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Relação entre Risco e Retorno
Risco e retorno são a base sobre a qual se tomam decisões
racionais e inteligentes sobre investimentos.
Riscos – é uma medida da volatilidade ou incerteza dos
retornos. É o grau de incerteza associado a um investimento.
Retorno – são receitas esperadas ou fluxos de caixa
previstos de qualquer investimento.
Exemplo: Investir na Poupança ou em corrida de cavalos?
• Opção Poupança – rendem juros constantes e baixos ao
ano, garantidos pelo governo federal, assim como, o
resgate da quantia aplicada e corrigida. (Baixo Risco =
Baixo Retorno).
• Aposta em Cavalos – não tem como saber o resultado
antecipadamente e nem seu retorno. Pode-se ganhar
muito, porém, pode-se perder muito, pois o retorno é
altamente incerto, muito volátil (qtde. de flutuações entre
série de números) e sujeito a um alto grau de risco.
Prof. Marcelo Delsoto
Relação entre Risco e Retorno
Riscos pequenos Retornos Baixos.
Riscos Grandes Retornos Altos.
x 1
x 2
y 1
y 2
y 3
0
Linha de
Risco/Retorno
Risco
Reto
rno
Esp
era
do
Quanto maior o prazo, maior é o risco. O
dinheiro hoje vale mais do que no futuro.
Prof. Marcelo Delsoto
Mensurando o Retorno
Quando uma companhia investe em fundos, pode-se dizer que a
intenção é gerar lucros, que serão traduzidos em dois retornos:
1) Aumento no preço das ações da companhia;
2) O pagamento dos dividendos torna-se possível devido
a esses lucros.
A longo prazo, devido falta de dados, não é possível afirmar um
retorno sobre um determinado investimento, porém, em
finanças, é possível obter uma estimativa deste retorno. Para
tanto, utiliza-se da seguinte equação:
Valor da Ação no Período ( t – 1 )
Dividendo + Valorização do Capital Retorno Esperado =
Continua...
Prof. Marcelo Delsoto
Mensurando o Retorno
Retorno Esperado = t D + t P ( t – 1 ) P
( t – 1 ) P
–
Continua...
t D = Dividendos do Ano Corrente
= Preço da Ação no Ano Corrente t P
( t – 1 ) P = Preço da Ação no Ano Anterior
t = Período de Tempo
Prof. Marcelo Delsoto
Exemplo: Qual a taxa de retorno de um dividendo igual a R$
1,00, com preço atual da ação de R$ 11,50 e o preço da ação no
ano anterior de R$ 10,00?
Mensurando o Retorno
Retorno Esperado = t D + t P ( t – 1 ) P
( t – 1 ) P
–
Retorno Esperado = 1,00 + 11,50 – 10,00
10,00
Retorno Esperado = 25 %
Prof. Marcelo Delsoto
Exemplo: Qual a taxa de retorno de um dividendo igual a R$
1,50, com preço atual da ação de R$ 15,50 e o preço da ação no
ano anterior de R$ 12,00?
Mensurando o Retorno
Retorno Esperado = t D + t P ( t – 1 ) P
( t – 1 ) P
–
Retorno Esperado = 1,50 + 15,50 – 12,00
12,00
Retorno Esperado = 41,7 %
Prof. Marcelo Delsoto
Exemplo: Suponha que calculamos as taxas de retorno de
vários anos e, encontremos uma média de:
10% em tempos de recessão econômica;
20% em tempos normais e;
30% em tempos de crescimento (do mercado).
Caso queiram se aprofundar no cálculo da Taxa de Retorno Esperado
(para obter menor margem de erro).
Calculando os Retornos Esperados de Projetos Arriscados
A probabilidade é que esses retornos se situem entre 10% e
30%, porém, a média real dependerá das condições
econômicas do país naquele determinado momento.
Caso possamos identificar a provável situação econômica
futura, poderemos obter um valor esperado próximo da
realidade futura.
Continua...
Prof. Marcelo Delsoto
Após consultar especialistas e economistas, concluiu-se que
existem:
30% de chances de uma situação econômica recessiva;
40% de chances de uma situação econômica normal;
30% de chances de uma expansão na economia.
Com esse parâmetros, utilizamos a seguinte fórmula para
calcular a Taxa de Retorno:
K = Σ N
t = 1
K 1
P 1
Considerando os 03 cenários, teríamos a equação ampliada,
ficando da seguinte maneira:
Continua...
Calculando os Retornos Esperados de Projetos Arriscados
Prof. Marcelo Delsoto
K = K r
P r + K
n P
n + K e
P e
Sendo:
K = Retornos Esperados
Retornos em Períodos de Recessão K r
=
Retornos em Períodos de Normalidade K n
=
Retornos em Períodos de Expansão K e
=
Probabilidade do Período de Recessão P r
=
Probabilidade do Período de Normalidade P n
=
Probabilidade do Período de Expansão P e
=
Continua...
Calculando os Retornos Esperados de Projetos Arriscados
Prof. Marcelo Delsoto
Condições Econômicas
Esperadas
Retornos Efetivos
(K)
Probabilidade
(P) K x P
Recessão 10% 0,3 0,03
Normal 20% 0,4 0,08
Expansão 30% 0,3 0,09
Retorno Esperado (K) = 0,20
Com o provável retorno esperado de encontrado, torna-
se agora, o ponto de referência para o cálculo dos valores
efetivos na determinação do risco do projeto.
O mesmo cálculo deve ser realizado para as demais
alternativas de projetos da empresa.
0.20
Calculando os Retornos Esperados de Projetos Arriscados
Prof. Marcelo Delsoto
Como Medir o Risco e Retorno com o modelo CAPM
CAPM (Capital Asset Pricing Model) – Modelo de Precificação de
Ativos Financeiros.
Apesar do CAPM ser mais prontamente aplicável á análise de
títulos, ele pode ser aplicado para avaliar os méritos de
risco/retorno de investimentos e ativos no meio corporativo.
O CAPM dividi o risco em duas partes principais, ou seja, risco
diversificável e não-diversificável.
A premissa é que existe um relacionamento estreito entre os
retornos dos títulos individuais e os retornos do mercado.
Esses retornos para uma determinada ação ou para o mercado,
consistem em ganhos de capital mais o retorno dos dividendos.
Nesse caso a volatilidade do mercado fornece um denominador
comum para a avaliação dos graus de risco dos ativos e títulos
individuais, determinado pela descoberta do grau de
sensibilidade dos retornos de uma ação aos retornos do
mercado.
Prof. Marcelo Delsoto
Como Medir o Risco e Retorno com o modelo CAPM
Dessa forma, empregamos um índice comum que mede a
sensibilidade de cada ação frente ao mercado.
Se os retornos de uma ação sobem ou descem mais que os
retorno do mercado, diz-se que tal ação é mais arriscada que o
mercado.
Porém, se os retornos de uma ação, sobem ou descem menos
que o mercado, diz-se que tal ação é menos arriscada que o
mercado.
Portanto, é possível classificar os riscos de diferentes títulos,
bastando para isso relacioná-los ao índice comum do mercado.
O CAPM preconiza que o retorno esperado para qualquer ativo é
a função linear de apenas três variáveis: o beta (coeficiente de
sensibilidade do ativo em relação à carteira de mercado), a taxa
de retorno do ativo livre de risco e o retorno esperado para a
carteira de mercado.
Prof. Marcelo Delsoto
Como Medir o Risco e Retorno com o modelo CAPM
Exemplo: Um investidor calcula que a volatilidade dos retornos
do mercado foi em média 5% ao ano, durante os últimos dez
anos. Quando a volatilidades dessas ações foram calculadas, o
investidor encontrou desvios-padrão da ação A = 10%, ação B =
5% e ação C = 3%. Usando o mercado como um denominador
comum, compare esses desvios-padrão com o do mercado e
determine a sensibilidade de risco de cada ação.
• Solução: A sensibilidade dessas ações no mercado pode ser
calculada empregando a seguinte fórmula:
Volatilidade dos Retornos do Mercado
Volatilidade dos Retornos da Ação Sensibilidade =
Continua...
Prof. Marcelo Delsoto
Como Medir o Risco e Retorno com o modelo CAPM
0,05
0,10 Ação A = = 2,00
0,05
0,05 Ação B = = 1,00
0,05
0,03 Ação C = = 0,60
De acordo com o resultado acima, a ação A é mais sensível
(mais arriscada) que o mercado, a ação B tem a mesma
sensibilidade que o mercado (é tão arriscada quanto ao
mercado) e, a ação C é menos sensível (menos arriscada) que o
mercado.
A CAPM utiliza uma abordagem mais sofisticada que
o exemplo simples utilizado acima, porém o conceito
é semelhante.
Prof. Marcelo Delsoto
Como Medir o Risco e Retorno com o modelo CAPM – Coeficiente Beta
Coeficiente Beta – mede o risco não diversificável. Mede a variação
de uma ação em relação a uma carteira de mercado, perfeitamente
diversificada. (No caso brasileiro, o Ibovespa é utilizado).
É determinado a fim de avaliar o risco sistemático do ativo.
A idéia inserida no cálculo do CAPM é a de compensar o investidor
pelo capital próprio investido no negócio, levando em
consideração dois elementos: remuneração pela espera e
remuneração pelo risco.
O mercado é um padrão ou denominador comum para a obtenção
do que é conhecido como risco não-diversificável (risco
sistemático).
Se o Beta do mercado (ex. ibovespa, standard & Poor’s 500,...) for
igual a 1, significa que os títulos que tiverem Beta maior que 1,
serão mais arriscado que o mercado e os que tiverem menor que 1,
serão menos arriscado que o mercado.
A medida de sensibilidade de uma ação é
chamada de Beta. (ver slide anterior)
Prof. Marcelo Delsoto
Sendo D o dividendo anual constante e K, a taxa requerida de
retorno, o preço da ação ordinária corrente Po, pode ser
determinado descontando os futuros dividendos.
Usando o CAPM nos Métodos de Avaliação
Ações SEM Crescimento de Dividendo
Exemplo: Uma companhia paga um dividendo anual de R$ 3,00
por ação, tem uma taxa requerida de retorno de 12% e espera
que seus dividendos não cresçam. Qual deve ser o preço
dessa ação ordinária?
• Solução:
Po = D
K Fórmula:
Po = 3,00
0,12
= R$ 25,00
Prof. Marcelo Delsoto
Os dividendos de uma empresa podem aumantar a uma taxa fixa
anual. Ex: Ano 01 = dividendo de R$ 2,00 cresce a uma taxa de
05% ao ano, sendo assim o dividendo no primeiro ano será de
R$ 2,10, no segundo ano R$ 2,21 (R$ 2,10 x 1,05), e assim
sucessivamente e por período indefinido.
O preço da ação ordinária com uma taxa de crescimento
constante também pode ser determinada se os futuros
dividendos são descontas á taxa requerida de retorno.
Usando o CAPM nos Métodos de Avaliação
Ações COM Crescimento de Dividendo Constante
Fórmula: Po = Do x (1 + g)
Ks - g
Po = D1
Ks - g ou
Do = Último Dividendo Pago por Ação
D1 = Dividendo por Ação Esperado no ano 1
Ks = Taxa Requerida de Retorno
g = Taxa de Crescimento
Equação também conhecida
como Modelo de Gordon Prof. Marcelo Delsoto
Exemplo: O último dividendo pago pela companhia foi de R$
1,80. A companhia espera que seus dividendos anuais cresçam
a uma taxa de 6%. Assumindo que a taxa requerida de retorno
seja 11%, calcule o preço da ação.
• Solução: Utilizando o modelo de Gordon:
Usando o CAPM nos Métodos de Avaliação
Ações COM Crescimento de Dividendo Constante
Po = Do x (1 + g)
Ks - g
Po = 1,80 x (1 + 0,06)
0,11 – 0,06
= R$ 38,16
Prof. Marcelo Delsoto
Ks = Rf + β (Km – Rf) Fórmula CAPM:
Usando o CAPM nos Métodos de Avaliação
Ks = Taxa de Retorno do Investimento
(ou taxa de atratividade mínima)
Rf = Taxa Livre de Risco
β = Coeficiente Beta da Companhia
Km = Retorno da Carteira do Mercado
Os preços estimados por meio do CAPM podem, também,
ser diferentes dos preços correntes de mercado. Se a
diferença for significativa, a ação subavaliada pode ser
comprada e a ação superavaliada pode ser vendida.
Prof. Marcelo Delsoto
β = Ks - Rf
Km - Rf
As ações subavaliadas têm preços correntes menores do
que os estimados pelo CAPM e as ações superavaliadas,
são vendidas a preço acima do estimado pelo CAPM.
Exemplo: O Beta de uma companhia é 1,5 e, o retorno da carteira
de mercado é 12%, a letra do tesouro nacional rende atualmente
9%, a companhia tem mantido historicamente uma taxa de
crescimento de dividendos de 6% e os investidores esperam
receber R$ 3,00 de dividendos por ação no próximo ano. Usando
os dados disponíveis, determinar o preço corrente da ação.
• Solução:
O modelo de Gordon pode ser utilizado:
Usando o CAPM nos Métodos de Avaliação
Po = D1
Ks - g
Po = 3,00
Ks – 0,06
Como “Ks” é uma incógnita para a resolução deste
problema, devemos encontrá-lo pelo uso do CAPM, já
que todos os dados estão disponíveis.
Continua...
= ???
Prof. Marcelo Delsoto
Ks = Rf + β (Km – Rf)
Usando o CAPM nos Métodos de Avaliação
Ks = 0,09 + 1,5 x (0,12 – 0,09) = 13,5%
Agora que encontramos o valor de “Ks”, podemos finalizar a
resolução do problema:
Po = 3,00
Ks – 0,06
Po = 3,00
0,135 – 0,06
= R$ 40,00
Através do modelo de Gordon, considerando k = 13,5%,
descobrimos que o preço da ação corrente é de R$ 40,00.
Prof. Marcelo Delsoto
A Linha de Mercado de Títulos (SML )
SML (Security Market Line) – modelo utilizado para títulos
individuais e não para portifólio de títulos.
Considera o risco como covariância e não como desvio-padrão.
A representação do CAPM sob a forma gráfica é dada pela reta
denominada linha do mercado de títulos (SML), que evidencia o
retorno exigido para cada nível de risco sistemático, ou seja,
para cada beta.
A figura a seguir demonstra, para um beta (B) 1,5, um retorno
exigido sobre o título W (Kw) de 12%, com taxa livre de risco (Rf)
de 6%, e um retorno de mercado (Km) de 10%, o gráfico da linha
do mercado de títulos (SML) representada com os dados do
ativo W.
Para a taxa livre de risco (Rf) pode-se utilizar a
taxa Selic ou Poupança (a Selic é mais
adequada) e, para a taxa de retorno de mercado
(Km), utiliza-se no Brasil o índice Ibovespa.
Prof. Marcelo Delsoto
A Linha de Mercado de Títulos (SML )
0,5 1,0 1,5 2,0
2,0
4,0
6,0
8,0
10,0
12,0
14,0
Risco Sistemático - Beta
Taxas D
eseja
das d
e R
eto
rno –
(K
em
%)
Rf
Kw
Km
4 %
6 %
Kw – Prêmio
pelo Risco do
Ativo W = 6%.
Km – Prêmio
pelo Risco do
Mercado = 4%.
SML
Prof. Marcelo Delsoto
O beta de um ativo livre de risco é igual a zero e significa que o
retorno do ativo não é afetado por mudanças no mercado,
conseqüentemente, não oferecendo risco para seu proprietário.
As possíveis alterações na linha SML podem ser decorrentes de
expectativas inflacionárias ou por aversão ao risco.
As expectativas inflacionárias alteram a SML porque afetam a
taxa de retorno livre de risco (Selic, Poupança), variável esta,
utilizada no SML.
Referente a aversão ao risco, toda vez que houver mudança de
comportamento dos investidores no que tange a uma decisão
de maior propensão ao risco, a SML refletirá tal
posicionamento. A interpretação do posicionamento da linha
nos diz que quanto mais íngreme for a reta, mais o investidor é
averso ao risco, ou seja, maiores retornos ele exigirá por correr
riscos mais altos, da mesma forma que, uma diminuição na
aversão ao risco poderá causar uma redução nos retornos
exigidos para cada nível de risco
A Linha de Mercado de Títulos (SML )
Prof. Marcelo Delsoto
A descrição algébrica da SML é a fórmula do CAPM, mas para
que tal modelo seja utilizado, ele requer que algumas premissas
básicas:
Não existem custos ou impostos sobre as transações;
Nenhum investidor (tomador ou emprestador) é forte o
suficiente para provocar oscilações nas taxas de mercado;
Todos os investidores são racionais;
Os retornos futuros são conhecidos e/ou previsíveis;
As informações são livres, conhecidas e acessíveis a todos,
sem custos;
Não há restrições aos investimentos;
Os investidores são aversos ao risco;
A Linha de Mercado de Títulos (SML )
Prof. Marcelo Delsoto
Não há superavaliações ou subavaliações dos títulos;
Os investidores comportam-se de forma similar frente aos
investimentos;
Não há restrições a entrada de novos investidores no mercado,
e estes podem emprestar ou tomar emprestado, desde que
possuam recursos ou suportem as taxas de juros vigentes no
mercado;
Os títulos possuem um comportamento equilibrado, onde seus
preços são adequados e os retornos esperados são iguais aos
retornos exigidos;
A Linha de Mercado de Títulos (SML )
O modelo inviabiliza-se quando qualquer uma dessas premissas
não é atendida, porém, mesmo não estando os pressupostos
dentro da realidade econômica do país, o CAPM ainda é uma
ferramenta amplamente utilizada.
Tais premissas são válidas apenas em investimentos em ações
negociáveis.
Prof. Marcelo Delsoto
Mantendo o CAPM e a SML em Perpectiva
Se calcular os riscos com desvio-padrão ou beta, obtém-se uma base
para determinar a avaliação de títulos e de outros ativos, porém, as
abordagens do CAPM e SML, não estão livres de problemas.
Em determinadas situações o beta pode não ser uma boa medida de
risco e, nem os dados históricos ou mesmo, o índice de mercado (ex:
Ibovespa), em que pode não estar representando os dados reais
(“expectativas/tendência”) do mercado.
Segundo os pesquisadores Fama e French, o índice de mercado mostra
pouca correlação com o retorno esperado e não servem para determinar
o beta (risco não-diversificável) e nem o SML. Eles alegam que medidas
como tamanho e a razão entre valor contábil e preço são indicadores
mais adequados dos retornos das ações.
Apesar de suas críticas e de oferecer uma aproximação imperfeita, o
conceito CAPM continua válido e representa uma ferramenta alternativa
para se determinar a compensação entre risco e retorno e a precificação
elementar dos ativos, porém, requer uma busca de medidas comuns mais
apropriadas para se obter metas mais aceitáveis e funcionais.
Prof. Marcelo Delsoto
Teoria de Arbitragem de Preços
Devido algumas críticas levantadas no modelo CAPM, foi
proposta uma alternativa para explicar o risco e retorno, chamada
de Teoria de Arbitragem de Preços (APT).
A teoria APT sustenta que os retornos esperados de títulos são
influenciados por diversos fatores setoriais e financeiramente
relacionados.
Ela sugere que os retornos de um título são determinados por
toda informação emitida e também as inesperadas, disponíveis
aos investidores, como: mudanças nas taxas de juros, na
inflação, na produção industrial, nos anúncios de ganhos, novas
descobertas, etc.
Entende que os fatores inesperados influem nas alterações de
preços das ações, enquanto os eventos esperados já são
descontados pelo mercado.
Cada ação reage de forma diferente a um evento do fator
anunciado e sua sensibilidade a esse fator reflete-se nos
coeficientes beta atribuídos a cada um deles.
Prof. Marcelo Delsoto
Teoria de Arbitragem de Preços
O beta por isso, mede a resposta dos retornos de uma ação a um
fator.
A relação entre os retornos esperados e um fator pode ser tanto
positivo como negativo, que também determinará o sinal positivo
ou negativo atribuído aos betas correspondentes.
Exemplo: Um sinal positivo pode ser esperado quando uma
mudança na produção industrial é prevista, enquanto um sinal
negativo, pode surgir quando a inflação esperada faz os custos de
produção se elevarem sem que haja uma compensação nos
aumentos dos preços.
Prof. Marcelo Delsoto
Teoria de Arbitragem de Preços
Expressando estas observações numa equação de três fatores,
temos:
Re = α + Ba Fa + Bb Fb + Bc Fc
Re = Retornos esperados
α = Alfa
Ba; Bb; Bc = Betas relacionados a cada fator
Fa; Fb; Fc = Alterações projetadas nos fatores
e = Termo de erro representando risco específico ou
influências que não são relevantes nessa relação.
Os efeitos específicos de “e”, são bastantes diversificados
quando os retornos são os de uma carteira muito ampla.
O que consta na equação são os valores projetados de cada fator,
a grandeza dos betas atribuídos a cada fator e seus respectivos
sinais, que revelam se o impacto do fator é negativo ou positivo.
Prof. Marcelo Delsoto
Trabalho Individual para Entrega!
Obrigado a todos!
Prof. Marcelo Delsoto [email protected]
Prof. Marcelo Delsoto