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Professor Sandro Caldeira Dos Crimes contra a Administração Pública

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TÍTULO XI DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

CAPÍTULO I DOS CRIMES PRATICADOS

POR FUNCIONÁRIO PÚBLICO CONTRA A ADMINISTRAÇÃO EM GERAL

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Quem é considerado funcionário público?

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Funcionário público Art. 327 CP- Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública. § 1º - Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função em entidade paraestatal, e quem trabalha para empresa prestadora de serviço contratada ou conveniada para a execução de atividade típica da Administração Pública. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) § 2º - A pena será aumentada da terça parte quando os autores dos crimes previstos neste Capítulo forem ocupantes de cargos em comissão ou de função de direção ou assessoramento de órgão da administração direta, sociedade de economia mista, empresa pública ou fundação instituída pelo poder público. (Incluído pela Lei nº 6.799, de 1980)

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Peculato Art. 312 CP- Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio: Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa. §1º - Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público, embora não tendo a posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre para que seja subtraído, em proveito próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe proporciona a qualidade de funcionário.

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Peculato Se o desvio for em favor da própria administração? Artigo 315 CP

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Peculato culposo § 2º - Se o funcionário concorre culposamente para o crime de outrem: Pena - detenção, de três meses a um ano. § 3º - No caso do parágrafo anterior, a reparação do dano, se precede à sentença irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade a pena imposta.

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• Bem tutelado:Moralidade Administrativa e seu patrimônio •Sujeito Ativo: funcionário público •Sujeito Passivo:Estado •Consumação: •Tentativa: possível

•OBS: Se a apropriação de dinheiro, título, valor ou de qualquer outro bem móvel de que tem a posse for realizada por controlador e administradores de instituições financeiras, assim considerado os diretores e gerentes e equiparados, será crime contra o Sistema Financeiro Nacional – art. 5º Lei 7.492/86

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Peculato mediante erro de outrem Art. 313 CP- Apropriar-se de dinheiro ou qualquer utilidade que, no exercício do cargo, recebeu por erro de outrem: Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. Peculato Estelionato OBS: não há induzimento por parte do funcionário. Se houver será o crime do art. 171 CP

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Peculato mediante erro de outrem Art. 313 CP- Bem jurídico tutelado: Administração pública Ação nuclear: Apropriar-se de dinheiro ou qualquer utilidade que, no exercício do cargo, recebeu por erro de outrem - peculato- estelionato. OBS: o erro em que incidiu a vítima deve ser espontâneo e não provocado pelo agente •Se houver induzimento pelo agente? Art. 171 CP •Sujeito ativo: funcionário público •Sujeito passivo: Estado e terceiro que sofreu lesão patrimonial •Elemento Subjetivo: dolo • Consumação: momento me que o funcionário público se apoderada coisa, agindo como se fosse dono. •Tentativa: admissível •Ação Penal:

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Inserção de dados falsos em sistema de informações (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) Art. 313-A. Inserir ou facilitar, o funcionário autorizado, a inserção de dados falsos, alterar ou excluir indevidamente dados corretos nos sistemas informatizados ou bancos de dados da Administração Pública com o fim de obter vantagem indevida para si ou para outrem ou para causar dano: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)) Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

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Inserção de dados falsos em sistema de informações (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) Bem jurídico tutelado: Administração pública, em especial a segurança de suas informações constantes dos sistemas informatizados ou banco de dados Ações nucleares: inserir ou facilitar a inserção de dados falsos; alterar ou excluir, indevidamente dados corretos nos sistemas informatizados ou banco de dados da administração pública. OBS: Se a alteração ou exclusão de dados for devida (permitida)? Sujeito ativo: funcionário público autorizado a realizar as operações nos sistemas informatizados ou banco de dados da Administração Pública OBS: se o funcionário não possuir autorização para realizar as operações? Poderá configurar prevaricação- art. 319 CP. Sujeito passivo: Estado e terceiro eventualmente prejudicado Elemento subjetivo: dolo + fim específico de obter vantagem para si ou para outrem Consumação: com a inserção, facilitação, alteração ou exclusão indevida, independentemente da obtenção de vantagem.(crime formal) Tentativa: admissível Ação penal:

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Modificação ou alteração não autorizada de sistema de informações (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) Art. 313-B.CP Modificar ou alterar, o funcionário, sistema de informações ou programa de informática sem autorização ou solicitação de autoridade competente: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) Pena – detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois) anos, e multa. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) Parágrafo único. As penas são aumentadas de um terço até a metade se da modificação ou alteração resulta dano para a Administração Pública ou para o administrado.(Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

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Modificação ou alteração não autorizada de sistema de informações (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) Art. 313-B.CP Bem jurídico tutelado: Administração pública ( segurança de seus sistemas de informação e programa s de informática Ação nuclear: modificação ou alteração do sistema de informações ou programa de informática, sem autorização ou solicitação da autoridade competente. OBS: Se houver autorização ou solicitação? Fato atípico Sujeito ativo: funcionário público . Sujeito passivo: Estado e particular prejudicado Elemento subjetivo: dolo de modificar ou alterar o sistema de informações ou programa de informática sem autorização ou solicitação da autoridade competente. Consumação: com a modificação ou alteração (total ou parcial) do sistema de informações ou programa de informática, independente de prejuízo Tentativa: admissível Ação penal:

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Modificação ou alteração não autorizada de sistema de informações (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) OBS: Se a modificação ou alteração causar dano para a Administração Pública ou para o Administrado? Art. 313-B.CP Parágrafo único. As penas são aumentadas de um terço até a metade se da modificação ou alteração resulta dano para a Administração Pública ou para o administrado.(Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

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Extravio, sonegação ou inutilização de livro ou documento Art. 314 CP- Extraviar livro oficial ou qualquer documento, de que tem a guarda em razão do cargo; sonegá-lo ou inutilizá-lo, total ou parcialmente: Pena - reclusão, de um a quatro anos, se o fato não constitui crime mais grave. Bem jurídico tutelado: Regular desenvolvimento da atividade administrativa Ações nucleares: •Extraviar: (dar destino diverso do devido); •Sonegar:( não apresentar ou relacionar quando isso e devido, de forma intencional ou fraudulenta); •Inutilizar: (tornar inútil para o fim a que se destina) OBS: É necessário que as ações sejam praticadas pelo funcionário público no exercício do cargo, ou seja, esteja incumbido da guarda do livro ou documento. Sujeito ativo: funcionário público ( incumbido da guarda do livro ou documento) Sujeito passivo: Estado ou particular

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Extravio, sonegação ou inutilização de livro ou documento Art. 314 CP- Elemento subjetivo: dolo Consumação: com a prática de uma das condutas previstas no tipo, independentemente de qualquer prejuízo para a Administração Pública Tentativa: No extravio ou inutilização é admissível – Na sonegação não se admite tentativa. Ação penal: OBS: Lei 8137/90 Dos crimes praticados por funcionários públicos Art. 3° Constitui crime funcional contra a ordem tributária, além dos previstos no Decreto-Lei n° 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal (Título XI, Capítulo I): I - extraviar livro oficial, processo fiscal ou qualquer documento, de que tenha a guarda em razão da função; sonegá-lo, ou inutilizá-lo, total ou parcialmente, acarretando pagamento indevido ou inexato de tributo ou contribuição social;

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Emprego irregular de verbas ou rendas públicas Art. 315 CP- Dar às verbas ou rendas públicas aplicação diversa da estabelecida em lei: Pena - detenção, de um a três meses, ou multa. Bem jurídico tutelado: regularidade da atividade da Administração Pública, especialmente em relação ao emprego de verbas públicas. Ação nuclear: Dar às verbas ou rendas públicas aplicação diversa da estabelecida em lei Sujeito ativo: funcionário público que tem o poder de dispor de rendas e verbas públicas. Sujeito passivo: Estado Elemento Subjetivo: dolo Consumação: com a aplicação das verbas públicas de forma diversa da estabelecida em lei, sendo desnecessário dano ao erário. Tentativa: possível Ação penal:

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Concussão Art. 316 CP- Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida: Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa. Bem jurídico Tutelado: Administração Pública Ação nuclear: exigir para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida OBS: a vantagem exigida deve ser indevida! Se o funcionário público abusar de seu poder para exigir pagamento de vantagem devida, poderá configurar o crime de abuso de autoridade- artigo 4º, h, lei 4.898/65. Sujeito ativo: funcionário público Sujeito passivo: Estado e o particular Elemento subjetivo: dolo Consumação: com exigência da vantagem indevida, independentemente de sua obtenção. Tentativa: possível

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Concussão OBS: Lei 8137/90: Art. 3° Constitui crime funcional contra a ordem tributária, além dos previstos no Decreto-Lei n° 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal (Título XI, Capítulo I): II - exigir, solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de iniciar seu exercício, mas em razão dela, vantagem indevida; ou aceitar promessa de tal vantagem, para deixar de lançar ou cobrar tributo ou contribuição social, ou cobrá-los parcialmente. Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa.

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Concussão Art. 316 CP- Excesso de exação § 1º - Se o funcionário exige tributo ou contribuição social que sabe ou deveria saber indevido, ou, quando devido, emprega na cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza: (Redação dada pela Lei nº 8.137, de 27.12.1990) Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 8.137, de 27.12.1990) § 2º - Se o funcionário desvia, em proveito próprio ou de outrem, o que recebeu indevidamente para recolher aos cofres públicos: Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.

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Corrupção passiva Art. 317 CP- Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem: Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 10.763, de 12.11.2003) Bem jurídico tutelado: regular funcionamento da Administração Ação nuclear: Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem. Sujeito ativo: funcionário público Sujeito passivo: Estado e terceiro prejudicado Elemento subjetivo: dolo + finalidade específica de para sim ou para outrem. Consumação: com a prática de um dos verbos previsto no artigo Tentativa: Ação penal:

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Corrupção passiva Art. 317 CP- OBS: Lei 8137/90: Art. 3° Constitui crime funcional contra a ordem tributária, além dos previstos no Decreto-Lei n° 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal (Título XI, Capítulo I): II - exigir, solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de iniciar seu exercício, mas em razão dela, vantagem indevida; ou aceitar promessa de tal vantagem, para deixar de lançar ou cobrar tributo ou contribuição social, ou cobrá-los parcialmente. Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa

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Corrupção passiva Art. 317 CP- § 1º - A pena é aumentada de um terço, se, em consequência da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo dever funcional. Forma privilegiada § 2º - Se o funcionário pratica, deixa de praticar ou retarda ato de ofício, com infração de dever funcional, cedendo a pedido ou influência de outrem: Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa.

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Facilitação de contrabando ou descaminho Art. 318 CP- Facilitar, com infração de dever funcional, a prática de contrabando ou descaminho (art. 334): Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 8.137, de 27.12.1990) • Bem jurídico tutelado: Administração Pública • OBS: Exceção à teoria monista: • Ação nuclear: Facilitar, com infração de dever funcional, a prática de contrabando

ou descaminho • Sujeito ativo: funcionário público como dever de repressão ao contrabando ou

descaminho OBS: se o funcionário não possuir o dever funcional de repressão ao contrabando ou descaminho mas ajudar de alguma forma em um desses crimes, responderá pelo que? Partícipe no art.334 ou 334 -ACP

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Facilitação de contrabando ou descaminho Art. 318 CP- • Sujeito passivo: Estado • Elemento subjetivo: dolo • Consumação: com a facilitação, independentemente da pratica efetiva do

contrabando ou do descaminho. • Tentativa: possível na conduta comissiva • Ação penal:

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Prevaricação Art. 319 CP- Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal: Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa. Bem jurídico tutelado: regular funcionamento da Administração Pública

Ação nuclear: Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal. Sujeito ativo: funcionário público Sujeito passivo: Estado e terceiro eventualmente prejudicado Elemento subjetivo: dolo Consumação: Retardar, deixar de praticar ou praticar contra disposição expressa de lei. Tentativa: modalidade comissiva é possível Ação penal:

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Art. 319-A.CP Deixar o Diretor de Penitenciária e/ou agente público, de cumprir seu dever de vedar ao preso o acesso a aparelho telefônico, de rádio ou similar, que permita a comunicação com outros presos ou com o ambiente externo: (Incluído pela Lei nº 11.466, de 2007). Pena: detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano.

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Condescendência criminosa Art. 320 CP- Deixar o funcionário, por indulgência, de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do cargo ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao conhecimento da autoridade competente: Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.

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Condescendência criminosa Bem jurídico tutelado: regular desenvolvimento da atividade administrativa Ação nuclear: Deixar o funcionário, por indulgência, de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do cargo ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao conhecimento da autoridade competente Sujeito ativo: funcionário público hierarquicamente superior Sujeito passivo: Estado Elemento subjetivo: dolo Consumação: com a omissão Tentativa: não é possível Ação penal:

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Advocacia administrativa Art. 321 CP- Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração pública, valendo-se da qualidade de funcionário: Pena - detenção, de um a três meses, ou multa. Parágrafo único - Se o interesse é ilegítimo: Pena - detenção, de três meses a um ano, além da multa.

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Advocacia administrativa Art. 321 CP Bem jurídico tutelado: Administração pública Ação nuclear: Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração pública, valendo-se da qualidade de funcionário. Sujeito ativo: funcionário público Sujeito passivo: Estado Elemento subjetivo: dolo Consumação: com o ato de patrocínio Tentativa: possível Ação penal:

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Violência arbitrária Art. 322 CP- Praticar violência, no exercício de função ou a pretexto de exercê-la: Pena - detenção, de seis meses a três anos, além da pena correspondente à violência. OBS: revogado pelo artigo 3º, i, da Lei 4.898/65.