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03/03/2014 1 Direitos políticos: sufrágio, sistemas eleitorais e partidos políticos (diálogo T eoria do Estado e Direito Constitucional) Prof. Alessandro Soares Cidadania, direitos polítios e nacioalidade? Direito Constitucional: identidade cidadania e direitos políticos Vida cotidiana: cidadania = nacionalidade Contradição entre as duas perspectivas Cidadania, direitos políticos e nacionalidade? Cidadania e suas dimensões (T.H. Marshall 1893-1981 ): a) Direitos Civis - individuais b) Direitos Políticos participação É possível direitos civis sem direitospolíticos? Escravo como caso extremo de negação de ambos. Homens sem renda no século XIX têm direito civil (realizam contratos de trabalho) mas não direitospolíticos. c) Direitos Sociais e Econômicos riqueza coletiva justiça social. Cidadania plena 3 dimensões. MODELO O desenvolvimento inglês séc XVIII / XIX / XX sequencia histórica-lógica Cidadania, direitos polítios e nacioalidade? Crítica: O modelo inglês apenas como um exemplo de desenvolvimento da cidadania. Não aplicável em países de capitalismo tardio. Conclusão : para Marshall os direitos políticos são um aspecto da cidadania. Para o direito a cidadania se resume aos direitos políticos. Cidadão e cidadania na CF 1988 Cidadão e cidadania na CF 1988? Art. 58, § 2º, inciso V. Art. 5º, inciso LXXI, mandado de injunção. Posições de Manoel Gonçalves Ferreira Filho, Luís Roberto Barroso e o conceito de Marshall. Questão que conceito de cidadania utilizar? Direito ou Ciência Política? E a nacionalidade? Direitos políticos (definição jurídica) Direito público subjetivo que garante a participação popular na esfera política do Estado. Política com centralidade no Estado Cada realidade estatal reflete um grau de participação - democracia

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Direitos políticos: sufrágio, sistemas eleitorais e partidos

políticos

(diálogo Teoria do Estado e DireitoConstitucional)

Prof. Alessandro SoaresCidadania, direitos polítios e

nacioalidade? • Direito Constitucional: identidade cidadania e

direitos políticos

• Vida cotidiana: cidadania = nacionalidade

• Contradição entre as duas perspectivas

Cidadania, direitos políticos e nacionalidade?

• Cidadania e suas dimensões (T.H. Marshall 1893-1981 ):• a) Direitos Civis - individuais• b) Direitos Políticos – participação• É possível direitos civis sem direitos políticos? Escravo

como caso extremo de negação de ambos. Homens semrenda no século XIX têm direito civil (realizam contratosde trabalho) mas não direitos políticos.c) Direitos Sociais e Econômicos – riqueza coletiva – justiça

social.• Cidadania plena – 3 dimensões.• MODELO – O desenvolvimento inglês séc XVIII / XIX / XX –

sequencia histórica-lógica

Cidadania, direitos polítios e nacioalidade?

• Crítica: O modelo inglês apenas como um exemplo de desenvolvimento da cidadania. Não aplicável em países de capitalismo tardio.

• Conclusão: para Marshall os direitos políticossão um aspecto da cidadania. Para o direito a cidadania se resume aos direitos políticos.

Cidadão e cidadania na CF 1988

• Cidadão e cidadania na CF 1988?• Art. 58, § 2º, inciso V. • Art. 5º, inciso LXXI, mandado de injunção.• Posições de Manoel Gonçalves Ferreira Filho,

Luís Roberto Barroso e o conceito de Marshall.

• Questão que conceito de cidadania utilizar?• Direito ou Ciência Política? E a nacionalidade?

Direitos políticos (definição jurídica)

• Direito público subjetivo que garante a participação popular na esfera política do Estado.

• Política com centralidade no Estado• Cada realidade estatal reflete um grau de

participação - democracia

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Classificação dos direitos políticos

• Direitos Políticos Positivos• Direitos Políticos Negativos

(exceção)

Direitos Políticos Positivos

• Direitos políticos positivos:

• a) sufrágio• b) sistemas eleitorais • c) procedimentos eleitorais• Capítulo IV, CF/88 – Arts 14 a 16• E os partidos políticos?• d) partidos políticos (Cap. V, CF/88 art. 17)

Direito de Sufrágio: capacidadeeleitoral ativa e passiva

• Sufrágio – Etimologia - latim sufragium = escolha, apoio ou aprovação

• Como Direito = participação política• Questão: como participo?

• As condições políticas modernas determinam o modo de participação (dois lócus de poder – representantes e representados)

• Sufrágio: Capacidade eleitoral ativa e passiva (elegibilidade e alistabilidade)

• Na ciência política – Max Weber – ativo/passivo

Direito de Sufrágio

• O voto (capacidade eleitoral ativa) diz respeitosempre à escolha de representantes?

• R: modalidades de sufrágio na CF/88

Modalidades de Sufrágio

Art.14 A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:• I - plebiscito; (voto)• II - referendo; (voto)Regulados pela Lei 9709/98• Distinção.• Art. 49 inciso XV. Competência Congresso

Nacional

Direito de sufrágio e iniciativa popular

• Art. 14, III iniciativa popular• Vide. Art. 61. • § 2º - A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à

Câmara dos Deputados de projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos porcinco Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles. (município art.29, XIII) (Estado art. 27, §4º)

• Envolve questão eleitoral? (votar e ser votad0?)• (CRÍTICA-Dificuldades democráticas)• Iniciativa popular no Brasil• Dallari: Efeito mobilizador e impedir interesses particulares –

Entre a banalização e a eficácia• Proposta professor José Eduardo Cardozo

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Ação Popular / Partidos Políticos• Ação Popular Art. 5. LXXIII - qualquer cidadão é parte

legítima para propor ação popular que vise a anular atolesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meioambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência;

• (Não envolveato voto também – jurisprudência e lei 4717/65 requeremcapacidade eleitoral)

• A privação dos direitos políticos após a propositura?• Novas perspectivas na doutrina: capacidade para

estrangeiro? (Art. 5º, caput e 225 da CF) • Partidos Políticos?

Espécies de sufrágio

• Quanto a extensão (amplitude): UNIVERSAL X RESTRITO

(Capacitário/censitário)

Constituição Federal de 1988, art. 14 – sufrágio universal (implica sempre um grau de restrição)

Espécies de sufrágio

• Do ponto de vista da igualdade: • IGUAL E DESIGUAL (Múltiplo – plural –

familiar)

• Constituição de 1988, art. 14, voto com valor igual.

O Direito de Sufrágio como conquistahitórica

• Fundamento do discurso anti-democrático e as lutas históricas

• Configuração geral do Estado Liberal:a) Revoluções burguesas – Inglaterra – Françab) Demanda Política burguesa: liberdadec) Teorias da limitação do poder -

constitucionalismoSeparação de Poderes -MontesquieuJusnaturalismo – John LockeSoberania popular/democracia – Rousseau 1762 contrato social – Liberdade no Estado civil

O Direito de Sufrágio como conquistahitórica

Estado liberal = Estado limitado em 2 sentidosa) Poder = Estado de Direitob) Tarefas = Estado Mínimo

Garantia das liberdades indivíduais

Demandas liberais como demandas de classe social

• Revoluções burguesas, direitos políticos e classes inferiores – reconhecimento como classe –desconhecimento do sufrágio como universal - medo das classes perigosas – máquinas bípedes – animais de carga -crianças – Estado de Justiça Social

• LUTA POLÍTICA DA BURGUESIA DUAS DIREÇÕES: • a) Contra o absolutismo democracia• c) Contra as classes inferiores representação• MEDO DA BURGUESIA QUANTO A REPRESENTAÇÃO• a) eleição de representantes classes perigosas• Solução de restrições a participação política

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1787 – “Madison mais tarde presidente dos Estados Unidos, disse, com rude franqueza, na Convenção de Filadélfia (Franqueza perfeitamente explicável, por terem sido secretos os trabalhos da convenção, cujas atas só mais tarde se divulgaram). “Não podemos ainda ser considerados um corpo homogêneo, no qual todas as coisas que afetem igualmente a sua totalidade. Ao construir um sistema que desejamos que dure para as idades futuras, não devemos perder de vista a mudança que essas idades trarão consigo. Um acréscimo de população aumentará necessariamente a proporção daquele que terão que sofrer os embates da vida, desejando secretamente uma melhor repartição dos seus benefícios. É possível que com o tempo, estes superem os que se encontrem bem situados economicamente. De acordo com as leis do sufrágio, o poder passará para as mãos dos não possuidores... E como havemos de nos preservar disto, baseando-nos em princípios republicanos? Como vamos poder prevenir o perigo em todos os casos de coalizões interessadas em oprimir a minoria que devemos proteger” Victor Nunes Leal

Conclusão

• Liberalismo e democracia andam apartado e muitas vezes em contradição

• Voto Mulher:• Suiça 1970• França 1945• Brasil 1932

Capacidade eleitoral ativa e passiva e a Constituição de 1988.

• Quais as condições necessárias para um sujeito ter o direito de exercer o voto?

• Alistamento eleitoral. • Art.14, § 1º - O alistamento eleitoral e o voto são:• I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos; (4737/65 – art.8º -

brasileiros natos e naturalizados – 1 ano)• II - facultativos para: (Cód. Eleitoral veda alistamento)• a) os analfabetos; EC. 25/85• b) os maiores de setenta anos;• c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.• § 2º - Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e,

durante o período do serviço militar obrigatório, os conscritos. (exceção)

Capacidade eleitoral ativa e passiva e a Constituição de 1988

• Alistamento vedado (Exceção)• § 2º - Não podem alistar-se como eleitores os

estrangeiros e, durante o período do serviço militar obrigatório, os conscritos.

• Menores de 18 alistados e o voto?• Fundamento da restrição ao conscrito?Neutralidade (para não por em risco a disciplina e hierarquia) e Exclusividade do serviço militar

Capacidade eleitoral ativa e passiva e a Constituição de 1988.

• O título de eleitor e sua obrigatoriedade no momento do voto. Lei n. 12.034/2009 introduziu o art. 91-A à Lei n. 9.504/97 impondo documento com foto e título

• ADI 4.467 • Viola a proporcionalidade e a razoabilidade

Capacidade eleitoral ativa e passiva e a Constituição de 1988.

• Capacidade eleitoral passiva• § 3º - São condições de elegibilidade, na forma da lei:• I - a nacionalidade brasileira; (obs: art. 12,§3º -

soberania, defesa e relações internacionais)• II - o pleno exercício dos direitos políticos;• III - o alistamento eleitoral;• IV - o domicílio eleitoral na circunscrição;• (art. 70 Cc. + interesse patrimonial + vínculos..)• V - a filiação partidária; (art. 95, vedação de filiação

juízes. Desincompatibilização e filiação 6 meses antes do pleito)

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Capacidade eleitoral ativa e passiva e a Constituição de 1988.

• VI - a idade mínima de:• a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da

República e Senador;• b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de

Estado e do Distrito Federal;• c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado

Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz;• d) dezoito anos para Vereador.• QUAL O MOMENTO DE AFERIR A IDADE?Posição TSE contrária ao art. 11, §2 º da lei 9504 que prevê data da posse. Data da eleição.

Capacidade eleitoral ativa e passiva e a Constituição de 1988.

• As condições de elegibilidade na CF/88 é roltaxativo ou exemplificativo?

O VOTO E SUAS CARACTERÍSTICAS NA CONSTITUIÇÃO DE 1988

• O voto como instrumento do cidadão eleitor –distinto do exercício de manifestação nas instituições estatais

• Voto: direito, dever ou função (do estado)?• (discussão sobre a obrigatoriedade do voto) • José Afonso da Silva: função e dever de natureza sócio-

política, mas não jurídico.Características do voto:Art. 14.Diretoe secreto, com valor igual

O VOTO E SUAS CARACTERÍSTICAS NA CONSTITUIÇÃO DE 1988

Características do voto:Art. 14.

Direto (Exceção art. 81§ 1º)

Art. 81. Vagando os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República, far-se-á eleição noventa dias depois de aberta a última vaga.§ 1º - Ocorrendo a vacância nos últimos dois anos do período presidencial, a eleição para ambos os cargos será feita trinta dias depois da última vaga, pelo Congresso Nacional, na forma da lei.

O VOTO E SUAS CARACTERÍSTICAS NA CONSTITUIÇÃO DE 1988

• Pessoal (implícito no art. 14) • Secreto (não pode emitir o voto)• Obrigatório (maior de 18 e menor de 70)• Facultativo (maior de 16 e menor de 18,

analfabeto e maior de 70.• Periódico• Art. 60. § 4º - Não será objeto de deliberação a

proposta de emenda tendente a abolir:- o voto direto, secreto, universal e periódico;

SISTEMAS ELEITORAIS• CONCEITO - caminho do voto até a nomeação

das cadeiras. (ex. Partido ou pessoa? um candidato por partido? Tamanho do distrito? 10 candidatos 1 recebe 10 votos o restante 9 cada, quem ganhou? Etc…

• IMPORTÂNCIA:• correlação de forças políticas;• Influi no comportamento de eleitores, candidatos

e partidos. Ex. Eleição prefeito. Art. 29, II e 77, §2º da CF.

• Não totalidade do direito eleitoral

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Sistemas eleitorais• Componentes básicos dos sistemas eleitorais (Douglas

Rae):

• Magnitude do distrito eleitoral• Distrito – India, Inglaterra – só para eleições• Brasil?• Magnitude = Relação cadeira - distrito• Estrutura do voto• como o eleitor pode expressar seu voto. • Fórmula eleitoral• procedimentos de contagem de votos para fins de

distribuição das cadeiras

Sistemas Eleitorais

• Sistemas majoritários

• Como foi adotado na CF/88?

• por maioria absoluta (sistema de dois turnos) para eleição de Presidente e Vice-Presidente da República (CF, art. 77); governador e vice-governador de Estado (CF, art. 28); prefeito e vice-prefeito municipal (CF, art. 29, II);

Sistemas Eleitorais• “Alguns países adotam a regra de dois turnos, mas com outros

critérios menos exigentes para a eleição presidencial no primeiro turno. Na Costa Rica, um partido precisa obter ao menos 40 porcento dos votos para vencer no primeiro turno. Na Argentina, para um candidato a presidente ser eleito no primeiro turno ele tem de satisfazer uma das seguintes condições: receber mais de 45 porcento dos votos ou receber mais de 40 porcento dos votos, com 10 pontos percentuais de diferença em relação ao segundo mais votado. No Equador, um candidato precisa obter mais de 45 porcento de votos, com uma diferença de 10 pontos percentuais em relação aos segundo candidato para vencer no primeiro turno. Na Nicarágua um candidato é eleito no primeiro turno se obtiver pelo menos 45 porcento dos votos. Nenhuma dessas regras garante que o presidente será eleito com mais da metade dos votos dos eleitores.” P. 40 Nicolau

Sistemas Eleitorais

• Até a década de 80 muitos países usavammaioria simples para chefe do poderexecutivo.

• Crítica – Eleição Luiza Erundina São Paulo 1988.

Sistemas Eleitorais

• Sistema de maioria relativa na Constituição 1988

• por maioria relativa (simples) para a eleição de senadores da República (CF, art. 46, caput) e juízes de paz (CF, art. 98, II).

Sistemas Eleitorais• Sistema proporcional • – Objetivo • – Razões Históricas – participação de minorias partidárias

(não sociais) – Formulação matemáticos ingleses e belgas• Constituição 1988• Brasil – integralmente a partir de 1945.• Art. 45. Deputados…vereadores, dep. est., distri.• Como distribuir as cadeiras proporcionalmente para cada

Partidos?• R. Quociente eleitoral – Votos:cadeiras• Quociente partidário – votos dos partidos: quo

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Sistemas Eleitorais

• Quem irá ocupar as cadeiras distribuídas no sistema proporcional?

• R. Depende – Modelo de listas partidárias• a) Fechada; • b); Aberta;• c) Flexível.

Sistemas eleitorais: listas partidárias

• LISTA FECHADA– Itália, Espanha, Israel, África do Sul, Argentina, Uruguai…

• Ponto positivo: fortalecimento dos Partidosenquadramento ideológico e partidário do representante / negociações via partido

• Crítica: Oligarquia partidária / afastamentorepresentantes e representados (accountability)

• Problemas na crítica sobre “oligarquização” • Método para garantia de grupos sociais: África do Sul

- Étnicos• Argentina – mulheres – Lista proporção 2-1

Sistemas eleitorais: listas partidárias

• LISTA ABERTA – Finlândia, Brasil, Polônia, Peru... • Crítica: • Competição entre candidatos do mesmo partido;• Enfraquecimento dos partidos (personalismo –

historicidade brasileira - clientelismo: emendas/lobby –carência social e relações de dependência: cesta básicaetc);

• Eleição de candidatos com pouca representatividadeeleitoral: “efeito fama”

• Dificuldade de controle dos gastos eleitorais –campanhas individuais – financiamento privado –crítica -

Sistemas eleitorais: listas partidárias

• LISTA FLEXÍVEL – Suécia, Noruega, Bélgica, Aústria, República Tcheca…

• O candidato em regra deve alcançar uma cotapré-estabelecida para se reposicionar na lista– Ex. Suécia – 8% dos votos da lista.

• Obs. Pela experiência eleitores tendem a votarna lista partidária.

• Vantagem: fortalece e não priva os eleitoresdo voto individual

Sistemas eleitorais: Voto distrial

• Voto distrital e Sistema Majoriário• (nomenclatura problemática)• O Senado Federal como ponto de partida

teórico (Art. 46). – Renovação de 1/3 –funciona como distrito uninominal.

• -----Brasil Distrito ------ estados distritosmenores – uma cadeira – um candidato

Sistemas eleitorais: Voto distrial

• Aplicação para as Câmaras Populares - Reino Unido, EUA, Canadá, Índia e Bangladesh.

• Desenho dos Distritos e quantidade de eleitores (equilíbrio) – Não beneficiar ou prejudicar partidos

• Discussão sobre sua aplicabilidade no Brasil para a Câmara - Reforma Política

• O senado como exemplo distorção democrática -

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Sistemas eleitorais: Voto distrial• Efeitos do voto distrital: • Positivo: accountability: aproximação representantes

e representados• Negativo: voto disperso x concentrado – candidatos de

caráter nacional tendem a ser derrotados (voto de opinião)

• Distorção na representação dos partidos• Não-representação de minorias• * o voto distrital perde apoiadores• Predominancia de agendas locais• Estimulo ao personalismo

Sistemas eleitorais: Voto distrial

• Sistema majoritário (relativa) em distritos plurinominais (DISTRITÃO) -

• Sistema Misto – Alemanha (voto distrital misto)

DIREITOS POLÍTICOS NEGATIVOS

• Ideia geral dos direitos políticos negativos• Expressão concreta: Inelegibilidades e

privação dos direitos políticos

• INELEGIBILIDADES• Fundamento art. 14, §9º da CF• Inelegibilidade absoluta/ampla - § 4º• Inelegibilidade relativa/restrita

DIREITOS POLÍTICOS NEGATIVOS

• Inelegibilidade sanção –• Quem comete crime contra a economia

popular, tráfico de entorpecentes ou crime eleitoral e tem contra si sentença condenatória transitada em julgado –inelegível por 3 anos após o cumprimento da pena.

• LC 135/2010 – Ficha limpa

DIREITOS POLÍTICOS NEGATIVOS• Privação dos direitos políticos – perda e suspensão• Art. 15 É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda

ou suspensão só se dará nos casos de:• I - cancelamento da naturalização por sentença transitada

em julgado;• II - incapacidade civil absoluta;• III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto

durarem seus efeitos;• IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou

prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII;• V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º.

Partidos Políticos

• Partidos Políticos: abordagem da ciência política e do direito

• O sentido moderno dos “Partidos Políticos”: entre a especifidade e a generalidade

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Partidos Políticos

• Conceito de partido político• Partido Político é uma organização durável

(instituição) que mantém relações variadas em nível local e nacional, no qual há a vontade deliberada de seus membros de tomar e exercer o poder com vistas a implementação de uma política programaticamente definida, buscando para isso apoio popular.

Partidos Políticos

• Institucionalização jurídico constitucional dos partidos

• Natureza Jurídica dos Partidos• Art. 17, § 2º - Os partidos políticos, após

adquirirem personalidade jurídica, na forma da lei civil, registrarão seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral.

Partidos Políticos

• Princípios constitucionais dos Partidos Políticos:

• Liberdade de: criação, fusão, incorporação e extinção

• Liberdade de adesão e não adesão / filiação e desfiliação

• Partidos Políticos podem recusar filiação?

Partidos Políticos• Limites à liberdade partidária• Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção

de partidos políticos, resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa humana e observados os seguintes preceitos:

• I - caráter nacional;• II - proibição de recebimento de recursos financeiros

de entidade ou governo estrangeiros ou de subordinação a estes;

• III - prestação de contas à Justiça Eleitoral;• IV - funcionamento parlamentar de acordo com a lei.

Partidos Políticos

• Lei 9096/95 – Lei dos Partidos Políticos• Caráter nacional: Art. 7º, § 1º Só é admitido o registro

do estatuto de partido político que tenha caráter nacional, considerando-se como tal aquele que comprove o apoiamento de eleitores correspondente a, pelo menos, meio por cento dos votos dados na última eleição geral para a Câmara dos Deputados, não computados os votos em branco e os nulos, distribuídos por um terço, ou mais, dos Estados, com um mínimo de um décimo por cento do eleitorado que haja votado em cada um deles.

Partidos Políticos

• Autonomia e não verticalização das coligações• § 1º É assegurada aos partidos políticos

autonomia para definir sua estrutura interna, organização e funcionamento e para adotar os critérios de escolha e o regime de suas coligações eleitorais, sem obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal.. (EC.52/06)

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DIREITOS POLÍTICOS NEGATIVOS

• Direitos Políticos negativos• Formas de expressão: inelegibilidades, perda

e suspensão dos direitos políticos:

• Inelegibilidades: Art. 14, § 4º a § 8º• Fundamento ético • Absolutas• Relativas

Bibliografia

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• LOSURDO, Domenico. Democracia o u Bonapartismo, Rio de Janeiro, EditoraUFRJ/Editora UNESP, 2004.

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2012. http://www.dhnet.org.br/direitos/sos/textos/historia.htmhttp://www.dhnet.org.br/direitos/sos/textos/historia.htm

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• CASTRO, Edson de Resende. Teoria e Prática do Direito Eleitoral. 5 edição. Belo Horizonte: Del Rey, 2010.