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Profª Drª Leonor SantosAvaliação das Aprendizagens
Célia DiasCristina Roque
Incerteza e imprevisibilidade
caracterizam os contextos de trabalho e de vida
Evolução das teorias da aprendizagem
Insatisfação face à avaliação “tradicional”
• Destrezas em
• auto-gestão
• auto-regulação
• aprendizagem contínua
• auto-avaliação
• planeamento do trabalho
• Impacto no currículo e na pedagogia
• Repercussões na avaliação
• Destrezas cognitivas básicas
• Influencia /condicionamento negativamente nas práticas
• Insuficiente informação para a tomada de decisão e não fomenta aprendizagem
Alves in Encontro sobre e-Portefólio (2006)
Pressupostos
Aprendizagem
Acto desenvolvido pelo próprio através de experiências significativas e relevantes … interacção com os outros
constitui um contexto favorável.
Avaliação
Deve favorecer trabalho pertinente e contextualizado
Fazer apelo ao pensamento reflexivo, facilitar a metacognição, o envolvimento ,responsabilidade e
afectividade
Pinto & Santos (2006)
Relação com a avaliação Sumativo vs Formativo
Enfoque Produto vs Processo
Finalidade Certificação/promoção vs Aprendizagem/ desenvolvimento
Âmbito Restrito (ex: aritmética) vs Alargado ( ex: sentido do número)
Escolha Obrigatório vs Voluntário
Estatuto do aluno Passivo vs Activo
Adaptado de Vieira (2006)
Portare
transportar
Foglio
folhaPortfolio
O portefólio surgiu como um instrumento alternativo e o seu uso traduziu-se numa mudança das abordagens quantitativas para as qualitativas na
avaliação das aprendizagens .
Klenowskii citado por Alves in Encontro sobre e-Portefólios (2006)
O que é um Portefólio de Matemática?
O que é?
Conteúdos
.. . colecção de trabalhos em desenvolvimento, bem como trabalhos terminados.
Reflexões do aluno sobre as suas produções Reflexão final sobre o trabalho desenvolvido e o contributo que o portefólio deu à sua aprendizagemCujo conteúdo é negociado entre professor e o aluno sendo este o decisor final
FinalidadesCo-responsabilizar o aluno pela sua aprendizagem e avaliaçãoIlustrar o desenvolvimento do aluno ao longo de um período de tempo significativoAvaliar a prossecução dos objectivos do currículo, durante um ou mais anos, com base em diversos desempenhos
Adaptado de Santos & Pinto (2006)Bernardes Miranda (2003)
O que é?
Conteúdos
… colecção dos melhores trabalhos do aluno.
Dele devem fazer parte as reflexões do aluno sobre as escolhas das suas actividades.
Finalidades Tem por finalidade ilustrar as competências do aluno;
ObjectivosEncorajar o aluno a esforçar-se e a desenvolver a preocupação de realizar um trabalho de qualidade;Demonstrar ao professor e aos encarregados de educação o que o aluno valoriza na sua aprendizagem;Evidenciar as melhores realizações do aluno.
Adaptado de Bernardes Miranda (2003)
Reflexão
Motivação
Estruturação
Evolução
Decisão
Visualização
Participação
Comunicação
Costa & outros (2006)
“… são colecções sistemáticas … servem de base paraexaminar o esforço, a melhoria, os processos e orendimento, assim como para responder àsexigências habitualmente feitas por métodos maisformais de avaliação. Através da reflexão sobre ascolecções sistemáticas de trabalhos de um aluno, osprofessores e os alunos podem trabalhar emconjunto, no sentido de compreenderem as forças doaluno, as suas necessidades e os seus progressos.”
Tierney & outros (1991) citado por Bernardes e Miranda (2003)
Constituir um importante contributo para a aprendizagem, desenvolvida através:
da auto-avaliação, do feedback dado externamente, da reflexão sobre o que se aprendeu e como se aprendeu, da identificação dos pontos fortes e fracos, a necessitar de
desenvolvimento.Pinto & Santos (2006)
É a de obter uma imagem, tão nítida quanto possível, das aprendizagens que desenvolveram ao longo de um dado período de tempo, das suas experiências, dificuldades e progressos.
Fernandes (2008)
Identificação do que o professor pretende com o portefólio - objectivos;
Identificação de possíveis categorias de análise; Organização de uma grelha de análise; Ilustração e aplicação a exemplos concretos.
Adaptado de Costa & outros (2006)
Discussão, com os alunos, da noção e importância de portefólio na vida corrente;
Estabelecimento, de forma negociada, da estrutura do portefólio (conteúdos a incluir, critérios…)
Negociação do suporte do portefólio;
Determinação do cronograma para a recolha dos documentos;
Calendarização das reuniões de análise do portefólio entre professor e o aluno;
BalançoAdaptado de Bernardes & Miranda (2003)
O aluno e a avaliação de processos
O aluno e a avaliação de produtos
Objectivos?
• Conhecer o seu estilo de aprendizagem
• Seleccionar as estratégias adequadas
• Apropriação dos critérios de correcção
•Tomada de consciência dos processos realizados
• Reconhecer as suas forças e as suas fraquezas
Quando? • A avaliação é continua • A avaliação é pontual
Como?
• Reflexão crítica
• Explicação de estratégias utilizadas
• Seleccionar trabalhos destinados ao portefólio
• Comparar trabalhos para reconhecer as diferenças/ os processos
Adaptado de Bernardes & Miranda (2003)
O professor e a avaliação de processos
O professor e a avaliação de produtos
Objectivos?
• Determinar as estratégias a ensinar, em função do aluno, reformular a actuação inicialmente prevista
• Motivar o aluno
• Conhecer melhor o percurso de aprendizagem do aluno
• Fazer o balanço das aprendizagens/ competências
• Motivar o aluno
• Determinar os saberes e as competências a adquirir
• Determinar a eficácia da sua metodologia
Quando? • A avaliação é continua • A avaliação é pontual
Como?
• Proceder, com regularidades, a reuniões/ entrevistas com o aluno
• Realizar quer uma observação naturalista, quer uma observação focalizada do portefólio
• Levar o aluno a consciencializar os seus pontos fortes e fracos
• Avaliar os trabalhos do portefólio
Adaptado de Bernardes & Miranda (2003)
Almeida e Vieira (2006)
CRITÉRIOS DE QUALIDADE
Organização do PA Construção do
Conhecimento
Reflexão sobre a
Aprendizagem
EmpenhoSelectividadeCriatividadeOrganização
Iniciativa/AutodirecçãoEvolução
Empenho
Selectividade
Criatividade
Organização
Iniciativa/Autodirecção
Evolução
Empenho
Selectividade
Criatividade
Organização
Iniciativa/Autodirecção
Evolução
Regularidade Regularidade
Correcção Científica Espírito Crítico
Articulação com o
programaSinceridade
Proporciona uma visão holística do percurso do aluno (quer em termos cognitivos como afectivos);
Permite regular o ensino (do professor) e a aprendizagem dos alunos (saber-fazer operatório vs saber-fazer refletido que permite intervir e agir conscientemente)
Estreita a comunicação entre professor e aluno; Promove uma mudança da praxis educativa. Desdramatiza e torna mais transparente o
processo avaliativoAdaptado de Alves & Gomes (2007)
Não há bela sem senão …
quais os riscos?quais os constrangimentos?
Organizam à pressa o seu portefólio Concentram-se mais no aspecto gráfico Colocam nos portefólios materiais
irrelevantes para a sua aprendizagem Reflexões geralmente limitadas a respostas
curtas, pré-definidas e sem sentido para a actividade em si.
Como contornar… dar indicações expressasAlves & Gomes (2007)
“… exigindo um planeamento e organização rigorosa, bem como uma clarificação dos critérios de construção do portefólio e sua avaliação. “
Fernandes et al, 1994 citado por Melo & Freitas in Encontro sobre e-Portefólio (2006)
“ … ficou claro que é necessário clarificar muito bem o contrato e, sobretudo, negociá-lo para que os alunos se apropriem dele”
Alves in Encontro sobre e-Portefólio (2006)
“… há que estar prevenido para a possibilidade de: (i) trivializar o portefólio; (ii) mera exibições do que melhor sabe fazer; (iii) perverter a sua natureza”
Shulman, 1999 citado in Pinto & Santos (2006)
“… não há a garantia de que a utilização de portefólios conduza, por si só, a uma avaliação autêntica, participada e reflexiva. “Fernandes et al, 1994 citado por Melo & Freitas in Encontro sobre e-Portefólio (2006)
Alves & Gomes, 2007
• Muitas turmas/alunos.
• Dificuldade em desenvolver um acompanhamento adequado.
• Participação e envolvimento dos alunos não é imediata.
Professor
• Exigir um trabalho contínuo dos alunos para produzir, compilar e organizar o
portefólio.
Aluno
• Boa planificação prévia por parte do professor (definição clara dos objectivos e da estrutura dos portefólios, clarificação prévia dos tipos de materiais a incluir e dos princípios e critérios de avaliação a adoptar,…);
• Sistematização e organização de rotinas
Como contornar…
Aluno:“… necessidade de justificar sempre as opções que são tomadas acarreta angústias nos alunos”
Alves, in Encontro sobre e-Portefólio (2006)
Professor: Adequabilidade/Justeza da avaliação (Ex: poder penalizar os alunos que apresentem mais dificuldades na escrita)
Nunes citado por Melo & Freitas in Encontro sobre e-Portefólio (2006)
A avaliação deve criar uma “biografia” sobre a aprendizagemdos alunos, constituindo assim uma base para melhorar aqualidade do ensino. Na verdade, a avaliação não tem razãode existir, a menos que melhore o ensino.
NCTM (1991)
“Ao colocar o aluno no centro das decisões e das acções,constitui uma “ferramenta promissora” para os processoseducativos. “
Leite in Prefácio de Bernardes e Miranda (2003)
Almeida, J.,Vieira, F. (2006). Portefólios de aprendizagem – da sua leitura à construção de um instrumento de avaliação. In Oliveira, L.R.& Alves, M.P. (Orgs), Actas do 1º Encontro sobre e-Portefólio / Aprendizagem Formal e Informal. Minho: CRM.
Alves, M. (2006). Portefolios – utensílios de avaliação e de desenvolvimento de competências. InOliveira, L.R.& Alves, M.P. (Orgs), Actas do 1º Encontro sobre e-Portefólio / Aprendizagem Formal e Informal. Minho: CRM.
Alves, A.P. & Gomes, M.J. (2007). Como organizar portefólios na sala de aula de Matemática. InActas do Congresso PROMAT -07. Lisboa: APM.
Bernardes, C. & Miranda, F. B. (2003). Portefólio – Uma escola de competências. Porto: PortoEditora.
Costa, F., Cruz, E., Ferreira, R. (2006). Tecnologias que podem ajudar a pensar. In Oliveira, L.R.& Alves, M.P. (Orgs), Actas do 1º Encontro sobre e-Portefólio / Aprendizagem Formal e Informal. Minho: CRM.
Fernades, D. (2008). Avaliação das aprendizagens: desafios às teorias, práticas e políticas. Lisboa: Texto Editores.
Melo, R., Freitas, h. (2006). O portefólio no desenvolvimento e avaliação das aprendizagens: Vantagens e desvantagens . In Oliveira, L.R.& Alves, M.P. (Orgs), Actas do 1º Encontro sobre e-Portefólio / Aprendizagem Formal e Informal. Minho: CRM.
NCTM (1991). Normas para o currículo e a avaliação em matemática escolar. Lisboa: APM e IIE. (original em inglês, publicado em 1989)
Pinto, J. & Santos, L. (2006). Modelos de avaliação das aprendizagens. Lisboa: Universidade Aberta.Vieira, F. (2006). Para a compreensão do portefólio de aprendizagem. In Oliveira, L.R.& Alves, M.P.
(Orgs), Actas do 1º Encontro sobre e-Portefólio / Aprendizagem Formal e Informal. Minho: CRM.