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Profa. Dra. Lidiane S. de L. Pinheiro TEXTO-BASE: HOHLFELDT, Antonio; MARTINO, Luiz C.; FRANÇA, Vera Veiga. Teorias da Comunicação. Petrópolis: Vozes, 2010

Profa. Dra. Lidiane S. de L. Pinheiro...2017/01/01  · certamente o objeto da Comunicação, mas a característica inalienável, e portanto mais própria a esta disciplina, reside

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Profa. Dra. Lidiane S. de L. Pinheiro

TEXTO-BASE:

HOHLFELDT, Antonio; MARTINO, Luiz C.; FRANÇA, Vera Veiga. Teorias da Comunicação. Petrópolis: Vozes, 2010

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...Vem do latim “communicatio” = “atividade realizada conjuntamente” A solidão da vida eclesiástica X O

“tomar a refeição em comum” (monastério) e “romper o isolamento”

Comum + Ação = “ação em comum” (mesmo objeto de consciência)

Relação intencional exercida sobre o outro

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“Fato de comunicar, de estabelecer uma relação com alguém, com alguma coisa ou entre coisas”

“Transmissão de signos através de um código (natural ou convencional)”

“Capacidade ou processo de troca de pensamentos, sentimentos, ideias ou informações através da fala, gestos, imagens, seja de forma direta ou através de meios técnicos”

“Ação de utilizar meios tecnológicos (comunicação telefônica)”

“A mensagem, informação (a coisa que se comunica)”

“Comunicação de espaços, circulação, transporte de coisas”

“Disciplina, saber, ciência ou grupo de ciências”

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Quando a INFORMAÇÃO contida nas páginas de um livro transforma-se em COMUNICAÇÃO?

O suporte é uma condição (imprescindível, mas não suficiente) para a comunicação...

Necessidade de interação/relação!

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“...uma comunicação que pode ser ativada a qualquer momento, desde que outra consciência (ou aquela mesma que codificou a mensagem) venha resgatar, quer dizer, ler, ouvir, assistir... Enfim, decodificar ou interpretar aqueles traços materiais de forma a reconstituir a mensagem” (MARTINO, 2010, p. 17).

...Parte propriamente material... “enquanto que o termo comunicação exprime a totalidade do processo que coloca em relação duas (ou mais) consciências”

Pressupõe um suporte e um código

Informar = delinear/dar forma/conceber ideia “não temos comunicação sem informação e, por outro

lado, não temos informação senão em vista da possibilidade dela se tornar comunicação” (p. 18)

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Processos mecânicos: uma bola de bilhar comunica (transmite) sua força a uma outra bola que reage conforme as ‘instruções’ da primeira. Emissor – Receptor – Mensagem – Efeito Relação: Ação -> Reação

≠ Seres orgânicos (ex.: felinos): selecionam

respostas – gama de respostas possíveis. Processos que primam pela interpretação e pela seleção Estímulo – Organismo - Resposta

Domínio humano: forma simbólica. Intervenção da cultura no processo seletivo (+ complexidade). Tornar similar/comum (participar) um mesmo objeto mental Simular a consciência do outro (sensação, pensamento...)

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Interdisciplinaridade nos estudos da Comunicação -> Objeto interdisciplinar -> Dificuldade do estabelecimento de fronteiras

“Os processos comunicativos no interior da cultura de massa constituem certamente o objeto da Comunicação, mas a característica inalienável, e portanto mais própria a esta disciplina, reside na perspectiva que ela adota, ou seja, na interpretação desses processos tendo como base um quadro teórico dos meios de comunicação” (p. 31)

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Sociedade de massa -> indivíduo moderno -> afã de engajamento coletivo -> presença notória e crescente dos media -> alargam os horizontes da percepção corporal (sempre presa à territorialidade das relações comunitárias)

Necessidade de compreender os novos sentidos dos processos comunicativos e práticas que envolvem o uso dos meios de comunicação.

...Os estudos da comunicação

gravitam em torno dos MEDIA

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Se o objeto de comunicação são os meios de comunicação de massa (e dentre eles a televisão, por exemplo), ao que, exatamente, estamos nos referindo? Ao aparelho e todo o desenvolvimento tecnológico que possibilitaram

transmitir e receber sons e imagens instantaneamente, nos quatro cantos do mundo, com alto grau de precisão?

À maneira como foram se conformando as mensagens (a produção discursiva) dentro desse novo meio?

À diversidade de produtos (gêneros discursivos) que foram aí gerados? Ao desempenho, competências, à cultura profissional, enfim, dos que aí

trabalham? Às características do processo de produção e circulação dos produtos

(das rotinas produtivas às técnicas de inserção e disputa de mercado)? Aos hábitos, competências, interpretações, reelaborações e usos

específicos dos telespectadores? Ou às influências a que eles estão expostos?

À sociedade que criou e impulsionou o uso da TV? À tv com relação ao rádio, ao cinema, à revista ilustrada, que a

precederam? Ou às modificações que ela vem sofrendo, com a chegada do vídeo, dos canais a cabo, das imagens digitais, do mundo da Web?

Quem sabe tudo isso em conjunto – não apenas a televisão, mas essa nova realidade, criada pela presença dos vários meios de comunicação, com que isto significou na reconfiguração das nossas experiências cotidianas e de várias outras dimensões do real?

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Teorizar = produzir reflexões sobre o mundo... Não apenas (re)conhecer a prática, mas antecipá-la, projetá-

la, revesti-la de sentidos. Transformar o problema sentido em problema

formulado; construir desse problema um objeto de conhecimento.

Teoria = sistema de enunciados ou corpo organizado de ideias sobre a realidade; contemplação, exame, abstração intelectual.

“ A MODERNIDADE transformou a COMUNICAÇÃO em problema; levantou questões em torno de uma prática até então natural(izada)” (p. 46) 1. Desenvolvimento de práticas/ novos meios -> 2. Cursos

profissionalizantes -> 3. Surgimento de estudos e teorias sobre a comunicação

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Desenvolvimento vertiginoso das técnicas de

informação mediática + institucionalização e

profissionalização das práticas = estudos específicos sobre o fazer comunicativo e sobre os meios de comunicação (início do séc. XX) Contexto de urbanização, consolidação do

capitalismo industrial e da sociedade do consumo Estudos motivados por questões econômicas ...

pesquisas sobre o comportamento das audiências e o aperfeiçoamento das técnicas de persuasão

...ou políticas críticas à manipulação: II Guerra - propaganda na Alemanha

nazista (J. Goebbels) e dos aliados (EUA)

Cuidado para não cair na pura pragmática sem reflexão ou na pura abstração teórica!