamento de resíduos. Cursos como este possibilitam a sistematização de dados e informações sobre os RSS, bem como apoiar a implementação de Plano.

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ico

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1° Seminário do Programa de Gerenciamento de Resíduos Químicos da UFMG

Gestão e Gerenciamento de resíduos químicos Fonte: UFMG

Descrição: O seminário enfoca no manejo, transporte rodoviário, tratamento e disposição final de resíduos químicos. O objetivo do evento foi envolver as diversas unidades da UFMG no problema da geração de resíduos químicos, de forma a aprimorar os métodos de coleta desse material segregação, armazenamento e destinação adequada dos resíduos químicos. Custos operacionais: N.A. Resultados alcançados: N.A. Custos evitados: N.A. Investimentos: N.A.

O seminário promove capacitação para os agentes de saúde e público de interesse no tema gestão e gerenciamento de resíduos. Cursos como este possibilitam a sistematização de dados e informações sobre os RSS ressaltando a geração de orientações para empreendimentos similares, bem como apoiar a implementação de Plano.

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Tema / Referências

Informações Avaliação de

aplicabilidade para o Plano Metropolitano

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Criação de Grupos de Trabalho Temáticos (GTT) - Medicamentos

Gestão e Gerenciamento de resíduos especiais Fonte: MMA

Descrição: O GTT irá elaborar proposta de logística reversa de medicamentos dentro dos parâmetros estabelecidos pela PNRS, subsidiando a elaboração do Edital de chamamento para Acordo Setorial, dando embasamento ao GTA e o Comitê Orientador na tomada de decisões pertinentes ao tema. O GTT de Medicamentos é composto por 46 entidades sendo: Governo Federal (Meio Ambiente, Vigilância Sanitária, Saúde e Saneamento), Governos Estaduais e Municipais (FNP, CONASS, CONASEMS, outras), entidades de classe (CFF, FENAFAR, CFQ, CFM, outras), defesa do consumidor, setor farmacêutico (indústria, atacado, varejo), tratamento de resíduos e limpeza pública. Custos operacionais: N.A. Resultados alcançados: Em andamento Custos evitados: N.A. Investimentos: N.A.

A proposta do GTT -Medicamentos terá influência direta nas diretrizes, metas e estratégias propostas pelo Plano potencializando as etapas de segregação, tratamento e disposição dos RSS.

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Criação de Grupos de Trabalho Temáticos (GTT) - Lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista

Gestão e Gerenciamento de resíduos especiais Fonte: MMA

Descrição: Coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente, possui como relator o representante da Associação Brasileira da Indústria de Iluminação – Abilux. Foi apresentada uma proposta de Termo de Referência para a elaboração do Estudo de Viabilidade Técnica e Econômica da implantação da logística reversa por cadeia produtiva, elaborado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. A logística reversa será expandida para lâmpadas de vapor metálico e lâmpadas LED além daquelas já definidas pela Política Sólidos (fluorescentes, de vapor de sódio, de mercúrio e de luz mista). Na proposta a gestora do sistema de logística reversa para lâmpadas será uma entidade administrativa, independente e sem fins lucrativos. Custos operacionais: N.A. Resultados alcançados: Em andamento Custos evitados: N.A. Investimentos: N.A.

A proposta do GTT -Lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista orientará os estabelecimentos de saúde para uma adequada destinação deste resíduos

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programas, projetos e ações

Tema / Referências

Informações Avaliação de

aplicabilidade para o Plano Metropolitano

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Logística Reversa de pilhas e baterias

Gestão e Gerenciamento de resíduos especiais Fonte: Abinee

Descrição: A Abinee iniciou a implantação do programa de Logística Reversa de pilhas e baterias de uso doméstico, em 05 de novembro de 2010, conforme estabelecia a Resolução Conama 401/2008. O programa, que está em fase de consolidação e expansão, prevê o recebimento, em todo território nacional, das pilhas usadas, devolvidas pelo consumidor ao comércio, e seu encaminhamento, por meio de transportadora certificada, a uma empresa que faz a reciclagem desse material. Para implantação da logística, houve um cuidado especial dos fabricantes no sentido de buscar uma auditoria externa para prévia avaliação do processo de destinação final dos produtos pós-uso. O custo do transporte das pilhas recebidas nos postos de coleta é de responsabilidade das empresas fabricantes e importadoras. As pilhas e baterias de uso doméstico coletadas nos postos de recolhimento estão sendo encaminhas à empresa Suzaquim Indústria Química, localizada na região metropolitana da Grande São Paulo, e os custos desta destinação final também são arcados pelos fabricantes e importadores. O sucesso do programa está diretamente ligado à adesão do consumidor. Primeiro, evitando a compra de pilhas e baterias clandestinas, geralmente fabricadas em países asiáticos, que ocupam cerca de 40% do mercado. Outro papel do consumidor é dar início ao processo de logística reversa, devolvendo suas pilhas usadas ao comércio, que por sua vez tem que encaminhá-las aos postos de recebimento da indústria para que se providencie a destinação final. Custos operacionais: N.A. Resultados alcançados: Em 2013 cerca de 1100 postos de recebimentos espalhados em todo o Brasil, já tendo sido coletado em três anos dos projeto 420 toneladas de pilhas e baterias. Custos evitados: N.A. Investimentos: N.A.

A iniciativa da Abinee com o Programa Abinee recebe Pilhas poderá contribuir com o tratamento e destinação deste resíduos gerados nos estabelecimentos de saúde.

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Planos,

programas, projetos e ações

Tema / Referências

Informações Avaliação de

aplicabilidade para o Plano Metropolitano

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Logística Reversa de pneus

Gestão e Gerenciamento de resíduos especiais Fonte: RECICLANIP

Descrição: A Reciclanip atua na coleta de pneus inservíveis no Brasil. Disponibiliza pontos de coleta administrados pelas prefeituras para onde são destinados pelo serviço de limpeza urbana municipal. Por meio de parceira de convenio, a Reciclanip fica responsável pelo recolhimento dos pneus nos pontos de coleta municipal (mínimo de 1000 pneus) e pela destinação ambientalmente adequada destes resíduos. Custos operacionais: N.A. Resultados alcançados: Até dezembro de 2013 foram destinados 2,68 milhões de toneladas de pneus inservíveis. Custos evitados: N.A. Investimentos: Os fabricantes já investiram mais de 550 milhões de reais para coleta e destinação.

Esta iniciativa permite que os estabelecimentos de saúde e empresas responsáveis pelo transporte dos RSS destinem corretamente dos pneus de seus veículos (Ambulâncias e veículos de transporte e coleta de RSS)

N.A: Não avaliado pelos Planos Programas e Projetos

Fonte: Elaboração Própria. Consórcio IDP Ferreira Rocha, 2014

Quadro 3-5 - Planos, programas, projetos e ações para RSU e RSS em Âmbito Estadual.

Planos, programas,

projetos e ações

Tema / Referências

Informações Avaliação de aplicabilidade para o Plano Metropolitano

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Programa Minas Sem Lixões

Gestão e Gerenciamento de RSU Fonte: MINAS GERAIS, 2014a

Origem: Descrição: Apoia os municípios na implementação de políticas públicas voltadas para a gestão adequada dos resíduos sólidos urbanos. Custos operacionais: N.A. Resultados alcançados: N.A. Custos evitados: N.A. Investimentos: N.A.

O “Programa Minas Sem Lixões” é voltado para RSU, entretanto também são levantadas as questões sobre RSS, principalmente relacionadas à destinação e disposição final.

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Planos,

programas, projetos e ações

Tema / Referências

Informações Avaliação de aplicabilidade para o Plano Metropolitano

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Programa Estadual de Educação Ambiental

Educação Ambiental Fonte: MINAS GERAIS, 2004.

Origem: Política Nacional de Educação Ambiental, definida pela Lei no 9.795, de 27 de abril de 1999, e no Decreto no 4.281, de 26 de junho de 2002. Descrição: Servir de referência para debates nos diferentes grupos da sociedade compromissados com a causa ambiental, bem como servir de parâmetro para o estabelecimento das políticas públicas. Custos operacionais: N.A. Resultados alcançados: N.A. Custos evitados: N.A. Investimentos: N.A.

Avaliar as diretrizes para implantação de Programa de Educação Ambiental para o Plano Metropolitano.

RS

U

Programa Ambientação

Educação Ambiental Fonte: MINAS GERAIS, 2014b

Origem: Descrição: Programa com objetivo de promover a sensibilização para a mudança de comportamento e a internalização de atitudes ambientais corretas, proporcionando a melhoria contínua do bem estar dos funcionários públicos. Custos operacionais: N.A. Resultados alcançados: N.A.. Custos evitados: N.A. Investimentos: N.A.

Avaliar as diretrizes para implantação de Programa de Educação Ambiental para a rede pública durante a elaboração do Plano Metropolitano.

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U Plano Estadual de

Coleta Seletiva (PECS)

Coleta Seletiva Fonte: MINAS GERAIS, 2011b; 2011c

Origem: Deliberação Normativa COPAM nº 172, de 22 de dezembro de 2011 - Institui o Plano Estadual de Coleta Seletiva de Minas Gerais. Descrição: Estabelecer princípios, diretrizes e estratégias para incentivar e apoiar a implantação ou ampliação dos serviços de coleta seletiva, bem como estabelecer critérios para a definição de prioridades para a definição de prioridades para o apoio do Estado às administrações municipais. Custos operacionais: N.A. Resultados alcançados: N.A.. Custos evitados: N.A. Investimentos: N.A.

O Plano Metropolitano em elaboração deve considerar o PECS ao definir a coleta seletiva para os RSS do Grupo D.

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Planos,

programas, projetos e ações

Tema / Referências

Informações Avaliação de aplicabilidade para o Plano Metropolitano

RS

U Centro Mineiro de

Referência em Resíduos (CMRR)

Gestão e Gerenciamento de RSU Fonte: MINAS GERAIS, 2014c

Origem: Descrição: Programa que visa fomentar e o apoiar às políticas municipais de coleta seletiva, com inclusão socioprodutiva de catadores. Atua como núcleo irradiador de informações, através de atendimento, cursos e eventos. O CMRR realizou Diagnósticos de Cadeias de Resíduos e Planos de Gerenciamento de Resíduos, com destaque para o Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde. Custos operacionais: N.A. Resultados alcançados: N.A. Custos evitados: N.A. Investimentos: N.A

Ao definir a coleta seletiva para os RSS do Grupo D pode-se buscar o apoio do CMRR. Outra oportunidade é buscar programas de capacitação junto ao CMRR.

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Programa Bolsa Reciclagem

Reciclagem Fonte: MINAS GERAIS, 2011d

Origem: Lei Estadual nº 19.823 de 22/11/2011 (Bolsa Reciclagem) Descrição: Conceder incentivos financeiros pelo Estado de Minas Gerais às organizações de catadores de materiais recicláveis com objetivo de incentivo à reintrodução desses materiais no processo produtivo, redução da utilização de recursos naturais e insumos energéticos e inclusão social. Custos operacionais: N.A. Resultados alcançados: N.A. Custos evitados: N.A. Investimentos: N.A.

A bolsa reciclagem é uma forma de incentivo às organizações de catadores de materiais recicláveis. Este programa promove a inserção de agentes de coleta e destinação, como catadores, carroceiros, sucateiros, empresas e instituições recicladoras e outros agentes.

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Logística Reversa de pneus

Gestão e Gerenciamento de resíduos especiais Fonte: FEAM

Descrição: A Fundação Estadual do Meio Ambiente (FEAM) publicou, nesta

semana, o Edital de Chamamento Público 01/2013 para apresentação de proposta de modelagem de sistema de logística reversa para pneus em Minas Gerais. Esse é mais um passo para a normatização da logística reversa no estado que teve início com a Deliberação Normativa 188/2013 divulgada em outubro deste ano pelo Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam). Custos operacionais: N.A. Resultados alcançados: N.A. Custos evitados: N.A. Investimentos: N.A.

Esta iniciativa permite que os estabelecimentos de saúde e empresas responsáveis pelo transporte dos RSS destinem corretamente dos pneus de seus veículos (Ambulâncias e veículos de transporte e coleta de RSS)

N.A: Não avaliado pelos Planos Programas e Projetos

Fonte: Elaboração Própria. Consórcio IDP Ferreira Rocha, 2014

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Pag. 47

Quadro 3-6 - Planos, programas, projetos e ações para RSU e RSS em Âmbito Regional e Municipal.

Planos, programas,

projetos e ações

Tema / Referências

Informações Avaliação de

aplicabilidade para o Plano Metropolitano

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Plano Preliminar de Regionalização para a Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Urbanos (PRE-RSU)

Gestão e Gerenciamento de RSU

Descrição: Estudo técnico que visa apresentar os critérios a serem considerados pelos municípios para viabilizar a gestão integrada dos RSU. Custos operacionais: N.A. Resultados alcançados: N.A. Custos evitados: N.A. Investimentos: N.A.

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RS

U

Plano de Regionalização para a Gestão Integrada dos Resíduos Sólidos Urbanos na Bacia do São Francisco

Gestão e Gerenciamento de RSU Fonte: Minas Gerais, 2010

Descrição: Consiste na apresentação dos critérios que devem ser usados para agrupar os municípios na formação de Arranjos Territoriais Ótimos (ATO´s) para o manejo integrado de resíduos sólidos urbanos na Bacia do São Francisco. Custos operacionais: N.A. Resultados alcançados: N.A. Custos evitados: N.A. Investimentos: N.A.

Avaliar a proposta de formação de Arranjos Territoriais Ótimos (ATO´s) para os municípios da RMBH e Colar Metropolitano.

RS

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Plano Metropolitano de Resíduos Sólidos - RMBH e Colar Metropolitano

Gestão e Gerenciamento de RSU Fonte: ARMBH, 2013

Descrição: Apresenta diretrizes, programas, projetos, ações e metas para a gestão dos resíduos sólidos na RMBH e Colar Metropolitano, relacionados à gestão integrada, regionalizada e compartilhada. Custos operacionais: N.A. Resultados alcançados: N.A. Custos evitados: N.A. Investimentos: N.A

Avaliar as diretrizes, os programas, os projetos, as ações e as metas definidos no PMRS.

RS

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Comissão Permanente de Apoio ao Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde de Belo Horizonte - COPAGRESS

Gerenciamento de RSS Fonte: Belo Horizonte, 2014

Descrição: Trata-se de uma comissão com o objetivo de implantar, implementar e acompanhar o desenvolvimento da Política de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde no Município de Belo Horizonte. Dentre as ações da COPAGRESS pode-se citar a publicação de manuais técnicos importantes relacionados ao gerenciamento de RSS. Custos operacionais: N.A. Resultados alcançados: N.A. Custos evitados: N.A. Investimentos: N.A

Cabe avaliação das publicações da COPAGRESS e ações para o correto gerenciamento de RSS em Belo Horizonte, ao elaborar o Plano Metropolitano de resíduos com foco em RSS.

N.A: Não avaliado pelos Planos Programas e Projetos

Fonte: Elaboração Própria. Consórcio IDP Ferreira Rocha, 2014

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Pag. 48

3.2.1. Âmbito Federal

Programas de Saneamento Básico / Plano Nacional de Saneamento Básico

O Plano Nacional de Saneamento Básico (PLANSAB), que teve sua elaboração prevista

na Lei nº 11.445/2007, foi planejado e coordenado pelo Ministério das Cidades (MCidades).

O PLANSAB procura deslocar o tradicional foco dos planejamentos clássicos em

saneamento básico, pautados na hegemonia de investimentos em obras físicas, para um

melhor balanceamento destas com medidas estruturantes, a partir do pressuposto de que

o fortalecimento das ações em medidas estruturantes assegurará crescente eficiência,

efetividade e sustentação aos investimentos em medidas estruturais.

No PLANSAB foram definidos três cenários de planejamento, Cenários 1, 2 e 3, tendo sido

adotado o primeiro deles como o cenário de referência para o planejamento. Para este,

foram estabelecidas metas e, visando atingi-las ao longo dos 20 anos de execução do

PLANSAB, propostas macrodiretrizes e estratégias. Operacionalmente, foram ainda

propostos programas para a política pública de saneamento básico, em um nível de

discriminação ainda preliminar, já que, em uma próxima etapa, serão detalhados em maior

profundidade.

O enfoque adotado é o de procurar visualizar de cenários futuros, a partir das incertezas

incidentes, com base em sólida análise da situação atual e pregressa. Parte da premissa

de que não é possível predizer o futuro, mas apenas fazer previsões de possibilidades,

procurando reduzir os riscos das incertezas e propiciar ferramentas que facilitem a

definição de estratégias.

O PLANSAB trata em seu capítulo 9 dos programas a serem implementados, esclarecendo

que a proposta de programas governamentais para a concretização das estratégias do

PLANSAB constitui etapa crucial do planejamento.

Uma das preocupações contempladas na formulação dos programas, no âmbito do

PLANSAB é que os programas garantam materialidade à visão estratégica do Plano.

Analisando as duas variáveis, divisão territorial e focalização, pode-se tanto organizar os

programas: (i) por portes populacionais, como região metropolitana e cidades de pequeno

porte, e, no interior de cada programa haver critérios para a priorização de população

vulnerável; e (ii) por áreas de focalização e prioridades segundo portes populacionais.

Outro aspecto que necessitou ser avaliado para a proposição dos programas foi o próprio

modelo atual, em prática no Governo Federal. No âmbito do Plano Plurianual (PPA) 2012-

2015, o planejamento da política de saneamento é expresso, sobretudo, no Programa de

Saneamento Básico.

Com base no conjunto desses elementos preliminares, e em alinhamento com o PPA 2012-

2015, são previstos três programas para a operacionalização da Política Federal de

Saneamento Básico, sendo estes apresentados a seguir.

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Pag. 49

O “Programa 1: Saneamento básico integrado” será organizado para o investimento em

ações estruturais, visando cobrir o déficit urbano apresentado pelos quatro componentes

do saneamento básico (abastecimento de água potável; esgotamento sanitário; limpeza

urbana e manejo de resíduos sólidos; drenagem e manejo das águas pluviais urbanas) em

conformidade com as metas estabelecidas.

O objetivo deste é financiar iniciativas de implantação de medidas estruturais de

abastecimento de água potável, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo de

resíduos sólidos, e drenagem e manejo de águas pluviais urbanas, em áreas urbanas,

tendo sua coordenação atribuída ao MCidades.

Este programa visa beneficiar: (i) os titulares, prestadores dos serviços e consórcios

intermunicipais, no caso de serviços públicos de abastecimento de água potável e

esgotamento sanitário; (ii) e municípios, consórcios intermunicipais e estados, no caso de

ações de manejo de águas pluviais e drenagem urbana e de limpeza urbana e manejo de

resíduos sólidos.

Para seleção de propostas, os pedidos, após análise de seu enquadramento, serão

submetidos à hierarquização. Assim, os projetos com mais elevado grau de prioridade

serão aqueles que contemplem iniciativas de integralidade, em que municípios, orientados

por seus planos municipais de saneamento básico, demandem apoio para suprir as

necessidades integrais dos quatro componentes do saneamento básico, com vistas à

universalização.

Com relação à fonte de recursos e orçamento, o Programa será operado com recursos

onerosos e não-onerosos, em valores estimados de R$ 212 bilhões, com referência ao ano

base de 2012, para investimentos nos próximos 20 anos, conforme disponibilidade

orçamentária.

O “Programa 2: Saneamento rural” visará atender, por ações de saneamento básico, a

população rural e as comunidades tradicionais, como as indígenas e quilombolas e as

reservas extrativistas.

O objetivo deste programa será financiar, em áreas rurais e de comunidades tradicionais

(conforme Decreto 6.040/2007 e a Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável de

Povos e Comunidades Tradicionais), medidas de abastecimento de água potável, de

esgotamento sanitário, de provimento de banheiros e unidades hidrossanitárias

domiciliares e de educação ambiental para o saneamento, além de, em função de

necessidades ditadas pelo enfoque de saneamento integrado, ações de limpeza urbana e

manejo de resíduos sólidos e de manejo de águas pluviais, tendo sua coordenação

atribuída ao MS.

Este programa visa beneficiar as administrações municipais, os consórcios e os

prestadores de serviço, incluindo instâncias de gestão para o saneamento rural, como

cooperativas e associações comunitárias.

Para seleção de propostas, os pedidos, após análise de seu enquadramento, serão

submetidos à hierarquização, sendo que os projetos com mais elevado grau de prioridade

serão aqueles que contemplem iniciativas de integralidade, em que municípios, orientados

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Pag. 50

por seus planos municipais de saneamento básico, demandem apoio para suprir as

necessidades integrais em sua área rural, com vistas à universalização.

Com relação à fonte de recursos e orçamento, o Programa será operado principalmente

com recursos não-onerosos, não se descartando o aporte de recursos onerosos, em

valores estimados de R$ 22,7 bilhões, com referência ao ano base de 2012, para

investimentos nos próximos 20 anos, conforme disponibilidade orçamentária.

O “Programa 3: Saneamento estruturante” terá como foco o apoio à gestão pública dos

serviços, visando criar condições de sustentabilidade para o adequado atendimento

populacional, incluindo a qualificação da participação social e seu controle social sobre os

serviços, sendo dada ênfase à qualificação dos investimentos públicos. O programa

preverá um conjunto de medidas, distribuídas em quatro diferentes ações: ações

estruturantes de apoio à gestão; ações estruturantes de apoio à prestação de serviços;

ações estruturantes de capacitação e assistência técnica; desenvolvimento científico e

tecnológico.

O objetivo deste programa será financiar medidas estruturantes para o saneamento básico

municipal, visando à melhoria da gestão e da prestação pública de serviços, bem como

medidas de assistência técnica e capacitação e ações de desenvolvimento científico e

tecnológico em saneamento, tendo sua coordenação atribuída ao MCidades.

Este programa terá o perfil dos beneficiários conforme a ação específica.

Com relação à fonte de recursos e orçamento, o Programa será operado principalmente

com recursos não-onerosos, não se descartando o aporte de recursos onerosos, em

valores estimados de R$ 65 bilhões, com referência ao ano base de 2012, para

investimentos nos próximos 20 anos, conforme disponibilidade orçamentária. Para a ação

de desenvolvimento científico e tecnológico, recursos dos fundos setoriais e do Sistema de

Ciência e Tecnologia poderão ser agregados.

São concebidas quatro diferentes ações para o Programa, sendo estas: i) ações

estruturantes de apoio à gestão; ii) ações estruturantes de apoio à prestação de serviços;

iii) ações estruturantes de capacitação e assistência técnica; e iv) desenvolvimento

científico e tecnológico.

O PLANSAB apresenta ainda um item de “Programas e ações do Governo Federal”. Este

item informa que coube ao Ministério de Meio Ambiente (MMA) executar programas

relacionados aos resíduos sólidos, além dos relacionados ao esgotamento sanitário e à

revitalização de bacias.

Em 2011, dos Programas do Governo Federal com ações diretas e relacionadas de

saneamento básico, 14 possuíam ações para Resíduos Sólidos Urbanos.

Destaca-se o Programa Resíduos Sólidos Urbanos, sob coordenação do MMA, com

objetivo de “ampliar a área de cobertura e eficiência dos serviços públicos de manejo de

resíduos sólidos, com ênfase no encerramento de lixões, na redução, no reaproveitamento

e na reciclagem de materiais, por meio da inclusão socioeconômica de catadores”.

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Na perspectiva do MMA, as ações do Programa devem reduzir significativamente o déficit

existente na limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos (BRASIL, 2013).

Plano Nacional de Resíduos Sólidos – Versão Preliminar

O Plano Nacional de Resíduos Sólidos, estabelecido pela Lei nº 12.305/10, Política

Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), está em processo de construção e contemplará os

diversos tipos de resíduos gerados, alternativas de gestão e gerenciamento passíveis de

implementação, bem como metas para diferentes cenários, programas, projetos e ações

correspondentes.

Em sua versão preliminar foi colocada em discussão com a sociedade civil em vários

estados, inclusive em Minas Gerais Belo Horizonte. O Plano Nacional de Resíduos Sólidos

apresenta um capítulo de diretrizes e estratégias relacionadas aos resíduos sólidos que

compõem a Versão Preliminar do Plano Nacional de Resíduos Sólidos. O Quadro 3-7

apresenta um resumo das Diretrizes e Estratégias para RSS indicadas na versão preliminar

do Plano Nacional de Resíduos Sólidos.

O processo de construção das diretrizes, estratégias e respectivas metas teve início com

a criação de 05 (cinco) Sub Grupos no âmbito do Grupo Técnico 1 do Comitê

Interministerial para tratar dos seguintes temas: (i) Resíduos Sólidos Urbanos, (ii) Resíduos

de Serviços de Saúde e Resíduos de Serviços de Transporte, (iii) Resíduos Industriais, (iv)

Resíduos de Mineração, (v) Resíduos Agrosilvopastoris. As diretrizes e suas respectivas

estratégias definirão as ações e os programas a serem delineados visando atingir as

metas, buscando: (i) o atendimento aos prazos legais, (ii) o fortalecimento de políticas

públicas conforme previsto na Lei 12.305/2010; (iii) a melhoria da gestão e do

gerenciamento dos resíduos sólidos como um todo, (iv) o fortalecimento do setor de

resíduos sólidos e as interfaces com os demais setores da economia brasileira.

A versão final do Plano Nacional de Resíduos Sólidos não estava disponível durante a

elaboração deste Produto 02.

Quadro 3-7 - Diretrizes e Estratégias para RSS indicadas na versão preliminar do Plano Nacional de Resíduos Sólidos.

Diretrizes para RSS Estratégias para RSS

Diretriz 1:

Fortalecer a gestão dos resíduos de serviços de

saúde

Estratégia 1

Elaborar e divulgar manuais visando à compatibilização entre as diretrizes da PNRS e normativos do CONAMA e ANVISA, no que se refere às exigências de elaboração e implantação de PGRSS.

Estratégia 2 Intensificar as ações de capacitação permanente para público alvo, considerando as especificidades locais.

Estratégia 3 Intensificar as ações de fiscalização dos serviços de saúde.

Estratégia 4 Incentivar a implantação de unidades de tratamento dos RSS.

Diretriz 2: Minimizar o uso do

mercúrio nos serviços de saúde

Estratégia 1 Incentivar a adoção de procedimentos e a aquisição de equipamentos isentos de mercúrio.

Fonte: BRASIL, 2012.

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O PNRS estabelece quatro metas para os RSS (as datas deverão ser revistas caso essas

metas permaneçam na versão aprovada):

Meta 1: Tratamento implementado, para resíduos de serviço de saúde, conforme

indicado pelas RDC ANVISA e CONAMA pertinentes ou quando por norma

Distrital, Estadual e Municipal vigente;

Meta 2: Disposição final ambientalmente adequada para RSS;

Meta 3: Lançamento dos efluentes provenientes de serviço de saúde em

atendimento aos padrões estabelecidos nas resoluções CONAMA pertinentes; e

Meta 4: Inserção de informações sobre quantidade média mensal de RSS (massa

ou volume) e quantidade de RSS tratada no Cadastro Técnico Federal (CTF).

Política Nacional de Educação Ambiental

A Política Nacional de Educação Ambiental, definida pela Lei no 9.795, de 27 de abril de

1999, e no Decreto no 4.281, de 26 de junho de 2002, incentiva a elaboração de programas,

projetos e planos, de forma participativa e dialógica, na busca da sensibilidade (BRASIL,

2004).

Segundo o artigo 1º da Política Nacional de Educação Ambiental, “entendem-se por

educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade

constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas

para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia

qualidade de vida e sua sustentabilidade” (Brasil, 2004).

O artigo 8º define que as atividades vinculadas à Política Nacional de Educação Ambiental

devem ser desenvolvidas na educação em geral e na educação escolar (Brasil, 2004).

A Seção II da Política Nacional de Educação Ambiental (Brasil, 2004), “Da Educação

Ambiental no Ensino Formal” define que: a educação ambiental será desenvolvida como

uma prática educativa integrada, contínua e permanente em todos os níveis e modalidades

do ensino formal, e não deve ser implantada como disciplina específica no currículo de

ensino (Art. 10º); e que a dimensão ambiental deve constar dos currículos de formação de

professores, em todos os níveis e em todas as disciplinas (Artigo 11º).

Ainda sobre a Política Nacional de Educação Ambiental, em sua Seção III, estabelece que,

educação ambiental não formal são as ações e práticas educativas voltadas à

sensibilização da coletividade sobre as questões ambientais e à sua organização e

participação na defesa da qualidade do meio ambiente (Brasil, 2004).

Parágrafo único. O Poder Público, em níveis federal, estadual e municipal,

incentivará:

I - a difusão, por intermédio dos meios de comunicação de massa, em espaços

nobres, de programas e campanhas educativas, e de informações acerca de

temas relacionados ao meio ambiente;

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II - a ampla participação da escola, da universidade e de organizações não-

governamentais na formulação e execução de programas e atividades

vinculadas à educação ambiental não-formal;

III - a participação de empresas públicas e privadas no desenvolvimento de

programas de educação ambiental em parceria com a escola, a universidade e

as organizações não-governamentais;

IV - a sensibilização da sociedade para a importância das unidades de

conservação;

V - a sensibilização ambiental das populações tradicionais ligadas às unidades

de conservação;

VI - a sensibilização ambiental dos agricultores;

VII - o ecoturismo.

Sobre a execução Política Nacional de Educação Ambiental, o Capítulo III desta definiu

que a coordenação desta Política ficará a cargo de um órgão gestor, na forma definida pela

regulamentação desta Lei, sendo suas atribuições (Brasil, 2004):

I - definição de diretrizes para implementação em âmbito nacional;

II - articulação, coordenação e supervisão de planos, programas e projetos na

área de educação ambiental, em âmbito nacional;

III - participação na negociação de financiamentos a planos, programas e

projetos na área de educação ambiental.

“Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, na esfera de sua competência e nas áreas

de sua jurisdição, definirão diretrizes, normas e critérios para a educação ambiental,

respeitados os princípios e objetivos da Política Nacional de Educação Ambiental” (Art. 16).

Sobre planos e programas, para fins de alocação de recursos públicos vinculados, a

Política de que deve ser realizada levando-se em conta os seguintes critérios:

I - conformidade com os princípios, objetivos e diretrizes da Política Nacional

de Educação Ambiental;

II - prioridade dos órgãos integrantes do SISNAMA e do Sistema Nacional de

Educação;

III - economicidade, medida pela relação entre a magnitude dos recursos a

alocar e o retorno social propiciado pelo plano ou programa proposto.

3.2.2. Âmbito Estadual

Programa Minas Sem Lixões

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O Programa Minas Sem Lixões apoia os municípios na implementação de políticas públicas

voltadas para a gestão adequada dos resíduos sólidos urbanos, em um compromisso com

a melhoria da qualidade ambiental do Estado, com parceria da a Fundação Estadual do

Meio Ambiente (FEAM) e da Fundação Israel Pinheiro (FIP).

Dentre as ações do Minas sem lixões estão as publicações de Manuais Técnicos com o

objetivo de orientar os municípios mineiros na gestão adequada dos resíduos sólidos

urbanos, inclusive com publicações voltadas para educação ambiental (MINAS GERAIS,

2014a).

Programa Estadual de Educação Ambiental em Minas Gerais (PEEA/MG)

O Programa Estadual de Educação Ambiental em Minas Gerais (PEEA/MG) foi criado com

pretensão de servir de referência para debates nos diferentes grupos da sociedade

compromissados com a causa ambiental, bem como servir de parâmetro para o

estabelecimento das políticas públicas no Estado de Minas Gerais.

A fim de iniciar o processo de elaboração do Programa Estadual de Educação Ambiental

em Minas Gerais (PEEA/MG), a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e

Desenvolvimento Sustentável – SEMAD, em parceria com a Secretaria de Estado de

Educação, realizou em setembro de 1999 o I Fórum Estadual de Educação Ambiental, e

após amplos debates, os participantes do evento decidiram pela criação do Fórum

Permanente de Educação Ambiental de Minas Gerais e sua Comissão Interinstitucional

Coordenadora. Buscando caracterizar e organizar as informações sobre as diversas ações

de Educação Ambiental no Estado, a Comissão criou o projeto de pesquisa “Mapeando a

Realidade da Educação Ambiental no Estado de Minas Gerais”, com objetivo de conhecer

a realidade ambiental e particularmente as ações de Educação Ambiental na percepção

dos principais atores sociais.

O Programa Estadual de Educação Ambiental foi criado no II Fórum de Educação

Ambiental de Minas Gerais, que propiciou em abril de 2002 um encontro entre os

representantes dos diferentes segmentos da sociedade civil, os quais tiveram a

oportunidade de se reunirem para discutir, traçar diretrizes e elaborar o Programa.

O Programa Estadual de Educação Ambiental tem suas linhas de ação e objetivos

conforme apresentadas a seguir:

I – Educação Ambiental por meio do ensino formal

II – Educação no processo de gestão ambiental

III – Articulação e integração das comunidades em favor da Educação Ambiental

IV – Articulação intra e interinstitucional

V – Pesquisa, capacitação de educadores e atividades extensionistas na área Ambiental.

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Programa Ambientação

O Ambientação é um programa de comunicação e educação socioambiental que tem

objetivo de promover a sensibilização para a mudança de comportamento e a

internalização de atitudes ambientais corretas, proporcionando a melhoria contínua do bem

estar dos funcionários públicos do Estado de Minas Gerais. O Programa possui as linhas

de ação “Consumo Consciente” e “Gestão de Resíduos”, para as quais são desenvolvidas

campanhas que contribuem para reverter a insustentabilidade ambiental e melhorar a

qualidade de vida com ações simples em um esforço coletivo (MINAS GERAIS, 2014c).

Plano Estadual de Resíduos Sólidos (PERS-MG)

O Plano Estadual de Resíduos Sólidos (PERS) é expressamente listado no Artigo 14 inciso

II da Lei 12.305/2010, e sua elaboração é condição para os estados terem acesso a

recursos da União destinados a empreendimentos e serviços relacionados à gestão de

resíduos sólidos.

No mês de novembro de 2013, a Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam) divulgou o

edital de licitação para Contratação de empresa de consultoria para elaboração do Plano

Estadual de Resíduos Sólidos - PERS/MG, devendo este ficar pronto em dez meses,

contados a partir da escolha da empresa responsável por desenvolver o trabalho. No

primeiro semestre de 2014 o Plano foi licitado e a empresa ganhadora foi tecnicamente

desqualificada. Em julho de 2014 a Feam publicou um novo edital de licitação para

Contratação de empresa de consultoria para elaboração do Plano Estadual de Resíduos

Sólidos - PERS/MG.

Plano Estadual de Coleta Seletiva – PECS

O Plano Estadual de Coleta Seletiva (PECS) procura abordar a promoção de instrumentos

do desenvolvimento social, ambiental e econômico, reforçar o uso de matérias-primas e

insumos, bem como incentivar o desenvolvimento de novos produtos e processos que

utilizem materiais recicláveis e reciclados, promover a atuação dos catadores de materiais

recicláveis nas ações que envolvam o fluxo de resíduos sólidos e a responsabilidade

socioambiental compartilhada entre Poder Público, geradores, transportadores,

distribuidores e receptores desses resíduos.

O PECS tem como objetivo estabelecer princípios, diretrizes e estratégias para incentivar

e apoiar a implantação ou ampliação dos serviços de coleta seletiva, bem como

estabelecer critérios para a definição de prioridades para o apoio do Estado às

administrações municipais (MINAS GERAIS, 2011b; 2011c).

Centro Mineiro de Referência em Resíduos (CMRR)

O Centro Mineiro de Referência em Resíduos é um Programa do Governo do Estado de

Minas Gerais, desenvolvido através da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e

Desenvolvimento Sustentável (Semad), da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam),

e do Serviço Voluntário de Assistência Social (Servas), em parceria com o Sebrae-MG,

que atua como núcleo irradiador de informações, projetos e parcerias com a finalidade de

estimular a reflexão, a ação da cidadania para os desafios da gestão integrada de resíduos

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e a articulação entre os setores público, privado e terceiro setor na promoção do consumo

consciente, na reutilização e na reciclagem de resíduos.

Entre as ações desenvolvidas pelo CMRR, destacaram-se o fomento e o apoio às políticas

municipais de coleta seletiva, com inclusão socioprodutiva de catadores, orientando os

municípios sobre a gestão eficiente dos resíduos no âmbito de suas competências.

Em seu relatório anual de atividades do ano de 2011, o CMRR apresenta ações da Escola

de Gestão em Resíduos, Centro-Escola que tem como objetivo qualificar e capacitar os

participantes para elaborar e implantar o Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos

em conformidade com as normas e resoluções ambientais.

Dentre os “Cursos de Gerenciamento de Resíduos” apresentados, estão os Cursos de

Gerenciamento de Resíduos de Serviço de Saúde, que tem por objetivo realizar projetos

para o gerenciamento desses resíduos de acordo com as normas vigentes. Em 2011 foram

realizadas capacitações de 4 turmas, envolvendo o total de 62 capacitados.

Além da Escola de Gestão em Resíduos o CMRR tem o setor de Tecnologia e Informação

em Resíduos, que coordena projetos alinhados à política nacional e estadual de resíduos

sólidos, com vistas a auxiliar empresas, instituições, movimentos organizados dos

catadores, municípios, comunidades e meio acadêmico, na busca pela gestão correta de

resíduos e ações de sustentabilidade considerando a redução da geração de resíduos,

bem como a segregação correta, a reutilização, a reciclagem, o tratamento e a disposição

final correta considerando sempre a valorização dos resíduos e a inclusão socioprodutiva

de associações e cooperativas de catadores de materiais recicláveis.

Dentre os projetos desenvolvidos pelo setor de Tecnologia e Informação do CMRR estão

Série Diálogos: que promove encontros no CMRR com o objetivo de discutir a

temática gestão de resíduos para a disseminação de informações e discussões

sobre os diferentes olhares do assunto. Dentre os temas abordados estão temas

como “Beneficiamento de Resíduos: um pré-requisito à reciclagem”, “Educação

Ambiental e Coleta Seletiva em Escolas Públicas de Belo Horizonte/MG” e

“Consorciamento entre Municípios para Gestão Integrada de Resíduos Sólidos

Urbanos”;

Núcleo de Informações Técnicas, NIT Virtual: que tem como objetivo difundir

informações certificadas pelo seu corpo técnico, dentro do escopo das políticas

estaduais e nacional de resíduos, visando o desenvolvimento e a consolidação de

uma economia socioambiental sustentável, em Minas Gerais;

Como forma de pesquisar e disseminar informações, experiências e práticas sobre a

gestão tecnológica e tratamento ambientalmente corretos, o CMRR realizou Diagnósticos

de Cadeias de Resíduos e Planos de gerenciamento de resíduos, com destaque para o

Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (MINAS GERAIS, 2014c).

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Programa Bolsa Reciclagem

O Programa Bolsa Reciclagem foi criado pelo Governo de Minas com o objetivo de

conceder incentivo financeiro às cooperativas e associações de catadores que fazem

segregação, enfardamento e a comercialização de papel, papelão, cartonado, plásticos,

metais, vidros e outros resíduos pós-consumo (MINAS GERAIS, 2011d).

A Lei 19.823, de 2011 propõe a remuneração das organizações de catadores que têm

como trabalho a reintrodução de materiais recicláveis no processo produtivo, sendo que o

primeiro repasse do Bolsa Reciclagem aconteceu em dezembro de 2012.

3.2.3. Âmbito Regional e Municipal

Plano Preliminar de Regionalização para a Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Urbanos

(PRE-RSU)

O Plano Preliminar de Regionalização para a Gestão Integrada de Resíduos Sólidos

Urbanos (PRE-RSU) é um estudo técnico que visa apresentar os critérios a serem

considerados pelos municípios para viabilizar a gestão integrada dos RSU, finalizado com

a divisão do Estado de Minas Gerais em Arranjos Territoriais Ótimos (ATOs). Os ATOs são

uma sugestão de agrupamento que de acordo com o PRE-RSU servirá como referência

para a formação de consórcios. A adoção de consórcios é vista como uma forma eficiente

de se garantir a viabilidade da gestão que compreende, além da disposição final adequada,

sistemas complementares, coletiva seletiva, compostagem, reciclagem, comercialização

de recicláveis, educação ambiental e planejamento constante.

Os ATOs são uma proposta do Governo de Estado de Minas Gerais por meio do Sistema

Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sisema) para a Gestão Integrada de

Resíduos Sólidos Urbanos, formado a partir de critérios técnicos, e é uma referência feita

com base nos dados ambientais, socioeconômicos, de transporte e logística e de resíduos

(MINAS GERAIS, 2010).

Plano de Regionalização para a Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Urbanos com

ênfase na Bacia do São Francisco

O Plano de Regionalização para a Gestão Integrada dos Resíduos Sólidos Urbanos na

Bacia do São Francisco é uma proposta técnica respaldada na primeira etapa do Plano de

Regionalização para a Gestão Integrada dos Resíduos Sólidos Urbanos (PRE-RSU) de

Minas Gerais que definiu critérios para a regionalização visando à viabilidade da GIRSU

para todos os municípios mineiros.

A proposta do plano de regionalização para a GIRSU elaborada para a Bacia do Rio São

Francisco (BSF) considerou, além dos critérios técnicos (logística e transporte, aspectos

sócio- econômicos e gestão de resíduos sólidos urbanos), o cenário atual dos consórcios

do Ministério do Meio Ambiente (MMA) para a gestão integrada dos resíduos sólidos –

municípios com protocolo de intenções assinados – e a proposta de compartilhamento de

sistemas de destinação final (aterros sanitários) do MMA (MINAS GERAIS, 2010).

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Plano Metropolitano de Resíduos Sólidos da Região Metropolitana de Belo Horizonte e

Colar Metropolitano (PMRS)

O “Plano Metropolitano de Resíduos Sólidos da Região Metropolitana de Belo Horizonte e

Colar Metropolitano (PMRS)” se insere na agenda de projetos e ações estabelecidas no

Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado (PDDI), lançado oficialmente pelo Governo de

Minas em setembro de 2011, e cujo objetivo é consolidar um processo de planejamento

metropolitano na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) e Colar Metropolitano”.

Em seu item sobre a situação dos resíduos sólidos na Região Metropolitana de Belo

Horizonte e Colar Metropolitano, o PMRS cita que os principais fluxos de resíduos sólidos

gerados na RMBH e Colar Metropolitano correspondem aos Resíduos Sólidos Urbanos

(RSU), Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV) e Resíduos de Serviços de

Saúde (RSS).

Segundo o Plano Metropolitano de Resíduos Sólidos (PMRS) para a RMBH e Colar

Metropolitano (ARMBH, 2013), não estavam disponíveis informações consolidadas em

âmbito metropolitano em relação à gestão e ao gerenciamento dos RSS quando da

elaboração do Plano.

No que diz respeito aos RSS, verifica-se que ainda há grandes problemas relacionados ao

manejo dos RSS, na fase intra e extraestabelecimento, desde a sua geração até o

tratamento e disposição final ambientalmente adequada, principalmente devido à carência

de infraestrutura e diretrizes para o enfrentamento e a solução dos problemas desses

resíduos (MINAS GERAIS, 2012).

Segundo PDDI (MINAS GERAIS, 2011e), é necessária a adoção de ações integradas de

Resíduos de Serviços de Saúde, com o estabelecimento de diretrizes em relação aos

aspectos ambientais, econômicos, financeiros, administrativos, técnicos, sociais e legais,

para todas as fases de gestão dos RSS, de forma a minimizar o risco à saúde da

população, a preservação da qualidade do meio ambiente, a segurança e a saúde do

trabalhador, reduzindo qualitativa e quantitativamente os resíduos com potencial de risco.

O PDDI, em sua abordagem sobre Política Metropolitana Integrada de Resíduos Sólidos,

apresenta o “Programa de Gestão dos Resíduos de Serviços de Saúde”. Este Programa

tem como objetivo geral “Definir as diretrizes para viabilizar a implantação de sistema de

gestão sustentável dos resíduos de serviços de saúde na RMBH”, e como seus objetivos

específicos são apresentados:

Definir as ações para orientar a gestão sustentável e regionalizada da coleta

diferenciada, o tratamento e a disposição ambientalmente adequada dos resíduos

de serviços de saúde na RMBH, tanto para as unidades públicas quanto para as

privadas.

Identificar e avaliar as estruturas existentes para o tratamento e a disposição

ambientalmente adequada dos resíduos de serviços de saúde na RMBH.

Identificar a infraestrutura física necessária à implantação de sistema de coleta

diferenciada de forma regionalizada, tratamento e disposição ambientalmente

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adequada dos resíduos de serviços de saúde na RMBH, priorizando as soluções

consorciadas.

Criar proposta de mecanismo de compensação financeira para municípios que

receberem instalações regionalizadas de tratamento dos resíduos de serviços de

saúde na RMBH.

O PDDI (MINAS GERAIS, 2011e) apresenta ainda a temporalidade de execução e

implementação do “Programa de Gestão dos Resíduos de Serviços de Saúde”, sendo

definidas ações de curto, médio e longo prazo, conforme apresentado a seguir:

Prioritário/emergencial, curto prazo (2015): Definir as ações para orientar a

gestão sustentável e regionalizada da coleta diferenciada, o tratamento e a

disposição ambientalmente adequada dos resíduos de serviços de saúde na

RMBH. Identificar a infraestrutura física necessária à implantação de sistema de

coleta diferenciada de forma regionalizada, tratamento e disposição

ambientalmente adequada dos resíduos de serviços de saúde na RMBH,

priorizando as soluções consorciadas.

Médio prazo (2023): Garantia de manutenção da destinação adequada de RSS,

com a implantação de novas instalações para tratamento e destinação final, quando

necessário.

Longo prazo (2050): Garantia de manutenção da destinação adequada de RSS,

com a implantação de novas instalações para tratamento e destinação final, quando

necessário.

A seguir são apresentados as ações e os projetos do “Programa de Gestão dos Resíduos

de Serviços de Saúde” (MINAS GERAIS, 2011e):

Complementação, atualização e consolidação de diagnóstico do manejo e gestão

dos resíduos sólidos urbanos na RMBH, considerando-se os estudos e pesquisas

existentes, com ênfase na avaliação das principais fontes geradoras de RSS e das

estruturas existentes para tratamento desses resíduos na RMBH.

Dimensionamento e localização de infraestrutura física necessária aos sistemas de

tratamento dos RSS na RMBH.

Realização de estudo para balizar proposta de mecanismo de compensação

financeira para municípios que receberem instalações regionalizadas de tratamento

dos RSS na RMBH.

Intensificar programas que visem à correta segregação dos resíduos sólidos de

saúde com vistas à racionalização (e efetiva redução) das quantidades de RSS.

Ressarcimento de custos das Prefeituras com a coleta e destinação final adequada

dos RSS das unidades privadas para as quais executam esses serviços.

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Comissão Permanente de Apoio ao Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde de

Belo Horizonte - COPAGRESS

Dentro da RMBH, cabe mencionar o trabalho pioneiro que vem sendo feito em Belo

Horizonte quanto à gestão de RSS desde a década de 90. Em 1997, foi feito um diagnóstico

da situação dos RSS em 364 estabelecimentos de serviços de saúde inspecionados pela

SLU (BORGES, 2007). Um marco importante foi a criação da Comissão Permanente de

Apoio ao Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (COPAGRESS), por meio da

Portaria nº 3.602, de 13/08/1998. A COPAGRESS tem como objetivo implantar,

implementar e acompanhar o desenvolvimento da Política de Gerenciamento de Resíduos

de Serviços de Saúde em Belo Horizonte.

Em 1999 foi publicado o Manual de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde de

Belo Horizonte – MG, com distribuição gratuita aos geradores de RSS (BORGES, 2007).

Desde então, a Prefeitura vem desenvolvendo trabalhos para adequação do

gerenciamento dos resíduos no município.

Em 2011, a COPAGRESS teve uma grande contribuição no cumprimento da determinação

da RDC ANVISA quanto aos indicadores, com a elaboração e divulgação do Manual de

Regulamento Orientador para a Construção dos Indicadores de Monitoramento, Avaliação

e Controle de Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (BELO

HORIZONTE, 2011).

Atualmente, os estabelecimentos geradores de RSS vêm trabalhando na construção

destes indicadores.

3.2.4. Planos, Programas, Projetos e Ações que envolvam logística reversa

De acordo com a ANVISA, o Comitê Orientador para Implantação dos Sistemas de

Logística Reversa (CORI) aprovou o edital de chamamento para elaboração de acordo

setorial que irá implantar o sistema de logística reversa de resíduos de medicamentos, em

reunião realizada no dia 8 de agosto de 2013. A iniciativa faz parte da Política Nacional de

Resíduos Sólidos e foi proposta após dois anos de estudo e discussão no âmbito do Grupo

de Trabalho Temático (GTT) de Medicamentos, coordenado pela ANVISA e Ministério da

Saúde (BRASIL, 2013).

A Portaria MS no 618 de 29 de maio de 2009 em seu artigo 1º instituiu o “Grupo de Trabalho

no âmbito da Anvisa com o objetivo de elaborar proposta de regulamento sobre manejo e

descarte de produtos e insumos farmacêuticos gerados nos serviços de saúde, farmácias,

farmácias de manipulação, distribuidores e importadores”.

O documento estabeleceu metas de implantação progressiva de recolhimento destes

resíduos e estabelecia o prazo de 120 dias para que o setor apresentasse a proposta de

acordo para implantação do sistema de logística reversa. O objetivo da proposta é viabilizar

o descarte ambientalmente adequado, pelo consumidor, de medicamentos vencidos ou em

desuso e contemplar todas as etapas do ciclo de vida dos produtos (BRASIL, 2013).

Em Minas Gerais, foi realizada a “Campanha Traga de Volta” no período de dezembro de

2012 a março de 2013, como parte das atividades desenvolvidas pelo GTT de

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Medicamentos de Minas Gerais, criado pela ANVISA para avaliar a viabilidade técnica e

financeira da Logística Reversa.

A Campanha teve como objetivo levantar dados quantitativos da estimativa do volume de

medicamentos vencidos ou em desuso descartado pela população, além de ampliar a

participação de todas as entidades da cadeia produtiva e consumidora, tais como, indústria,

comércio, governo e sociedade, conforme estabelece a PNRS (MINAS GERAIS, 2012b).

A seguir são apresentadas algumas ações e boas práticas já realizadas ou em andamento

em nível nacional quanto à logística reversa e a destinação ambientalmente adequada dos

resíduos de medicamentos:

Em Uberlândia (MG), existe um projeto denominado “Desarmamento de

Medicamentos”, elaborado pela Associação Regional dos Farmacêuticos de

Uberlândia (ARFU). Os medicamentos são buscados de casa em casa, e

armazenados nas farmácias domésticas ou caseiras. Depois que as casas são

“desarmadas”, os medicamentos são selecionados. Os aprovados (dentro da

validade e em bom estado de conservação) são doados a entidades filantrópicas

que possuem farmácias próprias, os descartáveis ganham a destinação correta. A

Associação exige que as farmácias filantrópicas estejam sob a responsabilidade de

farmacêuticos (RIBAS, 2013).

A instituição Brasil Health Saúde (BHB) criou o “Programa Descarte Consciente”,

que possui estações coletoras para descarte de medicamentos em cerca de 300

pontos de coleta, espalhadas em dez Estados e em mais 100 Municípios brasileiros.

(RIBAS, 2013). O programa já coletou mais 77 toneladas de medicamentos e

encaminhou para destinação final ambientalmente adequada até maio de 2014. Em

Belo Horizonte (MG), 19 farmácias participam do “Programa Descarte Consciente”

sendo 18 farmácias da Droga Raia e uma farmácia do Hospital Lifecenter (BHS,

2014).

Em Belo Horizonte (MG), a Fundação Ezequiel Dias (FUNED) iniciou, em 2014, a

coleta de medicamentos inservíveis (vencidos ou sem condições de uso). Os

servidores da FUNED poderão descartar seus medicamentos, trazidos de casa, em

coletor específico. Os medicamentos coletados serão encaminhados para empresa

de incineração, licenciada pelo órgão ambiental (MINAS GERAIS, 2014d).

Em São Paulo (SP), a Eurofarma e o Grupo Pão de Açúcar lançaram, em 2010, o

Programa “Descarte Correto de Medicamentos”, com objetivo de despertar o

usuário para a importância do descarte adequado de medicamentos vencidos ou

fora de uso. O programa está presente nas drogarias do Extra e do Pão de Açúcar

da capital de São Paulo, que servem como postos de arrecadação dos resíduos

(RIBAS, 2013).

Em Santa Catarina, o programa Papa Pílula (www.papapilula.com.br), criado pela

rede de farmácias do SESI, desenvolveu e distribuiu coletores em 79 farmácias de

39 cidades do Estado. Ao longo de 2012, o serviço recolheu mais de 137 mil

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medicamentos vencidos, que foram encaminhados adequadamente para aterros

sanitários apropriados ou para incinerações (RIBAS, 2013).

No Paraná, a rede Drogamais, distribuiu coletores de medicamentos em suas 58

lojas, em 24 cidades no norte do Estado. Divulgou a campanha de recolhimento de

medicamentos vencidos ou que não seriam mais utilizados em veículos de

comunicação locais. De janeiro a agosto de 2012, recolheu 1,5 toneladas de

medicamentos (CFF, 2012).

No Espírito Santo, a RedeFarmes, implantou em suas unidades 92 farmácias

coletores de bulas, medicamentos vencidos e inservíveis, pilhas e baterias. Os

resíduos recolhidos são encaminhados a uma empresa responsável pela

destinação adequada (CFF, 2012).

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POSSIBILIDADES DE FINANCIAMENTOS PARA GESTÃO DE RSS

O fomento e a priorização de soluções conjuntas entre os municípios é uma das diretrizes

da Lei Federal 12.305/2010 (PNRS). O artigo 18 desta lei inclusive prevê que os municípios

que optarem por soluções consorciadas intermunicipais para a gestão de seus resíduos

sólidos terão prioridade no acesso aos recursos da União (ARMBH, 2013).

Segundo Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS)

A elaboração de plano estadual de resíduos sólidos, nos termos previstos

por esta Lei, é condição para os Estados terem acesso a recursos da

União, ou por ela controlados, destinados a empreendimentos e serviços

relacionados à gestão de resíduos sólidos, ou para serem beneficiados

por incentivos ou financiamentos de entidades federais de crédito ou

fomento para tal finalidade” e “Serão priorizados no acesso aos recursos

da União referidos no caput os Estados que instituírem microrregiões,

consoante o § 3o do art. 25 da Constituição Federal, para integrar a

organização, o planejamento e a execução das ações a cargo de

Municípios limítrofes na gestão dos resíduos sólidos. - Art. 16º (BRASIL,

2010)

Inclusive para gestão de resíduos de construção civil.

A Política Estadual de Reciclagem de Materiais (Lei Estadual nº 14.128/2001) apresenta

em seu Art. 4º que “Os benefícios relativos à Política Estadual de Reciclagem de Materiais

serão concedidos exclusivamente ao usuário, ao produtor e ao comerciante cadastrados

na SEMAD”.

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CONSIDERAÇÕES

O resultado do trabalho realizado está representado pelo conjunto de informações

levantados para atuais planos, programas, projetos e ações desenvolvidos pelos agentes

públicos e privados, com relação aos resíduos sólidos e RSS dos municípios da RMBH e

Colar Metropolitano de Belo Horizonte, e traz também uma análise de políticas e planos

existentes no âmbito federal, estadual, regional e municipal para RSU e RSS.

Estas informações estão estruturadas em Quadros, estratificados para as esferas nacional,

estadual e municipal ou regional, e estão incorporados ao Banco de Dados e Informações

que traduz o diagnóstico da situação atual dos RSS para RMBH e Colar Metropolitano de

Belo Horizonte.

O trabalho realizado, construído a partir de informações secundárias, parcialmente

complementadas com dados primários, é subsidio fundamental para elaboração das fases

subsequentes do Plano podendo nortear a identificação das lições aprendidas, evitar

retrabalhos e contribuir para a priorização e fortalecimento de ações direcionadas para

gestão e gerenciamento do RSS, conforme objetivo estabelecido.

Contudo, cabe observar que iniciativas realizadas no âmbito dos setores públicos e

privados, que se caracterizam como práticas não estruturadas na forma de planos,

programas e projetos, mesmo que evidenciadas nas visitas técnicas realizadas (Trabalho

de Campo - Levantamento de dados primários parciais) não foi possível a identificação dos

procedimentos e mensuração dos resultados. Muitas vezes estas práticas são iniciativas

exitosas, que se estruturadas em forma de planos, projetos e programas em muito

poderiam contribuir para a gestão e gerenciamento dos RSS.

A identificação e avaliação das estruturas existentes para o manejo na fase

extraestabelecimento de saúde (acondicionamento e identificação para sistema de coleta,

armazenamento externo, coleta diferenciada e transporte externos, transbordo, sistema de

tratamento e disposição final ambientalmente adequada dos RSS) foi objeto dos

levantamentos e analises apresentadas no Produto 01. Esta estratégia foi adotada para

melhor compreensão do fluxo das etapas de gerenciamento dos RSS e, além disso, não

foi possível identificar planos, programas, projetos e ações significativas que justificassem

inserção neste produto. O mesmo aconteceu com os programas e ações de tratamento

prévio de resíduos nos estabelecimentos de serviços de saúde.

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RECOMENDAÇÕES

Os Quadros de Planos, Projetos e Programas devem ser submetidos a um processo

continuado de atualização com a participação de todos os atores envolvidos com a gestão

e gerenciamento dos RSS, sob liderança da ARMBH, conforme previsto para o Banco de

Dados e Informações registrado no Produto1. Além disso, é importante sua

complementação pelo mapeamento de iniciativas exitosas, ainda que não transformadas

em planos, projetos e programas.

Sugere-se que a ARMBH elabore uma estratégia de comunicação juntos as demais

instâncias envolvidas com a elaboração do Plano para engajamento e comprometimento

com o desenvolvimento e implementação do mesmo.

Desenvolver estratégias para identificação e avaliação de boas práticas para gestão e

gerenciamento dos RSS desenvolvidas pelos setores públicos e privados, e fomentar a

estruturação destas boas práticas em Planos, Projetos e Programas.

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