ProfessorRodrigoLópez Zilio Email:[email protected]/Material_Intensivos/Rodrigo_zilio-slides... · (convenção partidária; registro de candidatura;

Direito Eleitoral

Professor Rodrigo López ZilioEmail: [email protected]

DIREITO ELEITORALNoções preliminares(Fontes do Direito Eleitoral; órgãos da JE; MPE; sistemas eleitorais; Direito Partidário)

Capacidade eleitoral ativa e passiva(condições de elegibilidade; inelegibilidade; condições de registrabilidade e

inabilitação)

Ações cíveis eleitorais e nulidade

Crimes eleitorais e processo penal eleitoral

Processo Eleitoral stricto sensu(convenção partidária; registro de candidatura; propaganda; direito de resposta;

arrecadação/gastos eleitorais e prestação de contas)

DIREITO ELEITORAL – ASPECTOS PRELIMINARES

1. Direito Eleitoral: conceito

2. Direito Eleitoral:2. Direito Eleitoral:

- Classificação- Autonomia

FONTES DO DIREITO ELEITORAL- Constituição Federal

- Lei (federal)

LC 64/90: a Lei Ficha-Limpa (LC 135/10)

Lei 9504/97 (LE): lei permanente; conteúdo; principais alterações (Lei 9840/99,11300/06, 12034/09; Lei 12875/13; Lei 12891/13; Lei 13.165/15)

Lei 4737/65 (CE): o que ainda vige ? Natureza jurídica: lei ordinária ou complementar ?

Lei 9096/95 (LPP)

Lei 6091/74 (LTA)

FONTES DO DIREITO ELEITORAL- Resoluções TSE

Art. 105 LE. Até o dia 5 de março do ano da eleição, o TSE, atendendo ao caráter regulamentar e sem restringir direitos ou estabelecer sanções distintas das previstas nesta Lei, poderá expedir todas as instruções necessárias para sua fiel execução (...)

§ 3º. Serão aplicáveis ao pleito eleitoral imediatamente seguinte apenas as resoluções publicadas até a data referida no caput.publicadas até a data referida no caput.

função regulamentar (Lei nº 12.034); “força legal impositiva”; ADIN (cabimento - ADI 3365 - fixação nº vereadores – Inf. 398 STF); prazo legal (Art. 105 LE); competência TSE (art. 23, IX, CE)

PRINCÍPIO DA ANUALIDADE/ANTERIORIDADE

- Princípio da anualidade: art. 16 CF

- Fundamento: “segurança jurídica”- Fundamento: “segurança jurídica”- A expressão “lei”: extensão- “Processo eleitoral”: conceito

PRINCÍPIO DA ANUALIDADE- Casuística:

EC 52/06 (verticalização) e o STF: ADI 3685-8 (Informativo 420 do STF)

Lei 11.300/06: o TSE e o STF (ADI 3741, 3742, 3743)Lei 11.300/06: o TSE e o STF (ADI 3741, 3742, 3743)

Lei Ficha-Limpa (LC 135/10): o TSE (Consulta nº 1120-26, Carvalhido; Consultanº 1147-09, Versiani) e o STF (Caso Leonídio Correa Bouças – RE633.703, Rel. Gilmar Mendes)

Lei nº 12891/13 : o TSE e a Consulta nº 100075 (Rel. desig. Gilmar Mendes, j.24.06.14)

A JUSTIÇA ELEITORAL-- HistóriaHistória (criação)(criação):: sistemasistema dada verificaçãoverificação dosdos poderespoderes vsvs sistemasistema jurisdicionaljurisdicional

dede controlecontrole dasdas eleiçõeseleições** CódigoCódigo EleitoralEleitoral 19321932;; ConstituiçãoConstituição FederalFederal 19341934

-- ÓrgãosÓrgãos dada JustiçaJustiça EleitoralEleitoral::TSETSE:: composiçãocomposição ((33 STFSTF –– PresPres.. ee ViceVice --;; 22 STJSTJ –– CorregCorreg.;.; 22 OAB)OAB)

-- ÓrgãosÓrgãos dada JustiçaJustiça EleitoralEleitoral::TSETSE:: composiçãocomposição ((33 STFSTF –– PresPres.. ee ViceVice --;; 22 STJSTJ –– CorregCorreg.;.; 22 OAB)OAB)

TRETRE:: composiçãocomposição ((22 TJTJ –– PresPres.. ee ViceVice;; 22 JDJD;; 22 OABOAB;; 11 TRF)TRF)

JuízesJuízes EleitoraisEleitorais:: ZonaZona EleitoralEleitoral vsvs.. circunscriçãocircunscrição (art(art.. 8686 CE)CE)..

JuntaJunta EleitoralEleitoral:: competênciacompetência;; composiçãocomposição..

A JUSTIÇA ELEITORAL- Atribuições da Justiça Eleitoral:

Função administrativaFunção normativa Função julgadora Função consultiva

ConsultaConsulta::

-- requisitos requisitos (formulação em tese; matéria eleitoral; legitimidade; período de tempo); (formulação em tese; matéria eleitoral; legitimidade; período de tempo);

-- natureza natureza jurídica (ñ jurídica (ñ ADI ADI -- v.g.v.g. ADI ADI 1805 1805 -- Informativo 104 STF; ñ recurso); Informativo 104 STF; ñ recurso);

-- Competência (art. 23, XII; art. 30, VIII, CE)Competência (art. 23, XII; art. 30, VIII, CE)

MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL- Fundamento: art. 127 CF; LC 75/93 (Estatuto do MPU)

- Órgãos do MPE:

Procurador-Geral Eleitoral; limite de recondução ? Art. 128, §1º, CFProcurador-Regional Eleitoral; recondução ? Art. 76, §1º, LC 75/93Procurador-Regional Eleitoral; recondução ? Art. 76, §1º, LC 75/93Promotor Eleitoral: Res. 30/2008 CNMP

- indicação e designação; - filiação partidária (“quarentena”); - intervenção em todos os processos, salvo execução da multa eleitoral

(Fazenda Pública)

SISTEMAS ELEITORAISSistema majoritário:cargos;maioria absoluta (exclusão dos brancos e nulos) e 2° turno;maioria simplesprincípio unicidade ou indivisibilidade de chapa - art. 91 CE

Sistema Proporcional:cargos;quociente eleitoral (art. 106 CE; art. 5° LE - exclusão de brancos e nulos);quociente partidário (art. 107 CE);sobras eleitorais (art. 109 CE).

A nova redação aos arts. 108, 109 e 112 do CE – A Lei nº 13.165/15

SISTEMAS ELEITORAISSistema Proporcional e a Lei nº 13.165/15:

- Cláusula de desempenho individualArt. 108. Estarão eleitos, entre os candidatos registrados por um partido ou coligação que tenham

obtido votos em número igual ou superior a 10% (dez por cento) do quociente eleitoral, tantosquantos o respectivo quociente partidário indicar, na ordem da votação nominal que cada um tenharecebido.quantos o respectivo quociente partidário indicar, na ordem da votação nominal que cada um tenharecebido.

- Suplentes e não exigência da cláusula de desempenho individual:Art. 112, Parágrafo único. Na definição dos suplentes da representação partidária, não há

exigência de votação nominal mínima prevista pelo art. 108.

SISTEMAS ELEITORAISSistema Proporcional e a Lei nº 13.165/15:- O novo critério de distribuição das sobras (at. 109 CE):ADI nº 5.420 – Rel. Min. Dias Toffoli – j. 03.12.2015 - suspender a eficácia da

expressão “número de lugares definido para o partido pelo cálculo do quociente partidáriodo artigo 107”, constante no art. 109, I, do CE, mantido, nesta parte, o critério de cálculovigente antes da Lei nº 13.165/15vigente antes da Lei nº 13.165/15

Conforme esse dispositivo, o partido ou coligação que obtiver a maior média e a primeira vaga remanescente, obterá todas as demais vagas subsequentes – enquanto possuir candidato que atenda à exigência da votação nominal mínima (a nova regra atribui unicamente a uma mesma legenda todas as vagas remanescentes, violando a distribuição das cadeiras às legendas minoritárias)

DIREITO PARTIDÁRIO

Partido político.- Natureza jurídica: art. 17, §2°, CF

- Mandado de Segurança contra dirigente partidário: Lei 9259/96 ejurisprudência; Lei 12.016/09 (LMS – art. 1, §1º).jurisprudência; Lei 12.016/09 (LMS – art. 1, §1º).

- Coligação (art. 6° LE): possibilidade em ambos os sistemas;equivalência a partido político

- Competência (lides partidárias): regra é J. Comum; por exceção, é J.Eleitoral

FIDELIDADE PARTIDÁRIA

Precedentes.

TSE e as Consultas 1398 (Rel. Asfor Rocha, j. 27.03.07) e 1407 (Rel. Ayres Brito, j. 16.10.07)

STF (MS 26602, 26603 e 26604): desfiliação injustificada não é ato ilícitoSTF (MS 26602, 26603 e 26604): desfiliação injustificada não é ato ilícito

STF: descabimento da perda de mandato em caso de infidelidade partidária nosistema majoritário, por ofensa ao princípio da soberania popular (ADI nº5.081 – Rel. Min. Roberto Barroso – j. 27.05.2015).

FIDELIDADE PARTIDÁRIA

- Resolução nº 22.610/07 do TSE (disciplina o processo deperda de mandato eletivo em caso de desfiliação partidária):

Hipóteses de justa causa de desfiliação (art. 1º, §1º): incorporação ou fusão do partido;criação de novo partido; mudança substancial ou desvio reiterado do programapartidário; grave discriminação pessoalpartidário; grave discriminação pessoal

Prazo para pedido judicial: 30 dias do ato da desfiliação, para o partido; mais 30 diassubsequentes para o interessado ou MPE

“Reconhecimento de justa causa para desfiliação” (art. 1º, §3º)

Competência: mandatos federais é do TSE; demais casos, Tribunal Regional.

FIDELIDADE PARTIDÁRIA – Lei 13.165/15

Art. 22-A LPP. Perderá o mandato o detentor de cargo eletivo que se desfiliar, sem justa causa, do partido pelo qual foi eleito.

Parágrafo único. Consideram-se justa causa para a desfiliação partidária somente as seguintes hipóteses:

I – mudança substancial ou desvio reiterado do programa partidário;I – mudança substancial ou desvio reiterado do programa partidário;

II – grave discriminação política pessoal; e

III – mudança de partido efetuada durante o período de trinta dias que antecede o prazo de filiação exigido em lei para concorrer à eleição, majoritária ou proporcional, ao término do mandato vigente.

FIDELIDADE PARTIDÁRIA – Lei 13.165/15

Art. 22-A LPP vs art. 1º da Res. nº 22.610/07 TSE.

a) A criação de um novo partido e a incorporação ou fusão entre agremiações deixam de ser considerada justa causa;

b) STF (ADI nº 5.398 – Rel. Min. Roberto Barroso – j. 11.11.2015): deferiu cautelar para determinar a devolução integral do prazo de 30 dias para filiações aos partidos determinar a devolução integral do prazo de 30 dias para filiações aos partidos

registrados no TSE até a data da entrada em vigor da Lei nº 13.165/15, pois a incidência do art. 22-A da LPP sobre os partidos políticos registrados no TSE imediatamente antes da entrada em vigor da nova lei violou a legítima expectativa dessas agremiações, bem como os detentores de mandato eletivo que estivessem em viés de se filiarem a elas.

c) Criação da “janela” para mudança de filiação partidária

CAPACIDADE ELEITORAL ATIVA

11.. CapacidadeCapacidade EleitoralEleitoral AtivaAtiva- Sufrágio e voto (distinção)

ArtArt.. 1414,, §§11°°,, CFCF:: obrigatoriedadeobrigatoriedade ee faculdadefaculdade

ArtArt.. 1414 CFCF

§ 1º. O alistamento eleitoral e o voto são:§ 1º. O alistamento eleitoral e o voto são:I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos;II - facultativos para:

a) os analfabetos;b) os maiores de setenta anos;c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.

§ 2º. Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período doserviço militar obrigatório, os conscritos.


11.. CapacidadeCapacidade EleitoralEleitoral AtivaAtiva

AlistamentoAlistamento::

fundamentofundamento legallegal (CE(CE ee ResRes.. 2121..538538//0303 TSE)TSE);;

documentaçãodocumentação (art(art.. 4444 CECE ee artart.. 1313 dada ResRes.. 2121..538538//0303));;documentaçãodocumentação (art(art.. 4444 CECE ee artart.. 1313 dada ResRes.. 2121..538538//0303));;

idadeidade mínimamínima (art(art.. 1414 dada ResRes.. 2121..538538//0303));;

prazoprazo limitelimite (art(art.. 9191 LE)LE);;

vedaçãovedação (estrangeiros(estrangeiros ee conscritos)conscritos);;


1. Capacidade Eleitoral Ativa (alistamento)Resolução nº 23.274 (Min. Fernando Gonçalves): não recepção art. 5, II, CE

(desnecessidade de se exprimir na língua nacional)

Resolução nº 21.920 (Min. Gilmar Mendes): portador deficiência que torne impossível ou oneroso o cumprimento das obrigações eleitorais = certidão quitação eleitoral prazo indeterminado

Resolução nº 21.819 (Min. Fernando Neves): eleitor c/ necessidades especiais = auxílio para votar

Transferência: requisitos (art. 55 CE e art. 18 da Res. 21.538/03).

Cancelamento individual (art. 71 CE)

Revisão eleitoral (art. 92 LE e art. 58 Res. 21.538/03 : subjetiva/TRE e objetiva/TSE) )

CONDIÇÕES DE ELEGIBILIDADE

2. Capacidade eleitoral passiva (direito de servotado)

Aquisição da capacidade eleitoral passiva:Aquisição da capacidade eleitoral passiva:

- requisito positivo (condições de elegibilidade);- requisito negativo (causas de inelegibilidade).

CONDIÇÕES DE ELEGIBILIDADE1. Condições de elegibilidade – fonte (CF – art. 14, §3º)

I. Nacionalidade brasileira.

Conceito.

Art. 12 CF: natos & naturalizados

Regra quanto ao exercício: igualdade de direitos; ressalvada exceção previstana CF (ex. art. 12, §3°, CF)

Situação dos portugueses (“com residência permanente no país” +reciprocidade). Art. 12, §1°, CF.

CONDIÇÕES DE ELEGIBILIDADE1. Condições de elegibilidade

II. Pleno exercício dos direitos políticos.

Art. 15 da CF.Art. 15 da CF.

- auto-aplicabilidade: STF- “vedada a cassação”: conceito de cassação.- perda e suspensão dos direitos políticos (distinção).- as hipóteses do art. 15 CF:

CONDIÇÕES DE ELEGIBILIDADEII. Pleno exercício dos direitos políticos.- Art. 15 CF:

I. cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado- é perda dos direitos políticos;- 02 hipóteses (art. 12, §4°, CF): atividade nociva ao interesse nacional; aquisição de outra

nacionalidade (salvo reconhecimento da nacionalidade lei estrangeira & imposiçãonacionalidade (salvo reconhecimento da nacionalidade lei estrangeira & imposiçãoda naturalização como condição de permanência território ou p/ exercício direitoscivis).

II. Incapacidade civil absoluta- é suspensão dos direitos políticos;- critério quantitativo (“absoluta”):* A Lei 13146/15 (inclusão da pessoa portadora de deficiência): absolutamente incapaz

apenas o menor de 16 anos (art. 3 CC); assegura o direito de votar e ser votado àpessoa com deficiênica (art. 76, §1º).

-

Condições de ElegibilidadeArtArt.. 1515,, IIIIII.. CondenaçãoCondenação criminalcriminal transitadatransitada emem julgadojulgado..

-- éé causacausa dede suspensãosuspensão dosdos direitosdireitos políticospolíticos;;-- efeitoefeito automáticoautomático;;-- abrangênciaabrangência:: elementoelemento subjetivosubjetivo (dolo(dolo;; culpaculpa;; preterdolopreterdolo));; infrinfr açãoação penalpenal-- abrangênciaabrangência:: elementoelemento subjetivosubjetivo (dolo(dolo;; culpaculpa;; preterdolopreterdolo));; infrinfr açãoação penalpenal

(crime(crime ee contravenção)contravenção);; espécieespécie dede penapena (PPL(PPL;; PRDPRD;; PM)PM);;-- DuraçãoDuração ee cessaçãocessação (cumprimento(cumprimento dada penapena ee extinçãoextinção dada punibilidade)punibilidade);;-- LivramentoLivramento condicionalcondicional ee suspensãosuspensão condicionalcondicional dada penapena (sursis)(sursis);;-- SúmulaSúmula 0909 TSETSE (cessação(cessação ocorreocorre comcom oo cumprimentocumprimento dada penapena ee independeindependedede reabilitaçãoreabilitação ouou reparaçãoreparação dodo dano)dano);;

CONDIÇÕES DE ELEGIBILIDADEArt. 15, III. Condenação criminal transitada em julgado.

- Medida de Segurança e a Resolução nº 22.193 do TSE- Medidas despenalizadoras (Lei 9099/95);- Presos provisórios (Lei 7960/89; arts. 302, 312, 413, §2º CPP);- Presos provisórios (Lei 7960/89; arts. 302, 312, 413, §2º CPP);- Perda do mandato (membros do Congresso Nacional e

Deputados Estaduais vs demais mandatos)

* STF: Ação Penal 470 vs Ação Penal 565

CONDIÇÕES DE ELEGIBILIDADEArtArt.. 1515..

IVIV.. RecusaRecusa dede cumprircumprir obrigaçãoobrigação aa todostodos impostaimposta ouou prestaçãoprestaçãoalternativaalternativa..

-- éé suspensãosuspensão ((eleitoralistaseleitoralistas)) ouou perdaperda (constitucionalistas)(constitucionalistas) ??;;-- “obrigação“obrigação aa todostodos imposta”imposta”;;-- cabimentocabimento dada recusarecusa (“escusa(“escusa dede consciência”consciência” –– artart.. 55°°,, VIII,VIII, CF)CF);;-- incidênciaincidência dada normanorma:: recusarecusa aa obrigaçãoobrigação legallegal ++ recusarecusa àà

prestaçãoprestação alternativaalternativa (Lei(Lei 82398239//9191));;

CONDIÇÕES DE ELEGIBILIDADE- Art. 15.

V. improbidade administrativa.

- é causa de suspensão;- é causa de suspensão;- necessidade de previsão expressa na sentença;- prazo variável (art. 12 LIA), em conformidade com o ato de improbidade

administrativa;- LACP e LAP: não sanciona com suspensão dos direitos políticos;- legislação esparsa (Estatuto da Cidade; LE)

CONDIÇÕES DE ELEGIBILIDADEIII. Alistamento eleitoral.III. Alistamento eleitoral.

-- ObrigatoriedadeObrigatoriedade, faculdade (art. 14, , faculdade (art. 14, §§11°°, CF) e vedação , CF) e vedação

IV. Domicílio eleitoralIV. Domicílio eleitoral..IV. Domicílio eleitoralIV. Domicílio eleitoral..

-- Conceito Conceito (art. 42, parágrafo único, CE).(art. 42, parágrafo único, CE).-- Domicílio Domicílio civil (distinção).civil (distinção).-- Jurisprudência Jurisprudência (“os vínculos”)(“os vínculos”)-- ArtArt. 9. 9°° LE: prazo para concorrerLE: prazo para concorrer

CONDIÇÕES DE ELEGIBILIDADEV. Filiação partidária.

- Monopólio das candidaturas.

- Requisito para a filiação: pleno gozo direitos políticos (art. 16 LPP). E afiliação do inelegível ?filiação do inelegível ?

- Filiação partidária: atendimento normas do partido (art. 17 LPP)

CONDIÇÕES DE ELEGIBILIDADEV. Filiação partidária.- Desfiliação: procedimento de desfiliação (art. 21 LPP; comunicação dupla

– partido e JE)

- Filiação a novo partido (comunicação JE) e cancelamento da filiação: oacréscimo do inciso V do art. 22 da LPP pela Lei 12891/13acréscimo do inciso V do art. 22 da LPP pela Lei 12891/13

- Duplicidade de filiação:modificação da sistemática (Lei 9096/95 e a Lei 12891/13; a nova redação

do art. 22, parágrafo único, da LPP);


- Filiação partidária e condição de elegibilidade:

* O novo prazo da filiação partidária (art. 9° LE, com redação dada* O novo prazo da filiação partidária (art. 9° LE, com redação dadapela Lei 13.165/15)


A situação dos Magistrados-Ministério Público-membros TC: filiação nadesincompatibilização

Afastamento definitivo ou provisório ?Afastamento definitivo ou provisório ?

Magistrados e membros do TC

Membros do MP: época de ingresso na instituiçãoTSE: o Caso “Fernando Capez” (AgRgRO 1070 – ingresso antes CF88, tem opção pelo regime jurídico anterior – art. 29, §3°, ADCT)

CONDIÇÕES DE ELEGIBILIDADEV. Filiação partidária

Militares:Abrangência: Estadual (PMs; Corpo Bombeiros); Federal (membros

Forças Armadas)Forças Armadas)

TSE: a filiação não é exigida ao militar da ativa (art. 142, §3, V, CF),bastando o pedido de registro de candidatura após escolha emconvenção; transfer. inatividade e agregação ocorrem com odeferim. registro (RESP 20318, Sepulveda Pertence)

CONDIÇÕES DE ELEGIBILIDADEV. Filiação partidária

Militar: art. 14, §8º, da CF+ 10 anos (agregação);- 10 anos (inatividade – diversidade momentos cronológicos: mais um- 10 anos (inatividade – diversidade momentos cronológicos: mais um

ano eleição; menos um ano eleição, antes convenção; n pediuinativação até convenção)

Reserva remunerada: equiparado ao inativo (TSE); logo, filia-se 1 anoantes

CONDIÇÕES DE ELEGIBILIDADEV. Filiação Partidária

- Servidores da Justiça Eleitoral: impossibilidade de filiaçãopartidária (art. 366 CE – Res. 20291, Fernando Neves)

VI. Idade mínima:- data da posse (art. 11, §2°, LE);

A Lei 13165/15 e a questão dos vereadores- critério biológico;- (in)constitucionalidade.

CONDIÇÕES DE ELEGIBILIDADEAlfabetização (art. 14, §4°, CF):

conceito de analfabeto;

comprovação da condição no registro;

teste de alfabetização- subsidiariedade; - “dúvida razoável”; - procedimento; - vedação

INELEGIBILIDADEConceito

Características

FontesFontes

Classificação:

- quanto à abrangência: absoluta e relativa (motivos funcionais; parentesco;desincompatibilização);

- quanto ao fundamento: constitucional e infraconstitucional

INELEGIBILIDADE – CF/88

Art. 14

§ 5º. O Presidente da República, os Governadores de Estado e do DistritoFederal, os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou substituído no cursodos mandatos poderão ser reeleitos para um único períodosubseqüente.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 16, de 1997)subseqüente.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 16, de 1997)

§ 6º. Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, osGovernadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devemrenunciar aos respectivos mandatos até seis meses antes do pleito.


- Art. 14, §5º, CFReeleição: conceito“Período subsequente”Sucessão vs substituiçãoRedação originária vs EC 16/97Redação originária vs EC 16/97Reeleição e desincompatibilizaçãoPrefeitos Itinerantes (TSE – RESP nº 32.507, Eros Grau; STF –Pleno – RE nº 637.485 – Gilmar Mendes – j. 01.08.2012;repercussão geral)


- Art. 14, §6º, CF“Outros cargos” e renúncia

Aplicação restrita ao titular do Poder Executivo (exclusão doAplicação restrita ao titular do Poder Executivo (exclusão doVice, exceto quando substitua ou suceda ao titular nosúltimos seis meses antes da eleição)

INELEGIBILIDADE

Art. 14 CF

§ 7º. São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, ocônjuge e os parentes consangüíneos ou afins, até o segundograu ou por adoção, do Presidente da República, degrau ou por adoção, do Presidente da República, deGovernador de Estado ou Território, do Distrito Federal, dePrefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seismeses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato

eletivo e candidato à reeleição

- Art. 14, §7º, CF- “Jurisdição do titular”

- “o titular de cargo do Poder Executivo e quem os houver substituído nos seismeses anteriores ao pleito”

- “Cônjuges e parentes”: inclui a relação homoafetiva (RESP nº 24.564, GilmarMendes, j. 01.10.2004)- Súmula Vinculante 18 do STF: dissolução da sociedade ou vínculo conjugal, no- Súmula Vinculante 18 do STF: dissolução da sociedade ou vínculo conjugal, nocurso do mandato, não afasta a inelegibilidade- Sucessão do titular do mandato eletivo por parente ou cônjuge

- Exceção à inelegibilidade: restrita ao titular do mandato eletivo, i. e, quem foieleito ou aquele que o sucedeu definitivamente – e não eventualmente (RE405.459-2 STF, 2ª Turma, Gilmar Mendes, j. 20.04.2004)- Releitura do §7º em face à EC 16/97

INELEGIBILIDADE- LC 64/90:

- A Lei da Ficha Limpa (LC 135/10)

Principais alteraçõesPrincipais alterações- aumento material de 06 hipóteses (alínea c até a alínea h do art. 1º, inciso I);

- criação de 08 hipóteses (alíneas j até q do art. 1º, inciso I);

- suspensão da inelegibilidade: art. 26 C;

- AIJE;

- art. 15 LC

INELEGIBILIDADEA Lei da Ficha Limpa:

- Constitucionalidade: ADC 29 e 30 e ADI 4578, Rel. L. Fux

A questão da presunção de inocênciaA questão da presunção de inocência

A aplicação para fatos pretéritos (retrospectividade)não existe direito adquirido à elegibilidadeadesão ao estatuto jurídico eleitoralinelegibilidade não é penamomento de aferição (registro)

INELEGIBILIDADE – LC 64/90b) os membros do Congresso Nacional, das Assembléias Legislativas, da Câmara

Legislativa e das Câmaras Municipais, que hajam perdido os respectivos mandatospor infringência do disposto nos incisos I e II do art. 55 da Constituição Federal,dos dispositivos equivalentes sobre perda de mandato das ConstituiçõesEstaduais e Leis Orgânicas dos Municípios e do Distrito Federal, para as eleiçõesque se realizarem durante o período remanescente do mandato para o qual foramque se realizarem durante o período remanescente do mandato para o qual forameleitos e nos oito anos subseqüentes ao término da legislatura;

Cassação de mandato de membro do Poder Legislativo:- destinatários; - hipóteses; - tempo de inelegibilidade

INELEGIBILIDADE – LC 64/90c) o Governador e o Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal e o Prefeito e o

Vice-Prefeito que perderem seus cargos eletivos por infringência a dispositivo daConstituição Estadual, da Lei Orgânica do Distrito Federal ou da Lei Orgânica doMunicípio, para as eleições que se realizarem durante o período remanescente e nos8 (oito) anos subsequentes ao término do mandato para o qual tenham sido eleitos;

Cassação de mandato de membro do Poder Executivo

- destinatários;

- hipóteses;

- tempo de inelegibilidade

INELEGIBILIDADE – LC 64/90

d) os que tenham contra sua pessoa representação julgadaprocedente pela Justiça Eleitoral, em decisão transitada emjulgado ou proferida por órgão colegiado, em processo deapuração de abuso do poder econômico ou político, para aeleição na qual concorrem ou tenham sido diplomados, bemeleição na qual concorrem ou tenham sido diplomados, bemcomo para as que se realizarem nos 8 (oito) anos seguintes;

Representação eleitoral procedente (abrangência): TSE- RO nº312894, Rel. Hamilton Carvalhido, j. 30.09.2010

INELEGIBILIDADE – LC 64/90e) os que forem condenados, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, desde a

condenação até o transcurso do prazo de 8 (oito) anos após o cumprimento da pena, pelos crimes:

1. contra a economia popular, a fé pública, a administração pública e o patrimônio público;2. contra o patrimônio privado, o sistema financeiro, o mercado de capitais e os previstos na lei que regula a

falência;3. contra o meio ambiente e a saúde pública;3. contra o meio ambiente e a saúde pública;4. eleitorais, para os quais a lei comine pena privativa de liberdade;5. de abuso de autoridade, nos casos em que houver condenação à perda do cargo ou à inabilitação para o

exercício de função pública;6. de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores;7. de tráfico de entorpecentes e drogas afins, racismo, tortura, terrorismo e hediondos;8. de redução à condição análoga à de escravo;9. contra a vida e a dignidade sexual; e10. praticados por organização criminosa, quadrilha ou bando;


Inelegibilidade por condenação criminal:- crimes específicos;- trânsito em julgado ou órgão colegiado; o Tribunaldo Júri (TSE – RESP nº 61.103 – Rel. Laurita Vaz – j. 21.05.2013)do Júri (TSE – RESP nº 61.103 – Rel. Laurita Vaz – j. 21.05.2013)

- prazo da inelegibilidade (a “detração”)- exclusão: crimes culposos, menor potencial e açãoprivada (Art. 1º, §4º)


g) os que tiverem suas contas relativas ao exercício de cargos ou funçõespúblicas rejeitadas por irregularidade insanável que configure ato doloso deimprobidade administrativa, e por decisão irrecorrível do órgão competente,salvo se esta houver sido suspensa ou anulada pelo Poder Judiciário, para aseleições que se realizarem nos 8 (oito) anos seguintes, contados a partir daeleições que se realizarem nos 8 (oito) anos seguintes, contados a partir dadata da decisão, aplicando-se o disposto no inciso II do art. 71 da ConstituiçãoFederal, a todos os ordenadores de despesa, sem exclusão de mandatáriosque houverem agido nessa condição

INELEGIBILIDADE – LC 64/90Rejeição de contas

- “irregularidade insanável” (e o ato doloso de improbidade)

* TSE – RESP nº 27.374, Rel. Henrique Neves, j. 07.02.2013; asuficiência do “dolo genérico ou eventual” na inobservância dos comandossuficiência do “dolo genérico ou eventual” na inobservância dos comandosconstitucionais, legais ou contratuais

INELEGIBILIDADE – LC 64/90- órgão competente para julgar as contas;

Os chefes do Poder Executivo Federal (art. 49, IX, CF) e Estadual (art. 25 CF)

O Prefeito MunicipalContas anuais (contas de governo – gestor de orçamento): art. 31, §2º, CF

Convênio: a condição de “gestor público”(TSE – EdAgRgRESP nº 24.848,Caputo Bastos, j. 07.12.2004)

O “ordenador de despesas” (contas de gestão) e a LC 135/10: TSE – RO nº40137, Rel. Henrique Neves, j. 26.08.2014

Demais autoridades : art. 71, inciso II, da CF

INELEGIBILIDADE – LC 64/90Rejeição de contas

- prazo;

- questão submetida ao Judiciário: a Súmula 01 TSE e a nova redação dada- questão submetida ao Judiciário: a Súmula 01 TSE e a nova redação dadapela LC 135/10


h) os detentores de cargo na administração pública direta, indireta ou fundacional, que beneficiarem a si ou a terceiros, pelo abuso do poder

econômico ou político, que forem condenados em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, para a eleição na qual concorrem ou tenham sido diplomados, bem como para as que se concorrem ou tenham sido diplomados, bem como para as que se realizarem nos 8 (oito) anos seguintes; (Redação dada pela Lei Complementar nº 135, de 2010)


- A aplicabilidade do dispositivo:

A doutrina: processo cível lato sensu

O TSE: RO nº 60.283, Rel. Aldir Passarinho Júnior, j. 16.11.2010 (aplicação O TSE: RO nº 60.283, Rel. Aldir Passarinho Júnior, j. 16.11.2010 (aplicação à condenação por AIME)

- A expressão “detentores de cargo”: TSE - RO nº 60.283 (extensão aos “agentes públicos ocupantes de cargo eletivo”)


j) os que forem condenados, em decisão transitada em julgadoou proferida por órgão colegiado da Justiça Eleitoral, porcorrupção eleitoral, por captação ilícita de sufrágio, por doação,captação ou gastos ilícitos de recursos de campanha ou porcaptação ou gastos ilícitos de recursos de campanha ou porconduta vedada aos agentes públicos em campanhas eleitoraisque impliquem cassação do registro ou do diploma, pelo prazode 8 (oito) anos a contar da eleição; (Incluído pela LeiComplementar nº 135, de 2010)

INELEGIBILIDADE – LC 64/90Representações específicas: alínea j

- Hipóteses de cabimento: art. 41-A, condutas vedadas e art.30-A LE

- Trânsito em julgado ou órgão colegiado- Trânsito em julgado ou órgão colegiado

- Requisito da cassação do registro ou diploma: aproporcionalidade nas condutas vedadas e o não-eleito noart. 41-A LE (TSE – RO nº 171530 – Rel. Arnaldo Versiani – j.02.09.2010)


k) o Presidente da República, o Governador de Estado e do Distrito Federal, oPrefeito, os membros do Congresso Nacional, das Assembleias Legislativas, daCâmara Legislativa, das Câmaras Municipais, que renunciarem a seusmandatos desde o oferecimento de representação ou petição capaz deautorizar a abertura de processo por infringência a dispositivo daautorizar a abertura de processo por infringência a dispositivo daConstituição Federal, da Constituição Estadual, da Lei Orgânica do DistritoFederal ou da Lei Orgânica do Município, para as eleições que se realizaremdurante o período remanescente do mandato para o qual foram eleitos e nos8 (oito) anos subsequentes ao término da legislatura;

INELEGIBILIDADE – LC 64/90Renúncia

- Objetivo: evitar processo cassação (infração à CF, CE, LOM e LMDF)- Aplicação: todos os mandatos eletivos- Configuração: renúncia após oferecimento representação- Configuração: renúncia após oferecimento representação

* Exceção (§5º): desincompatibilização ou assunção de mandato não gera inelegibilidade, salvo fraude reconhecida pela JE


l) os que forem condenados à suspensão dos direitospolíticos, em decisão transitada em julgado ouproferida por órgão judicial colegiado, por ato dolosode improbidade administrativa que importe lesão aode improbidade administrativa que importe lesão aopatrimônio público e enriquecimento ilícito, desde acondenação ou o trânsito em julgado até o transcursodo prazo de 8 (oito) anos após o cumprimento da pena

INELEGIBILIDADE – LC 64/90Improbidade administrativa

- Requisitos:

condenação por órgão colegiado ou transitada em julgado

enriquecimento ilícito e/ou prejuízo doloso ao erário (O TSE e a cumulatividade – AgRgRO nº 371450 – Rel. Marcelo Ribeiro – j. 08.02.2011)

suspensão dos direitos políticos

* Prazo da inelegibilidade


- O Vice:O Caso “Geraldo Alckmin”: titularidade por eleiçãoou sucessão (para fins de configurar-se a reeleição)“(...) Vice-Governador eleito duas vezes para o cargo de Vice-Governador.“(...) Vice-Governador eleito duas vezes para o cargo de Vice-Governador.No segundo mandato de vice, sucedeu o titular. Certo que, no seuprimeiro mandato de vice, teria substituído o governador. Possibilidade dereeleger-se ao cargo de governador, porque o exercício da titularidade docargo dá-se mediante eleição ou por sucessão. Somente quando sucedeu otitular é que passou a exercer o seu primeiro mandato como titular do

cargo” (STF – RE 366.488-3 – Rel. Carlos Velloso)

CONDIÇÕES DE REGISTRABILIDADE

Condição de registrabilidade

- Finalidade- Finalidade- Fontes- Exemplos

INABILITAÇÃO Inabilitação (previsão no Direito Brasileiro):

DL 201/67 (sanção acessória à condenação criminal);

Art. 52 CF (sanção principal de crime de responsabilidade)

- Art. 52, parágrafo único: inabilitação, por 8 anos, para o exercício da função pública

Extensão da expressão “função pública” : os precedentes (TSE – Resolução nº20.297 – Rel. Eduardo de Oliveira – j. 12.08.1998; TSE – Recurso EspecialEleitoral nº 16.684 – Rel. Waldemar Zveiter – j. 26.09.2000)

CONTENCIOSO JUDICIAL ELEITORAL

ILÍCITOS CÍVEIS ELEITORAISa) Unicidade de fato e multiplicidade de normas violadoras (na esferaeleitoral)

- exemplo

Distribuição de vale-combustível

- omissão da prestação de contas = Art. 30-A LE (captação-gasto ilícito derecursos)- em troca de voto = Art. 41-A LE (compra de voto)- em excesso quantitativo = AIJE (abuso de poder econômico)

ILÍCITOS CÍVEIS ELEITORAISb) Espécies de ilícitos eleitorais (lato sensu):

Abuso de poder: inobserv. regras legalidade

Corrupção: sentido amplo (ato proibido por lei) vs estrito (pedido de voto)

Fraude: artifício ou ardil, c/ prejuízo candidato/partido

Coação: violência física e moral

Falsidade: alteração da verdade material

AÇÕES CÍVEIS ELEITORAIS

Conceito: sanções tipicamente político-eleitorais (registro/diploma/mandato)

- “Sistema punitivo especial” (e a multa)- “Sistema punitivo especial” (e a multa)* Limite do contencioso eleitoral: decisão judicial que

altera o resultado das eleições somente encontra justificativa na preservação de outros bens e interesses constitucionais e deve ser excepcional

AÇÕES CÍVEIS ELEITORAIS

Classificação (gêneros):

* Arguição de inelegibilidade (deficit capacidade eleitoral passiva -

AIRC;RCED)* Apuração de abuso/ilícito eleitoral* Apuração de abuso/ilícito eleitoral

- com cassação do registro-diploma (abuso genérico vs representaçõesespecíficas)- sem cassação registro-diploma (representações remanescentes –propag; pesquisa; direito resposta; doação acima limite)

AÇÕES DE COMBATE AO ILÍCITO ELEITORAL (COM CASSAÇÃO DO REGISTRO-DIPLOMA)

- Abuso genérico: AIJE (Art. 22 LC 64/90) e AIME (Art. 14, §10, CF)

- generalidade (conceitos jurídicos indeterminados)- responsabilidade do candidato beneficiário- bem jurídico comum (“normalidade e legitimidade das eleições”)

- Representações Específicas (art. 41-A, art. 30-A, condutas vedadas)

- taxatividade (legalidade estrita)- responsabilidade pessoal do candidato: regra e exceção (condutas vedadas)- bens jurídicos diversos

AÇÕES ELEITORAIS

Ação de Impugnação ao Registro de Candidatura

Art. 3º, caput, LC 64/90. Caberá a qualquer candidato, apartido político, coligação ou ao Ministério Público, no prazo

Art. 3º, caput, LC 64/90. Caberá a qualquer candidato, apartido político, coligação ou ao Ministério Público, no prazode 5 (cinco) dias, contados da publicação do pedido deregistro do candidato, impugná-lo em petiçãofundamentada.

AÇÕES ELEITORAISAção de Impugnação ao Registro de Candidatura – Art. 3º ss LC

64/90

- Objetivo

- Hipóteses de cabimentoAusência de condição de elegibilidadeAusência de condição de registrabilidadeIncidência de uma causa de inelegibilidade

AÇÕES ELEITORAISAção de Impugnação ao Registro de Candidatura –

- Momento de aferição da inelegibilidade e condições deelegibilidade

Art. 11, §10, LE. As condições de elegibilidade e as causas de inelegibilidade devem seraferidas no momento da formalização do pedido de registro da candidatura, ressalvadas asalterações, fáticas ou jurídicas, supervenientes ao registro que afastem a inelegibilidade.


* O TSE e as causas supervenientes no registro de candidatura

EdAgRgRO nº 452298 – Rel. Gilson Dipp – j. 30.06.2011 = causa superveniente que afasta ainelegibilidade, até a diplomação

EdRESP nº 294-62 – Rel. Min. Gilmar Mendes – j. 11.12.2014 = todo o fato superveniente que afasta ainelegibilidade ocorrido até antes da diplomação deve ser considerado para fins de aplicação do art.26-C da LC nº 64/90

RO 15429 – Rel. Henrique Neves – j. 26.08.2014 = as inelegibilidades supervenientes aorequerimento de registro de candidatura poderão ser objeto de análise pelas instânciasordinárias, no respectivo processo de registro, desde que garantidos o contraditório e aampla defesa (e que incidam até a data da eleição)


- Competência

- Prazo para ajuizamento (e contagem)- Prazo para ajuizamento (e contagem)

- Preclusão

AÇÕES ELEITORAISAção de Impugnação ao Registro de Candidatura

- Legitimados

- Procedimento: sentença (3 dias da conclusão, dispensa intimação);sentença antes (Súm. 10 TSE) ;sentença depois do prazo legal (public.)

AÇÕES ELEITORAISAção de Impugnação ao Registro de Candidatura

- Recurso: prazo e efeitos (Art. 15 LC vs Art. 16-A da LE)

- A Súmula 11 do TSE: a exclusão do MP (STF – AgRE nº 728188 –Ricardo Lewandoswki – j. 18.12.2013; repercussão geral)

- O art. 16 da LC 64/90: prazos peremptórios e contínuos

AÇÕES ELEITORAISRecurso Contra a Expedição de Diploma –

Art. 262 CE. O recurso contra expedição de diploma caberá somente nos casos de diploma caberá somente nos casos de inelegibilidade superveniente ou de natureza constitucional e de falta de condição de elegibilidade. (Redação dada pela Lei nº 12.891, de 2013)

AÇÕES ELEITORAIS

Recurso Contra a Expedição de Diploma – art. 262 CE

- Prazo- Prazo

- Natureza jurídica: recurso ou ação autônoma ?

AÇÕES ELEITORAISRecurso Contra a Expedição de Diploma –

- Objeto

- Hipóteses de cabimento (Lei 12.891/13)

“Causa superveniente”: TSE – AgRgRESP nº 35.997 – Rel. Arnaldo Versiani – j. 06.09.2011

AÇÕES ELEITORAISRecurso contra expedição de diploma

- Procedimento e competência

- Legitimados- Legitimados

- Prova pré-constituída (e a produção de provas ???):* Questão de Ordem no RCD 671 (Rel. Ayres Britto, j. 25.09.07)

- Efeitos do recurso: art. 216 CE

AÇÕES ELEITORAISAção de Investigação Judicial Eleitoral –

Art. 22 LC 64/90. Qualquer partido político, coligação, candidato ou Ministério Público Eleitoral poderá representar à Justiça Eleitoral, diretamente ao Corregedor-Geral ou Regional, relatando fatos e indicando provas, indícios e Ministério Público Eleitoral poderá representar à Justiça Eleitoral, diretamente ao Corregedor-Geral ou Regional, relatando fatos e indicando provas, indícios e circunstâncias e pedir abertura de investigação judicial para apurar uso indevido, desvio ou abuso do poder econômico ou do poder de autoridade, ou utilização indevida de veículos ou meios de comunicação social, em benefício de candidato ou de partido político, obedecido o seguinte rito:

AÇÕES ELEITORAIS

Ação de Investigação Judicial Eleitoral – Art. 22 LC 64/90

- Hipóteses de cabimento- Hipóteses de cabimento

- Procedimento

AÇÕES ELEITORAISAção de Investigação Judicial Eleitoral – Art. 22 LC 64/90

- Bem jurídico

- Prova (para a procedência): potencialidade lesiva vs gravidade das circunstâncias

Art. 22, XVI , LC 64/90. para a configuração do ato abusivo, não seráconsiderada a potencialidade de o fato alterar o resultado da eleição, mas apenas a gravidade das circunstâncias que o caracterizam.

AÇÕES ELEITORAIS

Ação de Investigação Judicial Eleitoral

- Prazo de ajuizamento- Prazo de ajuizamento

- Legitimados: ativo e passivo (a pessoa jurídica)

AÇÕES ELEITORAIS

Ação de Investigação Judicial Eleitoral

- Competência

- Sanções: antes e depois da LC 135/10

- Recurso: prazo e efeitos (Art. 257, §2º, CE; Lei 13.165/15)

AÇÕES ELEITORAIS

• Art. 257, § 2º, CE (Lei 13.165/15). O recurso ordinário interposto contra decisão proferida por juiz eleitoral ou por Tribunal Regional Eleitoral juiz eleitoral ou por Tribunal Regional Eleitoral que resulte em cassação de registro, afastamento

do titular ou perda de mandato eletivo será recebido pelo Tribunal competente com efeito suspensivo.

AÇÕES ELEITORAISAção de Impugnação de Mandato Eletivo –

Art. 14, §10, CF. O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de quinze dias contados da diplomação, instruída a ação com provas de abuso do poder econômico, instruída a ação com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude.

AÇÕES ELEITORAISAção de Impugnação de Mandato Eletivo – art. 14, §10, CF

- Objeto

- Prazo: natureza e aplicação do art. 184 CPC

AÇÕES ELEITORAISAção de Impugnação de Mandato Eletivo – art. 14, §10, CF

- Hipóteses de cabimentocorrupçãofraudeabuso de poder econômico (TSE –Recurso Especial Eleitoral nº 28.040, Ayres abuso de poder econômico (TSE –Recurso Especial Eleitoral nº 28.040, Ayres Britto, j. 22.04.2008)

- Bem jurídico- Prova (para a procedência)

AÇÕES ELEITORAISAção de Impugnação de Mandato Eletivo

- Competência

- Procedimento: Res. 21.634/04 TSE

- Sanção

AÇÕES ELEITORAISAção de Impugnação de Mandato Eletivo

- Recurso: prazo prazo efeitos (art. 257, §2º, CE, redação da Lei 13.165/15)

- Princípio da publicidade

AÇÕES ELEITORAISRepresentação por captação ilícita de sufrágio –

Art. 41-A da LE. Ressalvado o disposto no art. 26 e seus incisos,constitui captação de sufrágio, vedada por esta Lei, o candidatodoar, oferecer, prometer, ou entregar, ao eleitor, com o fim deobter-lhe o voto, bem ou vantagem pessoal de qualquer natureza,doar, oferecer, prometer, ou entregar, ao eleitor, com o fim deobter-lhe o voto, bem ou vantagem pessoal de qualquer natureza,inclusive emprego ou função pública, desde o registro dacandidatura até o dia da eleição, inclusive, sob pena de multa demil a cinqüenta mil Ufir, e cassação do registro ou do diploma,observado o procedimento previsto no art. 22 da LeiComplementar no 64, de 18 de maio de 1990.

AÇÕES ELEITORAIS

Representação por captação ilícita de sufrágio – Art. 41-A da LE

- Prazo: art. 41-A, §3º, LE- Prazo: art. 41-A, §3º, LE

- Bem jurídico: TSE – RESP nº 19.553 – j. 21.03.2002* A prova testemunha singular: art. 368-A do CE, com redaçãoda Lei 13.165/15

AÇÕES ELEITORAISRepresentação por captação ilícita de sufrágio – Art. 41-A

da LE- Elementos de configuração:responsabilidade subjetiva do candidato (conduta/participação/anuência

explícita);explícita);direcionada ao eleitor;fim específico (desnecessidade de pedido explícito – art. 41-A,§1º, LE);lapso temporal

* A compra de candidatura (abuso de poder econômico): TSE –RESP nº 19.847 – Rel. Luciana Lossio – j. 03.02.2015

AÇÕES ELEITORAIS

Representação por captação ilícita de sufrágio

- Competência

- Procedimento

- Legitimados: ativo e passivo (o art. 41, §2º, da LE)

AÇÕES ELEITORAIS

Representação por captação ilícita de sufrágio

- Sanção: multa de 1.000 a 50.000 UFIR; cassação doregistro/diplomaregistro/diploma* A inelegibilidade da Ficha-Limpa (art. 1º, I, j, LC 64/90)

- Recurso: prazo (art. 41-A, §4º, LE) e efeitos (art. 257, §2º, CE,com redação da Lei 13.165/15)

AÇÕES ELEITORAIS

Representação por condutas vedadas: art. 73, 74, 75 e 77 LE

- Fundamento legal (hipóteses de cabimento): art. 73, 74, 75 e 77 LE

OBS: o limite de circunscrição (art. 73, V; VI, b; VI, c; VIII)

OBS2: a nova redação dada ao art. 73, VII, da LE (Lei 13.165/15)

AÇÕES ELEITORAISRepresentação por condutas vedadas:

Art. 73. São proibidas aos agentes públicos, servidores ou não, as

seguintes condutas tendentes a afetar a igualdade de

oportunidades entre candidatos nos pleitos eleitorais:oportunidades entre candidatos nos pleitos eleitorais:

Inciso I - ceder ou usar, em benefício de candidato, partido político ou coligação,

bens móveis ou imóveis pertencentes à administração direta ou indireta da

União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios,

ressalvada a realização de convenção partidária;


Art. 73, inciso II. usar materiais ou serviços, custeados pelos

Governos ou Casas Legislativas, que excedam as prerrogativasGovernos ou Casas Legislativas, que excedam as prerrogativas

consignadas nos regimentos e normas dos órgãos que integram;


Art. 73, inciso III. ceder servidor público ou empregado da

administração direta ou indireta federal, estadual ou municipal doadministração direta ou indireta federal, estadual ou municipal do

Poder Executivo, ou usar de seus serviços, para comitês de

campanha eleitoral de candidato, partido político ou coligação,

durante o horário de expediente normal, salvo se o servidor ou

empregado estiver licenciado;


Art. 73, inciso VI, b. nos 03 meses que antecedem o pleito:

b) com exceção da propaganda de produtos e serviços que tenham

concorrência no mercado, autorizar publicidade institucional deconcorrência no mercado, autorizar publicidade institucional de

atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos

federais, estaduais e municipais, ou das respectivas entidades da

administração direta, salvo em caso de grave e urgente

necessidade pública, assim reconhecida pela Justiça Eleitoral


Art. 73, inciso VII (redação da Lei 13.165/15) :

realizar, no primeiro semestre do ano de eleição, despesas com

publicidade dos órgãos públicos federais, estaduais ou municipais,publicidade dos órgãos públicos federais, estaduais ou municipais,

ou das respectivas entidades da administração indireta, que

excedam a média dos gastos no primeiro semestre dos três últimos

anos que antecedem o pleito;


Art. 73, §10. No ano em que se realizar eleição, fica proibida a

distribuição gratuita de bens, valores ou benefícios por parte da

Administração Pública, exceto nos casos de calamidade pública, deAdministração Pública, exceto nos casos de calamidade pública, de

estado de emergência ou de programas sociais autorizados em lei e

já em execução orçamentária no exercício anterior, casos em que o

Ministério Público poderá promover o acompanhamento de sua

execução financeira e administrativa.


Art. 74 da LE. Configura abuso de autoridade, para os fins do art. 22

da LC 64/90, a infringência ao §1º do art. 37 da CF, ficando oda LC 64/90, a infringência ao §1º do art. 37 da CF, ficando o

responsável, se candidato, sujeito ao cancelamento do registro ou

do diploma.


Art. 77 da LE. É proibido a qualquer candidato comparecer, nos três

meses que precedem o pleito, a inaugurações de obas públicas.meses que precedem o pleito, a inaugurações de obas públicas.

Parágrafo único. A inobservância do disposto neste artigo sujeita o

infrator à cassação do registro ou do diploma

AÇÕES ELEITORAISRepresentação por condutas vedadas

- Bem jurídico

- Sanção:Art. 73 (multiplicidade de sanções e proporcionalidade); Arts. 74, 75 e 77 (unicidade de sanção e “potencialidade” ou “gravidade das

circunstâncias”)* A inelegibilidade da Lei da Ficha Limpa

AÇÕES ELEITORAIS

Representação por condutas vedadas

- Prazo: art. 73, §12, LE

- Competência

- Procedimento: art. 73, §12, LE

AÇÕES ELEITORAIS

Representação por condutas vedadas

- Legitimados (ativo e passivo)* O litisconsórcio necessário entre o agente público e o candidato beneficiado (TSE – RO 1696-77 – Min. Versiani – j. * O litisconsórcio necessário entre o agente público e o candidato beneficiado (TSE – RO 1696-77 – Min. Versiani – j. 29.11.2011)

- Recurso: prazo (art. 73, §13, LE) e efeitos (art. 257, §2º, CE, redação da Lei 13.165/15)

AÇÕES ELEITORAIS- Representação por captação e gastos ilícitos eleitorais

Art. 30-A da LE. Qualquer partido político ou coligação poderá representar à Justiça Eleitoral, no prazo de 15 (quinze) dias da diplomação, relatando fatos e indicando provas, e pedir a abertura diplomação, relatando fatos e indicando provas, e pedir a abertura de investigação judicial para apurar condutas em desacordo com as normas desta Lei, relativas à arrecadação e gastos de recursos.

AÇÕES ELEITORAIS

Representação por captação e gastos ilícitos eleitorais

- Hipóteses de cabimentoCaptação ilícita de recursos (o caixa dois; as fontes vedadas)Captação ilícita de recursos (o caixa dois; as fontes vedadas)

Gastos ilícitos de recursos (ex. os brindes de campanha; propagandas irregulares, etc)

AÇÕES ELEITORAISRepresentação por captação e gastos ilícitos eleitorais

- Prazo: termo final (art. 30-A, caput, LE) e termo inicial (art. 73, caput, Res. 23.406/14 do TSE)

- Legitimidade: a restrição da legitimidade ativa (TSE – RO nº 1498 – Rel. Arnaldo Versiani – j. 19.03.2009)

- Competência e procedimento: art. 30-A, §3º, LE

AÇÕES ELEITORAISRepresentação por captação e gastos ilícitos eleitorais

- Bem jurídico

- Prova para procedência (RO 1540, Felix Fischer –proporcionalidade entre o ilícito e a sanção; a “relevânciaproporcionalidade entre o ilícito e a sanção; a “relevânciajurídica”)

- Sanções (e a inelegibilidade da Ficha-Limpa)

- Recurso: prazo (art. 30-A, §3º, LE) e efeitos (art. 257, §2º, CE,redação da Lei 13.165/15)

AÇÕES ELEITORAISAção rescisória eleitoral (art. 22, I, j, CE)

- Hipótese de cabimento

- Prazo- Prazo

- Competência- ADI 1459-5: inconstitucionalidade parcial

LITISCONSÓRCIO E ASSISTÊNCIA

Ações que levem à cassação do registro, diploma oumandato

- Partido político = assistente simples- Vice = litisconsorte passivo necessário- Partido político = assistente simples- Vice = litisconsorte passivo necessário

“o vice deve figurar no pólo passivo das demandas em que se postula acassação do registro, diploma ou mandato, uma vez que há litisconsórcionecessário entre os integrantes da chapa majoritária, considerada apossibilidade de o vice ser afetado pela eficácia da decisão” (TSE – RESP nº35831 – Rel. Arnaldo Versiani – j. 03.12.2009)

NULIDADE Nova Eleição: a Lei 13.165/15

Art. 224, CE§ 3º A decisão da Justiça Eleitoral que importe o indeferimento do registro, a cassação

do diploma ou a perda do mandato de candidato eleito em pleito majoritário

acarreta, após o trânsito em julgado, a realização de novas eleições, acarreta, após o trânsito em julgado, a realização de novas eleições, independentemente do número de votos anulados.

§ 4º A eleição a que se refere o § 3º correrá a expensas da Justiça Eleitoral e será:

I – indireta, se a vacância do cargo ocorrer a menos de seis meses do final do mandato;

II – direta, nos demais casos.

NULIDADE Nova Eleição:

- voto nulo vs voto anulável: o TSE (RESP 25.937, Rel. Min. José Delgado)

- a participação de quem deu causa à nulidade: impossibilidade (TSE –MS 3.413, Rel. Min. Marco Aurélio)

Crimes Eleitorais

- Natureza jurídica: divergência doutrinária

a) crime comum (“nenhuma das figuras típicas eleitorais visa coibir a desestruturação ou a desarticulação da organização política do Estado”; José desestruturação ou a desarticulação da organização política do Estado”; José Jairo Gomes);

a) crime político (“reflexos diretos na ordem política do Estado”; Suzana de Camargo Gomes)

Crimes Eleitorais- Natureza jurídica: jurisprudência

“a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de definir a locução constitucional ‘crimes comuns’ como expressão abrangente a todas as modalidades de como expressão abrangente a todas as modalidades de infrações penais, estendendo-se aos delitos eleitorais e alcançando, até mesmo, as próprias contravenções penais”(STF – Pleno – Reclamação nº 511 – Rel. Min. Celso de Mello – j. 09.02.1995).

Crimes Eleitorais- Competência:

Conexos: art. 35, II, CE; art. 78, IV, CPP

Júri: a) ambos JE (Suzana C. Gomes); b) ambos T.Júri Júri: a) ambos JE (Suzana C. Gomes); b) ambos T.Júri (Fernando A. Pedroso); c) Júri Federal (Luiz Carlos Gonçalves); d) cisão processual (J. J. Gomes; E. Pacelli)

JIJ: 3ª Seção – Conflito de Competência nº 38.340 – Rel. Min. Felix Fischer – j. 11.06.2003


Prerrogativa de foro:STF (art. 102, inciso I, alíneas a e b, da CF): Presidente; o Vice-Presidente; membros do

Congresso Nacional; Ministros do STF; PGR; Ministros de Estado; Comandantes da Marinha, Exército e Aeronáutica; membros dos Tribunais Superiores; membros do TCU; chefes de missão diplomática de caráter permanente.TCU; chefes de missão diplomática de caráter permanente.

STJ (art. 105, inciso I, alínea a, da CF): Governadores dos Estados e DF; Desembargadores dos TJs; membros dos TCEs, dos Tribunais Regionais, dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios e os do Ministério Público da União que oficiarem perante os Tribunais


Prerrogativa de foro:TRE: Prefeito Municipal (art. 29, X, CF); Juízes de Direito e Promotores de Justiça (art.

96, III, CF); Deputados Estaduais, os Secretários Estaduais e o Procurador-Geral do Estado; Juízes Federais, inclusive Militar e do Trabalho (art. 108, I, a, CF) e os Estado; Juízes Federais, inclusive Militar e do Trabalho (art. 108, I, a, CF) e os membros do MPU que não oficiarem perante os Tribunais.

Súmula nº 702 do STF: “a competência do Tribunal de Justiça para julgamento de Prefeito restringe-se aos crimes de competência da Justiça comum estadual; nos

demais casos, a competência originária caberá ao respectivo tribunal de segundo

grau”.

Crimes Eleitorais

- Medidas despenalizadoras do JECRIM e crimes eleitorais:

PROCESSO PENAL ELEITORAL - LEIS nºs 9.099/95 e 10.259/2001 - APLICABILIDADE. As

Leis nºs 9.099/95 e 10.259/2001, no que versam o processo relativo a infraçõesLeis nºs 9.099/95 e 10.259/2001, no que versam o processo relativo a infrações

penais de menor potencial ofensivo, são, de início, aplicáveis ao processo penal

eleitoral. A exceção corre à conta de tipos penais que extravasem, sob o ângulo da

apenação, a perda da liberdade e a imposição de multa para alcançarem,

relativamente a candidatos, a cassação do registro, conforme é exemplo o crime do

artigo 334 do Código Eleitoral. (Recurso Especial Eleitoral nº 25.137 – Rel. Min.Marco Aurélio Mello – j. 07.06.2005).

Crimes Eleitorais

- Localização: legislação esparsa (CE, LE, LTA, LC, L. 7021) e inexistência de um código eleitoral unificado

- Crimes eleitorais puros vs acidentais

CRIMES ELEITORAISCaracterísticas

- Investigação policial eleitoral (atribuição): art. 2º da Res. 23.396/13 doTSE

1) “a Polícia Federal exercerá, com prioridade sobre as atribuições1) “a Polícia Federal exercerá, com prioridade sobre as atribuiçõesregulares, a função de polícia judiciária em matéria eleitoral,limitada às instruções e requisições dos Tribunais e Juízes Eleitorais”

2) “quando no local da infração não existirem órgãos da Polícia Federal,a Polícia do respectivo Estado terá atuação supletiva”


- Formas de instauração do Inquérito Policial Eleitoral: a vedação aoIP de ofício

Art. 8º Res. 23.396/13:“O inquérito policial eleitoral somente seráinstaurado mediante determinação da Justiça Eleitoral, salvo ainstaurado mediante determinação da Justiça Eleitoral, salvo ahipótese de prisão em flagrante”.


- Vedação de requisição do IP pelo MPE

Art. 8º Res. 23.396/13:“O inquérito policial eleitoral somente seráinstaurado mediante determinação da Justiça Eleitoral, salvo ahipótese de prisão em flagrante”.hipótese de prisão em flagrante”.

* STF: MC na ADI nº 5104 – Rel. Min. Roberto Barroso – j. 21.05.2014

a) inconstitucionalidade formal: criação de norma processual sem a observância doprincípio da legalidade; b) inconstitucionalidade material: ao impor indevidarestrição às funções constitucionais do Ministério Público


- Ação penal exclusivamente pública (exceção, subsidiária da pública).

Art. 355 do Código Eleitoral: “as infrações penais definidas neste Códigosão de ação pública”.


- Tipicidade (exclusivamente) dolosa.

- Conceito de funcionário público (para fins penais): Art. 283, §§ 1° e2°, CE.2°, CE.

CRIMES ELEITORAISArt. 283 do CE. Para os efeitos penais são considerados membros e funcionários da

Justiça Eleitoral: I. os magistrados que, mesmo não exercendo funções eleitorais,

estejam presidindo Juntas Apuradoras ou se encontrem no exercício de outra

função por designação de Tribunal Eleitoral; II. os cidadãos que temporariamente

integram órgãos da Justiça Eleitoral; III. os cidadãos que hajam sido nomeados integram órgãos da Justiça Eleitoral; III. os cidadãos que hajam sido nomeados

para as mesas receptoras ou Juntas Apuradoras; IV. os funcionários requisitados

pela Justiça Eleitoral § 1º. Considera-se funcionário público, para os efeitos

penais, além dos indicados no presente artigo, quem, embora transitoriamente ou

sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública. § 2º. Equipara-se a

funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função em entidade

paraestatal ou em sociedade de economia mista


- Pena mínima abstrata genérica. Art. 284 CE (15 dias para crimes de detenção;01 ano para crimes de reclusão)

Art. 284 CE: “sempre que este Código não indicar o grau mínimo, entende-se que será Art. 284 CE: “sempre que este Código não indicar o grau mínimo, entende-se que será

ele de quinze dias para a pena de detenção e de um ano para a de reclusão”.

CRIMES ELEITORAIS (CONTIN.)

Causas de agravação e atenuação em limitesexpressos

Art. 285 CE: entre 1/5 e 1/3, salvo previsão contrário)

Art. 285. Quando a lei determina a agravação ouArt. 285. Quando a lei determina a agravação ouatenuação da pena sem mencionar o "quantum",deve o juiz fixá-lo entre um quinto e um terço,guardados os limites da pena cominada ao crime.


Pena de multaArt. 286 do CE: a) multa é recolhida ao Tesouro Nacional (e não ao Fundo

Penitenciário, como no art. 49 CP); b) valor do dia-multa deve ser estabelecidoentre 01 e 300 dia-multa (art. 49 do CP; entre 10 e 360 dias-multa)

. TSE (Procedimento Administrativo 99.643 – Min. Nancy Andrighi – j. 24.11.2011):. TSE (Procedimento Administrativo 99.643 – Min. Nancy Andrighi – j. 24.11.2011):“as multas decorrentes do descumprimento da legislação eleitoral sãodestinadas ao Fundo Especial de Assistência Financeira aos Partidos Políticos(Fundo Partidário), salvo aquelas decorrentes de condenação criminal, as quais -por força da LC 79/94 - devem compor o Fundo Penitenciário Nacional(FUNPEN)”


Aplicação subsidiária do Código Penal

Art. 287. Aplicam-se aos fatos incriminados nesta lei asArt. 287. Aplicam-se aos fatos incriminados nesta lei asregras gerais do Código Penal.


Imunidade Eleitoral (art. 236 CE):

- eleitor;

- membros das mesas receptoras e fiscais partidários;

- candidatos.


Art. 236 CE. Nenhuma autoridade poderá, desde 5 (cinco) dias antes e até 48 (quarenta e oito) horas depois do encerramento da eleição, prender ou deter qualquer eleitor, salvo em flagrante delito ou em virtude de sentença criminal condenatória por crime inafiançável, ou, ainda, por desrespeito a salvo-conduto.

§ 1º Os membros das mesas receptoras e os fiscais de partido, durante o exercício de § 1º Os membros das mesas receptoras e os fiscais de partido, durante o exercício de suas funções, não poderão ser detidos ou presos, salvo o caso de flagrante delito; da mesma garantia gozarão os candidatos desde 15 (quinze) dias antes da eleição.

§ 2º Ocorrendo qualquer prisão o preso será imediatamente conduzido à presença do juiz competente que, se verificar a ilegalidade da detenção, a relaxará e promoverá a responsabilidade do coator.


Crime eleitoral e diretório de partido político (art. 336CE):

- sentença penal +- sentença penal +- convencimento do juiz +- diretório partido, através de seus membros (concorreu p/delito

ou beneficiou-se dele)

Sanção: suspensão ativid. diretório

CRIMES ELEITORAIS- Arquivamento do Inquérito Policial Eleitoral:

Art. 357, §1º, CE: Se o órgão do Ministério Público, ao invés de apresentar a denúncia, requerer o arquivamento da comunicação, o juiz, no caso de considerar improcedentes as razões invocadas, fará remessa da comunicação ao Procurador Regional, e êste oferecerá a denúncia, designará outro Promotor para oferecê-la, Regional, e êste oferecerá a denúncia, designará outro Promotor para oferecê-la, ou insistirá no pedido de arquivamento, ao qual só então estará o juiz obrigado a atender.

TSE: Nos termos do § 4º do art. 62 da LC nº 75/93, compete às Câmaras de Coordenação e Revisão manifestar-se sobre o arquivamento de inquérito policial, objeto de pedido do Procurador Regional Eleitoral e rejeitado pelo TRE (Recurso Especial Eleitoral nº 25.030 – Rel. Min. Cezar Peluso – j. 10.04.2007)

CRIMES ELEITORAIS

Procedimento de pessoas sem prerrogativa de foroProcedimento do Código Eleitoral

- denúncia (prazo 10 dias; n° testemunhas); - interrogatório (Lei n° 10.732/03 – “depoimento pessoal”);- interrogatório (Lei n° 10.732/03 – “depoimento pessoal”);- defesa prévia (“alegações escritas”; prazo 10 dias);- instrução; - diligências (art. 360 CE); - alegações finais (prazo de 5 dias, para cada parte); - recurso (prazo de 10 dias; razões no mesmo prazo).

CRIMES ELEITORAISProcedimento com a observância da Lei nº 11.719/08(aplicação art. 395, 396, 396-A e 397 CPP + interrogatório ao final)

- denúncia;- ñ rejeição (art. 395 CPP);- receb. denunc;- resposta à acusação;- resposta à acusação;- ñ absolvição sumária;- Prosseguimento do feito, com audiência (oitiva testemunhas; interrogatório);

* STF – Min. Celso de Mello – MC em Habeas Corpus nº 107.795 – j. 28.10.2011- alegações finais;- sentença

CRIMES ELEITORAIS

- Ação de competência originária: Lei nº 8.038/90

CRIMES ELEITORAIS EM ESPÉCIE

Inscrição fraudulenta.

Art. 289. Inscrever-se fraudulentamente eleitor:

Pena - Reclusão até cinco anos e pagamento de cinco a 15 dias-multa.multa.

Transferência.

Relevância da informação. dados sobre a identidade ou domicílio do eleitor

Induzimento . Art. 290 CE


Corrupção eleitoralArt. 299. Dar, oferecer, prometer, solicitar ou receber, para si ou para outrem,

dinheiro, dádiva, ou qualquer outra vantagem, para obter ou dar voto e para conseguir ou prometer abstenção, ainda que a oferta não seja aceita:

Pena - reclusão até quatro anos e pagamento de cinco a quinze dias-multa.

Abstenção.Pedido explícito e determinado de voto.Consumação.Elemento normativo: “qualquer outra vantagem” (ñ precisa ser indevida ou patrimonial;necessita um “acréscimo”)Elemento subjetivo: pedido de voto (ñ de apoio político).


Corrupção eleitoral

Art. 299. Dar, oferecer, prometer, solicitar ou receber, para si ou para outrem, dinheiro, dádiva, ou qualquer outra vantagem, para outrem, dinheiro, dádiva, ou qualquer outra vantagem, para obter ou dar voto e para conseguir ou prometer abstenção, ainda que a oferta não seja aceita:

Pena - reclusão até quatro anos e pagamento de cinco a quinze dias-multa.


Corrupção eleitoral

Abstenção.

Pedido explícito e determinado de voto.

Consumação.

Elemento normativo: “qualquer outra vantagem” (ñ precisa ser indevida oupatrimonial; necessita um “acréscimo”)

Elemento subjetivo: pedido de voto (ñ de apoio político).

CRIMES ELEITORAIS EM ESPÉCIEArt. 302 CE. Concentração ilegal de eleitores.

Requisito temporal: incide somente “no dia da eleição”.Requisitos para configuração:

concentração + finalidade específica (elemento subjetivo = embaraçar, fraudar, impedir oexercício do voto)exercício do voto)

Art. 11, III, Lei n° 6.091/74 (“transporte e alimentação deeleitores”):Derrogação:

Requisito temporal: “desde o dia anterior até o posterior à eleição”Elemento subjetivo: dolo específicoConsumação: ñ precisa o efetivo transporte; basta a concentração, com o fim de aliciamento


Crimes contra a honra eleitoral.

Distinguem-se dos crimes previstos no CP em face do princípioda especialidade (“na propaganda eleitoral ou visando a finsda especialidade (“na propaganda eleitoral ou visando a finsde propaganda”).

CRIMES ELEITORAIS EM ESPÉCIECrimes contra a honra eleitoral.

- Art. 323. Divulgação fatos sabidamente inverídicos

- Art. 324. Calúnia: admite a exceção da verdade, com a ressalva dashipóteses do §2° do art. 324.

- Art. 325. Difamação: admite a exceção da verdade, quando a ofensa- Art. 325. Difamação: admite a exceção da verdade, quando a ofensaé contra funcionário público e relativo ao exercício de suas funções(art. 325, § único).

- Art. 326. Injúria: prevê hipótese de perdão judicial (§1°) e de injúriaviolenta (§2°).Obs: hipóteses de majoração da pena (art. 327 CE)


Art. 334 CE. Aliciamento comercial de eleitores

Organização comercial (número mínimo de participantes)

Vendas, distribuição de mercadorias, prêmios e sorteiosVendas, distribuição de mercadorias, prêmios e sorteios

Propaganda ou aliciamento de eleitores


Recusa ao serviço eleitoralArt. 344. Recusar ou abandonar o serviço eleitoral sem justa

causa:

Pena - detenção até dois meses ou pagamento de 90 a 120 dias-Pena - detenção até dois meses ou pagamento de 90 a 120 dias-multa.

Elemento normativo: “sem justa causa”.Serviço eleitoral (abrangência)O posicionamento do TSE: o crime do art. 344 CE e a infração administrativa (art. 124 CE)


Desobediência e Resistência eleitoralArt. 347. Recusar alguém cumprimento ou obediência a diligências, ordens ou

instruções da Justiça Eleitoral ou opor embaraços à sua execução:

Pena - detenção de três meses a um ano e pagamento de 10 a 20 dias-multa.Pena - detenção de três meses a um ano e pagamento de 10 a 20 dias-multa.

Recusar cumprimento ou obediência

Opor embaraços à sua execução

Legalidade da ordem

“Determinação específica” e “dirigida a pessoa determinada”.

CRIMES ELEITORAIS EM ESPÉCIECrimes de falsidade eleitoral.

Art. 348 CE. Falsificação de documento público.

Art. 349 CE. Falsificação de documento particular.

Art. 350 CE. Falsificação ideológica.

Art. 353 CE. Uso de documento falso.Art. 353 CE. Uso de documento falso.

Distinguem-se dos crimes previstos no CP em face do princípio da especialidade (“para fins eleitorais”).

A falsidade na prestação de contas e a “finalidade eleitoral”: o entendimento do TSE (RESP nº 26010 – Rel. Min. Marcelo Ribeiro – j. 08.05.2008 vs RESP nº 2027-02 – Rel. Min. Otavio de Noronha – j. 28.04.2015).

CRIMES ELEITORAIS EM ESPÉCIE- Art. 15 da Lei n° 6.992/82 (alterar resultado da eleição por meio do

sistema eletrônico de processamento de dados)Atualmente, vige, o art. 72 LE (crimes de violação do sistema eletrônico de votação).

Art. 315 CE: sistema manual

- Art. 5° da Lei n° 7.021/82: destruição de relação de candidatos- Art. 5° da Lei n° 7.021/82: destruição de relação de candidatos“Afixada na cabina indevassável”

Fora da cabina. caracteriza o crime do art. 129 c/c art. 297 CE (desde que esteja em algumaparte dentro do local de votação)

- Art. 25 da LC 64/90: impugnação de registro ou argüição de inelegibilidadededuzida de forma temerária ou de má-fé


Lei n° 9.504/97

Art. 33, §4°. Divulgação de pesquisa fraudulentaPesquisa irregular = infração eleitoralPesquisa irregular = infração eleitoral

Art. 34, §2°. Impedir fiscalização de pesquisa

CRIMES ELEITORAIS EM ESPÉCIEArt. 39, §5°, LE. Constituem crimes “no dia da eleição”

I. uso de alto-falantes e amplificadores de som ou a promoção decomícios ou carreatas;

II. a arregimentação do eleitor ou a propaganda boca de urna;Lei n° 11.300/06.

* Distinções:Lei n° 11.300/06.

* Distinções:- Arregimentação com violência ou grave ameaça: art. 301 CE- Arregimentação por servidor público (sem violência ou grave ameaça): art. 300 CE- Mera arregimentação no dia da eleição: art. 39, §5°, II, LE- Arregimentação através da distribuição de propaganda no dia da eleição: art. 39, §5°, III, LEIII. a divulgação de qualquer espécie de propaganda de partidos

políticos ou de seus candidatos.A descriminalização da manifestação individual e silenciosa. Art. 39-A LE.

CRIMES ELEITORAIS EM ESPÉCIEUso de símbolos semelhantes às empregadas pelo governo

Art. 40 LE. O uso, na propaganda eleitoral, de símbolos, frases ou imagens,associadas ou semelhantes às empregadas por órgão de governo, empresapública ou sociedade de economia mista constitui crime, punível comdetenção, de seis meses a um ano, com a alternativa de prestação de serviçosà comunidade pelo mesmo período, e multa no valor de dez mil a vinte mildetenção, de seis meses a um ano, com a alternativa de prestação de serviçosà comunidade pelo mesmo período, e multa no valor de dez mil a vinte milUFIR.

- Propaganda eleitoral (extensão)

- Símbolos, frases ou imagens : associadas ou semelhantes a órgão de governo

- Órgão de governo (extensão)


Art. 57-H LE.

§1º. Contratação de grupo de pessoas para emitir mensagens oucomentários na internet para ofender a honra ou denegrir aimagem de candidato, partido ou coligação (detenção de 02 a 04imagem de candidato, partido ou coligação (detenção de 02 a 04anos + multa)

§2º. Criminaliza “as pessoas contratadas na forma do § 1o.“(detenção de 06 meses a 01 ano + multa)


Art. 68, §2º, LE. Recusa de entrega de BU (crime próprio doPresidente da Mesa)

Distinção do art. 313 CE (deixar de expedir BU na ordem sequencial – crimepróprio dos membros da Junta e do JE)próprio dos membros da Junta e do JE)

Art. 72 LE. Crimes de violação do sistema eletrônico de votação

- Obter acesso a sistema de dados eleitorais (72, I, LE)- Destruir sistemas de dados eleitorais (72, II, LE)- Dano a equipamento eleitoral (72, III, LE)

CRIMES ELEITORAIS EM ESPÉCIEArt. 87. Cerceamento da fiscalização partidária

Distância dos fiscais e delegados

Art. 91 LE. Retenção de título ou comprovante de alistamento Art. 91 LE. Retenção de título ou comprovante de alistamento eleitoral

* Distinção com o art. 295 CE (retenção de título contra a vontade do eleitor)

FASES DO PROCESSO ELEITORAL

Fases do processo eleitoral (estrito sensu):

- preparatória (convenções; registro; propaganda); - preparatória (convenções; registro; propaganda);

- votação;

- diplomação.

FASES DO PROCESSO ELEITORAL Convenção partidária: arts. 7° e 8° LE

- normas para escolha de candidatos e coligações: autonomia partidáriapartidária

- prazo para realização: 20 de julho a 05 de agosto (a Lei nº 13.165/15)

- candidatura nata: art. 8º, §1º, LE e a ADI 2530-9

REGISTRO DE CANDIDATURA – ARTS. 10-16 LE

- número de candidatos (art. 10 da LE, com redaçãoda Lei 13.165/15)

Regra = cada partido ou coligação pode registrar candidatos até cento e cinquenta por cento do número de lugares a preencher (art. 10, caput)

Exceção

- Deputados Federal, Distrital e Estadual (nos Estados em que o número de lugares a preencher na Câmara de Deputados não exceda a 12) = partido ou coligação pode registrar até o dobro

- Vereadores (nos Municípios com menos de 100.000 eleitores) = coligação pode preencher até o dobro


- percentual de vagas por sexo (art. 10, §3°, LE): RESPnº 784-32, Rel. Min. Versiani, j. 12.08.10

Art. 10, § 3o Do número de vagas resultante das regras previstas neste artigo, cada Art. 10, § 3o Do número de vagas resultante das regras previstas neste artigo, cada partido ou coligação preencherá o mínimo de 30% (trinta por cento) e o máximo de 70% (setenta por cento) para candidaturas de cada sexo.


- vagas remanescentes: art. 10, §5°, LE (Lei13.165/15)

Art. 10, § 5º. No caso de as convenções para a escolha de candidatos nãoindicarem o número máximo de candidatos previsto no caput e nos §§ 1º e 2ºdeste artigo, os órgãos de direção dos partidos respectivos poderão preencher asvagas remanescentes até trinta dias antes do pleito.


- prazo: art. 11, “caput” (registro coletivo) e §4° (registroindividual)

Art. 11. Os partidos e coligações solicitarão à Justiça Eleitoral o registro de seus candidatos até as dezenove horas do dia 15 de agosto do ano em que se realizarem candidatos até as dezenove horas do dia 15 de agosto do ano em que se realizarem as eleições (redação dada pela Lei 13.165/15)

§ 4o Na hipótese de o partido ou coligação não requerer o registro de seus candidatos, estes poderão fazê-lo perante a Justiça Eleitoral, observado o prazo máximo de quarenta e oito horas seguintes à publicação da lista dos candidatos pela Justiça Eleitoral.


- documentos (art. 11, §1°, LE)I - cópia da ata a que se refere o art. 8º;

II - autorização do candidato, por escrito;

III - prova de filiação partidária;

IV - declaração de bens, assinada pelo candidato;IV - declaração de bens, assinada pelo candidato;

V - cópia do título eleitoral ou certidão de que é eleitor na circunscrição;

VI - certidão de quitação eleitoral;

VII - certidões criminais da Justiça Eleitoral, Federal e Estadual

VIII - fotografia do candidato

IX - propostas defendidas pelo candidato a Prefeito, Governador e Presidente da República


- quitação eleitoral (art. 11, §7º, LE): arejeição e não-apresentação de contas

Art. 11, § 7o A certidão de quitação eleitoral abrangerá exclusivamente a Art. 11, § 7o A certidão de quitação eleitoral abrangerá exclusivamente a plenitude do gozo dos direitos políticos, o regular exercício do voto, o atendimento a convocações da Justiça Eleitoral para auxiliar os trabalhos relativos ao pleito, a inexistência de multas aplicadas, em caráter definitivo, pela Justiça Eleitoral e não remitidas, e a apresentação de contas de campanha eleitoral.


- diligências (art. 11, §3°, LE)

Art. 11, § 3º Caso entenda necessário, o Juiz abrirá prazo de setenta e duas horas para diligências

REGISTRO DE CANDIDATURA – ARTS. 10-16 LESubstituição de candidatos (art. 13 LE)

Hipóteses – inelegibilidade; renúncia; falecimento; indeferimento/cancelamento registro

Forma de escolha (art. 13, §1º) : regra – conforme o estatuto do partido a que pertencer osubstituído; nas eleições majoritárias, sendo candidato de coligação, a substituição deveser de maioria absoluta os órgãos de direção dos partidos coligados (§2º)ser de maioria absoluta os órgãos de direção dos partidos coligados (§2º)

Prazo – o registro deverá ser requerido até 10 dias, contados do fato ou da decisão judicialque deu origem à substituição (art. 13, §1º).

a substituição (nas eleições majoritárias e proporcionais) só se efetivará se o novopedido for apresentado até 20 dias antes do pleito, exceto em caso de falecimento (Lei nº12.891/13)

PROPAGANDA (GÊNERO E ESPÉCIE)- Propaganda partidária: art. 17, §3º, CF e Lei nº 9.096/95Objetivo

Regramento (art. 45-49 LPP)Vedação no segundo semestre do ano eleitoral (art. 36, §2°,LE)LE)Gratuidade e compensação fiscal (art. 52, parágrafo único,LPP)Sanção: art. 45, §2°, LPP (cassação do direito de transmissão);art. 36, §3°, LE (multa por propaganda eleitoral antecipada)

- Propaganda intrapartidária (art. 36, §2°, LE)

PROPAGANDA ELEITORAL- Propaganda eleitoral: conceito e objetivo

Prazo inicial (art. 36, caput, LE, redação da Lei 13.165/15): após 15de agosto

Propaganda antecipada: art. 36, §3°, LE (multa entre R$ 5.000,00 eR$ 25.000,00 ou o equivalente ao custo da propaganda, se este forPropaganda antecipada: art. 36, §3°, LE (multa entre R$ 5.000,00 eR$ 25.000,00 ou o equivalente ao custo da propaganda, se este formaior)

Promoção pessoal: mera divulgação do nome e do trabalhodesenvolvido sem referência a eleição, candidatura ou votos

PROPAGANDA ELEITORALExcludentes de propaganda eleitoral antecipada: art. 36-A da LE

Art. 36-A. Não configuram propaganda eleitoral antecipada, desde quenão envolvam pedido explícito de voto, a menção à pretensacandidatura, a exaltação das qualidades pessoais dos pré-candidatos e os seguintes atos, que poderão ter cobertura dosmeios de comunicação social, inclusive via internet:candidatos e os seguintes atos, que poderão ter cobertura dosmeios de comunicação social, inclusive via internet:

§ 2º Nas hipóteses dos incisos I a VI do caput, são permitidos o pedido de apoio político e a divulgação da pré-candidatura, das ações políticas desenvolvidas e das que se pretende desenvolver.

§ 3º O disposto no § 2º não se aplica aos profissionais de comunicação social no exercício da profissão.

PROPAGANDA ELEITORAL- Propaganda eleitoral:

Obrigatoriedade da legenda, linguagem nacional e vedação acriar artificialmente estados mentais ou passionais (art. 242 CE)

Propagandas vedadas (art. 243 CE)

PROPAGANDA ELEITORAL- Propaganda eleitoral:

Prazo de apuração da propaganda irregular: a regra (até a eleição) eas hipóteses em que a sanção é de subtração do horário eleitoral

Responsabilidade solidária (art. 241 CE vs art. 96, §11, LE, com redaçãoResponsabilidade solidária (art. 241 CE vs art. 96, §11, LE, com redaçãodada pela Lei 13.165/15)

Art. 96, § 11. As sanções aplicadas a candidato em razão do descumprimento dedisposições desta Lei não se estendem ao respectivo partido, mesmo na hipótesede esse ter se beneficiado da conduta, salvo quando comprovada a suaparticipação.

PROPAGANDA ELEITORALProcedimento de apuração da propaganda irregular: art. 96 da LE

Art. 40-B da LE:Representação: deve ser instruída com prova da autoria ou do prévio

conhecimento do beneficiário (caso este não seja por elaRepresentação: deve ser instruída com prova da autoria ou do prévio

conhecimento do beneficiário (caso este não seja por elaresponsável)

A responsabilidade estará demonstrada se: a) intimado, nãoprovidenciar, no prazo de 48 horas, sua regularização; b) ascircunstâncias do caso concreto revelarem a impossibilidade de obeneficiário não ter tido conhecimento da propaganda

MODALIDADES DE PROPAGANDA ELEITORAL

Outdoors- conceito (art. 13, parágrafo único, Res. 22.261/06)- Lei 11.300/06: vedação (art. 39, §8°, LE); sanção (multa e retirada)

Propaganda em bens particularesPropaganda em bens particulares- limitação a 0,5m² (art. 37, §2º, LE, redação da Lei 13.165/15) e a justaposição- “espontânea e gratuita” (art. 37, §8º, LE)- possibilidade de propaganda “desde que seja feita em adesivo ou papel” (Lei 13.165/15)


- Propaganda em bens públicos e de uso comum(art. 37 LE): vedada a veiculação de propaganda de qualquernatureza (Lei 11.300/06)

- Exceção: colocação de mesas para distribuição de material de- Exceção: colocação de mesas para distribuição de material decampanha e utilização de bandeiras (art. 37, §6°, com redaçãodada pela Lei nº 12.891/13) e a mobilidade (art. 37, §7º)

- Conceito de bens de uso comum (art. 37, §4º, LE): Código Civil +bens que a população em geral tenha acesso


Propaganda nas dependências do Poder Legislativo (art. 37, §3°, LE)

Propaganda em recinto aberto ou fechado (art. 39 LE)- requisito: comunicação à autoridade policial


Propaganda mediante panfletagem (art. 38 LE)- dia da eleição (crime)- requisitos: indicação da legenda; identificação do responsável; quem contratou e tiragem (art. 38, §1º, LE)- panfleto apócrifo- adesivos e a Lei nº 12.891/13- adesivos e a Lei nº 12.891/13

Brindes Eleitorais: art. 39,§ 6º, LE (redação da Lei nº 11.300)


Propaganda mediante alto-falantes (art. 39, §3°, LE)

- horário: regra geral e comício (§4°)A Lei 12891/13 e o comício de encerramento (prorrogação

em 02 horas)em 02 horas)

- vedação (art. 39, §3°, LE): distância mínima (200 m.)

- limite temporal (art. 39, §9º, LE – até 22 hs. da véspera do pleito)

- sanção


Comícios (art. 39, §4°, LE): horário e prazo limite (art. 240, p. u., CE – até 48 horas da eleição)

Showmício: vedação (art. 39,§7º, LE)

Trios-elétricos: somente para sonorização de comícios (art. 39,§10º, LE)

Art. 39, §11º, LE – circulação de carros de som e mini-trios(limite de 80 decibeis, medido a 7 metros de distância do veículo


-- Propaganda na imprensa escrita (art. 43 LE)

- requisitos: “paga”; visibilidade do valor pago pela inserção (art.43, §1º)

- prazo final: até a antevéspera das eleições- prazo final: até a antevéspera das eleições

- limite: até 10 anúncios por veículo, em datas diversas, porcandidato

- espaço máximo: jornal padrão (1/8) vs revista/tablóide (1/4)


- Propaganda na imprensa escrita (art. 43 LE)- sanção e responsabilidade do meio de comunicação (limite, enão conteúdo)

- “posicionamento favorável” (art. 27, §4°, Res. 23.404/13)- “posicionamento favorável” (art. 27, §4°, Res. 23.404/13)

- colunista de jornal e afastamento: desnecessidade (TSE – Res.21.763 – Rel. Fernando Neves – j. 18.05.2004)

MODALIDADES DE PROPAGANDA ELEITORAL- Horário normal no rádio e televisão

Propaganda eleitoral: vedação propaganda eleitoral paga (art. 44 LE)

Limites (a partir de encerrado o prazo da convenção; Lei 13.165/15):Limites (a partir de encerrado o prazo da convenção; Lei 13.165/15):vedação à tratamento desigual (art. 45 LE)

* STF (ADI 4451, Rel. Min. Ayres Britto): suspensão art. 45, II;interpretação conforme a CF art. 45, III; suspensão §§4º e 5º

MODALIDADES DE PROPAGANDA ELEITORAL- Horário normal no rádio e televisão

Sanção: multa e retirada da emissora do ar pelo tempo da infração (art.45, §2º; art. 55, parágrafo único)

Apresentador e comentarista:Apresentador e comentarista:

- afastamento a partir de 30/06 (art. 45, §1º, redação da Lei 13.165/15)

- sanção (em caso da efetiva escolha em convenção): multa para a emissora (art. 45,§2º) e cancelamento do registro da candidatura do beneficiário.


Debates (art. 46 LE)- Obrigatoriedade de participação: partidos c\ representação superior a 9Deputados Federais (Lei 13.165); momento de verificação = eleição, ressalvadas asmudanças de filiação com justa causa ou não contestadas na Justiça Eleitoral (art.33, §2º, da Res. 23.457/15)

- Facultatividade: demais partidos.

- Regras e definição do número de participantes: acordo entre partidos e a pessoajurídica realizadora do evento (ciência à JE); critério de aprovação das regras = 2/3dos candidatos (art. 46, §5º, com redação pela Lei 13.165/15)


Debates (art. 46 LE)- Sanção: suspensão da programação da emissora pelo prazo de 24 hs. (art. 46, §3º)

- Prazo final: até 48 horas antes da eleição (art. 240, § único, CE)

- Debate sem candidato (art. 46, §1°, LE): comprovação convite (anteced. 72 hs.)

- Conversão em entrevista (art. 34, III, Res. 23.457/15)

Entrevistas: ausência de proibição; igualdade oportunidades


Propaganda eleitoral gratuita no rádio e TV- Obrigatoriedade (art. 47 LE): canais abertos; TV em VHF e UHF; canais assinatura

responsabilidade Legislativo; rádios comunitárias (art. 36, §1º, da Res. nº23.457/15)

- Forma: bloco (art. 47, §1°, LE) e inserção (art. 51 LE)- Forma: bloco (art. 47, §1°, LE) e inserção (art. 51 LE)* Lei 13.165: não existe mais propaganda em bloco para vereadores (ficam apenascom 40% das inserções; art. 47, §1º, VII, da LE)

- Período: nos 35 dias anteriores até a antevéspera da eleição (art. 47 LE, redação daLei 13.165/15)


Propaganda eleitoral gratuita no rádio e TV- Distribuição do tempo (art. 47, §2°, LE, redação da Lei nº 13.165/15):a) 90% proporcionalmente ao número de representantes na Câmara

dos Deputados, considerados o resultado da soma dos 6 maiorespartidos que a integram (no caso de coligação majoritária) e opartidos que a integram (no caso de coligação majoritária) e oresultado da soma de todos os partidos (no caso de coligaçãoproporcional);

b) b) 10% igualitariamenteSTF: ADI nº 5423 – Rel. Min. Dias Toffoli – j. 22.12.2015 (indef. liminar)

MODALIDADES DE PROPAGANDA ELEITORAL Propaganda eleitoral gratuita no rádio e TV- Utilização do tempo proporcional por majoritário: art. 53-A da LE

- Podem aparecer no horário eleitoral (art. 54 LE, redação da Lei 13.165/15):a) candidatos; b) apoiadores dos candidatos; c) candidatos do §1º do art. 53-A da

LE (que podem usar 25% do tempo)LE (que podem usar 25% do tempo)

No horário eleitoral (art. 54 LE): a) pode aparecer caracteres com propostas,fotos, jingles, clipes com música ou vinhetas, inclusive de passagem, comindicação do número do candidato ou do partido; b) não podem montagens,trucagens, computação gráfica, desenhos animados e efeitos especiais.

MODALIDADES DE PROPAGANDA ELEITORAL Propaganda eleitoral gratuita no rádio e TV

- Obrigatoriedade LIBRAS ou legendas (art. 44,§1º, LE)

Propaganda TV à cabo: não exibem rede horário gratuito; temPropaganda TV à cabo: não exibem rede horário gratuito; temvedação art. 45 LE

MODALIDADES DE PROPAGANDA ELEITORAL Propaganda na internet: art. 57-A até 57-H LE

Prazo legal:inicial (art. 57-A LE) final : no site do candidato/partido, até eleição (art. 7º Lei 12.034/09); nos demais sites, até

48 horas antes do pleito (art. 240, § único, CE)

Formas permitidas (art. 57-B LE):site candidato, partido ou coligação (endereço eletrônico comunicado à Justiça Eleitoral e

hospedado em provedor estabelecido no País); mensagem eletrônica; blogs, redes sociais e assemelhados, cujo conteúdo seja gerado ou editado por candidatos,

partidos, coligações ou de iniciativa de qualquer pessoa natural

MODALIDADES DE PROPAGANDA ELEITORAL Propaganda na internet: art. 57-A até 57-H LE

Vedações1) mediante pagamento (art. 57-C, caput); 2) ainda que gratuitamente: a) em sites de pessoas jurídicas, com ou

sem fins lucrativos; b) sites oficiais ou hospedados por órgãos administração direta ou indireta (art. 57-C, §§1º e 2º)administração direta ou indireta (art. 57-C, §§1º e 2º)

3) anonimato (art. 57-D); possibilidade de direito de resposta (art. 57-D)

Descadastramento das mensagens: art. 57-G

PROPAGANDA ELEITORALDia da Eleição

- crime (art. 39, §5°, LE) e manifestação silenciosa (art. 39-A LE)- aglomeração de pessoas “portando vestuário padronizado” emanifestação coletiva (art. 39-A, §1°, LE)- Servidores da Justiça Eleitoral, mesários e escrutinadores: proibido- Servidores da Justiça Eleitoral, mesários e escrutinadores: proibidouso de vestuário ou objeto que contenham propaganda de partido,candidato ou coligação (art. 39-A, §2°, LE)- Fiscais de partido: permitido, nos crachás, nome e sigla do partido;vedada a padronização do vestuário (art. 39-A, §3°, LE)

DIREITO DE RESPOSTA- Hipóteses de cabimento: conceito, imagem ou afirmação caluniosa, difamatória, injuriosa ou sabidamente inverídica

- Procedimento: art. 58 LE

- Período: a partir da convenção

DIREITO DE RESPOSTA- Legitimados: candidato, partido político e coligação

OBS: cabimento contra órgão de imprensa (Representação nº 197505 – Rel. Min. Henrique Neves – j. 02.08.2010)

- Terceiro e legitimidade: ofensa no horário gratuito (Justiça - Terceiro e legitimidade: ofensa no horário gratuito (Justiça Eleitoral); ofensa no horário normal da emissora e imprensa escrita (Justiça Comum)

DIREITO DE RESPOSTA- Prazo (art. 58, §1º): contado da veiculação da ofensa

horário eleitoral gratuito (24 horas);

programação normal (48 horas);programação normal (48 horas);

imprensa escrita (72 horas)

Internet (a qualquer tempo, quando se tratar de conteúdo que estejasendo divulgado; 72 horas, após sua retirada; Lei 13.165/15)

DIREITO DE RESPOSTA- Utilização indevida do direito de resposta: candidatos,

partidos, coligação (subtração do tempo) e terceiros (multa – art.58, III, f, LE)

- Caso a ofensa ocorra em dia que inviabilize a reparação:- Caso a ofensa ocorra em dia que inviabilize a reparação: aresposta será divulgada após prévia aprovação JE, de modo a nãoensejar tréplica (art. 58, §4º)

PESQUISAS ELEITORAIS

- Obrigatoriedade do registro: no prazo de 05 dias antes da divulgação (art. 33 LE)

- Divulgação sem registro (infração) e fraudulenta - Divulgação sem registro (infração) e fraudulenta (crime): art. 33, §§3° e 4°, LE

- O art. 35-A da LE e a ADI 3741

- Sondagem vs pesquisa eleitoral

ARRECADAÇÃO DE RECURSOS E PRESTAÇÃO DE CONTAS

Arrecadação

Despesas de campanha: responsabilidade dos partidosou seus candidatos (art. 17 LE)

Limites dos gastos de campanha: serão definidos peloTSE, com base nos parâmetros fixados em lei (art. 18 daLE, com redação pela Lei 13.165/15)

* TSE deve publicizar os valores e corrigi-los pelo INPC (acada eleição)

ARRECADAÇÃO DE RECURSOS

- Limites dos gastos de campanha: arts. 5º a 8º da Lei13.165/15 (parâmetro são os gastos declarados naeleição anterior, para os mesmos cargos)

1) Cargos do Poder Executivo (art. 5º Lei 13.165/15):

a) 1º turno, o limite será 70% do maior gasto declarado para ocargo (onde houve apenas um turno) e 50% do maior gastodeclarado para o cargo onde houve dois turnos);

b) 2º turno, o limite de gastos será de 30% do valor previsto parao primeiro turno.


2) Cargos do Poder Legislativo: o limite de gastos será de 70%do maior gasto contratado na circunscrição para o respectivocargo na eleição imediatamente anterior à publicação desta lei(art. 6º Lei 13.165/15).

No caso de eleições municipais, existe uma situação excepcionalNo caso de eleições municipais, existe uma situação excepcional(art. 5º, parágrafo único, da Lei nº 13.165/15): nos municípiosde até 10.000 eleitores, o limite de gastos será de R$100.000,00 para Prefeito e de R$ 10.000,00 para Vereador ou oestabelecido na regra do art. 5º, caput, da Lei nº 13.165/15 seeste for maior.

ARRECADAÇÃO DE RECURSOS E PRESTAÇÃO DE CONTAS

Obrigatoriedade da conta bancária específica: art. 22 LE

Exceção (art. 22, §2º, LE, redação da Lei14.165/15): candidatos a Prefeito e vereador onde nãoexista agência bancária ou posto de atendimentoexista agência bancária ou posto de atendimentobancário

Art. 22, §3°, LE: uso de recursos que nãoprovenham da conta específica é causa de rejeição decontas

ARRECADAÇÃO DE RECURSOSDoações de campanha (Art. 23 LE):

Formas (art. 22, §4º): cheques nominais e cruzados,TEDs, depósitos em espécie; internet

Obrigatoriedade do recibo eleitoral (art. 23, §2º, LE):a Lei 12891/13 excepciona a cessão de bens móveis em até R$4.000,00 e as doações estimáveis em dinheiro de uso comumentre candidatos e partidos

DOAÇÕES ELEITORAIS

STF: inconstitucional a doação de pessoas jurídicas paracampanhas eleitorais e para partidos políticos (ADI nº 4.650campanhas eleitorais e para partidos políticos (ADI nº 4.650– Rel. Min. Luiz Fux – j. 17.09.2015)

DOAÇÕES ELEITORAISSTF: ADI nº 4.650 – Rel. Min. Luiz Fux – j. 17.09.2015Dispositivo:

- inconstitucionalidade parcial sem redução de texto do art. 24 da LE, na parte em queautoriza, a contrario sensu , a doação por pessoas jurídicas a campanhaseleitorais.

- inconstitucionalidade do art. 24, parágrafo único, e do art. 81, caput , e § 1º, da LE

- inconstitucionalidade parcial sem redução de texto do art. 31 da LPP, na parte emque autoriza, a contrario sensu , doações por pessoas jurídicas a partidos políticos.

- inconstitucionalidade das expressões “ou pessoa jurídica” (art. 38, inciso III, LPP) e “ejurídicas” (art. 39, caput e § 5º, LPP)

RECURSOS DE CAMPANHA- Origem dos recursos financeiros para campanhas eleitorais (art. 14

da Res. nº 23.463/15):

- recursos próprios dos candidatos (até o limite dos gastos estabelecidos em lei parao cargo; art. 23, §1º-A, LE);

- doações de pessoas físicas;

- doações de outros partidos políticos e de outros candidatos;

- comercialização de bens e serviços ou promoção de eventos;

- recursos dos partidos políticos (Fundo Partidário, doações de pessoas físicas,contribuição dos filiados, comercialização de bens, serviços ou promoção deeventos;

- receitas decorrentes de aplicação financeira dos recursos de campanha.

DOAÇÕES ELEITORAISLimites das doações de pessoas físicas: 10% dos rendimentos

brutos do ano anterior (art. 23, §1º, I), excluída doação estimável emdinheiro de utilização de bens móveis e imóveis até R$ 80.000,00 (art.23, §7º)

- Sanção: multa (5 a 10 vezes a quantia doada em excesso); abuso podereconômico

- Prazo para ajuizamento da representação: 31 de dezembro do anoposterior ao pleito (art. 24-C, §3º, LE, acrescentado pela Lei13.165/15)


Fontes vedadas: art. 24 LE (STF – ADI 4650)

Doação oculta: os valores transferidos pelos partidospara os candidatos serão registrados sem apara os candidatos serão registrados sem aindividualização dos doadores (art. 28, §13, LE,acrescentado pela Lei 13.165/15)

ADI nº 5.394 – Rel. Min. Teori Zavascki – j. 12.11.2015:suspensão da expressão.


Gastos eleitorais: art. 26 LE

Contratação de pessoal para prestação de serviços decampanha eleitoral: art. 100-A da LEcampanha eleitoral: art. 100-A da LE

Gastos do eleitor: Art. 27 LENão contabilização (até 1.000 UFIRs): desde que não reembolsados

PRESTAÇÃO DE CONTAS- Prestação de contas simplificada: art. 28, §9º e 11, LE

(acrescentado pela Lei 13.165/15)- candidatos que apresentarem movimentação financeira

correspondente a, no máximo, R$ 20.000,00, atualizados correspondente a, no máximo, R$ 20.000,00, atualizados monetariamente, a cada eleição, pelo INPC

- nas eleições para Prefeito e Vereador de Municípios com menos de 50.000 eleitores

PRESTAÇÃO DE CONTAS- Documentos mínimos da prestação de contas

simplificada: art. 28, §10, LE (acrescentado pela Lei 13.165/15)

- identificação das doações recebidas, com os nomes, o CPF ou CNPJ dos doadores e - identificação das doações recebidas, com os nomes, o CPF ou CNPJ dos doadores e os respectivos valores recebidos;

- identificação das despesas realizadas, com os nomes e o CPF ou CNPJ dos fornecedores de material e dos prestadores dos serviços realizados;

- registro das eventuais sobras ou dívidas de campanha.

PRESTAÇÃO DE CONTAS- Divulgação na internet: art. 28, §4°, LE (redação dada pela Lei

13.165/15)a) os recursos em dinheiro recebidos para financiamento de sua

campanha eleitoral, em até 72 horas de seu recebimento;

b) dia 15/09, relatório discriminando as transferências do Fundo b) dia 15/09, relatório discriminando as transferências do Fundo Partidário, os recursos em dinheiro e os estimáveis em dinheiro recebidos, bem como os gastos realizados.

OBS: As informações sobre os recursos recebidos a que se refere o § 4º deverão ser divulgadas com a indicação dos nomes, do CPF ou CNPJ dos doadores e dos respectivos valores doados (art. 28, §7º, LE, acrescentado pela Lei 13.165/15).

PRESTAÇÃO DE CONTAS- Prazo para apresentação: até 30 dias após as eleições (art. 29, III, LE)

Não-apresentação e impedimento à diplomação: art. 29, §2º, LE

- Prazo para julgamento dos eleitos: até 03 dias da diplomação (art.30, §1º, LE, redação dada pela Lei 13.165/15)

PRESTAÇÃO DE CONTASAssunção do débito pelo partido, solidariedade e não rejeição de

contas: art. 29, §§3º e 4º, LE

Exame pela Justiça Eleitoral (art. 30 LE)Exame pela Justiça Eleitoral (art. 30 LE)

aprovação;

aprovação com ressalvas (falhas que não comprometam a regularidade);

Desaprovação (falhas que comprometam a regularidade);

não-prestação

DIREITO ELEITORAL

Professor Rodrigo López ZilioContato: [email protected]

Bibliografia

Direito Eleitoral – Editora Verbo Jurídico (www.verbojuridico.com.br)Crimes Eleitorais – Editora Juspodvim (www.editorajuspodvim.com.br)

Documents

ProfessorRodrigoLópez Zilio Email:[email protected]/Material_Intensivos/Rodrigo_zilio-slides... · (convenção partidária; registro de candidatura;