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Prof. Clésio Farrapo

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Prof. Clésio Farrapo

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A nação surge quando existe um sentimento de identidade e de pertencimento entre seus integrantes.

O conceito de povo pode ser evidenciado através do reconhecimento de quando uma população se reconhece enquanto compatriotas.

O Estado brasileiro nasceu em 1822, com a Proclamação da Independência.

A formação da identidade nacional brasileira é fruto de um processo de longa duração.

Embora mantenha uma única língua oficial, o país conserva a riqueza das culturas originais, da fusão entre elas e de outras que a elas se somaram.

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Matrizes básicas:• Indígena

• Européia

• Africana Miscigenação

A maior parte da população brasileira é constituída

de mestiços.

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Dentre os mestiços também chamados

de pardos, o grupo mais numeroso é o

mulato (europeu + africano), devido à

elevada miscigenação entre portugueses

e africanos, desde o período colonial.

Também temos o caboclo ou mameluco

(europeu + indígena) e o cafuzo (africano

+ indígena).

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O IBGE utiliza as denominações preta,

branca e amarela para classificar as

pessoas de acordo com a cor da pele.

Utiliza, também, as denominações parda

e indígena.• A denominação parda terminou sintetizando a

intensa mestiçagem ocorrida no Brasil,

englobando as expressões cafuzo, caboclo e

mulato.

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Atualmente prefere-se utilizar as

denominações afro-brasileiros e euro-

brasileiros para os descendentes de

povos africanos e europeus,

respectivamente.

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A diminuição da população afro-

brasileira no final do séc. XIX e o

aumento progressivo da população euro-

brasileira se devem, entre outros fatores,

à miscigenação e à chegada de

imigrantes europeus às lavouras de café,

após a abolição da escravidão, com

destaque para alemães, japoneses e

outros.

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Entre o séc. XVI e o final do séc. XX, a população indígena sofreu drástica redução, caracterizando um processo de genocídio desses povos, iniciado com a colonização, movida por interesses mercantis, pela busca de riquezas e pelo lucro.

Entre as causas dessa redução, podemos citar:• A expansão da ocupação territorial pelos não indígenas e

a diminuição do território indígena.• As guerras de extermínio.• A escravização e a intensa exploração da mão de obra

indígena.• A disseminação de doenças trazidas pelo colonizador

perante as quais eles não tinham imunidade causou muitas epidemias.

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Atualmente, porém, a maior parte dos

indígenas brasileiros está aculturada.

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Em 1973 foi promulgado o Estatuto do Índio.A FUNAI, criada em 1967, substituiu o

serviço de Proteção ao Índio (criado em 1910) e é atualmente o órgão responsável pela tutela dos índios.

A Constituição brasileira de 1988 reconheceu direitos permanentes aos indígenas, entre eles o direito à terra e à manutenção de suas organizações social e cultural.

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De acordo com entidades indigenistas,

existem atualmente no Brasil 241 povos

indígenas, que, ao todo, falam 180 línguas

diferentes.

Nas décadas de 1970 e 1980 surgiram

vários movimentos e entidades nacionais

e internacionais de apoio à causa

indígena.

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Um exemplo é o Conselho Indigenista

Missionário (Cimi), criado em 1972.

Em 1992 foi fundada a Capoib (Conselho

de Articulação dos Povos e Organizações

Indígenas do Brasil), depois da curta

experiência de representação nacional

da UNI (União das Nações Indígenas),

formada em 1980.

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Em 2007, a FUNAI reconheceu 611 terras

indígenas.

Desse total, 398 estão demarcadas e o

restante, em processo de demarcação.

Embora os povos indígenas representem

por volta de 0,3% da população

brasileira, suas terras ocupam 12,4% do

território nacional, sendo que a maior

parte se concentra na Amazônia

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A demarcação das terras ianomâmis,

ocorrida em 1991, por exemplo, gerou

críticas de setores militares.

Os militares temem que essa região, rica

em biodiversidade, madeira, minérios

(ouro, cassiterita, diamante, zinco, cobre)

e água possa suscitar interesses de

outros países.

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Mais recentemente, o debate girou em torno do cumprimento da lei que dermacou definitivamente a Terra Indígena Raposa-Serra do Sol, uma área contígua de 1,6 milhão de hectares no nordeste de Roraima, na qual vivem cerca de 15 mil indígenas.

O governo estadual e setores das Forças Armadas lutaram e ainda lutam para que a reserva seja fracionada.

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Os primeiros grupos de africanos

escravizados desembarcaram no Brasil

por volta de 1550.

Apenas em 1850, com a promulgação da

Lei Eusébio de Queirós, essa atividade

foi proibida.

No entanto, o escravismo perdurou até

1888, quando a Lei Áurea aboliu essa

prática.

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O índices de mortalidade superavam os

nascimentos desse grupo.

Na virada do séc. XVIII para o XIX, o

desempenho da economia dependia da

mão de obra africana, utilizada em

diversas atividades produtivas

fundamentais.

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Para evitar insurgências e rebeliões, os senhores de escravos adotavam a política da dispersão, ou seja, espalhavam o máximo possível os grupos étnicos.

No entanto o anseio de liberdade estava presente e se manifestava das mais variadas formas.

Os movimentos de resistência à escravidão se revelam no cotidiano, na forma de trabalhos malfeitos, brigas e desobediências, em fugas constantes e na organização de irmandades religiosas.

Muitos escravos que escapavam buscavam os quilombos.

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abolição da escravatura não significou a

integração dos ex-escravizados ao conjunto

da sociedade.

A falta de políticas capazes de assegurar

direitos e oportunidades para os afro-

brasileiros acabou por impelir uma

multidão de ex-escravizados, sem

qualificação para o trabalho, a ocupar

postos menos valorizados e habitar áreas

degradadas nas cidades ou no meio rural.

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Desde a época colonial, a situação de exclusão e de preconceito vivida pelos afro-brasileiros, pelos indígenas e pelos pardos funciona como uma barreira que impede a ascensão social e econômica.

Podemos supor que esse é um dos motivos que levou grande número de pessoas a não se autodeclararem negras nos recenseamentos, mesmo apresentando características africanas.

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A população afrodescendente

atualmente ainda se encontra sub-

representada, desempenhando, por

exemplo, poucas funções de destaque no

legislativo e no judiciário.

A renda per capita média dos negros

representou apenas 40% da obtida pelos

brancos.

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Ao longo dos séculos os afro-brasileiros têm organizado movimentos de resistência contra o preconceito racial e pela defesa de seus direitos políticos e civis.

Na Constituição de 1988, foi tipificado o crime de racismo, entendido como ato ofensivo à dignidade de uma classe. No Brasil mais da metade da população de baixa renda é afrodescendente.

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A população afro-brasileira enfrenta, há séculos, inúmeras desvantagens para alcançar as chamadas mobilidade social e mobilidade ocupacional.

Com o objetivo de reparar essa falha social e minimizar as conseqüências dos efeitos perversos dessa situação é que se tem elaborado políticas de não discriminação ativa, voltadas à promoção de grupos minoritários.• Lei de cotas - 1999